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uita gente deixa seu senso de segurança na empresa, quando volta para casa. É como se fosse mais uma vestimenta ou um EPI, que fica na empresa, mas não é levado para casa. Na empresa, toma muitos cuidados, usa todos os EPIs, obedece as regras. Mas quando sai... esquece que a vida real, lá fora, tem os mesmos (e talvez até mais) riscos que os que existem na empresa. Não apenas isso, todo o cuidado que existe, no trânsito interno de veículos dentro da empresa, parece desaparecer fora. Você usaria o seu cinto de segurança, se tivesse certeza de que ninguém verificaria? EPIs, na sua casa? Óculos de segurança para usar uma furadeira? Cuidados nos trabalhos elétricos? Abriria o disjuntor, usaria ferramentas adequadas, isoladas...? Verificaria o aterramento (você faz o aterramento de chuveiros, da máquina de lavar roupa, da máquina de lavar pratos, da torneira elétrica... como pede para que todos façam na empresa)? Por que as pessoas “desligam” a segurança quando vão para casa? Onde fica então a percepção de riscos? São riscos diferentes, ou não existem? Não são tão importantes? O que estou provocando é muito simples: Quando a segurança que exibimos depende de sermos supervisionados, isso é apenas um comportamento dependente. O que desejamos é um comportamento independente, consciente, baseado na percepção de riscos, e que vai existir sejamos supervisionados ou não. É um comportamento para mim, não para os outros, e que eu julgo necessário porque existe um risco e deve ser adequadamente gerenciado. A ideia é simples: o que pode acontecer, vai acontecer. Se não admitirmos isso, não tomaremos nenhuma medida. E às vezes pior, vai acontecer nas piores circunstâncias e quando não estivermos realmente preparados. É a Lei de Murphy, que não é piada, e que, em última análise, trata do conceito de se acreditar no potencial de um risco. Onde você se encaixa??? Autor: Mário Fantazzini Engenheiro de Segurança do Trabalho odo profissional da área de SST deve conhecer a realidade em que atua, quais os valores, as crenças, os riscos existentes e como eles são tratados, e a maturidade sobre SST existente. A partir daí estabelecer uma estratégia junto com a Direção da Empresa, para atender às necessidades das partes interessadas, para motivar as pessoas, gerada por uma motivação transcendente, em que todos conheçam seu papel e atuem de forma individual e coletiva, demonstrando um aprendizado organizacional e um desempenho próximo/melhor do que o padrão definido, que permeie a valorização dessas partes interessadas e que apresente para a comunidade um Sistema de Gestão de Riscos traduzido num relatório social e ético. Autor: Armando Campos Engenheiro de Segurança do Trabalho VOCÊ DEIXA SUA SEGURANÇA NA EMPRESA, JUNTO COM O CAPACETE? DICA SEGURA DO ARMANDO CAMPOS Boa Leitura! Contatos: www.jornalsegurito.com Jornal Segurito [email protected] Para entender de onde veio e para onde foi o Fator Acidentário de Prevenção. Leitura para termos uma visão completa deste tema tão controvertido. Prezados Prevencionistas, Neste mês chegamos ao 9 o ano do Jornal Segurito, sempre com informação e pitadas de humor. E para comemorar, estamos em um verdadeiro safari de SST. Só tem fera! E mesmo sem combinar com nenhum dos convidados, a edição acabou saindo com temas para fazermos uma reflexão pessoal e profissional. Veja abaixo os renomados profissionais que nos agraciaram com a presença e estão festejando junto com a gente: Alexandre Pinto da Silva Armando Campos Guilherme José Abtibol Caliri José Luiz Lopes Alves Juliana Bley Luiz Augusto Damasceno Brasil Luiz Philippe Westin de Vasconcellos Marcos Henrique Mendanha Mário Fantazzini Nestor Waldhelm Neto Um abraço e excelente leitura! Prof. Mário Sobral Jr. Mensagem ao Leitor M Fator Acidentário de Prevenção (FAP) Inconstitucionalidades, Ilegalidades e Irregularidades - Ed. Juruá Cláudia Salles Vilela e Melissa Folmann Manaus, Fevereiro 2015 Edição 101 Ano 9 Periódico Para Rir e Aprender T PIADINHA O mineirinho acha um gênio da lâmpada e este lhe diz que pode fazer três pedidos. - Uai seu Gênio eu queria um pão de queijo. O gênio faz surgir o pão e depois pergunta qual seria o segundo desejo. - Pode ser outro pão de queijo? O gênio espera ele acabar e pergunta qual seria o terceiro desejo. - Quero um monte de dinheiro e muitas mulheres. Faz surgir o pedido mas percebe que o mineirinho não estava muito feliz e pergunta: Qual foi o problema? - Na verdade eu queria mais um pão de queijo, mas fiquei com vergonha de pedir. O Jornal Segurito e o site Segurança do Trabalho NWN uniram as forças e estão lançando um canal no youtube: SST é o Canal. Estaremos disponibilizando vídeos voltados exclusivamente para o tema de Saúde e Segurança do Trabalho. Estamos nos retoques finais, mas enquanto você aguarda a nossa programação inscreva-se acessando este link: https://www.youtube.com/channel/UC9O BoDnNDH-pHXWslpB4lyw/feed

SEGURITO 101

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Jornal sobre Saúde e Segurança do Trabalho

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Page 1: SEGURITO 101

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uita gente deixa seu senso desegurança na empresa, quando volta paracasa. É como se fosse mais umavestimenta ou um EPI, que fica naempresa, mas não é levado para casa. Naempresa, toma muitos cuidados, usatodos os EPIs, obedece as regras. Masquando sai... esquece que a vida real, láfora, tem os mesmos (e talvez até mais)riscos que os que existem na empresa.Não apenas isso, todo o cuidado queexiste, no trânsito interno de veículosdentro da empresa, parece desaparecerfora. Você usaria o seu cinto desegurança, se tivesse certeza de queninguém verificaria? EPIs, na sua casa?Óculos de segurança para usar umafuradeira? Cuidados nos trabalhoselétricos? Abriria o disjuntor, usariaferramentas adequadas, isoladas...?Verificaria o aterramento (você faz oaterramento de chuveiros, da máquina delavar roupa, da máquina de lavar pratos,da torneira elétrica... como pede para quetodos façam na empresa)?

Por que as pessoas “desligam” asegurança quando vão para casa?Onde fica então a percepção de riscos?São riscos diferentes, ou não existem?Não são tão importantes? O que estouprovocando é muito simples: Quando asegurança que exibimos depende desermos supervisionados, isso é apenas umcomportamento dependente.O que desejamos é um comportamentoindependente, consciente, baseado napercepção de riscos, e que vai existirsejamos supervisionados ou não. É umcomportamento para mim, não para osoutros, e que eu julgo necessário porqueexiste um risco e deve seradequadamente gerenciado.A ideia é simples: o que pode acontecer,vai acontecer. Se não admitirmos isso,não tomaremos nenhuma medida. E àsvezes pior, vai acontecer nas piorescircunstâncias e quando não estivermosrealmente preparados.É a Lei de Murphy, que não é piada, eque, em última análise, trata do conceitode se acreditar no potencial de um risco.Onde você se encaixa???Autor: Mário Fantazzini – Engenheiro deSegurança do Trabalho

odo profissional da área de SST deveconhecer a realidade em que atua, quaisos valores, as crenças, os riscosexistentes e como eles são tratados, e amaturidade sobre SST existente. A partirdaí estabelecer uma estratégia junto coma Direção da Empresa, para atender àsnecessidades das partes interessadas,para motivar as pessoas, gerada por umamotivação transcendente, em que todosconheçam seu papel e atuem de formaindividual e coletiva, demonstrando umaprendizado organizacional e umdesempenho próximo/melhor do que opadrão definido, que permeie avalorização dessas partes interessadas eque apresente para a comunidade umSistema de Gestão de Riscos traduzidonum relatório social e ético.Autor: Armando Campos – Engenheiro deSegurança do Trabalho

VOCÊ DEIXA SUASEGURANÇA

NA EMPRESA, JUNTOCOM O CAPACETE?

DICA SEGURADO

ARMANDO CAMPOS

S

BoaLeitura!

Contatos: www.jornalsegurito.com Jornal Segurito [email protected]

Para entender de onde veio e para onde foio Fator Acidentário de Prevenção.Leitura para termos uma visão completadeste tema tão controvertido.

Prezados Prevencionistas,

Neste mês chegamos ao 9o ano doJornal Segurito, sempre com informaçãoe pitadas de humor.E para comemorar, estamos em umverdadeiro safari de SST. Só tem fera!E mesmo sem combinar com nenhumdos convidados, a edição acabou saindocom temas para fazermos uma reflexãopessoal e profissional.Veja abaixo os renomados profissionaisque nos agraciaram com a presença eestão festejando junto com a gente:Alexandre Pinto da SilvaArmando CamposGuilherme José Abtibol CaliriJosé Luiz Lopes AlvesJuliana BleyLuiz Augusto Damasceno BrasilLuiz Philippe Westin de VasconcellosMarcos Henrique MendanhaMário FantazziniNestor Waldhelm NetoUm abraço e excelente leitura!

Prof. Mário Sobral Jr.

Mensagemao Leitor

M

Fator Acidentário de Prevenção (FAP)Inconstitucionalidades, Ilegalidades e

Irregularidades - Ed. JuruáCláudia Salles Vilela e Melissa Folmann

Manaus, Fevereiro 2015 – Edição 101 – Ano 9Periódico Para Rir e Aprender

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PIADINHAO mineirinho acha um gênio da lâmpada eeste lhe diz que pode fazer três pedidos.- Uai seu Gênio eu queria um pão dequeijo.O gênio faz surgir o pão e depoispergunta qual seria o segundo desejo.- Pode ser outro pão de queijo?O gênio espera ele acabar e pergunta qualseria o terceiro desejo.- Quero um monte de dinheiro e muitasmulheres.Faz surgir o pedido mas percebe que omineirinho não estava muito feliz epergunta: Qual foi o problema?- Na verdade eu queria mais um pão dequeijo, mas fiquei com vergonha de pedir.

O Jornal Segurito e o site Segurança doTrabalho NWN uniram as forças e estãolançando um canal no youtube: SST é oCanal.Estaremos disponibilizando vídeosvoltados exclusivamente para o tema deSaúde e Segurança do Trabalho.Estamos nos retoques finais, masenquanto você aguarda a nossaprogramação inscreva-se acessando estelink:https://www.youtube.com/channel/UC9OBoDnNDH-pHXWslpB4lyw/feed

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uito se tem escrito e dito sobreprogramas que buscam conseguircomportamentos seguros das pessoas,principalmente aquelas que trabalham emambientes de alto risco. Existem dezenasde sugestões a seguir baseadas no quetem dado certo, bem como de alertassobre o que tem provocado insucessos.Um fator considerado chave e que muitoslíderes, incluindo supervisores, temdificuldade de praticar é o exemplo a serseguido. Há quem diga que o exemplo nãoé mais um ativador comportamental, maso único que existe de verdade.

Aí está talvez a maior oportunidade dealavancagem dos trabalhos dosprofissionais de saúde e segurança:fornecer o coaching necessário para oslíderes para que estes sejam exemplos aseguir.Um líder que serve de exemplo representaum investimento com retorno certo.Mas os profissionais de saúde e segurançapodem ir além: podem descobrir noambiente da força de trabalho aqueles quepodem servir de exemplo e recomendarexplicitamente para que se tornem visíveise reconhecidos.Alto nível de saúde e segurança só éatingido quando uma massa crítica evoluipara uma cultura de excelência, em quetodos cuidam de todos e servem deexemplos.Muitos líderes não sabem conversar comsuas equipes. É fato e é preciso lidar comisso. Contudo, eles podem influenciar semfalar, apenas agindo do modo como seespera que façam.Coaching é, portanto, a competênciaessencial para o sucesso da atividade doprofissional de saúde e segurança.Desenvolver habilidades nesse sentido évital para uma carreira bem sucedida.Autor: José Luiz Lopes Alves - EngenheiroQuímico / Doutor em Engenharia

MUITO TRABALHO PELA FRENTE

uando escolhemos uma profissão, umdos primeiros requisitos é procurar umlocal de referência para o estudo, com boaestrutura e bons professores, poisqueremos aprender o máximo possível(pelo menos deveria ser assim, poismuitos visam apenas o preço). Aí vem apergunta: o que é um bom profissional? Éo melhor tecnicamente?A resposta é “DEPENDE”. Se você buscaum serviço de consultoria, um profissionaltecnicamente bom é a sua melhorescolha. Agora se você contrata paratrabalhar em uma empresa, outroscritérios devem ser analisados.Cito sempre como exemplo, em uma dasempresas na qual gerenciava o SESMT, deuma prova que aplicava para contrataçãode estagiários e TST’s. Uma provatecnicamente simples, mas devido aobaixo nível de ensino das escolas deformação, questões básicas eramdesconhecidas.Certo dia um candidato a estagiário tirounota próxima à máxima, e eu achandoque tinha encontrado um prodígio.Ledo engano. O estagiário em questãotinha inteligência emocional quase nula,era inseguro, não sabia lidar com aspessoas, para sair da sala era um parto.De nada adianta o chefe passar umproblema e o subordinado voltar comcinco não resolvidos. E isso acontece

EXEMPLO: O MELHORATIVADOR DO

COMPORTAMENTO

hegamos ao ano de 2015, comsentimento de ainda termos de fazermuito mais!Segundo a OIT, no mundo temos cerca de2.300.000 mortes relacionadas aotrabalho, sendo 2.000.000 mortes pordoenças e 300.000 por acidentes.

No Brasil, continuamos com cerca de700.000 acidentes no trabalho ao anocom aproximadamente 3.000 mortes(dados até 2013).De acordo com a Organização Mundial daSaúde, até 2020 a depressão será asegunda causa da incapacidade para otrabalho.Percebemos claramente o “estado deguerra” que está o mundo do trabalho.Diante desse quadro, percebemos aimportância do desenvolvimento dasegurança no trabalho, a ser encaradacomo valor, não só pelas empresas, mastambém por toda a sociedade.Possuímos 35 Normas Regulamentadorasdo MTE em vigor (A NR 27 – RegistroProfissional foi revogada), e ainda falta

BOM PROFISSIONAL

JORNA L S EGU RI TO

Ancoragem

M

C

Q

muito para que essas normas sejamcumpridas na íntegra.Algumas normas estão em revisão, comoa NR 1 – Disposições Gerais que estásendo totalmente reformulada, além deoutras que tiveram revisão em seusanexos, como a NR 15 – Atividades eOperações Insalubres e NR 16 –Atividades e Operações Perigosas, alémde outras como a NR 12 - Segurança noTrabalho em Máquinas e Equipamentosque está no centro de uma polêmica.Outros eventos estão acontecendo eprometem mudar radicalmente a formacomo encaramos a segurança do trabalho,como a implantação do eSocial, que faráuma enorme revolução de como devemosfazer a gestão da segurança na empresa.É neste cenário em ebulição, quechegamos neste ano de 2015, sendonosso compromisso nos mantermosatualizados e pôr em prática o quedeterminam as normas que regulamentama segurança no trabalho.Diante de tudo o que foi exposto,concluímos o quão é importante a áreaprevencionista para a evolução dasegurança do trabalho, e que neste ano,possamos mudar esse “cenário deguerra”, que é a questão das doenças eacidentes do trabalho!

O pior naufrágio é não partirAmyr Klinc

Autor: Alexandre Pinto da Silva - Engenheiro deSegurança do Trabalho

demais. No geral currículo é papel. O fatode um candidato possuir diversos cursosnão significa que aprendeu ou sabeexecutar.

Excelentes profissionais são pouquíssimose disputados pelas empresas.Lembre-se, sua chefia quer que vocêRESOLVA problemas, se fosse para ochefe resolver, não precisaria de você.Tenha sempre em mente que além doconhecimento técnico, o bom profissionalsabe planejar, executar, resolver, lidarcom pessoas, ter poder de persuasão,empatia, “ir atrás do trabalho” e nãoesperar o “trabalho aparecer”(proatividade), além de outrascaracterísticas para fazer acontecer.Moral da estória: Conhecimento técniconão é tudo, é preciso também terinteligência emocional.Autor: Guilherme José A. Caliri - Eng. de

Segurança do Trabalho

PIADINHASSeguritinho chegou muito atrasado naescola, e a professora perguntou:— O que aconteceu menino?— Fui assaltado.— Oh, meu Deus! E você se machucou?- Machucar não. Mas a senhora não vaiacreditar, ele só roubou o meu trabalhode matemática.

O juiz pergunta ao réu:- O senhor teve algum cúmplice no

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SOU BOM EMQUÊ MESMO?

virada de ano é uma época na qualtradicionalmente renovamos votos,esperanças e metas que deverão nortearnosso fazer na nova etapa que se inicia. Oano novo e a celebração do aniversário doSegurito me inspiraram a abordar umassunto delicado. O “Cuidar de Mim” doprofissional de SST.Em SST temos um fenômeno triste ecomum: a maior parte das empresas sócomeça a atuar com seriedade naprevenção quando passa por um acidentegrave ou de grandes proporções.Pensando bem, isso não difere muito daforma como as pessoas físicas (nós)costumam lidar com sua própria saúde esegurança. Não é raro conhecerprevencionistas incríveis que cuidam detodos ao seu redor, mas que negligenciama si mesmos rotineiramente. Fazem issocom sua alimentação, horas de sono, faltade cuidado com o corpo, hábitosprejudiciais. Só se dão conta de que seabandonaram quando adoecem.Quero convidar você a celebrar oaniversário deste informativo permitindo-se um momento de olhar para dentro.Reserve duas horas de seu dia ou final desemana, papel e caneta em mãos, epresenteie a si mesmo com uma honestae profunda avaliação a respeito de comovocê Cuidou de Si Mesmo em 2014. Listedo outro lado da folha a forma comogostaria de Cuidar de Si daqui pra frente.

NEXO CAUSAL,PILAR DO RACIOCÍNIO

A

JORNA L S EGU RI TO

natureza é regida pela Lei da Ação eReação. E assim devem tambémraciocinar todos aqueles envolvidos com aSegurança no Trabalho, procurandoestabelecer o nexo (relação) entre a causae o efeito decorrente.

“Levei um choque elétrico porque o fioestava desencapado e energizado?Apresentei perda auditiva porque tiveotite ou porque não usei EPI? Tiveapendicite porque sou fumante? Tenhocefaleia toda vez que meu time perde?Tenho sintomas de LER porque todas asminhas companheiras de bancada têm? Jáem fevereiro sei que terei gripe em junho?Esse copo d’água me deu enjôo? Tivetuberculose porque essa doença consta noNTEP e o CNAE da Empresa é insalubre?Afoguei-me nas próprias lágrimas...?;Estourou o “air bag” ao passar no lava ajato de uma famosa petroleira?”Essas são dúvidas e/ou afirmaçõesperigosas, distorcidas, erradas, ignorantese muitas vezes mal intencionadas, quepoderiam ser facilmente esclarecidas sefossem aplicados os Critérios deCausalidade de Bradford Hill (1965) que,apesar de feitos para a Medicina, podem(e devem) ser aplicados na grandemaioria das afirmações de nexo causal.São eles, resumidamente: sequência notempo (efeito somente após a causa);força da causa (tiro é diferente de tapa);constância, coerência e especificidade(toda explosão faz barulho, todo fogo napele dói, a lei da gravidade é de cima parabaixo); analogia (casos semelhantes nasmesmas condições); topografia (agenteagressor não pode estar distante do localdo efeito); ausência de outras explicaçõesplausíveis e razoáveis; experimentação deeliminação da causa fazendo cessar oefeito (manutenção preventiva, ausênciade novos casos).Esses itens podem parecer óbvios, massão frequentes (e infelizmente)esquecidos por aqueles que, por dever deprofissão, deveriam usar melhor acoerência do raciocínio lógico, sem grandenecessidade de filosofar.Luiz Philippe Westin Cabral deVasconcellos, médico perito, autor do livro“A simulação na perícia médica”.

PIADINHA

A

O AUTO-CUIDADO DO PREVENCIONISTAE finalize com uma folha nova na qualpoderá escrever ali objetivos ecompromissos para 2015 que permitamaproximar o que você faz por você hoje eo que gostaria de poder fazer.

Não esqueça de definir compromissosviáveis, que você tem condições de botarem prática com algum esforço edeterminação (como tudo que precisa serconstruído).Com este exercício (e a prática ao longo

do ano, é claro!) poderemos fortalecernosso próprio comportamento seguro e,principalmente, sermos exemploverdadeiro de que uma vida de respeitocom a própria saúde e segurança é SIMum valor em nossas vidas.

"Se eu cuido do outro negligenciando a mimmesmo, eu cultivo a negligência e não ocuidado"

Thomas d'AnsembourgAutora: Juliana Bley – Psicoterapeuta eEducadora

Um tenente para o soldado: Por que vocêfaltou ontem na aula de camuflagem?Ele retruca: o senhor tem certeza?

VÍDEO AULASo ano passado, o meu xará Prof. Mário

Paulo, Perito do INSS e Médico doTrabalho de Uberlândia – MG, criou umCanal no Youtube, com excelentes vídeo-aulas sobre Saúde e Segurança doTrabalho.Aulas com mais de 40 minutos e quedevem ser vistas na sequência, conselhoque o professor recomenda no início decada vídeo.Um verdadeiro curso de EAD gratuito.Atualmente o canal tem 15 vídeos. Ruído,calor, legislação, vibração e umidade sãoalguns dos temas tratados com didática emuita informação.E ele promete manter a produção.Parabenizo o trabalho e recomendo quevocê acesse agora no seguinte link:https://www.youtube.com/watch?v=zaJznpL7xgA

magine que eu sou o proprietário deuma empresa que está procurando umprofissional de segurança do trabalho evocê chega na minha porta para ser estecandidato.O problema para você é que junto chegamdezenas.E aí me vem uma dúvida: Por que entãoeu lhe contrataria e não os demais? Vocêtem como responder esta pergunta?E não me venha com a história que vocêserá o de maior empenho.Isto é o mínimo que eu espero do meutrabalhador e acredito que se você estáprocurando um emprego é o mínimo quevocê e todos da fila devem poder oferecer.Na verdade, eu preciso saber o que tediferencia dos demais.Você é o cara no excel, um excelentepalestrante, tem fluência em váriaslínguas, tem conhecimentos aprofundadosda legislação ou é professor de português?Parece bobagem, mas é essencialsabermos no que somos bons.Se soubermos a resposta teremos comotentar melhorar esta característica etambém como nos vender melhor.Então, não esqueça de antes da próximaentrevista responder a seguinte pergunta:Qual é o meu diferencial?Autor: Mário Sobral Júnior - Engenheirode Segurança do Trabalho.

IN

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ocê já deve ter ouvido esta expressão:“Na vida, ou se aprende pelo amor ou seaprende pela dor”.Será que os nossos irmãos paulistas estãoaprendendo pela dor a economizar água ea respeitar os mananciais e fontes?É bastante óbvio que as pessoas maisvividas, sensatas e experientes levam boavantagem diante dos desafios que, hoje,são cada vez mais céleres e impostos pelavida, pois tomam sempre a dianteiraprocurando aprender e ensinar osmelhores caminhos para antecipar assoluções do por vir.

Este sentimento de antecipação é própriodos profissionais que atuam na área deprevenção de acidentes, doenças e demaisinfortúnios, porém alguns desanimamapós verificar que muitas pessoas nãovalorizam a orientação oferecida mesmotendo depois que aprender pela dor,quase sempre amargando prejuízos,danos físicos e materiais.Neste ainda início do século XXI, mesmocom tantos avanços científicos etecnológicos, parece que o homemcontinua mantendo o estigma de ser olobo do próprio homem, pois até mesmoquando se esperava um retorno ao óciocriativo e uma trégua no embate entre ocapital versus trabalho, assiste-se, aocontrário, mais exploração humana, asmazelas de uma sociedade que agonizaem virtude da corrupção desenfreada,impunidade, banalização da vida,fanatismo religioso, alienação ideológica eaté mesmo a agressão constante ao meioambiente, o que, pasmem, põe em risco aprópria sobrevivência no planeta.Os sinais dos tempos estão ficando cadavez mais claros e conclamam a nossaatenção para as novas atitudes quedevemos assumir para não sumir.Escutamos um grito de alerta incessante,a nossa preocupação e responsabilidadecom a prevenção em suas mais diversasmodalidades, enquanto profissionais deSST, não poderá ficar restrita ao nossoumbigo... micro ambiente de nossasempresas, elas agora extrapolam osmuros, necessitam chegar ao maiornúmero de pessoas, na comunidade, nosclubes, associações, partidos e até mesmonas igrejas. Oxalá nos reste tempo.Luiz Augusto Damasceno Brasil – Mestre emEducação, Advogado, Pedagogo, Tecnologistada Fundacentro .Contato: [email protected]

onforme novo artigo 60 da Lei 8.213 de24/07/1991 (com redação dadapela Medida Provisória n. 664 de30/12/2014) os 30 primeiros dias deafastamento (e não apenas os 15) passama ser pagos pela empresa. Vejam comoficou:“Art. 60. O auxílio-doença será devido aosegurado que ficar incapacitado para seutrabalho ou sua atividade habitual, desdeque cumprido, quando for o caso, operíodo de carência exigido nesta Lei:I - ao segurado empregado, a partir dotrigésimo primeiro dia do afastamento daatividade ou a partir da data de entradado requerimento, se entre o afastamentoe a data de entrada do requerimentodecorrerem mais de quarenta e cincodias”.

Essa regra é definitiva?Essa regra já vale mas ainda nãopodemos dizer que é definitiva, uma vezque entrou em vigor mediante umamedida provisória (MP). As medidasprovisórias são exceção à regra de queuma norma somente pode ser elaborada

AUXÍLIO DOENÇA EM 30 DIAS. FICA OU NÃO FICA?

JORNA L S EGU RI TO

VC pelo Poder Legislativo. Nesse caso, emhipóteses relevantes e urgentes(estabelecidas na Constituição Federal),o(a) Presidente da República baixa umamedida provisória com força de lei e quedeve, desde a sua publicação, serobedecida por todos.As medidas provisórias devem sersubmetidas ao Congresso Nacional e, senão forem aprovadas por este, perdem asua validade após um certo período detempo.Uma característica interessante das MPs:elas geram o chamado “trancamento” ou“travamento” de pauta no CongressoNacional (Câmara dos Deputados eSenado Federal) a partir de 45 dias de suapublicação. Traduzindo: após 45 dias desua vigência, tudo que o CongressoNacional estiver fazendo é “travado” paraque se aprecie a MP com prioridade. Valelembrar que, caso a MP não seja votadaem 60 dias, ela é automaticamenteprorrogada por mais 60 dias.Então o Congresso Nacional poderárecusar a MP 664 de 30/12/2014?Sim, tudo dependerá das votações queocorrerão na Câmara dos Deputados eSenado Federal.Exemplo recente de medida provisória quevirou lei: “Mais Médicos”.O “Programa Mais Médicos” foi instituídomediante a MP n. 621 em 08/07/2014.Após aprovada pela maioria doscongressistas se tornou a Lei n. 12.871em 22/10/2014, e assim permanece.Aguardemos os próximos capítulos...Autor: Marcos Henrique Mendanha – Médicodo Trabalho / Advogado.

GRITO DE ALERTA

A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO DO TÉCNICO DESEGURANÇA DO TRABALHO E OS EMPREGADOS

aber se comunicar é muito importantena área de segurança do trabalho. Porisso, um mau comunicador dificilmenteterá sucesso nesse segmento.Muitos dos problemas encontrados pornós no trabalho são criados por nósmesmos.Um exemplo é a falta de candidatos naCIPA (Comissão Interna de Prevenção deAcidentes). Na maioria das vezes a faltade candidatos é pura falta de comunicaçãoentre o gestor do processo eleitoral daCIPA e os empregados.Muitos colegas lançam o edital de CIPA eo colam no relógio de ponto ou emqualquer outro painel de comunicação daempresa, mas não partem para um corpoa corpo com o empregado na tentativa detorná-lo candidato.Se não apresentarmos a CIPAverbalmente para os empregados, sejaatravés de palestras ou mesmoconversando individualmente, a chance deencontrar candidatos certamente ficarábem reduzida.A avaliação ambiental é peça importantena gestão de segurança do trabalho.

Através das avaliações ambientais é quedefinimos as medidas preventivasnecessárias para cada risco levantado.No momento de proceder com asavaliações ambientais os colegas têmcometido outro grande “pecado” que énão dialogar com o empregado na buscade saber:- Qual é a rotina de trabalho dele;- Quanto tempo o empregado permaneceem cada posto de trabalho;- Qual é a opinião do empregado notocante aos riscos presentes no ambiente.Uma simples entrevista usando essasperguntas já pode abrir um pouco mais ocampo de visão da pessoa que irá fazer aavaliação ambiental.Não se engane! Na maioria das vezes oempregado conhece bem mais os riscosdo posto de trabalho dele do que nósconhecemos.Lembre-se que a segurança do trabalhoexiste para proteger os empregados. Quetal incluí-los no processo?Autor: Nestor Waldhelm Neto – Técnico deSegurança do Trabalho – Criador do sitewww.segurançadotrabalhonwn.com.br

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