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    Secretaria de Polticas Pblicas de EmpregoDepartamento de Emprego e Salrio

    Coordenao-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificao Profissional

    SEGURO-DESEMPREGO-TRABALHADOR FORMAL -

    MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

    PORTAL MAIS EMPREGO

    Novembro de 2012

    Braslia

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    ndiceIntroduo............................................................................................................................. 5

    Seguro-Desemprego - Modalidade Formal........................................................................ 6

    Captulo 1. Conceitos Bsicos............................................................................................ 7

    Captulo 2. Contratos de Trabalho...................................................................................... 82.1. Classificao quanto ao prazo de durao do contrato............................................................... 8

    a) Contrato por Prazo Indeterminado: ...................................................................................................... 8b) Contratos por Prazo Determinado: ................................................................. ...................................... 8

    2.2. Tipos de Contrato por prazo determinado.................................................................................... 92.2.1. Contrato de Experincia............................................................. ................................................... 9

    2.2.2. Contrato Temporrio....................................................... .............................................................. 9

    2.2.3. Contrato de Safra............................................................. .............................................................. 92.2.4. Contrato de Trabalho do Menor Aprendiz.................................................................................. 92.3. Hipteses de concesso do Seguro-Desemprego, em contratos por prazo determinado.... 102.4. Situaes Contratuais que no possibilitam o recebimento do benefcio Seguro-

    Desemprego (modalidade formal)....................................................... ................................................. 112.4.1. Empregado Domstico................................................................................................................ 11

    2.4.2. Servidor Pblico da Administrao Direta e Indireta.............................................................. 11

    2. 4.3. Estgio Remunerado...................................................... ............................................................ 11

    2.4.4. Contrato Avulso (Art. 34 CLT)............................................................. ....................................... 11

    2.4.5. O Plano de Demisso Voluntria e Similares........................................................................... 12

    Captulo 3. Habilitao ao Benefcio Seguro-Desemprego............................................ 133.1. Requisitos para a habilitao ao benefcio Seguro-Desemprego............................................. 133.1.1. Dispensa Involuntria................................................................................................................. 14

    3.1.2. Salrios Consecutivos...................................................... ............................................................ 15

    3.1.3. Meses Trabalhados.......................................................... ............................................................ 15

    3.1.4. No estar em gozo de qualquer benefcio previdencirio de prestao continuada .......... 16

    3.1.5. No possuir Renda Prpria........................................................ ................................................. 16

    Captulo 4. Pr-Triagem.................................................................................................... 174.1. Procedimentos e documentao necessria para a realizao da pr-triagem..................... 17

    4.2. Prazo para Requerer o Benefcio e situaes especficas.......................................................... 194.2.1. Solicitao de Seguro-Desemprego fora do prazo.................................................................. 194.2.2. Solicitao de Seguro-Desemprego fora do prazo, com sentena judicial.......................... 19

    4.3. Quantidade de Parcelas................................................................................................................ 21

    4.4. Perodo Aquisitivo...................................................... ............................................................... ....... 21

    4.5. Situao do Requerente no Sistema............................................................................................ 224.6. Situao de Desemprego........................................................................................................ ....... 23

    Captulo 5. Formulrios de Seguro-Desemprego............................................................ 24

    1. Nmero do Requerimento................................................................ ................................................. 25

    2. Nome do Dispensado............................................................. ............................................................ 253. Nome da Me do Requerente.......................................................... ................................................. 254. Endereo Completo do Dispensado................................................................................ ................. 26

    5. PIS-PASEP........................................................... ............................................................... .................. 266. Carteira de Trabalho e Previdncia Social Nmero, Srie, UF .................................................. 26

    Contratos em abertos na CTPS............................................................................................................. 277. CPF - Nmero de Cadastro de Pessoa Fsica...................................................... ............................ 278. Tipo de Inscrio 1. CNJP 2. CEI(INSS)...................................................................................... 27

    9. CNPJ ou CEI - Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica ou Cadastro Especfico do INSS............ 2710. Atividade Econmica............................................................ ............................................................ 28

    11. CBO - Ocupao............................................................................................................................... 2812. Data de Admisso............................................................................................................................ 28

    13. Data de Dispensa............................................................................................................................. 29

    14. SEXO.................................................................................................................................................. 29

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    15. GRAU DE INSTRUO.................................................................................................... ................. 2916. DATA DE NASCIMENTO....................................................... ............................................................ 30

    17. HORAS TRABALHADAS POR SEMANA........................................................................................... 3018. Ms-antepenltimo salrio, ms-penltimo salrio, ms-ltimo salrio................................... 30

    19. SOMA DOS TRS LTIMOS SALRIOS.................................................................................. ....... 3020. DOMICLIO BANCRIO BANCO/AGNCIA................................................................................. 31

    21. QUANTIDADE DE MESES TRABALHADOS......................................................... ............................ 31

    22. Recebeu salrios em cada um dos ltimos seis meses - Salrios Consecutivos..................... 3223. AVISO PRVIO INDENIZADO......................................................................................................... 32

    Reservado para preenchimento do Posto do Seguro-Desemprego................................................. 32a. Data do Requerimento........................................................... ............................................................ 32b. Cdigo da Dispensa...................................................... ............................................................... ....... 33

    c. Resciso Contratual Quitada............................................................................................ ................. 33

    d. Motivo do Cancelamento....................................................... ............................................................ 33

    e. Nmero do Posto, inscrio autorizada, assinatura do agente credenciado e carimbo dorgo............................................................. ................................................................ ............................ 33

    ASSINATURA E CARIMBO DO EMPREGADOR..................................................................................... 33

    ASSINATURA DO TRABALHADOR NA DECLARAO.................................................................. ....... 33

    Notas Especficas a respeito do Benefcio................................................................ ............................ 341. O Clculo do Benefcio........................................................... ............................................................ 34

    2. O Valor do Benefcio............................................................... ............................................................ 343. Requerimentos de Seguro-Desemprego com Ao Judicial......................................................... 34

    Captulo 6. Alterao nos Formulrio SD/CD................................................................. 366.1. Alterao nos Formulrios SD/SD.......................................................... ....................................... 36

    Captulo 7. Cancelamento do RSD e do Benefcio.......................................................... 377.1. Cancelamento no Formulrio SD/CD................................................................ ............................ 37

    7.2. Cancelamento do Benefcio Seguro-Desemprego...................................................................... 38

    7.3. Clculo de parcelas de Seguro-Desemprego nas situaes de falecimento do trabalhadorsegurado.................................................................................................................................................. 38

    Captulo 8. Suspenso do Pagamento............................................................................... 408.1. Contagem de Tempo para Reemprego............................................................ ............................ 41

    Captulo 9. Restituies de Valores Indevidos................................................................. 4212.1.

    Recolhimento de valores devidos por meio da GRU.......................................................... 43

    12.2.

    Compensao de Parcelas..................................................................................................... 43

    12.3.

    Imprescritibilidade da Restituio de parcela de Seguro-Desemprego........................... 44

    Captulo 10. Retomada do Benefcio................................................................................. 4510.1

    Retomada do benefcio no caso de dispensa sem justa causa (cd.01)............................ 4510.2

    Procedimento Operacional no caso de retomada.................................................................. 46

    10.3

    Procedimento Operacional no caso de retomada por meio do Requerimento Especial

    motivo 252.............................................................. ............................................................... .................. 46

    Captulo 11. Devoluo de Parcelas.................................................................................. 4711.1. Divergncia de dados cadastrais................................................................................................ 47

    11.2. Devoluo de Parcelas pela CAIXA...................................................... ....................................... 48

    Captulo 12. Reemisso de Parcelas.................................................................................. 4912.1 Reemiso de Parcelas em caso de falecimento..................................................................... 50

    Captulo 13. Complemento do Valor do Benefcio........................................................... 51

    Captulo 14. Requerimento Especial................................................................................. 52

    Captulo 15. Recursos de Seguro Desemprego................................................................ 54

    15.1. Procedimentos para a elaborao de Recurso......................................................... ................. 60

    Captulo 16. Parcelas Adicionais....................................................................................... 61

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    Captulo 17. Intermediao de Emprego do Segurado - a Rotina de Recusa.. 6217.1.

    Contexto legal.............................................................. ............................................................ 6217.1.1. Emprego condizente...................................................... ............................................................ 6317.1.2. Qualificao condizente..................................................................................................... ....... 63

    17.1.3. Remunerao condizente........................................................................................ ................. 64

    17.2.

    Procedimentos Operacionais para intermediao de Segurados...................................... 6417.3.

    Verificao de emprego condizente para o requerente/segurado................................... 64

    17.4. Encaminhamento para novo emprego................................................................................. 6617.5.

    Resultado da Intermediao do Segurado................................................................... ....... 67

    17.5.1. Vaga Incompatvel com o Perfil do Requerente ou Segurado............................................ 67

    17.5.2. Vaga Compatvel com o Perfil do Requerente ou Segurado................................................ 6717.5.2.1. Vetar Encaminhamento.................................................................................................. ....... 68a) Veto do encaminhamento para emprego motivo: requerente/segurado j trabalhou naempresa e encontrou dificuldades de adaptao............................................................................... 68

    b) Veto do encaminhamento para emprego motivo: perfil incompatvel .................................... 68c) Veto do encaminhamento para emprego - Outros Motivos........................................................ . 6917.6.

    Emitir Carta de Encaminhamento para Emprego........................................................ ....... 69

    17.7.

    Recusar Encaminhamento............................................................... ....................................... 70

    17.7.1. Recusar Encaminhamento motivo: empregado................................................................. 70

    17.7.2. Recusar Encaminhamento motivo: em processo de qualificao.................................... 7117.7.3. Recusar Encaminhamento motivo: aposentadoria............................................................ 7117.7.4. Recusar Encaminhamento motivo: problema de sade................................................... 71

    17.7.5. Recusar Encaminhamento motivo: choque cultural.......................................................... 72

    17.7.6. Recusar Encaminhamento motivo: trabalhou na empresa e tem dificuldades deadaptao................................................................ ................................................................ ................. 7217.7.7. Recusar Encaminhamento motivo: endereo do trabalho de difcil acesso................... 7317.7.8. Recusar Encaminhamento motivo: horrio incompatvel................................................. 73

    17.7.9. Recusar Encaminhamento motivo: atividade/condio insalubre................................... 74

    17.7.10. Recusar Encaminhamento motivo: condio de periculosidade.................................... 7417.7.11. Recusar Encaminhamento motivo: outros motivos........................................................ . 75

    17.7.11. Recusar Encaminhamento motivo: sem justificativa...................................................... 7517.8.

    Resultado do Encaminhamento...................................................... ....................................... 76

    17.8.1. Resultado do Encaminhamento aceitou............................................................. ................. 76

    a) o trabalhador foi aceito na ocupao ou em outra ocupao qual foi encaminhado. .......... 7717.8.2. Resultado do Encaminhamento no aceitou...................................................................... 7717.8.3. Resultado do Encaminhamento outras situaes.............................................................. 7717.9.

    Convocao para emprego.................................................................................................... 78

    17.10.

    Sano pela Recusa de novo emprego................................................................................ 78

    17.11.

    Motivos de Notificaes decorrentes da Recusa de novo emprego................................. 78

    Captulo 18. Bolsa de Qualificao Profissional.............................................................. 8418.1. Condicionalidades da Bolsa de Qualificao Profissional........................................................ . 85

    18.2. Cursos exigidos pela Bolsa de Qualificao Profissional.............................................. .......... 85

    18.3. Documentos que o empregador deve apresentar na homologao do Acordo Coletivo.... 86

    18.3. Requerimento da Bolsa de Qualificao Profissional........................................................ ....... 8618.4. Habilitao Bolsa de Qualificao Profissional...................................................... ................. 8718.5. Valor e Quantidade de Parcelas........................................................... ....................................... 87

    18.6. Perodo Aquisitivo.............................................................. ............................................................ 88

    18.7. Suspenso do pagamento - Bolsa de Qualificao Profissional............................................. 88

    18.8. Cancelamento do pagamento - Bolsa de Qualificao Profissional....................................... 8918.9. Liberao das Parcelas - Bolsa de Qualificao Profissional................................................... 8918.10. Curso ministrado pelo empregador.......................................................................................... 89

    18.12. Frequncia ao curso de qualificao........................................................................................ 89

    ANEXO I Legislao do Trabalhador Formal .......................................................................91

    LEI N. 7.998, DE 11 DE JANEIRO DE 1990.......................................................... ............................ 92LEI N. 8.352, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1991........................................................................... ....... 99

    LEI N. 8.900, DE 30 DE JUNHO DE 1994........................................................................................ 101

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    RESOLUO CODEFAT N. 98, DE 7 DE FEVEREIRO DE 1996...................................................... 103RESOLUO CODEFAT N. 168, DE 13 DE MAIO DE 1998.......................................................... 104

    RESOLUO CODEFAT N 591, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2009 ................................................. 105RESOLUO CODEFAT N. 393 , DE 8 DE JUNHO DE 2004.......................................................... 107

    RESOLUO CODEFAT N 467, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2005................................................... 110MEDIDA PROVISRIA N. 1726, DE 3 DE NOVEMBRO DE 1998.................................................. 115

    LEI N 12.513, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011................................................................................. 118

    DECRETO N 7.721, DE 16 DE ABRIL DE 2012...................................................... .......................... 126

    ANEXO II Formulrios ..........................................................................................................128Formulrio de Solicitao de Cpia CNPJ/CEI................................................................................... 129Formulrio de encaminhamento para empresa................................................................. ............... 130Formulrio para comprovao de registro........................................................................................ 131

    FORMULRIO PARA AUTORIZAO DE PAGAMENTO DO BENEFCIO......................................... 132

    DECLARAO PESSOAL DESEMPREGO........................................................ .......................... 133

    SOLICITAO DE COMPENSAO DE PARCELAS............................................................. ..... 134DECLARAO DE FREQUENCIA EM CURSO DA BOLSA DE QUALIFICAOPROFISSIONAL............................................................. ................................................................ ..... 135

    Termo de Cincia/Notificao n. __________/______................................................... 136

    Anexo III Tabela de Cdigos do FGTS .................................................................................137

    Anexo IV Glossrio de Siglas .................................................................................................139ndice temtico................................................................................................................................. 140

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    Introduo

    Este Manual tem o propsito de orientar, uniformizar e consolidarprocedimentos operacionais referente execuo do Programa do Seguro-Desemprego,modalidade formal, a fim de possibilitar melhor atendimento ao trabalhador e estaamparado pelas Normas Legais que regulamentam o benefcio, Leis n. 7.998, de 11 de

    janeiro de 1990, n. 8.900, de 30 de junho de 1994 e pelas Resolues do CODEFAT a elas

    subordinadas, partes integrantes deste manual.A liberao do benefcio Seguro-Desemprego est condicionada aos

    critrios estabelecidos pelas referidas Normas Legais. A constatao dos requisitos, bemcomo o processamento do benefcio, se faz por meio do cruzamento de dados contidos em

    bases de dados governamentais.

    Por meio do cruzamento das informaes constantes nos Sistemas, possvel identificar se os trabalhadores que requerem o benefcio preenchem os requisitoslegais, se os mesmos gozam de benefcio previdencirio ou auxlio-desemprego, se otrabalhador possui renda prpria de qualquer natureza ou se foi admitido em novoemprego.

    Sendo atendido os requisitos, o Requerimento de Seguro-Desemprego(RSD) habilitado para liberao do benefcio, porm, se constatada a ausncia dosrequisitos necessrios habilitao do benefcio, o Sistema Seguro-Desempregoautomaticamente indefere o Requerimento do trabalhador, permitido, contudo, que omesmo apresente recurso administrativo.

    Com a finalidade de orientar os colaboradores, este manual contmorientaes de procedimentos necessrios execuo das normas referentes s aes deoperao do Programa Seguro-Desemprego.

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    Seguro-Desemprego - Modalidade Formal

    O Seguro-Desemprego1 um benefcio integrante da Seguridade Social,garantido pelo art. 7 dos Direitos Sociais da Constituio Federal, e tem por finalidade

    promover a assistncia financeira temporria ao trabalhador desempregado, em virtude dedispensa involuntria.

    O Programa do Seguro-Desemprego, regulamentado pela Lei n. 7.998, de11 de janeiro de 1990, visa prover assistncia financeira temporria ao trabalhadordesempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e tambm aotrabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forado ou da condioanloga de escravo.

    O Programa foi institudo no Brasil em 1986, pelo Decreto - Lei n. 2.284 eregulamentado por meio do Decreto n. 92.608. Posteriormente, foi alterado por legislaesaprovadas no Congresso Nacional (Lei n. 7.998/90 e Lei n. 8.900/94), buscando integrarao auxlio financeiro, as aes de emprego orientadas para a recolocao do trabalhador nomercado de trabalho e sua qualificao profissional.

    Todo trabalhador ao ser dispensado sem justa causa tem direito a receber doempregador o formulrio de Requerimento de Seguro-Desemprego (RSD). com estedocumento que o trabalhador requer o seu direito, a partir do momento em que se dirige auma das unidades de atendimento do Ministrio do Trabalho e Emprego.

    Desde a criao do Seguro-Desemprego, o MTE possui unidades deatendimento destinada, dentre outras aes, a realizar processos de recepo dosrequerimentos destes trabalhadores. Para isso, buscou a participao, parceria edescentralizao, montando uma rede que atinge todo o pas, com participantes no nvelfederal, estadual e municipal.

    COORDENAO-GERAL DO SEGURO-DESEMPREGO,DOABONO SALARIAL E IDENTIFICAO PROFISSIONAL

    1Embora tenha sido Introduzido no Brasil em 1986, o benefcio Seguro-Desemprego passou a integrar, a partir da Constituio Federalde 1988, o Programa do Seguro-Desemprego (criado pela Lei n. 7.998, de 11-01-90), que tem por objetivo, alm de prover assistnciafinanceira temporria ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, auxili-lo namanuteno e busca de emprego, promovendo para tanto, aes integradas de orientao, recolocao e qualificao profissional.

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    Captulo 1. Conceitos Bsicos

    Para melhor compreenso do presente Manual, entende-se, por:

    1. Requerente: toda pessoa que solicita o benefcio.

    2. Segurado: o Requerente que comprova ter direito ao benefcio.

    3. Beneficirio: o Segurado que recebeu pelo menos uma parcela do benefcio.

    4. Notificado: o Requerente no habilitado ou segurado que apresenta motivosposteriores habilitao para ser notificado.

    5. Habilitado: o Requerente que, em determinado momento, est apto a receber obenefcio, porm pode ter sua condio alterada, em funo de reprocessamento dedados realizados automaticamente pelo Sistema.

    6. Postos de Atendimento: unidades de atendimento credenciadas para atender aotrabalhador Requerente do benefcio Seguro-Desemprego.

    7. Resciso Contratual: trmino da relao contratual de trabalho.8. Vnculo Empregatcio: relao trabalhista de hierarquia estabelecida entre

    empregador e empregado.

    9. TRCT: TERMO DE RESCISO DE CONTRATO DE TRABALHO, trata-se deformulrio fornecido pelo empregador, no ato da resciso contratual.

    10.SD: Seguro-Desemprego.

    11.CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica.

    12.CEI: Cadastro Especfico do Instituto Nacional de Seguridade Social.

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    Captulo 2. Contratos de Trabalho

    Haver contrato de trabalho sempre que uma pessoa fsica se obrigar arealizar atos, executar obras ou prestar servios para outra e sob dependncia desta, duranteum perodo determinado ou indeterminado de tempo, mediante o pagamento deremunerao.

    O Seguro-Desemprego foi institudo com a finalidade de proteger otrabalhador que tiver seu contrato de trabalho rescindido involuntariamente, desde que sejaformalizado em Carteira de Trabalho.

    De acordo com art. 442 da Consolidao das Leis do Trabalho - CLTContrato Individual de Trabalho o acordo tcito ou expresso, correspondente relaode emprego.

    O trabalhador que procurar um Posto de Atendimento do Seguro-Desemprego para requerer o benefcio dever ser informado que a habilitao estarcondicionada ao preenchimento dos requisitos estabelecidos pela legislao. De acordocom as normas legais, para ter direito ao benefcio Seguro-Desemprego, entre outrosquesitos, o trabalhador precisa ter sido empregado de pessoa jurdica ou pessoa fsicaequiparada jurdica. So pessoas jurdicas, os empregadores que possuem inscrio noCadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ), mas tambm aspessoas fsicas equiparadass jurdicas, caso de profissionais liberais que possuem inscrio no Cadastro Especficodo Instituto Nacional de Seguridade Social - CEI, p.ex: mdicos, advogados, dentistas eoutros.

    2.1. Classificao quanto ao prazo de durao do contrato

    a) Contrato por Prazo Indeterminado:Acordo entre empregador e empregado, que estabelece direitos e obrigaes entreas partes, sem estipular prazo para o seu final, podendo ser rescindido a qualquertempo.

    b) Contratos por Prazo Determinado:Acordo entre empregador e empregado, que estabelece direitos e obrigaes entreas partes, mas que traz desde o momento da celebrao, data de vigncia, ou seja,data de incio e trmino (expressas no contrato), que no poder ser superior a doisanos.

    Os contratos que por fora judicial tiverem seu prazo de durao prorrogado

    por mais de dois anos devero ser analisados de acordo com a sentena judicial.

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    2.2. Tipos de Contrato por prazo determinado

    2.2.1. Contrato de Experincia

    O Contrato de Experincia tem data de incio e de trmino expressas, no

    pode ser superior a noventa dias podendo ser prorrogado uma nica vez dentro desteperodo, conforme exemplo a seguir:

    I - Contrato de experincia de 45 dias - pode ser prorrogado por mais 45dias;

    II - Contrato de experincia de 30 dias - pode ser prorrogado por, nomximo 60 dias.

    2.2.2. Contrato Temporrio

    Institudo pela Lei n. 6.019, de 03 de janeiro de 1.974, aquele prestadopor pessoa fsica a uma empresa, para atender a uma necessidade transitria de substituiode seu pessoal regular e permanente ou acrscimo extraordinrio de servios. Estecontrato tem prazo de durao estipulado no ato da contratao.

    2.2.3. Contrato de Safra

    O contrato de safra foi estabelecido pela Lei n. 5.889, de 8 de junho de19732, tem sua durao dependente de variaes estacionais da atividade agrria e aextino normal escapa ao conceito de desemprego involuntrio.

    Este contrato no pode ser prorrogado aps o trmino da safra, porm podeser sucedido por outro contrato de trabalho, que dever respeitar as normas estabelecidas

    pelo novo contrato.

    2.2.4. Contrato de Trabalho do Menor Aprendiz

    O contrato de aprendizagem um contrato por prazo determinado, nuncasuperior a dois anos, tem que ser, obrigatoriamente, celebrado por escrito conformeregulamenta o art. 428, da CLT3. Sua finalidade assegurar ao maior de 14 (quatorze) e

    2Art. 14. Expirado normalmente o contrato, a empresa pagar ao safrista, a ttulo de indenizao do tempo de servio, importnciacorrespondente a 1/12 (um doze avos) do salrio mensal, por ms de servio ou frao superior a 14 (quatorze) dias.

    Pargrafo nico. Considera-se contrato de safra o que tenha sua durao dependente de variaes estacionais da atividade agrria.(grifo nosso).

    3 Art. 428. Contrato de aprendizagem o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado,em que oempregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de vinte e quatro anos inscrito em programa de aprendizagemformao tcnico-profissional metdica, compatvel com o seu desenvolvimento fsico, moral e psicolgico, e o aprendiz, a executarcom zelo e diligncia, as tarefas necessrias a essa formao.

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    menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem, a executar comzelo e diligncia as tarefas necessrias a essa formao.

    2.3. Hipteses de concesso do Seguro-Desemprego, em contratos porprazo determinado.

    O Contrato de Trabalho por Prazo Determinado encerrado em razo dotranscurso normal do prazo contratado, no dar direito ao trabalhador receber o segurodesemprego, haja vista a ausncia de dispensa involuntria exigida pela lei4, exceto nassituaes a seguir:

    i) o trabalhador demitido sem justa causa antes ou aps o trmino docontrato ter direito ao benefcio, desde que comprove a dispensa sem

    justa causa e demais critrios de habilitao ao benefcio;

    ii) quando houver saldo de parcelas e o trabalhador tenha sido demitidodentro do mesmo perodo aquisitivo originado por uma demisso sem

    justa causa (ver procedimentos do requerimento especial 252).

    O Contrato de Trabalho do Menor Aprendizextinguir-se- no seu termo ouquando o aprendiz completar vinte e quatro anos, ou antecipadamente, nas condies aseguir:

    a) cessao da atividade empresarial;

    b) falecimento do empregador;

    c) motivo de fora maior;

    d) pela falncia da empresa;

    e) resciso antecipada.

    Ressaltamos que, nos casos, em que o Contrato de Trabalho do MenorAprendiz for rescindido antecipadamente com dispensa sem justa causa (demisso deacordo com o art. 433 da CLT5), o menor ter direito ao benefcio, desde que comprove os

    demais critrios de habilitao estabelecidos pela Lei n. 7.998/90.Observe que o contrato de Menor Aprendiz tambm deve ser considerado

    para a contagem de meses/salrios.

    4A exigncia de dispensa involuntria para recebimento do benefcio Seguro-Desemprego est contida primeiramente na ConstituioFederal do Brasil, conforme citao no seu inciso II, do art. 7 do Captulo II Dos Direitos Sociais:

    Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condiosocial:(...)II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntrio;

    5Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se- no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada

    a hiptese prevista no 5o

    do art. 428 desta Consolidao, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipteses:I desempenho insuficiente ou inadaptao do aprendiz;II falta disciplinar grave;III ausncia injustificada escola que implique perda do ano letivo;IV a pedido do aprendiz.

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    2.4. Situaes Contratuais que no possibilitam o recebimento dobenefcio Seguro-Desemprego (modalidade formal)

    2.4.1. Empregado Domstico

    O benefcio Seguro-Desemprego do Empregado Domstico regulamentado pela lei 10.208/01, portanto o trabalhador no ter direito ao benefcio namodalidade formal. O formulrio Requerimento de Seguro-Desemprego especfico

    para a categoria e dever ser preenchido no posto de atendimento (ver Manual EmpregadoDomstico).

    2.4.2. Servidor Pblico da Administrao Direta e Indireta

    O servidor pblico investido em cargo mediante aprovao em concursopblico e o servidor nomeado para cargo de comisso declarado em lei de livre nomeaoe exonerao (Inciso II, art. 37 CF/88) no tero direito ao benefcio Seguro-Desemprego,haja vista a ausncia de dispensa involuntria.

    O trabalhador que teve sua relao de emprego considerada nula por nocumprir as exigncias do art. 37, II e 2 da CF/88, somente ter direito contraprestao

    pelos servios efetuados e o pagamento dos valores a ttulo de FGTS, portanto, no terdireito ao benefcio Seguro-Desemprego.

    2. 4.3. Estgio Remunerado

    Em relao ao estgio remunerado temos as seguintes situaes:

    a) ao trmino do estgio remunerado o estagirio no ter direito a recebero benefcio do Seguro-Desemprego, pois esta relao de trabalho, deacordo com art. 4 da Lei 6.494/77, no configura vnculo empregatcio;

    b) para o trabalhador que for dispensado sem justa causa e queposteriormente tenha iniciado estgio remunerado, dever ser observadoas situaes a seguir:

    a) o trabalhador que receber bolsa auxlio inferior a um salriomnimo ter direito ao benfcio Seguro-Desemprego.

    b) quando a bolsa auxlio for igual ou superior a um salriomnimo, o trabalhador no ter direito ao benefcio do Seguro-Desemprego, por caracterizar recebimento de renda prpriasuficiente para seu sustento e de sua famlia.

    2.4.4. Contrato Avulso (Art. 34 CLT)

    O trabalhador que exercer servios profissionais de qualquer atividade ter a

    Carteira de Trabalho e Previdncia Social CTPS anotada pelo respectivo sindicatoprofissional ou pelo representante legal de sua cooperativa, conforme o Art. 34, da CLT.

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    Nesse caso, o contrato no considerado como vnculo empregatcio,portanto, no habilita para o Seguro-Desemprego e no pode ser utilizado para contagemde salrios e/ou meses trabalhados.

    2.4.5. O Plano de Demisso Voluntria e Similares

    A Constituio Federal de 1988 assegurou o benefcio Seguro-Desempregoaos trabalhadores, urbanos e rurais, em caso de desemprego involuntrio. Os Planos deDemisso Voluntria no caracterizam dispensa sem justa causa, nem involuntariedadeestabelecida pela Constituio Federal.

    Desta forma, quando o desemprego for decorrente de adeso ao Plano deDemisso Voluntria, o trabalhador no ter direito ao benefcio do Seguro-Desemprego,mesmo que no TRCT conste como dispensa sem justa causa (cd. 01).

    Quando for identificado, por intermdio das verbas rescisrias ou por outrosmeios, que o trabalhador aderiu a Plano de Demisso Voluntria ou similares, o agentedeve inform-lo de que no ter direito ao benefcio Seguro-Desemprego.

    Caso o trabalhador insista em requerer o benefcio, o agente deve cancelar oformulrio Requerimento de Seguro-Desemprego - RSD, colocando no campo motivo docancelamento, o cdigo 80 (ver captulo 7 - Cancelamentos).

    Havendo a necessidade de avaliao sobre o indeferimento do benefcio poradeso a Plano de Demisso Voluntria, o agente deve preencher recurso 909 (ver captulo15).

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    Captulo 3. Habilitao ao Benefcio Seguro-Desemprego

    A concesso do benefcio Seguro-Desemprego est sujeita a processo dehabilitao, que constitui o conjunto de procedimentos operacionais utilizados paraassegurar o benefcio ao trabalhador que preencher os requisitos exigidos pela legislao.

    Composta de duas fases distintas, o processo de habilitao inicia-se nomomento em que o trabalhador atendido nos Postos de Atendimento autorizados peloMinistrio do Trabalho e Emprego, e apresenta os formulrios "Requerimento do Seguro-Desemprego - RSD" e Comunicado de Dispensa - CD acompanhado da documentaoexigida.

    As fases do processos de habilitao so:

    1. Pr-Triagem: processo realizado nos postos de atendimento queconsiste na conferncia visual dos dados informados no RSD com adocumentao apresentada pelo trabalhador, bem com a averiguaodos requisitos exigidos na legislao para recebimento do benefcio.

    2. Triagem: processo informatizado no qual as informaes existentes no

    RSD so submetidas a validao e verificao de consistncia dosdados nas bases governamentais.

    Assim, no processo de habilitao ao Seguro-Desemprego, o agente exercepapel fundamental, pois realiza o primeiro dos processos de habilitao, ou seja, aconferncia visual na documentao apresentada pelo trabalhador a fim de comprovaodos requisitos exigidos na legislao.

    3.1. Requisitos para a habilitao ao benefcio Seguro-Desemprego

    Os requisitos legais exigidos para que o trabalhador se habilite aobenefcio Seguro-Desemprego, que devero ser verificados no momento do atendimentorealizado nos Postos de Atendimento encontram-se a seguir.

    De acordo com a legislao, para receber o benefcio Seguro-Desemprego, o trabalhador deve:

    1. Ter sido dispensado involuntariamente;2. Ter recebido salriosconsecutivos nos ltimos seis meses;

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    3. Ter trabalhado pelo menos seis mesesnos ltimos 36 meses;

    4. No estar recebendo nenhum benefcio da Previdncia Social deprestao continuada, exceto auxlio acidente ou penso por morte;

    5. No possuir renda prpriapara o seu sustento e de seus familiares.

    3.1.1. Dispensa Involuntria

    A dispensa involuntria aquela que acontece contra a vontade dotrabalhador, ou seja, uma resciso cuja motivao no partiu do trabalhador, mas sim doempregador. A Consolidao das Leis do Trabalho CLT distingue os seguintes casos dedispensa involuntria:

    i. Dispensa Sem Justa Causa (cd. saque FGTS 01) ocorre contra avontade do trabalhador;

    ii. Dispensa Indireta (cd. saque FGTS 01 ou 88) dispensa que ocorrequando o empregado solicita judicialmente a dispensa do trabalho,alegando que o empregador no est cumprindo as disposies docontrato;

    iii. Dispensa Por Fora Maior (cd. saque FGTS 02) - entende-se comofora maior todo acontecimento inevitvel, em relao vontade doempregador, e para realizao do qual este no concorreu, direta ou

    indiretamente6

    . Para estas situaes dever ser formalizado processoadministrativo. So exemplos desse tipo de dispensa os casos deincndios ou enchentes, desde que comprovados por documentao

    pertinente (Boletim de Ocorrncia com laudo pericial do Corpo deBombeiros, no caso de incndio, e Boletim de Ocorrncia com laudo

    pericial da Defesa Civil no caso de enchentes);

    iv. Extino (cd. saque FGTS 03): a extino da empresa pode serdecretada pela justia, caso em que deve ser apresentado documentofornecido pela justia ou, a pedido do proprietrio, devendo neste casoser apresentada Certido de Baixa fornecida pela Junta comercial;

    v. Falncia da Empresa (cd. saque FGTS 03): a justia decreta a falnciae nomeia administrador judicial para representar a massa falida eintermediar as negociaes; neste caso o trabalhador dever apresentarcpia de Certido de Falncia e ata de nomeao do representante damassa falida fornecidas pela justia.

    Ateno:Trmino de Contrato(cd. saque FGTS 04): O trmino de contrato no ddireito ao recebimento do benefcio, salvo no caso de saldo de parcelas (RequerimentoEspecial 252).

    6Artigo 501 da Consolidao das Leis do Trabalho.Entende-se como fora maior todo acontecimento inevitvel, em relao vontade do empregador, e para a realizao doqual este no concorreu, direita ou indiretamente.

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    3.1.2. Salrios Consecutivos

    O trabalhador deve comprovar o recebimento de salrios consecutivos noperodo de seis meses imediatamente anterior data da dispensa, que pode ser de uma oumais pessoas jurdicas ou pessoas fsicas equiparadas s jurdicas.

    So considerados para contagem dos seis ltimos salrios consecutivos,:

    a) o perodo de seis meses deve considerar o ms da dispensa e os cincomeses imediatamente anteriores;

    b) o perodo que o trabalhador estiver em benefcio da Previdncia Socialpoder ser considerado para a contagem dos seis ltimos salrios;

    c) o tempo de Servio Militar Obrigatrio, Servio Pblico (Civil eMilitar) pode ser utilizado para contagem dos seis ltimos salrios,desde que comprovado por documento oficial emitido pelo rgocompetente;

    No so considerados para contagem dos seis ltimos salrios consecutivos:

    a) perodo de suspenso do contrato para o recebimento da BolsaQualificao;

    b) o perodo de atividade profissional como trabalhador autnomo;

    c) o perodo de atividade profissional como empregado domstico;

    d) o perodo de licena sem vencimento.

    3.1.3. Meses Trabalhados

    O requisito meses trabalhados exige que o trabalhador tenha sidoempregado de pessoa jurdica ou pessoa fsica equiparada jurdica. A relao deemprego dever ter sido de, pelo menos, seis meses nos ltimos trinta e seis meses queantecederam a data da dispensa que deu origem ao Requerimento do benefcio Seguro-Desemprego.

    Observe que, na contagem dos meses trabalhados:

    a) considera-se um ms trabalhado a frao igual ou superior a quinzedias;

    b) o tempo de Servio Militar Obrigatrio, Servio Pblico (Civil eMilitar) pode ser utilizado para contagem dos meses trabalhados, desdeque comprovado por documento oficial emitido pelo rgo responsvel,mas no habilita para recebimento do Seguro-Desemprego;

    c) o trabalhador que se afastar da empresa apenas durante os meses doservio militar e que, ao retornar empresa, for demitido sem justa

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    causa, ter direito ao Seguro-Desemprego, desde que a soma dos mesestrabalhados na empresa e os meses do servio militar sejam igual ousuperior a seis meses;

    d) para a contagem dos meses trabalhados podem ser considerados oscontratos de trabalho com vrias empresas e os mesmos no precisamser consecutivos;

    e) o perodo em que o trabalhador estiver em benefcio da PrevidnciaSocial poder ser considerado para a contagem dos seis mesestrabalhados;

    No so considerados para contagem dos meses trabalhados, os seguintesperodos:

    a) perodo de suspenso do contrato para o recebimento da BolsaQualificao;

    b) o perodo de atividade profissional como trabalhador autnomo;

    c) o perodo de atividade profissional como empregado domstico;

    d) o perodo de licena sem vencimento.

    3.1.4. No estar em gozo de qualquer benefcio previdencirio de prestaocontinuada

    Para ter direito ao recebimento do benefcio Seguro-Desemprego o

    trabalhador no pode estar recebendo benefcio previdencirio de prestao continuada,pois de acordo a legislao, somente Auxlio-Acidente, Penso Por Morte e Auxlio-Recluso podem ser acumulados com o Seguro-Desemprego.

    Os trabalhadores portadores da Sndrome da Talidomida podero receber obenefcio do Seguro-Desemprego concomitante indenizao paga pelo Estado, desde quecumpram as exigncias previstas na legislao do Seguro-Desemprego.

    3.1.5. No possuir Renda Prpria

    Considera-se como renda prpria de qualquer natureza, suficiente suamanuteno e de sua famlia, o valor igual ou superior a um salrio mnimo, conformeConstituio Federal.

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    Captulo 4. Pr-Triagem

    Entende-se por pr-triagem o procedimento de conferncia das informaesconstantes no Requerimento de Seguro-Desempregoe na Comunicao de Dispensa-SD/CD, a partir da documentao apresentada pelo trabalhador nos postos que integram arede de atendimento ao trabalhador do Ministrio do Trabalho e Emprego7.

    O procedimento de pr-triagem visa, sobretudo, comprovar as informaesrelativas identificao e vida funcional do trabalhador, alm de prestar informaes eorientaes aos trabalhadores requerentes do benefcio.

    4.1. Procedimentos e documentao necessria para a realizao dapr-triagem

    O procedimento de pr-triagem exige a presena do trabalhador no Posto deAtendimento. o que se entende do pargrafo nico do artigo 4 da Resoluo CODEFATn. 467, de 21 de dezembro de 20058, ao exigir que a comprovao das informaes serfeita mediante declarao firmada pelo trabalhador, no Requerimento do Seguro-Desemprego RSD.

    No procedimento de pr-triagem, o agente de Seguro-Desemprego deveconferir se a documentao apresentada est de acordo com as exigncias legais que regemo benefcio Seguro-Desemprego, pois a ausncia ou divergncia na documentaoapresentada implicar na no habilitao do trabalhador. Os documentos que devem serapresentados so relacionados seguir:

    a) Requerimento de Seguro-Desemprego (RSD) e Comunicao deDispensa (CD);

    b) Carto do PIS-PASEP, extrato atualizado ou Carto do Cidado;

    c) Comprovante de Cadastro de Pessoa Fsica - CPF;

    7Alm dos Postos e Gerncias das Superintendncias Regionais do Trabalho e Emprego, integram a rede de atendimento aotrabalhador do Ministrio do Trabalho e Emprego, as unidades do Sistema Nacional de Emprego mantidas mediante acelebrao de convnios com os governos estaduais, do Distrito Federal e governos municipais, e com entidades parceiras,

    alm das agncias da CAIXA, quando autorizadas, em carter complementar.8De acordo com o pargrafo nico da Resoluo n. 467/CODEFAT, a comprovao dos demais requisitos ser feitamediante declarao firmada pelo trabalhador, no Requerimento do Seguro-Desemprego - RSD.

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    ATENO: A apresentao de um dos documentos citados suficiente paracomprovar o vnculo

    d) Carteira de Trabalho e Previdncia Social CTPS;

    e) Termo de Resciso do Contrato de Trabalho TRCT, homologado ouquitado;

    f) Documento de Identificao, no caso, a Carteira de Identidade ou, na

    sua falta, Certido de Nascimento ou Certido de Casamento, comprotocolo de requerimento da identidade (somente para recepo),Carteira Nacional de Habilitao (modelo novo), Carteira de Trabalho ePrevidncia Social, Passaporte, Certificado de Reservista ou Carteira deIdentificao do Conselho de Classe;

    g) trs ltimos contracheques, nos casos em que os salrios de contribuiono esto na base do CNIS e nem o trabalhador possui a CTPSatualizada.

    Na realizao da pr-triagem devem ser observados que:

    a CTPS documento obrigatrio para toda pessoa que venha a prestaralgum tipo de servio a outra pessoa, seja na indstria, no comrcio, naagricultura, na pecuria ou de natureza domstica. A fim de assegurar oregistro dos vnculos de emprego na contagem do tempo de servio dosltimos trinta e seis meses preciso questionar se o trabalhador no

    possui mais de uma CTPS.

    na verificao e registro dos trs ltimos salrios devem ser observadoos valores refrentes ao salrio de contribuio.

    a comprovao de vnculo deve ser feita a partir da anlise das

    informaes contidas: no comprovante de saque do FGTS (CPFGTS),extrato comprobatrio dos depsitos, relatrio da fiscalizao oudocumento judicial (Certido das Comisses de Conciliao Prvia,

    Ncleos Intersindicais, Sentena, Certido da Justia, Alvar Judicial).

    O comprovante de saque do Fundo de Garantia por Tempo de Servio -FGTS no obrigatrio para requerer o benefcio, desde que otrabalhador apresente um dos comprovantes de vnculo citados.

    Caso o Termo de Resciso do Contrato de Trabalho (TRCT) indique quea dispensa do trabalhador seja sem justa causa, o atendente deververificar se ela est de acordo com a Instruo Normativa n. 3, de 21 de

    junho de 20029, deste Ministrio, que determina:

    a) quando o empregado tiver mais de doze meses de servio, o Termo deResciso de Contrato de Trabalho s ser vlido se for homologado

    por rgo competente;

    9Pargrafo nico.A assistncia devida na resciso do contrato de trabalho firmado h mais de 1 (um) ano, e consiste em orientar eesclarecer empregado e empregador sobre o cumprimento da lei, assim como zelar pelo efetivo pagamento das parcelas devidas.

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    b) quando o empregado possuir menos de doze meses de servio noexiste a obrigatoriedade da homologao;

    c) a constatao de Aviso Prvio Indenizado no Termo de Resciso doContrato de Trabalho tambm configura que houve dispensa sem justacausa.

    4.2. Prazo para Requerer o Benefcio e situaes especficas

    De acordo com o Art. 6 da Lei 7.998/90, o seguro-desemprego pode serrequerido pelo trabalhador dispensado involuntariamente a partir do stimo diasubsequente resciso do contrato de trabalho. Adicionalmente, o Conselho Deliberativodo Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT, no uso das suas atribuies

    regimentais, publicou a Resoluo n. 467/2005, que define em seu art. 14 que otrabalhador dispensado pode requerer o benefcio Seguro-Desemprego a partir do stimodia, no podendo ser superior a cento e vinte dias subsequentes data da sua dispensa.

    Assim, o perodo para o trabalhador requerer o benefcio Seguro-Desemprego de sete a cento e vinte dias corridos, imediatamente subsequentes data daltima dispensa do trabalhador.

    Em relao ao prazo exigido para requerer o benefcio, deve-se estar atentoa situaes especficas de trabalhadores que, na busca do cumprimento dos seus direitostrabalhistas, ingressam com reclamao trabalhista para de reconhecimento de vnculoempregatcio, reverso de justa causa ou resciso indireta. Nestes casos, o prazo de sete a

    cento e vinte dias exigidos pela Resoluo n. 467/2005 passar a ser contado a partir dodia subseqente data da sentena prolatada, do trnsito em julgado, da homologao doacordo ou da certido constando a data de entrega das guias (SD/CD Requerimento doSeguro-Desemprego/Comunicao de Dispensa).

    4.2.1. Solicitao de Seguro-Desemprego fora do prazo

    O trabalhador que requerer o benefcio aps cento e vinte dias da data dedispensa e no possui sentena judicial, ser automaticamente notificado pelo Sistema, porRequerimento Fora do Prazo(+120 dias).Nestecaso,o trabalhador poder recorrer por

    meio de Recurso de Seguro-Desemprego - cdigo 550 (ver captulos sobre Recursos).Nas situaes em que o ltimo dia para requerer o benefcio incida em dia

    no til, ou seja, sbado, domingo ou feriado, admite-se a solicitao do benefcio noprimeiro dia til imediatamente posterior. Aps a incluso do Requerimento no Sistema,haver a notificao de Requerimento Fora do Prazo (+120 dias), sendo necessrio o

    preenchimento de Recurso de Seguro-Desemprego - cdigo 550 (ver captulos sobreRecursos).

    4.2.2. Solicitao de Seguro-Desemprego fora do prazo, com sentena judicial

    As situaes em que trabalhadores requererem o benfico Seguro-Desemprego aps cento e vinte e dias da data de dispensa, munidos de deciso judicial,exigiro o registro de informaes adicionais da referida deciso no Sistema Seguro-

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    Desemprego. Este procedimento far com que o Sistema considere a data da sentena paracontagem do prazo de cento e vinte dias. Nestes casos a cpia do documento judicialdever ser arquivada junto com o requerimento de seguro-desemprego.

    Quando for apresentada Sentena Judicial (alvar, ata de audincia comdeciso ou homologao de acordo ou fora de alvar, certido judicial, mandado judicial) necessrio que a autenticidade das informaes seja confirmada nas pginas eletrnicasdos referidos rgos do poder judicirio, esse procedimento pode ser realizado posterior aincluso do requerimento no sistema.

    Identificada divergncia relativa deciso judicial apresentada, o nmero dePIS do trabalhador dever ser bloqueado, a fim de que seja realizada anlise criteriosa dasituao, evitando o pagamento de parcelas indevidas.

    4.2.3. Solicitao de Seguro-Desemprego fora do prazo, com homologao deresciso contratual.

    Situaes em que trabalhadores requererem o Seguro-Desemprego apscento e vinte e dias da data de dispensa, cujo contrato de trabalho possua mais de um ano,devem levar em considerao a data de homologao da resciso contratual, que serregistrada no Sistema Seguro-Desemprego, permitindo que esta data, e no a data dadispensa, seja considerada para contagem do prazo de cento e vinte dias.

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    4.3. Quantidade de Parcelas

    A quantidade de meses trabalhados determina a quantidade de parcelas dobenefcio a serem pagas ao trabalhador dispensado, que poder ser de no mnimo trs e nomximo cinco parcelas, dentro do perodo aquisitivo, da seguinte forma:

    a. trs parcelas, se o trabalhador comprovar vnculo empregatcio de, nomnimo, seis meses e, no mximo, onze meses, nos ltimos trinta e seismeses;

    b. quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vnculo empregatcio de, nomnimo, doze meses e, no mximo, vinte e trs meses, nos ltimos trintae seis meses;

    c. cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vnculo empregatcio de, nomnimo, vinte e quatro meses, nos ltimos trinta e seis meses.

    TABELA 01

    SEGURO-DESEMPREGO :QUANTIDADE DE PARCELAS DO BENEFCIO,

    SEGUNDO OS MESES TRABALHADOS

    Meses Trabalhados Quantidade de parcelas

    06 a 11 meses 03 parcelas

    12 a 23 meses 04 parcelas

    acima de 24 meses 05 parcelas

    4.4. Perodo Aquisitivo

    Considera-se Perodo Aquisitivo10 o perodo de dezesseis meses, contados

    a partir da data da demisso que gerou o Seguro-Desemprego, exigidos para o trabalhadorrequerer ou reivindicar novo benefcio.

    Cumpridas as demais exigncias da legislao, entende-se que o Seguro-Desemprego poder ser requerido a cada perodo de dezesseis meses, contado a partir dadata da dispensa que gerou o benefcio em perodo anterior.

    10A norma que estabelece o perodo aquisitivo est contida no art. 5 da Resoluo CODEFAT n 467/2005: OSeguro-Desemprego ser concedido ao trabalhador desempregado, por um perodo mximo varivel de 03 (trs) a 05(cinco) meses, de forma contnua ou alternada, a cada perodo aquisitivo de 16 (dezesseis) meses...

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    4.5. Situao do Requerente no Sistema

    Aps conferncia da documentao, deve-se verificar a situao dotrabalhador no Sistema Seguro-Desemprego, a fim de identificar divergncias que poderoser solucionadas antes da incluso do Requerimento, tais como:

    a) recebimento de parcelas indevidas de benefcio anterior: o atendente deveremitir o termo de cincia e colher a assinatura do trabalhador;

    b) divergncia de dados cadastrais: se constatada divergncia ou erro de dadocadastral em Requerimento de Seguro-Desemprego de situao anterior noSistema, admite-se que o atendente efetue a correo do nome, nome dame, data de nascimento, sexo e nmero do CPF.

    c) confirmao do vnculo empregatcio referente ao benefcio solicitado: oatendente poder confirmar o vnculo empregatcio na Consulta Extrato doTrabalhador.

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    4.6. Situao de Desemprego

    Dentre as demais exigncias legais, ter direito a requerer o benefcioSeguro-Desemprego o trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa,inclusive a indireta, ou seja, que no possua vnculo de emprego formal estabelecido com

    qualquer empregador, no tenha renda prpria de qualquer natureza suficiente a suamanuteno e de sua famlia e no esteja em gozo de qualquer benefcio previdencirio de

    prestao continuada, previsto no Regulamento de Benefcios da Previdncia Social,excetuando o auxlio-acidente e a penso por morte.

    A conferncia dos vnculos de emprego dever ser realizada na CTPS(pginas reservadas aos Contratos de Trabalho e tambm nas Anotaes Gerais).Orienta-se a consulta s informaes CAGED (tela de vnculo) e no Extrato doTrabalhador CNIS.

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    Manual de Procedimentos Operacionais do Seguro-Desemprego 24

    Captulo 5. Formulrios de Seguro-Desemprego

    Os formulrios de Seguro-Desemprego integram o rol de documentaonecessria para requerer o benefcio. Estes formulrios seguem regras especficas do MTE.So formulrios de Seguro-Desemprego:

    1. Requerimento de Seguro-Desemprego - SD (1 via, cor verde); e2. Comunicao de Dispensa - CD (2 via, cor marrom);

    O Requerimento de Seguro-Desemprego e a Comunicao de Dispensapodero ser transmitidas pelo empregado por meio da internet, neste caso sero impressoem papel comum, estaro disponveis para ativao no Sistema.

    Estes formulrios so confeccionados de acordo com o modelo e numeraoprprios, fornecidos pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, mediante autorizao daSecretaria de Polticas Pblicas de Emprego - SPPE. Eles devem ser adquiridos pelosempregadores em papelarias, aos quais cabero a obrigatoriedade do preenchimento, deacordo com instrues contidas no prprio formulrio, no ato da dispensa do trabalhador.

    Os formulrios Requerimento de Seguro-Desemprego e Comunicao deDispensa contm informaes referentes ao trabalhador e ao empregador, s quais fazemosreferncia declarao do dispensado, firmada por ocasio do Requerimento de Seguro-Desemprego.

    O Formulrio Comunicao de Dispensa CD, consiste de duas partes:

    a) parte superior, com as informaes necessrias habilitao dotrabalhador dispensado ao Seguro-Desemprego, que ser o comprovante do trabalhadorrelativo entrega do Requerimento de Seguro-Desemprego; e,

    b) parte inferior, destacvel, que ser o comprovante do empregador relativo entrega da Comunicao de Dispensa - CD e o Requerimento de Seguro-Desemprego SD ao trabalhador dispensado. O comprovantes de entrega da Comunicao de Dispensa -CD e do Requerimento de Seguro-Desemprego SD devem ser conservados peloempregador, juntamente com a ficha de registro do trabalhador dispensado, pelo prazo decinco anos, contados a partir da data de dispensa.

    Adiante, informaes quanto ao preenchimento dos campos contidos noRequerimento de Seguro-Desemprego e Comunicao de Dispensa que devem seravaliados no processo de pr-triagem.

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    ATENO: Havendo divergncia do nome do trabalhador no Sistema Seguro-Desemprego, o acerto deve ser feito no momento da incluso do Requerimento. Caso adivergncia exista no cadastro do PIS-PASEP, o Requerente dever ser encaminhado CAIXA para o devido acerto.

    1. Nmero do Requerimento

    Os Requerimentos de Seguro-Desemprego impressos em papelarias

    obedecem numerao especfica os quatro primeiros dgitos referem-se ao nmero daautorizao dada pelo Ministrio do Trabalho e Emprego. O nmero do Requerimento, emconjunto com o nmero do PIS do trabalhador, utilizado para identificar a solicitao do

    benefcio nos aplicativos do Sistema Seguro-Desemprego.

    2. Nome do Dispensado

    A confirmao de que o nome do trabalhador est correto de extremaimportncia, pois qualquer divergncia no nome pode impedir a habilitao do trabalhador.

    Este dado deve ser conferido na Carteira de Identidade, Certido de Casamento ouNascimento, no Carto do PIS-PASEP, no documento de CPF e na CTPS.

    No Requerimento de Seguro-Desemprego, no campo Nome devem serobservadas:

    a. o campo deve conter o nome completo do trabalhador;

    b. deve haver espao entre as palavras, nome e sobrenome;

    c. admite-se abreviatura somente se o nome no couber no campoapropriado;

    d. no se admite o uso de pontuao, como vrgula ou apstrofo;

    e. no abreviar nome prprio ou nome composto, por exemplo:Francisco para Fco.; Joo Vtor para Joo V.; Ana Lusa

    para Ana L..

    3. Nome da Me do Requerente

    Este dado deve ser conferido com muita ateno, pois no Brasil existemvrios trabalhadores com o mesmo nome e com nomes homnimos, nestes casos este dado fundamental para identificar o trabalhador.

    Confira o nome da me do requerente na carteira de identidade, no carto doPIS-PASEP e na CTPS, caso ele seja registrado somente no nome do pai, anotar esse nomee se ele no for registrado nem pelo pai nem pela me ou nenhuma outra pessoa, anotar

    "sem filiao".

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    Deve ser preenchido o nome completo, deixando um espao em brancoentre nomes, sendo que abreviatura somente dever ser feita, caso o nome no caiba nocampo apropriado. No colocar nem ponto, nem vrgula, nem apstrofo.

    Ateno:no abreviar nome prprio ou nome composto.

    Exemplos: Francisco (Fco.), Joo Vtor (Joo V.), Ana Lusa (Ana L.).Havendo divergncia do nome constante no Sistema Seguro-Desemprego o

    acerto dever ser feito no momento da incluso do requerimento, mas sendo no cadastro doPIS-PASEP, o requerente dever ser encaminhado CAIXA para o devido acerto.

    4. Endereo Completo do Dispensado

    Confira o endereo do requerente, com o complemento, se houver e anote,obrigatoriamente, o nmero do Cdigo de Endereamento Postal - CEP, a Unidade daFederao - UF e nmero de telefone, se houver.

    5. PIS-PASEP

    O nmero do PIS a chave de identificao do trabalhador no SistemaSeguro-Desemprego, portanto deve ser preenchido corretamente. Confira este dado noCarto PIS-PASEP, no extrato do PIS atualizado, Carto do Cidado, nas informaes doCNIS, ou mediante pesquisa junto ao Sistema PIS/PASEP da CAIXA.

    6. Carteira de Trabalho e Previdncia Social Nmero, Srie, UFA Carteira de Trabalho e Previdncia Social - CTPS o documento que

    registra o histrico de vnculos do trabalhador, portanto o atendente dever conferir emtodas as Carteiras do requerente as pginas destinadas aos registros de Contratos,Anotaes Gerais e Para uso do INSS.

    Se houver divergncia entre o nmero que consta no RSD/CD e na CTPSapresentada pelo requerente, verificar se nela h o registro do Contrato de Trabalho daempresa que emitiu o Requerimento de Seguro-Desemprego e proceder a devida correo.

    No caso de extravio ou invalidade da CTPS, o trabalhador dever retornar

    (s) empresa(s) em que trabalhou, pelo menos nos ltimos trs anos, a fim de que seja(m)anotado(s) na segunda via da CTPS o(s) vnculo(s) que comprove(m) sua habilitao. Asempresas de contratos anteriores no so obrigadas a refazer as anotaes na CTPS, casoelas no faam o atendente no poder considerar o vnculo para contagem de meses e/ousalrios.

    No so aceitas CTPS contendo rasuras ou danificaes, tais como: falta outroca de fotografia, falta de pginas, pginas rasuradas ou danificadas, falta de assinaturado empregador na baixa de contrato, etc.

    Quando a CTPS estiver rasurada na pgina de identificao, o trabalhadordever ser instrudo a emitir segunda via. Entretanto, se a rasura for na pgina de algum

    Contrato de Trabalho, o requerente dever ser orientado a comparecer empresa, a fim desolicitar que seja anotada nas pginas Anotaes Gerais o motivo da rasura.

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    O Cancelamento de contrato de trabalho deve ser justificado nas pginas deAnotaes Gerais.

    Contratos em abertos na CTPS

    Consideram-se contratos em abertos na CTPS, as situaes que severificam nas pginas destinadas ao registro do Contrato de Trabalho o registro da data deadmisso preenchido, e a data de sada sem preenchimento.

    Em casos de contratos em aberto na CTPS do trabalhador, o atendentedever seguir as orientaes abaixo:

    a) o ltimo vnculo contratual no poder estar em aberto na CTPS, em nenhumahiptese;

    b) quando o requerente tiver contrato em aberto na CTPS anterior ao ltimo vnculo, elepoder requerer o benefcio do Seguro-Desemprego, mediante apresentao deRelatrio da Fiscalizao, desde que o empregador no seja localizado pela fiscalizaodo trabalho, nem apresente movimento h mais de dois anos no CAGED ouComprovante de Requerimento de Fechamento de Vnculo fornecido pela justia.

    Nestes casos o perodo relativo situao de contrato em aberto, no ser consideradopara a contagem de meses e/ou salrios para fins de obteno do Seguro-Desemprego;

    7. CPF - Nmero de Cadastro de Pessoa FsicaConferir o nmero de CPF informado no Requerimento de Seguro-

    Desemprego com o nmero que consta no documento apresentado pelo trabalhador que, nocaso, pode ser o nmero existente no Carto CPF, da Receita Federal ou na Carteira deIdentidade.

    8. Tipo de Inscrio 1. CNJP 2. CEI(INSS)

    Este campo qualifica o nmero de inscrio registrado pelo empregador no

    campo seguinte, ou seja, uso do dgito 1 para inscrio de CNPJ e 2 para inscrio de CEI.

    9. CNPJ ou CEI - Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica ou CadastroEspecfico do INSS

    O nmero de CNPJ ou CEI utilizado para identificar o Empregador. Estedado deve ser conferido na pgina de anotaes de contrato da CTPS, no TRCT ou noCPFGTS.

    Os requerimentos devero conter o carimbo do CNPJ ou CEI, padronizados,

    datilografados ou pr-impressos, conforme determina a Resoluo CODEFAT n. 168, de13 de maio de 1998.

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    Na ausncia do carimbo do CNPJ ou CEI, o atendente somente poderpreencher o campo e recepcionar o benefcio, caso haja a confirmao do vnculo por meioda consulta na base do CNIS, CAGED ou CAIXA.

    O Requerimento tem campo prprio para identificar o tipo de inscrio edeve ser preenchido conforme os cdigos abaixo:

    CDIGO 1 - Para empresas com inscrio no CNPJ;

    CDIGO 2 - Para empresas com inscrio no CEI.

    10. Atividade Econmica

    Este campo destinado ao registro do cdigo da Classificao Nacional deAtividades Econmicas CNAE da Empresa. A CNAE a classificao oficialmenteadotada pelo Sistema Estatstico Nacional na produo de estatsticas por tipo de atividade

    econmica, e pela Administrao Pblica, na identificao da atividade econmica emcadastros e registros de pessoa jurdica.

    Note que, apesar deste campo constar no Requerimento de Seguro-Desemprego para preenchimento do Empregador, no Sistema Seguro-Desemprego estainformao coletada automaticamente por meio das informaes prestadas pelosempregadores ao CAGED.

    11. CBO - Ocupao

    O campo destinado Classificao Brasileira de Ocupaes CBO tem oobjetivo de identificar a ocupao que foi exercida pelo trabalhador requerente dobenefcio Seguro-Desemprego.

    No registro da informao da CBO orienta-se aos atendentes que averiguemcom o trabalhador a atividade exercida, a fim de corrigir possvel erro proveniente deregistro da informao pelo empregador. A informao devidamente corrigida permite,

    para os novos processos de integrao de bases de dados, que estes trabalhadores possamser conduzidos a processos de intermediao de emprego. Atendendo, assim, aos ditamesda Lei 8.900/1994, que dispe sobre o benefcio do seguro-desemprego e altera dispositivoda Lei n 7.998/1990.

    12. Data de Admisso

    A data de admisso registrada nestes campo deve ser igual contida noTermo de Resciso do Contrato de Trabalho - TRCT e na CTPS, na pgina destinada aregistro do Contrato de Trabalho, onde consta o vnculo de emprego que deu origem emisso da Comunicao de Dispensa.

    Certifique-se que a data informada no Requerimento a mesma que constanos citados documentos. Caso haja erro na CTPS, oriente o trabalhador a retornar ao seuantigo empregador, para que seja procedida a devida correo. S aps a correo devida,

    dever ser recepcionado o requerimento.

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    13. Data de Dispensa

    A data de dispensa registrada nestes campo deve ser igual contida noTermo de Resciso do Contrato de Trabalho - TRCT e na CTPS, na pgina destinada aregistro de Contrato de Trabalho e nas Anotaes Gerais, onde consta o vnculo de

    emprego que deu origem emisso da Comunicao de Dispensa.Certifique-se que a data de sada informada no Requerimento a mesma

    que consta nos citados documentos. Caso haja erro na CTPS, oriente o trabalhador aretornar ao seu antigo empregador, para que seja procedida a devida correo. S aps acorreo devida, dever ser recepcionado o requerimento.

    Mesmo que o aviso prvio indenizado seja considerado na contagem dotempo de servio ou dos seis salrios, a data da dispensa no dever ser alterada norequerimento.

    14. SEXOCampo destinado para o empregador informar o sexo do requerente, sendo o

    dgito 1 para sexo masculino e dgito 2 para sexo feminino.

    15. GRAU DE INSTRUO

    Os cdigos correspondentes a este campo, indicam a escolaridade dotrabalhador que requer o benefcio. Atentar para o fato de que essa informao prioritria

    para a integrao das aes de emprego e de qualificao profissional, cabendo, no caso, a

    averiguao do registro dessa informao com o trabalhador. Os cdigos permitidos soindicados a seguir:

    TABELA 02

    CODIFICAO DO CAMPO GRAU DE INSTRUO

    CDIGO ESCOLARIDADE1. Analfabeto

    2. 5 Ano Incompleto do Ensino Fundamental3. 5 Ano do Ensino Fundamental4. Do 6 ao 9 Ano do Ensino Fundamental Incompleto5. Fundamental Completo6. Ensino Mdio Incompleto7. Ensino Mdio Completo8. Superior Incompleto9. Superior Completo10. Especializao11. Mestrado12. Doutorado

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    16. DATA DE NASCIMENTO

    A data de nascimento do trabalhador deve ser conferida na documentaoapresentada, no caso, na Carteira de Identidade, CTPS ou carto do PIS-PASEP. Havendoa divergncia de data de nascimento na documentao apresentada e a data que consta no

    Sistema Seguro-Desemprego, decorrente de um benefcio anterior, o acerto dever ser feitono momento da incluso do Requerimento. Caso se constate que a data de nascimento esterrada no cadastro do PIS-PASEP, o Requerente deve ser orientado a tratar do assunto naCAIXA.

    Maiores de dezesseis anos podero requerer e receber o benefcio sem apresena dos pais ou responsvel legal, desde que comprovem todos os critrios dehabilitao exigidos pela Lei do Seguro-Desemprego.

    17. HORAS TRABALHADAS POR SEMANA

    Refere-se a quantidade de horas que foram trabalhadas pelo empregado novinculo de emprego que deu origem ao Requerimento de Seguro-Desemprego.

    18. Ms-antepenltimo salrio, ms-penltimo salrio, ms-ltimosalrio

    Os trs campos em questo destinam-se ao registro dos trs ltimos meses econsequentes salrios recebidos pelo trabalhador dispensado no perodo imediatamenteanterior data da dispensa. Confira este dado na base do CNIS, nas pginas destinadas salteraes salariais da CTPS, nos trs ltimos contracheques apresentados e nasinformaes contidas na TRCT.

    19. SOMA DOS TRS LTIMOS SALRIOS

    Refere-se soma dos trs ltimos salrios comprovados, que foramregistrados nos campos anteriores. A soma dos salrios informados permitir calcular ovalor da parcela do Seguro-Desemprego.

    Note que remuneraes de trabalhadores em salrio/hora, dia, semana ou

    quinzena, exigir o registro no Requerimento do salrio mensal equivalente, conformeregra a seguir:

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    TABELA 03

    CLCULO DO SALRIO MENSAL

    1. Salrio/hora

    X 220

    R$ 2,00/h x 220 = R$ 440,00 por ms

    2. Salrio/diaX 30

    R$ 7,00/d x 30 = R$ 210,00 por ms

    3. Salrio/semanalX 7 30

    R$ 70,00/s 7 x 30 = R$ 300,00 por ms

    4. Salrio/quinzenalX 2

    R$ 250,00 x 2 = R$ 500,00 por ms

    20. DOMICLIO BANCRIO BANCO/AGNCIA

    De acordo com a Lei 7.998/90, somente os bancos oficiais federais estoautorizados a realizar o pagamento do benefcio Seguro-Desemprego. Atualmente, oregistro deste campo exigncia meramente burocrtica, na medida em que asseguradoao trabalhador beneficirio o recebimento das parcelas de Seguro-Desemprego emquaisquer agncias ou correspondentes bancrios da instituio pagadora, no caso aCAIXA.

    21. QUANTIDADE DE MESES TRABALHADOS

    Inicialmente, o campo quantidade de meses trabalhados, com vnculosempregatcios nos ltimos 36 meses era utilizado para determinar a quantidade de

    parcelas do benefcio Seguro-Desemprego. Salientamos que verses atuais do Sistemaexigem o complemente de informaes adicionais, que exige o registro de todos osvnculos empregatcios que deram origem ao benefcio.

    Note que os meses trabalhados nos ltimos trinta e seis meses no precisamser consecutivos e no precisam ser de um mesmo vnculo de emprego.

    Confira o registro dos vnculos de emprego do trabalhador nos ltimos trintae seis meses trabalhados com as informaes contidas nas pginas de Contrato de Trabalhoda CTPS.

    Entende-se por meses trabalhados a contagem de tempo de servio nosltimos trinta e seis meses, ou seja, nos ltimos trs anos. Para ser considerado como mstrabalhado o trabalhador dever ter trabalhado no mnimo quinze dias no ms.

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    22. Recebeu salrios em cada um dos ltimos seis meses - SalriosConsecutivos

    Para ter direito a receber o benefcio, o trabalhador requerente devercomprovar o recebimento de no mnimo seis salrios consecutivos e podem ser de mais deum vinculo de emprego, ou mais de uma empresa.

    A checagem dessa informao dever ser verificada na CTPS. Note que alegislao deixa claro que situaes em que o requerente tenha trabalhado ao menos um diano ms ser considerado como recebimento de salrio. Veja o exemplo:

    O trabalhador que requer o benefcio apresenta na CTPS a data de dispensa:01/07/2012, com apenas um dia de trabalho no ms de julho. Neste caso, para ter direito ao

    benefcio, o trabalhador dever comprovar o recebimento de salrios nos meses de Julho,Junho, Maio, Abril, Maro e Fevereiro de 2012.

    23. AVISO PRVIO INDENIZADO

    O Aviso Prvio Indenizado dever ser conferido no TRCT e na CTPS.

    Aviso Prvio a comunicao escrita ou verbal feita por uma das partes outra, a fim de noticiar a inteno de rescindir o contrato de trabalho de emprego, dentrodo prazo previsto em lei ou, eventualmente, em instrumento normativo coletivo.

    Conforme regulamentao da CLT, o aviso prvio pode ser trabalhado ouindenizado. O primeiro considera que o empregado continua exercendo suas atividades

    profissionais at que o prazo se extinga. O segundo, indenizado, admite a hiptese de nocumprimento do prazo do aviso prvio, devendo, no caso, existir a sua indenizao,referente a um salrio do empregado.

    Quando o aviso prvio for indenizado, dever ser considerado como maisum ms trabalhado e como mais um salrio, exceto nos casos abaixo:

    a) Demisso ocorrendo no dia 1 para meses de 31 dias o aviso vence nomesmo ms, logo, considera-se apenas como mais um ms trabalhado;

    b) Demisso ocorrendo no dia 15 para meses de 31 dias o aviso vence dia14 do ms seguinte, logo, considera-se apenas como mais um salrio;

    c) A contagem do aviso prvio inicia-se no dia seguinte ao da dispensa.

    Reservado para preenchimento do Posto do Seguro-Desemprego

    Os campos que so descritos a seguir tm importncia fundamental noconfronto dos dados para liberao do benefcio, portanto no podem conter rasuras. O no

    preenchimento desses campos podem implicar no indeferimento do beneficio.

    a. Data do Requerimento

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    O agente deve registrar a data atual, em que o trabalhador deu entrada noRequerimento de Seguro-Desemprego. Observar o prazo exigido para entrada, segundo osditames da legislao do Seguro-Desemprego.

    b. Cdigo da Dispensao cdigo da dispensa deve ser o cdigo informado na TRCT. Entre os

    cdigos de dispensa involuntria, admite-se os seguintes registros:

    cdigo 01 - Dispensasemjustacausa;cdigo 88 DeterminaoJudicial;cdigo 02 - Dispensa

    por

    fora

    maior;

    cdigo 03 - Dispensa

    por

    extino

    ou

    falncia

    da

    empresa;

    cdigo 04 - Dispensaportrminodecontrato.

    c. Resciso Contratual QuitadaInforme o digito 1, para sim, e dgito 2, para no.

    d. Motivo do Cancelamento

    Este campo destinado ao registro do motivo do cancelamento.

    e. Nmero do Posto, inscrio autorizada, assinatura do agente credenciado ecarimbo do rgo

    Este campo preenchido automaticamente pelo sistema e serve paraidentificar o local onde e quem fez a incluso do requerimento no sistema.

    ASSINATURA E CARIMBO DO EMPREGADOR

    O Requerimento do Seguro-Desemprego no poder ser encaminhado sem aassinatura e o carimbo do empregador, no espao que lhes so destinados. Na falta desses oRequerimento ser devolvido. Admite-se a impresso do carimbo contendo o nmero doCNJP do empregador, constante ainda de assinatura, com carimbo do responsvel pelo

    processo de resciso contratual (Resoluo N 168 de 13 de maio de 1998).

    ASSINATURA DO TRABALHADOR NA DECLARAO

    A declarao dever ser lida pelo Requerente. No caso de no alfabetizadoso agente dever ler para o mesmo. Aps a leitura, colher a assinatura ou digital dotrabalhador.

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    Notas Especficas a respeito do Benefcio

    1. O Clculo do Benefcio.

    O valor do benefcio calculado com base na mdia dos trs ltimos salrios,

    imediatamente anteriores a data da dispensa, recebidos do ltimo empregador,exceto nos casos em que:

    a)No ltimo vnculo, o trabalhador exerceu atividade profissional somentedois meses; neste caso, considera-se para efeito do clculo do benefcioapenas os dois ltimos salrios;

    b)No ltimo vnculo, o trabalhador exerceu atividade profissional somenteum ms; neste caso, considera-se para efeito do clculo do benefcioapenas o ltimo salrio.

    Para efeito do clculo do benefcio, no dever ser considerado salrios de vnculos

    anteriores.Caso o trabalhador no tenha trabalhado integralmente em qualquer um dos trsmeses, o salrio ser calculado com base no ms de trabalho completo.

    2. O Valor do Benefcio

    O valor do benefcio no ser inferior ao salrio mnimo e ser calculado de acordocom a atual tabela de faixas de valores aprovada pelo CODEFAT.

    3. Requerimentos de Seguro-Desemprego com Ao Judicial

    O agente credenciado do Posto de Atendimento no poder recusar o recebimento deintimaes e liminares oriundas do Poder Judicirio.

    Neste caso, observamos que Sistema Seguro-Desemprego permite a incluso destesRequerimentos, devendo, neste caso, serem coletadas informaes adicionaisrelativas aos processos judiciais.

    As informaes dos referidos processos judiciais nas pginas eletrnicas do poderjudicirio, a fim de constatar a veracidade das informaes contidas nas decises esentenas apresentadas pelos trabalhadores. Deve-se, tambm, manter cpia dareferida determinao judicial com o Requerimento do benefcio.

    Liminares que no possam ser processadas no prprio Posto de Atendimentodevero ser encaminhadas CGSAP e envidadas, de imediato, por meio de fax, a

    fim de atendimento determinao.Com relao ao alvar judicial, o Posto poder question-lo. No h necessidade deenviar Coordenao-Geral, desde que esse no venha em forma de mandado.

    a.Caso o Posto verifique que o requerente no tem direito ao benefcio do Seguro-Desemprego e exista uma liminar judicial, concedendo o pagamento do mesmo,o Posto dever cumprir o determinado pela justia e enviar toda documentao Coordenao-Geral, antes de trinta dias.

    b.O posto que receber ofcio para desconto de Penso Alimentcia deverencaminh-lo Coordenao-Geral, para que sejam tomadas as devidas

    providncias.

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    Captulo 6. Alterao nos Formulrio SD/CD

    6.1. Alterao nos Formulrios SD/SD

    Conforme exposio em captulo anterior, o processo de pr-triagemrealizado nos postos de atendimento consiste em conferncia visual dos dados informadosno Requerimento de Seguro-Desemprego com a documentao apresentada pelotrabalhador. Este procedimento exclusivo dos agentes credenciados e admite anecessidade de correo das informaes prestadas pelo empregador no Requerimento deSeguro-Desemprego.

    Da a importncia de que as informaes do Requerimento sejammanualmente corrigidas, se necessrias, a fim de ficar evidente que no h divergnciaentre os dados do formulrio com os que se encontram registrados na base do Seguro-Desemprego. A respeito das correes exigidas, em hiptese alguma pode haver rasura nocampo alterado. Abaixo, exemplo de alterao de campo, em que se constata a digitaoerrada de nmero de PIS do trabalhador.

    PIS-PASEP/NIT (errado) | 1 | 2 | 0 | 0 | 3 | 2 | 4 | 8 | 4 | 4 | 6|

    PIS-PASEP/NIT (correto) | 1 | 2 | 0 | 0 | 3 | 2 | 4 | 8 | 4 | 6 | 4 |

    PROCEDIMENTO CORRETO DE ALTERAO

    PIS-PASEP/NIT 1 2 0 0 3 2 4 8 4 6 4

    | 1 | 2 | 0 | 0 | 3 | 2 | 4 | 8 | 4 | 4 | 6 |

    No procedimento correto de alterao a leitura do campo no foiprejudicada, pois no houve rasura, nem outro tipo de dano. Acima da informaopreenchida incorretamente deve ser feito um nico trao, preferencialmente com canetaesferogrfica e sobre o nmero errado, dever ser registrado, manualmente, o nmerocorreto.

    Caso ocorram alteraes demasiadas no formulrio, o mesmo dever sersubstitudo pelo Requerimento Especial Cdigo 211.

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    Captulo 7. Cancelamento do RSD e do Benefcio

    7.1. Cancelamento no Formulrio SD/CD

    No incomum que empregadores, em processos de resciso contratual,preencham e entreguem junto documentao de resciso contratual do trabalhadordispensado, os formulrios de Seguro-Desemprego, independente destes terem direito ouno ao benefcio.

    Assim, possvel supor que alguns casos geraro o cancelamento dosformulrios de Seguro-Desemprego, em virtude de no comprovao dos critrios legais dehabilitao ao benefcio, no ato do requerimento.

    Nesses casos, e aps anlise, cabem as devidas explicaes de que otrabalhador no possui os requisitos exigidos pela legislao do Seguro-Desemprego. Caso,aps a devida explicao, o requerente insistir em dar entrada no benefcio, o agente dever

    preencher o campo "Motivo do Cancelamento" do RSD/CD.

    Os Requerimentos includos com cdigos de cancelamento sero notificadose a recorrncia poder ser realizada por meio de recurso. O cancelamento dever serefetuado nas duas vias do formulrio RSD/CD, preenchendo-se o campo com o respectivocdigo, conforme a tabela abaixo:

    TABELA 04

    SEGURO-DESEMPREGO :CDIGOS DE CANCELAMENTO DOS FORMULRIOS SD/CD

    Cd.cancelamento

    Notificao Recurso

    59 Menos de 06 salrios 520

    66 Benefcio de prestao continuada da PrevidnciaSocial

    801

    67 Dispensa em desacordo com a Lei 8.900/94 909

    68 Recebimento de renda prpria 801

    77 Reemprego 540

    78 Menos de 06 meses 515

    80 Aderiu ao Plano de Demisso Voluntria ou Similares 909

  • 7/24/2019 Seguro desemprego.pdf

    39/146

    Manual de Procedimentos Operacionais do Seguro-Desemprego 38

    7.2. Cancelamento do Benefcio Seguro-Desemprego

    Os casos de cancelamento do benefcio Seguro-Desemprego esto contidosno art. 8 da Lei n. 7.998/90, e poder ocorrer quando for constatado uma das situaesrelacionadas abaixo:

    a) pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro empregocondizente com sua qualificao e remunerao anterior;

    b) por comprovao de falsidade na prestao das informaes necessrias habilitao;

    c) por comprovao de fraude visando percepo indevida do benefciodo Seguro-Desemprego;

    d) por morte do segurado.

    Nos casos previstos nas letras a, b e c, alm do cancelamento dobenefcio atual, o trabalhador ficar impedido de receber o Seguro-Desemprego por umperodo de dois anos e, em caso de reincidncia, ter seu perodo dobrado. Admite-se, paraessas situaes, a possibilidade do trabalhador recorrer da suspenso do benefcio,mediante a abertura de devido processo administrativo (ver manual de processo).

    7.3. Clculo de parcelas de Seguro-Desemprego nas situaes defalecimento do trabalhador segurado.

    Conforme o item anterior, o art. 8 da Lei 7.998/90 indica que o benefcioSeguro-Desemprego ser cancelado caso ocorra a morte do segurado. Salientamos, nestecaso, o que preconiza o art. 11 da Resoluo CODEFAT n 467 ao indicar que o benefcioser pago aos dependentes do segurado.

    Art. 11. O Seguro-Desemprego pessoal e intransfervel, salvo nos casosde:

    I morte do segurado, para efeito de recebimento das parcelas vencidas,quando ser pago aos dependentes mediante apresentao de alvar

    judicial;

    Quando constatada a morte do segurado, deve-se verificar o nmero deparcelas a que teria direito, levando em considerao a data da dispensa involuntria e osdias decorridos at a data do bito. Para clculo da quantidade de parcelas, deve serobservada a tabela seguinte: