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5/13/2018 SEMANA 7 - NORMA JUR DICA - slidepdf.com
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SEMANA 7 - A NORMA JURÍDICA
A norma jurídica imputa certa ação ou comportamento ao
destinatário. É uma regra de conduta social cuja finalidade éregular as atividades dos sujeitos em suas relações sociais.
Ao se dirigir ao destinatário, a norma jurídica proíbe e obriga. Ex.: éproibido fumar neste estabelecimento. É obrigatório o uso de
crachá entrar. Segundo o Direito Positivo, a norma jurídica é opadrão de conduta social imposto pelo Estado, para que sejapossível a convivência entre os homens.
A palavra norma ou regras jurídicas são sinônimas, apesar de alguns
autores utilizarem a denominação regra para o setor da técnica eoutros, para o mundo natural.
Existe distinção entre norma jurídica e lei. Esta (lei) é apenas uma dasformas de expressão das normas, que se manifestam também pelodireito costumeiro e, em alguns países, pela jurisprudência.
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7.1 SEGUNDO KANT, EXISTEM DOIS TIPOS DE COMANDOS:imperativo categórico e imperativo hipotético
1) Imperativo categórico É mais comum nareligião, na moral e nos costumes, emboraexistam normas jurídicas com este tipo de
comando deve ser A, tem caráter taxativo.É constituído por um único elemento (ou
enunciado, dispositivo ou consequência) Ex.art. 10, I, II e III do NCC.
Subdivide-se em dois:
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7.1 SEGUNDO KANT, EXISTEM DOIS TIPOS DECOMANDOS:
... subdivide-se em dois:
1.1 Sentido positivo determinando-se que se faça
alguma coisa. Ex. silêncio, respeite a fila mãoúnica.
1.2 Sentido negativo determinando-se quedeterminada coisa não pode ser feita. Ex. éproibido fumar, é proibido falar com omotorista.
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7.1 SEGUNDO KANT, EXISTEM DOIS TIPOS DE COMANDOS:
2) Imperativo hipotético O
enunciado fica na dependência de ocorrer ahipótese ou fato. A maioria das normas jurídicas são deste tipo,representando o comando se for B, então deve ser A, onde se for Bé a hipótese, suposto ou fato, e deve ser A é o enunciado, dispositivoou consequência. Ex. Art. 1.275 NCC.
Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade: I....;II.....; III- pelo abandono Se for abandonada a coisa (B), deve serperdida a propriedade da mesma (A). Porque somente é aplicável naocorrência da hipótese estipulada, qual seja, o abandono da coisa.
Art. 1.521,I NCC:
Não podem casar: I os ascendentes com os descendentes, seja oparentesco natural ou civil; é uma ordem hipotética proibitiva ouimperativo hipotético em sentido negativo.
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7.1 ESTRUTURA DA NORMA JURÍDICA
Doutrina Dominante:
1) bilateralidade
2) generalidade
3) abstratividade
4) imperatividade
5) coercibilidade
6) heteronomia.
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CARACTERÍSTICAS SUBSTANCIAIS DA NORMAJURÍDICA/ESTRUTURA
Generalidade. Temos que a norma jurídica é preceito de ordemgeral, que obriga a todos que se acham em igual situação jurídica. Da generalidade da norma, deduzimos o princípio daisonomia da lei, segundo o qual todos são iguais perante a lei.
Abstratividade. As normas jurídicas visam estabelecer uma fórmulapadrão de conduta, aplicável a qualquer membro da sociedade.Regulam casos como ocorrem, via de regra, no seu denominador
comum. Se abandonassem a abstratividade para regular os fatosem sua casuística, os códigos seriam muito mais extensos e olegislador não lograria seu objetivo, já que a vida em sociedade émais rica que a imaginação do homem.
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CARACTERÍSTICAS SUBSTANCIAIS DA NORMAJURÍDICA/ESTRUTURA
Bilateralidade. Temos que o direito existe sempre vinculandoduas ou mais pessoas, conferindo poder a uma parte eimpondo dever à outra.
Bilateralidade expressa o fato de a norma possuir dois lados:um representado pelo direito subjetivo e o outro pelo dever jurídico, de tal modo que um não pode existir sem o outro,pois regula a conduta de um ou mais sujeitos em relação àconduta de outro(s) sujeito(s)(relação de alteridade).
Sujeito ativo (portador do Direito Subjetivo).
Sujeito passivo (possuidor do dever jurídico).
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CARACTERÍSTICAS SUBSTANCIAIS DA NORMAJURÍDICA/ESTRUTURA
Imperatividade. Revela a missão de disciplinar as maneiras de agir emsociedade, pois o direito deve representar o mínimo de exigências,de determinações necessárias. Assim, para garantir efetivamente aordem social, o direito se manifesta através de normas quepossuem caráter imperativo. Tal caráter significa imposição devontade e não simples aconselhamento.
Coercibilidade. Quer dizer possibilidade de uso de coação. Essa possuidois elementos: psicológico e material. O primeiro exerce aintimidação, através das penalidades previstas para as hipóteses deviolações das normas jurídicas. O elemento material é a forçapropriamente, que é acionada quando o destinatário da regra não a
cumpre espontaneamente. As noções de coação e sanção não seconfundem.Coação é uma reserva de força a serviço do Direito.
Sanção é considerada, geralmente, medida punitiva para a hipótesede violação de normas.
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CARACTERÍSTICAS SUBSTANCIAIS DA NORMAJURÍDICA/ESTRUTURA
Atributividade (ou autorizamento). É o elemento distintivo por excelênciaentre a norma jurídica e as demais normas de conduta: a aptidão paraatribuir ao lesado a faculdade de exigir o seu cumprimento forçado. O
que lhe compete é autorizar ou não o uso das faculdades humanas.
-------------------------------------- CONTESTAÇÃO---------------------------------------Esta característica da norma jurídica é contestada por autores de relevo,
entre os quais o Prof. Goffredo Telles Jr., que assim se expressa arespeito : "A norma jurídica não atribui ao lesado a faculdade de reagircontra quem o lesou.(TELLES,1980, p.371-3)
Não tem a norma jurídica nenhuma possibilidade de fazer essa atribuição.Ela própria não possui nenhuma faculdade de reagir contra quemquer que seja. Reagir é agir. A norma não reage. Ela não temfaculdade de agir. Como poderia ela dar o que ela própria não possui?Não se diga, portanto, que a norma jurídica é atributiva.
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CONTESTAÇÃO DAAtributividade (ou autorizamento)
A faculdade de reagir é uma faculdade própria do ser humano,
independentemente de quaisquer normas. O que compete à norma é autorizarou não autorizar o uso desta faculdade. Não lhe compete nada mais que isto.
A faculdade de reação, repetimos, pertence ao lesado. O que pertence à norma ésomente o autorizamento, para o uso dessa faculdade. Em termos exatos: anorma é a expressão de tal autorizamento.( TELLES Jr., Goffredo. 6. ed. O DireitoQuântico. São Paulo: Max Limonad,1985)
Já Miguel Reale defende o que chamou de bilateralidade atributiva: Existebilateralidade atributiva escreve Reale quando duas ou mais pessoasestão numa relação segundo uma proporção objetiva que as autoriza apretender ou a fazer garantidamente alguma coisa. Quando um fato socialapresenta esse gênero de relação, dizemos que é jurídico.
Segundo Reale, a diferença entre os fenômenos jurídicos e os não jurídicos
econômicos, psicológicos etc. é que nestes a bilateralidade não é atributiva,isto é, a correspondência não está assegurada, não obedece a um padrãouniforme ou obrigatório.
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CARACTERÍSTICAS FORMAIS DA NORMA
Características formais: escrita emanada do Poder Legislativo emprocesso de formação regular, promulgada e publicada.
1) Lei em sentido formal e em sentido formal-material:
1.1) em sentido formal, é a que atende apenas aos requisitos deforma (processo regular de formação), faltando-lhe caracteresde conteúdo, como a generalidade ou substância jurídica.
Ex.: A aprovação, pela assembleia da Revolução Francesa, da lei
que declarava a existência de Deus e a imortalidade da alma.
1.2) Em sentido formal-material, a lei deve preencher osrequisitos de substância e de forma.
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CARACTERÍSTICAS FORMAIS DA NORMA
Características formais: escrita emanada do Poder Legislativo emprocesso de formação regular, promulgada e publicada.
2) Lei Substantiva - Reúne normas de conduta social que definem
os direitos e deveres das pessoas em suas relações. Ex.: DireitoCivil, Penal, Comercial etc..
3) Lei Adjetiva - Aglutina regras de procedimento no andamentode questões forenses. Ex.: Lei de Direto Processual Civil, Direito
Processual Penal etc..
As Leis substantivas são, em regra, principais; enquanto que asadjetivas são de natureza instrumental.
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OS DIVERSOS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS NORMASJURÍDICAS:
Os autores variam na apresentação das formas de classificação dasnormas jurídicas; existe mesmo certa ambiguidade e vacilação naterminologia. Fato é que a classificação pode ser realizada deacordo com vários critérios. Exemplos:
a) Normas codificadas são aquelas que constituem um corpoorgânico sobre certo ramo do direito, como o Código Civil.
b) Normas consolidadas são as que formam uma reuniãosistematizada de todas as leis existentes e relativas a umamatéria; a consolidação distingue-se da codificação, porque suaprincipal função é a de reunir as leis existentes e não a de criarleis novas, como num Código. Ex: CLT;
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OS AUTORES NÃO SÃO UNÂNIMES. CADA UM UTILIZA MÉTODO ETERMINOLOGIA PRÓPRIOS.
1. Critério da Destinação - normas de organização (normas de sobredireito) ou estrutura e
normas de conduta (normas de direito).
Normas de organização (norma de sobredireito) - normas instrumentais que visam àestrutura e funcionamento dos órgãos, ou à disciplina de processos técnicos deidentificação e aplicação de normas, para assegurar uma convivência juridicamenteordenada => Destinatário: o próprio Estado.
Normas de conduta (norma de direito) - normas que disciplinam o comportamento dosindivíduos, as atividades dos grupos e entidades sociais em geral => Destinatário: o corposocial (pessoas físicas, jurídicas ou autoridades que estiverem na situação nela prevista).Todavia, quando surge o eventual conflito levado ao Poder Judiciário, este passa a ser seudestinatário.
2. Critério da Existência - norma explícita e norma implícita: A norma explícita é a norma tal
qual está escrita nos códigos e nas leis. A norma implícita é aquela subentendida a partirda norma explícita.
3. Critério da extensão territorial - normas federais, estaduais e municipais.
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OS AUTORES NÃO SÃO UNÂNIMES. CADA UM UTILIZA MÉTODO ETERMINOLOGIA PRÓPRIOS.
4. Critério do Conteúdo - direito público, direito privado e
direito social. A teoria que prevalece atualmente para a distinçãodessas normas é a teoria formalista da natureza da relação jurídica:
Normas de Direito Privado: regulam o vínculo entre particulares=> Plano de igualdade => Relação jurídica de coordenação. Ex.: As
normas que regulam os contratos.
Normas de Direito Público: regulam a participação do poder público,quando investido de seu imperium, impondo a sua vontade =>Relação jurídica de subordinação. Ex.: As normas de Direito
Administrativo.
Normas de Direito Misto => Tutelam simultaneamente o interessepúblico ou social e o interesse privado. Ex.: Normas de DireitoFamília.
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OS AUTORES NÃO SÃO UNÂNIMES. CADA UM UTILIZA MÉTODO ETERMINOLOGIA PRÓPRIOS.
5. Critério da Imperatividade - normas impositivas (cogentes) edispositivas (permissivas) e proibitivas. Imperativas - ordenam,impõem. Ex.: Art. 876, Art. 1643 do CC.
Normas impositivas (ou cogentes) . Proibitivas - vedam, proíbem.Ex.: Art. 228, 1860 do CC.
Interpretativas - esclarecem a vontade do indivíduo manifestada deforma duvidosa. Ex.: Art. 1899 do CC.
Normas dispositivas (ou permissivas) . Integrativas - preenchemlacunas deixadas por ocasião da manifestação da vontade. Ex.: Art.1640, 1904 do CC. As normas dispositivas limitam-se a dispor, comgrande parcela de liberdade.
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OS AUTORES NÃO SÃO UNÂNIMES. CADA UM UTILIZA MÉTODO ETERMINOLOGIA PRÓPRIOS.
6. Critério da Sanção - normas perfeitas, mais que perfeitas, menos que perfeitas eimperfeitas.
Normas perfeitas - estabelecem a sanção na exata proporção do ato praticado.Invalidam quaisquer atos quando resultantes de transgressões a dispositivoslegais. Ex.: Art. 1548 do CC.
Normas mais que perfeitas - estabelecem sanções em proporções maiores do queos atos praticados mediante transgressão de normas jurídicas. A sanção é maisintensa do que a transgressão. Ex.: Art. 939 do CC.
Normas menos que perfeitas - não invalidam o ato, mas impõem uma sanção aoagente transgressor. Ex.: Art. 1254 do CC.
Normas imperfeitas - Representam um caso muito especial. Nem invalidam o atonem estabelecem sanção ao transgressor. Tal procedimento se justifica porrazões relevantes de natureza social e, sobretudo, ética. Ex.: Art. 1551 do CC.
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OS AUTORES NÃO SÃO UNÂNIMES. CADA UM UTILIZA MÉTODOE TERMINOLOGIA PRÓPRIOS.
7. Critério da Natureza: normas substantivas e normas adjetivas
Normas substantivas - reúnem normas de conduta social quedefinem os direitos e os deveres das pessoas em suas relações.
Ex.: Direito Civil, Penal, Comercial etc..
Normas adjetivas - aglutinam regras de procedimento noandamento das questões forenses. Ex.: Lei de Direito ProcessualCivil, Direito Processual Penal etc..
As leis substantivas são, em regra, principais, enquanto que asadjetivas são de natureza instrumental.
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VALIDADE DAS NORMAS JURÍDICAS
O que é necessário para que uma coisa seja válida?
Um contrato, no qual uma das partes é incapaz, é válido? Não,porque lhe falta um dos elementos.
Vemos assim que válido é aquilo que é feito com todos os seuselementos essenciais.
Por elementos essenciais entendem-se aqueles requisitos queconstituem a própria essência ou substância da coisa, sem os quaisela não existiria; é parte do todo. Para que o ato ou negócio sejamválidos, terão que estar revestidos de todos os seus elementosessenciais. Faltando um deles, o negócio é inválido, nulo, nãoalcançando os seus objetivos.
Podemos dizer que a validade decorre, invariavelmente, de o ato
haver sido executado com a satisfação de todas as exigências
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VALIDADE DAS NORMAS JURÍDICAS
O que é necessário para que uma coisa seja válida?
Um contrato, no qual uma das partes é incapaz, é válido? Não, porque lhe falta umdos elementos. Vemos assim que válido é aquilo que é feito com todos os seuselementos essenciais.
Por elementos essenciais entendem-se aqueles requisitos que constituem aprópria essência ou substância da coisa, sem os quais ela não existiria; é partedo todo. Para que o ato ou negócio sejam válidos, terão que estar revestidos detodos os seus elementos essenciais. Faltando um deles, o negócio é inválido,nulo, não alcançando os seus objetivos.
Na lição de Miguel Reale, a validade de uma norma jurídica pode ser vista sob trêsaspectos:
· Técnico-formal = vigência;· Social = eficácia;· Ético = fundamento.
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VALIDADE
Validade Formal = Vigência vem a ser a executoriedade compulsória de uma
norma jurídica, por haver preenchido os requisitos essenciais à sua feitura ouelaboração. Emanada de órgão competente; Com obediência aos trâmiteslegais; E cuja matéria seja da competência do órgão elaborador.
Validade Social ou Eficácia. Sob o prisma técnico-formal, uma norma jurídica podeter validade e vigência, ainda que seu conteúdo não seja cumprido; mesmo
descumprida, ela vale formalmente. Assim, a regra do Direito deve ser não sóformalmente válida, mas também socialmente eficaz.
Eficácia vem a ser o reconhecimento e vivência do Direito pela sociedade: quandoas normas jurídicas são acatadas nas relações intersubjetivas e aplicadas pelasautoridades administrativas ou judiciárias, há eficácia.
Pode ser que determinadas normas jurídicas, por estarem em choque com atradição e valores da comunidade, não encontrem condições fáticas para atuar,não sejam adequadas à realidade. Todavia, o fato é que não existe norma sem omínimo de eficácia, de execução ou aplicação na sociedade a que se destina.Daí a relevância da valoração do fato social, para que a norma seja eficaz.
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VALIDADE - Sobre a matéria.
Desuso: anacrônicas - isto é, as que envelheceram enquanto a vida evoluía, havendo umadefasagem entre as mudanças sociais e a lei.
leis artificiais - fruto apenas do pensamento, mera criação teórica e abstrata, estãodistanciadas da realidade que vão governar.
leis defectivas, que são as que, por não terem sido planejadas com suficiência, revelam-sena prática, sem condições de aplicabilidade, não fornecendo todos os recursos técnicos
para a sua aplicação (por exemplo: quando prescreve uso de certa máquina pelooperário, mas que não existe no mercado).
Validade Ética ou Fundamento.Toda a norma jurídica, além da validade formal (vigência) e validade social (eficácia), deve
possuir ainda validade ética ou fundamento. O fundamento é o valor ou o fim visadopela norma jurídica.
É o valor que legitima uma norma jurídica, que lhe dá uma legitimidade ; daí a distinçãoentre legal (que possui validade formal) e legítimo (que possui validade ética).
O valor é que dá a razão última da obrigatoriedade da norma. Ela obriga porque contémpreceito capaz de realizar o valor. Só o entendimento do Direito sob o prisma de valordignifica a condição do ser humano.