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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Atividades da Semana da Leitura

Semana da Leitura

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Atividades realizadas durante a Semana da Leitura no Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires.

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Page 1: Semana da Leitura

Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires

Atividades da Semana da Leitura

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Mar, mar e mar

Tu perguntas, e eu não sei,

eu também não sei o que é o mar.

É talvez uma lágrima caída dos meus olhos

ao reler uma carta, quando é de noite.

Os teus dentes, talvez os teus dentes,

Miúdos, brancos dentes, sejam o mar,

um mar pequeno e frágil,

afável diáfano,

no entanto sem música.

É evidente que a minha mãe me chama

quando uma onda e outra onda e outra

desfaz o seu corpo contra o meu corpo.

Então o mar é carícia,

Luz molhada onde desperta

Meu coração recente.

Às vezes o mar é uma figura branca

cintilando entre os rochedos.

Não sei se fita a água

ou se procura

um beijo entre conchas transparentes.

Não, o mar não é nardo nem açucena.

É um adolescente morto

de lábios abertos aos lábios de espuma.

É sangue,

sangue onde a luz se esconde

para amar outra luz sobre as areias.

Um pedaço de lua insiste,

insiste e sobe lenta arrastando a noite.

Os cabelos da minha mãe desprendem-se,

espalham-se na água,

alisados por uma brisa

que nasce exatamente no meu coração.

O mar volta a ser pequeno e meu,

anémona perfeita, abrindo nos meus dedos.

Eu também não sei o que é o mar.

Aguardo a madrugada, impaciente,

os pés descalços na areia. Eugénio de Andrade

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Índice

1. Semana da Leitura

1.1- Mergulhar com a Menina do Mar - Atividades de articulação com a

área disciplinar de Ciências (5º ano/8º ano)

1.2- “Quem conta um conto…” – O dia em que o mar desapareceu

1.3- Atividades promovidas no 1º ciclo

1.1- O mural – Ler o mar

2. As embarcações portuguesas

2.1- Atividades de articulação com a área disciplinar de História (6º

ano/8º ano)

Bibliografia e Webgrafia

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1- Semana da Leitura

Uma vez que a semana da leitura tinha como tema Ler o mar, a equipa da

BE programou uma série de atividades relacionadas com esta temática.

Destacamos o trabalho articulado com o subdepartamento de Ciências,

inspirado no livro de Sophia de Mello Breyner Andresen, A Menina do Mar. A

equipa de BE propôs aos professores de Ciências Naturais/da Natureza que

trabalhassem com os seus alunos um excerto do texto, para que através dele

relacionassem as personagens da história com os organismos que se observam no

meio marinho, focando aspetos como a biodiversidade descrita e a relação

existente entre os organismos marinhos e os diferentes ambientes. Esta atividade

denominou-se Mergulhar com a Menina do Mar

Os alunos do 5º ano recriaram os organismos que habitam poças-de-maré

recorrendo a diferentes materiais plásticos. Os alunos de 8º ano realizaram

cartazes informativos.

O objetivo final era a construção de um mural, na BE, para aplicar e expor

os organismos produzidos pelos alunos e os cartazes.

O mural foi sendo enriquecido, ao longo da semana, com as reflexões que os

alunos de 5º ano fizeram sobre o problema da poluição marítima. Esta atividade

resultou da leitura e discussão do livro de José Fanha, O dia em que o mar

despareceu.

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1.1- Mergulhar com a Menina do Mar (5º ano/8º ano)

Poema "Menina do Mar" A Menina do mar É como uma princesa Tem cabelos loiros Olhos de Japonesa Nada como um peixe Mas não tem barbatanas Gosta tanto do mar Como o macaco de bananas Mastiga comida sem descansar Dança nas rochas Até se cansar.

Cristiana Correia 07/03/201

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Menina linda do mar Entras na areia de saia Nunca estarás sozinha Importante és para a raia Nas festas do mar dançavas Ao som dos búzios cantavas Dás ao mundo alegria Oh que linda maravilha Menina linda do mar Adoro o teu trajar Rico ele é, e de pasmar...

Márcia Semedo 5º1ª

Conchas do mar

Adoro pescar

Conchas na areia

Aranhas na ateia

No Mar Atlântico vi

Golfinhos ao pé de ti

Um dia te levarei

E contigo dançarei

Juntos iremos viver

O oceano vamos percorrer

Diogo-5º1ª

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Menina de algas vestida

Elegante, linda, charmosa

Nada te deixa triste

Irradias de alegria

Nadando ao longo da costa

A vida até tem magia

Do mar salgado saindo

Ouvi-te cantar, que lindo!

Maré vaza que te traz

Ao lado dos teus amigos

Rindo e cantado, perdidos de risos

Miguel - 5º 1ª

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Polvo meu amigo

Oh! Não lhe façam mal!

Lá vem ele! É um rapaz

Vai divertir-nos a todos

Oh! É mesmo o rapaz

da menina do mar.

Mariana Soares, Ler o Mar

5º 2ª - 8/03/2012

O polvo pode medir mais de 6 metros de diâmetro, mas a maior

parte deles é muito menor, vive nas rochas e sai para apanhar camarões e

outras espécies pequenas para comer.

Move-se por propulsão a jato, mas também se arrasta lentamente

sobre os seus tentáculos. Muda de cor para se parecer com o fundo do

mar.

Mauro e Hernâni

5º 1ª 6/03/2013

Page 9: Semana da Leitura

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O polvo tem um bico ósseo entre os seus oito tentáculos. É suficientemente

forte para quebrar a concha de um caranguejo.

A água sai por um tubo que o polvo tem para impelir o polvo. Pode apontar

com o tubo em qualquer direção.

Muitas pessoas ficam aterrorizadas com o

polvo, mas não são animais tão perigosos

como se julga. Embora alguns meçam

mais de 6 metros de diâmetro, a maior

parte deles é muito menor. Vivem nas

rochas e saem para capturar camarões e

outras criaturas pequenas. Movem-se por

propulsão a jato como as lulas, mas

também podem arrastar-se lentamente

sobre os seus oito tentáculos. Vários

peixes alimentam-se de polvo,

mordendo-lhe os tentáculos.

Muitas vezes, é difícil distinguir os polvos porque mudam de cor para se

parecerem com o fundo do mar.

Diana Bastos, Catarina Nave, Beatriz Caldeira

5ª 6ª - 3 de março de 2013

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Os cavalos-marinhos contam-se entre os

peixes mais estranhos do mundo. Não se

parecem nada com um peixe e recebem o

seu nome devido à semelhança que a sua

cabeça tem com a do cavalo. Nadam em

posição ereta, mas passam muito tempo

ancorados nas algas. Outra coisa estranha

em relação a eles é que a fêmea põe os

seus ovos numa bolsa no corpo do macho e

deixa que este se encarregue deles.

A barbatana dorsal move-se com rapidez

para impelir o cavalo para a frente. O peixe roda a cabeça para mudar de

direção.

Há uma pequena boca no final do focinho que apanha criaturas diminutas que

lhe servem de alimento.

O macho do cavalo guarda os ovos durante quatro ou cinco semanas e, depois,

para as crias. Podem ser mais de 200.

Os cavalos prendem-se às algas com as caudas curvas. Muitas vezes, é difícil

distingui-los entre as algas.

Diana Bastos, Catarina Nave,

Beatriz Caldeira

5º 6ª - 3/03/2013

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A maioria das pessoas pensa que o

tubarão é um dos animais mais perigosos do

mar. Tem dentes muito afiados e alimenta-se

de outros peixes. Não tem espinhas e o seu

esqueleto é constituído por cartilagem. A sua

pele está coberta de escamas duras.

Alguns tubarões são conhecidos como

devoradores de homens, como por exemplo,

o tubarão branco, o que não corresponde totalmente à verdade, do que eles

gostam mesmo é de leões-marinhos e de focas. Estes animais

caracterizam-se pelo seu corpo fusiforme, ao contrário de outros tubarões,

o seu focinho é cónico, curto e largo.

Márcia Semedo & Fábio Tavares

5º 1ª

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A Medusa não tem cérebro nem esqueleto e pode

medir mais de 3 metros de diâmetro. Nada aos solavancos,

bombeando a água para dentro e para fora do corpo. Tem

aguilhões nos seus tentáculos que servem para agarrar a

comida.

A Medusa é parecida a um guarda-chuva aberto.

Cristiana Correia

5º 1ª

O que mais me impressionou em relação aos golfinhos foi

saber que estes são os mamíferos mais inteligentes que vivem

num ambiente marinho. Recentemente descobriu-se que falam

uns com os outros através de guinchos e assobios.

O golfinho de nariz em forma de garrafa vive no Oceano

Atlântico e no Mar Mediterrâneo e pode saltar mais de 10 metros

de altura fora de água.

Diogo Pina

5º 1ª

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(1) http://2.bp.blogspot.com/-_s7VnEB4jOk/Tfb3gKTBWeI/AAAAAAAAAF8/4Oab37Au4es/s1600/1912_asterias-

rubens-linnaeus-1758.jpg

Nicole nº17 8º4ª,Tiago Tomé nº21 8º4ª,Tiago Durães nº23 8º4ª,Viviana Ferreira nº25 8º4ª

Estrela-do-mar

Reino: Animalia

Ordem: Forcipulatida

Família: Asteriidae

Nome Científico: Astérias Rubens

Distribuição Geográfica: Encontram-se no oceano Atlântico.

Habitat: Vivem em substratos rochosos, cascalhos e por

vezes escondem-se nos fundos arenosos ou no meio das

algas.

Hábitos Alimentares: Alimentam-se de moluscos (bivalves)

e crustáceos.

Tipo de locomoção: Deslocam-se com a ajuda de pés

ambulacrários, que fazem parte de um sistema de água

vascular presente nos equinodermes.

Reprodução: Assexuada por fragmentação e também

reprodução sexuada.

Período de Vida: de 3 a 5 anos

Curiosidades: Existem cerca de 1.800 tipos de estrelas-do-

mar.

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Morango-do-Mar

Reino: Animalia

Ordem: Actiniaria

Família: Actiniidae

Nome Científico: Actinia Equina

Distribuição Geográfica: Actinia Equina encontra-se

principalmente no Norte do Oceano Atlântico e no Mar

Mediterrâneo. Uma das concentrações mais abundantes da

espécie pode ser encontrada em torno das Ilhas Britânicas.

Habitat: É uma espécie solitária que forma colónias. Vive em rochas e fendas de áreas costeiras, nas áreas intertidais, entre os 0 e 20 m de profundidade. Hábitos Alimentares: Alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos e moluscos, que capta com seus tentáculos. Tipo de locomoção: Não se move. Vive presa às rochas. Reprodução: Pode ser sexuada ou assexuada por divisão binária. Período de Vida: 100 ou mais anos Curiosidades: Os Morangos-do-Mar podem ter até 192 tentáculos. Actinia Equina é extremamente territorial e ataca com os tentáculos qualquer oponente.

(1)Morango-do-Mar com os tentáculos expostos - http://www.natuurlijkmooi.net/images/actequ.jpg

João Trindade Nº 17, Igor Tavares Nº 27; turma 8º1ª

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Amboré, Aimoré ou Frillfin Goby

Reino: Animalia

Ordem: Perciformes

Família: Gobiidae

Nome Científico: Bathygobius soporator

Distribuição Geográfica: Oceano Atlântico

Habitat: São peixes de habitats marinhos rasos, incluindo

piscinas naturais, recifes de coral e tapetes de ervas

marinhas.

Hábitos Alimentares: Crustáceos e pequenos animais

invertebrados aquáticos.

Tipo de locomoção: Locomove-se com auxílio de

barbatanas – locomoção por natação.

Reprodução: Sexuada

Período de Vida: Indeterminado

Curiosidade: Tem o corpo coberto por um muco viscoso,

que lhe conferiu, em certas regiões, o nome popular de

babosa ou ranhosa. Possui a barbatana ventral em forma

de disco, o que lhes permite agarrar ao substrato, e não

ser arrastados com as ondas.

(1)http://www.brasilreef.com/viewtopic.php?f=75&t=16515

Carlos Viegas Nº5, Filipa Silva Nº10, João Delgado Nº15, Rafael Sebastião Nº21, Tiago Resende Nº23 da

turma 8º2ª

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Mexilhão

Reino: Animalia

Ordem: Mytiloida

Família: Mytilidae

Nome Científico: Mytilus edulis (mexilhão vulgar)

Distribuição Geográfica: Costa atlântica da Europa.

Habitat: Praias rochosas, normalmente presos as rochas.

Hábitos Alimentares: São organismos filtradores. A sua

dieta é constituída por algas microscópicas (fitoplâncton)

e por outros tipos de materiais orgânicos dissolvidos.

Tipo de locomoção: Vivem presos às rochas.

Reprodução: Sexuada com expulsão de gâmetas para o

exterior.

Período de Vida: Varia conforme os países mas no

máximo vivem 36 meses (3 anos).

Curiosidades: Os mexilhões fazem parte da dieta dos

países europeus. Em Portugal as formas mais típicas de

consumo são assado sobre as brasas e cozido.

Os Mexilhões são também conhecidos como mariscos.

São moluscos, com seis centímetros de comprimento, no

máximo e de casca escura de côr acastanhada e preta.

(1)http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Miesmuscheln_Mytilus_1.jpg

Ângelo Pereira Nº1; Nuno Correira Nº13; Ricardo Tavares Nº16; da Turma 8º3ª

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1.1- Atividades promovidas no 1º ciclo

Durante a Semana da Leitura, no 1º ciclo foram explorados dois contos e

uma lenda alusivos ao tema Mar.

Na escola EB1/JI do Casal da Mira, os alunos do 1º e 2º anos de

escolaridade ouviram o conto de José Fanha, O dia em que o mar

despareceu. Pretendia-se sensibilizar os alunos para a preservação do meio

ambiente, em especial do ambiente marinho.

Na EBI/JI José Garcês foram os alunos do 2º e 3º anos de escolaridade

que ouviram esta história. Após a leitura os alunos elaboraram trabalhos de

expressão plástica, utilizando pasta de modelar e elaboraram um texto

informativo sobre a importância dos oceanos.

Em ambas as escolas, os alunos do 3º ano de escolaridade ouviram uma

lenda, do livro de José Jorge Letria, Lendas do Mar, Os três avisos do mar. A

lenda foi lida por uma convidada da C.M.A, Dra. Cecília Neves que recorreu à

ajuda de um fantoche, o Pepe, para exploração da mesma, despertando nas

crianças mais interesse e concentração durante a sessão de leitura. Desta

atividade resultou a exploração, interpretação oral e escrita da lenda, cartazes

informativos sobre personagens (animais) da mesma.

Igualmente nas duas escolas, os alunos de 4ºano trabalharam um excerto

da obra A Menina do Mar, realizaram uma notícia e textos informativos sobre

algumas personagens.

Todos os alunos do 1ºciclo elaboraram marcadores de livros, cujo slogan era

“ ler é…”.

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Desenho do Grande Deus das Águas.

Notícia de última hora

Uma empresa de lixo tóxico deitou lixo tóxico no mar da Palha. O mar

da Palha é uma grande bacia no estuário do rio Tejo próximo da sua foz,

que no seu ponto mais largo atinge os 28Km de largura. Toda a bacia do

mar da Palha se carateriza pelos seus fundos baixos e em constante

mutação.

A navegação é feita pelos canais mantido à cota através de drenagens

como é o caso do canal do Barreiro ou da CUF na margem sul. Como

estamos a ver atrás de mim, lixo tóxico e alguns milhares de peixes

mortos…

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Acidente de barco mata milhares de animais marinhos!

Em pleno Oceano Atlântico, ao largo da costa portuguesa ocorreu ontem ao

início da noite um violento acidente entre dois navios que deu origem a uma

enorme onda de poluição.

Eram precisamente 21 horas quando um enorme estrondo deixou em sobressalto

a população de Caselas do Mar. Toda a população ocorreu rapidamente à praia

em busca da origem do barulho que tinham sentido. A escuridão da noite não

permitia ver muito mais do que alguns pontos luminosos em frente à praia. Os

habitantes só tiveram noção do que realmente se tinha passado, quando

começaram a ver peixes mortos a boiar nas ondas junto à praia. Só hoje ao

nascer do dia é que os bombeiros e as equipas da Policia Marítima viram o que

realmente se tinha passado.

Dois navios petroleiros, chocaram talvez devido ao nevoeiro que existia na zona

de acidente. Como resultado deste catastrófico acidente, morreram centenas de

espécies marinhas e o Instituto de Proteção da Natureza continua a recolher aves

afetadas pelo derrame de combustível que está a provocar uma mancha de

poluição na zona do acidente e nas praias circundantes.

Esta era já uma zona muito poluída por falta de cuidado dos banhistas, agora,

foi este golpe final para os seres vivos desta região.

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1.3- O mural – Ler o mar

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2. As embarcações portuguesas

2.1- Atividades de articulação com a área disciplinar de História (6º

ano/8º ano)

A equipa da biblioteca articulou também a programação da Semana da

Leitura com o subdepartamento de História. Assim, os alunos de 6º e 8º anos

trabalharam sobre as Embarcações Portuguesas.

Os alunos de 6º ano pesquisaram e produziram cartazes, e os de 8º ano

desdobráveis sobre as embarcações, que têm sido utilizadas ao longo dos

tempos em Portugal, os grandes navegadores que estiveram à frente dessas

embarcações e a grande aventura dos Descobrimentos.

Os trabalhos foram expostos na biblioteca e os alunos visitaram a

exposição autonomamente.

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Na época dos Descobrimentos

Os descobrimentos marítimos portugueses que se iniciam no século XV constituem um

dos feitos mais gloriosos na nossa História.

As embarcações portuguesas são as barcas, as caravelas e as naus. As

caravelas são invenções portuguesas pois possuem velas

triangulares, eram feitas de madeira. Muitas vezes, os

barcos não estavam em boas condições de navegação, os

mastros encontravam-se estragados ou apodrecidos e as

velas desgastadas. As cobertas inferiores (local do

navio onde dormiam algumas pessoas) eram

pouco soalheiras e muito abafadas. As únicas

aberturas por onde passavam o sol e o ar

eram as fendas entre as tábuas de madeira

do barco, mas por aí também entrava a água

do mar.

Nos navios portugueses enfrentavam-se numerosos perigos. Navegar no mar alto, em

embarcações frágeis, sem meios técnicos de comunicação à distância, sem processos

garantidos de orientação, sem mapas completos nem informações meteorológicas

seguras e estudadas antecipadamente, sem motor que permitisse fugir das tempestades,

era arriscar a vida a todo o minuto. Os naufrágios eram constantes, sucumbir à fome e à

sede era frequente, os ataques por navios de salteadores também eram comuns. Mas

para além destes enormes perigos, um outro inimigo temido, que as tripulações tinham

que enfrentar, eram as doenças.

Durante as viagens surgiam muitas doenças, algumas até contagiosas.

Poucos eram os navios que estavam equipados com uma pequena farmácia e ainda

menos eram os que tinham um médico a bordo.

Nestes casos como ninguém sabia cuidar do doente, os marinheiros eram tratados de

improviso muitas vezes pelo padre ou pelo barbeiro. Devido à alimentação, os

marinheiros ganhavam uma doença dentária— o escorbuto — que fazia com que a

gengivas apodrecessem e os dentes caíssem. Para além desta doença os marinheiros tinha

febre, tifóide, varíola, beribéri, doenças pulmonares e muitas outras doenças.

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Fome, sede, doenças e estupro eram apenas algumas

situações por que passavam os navegadores. Os hábitos de

higiene eram precários. Proliferavam insetos e parasitas:

pulgas, percevejos e piolhos. O mau cheiro acumulava-se,

tornando o ambiente insuportável em pouco tempo.

Algumas das doenças eram: disenteria, febres, fraqueza

extrema, desnutrição, inchaço nas pernas e principalmente o

escorbuto que causavam inchaço das gengivas e perda dos dentes, em suma, uma

dolorosa morte. No entanto esta doença não era das mais mortíferas, pois muitas vezes

quando os doentes conseguiam desembarcar e comer legumes e frutas restabeleciam-se.

Por vezes quando viajavam em zonas frias surgiam as gripes, pneumonias, pleuresias,

doenças muito mortais e contagiosas.

Nestas viagens longas, difíceis e perigosas, também eram comuns os chamados males de

espírito, tristeza, medo, pavor depressão. Nesta época e basicamente para todas as

doenças, havia três medidas curativas específicas:

1 - Sangrias

2 - Os Purgos

3 - Clisteres.

As purgas limpavam o organismo, através da eliminação das fezes, as sangrias baixavam

a febre, mas se os doentes estivessem muitos fracos estas formas de tratamento muitas

das vezes mais não faziam que apressar a morte.

Outra situação que contribuía para a proliferação das doenças prendia- se com as

condições de higiene.

Não era costume, por exemplo, lavar pratos, colheres e gamelas usadas. Esses utensílios

eram compartilhados, de uso coletivo apenas nas partilhavam o copo que traziam atado

à cintura. Além de tudo as pulgas, piolhos e percevejos saltavam dos animais para as

pessoas.

Os tripulantes tinham que conter a sua repugnância perante os seus companheiros de

viagem, que arrotavam, vomitavam e escarravam perto dos que comiam as suas escassas

refeições. Como não havia maneira de conservar os alimentos, era indispensável

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escolher produtos de longa duração como carne ou peixe salgados ou secos, arroz,

presunto e biscoito, ou seja, pão cozido duas vezes para ficar bem seco e aguentar mais

tempo sem se encher de bolor. Levavam também azeite, vinagre, sal, grão, lentilha,

amêndoas, frutos secos, alhos, cebolas, farinha, açúcar, mel, alguns animais vivos, como

galinhas, cabras, ovelhas e porcos, para irem matando pelo caminho.

Não havia instalações sanitárias a bordo. Faziam as suas necessidades debruçando-se no

costado da nau, voltados para o mar. Alguns caiam e desapareciam.

Muitos dos homens que constituíam a tripulação eram pessoas com passado criminoso e

isso constituía igualmente um perigo acrescido para estas viagens. Havia também os

aproveitadores, os estupradores e os que atiravam gente ao mar para ficar com seus

pertences.

Cada rota, cada dificuldade enfrentada, servia de lição para a etapa seguinte, mas os

europeus continuaram a desbravar os mares e a conquistar novas terras.

Filipe Sousa nº10, Diogo Alvarenga nº9, Mário Jorge nº20, Marta Amaro nº 21 e Selmo

Nunes nº25

6º3ª

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Alunos do 8º2ª na sessão da “Leitura em Família”

Page 35: Semana da Leitura

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Bibliografia e Webgrafia

Mergulhar com a Menina do Mar – 5º ano

ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner - A Menina do Mar. s ed. Porto: Figueirinhas, s.d

Mergulhar com a Menina do Mar – 8º ano

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http://gpaquarismo.mrforum.net/t85-conhecendo-um-pouco-a-anemona ;

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http://www.brasilreef.com/viewtopic.php?f=75&t=16515

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ambor%C3%A9;

http://www.sms.si.edu/IRLSpec/Bathyg_sopora.htm;

http://www.sms.si.edu/IRLSpec/Bathyg_sopora.htm

Embarcações portuguesas – 6º ano

Rev. História da Biblioteca Nacional / Descobrimentos nº 84

Embarcações portuguesas – 8º ano

http://pt.wikipedia.org/wiki/Barinel

http://descobrimentos.no.sapo.pt/barinel.htm

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http://descobrimentos.no.sapo.pt/caravela.htm