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Semana da Mulher de Dom Feliciano. Pág. 10 a 13 e contracapa. Dom Feliciano foi exemplo de Boas Práticas no Fórum Mundial da Água. Pág. 20 e 22 Com a palavra, o prefeito Clenio. Pág. 2 Agricultura Familiar na Alimentação Escolar. Pág. 5 Internet Banda Larga na Zona Rural. Pág. 6 Gastrônomas têm formatura. Págs. 7 e 8 Prefeito decreta Situação de Emer- gência e busca recursos em Brasília. Págs. 14, 17 e 21 IV Festa da Uva. Págs. 15 e 16

Semana da Mulher de Dom Feliciano. Pág. 10 a 13 e ... · Pág. 20 e 22 Com a palavra, o prefeito Clenio. Pág. 2 Agricultura Familiar na Alimentação Escolar. Pág. 5 ... crianças

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Semana da Mulher de Dom Feliciano.

Pág. 10 a 13 e contracapa.

Dom Feliciano foi exemplo de Boas Práticas no Fórum Mundial da Água.

Pág. 20 e 22

Com a palavra, o prefeito Clenio. Pág. 2

Agricultura Familiar na Alimentação

Escolar. Pág. 5

Internet Banda Larga na Zona Rural. Pág. 6

Gastrônomas têm formatura. Págs. 7 e 8

Prefeito decreta Situação de Emer-gência e busca recursos em

Brasília. Págs. 14, 17 e 21

IV Festa da Uva. Págs. 15 e 16

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GOVERNO MUNICIPAL

Prefeito: Clenio Boeira da SilvaVice-Prefeito: Regis Luiz Gorniscki

Secretaria Municipal de Gestão Pública: Ricardo CaczmarekCoordenador Jurídico: Humberto Cardoso Scherer

Secretaria de Infraestrutura Rural e Urbana: Rivelino CampelloSecretaria Municipal de Cidadania, Ação e Desenvolvimento Social:

Fernando CoutoSecretaria Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Meio

Ambiente: Marco Aurélio TyskaSecretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes: Janete Inês

BalczarekSecretaria Municipal de Saúde: Renato Slawski Soares

Publicação da Prefeitura Municipal de Dom Feliciano, Assessoria de Comunicação, Imprensa e Marketing.

Jornalista responsável: Luciane Godinho da Silva - MTB/RS 8.006Projeto gráfico e diagramação: Arthur Araújo Müller Filho

2 semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 O futuro a gente faz agora!

DOM FELICIANO ESTÁ NO CENÁ-RIO DECISÓRIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

O Secretário de Cidadania, Ação e Desenvolvimento Social, Fernan-do Couto, logo após assumir a pas-ta, tomou posse da presidência do Coogemas Regional Acostadoce e passou a integrar a CIB - Comissões Intergestores Bipartite, do Minis-tério do Desenvolvimento Social, onde todas as modificações acon-tecem - pertinentes às políticas de assistência social e efetivação do SUAS - Sistema Único de Assistên-cia Social. Foi eleito também, no Encontro Nacional dos Gestores de Assistência Social, presidente da Re-gião Sul do CONGEMAS - Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social. Desta forma, o Secretário representa o Colegiado Nacional dos estados do Rio Gran-de do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Somado a estes encargos, também passou a integrar a CIT – Comissão Intergestores Tripartide, que atua em Brasília, deliberando sobre as matérias que envolvem a efetiva-ção da Lei SUAS. “Dom Feliciano está dentro dos núcleos decisórios de políticas públicas para assistên-cia social”, diz o prefeito Clenio Bo-eira. “Isso mostra a qualificação dos secretários que temos hoje”.

Secretário de Cidadania, Ação e Desen-volvimento Social, Fernando Couto

EDITORIAL

NO PROSSEGUIR, OS DESAFIOS SÃO MUITOS

Por Clenio BoeiraPrefeito

A primeira edição do Semeadura presta contas do que tem sido re-alizado pela administração, somando como mais uma ferramenta de transparência sobre as ações realizadas. Assumimos o município em 1º de janeiro de 2017, com intuito de fazer um trabalho que produzisse qualidade na vida da população. Anunciamos que nosso governo seria pautado na eficiência, já que hoje vivemos num processo recessivo for-te, refletindo na arrecadação do Município. Temos trabalhado, basica-mente, do ponto de vista de receitas e despesas, levando em conside-ração o humano. Eficiência é fazer o melhor possível pelo menor custo.

Assumimos o Município com saldo de caixa de R$ 920.401,46, com endividamentos, junto ao INSS, que parcelamos, podendo trabalhar assim com folga de caixa no plano de 2017. Então, além deste saldo, descobrimos dividas não empenhadas no programa Troca-troca, auxí-lio alimentação, honorários de advogados, entre outras, que somaram R$ 638. 787,50.

Encerramos 2017 com saldo de R$ 363 mil reais. Aplicamos e gasta-mos com equilíbrio - arrecadamos para depois gastarmos. Para 2018, prevemos investimento com a construção do prédio do almoxarifado, que está se desenvolvendo – investimento de R$ 146 mil reais. Em três anos, vamos tirar este custo, já que vamos deixar de pagar um aluguel de R$ 3.600. Também está no nosso orçamento a construção de ba-nheiros na Praça da Matriz e melhorias na fachada do prédio da Prefei-tura, com a construção de uma área de convivência. Já a revitalização da Praça República, com a colocação de novos brinquedos, está con-cluída.

Uma das metas desta gestão é um olhar com mais cuidado para a área urbana, realizando obras de mobilidade, como calçamentos e pa-dronização de calçadas e, para tanto, criamos o programa Nossa Cida-de.

Estamos cientes e trabalhamos, desde a administração anterior, em que governamos, para que mudem os dados do IDESE - Índice de De-senvolvimento Socioeconômico, que aponta, também em 2015, o mu-nicípio como o pior em índice de desenvolvimento.

Todas as dificuldades se constituem os desafios. São desafios, a questão do abastecimento de água no município, o socorro ao Arroio Forqueta, a assistência às gestantes e a promoção da geração de tra-balho e renda, investindo em ações, principalmente, na diversificação de produção, a necessidade da oferta de mais vagas para educação in-fantil, escolarização na idade adulta, enfim. Como diz a música Semea-dura, do Vitor Ramil, que nomeia a edição especial, “vamos prosseguir, companheir@, medo não há: no rumo certo da estrada, unidos vamos crescer e andar”.

Boa leitura,

EXPEDIENTE

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semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 3O futuro a gente faz agora!

A Secretaria de Educação, Cul-tura e Esportes se articulou para receber os cerca de 2.200 alunos das oito escolas da rede munici-pal. Veículos de transporte passa-ram por manutenção, quadros de professores foram organizados, a partir das contratações do Pro-cesso Seletivo, obras, encontros com serventes, merendeiras, en-tre outras providências. Em 15 de fevereiro, pela manhã, aconteceu reunião com os diretores das es-colas municipais, na Secretaria. À tarde, foi a vez dos superviso-res. E, no dia 19, às 8h30min, os professores estiveram no Salão Paroquial para a Abertura do Ano

Educação

VOLTA ÀS AULAS

Letivo.Em 22 de janeiro, o município

aderiu ao programa federal Mais Alfabetização, que visa fortalecer e apoiar as escolas no processo de alfabetização dos estudantes de todas as turmas do primeiro e segundo anos do ensino funda-mental. Entre as principais ações estão a garantia do assistente de alfabetização ao professor em sala. Desta forma, todo profes-sor regente contará com o apoio de um assistente de alfabetiza-ção para o desenvolvimento de atividades pedagógicas. Haverá apoio do programa Dinheiro Dire-to na Escola - PDDE, com recursos

específicos para a contratação desses assistentes e para a reali-zação de atividades voltadas para as turmas de primeiro e segundo anos do ensino fundamental.

Nas escolas mais vulneráveis, onde mais da metade dos estu-dantes tiveram desempenho in-suficiente na Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), em 2016, serão 10 horas por semana com os assistentes de alfabetização. Nas demais, as atividades terão cinco horas semanais. As escolas farão avaliações periódicas para acompanhar a aprendizagem das crianças e terão suporte no tra-balho desenvolvido.

Curso de Inglês e Libras

Estão acontecendo cur-sos de Inglês e Libras, em parceria com o SENAC/Camaquã. A Prefeitura cede o espaço, e o SENAC entra com professores e materiais, oferecendo, em contrapartida, bolsas para professores e alunos em si-tuação de vulnerabilidade.

São 2.200 alunos das oito escolas da rede municipal

Vice-Prefeito Regis Luiz Gorniscki Janete Inês Balczarek - Secretária Municipal de Educação

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4 semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 O futuro a gente faz agora!Educação

Natural de Dom Feliciano, a pesquisadora do Pro-grama de Pós-Graduação em Educação da Universi-dade Federal de Pelotas/UFPel, Rozele Borges Nunes, 33 anos, está concluindo tese de doutorado, a ser defendida, em 26 de março, sobre o bilinguismo por-tuguês/polonês no município - permanências e rup-turas. A orientadora é a professora Eliane Peres, que atua na linha de pesquisa "Cultura escrita, linguagens

BILINGUISMO PORTUGUÊS/POLONÊS É TEMA DE TESE

Pressupostos teóricosOs pressupostos teóricos utilizados na investi-gação vincularam-se, principalmente, à Teoria da Ação e aos conceitos, discutidos pelo sociólogo francês Bernard Lahire, que destaca a importância de entender a pluralidade interna dos indivíduos pesquisados, através da realização de entrevistas

e aprendizagens".Os pesquisados para compor a pesquisa são de

descendência polonesa - Maria Topaczewski, Eva Ku-charski e Lorena Slawski - residentes do espaço rural, e Leônia Bystronski e Márcio Rosiak - urbano. “Este trabalho inicial revelou a importância de uma investi-gação na esfera social, que foi realizada na segunda parte da análise de dados”, considera a pesquisadora.

em profundidade – mais de um encontro com os entrevistados. Segundo Rozele, também foi impor-tante o conceito de vocalidade, com base na teo-ria do linguista suíço Paul Zumthor, para entender a permanência da oralidade no município, através dos cantos, mantidos pela tradição oral.Pesquisadora Rozele

PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL SE REÚNIRAM PARA ABERTURA DO ANO LETIVO

O município de Dom Feliciano abriu oficialmente, em 19 de feve-reiro, o Ano Letivo de 2018, com a presença dos 168 professores da rede municipal. Fizeram a abertura, a Secretária de Educação, Cultura e Esporte, Janete Balczarek, e o pre-feito em exercício, Régis Gornick.

No dia 20, as oito escolas municipais abriram as portas para os 2.200 alu-nos. O engenheiro mecânico Nel-son Bittencourt, do SESC/Camaquã, que tem formação em dinâmica de grupos, palestrou sobre Motivação no viés da educação.

Régis destacou a importância

da escola participativa, que reúna a família dos alunos, professores e funcionários “para que, juntos, com espírito de coletividade e respon-sabilidade, cooperem para a for-mação do cidadão”. Já a Secretária destacou os novos desafios para 2018 que incluem informatização,

implementação do programa Mais Alfabetização do Governo Fede-ral, realização de Concurso Público para a área de educação e continui-dade na adesão ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAC, no qual o município se tor-nou referência na região.

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semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 5O futuro a gente faz agora! Educação

CPM DA FÁTIMA REALIZA MUTIRÃO

O Circulo de Pais e Mestres – CPM, da Escola Nossa Senhora de Fátima, Vila Fátima, cerca de 15 km da sede, colocou a mão na massa e, em mutirão, com a di-reção da Escola, Prefeitura e co-munidade, fez a recapagem da quadra esportiva. O presidente do CPM é Luiz Renato Kolesny.

Em reunião com o prefeito Clenio Boeira e Secretária de Educação, Janete Balczarek,

desde o ano passado, fizeram tratativas para que o mutirão fosse realizado nas férias. “Da-mos todo apoio à iniciativa da comunidade, porque é um exem-plo a ser seguido”, diz Janete. A Prefeitura entrou com 170 sacos de cimento e 10 metros de areia, e o CPM com a articulação, junta-mente com a direção da Escola, e mão de obra.

A ação envolveu os pais e alu-

nos, que se intercalaram. “Temos um pai que, na impossibilidade de comparecer, enviou dois fun-cionários dele”, disse Luiz. Trata--se de Márcio Caczamareck, que “pegou junto, quando foi possí-vel”. Houve um pedreiro contra-tado, através de arrecadação, re-alizada entre os pais dos alunos. “Ninguém faz nada sozinho”, disse Luiz.

“A gente procura se unir e

ajudar a escola, seja em jantares, festas”, afirma Neuza Kolesny, que, além de ajudar na obra, co-zinhou para o grupo, se respon-sabilizando pelo almoço e café da tarde. Entre eles, estava tam-bém Alvorino Miritz, que já foi por quatro anos presidente do CPM da Escola. Este é o último ano do filho na Fátima - Ricardo, 13 anos, que carregava o carri-nho de mão.

AGRICULTURA FAMILIAR NA ALIMENTAÇÃO ESCOLARDos R$ 191.230, repassados pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, R$ 114.303,90 foram para compra de produtos da agricultura familiar.

O Município duplicou, em 2017, a determinação de, no mínimo, 30%, estipulada na Lei nº 11.947/2009, que trata do PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar, na aquisição de produtos de agricultores e agri-cultoras do município. São 59,78%, a serem comemorados, comparado a 2016, que somou 42,6%.

Além disso, o município inves-tiu, com recursos próprios, mais R$ 55.995,57 na agricultura famíliar para alimentação escolar.

A Prefeitura entrou com 170 sacos de cimento e 10 metros areia

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6 semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 O futuro a gente faz agora!Tecnologia e Informação

HERVAL, FAXINAL E GASPAR SIMÕES TERÃO INTERNET BANDA LARGA

Dom Feliciano será contempla-do no Internet para Todos, progra-ma do Governo Federal, que trará, inicialmente, internet Banda Lar-ga para as localidades de Herval, Faxinal e Gaspar Simões, através de antenas de rádio que serão instaladas nas localidades por empresas prestadoras de serviço de internet. “A Prefeitura deverá identificar parceiros”, explica o prefeito Clenio Boeira, que tratou do assunto, em Brasília, quando esteve, de 23 a 25 de janeiro, junto ao Ministério da Ciência, Tecno-logia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O executivo pleiteia ain-

da o Programa para a localidade de Fátima.

Caberá à prefeitura garantir a segurança do terreno onde a an-tena será instalada, bem como arcar com as despesas de energia elétrica que a operação consumir. O serviço de Banda Larga, a ser instalado nas escolas e unidades de saúde, não será gratuito a toda a população das localidades, mas será ofertado a baixo custo.

As empresas interessadas em prover o serviço em parceria com as gestões locais, de acordo com aquilo que propõe a Portaria nº 7.437/2017, da Secretaria de Tele-

comunicações do MCTIC, devem indicar a localidade de interesse, demonstrar documentalmente capacidade para atendê-la e apre-sentar proposta de atendimento, indicando velocidades, cronogra-ma, estimativa de preço, tecnolo-gia e serviço a ser ofertado, além de comprovar que atende aos requisitos previstos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a prestação do Ser-viço de Comunicação Multimídia.

O Programa, que é uma inicia-tiva de inclusão social, iniciou em janeiro o cadastramento por parte dos municípios e a conexão ofere-

cida será feita usando o Satélite Geoestacionário de Defesa e Co-municações Estratégicas (SGDC), que está em órbita terrestre des-de maio de 2017.

Tudo isso está sendo feito em parceria com o programa Gover-no Eletrônico - Serviço de Atendi-mento ao Cidadão (Gesac), outra iniciativa do MCTIC que justamen-te oferece internet banda larga via terrestre e satelital a telecentros, escolas, hospitais, postos de saú-de, aldeias indígenas, postos de fronteira e quilombos. Seu foco se dá em regiões remotas e onde há vulnerabilidade social.

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semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 7O futuro a gente faz agora! Cidadania

GASTRÔNOMAS ENCERRAM OFICINA

Em 24 de janeiro, aconteceu o encerramento da Oficina de Gas-tronomia, oferecida pela Secreta-ria Municipal de Cidadania, Ação e Desenvolvimento Social. O curso, ministrado por Raquel Tyska, teve três módulos, e aconteceu na co-zinha do CRAS - Centro de Refe-rência de Assistência Social. Todas

receberão certificado, por módu-lo – Salgados, Doces e Massas e Pães, do SENAC, somando 350 ho-ras. O vice-prefeito Régis Luiz Gor-nicki, e o Secretário de Cidadania, Fernando Couto, participaram do almoço, elaborado pelas 18 mu-lheres.

Fátima Nunes, 39 anos, estava

grávida de Letícia, quando iniciou a Oficina. Ela fez todos os módu-los oferecidos e pretende montar um negócio. Nilda de Lima, 36, da Colônia Nova, também aproveitou 100% do curso, como a maioria de-las. A “Irmã Diva” Santos, como é conhecida, 51, já fazia cucas e pães para vender e preparou uma de

suas receitas de doce para a con-fraternização de encerramento.

“Estou muito feliz por ter con-cluído o curso”, diz Ângela Ribei-ro, 52. “Vou aproveitar muito o que aprendi e agradeço a profes-sora, colegas de curso, os funcio-nários do CRAS, prefeito e secre-tário”.

Claudine Alencastro, 26 anos, quatro filhos, foi uma das alunas da Oficina de Gastronomia, ofe-recida pela Secretaria Municipal de Cidadania, Ação e Desenvol-vimento Social, desde junho. “O meu dinheiro é pouco – para água, luz e gás”, diz Claudine. “Não há como tirar daí para com-prar ingredientes para fazer coi-sas para vender”, lamenta. En-tretanto, ela pretende trabalhar na área, em algum restaurante, por exemplo, e aproveitou bem o curso com as dicas de reapro-veitamento. “Podemos fazer um bolo aproveitando não só a maça, como a casca, e ainda não é pre-ciso comprar fermento para um bolo batido no liquidificador”, conta. “Muitas vezes, temos os ingredientes dentro de casa e não sabemos”. O número de partici-pantes reduziu para seis pela ma-nhã e 12 à tarde, porque muitas delas partiram para a colheita de tabaco que acontece no municí-pio.

AS MULHERES Raquel já trabalha com gastro-nomia há oito anos e para o ano pretende fazer graduação em Pe-lotas. Foi ela que pilotou a cozi-nha na maior parte das edições do Fórum da Agricultura Familiar, que acontece em Dom Feliciano. O curso inicia com Boas Práticas, dando noções de higiene do am-biente e manuseio dos alimentos. “A satisfação de passar o que sei e que isso se multiplica, porque é passado adiante, é muito gran-de”, diz a instrutora.

Clélia Soares, 63, viúva, mãe de três filhos, gosta mais de fazer os salgados e já fez alguns para levar para as reuniões do grupo de terceira idade que participa. Adriana Soares, 27, casada, afir-ma ter gostado de todo apren-dizado. “Cada dia aprendemos uma coisa”, diz. Ela pretende também trabalhar com gastro-nomia. Norma, 48, fará docinhos para a mesa do bolo de casamen-to dela, que acontece em feverei-ro, mas já colocou as receitas em prática nas festas de família.

DOCE DA IRMÃ DIVA

Servido no almoço de encerra-mento da Oficina de Gastronomia, oferecida pela Secretaria Munici-pal de Cidadania, Ação e Desenvol-vimento Social, em parceria com o SENAC/Camaquã.

Ingredientes1 lata de pêssego1 lata de leite condensado1 caixinha de creme de leite

2 colheres de maisena

Modo de fazerCoar a calda do pêssego, colocar numa panela e levar ao fogo. Di-luir a maisena num pouco d´água e acrescentar a calda aos poucos, até obter consistência de creme. Deixe esfriar e colocar o leite con-densado e o creme de leite. Por fim, misturar com os pêssegos.

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8 semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 O futuro a gente faz agora!Cidadania

Em 27 de março, as participantes das oficinas de gastronomia, ofere-cidas pela Secretaria Municipal de Cidadania, Ação e Desenvolvimento Social, em parceria com o SENAC/Camaquã, receberam os certificados. O curso, ministrado por Raquel Tyska que teve três módulos, aconteceu na

QUANDO A GENTE MUDA A VIDA,A VIDA MUDA A GENTE

cozinha do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social. Além das formandas, participaram da solenidade, com direito a quitutes, feitos por elas, o vice-prefeito Régis Luiz Gornicki, o Secretário de Cidadania, Fernando Couto, e a diretora do SENAC/Camaquã, Denise Sefrin.

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semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 9O futuro a gente faz agora! Cultura

ARTESÃS DISCUTEM COLEÇÃO DE INSPIRAÇÃO POLONESA

Em seis de fevereiro, às 19h, na Casa do Artesão – Departamento de Turismo, Indústria e Comér-cio, integrantes da Associação DomFaz estiveram reunidas para tratar da nova coleção Polska. A Associação existe desde junho e integra um plano estratégico da Prefeitura – objetivos táticos den-

tro da gestão, para o desenvolvi-mento do turismo local. “Cerca de 40 mulheres começaram no ano passado com um trabalho de sensibilização para o desenvolvi-mento do artesanato local”, ex-plica a diretora do SENAC Cama-quã, Denise Sefrin. “As artesãs são importantes neste processo,

já que desenvolvem cultura no município”.

Hoje 28 delas fazem parte da Associação, que tem como pre-sidente Maria Eliane Konflanz. De junho a três de janeiro, foram vendidos R$ 17.198,40, dos traba-lhos expostos por elas, na Casa do Artesão de Dom Feliciano,

Avenida Carlos Barbosa Gonçal-ves, 188, junto à Casa de Cultura. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30min às 16h30min, e, nos sábados e domingos, elas se revezam, abrindo das 14h às 18h. Os trabalhos expostos vão desde produtos para casa até vestuário.

MATKI BOSKIEJ GROMNICZNEJ** FESTA NOSSA SENHORA DA LUZ

Em dois de fevereiro, aconteceram homenagens a Nossa Senhora da Luz - Matki Boskiej Gromnicznej, em Polonês, na Paróquia Nossa Senhora de Czesto-chowa de Dom Feliciano. A procissão iniciou às 10h, na Avenida Borges de Medeiros com Carlos Barbosa Gonçalves, com benção de velas artesanais, que são acesas contra as tempestades com proteção às plan-tações. Depois, teve missa festiva, almoço, dança e jogos.

A Pastoral da Oração fabricou artesanalmente 264 velas de cera de abelha. Em fogo lento, derre-tem a cera, e numa mesa redonda com 51 pregos, colocam os pavios que recebem a cera, enquanto a mesa roda. Apicultores do interior do município, du-rante todo o ano, levam cera para a Pastoral – este ano tiveram doação de 10kg. As velas foram confec-cionadas já em novembro.

A preocupação da presidente do Apostolado da Oração, Helia Biedzicki, que há 17 anos fabrica as velas com Lélia e Eugênio Stelmaszczyk e Clélia Ol-zewski, entre outros do grupo da Igreja, é que a tra-dição acabe por falta de material, pois segundo ela a cada ano a produção de cera de abelha vem dimi-nuindo consecutivamente. “Teve anos que fabrica-mos 500 velas, mas agora não estamos conseguindo o bastante”, diz.

Em fogo lento, derretem a cera, e numa mesa redonda com 51 pregos colocam os pavios que recebem a cera, enquanto a mesa roda

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Semana da Mulher

TROCA DE SABERES DE ERVAS

A Semana da Mulher em Dom Feliciano encerrou com cheirinho de poejo, sálvia e ervas que “têm forças”. “Somente os aromas já promovem o bem estar, o proces-so terapêutico e o equilíbrio da vida”, disse a socióloga da EMA-TER/ASCAR, Caroline Quadros. Ela e o técnico em agropecuária Edu-

CRISTAIS DE GENGIBREConfira a receita de Cristais de

Gengibre, da Oficina de Alquimia, realizada, pela EMATER-RS/ASCAR, em 9 de março, no CRAS - Centro de Referência de Assistência So-cial, encerrando a Semana da Mu-lher em Dom Feliciano.

As balinhas são ideais para do-res de garganta, tosse, tônico e en-joo de viagens.

Ingredientes: - 1 xícara de chá de gengibre la-

vado, escovado, descascado e cor-tado em pedacinhos uniformes

- 1 xícara de chá de açúcar – mas-cavo ou cristal de preferência

- 2 colheres de sopa de água

Modo de fazer: O modo de fazer se assemelha

ao método do amendoim açuca-rado. Misture os pedacinhos de gengibre com o açúcar. Se estiver muito seco, e o açúcar não grudar, acrescentar um pouco de água. Levar ao fogo brando para ferver, mexendo sem parar até açucarar. Peneirar e guardar em pote fecha-do.

Confira a receita de Xarope, da Oficina de Alquimia, realizada, pela EMATER-RS/ASCAR, em nove de março, no CRAS - Centro de Re-ferência de Assistência Social, en-cerrando a Semana da Mulher em Dom Feliciano.

As plantas sugeridas são pul-monária, mil-folhas/mil-ramas, violeta de jardim, hortelã, eucalip-to, guaco, tansagem/tanchagem, poejo, sálvia-da-gripe ou outras que dispõe em casa, que tenham funções terapêuticas similares.

Calda base para xarope Ingredientes- 1 xícara de açúcar – de prefe-

rência cristal ou mascavo - 1 xícara de água destilada

Usar panela inox, esmaltada ou de vidro.

Modo de fazer Levar ao fogo a água, mistu-

rada com o açúcar e cozinhar até formar calda grossa (ponto de fio).

Xarope com chás Lavar as plantas e picar em pe-

daços Para medida desta receita, uti-

lizar de 3 a 4 colheres de sopa de planta verde ou cinco colheres de sopa de planta seca. Quando a

calda atingir o ponto de fio, acres-centar as plantas e deixar ferver por aproximadamente 5 minutos.

Com mel Além dos chás, pode-se usar

também mel. Para medida da re-ceita acima, use uma colher de sopa de mel. Acrescentar somen-te após o xarope esfriar.

Própolis Após coar o xarope e aguardar

esfriar, acrescente cerca de cinco gotas de tintura de própolis (para a receita).

Observações As medidas acima são exem-

plos, referências das proporções de cada ingrediente. Acondicionar o xarope em vidros escuros e bem limpos e identificar, através de eti-queta (nome da preparação, plan-tas utilizadas, data de fabricação). A validade é de aproximadamente um mês em temperatura ambien-te ou de 3 a 6 meses, se conser-vado na geladeira. Se observar al-terações na cor ou precipitações, descarte. Nunca ferver o mel e o própolis. Aguarde o xarope esfriar para acrescentar. O ideal é usar água destilada. No entanto, se não for possível, usar água filtra-da e servida.

XAROPE EM CALDA

ardo Mesquita estiveram reunidos, em nove de março, pela manhã, com mulheres na Oficina de Alqui-mia, aberta ao público, no CRAS - Centro de Referência de Assistên-cia Social. Da conversa passaram para o fogão, proseando em troca de saberes, e aprenderam a fazer xarope e cristais de gengibre.

Observações: Pode-se acrescentar uma pitada

de canela ou, então, deixar os pe-dacinhos de molho em algum chá (de alecrim, erva-doce, etc.) para dar um sabor diferente. Se quiser fazer salgado, deixar de molho no limão com sal por 12 horas e secar no forno em fogo brando. Para descascar o gengibre, raspar com uma colher. O açúcar peneirado desta receita conserva um aroma de gengibre e pode ser usado para caldas.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER É DE CONSCIENTIZAÇÃO, SAÚDE E BELEZA

O Dia Internacional da Mulher – 8 de março, dentro das atividades da Semana da Mulher, iniciou pela manhã, com a ocupação na Praça Esta-nislau Novak, em frente à Paróquia, e seguiu até às 15h. O Dia, dentro da Semana da Mulher, foi dedicado à conscientização, beleza e saúde. As mulheres participaram de Roda de Conversa com as médicas da Secre-taria de Saúde, Bárbara Leon e Magaly Conceca, a socióloga da EMATER/ASCAR, Caroline Quadros, secretário de Saúde, Renato Soares, e secretá-rio de Cidadania, Ação e Desenvolvimento Social, Fernando Couto. Houve também oferecimento de esmaltação de unhas, e a exposição fotográfi-ca “Mulheres que fizeram a história” esteve na Praça. Foram expostos ali também o varal de empoderamento, com trabalhos produzidos por alu-nos da rede de ensino municipal, distribuição de cartilhas de orientações sobre a violência contra a mulher e banca da Secretaria de Saúde para medição de pressão, glicose e materiais referentes à Saúde da Mulher.

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Semana da Mulher

Dois homens fizeram a abertu-ra das atividades da Semana da Mulher em Dom Feliciano- o pre-feito em exercício, Régis Gornick, e o Secretário de Cidadania, Ação e Desenvolvimento Social, Fer-nando Couto - HeForShe (Eles por Elas), conforme o projeto da ONU – Organização das Nações Unidas, que tem frente parlamentar na As-sembleia Legislativa e em várias câmaras de vereadores, além de comitês espalhados. Logo, a pa-lavra foi para quem era de direi-to - mulheres, Promotoras Legais Populares Maria Inês Barcelos e Tânia Garcia, da ONG Feminista Themis, e Maristela Silva, coorde-nadora estadual do MMC – Movi-mento de Mulheres Camponesas, que a Secretaria de Cidadania con-vidou para a Roda de Conversa do dia sete de março. Participaram mulheres, meninas e meninos do 8º ano da Escola Estadual Dom Feliciano, com a professora Bere-nice Duarte, que também tiveram a oportunidade de ver as exposi-ções fotográficas Mulheres Do-

ATIVISTAS QUEREM PARTICIPAÇÃO DE JOVENScumentos do Coração e Mulheres que fizeram a história, além de le-varem sementes crioulas e mudas para casa – atividade que contou com o apoio da EMATER/ASCAR, e materiais sobre violência domésti-ca.

A Themis trata da questão Gê-nero, Justiça e Direitos Humanos. Maria é Promotora Legal Popular há 17 anos, atuando na área da violência contra mulher. “Nosso trabalho é divulgar e empoderar as mulheres no serviço de atendi-mento às mulheres nas comuni-dades”, explicou. “As Promotoras são capacitadas para entender de leis, cidadania e direitos humanos para que, ao acolher as mulheres, possam dar assistência na sequen-cia da prestação de serviços, por-que não é só acolher as mulheres – tem-se que dar encaminhamen-to para um CRAS- Centro de Re-ferência de Assistência Social, CREAS - Centro de Referência Es-pecializado de Assistência Social, ou outro órgão, se for o caso”. O Secretário ressaltou que Dom Fe-

liciano tem o CREAS, localizado ao lado da Secretaria, Rua Vespasiano Correa, 460, para dar acolhimento e direção para a mulher que so-fre violência. “As pessoas podem levar denuncias ou então utilizar o disque 100”, explicou. “Se não quiserem se identificar, não é ne-cessário”.

Segundo ela, jovens menin@s podem ser multiplicador@s deste conhecimento. A ONG, por exem-plo, oferece o curso Jovens Mul-tiplicadoras de Cidadania “para que existam mais e mais mulheres capacitadas e, portanto, empode-radas”. “É importante que, nas escolas ou grupos que pertencem dentro da própria igreja, possam estar falando desta questão da violência sem se calarem”, consi-dera. “É a partir da consciência dos jovens que vamos ter um adulto diferente, tendo jovens com este cuidado vamos possibilitar adultos transformados nesta questão da violência”.

Maria salientou que nenhuma mulher deve sofrer violência por

desconhecimento. “Não se pode permitir que uma mulher morra por negação da violência, por se encobrir esta questão”, disse na roda. “Se ela não puder denunciar por se sentir fraca, inviabilizada, então a denúncia tem que ser por outr@ - não se pode calar, nem estar invisível a estas questões”. A Promotora Legal Popular Tânia Mara salientou que a violência contra a mulher não tem classe, cor ou idade. Sobre a atuação, ela contou: “uma vez uma doutora perguntou para mim, como uma pessoa simples sabe tanto de leis, artigos?” “Respondi, não temos a graduação, mas temos a faculdade da vida”. Marta sugeriu ao Prefei-to e Secretário que tragam o curso de formação de jovens no comba-te à violência para Dom Feliciano.

“O curso de Promotoras Legais tem que ir para dentro das esco-las, com os jovens”, disse. “Fico emocionada de ver jovens se inte-ressarem por saber o que é violên-cia, que não é só física, mas psico-lógica e material também".

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Semana da Mulher

MULHERES E NOVOS RECURSOS SÃO TEMAS NO "HORA DO MUNICÍPIO"

Participaram, em sete de mar-ço, na Rádio Comunitária Integra-ção FM, informativo A Hora do Município, o prefeito em exercí-cio, Régis Gornick, secretário de Saúde, Renato Soares, o vereador Filipe Guimarães (PT), deputado federal, Dionilso Marcon (PT), e o assessor Gilmar Carvalho. Anun-ciaram emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil para pavimen-tação no município, também con-templado com emenda do depu-tado Marcon para a aquisição de um rolo compactador, de R$ 300 mil, que servirá para manuten-ção das estradas da área rural, e ainda uma retroescavadeira de R$ 199 mil - com contrapartida da Prefeitura de R$ 23.500. O di-recionamento de recursos para Dom Feliciano, do deputado, já somam R$ 749 mil.

Também participaram a co-ordenadora estadual do MMC- Movimento de Mulheres Campo-nesas, Maristela Silva, que falou sobre as lutas nacionais das mu-lheres, e o Secretário de Cida-dania, Ação e Desenvolvimento

Semana da Mulher em Dom Feliciano Maristela, que participou de

Roda de Conversa, dentro da Se-mana da Mulher em Dom Feliciano, explicou que o MMC – Movimento de Mulheres Camponesas, nasceu a partir de 1983, reunindo comuni-dades de base, inicialmente discu-tindo a bíblia. “As mulheres faziam seus encontros, depois vieram os debates da Teologia da Libertação, nos dando conta de necessidades das mulheres do campo, campone-sas”, contou. “A partir daí, iniciou--se a articulação do MTR – Movi-mento das Trabalhadoras Rurais,

Social, Fernando Couto, sobre a Semana da Mulher em Dom Feli-ciano. “São emendas, provenien-tes de recursos do orçamento da União, para melhorar estradas ru-rais e mobilidade em Dom Felicia-no”, falou o Marcon por telefo-ne. O deputado também fez uma análise da situação dos agriculto-res e agricultoras hoje no cenário nacional e sua atuação contra a Reforma da Previdência. “A agri-cultura familiar tem sido abando-nada por este governo – preço fumo, uva, leite - estes recursos fazem falta no bolso do nosso colono”, disse. “Estão virando as costas para nossos agricultores, acabando com os programas – Mais alimento, Minha casa Minha Vida e outros.” Também parabe-nizou as mulheres pelo Dia: “no momento atual, não podemos recuar, temos que denunciar vio-lências, seja de que tipo e onde for, lutar contra a discriminação de mulheres no trabalho – pela paridade, oportunizar as mulhe-res na política e nos mantermos firmes em Nenhum Direito a Me-

e depois o MMC”. Hoje, na conjun-tura nacional dos movimentos de mulheres, está a resistência contra a Reforma da Previdência. “As mu-lheres rurais arriscam perder a apo-sentadoria, e esta conquista não foi fácil: demandaram muitos acampa-mentos, atos. Três, quatro dias, as mulheres ficavam fora de casa, em mobilizações, para conquistar este direito”, considera. “O trabalho das mulheres era considerado um trabalho invisível - elas produziam, tinham seus saberes na conser-vação das sementes, plantavam,

colhiam, mas não era um trabalho reconhecido, inclusive, no meio familiar”. O MMC foi um dos movi-mentos que se organizou e tornou esta necessidade um direito e Polí-tica Pública. “Para muitas associa-ções, o Dia da Mulher é comemo-ração e recebimento de flores, mas é mais: um Dia em que as mulheres refletem todas as suas conquistas, direitos e o que fazer para que eles sejam garantidos”, disse. “E este ano, mais que nunca, temos a luta da Previdência, que por ora está de molho, mas estaremos em vigilân-

cia para que das mulheres não seja tirado nenhum direito”. O secretá-rio de Cidadania, Couto, salientou que a Semana da Mulher, em Dom Feliciano, pretende trocas de sabe-res e aprendizados. “Que sigamos multiplicando conhecimentos e empoderando as mulheres”, fa-lou na Rádio. “Através do CREAS – Centro de Referência Especializa-do de Assistência Social, trabalha-mos com a proteção de direitos e sabemos que há situações que há violações deles – e não pode acon-tecer”.

Coordenadora estadual do MMC, Maristela Silva

#ElesPorElas

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Terminei de colher meu fumo e fui para o trabalho de servente em escola municipal. Vendo rou-pas também. Crio sozinha três fi-lhas - todas comigo em casa. Nós mulheres somos fortes, guerrei-ras, não paramos nunca. Sempre procuramos fazer o melhor no ambiente de trabalho e para nos-sos filhos .

"

"Ajudo somente na lavoura de pe-

pino, porque também trabalho no supermercado. Estou desde peque-na na lavoura, minha mãe me deu o exemplo, desde pequena vem nos ensinando. Cuido da casa também. Meu marido ajuda nas atividades domésticas como pode, porque trabalha no fumo também. Para as mulheres, digo que sigam em frente e não desistam de iniciar novos cul-tivos .

"

"

Consegui-mos muitos avanços no decorrer do tempo, mas é necessário sempre conti-nuar buscan-do nossos di-reitos ."

"

Sou filha de agricultores. Antigamente, a gen-te plantava arroz, trigo, fumo – roçava, capina-va. As mulheres sempre trabalharam parelho com os homens, com o acréscimo de terem que lavar, passar, limpar, cozinhar. Meu marido sem-pre dividiu as tarefas domésticas comigo, mas tem homem que senta e quer chimarrão pronto. Antigamente, lavava roupas na sanga, agora tem máquina, tem até máquina de fazer pão. Temos que trabalhar e aproveitar, não só acumular. Te-mos que ter as coisas em casa, mas também tirar férias – a gente volta diferente ."

"

Já trabalhei bastante na agricultura. Plantava milho, feijão e depois começamos a plantar fumo. Estou aposentada - foi uma vida boa a de agricultora. Hoje, acordo, fico um pouco na cama, depois faço um chimar-rão, varro a casa, lavo roupa, almoço, lavo a louça, arrumo a cozinha. Dentro de casa nunca termina o serviço: faço pão, daqui a pouco faço comida novamente”, ri. “café da tarde.

Criei seis filhos, tudo na lavoura, carre-gando nos braços, dentro de caixas que deixava numa sombra ou dentro da carro-ça. Com dois, três meses já os levava comi-go e seguia trabalhando ."

"

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Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente

PERDAS COM ESTIAGEM SÃO ESTIMADAS EM R$ 70 MILHÕES EM DOM FELICIANO

O coordenador da Defesa Civil na Zona Sul do Estado, tenente Charles Silveira, esteve em Dom Feliciano em 21 de março, para orientar o processo de homolo-gação da Situação de Emergên-cia, junto aos governos do Estado e Federal. Conforme divulgou Sil-veira, a última estiagem que ha-via atingido a região foi em 2015. “Apesar de alguns moradores já estarem acostumados a esta situ-ação, muitos acabam sendo pe-gos de surpresa”, considerou.

Os índices pluviométricos em Dom Feliciano, por exemplo, nos meses de novembro/2017 a janei-ro/2018, foram inferiores às mé-dias dos últimos anos (140 mm), registrando, 80 mm, 64 mm, e 51 mm. Segundo o tenente, dos 27 municípios da região sul, 12 já de-cretaram situação de emergência, e outros oito estão analisando e devem decretar também, como é o caso de Dom Feliciano. Dados, coletados em conjunto com enti-dades locais, envolvidas na pro-dução, estimam que os prejuízos econômicos, estão em torno de R$ 70 milhões. O município está entre os 21, contabilizados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, com racionamento de água devi-

do aos efeitos da estiagem, que atinge principalmente a Zona Sul do Estado.

O prefeito Clenio Boeira decre-tou, em 09 de fevereiro, Situação de Emergência com recomenda-ção da Coordenadoria Municipal da Proteção e Defesa Civil. A ad-ministração municipal compôs uma “força-tarefa”, de forma

que os serviços, prestados pela Prefeitura foquem nas dificul-dades que os agricultores estão enfrentando com abastecimento de água para consumo humano e criação de animais.

Cerca de 30% da população do município vive em situação de vulnerabilidade social e tem ha-vido, conforme informação da

Secretaria de Cidadania, Ação e Desenvolvimento Social, grande aumento na demanda por ajuda na busca de soluções para falta de água em residências da zona rural, além do que o maquinário da Prefeitura não tem dado conta da demanda de urgências para o abastecimento de água.

Foto: Rosenilda Nunes de Lacerda, da localidade de Caneleira

BUGIO NÃO TRANSMITE FEBRE AMARELA

Entre outubro de 2008 e junho de 2009, o Rio Grande do Sul en-frentou um surto de febre amarela - o registro de pessoas infecta-das não passou de 20 casos. Desde então, os municípios monitoram a morte de bugios, que serve de alerta para as autoridades de Saúde. O animal não transmite a doença, mas funciona como um sentinela, já que contrai o vírus de maneira semelhante a dos humanos, pelo mos-quito Haemagogus. Em Dom Feliciano, não é diferente, as pessoas notificam a Secretaria de Saúde, que providencia a coleta de material dos animais para análise. “Nas análises recolhidas dos bugios, nunca deu nada”, diz a responsável pela vigilância sanitária da Secretaria, Vera Lúcia Markowski.

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O maquinário da Prefeitura não da conta da demanda de urgências para o abastecimento de água

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Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente

IV FESTA DA UVA BATE RECORDE DE PÚBLICO E VENDAS

“A IV Festa da Uva de Dom Feliciano foi a melhor de todas as edições em termos de públi-co e vendas”, considera o secre-tário da COOPACS - Cooperativa Agropecuária Centro-Sul, Rena-to Stasinski. De artesanato local foi comercializado R$ 1.706, e entre venda de uvas, sucos e vi-nhos cerca de R$ 5 mil, entre os

seis produtores e produtoras que expuseram e Cooperativa . Passaram por ali cerca de três mil pessoas, entre elas, o Rei e a Rainha da Terceira Idade da Re-gião Centro-Sul, Hugo Bierhrls e Antônia Buchorn, deputado es-tadual Zé Nunes (PT), deputado federal Dionilso Marcon e esposa Lurdes Onuczak e o ex-ministro

de Desenvolvimento Agrário nos governos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff, Miguel Soldatelli Rossetto.

“Dom Feliciano está trabalhan-do na diversificação e empreen-dedorismo na agricultura”, disse o empresário camaquense Jorge Schaidhauer, que visitou a Festa. “Fiquei orgulhoso em ver suco de

uva de Dom Feliciano, algo que antes só se via quando íamos para a Caxias, Garibaldi, enfim cidades já tradicionais no cultivo de uva”. A produção de uvas no município iniciou em 2012, com o Programa Pró-Uva, hoje participam efetiva-mente 17 famílias com pomar co-mercial, cuja produção, para este ano, é estimada em 90 toneladas.

MÃO DE OBRA FAMILIAR GARANTE O ÊXITO NO CULTIVO

A mão de obra familiar é um fa-tor importante no cultivo de uvas na propriedade do agricultor e pre-sidente da COOPACS – Cooperativa Agropecuária Centro-Sul, Alex Ga-vlinski. Os sogros Geraldo e Carmem e a companheira Patrícia Studzinski pegam junto no trabalho, além do apoio dos vizinhos e pessoas con-tratadas. Para a IV Festa da Uva de Dom Feliciano, que aconteceu em 14 de janeiro, no Salão Paroquial, levou cerca de 600 kg para comer-cialização.

“Este ano foi melhor, embora muitos tenham sido prejudicados, devido ao clima”, diz Alex. Ele tem no parreiral uvas da variedade con-cor, bordô, Isabel e cerca de 300 pés de Niágara. A família iniciou em

2009 com 2.250 pés. Além da uva, cultivam fumo e arroz cachinho.Para os estabelecimentos comer-ciais de Camaquã, vai boa parte da produção, além da produção arte-sanal de suco natural e geleias com venda direta ao consumidor. Tam-bém é direcionada parte da produ-ção para indústrias de sucos de Far-roupilha.

“A uva daqui tem excelente quali-dade”, diz o secretário de Desenvol-vimento Rural Sustentável e Meio Ambiente, Marco Tyska. Desde 27 de dezembro, a Secretaria tem rea-lizado o transporte da produção do município para as indústrias de su-cos de Farroupilha. Para lá, já foram 54 toneladas de uvas, e hoje (8/01) segue uma carga com 9 toneladas.

Foram expostos produtos artesanais

Presença do Ministro do Trabalho e Previ-dência no governo Dilma, Miguel Rosseto, e do Deputado Estadual Zé Nunes

Cerca de 3000 pessoas visitaram a FestaEntre vendas de uvas, sucos e vinhos, a soma foi de R$ 5 mil

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Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente

DAVID SOMOU A COLHEITA EM 20 TONELADAS DE UVA

A colheita de uvas no muni-cípio, das variedades Concord Clone 30 e Bordô, iniciou cedo este ano, cerca de dez dias an-tes, comparado ao ano passado. No dia três de janeiro, a função começou cedo da manhã na pro-priedade de David e Bernadete Stelmaszczyk, que, na madruga-da carregaram 2,7 toneladas de uva, a serem transportadas pela Prefeitura para a indústria de su-cos em Farroupilha. Dom Felicia-no tem 22 produtores que, este ano, colheram 40% a menos que o ano passado, devido ao pouco frio e chuvas na época do flores-cimento da planta. Este ano, a produção do município ficarou, em torno de 75 toneladas.

O casal colheu cerca de 20 to-neladas, que foram direcionadas para indústrias e beneficiamento artesanal de suco, vinho, sorvete, cucas e venda da uva diretamen-te na propriedade. Todos produ-tos foram expostos na IV Festa da Uva de Dom Feliciano, em 14 de janeiro. A produção do casal começou em 2012 com o plantio de 5 mil pés de uva.

“A Prefeitura nos apoia com o transporte, que é muito impor-

tante”, considera David. Para os resultados deste ano, a Secre-taria de Desenvolvimento Rural Sustentável e Meio Ambiente também distribuiu aos produto-res interessados 10 toneladas de composto orgânico – uma carga para cada produtor. Este ano, 4

toneladas irão para Agroindús-tria de Sertão Santana para pro-dução de suco, a ser destinado ao PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar. “Estamos trabalhando para que a nossa agroindústria esteja funcionan-do em 2019, fazendo ajustes na

área construída e legalizações necessárias”, diz o secretário de Desenvolvimento Rural, Marco Tyska. Ano passado, a produção de sucos na Cooperativa de Ser-tão rendeu 6 mil litros, boa parte direcionada para alimentação es-colar.

INVENTIVO, DROZDOWSKI TEM PRODUÇÃO DE GRANDE QUALIDADE ARTESANAL

Lauro Félix Drozdowski está na quarta safra de uvas, são dois mil pés espalhados na propriedade, de diferentes variedades, só de vinho artesanal, este ano, produziu 250 litros que estão quietos nos bar-ris, sendo mexidos por ele de duas em duas horas. Lauro é um artis-ta e acrescenta dedicação na lida do campo - desde os corredores das parreiras, produzindo mudas de enxerto, até a adubação verde que usa como cobertura do solo – azevém. Possui um catavento que aciona uma bomba d’àgua. Inven-tou, entre muitos outros mecanis-mos, um arrolhador para armaze-nar as produções em garrafas e uma torre de 12 metros que serve

como miradouro de toda proprie-dade.

Todos os processos de fabrica-ção dele, sucos, vinho, cachaça, grapa, são artesanais. Para tudo isso, conta com a parceria do fi-lho Marco e da companheira Ilza. “Desde o dia 26 de dezembro, é da lavoura para casa e de casa para la-voura”, diz ela. Eles cultivam tam-bém fumo – 2 mil pés este ano, nos 2 hectares da propriedade.

A receita do vinho, reconhecido na cidade pela qualidade, foi ob-tida de um enólogo italiano, que passou receitas de família. O suco de uva apura num fogão à lenha, e, da casca da uva, produz grapa. Ele planta na propriedade cana de açú-

car para produzir o caldo de cana e a cachaça de alambique. Lauro e o filho também fabricam móveis rústicos sob encomenda. Interes-

sados em adquirir os produtos fa-bricados artesanalmente, podem entrar em contato pelo fone 51 9972-98945.

David e Bernardete colheram cerca de 20 toneladas

Todos os processos de fabricação dele, sucos, vinho, cachaça, grapa, são artesanais

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Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente

ENCONTRO ESTADUAL DE SEMENTES CRIOULAS

Em 14 de março, Oldi Helena Jantsch, conhecida como Tiririca, e o técnico em agropecuária, Maurício Queiroz, ambos da Diocese de Santa Cruz do Sul, juntamente com a professora da Escola de Jovens Rurais – JR, da Diocese, estiveram com o prefeito Clenio Boeira para tratar da realização do 18º Encontro Diocesano de Sementes Crioulas, em 18 de julho. O ano passado o evento aconteceu em Santa Clara do Sul e, em 2018, será realizado em Dom Feliciano.

PREFEITOS QUEREM AÇÕES CONCRETAS DO GOVERNO FEDERAL PARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Em Brasília, além de parti-cipar do 8º Fórum Mundial da Água, a convite da Confedera-ção Nacional dos Municípios – CNM, apresentando o progra-ma municipal Água Boa, como exemplo de Boas Práticas muni-cipais, o prefeito Clenio Boeira, juntamente com outros, do Rio Grande do Sul, peregrinou entre ministérios, visando apoio e pro-vidências. “É preciso que os agri-cultores tenham suas dívidas re-negociadas e que sejam tomadas

providências para que possam reiniciar suas atividades agríco-las com normalidade”, conside-ra. “Estamos aqui, percorrendo vários ministérios, entretanto o que vemos hoje é que duas ou três pessoas decidem pelo Go-verno todo”, lamenta Clenio. “Esperamos que estas pessoas se sensibilizem com a situação do Rio Grande do Sul, principal-mente, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que é gaú-cho e conhece nossa realidade”.

Os prefeitos que lá estão, espe-ram, até o final da semana, algu-ma ação concreta por parte do Governo Federal, inclusive por-taria do Ministério da Integração Nacional, que permita facilitar a vida dos agricultores e agriculto-ras que usaram de financiamen-tos em outras instituições ban-cárias, além do Banco do Brasil, como SICREDI e outros.

Em 21 de março, os prefeitos estiveram em audiência com o Ministro da Integração Nacional,

Helder Barbalho, e, com o Mi-nistro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, levando pauta mais específica com relação à questão das rene-gociações das dívidas, em apoio aos municípios com Decreto de Emergência homologado e reco-nhecido pelo Governo Federal, como é o caso de Dom Feliciano. Já no dia 22 de março, foram re-cebidos na SEAD - Secretaria Es-pecial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário.

O prefeito Clenio Boeira, juntamente com outros, do Rio Grande do Sul, peregrinou entre ministérios, visando apoio e providências

TRADICIONAL FEIRA DO PEIXE

A tradicional Feira do Peixe, que antecede os dias santos de Páscoa, aconteceu de 26 a 31 de março, a partir das 7h até ao anoitecer. Integrantes da Asso-ciação dos Piscicultores garanti-ram o peixinho fresco, embora

muitos tenham sido prejudica-dos pela estiagem. “Muitos per-deram a produção, e peixes que esperávamos 3, 4 quilos, ficaram com 1,5 por aí”, relatou o produ-tor Venceslau Chirakowski, que esteve na Feira com a compa-nheira Ana Lúcia.

A Associação tem cerca de 15 anos e como presidente Dalnei Kila, que também participou da Feira. Somados, comercializa-ram ali 600 quilos. A Feira acon-teceu, aonde ocorre a Feira do Produtor, na Rua Vespasiano Correa.

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Saúde

MAIS MÉDICOS AMPLIARÁ ATENDIMENTOSA Secretaria de Saúde solicitou,

junto ao Governo Federal, mais um profissional do programa Mais Médicos para o ESF - Estratégia de Saúde da Família, da Vila Fátima. Desta forma, a Secretaria tem três equipes completas com médicos 40 horas, ampliando a cobertura de atenção básica em saúde que teve redução drástica de 2012 para cá – de 73% para 24%. “Consegui-mos ampliar a cobertura para 48%, a partir do início de 2017, quando assumimos”, diz o Secretário de Saúde, Renato Soares.

A médica cubana Yadira Pino Morales, 39 anos, está há um ano e meio em Dom Feliciano e atende no ESF da localidade de Santa Rita, a 17 km da sede. Veio para cá, atra-vés do Mais Médicos. Segundo Re-nato, “o trabalho das médicas dos ESFs é muito importante”. “Estão junto das comunidades e contem-plam a carência que tínhamos de profissionais que se dispusessem a trabalhar nas comunidades ru-rais”. O atendimento das cubanas

“Recebi muito apoio desde o início”, diz Morales. “É muito bom para o médico esta afetividade das pessoas, grande parte em situação de vulnerabilidade”. Segundo ela, uma das prerrogativas de todo médico cubano é tratar o todo

do paciente, incluindo aí visitas às moradias.

Morales conta que, em Cuba, há grande número de médicos co-munitários – “quase que um para cada quadra”. “Lá a medicina está mais próxima das pessoas”. Cuba possui um dos sistemas de aten-ção primária em saúde mais proati-vos do mundo, aliada à prioridade dada à medicina preventiva e ao investimento destinado ao setor: 10,57% do PIB em 2015, muito aci-ma de países como Estados Uni-dos, Alemanha, França e Espanha.

Morales ressalta que lá não há, muitas vezes, a estrutura ofereci-da nas unidades de saúde da fa-mília do Brasil, considerando que a maior dificuldade aqui é na de-mora nos resultados, quando os

pacientes são encaminhados para exames ou especialistas, devido a grande demanda. “Esta demora vai contra o processo de tratamen-to”, observa.

Já a cubana Bárbara Vitallia Leon Sanches, 42, está no Brasil há quatro anos, permanecendo em Dom Feliciano há seis meses - atende no ESF do Faxinal, 25 km da sede. Ficou um tempo em Porto Alegre, trabalhando na periferia. Considera que o acompanhamen-to nas visitas domiciliares é bem diferente, principalmente, devido às distâncias. “Mesmo as doenças não se apresentam da mesma for-ma”, diz. “Aqui atendemos todo tipo de emergência, e o atendi-mento é mais rápido”. Observa também que na capital o contato

com as pessoas é mais instável – “aqui há pessoas que moram desde que nasceram no mesmo lu-gar”. Concorda com a colega Mo-rales com relação ao acolhimento dos pacientes, “são mais queridos e próximos”.

Sanches explica que em Cuba a prática acontece desde o primeiro ano da faculdade. “Nosso estudo não é para entrar na doença, mas nas pessoas, dentro das comuni-dades”, conta. Segundo ela, são estimulados para despertarem in-teresse aonde o paciente trabalha e mora, com reforço na comunica-ção. “Há muita tecnologia de pon-ta lá que não temos acesso, mas em contrapartida temos este foco na pessoa, onde atua, e isto é mui-to importante”.

Secretário de Saúde, Renato Soares, e profissionais do Mais Médicos

CHEGA A MÉDICA PARA A VILA FÁTIMA

Dom Feliciano recebeu, em 26 de março, mais uma médica cubana, através do programa federal Mais Médicos – Elsa Maria Zamora. Ela atenderá no ESF – Estratégia de Saúde da Família, da Vila Fátima, a partir da primeira semana de abril. “Esta é uma conquista que exigiu um ano de empenho e trabalho”, diz o Secretário de Saúde, Renato Soares.

ATENDIMENTOS INTEGRADOS

Além de pleitear, junto ao Ministério da Saúde, mais um médico pelo programa Mais Médicos para 100% de cobertura pelas ESFs - Estratégia da Saúde da Família, a Prefeitura contrata mais dois profissionais. “Te-remos médicos na Linha Assis Brasil e região baixa da Costa do Sutil”, diz o prefeito de Dom Feliciano, Clenio Boeira. “Prevemos também concurso público para colocar agentes de saúde nestas regiões, am-pliando a cobertura das Unidades”.

Os médicos, que fixaram residência no município – Magaly Cance-co e Cristian Feronato. Ela está fazendo plantão no Hospital São José e, juntamente com o filho, que vem iniciar carreira profissional aqui, trabalharam para somar na integração da atenção primária em saúde – urbana e rural, com as ações do Hospital. “É necessário a continuida-de terapêutica, junto de cada paciente, além da preventiva”, reforça Magaly.

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Cultura

MUSEU TEM NOVIDADES

O Museu da Casa de Cultura do Imigrante foi pintado e reorgani-zado. Na nova disposição foi cria-do um espaço em homenagem a uma das mais atuantes mulheres da história do município, Irene Tworkowski, filha de imigrantes poloneses e primeira diretora da Casa de Cultura, participando ati-vamente dos movimentos eman-cipatórios de 1958 e 1962, além de outras marcantes atividades,

sendo autora do livro Dom Feli-ciano – 100 anos de história.

Ali, também podem ser vistas fotos, além de outras relíquias, de Francisco Waldomiro Lorenz, médium e escritor de 71 obras. Ele falava 110 idiomas, conside-rado esotérico ocultista, curan-deiro homeopata, professor, e patrono do Esperanto. Nasceu na Boêmia, Tchecoslováquia, em 1872 e veio para Dom Feliciano

em 1894. Em 1950, foi para Por-to Alegre e faleceu em 1957 aos 84 anos. Teve 13 filhos, mais oito adotados. Viveu e morreu pobre, doando sua vida ao próximo. Após sua morte foi psicografado por Chico Xavier e teve livros edi-tados.

“O Museu foi criado nos 100 anos da imigração polonesa para manter viva nossa história”, diz a Diretora do Departamento de

Cultura, Luciana Novinski. Tam-bém lá se encontram objetos pessoais do primeiro prefeito de Dom Feliciano, Catulino Pereira da Rosa, materiais de atendimen-to do primeiro médico residente no município, Darcílio de Souza Garcia, garrafas de refrigerantes de fábrica existente no município em 1940, entre inúmeras outras peças que valem a pena o conhe-cimento.

CARTEL ESTEVE AO VIVO NA TVEA banda Cartel, composta por

Maurício Zalewski Pippi, na bate-ria, Igor Dostatny, guitarra e vocal, Rodrigo Siemionko, guitarra, com participação de Fabricio de Medei-ros no baixo, esteve ao vivo, em 16 de janeiro, no Programa Radar da TVE, em Porto Alegre. A Prefeitura de Dom Feliciano colaborou com o transporte dos músicos e instru-mentos. Com influências do rock gaúcho e pegada contemporânea, a Cartel surge no cenário musical gaúcho no final de 2016. A banda tem sua origem na cidade de Dom Feliciano/RS.

Marcados por experiências em outros projetos e por pactuarem um estilo musical congênere, atu-almente traçam uma linha musical mesclando hard rock com pegada rock n'roll. Em 2017, Igor Dostat-ny, Rodrigo Siemionko e Maurício Pippi gravaram o primeiro single da banda: "Bem-vindo ao jogo da vida", com produção do ex-baixista da banda Tequila Baby - David Paco-te - no estúdio Hill Valley, em Porto

Alegre. A música passa por um uni-verso de relacionamentos afetivos e momentos do cotidiano da vida.

A banda atualmente vem fazendo shows pelo interior do Estado com um repertório mesclado de músicas

nacionais e internacionais e está tra-balhando em novas composições que serão lançadas em 2018.

Diretora de Cultura, Luciana Novinski

Banda Cartel, contatos para shows 51 9 9785 8175

semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 19O futuro a gente faz agora!

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Infraestrutura Urbana e Rural

PONTE SOBRE ARROIO PERDIZ É CONCLUÍDAA equipe de pontes Braço

Forte/Mão Amiga concluiu, em 16 de fevereiro, a ponte na lo-calidade da Linha Federal, so-bre o Arroio Perdiz, que leva um sistema novo - estaqueamento de ferro. E, em 19 de fevereiro, logo cedo, já se desdobraram para duas localidades.

A equipe é coordenada pelo servidor Carol Urbanski e con-ta com os braços fortes e mãos amigas dos trabalhadores José Clineu Duarte, Geraldo Cecon-dino, Paulo Acilon, Clemar de Oliveira e Juliano Szewczynski. O nome da equipe foi dado pelo Juliano, que se orgulha do trabalho que desenvolve, jun-to com os companheiros. É da competência desta Equipe, da Secretaria de Infraestrutura, a construção e reformas de abri-gos, lixeiras e bueiros, além das pontes.

DOM FELICIANO ESTEVE PRESENTE NO 8º FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA

O 8º Fórum Mundial da Água aconteceu, entre os dias 18 e 23 de mar-ço, em Brasília (DF). Com o objetivo de favorecer o intercâmbio de boas práticas nas iniciativas de preservação de recursos hídricos e apresen-tar sua experiência de governança, contribuindo com a partilha dos tra-balhos desenvolvidos nas áreas socioambientais e socioeconômicas, o prefeito Clenio Boeira palestrou, no dia 22, às 11h, a convite da CNM – Confederação Nacional dos Municípios. Ele explanou sobre o programa municipal Água Boa, que prevê a construção, nas propriedades rurais, de fontes protegidas, trabalho realizado, no município, em parceria com a EMATER-RS/ASCAR de Dom Feliciano.

“Temos a convicção que essa é uma solução não só para Dom Feli-ciano, mas para a região e Estado, visando atender pequenas famílias”, disse o prefeito Clenio. “Ao invés de estar cavando poço artesiano, que custa em torno de 10 mil por família, se utiliza o sistema de fontes prote-gidas, que custa menos de mil reais”. O prefeito apresentará o progra-ma Água Boa, que abrange a questão das fontes protegidas e proporá ao Governo Federal que a FUNASA - Fundação Nacional de Saúde, reco-nheça a prática como alternativa de abastecimento de água, destinando recursos necessários, como forma de levar água de qualidade para a po-pulação da área rural.

20 semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 O futuro a gente faz agora!

Foto: Juliano Szewczyski

Imagem: Emater- RS / ASCAR Dom Feliciano

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Infraestrutura Urbana e Rural semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 21O futuro a gente faz agora!

É DECRETADA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM DOM FELICIANO

O prefeito de Dom Feliciano, Clenio Boeira, decretou, em nove de fevereiro, Situação de Emer-gência nas áreas do município afetadas pela seca, com reco-mendação da Coordenadoria Mu-nicipal da Proteção e Defesa Civil. Os índices pluviométricos - nos meses de novembro/2017 a janei-ro/2018, foram inferiores às mé-dias dos últimos anos (140 mm), registrando, 80 mm, 64 mm, e 51 mm. Outros dados, coletados em conjunto com as entidades, envolvidas na produção no muni-cípio, justificaram a necessidade. Conforme a administração divul-gou, os prejuízos econômicos são estimados em R$ 68.957.471,20.

No interior do Município a de-ficiência hídrica foi ainda maior, ocorrendo casos em que há falta de água para consumo humano e animal, com o definhamento de córregos e sangas. Também as al-tas temperaturas e forte radiação

solar foram acima do normal, afe-tando diretamente a produtivida-de da safra de verão.

Já se registrou grandes preju-ízos nas culturas, gerando per-das expressivas na produção agrícola de tabaco (36,9%), milho (85,1%), batata doce (70%), melan-cia (60%), mandioca (70%), soja (33,4%), feijão (55,3%), uva (25%), além de queda na produção agropecuária de bovinos de cor-te (35%), bovinos de leite (15%), ovinos (35%), mel (50%) e peixes (55,3%).

De acordo com o Decreto, a seca afetou gravemente o abas-tecimento de água no município, tornando escassa a água potável, o que pode levar a população ao consumo de água imprópria, afe-tando de forma grave a saúde humana e de animais. Cerca de 30% da população do município vive em situação de vulnerabili-dade social e houve, conforme

informação da Secretaria de Ci-dadania, Ação e Desenvolvimen-to Social, grande aumento na demanda por ajuda na busca de soluções para falta de água em

residências da zona rural, além disso, o maquinário da Prefeitura não tem dado conta da demanda de urgências para o abastecimen-to de água nessas situações.

"FORÇA-TAREFA”, DEVIDO À SECA

A administração formou “força--tarefa” na tentativa de amenizar a falta de água na área rural, devi-do à seca – em todas localidades do município foram feitas fontes protegidas - em parceria com a EMATER/ASCAR, abertura de po-ços e bebedouros para animais. A Prefeitura atendeu 41 famílias, be-neficiando diretamente 171 pesso-as. "A demanda é grande e segue lista protocolar", disse o Secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Marco Tyska.

Em caso de problemas com

abastecimento de água, os cida-dãos e cidadãs podem ligar para o número da Defesa Civil Munici-pal 51 99527 8629, disponibilizado pela Prefeitura. Em 22 de feverei-ro, o prefeito em exercício Régis Gornick, o coordenador da Defesa Civil do Município, Jair Plácido, e a gerente executiva da Unidade de Planejamento e Captação de Re-cursos, Danieli Szymanski, estive-ram em reunião técnica da Defesa Civil do Estado, em São Lourenço do Sul, para orientações e encami-nhamentos.

A seca afetou gravemente o abastecimento de aguá tanto para consumo humano, quando de animais

A Prefeitura atendeu mais de 41 famílias

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Infraestrutura Urbana e Rural

ESTRUTURA DA CORSAN ESTÁ DEFASADAEm março de 2017, uma equipe

da Secretaria Municipal de Saú-de, juntamente com membros do Conselho do Meio Ambiente, fez visita para analisar a situação das instalações da CORSAN em Dom Feliciano. Foram detectados di-versos pontos críticos, relatados em ofício, e encaminhado à ge-rência da CORSAN em Camaquã e gerência estadual. As instalações da Estação de Tratamento são as mesmas desde 1981 - na época, possuía 250 ligações e, atualmen-te, em torno de 1.250.

Na área rural não há água trata-

da pela CORSAN, por isso a Secre-taria de Saúde orienta o uso de to-sadores de cloro para eliminação de bactérias de águas naturais sem tratamento. “Vemos muitos poços precários no interior”, aler-ta Vera. “Muitas fontes de água natural são também contamina-das por diversos motivos: animais domésticos e silvestres, esgoto das residências, chiqueiros ou la-vouras próximas.” Conforme ela, o ideal é que 30 m no entorno da fonte haja mata ciliar e nenhum tipo atividade que possa ser mo-tivo de contaminação. “Todos te-

mos que investir na qualidade da água, porque está diretamente vinculada à saúde da população”.

As fontes coletivas – de esco-las, associações, tem tratamento com a adição de cloro. A Secreta-ria realiza análises, orienta a adi-ção de cloro e monitora periodi-camente. Ela alerta que somente o filtro não basta – “tira as impu-rezas, mas não acaba com as bac-térias”. “É necessário a adição do cloro”, recomenda. A Secretaria também fornece, através das uni-dades de saúde, para as famílias, o hipoclorito de sódio, quando re-

latado algum problema de vômito ou diarreia. “A dosagem tem que ser correta, caso contrário tam-bém acaba fazendo mal”, obser-va.

Segundo ela, os poços chama-dos profundos, de 20, 30 metros, geralmente possuem bactérias, enquanto os chamados artesianos – com mais de 50 m de profundi-dade, dificilmente apresentam contaminação. Alerta ainda para a perfuração destes poço, que deve ser feita por empresa especializa-da para que não haja risco de con-taminação do lençol freático.

22 semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 O futuro a gente faz agora!

MUTIRÃO ACONTECE PARA FONTES PROTEGIDAS“A demanda por fontes prote-

gidas é grande no município, prin-cipalmente nesta época – devido à seca”, diz o Secretario de Desen-volvimento Rural, Marco Tyska. A Secretaria, juntamente com a EMATER/ASCAR realiza mutirão para construção de fontes. Antes, porém, fazem análise da água com a parceria da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde. Este ano, já fo-ram beneficiadas famílias da Cava-deira, Herval e Assis Brasil.

A água, no município, é cons-tantemente monitorada, tanto na área rural, quanto urbana – mesmo a tratada pela CORSAN. Vera Lúcia Markowski é a responsável pela Vi-gilância Sanitária da Secretaria da Saúde e pelo Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano - Vigiagua, implantado no município, através dos quais são enviadas amostras mensais para análise no Laborató-rio Central do Estado do RS – LA-CEN. “Qualquer cidadão pode soli-citar análise de água na Secretaria”, diz Vera. “Para as fontes protegidas são feitas análises antes, porque, mesmo uma fonte natural, como já aconteceu em locais como Reman-so e Faxinal, pode haver excesso de flúor, o que inviabiliza o consumo”. A água, no município, é constantemente monitorada, tanto na área rural, quanto urbana – mesmo a tratada pela CORSAN

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Curtas e Boas

O Programa Nossa Cidade foi instituído, através da Lei 3.331, de 18 de dezembro do ano passado, visando alguns aspectos de uma política mu-nicipal de mobilidade e desenvolvimento urbano. De caráter participati-vo, objetiva regular ações de pavimentação de vias urbanas e estradas de acesso à cidade, calçadas, praças, aperfeiçoamento das sinalizações e melhoria da mobilidade urbana, priorizando o tráfego de pedestres. É administrado pela Secretaria de Infraestrutura Rural e Urbana, em con-junto com o gabinete do Prefeito, com base em consultas populares.

semeadura - JAN/FEV/MAR 2018 23O futuro a gente faz agora!

TAXISTAS QUEREM REGULAMENTAÇÕES

Em 30 de janeiro, taxistas do município estiveram em reunião com o prefeito Clenio Boeira para discutir necessidades da categoria como a regulamentação de paradas, de forma que as concessões sejam organi-zadas por localidade, e estudo de tabela de valores a ser praticada. Re-presentantes da Divisão de Trânsito e do Setor Tributário da Prefeitura também participaram.

CONCLUÍDA PONTE QUE FAZ DIVISA COM CHUVISCA

A reconstrução da Ponte na Divisa com Chuvisca, localidade da Prainha/Campo do Umbú, iniciou 17 de janeiro e foi concluída em 19 de janeiro.

Obra é uma parceria entre as duas prefeituras. Dom Feliciano en-trou com as pranchas de madeira, e Chuvisca, com a mão de obra.

Em 23 de fevereiro, estiveram no gabinete do prefeito em exer-cício, Régis Gornick, moradores das localidades de Sítio do Herval e Cerro do Capitão para reivindicar ajustes no transporte escolar. As comunidades querem que a linha - que hoje percorre 70 km com os alunos, perfazendo cerca de 140 km em ida e volta, seja dividida em duas - uma para cada localidade. "A linha do Capitão tem um trecho, cercado de mato, que cruza empresa particular", explica Marcelo Lucas Loba, pai de aluna, que acompanhou a comitiva. "Só ali leva quase uma hora para um trecho de 8km". Régis se comprometeu em colocar a dificuldade na pauta da Educação para que sejam tomadas providências.

TRANSPORTE ESCOLAR

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semeadura- JAN/FEV 2018 24O futuro a gente faz agora! Esportes

DOM FELICIANO É VICE-CAMPEÃO

A seleção de Dom Feliciano é vice-campeã do 38° Campeonato Praiano de Cristal, categoria Seleções. Enfrentou, em 16 de fevereiro, o time de Cris-tal, num jogo considerado, pelos que acompanhavam, bem difícil, resultan-

do na derrota por 2X1. Segundo o diretor do Departamento da Juventude, Esporte e Lazer, Jader Zalewski, "a equipe soube honrar muito bem o muni-cípio". Ano passado, Dom Feliciano havia ficado em terceiro lugar.

Em pé: Lucas, Fábio Jr, Alecsandro, mano, Serginho, Fabrício, Abel, Éder, Sachi e Jader Agachados: Maciel, Cássio, Cristian, Carlos Alexandre, Michel, Wellington, Cristiano, Preto e Éder Nunes

O BALÉ DAS MENINAS DO FUTSAL

Dentro das atividades da Semana da Mulher, estavam os primeiros treinos – manhã e tarde, de futebol feminino, da Escolinha de FutSal da Prefeitura, realizados no dia 8 de março, Dia Internacional da Mu-lher, pelo Departamento da Juventude, Esporte e Lazer. Este ano, são cerca de 50 meninas inscritas na escolinha de FutSal e 50 no judô. Ano passado, segundo o Diretor do Departamento, Jader Zalewski, Dom Feliciano teve seis duplas femininas, em campeonato realizado.

Ester Rasier, 12 anos, que está na Escolinha de FutSal desde o ano passado, diz que é mais normal do que se pensa, as meninas se inte-ressarem pelos jogos de futebol, ao contrário do que ocorria com a mãe dela, por exemplo. “Deviam dar ainda mais espaços para meni-nas”, reivindica. E é o que promete o Diretor de Esportes, ampliando para 2018 as oportunidades para as garotas em campeonatos – que é

o que desejam em uníssono. “Vamos, pela primeira vez, colocar a ca-tegoria feminina de base na disputa do campeonato oficial de futsal da região”, promete, além de formar uma seleção feminina de fute-bol e outra de vôlei. Para isso, o Departamento está disponibilizando horário gratuito noturno para a categoria adulto também, além de dois treinos, por semana, para as categorias de base - feminino.

“Escolhi o futebol para representar as meninas e quebrar precon-ceitos para que se tenha mais espaço”, diz Yasmin Kafka, 14 anos. Na quadra, num jogo mais lento, mas com a mesma garra dos meninos e com maior contato com a bola, Cassiele Rodinski, 18, Taiana Ávila, 13 e Daiane Costa, 13, se mostram pacientes com as orientações do téc-nico Gilberto Bernardes, preparando-se para os novos desafios que virão.