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Semana ‘09 da Engenharia Boletim informativo n° 4 Bauru, dia 27 de agosto de 2009 “Botando o pé na estrada” N uma economia globali- zada, a importância de um estágio internacional já deixou de ser diferencial e passou a ser requisito. Aprender outros idiomas, conhecer outras culturas e acumular experiências profissionais são os ganhos que uma viagem dessas pode proporcionar. A AREX (Assessoria de Relações Externas) é o órgão responsável pela mobilidade acadêmica in- ternacional na Unesp. Ela possui acordos de coope- ração com inúmeras uni- versidades e institutos no mundo todo. Os principais requisitos para se candidatar a um estágio internacional são um ótimo histórico esco- lar, proficiência no idioma para o país onde ele pre- tende viajar e um bom Cur- riculum Vitae. O responsável pelo Es- critório de Relações Inter- nacionais (ERI) no campus de Bauru da Unesp é o Prof. Augusto Ronchi Junior (foto acima). O ERI funciona como um posto avançado da Arex. Segundo Ronchi, até agora 63 alunos foram escolhidos para estagiar in- 1 ternacionalmente. A maioria deles para as empresas da Alemanha e da Áustria. Os estudantes têm sido aceitos na Hochschule Re- gensburg (universidade alemã), na Fachhochschule Kärnten (universidade aus- tríaca) e empresas de porte como Infineon, ZF, Siemens, Liebherr Aerospace e Mas- chinenfabrik Reinhausen. A remuneração para o intercambista varia de 500 a quase 1000 Euros mensais, o suficiente para viver nas cidades onde estão as univer- sidades e empresas. O prof. Ronchi lembra tam- bém que a Unesp ofere- ce ótimas oportunidades aos estudantes, bastan- do se informar para rea- lizar o sonho de “botar o pé na estrada.” Intercâmbio ao redor do mundo é oportunidade para engenheiros da UNESP Ronchi Jr. explicou a importância da experiência internacional Renan Simão - Agência Jornal Junior Foto: Renan Simão Hoje, no último dia da Semana de En- genheira, a palestra “Engenheiros do Sé- culo XXI” ofereceu uma mostra de como foram os quatro dias do evento. Com o auditório da sala central cheio, a palestra foi ministrada pelo administrador Jeffer- son Palomaro e pelo engenheiro Ivanir de Freitas e contou com bom humor, simpa- tia e dinamismo. Foram abordados requisitos e qualida- des exigidos de um bom profissional no mercado atual, como criatividade. Os pa- lestrantes contaram com exercícios prá- ticos e bem-humorados, que mostraram aos alunos a importância de se destaca- rem em meio a tanta competitividade do mercado. O engenheiro Ivanir de Freitas afirmou que “os engenheiros do século XXI apre- sentam vantagens em relação a humani- zação; há uma maior preocupação com o homem e não tanto com a tecnologia”. Nathalia Boni - Ag. Jornal Junior “Engenheiros do Século XXI”

Semana de Engenharia 2009

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Boletim produzido pela Agência Júnior de Jornalismo para aa Semana de Engenharia 2009

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Page 1: Semana de Engenharia 2009

Semana ‘09da Engenharia

Boletim informativo n° 4 Bauru, dia 27 de agosto de 2009

“Botando o pé na estrada”

Numa economia globali-zada, a importância de

um estágio internacional já deixou de ser diferencial e passou a ser requisito. Aprender outros idiomas, conhecer outras culturas e acumular experiências profissionais são os ganhos que uma viagem dessas pode proporcionar.

A AREX (Assessoria de Relações Externas) é o órgão responsável pela mobilidade acadêmica in-ternacional na Unesp. Ela possui acordos de coope-ração com inúmeras uni-versidades e institutos no mundo todo.

Os principais requisitos para se candidatar a um estágio internacional são um ótimo histórico esco-lar, proficiência no idioma para o país onde ele pre-

tende viajar e um bom Cur-riculum Vitae.

O responsável pelo Es-critório de Relações Inter-nacionais (ERI) no campus de Bauru da Unesp é o Prof. Augusto Ronchi Junior (foto acima). O ERI funciona como um posto avançado da Arex. Segundo Ronchi, até agora 63 alunos foram escolhidos para estagiar in-

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ternacionalmente. A maioria deles para as empresas da Alemanha e da Áustria.

Os estudantes têm sido aceitos na Hochschule Re-gensburg (universidade alemã), na Fachhochschule Kärnten (universidade aus-tríaca) e empresas de porte como Infineon, ZF, Siemens, Liebherr Aerospace e Mas-chinenfabrik Reinhausen.

A remuneração para o intercambista varia de 500 a quase 1000 Euros mensais, o suficiente para viver nas cidades onde estão as univer-sidades e empresas. O prof. Ronchi lembra tam-bém que a Unesp ofere-ce ótimas oportunidades aos estudantes, bastan-do se informar para rea-lizar o sonho de “botar o pé na estrada.”

Intercâmbio ao redor do mundo é oportunidade para engenheiros da UNESP

Ronchi Jr. explicou a importância da experiência internacional

Renan Simão - Agência Jornal Junior

Foto: Renan Simão

Hoje, no último dia da Semana de En-genheira, a palestra “Engenheiros do Sé-culo XXI” ofereceu uma mostra de como foram os quatro dias do evento. Com o auditório da sala central cheio, a palestra foi ministrada pelo administrador Jeffer-son Palomaro e pelo engenheiro Ivanir de Freitas e contou com bom humor, simpa-tia e dinamismo.

Foram abordados requisitos e qualida-des exigidos de um bom profissional no

mercado atual, como criatividade. Os pa-lestrantes contaram com exercícios prá-ticos e bem-humorados, que mostraram aos alunos a importância de se destaca-rem em meio a tanta competitividade do mercado.

O engenheiro Ivanir de Freitas afirmou que “os engenheiros do século XXI apre-sentam vantagens em relação a humani-zação; há uma maior preocupação com o homem e não tanto com a tecnologia”.

Nathalia Boni - Ag. Jornal Junior

“Engenheiros do Século XXI”

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Microeletrônica é abordada em eventoPCÍs são destaque na oitava palestra de Engenharia Elétrica

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ExpedienteAgência Júnior de Jornalismo

Jornal Júnior

e-mail: [email protected] Edição: Cristiano PaviniPlanejamento Gráfico: Ana Paula Campos e Douglas CalixtoRepórteres: Helena Ometto, Letícia Greco, Juliana de Mello, Nathalia Boni, Henri Chevalier e Renan Simão

Juliana Mello - Agência Jornal Junior

No terceiro dia da Semana, o engenheiro Sérgio Rodrigues veio falar sobre placas de circuito impresso (PCI’s). As PCI’s são

o suporte mecânico dos componentes eletrônicos de um aparelho. Formadas por pistas condutoras desenhadas e interconectadas, compondo um cir-cuito, esse tipo de tecnologia é utilizado em todos os equipamentos eletrônicos, de vídeo games a sa-télites e mísseis.

Rodrigues traçou um panorama da evolução tecno-lógica na área, da invenção das PCI’s na década de 40 às mais modernas placas mul-tilayers ou multicamadas. Ressaltou as variedades de PCI’s usadas no mercado, suas técnicas de fabricação e em que tipo de equipamen-to cada uma é aplicada.

Para ilustrar suas expli-cações, o palestrante trouxe exemplos de cada placa e permitiu que os espectado-res as manuseassem ao final da palestra.

A produção brasileira de placas de circuito im-presso atende à cerca de um quarto da demanda do país. O restante é importado. “A concorrência, principalmente chinesa, inviabiliza o crescimento da produção no setor” – afirmou o palestrante.

Rodrigues ainda também sobre a carência de mão-de-obra especializada no setor de microeletrô-nica no Brasil: “As universidades não oferecem esse tipo de qualificação, temos que buscar nossa força de trabalho em profissionais de cursos técnicos ou

de outras áreas da engenha-ria”.

Sérgio Rodrigues trabalha na Micropress S.A., atuante no segmento de microeletrônica, especializada em placas de circuito impresso. A empresa concede apoio a formandos, oferecendo materiais a um custo acessível para trabalho de conclusão de curso e tam-bém desenvolve parcerias com as universidades e

projetos sociais.

Participantes da palestra puderam ver de perto as PCI’s.

Foto

: Ju

liana

Mel

lo

Aconteceu nesta quarta-feira, dia 26, no auditório da Fundeb, a exposição do Professor de Engenharia Civil da UNICAMP, Dr. Mauro Augusto de Marzo. Entitu-lada “Considerações sobre Planejamento e Análise Estatística em Experimentos para Engenharia”, a palestra deixou claro aos presentes a necessidade de um bom planejamento para qualquer ação bem sucedida. Mostrando slides e citando ex-emplos de aplicação prática, ao final da explanação o professor esclareceu algumas dúvidas.

Engenharia Civil tem palestra sobre Planejamento

Henri Chevalier - Agência Jornal Júnior

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“A missão é automatizar”

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Controles de processo e movimento estão inutilizando o papel do funcionário na empresa

Cobertura jornalística A cobertura do evento está sendo feita pela Agência Junior do curso de jornalismo da Unesp Bauru-SP. Todos os dias nos locais do evento, os participan-tes recebem um boletim com os princi-pais assuntos discutidos nas palestras. Além disso, o evento promove um bolteim radiofônico exibido na Rádio Unesp Virtual, todo dia a partir das 21h, disponível também em www.radiovirtual.unesp.br. Detalhes em tempo real ficam disponíveis no twit-ter da Jornal Jr www.twitter.com/jornaljr e no blog da empresa Ju-nior, www.jornaljrunesp.blogspot.com

Como em todas as noites do evento, ontem os minicursos atraíram um

grande público. As palestras promovidas abusaram da in-teratividade para aproximar o estudante da realidade de uma empresa, com o dia-a-dia prático da profissão.

Foi nesse clima que o En-genheiro Eletrônico Alexandre Capelli trouxe para os alunos de Engenharia Mecânica e Elétrica alternativas avança-das de controles clássicos de automação.

Capelli descreveu todo o processo do CLP (Computador Lógico Programável), que con-trola um processo produtivo. Logo depois, o CNC (Comando Numérico Computadorizado), controlador do movimento.

Mas o grande foco da pal-estra baseou-se mais em questões humanas do que técnicas. Para Capelli, “uma pessoa que tem capacidade de fechar uma empresa do dia pra noite é o cliente”, e “encurtar o tempo e elevar a qualidade do produto é o que faz uma empresa manter-se no mercado”.

A frase-chave dita pelo en-genheiro para explicar o proc-esso de automatização foi: “A missão de vocês é automati-zar”. Ele relacionou o processo de automatização como o meio alternativo de as empresas “eliminarem” o trabalhador hu-mano. “Empresa não precisa de gente que faz tarefa repetitiva. Empresa não é uma entidade filantrópica, ela vive de lucro e

o ser humano é caro. Qualquer sistema que custe 250 mil reais para trabalhar no lugar do fun-cionário está barato”, afirmou o palestrante.

Ele afirmou também que a automatização é uma tendên-cia que ocorre de forma nat-ural. “(É preciso) diminuir custos, diminuir vínculos em-pregatícios e (consequente-mente) aquelas tarefas re-petitivas (executadas por funcionários) de baixo poder intelectual. É interessante para a empresa por causa da insalubridade, da periculosi-dade, (dos riscos) de precisão, da qualidade do produto, de segurança. E tudo isso causa impacto nas vendas. Tem até leis internacionais para isso. A tendência é irreversível”.

Laís Bellini - Ag. Júnior de Jornalismo

Foto: Laís Bellini

Alexandre Capelli afirma que automatização da empresa diminui custos

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Palestra aborda timidez e os meios para vencê-la

Informações das visitas técnica de amanhã

Eaton: saída às 7:00, na Portaria 1

XBot ParqTec: saída às 6:00, na Portaria 1

Rodoanel: 3:30, portaria 1

Bosch: 04:00, portaria 1

Volvo: 13:00, portaria 2

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“Utilizar as ferramentas corretas é o segredo para acabar com o pânico de falar em público” .

José Carlos Cintra, en-genheiro civil e profes-sor titular da USP São

Carlos, ministrou na tarde de quarta-feira a palestra “Vencendo a timidez”, des-tinada a todos os cursos de engenharia.

Segundo José Carlos, o objetivo de suas apre-sentações é demonstrar meios para acabar com a timidez e o medo de falar em público, já que, segun-do pesquisas, quase meta-de da população brasileira se considera tímida. Ele, inclusive ele, confessa fa-zer parte deste grupo.

O professor acredita que, para uma palestra atrair o público presente, deve haver interatividade. E o primeiro passo para

que isso ocorra é vencer a an-siedade e o medo de falar em público.

Para isso, José Carlos, tra-balha com algumas ferramen-tas, consideradas ideais para conseguir “vencer a timidez”. Uma delas, chamada por ele como “Teoria da moeda”, pro-põe um maior contato visual en-

Letícia Greco - Agência Jornal Júnior

Alunos enfretam problemas com a timidez no processo seletivo

Foto: Kelli Franco

HORÁRIO DE SAÍDA

* Ir de sapato fechado e sem salto (de preferên-cia tênis) e calça

*Não usar decote, boné ou regata

*Ir de cabelo preso

*Não levar máquina fotográfica

RECOMENDAÇÕES

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tre palestrante e público. Outra ferramenta é a “re-presentação de papéis”, na qual cada um deve representar um persona-gem que cumpra a sua função.

O palestrante disse ainda que se sente mui-to gratificado ao perceber as mudanças no com-portamento de seus alu-nos após a palestra. Para

comprovar a mudança, o professor incluiu alguns de-poimentos de seus ex-alunos no livro e DVD “Apresenta-ções de Sucesso”, lançado recentemente.

A palestra teve duração de uma hora e se destacou pela grande interatividade com o público, muito interessado em “vencer a timidez”.