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3 DE NOVEMBRODE 2011 Diário do Minho Este suplemento faz parte da edição n. o 29396 de 3 de Novembro de 2011, do jornal Diário do Minho, não podendo ser vendido separadamente.

Semana dos Seminários 2011

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Subsídios para a Semana dos Seminários de 2011, organizado pelo Seminário Arquidiocesano de Braga.

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Page 1: Semana dos Seminários 2011

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Page 2: Semana dos Seminários 2011

6 - 13 DE NOVEMBRO DE 2011II Diário do MinhoSEMANA DOS SEMINÁRIOS

Senhor Cardeal Arcebispo de Madrid,Queridos Irmãos no Episcopado,Queridos sacerdotes e religiosos,Queridos reitores e formadores,Queridos seminaristas,Meus amigos!

Sinto uma profunda alegria ao celebrar a Santa Missa para todos vós, que aspirais a ser sacerdotes de Cristo para o serviço da Igreja e dos homens, e agradeço as amáveis palavras de saudação com que me acolhestes. Hoje esta Catedral de Santa Maria a Real da Almudena lembra um imenso cenáculo onde o Senhor desejou ardentemente celebrar a Sua Páscoa com todos vós que um dia desejais presidir em seu nome aos mistérios da salvação. Vendo-vos, comprovo de novo como Cristo continua chamando jovens discípulos para fazer deles seus apóstolos, permanecendo assim viva a missão da Igreja e a oferta do evangelho ao mundo. Como seminaristas, estais a caminho para uma meta santa: ser continuadores da missão que Cristo recebeu do Pai. Chamados por Ele, seguistes a sua voz; e, atraídos pelo seu olhar amoroso, avançais para o ministério sagrado. Ponde os vossos olhos n’Ele, que, pela sua encarnação, é o revelador supremo de Deus ao mundo e, pela sua ressurreição, é a fi el realização da sua promessa. Dai-Lhe graças por este sinal de predilecção que reserva para cada um de vós.

A primeira leitura que escutámos mostra-nos Cristo como o novo e defi nitivo sacerdote, que fez uma oferta total da sua existência. A antífona do salmo aplica-se perfeitamente a Ele, quando, ao entrar no mundo, Se dirigiu a seu Pai dizendo: «Eis-me aqui para fazer a tua vontade» (cf. Sal 39, 8-9). Procurava agradar--Lhe em tudo: ao falar e ao agir, percorrendo os caminhos ou acolhendo os pecadores. A sua vida foi um serviço, e a sua dedicação ab-negada uma intercessão perene, colocando--Se em nome de todos diante do Pai com Primogénito de muitos irmãos. O autor da Carta aos Hebreus afi rma que, através desta entrega, nos tornou perfeitos para sempre, a nós que estávamos chamados a participar da sua fi liação (cf. Heb 10, 14).

A Eucaristia, de cuja instituição nos fala o evangelho proclamado (cf. Lc 22, 14-20), é a expressão real dessa entrega incondicional de Jesus por todos, incluindo aqueles que O entregavam: entrega do seu corpo e sangue para a vida dos homens e para a remissão dos pecados. O sangue, sinal da vida, foi-nos dado por Deus como aliança, a fi m de podermos inserir a força da sua vida onde reina a morte por causa do nosso pecado, e assim destruí-lo. O corpo rasgado e o sangue derramado de Cristo, isto é, a sua liberdade sacrifi cada, converteram-se, através dos sinais eucarís-ticos, na nova fonte da liberdade redimida dos homens. N’Ele temos a promessa duma redenção defi nitiva e a esperança segura dos

bens futuros. Por Cristo, sabemos que não estamos caminhando para o abismo, para o silêncio do nada ou da morte, mas seguindo para a terra prometida, para Ele que é nossa meta e também nosso princípio.

Queridos amigos, preparais-vos para ser apóstolos com Cristo e como Cristo, para ser companheiros de viagem e servidores dos homens.

Como haveis de viver estes anos de prepara-ção? Em primeiro lugar, devem ser anos de silêncio interior, de oração permanente, de es-tudo constante e de progressiva inserção nas actividades e estruturas pastorais da Igreja. Igreja, que é comunidade e instituição, família e missão, criação de Cristo pelo seu Espírito Santo e simultaneamente resultado de quan-to a confi guramos com a nossa santidade e com os nossos pecados. Assim o quis Deus, que não se incomoda de tomar pobres e pecadores para fazer deles seus amigos e ins-trumentos para redenção do género humano. A santidade da Igreja é, antes de mais nada, a santidade objectiva da própria pessoa de Cris-to, do seu evangelho e dos seus sacramentos, a santidade daquela força do alto que a anima e impele. Nós devemos ser santos para não gerar uma contradição entre o sinal que so-mos e a realidade que queremos signifi car.

Meditai bem este mistério da Igreja, vivendo os anos da vossa formação com profunda alegria, em atitude de docilidade, de lucidez e de radical fi delidade evangélica, bem como numa amorosa relação com o tempo e as pes-soas no meio de quem viveis. É que ninguém escolhe o contexto nem os destinatários da sua missão. Cada época tem os seus proble-mas, mas Deus dá em cada tempo a graça oportuna para os assumir e superar com amor e realismo. Por isso, em toda e qualquer circunstância em que se encontre e por mais dura que esta seja, o sacerdote tem de fruti-fi car em toda a espécie de boas obras, con-servando sempre vivas no seu íntimo aquelas palavras do dia da sua Ordenação com que se lhe exortava a confi gurar a sua vida com o mistério da cruz do Senhor.

Confi gurar-se com Cristo comporta, queridos seminaristas, identifi car-se sempre mais com Aquele que por nós Se fez servo, sacerdote e vítima. Na realidade, confi gurar-se com Ele é a tarefa em que o sacerdote há-de gastar toda a sua vida. Já sabemos que nos ultrapassa e não a conseguiremos cumprir plenamente, mas, como diz São Paulo, corremos para a meta esperando alcançá-la (cf. Flp 3, 12-14).

Mas Cristo, Sumo Sacerdote, é igualmente o Bom Pastor, que cuida das suas ovelhas até ao ponto de dar a vida por elas (cf. Jo 10, 11). Para imitar nisto também o Senhor, o vosso corações tem de ir amadurecendo no Seminário, colo-cando-se totalmente à disposição do Mestre.

Dom do Espírito Santo, esta disponibilidade é que inspira a decisão de viver o celibato pelo Reino dos céus, o des-prendimento dos bens da terra, a austeridade de vida e a obediência sincera e sem dissimu-lação.

Pedi-Lhe, pois, que vos conceda imitá-Lo na sua caridade até ao fi m para com todos, sem excluir os afastados e peca-dores, de tal forma que, com a vossa ajuda, se convertam e voltem ao bom caminho. Pedi-Lhe que vos ensine a aproximar-vos dos enfermos e dos po-bres, com simplicida-de e generosidade. Afrontai este desafi o sem complexos nem mediocridade, mas antes como uma forma estupenda de realizar a vida huma-na na gratuidade e no serviço, sendo teste-munhas de Deus feito homem, mensageiros da dignidade altíssima da pessoa humana e, consequentemente, seus defensores incondicionais. Apoiados no seu amor, não vos deixeis amedrontar por um ambiente onde se pretende ex-cluir Deus e no qual os principais critérios por que se rege a existên-cia são, frequentemente, o poder, o ter ou o prazer. Pode acontecer que vos desprezem, como se costuma fazer com quem aponta metas mais altas ou desmascara os ídolos diante dos quais muito se prostram hoje. Será então que uma vida profundamente radicada em Cristo se revele realmente como uma novidade, atraindo com vigor a quantos verdadeiramen-te procuram Deus, a verdade e a justiça.

Animados pelos vossos formadores, abri a vossa alma à luz do Senhor para ver se este caminho, que requer coragem e autenticida-de, é o vosso, avançando para o sacerdócio só se estiverdes fi rmemente persuadidos de que Deus vos chama para ser seus ministros e ple-namente decididos a exercê-lo obedecendo às disposições da Igreja.

Com esta confi ança, aprendei d’Aquele que

Se de-fi niu a Si mesmo como manso e humilde de coração, despojando-vos para isso de todo o desejo mundano, de modo que não busqueis o vosso próprio interesse, mas edifi queis, com a vossa conduta, aos vossos irmãos, como fez o santo padroeiro do clero secular espanhol São João de Ávila. Animados pelo seu exemplo, olhai sobretudo para a Virgem Maria, Mãe dos sacerdotes. Ela saberá forjar a vossa alma segundo o modelo de Cristo, seu divino Filho,

e vos ensinará incessante-mente a guardar os bens que Ele adquiriu no Calvário para a salvação do mundo. Amen.

Catedral de Santa Maria la Real de la Almudena de Madrid

Sábado, 20 de Agosto de 2011

Bento XVI

Page 3: Semana dos Seminários 2011

IIIDiário do Minho 6 - 13 DE NOVEMBRO DE 2011 SEMANA DOS SEMINÁRIOS

1. Realizámos, nos primeiros dias do passa-do mês de Setembro, como habitualmente, o encontro das Equipas Formadoras dos Seminários de Portugal. Este encontro teve lugar no Seminário de S. Paulo, em Almada, diocese de Setúbal, a viver em tempo de celebração jubilar, pelos 75 anos do início da sua existência como Seminário.

O tema que aí centrou a nossa refl exão: «formar pastores consagrados totalmente a Deus e ao seu Povo» é o mesmo que agora escolhemos para a Semana dos Seminários, que decorre de 6 a 13 de Novembro.

Os textos que constituem o guião pastoral, elaborado para nos ajudar a viver esta Se-mana, foram preparados pelos Seminários da Arquidiocese de Évora, que agregaram a si o Seminário do Algarve. Agradeço-lhes, em nome da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, este valioso contributo que nos é proposto para melhor vivermos e celebrarmos nas nossas comunidades esta Semana dos Seminários.

Inicia-se este texto com uma proposta de oração. É na oração que somos chamados a viver esta Semana. A oração é, também, no campo imenso do mistério da vocação e na exigente missão de formar para a vida sacerdotal, que nos nossos Seminários se realiza, um verdadeiro lugar de aprendiza-gem da esperança (Spe Salvi, n.º 32).

2. Nas Jornadas Mundiais da Juventude, o Santo Padre encontrou-se com os se-minaristas na celebração da Eucaristia, na Catedral de Nossa Senhora de Almu-dena, Padroeira da cidade de Madrid. A homilia do Santo Padre, que aqui transcrevemos, pode ser um oportuno texto inspirador para esta Semana dos Seminários.

A vontade expressa do Santo Padre de, na manhã daquele sábado das JMJ, se encon-trar pessoalmente com os seminaristas de todo o mundo ali presentes, levados pela fi rmeza da fé e pela alegria da vocação, diz-nos da importância dada ao ministério sacerdotal e ao tempo de formação vivido nos Seminários.

Bem perto da Catedral ergue-se o Seminá-rio Maior, coração da Diocese de Madrid. Ali decorreu, ao longo de todas as Jorna-das, a adoração contínua do Santíssimo Sacramento, numa bela experiência de oração muito participada a alavancar o bem que, momento a momento, Deus ia realizando no coração de tantos jovens.

As anteriores JMJ têm sido para muitos jo-vens, hoje sacerdotes ou religiosos(as), mo-

mentos de graça e de bênção a abrir cami-nhos de maior identifi cação com Cristo, de mais compromisso em Igreja e de atenta descoberta e generosa resposta à vocação para a vida sacerdotal ou consagrada.

Que o sejam assim, também agora, nas nossas comunidades, nas nossas famílias e no coração atento de tantos jovens!

3. O tema escolhido para esta Semana dos Seminários: Formar pastores consagrados totalmente a Deus e ao seu Povo, remete-nos para as palavras do Concílio Vaticano II e centra-nos no essencial da consagração e na beleza da missão do presbítero.“Formar pastores” implica uma compreen-são abrangente da formação, que não se limita à dimensão pastoral propriamente dita, mas abre-se e alarga-se à formação humana, espiritual e intelectual.

É um longo caminho, este da formação, que começa cedo e não termina com a Or-denação presbiteral. É o moldar do coração e da inteligência aos critérios do evange-lho; é o confi gurar do pensamento e da vida ao jeito de Cristo, o Bom Pastor. No tema desta Semana dos Seminários: Formar pastores consagrados totalmente a Deus e ao seu Povo está subjacente a radicalidade da consagração a Deus e a totalidade da entrega ao Povo. É o apelo ao absoluto, ao defi nitivo e ao permanente, que é feito aos que são chamados a seguir Jesus. É o fascínio de vivermos atraídos pela beleza das coisas últimas e seduzidos pela ternura do amor de Deus a favor do seu Povo.

Compreendemos, assim, o que nos diz a Exortação Apostólica «Dar-vos-ei Pastores»: “O serviço de amor é o sentido fundamental de toda a vocação, que encontra uma realiza-ção específi ca na vocação do sacerdote: efec-tivamente, ele é chamado a reviver, na forma mais radical possível, a caridade pastoral de Jesus, isto é, o amor do Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas” (PDV 40).

Este é o objectivo central da formação dos nossos Seminários, percorrendo etapas di-ferenciadas, em momentos por vezes mui-to diversos e por caminhos muito distintos, mas tendo sempre no horizonte esta meta última da formação.Ao longo deste tempo de formação, são ati-tudes, sentimentos e comportamentos que se vão desenhando e defi nindo; são objec-tivos específi cos, dia a dia concretizados na formação, que se vão alcançando, sempre de olhos postos em Cristo, o Bom Pastor.

4. Todos sabemos, como é grande a impor-tância do ambiente da família, essencial o

acolhimento da comunidade e impres-cindível o testemunho dos sacerdotes no surgir da vocação e na acção desen-volvida ao longo do percurso formativo dos que se sentem chamados.

A Semana dos Seminários relembra-nos esta complementaridade entre as famílias, as comunidades, os sacerdo-tes e os Seminários.

Quanto maior for esta proximidade e mais efectiva e afectiva esta articulação entre todos, mais efi caz se torna a acção formativa e mais saudáveis e consistentes se revelam os diferentes resultados da formação.

Esta complementaridade vai ganhando formas novas em iniciativas de oração, de generosidade e de comunhão fraterna e vai criando nas nossas comunidades e dio-ceses espaços abertos a uma cultura voca-cional melhor acolhida e mais partilhada.

A renovada alegria e o acrescido interesse com que vemos as famílias, os sacerdotes e as comunidades acolherem o surgir da vocação entre os jovens e o interesse ma-nifestado na celebração da Semana dos Seminários são, já de si, um sinal expressivo que quero, em nome da CEVM, saudar e agradecer. Louvemos o Senhor pelo bem que no coração de tantos jovens o Espírito de Deus realiza.

A missão de formar «pastores consagrados totalmente a Deus e ao seu Povo» é de toda a Igreja e a favor de toda a Igreja. Sabemos, porém, que a missão específi ca da formação está confi ada, por mandato da Igreja e para bem de todo o Povo cris-tão, às Equipas Formadoras dos nossos Se-minários e a quantos, sob a sua orientação, aí trabalham, muitas vezes de forma discre-ta e silenciosa. É de gratidão, também, para todos eles esta palavra, conscientes da de-licadeza da missão e do peso do trabalho que a Igreja lhes confi a.

Ao pensar, preparar e viver a Semana dos Seminários, a nossa oração e atenção centram-se nos jovens seminaristas dos vários Seminários de Portugal. É por eles que existem os Seminários. Os Seminários, mais do que as casas ou as estruturas, são as pessoas.

Olhando os nossos Seminários, faz-nos bem dedicar-lhes, com renovada alegria e permanente gratidão, as palavras com que o Santo Padre saudou os seminaristas em Madrid: “Vendo-vos, comprovo de novo como Cristo continua chamando jovens discípulos para fazer deles seus apóstolos,

permanecendo assim viva a missão da Igreja e a oferta do evangelho ao mundo”. (Homilia de Bento XVI, Madrid, JMJ, 2011).

5. Confi amos a Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa Mãe, a solicitude pelos nos-sos Seminários e o desvelo materno por quantos aí vivem para que, dia a dia, se vá

forjando na alma e na vida dos seminaris-tas o modelo de Cristo, seu Filho e Bom Pastor.

D. António Francisco dos Santos

Bispo de Aveiro e Presidente da CEVM

Page 4: Semana dos Seminários 2011

6 - 13 DE NOVEMBRO DE 2011IV Diário do MinhoSEMANA DOS SEMINÁRIOS

Este tempo mais intenso de oração e refl exão sobre a vida e a realidade dos Seminários Diocesanos, que é a tradicional “Semana do Seminários”, faz-nos sentir também a corresponsabilidade de crescer e de aprender através da vida de outras pessoas e vocações na Igreja. Sobretudo precisamos de deixar-nos interpelar através do caminho de fi delidade e de procura na vivência da sua vocação, que as famílias nos oferecem. É com esta intenção e com este espírito que encontrámos um jovem casal da nossa Diocese, Sandra e Jorge, que pertence à paróquia de Esporões e actualmente colabora também no secre-tariado diocesano da Pastoral Familiar. Aceitaram amigavelmente partilhar com o Departamento de Comunicação Social da Diocese de Braga um pouco da sua vida e de “abrir” simbolicamente a sua casa aos nossos leitores.

Acolhemos a sua partilha com a mesma amizade e abertura com a qual eles nos acolheram.

Sandra e Jorge, antes de mais, obri-

gado por aceitar este desafi o e de

oferecer-nos um pouco do vosso tem-

po. Conhecendo o vosso entusiasmo,

quereria refl etir convosco sobre alguns

aspetos, que, creio, são transversais

a qualquer estado de vida, assumida

como “vocação”. Aliás, atrevo-me a

dizer que viver a vida como resposta

à própria vocação é, no fundo, toda

a dinâmica da fé que nos envolve,

como batizados, em primeiro lugar; e

por isso, na nossa vocação específi ca

(matrimonial, sacerdotal, religiosa, de

especial consagração). Sentem que a

vossa fi delidade e a vivência profunda

da vossa vocação pode sustentar, de

forma misteriosa, a fi delidade dos

sacerdotes, de outras famílias, dos

religiosos?

Sem falsas modéstias, dizemos que sentimos efectivamente que a vivência da nossa vocação pode sustentar (miste-riosamente) a fi delidade dos sacerdotes, dos religiosos e, cremos, sobretudo de outras famílias; porque, fazendo um es-forço por viver a dinâmica da fé na nossa vocação matrimonial estamos a iluminar, com toda a certeza, com o exemplo que procuramos dar, muitos outros corações. E quando outros cuidam que o que fazemos é feito com amor, sentem o seu papel mais preenchido, acreditamos mesmo, os seus votos renovados, pois isto mesmo acontece connosco.Compete-nos a nós chegar a cada um, àqueles que vão fazendo parte das nos-sas vidas, que nela vão entrando dando também eles parte de si; e efetivamente, se damos, recebemos sempre muito mais – e não é isto que todo o ser humano pro-cura? Receber? É para a nossa família muito simples viver, ainda mais quando se é cristão; basta para isso despirmo-nos dos preconcei-tos tantas vezes criados pelos homens, apercebendo-nos dos pequenos milagres que, todos os dias, acontecem na nossa vida: os fi lhos, os amigos, os irmãos em Cristo, enfi m, rostos que amamos em nome de um ser maior – JESUS CRISTO.Acreditamos que as vocações, sejam elas quais forem, serão sempre válidas se vividas em verdade, em pura e real plenitude… e isto sente-se, vive-se tantas vezes. Temos experiência, quando nos deixamos invadir pela festa da vida de

um qualquer que tenha um rosto, rosto esse que aprendemos a amar em Cristo.Acreditamos, nós, que só assim vale a pena ser família: em compromisso e dan-do testemunho do sacramento assumido pelo amor que nos uniu, une, e continua-rá com certeza a fazê-lo…

A família que vive e assume a sua fé é

a primeira experiência de Igreja (igreja

doméstica): como procuram viver esta

realidade na vossa vida concreta?

A nossa família enquanto igreja (domés-tica) pensamos ter começado a vivê-la no dia 28 de Setembro de 2002, quando nos propusemos com alegria celebrar o nosso matrimónio. Já nessa altura sentimos ne-cessidade, depois de oito anos de namo-ro, de presentear a nossa vida e o senti-mento que nos unia com um sacramento, sinal da presença viva de Jesus Cristo na nossa vida, sobretudo; e nesta situação concreta, no nosso amor. Acreditávamos piamente que assim o que sentíamos ali-mentar-nos a alma e o corpo estaria mais forte para resistir à vida que queríamos eterna de convivência comum.Prometemos amar-nos, respeitar-nos, em todos os bons e maus momentos da nossa vida… e a verdade é que, à medida que fomos aprofundado a nossa missão matrimonial, fomos à busca desse ali-mento espiritual, para o caminho a dois entretanto iniciado, quer na participação na eucaristia, o que fazemos em família, quer participando activamente nos movimentos da pastoral familiar, o que fazemos pela nossa família. E é esta área para nós verdadeiramente aliciante, quer porque toca na nossa vida quotidiana, quer porque acreditamos que o destino

do mundo está na essência das famílias que construímos (ou ajudamos a que se construam) e no exemplo que delas brota.Também como pais conscientes que somos do João e da Beatriz e porque queremos o melhor para eles, não po-deríamos deixar que não começasse em nós, na sua própria casa, no seu núcleo familiar, a construção de um mundo melhor, dando testemunho da tal igreja que abraçamos todos os dias. Assim, ensinamos-lhes o poder da oração, não apenas na repetição de conjuntos de palavras entretanto ensi-nadas como orações, mas exigindo-lhes a eles e, sobretudo a nós próprios, seus primeiros e mais próximos exemplos, que façam da sua vida uma oração constante, preenchendo-se assim a eles próprios e sobretudo a vida daqueles com quem vão tendo o prazer de se encontrar. Orar, dizendo-lhes pratican-do, é agradecer por gestos, em actos, a vida, a nossa vida, agradecendo a dádiva de nos deixarem entrar na vida de outros, e outros terem entrado na nossa vida. Assim temos escrito a nossa história, as páginas da nossa vida, e dei-xem que confessemos é bom sentirmo--nos amados, mas mais do que isso, é óptimo saber que temos, todos os dias, oportunidade de aprender a amar. E nesta arte, desenganamo-nos, pois, difi -cilmente, só com muita luta, algum dia, chegaremos a mestres…

A formação para o Sacerdócio, mas,

ainda mais, o processo de com-

preensão da própria vocação, no

nosso tempo, precisa cada vez mais

atenção e adequação: de que forma

pensam que a vossa vivência da vida

familiar pode dar um contributo va-

lioso nesta atenção e renovação da

formação para o sacerdócio?

Que palavra deixariam para um jovem

que está a percorrer o caminho da sua

formação para o sacerdócio?

E para uma família que sente difi culda-

de em aceitar a vocação de um fi lho?

E aos formadores dos seminários dio-

cesanos?

Acreditamos como pais, educadores e ca-sal cristão, que as vocações dos nossos fi -lhos (ou até mesmo daqueles que contac-tam connosco), seja para o sacerdócio, ou para qualquer outra escolha vocacional que possam fazer, deve ser inicialmente vivida, aceite e trabalhada no seio da pró-pria família, já que é aqui que são forneci-das as “ferramentas” para o encontro com Jesus Cristo, podendo mesmo ser aqui,

das experiências vividas e sentidas nesse ambiente, que surge a compreensão da própria vocação. Todos nós sabemos e compreendemos o impacto que poderá ter um primeiro encontro, um primeiro contacto. Compete assim a cada família, à nossa sobretudo, e na perspectiva de que queremos o melhor para aqueles que mais amamos, mostrar-lhes em verdade e com verdade o caminho para o encon-tro com Cristo, despertar diariamente o interesse, a vontade, do encontro com a mensagem que Cristo nos deixou. Acreditamos que a semente lançada à terra dará, em algum momento, e se bem tratada, valiosos frutos…Como em tudo o que é transmissão, a mensagem será bem captada se for transmitida com verdade, e a verdade experimenta-se no dia-a-dia. Isto é o lema de vida da nossa família.

Aos jovens em formação para o sacerdó-cio pedimos-lhes que vivam em verdade a missão sacramental do sacerdócio, sentindo-se privilegiados por terem sido escolhidos. Que vejam nas suas ovelhas o rosto daquele Cristo que acreditam ressuscitado.

Às famílias que sentem difi culdade em aceitar a vocação sacerdotal de um fi lho que se sintam plenas, verdadeiras men-sageiras da palavra de Deus. Que sintam prazer em poder dizer que o seu fi lho é Pai de tantos outros fi lhos, irmão de tantos outros irmãos, ponto de encontro, conforto e esperança de tantas e tantas famílias.

Aos formadores dos seminários dioce-sanos que tenham consciência que são exemplo de vida para muitos (futuros) sacerdotes, que tenham a coragem de defender a missão sacerdotal daqueles que encontraram o seu caminho na dá-diva e sejam eles, ao exemplo de Cristo, os primeiros a caminhar e enfrentar os desafi os da Cruz…

Tenhamos todos consciência que:

“Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi e vos desti-nei para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça, a fi m de que tudo o que pedirdes a Meu Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda. Isto vos mando: amai-vos uns aos outros” (S. João, 15)

Muito obrigado. Sobretudo pela ami-

zade e pela abertura de vida que trans-

mitem a quem vos encontra.

Page 5: Semana dos Seminários 2011

VDiário do Minho 6 - 13 DE NOVEMBRO DE 2011 SEMANA DOS SEMINÁRIOS

No âmbito da Semana dos Semi-nários, o Departamento de Comu-nicação Social da Diocese de Braga procurou fazer uma análise da ju-ventude hodierna. Para tal, o melhor seria perguntar a alguém que tivesse acompanhado de perto a evolução juvenil nos últimos anos. A escolha caiu no Professor Agostinho Oliveira, responsável pela formação juvenil do SC Braga. De seguida, uma entrevista sobre o modo como ele vê a juventu-de, a questão vocacional, a religião, a sociedade portuguesa…

Professor Agostinho Oliveira,

entrando no espírito desta con-

versa, a propósito da Semana dos

Seminários, é quase obrigatório

perguntar-lhe: depois de uma

vida como jogador de futebol, ofi -

cial do exército, estudante de fi lo-

sofi a, professor, treinador e agora

director desportivo… afi nal qual é

a sua verdadeira vocação?

Eu tenho um entendimento preme-ditado sobre a vocação. Considero que todas as nossas escolhas são in-fl uenciadas por determinados tipos de factores. Mais concretamente, as micro-sociedades como a família ou a escola são decisivas nas nossas escolhas.No meu caso, o meu projecto de vida surgiu no contacto com os co-legas, nomeadamente no futebol, o que me levou a apostar nesta área e não numa área científi ca. Depois, todas as sequências que me acom-panharam no âmbito académico, também me orientaram para uma si-tuação próxima da psicologia. Aliás, quando acabo de me licenciar em Filosofi a na Faculdade de Letras do Porto, tinha aquilo que pouco existia em Portugal: um percurso académi-co na área da psico-pedagogia.E este foi o primeiro sinal para conti-nuar no desporto, após uma carreira como jogador. Depois disto a treina-dor, foi um passo consequente. Um outro passo marcante foi o lidar com os jovens jogadores, o que me levou a continuar nesta actividade durante duas décadas com imensa gosto e empenho.

Nesse contacto que teve com os

jovens desde os anos 90, nas diver-

sas camadas da Selecção Nacional,

que principais diferenças nota em

relação à juventude de hoje?

Eu vivi várias áreas circundantes da sociedade. E como comecei a jogar futebol aqui no SC Braga há cerca de 50 anos, com o saudoso

Sr. Armando Lima no campo da Ponte, e a incidência futura que nos deu, por exemplo, o espaço da guerra colonial (até fui oficial do exército nesse período), fez criar nessa mesma geração uma vivên-cia bastante grande de confrontos e contrastes societários, nomeada-mente no que diz respeito à nossa juventude. É evidente que posso falar e abor-dar a juventude desportiva, com a qual tive mais contacto, mas também com alguma exactidão da juventude em geral. Uma diferen-ça primordial foi o impacto que a guerra colonial nos causou, e que necessariamente provocou uma alteração no modus vivendi social. A abertura posterior das universi-dades após o Abril de 74, também criou um panorama completa-mente diferente, nomeadamente a liberdade de expressão e a aborda-gem de determinados temas, que até à data eram censurados. Por isso, sem dúvida que a juventude de hoje tem mais liberdade de ac-ção e opção.

Continuando o tema dos jovens

no futebol, há vocações para o fu-

tebol hoje ou vivemos uma época

em que se denota que o futebol é

um mundo que dá dinheiro e, por

isso, os pais colocam os fi lhos no

futebol porque vêem nisso uma

saída para a crise? E será que, en-

quanto formador (i.e., director),

há a coragem para se dizer a um

jovem que realmente não tem vo-

cação para o futebol?

É lógico que isso é um confronto que, porventura, vai abraçar aquele pormenor com que iniciámos a nossa conversa: se o meu ambiente jovial no futebol foi ou não um des-pertar da minha vocação. Evidente-mente que, nesta altura, se pergun-tar a um miúdo se quer ser jogador de futebol ou médico ele diz-lhe sim. Porque estas profi ssões acarre-tam determinadas condições sociais e económicas muito aliciantes.Ora bem, é óbvio que, se há 30 anos vivenciámos apenas um ou outro miúdo, que de facto arrastava con-sigo talento, qualidade e técnica futebolística, hoje o volume é muito maior, porque esta situação econó-mico-social atrai muitos mais jovens para o mundo do futebol.Posto isto, quando chegam aos clubes temos dois tipos de jovens futebolistas: uns que apenas que-rem mostrar aquilo que valem e

que deixam que trabalhemos a sua personalidade e técnica, ava-liando a sua evolução; e outros que, por se considerarem talen-tosos, e são de facto, não deixam que os treinadores interferiram//melhorarem a sua atitude, aca-bando por fracassar ou serem dispensados. O segredo está em deixar ser ajudado.E se tivermos de dizer a um jovem que não tem vocação para o futebol, só estamos a ser justos e sinceros para com ele próprio.

O prof. Agostinho Oliveira traba-

lhou algum tempo com o Luiz Fili-

pe Scolari. Como todos sabemos,

era um homem crente. Esse con-

tacto com ele também infl uenciou

a sua relação com Deus?

Eu sou um homem de formação cristã, mas ao longo dos tempos fui mudando a minha feição enquanto crente. Continuei, supostamente, na imagem de Cristo, acreditando na sua atitude extraordinária para com a humanidade… e continuo a insistir que éramos capazes de ter uma sociedade perfeita a partir do respeito pelo próximo, tal como Cris-to pregava. Logicamente que a convivência quotidiana com o Senhor Luiz Filipe trazia ao de cima determinados as-

suntos, dos quais temas religiosos, que obviamente eram falados. Além disso, eu guardo em mim uma situação passada numa das igrejas aqui em Braga, que eu frequentei muitos anos, que é a daquele indi-viduo que tossia quando deitava a nota de 100 escudos, e naquele silêncio toda a gente reparava que ele dava aquela quantia. Ou seja, eu acho que, em Cristo, o humanismo que cada um deve ter não pode ser isto! Pelo contrário, eu devo estar próximo do outro, para que eu o aju-de nas suas fragilidades e ele a mim.Resumindo, eu confesso que valo-rizo mais o humanismo, isto é, a ca-pacidade de vestir a pele do outro, a capacidade de ajuda e a capacidade de amar.

Durante os anos que esteve na Se-

lecção Nacional verifi cava que os

jogadores, em determinados mo-

mentos, procuravam um refúgio

ou o silêncio para se encontrarem

sozinhos com Deus?

Não é muito denunciante esse mo-mento, porque o jogador normal-mente tem uma rotina muito rígida: vem do treino, regressa ao quarto, vai ao refeitório e regressa ao quarto até novo treino. E todo o tipo de vida privada nos estágios não dá para observar. Por isso, acredito que

alguns dediquem algum tempo a essa “devoção”, mas não o posso comprovar.

Nesta Semana dos Seminários,

que mensagem deixa aos jovens?

Deixo sobretudo uma mensagem de esperança. Eu sei que isto é repetido inúmeras vezes, e não é fácil tocar nesta situação. E porquê? Porque perspectivarmos uma sociedade que se vai enclausurando cada vez mais, no que diz respeito à cedência para o emprego e nas benesses que se vão quebrando. Temos uma sociedade jovem que vai ter desafi os superiores àqueles que nós tivemos outrora. Vai demorar um pouco a ultrapassarem este tipo de desafi os, de certeza, mas acredito que sejam inovadores, capazes de trabalhar em grupo e de tirar ilações nos momentos maus.Já agora, eu lembro-me bem que a minha geração (anos 50) era uma geração que passou a guerra colo-nial e os seus efeitos. Algo que nos fez mais maduros e sólidos, porque vivíamos um bocado conturbados com muita carência, e que mais tarde soubemos ter isso como leme, dando um projecto completamente diferente à vida.Por isso, não desanimem porque o futuro só depende de vós!

Page 6: Semana dos Seminários 2011

6 - 13 DE NOVEMBRO DE 2011VI Diário do MinhoSEMANA DOS SEMINÁRIOS

Reunida a Assembleia, o ministro dirige-se ao sacrário trazendo a Hóstia consagrada colocando-a na custódia, previamente colocada sobre o altar. Feita a Exposição o ministro incensa o Santís-simo Sacramento. Entretanto canta-se um cântico eucarístico.

Terminado o cântico faz-se a seguinte monição:Diante de Jesus, que “incarnou” na Hóstia Consagrada vamos, numa atitude de quem quer escutar, em gestos de amor, e com palavras de sincera amizade, viver este momento de oração e adoração. Ele está no meio de nós, Ele quer habitar na nossa casa, no nosso coração, Ele quer fazer parte da nossa vida. No silêncio da nossa oração, no entoar dos nossos cânticos, na postura do nosso corpo, adoremos o Senhor que vem.Ao longo deste tempo de oração procu-remos fazer de Jesus Eucaristia o centro da nossa atenção. Peçamos a Jesus Eucaristia pelos Sacerdotes, para que lhes dê força e coragem ao longo do seu ministério; peçamos ao Senhor da messe que faça suscitar na nossa comunidade jovens que queiram servi-Lo totalmente através do Sacerdócio, peçamos por todas as famílias para que sejam ver-dadeiras Igrejas domésticas, peçamos ao Senhor por todos os doentes para que encontrem força, conforto e alento no alimento Eucarístico e na Palavra de Deus.Momento de Adoração em silêncio

OraçãoSenhor Jesus, que vos fi zestes obedien-te até à morte na cruz, ensinai-nos a cumprir sempre a vontade do Pai, para que, santificados de uma vez por todas pela oblação do vosso corpo, saibamos esperar, no meio das tribulações, as maravilhas do vosso amor, vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

Sentados, o leitor proclama o seguinte salmo ao qual respondemos:

Vinde, adoremos o Senhor!

Vinde, exultemos de alegria no Senhor,aclamemos a Deus, nosso Salvador.Vamos à sua presença e dêmos graças,ao som de cânticos aclamemos o Senhor.

Vinde, adoremos o Senhor!

Vinde, prostremo-nos em terra,adoremos o Senhor que nos criou.O Senhor é o nosso Deuse nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.

Vinde, adoremos o Senhor!

Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:“Não endureçais os vossos corações,como em Meriba, como no dia de Massa no deserto,onde vossos pais Me tentaram e provo-caram,apesar de terem visto as minhas obras”.Momento de Adoração em silêncio

Leitura do Primeiro Livro dos Reis (1 Reis 19, 4-8)«Fortalecido com aquele alimento, cami-nhou até ao monte de Deus»Naqueles dias, Elias entrou no deserto e andou o dia inteiro. Depois sentou-se debaixo de um junípero e, desejando a morte, exclamou: «Já Basta, Senhor. Tirai-me a vida, porque não sou melhor que meus pais». Deitou-se por terra e adormeceu à sombra do junípero. Nisto, um Anjo do Senhor tocou-lhe e disse: «Levanta-te e come». Ele olhou e viu à sua cabeceira um pão cozido sobre pedras quentes e uma bilha de água. Comeu e bebeu e tornou a deitar-se. O Anjo do Senhor veio segunda vez, tocou-lhe e disse: «Levanta-te e come, porque ainda tens um longo caminho a percorrer». Elias levantou-se, comeu e bebeu. Depois, fortalecido com aquele alimento, caminhou durante quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, Horeb.Palavra do Senhor

Momento de Adoração em silêncio

Dois leitores fazem o seguinte jogral:

Jesus Cristo, o Pão Vivo descido do Céu, é também a Palavra encarnada. Ele está presente em todos os livros da Bíblia; Ele é digno de louvor e de adoração.

Em Génesis, Jesus é a semente da mulher.No Êxodo, Ele é o Cordeiro Pascal.No Levítico, Ele é o sacerdote, o altar e o Cordeiro do Sacrifício.Nos Números, Ele é uma coluna de nu-vem de dia e a coluna de fogo à noite.Em Deuteronómio, Jesus é o profeta, como Moisés.Vinde e contemplai o Senhor.CânticoBreve momento de silêncio

Em Josué, Jesus é o guia da nossa salvação.Em Juízes, Ele é nosso Juiz e Legislador. Em Rute, Ele é nosso compatriota redentor.Em 1 e 2 Samuel, Ele é o nosso Profeta confi ável.Nos Reis e Crónicas, Ele é o nosso Rei rei-nando.Em Esdras, Ele é o reconstrutor dos muros de Jerusalém.Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em Neemias, Jesus é o nosso restaurador.Em Tobite, Ele é o Mensageiro da Nova Vida.Em Judite, Ele é Fraqueza Transformada em Vitória.Em Ester, Ele é nosso Advogado. No 1 e 2 Macabeus, Ele é o líder que mor-re pela lei de Deus.Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em Job, Jesus é nosso Redentor para Sempre.Nos Salmos, Ele é nosso Pastor.Em Provérbios, Ele é a nossa Sabedoria.Em Eclesiastes, Ele é a nossa esperança da ressurreição.No Cântico dos Cânticos, Ele é o nosso Esposo Amado.Em Sabedoria, Ele é a emanação do pen-samento de Deus.No Eclesiástico, Jesus é a nossa segu-rança. Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em Isaías, Jesus é o Servo Sofredor. Em Jeremias, Ele é o Ramo Justo. Em Lamentações, Ele é nosso profeta que chora sobre Jerusalém. Em Baruc, Ele é a Misericórdia do Eterno.Em Ezequiel, Ele é o único com o direito de governar. Em Daniel, Jesus é o quarto homem na fornalha ardente. Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em Oseias, Jesus é o marido fi el para sempre casado com a pecadora.Em Joel, Ele é Aquele que baptiza com o Espírito Santo de Fogo.Em Amós, Ele é o restaurador da Justiça.Em Abdias, Ele é poderoso para salvar.Em Jonas, Ele é o nosso grande profeta estrangeiro.Em Miqueias, Ele é os pés daquele que traz boas notícias. Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em Naum, Jesus é a nossa fortaleza no dia da angústia.Em Habacuc, Ele é Deus, meu Salvador. Em Sofonias, Ele é o Rei de Israel. Em Ageu, Ele é o anel do sinete.Em Zacarias, Ele é nosso Rei humilde montado em um jumentinho.Em Malaquias, Jesus é o Filho da Recti-dão. Vinde e contemplai o Senhor.

Cântico

Breve momento de silêncio

Em Mateus, Jesus é Deus connosco. Em Marcos, Ele é o Filho de Deus. Em Lucas, Ele é a Misericórdia. Em João, Ele é o Pão da Vida.Nos Actos, Jesus é o fundamento da comunidade. Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em Romanos, Jesus é a Justiça de Deus. Em 1 Coríntios, Ele é a Ressurreição. Em 2 Coríntios, Ele é o Deus de toda consolação. Em Gálatas, Ele é a sua liberdade. Ele liberta. Em Efésios, Jesus é a Cabeça da Igreja. Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em Filipenses, Jesus é a sua alegria. Em Colossenses, Ele é a sua Integralidade. Em 1 e 2 Tessalonicenses, Ele é a sua es-perança. Em 1 Timóteo, Ele é a sua fé. Em 2 Timóteo, Jesus é a sua estabilidade. Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em Tito, Jesus é a Verdade. Em Filémon, Ele é o seu benfeitor. Em Hebreus, Ele é a sua perfeição. Em Tiago, Ele é o poder atrás de sua fé. Em 1 Pedro, Ele é o seu exemplo. Em 2 Pedro, Jesus é a sua pureza. Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Em 1 João, Jesus é rosto de Deus que é Amor. Em 2 João, Ele é o nosso exemplo.Em 3 João, Ele é a nossa motivação. Em Judas, Ele é o alicerce da sua fé.Em Apocalipse, Jesus é o que está à porta da nossa vida.Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Ele é o Primeiro e o Último. O Princípio e o Fim. Ele é o Guardião da Criação e o Criador de Tudo.Ele é o Arquitecto do Universo e o Se-nhor de Todos os Tempos.Ele sempre foi, ele sempre é, e Ele sem-pre será Impassível, Inalterado, invicto, e nunca arruinado.Ele foi ferido e aliviou a dor.Ele foi perseguido e trouxe a liberdade. Ele foi morto e trouxe a vida.Ele ressuscitou e traz poder. Ele reina e traz paz.Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Ele é a Vida, amor, longevidade, e Se-nhor.Ele, é o nosso Deus, é bondade, cordiali-dade e bondade.Ele é Santo, Justo, Poderoso e Puro.Seus caminhos são nosso direito, as Suas

Palavras são Eternas,Sua Regras Imutáveis e o Seu Pensamen-to está sobre mim.Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Ele é o nosso Redentor,Ele é o nosso Salvador,Ele é o nosso Deus,Ele é o nosso sacerdote,Ele é a nossa alegria,Ele é nosso conforto,Ele é nosso Senhor e Ele conduz a nossa vida.Vinde e contemplai o Senhor.

CânticoBreve momento de silêncio

Preces

Reunidos em nome do Senhor, que está presente no meio de nós, oremos com toda a confi ança ao Pai celeste, pelas ne-cessidades de todos os homens, dizendo: Ouvi-nos, Senhor.

Pela santa Igreja de Deus, para que seja congregada na unidade da mesma fé, em torno da Santíssima Eucaristia, ore-mos ao Senhor

Pelos povos do mundo inteiro, para que Deus os assista na realização do seu de-senvolvimento, e faça nascer no coração dos governantes um grande desejo de paz, oremos ao Senhor

Pelos que não têm o pão de cada dia, para que Deus dê alimento a todos os homens e mostre o seu rosto de bonda-de a quantos O invocam em suas neces-sidades, oremos ao Senhor

Pelos doentes e por todos os que so-frem, para que a comunhão do Corpo de Cristo os ajude a recuperar a saúde e a paz do coração, oremos ao Senhor

Pelos agonizantes, para que o santo Viá-tico os console e fortaleça na esperança da vida eterna, e os faça caminhar em paz para o reino dos Céus, oremos ao Senhor

Por esta assembleia cristã, para que espere a vinda gloriosa de Jesus Cristo, e celebra na Eucaristia o penhor da vida que não terá fi m, oremos ao Senhor

Pai Nosso...

Veneremos...

Senhor Jesus Cristo, que neste admirável sacramento, nos deixaste o memorial da vossa paixão, concedei-nos, Vos pedi-mos, a graça de venerar de tal modo os mistérios do Vosso Corpo e Sangue que sintamos continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

Bênção do Santíssimo

Page 7: Semana dos Seminários 2011

VIIDiário do Minho 6 - 13 DE NOVEMBRO DE 2011 SEMANA DOS SEMINÁRIOS

FILMES

LIVROS

SITES

ANEL E SANDÁLIAS

Autor:

Cardeal Seán O’Malley

ISBN:

9789896730994

Nº Páginas:

168

Editora:

Paulinas

BLACK ROBE (HÁBITO NEGRO)

Autor:

Brian Moore

ISBN:

0452278651 / 9780452278653

Nº Páginas:

224

Edição:

PENGUIN USA

IDE, FAZEI DISCÍPULOS MEUS!

Autor:

Edson Adolfo Deretti

ISBN:

9788535626704

N.º de páginas:

110

Editora:

Paulinas

UMA PARÓQUIA VOCACIONAL

Autor:

Amedeo Cencini

ISBN:

9789727517862

Páginas:

71

Editor:

Paulinas

CARTA AOS JOVENS SOBRE AS VOCAÇÕES

Autor:

Thierry-Dominique Humbrecht

ISBN:

9789723014440

N.º de páginas:

120

Editor:

Paulus

DO CHAMPANHE AOS SALMOS

Autor:

Henry Quinson

ISBN:

9789896730895

Páginas:

231

Editor:

Paulinas

www.essejota.net

www.foryourvocation.org

www.passo-a-rezar.net

http://www.www.aleteia.org

www.fazsentido.com.pt

http://www.vocation.com

www.padretojo.net

www.amar-tesomente.blogspot.com

A esperança está onde menos se espera (2009)

Realizador:

Joaquim Leitão

Temas vocacionais:

A busca e o sentido da felicidade na

vida; ou sucesso a qualquer preço

ou a dignidade pessoal e humana; o

empenho e compromisso na cons-

trução do próprio projecto de vida

Uma família à beira de um ataque de nervos (2006)

Realizador:

Jonathan Dayton, Valerie Faris

Temas Vocacionais:

O sentido da vida e as expec-

tativas pessoais, as opções de

vida em contracorrente, o valor

de ser diferente como sinal e

alternativa

O outro lado do céu (2001)

Realizador:

Mitch Davis

Temas vocacionais:

o sentido de missão; a ex-

periência da fé; Evangelho e

inculturação

Invictus (2009)

Realizador:

Clint Eastwood

Temas Vocacionais: A reconcilia-

ção, compaixão e generosidade com

a vida e os outros; a inspiração como

meio de superar as próprias expecta-

tivas e construir o futuro; o testemu-

nho e o acompanhamento pessoal

nas escolhas vocacionais

Smurfs (2011)

Realizador:

Raja Gosnell

Temas vocacionais:

A participação na vida e per-

tença a uma comunidade; a

descoberta da qualidades pes-

soais como dom e oferta aos

outros, o espírito de serviço

O Rapaz do pijama às riscas (2007)

Realizador:

Mark Herman

Temas vocacionais: O amor

maior que as diferenças pes-

soais e culturais, o acolhimen-

to e a fraternidade universais,

as dúvidas e receios nas

escolhas

Patch Adams (1998)

Realizador:

Tom Shadyac

Temas vocacionais:

a vida a partilhar, as motiva-

ções, o serviço, a superação

de problemas e difi culdades,

o binómio carisma-instituição

Eduardo mãos de tesoura (1990)

Realizador:

Tim Burton

Temas vocacionais:

A aceitação ou rejeição do

diferente; as opções de vida

e a recusa das diferenças; a

experiência do fracasso pela

novidade

Page 8: Semana dos Seminários 2011

6 - 13 DE NOVEMBRO DE 2011VIII Diário do MinhoSEMANA DOS SEMINÁRIOS

VISITAS

ÀS PARÓQUIAS

6 DE NOVEMBRO

BALASAR

RIO MAU

LAPA

PARADA

AGUÇADOURA

CAXINAS

12 DE NOVEMBRO

ESTELA

ARGIVAI

TERROSO

AMORIM

MATRIZ (VILA DO CONDE)

RATES

13 DE NOVEMBRO

LAUNDOS

AVER-O-MAR

TOUGUINHA

MATRIZ (VILA DO CONDE)

RATES

JUNQUEIRA

5 DE NOVEMBRO

AGUÇADOURA

CAXINAS

S. JOSÉ

BEIRIZ

NAVAIS

JUNQUEIRA

TOUGUINHÓ

ARCOS

WWW.YOUTUBE.COM/SEMINARIOBRAGA

Pré-Seminário

ADULTOS

19 de Novembro

17 de Dezembro

14 de Janeiro

11 de Fevereiro

17 de Março

21 de Abril

19-20 de Maio

9-10 de Junho

ADOLESCENTES

3 de Dezembro

7 de Janeiro

4 de Fevereiro

10 de Março

21 de Abril

19 de Maio

16 de Junho (Encontro Final)

25 a 28 de Junho (Estágio de Admissão ao Seminário Menor)