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Publicidade Publicidade Publicidade Semanário Sexta-feira | 11 de dezembro 2020 | Ano XIV | N.º 424 Diretora: Joana Rosa LIGAÇÕES FLUVIAIS RETOMAM A 13 DE DEZEMBRO PÁG. 3 COMÉRCIO E SESIMBRA DO SEIXAL DR

Semanário Sexta-feira | 11 de dezembro 2020 | Ano XIV | N.º 424 … · 2020. 12. 11. · E SESIMBRA DO SEIXAL DR . EDITOR, REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bernardim Ribeiro, nº 39

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    SemanárioSexta-feira | 11 de dezembro 2020 | Ano XIV | N.º 424 Diretora: Joana Rosa

    LIGAÇÕES FLUVIAIS

    RETOMAM A 13 DE DEZEMBRO

    PÁG. 3

    COMÉRCIOE SESIMBRA

    DO SEIXAL

    DR

  • EDITOR, REDAÇÃO E PUBLICIDADERua Bernardim Ribeiro, nº 392840-270 SeixalTelm. 969 856 802 Telf. 210 991 683 [email protected] Estatuto Editorial em:http://jornalcomerciodoseixalesesimbra.wordpress.comFacebook: Comércio do Seixal e Sesimbra

    Diretora Comercial: Ângela RosaPaginação: Sofia RosaRepórter: Fernando Soares Reis 4164 AColaboradores: Agostinho António Cunha, Carmen Ezequiel, Dário Codinha, Fernando Fitas 1843A, Ivo Lebre, João Araújo, José Carvalho, José Mantas, José Sarmento, Manuel Matias, Margarida Vale, Maria Vitória Afonso, Mário Barradas, Miguel Boieiro, Paulo António CO-924A, Paulo Geraldo, Paulo Nascimento, Pinhal Dias, Rui Hélder Feio, Vitor Sarmento.

    Impressão: Funchalense – Empresa Gráfica, S.A.Rua da Capela N. S.ª da Conceição, 50 – Morelena – Pêro PinheiroTiragem: 15.000 exemplaresO «Comércio» não se responsabiliza nem pode ser responsa-bilizado pelos artigos assinados pelos colaboradores. Todo o conteúdo dos mesmos é da inteira responsabilidade dos res-petivos autores.

    Diretora: Joana Rosa TE-544ARegisto do título: 125282 Depósito Legal: N.º 267646/07Propriedade: Ângela RosaEditor: Cruzada de Letras, Lda.Contribuinte N.º 514 867 060

    2 | CORREIO DE LEITOR

    Improvisamos tudo em um aparelho de som. Um fone quebrado se trans-formou em dois microfones. A edição era totalmente manual. Mandamos o material em uma caixinha. Um mês depois, nossas correspondentes, dirigi-das pelo tio Jorge, também nos envia-ram uma fita cassete. Foi gravada em um sábado à noite. Na TV jogavam Sporting e Benfica. Era janeiro: “Aqui tem feito um frio imenso, tem chovido bastante também”, disse uma de nossas correspondentes com o original sota-que português. Eles nos apresentaram a banda “Xutos e Pontapé” e até hoje lembro de uma das músicas: “Eu não sou o único”

    Nesse intercâmbio descobrimos um programa de TV em Portugal chama-do “A bolinha é do dono”. Na verdade, acredito que foi uma atração provisó-ria que nem durou muito tempo por lá, mas era engraçado. Os jogadores da seleção eram os personagens. Faziam zoeiras na concentração e toda essa brincadeira passava em rede nacio-nal. Ficavam jogando uma bolinha. As imagens chegaram em uma fita VHS meses depois.

    A essa altura, a comunicação tinha evoluído para o campo das imagens. Porém, tinha um problema: as fitas enviadas lá da Europa precisavam ser transcritas para o modo NTSC. Essa

    Seixal é um município situado na região metropolitana de Lisboa. Sou-be em 1996 quando recebi uma carta vinda de Portugal. A explicação esta-va no segundo parágrafo escrita com letras ilegíveis. Dias depois redigi a resposta: detalhei um pouco de Suza-no e informei que eu era um estudante de jornalismo. Nas semanas seguintes, veio a tréplica com explicações sobre o Rio Tejo, a Revolução dos Cravos e uma pergunta: “Minas Gerais é aí per-to? Retirei duas folhas de um caderno universitário de 12 matérias e, munido com uma caneta azul Faber Fix, tornei a escrever com letras de forma para uma pessoa que eu jamais havia visto. Só sabia que se tratava de uma estu-dante de Portugal.

    Em 1996 comecei a me comuni-car via cartas com uma moradora da Aldeia de Paio Pires, no município de Seixal, em Portugal. Como isso seria nos dias de hoje com WhatsApp e Facebook? Imagine como era há anos. Escrevia uma pergunta no papel, na minha casa, e a resposta só chegava depois de um mês.

    A história começou quando meu amigo de infância, o Robson Hideki, que estudava em São Paulo, me dissera que seu professor enviaria o endere-ço dele e dos demais colegas de classe para uma escola em Portugal. O objeti-vo era justamente esse: criar uma espé-cie de intercâmbio via correio. Achei a ideia muito interessante e Hideki levou meu endereço para escola também. Duas semanas depois recebi a primeira carta.

    Eu me correspondia com uma estu-dante chamada Vanessa e meu amigo Robson escrevia para Vera. As duas também eram amigas e moravam na mesma região. Vanessa em Paio Pires e Vera num lugar (bairro) chamado Casal do Marco. O tio de uma delas, um cara super bem humorado, torce-dor do Benfica (se não me engano), chamado Jorge, também entrou na brincadeira. Ele curtiu a ideia de se comunicar com os dois brasileiros do Alto Tietê.

    Precisávamos conhecê-los. Saber como eram. Então fotos da turma foram enviadas na quarta carta que chegou a Suzano. Familiares entraram na brincadeira. E as cartas começaram a cruzar o oceano com mais frequên-cia. Foi aí que eu tive uma ideia. Por-que não enviar áudios?

    Minha ideia era gravar uma espécie de programa de rádio contendo infor-mações e música. Foi o que fizemos.

    mudança, na época, só era feita em um estúdio lá em Moema, na zona Sul de SP. Só de pensar que um vídeo no WhatsApp, vindo de qualquer can-to do planeta, atualmente, aterrissa na palma da sua mão em questão de segundos.

    Mandamos em nossa fita imagens da turma. Sempre andamos em 7. Gravamos no Suzano Futebol Clube e saímos de carro com meu tio para des-bravar alguns pontos mais longínquos da nossa cidade. Lembro de uma gra-vação feita em um domingo. Estáva-mos reunidos na rua, jogando bola e a programação no rádio era interrompi-da a todo momento com flashes sobre a morte da Princesa Diana: agosto de 1997.

    O mais legal desse intercâmbio foi descobrir algumas diferenças entre as duas línguas portuguesas. Soube e nunca mais esqueci que “giro” é o mesmo que legal. Telemóvel é celular e ônibus é chamado de autocarro. Nas piadas de Portugal (anedotas como costumam dizer) são os brasileiros que se dão mal. Eles assistem muitas nove-las daqui e chamam o Cristo Redentor, no Rio de janeiro, de Cristo Rei. Fora as típicas bicha (fila) e cassete (pão).

    Mas o tempo corre e algumas coi-sas vão perdendo força por causa das

    modificações impostas pelo dia-a-dia. Nossa comunicação Brasil – Portugal (e vice-versa) foi uma delas. As car-tas demoravam mais a serem escritas e postadas. E o último contato com o “além mar” foi estabelecido em 1998, se não me engano. Não lembro se hou-ve despedida com carta derradeira. Acredito que os contatos enfraquece-ram, apenas.

    Anos mais tarde, já nos idos de 2008, conheci uma jornalista portu-guesa que veio trabalhar em Mogi das Cruzes após se casar com um morador da cidade. O primeiro contato foi em uma pauta em um hospital particular da cidade. Logo vi que a moça loira de óculos falava com o sotaque carregado de erres. Me aproximei e apresentei--me. Depois de um tempo perguntei: “Você conhece a Aldeia de Paio Pires?”

    É claro que a resposta foi positiva. Ela só não conhecia os amigos Vera, Vanessa e Jorge. Por onde será que andam?

    Douglas Pires

    Por onde será que andam? | 11 de dezembro de 2020

    DR

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    Reabertura do Transporte Fluvial no Seixal

    DR

    embarque/desembarque. A Transtejo afirma em nota de

    imprensa que com um investimento global de 425.000 euros, a intervenção assegura a melhoria das condições do Terminal fluvial do Seixal e que pas-sam a estar garantidas as condições necessárias ao restabelecimento da ope-ração regular.

    Recordamos que esta obra marítima tinha como previsto o fecho do termi-nal por 45 dias, facto que veio a alterar as rotinas dos utentes, levando muitos a utilizar os meios alternativos de trans-porte, sobrelotando os mesmos. Apesar da contestação por parte da Câmara Municipal do Seixal e das diversas ten-tativas de uma solução diferente, que não contabilizasse a interrupção do transporte realizado pela Transtejo, o fecho foi adiante. O prazo inicialmen-te previsto, não se veio a verificar por questões técnicas, já na fase final de execução da obra, alargando este perío-do para 49 dias de suspensão. A empre-sa espera com a reabertura, contribuir para a promoção do aumento do uso do transporte público e uma mobilidade mais sustentável.

    Ivo Lebre

    | 11 de dezembro de 2020 ATUALIDADE | 3

    A ligação fluvial Seixal – Cais do Sodré será retomada na próxima segunda-feira, dia 14 de dezembro. As obras no cais, que interromperam o transporte de passageiros no passado mês de outubro, serão concluídas a 13 de Dezembro, permitindo o regresso à normalidade.

    Durante a interrupção foi feito um processo de dragagem, processo que facilita a movimentação das embarca-ções junto ao cais, colocação de novas estacas e substituição do pontão de

  • 4 | CULTURA | 11 de dezembro de 2020

    A PRESCRIÇÃO DAS DÍVI-DAS NOS SERVIÇOS PÚ-

    BLICOS ESSENCIAIS

    P. – Passados oito meses após ter tro-cado de fornecedor de energia eléc-trica, fui surpreendido com telefo-nemas que me exigem um valor de uma suposta divida em aberto. Não creio ser devedor mas já li algures que após seis meses o fornecedor não pode exigir o pagamento. Que devo fazer?R. – Efectivamente se os fornecedo-res de serviços públicos essenciais – eletricidade, água, gás, comuni-cações de telecomunicações, reco-lha e tratamento de águas residuais, etc., - não notificarem a pagamento qualquer divida dentro do prazo de seis meses, não podem exigir o res-pectivo pagamento fora desse prazo, salvo qualquer facto interruptivo ou suspensivo da prescrição, ou seja a dívida prescreve. Ainda que o fornecedor não perca o direito de crédito, fica impossibilita-do de o exigir, judicial ou extrajudi-cialmente. Por outras palavras, esse crédito só será recuperado se o deve-dor entender pagar.Como leu e bem, o direito ao paga-mento do preço relativo a bens de serviços públicos essenciais extingue--se, por prescrição, seis meses após a prestação de cada serviço.Para invocar o seu direito de não pa-gamento basta tão somente invocar a prescrição com base no art.º 301.º do Código Civil e recusar o pagamento.Os direitos de crédito devem ser exercidos no prazo de seis meses por parte dessas empresas, encontram--se sujeitos à prescrição, começando o prazo a correr a partir da data da prestação dos serviços, devendo esses serviços serem devidamente descri-minados na factura mensal. Mais em concreto, o prazo de pres-crição de seis meses conta-se a partir do último dia do período mensal de referência para efeitos de facturação.Quanto aos telefonemas e/ou cartas que possa receber desses operadores de serviços, com o valor da dívida e a convidar para plano de pagamentos, apesar de legítimas, não o obriga ao pagamento. Fá-lo só se quiser.

    Escolha os serviços de um profissio-nal, contacte o Solicitador.Envie a sua questão para: [email protected]

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    Rui Hélder FeioSolicitador

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    Rostos do SeixalEDELWEISS ARMANDA CORREIA E SILVA (1900-1982)

    ser madrinha de meu pai. Foram mui-tos os dias em que lhe fiz companhia e via bordar os galões das fardas, enquan-to brincava com os mesmos brinque-dos que meu pai e meu tio brincaram enquanto crianças".

    A curiosidade do seu primeiro nome ser Edelweiss, liga-se uma pequena flor alpina com o mesmo nome, que seu pai trouxe dos Alpes Suíços, aquando da

    Mário Barradas

    Natural de Lisboa, foi em Amora que viveu até ao seu falecimento. Era filha de um oficial do Exército Português, tendo sido madrinha de guerra de mui-tos dos tropas amorenses que no passa-do iam para as colónias portuguesas em África. Tinha a peculiar profissão de bordar a ouro e prata todos os galões e armas que os militares vestiam nas fardas, bonés e outros adereços. Bor-dou as roupas e mantos da padroeira da freguesia - Nossa Senhora do Monte Sião e do Menino Jesus, assim como os estandartes do Amora Futebol Clube e da Sociedade Filarmónica Operária Amorense a ouro e prata.

    Segundo Antero Ferreira, que trou-xe até aos dias de hoje a memória intac-ta de Edelweiss, menciona que teve "o privilégio de ter crescido na sua com-panhia, em virtude de morar no andar acima da casa dos meus avós paternos e

    Os TECELÕES e as TECEDEI-RAS da Companhia de Lanifícios da Arrentela fundada em 1862 e encerra-da definitivamente em 1989.

    Esta grande fábrica, que no séc. XIX foi uma das maiores, se não a maior empresa de lanifícios do país, chegou a empregar mais de 500 operários (homens, mulheres e crianças) mui-tos deles trabalhando, como tecelões e tecedeiras, num conjunto de 32 teares mecânicos e outros ainda manuais.

    Aqui se fabricaram os melhores panos de caxemiras, castorinas e fla-nelas do país. Aqui se produziram teci-dos para uniformes militares de terra e mar, assim como para polícias, guardas municipais e bombeiros.

    Os produtos desta conceituada Companhia de lanifícios da Arrentela ganharam muitos prémios internacio-nais nomeadamente uma medalha de cobre em Viena de Áustria (1873) e uma medalha de prata em Paris (1878).

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    Tecelões e TecedeirasRui Hélder FeioSolicitador

    O VOZEIRO

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    Em 1892 este grande estabelecimen-to fabril teve a honra de ser visitado por El-Rei D. Carlos e sua esposa a Rainha D. Amélia.

    Na primeira imagem (anos trinta ou quarenta do séc. XX) vêem-se os tece-lões e as tecedeiras no interior da fábri-

    Primeira Grande Guerra onde comba-teu na Áustria. Edelweiss manteve essas flores secas em sua casa ao longo dos anos, dentro de uma redoma de vidro, até ao seu desaparecimento.

    Para esta grande amorense, fica a nossa homenagem e um agradecimento a Antero Ferreira por tornar mais rica a história da cidade de Amora.

    ca junto dos teares onde trabalhavam. Na imagem de baixo à esquerda vêem--se os tecidos produzidos nos teares já sobre bancadas. Na fotografia de baixo à direita o edifício principal da Compa-nhia de Lanifícios da Arrentela e o seu portão de entrada.

    Manuel Lima

  • | 11 de dezembro de 2020 PUBLICIDADE | 5

  • 6 | OPINIÃO | 11 de dezembro de 2020

    A felicidade de não cumprir um deverSer jovem é maravilhoso mas apre-

    senta um problema sem solução pois termina. A frescura que os poucos anos trazem à vida é uma alegria constante mas de tanto fulgor a energia esgota--se. Os anos começam a deixar a sua marca e aquelas pequenas rídulas são testemunhos de vários acontecimentos. Umas porque se foi inconsciente e não se tomaram os cuidados necessários, como usar um protector solar adequa-do e outras simplesmente porque ser tenrinho é mesmo assim.

    Depois chegam as convenções e as regras de etiqueta que devem ser cum-pridas. A partir de uma certa idade não se deve fazer isto ou aquilo porque sim e porque não. Tudo balelas! Mas há sempre quem esteja disposto a ser um fiel seguidor e um rígido cumpri-dor. E que acontece a quem sai da cai-xa e segue um caminho alternativo?

    Usar uma camisola feita de vespas não é para qualquer um. Para mim seria um suicídio pois sou alérgica a estes animais voadores. E quem faria tal peça de roupa? Algum masoquista? E as vespas estariam vivas ou mortas? Claro que também ninguém vai usar um vestido feito com galhos de árvo-res, pois não? Nem que a super cola fosse a melhor o desconforto seria ter-rível. Para evitar tudo isto existe o bom senso.

    Por outro lado se estiver com uma armadura, durante a época balnear, torna a tomada de banhos um pouco complicada, já para não dizer impos-sível. Além da tendência para o peso excessivo a dificuldade de locomoção seria um autêntico pesadelo. Já que se fala de coisas parvas e que tal um colar feio de orelhas humanas? Bonito? Sádico? Loucura total?

    Uma vez sonhei que tinha roubado o uniforme a um polícia. Ele ficou muito admirado com a minha atitude e nem veio no meu encalço. Eu corria que nem uma desalmada e fui bater contra uma parede. Obviamente que parei. Depois abre-se uma janela redonda, como as escotilhas dos barcos e sou sugada para dentro. Quando olho para os meus pés estou com umas gaivotas mortas a ser-vir de chinelos. Tento gritar mas um veado aparece junto a mim. Fico para-lisada. Ele sorri e pergunta-me, de modo delicado, se tenho um cigarro. Felizmente que acordei.

    Tudo isto acaba por ser redutor e só serve para provar que certas ideias que se estabelecem são simplesmente con-ceitos e não servem como mote de vida. Como é lógico nunca iria sair de casa com um falso colete de bomba nem com uma túnica feita de carne huma-

    Palavras com o sufixo ISMODei comigo a pensar sobre uma

    conversa com um conterrâneo. Dizia ele não gostar nada das palavras constituídas com o sufixo “ismo”. Até concordei com ele, dados os exemplos que rapidamente desembainhou, mas depois pensei…pensei e fui indagar melhor e constatei o meu erro.

    De facto trata-se de um sufixo que está nada mais nada menos que em 367 palavras usadas por todos nós. Umas mais usadas que outras, como é óbvio, mas todas elas merecedoras do nosso maior cuidado, não só ao usa-las como a gostar delas ou não.

    Para se ter uma ideia essas 367 palavras são compostas por grupos de 5 a 18 letras do nosso alfabeto. Com 5 letras são 2 palavras (cismo, sismo);

    com 6 letras são também 2 (abismo, crismo); com 7 passam a 20; com 7 são 22; com 9 são 62… por aí fora até que com 17 são 2 (aconfessionalismo, pluripartidarismo); e finalmente com 18 letras são 2 também (constitucionalismo, transcendentalismo).

    Confesso que não fazia ideia de que fossem tantas, por isso compreendo o meu amigo conterrâneo, que confessava fazer-lhe urticária palavras como nazismo, fascismo, absolutismo, analfabetismo, fanatismo, cinismo, totalitarismo, etc.

    Mas, há sempre um mas, também temos nudismo, cubismo, sindicalismo, socialismo, universalismo, turismo, baptismo, idealismo, dadaismo, idadismo, etc., que merecem o nosso

    respeito e admiração…como todas. Além destas 367 palavras existem outras, também usadas amiúdas vezes, como por exemplo: - fontismo; maoismo; salazarismo; franquismo; castrismo; cavaquismo, etc, que ainda adiciona mais uma quantas palavras aquela imensa panóplia das 367. Coisa normal numa língua (idioma) viva como é o Português que vais sempre adaptando-se aos novos tempos e novas formas de colectivamente nos entendermos uns com os outros. Por isso pertencemos às línguas vivas e sejam elas monossilábicas, aglutinantes ou flexionais, temos de saber comunicar. Não esquecer que a língua portuguesa não é património nosso, mas sim de quem o usa.

    Moral que tirei desta história: -

    Não vou concordar mais, de ânimo leve, com algumas opiniões por muito simpáticas que sejam ao meu ouvido. Nós estamos sempre a aprender. Só os burros (também designados por solípedes, asnos, alimária, burrico) não aprendem, sem ofensa para os burros que são simpáticos e bastante espertos, além de uma possante teimosia.

    Manuel Matias

    Margarida Vale

    na mas estas brejeirices e leviandades são apanágio de pessoas que pensam que são vedetas. Aquelas que pensam ser a melhor bolacha do pacote ou as abelhas rainhas.

    Eu sou mais de pensamento, de cer-tas filosofia e estou em crer que, além do sexo dos anjos, a prioridade da vida estaria ligada a temas mais fortes. Assim algo grandioso como a indu-mentária que Afonso Henriques terá usado no seu casamento ou se na ver-dade o Pai Natal existe. Haja lucidez!

    A menina tinha apenas três anos, mas os tempos eram de crise. Aquele Natal não podia de forma alguma ser como os anteriores. Foi por isso que o pai se zangou seriamente quando descobriu que a criança tinha desper-diçado um rolo de papel de presente dourado para embrulhar uma caixinha que, depois, tinha ido colocar debaixo da árvore de Natal.

    Não havia muito dinheiro em casa naqueles dias, e o pai chegou mesmo a castigar a menina. Apesar disso, na manhã seguinte, ela levou o presente ao pai e disse: «Isto é para ti, Papá».

    O pai encheu-se de vergonha, por ter tido aquela reacção. E beijou a filha. Mas voltou a “explodir” quando verificou que a caixa estava vazia.

    Gritou com a filha, perdendo um

    pouco o domínio de si mesmo e o domínio sobre as palavras que dizia. Entre outras coisas menos próprias, gritou-lhe: «Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém se coloca alguma coisa dentro da caixa?»

    Gritou, mas não era bem com ela que estava a gritar. Era porque não tinha o emprego que desejara; era por-que sabia que tinha gastado demasiado dinheiro no café; era porque estavam a subir os preços de todas as coisas. Tudo lhe fugia das mãos...

    Mas os gritos atingiam a criança, por causa de um pedaço de papel dourado. Porque lhe tinha parecido que o pre-sente para o pai devia ficar embrulha-da no papel mais bonito que havia em casa.

    A menina olhou para cima, para o

    rosto do pai, que gritava. Tinha lágri-mas nos olhos. E disse: «Ó Papá, não está vazia. Eu soprei beijinhos para dentro da caixa. Todos para ti, Papá!»

    Obrigado, Alice, por me teres con-tado isto.

    Talvez também tenhamos gritado com a vida, por causa da vida, e dito mal da vida. Quando a verdade é que temos bem perto – de mil maneiras, de mil formas distintas – coisas como alguém que sopra beijinhos para den-tro de uma caixa que é toda para nós. Que mais poderíamos desejar?

    Não nos falta nada. A vida é uma festa quando sabemos saborear as coisas pequenas, aquelas que são do nosso tamanho: uma toalha limpa na mesa; uma refeição, embora simples; um pouco de sol no meio do Inverno;

    umas pernas que ainda nos podem levar a ouvir pássaros num jardim; uns olhos onde notamos compreensão e carinho; as crianças, que enchem a casa de luz e algazarra...

    Se houver crianças, haverá Natal. Porque elas nos obrigam a sair de nós mesmos; porque aquilo que nos dão – beijos soprados para dentro de uma caixa... – é mais real, mais útil e mais belo do que tudo aquilo que podería-mos adquirir com esse dinheiro em que temos andado a pensar.

    Papel dourado Paulo Geraldo

  • | 11 de dezembro de 2020 PUBLICIDADE | 7

  • 8 | SOCIEDADE | 11 de dezembro de 2020

    AMRS aprova Orçamento e Plano Orçamental Plurianual 2021/2025

    Emílio Oliveira Rebelo (1915-2006) foi um distinto músico da Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixa-lense, compondo diversas marchas po-pulares, sendo autor da célebre Marcha das Canas. Aos dezanove anos formou a orquestra ligeira "Os Aranhas" onde era saxofonista, tal como na banda. No dia 1º de maio de 1974 promoveu, com ajuda dos sócios das duas filarmónicas seixalenses, as pazes entre a Timbre e a União Seixalense. Com dinheiro que juntou do seu trabalho, escreve uma monografia sobre o concelho do Seixal intitulada "Retalhos da Minha Terra", servindo de base histórica até aos dias de hoje.

    Fundador do Sindicato dos Corticei-ros, trabalhou nas duas corticeiras do Seixal - a Mundet e Cia. e a Wicander.

    Casimiro Passos Leitão (1920-2007) foi um peculiar poeta, escrevendo milhares de poemas ou sonetos, publicando dois livros com alguns dos seus poemas, ten-do o apoio da Rádio Baía. Também aos microfones desta rádio, gerida pelo fi-lho Nelson, emitiu uma rúbrica semanal denominada Um Sopro no Vento com apresentação do seu próprio trabalho escrito. Viveu no Bairro das Cavaqui-nhas, até ao final da sua vida.

    Filho de uma família humilde, aos onze anos de idade iniciou a sua colabo-ração operária com a fábrica corticeira Mundet & Cia., onde desempenhou os cargos de corticeiro, apontador e cro-nometrista, local onde trabalhou até fi-nais da década de 60 do século passado. Saiu da Mundet & Cia. para trabalhar na secretaria do Clube de Pessoal da Si-derurgia Nacional, na Aldeia de Paio Pi-res, onde foi empregado de escritório.

    A Associação de Municípios da Região de Setúbal aprovou no passa-do dia 23 de novembro, em reunião da Assembleia Intermunicipal, o Orça-mento e Plano Orçamental Plurianual 2021/2025, que incluem as atividades inscritas nas Grandes Opções do Plano a realizar no ano económico 2021, com um montante global de €2.781.730,00, e nos quatro anos seguintes ainda de for-ma previsional.

    A AMRS com este orçamento procura adaptar e reinventar espaços e formas de ação para dar continuidade ao seu trabalho. Visa dar apoio à gestão autár-quica para a vida dos seus municípios associados. Irá procurar ainda garantir uma justa e equitativa distribuição dos Fundos Europeus Estruturais. Insisti-rá na revisão da Reorganização Admi-nistrativa do país no que concerne às NUTS, de forma a evidenciar a situação

    real da Região e as suas necessidades de investimento, para garantir a melhoria da qualidade de vida das nossas popu-lações ou o aumento de produtividade das nossas empresas e com isso fixar emprego na Região.

    Com este processo a AMRS terá uma intervenção permanente junto do Governo da Assembleia da República e das mais diversas entidades regionais O aprofundamento do conhecimento

    e de discussão em torno dos processos da Transferência de Competências para as Autarquias, exigirá ainda em 2021, por parte da AMRS e dos seus Municí-pios Associados a realização de inúme-ras reuniões de reflexão e de trabalho, em especial, nas áreas fundamentais como a Educação, Saúde, Ação Social ou Habitação.

    Ivo Lebre

    António Alves Cardoso da Cunha (1933-2015) foi um dos mais concei-tuados atores e animador da Sociedade Filarmónica União Seixalense. Aqui, ocupou diversos cargos diretivos, come-çando por ser Primeiro Secretário da Direção (1956, 1965 e 1986), Presiden-te da Direção (1967, 1971, 1980, 1991 e 1992), Presidente da Assembleia Geral (1982) e Presidente do Conselho Fiscal (1990, 1996, 1997, 1998 e 1999). Pro-moveu e ajudou à execução do Arraial Elétrico na Praça Luís de Camões e à realização da Marcha Popular do Cen-tenário da União Seixalense em 1971, organizou bailes populares, festas, ter-túlias, reuniões, palestras, jogos, conví-vios, entre outros eventos, sempre em prol da sua coletividade. Foi ator como primeira figura no Grupo Cénico da União Seixalense e, no dia 1º de maio de 1974, promoveu as pazes entre as ri-

    vais Timbre e União Seixalense no Está-dio do Bravo. Em 1982 é-lhe atribuído o Diploma de Gratidão Por Bem-Fazer e em 1986 é elevado, em assembleia ge-ral extraordinária, a Sócio de Mérito.

    Foi corticeiro na Fábrica Mundet & Cia, onde durante o dia desempenhava o seu cargo na maior corticeiras do país e, ao final do dia juntava-se, assim como os demais, nas coletividades seixalenses para esquecer as amargura do Estado Novo promovendo a cultura.

    Emílio Oliveira Rebelo, Casimiro Passos Leitão e António Cardoso da Cunha foram rostos de várias vertentes e atividades culturais do Seixal, sempre com o seu trabalho e dedicação à música, ao teatro, à poesia, ao associativismo e recreio, uniam-se no trabalho diário na Fábrica Mundet & Cia.

    A Cultura e a História do Seixal A Cultura e a História do Seixal unem-se na Fábrica Mundetunem-se na Fábrica Mundet

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  • | 11 de dezembro de 2020 CULTURA | 9

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    37.º Festival de Teatro do Seixal termina dia 18 de dezembro

    A 37.ª edição do Festival de Teatro do Seixal, que decorre até ao próximo dia 18 de dezembro, terá ainda a apresen-tação de duas peças até ao fecho. Esta noite poderá assistir à estreia de "O Sr. Ibrahim e as Flores do Corão", no Auditório Municipal do Fórum Cultu-ral do Seixal, com início marcado para as 20h30. Esta peça, escrita pelo belga Eric-Emmanuel Schmitt e com encena-ção de Miguel Seabra, fala sobre a esco-lha de caminhos, a tolerância perante a diferença e a importância da amiza-de. Uma história que se passa nos anos 60 em Paris, e que nos conta a amizade entre um rapaz Judeu, de nome Momo e um velho merceeiro Árabe.

    Na próxima sexta-feira, dia 18, no mesmo horário também será dia de tea-tro. O Teatro da Terra, do Seixal, encer-ra o festival com a exibição de "A Pulga atrás da Orelha", no Auditório Muni-cipal do Fórum Cultural. A peça, do

    DR

    dramaturgo francês George Feydeau, chega ao Auditório Municipal com a encenação de Maria João Luís. Nesta atuação, o Teatro da Terra presenteia o público com uma sátira social ao casa-mento e à vida da burguesia parisien-se do início do século XX. Raymonde Chandebise, depois de viver durante anos num casamento feliz, começa a des-confiar do marido, Victor Emmanuel, e decide testá-lo, marcando um encontro num hotel com uma admiradora fictí-cia. A peça desenrola-se num carrossel de equívocos, encontros, desencontros e coincidências improváveis, característi-cas clássicas do vaudeville.

    Este ano, o festival brindou o públi-co com um conjunto de estreias, dra-maturgias e a presença de companhias jovens, abordando temas direcionados para públicos de todas as idades e con-tando com a presença de várias compa-nhias teatrais do Seixal.

    DR

  • | 11 de dezembro de 202010 | SAÚDE

    FitoterapiaMiguel Boieiro

    vislumbrei o boldo-chileno mas, em con-trapartida, conheço razoavelmente o bol-do-brasileiro. Vamos lá então!

    O boldo-brasileiro, cientificamen-te designado por Plectranthus barbatus (plectron significa “esporão” e anthos sig-nifica “flor” e provêm da língua grega, já barbatus deriva do latim e quer dizer “peluda”) da família das Lamiaceae, é um arbusto de origem tropical, perene e mui-to resistente, que pode atingir 2 metros de altura, não tendo qualquer parentes-co com o outro boldo que é uma árvore e pertence a diferente família botânica.

    No meu quintal tenho um vigoroso boldo-brasileiro que se adaptou bem ao clima, resistiu admiravelmente à secura do estio e agora, já em fins de novembro, ganhou novo viço com as chuvas outonais, ostentando, garboso, ramalhetes de lin-das florinhas azuis.

    Para que presta este boldo? Pergunta-rão! Antes de mais, é um belo arbusto que enobrece qualquer jardim, não necessi-tando de grandes cuidados, mas é igual-mente uma reputada planta medicinal,

    Um destes dias veio-me parar às mãos um saquito de plástico com reluzentes castanhas. A embalagem tinha afixado um pequeno autocolante especificando as características do produto as quais já se me varreram da memória, com exce-ção da que se referia ao país da origem das tais castanhas: o Chile. Por breves momentos pensei se não viriam da Pra-ça do Chile? Mas não, que disparate! Era mesmo daquele país longínquo de acen-tuada longitude, que se configura numa comprida faixa que começa em terrenos tropicais e, através de montanhas andi-nas e desertos, alcança os gelos eternos a caminho do polo sul. Era mesmo do Chi-le, esse simpático país onde se luta tenaz-mente pelas liberdades e pela democracia que nada tem a ver com a pseudodemo-cracia que lhe quer impor o poderoso vizinho da América do Norte. Bom, mas essa é outra história e o seu enredo daria pano para mangas, saindo completamen-te do contexto desta croniqueta. Queria tão-somente chamar a atenção para este exemplo bem ilustrativo do das desne-cessárias “pegadas ecológicas” que enxa-meiam os negócios mercantil-consumistas da celebrada economia liberal a reger o nosso confuso tempo.

    Vários amigos vêm insistindo para que este escriba aborde uma planta chi-lena com reconhecido mérito no campo da fitoterapia e essa terá mesmo que ser importada do Chile porque, ao contrá-rio das castanhas, ainda não a podemos produzir no nosso cantinho. Falo do bol-do, ou seja, do Peumus boldus que é um poderoso estimulante da secreção da bílis e utilizado em variadíssimas aplicações fitoterápicas. Todavia, seguindo a regra que me impus, só escrevo de plantas com as quais contacto e após com elas dialo-gar, pedindo-lhes autorização para des-crever as suas intimidades. Ora eu jamais

    DR

    OPINIÃO

    Drª. VitóriaRodrigues Microbiologista Clínica dos Laboratórios SYNLAB

    como vamos ver.Possui caule suculento e tomentoso.

    As folhas são aromáticas, perenes, ova-do-oblongas, grossas, aveludadas, sim-ples e opostas com margens em serrilha e compridos pecíolos. As pequenas flo-res surgem aos cachos e são azuladas, como já se disse.

    Constituintes principais: óleo essencial de estrutura complexa, mucilagens, flavonói-des, tanino e hidrocarbonetos terpénicos.

    Propriedades: tónica, levemente hip-nótica, analgésica, anti-inflamatória, antiviral, antibacteriana, antioxidante, diurética, carminativa e hipotensora. Uti-liza-se para estimular a digestão, comba-ter a azia, os problemas gasto-intestinais, os espasmos intestinais e as dispepsias.

    É também apontado como panaceia para males do fígado (hepatites, cálcu-los biliares), obstipação, insónia, ressa-ca alcoólica, problemas de pele, queda de cabelo, dores de dentes, gengivites, dores musculares, problemas cardíacos e até malária.

    No Brasil, onde a planta está, há mui-

    to, naturalizada (julga-se que foram os escravos africanos que lá a introduzi-ram), é uma componente essencial da medicina popular, sendo das espécies mais citadas em trabalhos de etnobo-tânica e objeto de continuados estudos científicos.

    A medicina ayurvédica usa os seus princípios ativos para doenças cardíacas, convulsões, distúrbios digestivos e urina-ção dolorosa.

    O “chá”, para beber duas ou três vezes ao dia, é preparado com o infuso de 20 g de folhas num litro de água. Há tam-bém quem recomende a alcoolatura a partir de 20 g da planta fresca mergulha-da duas semanas num decilitro de álcool para tomar em diluição 30 gotas por dia. Quanto às insónias, efetuar, antes de ir para a cama, banhos de pés na água da fervura das folhas.

    Uma precaução final: o boldo brasilei-ro tem um sabor bastante amargo e deve ser usado com interrupções. Não convém tomar simultaneamente com medica-mentos depressores ou anti hipertensores.

    algumas bactérias podem ser elimina-das, mas as mais resistentes que sofrem mutações, sobrevivem e multiplicam-se. Além de serem mais difíceis de combater podem alterar as bactérias que nos colo-nizam. As bactérias podem modificar-se quando tomamos antibióticos para tratar infeções ou quando consumimos alimen-tos que contêm antibióticos. O aumento do consumo de antibióticos, durante a pandemia de COVID-19, e a sua utiliza-ção nem sempre adequada poderá agra-var a resistência aos antibióticos podendo levar a um aumento de infeções, infeções bacterianas com “superbactérias” que podem ser fatais.

    Efeitos dos antibióticos na Microbiota Intestinal

    Os antibióticos são uma arma pode-rosa no combate às infeções bacterianas, mas não são isentos de reações adversas. Além de potenciarem o desenvolvimento de bactérias multirresistentes alteram a

    A OMS chama à atenção para a necessi-dade urgente de utilizar de forma adequada os antibióticos e alerta para os riscos da sua utilização excessiva e incorrecta, especial-mente durante a pandemia de COVID-19, com perigo para o aumento de bactérias multirresistentes “superbactérias” difíceis de tratar e que podem levar à morte.

    A importância da utilização adequada dos antibióticos

    Os antibióticos são medicamentos usados no tratamento de infeções bacte-rianas. Têm a capacidade de impedir a multiplicação das bactérias ou de as elimi-nar e é desta forma que tratam as infeções. No entanto, e ao contrário do que muitos pensam, são ineficazes no tratamento de infeções causadas por vírus, fungos ou parasitas. O uso excessivo e inadequado dos antibióticos pode levar ao aumento das resistências bacterianas e à ineficácia destes medicamentos. Quando os antibió-ticos não são utilizados correctamente,

    nossa microbiota, principalmente a intes-tinal. A microbiota intestinal, é um con-junto de microrganismos, na sua maioria bactérias, que colonizam o intestino, desde o nascimento e que tem um papel importante na manutenção da nossa saú-de e bem-estar. O uso prolongado e indis-criminado de antibióticos pode alterar a diversidade de microrganismos da micro-biota intestinal, reduzindo o número das bactérias benéficas e originando um dese-quilíbrio com aumento das bactérias noci-vas para o intestino, a chamada disbiose. A disbiose é uma situação desfavorável que origina distúrbios gastrointestinais e que sido associada a vários problemas de saúde.

    Atualmente, os laboratórios dispõem de testes que permitem conhecer a micro-biota intestinal de cada individuo e iden-tificar possíveis desequilíbrios. O Estudo Funcional da Microbiota Intestinal da SYNLAB é um teste realizado numa amostra de fezes, que permite verificar

    o estado da microbiota intestinal e iden-tificar uma possível disbiose, permitindo um diagnóstico preciso e uma abordagem terapêutica adequada e personalizada.

    Regras para uma boa utilização dos antibióticos

    Existem algumas regras que devem ser respeitadas para que os antibióticos continuem a ser eficazes: só devem ser tomados se prescritos pelo médico, nun-ca por automedicação. Só o médico deve escolher o antibiótico, consoante a situa-ção clínica e a gravidade da infeção. As indicações relativas à dose, duração do tratamento e horários das tomas devem ser rigorosamente respeitadas. Nunca se devem tomar antibióticos que sobraram de outro tratamento, mesmo que se pre-tenda tratar a mesma doença. Os anti-bióticos são prescritos para o tratamento de doenças causadas por bactérias e não para as causadas por vírus, como a gripe, fungos ou parasitas.

    Antibióticos: uma arma poderosa quando bem utilizada

    Boldo-brasileiro

  • SOCIEDADE | 11 | 11 de dezembro de 2020

    Hospital Garcia de Orta adota medidas para melhorar acesso de doentes “não Covid”

    O Hospital Garcia de Orta (HGO) adotou diferentes medidas que preten-dem melhorar o acesso, o acompanha-mento e o tratamento de doentes “não Covid”, através de um investimento de 3,5 milhões de euros. Estas medidas trazem assim um reajustamento do hospital à nova realidade permitindo o aumento da capacidade de resposta.

    Por urgência da pandemia e para garantir o acompanhamento dos doen-tes, o HGO registou um aumento do número de teleconsultas em 35%. Esta medida permitiu a continuação da ati-vidade assistencial programada.

    Tendo como prioridade a atividade cirúrgica programada e o atendimento dos casos urgentes, com enfoque para os doentes oncológicos, foi implemen-tado o recurso sistemático à produção adicional que inclui os sábados. Adi-cionalmente estabeleceu protocolos com entidades externas para assegu-rar a resposta cirúrgica necessária aos seus utentes, quer por subcontratação da produção cirúrgica, quer para a disponibilização de blocos operatórios a serem utilizados pelos cirurgiões do

    HGO (desde maio, com o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, e, desde novembro, com o Hospital do SAMS e a Clínica São João de Deus). Outra das medidas foi a contratação de mais espe-cialistas para reforçar a multidisciplina-ridade da oferta do hospital.

    O melhoramento do processo de encaminhamento de doentes com alta clínica hospitalar para outro tipo de cuidados (na rede nacional de cuidados continuados ou em estruturas residen-ciais para idosos) permitiu “libertar” mais rapidamente camas hospitalares para os doentes agudos que delas neces-sitam.

    O investimento referido tem ainda como objetivo a pintura e revestimen-to de todo o edifício, com recurso a um tipo de isolamento que permite uma otimização energética do mesmo; obras de remodelação e ampliação no Serviço de Medicina Transfusional; a instalação de uma nova Ressonância Magnética e um novo equipamento de Tomografia Axial Computorizada (TAC); a insta-lação de uma estrutura modelar para espera junto ao Serviço de Urgência

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    Geral e obras para criação de quartos de isolamento para a Unidade Cuida-dos Intensivos.

    Está em curso a instalação de um nova estrutura modular para acomo-dar as Consultas Externas do hospital que inclui a estrutura e equipamentos, com capacidade de 45 gabinetes para a realização de consultas de diferentes

    especialidades. O Serviço de Medicina Nuclear foi ainda equipado com uma nova Cintigrafia e com a técnica de imagem médica PET (tomografia por emissão de positrões), sendo o HGO a única Unidade de Saúde a sul do Tejo com este equipamento.

    Ivo Lebre

    DR

  • | 11 de dezembro de 202012 | SOCIEDADE

    A Câmara Municipal do Seixal apro-vou em reunião camarária a atribuição de uma comparticipação financeira no valor de 75 mil euros à Associação Humanitá-ria de Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal, bem como a atribuição do mesmo valor à Associação Humanitária de Bom-beiros Mistos de Amora, tendo em conta o trabalho que desenvolvem em prol dos cerca de 170 mil habitantes do concelho, em especial nesta fase de pandemia que

    o país e o mundo enfrentam.Foi ainda aprovada a atribuição, no

    valor de cerca de 85 mil euros, ao Centro Social e Paroquial de Corroios - Creche Os Pastorinhos, correspondente ao apoio às obras de infraestruturas e melhoria das acessibilidades ao Parque Municipal de Recolha de Viaturas.

    No âmbito do apoio ao Movimento Associativo Desportivo, a autarquia deli-berou igualmente atribuir o valor de 250

    Talvez seja uma pessoa diferente. Já não sei.

    Talvez sejamos todos diferentes e, esta frágil sensação de tudo incerto o que nos faz continuar.

    Só que eu já era diferente antes. E, acordar com este “murro na barriga virtual”, um estímulo arrogante que dá continuidade a este viver. Ou, o seu contrário?

    Parece que já não sentimos nada. Perante toda esta inconstante e invulgar realidade.

    Seremos então um novo povo em busca duma nova normalidade?

    Ou antes, se procura a mesma normalidade rejeitando todas as verdades envolventes?

    Talvez seja uma “fake news” à qual, só se agarram com unhas e dentes, aqueles que resistem insanos do que é a crua verdade!

    Apetece divagar sobre as opiniões alheias e entrar num filosofar que aborrece. Tudo e todos.

    Nesta crua existência, apetece ser olhos e ouvidos de quem não pode (quer), ver ou ouvir.

    Talvez seja uma pessoa diferente.Achar que é possível sermos todos

    diferentes e depois deste “vulcão” que nos tem condicionado as vidas, achar que iremos voltar a ser “normais” outra vez. E, o que é “normal”?

    É notável a persistência de tantos quanto acreditam nesta condição de”regresso ao que é regular!, por

    assim dizer, habitual. Seremos animais de hábitos em que o “hábito faz o monge”, condicionando-nos a uso da mesma vestimenta, uma e outra vez?

    O que o passado nos mostra é que há doenças que mudam o rumo da história da humanidade.

    Acreditar que se pode criar um novo hábito, uma nova regularidade, um novo normal, provavelmente é uma situação que incomoda, que perturba, que nos traz insegurança. A todos!

    Querer regressar à “normalidade” do que era antes a vida é o mesmo que acreditar que nos retiraram a liberdade. (alguma vez dela fomos donos?)

    Volta-se, novamente, à questão: LIBERDADE! Enquanto liberdade não for um termo igual em qualquer sociedade, cultura, país, religião, lugar, raça, povo,habitação, ..., não a podemos usar como justificação.

    O que nos é retirado não é a liberdade, mas muitos dos direitos fundamentais contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

    Artigo 1.º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

    Nascem? Livres e iguais... todos? Quem e onde?

    Dotados de razão e consciência? Quando se põe em causa o “espírito de fraternidade” porque privados estamos da nossa liberdade enquanto ser que

    socializa, se quer divertir e estar em boa companhia, em prol das exigências que nos limitam estas acções, agimos em fraternidade para com quem ou, somente para si mesmo?

    Talvez seja demasiado ignóbil nas palavras que dito, ou a minha vivência, uma ambígua realidade que nada tem com os parâmetros da normalidade. Sou uma privilegiada. Porém, na minha certeza, sei que me encontro com outras iguais. E, embora, não “conheça as pegadas” daqueles que me olham com incerteza, reconheço-as também. Sendo certo que as mesmas são tão válidas quanto as minhas, nas suas próprias vivências e circunstâncias. Mas, querer “o mesmo normal”? Isso, eu, não!

    Todos temos e devemos voltar às nossas vidas, é certo! Mas, ser negligente connosco e com os outros, são coisas muito diferentes.

    Em determinado momento todos seremos “colonizados” pelo vírus. É uma certeza que todos têm. E, uma vacina, a esperança que todos almejam.

    Só que há que recorrer a uma nova normalidade.

    As pessoas querem sair - ser livres, é certo também. Sentir-se plenas na sua condição de liberdade.

    Só que as pessoas alteraram os seus comportamentos. E, muitas têm medo de à rua ir. De estar com amigos. De visitar a família. (...) Há que recorrer a um novo normal. Quero muito...tantas outras coisas.

    Termino com parte dum texto que escrevi em 31 de Março deste ano, em pleno confinamento, do qual eu própria fui privada para que me mantivesse sã “na linha da frente”.

    (Coloquei de parte as impertinências que me afligiam a alma em prol de algo maior do que eu.

    Algo que acreditei...ninguém é um só. E, enquanto se viver controverso, nunca a humanidade se irá elevar.

    Tempos loucos estes... piores dias virão.Mas, depois, tudo irá passar e, ou

    se aprendeu. Ou, morreu! Ou, não...voltou-se a ser normal.

    Tenho saudades de um abraço...de estar com os meus. De dar colo, sorrisos, abraços...

    Surreal este tempo! Um tempo louco em que não existe tempo para críticas político-económicas (isso virá depois), comparações sociais (entre a fome e a pobreza) - isso continuará, culturais (as guerras e os conflitos), teorias da conspiração ou “a obra de deus”.

    Acreditem no que quiserem. Este é um tempo real em que agir em uníssono fará a diferença.)

    Depois, tudo passará. O que aqui foi dito apenas o foi por ser vivência minha. Não de mais ninguém.

    Tenho saudades dos meus, pois são eles a minha força. Que me impelem a continuar. Que sempre foram e são, o mais importante na minha vida.

    Não porque um covid ou pandemia dele derivado, assim me fizeram ver como se fosse uma verdade nova.

    OPINIÃO

    Uma estória banal

    Seixal aprova comparticipações financeiras a instituições do concelho

    CarmenEzequiel (a autora escreve de acordo com a antiga ortografia)

    mil euros ao Clube Associativo de Santa Marta do Pinhal para prosseguir o apoio necessário à construção do comple-xo desportivo. Bem como, a atribuição de uma comparticipação financeira no valor de cerca de 56 mil euros ao Gru-po Desportivo do Cavadas, para apoiar a realização de diversas intervenções nas suas instalações.

    Nesta reunião foi também a comparti-cipação no valor de 200 mil euros à Casa

    do Educador, no âmbito das obras de construção das novas instalações da Uni-versidade Sénior do Seixal, assim como a atribuição de 10 bolsas de estudo ao ensi-no superior no valor unitário de 1 250 euros e de 20 bolsas de estudo ao ensi-no secundário no montante unitário de 750 euros, como forma de incentivo ao percurso académico dos alunos, visando igualmente a redução das desigualdades sociais.

    Foi aprovado em reunião de Câmara a abertura de concurso para a implemen-tação de medidas de eficiência energé-tica no sistema de iluminação pública. Estas medidas têm como principal objeti-vo a substituição das luminárias existen-tes para LED.

    Desta forma, o município irá contri-

    buir para que Portugal possa alcançar e suplantar os objetivos fixados no âmbito da política de eficiência energética – que pretende atingir, em 2020, uma redu-ção do consumo de energia de 30% na administração pública. O presidente da autarquia, Joaquim Santos, referiu que "o município pretende proceder à subs-

    Seixal lança concurso para substituição da iluminação pública do concelho para LED

    tituição da iluminação pública existente por iluminação LED, o que se traduz numa poupança significativa dos consu-mos de energia elétrica, ao mesmo tem-po que otimiza os níveis de iluminação e reduz a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para a descarbonização do município".

    DR

  • PUBLICIDADE | 13 | 11 de dezembro de 2020

  • 14 | LAZER

    SU DO KU

    21-03 a 20-04

    21-06 a 23-07

    21-04 a 21-05

    21-04 a 21-05

    24-07 a 23-08

    24-09 a 23-10

    24-08 a 23-09

    24-10 a 22-11

    23-11 a 21-12

    22-12 a 20-01

    21-01 a 19-02

    20-02 a 20-03

    SOLUÇÃO

    NATAL

    filme

    Carneiro

    Touro

    Gémeos

    Caranguejo

    Leão

    Virgem

    Balança

    Escorpião

    Sagitário

    Capricórnio

    Aquário

    Peixes

    11 a 17 de dezembro

    | 11 de dezembro de 2020

    Este é um livro de limites. O autor nunca foi tão longe no lirismo da sua prosa nem, ao mesmo tempo, no desenho de personagens tão reais que parecem inventadas. Para onde vamos depois do fim? Talvez para uma pequena ilha, pois, como diz uma das per-sonagens deste romance, «depois que o mundo aca-bar, recomeçará nas ilhas».

    Daniel Benchimol, personagem de A Sociedade dos Sonhadores Involuntários e Teoria Geral do Esquecimento, regressa logo na primeira página do novo livro de Agualusa.

    O cenário é o da beleza única e mágica da Ilha de Moçambique, local onde decorre um festival literá-rio que reúne três dezenas de escritores africanos e que, na sequência de uma violentíssima tempestade no continente , permanecerão totalmente isolados durante sete dias.

    Mas a história leva-nos muito mais longe, a espa-ços one acontecimentos tão estranhos como misterio-sos irão acontecer.

    livro

    ADVENTO – ÁRVORE – BACALHAU – CHAMINÉCONSOADA – ESTRELA – FAMÍLIA – FILHOSES – JESUS

    LUZES – MISSA – PAZ – POLVO – PRESENTESPRESÉPIO – RABANADAS – SAPATINHO – SONHOS

    Amor: Siga com convicção o que o coração lhe diz. Escolha ser feliz. Não se acomode ao que não o preenche.Saúde: Faça uma alimentação rica em vitaminas.Dinheiro: Momento favorável a nível profissional. Números da Sorte: 3, 7, 11, 18, 22, 25

    Amor: Tendência para viver bons momentos a dois. Apesar das contingências, supere as dificuldades, vença os obstáculos e fortaleça a união! Saúde: Sem surpresas.Dinheiro: Trabalhe com afinco para atingir os seus fins.Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36

    Amor: Dedique mais atenção à sua família, especialmente aos seus filhos, se os tiver. Saúde: Vigie a tensão arterial. Tendência para oscilações.Dinheiro: Não faça gastos supérfluos. Organize bem as suas despesas e não se distraia. Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36

    Amor: Acredite no seu potencial. Concretize os seus sonhos.Saúde: Tendência para ter quebras de tensão.Dinheiro: Momento favorável para ampliar os seus horizontes.Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49

    Amor: Tudo na vida tem uma solução, não desanime. Procure fazer com que a serenidade e a paz de espírito sejam uma constante na sua vida! Saúde: Evite enervar-se perante situações que não dependem de si e que não pode mudar.Dinheiro: Situação financeira sem sobressaltos.Números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48

    Amor: Pode sentir que o seu amor não é correspondido, mas é uma fase passageira. Não alimente desconfianças que são fruto da sua insegurança. Saúde: Tenha mais cuidados com os olhos. Não esforce a vista. Dinheiro: Possível aumento de responsabilidades.Números da Sorte: 1, 8, 17, 21, 39, 48

    Amor: Controle a impulsividade, meça as suas palavras. Pro-cure gastar o seu tempo na realização de coisas que o fazem feliz a si e aos que mais ama. Saúde: Dê mais atenção aos seus pulmões, não fume.Dinheiro: Ponha em marcha um projeto antigo.Números da Sorte: 8, 17, 22, 24, 39, 42

    Amor: Controle a agressividade. Procure ter pensamentos positivos e não se deixe invadir por sentimentos de derrota. Saúde: Dê mais atenção à sua saúde.Dinheiro: Avance com prudência para não dar passos em falso.Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33

    Amor: Diga a verdade, por mais que lhe custe. Tome a ini-ciativa, é você que cria as oportunidades! Saúde: Cuide dos seus pés.Dinheiro: Poderá planear uma mudança de carreira.Números da Sorte: 5, 25, 36, 44, 47, 49

    Amor: Aposte mais na sua relação. Saiba agir com sabedoria e maturidade. Saúde: Não se desleixe, cuide de si.Dinheiro: Pense bem antes de investir tempo num projeto que não lhe oferece garantias. Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49

    Amor: Um amigo pode declarar uma paixão por si. Que os seus desejos se realizem! Saúde: Vigie a sua alimentação.Dinheiro: Pode receber uma nova proposta de trabalho. Números da Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48

    Amor: Poderá viver momentos a dois muito felizes e divertidos. Saúde: Se tem tendência para problemas de colesterol redo-bre os cuidados nesta altura. Dinheiro: Não gaste além das suas possibilidades. Números da Sorte: 7, 22, 29, 33, 45, 48

    DOMINGO

    OS VIVOS E OS OUTROS

    sopa de letras

    dr

    Primeiro dia do ano de 2003. Enquanto o Presidente Lula da Silva assume o seu

    primeiro mandato, dando início a uma nova era no Brasil, duas famílias de classe alta brasileira reúnem--se para um churrasco. Nessa festa, que ocorre em Rio Grande do Sul, no grande e dilapidado palacete de uma delas, situações incómodas serão expostas, gerando um crescente mal-estar entre os convivas.

    Aquilo que se mostra acaba por ser desmascarado e entre conversas que pareciam sem qualquer tipo de maldade, fúteis e simples, a verdade sobre alguns segredos acaba por ser revelada. Afinal as pessoas sabem quem são?

    dr

  • SOCIEDADE | 15 | 11 de dezembro de 2020

    Publicidade

    Num ano muito complicado em que os pedidos de ajuda alimentar não param de crescer, a Associação de Aju-da Humanitária Dá-me a Tua Mão, juntou-se ao Seixal 1925, Aurpis e Bom-beiros Mistos do concelho do Seixal e fizeram nascer a iniciativa: Seixal soli-dário 2020.

    Esta iniciativa tem como principal objectivo, a angariação de alimentos que se estende a toda a comunidade e que pode ser entregue nas suas respeti-vas instalações até dia 23 de dezembro.

    Seixal Solidário 2020

    De forma a chegar um pouco mais perto de todos, realizou-se um video-clip de Natal, com uma canção compos-ta para o efeito, com música e letra de Ângela Morais e Pedro Almeida.

    Esta iniciativa irá ajudar muitas famílias do concelho do Seixal que se encontram em situações precárias e que necessitam de apoio alimentar neste momento das suas vidas.

    A exposição de rua do projeto Histó-rias & Memórias Fotográficas foi inau-gurada no passado dia 5 de dezembro, na Praça da República, junto ao Monu-mento do Pescador. Esta iniciativa da responsabilidade da Câmara Municipal do Seixal, resulta de um trabalho que o Centro de Documentação e Informa-ção do Ecomuseu Municipal tem vindo a desenvolver desde 2017.

    O projeto tem como objetivo docu-mentar imagens do acervo do ecomu-seu e recolher fotografias antigas junto

    Seixal inaugura exposição de ruada comunidade local, assim como as histórias e memórias associadas às mes-mas. O projeto promove assim, sessões de divulgação das fotografias recolhi-das e tertúlias temáticas – abertas à participação popular – inspiradas nos conteúdos fotográficos e nas memó-rias recolhidas ao longo do projeto em núcleos do museu, em centros de dia, em associações recreativas e nas juntas de freguesia do concelho.

    Segundo o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos,

    “este é um projeto como o qual preten-demos manter vivas as memórias locais e fazê-las perdurar para que cheguem às gerações vindouras”.

    A iniciativa vai contemplar a apresen-tação do projeto e da exposição, promo-vendo a visita aos diferentes locais de instalação da exposição de rua, nomea-damente através de um circuito efe-tuado em autocarro municipal (sujeito a uma lotação restrita, de acordo com as normas de segurança da Direção--Geral da Saúde) que irá passar pelas

    freguesias onde está instalada a exposi-ção: Arrentela (Avenida da República), Aldeia de Paio Pires (Jardim da Quin-ta do Mirante), Fernão Ferro (Mercado Municipal), Amora (Praça 5 de Outu-bro) e Corroios (Jardim da Quinta da Água).

    Para todos os que preferirem apre-ciar as fotografias no conforto do seu sofá, podem fazê-lo através da página do município do Seixal.

  • 16 | PUBLICIDADE | 11 de dezembro de 2020