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Semestre Versão aprovada pelo CAE: • Com relatório de auditoria • Sem pareceres dos órgãos de fiscalização

Semestre Versão aprovada pelo CAE: • Com relatório de ... · O Plano de Investimentos Ferrovia 2020 tem um conjunto de prioridades devidamente ... o Tribunal de Contas recusou

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Semestre

Versão aprovada pelo CAE:

• Com relatório de auditoria

• Sem pareceres dos órgãos de fiscalização

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 2

ÍNDICE

1. MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO __________ 6

2. O GRUPO IP __________________________________________ 8

2.1 MISSÃO, VISÃO E VALORES ________________________________________ 8

2.2 CONTRATOS DE GESTÃO DA REDE RODOFERROVIÁRIA________________ 9

2.3 MODELO DE GOVERNAÇÃO: ÓRGÃOS SOCIAIS ______________________ 10

2.4 AS EMPRESAS PARTICIPADAS ______________________________________ 11

2.5 ESTRUTURA DO GRUPO IP: MODELO ORGANIZACIONAL ______________ 14

3. PERFORMANCE DO 1º SEMESTRE ______________________ 16

3.1 INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS __________________________ 16

3.2 INDICADORES OPERACIONAIS _____________________________________ 17

3.3 INDICADORES DE INVESTIMENTO __________________________________ 18

3.4 DESTAQUES DO SEMESTRE _______________________________________ 19

4. PRINCIPAIS ÁREAS DE ATIVIDADE ______________________ 30

4.1 GESTÃO DA INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA ________________________ 30

4.2 GESTÃO DA INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA _______________________ 37

4.3 INVESTIMENTOS NA INFRAESTRUTURA RODOFERROVIÁRIA ___________ 41

4.4 FINANCIAMENTO DO PLANO DE INVESTIMENTOS FERROVIA 2020 ______ 47

4.5 PARCERIAS RODOVIÁRIAS ________________________________________ 49

4.6 TELECOMUNICAÇÕES e CLOUD EMPRESARIAL ______________________ 52

4.7 SERVIÇOS DE ENGENHARIA _______________________________________ 52

4.8 GESTÃO IMOBILIÁRIA E DE ESPAÇOS COMERCIAIS ___________________ 53

5. DESEMPENHO ECONÓMICO E FINANCEIRO ______________ 56

5.1 RENDIMENTOS OPERACIONAIS ____________________________________ 56

5.2 GASTOS OPERACIONAIS __________________________________________ 62

5.3 ESTRUTURA PATRIMONIAL ________________________________________ 70

6. GESTÃO FINANCEIRA E DÍVIDA _________________________ 72

6.1 GESTÃO FINANCEIRA _____________________________________________ 72

6.2 ESTRUTURA DA DÍVIDA FINANCEIRA DO GRUPO IP ___________________ 74

6.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS FINANCEIROS __________________________ 77

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I. 3

7. EVENTOS SUBSEQUENTES ____________________________ 81

PARTE II – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ________ 83

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 4

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 5

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 6

1. MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Os resultados alcançados no primeiro semestre de 2018 atestam a continuidade da

performance económica positiva do Grupo IP, mantendo-se a tendência de crescimento já

evidenciada nos exercícios anteriores.

Destaque para o Resultado Líquido de 47,4 milhões de euros, 2% acima do verificado no 1.º

semestre de 2017, mantendo-se assim a tendência de crescimento verificada nos exercícios

anteriores. Este resultado está sustentado num incremento das receitas core do Grupo,

designadamente das Receitas de Portagens, que aumentaram 8,7 milhões de euros (+6%) face

ao período homólogo e das Receitas do Serviço Ferroviário, que aumentaram 3,45 milhões de

euros (+9,2%) face ao 1º semestre do ano anterior.

Em termos de Receitas Não Core do Grupo destaca-se o aumento da receita com o negócio

de Gestão Imobiliária e de Espaços Comerciais (+15%) e de Telecomunicações (+10%).

Os Gastos Operacionais mantêm-se estabilizados, face ao 1.º semestre de 2017.

O Resultado Financeiro apurado para o 1º semestre de 2018 ascende a -115,6 milhões de

euros, traduzindo num desagravamento de 7 milhões de euros face a igual período do ano

anterior.

De destacar que no final do 1.º semestre de 2018, a dívida financeira, em termos nominais,

ascendia a 8.003 milhões de euros, o que significa um decréscimo de 101,5 milhões de euros

face ao período homólogo de 2017 e uma redução de 37,4 milhões de euros face a dezembro

de 2017. Para esta redução contribuiu o valor das amortizações dos empréstimos BEI.

No 1.º semestre de 2018 os gastos com pessoal do Grupo IP aumentaram 2,8 % face ao

período homólogo de 2017, sobretudo devido ao incremento nas Remunerações.

Destaque, por último, para o investimento realizado no período em causa, que atingiu o

montante de 40,7 milhões de euros, mais 72% do que o valor verificado no período homólogo

de 2017.

Este aumento foi impulsionado, conforme previsto, pelo Programa de Investimentos Ferrovia

2020, que atingiu o montante realizado de 32,4 milhões de euros de investimento, esperando-

se que este valor suba significativamente no 2.º semestre do presente ano de 2018.

Aproveitamos ainda para agradecer a todos os nossos colaboradores pelo seu trabalho e

dedicação, assim como ao Acionista, Órgão de Fiscalização e restantes Stakeholders pelo seu

contínuo apoio e confiança no nosso trabalho.

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I. 7

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I. 8

2. O GRUPO IP

2.1 MISSÃO, VISÃO E VALORES

A Infraestruturas de Portugal, S.A. é uma empresa pública que resulta da fusão entre a Rede

Ferroviária Nacional – REFER, E.P.E. (REFER) e a EP - Estradas de Portugal, S.A. (EP) através

da qual a REFER, incorpora, por fusão, a EP, e é transformada em sociedade anónima,

passando a denominar-se Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP). A fusão foi consagrada no dia

1 de junho de 2015, na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 91/2015, de 29 de maio.

Missão

Para o efeito a IP é responsável pela gestão de infraestruturas, nos termos do contrato de

concessão geral da rede rodoviária nacional celebrado com o Estado e dos contratos de

concessão que com o mesmo venham a ser celebrados, bem como a gestão das demais

infraestruturas sob sua administração.

Estão igualmente incluídos no objeto da empresa as atividades de exploração do domínio

público ferroviário e rodoviário do Estado, e do seu património autónomo, designadamente a

exploração de áreas de serviço, de parques de estacionamento, bem como dos sistemas de

informação e gestão de tráfego, dos sistemas de segurança ferroviária e rodoviária, do canal

técnico e das redes de comunicações entre infraestruturas ou entre estas e os veículos, as

estações, os terminais e outras instalações ferroviárias.

Visão

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Valores

Orientam a nossa forma de atuação…

ÉTICA - Atuação com respeito pelos principias éticos, nomeadamente de

transparência, boa-fé, e honestidade;

SEGURANÇA - Atuação com respeito pela vida das pessoas e a sua integridade física,

atributo que mais marca o nosso serviço;

SUSTENTABILIDADE - Atuação orientada para a sustentabilidade económica, social

e ambiental.

2.2 CONTRATOS DE GESTÃO DA REDE RODOFERROVIÁRIA

Contrato de Concessão Rodoviário

O Estado celebrou com a EP, S.A. (agora integrada na IP) um contrato de concessão, cujas

bases foram aprovadas através do Decreto-Lei n.º 380/2007, de 13 de novembro, e

posteriormente alteradas pela Lei n.º 13/2008, de 29 de fevereiro, pelo Decreto-Lei n.º

110/2009, de 18 de maio, e pelo Decreto-Lei n.º 44-A/2010, de 5 de maio.

Uma das alterações mais importantes foi a introdução do conceito de disponibilidade que

consiste na verificação da qualidade do serviço prestado aos utentes e na aferição dos níveis

de sinistralidade rodoviária e dos níveis de externalidades por elas geradas, traduzidos nos

indicadores de desempenho.

O financiamento da Rede Rodoviária Nacional é feito, além das taxas de portagem cobradas

nas vias portajadas e outros rendimentos de exploração da concessão, pela contribuição do

serviço rodoviário (CSR), criada através da Lei n.º 55/2007, de 31 de agosto.

Contrato Programa Ferroviário

Em 11 de março de 2016, o Estado celebrou com o IP um Contrato Programa para a Rede

Ferroviária Nacional com a duração de 5 anos, em respeito pelo Decreto-Lei n.º 217/2015, de

7 de outubro.

Merecem realce as obrigações do Estado no financiamento da gestão das infraestruturas e as

obrigações do IP em cumprir objetivos de desempenho direcionados para os utilizadores, na

forma de indicadores e critérios de qualidade abrangendo elementos como prestações dos

comboios (velocidade, fiabilidade da linha e satisfação dos clientes), capacidade da rede,

gestão de ativos, volumes de atividade, níveis de segurança e proteção do ambiente. O contrato

fixa ainda objetivos de eficiência financeira para a IP na forma de indicadores de receita e

despesa.

O financiamento da Rede Ferroviária Nacional é feito através das receitas tarifárias cobradas

aos operadores ferroviários, dos excedentes resultantes de atividades complementares

associadas à exploração da infraestrutura ferroviária e das indemnizações compensatórias que

permitam cobrir os gastos decorrentes do cumprimento das obrigações de serviço público que

não possam estar cobertos pelas receitas referidas.

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2.3 MODELO DE GOVERNAÇÃO: ÓRGÃOS SOCIAIS

A IP reveste a natureza de empresa pública sob forma de sociedade anónima e rege-se pelo

Decreto-Lei n.º 91/2015, de 29 de maio, que a criou, pelos seus estatutos, aprovados em anexo

ao referido diploma legal, pelo regime jurídico do setor público empresarial, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, pelas boas práticas de governo societário aplicáveis

ao setor, pelas disposições do Código das Sociedades Comerciais, regulamentos internos e

normas jurídicas nacionais e europeias subjacentes à sua atividade.

Quanto ao modelo de governo societário, a IP adota o modelo dualista, permitindo uma

separação eficaz do exercício da supervisão e da função de gestão da sociedade na

prossecução dos objetivos e interesses da empresa, do seu acionista, colaboradores e

restantes “stakeholders”, contribuindo, desta forma, para alcançar o grau de confiança e

transparência necessário ao seu adequado funcionamento e otimização.

Neste enquadramento os órgãos sociais da IP são constituídos pela Assembleia Geral, pelo

Conselho de Administração Executivo, pelo Conselho Geral e de Supervisão, que integra uma

Comissão para as Matérias Financeiras, e pelo Revisor Oficial de Contas.

Assembleia Geral

É composta pelos acionistas, sendo a Mesa da Assembleia Geral constituída por um

presidente, um vice-presidente e um secretário. Apresenta-se de seguida os membros da Mesa

da Assembleia Geral atualmente em efetividade de funções:

Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração Executivo é constituído por seis membros, dos quais um é o

presidente e dois são vice-presidentes. Apresenta-se na figura seguinte a sua constituição e a

respetiva distribuição de pelouros.

Assembleia Geral

Presidente da Mesa da

Assembleia Geral

Vice-Presidente da

Mesa da Assembleia

Geral

Secretária da Mesa da

Assembleia Geral

Paulo Manuel Marques

Fernandes

Paulo Miguel Garçês

Ventura

Maria Isabel Louro

Caria Alcobia

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I. 11

Conselho Geral e de Supervisão

O Conselho Geral e de Supervisão é constituído por seis a nove membros, designados em

assembleia geral, que designa também quem, de entre eles, exerce as funções de presidente.

Estão atualmente designados para o Conselho Geral e de Supervisão três membros, os quais

constituem também a Comissão para as Matérias Financeiras, cuja composição se apresenta

de seguida:

Revisor Oficial de Contas

Em 13 de abril de 2017, o Acionista procedeu à nomeação da sociedade Vitor Almeida e

Associados, SROC, Lda (SROC n.º 191, inscrita na CMVM com o n.º 20161491), representada

pelo sócio Vitor Manuel Batista de Almeida (ROC n.º 691, inscrito na CMVM com o n.º

20160331), para Revisor Oficial de Contas.

2.4 AS EMPRESAS PARTICIPADAS

O Grupo IP incorpora o saber técnico necessário ao bom desempenho da infraestrutura

rodoferroviária nas vertentes de conceção, projeto, construção, financiamento, conservação,

exploração, requalificação, alargamento e modernização das redes rodoviária e ferroviária

nacional, incluindo-se, nesta última o comando e o controlo da circulação, privilegiando a

inovação e o desenvolvimento tecnológico aplicados aos vários equipamentos, sistemas e

materiais instalados.

As empresas Participadas visam constituir centros de lucro para otimizar as receitas não core

do Grupo IP, através da rendibilização de ativos não core ou da capacidade excedentária (não

utilizada nas atividades principais) dos ativos core.

O Grupo IP tem atualmente participação no capital social de três empresas: IP Engenharia, IP

Património e IP Telecom, conforme se apresenta na figura infra. Em 27 de junho de 2018

ocorreu a Fusão da GIL – Gare Intermodal de Lisboa com a IP Património, passando a estar

integrado numa única empresa o negócio da exploração de espaços associados à infraestrutura

rodoferroviária.

José Castel-Branco Duarte Pitta Ferraz Issuf Ahmad

Presidente

CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

Vogal Vogal

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A IP TELECOM, S.A. é uma sociedade anónima com o capital social de 10.000.000 euros,

integralmente subscrito e realizado pelo acionista único IP, S.A. e representado por 200 000

ações com o valor nominal de 50,00 euros cada.

A IP TELECOM tem como objeto o estabelecimento, gestão e exploração de infraestruturas e

sistemas de telecomunicações, a prestação de serviços de telecomunicações bem como o

exercício de quaisquer atividades que sejam complementares, subsidiárias ou acessórias

daquelas diretamente ou através de constituição ou participação em sociedades.

A sua missão consiste em assegurar a gestão eficaz da infraestrutura de telecomunicações

concessionada pelo Acionista, traduzida no fornecimento e prestação de serviços de Sistemas

e Tecnologias de Informação e Comunicações, baseado em soluções inovadoras com foco nas

tecnologias Cloud e Segurança e na principal infraestrutura nacional de telecomunicações,

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assente em fibra ótica e canal técnico rodoviário, para o Mercado Empresarial e Organismos

Públicos.

A IP PATRIMÓNIO, S.A. é uma sociedade anónima com o capital social de 5.500.000 euros e

que tem como acionistas a IP, S.A. com a participação de 99,9968%, representado por

1.099.965 ações com o valor nominal de 5,00 euros, e a IP Engenharia, S.A. com a participação

de 0,0032%, representado por 35 ações do mesmo valor nominal.

A IP PATRIMÓNIO tem como missão atuar no âmbito da aquisição, expropriação, atualização

cadastral e alienação de bens imóveis ou constituição de direitos sobre os mesmos, bem como

na rentabilização dos ativos afetos à concessão ou ao património autónomo do Grupo IP e

ainda na gestão e exploração de estações e equipamentos associados, incluindo a respetiva

gestão operacional.

A IP ENGENHARIA, S.A. é uma sociedade anónima com o capital social de 1.500.000 euros

que tem como acionistas a IP, S.A., a qual detém 295.286 ações com o valor nominal de 5,00

euros cada, correspondente a uma participação de 98,43% do total do capital, e a IP Património,

S.A., a qual detém 4.714 ações com o valor nominal de 5,00 euros cada, correspondente a uma

participação de 1,57% do total do capital.

A IP ENGENHARIA tem como missão elaborar estudos e projetos de engenharia de

transportes, gerir, coordenar e fiscalizar empreitadas nesse âmbito e dinamizar o negócio

internacional do Grupo IP.

AVEP – Alta Velocidade Espanha - Portugal

Tem como objeto a realização de estudos preliminares dos corredores Porto-Vigo e Madrid-

Lisboa-Porto.

Corredor Atlântico

Tem como missão a rentabilização da infraestrutura ferroviária existente, sem investimento

adicional, através de uma gestão centralizada da atribuição de capacidade, da gestão de

tráfego e do relacionamento com os clientes.

Complementarmente, o Corredor Atlântico assume-se também como plataforma privilegiada

para a coordenação dos investimentos na infraestrutura ferroviária em Portugal, Espanha,

França e Alemanha, no sentido de serem ultrapassadas barreiras técnicas e operacionais,

promovendo a interoperabilidade e, consequentemente, fomentando uma maior

competitividade do transporte ferroviário de mercadorias.

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2.5 ESTRUTURA DO GRUPO IP: MODELO ORGANIZACIONAL

A Organização do Grupo IP foi revista em junho de 2018, no sentido da sua atualização a partir

da avaliação dos primeiros três anos de vida da IP e da reflexão sobre as Linhas de Orientação

estratégica, a visão e os valores. A revisão ocorreu no sentido do alinhamento estratégico

consistente com os resultados da reflexão mencionada e da simplificação – através da estrutura

orgânica – de alguns processos de negócio, como o planeamento estratégico, a gestão da

manutenção/conservação e a relação com Stakeholders.

O Modelo organizacional do Grupo IP divide-se em duas grandes áreas, uma composta pelas

direções que prestam serviços de suporte (centro corporativo), de valor acrescentado interno,

e outra do negócio, de onde saem os produtos e serviços para o exterior e se concretiza o

serviço prestado pelo Grupo IP.

Áreas de Negócio

Unidades dedicadas à gestão da mobilidade as quais asseguram a implementação do

planeamento integrado das redes e de gestão da mobilidade rodoferroviária, de acordo

com princípios de segurança, de sustentabilidade e de otimização da receita core;

Unidades dedicadas à gestão da infraestrutura antecipando-se ganhos de eficiência

derivados da aplicação de princípios de asset management;

Unidades destinadas à rendibilização de ativos, orientadas para o aumento das receitas

não core, em benefício do serviço core.

Centro Corporativo: serviços de suporte a toda a estrutura da empresa-mãe e do Grupo.

Complementarmente, enquanto mecanismo de gestão de interfaces e de partilha da decisão,

faz parte do modelo orgânico o Comité de Sistemas de Informação.

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3. PERFORMANCE DO 1º SEMESTRE

3.1 INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS

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3.2 INDICADORES OPERACIONAIS

Nota: o Índice de Segurança Rodoviária

apenas é possível calcular no final do ano

Nota: valores referentes ao Capital em

dívida, não incluindo os juros incorridos

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3.3 INDICADORES DE INVESTIMENTO

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3.4 DESTAQUES DO SEMESTRE

JANEIRO

LINHAS DO ALGARVE E DO SUL

2018-01-02

Num compromisso claro com a segurança, a fiabilidade e disponibilidade da infraestrutura ferroviária foram concluídas duas intervenções visando a estabilização da plataforma de via na Linha do Algarve e na Linha do Sul.

Na Linha do Algarve, entre os km 388,395 e 388,560, do lado esquerdo da via (troço Tunes - Vila Real de Santo António) foi desenvolvida uma empreitada de reabilitação e reforço do muro de contenção da plataforma ferroviária, tendo em vista a sua estabilidade, o prolongamento da via útil e a garantia da segurança da exploração ferroviária.

Na Linha do Sul, entre os km 225,372 e 225,403, no troço Funcheira – Tunes, foi desenvolvida uma ação de estabilização de talude de aterro, com prolongamento de muro de gabiões. Esta intervenção teve por objetivo corrigir patologias identificadas que poderiam comprometer a segurança das circulações.

EN 255 – PONTE SOBRE O BARRANCO DA AMENDOINHA / EM 265 – PONTE SOBRE O BARRANCO DA RETORTA

2018-01-04

Foi concluída a Empreitada “EN255 – Ponte sobre o Barranco da Amendoinha / EN265 – Ponte sobre o Barranco da Retorta – Reabilitação e Reforço das Obras de Arte”, no distrito de Beja, Concelho de Serpa.

FERROVIA 2020 - ELETRIFICAÇÃO DA LINHA MÃE DE RAMAIS E ACESSOS AO TERMINAL VALE DO TEJO EM RIACHOS

2018-01-10

A Infraestruturas de Portugal iniciou a empreitada de Eletrificação da Linha Mãe de Ramais (LMR) e Acessos ao Terminal Vale do Tejo (TVT), do lado da via descendente da Linha do Norte. empreitada envolve um custo de cerca de 550 mil euros e tem um prazo de execução de 135 dias.

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I. 20

ADJUDICADA A OBRA DE REQUALIFICAÇÃO DO IC1 ENTRE ALCÁCER E GRÂNDOLA

2018-01-11

A Infraestruturas de Portugal adjudicou a empreitada de requalificação do troço do IC1 entre Alcácer do Sal e Grândola.

CONCLUSÃO DE EMPREITADAS DE BENEFICIAÇÃO E REPARAÇÃO DE TÚNEIS

2018-01-25

A Infraestruturas de Portugal concluiu os trabalhos de beneficiação e reparação de quatro Túneis nas Linhas da Beira Baixa, Beira Alta e Minho. Túnel de Portas de Rodão, na Linha da Beira Baixa, Túneis do Azeval e Espinho, na Linha da Beira Alta e Túnel da China II, na Linha do Minho.

FEVEREIRO

IP ESTABELECE ACORDO COM A CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ 2018-02-01 A Infraestruturas de Portugal e a Câmara Municipal de Loulé estabeleceram um acordo para a transferência de gestão da ER 270 e do troço da 1ª fase da Variante a Loulé, para domínio público rodoviário do município, com vista à sua modernização pela autarquia.

MELHORIA DAS ACESSIBILIDADES À ZONA INDUSTRIAL DE CAMPO MAIOR

2018-02-07

No dia 7 de fevereiro decorreu a apresentação do empreendimento que a Infraestruturas de Portugal vai realizar para a melhoria das acessibilidades à zona Industrial de Campo Maior.

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I. 21

ESTAÇÃO DO TUA

2018-02-20

Dois cais cobertos desativados da Estação do Tua foram reabilitados para neles ser instalado o novo Centro Interpretativo do Vale do Tua, inaugurado a 21 de fevereiro e que resulta das medidas de compensação da EDP para o território, decorrentes da construção do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua.

MARÇO

FERROVIA 2020 - CORREDOR INTERNACIONAL NORTE - LINHA DA BEIRA BAIXA

2018-03-05

No dia 5 de março a Infraestruturas de Portugal deu início aos trabalhos de modernização da Linha da Beira Baixa, entre a Covilhã e Guarda.

FERROVIA 2020 - CORREDOR INTERNACIONAL SUL

2018-03-05 A Infraestrutura de Portugal procedeu ao lançamento do Concurso Público para a nova Linha de Évora, um troço ferroviário entre Évora e a Linha de Leste, junto a Elvas, que integrará o futuro Corredor Internacional Sul.

ROTUNDA NA EN10 EM PAIO PIRES, SEIXAL 2018-03-14 A Infraestruturas de Portugal iniciou os trabalhos de construção de uma rotunda ao quilómetro 14 da EN10, em Paio Pires, concelho do Seixal.

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I. 22

PONTE 25 DE ABRIL

2018-03-23

Infraestruturas de Portugal lançou o Concurso Público para a execução de trabalhos de reparação e conservação da Ponte 25 de Abril, com um preço base de 18 milhões de euros e um prazo de 720 dias para a execução da obra.

LIMPEZA DAS FAIXAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL

2018-03-26

No dia 24 de março de 2018 decorreu uma visita aos trabalhos de limpeza das Faixas de Gestão de Combustível em curso na EN361-1, no concelho de Torres Vedras, que contou com a presença do Senhor Primeiro-Ministro, António Costa.

Durante a visita foram apresentadas, pelo Presidente da IP, António Laranjo, as linhas de atuação a desenvolver pela IP, ao nível das Faixas de Gestão de Combustível na Rede Rodoviária Nacional.

FERROVIA 2020 - CORREDOR INTERNACIONAL SUL

2018-03-29

A Infraestruturas de Portugal lançou em 29 de março de 2018, o Concurso Público Internacional para a empreitada de construção do 2.º troço entre Freixo e Alandroal, com um valor base de concurso de 105 milhões de euros, no âmbito do Programa Ferrovia 2020.

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I. 23

ABRIL

IP ACOLHE CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE SEGURANÇA RODOVIÁRIA

2018-04-19

Decorreu na sede da Infraestruturas de Portugal a Conferência Internacional sobre Segurança Rodoviária, sob o tema “Um compromisso do presente e um desafio para o futuro”.

k

OBRAS DE BENEFICIAÇÃO NA ESTAÇÃO DE ALCÂNTARA-TERRA

2018-04-10

Foram consignados, no dia 5 de abril, os trabalhos da empreitada de substituição da cobertura das plataformas da Estação de Alcântara-Terra, que têm a duração prevista de 180 dias e um custo de 485.430,50 euros.

REUNIÃO PLENÁRIO DO PROJETO EUROPEU “OPTIMUM - MULTI-SOURCE BIG DATA FUSION DRIVEN PROACTIVITY FOR INTELLIGENT MOBILITY”

2018-04-24

Teve lugar em Viena, nos dias 18 e 19 de abril, a penúltima reunião plenário do projeto europeu “OPTIMUM - Multi-source Big Data Fusion Driven Proactivity for Intelligent Mobility”, cofinanciado pela Comissão Europeia no âmbito do Programa Horizonte 2020, e que tem por objetivo principal desenvolver soluções de tecnologia de informação que promovam a mobilidade na Europa. Neste consórcio de 18 empresas europeias, a IP é o parceiro responsável pelo desenvolvimento de um caso piloto em Portugal, onde será avaliado um modelo de cobrança dinâmica de portagens.

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I. 24

PROTOCOLO PARA REQUALIFICAÇÃO DE TROÇO DA EN344

2018-04-12

O Presidente da Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, e o Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, José Alberto Dias, assinaram no dia 10 de abril, com a presença do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, o Protocolo “Acordo de Colaboração para a execução da requalificação da EN344 entre o km 67+800, em Pampilhosa da Serra e o km 75+520 em Vale Pereiras”.

SUBSTITUIÇÃO DE OBRAS DE ARTE EM COIMBRA

2018-04-13

A Infraestruturas de Portugal contratualizou uma empreitada para a substituição de duas obras de arte no concelho de Coimbra: o Pontão sobre a Ribeira de Eiras no IC2, e uma Ponte na EM111.

FERROVIA 2020 - CORREDOR INTERNACIONAL SUL

2018-04-30

A Infraestruturas de Portugal lançou a 30 de abril de 2018, o concurso da empreitada para a construção do subtroço da Linha de Évora, entre Alandroal e a Linha do Leste.

MAIO

CONSTRUÇÃO DA LIGAÇÃO DE MONDIM DE BASTO À EN210

2018-05-07

A Infraestruturas de Portugal assinou, no dia 7 de maio de 2018, o contrato para a empreitada de construção da ligação de Mondim de Basto à EN210.

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I. 25

FERROVIA 2020 - LINHA DO DOURO

2018-05-08

A Infraestruturas de Portugal deu início à empreitada de estabilização de taludes na Linha do Douro, no troço entre as estações de Ferrão e Ferradosa, localizado nos concelhos de Sabrosa, Alijó e Carrazeda de Ansiães.

LINHA DE CINTURA

2018-05-14

Foi consignada a empreitada de beneficiação da superestrutura de via, no troço Chelas-Braço de Prata, da Linha de Cintura, em Lisboa.

FERROVIA 2020 - MELHORIA DAS ACESSIBILIDADES À ZONA INDUSTRIAL E LOGÍSTICA DE RIACHOS E DO ENTRONCAMENTO

2018-05-25

A Infraestruturas de Portugal lançou o Concurso Público para a elaboração do projeto de beneficiação das acessibilidades à zona Industrial e Logística de Riachos, em Torres Novas.

FERROVIA 2020 - LINHA DA BEIRA BAIXA

2018-05-17

Foi consignada a empreitada de estabilização de taludes entre o quilómetro 35,520 e o quilómetro 69,600 da Linha da Beira Baixa.

A intervenção tem por objetivo estabilizar 11 taludes situados entre as estações de Belver e Sarnadas, que indiciam fenómenos de instabilidade e que podem comprometer a segurança ferroviária.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 26

CONCORDÂNCIA DE XABREGAS

2018-05-21

De acordo com o plano de manutenção de túneis ferroviários da Infraestruturas de Portugal para o ano de 2018 e com o propósito de assegurar e garantir a observância dos índices de fiabilidade, comportamento e segurança das obras de arte foram adjudicados trabalhos de reparação no Túnel de Xabregas.

LINHA DO SUL

2018-05-25

De acordo com o plano de manutenção de pontes da IP para o ano de 2018 e com o propósito de assegurar e garantir a observância dos índices de fiabilidade, comportamento e segurança das pontes ferroviárias foram adjudicados os trabalhos de proteção anticorrosiva de seis pontes metálicas na Linha do Sul.

FERROVIA 2020 - LINHA DO OESTE

2018-05-30

A Infraestruturas de Portugal procedeu ao lançamento da empreitada de construção de passagens desniveladas e supressão de Passagens de Nível no troço Mira Sintra-Meleças – Mafra, da Linha do Oeste.

JUNHO

INÍCIO DAS OBRAS DE BENEFICIAÇÃO NA EN 125

2018-06-04

A Infraestruturas de Portugal consignou a 4 de junho de 2018 a empreitada de reparação e melhoria das condições de circulação e segurança na EN 125.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 27

FERROVIA 2020 - CORREDOR NORTE-SUL - MODERNIZAÇÃO DA LINHA DO NORTE

11-06-2018

Concluídos os trabalhos de Renovação Integral de Via, no troço Alfarelos - Pampilhosa, na Linha do Norte.

Lançamento do concurso para a empreitada de Modernização do troço entre Espinho e Vila Nova de Gaia, na Linha do Norte.

Para assinalar o lançamento do concurso decorreu na Estação de Espinho, uma sessão de apresentação das intervenções previstas para a Linha do Norte, que contou com a presença do Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

MELHORIAS NA ESTAÇÃO GENERAL TORRES

14-06-2018

A IP realizou trabalhos de instalação de novas escadas e de elevadores na Estação de General Torres, na Linha do Norte, em Vila Nova de Gaia. Esta empreitada resultou de um acordo de cooperação entre a IP Património (IP P), a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e a Metro do Porto.

O Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, acompanhado pelo Presidente e pelo Vice-Presidente do Conselho de Administração da IP, António Laranjo e Carlos Fernandes, visitaram a obra.

APRESENTAÇÃO PLANO NACIONAL DE INVESTIMENTOS

19-06-2018

Realizou-se no dia 19 de junho, no LNEC, em Lisboa, a sessão de apresentação do Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI).

IPP INCORPORA GARE INTERMODAL DE LISBOA

28-06-2018

Realizou-se no dia 27 de junho na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, o registo da incorporação da empresa G. I. L. - Gare Intermodal de Lisboa S.A, na empresa IP Património - Administração e Gestão Imobiliária, S.A.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 28

SIMULACRO NO TÚNEL DO MARÃO

28-06-2018

A Infraestruturas de Portugal (IP), em articulação com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto e Vila Real, realizou, no dia 28 de junho, um simulacro de âmbito supra distrital no Túnel do Marão.

BENEFICIAÇÃO DA ER 227 - IC 2 – SÃO JOÃO DA MADEIRA / VALE DE CAMBRA

29-06-2018

A Infraestruturas de Portugal consignou a 29 de junho a empreitada de Beneficiação da ER 227 - IC 2 – São João da Madeira / Vale de Cambra numa cerimónia que decorreu na Câmara Municipal de São João da Madeira e contou com a presença do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedo Marques e do Presidente do CA da IP, António Laranj.o

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 29

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 30

4. PRINCIPAIS ÁREAS DE ATIVIDADE

4.1 GESTÃO DA INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA

A atividade de Gestão de Infraestrutura Rodoviária engloba quer as atividades de construção

e requalificação de vias e obras de arte, quer as atividades de gestão, conservação e melhoria

de segurança da rede rodoviária nacional.

4.1.1 Caracterização da Rede Rodoviária Nacional (RRN)

No 1.º semestre do ano de 2018 manteve-se

estabilizada a Rede Rodoviária Nacional (RRN)

regulada pelo Plano Rodoviário Nacional (D.L. n.º 222/

98 de 17 de Julho, Lei n.º 98/99 de 26 de Julho e D.L

182/2003 de 16 de Agosto), e hierarquizada em três

níveis: Itinerários Principais, Itinerários Complementares

e Estradas Nacionais.

Assim, salvo uma reduzida atividade de transferência de

estradas desclassificadas para as autarquias, as

caraterísticas da rede sob jurisdição direta da IP ou

subconcessionada manteve-se estável.

A IP é concessionária de 15.109 km, dos quais 13.636

km em gestão direta (incluindo 3.716 km de estradas

desclassificadas e ainda não municipalizadas) e 1453

km de rede subconcessionada (distribuídos por sete

contratos diferentes).

A Rede de Autoestradas de Portugal Continental

estende-se por 3119 km, dos quais 540 km encontra-se

sob gestão direta ou indireta da IP.

Os restantes 2599 km respeitam às Concessões do

Estado (dos quais 2.184 em regime de rede portajada).

4.1.2 Evolução do Tráfego

Da análise e comparação dos dados de tráfego referentes ao 1.º semestre dos anos de 2017 e

2018, regista-se um aumento de 9,4% na totalidade da rede IP e de 3,7% apenas na rede de

autoestradas.

1º semestre 2017 1º semestre 2018

Rede Rodoviária Nacional (IP e Subconcessões) 4 017 4 924 22,6%

Rede Nacional de Autoestradas (IP e

Subconcessões) 22 121 22 936 3,7%

Total Ponderado 9 371 10 250 9,4%

Rede IP

Tráfego Médio Diário Semestral (TMDS) Variação 2018/

2017

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 31

No gráfico seguinte, é apresentada a evolução do Tráfego Médio Diário Anual da Rede

classificada da Jurisdição IP:

TMDA 2018* estimado

4.1.3 Fiscalização da Rede

Atividade Operacional onde a IP, como Administração Rodoviária, na ação de patrulhamento,

assegura o cumprimento das obrigações legais, determinadas pelo Contrato de Concessão com

o Estado Português, ao cumprir o dever de vigilância, em defesa do domínio público rodoviário

do Estado, de policiamento, através do exercício do poder de autoridade pública da

administração rodoviária, na ação de fiscalização prevista no Estatuto das Estradas da Rede

Rodoviária Nacional, no suporte às Unidades Orgânicas da empresa e no apoio aos utilizadores

das vias.

A Operação resulta na patrulha da rede,

pelas UMIA (Unidades Móveis de

Inspeção e Apoio), utilizando roteiros

onde se descrevem os itinerários,

constituídos por secções da estrada a

fiscalizar e outras como percursos de

ligação, indicando a direção e situações

a avaliar.

1º semestre 2017 1º semestre 2018

Rede Nacional de Autoestradas - Subconcessões 9 151 9 585 4,7%

Rede Nacional de Autoestradas - IP 46 711 48 249 3,3%

Total Ponderado 22 121 22 936 3,7%

Rede Nacional de Autoestradas

Tráfego Médio Diário Semestral (TMDS) Variação 2018/

2017

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 32

A principal Função das UMIA é proceder ao controlo, contínuo e sistemático, da rede de estradas,

promovendo a recolha e registo de informação relativa a deficiências ou acontecimentos notáveis

surgidos por factos inesperados, não resultantes do normal desgaste da via e das suas

componentes, com necessidade de urgente intervenção ou sinalização por colocarem em perigo

as condições de circulação e segurança imediata dos utilizadores.

Complementarmente a Fiscalização da Rede desenvolve atividades em rede, no seio da

Empresa, associadas ao desenvolvimento da gestão da conservação e exploração rodoviária.

4.1.4 Conservação Corrente

A Gestão da Conservação Corrente consiste num processo sistemático de inspeção e

intervenção, preventiva e reativa, tendo em vista assegurar a manutenção, reparação e

reposição, em adequadas condições de funcionalidade, de todos os componentes da estrada,

com o objetivo de assegurar condições de conforto e segurança da circulação aos utentes, e

evitando deste modo a degradação da infraestrutura e das suas condições de serviço.

A atividade operacional é ancorada em contratos de conservação corrente, de natureza

plurianual, sendo a sua intervenção complementada com as Brigadas de Intervenção.

Contratos de Conservação Corrente

A gestão dos contratos de conservação corrente compreende um conjunto de fases que

culmina na intervenção na rede rodoviária. Assim cada trabalho executado passa pela

identificação de necessidades, validação técnica, priorização, planeamento e por fim a Ordem

de Execução, no âmbito dos contratos de conservação corrente ou, em alternativa, pelas

Brigadas de Intervenção.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 33

Brigadas de Intervenção

As brigadas de intervenção desempenham um conjunto de atividades num modelo de atuação

pontual, em situações de “Emergência”, de carater “ Preventivo ou Corretivo” e “ não core “,

que não se enquadra numa conservação corrente sistemática e preventiva.

Atividades Invernais

As Atividades Invernais

constituem uma componente

importante das intervenções de

segurança rodoviária no

período de inverno, sendo que,

função das condições de

orografia e clima do País, estas

incidem maioritariamente nos

distritos de Bragança, Coimbra,

Guarda, Castelo Branco, Viana

do Castelo, Vila Real e Viseu,

mas podem também ocorrer em

Aveiro, Braga e Porto.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 34

Centro de Limpeza de Neve da Serra da Estrela

O Centro de Limpeza de Neve da Serra da Estrela (CLN)

foi criado em 1971, situado a uma altitude de 1650 m, junto

à estrada EN339, mais concretamente nos Piornos.

Constitui um posto avançado onde se encontram os

recursos que asseguram o objetivo de manter as

condições de circulação e segurança de exploração da

rede rodoviária nacional dos distritos da Guarda e Castelo

Branco numa rede com um total de cerca de 290 km, dos

quais cerca de 128 km no maciço central da Serra da

Estrela.

A instalação de Piornos é o principal centro de operações

onde atualmente estão sediados os equipamentos e os

recursos humanos que atuam maioritariamente na parte central da Serra da Estrela.

4.1.5 Conservação Periódica

A conservação periódica consiste na execução de intervenções de elevada complexidade

técnica, promovidas de acordo com uma priorização suportada em critérios técnicos, emanados

de Sistemas de Gestão, e tendo em conta a racionalidade económica e otimização de recursos

humanos, operacionais e de oportunidade, tendo em vista reabilitar componentes da estrada

sem ultrapassar as suas características iniciais, restabelecendo um nível de serviço satisfatório,

e prolongar o período de vida útil de uma estrutura existente.

A conservação periódica está organizada num conjunto de programas de intervenções em vias,

incluindo os pavimentos, a vertente geotécnica, as obras de arte, e a segurança rodoviária.

O programa de intervenções em pavimentos decorre da avaliação das necessidades de

reabilitação, de acordo com a estratégia de priorização suportada em fundamentos de urgência

técnica, com base no Índice de Qualidade (IQ) das vias e nos níveis de tráfego verificados, em

conformidade com o previsto no Plano de Proximidade.

Esta metodologia permite à IP efetuar o planeamento e a priorização das intervenções de

reabilitação de estradas, a que acrescem as necessidades de intervenção no âmbito específico

da geotecnia que resultam de uma avaliação e priorização através de vistorias após deteção

de ocorrências pelas unidades de inspeção.

As intervenções em obras de arte decorrem da avaliação do seu Estado de Conservação (EC)

no âmbito de Inspeções Principais, permitindo debelar as situações de EC4 e EC5 (estados de

conservação mais gravosos), bem como dar resposta a situações de EC3 potencialmente

evolutivas, permitindo deste modo promover a adequada resolução das situações passíveis de

comprometer a segurança da infraestrutura rodoviária.

Por fim, o programa que tem por objeto a vertente da Segurança Rodoviária contempla dois

tipos de atividades:

Intervenções Pontuais, tendo em vista a eliminação de pontos negros, tratamento de

travessias urbanas e reformulação geométrica de interseções;

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 35

Intervenções com o objetivo de assegurar a renovação de equipamentos: através de

contratos direcionados de sinalização vertical, marcação rodoviária, guardas de

segurança, semáforos e iluminação pública.

4.1.6 Gestão e Operação da Rede de Autoestradas das Áreas Metropolitanas da

Grande Lisboa e do Grande Porto

Decorrente das suas obrigações contratuais, a IP assegura a gestão e operação da rede de

autoestradas das áreas metropolitanas da Grande Lisboa e do Grande Porto, a qual consiste

num conjunto de ações que visam a proximidade com o cliente, garantindo a vigilância das

condições de circulação, no que respeita à sua fiscalização e à prevenção de acidentes e a

assistência ao cliente no que concerne ao auxílio sanitário e mecânico.

A operação e ,anutenção na Rede de

Autoestradas da Grande Lisboa (RAEGL),

incorpora as vias com perfil de autoestrada

localizadas na área geográfica da Grande

Lisboa, nomeadamente a A16 - Nó da Pontinha

/ Belas; a A30 - Lisboa / Santa Iria da Azoia; o

IC17 - CRIL Algés / Sacavém; o IC19 Buraca /

Sintra; a A40 - Olival de Basto / À-da-Beja; o

Eixo Rodoviário Norte/Sul; a EN117 - A5 / IC19;

o IC15 - Viaduto Duarte Pacheco e também a

A21 - Ericeira / A8, que totalizam 100 km de

extensão em dupla faixa de rodagem, aos quais acrescem cerca de 70 km de ramos e acessos.

Integram também rede de alta prestação na região de Lisboa e Vale do Tejo, designadamente

a A23 - Torres Nocas (A1) / Abrantes, o IC10 - Santarém (A1) / Almeirim (IC13) - inclui a Ponte

Salgueiro Maia, o IP6 Peniche / A8 e a A26 (IP8) - Sines / Relvas Verdes, troços em que a

operação e manutenção são asseguradas pelas estruturas regionais da IP num modelo de

gestão de recursos partilhada.

O grau de exigência nestas vias é o maior a nível nacional - em alguns troços o TMDA excede

100.000 veículos, estando para o efeito implementado um modelo de administração direta

(Grande Lisboa), o qual assegura a operação das vias com perfil de autoestrada em regime de

24h/dia, 365 dias/ano.

O patrulhamento desta rede de Autoestradas é assegurado através das Unidades Móveis de

Inspeção e Apoio (UMIA), especialmente direcionadas para o Apoio ao Cliente, para a

Monitorização das Condições de Circulação e para a Inspeção do Estado da Via, as quais se

encontram em serviço permanente (24horas/365 dias por ano).

Estas UMIA são apoiadas remotamente por uma Central de Tráfego que controla a informação

telemática da rede, bem como os equipamentos de controlo e gestão dos Túneis existentes.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 36

A Operação e Manutenção na Rede

de Autoestradas do Grande Porto

(RAEGP) abrange uma rede viária

com características de autoestrada

situada nos distritos do Porto, Vila

Real, Braga e Viana do Castelo. Esta

rede viária abrange as autoestradas

do Grande Porto (ex. Concessão do

Douro Litoral), as Variantes à EN14 e

EN101 em Braga, a Variante à N14

em Vila Nova de Famalicão, o lanço

do IP1 entre o Nó de Valença Sul (S.

Pedro da Torre) e a fronteira de

Espanha e o lanço da A4 entre o Nó de Geraldes e o Nó de Parada de Cunhos, onde está

incluído o Túnel do Marão.

As atividades de conservação corrente / manutenção da RAEGP, assim como as atividades de

operação, incluindo a fiscalização da rede e assistência ao utente, são asseguradas tendo por

base uma prestação de serviços externa, denominada “Conservação Corrente e Operação na

Rede de Alta Prestação — Norte 2015/2018”.

4.1.7 Ponte 25 de Abril

No âmbito da gestão da Ponte 25 de Abril, regulada por diploma legal específico, a IP

desenvolve a sua atividade em estreita articulação com a LUSOPONTE, que tem competências

de gestão relacionadas especificamente com a rodovia.

Na Ponte 25 de Abril é desenvolvido regularmente um conjunto de ações ao nível da inspeção,

estudos e trabalhos de manutenção, conservação e beneficiação da Ponte, e na vertente da

segurança da exploração, numa lógica de gestão integrada.

Para as matérias relacionadas com a segurança de exploração é particularmente importante o

trabalho desenvolvido pelo Conselho de Segurança da Ponte 25 de Abril, cuja presidência está

a cargo da IP, que integra, para além das entidades já referidas, a entidade reguladora do setor

das infraestruturas rodoviárias e dos transportes, Instituto da Mobilidade e dos Transportes

(IMT), as forças de segurança, através do Gabinete Coordenador de Segurança (GCS), e os

serviços de emergência, representados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 37

4.2 GESTÃO DA INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA

4.2.1 Caracterização da Rede Ferroviária Nacional (RFN)

As linhas e ramais da rede ferroviária nacional (em exploração e não exploradas, incluindo

troços concessionados) apresentam uma extensão total de 3.621 km.

Está em exploração 70% do total da rede,

ou seja, a parte da rede que reúne as

condições para a circulação de comboios

representa uma extensão de 2.562 km.

A extensão de rede que se encontra

eletrificada (1.639 km) corresponde a 64%

do total da rede em exploração.

O Convel é um sistema partilhado entre os

Operadores e a IP que permite assegurar

elevados níveis de segurança de

circulação, garantindo o cumprimento da

sinalização e da velocidade autorizada de

circulação pelos comboios. Este sistema

está instalado em cerca de 1.695 km de

rede (67% da rede em exploração).

O sistema Rádio Solo-Comboio (sistema

partilhado entre os Operadores e a IP)

destina-se a permitir a comunicação por voz

e dados entre os maquinistas dos

Operadores e os responsáveis da IP para

regulação de tráfego. Este sistema de

segurança está implementado em 1.510 km

de rede ferroviária (59% da rede em

exploração).

4.2.2 Níveis de Serviço

A disponibilização ao cliente final de uma infraestrutura fiável e segura é também resultado da

estratégia de manutenção seguida pela empresa. Assim a análise da informação decorrente da

circulação dos comboios, permite não só monitorizar a performance direta da infraestrutura mas

também a performance indireta da Gestão dos seus ativos. Para além da disponibilização de

infraestrutura em condições de segurança, a IP tem também como objetivo assegurar elevados

níveis de pontualidade (IP).

No Contrato Programa são definidos e regulados os termos e condições de serviço público de

gestão da infraestrutura integrante da Rede Ferroviária Nacional. A avaliação do desempenho

da IP é efetuada com base em indicadores direcionados para os utilizadores e que permitem

monitorizar o cumprimento dos objetivos centrais estabelecidos pelo Estado.

Sendo alguns desses indicadores apurados anualmente, destacam-se neste capítulo dois que

são apurados semestralmente:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 38

O índice de pontualidade ferroviária representa a relação entre o número de

comboios, com atraso igual ou inferior a um determinado valor limite e o número total

de comboios realizados.

No 1.º semestre de 2018 o índice de pontualidade global situou-se nos 85,9%, abaixo

do índice alcançado no 1.º semestre de 2017 (89,6%), o que traduz um decréscimo de

3,7 p.p., justificado pelo agravamento da performance na pontualidade quer nos

comboios de passageiros (-2 p.p.) quer nos comboios de mercadorias (-4 p.p.). O maior

impacto, em termos de diminuição do desempenho, foi nos Serviços de Alta Qualidade

e Intercidades.

A principal causa apontada para este decréscimo são a execução dos trabalhos de

modernização e conservação ao longo da Rede Ferróviaria e que provocam um

elevado número de limitações de velocidade.

O indicador de Disponibilidade da Rede representa a percentagem de tempo em

que a infraestrutura esteve aberta à exploração. No 1º semestre de 2018 esse indicador

situa-se nos 90,3% ligeiramente acima do valor verificado em 2017 (89,3%).

4.2.3 Utilização da Rede (Comboios Km)

Em cumprimento das disposições do Decreto-Lei n.º 217/2015 e do Decreto-Lei n.º 270/2003,

republicado pelo Decreto-Lei n.º 151/2014 (na parte mantida em vigor pelo Decreto-Lei nº.

217/2015), é publicado anualmente o Diretório da Rede, que visa fornecer às empresas de

transporte ferroviário e outros candidatos a informação essencial de que necessitam para o

acesso e utilização da infraestrutura ferroviária nacional, gerida pela IP e aberta ao transporte

ferroviário.

O Diretório da Rede é um documento onde constam as características da rede ferroviária

nacional (RFN), as condições gerais de acesso, e outros serviços conexos com a atividade

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 39

ferroviária prestados pela IP aos operadores ferroviários. Neste documento são igualmente

divulgados os princípios de tarifação e respetivo tarifário, apresentando a metodologia aplicada.

O Diretório da Rede contém a relação pormenorizada das regras gerais, dos prazos,

procedimentos e critérios relativos aos regimes de tarifação e de repartição da capacidade,

incluindo todas as informações necessárias para viabilizar os pedidos de capacidade da

infraestrutura

O volume de tráfego na infraestrutura ferroviária, durante o 1.º semestre do ano, foi de 18,0

milhões de comboios – quilómetro (CK), o que representa um decréscimo de 1,6% face à

utilização da rede verificada no mesmo período do ano anterior.

Os operadores ferroviários a circular na RFN são, no transporte de passageiros, a CP e a

Fertagus e, no transporte de mercadorias, a Medway e a Takargo. A CP continua a ser o

operador que tem mais impacto na atividade da IP, representando 79% da quota de mercado.

unidade: milhares de CK

2017 2018

Passageiros 14.952 14.649 -303 -2%

Mercadorias 2.916 2.927 11 0%

Marchas 464 467 3 1%

TOTAL 18.331 18.043 -288 -1,6%

Desvio Δ%UTILIZAÇÃO da REDEReal 1º S

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 40

4.2.4 Manutenção da Rede Ferroviária Nacional

A gestão da rede ferroviária, orientada pela otimização do ciclo de vida dos ativos e conduzida

por critérios de sustentabilidade, tem permanentemente em vista uma infraestrutura com

elevados níveis de fiabilidade, disponibilidade e segurança.

Para a prossecução desta estratégia, contribuem de forma preponderante as ações de

inspeção e diagnóstico da infraestrutura, dispondo a IP de recursos humanos e equipamentos

tecnologicamente avançados, que permitem que a empresa detenha um conhecimento

rigoroso do estado da infraestrutura, priorize os seus investimentos de forma habilitada e

sustente de forma capacitada as diferentes ações de manutenção e reabilitação imposta aos

2.562 km de rede em exploração sob sua gestão.

Estando as funções de inspeção e fiscalização internalizadas, a execução é externalizada

nalgumas especialidades, mantendo-se internalizadas aquelas que, pela especificidade dos

sistemas, o mercado não oferece ou em que, pelo resultado da experiência e estudos

desenvolvidos, se concluiu ser a solução que melhor salvaguarda os interesses da IP.

As intervenções de manutenção da RFN são asseguradas pelo orçamento de exploração da IP

através de contratos plurianuais nas diversas especialidades, compreendendo três

componentes:

Manutenção Preventiva Sistemática (MPS), executada de acordo com um roteiro

previamente definido;

Manutenção Preventiva Condicionada (MPC), executada mediante pedido expresso da

IP, em resultado da inspeção e diagnóstico da infraestrutura;

Manutenção Corretiva (MC), para reparação de anomalias.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 41

4.3 INVESTIMENTOS NA INFRAESTRUTURA RODOFERROVIÁRIA

O valor realizado de Investimento nas redes ferroviária e rodoviária, até 30 de junho de 2018,

foi de 40,7 milhões de euros, o que representa um aumento de 72% face ao mesmo período

do ano anterior, com a desagregação que se apresenta no quadro seguinte:

Destaque para o aumento significativo dos investimentos efetuados no âmbito dos

investimentos ferroviários, tendência que se irá manter ao longo de 2018 e anos seguintes.

4.3.1 Investimentos na Rede Ferroviária

Os Investimentos na infraestrutura ferroviária compreendem a construção, instalação e

renovação da infraestrutura, atividade desenvolvida por conta do Estado (bens que integram o

domínio público ferroviário) e considerados como Investimentos de Longa Duração (ILD).

FERROVIA 2020

O Plano de Investimentos Ferrovia 2020 tem um conjunto de prioridades devidamente

identificadas por um conjunto alargado de stakeholders que importa destacar:

Compromissos internacionais, incluindo os bilaterais com Espanha e os que resultam

do Corredor Atlântico;

Fomento do transporte de mercadorias e em particular das exportações;

Articulação entre os portos nacionais e as principais fronteiras terrestres com Espanha.

No âmbito deste plano serão concretizadas as principais ligações a Espanha e à Europa, a

modernização de 1.200 km de rede existente, a renovação de parte da linha do Norte e a

eletrificação de mais de 400 km de linhas existentes. Estes investimentos incluirão o início da

instalação do sistema europeu de gestão de tráfego ferroviário (ERTMS/ETCS), o aumento do

comprimento de cruzamento dos comboios para 750m e a preparação da migração para a bitola

standard. Pretende-se assim garantir o aumento de eficiência do transporte ferroviário,

designadamente na componente de transporte de mercadorias, em termos de:

unidade: milhões de euros

1.º S 2017 1.º S 2018 Δ% 18/17

Investimentos Ferroviários 2020 17,2 32,4 89%

Investimentos Rodoviários PETI3+ -0,2 0,0 -100%

Investimentos PETI3+ 17,0 32,4 91%

Outros Investimentos Ferroviários 3,2 4,6 45%

Outros Investimentos Rodoviários 3,2 2,4 -25%

Outros Investimentos 6,4 7,0 10%

Investimentos de Apoio à Gestão 0,3 1,3 334%

Total 23,6 40,7 72%

Investimentos

GRUPO IP

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 42

Aumento da capacidade da rede, quer em carga, quer em número de comboios;

Redução dos custos de transporte;

Redução dos tempos e trajeto;

Melhoria das condições de segurança e fiabilidade.

O Plano Ferrovia 2020 contempla um investimento global superior a 2.000 milhões de euros,

constituindo o grande desafio da IP para os próximos anos. A execução do Plano de

Investimentos Ferrovia 2020 foi no 1.º semestre de 2018, de 32,4 milhões de euros, o que

corresponde a um incremento de 89% face ao realizado no período homólogo.

Corredor Internacional Norte

No 1º semestre de 2018 mantém-se o desenvolvimento dos projetos de execução dos

empreendimentos do Corredor Internacional Norte na

Linha da Beira Alta, adjudicados em 2016, e que se

preveem concluir no final deste ano.

O projeto de execução para modernização do troço

Covilhã-Guarda e Concordância da Linha da Beira

Baixa com a Linha da Beira Alta foi concluído em

2016.

A empreitada geral da Linha da Beira Baixa para a

Modernização do Troço Covilhã-Guarda-Trabalhos

de Construção Civil, Via e Catenária, Pontes e

RCT+TP, foi consignada em março de 2018 pelo

preço de 51,9 milhões de euros e com um prazo

contratual de 540 dias.

Cerca de 85% do valor referido poderá ser alvo de

cofinanciamento comunitário. Prevê-se a conclusão

desta empreitada durante o ano de 2019.

O investimento global no 1.º semestre de 2018 no

Corredor Internacional Norte foi de 4,1 milhões de

euros.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 43

Corredor Internacional Sul

No Corredor Internacional Sul, foram lançadas três

concursos públicos para empreitadas, durante o 1º

semestre de 2018, para a construção do troço com

20,5 quilómetros de extensão entre Évora Norte e

Freixo, para a construção dos troços entre Freixo e

Alandroal, com 20,5 quilómetros, e entre Alandroal

e a Linha de Leste, com 38,8 quilómetros de

extensão.

O valor destes três concursos totaliza 365 milhões

de euros.

Destaca-se ainda durante o 1.º semestre de 2018

a consignação da empreitada geral de

modernização da Linha do Leste no troço Elvas-

Fronteira, tendo sido adjudicada em Dezembro de

2017 por 14,9 milhões de euros e prazo de 365

dias.

Esta empreitada permitirá a renovação integral da

superestrutura de via e tratamento da plataforma ferroviária, a ampliação e a adaptação do

layout da estação de Elvas para permitir o cruzamento de comboios com 750m de

comprimento, a construção de desnivelamentos rodoviários e restabelecimentos para

supressão das passagens de nível existentes e a substituição dos tabuleiros e reforço dos

pilares das pontes.

A futura Linha entre Évora e Elvas terá uma extensão total de cerca de 100 quilómetros, 80 dos

quais de construção nova, em via única Eletrificada (25 kV-50 Hz), balastrada com carril UIC60

e travessa de betão polivalente. Ao longo do troço serão construídas 52 Passagens Superiores

e Inferiores à via-férrea, 29 Pontes e Viadutos ferroviários e 3 Estações técnicas, representa um

investimento global de 530 milhões de euros, comparticipado por fundos europeus.

O investimento no 1.º semestre de 2018 no Corredor Internacional Sul foi de 3,5 milhões de

euros.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 44

Corredor Norte - Sul

Destaca-se no 1.º semestre de 2018 a conclusão dos

trabalhos de Renovação Integral de Via, no troço

Alfarelos - Pampilhosa, da Linha do Norte. Esta

empreitada teve início em março de 2016, e

representou um investimento de 30,5 milhões de

euros na melhoria das condições de segurança e

circulação ferroviária da Linha do Norte, dos quais 9,8

milhões de euros no 1.º semestre de 2018.

O troço Ovar-Gaia apresenta uma realização de 4,2

milhões de euros. A empreitada Renovação da

superestrutura de via entre Valadares e Gaia,

contribui com 3,3 milhões de euros.

No dia 11 de junho de 2018 foi lançado o concurso

para a empreitada de Modernização do troço entre

Espinho e Vila Nova de Gaia, na Linha do Norte. O

valor do concurso é de 49 milhões de euros com um

prazo de execução de 180 dias. Esta obra permite a

renovação da superestrutura da plena via,

implantação de duas vias de resguardo eletrificadas,

com 750m para aumento da capacidade do

transporte de mercadorias, alteração do layout das

estações de Granja e Vila Nova de Gaia e alteamento

e alargamento de plataformas de estações e

apeadeiros, substituição da catenária em cerca de 10

km e eliminação de 18 passagens de nível

(rodoviárias e pedonais) através de 16 desnivelamentos.

A primeira empreitada do Empreendimento Vale de Santarém-Entroncamento, empreitada de

Eletrificação da Linha Mãe de Ramais (LMR) e Acessos ao Terminal Vale do Tejo (TVT), do

lado da via descendente da Linha do Norte, ficou concluída no 1.º semestre 2018, tendo

envolvido um custo de cerca de 550 mil euros. Esta obra teve como principal objetivo a melhoria

das condições de exploração da Linha do Norte com a eletrificação de uma terceira via na zona

sul de acesso à estação do Entroncamento e também criar condições de exploração com tração

elétrica no Terminal do Vale do Tejo (TVT).

O troço Nine-Viana-Valença apresentou uma execução, no primeiro semestre de 2018, de 9,6

milhões de euros. Desse montante 6,4 milhões corresponde à Empreitada de Eletrificação da

Linha do Minho entre Nine e Viana do Castelo.

Destaca-se ainda neste semestre a adjudicação da empreitada de Eletrificação da linha do

Minho entre Viana do Castelo e Valença-Fronteira, incluindo estações técnicas por 18,2 milhões

de euros e prazo de 660 dias, prevendo-se a consignação em julho de 2018.

O investimento no 1.º semestre de 2018 no Corredor Norte-Sul foi de 24,2 milhões de euros.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 45

Corredor Complementares

Foi lançada no 1.º semestre de 2018 a empreitada de

construção de passagens desniveladas e supressão

de Passagens de Nível no troço Mira Sintra-Meleças

– Mafra, que se insere no projeto de modernização da

Linha do Oeste, ligação entre Mira Sintra-Meleças e

Caldas da Rainha, com uma extensão de 87

quilómetros.

A intervenção, no valor de 4,9 milhões de euros

(empreitada e fiscalização), compreende a construção

de quatro passagens superiores rodoviárias e a

execução de restabelecimentos e caminhos paralelos

para a supressão de seis passagens de nível.

Na Linha do Douro, relativamente à empreitada para

Eletrificação do troço Caíde-Marco, o contrato inicial

foi resolvido uma vez que se revelou impossível a

execução dos trabalhos pelo consórcio adjudicatário.

O novo contrato relativo à conclusão da eletrificação e

RIV no troço referido foi adjudicado em março de 2018

por 9,9 milhões de euros com um prazo de 215 dias a

contar do auto de consignação, tendo os respetivos

trabalhos sido iniciados em julho de 2018.

A aprovação dos projetos para a Eletrificação da Linha

do Algarve nos troços Tunes-Lagos e Faro-Vila Real

de Santo António está prevista para o 2º semestre de

2018.

O investimento global no 1.º semestre de 2018 nos Corredores Complementares foi de 600 mil

euros.

OUTROS INVESTIMENTOS FERROVIÁRIOS

Tendo em conta os objetivos estratégicos da empresa, integrando e priorizando investimentos

em função de uma série pré-definida de critérios, foi estabilizado um conjunto de intervenções

identificadas no Plano de Proximidade Ferroviário.

As intervenções na infraestrutura ferroviária visam o reforço das condições de segurança e a

melhoria dos níveis de fiabilidade e qualidade de serviço prestado aos clientes. Pretende-se,

igualmente, que estas intervenções contribuam para melhorar a integração da infraestrutura

ferroviária no território envolvente, potenciando as externalidades positivas e mitigando as

negativas e melhorar as condições de mobilidade, criando novas ligações ou reduzindo os

tempos de percurso das existentes.

No 1.º semestre de 2018, o investimento realizado em intervenções de renovação e reabilitação

da infraestrutura, de adequação aos normativos e regulamentos existentes e de reforço dos

níveis de serviço da infraestrutura ferroviária, totalizou 4,6 milhões de euros, repartidos em:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 46

3,3 milhões de euros em reabilitação de via e catenária, conservação e reabilitação nas

Linhas do Sul, de Vendas Novas, da Beira Baixa, do Alentejo, da Cintura, do Norte;

0,5 milhões de euros em reabilitação de obras de arte;

0,5 milhões de euros em pagamentos de Îndemnizações relativos a Expropriações na

Linha do Norte/Linha da cintura.

4.3.2 Investimentos na Rede Rodoviária

PETI3+ RODOVIA

Dos Investimentos PETI3+ Rodovia destacam-se no Corredor Internacional Norte Rodoviário a

obra relativa ao lanço do IP5 que tem início no km 31+500 da plena via da atual A25, a poente

do Nó de Vilar Formoso e se desenvolve até à fronteira com Espanha numa extensão de 3,5

km, que registou uma execução de 15 mil euros no primeiro semestre de 2018 relativos a taxas

de Licenciamento Ambiental, Estudos e Expropriações.

PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DAS ÁREAS EMPRESARIAIS

O Programa de Valorização das Áreas Empresariais tem como

objetivo reforçar a Competitividade das Empresas, Potenciar a

criação de Emprego e Aumentar as Exportações.

O Programa representa um investimento global de 180 milhões de

euros e desenvolve-se em dois Eixos, nas três regiões da

convergência - Norte, Centro e Alentejo.

O investimento global previsto nas ligações rodoviárias, destinadas

a melhorar as ligações entre áreas empresariais já consolidadas e a rede viária existente, é de

110 milhões de euros.

LIGAÇÕES RODOVIÁRIAS que integram o Programa, os valores abaixo indicados incluem

Obra e Estudos e Projetos:

Ligação do Parque de Negócios de Escariz - Arouca à A32 | Sta. Maria da Feira: 29,6

M€;

Ligação à Área Industrial de Fontiscos | Santo Tirso: 1,3 M€;

Ligação da Zona Industrial de Cabeça de Porca | Felgueiras à A11: 8,8 M€;

Ligação do Parque Empresarial de Formariz | Paredes de Coura à A3: 6,8 M€;

Ligação do Parque Empresarial de Lanheses à ER305: 0,3 M€;

Via de Acesso ao Avepark em Guimarães - Parque de Ciência e Tecnologia das Taipas

/ Espaço Industrial de Gandra: 13,4 M€;

Melhoria das Acessibilidades às Áreas de Localização Empresarial de Famalicão Sul /

Ribeirão e Lousado: 4,7 M€;

Melhoria das Acessibilidades à Área de Localização Empresarial de Lavagueiras /

Castelo de Paiva: 22,3 M€;

Acessibilidades ao Parque Industrial do Mundão | Sátão: 9,3 M€;

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 47

Acessibilidades à Zona Industrial de Riachos | Entroncamento, Golegã, Torres Novas:

8,3 M€;

Ligação da Zona Industrial de Rio Maior à EN114: 3,1 M€;

Melhoria das Acessibilidades à Zona Industrial Campo Maior: 2,3 M€.

Uma das ligações do PVAE que já arrancou no 1.º semestre de 2018 foi a empreitada EN14 –

Beneficiação Santana / Vitória e Duplicação Vitória / Rotunda da Variante de Famalicão. Esta

obra foi consignada em maio de 2018 e tem de realização neste período 403 mil euros relativos

à Execução e Fiscalização (231 mil euros) e Expropriações (172 mil euros).

OUTROS INVESTIMENTOS RODOVIÁRIOS

No 1.º semestre de 2018 a realização dos outros investimentos rodoviários foi de 2 milhões de

euros, com destaque nas expropriações no IC6 Catraia Poços – Venda Galizes (884 mil euros),

IC23 Ligação Nó Areinho (432 mil euros) e para a ligação do novo Caneiro da Damaia ao

Caneiro de Alcântara (209 mil euros).

4.4 FINANCIAMENTO DO PLANO DE INVESTIMENTOS FERROVIA 2020

Para a concretização do Plano de Investimentos Ferrovia 2020 conta-se com um pacote

financeiro composto por fundos comunitários oriundos do programa Connecting Europe Facility

(CEF), quer na componente geral (30 a 50% de comparticipação), quer na componente coesão

(85% de comparticipação) e do programa Portugal 2020 (85% de comparticipação), a que se

poderá acrescentar o contributo da Infraestruturas de Portugal.

Durante o primeiro semestre de 2018 foram aprovadas as seguintes candidaturas, no que

respeita ao COMPETE 2020:

Linha do Norte - Modernização do troço Santana/Cartaxo-Entroncamento (2.ª fase)

Linha do Norte - troço Braço de Prata-Alverca (Terminal da Bobadela)

Dos Fundos Comunitários atribuídos à IP para desenvolvimento das infraestruturas

rodoferroviárias, foi recebido no primeiro semestre de 2018 o montante global de 9,4 milhões

de euros.

O conjunto de candidaturas ativas, relativas ao período de programação 2014/2020, é o que

consta do quadro seguinte:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 48

Programa Código CandidaturaEstado da

Candidatura

Custo Total do

Investimento

Comparticipação

UE

CEF-GERAL 2014-PT-TM-0627-MLigação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha): Troço Évora-Caia e Estação Técnica ao

km 118 da Linha do SulAprovada 315 446 963 127 716 151

CEF-GERAL 2014-PT-TM-0628-SEstudos da Ligação Ferroviária Aveiro-Vi lar Formoso no Corredor Atlântico -

EstudosAprovada 4 433 056 2 216 528

CEF-GERAL 2014-PT-TM-0601-MPlataforma Logís tica Multimodal do Porto de Leixões (2.ª Fase) - (Estudos do

Terminal Rodoferroviário) 2 Aprovada 925 000 462 500

CEF-GERAL 2015-PT-TM-0385-S Estudos das Acess ibi l idades Rodoferroviárias ao Porto de Leixões 2 Aprovada 1 400 000 700 000

CEF-COESÃO 2015-PT-TM-0395-MLigação Ferroviária Aveiro-Vi lar Formoso no Corredor Atlântico: Linha da Beira

Al ta (Pampi lhosa-Vi lar Formoso) - Projeto de Execução e ObraAprovada 547 741 250 375 860 046

CEF-COESÃO 2015-PT-TM-0382-SEstudos para o Corredor Internacional Sul (Sines/Setúbal/Lisboa-Caia) inserido

no Corredor AtlânticoAprovada 2 935 000 2 494 750

CEF-COESÃO 2016-PT-TMC-0059-M Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha): Troço Évora-Caia (2.ª Fase) Aprovada 73 059 035 55 839 020

CEF-COESÃO 2016-PT-TMC-0065-M Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha): Troço Sines-Ermidas-Grândola (Obra) Aprovada 44 139 899 33 736 125

COMPETE 2020 POCI-04-2655-FC-000003 Linha do Minho – Modernização do troço Nine-Valença Fronteira (2.ª Fase) Aprovada 86 408 383 67 858 668

COMPETE 2020 POCI-04-2655-FC-000004 Linha do Norte – Modernização do troço Ovar-Gaia (2.ª Fase) Submetida 159 357 940 118 738 327

COMPETE 2020 POCI-04-2655-FC-000005 Linha do Norte – Modernização do troço Al farelos-Pampi lhosa (2.ª Fase) Aprovada 61 170 396 45 446 516

COMPETE 2020 POCI-04-2655-FC-000010Linha do Norte - Modernização do Troço Santana Cartaxo-Entroncamento (2.ª

Fase)Aprovada 58 968 390 43 937 690

COMPETE 2020 POCI-04-2655-FC-000011 Linha do Norte - Troço Braço de Prata-Alverca – Terminal Ferroviário da Bobadela Aprovada 14 265 030 11 059 617

COMPETE 2020 POCI-04-2655-FC-000009 Linha do Algarve-Eletri ficação Submetida 64 816 921 48 714 673

COMPETE 2020 POCI-04-2655-FC-000014Linha da Beira Baixa - Modernização do Troço Castelo Branco-Covi lhã-Guarda

(2.ª fase)Submetida 77 123 558 60 571 950

COMPETE 2020 POCI-04-2958-FEDER-000001 Linha do Douro - Modernização do Troço Caíde-Marco de Canaveses-Régua Aprovada 72 382 140 49 179 171

COMPETE 2021 POCI-04-2958-FEDER-000002 Linha do Oeste - Modernização do troço Meleças/Caldas da Rainha Submetida 112 417 167 43 520 443

CEF-GERAL 2014-PT-TM-0666-SReordenamento da Plataforma Multimodal do Porto de Lisboa - Estudos das

Acess ibi l idades ao Terminal de Contentores do BarreiroAprovada CE 1 670 000 835 000

CEF-GERAL 2016-EU-TA-0348-WLigação Rodoviária Transfronteiriça no Corredor Atlântico: A25-IP5 Vi lar Formoso -

A-62 Fuentes de OñoroAprovada CE 15 225 000 1 522 500

TOTAL 1 713 885 128 1 090 409 676

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 49

4.5 PARCERIAS RODOVIÁRIAS

A atividade da IP referente à Alta Prestação Rodoviária inclui todas as vias atualmente geridas

em regime de Parcerias Público-Privadas (PPP), nomeadamente Concessões do Estado e

Subconcessões.

4.5.1 Renegociação dos Contratos de Concessão e Subconcessão

Durante o ano de 2017, foi dada continuidade ao processo de renegociação dos contratos de

PPP rodoviárias, iniciado para dar cumprimento ao compromisso assumido pelo Governo

Português no âmbito do PAEF, com o objetivo de atingir uma redução substancial dos encargos

para o erário público.

O processo negocial relativo à totalidade dos contratos de Concessão do Estado foi concluído,

no decorrer do ano de 2015, com a assinatura de nove contratos correspondentes às

concessões Norte, Costa de Prata, Beira Litoral/Beira Alta, Grande Porto, Grande Lisboa,

Interior Norte, Beira Interior, Algarve e Norte Litoral.

Estes nove contratos foram remetidos para apreciação por parte do Tribunal de Contas, tendo

sido devolvidos com a indicação de que os mesmos não se encontram sujeitos a fiscalização

prévia, pelo que já se encontram em plena produção de efeitos.

Relativamente ao processo negocial dos contratos das subconcessões refere-se que já estão

em vigor, após a submissão ao Tribunal de Contas, os Contratos de Subconcessão Alterados

do Baixo Alentejo (desde 21 de abril de 2017), do Pinhal Interior (desde 21 de dezembro de

2017) e da AE Transmontana (24 de maio de 2018).

O Contrato de Subconcessão Alterado do Algarve Litoral, assinado a 23 de outubro de 2017,

foi submetido à fiscalização prévia do Tribunal de Contas, mas por vicissitudes associadas à

renegociação e à decisão do Tribunal de Contas, a IP comunicou à Subconcessionária que o

mesmo teria de ser submetido, de novo, à fiscalização prévia do Tribunal de Contas. Após essa

re-submissão, o Tribunal de Contas recusou a concessão do Visto. A IP interpôs recurso dessa

decisão, mantendo-se assim em vigor o Contrato de Subconcessão Reformado.

Em consequência do referido a Subconcessionária comunicou à IP que seriam suspensas a

partir das 24h00 horas do dia 6 de julho todas as atividades de operação e manutenção

desenvolvidas por aquela Subconcessionária e pela sua Operadora. Neste enquadramento a

IP, ao abrigo dos poderes de fiscalização previstos no referido contrato de subconcessão,

promoveu os meios necessários para que a garantia das condições de segurança de pessoas

e bens.

Na Subconcessão Douro Interior, as renegociações estão terminadas, tendo a ata final de

negociação sido assinada no dia 15 de fevereiro de 2018. Está em curso o processo de

aprovação pelo governo. Estima-se que o CSA possa ser assinado no 2.º semestre de 2018,

seguindo-se a submissão do mesmo à fiscalização prévia do Tribunal de Contas.

Nas Subconcessões Baixo Tejo e Litoral Oeste, depois dos Memorandos de Entendimento

iniciais, já houve acordos entre a Comissão de Negociação e as Subconcessionárias quanto

aos Modelos Financeiros, tornando-se necessário prosseguir com a discussão e

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 50

consensualização do clausulado das alterações contratuais, para fecho dos processos

negociais.

Perspetiva-se que o processo negocial da totalidade dos contratos de subconcessão decorra

ainda no primeiro semestre de 2019.

4.5.2 Conclusão da Rede Subconcessionada

Encontram-se em execução, sete contratos de Subconcessão, cujo objeto, de acordo com os

contratos em vigor, totaliza uma extensão de aproximadamente 1040 km. Em serviço

encontram-se cerca de 910 km conforme se resume no quadro seguinte, sendo que as

subconcessões Douro Interior, Autoestrada Transmontana, Litoral Oeste, Baixo Tejo e Pinhal

Interior, com cerca de 631 km, já se encontram totalmente em exploração, pelo que há uma

grande percentagem de atividades de controlo e acompanhamento / monitorização das

obrigações estabelecidas contratualmente, tendo em consideração que o modelo de parcerias

público-privadas desenhado enfoca para a fase de exploração a necessidade de um adequado

e preciso controlo da qualidade do serviço contratado.

Contudo, de acordo com os processos renegociais, encontram-se suspensos cerca de 35 km

de construção nova/requalificação e, à data, encontra-se por concluir cerca de 95 km de obra

nova / requalificação referente às subconcessões do Algarve Litoral e do Baixo Alentejo.

Na extensão total dos lanços em serviço já não estão a ser considerados os troços da

subconcessão Baixo Alentejo, Pinhal Interior e Transmontana que passaram para jurisdição da

IP, com a celebração do novo contrato.

(km)

Subconcessão Em serviço

(*)

Em obra Não

Construir Total Construção

nova Requalif.

Douro Interior 241 0 241

AE Transmontana 135 0 135

Baixo Alentejo 113 13 0 126

Baixo Tejo 60 9 69

Algarve Litoral 165 82 26 273

Litoral Oeste 102 0 102

Pinhal Interior 93 0 93

Total 910 95 35 1.040

(*) Inclui lanços que estão em serviço embora não tenham sido beneficiados

De acordo com o progresso físico de cada uma das subconcessões está previsto a conclusão

das obras na subconcessão do Baixo Alentejo e na subconcessão do Algarve Litoral no 2.º

semestre de 2018.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 51

4.5.3 Encargos 1.º Semestre de 2018

Os encargos verificados no exercício do 1.º semestre de 2018, relativos a concessões e

subconcessões rodoviárias, foram de 728,6 milhões de euros (IVA excluído), o que representa

uma execução de 103% do valor previsto em orçamento para o período.

O desvio face ao orçamento, de 21,4 milhões de euros, ficou a dever-se ao pagamento de

Pagamento de indemnização à Concessionária Douro Litoral no valor de 43 milhões de euros,

por Conta do Estado Português, decorrente de acórdão arbitral de 7/2/2017 e do Acordo

estabelecido em 14/5/2018.

Relativamente à Subconcessão do Algarve Litoral, não foram efetuados quaisquer pagamentos

no 1.º semestre de 2018 devido ao facto de não estar em vigor o contrato de subconcessão

alterado, com o enquadramento referido anteriormente.

unidade: milhões de euros (sem IVA)

Real Orçamento % Execução

Disponibilidade + Disponibilidade B 391,2 391,4 389,7 100%

Algarve 26,6 26,4 25,2 105%

Beira Interior 61,9 64,4 64,4 100%

Beira Litoral e Alta 64,0 61,0 60,9 100%

Costa de Prata 30,2 28,0 27,7 101%

Grande Lisboa 14,5 15,5 15,5 100%

Grande Porto 46,0 46,7 46,6 100%

Interior Norte 51,8 51,7 51,6 100%

Norte 65,0 67,6 67,3 100%

Norte Litoral 31,1 30,1 30,6 98%

Comparticipações e Reequilíbrios 4,0 47,3 4,2 1137%

Interior Norte 0,0 0,0 0,0 209%

Litoral Centro 0,0 0,0 0,0

Lusoponte 3,8 4,0 4,0 102%

Norte Litoral 0,1 0,1 0,1 75%

Oeste 0,1 0,1 0,1 120%

Algarve 0,0 0,0 0,0 103%

Beira Interior 0,0 0,0 0,0 301%

Costa de Prata 0,0 0,0 0,0

Grande Porto 0,0 0,0 0,0

Douro Litoral 0,0 43,0 0,0

Grandes Reparações 0,2 1,6 12,9 13%

Concessões 395,4 440,3 406,8 108%

Disponibilidade + Serviço 293,0 285,8 300,4 95%

AE Transmontana 22,6 28,4 25,3 112%

Algarve Litoral 7,8 0,0 12,4 0%

Baixo Alentejo 30,0 25,7 23,5 109%

Baixo Tejo 42,3 40,8 42,3 96%

Douro Interior 48,9 47,5 52,5 91%

Litoral Oeste 72,4 72,5 71,6 101%

Pinhal Interior 68,9 70,9 72,7 97%

Subconcessões 293,0 285,8 300,4 95%

Total 688,3 726,1 707,2 103%

Concessões e Subconcessões

2018

Real 2017

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 52

4.6 TELECOMUNICAÇÕES e CLOUD EMPRESARIAL

No âmbito do Grupo IP, a IP Telecom dispõe de uma ampla base instalada de infraestrutura de

fibra ótica em todo o país, à qual se juntou, no âmbito do novo contrato de subconcessão, o

Canal Técnico Rodoviário, dando origem a uma “malha” de cobertura nacional única.

O mercado de fibra é um mercado maduro, mas que tem ainda algum potencial de crescimento,

procurando-se, para tal, a angariação de grandes clientes de referência internacional ainda com

pouca atividade em Portugal e trabalhando-se ativamente no desenvolvimento de

oportunidades no setor estado. Ao nível do canal técnico rodoviário tem sido desenvolvido um

esforço de melhoria da proposta de valor dirigida aos operadores, tendo-se já avançado com a

publicação da nova ORIP (Oferta de Referência da IP) que contribuirá de forma decisiva para

a competitividade da oferta IP.

A IP Telecom dispõe ainda de infraestrutura tecnológica e de datacenters de última geração,

com potencial de dinamização no mercado, pelo que estrategicamente é uma das áreas de

aposta futura, tendo em conta as tendências e crescimento de mercado. Os ativos em causa,

associados a um reposicionamento estratégico orientado a uma maior eficiência ao nível dos

processos internos, permitirão garantir uma remuneração ao acionista superior à até aqui

verificada.

A IP Telecom é uma empresa certificada nas normas ISO 27001 e ISO 9001, estando presente

em vários organismos de Cybersegurança, o que demonstra a importância que dá à Segurança

da Informação dos seus clientes, com especial ênfase ao nível dos seus processos

operacionais e aplicacionais de suporte dos serviços de Cloudsolutions, Hosting e Housing,

bem como aos Datacenters de Lisboa, Viseu e Porto. A oferta Cloud da IP Telecom foi

complementada com soluções empresariais de parceiros, de forma a capacitar um maior

portfolio de oferta empresarial, em particular em níveis de SaaS – Software as a Service.

No 1.º semestre de 2018, o volume de negócios (VN) desta atividade no Grupo IP foi de 6,2

milhões de euros.

4.7 SERVIÇOS DE ENGENHARIA

A IP Engenharia tem como missão elaborar estudos e projetos de engenharia de transportes,

gerir, coordenar e fiscalizar empreitadas nesse âmbito e dinamizar o negócio internacional do

Grupo IP.

No primeiro semestre de 2018, a empresa manteve a sua atividade centrada na elaboração de

estudos, projetos, revisão de projetos e fiscalização de obras, no contexto dos investimentos

sob a responsabilidade da Infraestruturas de Portugal. A atividade da empresa resultou do

planeamento dos investimentos e respetivas encomendas do acionista, promovendo uma

articulação estreita, no sentido de se maximizar a capacidade de produção dos recursos

disponíveis.

O Volume de Negócios foi de 2,4 milhões de euros, representando a atividade de Gestão,

Coordenação, Fiscalização e Coordenação de Segurança em Obra 71% e a atividade de

Estudos e Projetos 29%. Continua a destacar-se a ocupação da equipa produtiva superior ao

previsto e o cumprimento escrupuloso dos prazos estabelecidos e acordados com o acionista.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 53

Em particular na vertente da internacionalização destaca-se:

Argélia: Continuação da execução do projeto da “Duplicação de via e aumento de

velocidade para 160Km/h da linha férrea Beni Mansour - Bejaia)” para a

COSIDER/ANESRIF, em consórcio com TPF/Planege/Cenor;

Europa: Continuação do trabalho do “Observatoire de Trafic Terrestre du Corridor

Atlantique” para a GEIE-Atlantic Corridor em consórcio com Systra, Ineco e Mfive.

4.8 GESTÃO IMOBILIÁRIA E DE ESPAÇOS COMERCIAIS

A 27 de junho de 2018 realizou-se a incorporação da GIL na IP Património. Esta fusão surge

no âmbito do esforço de racionalização do Setor Publico Empresarial e tem como principais

objetivos, a otimização da gestão dos recursos patrimoniais de modo a proporcionar o aumento

do nível global de rendimentos do Grupo IP e a implementação de um processo eficaz de

racionalização da gestão do património concentrando a atividade de administração e gestão do

património imobiliário numa única empresa.

A IP Património é assim, no âmbito do Grupo IP, a entidade responsável pela gestão do

património imobiliário, com experiência na exploração comercial da rede de estações e

interfaces de transporte, garantindo a sua eficiente utilização, valorização, requalificação e

preservação.

Dando continuidade ao trabalho efetuado no ano de 2017, o 1.º semestre de 2018 permitiu

consolidar a vasta carteira de ativos e continuar a desenvolver estratégias na rentabilização da

mesma e na valorização das caraterísticas que a destacam do restante mercado, de modo a

dinamizar a sua comercialização e valorização através de projetos com relevância estratégica

para o Grupo IP.

A estratégia comercial deu continuidade à revitalização das estações, reorientando as

atividades, não só com a rede convencional de transportes, mas estendendo-a às redes de

mobilidade suave com claro potencial para a dinamização da rede. Isto permitiu contribuir para

uma solução global, geradora de fluxos em torno dos espaços, incrementando a procura e

maior rentabilidade dessas áreas dentro e fora das estações.

Destacam-se de seguida alguns factos e atividades ocorridos no 1.º semestre de 2018:

Com a fusão da GIL, iniciou-se em 2018 a gestão pela IPP da Gare do Oriente, incluindo

a exploração comercial de toda a estação. Isto significa um aumento das áreas com

exploração comercial em estações, edifícios e parques de estacionamento, com

consequências no volume de negócios da empresa.

Mesmo não considerando a GIL, e considerando o período homólogo de 2017, destaca-

se um aumento dos proveitos em cerca de 0,74 milhões de euros, decorrente

essencialmente do aumento da contratualização de mais espaços que estavam devolutos

e fechados, bem como de equipamentos automáticos e de regularizações contratuais.

Melhoria do conhecimento sobre o estado geral do edificado com potencial de

rentabilização e georreferenciação de edifícios;

Alienação de bens não necessários à exploração ferroviária e rodoviária, possibilitando o

aumento de receitas para o Grupo IP, tendo-se iniciado processos de contratualização de

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 54

avaliações e de vendas de bens imobiliários não afectos à exploração ferroviária e/ou

rodoviária e sem valor estratégico para o Grupo IP.

Intervenção nos domínios das acessibilidades, limpeza, conforto e segurança nas

estações ferroviárias, assim como no controlo e tratamento de reclamações de clientes

para melhoria dos serviços prestados.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 55

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 56

5. DESEMPENHO ECONÓMICO E FINANCEIRO

Os resultados alcançados no 1.º semestre de 2018 atestam a continuidade da performance

financeira positiva do Grupo IP, já verificada nos exercícios anteriores, e sintetizada nos

seguintes valores:

Resultado Líquido positivo de 47,4 milhões de euros, o que representa um aumento

de 2% quando comparado com o resultado positivo de 46,4 milhões de euros verificado

no mesmo período de 2017;

Esta variação positiva do Resultado Líquido resulta essencialmente da diminuição em

7,2 milhões de euros, face ao período homólogo de 2017, dos Encargos Financeiros

(líquidos);

Os Rendimentos Operacionais e os Gastos Operacionais mantiveram-se em linha

com o valor verificado no mesmo período de 2017;

O EBITDA diminuiu em 2,4 milhões de euros face ao período homólogo, atingindo o

montante de 324,4 milhões de euros;

5.1 RENDIMENTOS OPERACIONAIS

No 1.º semestre de 2018, os rendimentos operacionais do Grupo IP totalizam 652,2 milhões de

euros, o que representa uma redução de 3,1 milhões de euros face ao período homólogo do

ano anterior.

Demonstração de Resultados Grupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Rendimentos Operacionais 655.300 652.178 0%

Gastos Operacionais - 467.883 - 467.229 0%

Resultado Operacional 187.418 184.832 -1%

EBITDA 326.904 324.470 -1%

Resultado Financeiro - 122.792 - 115.627 6%

Resultados antes de impostos 64.626 69.204 7%

Resultado Líquido 46.351 47.401 2%

unidade: milhares de euros

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 57

5.1.1 Vendas e Serviços Prestados

O total de receitas com as Vendas e Serviços Prestados foi de 577,3 milhões de euros no 1.º

semestre de 2018, menos 2,4 milhoes de euros face ao verificado em 2017.

Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR)

A Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR), criada pela Lei n.º 55/2007 de 31 de agosto,

constitui a contrapartida paga pelos utilizadores pelo uso da rede rodoviária e incide sobre a

gasolina, gasóleo rodoviário e GPL sujeitos ao imposto sobre os produtos petrolíferos e

energéticos (ISP) e dele não isento.

A CSR, que continua a ser o principal rendimento da IP, regista no 1.º semestre de 2018 o valor

de 333,5 milhões de euros, o que constitui uma ligeira variação positiva face ao período

homólogo de 2017.

Portagens

Os rendimentos de portagens registaram um aumento de 8,7 milhões de euros face ao mesmo

período do ano anterior (+6%), tendo atingido no global, 149,5 milhões de euros.

Rendimentos Operacionais Grupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Vendas e serviços prestados 579.687 577.257 0%

Contribuição Serviço Rodoviário (CSR) 333.220 333.535 0%

Portagens 140.809 149.476 6%

Serviços Ferroviários 37.608 41.057 9%

Concedente Estado-Rédito ILD 7.763 11.118 43%

Contratos de Construção 42.652 24.889 -42%

Outras prestações de serviços 17.636 17.183 -3%

Indemnizações Compensatórias 34.208 31.452 -8%

Outros rendimentos e ganhos 41.405 43.469 5%

Total dos Rendimentos Operacionais 655.300 652.178 0%

unidade: milhares de euros

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 58

A maior parcela dos rendimentos de portagens resulta da utilização da rede das Concessões

do Estado, em que a IP é titular da receita proveniente da cobrança de taxas de portagem,

atingindo cerca de 123,7 milhões de euros, mais 5% do que no período homólogo de 2017.

Por seu lado, as receitas de portagens nas subconcessões da IP gerou 11,4 milhões de euros,

o que representa um aumento de 7,4% face a 2017.

Por último, as operações de exploração direta na rede IP (A21, A23 e Túnel do Marão)

permitiram alcançar 13,7 milhões de euros no 1.º semestre de 2018, mais 14,8% do que em

2017.

O crescimento generalizado na receita está associado à atualização tarifária anual, em vigor a

1 de janeiro, mas também à progressiva recuperação do tráfego na rede de autoestradas aliada

ao incremento da eficiência na cobrança de portagens.

Serviços Ferroviários

Os rendimentos provenientes dos Serviços Ferroviários, que incluem a utilização de canais

(tarifas), a capacidade pedida e não utilizada, e os serviços adicionais e auxiliares, atingiram,

no período em análise, um total de 41,1 milhões de euros, mais 9,2% face ao valor verificado

no ano anterior (37,6 milhões de euros).

unidade: milhares de euros

1.ºS 2017 1.ºS 2018 Δ% 18/17

Concessões 118.293 123.657 5%

Norte 26.206 27.771 6%

Beiras Litoral e Alta 19.401 19.115 -1%

Costa de Prata 17.186 16.785 -2%

Grande Porto 14.560 15.303 5%

Norte Litoral 14.553 15.309 5%

Algarve 13.293 14.742 11%

Interior Norte 7.242 7.397 2%

Grande Lisboa 5.446 6.307 16%

Brisa 407 926 128%

Subconcessões 10.566 11.352 7%

Pinhal Interior 5.680 5.885 4%

Baixo Tejo 2.689 2.555 -5%

Litoral Oeste 1.286 1.806 40%

Transmontana 911 1.106 21%

Outras Vias IP 11.906 13.670 15%

A23 5.079 5.832 15%

A21 3.494 3.871 11%

Túnel do Marão 3.333 3.967 19%

Outros 44 797 1696%

Total 140.809 149.476 6%

Grupo IPPortagens

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 59

Estes rendimentos são originados, na sua maioria, pelos serviços que compreendem todas as

prestações necessárias ao efetivo exercício do direito de acesso à infraestrutura ferroviária –

Pacote mínimo de acesso a instalações de serviço.

O aumento verificado face a 2017 é devido essencialmente aos seguintes fatores:

À receita proveniente da aplicação das tarifas de utilização de Estações e Apeadeiros,

que representou 1,2 milhões de euros no 1.º semestre de 2018, e que surge com a

entrada em vigor da 1.ª Adenda ao Diretório da Rede de 2018, em 10/12/2017;

À refaturação da energia tração aos operadores ferroviários.

O valor das receitas com as tarifas de utilização da infraestrutura ascenderam a 33,6 milhões

de euros, ficando em linha com o valor verificado no período homólogo de 2017 (33,9 milhões

de euros).

Concedente Estado

Os montantes registados na rubrica Concedente Estado (Rédito ILD) correspondem aos

trabalhos internos debitados à atividade de investimento de infraestruturas de longa duração,

nomeadamente, materiais e mão-de-obra para Investimento e os respetivos encargos de

estrutura, nos termos da IFRIC12. Verificou-se no período em análise um aumento de 43% face

ao mesmo período do ano anterior.

Contratos de Construção

Esta rubrica representa os rendimentos da rodovia com a sua atividade de construção da Rede

Rodoviária Nacional (RRN) de acordo com o definido no Contrato de Concessão, incluindo a

totalidade das atividades de construção da rodovia por via direta ou subconcessão.

Os valores correspondentes à construção de Novas Infraestruturas são atividades de

construção de gestão direta do IP e são apurados com base nos autos de acompanhamento

das obras mensais pelo que refletem a evolução física das obras em curso, acrescidos dos

gastos diretamente atribuíveis à preparação do ativo, para o seu uso pretendido.

A construção da Rede Subconcessionada é apurada tendo por base os valores de construção

contratados para cada subconcessão e a percentagem de acabamento reportada à IP por cada

subconcessionária, pelo que reflete a evolução física da obra e é assim independente do fluxo

de faturação. A variação registada reflete a fase final da construção da A26 - Autoestrada do

Baixo Alentejo e requalificação da EN 125 – Algarve Litoral.

unidade: milhares de euros

Contratos de Construção Grupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Contratos Construção de Novas Infraestruturas 7 000 13 631 95%

Contratos Construção Rede Subconcessionada 14 491 818 -94%

Capitalização Encargos Financeiros 21 161 10 365 -51%

Total 42 652 24 813 -42%

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 60

Os encargos financeiros capitalizados correspondem aos encargos financeiros da IP no

decorrer da fase de construção rodoviária e são compostos quer por encargos financeiros

utilizados para o financiamento da aquisição da Rede Concessionada do Estado, quer pela

remuneração contabilística da dívida das subconcessionárias correspondente aos troços ainda

em construção à qual é aplicada a taxa implícita no caso base de cada contrato, resultante dos

fluxos financeiros não acompanharem a evolução física das obras, sendo que estas taxas

teóricas variam entre os 5% e os 9%.

Outras Prestações de Serviços

O valor realizado no 1º semestre de 2018 foi de 17,1 milhões de euros, o que representa um

decréscimo de 3% (453 mil euros) face ao 1º semestre de 2017.

Gestão Imobiliária e de Espaços Comerciais

Este rendimento no valor de 8,2 milhões de euros corresponde aos valores decorrentes do

arrendamento de Espaços, Subconcessões, Aluguer de Estacionamento, Gestão de

Empreendimentos e Publicidade, tendo registado no 1.º semestre de 2018 um crescimento de

15% face ao mesmo período do ano anterior, maioritariamente devido à evolução positiva dos

segmentos de negócio de espaços e subconcessões.

Telecomunicações

Esta componente engloba a prestação de serviços de telecomunicações ao mercado, aluguer,

manutenção e outros serviços associados à fibra ótica, canal técnico rodoviário, assim como

soluções na área de tecnologias de informação. O volume de negócios deste segmento atingiu

os 6,2 milhões de euros no 1.º semestre de 2018, tendo crescido 10% face ao mesmo período

ano 2017.

Serviços de Engenharia e Transportes

Este segmento engloba as atividades relacionadas com serviços de engenharia de transportes

em projetos multidisciplinares rodoviários e / ou ferroviários, e respetivas soluções de

mobilidade, a nível nacional e internacional.

Outras prestações de serviços Grupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Gestão Imobiliária e de Espaços Comerciais 7.187 8.232 15%

Telecomunicações 5.617 6.158 10%

Serviços de Engenharia e Transporte 1.879 69 -96%

Terminais de Mercadorias 1.408 1.178 -16%

Licenciamentos 554 434 -22%

Direito Exploração Áreas Serviço 654 675 3%

Outros Serviços 336 437 30%

Total 17.636 17.183 -3%

unidade: milhares de euros

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 61

O volume de negócios deste segmento foi no 1.º semestre de 2018 de apenas 69 mil euros, o

que reflete a orientação estratégica de enfoque dos recursos da IP Engenharia no Programa

de Investimentos Ferrovia 2020, ou seja, na prestação de serviços intra-grupo.

Terminais de Mercadorias

A exploração dos Terminais Ferroviários de Mercadorias traduziu-se numa receita no 1.º

semestre de 2018 de 1,2 milhões de euros, menos 16% do que o verificado em 2017. Este

desvio é resultado de uma baixa da atividade que tem origem nas decisões dos operadores

económicos que desviam a carga para outros meios de transporte e numa quebra da atividade

geral.

Licenciamentos

As alterações introduzidas pelo novo regime jurídico do Domínio Público Rodoviário,

designadamente no que diz respeito à utilização privativa do mesmo e ao procedimento de

regularização de acessos, teve algum impacto nos cidadãos e empresas, o que veio a

determinar que a Assembleia da República decidisse, através da Lei do Orçamento de Estado

para 2017, suspender o procedimento de regularização de acessos nos termos previstos no

artigo 4.º, da Lei n.º 34/2015, bem como suspender os procedimentos para aplicação e

cobrança das taxas previstas na Portaria n.º 57/2015. Como consequência desta determinação

resulta a eliminação de parte significativa da receita de licenciamento rodoviário até que seja

revogada a suspensão da referida portaria.

A receita no 1.º semestre de 2018 foi de 434 mil euros, o que representa um descréscimo de

22% face a 2017.

Àreas de Serviço

No 1.º semestre de 2018 a receita das áreas de serviço foi de 675 mil euros (+3%), o que reflete

o aumento das rendas variáveis resultante da maior procura no consumo de combustíveis.

5.1.2 Indemnizações Compensatórias

O rendimento correspondente às indemnizações compensatórias, para o 1.º semestre de 2018,

foi de 31,5 milhões de euros, inferior em 8% ao valor obtido no mesmo período do ano anterior.

Este montante é o estipulado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 10 – A/2016, em

conformidade com o estabelecido no Contrato Programa celebrado entre a IP e o Estado

Português, em março de 2016, para a prestação de serviço público ferroviário.

unidade: milhares de euros

1.º S 2017 1.º S 2018 Δ% 18/17

Indemnizações Compensatórias 34 208 31 452 -8%

Rendimentos

GRUPO IP

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 62

5.1.3 Outros Rendimentos e Ganhos

O valor realizado de Outros Rendimentos e Ganhos foi no 1.º semestre de 2018 de 43,5 milhões

de euros, mais 5% face ao valor verificado no 1.º semestre de 2017.

Destaca-se o aumento de 1,5 milhões de euros (+5%) em Subsídios para Investimento. Nesta

rubrica são registados os subsídios não reembolsáveis obtidos para financiamento do

investimento em ativos fixos tangíveis e intangíveis, sendo reconhecidos como um proveito

diferido.

5.2 GASTOS OPERACIONAIS

No 1.º semestre de 2018 os gastos operacionais do Grupo IP ascenderam a 467,2 milhões de

euros, tendo-se verificado uma ligeira diminuição face ao mesmo período do ano anterior.

Outros Rendimentos e Ganhos Grupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Subsídios para exploração 457 - 36 -108%

Subsídios para investimento 31.595 33.125 5%

Alienação de Património 2 16 749%

Venda de resíduos 1.200 1.345 12%

Outros rendimentos 8.151 9.020 11%

Total 41.405 43.469 5%

unidade: milhares de euros

Gastos Operacionais Grupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 133.926 134.753 1%

Fornecimentos e serviços externos 117.231 117.810 0%

Conservação, Reparação e Segurança Rede Rodoviária 42.288 38.238 -10%

Conservação, Reparação e Segurança Rede Ferroviária 25.692 26.740 4%

Outros FSE 49.252 52.833 7%

Gastos com o pessoal 66.169 68.032 3%

Imparidades (perdas/ reversões) - 599 - 957 60%

Gastos/ reversões de depreciação e de amortização 139.486 139.638 0%

Provisões (aumentos/ reduções) 8.283 4.324 -48%

Outros gastos e perdas 3.386 3.629 7%

Total dos Gastos Operacionais 467.883 467.229 -0,1%

unidade: milhares de euros

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 63

5.2.1 Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (CMVMC)

No período em análise os gastos globais com o CMVMC apresentam um aumento de 0,6%

face a 2017, o que resulta dos seguintes fatores:

Diminuição da atividade de construção da rede subconcessionada e, em sentido

inverso, um incremento da atividade de construção de novas infraestruturas rodoviárias

(rede própria IP), aumento dos gastos em 6,6 milhões de euros;

Aumento do consumo de materiais para Manutenção Ferroviária (+1,3 milhões de

euros);

Aumento do consumo de materiais para Investimento nas Infraestruturas Ferroviárias

(+1,7 milhões de euros);

5.2.2 Fornecimento e Serviços Externos

Conservação, Reparação e Segurança Rodoviária

Os gastos totais com a conservação, reparação e segurança rodoviária foram, no 1º semestre

de 2018, de 38,2 milhões de euros, menos 4,1 milhões de euros (-10%) do que no período

homólogo.

A Conservação Periódica de Estradas corresponde ao reconhecimento do acréscimo de

responsabilidade da IP dos gastos necessários à manutenção do nível de serviço das vias e

obras de arte que lhe é imposto pelo seu Contrato de Concessão. Com base em levantamentos

técnicos de necessidades de reparação e do controlo de um índice de qualidade médio das

vias e obras de arte é apurado um gasto anualizado de 53 milhões de euros para a manutenção

programada a desenvolver que permita, a manutenção do índice de qualidade médio da rede

nos valores em que a mesma foi recebida.

Custo das mercadorias vendidas e das matérias

consumidasGrupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Rede Subconcessionada 14.491 818 -94%

Novas Infraestruturas rodoviárias 7.000 13.631 95%

Portagens Concessões Estado 110.415 115.288 4%

Consumo de Materiais para Manutenção Ferroviária 1.695 2.994 77%

Consumo de Materiais para Investimento Ferroviário 326 2.023 521%

Total 133.926 134.753 0,6%

unidade: milhares de euros

Conservação, Reparação e Segurança da Rede

RodoviáriaGrupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Conservação Periódica de Estradas 26.500 26.500 0%

Segurança Rodoviária 1.384 5.467 295%

Conservação Corrente de Infraestruturas 14.404 6.271 -56%

Total 42.288 38.238 -10%

unidade: milhares de euros

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 64

As novas atividades de Segurança Rodoviária têm suporte no Plano de Segurança

Rodoviária, que compreende intervenções no âmbito da sinalização vertical e horizontal,

semáforos e colocação de novas barreiras de segurança, entre outras, e registaram um gasto

de 5,4 milhões de euros no 1º semestre de 2018, mais 4 milhões de euros (295%) que no 1º

semestre de 2017. Este aumento deve-se ao início das empreitadas de Marcação Rodoviária

e Sinalização Vertical terem sido iniciadas em julho e setembro de 2017 respetivamente.

A Conservação Corrente corresponde aos gastos do exercício com intervenções de

conservação corrente de vias e obras de arte com o objetivo de manter as condições de

conforto de circulação, evitando a degradação das infraestruturas e da qualidade do serviço. A

realização no período em análise foi de 6,2 milhões de euros (-56% face ao 1º semestre de

2017).

Conservação, Reparação e Segurança Ferroviária

Para assegurar a manutenção e reabilitação da Rede Ferroviária Nacional (RFN), cumprindo

os níveis de serviço previstos, a IP dispõem de vários contratos de Prestação de Serviços de

Manutenção.

A maioria destes contratos são plurianuais e contemplam intervenções nas vertentes de

Manutenção Preventiva Sistemática (MPS), Manutenção Preventiva Condicionada (MPC) e

Manutenção Corretiva (MC), nas especialidades de via, sinalização, catenária, baixa tensão,

subestações, construção civil, passagens de nível, e elevadores e escadas rolantes.

Estes contratos de Prestação de Serviços de Manutenção caracterizam-se por:

Contratos de abrangência geográfica nacional, em lote único ou em lotes que

abrangem mais do que uma unidade orgânica regional;

Contratos de abrangência geográfica nacional, desenvolvidos centralmente e divididos

em diversos lotes, circunscritos às unidades orgânicas regionais;

Contratos de âmbito regional/local.

Os gastos totais com a conservação, reparação e segurança ferroviária foram, no 1.º semestre

de 2018, de 26,7 milhões de euros, ou seja, mais 4% do que o verificado em 2017, conforme

se pode verificar no quadro seguinte, com desagregação por especialidade:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 65

Outros Fornecimentos e Serviços Externos

Os Outros Fornecimentos e Serviços Externos atingiram o montante de 52,8 milhões de euros

no 1.º semestre de 2018, o que representa um aumento de 7% face ao valor verificado no

mesmo período do ano anterior.

Outros Fornecimentos e Serviços Externos Grupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

O&M Subconcessões EP 13.607 14.434 6%

Encargos de Cobrança Portagens 9.253 8.667 -6%

Encargos de Cobrança da CSR 6.664 6.671 0%

Energia Eléctrica 4.583 5.041 10%

Energia Eléctrica para Tração 1.335 3.413 156%

Honorários, Consultoria e Out. Trab. Especializados 996 1.246 25%

Frota Automóvel 3.001 3.348 12%

Vigilância 2.587 2.676 3%

Informática 1.228 1.129 -8%

Limpeza 1.185 1.552 31%

Deslocações e Estadias 148 146 -2%

Transportes de Pessoal 303 442 46%

Comunicações 229 150 -35%

Outros FSE 4.132 3.919 -5%

Total 49.252 52.833 7%

unidade: milhares de euros

Conservação, Reparação e Segurança da Rede

FerroviáriaGrupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Via 9.043 9.858 9%

Sinalização 7.874 7.425 -6%

Telecomunicações 2.128 1.801 -15%

Catenária 2.229 2.301 3%

Baixa Tensão 741 974 31%

Subestações 326 404 24%

Construção Civil 1.115 2.173 95%

Passagens de Nível 274 279 2%

Recuperação de Materiais 173 133 -23%

Comboio Socorro 448 551 23%

Elevadores e Escadas Rolantes 368 349 -5%

Outros 971 493 -49%

Total 25.692 26.740 4%

unidade: milhares de euros

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 66

O&M Subconcessões

Os encargos com operação e manutenção de subconcessões resultam do reconhecimento

contabilístico dos custos de operação e manutenção efetuada pelas subconcessionárias no

âmbito dos contratos de subconcessão em vigor.

O crescimento (6%) deste gasto no período em análise, face ao período homólogo de 2017,

reflete a evolução de gastos com O&M prevista nos modelos financeiros dos contratos de

subconcessão, registando alinhamento com as projeções para o período.

Encargos de Cobrança de Portagens

Esta rubrica incorpora o pagamento de remuneração variável (fee) e o acerto mensal de contas

(compensação de custos) da rede portajada.

No 1.º semestre de 2018, verificou-se uma redução de 6% face ao período homólogo de 2017.

A evolução destes encargos face ao período homólogo do ano anterior não está em

conformidade com a evolução do valor das portagens, justificado maioritariamente:

Pelo registo em 2017 de valores cobrados relativos ao Easytoll dos anos de 2015 e

2016;

Pela retenção inferior de custos de cobrança no 1º semestre de 2018 da operadora de

portagens da A23 (Portvias) comparativamente com o período homólogo de 2017.

Encargos de Cobrança da Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR)

Os encargos de cobrança da CSR correspondem ao valor de 2% da CSR retido pela Autoridade

Tributária, em contrapartida da prestação do serviço de apuramento e cobrança da CSR. Estes

encargos de cobrança são uma percentagem do valor cobrado, pelo que a sua evolução é

exatamente a mesma verificada nos rendimentos.

Energia

Esta rubrica contempla o valor relativo à energia elétrica e à eletricidade de tração do material

circulante, a fornecer aos operadores ferroviários. O consumo de energia no período em análise

atingiu um montante de 8,5 milhões de euros, com um desvio de +43% face ao mesmo período

do ano anterior, devido essencialmente à componente de energia de tração.

Este desvio é devido essencialmente ao facto de se ter verificado no 1.º semestre de 2017

algum atraso no processo de registo e contabilização de faturas, situação que foi corrigida no

2.º semestre de 2017.

Frota Automóvel

Os gastos com a frota automóvel, em termos gerais, registaram um aumento de 347 mil euros

(+12%) face ao valor realizado no período homólogo de 2017.

No que se refere ao aumento há a referir que os aumentos verificados incidem sobre as

empresas IPE, IPT e, essencialmente, a IPP:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 67

No que refere à IPE o aumento registado, de 65% cerca de 84 mil euros, é justificado

pelo registo, no primeiro semestre de 2018, de montantes referentes a especialização

de gastos. Verifica-se ainda o aumento da quantidade de viaturas afetas ao parque

automóvel desta empresa;

Para a empresa IPT verifica-se um aumento de 31%, cerca de 40 mil euros, devido á

substituição de viaturas antigas por viaturas novas, tendo-se registado gastos

adicionais associados ao recondicionamento de viaturas entregues. Por outro lado

verifica-se um aumento de 5 viaturas afetas ao parque automóvel da empresa;

Para a empresa IPP verifica-se um aumento de cerca de 43 mil euros devido à

substituição de viaturas antigas por viaturas novas, tendo-se registado gastos

adicionais associados ao recondicionamento de viaturas entregues e um aumento de

8 viaturas (de 7 viaturas passam a ser 15) afetas ao parque automóvel da empresa

quando comparado com o período homólogo;

Refere-se ainda o aumento generalizado, em todas as empresas do Grupo IP, da

rubrica de combustíveis, devido ao aumento do preço do combustível. De destacar a

redução de 15% nos quilómetros percorridos pelas viaturas do grupo IP no período em

análise quando comparado com o mesmo período de 2017.

Vigilância e Segurança

No que diz respeito à vigilância e segurança, esta rubrica agrega maioritariamente o contrato

de vigilância humana para a IP, nas componentes de edifícios de serviços administrativos e

centros operacionais, mas também gastos de outra natureza como a manutenção do controlo

de acessos, manutenção de extintores e carreteis, assim como serviços de vigilância ocasional,

entre outros.

Os gastos com vigilância e segurança no 1.º semestre de 2018 foram de 2,7 milhões de euros,

em linha com o verificado no período homólogo de 2017.

Honorários, Consultorias e Outros Trabalhos Especializados

Esta rubrica registou, durante o 1.º semestre do ano, um valor de 1,2 milhões de euros, o que

representa mais 250 mil euros do que o valor gasto em 2017.

Informática

No 1.º semestre de 2018 foram gastos 1,1 milhões de euros, menos 100 mil euros que no

período homólogo.

Limpeza

Na rubrica onde se registam os serviços de higiene e limpeza verifica-se, no 1.º semestre de

2018, um aumento de 31% face ao realizado no mesmo período do ano de 2017.

Este aumento é justificado pela saída de colaboradores afetos ao serviços de limpeza de

instalações que, pela idade, optaram pela reforma tendo rescindido o seu contrato com a IP.

Nestes casos, uma vez que não existem, na empresa, colaboradores disponíveis que exerçam

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 68

esta função, as instalações ficam sem limpeza, sendo necessário incluir os espaços no contrato

de higiene e limpeza em vigor.

Com o inicio do novo contrato de limpeza, o valor da mensalidade aumentou, quando

comparado com o contrato anterior, uma vez que se verificou um aumento no valor de mão-de-

obra.

Deslocações e Estadas

Esta rubrica engloba os alojamentos nacionais, deslocações internacionais, incluindo estas

passagens aéreas e respetivo alojamento no estrangeiro.

Verificou-se no 1.º semestre de 2018 uma execução de 146 mil euros, o que representa uma

redução de 2% face ao verificado no período homólogo de 2017, e que traduz o esforço na

contenção dos gastos desta natureza.

5.2.3 Gastos com Pessoal

No 1.º semestre de 2018 os gastos com pessoal do Grupo IP são 68 milhões de euros e

aumentaram aproximadamente 1,9 milhões de euros face ao período homólogo de 2017

(2,8%), sobretudo devido ao incremento nas Remunerações, 52 milhões de euros no 1º

semestre de 2018, quando em 2017 tinham sido gastos 50,8 milhões de euros.

O número de efetivo médio do Grupo diminuiu de 3.712 em Junho de 2017 para 3.678 neste

semestre, a reposição de Direitos Adquiridos (progressões de carreira automáticas e acréscimo

de diuturnidades) iniciada no 2º semestre de 2017 e concretizada a 100% a partir de Janeiro

de 2018 motivou, por si só, um acréscimo de custos no valor de 3,7 milhões de euros e

contrariou o resultado das saídas de pessoal.

Para a segunda metade de 2018, perspetiva-se que este efeito seja agravado quando a

avaliação de desempenho de 2017 estiver concluída e for possível efetivar as progressões na

carreira vencidas de 1 de Janeiro de 2018 em diante. Assim, os gastos totais com pessoal no

Grupo atingirão os 142,1 milhões de euros, não contando com a dotação para Rescisões por

Mútuo Acordo, sendo que o impacto previsto para os Direitos Adquiridos é de 9,5 milhões de

euros.

A estrutura de efetivos do Grupo IP apresenta-se no gráfico abaixo:

unidade: milhares de euros

Gastos com Pessoal Grupo IP Grupo IP Δ% 18/17

1.º S 2017 1.º S 2018

Gastos com Pessoal 65.613 67.674 3%

Rescisões 556 358 -36%

Total 66.169 68.032 2,8%

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 69

5.2.4 Imparidades (Perdas / Reversões)

No 1.º semestre de 2018 os movimentos de imparidades foram, em termos globais, de 957 mil

euros, mais 358 mil euros face ao mesmo período do ano anterior.

5.2.5 Gastos / Reversões de Depreciação e Amortização

O valor registado de gastos de depreciação e amortização foi de 139,6 milhões de euros no 1.º

semestre de 2018, ou seja, manteve-se em linha com o mesmo valor verificado no mesmo

período do ano anterior (139,5 milhões de euros), o que resulta essencialmente da atualização

das projeções de investimento total, já realizado ou a realizar no futuro, no âmbito da

Concessão entre a IP e o Estado, amortizado em função da melhor estimativa das receitas a

gerar no período da concessão.

5.2.6 Provisões (Aumentos / Reduções)

O valor total dos gastos com aumentos / reduções de provisões no período em análise

ascendeu a 4,3 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 48% face ao verificado

no mesmo período do ano anterior. Esse desvio deveu-se essencialmente à redução do valor

de provisão referente às expropriações.

5.2.7 Outros Gastos e Perdas

Os Outros Gastos e Perdas registaram no 1.º semestre de 2018 o valor de 3,6 milhões de

euros, o que representou um aumento de 243 mil euros face a igual período de 2017.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 70

5.3 ESTRUTURA PATRIMONIAL

No final do 1.º semestre de 2018, o Ativo total ascendia a 28.723 milhões de euros (aumento

de 591,4 milhões de euros face a 31.12.2017), maioritariamente constituído pelo ativo intangível

respeitante à rede de infraestruturas rodoviárias e pelo Concedente - Estado - Conta a receber,

referente ao valor da Atividade em Investimentos de Infraestrutura de Longa Duração (ILD) na

Ferrovia.

O Capital Próprio totalizava, a 30 de junho de 2018, 5.937 milhões de euros (21% do Ativo) e o

Passivo total ascendia 22.786 milhões de euros (79% do Ativo).

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 71

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 72

6. GESTÃO FINANCEIRA E DÍVIDA

6.1 GESTÃO FINANCEIRA

Grupo IP

Em 2018 manteve-se a centralização da gestão financeira das empresas do Grupo IP na esfera

da Direção de Finanças e Mercados da IP.

O principal objetivo deste enquadramento visa a gestão integrada dos recursos financeiros do

Grupo com vista à otimização dos fluxos entre as empresas subsidiárias e a empresa-mãe. É

condição suficiente que cada empresa subsidiária gira os recursos financeiros que garantam a

sua atividade, mas é condição necessária que sejam maximizados de forma a contribuírem

para a sustentabilidade económico-financeira da empresa-mãe.

Com a centralização da gestão financeira pretende-se igualmente uniformizar práticas e

procedimentos quer em termos de gestão de tesouraria quer em termos de produção de

informação de gestão para apoio à decisão.

É preocupação do Grupo IP que os processos associados à gestão financeira sejam

desenhados dentro do quadro legal em vigor que impende sobre empresas do sector público

empresarial (Decreto-lei nº133/2013) que impõe a obrigatoriedade de aplicar o princípio da

Unidade de Tesouraria do Estado (artigo 28º) e restrições à contratação de operações de

financiamento (artigo 29º).

O Grupo IP terminou o semestre com um total de disponibilidades de 448,2 milhões de euros.

A 27 de junho de 2018 realizou-se, na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, o registo

da fusão por incorporação da GIL - Gare Intermodal de Lisboa S.A, na IP Património -

Administração e Gestão Imobiliária, S.A, reportando-se os efeitos contabilísticos e fiscais a 1

de janeiro de 2018.

A fusão surge no âmbito do esforço de racionalização do Setor Publico Empresarial e tem como

principais objetivos, a otimização da gestão dos recursos patrimoniais de modo a proporcionar

o aumento do nível global de rendimentos do Grupo IP e a implementação de um processo

eficaz de racionalização da gestão do património concentrando a atividade de administração e

gestão do património imobiliário numa única empresa.

IP 422,7

IPE 3,2

IPP* 11,3

IPT 10,9

Total 448,2

* inclui GIL

Disponibilidades

unidade : milhões de euros

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 73

IP

A atividade de gestão financeira da IP, para além de ser desenvolvida à luz do quadro legal que

vigora para as empresas do sector público empresarial (Decreto-lei nº133/2013), desde 2012,

tem também em consideração a legislação aplicável às entidades públicas reclassificadas

(EPR) com impactos indiretos sobre a gestão dos recursos financeiros.

Até à data da fusão jurídica (1 de junho de 2015), tanto a REFER como a EP gozavam do

estatuto de Entidade Pública Reclassificada (EPR), circunstância que a fusão não veio alterar

para a IP.

O Orçamento do Estado para 2018 (OE 2018), aprovado através da Lei n.º 114/2017, de 29 de

dezembro, incluiu necessidades globais de financiamento da IP no valor de 1.143 milhões de

euros.

A IP executou o seu orçamento através da aplicação da Lei n.º8/2012 (Lei dos Compromissos

e Pagamentos em Atraso) e legislação conexa, cumprindo a obrigação de comprometer toda e

qualquer despesa previamente à sua realização tendo como limites as dotações afetas às

diversas rubricas orçamentais inscritas no OE 2018.

De referir que, a aplicação de cativos (83,7 milhões de euros) sobre determinadas rubricas de

despesa de acordo com o disposto no artigo n.º4 da Lei do OE 2018 e de cativos adicionais

(18,2 milhões de euros) conforme o estabelecido no artigo n.º 5 do Decreto-Lei n.º 33/2018 de

15 de maio de 2018, veio condicionar a atividade da IP. Com efeito, o montante total de cativos

aplicados à IP de 101,9 milhões de euros concentrou-se no Orçamento de Atividade ficando

excluído desta aplicação o Orçamento de Projetos, mas com restrições na utilização das

dotações do Orçamento de Projetos dependente de autorização da Tutela Setorial.

Para mitigar esta situação a IP solicitou:

Autorização para a transição do saldo de gerência de 2017, no montante de cerca de

348,4 milhões de euros, conforme estipulado no artigo 16º do Decreto-Lei n.º 25/2017

de 3 de março, a qual foi aprovada em junho;

Autorização para efetuar a alteração orçamental de reforço da componente de

Manutenção da Rede Ferroviária, a qual foi objeto de um corte orçamental muito

significativo (57,7 milhões de euros) em sede de Orçamento do Estado aprovado,

conforme estipulado no n.º 15 do artigo 4º da LEO2018. A dotação orçamental nesta

rubrica, de 38,2 milhões de euros, ficou manifestamente aquém das necessidades

verificadas, ao que acresce o facto de, no ano de 2018, este orçamento ter de ser

reforçado devido ao Plano de combate a incêndios (gestão de faixas combustíveis).

Este reforço foi feito por compensação das rubricas de Concessões, Manutenção e

Investimentos na Rede Rodoviária, e autorizada no final de março.

Foi assim neste contexto que a IP geriu a sua atividade procurando minimizar os riscos de

execução orçamental, sendo de destacar os seguintes eventos com impacto determinante quer

do lado da receita quer do lado da despesa:

Aumento de capital no montante de 740 milhões de euros dos quais 660,3 milhões de

euros para cobertura dos investimentos (incluindo PPP’s) sendo o restante para fazer

face ao serviço da dívida;

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 74

Recebimento da Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR) deduzido dos custos de

cobrança no montante líquido de 266,5 milhões de euros;

Recebimento de Portagens deduzido dos respetivos custos de cobrança no montante

líquido de 167,4 milhões de euros;

Recebimento de Indemnizações Compensatórias no montante de 25,8 milhões de

euros;

Pagamentos de investimento em PPP os quais ascenderam a 878,4 milhões de euros;

Pagamentos de investimento decorrentes do Ferrovia 2020, PETI3+ Rodoviário e

Planos de Proximidade (rodovia e ferrovia) no montante de 34,2 milhões de euros;

Recebimentos de Fundos Comunitários no montante de 9,5 milhões de euros;

Os encargos financeiros totalizaram 42,3 milhões de euros;

As amortizações de empréstimos ascenderam a 37,4 milhões euros.

Através do ofício nº 1368 de 6 de março de 2018 da Direção Geral do Tesouro e Finanças

(DGTF), foi concedida nova moratória no pagamento do serviço da dívida dos empréstimos do

Estado com vencimento em 30 de novembro de 2017, para até 31 de maio 2018, com efeitos

a 30 de novembro de 2017. Os diferimentos concedidos não estão sujeitos ao pagamento de

juros.

Na sequência dos contatos estabelecidos com a DGTF, aguarda-se pela conclusão da

formalização da nova moratória relativa ao pagamento do serviço da dívida dos empréstimos

do Estado com vencimento em 31 de maio de 2018, para até 30 de novembro 2018, com efeitos

a 31 de maio de 2018. Prevê-se igualmente que os diferimentos a conceder não estarão sujeitos

ao pagamento de juros.

6.2 ESTRUTURA DA DÍVIDA FINANCEIRA DO GRUPO IP

Em junho de 2018, a dívida financeira do Grupo IP, em termos nominais, ascendia a 8.003

milhões de euros, o que significa um decréscimo de 37,4 milhões de euros face aos 8.040

milhões de euros de dezembro de 2017, conforme quadro seguinte

A redução da dívida acima mencionada (37,4 milhões de euros) teve origem no valor das

amortizações dos empréstimos BEI contraídos pela IP.

As operações de aumento de capital no primeiro semestre de 2018 na IP totalizaram 740

milhões de euros e ocorreram conforme quadro abaixo:

unidade: milhões de euros

Tipo de Empréstimos 31-12-2017 30-06-2018

BEI 1.100 1.062

Empréstimos do Estado 4.716 4.716

Eurobond 2.225 2.225

Total 8.040 8.003

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 75

Estas operações visaram a cobertura das seguintes necessidades de financiamento da IP:

Serviço da dívida, excluindo a respeitante aos empréstimos contraídos junto do Estado

Português, no valor de 79,7 milhões de euros;

Investimento no valor de 660,3 milhões de euros.

Em termos do peso relativo por tipologia de empréstimo, o Grupo IP apresentava a seguinte

decomposição (em 2018, apenas a IP é detentora de responsabilidades com empréstimos):

O peso da dívida financeira do Grupo IP que beneficia de garantia do Estado Português é de

33% do total da dívida. Neste universo, encontram-se a totalidade dos empréstimos BEI e três

emissões obrigacionistas que totalizam 1,6 mil milhões de euros.

unidade: euros

Data

Capital Social (DL91/2015) 01-jun-15 2.555.835.000

Aumentos:

2015 539.540.000

2016 950.000.000

2017 880.000.000

fev-18 450.000.000

abr-18 145.000.000

jun-18 145.000.000

Capital Social 30-06-2018 5.665.375.000

IP

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 76

Os empréstimos concedidos pelo Estado desde 2011 com vencimento em 2016, 2017, 2020 e

2021, têm um período de carência de juros de cerca de 12 meses e um plano de reembolso

que varia entre 8 e 12 prestações de capital iguais e sucessivas. O regime de taxa de juro é o

de taxa fixa.

Os empréstimos BEI, contratados a prazos mais longos, têm um plano de amortização com

prestações de capital, iguais ou diferentes mas sucessivas, permitindo o alisamento do perfil

de amortização da dívida.

Os empréstimos obrigacionistas foram contratados pela IP, a taxa fixa, e o seu reembolso é

efetuado numa única prestação de capital na sua maturidade (bullet).

O reembolso dos empréstimos obrigacionistas ocorrerá em 2019, 2021, 2024, 2026 e 2030,

elevando o risco de refinanciamento nesses anos.

Como se pode observar no gráfico seguinte, as amortizações previstas para 2018 apresentam

um valor bastante superior aos anos seguintes, refletindo a moratória até novembro sobre o

serviço da dívida dos empréstimos do Estado.

A carteira de dívida atual, por regime de taxa de juro, a 30 de junho de 2018 e final de dezembro

de 2017, era a seguinte:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 77

Em 30 de junho de 2018, o Grupo IP não detinha qualquer instrumento de gestão de risco

financeiro. No entanto, face à composição da carteira, considera-se que o nível de risco de taxa

de juro a que a IP está exposta é reduzido.

6.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Para a análise dos resultados financeiros, considera-se a ótica do Resultado Financeiro Global

que parte dos resultados financeiros constantes na Demonstração do Rendimento Integral e

ignora os movimentos contabilísticos (réditos) com reflexo na Demonstração da Posição

Financeira relacionados com:

O débito de juros ao Concedente (no caso da ferrovia);

Com a capitalização de juros relacionados com as PPP (no caso da rodovia). Esta ótica

dá a perspetiva real da performance da atividade de gestão de dívida e risco do Grupo.

No quadro abaixo detalha-se a performance financeira do grupo IP em 30 de junho de 2018 e

30 de junho de 2017.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 78

A 30 de junho de 2018, o Resultado Financeiro Global do Grupo IP ascendeu a -162,4 milhões

de euros traduzindo um desagravamento de 17,6 milhões de euros face ao ano anterior.

Para a evolução positiva face ao período homólogo destaca-se o decréscimo dos encargos

financeiros relativos à Alta Prestação, tanto na componente de concessões como de

subconcessões. Recorde-se que a diminuição dos encargos financeiros subjacentes às

subconcessões resulta da atualização financeira da dívida às subconcessionárias pela obra /

serviços prestados, a qual tem vindo a reduzir-se com os pagamentos de disponibilidade no

segmento de alta prestação.

Se ao Resultado Financeiro Global se retirar a componente associada a Subconcessões por

se tratar de encargos com a atualização financeira da dívida às subconcessionárias não

consubstanciada em contratos de financiamento celebrados pela ex-EP, aquele agregado

totalizaria -74,3 milhões de euros contra os -82,5 milhões de euros em junho de 2017, refletindo

uma recuperação de 8,1 milhões de euros cujo principal fator explicativo é a redução do stock

de dívida dos empréstimos BEI e as sucessivas moratórias sobre o serviço da dívida dos

empréstimos contraídos junto do Estado, as quais isentam a aplicação de juros sobre os

respetivos diferimentos.

Por último, em setembro do ano passado e na sequência da melhoria da perspetiva do rating

da República Portuguesa, a agência de rating internacional Moody’s Investors Service alterou

igualmente a perspetiva do rating da IP de Stable para Positive mantendo a notação de risco

em Ba2, como consequência de 4 fatores:

Papel crítico que a IP desempenha na gestão das redes ferroviária e rodoviária de

Portugal;

unidade: milhões de euros

Variação

jun-18 jun-17 2018/2017

Resultado Financeiro da Atividade Investimento -46,9 -57,3 10,4

Ganhos financeiros 0,0 0,0

Perdas financeiras* -46,9 -57,3 10,4

Resultado Financeiro da Atividade Gestão de Infraestruturas -15,5 -9,4 -6,1

Ganhos financeiros 0,0 0,1 -0,1

Perdas financeiras -15,5 -9,5 -6,0

Resultado Financeiro Alta Prestação -97,9 -111,9 14,0

Ganhos financeiros 0,0 0,0 0,0

Perdas financeiras - Subconcessões -88,1 -97,6 9,5

Perdas financeiras - Concessões do Estado -9,8 -14,3 4,5

Resultado Financeiro Gestão Rede Rodoviaria -2,2 -1,5 -0,6

Ganhos financeiros 0,0 0,0 0,0

Perdas financeiras -2,2 -1,5 -0,6

Resultado Financeiro Global -162,4 -180,1 17,6

Valor imputado - Concedente Estado* 46,9 57,3 -10,4

Resultado Financeiro (Demonstração de Rendimento Integral) -115,6 -122,8 7,2

RF Global gestão directa -74,3 -82,5 8,1

Resultado Financeiro

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 79

Supervisão efetiva por parte do Governo tendo como corolário, a inclusão da IP no

perímetro de consolidação orçamental do Estado;

Expetativa de que o Estado continuará a assegurar atempadamente o suporte

financeiro que se afigure necessário;

Manutenção de elevado nível de endividamento e insuficiente capacidade de geração

de cash-flow.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 80

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 81

7. EVENTOS SUBSEQUENTES

A 4 de setembro de 2018, no decorrer do habitual processo de inspeção fiscal relativamente ao

ano de 2014 da extinta EP, foi emitido Relatório de Inspeção Tributária pela AT originando

liquidações adicionais e juros no montante de 248.308 m€ e 12.475 m€, respetivamente.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 82

Almada, 27 de Setembro de 2018

O Conselho de Administração Executivo,

Presidente António Carlos Laranjo da Silva

Vice - Presidente José Saturnino Sul Serrano Gordo

Vice - Presidente Carlos Alberto João Fernandes

Vogal Alberto Manuel de Almeida Diogo

Vogal Vanda Cristina Loureiro Soares Nogueira

Vogal Alexandra Sofia Vieira Nogueira Barbosa

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018 I Relatório de Gestão

I. 83

PARTE II – DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS E NOTAS

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 84

ÍNDICE - PARTE II

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONDENSADAS CONSOLIDADAS E NOTAS .................... 86

DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO .............................................................................................. 87

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONDENSADAS CONSOLIDADAS ..................................... 88

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONDENSADAS CONSOLIDADAS PARA O

PRIMEIRO SEMESTRE DE 2018 ............................................................................................ 95

1. NOTA INTRODUTÓRIA ........................................................................................................... 96

1.1 ATIVIDADE DA EMPRESA MÃE ...................................................................................... 96

1.2 ATIVIDADES DAS EMPRESAS DO GRUPO IP ............................................................... 97

1.3 OUTRAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS ..................................................................... 98

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ..........................................100

2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO .........................................................................................100

2.2 BASES DE CONSOLIDAÇÃO E POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ...................................101

2.3. COMPARABILIDADE .......................................................................................................101

2.4. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS UTILIZADAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .....103

2.5. PRINCIPAIS JULGAMENTOS NA APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

RELEVANTES.................................................................................................................105

3. POLÍTICAS DE GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO ..............................................................106

4. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO .....................................................................111

5. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS ........................................................................................112

6. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS ....................................................................................................118

7. ATIVOS INTANGÍVEIS ............................................................................................................120

8. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS .............................................................123

9. DIFERIMENTOS .....................................................................................................................126

9.1 SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO - DIREITO CONCESSÃO RODOVIÁRIO ....................127

10. CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER .......................................................................128

10.1 OUTRAS CONTAS A RECEBER .....................................................................................129

10.2 CLIENTES .......................................................................................................................130

11. CONCEDENTE – ESTADO – CONTA A RECEBER ................................................................131

12. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS ..............................................................................131

13. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA ...........................................................133

14. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA .....................................................................................133

15. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS ............................................................................................135

16. PROVISÕES ...........................................................................................................................136

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 85

17. FINANCIAMENTOS OBTIDOS ...............................................................................................137

17.1 FINANCIAMENTOS OBTIDOS ........................................................................................137

17.2 FINANCIAMENTOS DO ACIONISTA/ SUPRIMENTOS ...................................................140

18. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR ...............................................................145

18.1 FORNECEDORES ...........................................................................................................145

18.2 OUTRAS CONTAS A PAGAR ..........................................................................................145

19. VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS ....................................................................................146

20. INDEMNIZAÇÕES COMPENSATÓRIAS ................................................................................147

21. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS ......................147

22. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS ......................................................................148

23. GASTOS COM O PESSOAL...................................................................................................149

24. IMPARIDADES .......................................................................................................................149

25. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS ..................................................................................150

26. OUTROS GASTOS E PERDAS ..............................................................................................151

27. PERDAS E GANHOS FINANCEIROS ....................................................................................152

28. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO ......................................................................................153

29. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A PARTES RELACIONADAS ....................................................155

29.1 RESUMO DAS PARTES RELACIONADAS .....................................................................155

29.2 SALDOS E TRANSAÇÕES SIGNIFICATIVAS COM ENTIDADES PÚBLICAS ................156

29.3 SALDOS E TRANSAÇÕES COM OPERADORES FERROVIÁRIOS ...............................157

29.4 OPERAÇÕES CONJUNTAS ............................................................................................158

29.5 REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS ......................................158

30 NORMAS CONTABILÍSTICAS E INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS ............161

31 GARANTIAS E AVALES ..........................................................................................................165

32 CONTINGÊNCIAS ..................................................................................................................166

33 COMPROMISSOS ..................................................................................................................168

34 INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS ..........................................................169

35 OUTROS FACTOS RELEVANTES .........................................................................................170

36 EVENTOS SUBSEQUENTES .................................................................................................171

ANEXOS ........................................................................................................................................173

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 86

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONDENSADAS

CONSOLIDADAS E NOTAS

(valores em milhares de euros – m€)

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 87

DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO

Nos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 246.º, n.º 1, alínea c) do Código dos Valores Mobiliários, cada

um dos membros do Conselho de Administração Executivo da Infraestruturas de Portugal, S.A., abaixo

identificados nominalmente, subscreveu a declaração que a seguir se transcreve:

“Declaro, nos termos e para os efeitos previstos no Artigo 246.º, n.º 1, alínea c) do Código de Valores Mobiliários

que, tanto quanto é do meu conhecimento, atuando na qualidade e no âmbito das funções que se me encontram

atribuídas e com base na informação que me foi disponibilizada no seio do Conselho de Administração Executivo,

as demonstrações financeiras semestrais consolidadas foram elaboradas em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, dos fluxos de caixa,

da situação financeira e dos resultados da Infraestruturas de Portugal, S.A., e das empresas incluídas no

perímetro de consolidação, e que o relatório de gestão relativo ao 1.º semestre de 2018 expõe fielmente os

acontecimentos importantes ocorridos naquele período e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras,

contendo igualmente uma descrição dos principais riscos e incertezas.”

O Conselho de Administração Executivo

Presidente António Carlos Laranjo da Silva

Vice - Presidente José Saturnino Sul Serrano Gordo

Vice - Presidente Carlos Alberto João Fernandes

Vogal Alberto Manuel de Almeida Diogo

Vogal Vanda Cristina Loureiro Soares Nogueira

Vogal Alexandra Sofia Vieira Nogueira Barbosa

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 88

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONDENSADAS

CONSOLIDADAS

DEMONSTRAÇÃO CONDENSADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 30 DE JUNHO

DE 2018 E 31 DE DEZEMBRO DE 2017

Notas 30-06-2018 31-12-2017

Ativo

Não corrente

Ativos fixos tangíveis 6 58 730 124 666

Propriedades de investimento 3 515 3 843

Ativos intangíveis 7 20 267 969 20 071 928

Goodwill 21 687 21 687

Investimentos financeiros 32 32

Ativos por impostos diferidos 8 237 061 221 949

Diferimentos 9 182 187

20 589 177 20 444 292

Corrente

Inventários 53 794 46 538

Clientes 10 93 806 76 213

Concedente - Estado - Conta a receber 11 5 709 388 5 625 542

Ativo por imposto corrente 12 768 16

Estado e outros entes públicos 12 1 529 374 1 424 813

Outras contas a receber 10 257 175 163 056

Diferimentos 9 646 715

Ativos não correntes detidos para venda 13 40 539 3

Caixa e equivalentes de caixa 14 448 289 350 322

8 133 778 7 687 218

Total do Ativo 28 722 955 28 131 510

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 89

DEMONSTRAÇÃO CONDENSADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 30 DE JUNHO

DE 2018 E 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (CONTINUAÇÃO):

Notas 30-06-2018 31-12-2017

Capital Próprio

Capital e reservas atribuíveis aos detentores de capital:

Capital realizado 15 5 665 375 4 925 375

Reservas 15 33 725 1 909

Resultados acumulados 190 130 116 277

5 889 230 5 043 561

Resultado líquido do período 47 401 105 993

Total do capital próprio 5 936 631 5 149 554

Passivo

Não corrente

Provisões 16 885 338 869 437

Financiamentos obtidos 17.1 2 684 646 3 221 317

Financiamentos do acionista/ Suprimentos 17.2 403 459 534 390

Outras contas a pagar 18.2. 2 195 220 2 370 818

Diferimentos 9 10 418 222 10 480 011

Passivos por impostos diferidos 8 47 25

16 586 932 17 475 997

Corrente

Fornecedores 18.1. 34 633 19 249

Adiantamentos de clientes 8 028 8 049

Estado e outros entes públicos 12 11 775 9 421

Passivo por imposto corrente 12 36 241 47 797

Financiamentos obtidos 17.1 664 354 141 629

Financiamentos do acionista/ Suprimentos 17.2 4 531 860 4 392 482

Outras contas a pagar 18.2 899 802 874 699

Diferimentos 9 12 700 12 633

6 199 393 5 505 959

Total do Passivo 22 786 325 22 981 957

Total do Capital Próprio e do Passivo 28 722 955 28 131 510

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 90

DEMONSTRAÇÃO CONDENSADA DOS RESULTADOS POR NATUREZA CONSOLIDADO DE 01

DE JANEIRO DE 2018 A 30 DE JUNHO DE 2018 E DE 01 DE JANEIRO DE 2017 A 30 DE JUNHO

2017

Notas 30-06-2018 30-06-2017

Vendas e serviços prestados 19 577 257 579 687

Indemnizações Compensatórias 20 31 452 34 208

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 21 - 134 753 - 133 926

Variação nos inventários de produção - 117 -

Fornecimentos e serviços externos 22 - 117 810 - 117 231

Conservação, Reparação e Segurança Rede Rodoviária 22 - 38 238 - 42 288

Conservação, Reparação e Segurança Rede Ferroviária 22 - 26 740 - 25 692

Outros FSE's 22 - 52 833 - 49 252

Gastos com o pessoal 23 - 68 032 - 66 169

Imparidades (perdas) / reversões 24 957 599

Provisões (aumentos) / reduções - 4 324 - 8 283

Outros rendimentos e ganhos 25 43 469 41 405

Outros gastos e perdas 26 - 3 629 - 3 386

Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 324 470 326 904

Gastos/ reversões de depreciação e de amortização 6, 7 - 139 638 - 139 486

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 184 831 187 418

Juros e rendimentos similares obtidos 27 46 878 57 393

Juros e gastos similares suportados 27 - 162 505 - 180 185

Resultados antes de impostos 69 204 64 626

Imposto sobre o rendimento do exercício 28 - 21 803 - 18 275

Resultado líquido consolidado do exercício 47 401 46 351

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 91

DEMONSTRAÇÃO CONDENSADA DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO DE 01 DE

JANEIRO DE 2018 A 30 DE JUNHO DE 2018 E DE 01 JANEIRO DE 2017 A 30 DE JUNHO 2017

30-06-2018 30-06-2017

Resultado líquido consolidado do exercício 47 401 46 351

Outro Rendimento Integral do exercício

Itens não reclassificáveis para resultados

Reexpressão IFRS 9 - Clientes (Líquido de efeito fiscal) - 324 -

Total do Rendimento Integral do período 47 077 46 351

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 92

DEMONSTRAÇÃO CONDENSADA CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS DE 01 DE JANEIRO DE 2018 A 30

DE JUNHO DE 2018 E DE 01 DE JANEIRO DE 2017 A 30 DE JUNHO DE 2017

Capital Reservas Resultados acumulados

Resultado do exercício

Total

Saldo em 31 de dezembro de 2016 4 045 375 531 80 010 37 645 4 163 561

Aplicação de resultado de 2016 - 1 378 36 267 - 37 645 -

Aumentos de capital do semestre findo a 30 de junho de 2017 700 000 - - - 700 000

Resultado integral do semestre findo em 30 de junho de 2017 - - - 46 351 46 351

Saldo em 30 de junho de 2017 4 745 375 1 909 116 277 46 351 4 909 912

Capital Reservas Resultados acumulados

Resultado do exercício

Total

Saldo em 31 de dezembro de 2017 4 925 375 1 909 116 277 105 993 5 149 554

Saldo em 01 de janeiro de 2018 4 925 375 1 909 116 277 105 993 5 149 554

Reexpressão IFRS9 - - - 324 - - 324

Saldo em 01 de janeiro de 2018 (Reexpresso) 4 925 375 1 909 115 953 105 993 5 149 230

Aplicação de resultados de exercícios anterior - 31 816 74 177 - 105 993 -

Aumento de capital 740 000 - - - 740 000

Resultado líquido consolidado do exercício - - - 47 401 47 401

Saldo em 30 de junho de 2018 5 665 375 33 725 190 130 47 401 5 936 631

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 93

DEMONSTRAÇÃO CONDENSADA DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS DE 01 DE

JANEIRO DE 2018 A 30 DE JUNHO DE 2018 E DE 01 DE JANEIRO DE 2017 A 30 DE JUNHO DE

2017

Notas 30-06-2018 30-06-2017

Atividades Operacionais

Recebimentos de clientes 510 396 462 741

Pagamentos a fornecedores - 424 596 - 441 077

Pagamentos ao pessoal - 61 514 - 60 313

Fluxo gerado pelas operações 24 286 - 38 649

(Pagamento)/recebimento de IRC - 71 991 - 25 406

Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à atividade operacional 42 798 2 242

Fluxo das atividades operacionais (1) - 4 908 - 61 812

Atividades de Investimento

Recebimentos provenientes de:

Subsídios de investimento 9 647 453

Ativos tangíveis 1 071 596

10 718 1 049

Pagamentos respeitantes a:

Subsídios de investimento - 82 -

Ativos tangíveis - 29 053 - 18 521

Ativos intangíveis - 538 941 - 486 414

- 568 077 - 504 934

Fluxo das atividades de investimento (2) - 557 359 - 503 886

Atividades de Financiamento

Recebimentos provenientes de:

Dotação de capital 740 000 700 000

740 000 700 000

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos - 37 395 - 45 777

Juros e custos similares - 42 348 - 42 392

- 79 743 - 88 169

Fluxo das atividades de financiamento (3) 660 257 611 831

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)-(2)+(3) 97 991 46 132

Caixa e seus equivalentes no fim do período 14 448 181 356 721

Caixa e seus equivalentes no inicio do período 14 350 191 310 588

Variação de caixa e seus equivalentes 97 991 46 132

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 94

Almada, 27 de setembro de 2018

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Diretora Financeira Presidente António Carlos Laranjo da Silva Maria do Carmo Almiro do Vale Duarte Ferreira

Vice - Presidente José Saturnino Sul Serrano Gordo

Vice - Presidente Carlos Alberto João Fernandes

Contabilista Certificado

Vogal Alberto Manuel de Almeida Diogo Diogo Mendonça Lopes Monteiro

Vogal

Vanda Cristina Loureiro Soares Nogueira

Vogal

Alexandra Sofia Vieira Nogueira Barbosa

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 95

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONDENSADAS CONSOLIDADAS PARA O

PRIMEIRO SEMESTRE DE 2018

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 96

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Infraestruturas de Portugal, S.A. é a empresa pública que resulta da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional

– REFER, E.P.E. (REFER) e a EP - Estradas de Portugal, S.A. (EP) através da qual a REFER incorpora a EP, e

é transformada em sociedade anónima, passando a denominar-se Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP). A fusão

foi consagrada no dia 1 de junho de 2015, na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 91/2015, de 29 de maio.

A consequência imediata da fusão determina que as infraestruturas rodoviárias e ferroviárias passam a ser

geridas por uma única empresa, de acordo com uma estratégia conjunta, integrada e complementar.

O Grupo Infraestruturas de Portugal, adiante designado por Grupo IP ou Grupo, inclui as empresas subsidiárias:

IP Telecom – Serviços de Telecomunicações, S.A. (IP Telecom), que se posiciona como um operador de

telecomunicações e de serviços especializados em sistemas, tecnologias de informação e telecomunicações; a

IP Património – Administração e Gestão Imobiliária, S.A. (IP Património), que atua na área da gestão e

valorização do património imobiliário e património público rodoferroviário do Grupo; a IP Engenharia, S.A. (IP

Engenharia), cuja atividade é a prestação de serviços de engenharia e transporte e a GIL – Gare Intermodal de

Lisboa, S.A. (GIL), ligada à gestão da Estação do Oriente, que em 27 de junho de 2018 foi objeto de fusão por

incorporação na IP Património tendo produzido efeitos retroativos nas componentes contabilística e fiscal a 01

de janeiro de 2018.

O Grupo IP detém ainda participações em duas operações conjuntas, a AVEP – Alta Velocidade de Espanha e

Portugal A.E.I.E.(AVEP), em parceria conjunta com a ADIF – Administrador de Infraestruturas Ferroviárias

(entidade espanhola), cuja atividade respeita à elaboração dos estudos necessários às ligações Madrid-Lisboa-

Porto e Porto-Vigo e no CORREDOR FERROVÁRIO DE MERCADORIAS N.º4 A.E.I.E, (CFM4), em parceria com

a ADIF-Administrador de Infraestruturas Ferroviárias (entidade espanhola), a SNCF – Réseau (entidade

francesa) e a DB Netz AG (entidade alemã), cuja atividade consiste na promoção, no seio dos seus membros,

das medidas que visam a melhoria da competitividade do transporte ferroviário de mercadorias no corredor

ferroviário. O corredor é constituído por troços da infraestrutura ferroviária existentes e planeados entre: Sines-

Setúbal-Lisboa-Aveiro-Leixões / Algeciras – Madrid – Bilbao – Saragoça / Bordéus-La Rochelle–Nantes-Paris –

Le Havre – Metz-Strasburgo e Mannheim, transpondo as fronteiras em Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro,

Elvas/Badajoz, Irun/Hendaye e Forbach/Saarbrücken.

1.1 ATIVIDADE DA EMPRESA MÃE

De acordo com o Decreto-Lei nº 91/2015, a IP tem como atividade principal “… a conceção, projeto, construção,

financiamento, conservação, exploração, requalificação, alargamento e modernização das redes rodoviária e

ferroviária nacionais, incluindo-se nesta última o comando e o controlo da circulação.”

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 97

Para a prossecução da sua atividade, a IP assume a posição de gestor de infraestruturas, nos termos do contrato

de concessão geral da rede rodoviária nacional e do contrato programa da rede ferroviária nacional, ambos

celebrados com o Estado Português.

No desenvolvimento da sua atividade e de forma a garantir um elevado nível de eficiência e eficácia, a IP recorre

a serviços complementares, de áreas de negócio que não estão compreendidas na sua atividade principal, mas

que são realizadas pelas suas empresas participadas.

1.2 ATIVIDADES DAS EMPRESAS DO GRUPO IP

Apresentamos de seguida as atividades desenvolvidas pelas empresas do Grupo IP.

1.2.1 Atividade de operações de telecomunicações

A IP Telecom, com sede em Lisboa, foi constituída em 9 de novembro de 2000, tendo como atividade o

estabelecimento, gestão e exploração de infraestruturas e sistemas de telecomunicações, bem como o exercício

de quaisquer atividades que sejam complementares, subsidiárias ou acessórias daquelas, diretamente ou

através de constituição ou participação em sociedades.

A exploração da infraestrutura de telecomunicação, formalizada através do “Contrato de Concessão da

Exploração da Infraestrutura de Telecomunicações”, celebrado a 28 de fevereiro de 2001 e objeto de posteriores

adenda, aditamento e emenda, foi objeto de revisão a 29 de Fevereiro de 2016.

O atual “Contrato de Subconcessão de Exploração e Gestão da Infraestrutura de Telecomunicações e

Tecnologias de Informação da Infraestruturas de Portugal, S.A.” mantém, revendo os seus termos, a atual

subconcessão de exploração da infraestrutura de telecomunicações, e subconcessiona a exploração do Canal

Técnico Rodoviário construído, ou a construir, sob a administração e gestão da IP.

A IP Telecom tem como atividade assegurar o fornecimento e a prestação de serviços de Sistemas e Tecnologias

de Informação e Comunicações, baseado em soluções inovadoras com foco nas tecnologias Cloud e Segurança

e na principal infraestrutura nacional de telecomunicações, assente em fibra ótica e canal técnico rodoviário, para

o mercado empresarial e organismos públicos.

1.2.2 Atividade de gestão integrada e valorização do património imobiliário do Grupo e valorização do

património público ferroviário (espaços comerciais)

A IP Património tem como objeto atuar no âmbito da aquisição, expropriação, atualização cadastral e alienação

de bens imóveis ou constituição de direitos sobre os mesmos, bem como na rentabilização dos ativos afetos à

concessão ou ao património autónomo do Grupo IP e ainda na gestão e exploração de estações e equipamentos

associados, incluindo a respetiva gestão operacional.

A 27 de junho de 2018, com efeitos contabilísticos e fiscais a 01 de janeiro de 2018, incorporou a GIL - Gare

Intermodal de Lisboa S.A., acumulando a atividade de gestão, manutenção, conservação e limpeza do Complexo

Intermodal de Transportes, designado por Estação do Oriente, prestação de serviços de manutenção, limpeza e

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 98

vigilância à IP, e ao Metropolitano de Lisboa, nas respetivas componentes, cedência de espaços comerciais,

exploração do parque de estacionamento, fornecimento de bens e serviços aos utilizadores dos espaços

comerciais e cedência de espaços e prestação de serviços para a realização de eventos.

1.2.3 Prestação de serviços de engenharia de transportes

A IP Engenharia presta serviços de engenharia de transportes de suporte à atividade da IP e em projetos

multidisciplinares rodoviários e/ou ferroviários, fornecendo soluções de mobilidade com um elevado nível de

integração, quer ao nível nacional quer internacional. Exerce as atividades de cartografia, topografia, assim como

prestação de serviços de gestão integrada de empreendimentos e de fiscalização, bem como na área da gestão

da qualidade, ambiente e segurança.

1.3 OUTRAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

1.3.1 Melhoria da Fachada Corredor Atlântico – CFM 4

Em novembro de 2013, foi constituída entre os gestores da infraestruturas de Portugal (REFER), Espanha

(Administrador de Infraestruturas Ferroviárias - ADIF) e França (Réseau Ferré de France – RFF, atualmente

SNCF Réseau) o CFM4, cujo objetivo assenta no desenvolvimento de um mercado interno ferroviário,

designadamente no que respeita ao transporte de mercadorias, através da criação de corredores dedicados.

O CFM4 abrangia então as linhas férreas existentes e planeadas nos itinerários

Sines/Setúbal/Lisboa/Aveiro/Leixões – Algeciras/Madrid/Bilbao – Bordeaux/Paris/Le Havre/Metz/Strasburgo -

Mannheim, atravessando as fronteiras de Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro, Elvas/Badajoz e Irún/Hendaya e

Forbach / Saarbrucken.

A 1 de janeiro de 2016, com extensão do Corredor Ferroviário de Mercadorias a Mannheim atravessando a

fronteira França/Alemanha em Forbach/Saarbrucken, a Alemanha juntou-se a Portugal, Espanha e França como

parceiro do AEIE – Corredor Atlântico. A nova configuração do Corredor Atlântico comtemplou ainda uma outra

ligação ao porto fluvial de Strasburgo.

A missão do CFM4 passa, num primeiro momento, pela gestão e rentabilização das infraestruturas existentes,

sem investimentos adicionais, através da gestão centralizada da atribuição de capacidade e relacionamento com

os clientes.

Posteriormente, o CFM4 servirá também como palco para articulação entre os países membros no que respeita

aos investimentos nas infraestruturas, ultrapassando barreiras operacionais, técnicas e de interoperabilidade e

aumentando a competitividade do transporte ferroviário de mercadorias.

1.3.2 Alta Velocidade Espanha – Portugal - AVEP

Em janeiro de 2001, foi desenvolvida uma pareceria entre Portugal e Espanha com vista à realização dos estudos

preliminares dos corredores Porto-Vigo e Madrid-Lisboa-Porto, sob a forma de um Agrupamento Económico de

Interesses Económico (AEIE).

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 99

A criação do referido AEIE, tem como missão:

Executar um conjunto de estudos técnicos económicos e financeiros, as sondagens e demais

trabalhos necessários à definição e implementação dos Corredores Porto-Vigo e Madrid –Lisboa –

Porto.

Assegurar a coerência e a coordenação dos estudos técnicos realizados por cada um dos

corredores.

Sobre a base dos referidos estudos técnicos, levar a efeito os estudos económicos, financeiros e

jurídicos exigidos pelas instâncias governamentais e que são necessárias para definir as adequadas

estruturas de financiamento, de construção e de exploração de ambos os Corredores.

Estudar as especificações de segurança e dos materiais aptos para a sua utilização nos Corredores.

Fazer o seguimento da construção e da exploração dos Corredores, se essa missão lhe for confiada

pelos Gestores de Infraestrutura de ambos os membros do Agrupamento.

Realizar qualquer outra missão que lhe for confiada pelos intervenientes do Agrupamento ou pelos

respetivos governos.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 100

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS

2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras agora apresentadas refletem a posição financeira, os resultados das operações e

os fluxos de caixa do Grupo IP, para os períodos findos em 30 de junho de 2018, 31 de dezembro de 2017 e 30

de junho de 2017, constituindo as demonstrações financeiras condensadas consolidadas do Grupo IP.

Estas demonstrações financeiras condensadas consolidadas estão apresentadas de acordo com a norma IAS

34 – Relato financeiro Intercalar. Consequentemente, não incluem toda a informação requerida pelas IFRS, pelo

que devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas do período findo em 31 de

dezembro de 2017.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração Executivo, em reunião

realizada em 27 de setembro de 2018. É da opinião do Conselho de Administração Executivo que as mesmas

refletem de forma verdadeira e apropriada as operações do Grupo IP, bem como a sua posição financeira,

resultados e fluxos de caixa condensados consolidados.

Todos os valores estão expressos em milhares de euros (m€) salvo indicação em contrário. É utilizada

adicionalmente a sigla M€ para milhões de euros, quando necessário.

As demonstrações financeiras do Grupo IP foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações de

acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) conforme adotadas pela União Europeia (UE),

emitidas e em vigor à data de 30 de junho de 2018.

As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as

interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”), e pelos

respetivos órgãos que os antecederam.

As demonstrações financeiras apresentadas foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com

exceção dos ativos e passivos financeiros registados ao justo valor.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as IFRS, requer que o Grupo formule julgamentos,

estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos,

gastos, ativos e passivos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e

noutros fatores considerados aplicáveis e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e

passivos cuja valorização não seria possível de obter através de outras fontes. As questões que requerem um

maior grau de julgamento ou complexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados

significativos, são apresentados nas notas 2.4. e 2.5. (Principais estimativas e julgamentos utilizados na

elaboração das demonstrações financeiras).

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 101

2.2 BASES DE CONSOLIDAÇÃO E POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras condensadas consolidadas agora apresentadas refletem os ativos, os passivos,

o rendimento integral, os resultados e os fluxos de caixa das empresas do Grupo, as quais são apresentadas na

nota 4.

As políticas contabilísticas adotadas são consistentes com as utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras do Grupo no exercício findo em 31 de dezembro de 2017, e descritas nas respetivas notas anexas,

exceto no que respeita às normas e interpretações cuja data de eficácia corresponde aos exercícios iniciados

em ou após 1 de janeiro de 2018, sendo que a aplicação da IFRS 15 não teve impacto nestas demonstrações

financeiras.

Relativamente a IFRS 9, o Grupo adotou a mesma como aprovada pelo IASB em julho de 2014, cuja data de

adoção obrigatória é 01 de janeiro de 2018.

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas mas que ainda não entraram em vigor e que

o Grupo ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras consolidadas podem ser

analisadas na nota 29.

2.3. COMPARABILIDADE

Conforme indicado no ponto 2.2, o Grupo IP adotou pela primeira vez a IFRS 9, em 01 de janeiro de 2018. Esta

situação originou reclassificações e alterações de valor em ativos, passivo e capitais próprios nos saldos

relatados a 31 de dezembro 2017, os quais passamos a relatar:

A IFRS9 substituiu os requisitos da IAS39, relativamente i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos

financeiros; ii) ao reconhecimento de imparidades sobre créditos a receber (através do modelo de perdas

esperadas); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

Realce-se que o Grupo optou por não reexpressar os comparativos das Demonstrações Financeiras

Consolidadas, sendo que os ajustamentos nos saldos de abertura de ativos foram efetuados por contrapartida

da rubrica de resultados acumulados.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 102

De seguida apresentaremos impactos da primeira aplicação da norma no que respeita a ativos, passivos e

capitais próprios:

a) Ativos

31-12-2017 cf. IAS39

Reclassificação Alteração de

valor 01-01-2018 cf. IFRS9

Ativo

Goodwill, Ativos Tangíveis e Intangíveis e Propriedades de investimento 20 222 124 - - 20 222 124

Investimentos financeiros - 32 - 32

Ativos financeiros disponíveis para venda 32 - 32 - -

Ativos por impostos diferidos 221 949 - 94 222 043

Diferimentos 902 - - 902

Inventários 46 538 - - 46 538

Clientes 76 213 - - 418 75 794

Concedente - Estado - Conta a receber 5 625 542 - - 5 625 542

Ativo por imposto corrente 16 - - 16

Estado e outros entes públicos 1 424 813 - - 1 424 813

Outras contas a receber 163 056 - - 163 056

Ativos não correntes detidos para venda 3 - - 3

Caixa e equivalentes de caixa 350 322 - - 350 322

Total do ativo 28 131 510 0 - 324 28 131 186

Em 01 de janeiro de 2018, o Grupo IP procedeu à reclassificação dos seus ativos financeiros tendo por base o

modelo de negócio do Grupo bem como as caraterísticas dos seus fluxos de caixa, conforme preconizado na

IFRS9.

Categorias IAS39 (Nota 31 R&C de 31/12/2017) Montante

31-12-2017 Montante

01-01-2018 Categoria IFRS9

Empréstimos e contas a receber 6 175 795 6 175 377 Custo amortizado

Ativos financeiros disponíveis para venda 32 32 Justo valor através de resultados

b) Passivos

No que respeita aos passivos financeiros, não ocorreu qualquer alteração face ao que anteriormente existia na

IAS 39.

No entanto, o referido ajustamento na rubrica de clientes teve por contrapartida a rubrica de provisões (ver nota

16).

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 103

c) Capitais Próprios

31-12-2017 cf.IAS39

Alteração de valor

01-01-2018 cf. IFRS9

Capital Próprio

Capital realizado 4 925 375 - 4 925 375

Reservas 1 909 - 1 909

Resultados acumulados 116 277 324 116 601

Resultado líquido do período 105 993 - 105 993

Total do Capital Próprio 5 149 554 324 5 149 878

O impacto total dos capitais próprios da primeira aplicação das IFRS em 01 de janeiro de 2018, decorreu

exclusivamente da alteração de metodologia de determinação de perdas por imparidade em instrumentos

financeiros, com base no conceito de perda esperada definido na IFRS 9, que resultou numa diminuição dos

capitais próprios de 324 m€ (efeito líquido de imposto).

2.4. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS UTILIZADAS NAS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Na preparação das demonstrações financeiras condensadas consolidadas de acordo com as IFRS, o Conselho

de Administração Executivo da IP utiliza estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas

contabilísticas e os montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-

se na experiência de eventos passados e noutros fatores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros

considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma

informação ou experiência adquirida.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das

demonstrações financeiras condensadas consolidadas, no entanto, poderão ocorrer situações em períodos

subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Conforme disposto

na IAS 8, alterações a estas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

consolidadas, são corrigidas em resultados de forma prospetiva.

O Conselho de Administração Executivo considera que as estimativas efetuadas são apropriadas e que as

demonstrações financeiras condensadas consolidadas intercalares apresentam de forma adequada a posição

financeira do Grupo IP, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados em todos os

aspetos materialmente relevantes.

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras condensadas

consolidadas são como segue:

ATIVOS INTANGÍVEIS

O Grupo IP amortiza o seu Direito de Concessão Rodoviário pelo método das unidades equivalentes sendo essa

amortização baseada na estimativa da totalidade dos rendimentos a gerar pela Concessão até ao seu termo e

na valorização da totalidade dos investimentos a efetuar pelo Grupo IP.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 104

Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho de Administração

Executivo para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas do

setor ao nível internacional.

PADRÃO ESTIMADO DAS RECEITAS

O montante e o momento da ocorrência das receitas futuras são essenciais para determinar o método das

unidades equivalentes, no qual assenta o cálculo da amortização do Direito de Concessão Rodoviário.

Este padrão é estimado com base no histórico recente e nas melhores perspetivas do Conselho de Administração

Executivo da IP para o futuro, tendo a mesma base de apuramento das receitas introduzidas no modelo financeiro

plurianual, com as alterações consideradas nas alíneas abaixo.

Procedeu-se, igualmente, a uma análise de sensibilidade à evolução das receitas do Grupo IP ao longo da vida

do Contrato e seu impacto nas amortizações do exercício. As análises realizadas basearam-se nos seguintes

cenários:

a) Considerou-se que o crescimento real das receitas de portagem após o termo inicial dos contratos de

concessão seria de 0% e o crescimento real da CSR seria de acordo com o Plano de Atividades e Orçamento

para 2018 e 2019 e a partir de 2020 seria de 0%, mantendo-se o crescimento de acordo com o IPC.

b) Considerou-se que o crescimento real das receitas de portagem após o termo inicial dos Contratos de

Concessão seria de 1% até 2039 e 0% a partir de 2040 e o crescimento real da CSR seria de acordo com o

Plano de Atividades e Orçamento para 2018 e 2019, e a partir de 2020 seria de 0,5%, mantendo-se o

crescimento de acordo com o IPC.

c) Considerou-se que o crescimento real das receitas de portagem após o termo inicial dos Contratos de

Concessão seria de 1% e o crescimento real da CSR seria de acordo com o Plano de Atividades e Orçamento

para 2018 e 2019, e a partir de 2020 seria de 1%, mantendo-se o crescimento de acordo com o IPC.

O resultado dos diferentes cenários no 1º semestre de 2018 é apresentado no seguinte quadro:

(M€)

Análise sensibilidade Crescimento CSR e Portagens Cenário a) Cenário b) Cenário c)

Amortizações do Exercício 137 124 99

Amortizações de Subsídios -32 -29 -24

105 95 75

Diferença -10 -30

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II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 105

O Grupo adotou para efeitos de preparação das suas demonstrações financeiras condensadas consolidadas o

cenário a).

2.5. PRINCIPAIS JULGAMENTOS NA APLICAÇÃO DE POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS RELEVANTES

VALOR AMORTIZÁVEL DO DIREITO DE CONCESSÃO

O montante a considerar como valor amortizável do Direito de Concessão implica a assunção de montantes de

execução de obras e manutenção programada até ao termo da concessão.

As alterações entre os valores planeados, contratados e executados podem variar por diversos fatores exógenos

à empresa com impacto no montante da amortização a registar no futuro.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 106

3. POLÍTICAS DE GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

RISCOS FINANCEIROS

A atividade do Grupo IP está exposta a fatores de risco de carácter financeiro, como sejam, o risco de câmbio, o

risco de crédito, o risco de liquidez, o risco de taxa de juro associado aos fluxos de caixa decorrentes de

financiamentos obtidos e o risco de capital.

O Decreto-Lei nº133/2013, de 3 de outubro, veio alterar a autonomia das entidades públicas reclassificadas

(EPR) no que respeita ao acesso a financiamento junto do sistema financeiro e à gestão de risco através de

instrumentos financeiros derivados.

Com efeito, no artigo 29º determina-se a impossibilidade das EPR acederem a financiamentos junto das

instituições de crédito, com exceção das de carácter multilateral (ex. Banco Europeu de Investimento) ficando

consagrada também, no artigo 72º, a transferência da gestão das suas carteiras de derivados financeiros para a

Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, E.P.E. (IGCP).

Estes riscos são identificados e acompanhados pela Direção de Finanças e Mercados, enquadrada nas políticas

de mitigação de riscos definidas pelo Conselho de Administração Executivo.

GESTÃO DO RISCO DE CÂMBIO

O Grupo IP não tem risco cambial com significado no decurso da sua atividade.

GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO

O Grupo IP está sujeito ao risco de crédito.

O risco de crédito está associado ao risco de uma contraparte falhar no cumprimento das suas obrigações

contratuais resultando numa perda financeira para o Grupo.

As receitas da atividade rodoviária resultam principalmente da CSR que é cobrada e entregue à empresa pela

Autoridade Tributária (AT) e das portagens que apresentam uma base de clientes diversificada e composta por

operações de reduzido valor pelo que não tem risco de crédito associado significativo.

O risco de crédito resultante da atividade ferroviária está essencialmente relacionado com o incumprimento das

responsabilidades assumidas pelos operadores ferroviários. A CP – Comboios de Portugal, E.P.E. é a contraparte

principal tratando-se do operador exclusivo de passageiros em toda a rede, com exceção da travessia da Ponte

25 de Abril que é operada pela Fertagus. Assim, e apesar do risco de crédito estar fortemente concentrado na

CP, o mesmo é mitigado pela natureza jurídica daquela entidade com capital detido a 100% pelo Estado

Português e, a partir de 2015, pela sua circunstância de EPR.

Os ajustamentos por imparidade para outras contas a receber são calculados considerando o perfil de risco da

contraparte e a sua condição financeira.

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II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 107

Adicionalmente, e conforme indicado no ponto 2.2, o Grupo IP adotou pela primeira vez a IFRS 9, em 01 de

janeiro de 2018.

A IFRS9 substituiu os requisitos da IAS39 relativos ao reconhecimento de imparidades sobre créditos a receber,

através do modelo de perdas esperadas, tendo essa avaliação passado a integrar a política de gestão de risco

de crédito do Grupo.

Relativamente ao risco de crédito associado à atividade financeira, o Grupo IP detém exposição ao setor bancário

nacional traduzida pelos saldos em depósitos à ordem. Esta exposição é reduzida em virtude da aplicação do

regime jurídico da Unidade de Tesouraria do Estado às empresas públicas, que prevê a concentração das

disponibilidades e aplicações financeiras junto do IGCP. Atualmente, o Grupo detém 99% das suas

disponibilidades junto do IGCP.

Até à data, o Grupo IP não incorreu em qualquer imparidade resultante do não cumprimento das obrigações

contratuais celebradas com entidades financeiras.

A tabela seguinte apresenta um resumo a 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017 da qualidade de

crédito dos depósitos:

Rating 30-06-2018 31-12-2017

< =BBB+ 447 525 348 389

< =BB+ 302 963

Sem rating 324 371

448 152 349 724

Nota: Não inclui a rubrica caixa.

Os ratings utilizados são os atribuídos pela Standard and Poor’s às datas de relato.

GESTÃO DO RISCO DE LIQUIDEZ

O Grupo IP está sujeito ao risco de liquidez.

Este tipo de risco mede-se pela capacidade de obtenção de recursos financeiros para fazer face às

responsabilidades assumidas com os diferentes agentes económicos que interagem com a empresa, como

sejam os fornecedores, os bancos, o mercado de capitais, etc.. Este risco é medido pela liquidez à disposição

da empresa para fazer face àquelas responsabilidades bem como à capacidade de geração de cash-flow

decorrente da sua atividade.

O Grupo IP procura minimizar a probabilidade de incumprimento dos seus compromissos através de uma gestão

rigorosa e planeada da sua atividade. Uma gestão prudente do risco de liquidez implica a manutenção de um

nível adequado de caixa e equivalentes de caixa para fazer face às responsabilidades assumidas. Com a inclusão

da REFER e da EP no perímetro de consolidação orçamental do Estado, estas empresas passaram a ser

financiadas diretamente pelo Estado Português a partir de 2011, pelo que o risco de liquidez baixou

consideravelmente.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 108

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades do Grupo IP por intervalos de maturidade residual contratual. Os

montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais não descontados referentes a 30 de junho

de 2018.

Menos de 1 ano Entre 1 e 5 anos + de 5 anos

Empréstimos Obtidos

- juros e amortizações de financiamentos obtidos 566 882 1 990 992 1 506 231

- juros e amortizações financiamento acionista/ Suprimentos 4 543 151 413 371 -

Fornecedores e contas a pagar 1 236 818 2 340 707 -

Aval 7 982 18 519 5 464

6 354 833 4 763 589 1 511 695

GESTÃO DO RISCO DE TAXA DE JURO

O Grupo IP está sujeito ao risco de taxa de juro enquanto mantiver em carteira empréstimos obtidos junto do

sistema financeiro (nacional e internacional) e do Estado e que visam o financiamento da sua atividade.

O principal objetivo da gestão de risco de taxa de juro é a proteção relativamente a movimentos de subida das

taxas de juro, na medida em que as receitas do Grupo são imunes a essa variável e, assim, inviabilizam uma

cobertura natural.

Atualmente, não são usados instrumentos financeiros de cobertura de risco de taxa de juro.

Presentemente, o objetivo da política de gestão do risco de taxa de juro passa, essencialmente, pela

monitorização das taxas de juro que influenciam os passivos financeiros contratados com base na Euribor.

Teste de sensibilidade à variação da taxa de juro

O Grupo IP utiliza periodicamente análises de sensibilidade para medir o impacto em resultados das variações

das taxas de juro sobre o justo valor dos empréstimos. Estas análises têm sido um dos meios auxiliares às

decisões de gestão do risco de taxa de juro. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

i. À data de 30 de junho de 2018, o Grupo IP não tinha reconhecido nenhum empréstimo obtido ao justo

valor;

ii. Alterações no justo valor de empréstimos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos

de caixa futuros utilizando taxas de mercado nos momentos de reporte;

iii. Com base nestes pressupostos, a 30 de junho de 2018, um aumento ou diminuição de 0,5% nas curvas

de taxa de juro do euro resultaria nas seguintes variações do justo valor dos empréstimos com consequente

impacto direto nos resultados:

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II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 109

Variação no justo valor de empréstimos

Variação na curva de taxa de juro -0,50% 0,50%

- 223 166 - 559 086

Efeito Líquido em resultados -0,50% 0,50%

223 166 559 086

GESTÃO DO RISCO DE CAPITAL

O objetivo do Grupo IP em relação à gestão do risco de capital, que é um conceito mais amplo do que o capital

relevado na face da Demonstração Condensada da Posição Financeira Consolidada, é salvaguardar a

continuidade das operações da empresa.

O instrumento base para a gestão deste risco é o plano de financiamento (ou plano financeiro) do Grupo através

do qual se identificam e monitorizam as fontes de financiamento destacando-se, desde 2014, a política de

fortalecimento da estrutura de capital promovida pelo acionista concretizada quer por operações de reforço do

mesmo em numerário, quer através de operações de conversão em capital dos financiamentos/suprimentos

concedidos pelo acionista.

A IP foi constituída com um capital social de 2.555.835 m€ representado por 511.167 ações, com o valor nominal

de 5 m€ cada. A 30 de junho de 2018 o capital social ascendia a 5.665.375 m€., representado por 1.133.075

ações, com o valor nominal de 5 m€ cada.

Em 2018 foram realizados aumentos de capital, em numerário, no montante de 740.000 m€ (nota15), conforme

quadro abaixo:

30-06-2018 31-12-2017

Aumentos de capital 740 000 880 000

Investimento 660 257 646 351

Serviço da dívida 79 743 233 649

Através do ofício 1368 de 6 de março de 2018 da Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) foi concedida

nova moratória no pagamento do serviço da dívida dos empréstimos com vencimento em 30 de novembro de

2017, para até 31 de maio de 2018, com efeitos a 30 de novembro de 2017.Os diferimentos concedidos não

estão sujeitos ao pagamento de juros.

Na sequência dos contactos estabelecidos com a DGTF, aguarda-se pela conclusão da formalização da nova

moratória relativa ao pagamento do serviço da dívida dos empréstimos do Estado com vencimento em 31 de

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 110

maio de 2018, para até 30 de novembro 2018, com efeitos a 31 de maio de 2018. Prevê-se igualmente que os

diferimentos a conceder não estarão sujeitos ao pagamento de juros.

Em sede de orçamento, previu-se a concretização de uma operação de compensação entre o montante registado

no Concedente – Estado- Conta a receber (ativo) e o valor do serviço da dívida dos empréstimos do Estado

concedidos para financiar a atividade ferroviária. Na sequência do disposto no artigo 129º da Lei do OE2018, a

DGTF e a IP iniciaram em abril a preparação desta operação, prevendo-se a sua concretização até ao final do

ano pelo montante de 2.315,3 M€ (2.199,9 M€ correspondentes a capital e 115 M€ de juros).

Está prevista para novembro de 2018 a conversão de créditos em capital relativa ao serviço da dívida dos

empréstimos contraídos junto do Estado Português para financiar a atividade rodoviária no montante de 2.091

M€.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 111

4. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociais, proporção do capital e atividades principais em 30

de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017, são as seguintes:

Empresa Sede Social

Percentagem de capital detido

Principal atividade

30-06-2018 31-12-2017

EMPRESA MÃE

IP Infraestruturas de Portugal, S.A. Almada - -

Conceção, projeto, construção, financiamento, conservação e exploração, requalificação, alargamento e modernização das redes rodoviárias e ferroviárias nacionais, incluindo -se nesta última o comando e o controlo da circulação.

EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS

IP Telecom, Serviços de Telecomunicações, S.A.

Lisboa 100,0000% 100,0000%

Assegura o fornecimento e a prestação de serviços de Sistemas e Tecnologias de Informação e Comunicações, baseado em soluções inovadoras com foco nas tecnologias Cloud e Segurança e na principal infraestrutura nacional de telecomunicações, assente em fibra ótica e canal técnico rodoviário, para o Mercado Empresarial e Organismos Públicos.

IP Património - Administração e Gestão Imobiliária, S.A.

Lisboa 100,0000% 100,0000%

Atua no âmbito da aquisição, expropriação, atualização cadastral e alienação de bens imóveis ou constituição de direitos sobre os mesmos, bem como na rentabilização dos ativos afetos à concessão ou ao património autónomo do Grupo IP e ainda na gestão e exploração de estações e equipamentos associados, incluindo a respetiva gestão operacional.

IP Engenharia, S.A. Lisboa 100,0000% 100,0000%

Presta serviços de engenharia de transportes de suporte à atividade da IP e em projetos multidisciplinares rodoviários e/ou ferroviários, fornecendo soluções de mobilidade com um elevado nível de integração, quer ao nível nacional quer internacional.

GIL - Gare Intermodal de Lisboa, S.A. (a) Lisboa - 100,0000%

Construção e exploração de uma plataforma intermodal de transportes, servindo os transportes ferroviário, rodoviário, metropolitano e outros, o arrendamento ou alienação de imóveis nela integrados, bem como as respetivas atividades acessórias.

OPERAÇÕES CONJUNTAS

AVEP - Alta Velocidade de Espanha e Portugal, A.E.I.E. (b)

Madrid 50,0000% 50,0000% Realização de estudos necessários às ligação Madrid-Lisboa - Porto e Porto - Vigo.

AEIE - CMF4 (c) Paris 25,0000% 25,0000%

Promoção de medidas que visem a melhoria da competitividade do transporte ferroviário de mercadorias no corredor Ferroviário Sines - Lisboa/ Leixões | Sines - Elvas/Algeciras - Madrid - Medina del Campo - Bilbao - Irun/ Bordeaux - Paris-Le Havre - Metz| Vlar Formoso/Fuentes Onõro, Elvas/ Badajoz, Irun/Hendaye e Fornack/Saarbrucken.

a) Em 27 de junho de 2018, a GIL foi objeto de fusão por incorporação na IP Património.

b) Entidade conjuntamente controlada pela IP com a ADIF na forma de Agrupamento Europeu de Interesse Económico (A.E.I.E).

c) Entidade Conjuntamente controlada pela IP, ADIF e SNCF - Réseau, e DB NETZ (desde 1 de janeiro de 2016) na forma de

Agrupamento Europeu de Interesse Enconómico (A.E.I.E) constituída em 2013 sem capital social.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 112

5. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

O Grupo IP está organizado em sete segmentos de negócio, com as seguintes unidades:

- Alta Prestação;

- Atividade de Gestão de Infraestrutura Rodoviária;

- Atividade de Investimento em Infraestrutura Ferroviária;

- Atividade de Gestão de Infraestrutura Ferroviária;

- Telecomunicações;

- Gestão Imobiliária de Espaços Comerciais, e

- Serviços de Engenharia e Transporte.

O segmento de ‘Alta Prestação’ corresponde à totalidade da atividade do Grupo IP referente à Alta Prestação

Rodoviária e inclui todas as vias atualmente geridas em regime de Parcerias Público-Privadas (PPP),

nomeadamente Concessões do Estado e Subconcessões, bem como as restantes vias de alta prestação

atualmente geridas diretamente pelo Grupo IP.

O segmento de ‘Atividade de Gestão de Infraestrutura Rodoviária’ inclui a gestão da totalidade da Rede

Rodoviária Nacional (RRN) não incluída no segmento anterior, e engloba quer as atividades de construção e

requalificação de vias e obras de arte quer as atividades de gestão, conservação e melhoria de segurança da

rede.

O segmento de ‘Atividade de Investimento em Infraestrutura Ferroviária’ inclui o conjunto de investimentos

associados a novas infraestruturas e/ou expansão da rede, a modernização e reabilitação, com a introdução de

novas tecnologias no modo de operação e substituição, que engloba as intervenções que introduzem

melhoramentos de carácter duradouro ou que são suscetíveis de aumentar o valor e/ou a vida útil dos ativos não

alterando as condições de exploração;

A contratação do financiamento necessário para os investimentos efetuados, conforme descrito supra, é efetuada

pelo Grupo IP e reveste a forma de obtenção de crédito junto de instituições financeiras e do mercado de capitais,

prestações do acionista e obtenção de subsídios.

O segmento de ‘Atividade de Gestão de Infraestrutura Ferroviária’ corresponde à prestação dum serviço público,

contemplando funções como a conservação e manutenção de infraestruturas, gestão de capacidade, gestão do

sistema de regulação e segurança, comando e controlo de circulação, incluindo outras atividades

complementares à gestão da infraestrutura ferroviária.

O segmento de ‘Telecomunicações’ respeita à prestação de serviços de Sistemas e Tecnologias de Informação

e Comunicações.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 113

O segmento de ‘Gestão Imobiliária de Espaços Comerciais’ abrange a gestão e exploração de património e

empreendimentos imobiliários, próprios e alheios, aquisição, expropriação, atualização cadastral e alienação de

bens imóveis ou constituição de direitos sobre os mesmos.

O segmento de ‘Serviços de Engenharia e Transporte’ inclui a prestação de serviços de engenharia de

transportes em projetos multidisciplinares rodoviários e/ou ferroviários, e respetivas soluções de mobilidade, quer

ao nível nacional quer internacional.

Os réditos e gastos dos segmentos referentes a Telecomunicações, Gestão Imobiliária de Espaços Comerciais

e Serviços de Engenharia e Transporte foram apurados sob a ótica de rentabilização do excesso de capacidade

do Grupo, decorrente da obrigatoriedade de serviço público de gestão da infraestrutura integrante da Rede

Ferroviária Nacional (RFN) e da Rede Rodoviária Nacional (RRN), promovendo a eficiência no Grupo.

A informação relativa aos resultados, ativos e passivos dos períodos findos em 30 de junho de 2018, 30 de junho

de 2017 e 31 de dezembro de 2017 dos segmentos identificados é a que segue:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 114

30-06-2018 Telecomunicações Gestão Imobiliária

Espaços Comerciais

Serviços Engenharia de

Transporte

Ativ. Inv. Inf. Ferroviária

Ativ. Gestão Inf. Ferroviária

Alta Prestação Ativ. Gestão Inf.

Rodoviária Total

Rédito de vendas e serviços prestados 6 160 8 203 68 8 656 44 802 160 826 348 542 577 257

Imparidades - 11 - - 233 - 713 957

Provisões - 38 - - - 2 192 - - 6 479 - 4 324

Outros rendimentos - 186 - - 33 128 4 462 37 146 74 921

Outros gastos - 2 020 - 3 412 - 88 - 8 133 - 91 455 - 141 957 - 77 275 - 324 342

EBITDA 4 102 4 987 - 20 523 - 11 100 23 331 302 647 324 470

Amortizações e depreciações - 410 - 50 - - 523 - 1 383 - 137 273 - 139 638

EBIT 3 692 4 937 - 20 0 - 12 483 188 705 184 831

Gastos Financeiros - - - - 46 878 - 15 551 - 100 077 - 162 505

Rendimentos Financeiros - - - 46 878 - - 46 878

EBT 3 692 4 937 - 20 0 - 28 033 88 628 69 204

Impostos sobre rendimento - 21 803 - 21 803

Resultado Líquido 47 401 47 401

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

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I. 115

30-06-2017 Telecomunicações Gestão Imobiliária

Espaços Comerciais

Serviços Engenharia de

Transporte

Ativ. Inv. Inf. Ferroviária

Ativ. Gestão Inf. Ferroviária

Alta Prestação Ativ. Gestão Inf.

Rodoviária Total

Rédito de vendas e serviços prestados 5 605 7 217 1 879 6 774 39 944 176 730 341 539 579 687

Imparidades - 206 - - 51 - 341 599

Provisões - - - - - 1 505 - - 6 778 - 8 283

Outros rendimentos 5 856 - - 35 438 4 497 34 818 75 613

Outros gastos - 2 058 - 3 268 - 2 792 - 6 169 - 80 709 - 151 029 - 74 687 - 320 712

EBITDA 3 552 5 011 - 913 604 - 6 781 30 198 295 232 326 904

Amortizações e depreciações - 409 - 56 - 42 - 604 - 2 097 - 136 277 - 139 486

EBIT 3 143 4 954 - 955 0 - 8 877 189 153 187 418

Gastos Financeiros - - 27 - 3 - 57 253 - 9 493 - 113 410 - 180 185

Rendimentos Financeiros - - - 57 253 140 - 57 393

EBT 3 143 4 928 - 958 0 - 18 230 75 743 64 626

Impostos sobre rendimento - 18 275 - 18 275

Resultado Líquido 46 351 46 351

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 116

Outras informações 30-06-2018

Telecomunicações Gestão Imobiliária

Espaços Comerciais

Serviços Engenharia de

Transporte

Ativ. Inv. Inf. Ferroviária

Ativ. Gestão Inf. Ferroviária

Alta Prestação Ativ. Gestão Inf.

Rodoviária Total

Ativos

Direito de Concessão - - - - - 20 264 178 20 264 178

Concedente - - - 5 709 388 - - - 5 709 388

Outros ativos 21 722 30 961 7 039 61 173 169 634 78 729 2 380 130 2 755 227

Total do Ativo 21 722 30 961 7 039 5 770 561 169 634 22 723 037 28 722 955

Passivos

Financiamento obtidos - - - 3 309 519 2 375 669 2 599 131 - 8 284 319

Subsídios - - - - - 10 125 343 10 125 343

Outros passivos 5 837 4 859 902 2 172 90 519 3 044 455 1 227 917 4 382 499

Total do Passivo 5 837 4 859 902 3 311 692 2 466 188 16 996 846 22 786 325

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 117

Outras informações 31-12-2017

Telecomunicações Gestão Imobiliária

e de Espaços Comerciais

Serviços de Engenharia e Transporte

Ativ. Inv. Inf. Ferroviária

Ativ. Gestão Inf. Ferroviária

Alta Prestação Ativ. Gestão . Inf.

Rodoviária Total

Ativos

Direito de Concessão - - - - - 20 068 339 20 068 339

Concedente - - - 5 625 542 - - - 5 625 542

Outros ativos 20 481 29 673 8 334 17 674 191 833 44 129 2 125 505 2 437 629

Total do Ativo 20 481 29 673 8 334 5 643 216 191 833 22 237 973 28 131 510

Passivos

Financiamento obtidos - - - 2 874 493 2 817 414 2 597 911 - 8 289 818

Subsídios - - - 24 594 - 10 158 468 10 183 062

Outros passivos 6 100 4 105 1 312 2 222 82 959 3 192 666 1 219 712 4 509 077

Total do Passivo 6 100 4 105 1 312 2 901 309 2 900 373 17 168 757 22 981 957

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 118

6. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS Apresenta-se de seguida o resumo dos movimentos ocorridos nas diversas rubricas de ativos fixos tangíveis no semestre findo em 30 de junho de 2018

e no exercício findo em 31 de dezembro de 2017:

Terrenos e Recursos Naturais

Edifícios e Outras Construções

Equipamento Básico

Equipamento de Transporte

Equipamento Administrativo

Outros Ativos fixos tangíveis

Ativos em curso Total

1 de janeiro de 2018

Custo de aquisição 7 042 165 964 58 368 11 687 23 007 7 637 1 888 275 594

Depreciações acumuladas - - 61 683 - 48 204 - 11 381 - 22 563 - 7 097 - - 150 928

Valor líquido 7 042 104 282 10 164 306 445 540 1 888 124 666

Aumentos - - 1 183 - 498 9 274 1 964

Transferências - - - - - - - 154 - 154

Abates/Regularizações - - 83 528 - - - - - - 83 528

Depreciações – Exercício - - 878 - 1 467 - 46 - 159 - 67 - - 2 617

Depreciações - Abates/Regularizações - 18 399 - - - - - 18 399

Valor líquido 7 042 38 275 9 880 259 783 482 2 008 58 730

30 de junho de 2018

Custo de aquisição 7 042 82 437 59 551 11 687 23 505 7 646 2 008 193 877

Depreciações Acumuladas - - 44 162 - 49 671 - 11 427 - 22 722 - 7 164 - - 135 146

Valor líquido 7 042 38 275 9 880 259 783 482 2 008 58 730

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 119

Terrenos e Recursos Naturais

Edifícios e Outras Construções

Equipamento Básico

Equipamento de Transporte

Equipamento Administrativo

Outros Ativos fixos tangíveis

Ativos em curso Total

1 de janeiro de 2017

Custo de aquisição 7 042 165 598 55 641 11 531 23 428 7 455 2 712 273 407

Depreciações acumuladas - - 58 842 - 45 452 - 11 318 - 22 597 - 6 958 - - 145 167

Valor líquido 7 042 106 756 10 190 213 831 497 2 712 128 241

Aumentos - 66 2 113 188 123 154 464 3 108

Transferências - 301 616 - - 28 - 1 348 - 403

Abates/Regularizações - - - 3 - 32 - 543 - 60 - 518

Depreciações – Exercício - - 2 841 - 2 772 - 96 - 509 - 139 - - 6 355

Depreciações - Abates/Regularizações - - 19 32 514 - - 565

Valor líquido 7 042 104 282 10 164 306 445 540 1 888 124 666

31 de dezembro de 2017

Custo de aquisição 7 042 165 964 58 368 11 687 23 007 7 637 1 888 275 594

Depreciações Acumuladas - - 61 683 - 48 204 - 11 381 - 22 563 - 7 097 - - 150 928

Valor líquido 7 042 104 282 10 164 306 445 540 1 888 124 666

A variação ocorrida na rubrica de Edifícios e Outras Construções do Grupo resulta da transferência do ativo Estação do Oriente para Ativos não correntes

detidos para venda.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 120

7. ATIVOS INTANGÍVEIS

No semestre findo em 30 de junho de 2018 e no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 os ativos intangíveis

apresentam os seguintes movimentos:

Direito de

Concessão Programas de Computador

Outros Total

1 de janeiro de 2018

Custo de aquisição 22 381 852 30 240 2 170 22 414 263

Amortizações acumuladas - 2 313 514 - 27 489 - 1 333 - 2 342 335

Valor líquido 20 068 339 2 751 838 20 071 928

30 de junho de 2018

Aumentos 332 686 175 15 332 876

Transferências - 154 - 154

Amortizações – Exercício - 136 846 - 142 - - 136 988

Valor líquido

Custo de aquisição 22 714 538 30 569 2 185 22 747 292

Amortizações Acumuladas - 2 450 360 - 27 631 - 1 333 - 2 479 323

Valor líquido 20 264 178 2 938 853 20 267 969

Direito de

Concessão Programas de Computador

Outros Total

1 de janeiro de 2017

Custo de aquisição 21 866 422 28 687 2 156 21 897 265

Amortizações acumuladas - 2 042 217 - 26 839 - 1 333 - 2 070 389

Valor líquido 19 824 205 1 847 823 19 826 876

31 de dezembro de 2017

Aumentos 515 430 1 150 15 516 595

Transferências - 403 - 403

Amortizações - Exercício - 271 296 - 649 - - 271 946

Valor líquido 20 068 339 2 751 838 20 071 928

Custo de aquisição 22 381 852 30 240 2 170 22 414 263

Amortizações Acumuladas - 2 313 514 - 27 489 - 1 333 - 2 342 335

Valor líquido 20 068 339 2 751 838 20 071 928

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 121

O valor dos intangíveis refere-se, essencialmente ao direito resultante do Contrato de Concessão Rodoviário. O

valor deste direito é incrementado mediante investimentos realizados no âmbito do Contrato.

O ativo é constituído mediante a percentagem de acabamento de cada obra, independentemente dessa

construção ser efetuada diretamente pelo Grupo IP ou em regime de Parcerias Público-Privadas (PPP).

Dos 333 M€ de investimentos no primeiro semestre de 2018, cerca de 316,7 M€ correspondem a pagamentos

líquidos de recebimentos de concessões do Estado, 13,6 M€ a obra própria do Grupo e 2,2 M€ a construção de

subconcessões.

Nestes valores estão incluídos encargos financeiros capitalizados no valor de 10,4 M€ em 2018.

As amortizações do exercício são calculadas ao abrigo da IFRIC 12 pelo método das unidades equivalentes e

incidem sobre o valor do investimento total, já realizado ou a realizar no futuro, no âmbito da Concessão entre o

Grupo IP e o Estado, com base nos fluxos económico-financeiros para o período da Concessão. Estes valores

têm a mesma base do modelo financeiro plurianual da IP com as alterações referidas na nota 2.4.

A estimativa do investimento total da Concessão teve por base os seguintes principais pressupostos:

- Os encargos anuais com as concessões ex-SCUT têm efeito até 2032, e representam a melhor estimativa

com base nos resultados dos contratos renegociados obtidos entre a Comissão de Negociação e as

Concessionárias;

- Os encargos com a construção presente nos Contratos de Subconcessão, valorizada ao custo de cada

caso base, incorporando já as alterações resultantes dos Memorandos de Entendimento;

- Os encargos com a modernização e manutenção da rede própria da IP;

- Os restantes investimentos consistem em instalação e melhoria de equipamentos e estudos, projetos,

fiscalização e assistência;

- Os encargos com conservação periódica refletem as diretrizes definidas em 2014, pela extinta EP,

resultantes da implementação do plano estratégico;

- O Plano Rodoviário Nacional 2000 é realizado até 2040.

O valor do investimento total é amortizado em função da melhor estimativa das receitas a gerar no período da

concessão.

A estimativa das receitas anuais teve por base os seguintes principais pressupostos:

- Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR), até 2019, assume a melhor estimativa da gestão para esses

anos. A partir de 2020, a CSR evolui com base num pressuposto de crescimento anual dos consumos de

gasolina e gasóleo rodoviário de 0% e de evolução dos valores unitários por litro consumido, de acordo

com o IPC (2%/ano);

- Receitas de portagens das subconcessões baseiam-se nos casos base, ou em estudos de tráfego mais

recentes efetuados por consultores especializados, disponíveis à data da revisão e aprovação dos fluxos

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 122

económico-financeiros para o período da Concessão. Após a reversão das subconcessões para a IP,

considera-se um crescimento de acordo com o IPC, com base no último ano destes estudos e casos base;

- Após a reversão das ex-SCUT para a IP, considera-se um crescimento de acordo com o IPC, com base

em estudos de tráfego efetuados por técnicos especializados do Grupo;

- Em geral, as restantes receitas operacionais (receitas de áreas de serviço, telemática e outras) foram

estimadas em 2018, no âmbito da revisão do modelo económico-financeiro para o período da Concessão.

Com base nestes pressupostos, a amortização registada no 1º semestre de 2018 ascendeu a 136,8 M€.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 123

8. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017, os saldos reconhecidos relativamente a impostos diferidos

são apresentados na Demonstração Condensada da Posição Financeira Consolidada pelo seu valor bruto.

É convicção do Conselho de Administração Executivo que os resultados fiscais gerados no futuro permitirão a

reversão da totalidade dos ativos por impostos diferidos registados.

O impacto em resultados dos movimentos nas rubricas de impostos diferidos, nos exercícios apresentados, foi

como se segue (nota 28):

Impostos diferidos Impacto na Demonstração dos resultados

Impacto em Outro rendimento integral

Ativos por impostos diferidos 15 018 94

Passivos por impostos diferidos - 22 -

30 de junho de 2018 14 996 94

Ativos por impostos diferidos 89 924 -

Passivos por impostos diferidos 9 -

31 de dezembro de 2017 89 932 0

Os movimentos ocorridos nas rubricas ativas e passivas de impostos diferidos no semestre findo em 30 de junho

de 2018 e no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 são como segue:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 124

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Movimento ocorrido no primeiro semestre de 2018:

Ajustamen

-tos de clientes

Gastos de financia-mento

Benef. de emprego

Provisão para

estradas desclassi-

ficadas

Prejuízos fiscais

Provisão de IVA

Conserva-ção

periódica Pensões Inventário

Proprieda-des de investi-mento

Amortiza-ção do

direito de concessão

Provisão de clientes

Outros ajustamen-

tos Total

Saldo a 31 de dezembro de 2017 9 4 572 90 1 951 89 65 116 86 714 293 713 246 61 366 0 790 221 949

Saldo a 01 de janeiro de 2018 9 4 572 90 1 951 89 65 116 86 714 293 713 246 61 366 0 790 221 949

Reexpressão IFRS9 - - - - - - - - - - - 94 - 94

Saldo a 01 de janeiro de 2018 (Reexpresso) 9 4 572 90 1 951 89 65 116 86 714 293 713 246 61 366 94 790 222 043

Constituição / (reversão) - 2 - - 47 - - 15 1 451 5 985 - 25 - - 10 7 631 35 16 15 018

Saldo a 30 de junho de 2018 7 4.572 43 1.951 74 66.567 92.698 268 713 236 68.997 129 806 237.061

Movimento ocorrido no exercício findo em 31 de dezembro de 2017:

Ajust. de clientes

Gastos de financiame

nto

Benef. de emprego

Provisão para

estradas desclassifi

cadas

Prejuízos fiscais

Provisão de IVA

Conservação

períodica Pensões Inventário

Propriedades de

investimento

Amortização do

direito de concessão

Provisão de clientes

Outros ajustament

os Total

Saldo a 31 de dezembro de 2016 18 0 76 1 839 806 57 486 69 550 339 868 278 0 0 766 132 026

Constituição / (reversão) - 9 4 572 13 - - 473 4 116 13 123 - 63 - 154 - 32 61 366 - - 22 82 438

Alteração de taxa de imposto - - 1 112 - 3 514 4 041 17 - - - - 45 7 730

Revisão de estimativa - - - - - 244 - - - - - - - - - 244

Saldo a 31 de dezembro de 2017 9 4 572 90 1 951 89 65 116 86 714 293 713 246 61 366 0 790 221 949

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 125

PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Movimentos ocorridos no primeiro semestre de 2018

Outros

Saldo a 31 de dezembro de 2017 25

Constituição / (reversão) 22

Alteração de taxa de imposto -

Saldo a 30 de junho de 2018 47

Movimentos ocorridos no exercício findo em 31 de dezembro de 2017

Outros

Saldo a 31 de dezembro de 2016 33

Constituição / (reversão) -9

Alteração de taxa de imposto -

Saldo a 31 de dezembro de 2017 25

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 126

9. DIFERIMENTOS

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017, o Grupo IP tem registado na rubrica de diferimentos os

seguintes saldos:

Diferimentos Notas 30-06-2018 31-12-2017

Gastos não correntes a reconhecer

Outros serviços 182 187

182 187

Gastos correntes a reconhecer

Outros serviços 646 715

646 715

Rendimentos não correntes a reconhecer

Subsídios ao Investimento - Direito Concessão Rodoviário 9.1 10 125 343 10 158 468

Venda Prazo Concessão Brisa 152 300 152 300

Fee Assinatura Concessão Douro Litoral 119 155 122 999

Fee Assinatura Concessão Grande Lisboa 20 416 21 000

Contratos de Fibra Ótica 872 1 021

Canal Técnico Rodoviário 135 -

Subsídios ao Investimento - FINANC.COM - 24 223

10 418 222 10 480 011

Rendimentos correntes a reconhecer

Fee Assinatura Concessão Douro Litoral 7 687 7 687

Contratos de Fibra Ótica 2 173 858

Fee Assinatura Concessão Grande Lisboa 1 167 1 167

Canal Técnico Rodoviário 749 1 716

Outros rendimentos 923 833

Subsídios ao Investimento - FINANC.COM - 371

12 700 12 633

Os gastos a reconhecer referem-se a pagamentos de serviços contratados e ainda não prestados. Os

rendimentos a reconhecer resultam essencialmente de subsídios ao investimento no valor de 10.125 M€ (ver

nota 9.1) e de recebimentos antecipados de concessões no valor de 292 M€ a serem reconhecidos em resultados

ao longo do período da concessão respetiva.

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II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 127

9.1 SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO - DIREITO CONCESSÃO RODOVIÁRIO

Esta rubrica incorpora os subsídios ao investimento recebidos pelo Grupo IP para financiar o ativo intangível

referente ao Direito de Concessão e ainda não reconhecidos por via de resultados.

Os movimentos ocorridos durante o semestre findo em 30 de junho de 2018, são os que segue:

Subsídios ao Investimento

1 de janeiro de 2018 10 158 468

Aumentos -

Abates -

Imputação a rendimentos ( nota 2.3 ) - 33 125

30 de junho de 2018 10 125 343

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 128

10. CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER

A 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017 esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

RUBRICAS Notas 30-06-2018 31-12-2017

Corrente

Outras contas a receber 10.1 257 175 163 056

Clientes 10.2 93 806 76 213

350 981 239 268

Os saldos de clientes e outras contas a receber constituem saldos correntes, pelo que se aproximam do seu

justo valor.

A variação na rubrica Outras contas a receber justifica-se essencialmente por um aumento no valor a receber da

CSR (Contribuição do Serviço Rodoviário) de cerca de 62 M€ bem como pelos acréscimos de rendimentos

decorrentes da especialização do valor a receber das indemnizações compensatórias cujos valores estão

inscritos no contrato programa assinado entre o Estado Português e a IP, em março de 2016.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 129

10.1 OUTRAS CONTAS A RECEBER

O saldo das outras contas a receber, em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017, decompõe-se da

seguinte forma:

Outras Contas a Receber Notas 30-06-2018 31-12-2017

Corrente

Acréscimo Rendimentos - CSR 145 132 83 555

Operadores Ferroviários 29 11 429 4 758

Diversos 107 185 80 704

Imparidades acumuladas - 6 572 - 5 961

257 175 163 056

A rubrica Acréscimos de Rendimentos – Contribuição Serviço Rodoviário corresponde ao reconhecimento do

rédito cobrado pela AT e ainda não entregue à IP, tendo ocorrido uma variação face a 31 de dezembro de 2017

no montante de 62 M€.

A rubrica de Outras Contas a Receber – Diversos respeita, entre outras, às seguintes realidades:

- Prestação de garantia idónea (depósito de caução) no montante de 28.126 m€ relativo ao processo de

IVA de 2012 instaurado pela Autoridade Tributária.

- Protocolos com diversos Municípios referentes à construção e requalificação de várias infraestruturas,

de onde se destacam Aveiro, Viana do Castelo, Cascais, Fundão, Lisboa e Coimbra no montante de 17.585 m€,

dos quais 6.266 m€ respeitam ao protocolo para a Construção da Nova Estação Ferroviária de Aveiro – Interface

Rodo Ferroviário, Requalificação Urbana da Zona Envolvente, cuja antiguidade remonta a 2011.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 130

10.2 CLIENTES

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017 os clientes decompõem-se como segue:

Clientes Notas 30-06-2018 31-12-2017

Corrente

Outras entidades relacionadas 29 13 736 5 344

Diversos 49 686 47 047

Portagens 33 770 28 095

Imparidades acumuladas - 3 387 - 4 273

93 806 76 213

Os débitos a Outras Entidades Relacionadas (CP) e Diversos – (Operadores Ferroviários Fertagus, Takargo e

Medway) incluem, essencialmente, a tarifa de utilização da infraestrutura cobrada aos operadores e, também, os

débitos efetuados aos operadores por outros serviços prestados conexos com a operação ferroviária: manobras,

capacidade pedida e não utilizada, estacionamento de material circulante e outros serviços.

Refira-se, em relação à análise de probabilidade de cobrança, que é considerado que os valores devidos por

Municípios, Autarquias e outras entidades públicas ou com participação direta ou indireta do Estado, têm

probabilidade de recuperação total apesar da sua mora.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 131

11. CONCEDENTE – ESTADO – CONTA A RECEBER

A decomposição do Ativo Financeiro subjacente à concessão ferroviária em 30 de junho de 2018 e 31 de

dezembro de 2017 é a que segue:

Descrição 30-06-2018 31-12-2017

Ativos concessionados (ILD) 8 899 518 8 852 883

Subsídios - 4 467 946 - 4 458 553

Rentabilização de ativos - 6 868 - 6 593

Juros debitados 1 589 882 1 543 005

Imparidades - 305 200 - 305 200

5 709 388 5 625 542

12. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017 esta rubrica detalha-se como segue:

31-06-2018 31-12-2017

Devedor Credor Devedor Credor

IRC 768 36 241 16 47 797

Total de ativos e Passivos para impostos correntes 768 36 241 16 47 797

IRS – Retenções - 2 345 - 1 694

IVA 1 529 289 1 012 1 424 709 669

Contribuições para SS, CGA e ADSE - 8 405 - 7 044

Outros impostos e taxas 84 13 104 14

Total do Estado e outros entes públicos 1 529 374 11 775 1 424 813 9 421

Os saldos de IRS – Retenções e Contribuições para SS, CGA e ADSE são os correspondentes ao processamento

dos vencimentos de junho de 2018, já regularizados em julho de 2018.

Na rubrica de Estado e outros entes públicos, o saldo a receber de IVA corresponde ao montante de 1.529.289

m€, dos quais já foram efetuados pedidos de reembolso no valor de 227.562 m€, reembolsos esses apresentados

em 2009 e referentes ao período de janeiro de 2008 a outubro de 2009. Este saldo a recuperar resulta

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 132

fundamentalmente do IVA deduzido na sua atividade rodoviária pela extinta EP e pela IP, pelo facto de considerar

que tem direito a esta dedução devido ao Estado ter arrecadado IVA sobre uma receita própria da IP – a

Contribuição de Serviço Rodoviário - a qual, segundo os mecanismos legalmente estabelecidos para a sua

liquidação e cobrança, lhe foi entregue pelas distribuidoras de combustível.

A IP tem dois processos judiciais a correr, sendo o primeiro relativo ao pedido de reembolso de IVA até junho de

2009 e o segundo relativo ao pedido de reembolso de IVA de julho a setembro e dedução de outubro de 2009.

O primeiro processo, relativo ao pedido de reembolso de IVA até junho de 2009, veio a ser indeferido pela

Autoridade Tributária e Aduaneira que emitiu notificações de liquidações adicionais de IVA e juros no montante

de 277.124 m€ e 11.697 m€, respetivamente.

Não concordando com aquelas liquidações por as considerar indevidas, em 30 de novembro de 2010, a extinta

EP apresentou no Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada impugnação judicial do indeferimento ao Recurso

Hierárquico, tendo o pedido da extinta EP sido considerado improcedente em primeira instância já em janeiro de

2013. A extinta EP, não concordando com a decisão, apresentou recurso da mesma em 6 de março de 2013.

O segundo processo, referente ao pedido de reembolso de IVA de julho a setembro e dedução de outubro de

2009, que também veio a ser indeferido pela AT, foram emitidas notificações de liquidações adicionais de IVA e

juros, nos montantes de 64.506 m€ e 763 m€, respetivamente. Em 29 de julho de 2011, a extinta EP apresentou

no Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada impugnação judicial do indeferimento ao Recurso Hierárquico,

tendo o pedido da extinta EP sido considerado improcedente em primeira instância já em janeiro de 2013. A

extinta EP, não concordando com a decisão, apresentou recurso da mesma em 11 de março de 2013.

Neste segundo processo foi dado provimento ao recurso apresentado, tendo sido a IP notificada a 17 de outubro

de 2017 do Acórdão que revoga a sentença recorrida e considera totalmente procedente a impugnação judicial

da EP e anula na sua totalidade as liquidações adicionais emitidas pela AT. Sobre este Acórdão foram alegadas

pela Fazenda Pública diversas nulidades, consideradas na sua totalidade improcedentes a 26 de janeiro de 2018.

Foi interposto recurso pela AT à improcedência das nulidades, a 01 de março de 2018, para o Supremo Tribunal

Administrativo, tendo sido admitido. Trata-se de um recurso de revista, de natureza excecional, que prevê que a

decisão proferida pelo TCAS possa ser revista sempre que esteja em causa a apreciação de uma questão que,

pela sua relevância jurídica ou social, se revista de importância fundamental ou quando a admissão seja

necessária para uma melhor aplicação do direito.

Foi ainda admitido pelo STA uma interposição de recurso apresentado pela Fazenda Pública, estando neste

momento a aguardar decisão.

No decorrer do habitual processo de inspeção fiscal anual, a AT tem vindo a efetuar correções nas mesmas

bases das descritas para os processos acima, tendo a IP seguido o processo de reclamação, mantendo a sua

posição igualmente nos termos descritos acima, sendo o ponto de situação dos processos relativos a cada ano

inspecionado o seguinte:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 133

Ano Fase Processo Data fase Liquidação adicional

Juros

2011 Impugnação Judicial ao Indeferimento do Recurso Hierárquico 22-05-2018 195 514 29 412

2012 Impugnação Judicial ao Indeferimento do Recurso Hierárquico 22-05-2018 188 756 2 867

2013 Reclamação Graciosa 17-04-2018 171 213 13 300

2014 Direito de Audição do Projeto de Relatório de Inspeção Tributária 23-03-2018 a) a)

a) Vide Nota 36 – Eventos Subsequentes.

Em resultado da evolução descrita do processo do IVA, a IP reforçou no primeiro semestre de 2018 a provisão

no valor de 4.782 m€, ascendendo o seu valor acumulado em 30 de junho de 2018 a 353.549 m€, o que

corresponde ao IVA que a IP estima que deixaria de receber da AT caso fosse considerado que a CSR não é

uma receita sujeita a IVA (nota 16).

Adicionalmente referir que os valores corrigidos pela AT e não provisionados pela IP resultam fundamentalmente

do IVA deduzido referente à Rede Concessionada do Estado, pelo que, caso a tese da AT tenha provimento em

Tribunal, a contrapartida do encargo adicional para a IP será sempre um incremento do seu Ativo Intangível, sem

impacto direto no resultado do ano e apenas com impacto nos resultados de anos futuros por via de um aumento

das amortizações deste mesmo ativo.

13. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA

VENDA Os ativos não correntes detidos para venda correspondem essencialmente aos ativos da Gare do Oriente, que

no seguimento da recente reorganização do Grupo está prevista a sua integração no Concedente, dado ser

Domínio Público Ferroviário, estando a mesma prevista nos instrumentos previsionais de gestão do Grupo.

14. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Os componentes de caixa e seus equivalentes evidenciados na demonstração consolidada dos fluxos de caixa

para os períodos findos em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017 encontram-se reconciliados com os

montantes apresentados nas rubricas da demonstração consolidada da posição financeira, conforme segue:

Descrição Notas 30-06-2018 31-12-2017

Depósitos bancários 448 152 350 195

Numerário 137 127

Caixa e Equivalentes na Demonstração da Posição Financeira 448 289 350 322

Descobertos contabilísticos 17.1 - 107 - 252

Caixa e Equivalentes na Demonstração dos Fluxos de Caixa 448 181 350 070

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 134

Conforme descrito na nota 35, nas Concessões do Estado, e no âmbito do seu Contrato de Concessão com o

Estado, o Grupo IP poderá eventualmente ser chamada a efetuar o pagamento de Reposições de Equilíbrio

Financeiro (REF), se o Concedente assim o entender.

Entre estes contratos – cuja gestão, em nome e representação do Estado, enquanto Concedente, cabe ao IMT

– Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P (cfr. alínea r) do n.º 4, e n.º 1, ambos do artigo 3.º do Decreto Lei

n.º 236/2012, de 31 de Outubro, na redação em vigor) -, está o Contrato de Concessão do Douro Litoral. No

âmbito desse Contrato de Concessão do Douro Litoral, a Concessionária, na sequência de pedido de REF

declinado pelo IMT, intentou um processo arbitral que culminou com a condenação do Concedente (o Estado,

representado pelo IMT).

Neste contexto, e uma vez que não se mostrava cumprida a decisão condenatória do Tribunal Arbitral, a

Concessionária instaurou uma execução para pagamento de quantia certa, no âmbito da qual foi decretada a

penhora de saldo bancário da IP no valor de 56M€, em janeiro de 2018, penhora essa levantada após o

pagamento da Compensação por decréscimo de receita, de acordo com o definido pelo acórdão arbitral, no

montante de 51,7 M€.

De referir que à data de 30 de junho de 2018 não existem quaisquer restrições à movimentação destes valores.

Os descobertos contabilísticos na demonstração consolidada da posição financeira são apresentados no passivo

corrente na rubrica de financiamentos obtidos.

ALTERAÇÕES NO PASSIVO DECORRENTES DA ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO

Apresenta-se abaixo a reconciliação dos passivos cujos fluxos afetam as atividades de financiamento:

Financiamentos Suprimentos TOTAL

Saldo em dezembro 2017 (1) 3 362 946 4 926 872 8 289 818

Cash

Juros - 37 856 - - 37 856

Amortizações (2) - 37 395 - - 37 395

Outros encargos financeiros - 2 210 - - 2 210

Non Cash

Taxa efetiva (3) 504 - 504

Juros especializados (4) 22 605 8 447 31 053

Outras variações (5) 483 - 483

Outros encargos financeiros (6) - 144 - - 144

Saldo em junho 2018 (1) + (2) + (3) + (4) + (5) + (6) 3 349 000 4 935 319 8 284 319

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 135

15. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS i) CAPITAL SOCIAL

O capital social é representado por ações nominativas revestidas na forma escritural, pertencentes ao Estado

Português e detidas pela Direção Geral do Tesouro e Finanças.

Durante o primeiro semestre de 2018, o capital social foi reforçado em 740.000 m€, tendo este aumento decorrido

de modo faseado nos meses de fevereiro, abril e junho, nos montantes de 450.000 m€, 145.000 m€ e 145.000

m€, mediante a emissão de 90.000, 29.000 e 29.000 novas ações respetivamente, passando o mesmo a perfazer

o montante de 5.665.375 m€ correspondentes a 1.133.075 ações totalmente subscritas e realizadas.

O resultado básico /diluído por ação apresenta-se como segue:

30-06-2018

Resultados atribuídos a acionistas (em euros) 47 400 799

Número médio de ações durante o período 1 079 408

Número médio de ações diluídas durante o período 1 079 408

Resultado por ação básico (em euros) 43,91

Resultado por ação diluído (em euros) 43,91

Uma vez que não existem fatores de diluição verifica-se equivalência entre o resultado básico e o diluído.

O Grupo IP calcula o seu resultado básico e diluído por ação usando a média ponderada das ações em circulação

durante o período de relato, na base que segue:

(Nº de ações)

janeiro de 2018 985 075

fevereiro de 2018 e março de 2018 1 075 075

abril de 2018 e maio 2018 1 104 075

Junho de 2018 1 133 075

Média ponderada de ações em circulação 1 079 408

ii) RESERVAS

As Reservas decompõem-se como segue:

30-06-2018 31-12-2017

Reserva legal 33 820 2 005

Reserva fusão -95 -95

33 725 1 909

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 136

No que respeita à reserva legal, a legislação comercial estabelece que, no mínimo, 5% do resultado líquido anual

tem que ser destinado ao reforço desta reserva até que a mesma represente, pelo menos, 20% do capital social.

A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para

absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada em capital.

De referir que ainda não se encontram aprovadas pelo Acionista as Demonstrações Financeiras da IP do

exercício findo a 31 de dezembro de 2017, pelo que apesar de ter sido proposto pelo Conselho de Administração

Executivo a aplicação da totalidade do resultado líquido do exercício à Reserva Legal, apenas foi considerado

nesta data aplicado o valor correspondente ao limite legal.

16. PROVISÕES

A evolução das provisões para outros riscos e encargos no semestre findo em 30 de junho de 2018 e no exercício

findo em 31 de dezembro de 2017 foi como segue:

Nota Riscos Gerais

Expropriações Empreitadas Clientes Benefícios

aos colaboradores

Estradas Desclas.

Emp. Fase

Negocial

Processo IVA

Total

A 1 de janeiro de 2017 44 250 36 301 33 216 - 1 151 409 280 561 333 968 858 728

Aumento/Reforço 4 354 3 022 17 017 - - - - 14 798 39 376

Redução/Utilização - 8 839 - 14 236 - 4 794 - - 215 - 584 - - - 28 667

A 31 de dezembro de 2017 39 766 25 088 45 438 - 936 408 882 561 348 766 869 437

A 01 de janeiro de 2018 39 766 25 088 45 438 - 936 408 882 561 348 766 869 437

Reexpressão IFRS 9 2.3 - - - 418 - - - - 418

A 1 de janeiro 2018 reexpresso 39 766 25 088 45 438 418 936 408 882 561 348 766 869 855

Aumento/Reforço 5 472 - 11 235 35 - - - 4 782 21 525

Redução/Utilização - 5 230 - 40 - - - 80 - 130 - 561 - - 6 041

A 30 de junho de 2018 40 008 25 047 56 673 453 856 408 752 0 353 549 885 338

Saldo não corrente 40 008 25 047 56 673 453 856 408 752 0 353 549 885 338

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 137

17. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

17.1 FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Apresenta-se a seguinte discriminação de Empréstimos obtidos correntes e não correntes em 30 de junho de

2018 e 31 de dezembro de 2017:

Descrição 30-06-2018 31-12-2017

Empréstimos não correntes

Financiamentos obtidos 2 684 646 3 221 317

Empréstimos correntes

Financiamentos obtidos 664 354 141 629

3 349 000 3 362 946

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 138

Os termos e prazos de reembolso apresentam-se como segue:

Data inicial Data finalPeriodi-

cidade

15/mar

CP III Linha do Norte-B 14/07/1997 49 880 13 301 15/06/2008 15/06/2022 Anual 15/jun

15/set

15/dez

15/mar

14/11/1997 99 760 0 15/09/2003 15/09/2017 Anual 15/jun

15/set

15/dez

Trav . Ferrov iária do Tejo-C1 26/11/1998 25 000 2 250 15/09/2004 15/09/2018 Anual 1º desemb. fix a 4,670% 15/set

Trav . Ferrov iária do Tejo-C2 26/11/1998 25 000 2 398 15/09/2004 15/09/2018 Anual 2º desemb. fix a 5,800% 15/set

3º desemb. v ar. 15/mar

Trav . Ferrov iária do Tejo-C3 26/11/1998 49 760 3 317 15/09/2004 15/09/2018 Anual 15/jun

15/set

15/dez

Linha do Minho-A1 26/11/1998 25 000 2 250 15/09/2004 15/09/2018 Anual 1º desemb. fix a 4,670% 15/set

Linha do Minho-A2 26/11/1998 25 000 2 398 15/09/2004 15/09/2018 Anual 2º desemb. fix a 5,800% 15/set

15/mar

Linha do Minho-A3 26/11/1998 24 820 1 655 15/09/2004 15/09/2018 Anual 0,000% 15/jun

15/set

15/dez

15/mar

10/11/2000 25 937 13 833 15/09/2011 15/09/2020 Anual 15/jun

15/set

15/dez

15/mar

08/10/2001 90 000 54 000 15/09/2012 15/09/2021 Anual 15/jun

15/set

15/dez

15/mar

08/10/2001 59 856 35 913 15/09/2012 15/09/2021 Anual 15/jun

15/set

15/dez

15/mar

02/10/2002 100 000 70 000 15/03/2013 15/03/2022 Anual 15/jun

15/set

15/dez

15/mar

02/06/2004 200 000 160 000 15/12/2014 15/12/2023 Anual 15/jun

15/set

15/dez

15/mar

Suburbanos 28/10/2004 100 000 52 381 15/06/2009 15/06/2024 Anual 15/jun

15/set

15/dez

Suburbanos B 14/12/2005 100 000 61 905 15/09/2010 15/09/2025 Anual Fix a Rev isív el 3,615% 15/set

a transportar 1 000 012 475 601

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,15%

0,000%CPIII/2 L. Norte-B

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,15%

0,000%

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,12%

0,000%Linha do Minho-B

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,12%

0,000%CPIII/2 L. Norte-A

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,15%

0,000%CP III Linha do Norte-D

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,12%

0,000%Ligação ao Algarv e-A

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,15%

0,000%Trav essia Ferrov iária do

Tejo-B

0,000%v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,15%

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,15%

Capital em

dívida

AmortizaçãoRegime de taxa de

juro

Taxa de

Juro

Periodi-

cidade

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,15%

0,000%

DesignaçãoData de

assinaturaMontante

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 139

Os juros destes empréstimos são pagos trimestral, semestral ou anualmente e de forma postecipada.

Nos empréstimos BEI o capital é reembolsado periodicamente após o período de carência. Os restantes

(Eurobonds) serão amortizados integralmente na maturidade (bullet).

Em 30 de junho de 2018, os empréstimos que beneficiavam de aval do Estado totalizam, em valor nominal, 2.662

M€ (2017: 2.700 M€).

Data inicial Data finalPeriodi-

cidade

a transportar 1 000 012 475 601

Suburbanos C 12/10/2006 55 000 34 048 15/03/2011 15/03/2026 Anual Fix a Rev isív el 4,247% 15/mar

15/mar

02/10/2002 30 000 18 000 15/03/2013 15/03/2022 Anual 15/jun

15/set

15/dez

CP III 2 Linha do Norte-C 11/12/2009 100 000 90 000 15/06/2017 15/06/2026 Anual Fix a Rev ersív el 1,887% 15/jun

15/mar

12/07/2007 100 000 95 000 15/12/2017 15/12/2026 Anual 0,172% 15/jun

15/set

15/dez

17/12/2009 200 659 147 150 15/06/2014 15/06/2029 Semestral Fix a 2,189% 15/jun

15/dez

Refer V 04/08/2008 160 000 120 000 15/03/2014 15/03/2033 Anual Fix a Rev isív el 2,653% 15/mar

Refer VI 10/09/2009 110 000 82 500 15/09/2013 15/09/2032 Anual Fix a Rev isív el 2,271% 15/set

Eurobond 06/26 10/11/2006 600 000 599 346 Bullet Fix a 4,047% 16/nov

Eurobond 09/19 13/02/2009 500 000 499 780 Bullet Fix a 5,875% 18/fev

Eurobond 09/24 16/10/2009 500 000 498 829 Bullet Fix a 4,675% 18/out

Eurobond 06/21 11/12/2006 500 000 498 595 Bullet Fix a 4,25% 13/dez

Eurobond 10/30 09/07/2010 125 000 120 910 Bullet Fix a 6,450% 13/jul

Financiamentos Externos TOTAL 3 980 671 3 279 758

Juro corrido 69 134

Descobertos contabilisticos 107

TOTAL 3 349 000

16/11/2026

18/02/2019

16/10/2024

13/12/2021

13/07/2030

v ariáv el BEI, não

podendo ex ceder

Euribor 3M+0,12%

0,000%Ligação ao Algarv e-B

Euribor 3M+0,435%CP III 2 Linha do Norte-D

BEI- Estradas 2009-2019

Capital em

dívida

AmortizaçãoRegime de taxa de

juro

Taxa de

Juro

Periodi-

cidadeDesignação

Data de

assinaturaMontante

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 140

17.2 FINANCIAMENTOS DO ACIONISTA/ SUPRIMENTOS

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017 a rubrica de financiamentos do acionista/suprimentos

decompõe-se como segue:

Descrição 30-06-2018 31-12-2017

Empréstimos não correntes

Empréstimo do Estado 403 459 534 390

Empréstimos correntes

Empréstimo do Estado 4 531 860 4 392 482

4 935 319 4 926 872

Os contratos de empréstimo com o Estado/Suprimentos tiveram como objetivo satisfazer as necessidades de

financiamento das empresas (REFER e EP) desde 2011.

Durante o primeiro semestre de 2018 não foram contraídos novos empréstimos/suprimentos tendo o acionista

suprido as necessidades de financiamento através de aumentos de capital (nota 15).

Estes financiamentos são remunerados a diferentes taxas fixas, acordadas com a DGTF, em função dos

respetivos prazos e montantes. Apresenta-se de seguida o detalhe:

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 141

Data inicial Data finalPeriodi-

cidade

30/12/2011 2 062 772 1 031 386 31/05/2013 30/11/2016 Semestral Fix a 2,770% 31/mai

30/nov

14/02/2012 75 000 56 250 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 3,420% 31/mai

30/nov

14/02/2012 198 400 148 800 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 3,250% 31/mai

30/nov

26/06/2012 118 284 88 713 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 2,740% 31/mai

30/nov

26/06/2012 152 436 114 327 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 1,830% 31/mai

30/nov

03/10/2012 206 246 154 684 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 1,760% 31/mai

30/nov

03/10/2012 49 960 37 470 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 1,590% 31/mai

30/nov

24/05/2013 282 937 282 937 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,100% 31/mai

30/nov

24/05/2013 21 723 21 723 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,270% 31/mai

30/nov

24/05/2013 23 394 23 394 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,350% 31/mai

30/nov

24/05/2013 102 488 102 488 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,440% 31/mai

30/nov

24/05/2013 20 000 20 000 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,150% 31/mai

30/nov

13/11/2013 37 000 37 000 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 1,860% 31/mai

30/nov

13/11/2013 293 000 293 000 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 1,880% 31/mai

30/nov

13/11/2013 24 000 24 000 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 1,960% 31/mai

30/nov

27/05/2014 15 000 15 000 31/05/2016 30/11/2021 Semestral Fix a 2,430% 31/mai

30/nov

27/05/2014 15 000 15 000 31/05/2016 30/11/2021 Semestral Fix a 2,330% 31/mai

30/nov

27/05/2014 20 000 20 000 31/05/2016 30/11/2021 Semestral Fix a 2,220% 31/mai

30/nov

27/05/2014 14 000 14 000 31/05/2016 30/11/2021 Semestral Fix a 2,010% 31/mai

30/nov

30/12/2011 1 705 000 852 500 31/05/2013 30/11/2016 Semestral Fix a 2,770% 31/mai

30/nov

27/01/2012 204 000 153 000 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 3,690% 31/mai

30/nov

27/01/2012 230 000 172 500 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 3,440% 31/mai

30/nov

27/01/2012 75 000 56 250 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 2,930% 31/mai

30/nov

27/01/2012 28 000 21 000 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 2,690% 31/mai

30/nov

30/05/2012 44 000 33 000 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 2,690% 31/mai

30/nov

A transportar 6 017 639 3 788 422

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Capital em dívida

AmortizaçãoRegime de

taxa de juro

Taxa de

Juro

Periodi-

cidade

Empréstimo Estado Português

Designação Data de assinatura Montante

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 142

Data inicial Data finalPeriodi-

cidade

Tranporte: 6 017 639 3 788 422

30/05/2012 80 000 60 000 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 2,700% 31/mai

30/nov

30/05/2012 33 500 25 125 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 1,980% 31/mai

30/nov

26/09/2012 156 800 117 600 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 1,810% 31/mai

30/nov

29/10/2012 16 000 12 000 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 1,710% 31/mai

30/nov

29/10/2012 13 300 9 975 31/05/2014 30/11/2017 Semestral Fix a 1,590% 31/mai

30/nov

29/01/2013 85 000 85 000 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,750% 31/mai

30/nov

29/01/2013 135 600 135 600 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,420% 31/mai

30/nov

29/01/2013 17 400 17 400 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,150% 31/mai

30/nov

08/03/2013 25 654 25 654 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,150% 31/mai

30/nov

08/03/2013 266 405 266 405 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,180% 31/mai

30/nov

08/03/2013 28 042 28 042 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,610% 31/mai

30/nov

04/09/2013 26 202 26 202 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,190% 31/mai

30/nov

04/09/2013 25 000 25 000 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,180% 31/mai

30/nov

04/09/2013 17 943 17 943 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,070% 31/mai

30/nov

09/10/2013 3 688 3 688 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 2,100% 31/mai

30/nov

09/10/2013 21 805 21 805 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 1,870% 31/mai

30/nov

09/10/2013 49 891 49 891 31/05/2015 30/11/2020 Semestral Fix a 1,970% 31/mai

30/nov

Total financiamento acionista 7 019 867 4 715 750

Juros corridos 219 569 019 219 569

TOTAL 4 935 319

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Capital em dívida

AmortizaçãoRegime de

taxa de juro

Taxa de

Juro

Periodi-

cidade

Empréstimo Estado Português

Designação Data de assinatura Montante

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Empréstimo Estado Português

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 143

FINANCIAMENTO A TAXA FIXA

Apresenta-se de seguida o justo valor dos financiamentos a taxa fixa, à data de 30 de junho de 2018:

Designação Valor nominal Capital em dívida Justo Valor Taxa de juro

BEI - Minho A 1 25 000 2 250 2 117 4,670%

BEI - Minho A 2 25 000 2 398 2 258 5,800%

BEI - Tejo C 1 25 000 2 250 2 117 4,670%

BEI - Tejo C 2 25 000 2 398 2 258 5,800%

BEI - Suburbanos B 100 000 61 905 65 551 3,615%

BEI - Suburbanos C 55 000 34 048 40 807 4.247%

BEI - REFER V 160 000 120 000 136 686 2,653%

BEI - REFER VI 110 000 82 500 91 196 2,271%

BEI - CPIII2 Linha do Norte C 100 000 90 000 92 044 1,887%

BEI- Estradas 2009-2019 200 659 147 150 160 571 2,189%

Eurobond 06/26 600 000 600 000 704 392 4,047%

Eurobond 09/19 500 000 500 000 518 560 5,875%

Eurobond 09/24 500 000 500 000 609 616 4,675%

Eurobond 06/21 500 000 500 000 558 042 4,250%

Eurobond 10/30 125 000 125 000 154 309 6,750%

Empréstimo Estado Português 2 062 772 1 031 386 1 069 585 2,770%

Empréstimo Estado Português 75 000 56 250 59 776 3,420%

Empréstimo Estado Português 198 400 148 800 162 593 3,250%

Empréstimo Estado Português 118 284 88 713 93 200 2,740%

Empréstimo Estado Português 152 436 114 327 118 260 1,830%

Empréstimo Estado Português 206 246 154 684 159 813 1,760%

Empréstimo Estado Português 49 960 37 470 38 599 1,590%

Empréstimo Estado Português 282 937 282 937 303 020 2,100%

Empréstimo Estado Português 21 723 21 723 23 386 2,270%

Empréstimo Estado Português 23 394 23 394 25 365 2,350%

Empréstimo Estado Português 102 488 102 488 118 113 2,440%

Empréstimo Estado Português 20 000 20 000 21 424 2,150%

Empréstimo Estado Português 37 000 37 000 39 480 1,860%

Empréstimo Estado Português 293 000 293 000 312 845 1,880%

Empréstimo Estado Português 24 000 24 000 25 693 1,960%

Empréstimo Estado Português 15 000 15 000 16 859 2,430%

Empréstimo Estado Português 15 000 15 000 16 761 2,330%

Empréstimo Estado Português 20 000 20 000 22 106 2,220%

Empréstimo Estado Português 14 000 14 000 15 347 2,010%

Empréstimo Estado Português 1 705 000 852 500 884 074 2,770%

Empréstimo Estado Português 204 000 153 000 163 325 3,690%

A transportar: 8 691 298 6 275 569 6 830 150

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 144

Designação Valor nominal Capital em dívida Justo Valor Taxa de juro

Transporte: 8 691 298 6 275 569 6 830 150

Empréstimo Estado Português 230 000 172 500 183 374 3,440%

Empréstimo Estado Português 75 000 56 250 59 285 2,930%

Empréstimo Estado Português 28 000 21 000 21 900 2,690%

Empréstimo Estado Português 44 000 33 000 34 640 2,690%

Empréstimo Estado Português 80 000 60 000 62 992 2,700%

Empréstimo Estado Português 33 500 25 125 26 056 1,980%

Empréstimo Estado Português 156 800 117 600 121 603 1,810%

Empréstimo Estado Português 16 000 12 000 12 387 1,710%

Empréstimo Estado Português 13 300 9 975 10 276 1,590%

Empréstimo Estado Português 85 000 85 000 93 356 2,750%

Empréstimo Estado Português 135 600 135 600 147 349 2,420%

Empréstimo Estado Português 17 400 17 400 18 744 2,150%

Empréstimo Estado Português 25 654 25 654 27 634 2,150%

Empréstimo Estado Português 266 405 266 405 287 257 2,180%

Empréstimo Estado Português 28 042 28 042 30 661 2,610%

Empréstimo Estado Português 26 202 26 202 28 262 2,190%

Empréstimo Estado Português 25 000 25 000 26 957 2,180%

Empréstimo Estado Português 17 943 17 943 19 278 2,070%

Empréstimo Estado Português 3 688 3 688 3 966 2,100%

Empréstimo Estado Português 21 805 21 805 23 274 1,870%

Empréstimo Estado Português 49 891 49 891 53 428 1,970%

TOTAL 10 070 526 7 485 647 8 122 828

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 145

18. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR

18.1 FORNECEDORES

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro 2017 esta rubrica decompõe-se como segue:

Descrição Notas 30-06-2018 31-12-2017

Fornecedores gerais 33 523 18 998

Fornecedores - outras partes relacionadas 29 1 110 251

Total saldo fornecedores - correntes 34 633 19 249

18.2 OUTRAS CONTAS A PAGAR

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017 esta rubrica decompõe-se como segue:

Descrição 30-06-2018 31-12-2017

Não Correntes

Acréscimos de Gastos - Subconcessões 2 195 220 2 370 818

2 195 220 2 370 818

Correntes

Acréscimos de Gastos - Subconcessões 489 256 496 086

Conservação Periódica de Estradas 296 634 277 484

Acréscimos de Gastos 45 079 38 957

Fornecedores de Investimento 16 650 13 265

Remunerações a Liquidar 20 419 18 672

Adiantamentos por Conta de Vendas 19 328 17 615

Credores Diversos 12 437 12 620

899 802 874 699

3 095 022 3 245 517

Na rubrica Acréscimos de Gastos - Subconcessões está registada a responsabilidade do Grupo IP para com as

subconcessionárias pelos serviços de construção, operação e manutenção já efetuados por estas e ainda não

faturados no valor de 2.684.476 m€, remunerada contabilisticamente a taxas entre os 5% e os 9%, dos quais

489.256 m€ a pagar no prazo de doze meses.

Em Conservação Periódica de Estradas está registada a responsabilidade do Grupo IP de manter ou repor a

infraestrutura rodoviária em determinados níveis de serviço a qual é constituída ao longo do período que decorre

até à data prevista de execução dos trabalhos.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 146

A rubrica de Acréscimos inclui, fundamentalmente, valores a pagar pelo Grupo IP referentes ao seu Contrato de

Concessão com o Estado, no valor de 24 M€.

A rubrica Fornecedores de Investimento refere-se maioritariamente aos valores faturados pela execução de

empreitadas em obras próprias e o valor a pagar referente a Concessões do Estado e Subconcessões.

19. VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS

De 01 de janeiro de 2018 a 30 de junho de 2018 e de 01 de janeiro de 2017 a 30 de junho 2017 as vendas e

serviços prestados detalham-se da seguinte forma:

Descrição 30-06-2018 30-06-2017

Contribuição do Serviço Rodoviário 333 535 333 220

Portagens 149 476 140 809

Utilização de canais (Tarifas) 34 433 34 219

Contratos de Construção e encargos financeiros capitalizados 24 889 42 652

Concedente Estado - Rédito ILD 11 118 7 763

Arrendamento/ Aluguer de Espaços 6 899 5 217

Fibra Ótica 2 985 2 855

Outros 13 921 12 952

Total das vendas e serviços prestados 577 257 579 687

Os valores unitários da Contribuição do Serviço Rodoviário (contrapartida devida pelos utilizadores pelo uso da

rede rodoviária) para 2018 mantiveram-se iguais ao exercício de 2017, situando-se em 87€/1.000 litros para a

gasolina, de 111€/1.000 litros para o gasóleo rodoviário e de 123€/1.000 kg para o GPL auto. A variação registada

no presente exercício reflete o aumento marginal do consumo de combustível.

O detalhe dos contratos de construção para os períodos de relato é como segue:

Descrição 30-06-2018 30-06-2017

Construção de Novas Infraestruturas 13 631 7 000

Encargos Financeiros Capitalizados 10 441 21 161

Rede Subconcessionada - Construção 818 14 491

Contratos de construção 24 889 42 652

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 147

A variação registada na rubrica de Encargos Financeiros Capitalizados reflete a diminuição registada na rubrica

de juros suportados (nota 27).

20. INDEMNIZAÇÕES COMPENSATÓRIAS

Dando cumprimento ao Decreto-Lei n.º 217/2015 de 7 de outubro que transpôs para a ordem jurídica interna a

Diretiva n.º 2012/34/EU, do Parlamento e do Conselho, de 21 de novembro de 2012 e através da Resolução do

Conselho de Ministros n.º 10-A/2016, de 11 de março, foi celebrado em 11 de março de 2016 (retroagindo efeitos

a 01 de janeiro de 2016) o Contrato-Programa entre o Estado Português e a IP, no qual são definidos e regulados

os termos e condições da prestação, pela IP, das obrigações de serviço público de gestão da infraestrutura

integrante da Rede Ferroviária Nacional incluindo a fixação das indemnizações compensatórias a pagar pelo

Estado durante o período 2016-2020. O valor devido a 30 de junho de 2018 no âmbito do referido Contrato-

Programa é de 31.452 m€.

21. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS

MATÉRIAS CONSUMIDAS

De 01 de janeiro de 2018 a 30 de junho de 2018 e no período homólogo de 2017 o detalhe desta rubrica é o que

se segue:

Descrição 30-06-2018 30-06-2017

Capitalização Portagens de Concessões 115 288 110 415

Construção de Novas Infraestruturas 13 631 7 000

Rede Subconcessionada - Construção 818 14 491

Materiais de Ferrovia 5 017 2 020

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 134 753 133 926

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 148

22. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS De 01 de janeiro de 2018 a 30 de junho de 2018 e de 01 de janeiro de 2017 a 30 de junho 2017 os fornecimentos

e serviços detalham-se como segue:

Descrição 30-06-2018 30-06-2017

Conservação Ferroviária 26 740 25 692

Conservação Periódica de Estradas 26 500 26 500

Operação e Manutenção Subconcessões 14 434 13 607

Conservação Corrente e Segurança Rodoviária 11 738 15 788

Encargos Cobrança Portagens 8 667 9 253

Eletricidade 8 454 5 918

Encargos Cobrança CSR 6 671 6 664

Vigilância e Segurança 2 676 2 587

Rendas e alugueres 1 947 1 943

Conservação e Reparação 1 556 1 584

Limpeza, Higiene e Conforto 1 554 1 195

Trabalhos especializados 1 384 1 119

Combustíveis 1 163 1 002

Outros inferiores a 1.000 m€ 4 326 4 379

Fornecimentos e serviços externos 117 810 117 231

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II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 149

23. GASTOS COM O PESSOAL

De 01 de janeiro de 2018 a 30 de junho de 2018 e de 01 de janeiro de 2017 a 30 de junho 2017 os gastos com

o pessoal a 30 de junho de 2018 e 2017, repartem-se da seguinte forma:

Descrição Notas 30-06-2018 30-06-2017

Remunerações do Pessoal 52 019 50 844

Encargos Sobre Remunerações 11 721 11 733

Indemnizações 358 556

Outros Gastos Com Pessoal 2 624 1 867

Remunerações Órgãos Sociais 29.5 382 415

Seguros de Acidentes de Trabalho 733 416

Gastos de Ação Social 196 338

68 032 66 169

No primeiro semestre de 2018 os gastos com pessoal do Grupo IP aumentaram aproximadamente 1,9 M€ face

ao período homólogo de 2017 (2,8%), sobretudo devido ao incremento nas Remunerações: 52 M€ em 2018,

quando em 2017 tinham sido gastos 50,8 M€.

Apesar da diminuição verificada no efetivo médio do Grupo, 3.712 em Junho de 2017 contra 3.678 neste

semestre, a reposição de Direitos Adquiridos (progressões de carreira automáticas e acréscimo de diuturnidades)

iniciada no 2º semestre de 2017 e concretizada a 100% a partir de Janeiro de 2018 motivou, por si só, um

acréscimo de custos no valor de 3,7 M€ e contrariou o resultado das saídas de pessoal.

24. IMPARIDADES As imparidades do primeiro semestre de 2018 foram revertidas em cerca de 957 m€ (junho 2017: reversão de

599 m€), nomeadamente com reversões nas rubricas de clientes (724 m€) e inventários (844m€), decorrentes

da atualização do valor das matérias primas, subsidiárias e de consumo para o seu valor recuperável face à

atualização dos preços de mercado, e reforço da rubrica de Outros devedores (611 m€).

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 150

25. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

Os outros rendimentos e ganhos decompõem-se como segue para os períodos findos a 30 de junho de 2018 e

30 de junho de 2017.

Descrição Notas 30-06-2018 30-06-2017

Subsídios ao investimento - Imputação a resultados i) 33 125 31 595

Rendimentos com Fees de assinatura de Concessões ii) 4 427 4 427

Concessões de utilização e licenças 1 184 1 050

Ganhos na venda de resíduos/materiais 1 345 1 200

Sinistros 1 232 891

Outros 2 156 2 242

Outros rendimentos e ganhos 43 469 41 405

i. Rendimento reconhecido em Amortização dos Subsídios ao Investimento não reembolsáveis

reconhecidos no Passivo, em Diferimentos (nota 9);

ii. Os proveitos com Fees Assinatura Concessões resultam do reconhecimento no exercício da parcela

correspondente do valor recebido em 2007 aquando da assinatura das Concessões Grande Lisboa e Douro

Litoral;

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 151

26. OUTROS GASTOS E PERDAS O detalhe dos outros gastos e perdas é apresentado como segue para os semestres findos em 30 de junho de

2018 e 2017:

Descrição 30-06-2018 30-06-2017

Taxas de Regulação Ativ. Rodoviária e Ferroviária 2 153 2 044

Indemnizações por Danos Materiais 387 302

Quotizações 233 189

Negociações Contratuais 87 25

Dívidas Incobráveis 2 199

Outros 767 628

Outros gastos e perdas 3 629 3 386

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 152

27. PERDAS E GANHOS FINANCEIROS A decomposição da rubrica perdas e ganhos financeiros nos períodos junho de 2018 e dezembro de 2017 é a

seguinte:

Descrição Notas 30-06-2018 30-06-2017

Perdas Financeiras 162 505 180 185

Juros Suportados:

Empréstimos 68 909 77 707

Subconcessões 88 107 97 602

Outros juros suportados 44 1 546

Outras perdas financeiras 5 445 3 331

Ganhos Financeiros 46 878 57 393

Juros Obtidos

Outros juros obtidos - -

Juros obtidos - Concedente Estado 29 46 878 57 253

Outros ganhos financeiros - 139

Resultados Financeiros - 115 627 - 122 792

Os juros suportados em empréstimos dizem respeito aos juros incorridos com a dívida afeta aos segmentos de

negócio Alta Prestação, Atividade de Investimento de Infraestrutura Ferroviária e Atividade de Gestão de

Infraestrutura Ferroviária.

A melhoria face a 2017 resultou da redução do saldo médio dos empréstimos BEI e do não vencimento de juros

sobre as moratórias concedidas sobre o pagamento do serviço da dívida dos empréstimos contraídos junto do

Estado Português, o que virtualmente se assemelha a uma diminuição do saldo médio daqueles empréstimos.

Os gastos com a atualização financeira da dívida às subconcessionárias pela obra / serviços prestados são

registados nos juros suportados Subconcessões, que serão faturados no futuro, de acordo com os termos

estipulados nos respetivos Contratos de Subconcessão. Este montante resulta da responsabilidade do Grupo IP

para com as subconcessionárias pelos serviços de construção e operação e manutenção rodoviária já efetuados

por estas e ainda não pagas, no valor 2.684 M€ (dívida de gestão indireta), remunerada contabilisticamente a

taxas entre os 5% e os 9%.

A redução nos juros nas subconcessões resulta da diminuição do valor atual da dívida às subconcessionárias

pela obra / serviços prestados como consequência dos pagamentos de disponibilidade.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 153

As outras perdas financeiras respeitam aos encargos suportados com a taxa de aval prestado pelo Estado

Português, comissões bancárias e especialização dos encargos associados às emissões de empréstimos

obrigacionistas.

A rubrica de juros obtidos inclui os juros imputados ao concedente Estado (nota 11). Uma vez que os juros

imputados ao concedente Estado são calculados tendo por base as mesmas condições do financiamento que a

atividade de investimento em infraestruturas de longa duração, foram refletidas as moratórias atrás referidas.

28. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO A decomposição do montante de imposto do exercício reconhecido na demonstração condensada do rendimento

integral consolidadas de 30 de junho de 2018 e 30 de junho de 2017, é conforme segue:

Imposto sobre o rendimento Notas 30-06-2018 30-06-2017

Imposto sobre o rendimento corrente - 36 799 - 28 986

Imposto sobre o rendimento diferido 8 14 996 10 711

- 21 803 - 18 275

A taxa de imposto adotada na determinação do montante de imposto do exercício nas demonstrações financeiras

é conforme segue:

Imposto sobre o rendimento 30-06-2018 30-06-2017

Taxa nominal de impostos 21,00% 21,00%

Derrama 1,25% 1,25%

Derrama Estadual (*) 9,00% 7,00%

imposto sobre o rendimento corrente

Diferenças temporárias exceto prejuízos fiscais 31,25% 29,25%

Taxa aplicável a prejuízos fiscais 21,00% 21,00%

(*) 3% sobre os rendimentos tributáveis entre 1,5M€ e 7,5M€,

5% sobre os rendimentos tributáveis entre 7,5M€ e 35M€,

9% sobre os rendimentos tributáveis superiores a 35M€.

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II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 154

Apresenta-se de seguida a reconciliação da taxa efetiva de imposto para os períodos em análise:

Reconciliação da taxa efetiva de impostos 30-06-2018 30-06-2017

Resultado antes de impostos 69 204 64 626

IRC - Taxa média do Grupo 31,25% 29,25%

IRC Teórico 21 626 18 903

Derrama Estadual - Parcela a abater - 1 736 - 1 164

Prejuízos Fiscais e Benefícios RETGS - 73 508

Correções de estimativa de períodos anterior 8 - 48

Diferenças permanentes dedutíveis 1 656 512

Diferenças temporárias - Revisões de estimativa - 521

Diferenças temporárias – Outras - - 1 221

Tributações autónomas 321 264

IRC efetivo - Conforme demonstração dos resultados 21 803 18 275

Taxa efetiva de IRC 31,51% 28,28%

Relativamente às diferenças permanentes dedutíveis destacam-se os impactos dos encargos acrescidos com a

subcapitalização (843 m€) e despesas de realização de utilidade social (508m€).

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 155

29. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A PARTES

RELACIONADAS

29.1 RESUMO DAS PARTES RELACIONADAS

As entidades identificadas como partes relacionadas do Grupo IP em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de

2017, no âmbito do disposto na IAS 24 – Partes Relacionadas, são as seguintes:

30 DE JUNHO DE 2018

Operações conjuntas

AVEP Operação conjunta (A IP detém 50,00% do capital)

AEIE, CFM4 Operação conjunta (A IP detém 25,00% da operação)

Outras entidades relacionadas

AMT Entidade reguladora

Estado Português Acionista/ Concedente

CP Relação Domínio - Estado (Operador Ferroviário)

31 DE DEZEMBRO DE 2017

Operações conjuntas

AVEP Operação conjunta (A IP detém 50,00% do capital)

AEIE, CFM4 Operação conjunta (A IP detém 25,00% da operação)

Outras entidades relacionadas

AMT Entidade reguladora

Estado Português Acionista/ Concedente

CP Relação Domínio - Estado (Operador Ferroviário)

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 156

29.2 SALDOS E TRANSAÇÕES SIGNIFICATIVAS COM ENTIDADES PÚBLICAS

O Grupo IP é detido na totalidade pelo Estado Português, sendo a função acionista exercida pela Direção Geral

do Tesouro e Finanças e tendo tutela conjunta do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas e o Ministério

das Finanças.

No quadro seguinte encontram-se os principais saldos e transações entre o Grupo IP e o Estado no período findo

em 30 de junho de 2018:

30-06-2018

Notas

Ativo Passivo

Rendimentos Gastos Natureza Corrente

Não corrente

Corrente Não

corrente

Tarifa - Op.Transportes Ferroviário Clientes/Fornecedores 10.2/18.1

13.736 - 1.110 - 32.828 1.268

Tarifa - Op.Transportes Ferroviário Out C.receber/a pagar 10.1

11.429 - - - - -

Indemnizações Compensatórias Indemnizações Compensatórias 20

- - - - 31.452 -

Concedente - Estado - ILD Conc. Est. Conta a receber 11

5.709.388 - - - - -

Concedente - Estado - ILD Vendas e Prestação de serviços 19

- - - - 11.118 -

Concedente - Estado - ILD Juros obtidos - Concedente Estado 27

- - - - 46.878 -

TRIR Outos gastos e perdas 26

- - - - - 2.153

CSR Prestações de serviços 19

- - - - 333.535 -

Acréscimos de rendimentos CSR Outras contas a receber 10.1

145.132 - - - - -

Custos de cobrança CSR FSE 22

- - - - - 6.671

Acréscimo de gastos CSR Outras contas a pagar

- - 2.903 - - -

Suprimentos Financiamentos do acionista/ Suprimentos 17.2

- - 4.531.860 403.459 - -

Gastos financeiros - Suprimentos Juros suportados - Empréstimos - - - - - 8.447

5.879.686 0 4.535.873 403.459 455.811 18.539

De seguida apresentam-se os saldos a 31 de dezembro de 2017, bem como as transações para o período findo

a 30 de junho de 2017:

30-06-2017

Notas

Ativo Passivo

Rendimentos Gastos Natureza Corrente

Não corrente

Corrente Não

corrente

Tarifa - Op.Transportes Ferroviário Clientes/Fornecedores 10.2/18.1

29.073 - 283 - 28.165 1.199

Tarifa - Op.Transportes Ferroviário Out C.receber/a pagar 10.1

- - - - - -

Indemnizações Compensatórias Indemnizações Compensatórias 20

- - - - 34.208 -

Concedente - Estado - ILD Conc. Est. Conta a receber 11

5.579.471 - - - - -

Concedente - Estado - ILD Vendas e Prestação de serviços 19

- - - - 7.763 -

Concedente - Estado - ILD Juros obtidos - Concedente Estado 27

- - - - 57.253 -

TRIR / TRIF Outos gastos e perdas 26

- - - - - 2.044

Custos de cobrança CSR FSE 19

- - - - - 6.664

Acréscimo de gastos CSR Outras contas a pagar

- - 3.756 - - -

Suprimentos Financiamentos do acionista/ Suprimentos 17.2

- - 4.249.116 665.321 - -

Gastos financeiros – Suprimentos Juros suportados – Empréstimos

- - - - - 16.511

5.608.544 0 4.253.155 665.321 127.389 26.418

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 157

29.3 SALDOS E TRANSAÇÕES COM OPERADORES FERROVIÁRIOS

No que respeita aos saldos com os operadores ferroviários em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017,

apresenta-se o detalhe que segue

Operadores Ferroviários (saldos) Notas 30-06-2018 31-12-2017

Saldos a receber

Clientes 10.2 13.736 5.344

Outras contas a receber 10.1 11.429 4.758

Saldos a pagar

Fornecedores 18.1 1.110 251

Outras contas a pagar 0 34

De seguida, apresenta-se o detalhe das transações com operadores ferroviários para os períodos findos em 30

de junho de 2018 e 30 de junho de 2017:

Operadores Ferroviários (saldos) 30-06-2018 30-06-2017

Fornecimentos e serviços externos

CP 320 234

320 234

Outros gastos

CP 19 23

19 23

Gastos com pessoal

CP 930 942

930 942

Vendas / Prestações de serviços

CP 33.098 28.114

33.098 28.114

Outros rendimentos

CP -270 50

-270 50

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 158

29.4 OPERAÇÕES CONJUNTAS

De seguida apresentam-se os impactos das operações conjuntamente controladas nas demonstrações

financeiras condensadas consolidadas do Grupo IP nos períodos em análise:

30-06-2018 31-12-2017

Ativos 446 145

Passivos 221 19

30-06-2018 30-06-2017

Réditos 0 1

Resultados do exercício 0 1

29.5 REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Presidente: António Carlos Laranjo da Silva

Vice-Presidentes: José Saturnino Sul Serrano Gordo e Carlos Alberto João Fernandes

Vogais: Vanda Cristina Loureiro Soares Nogueira e Alberto Manuel de Almeida Diogo

Os termos do mandato e o regime remuneratório associado ao exercício dos cargos, foram estabelecidos em

reunião de assembleia geral de 28 de agosto de 2015.

Atendendo à eleição dos membros do Conselho de Administração Executivo da Empresa para o triénio 2018-

2020, em reunião de assembleia geral que decorreu no dia 29 de março de 2018, o Conselho de Administração

Executivo passou a ser constituído por:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Presidente: António Carlos Laranjo da Silva

Vice-Presidentes: José Saturnino Serrano Sul Gordo e Carlos Alberto João Fernandes

Vogais: Alberto Manuel de Almeida Diogo, Vanda Cristina Loureiro Soares Nogueira e Alexandra Sofia Vieira

Nogueira Barbosa.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 159

Na mesma reunião foram estabelecidos os termos do mandato e o regime remuneratório associado ao exercício

dos cargos para o triénio 2018-2020.

Encontrando-se definido o estatuto remuneratório, aos valores ilíquidos apurados foi aplicada a redução de 5%

prevista no artigo 12.º da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho.

Foi igualmente cumprido o disposto no artigo 41.º da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, cujos efeitos foram

prorrogados pelo artigo 20.º, n.º 1 da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro, não tendo sido atribuídos prémios de

gestão.

(valores em euros)

30-06-2018

Conselho de Administração Executivo Remunerações Enc. Patronais

António Carlos Laranjo da Silva 51 818 12 137

Carlos Alberto João Fernandes 46 773 10 924

José Saturnino Sul Serrano Gordo 46 822 10 924

Alberto Manuel de Almeida Diogo 41 719 9 710

Vanda Cristina Loureiro Soares Nogueira 41 649 9 710

Alexandra Sofia Vieira Nogueira Barbosa 18 965 4 435

247 746 57 839

(valores em euros)

30-06-2017

Conselho de Administração Executivo Remunerações Enc. Patroniais

António Carlos Laranjo da Silva 53 303 12 461

Carlos Alberto João Fernandes 48 066 11 215

José Saturnino Sul Serrano Gordo 48 232 11 215

Alberto Manuel de Almeida Diogo 43 161 10 055

Vanda Cristina Loureiro Soares Nogueira 41 677 9 710

234.440 54.655

CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO E REVISOR OFICIAL DE CONTAS

As remunerações dos membros destes órgãos foram definidas em reunião de assembleia geral de 28 de agosto

de 2015.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 160

Após requerimento nesse sentido, os membros do Conselho Geral e de Supervisão abaixo identificados

passaram a exercer os seus cargos sem auferir remuneração:

• José Emílio Coutinho Garrido Castel-Branco, por ter sido nomeado gestor público de outra entidade do

Setor Empresarial do Estado, desde o início do ano de 2017;

• Duarte Manuel Ivens Pita Ferraz, por passagem à situação de reforma ao abrigo do disposto no Decreto-

Lei n.º 1-A/2011, de 3 de janeiro, desde julho de 2017.

(valores em euros)

30-06-2018

Conselho Geral de Supervisão Remunerações Desc. Patron. SS

Issuf Ahmad 10 682 2 169

José Emílio Coutinho Garrido Castel-Branco - --

Duarte Manuel Ivens Pita Ferraz - -

10 682 2 169

(valores em euros)

30-06-2017

Conselho Geral de Supervisão Remunerações Desc. Patron. SS

José Emílio Coutinho Garrido Castel Branco - -

Issuf Ahmad 11 064 2 246

Duarte Manuel Ivens Pita Ferraz 11 064 2 246

22 128 4 492

REVISOR OFICIAL DE CONTAS

(valores em euros)

Entidade 30-06-2018 30-06-2017

Vitor Almeida & Associados, SROC 11 498 4 983

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 161

30 NORMAS CONTABILÍSTICAS E

INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS

Novas normas ou alterações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2018 e que o Grupo adotou na

elaboração das suas demonstrações financeiras

IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes (nova). Esta norma foi emitida em maio de 2014 e adotada

pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 1905/2016, com aplicação aos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2018. Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada

em princípios e assente num modelo de cinco passos, a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes.

Os passos considerados são os seguintes:

i. Identificar o contrato com o cliente

ii. Identificação da “performance obligations”

iii. Determinar o preço da transação

iv. Alocar o preço da transação; e

v. Reconhecimentos do rédito.

A IFRS 15 substitui as seguintes normas: IAS 8 – Rédito; IAS 11 – Contratos de construção; IFRIC 13 –

Programas de fidelização; IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis; IFRIC 18 – Transferências de

ativos provenientes de clientes; SIC 31 – Rédito – Transações de troca direta envolvendo serviços de

publicidade.

IFRS 15 – Rédito de contatos com clientes: clarificações. Estas alterações foram emitidas em

setembro de 2016 e adotadas pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 1987/2017, com aplicação aos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018. Introduzem diversas clarificações na norma com

vista a eliminar possíveis interpretações divergentes de vários assuntos.

Não existem impactos significativos decorrentes da adoção da IFRS 15 pelo Grupo.

IFRS 9 – Instrumentos financeiros. Esta norma foi emitida em 2009 e alterada em 2010, 2013 e 2014,

inserindo-se no projeto de revisão e substituição da IAS 39. Foi adotada pelo Regulamento da Comissão

Europeia n.º 2067/2016, de novembro, definindo a entrada em vigor a partir da data de início em ou após 1

de janeiro de 2018.

A IFRS 9, emitida em 2009, introduziu novos requisitos para a classificação e mensuração de ativos

financeiros. A alteração de 2010 introduziu requisitos adicionais relacionados com passivos financeiros. A

alteração de 2013 introduziu a metodologia de cobertura. Em 2014 foram consideradas alterações limitadas

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 162

à classificação e mensuração contidas na IFRS 9 e novos requisitos relativos à imparidade de ativos

financeiros.

A norma contém três categorias de mensuração de ativos financeiros: custo amortizado; justo valor por

contrapartida em outro rendimento integral; e justo valor por contrapartida em resultados, sendo eliminadas

as categorias atualmente existentes na IAS 39.

Os impactos decorrentes da adoção desta norma pelo Grupo encontram-se divulgados na nota 2.3.

IFRS 4 – Contratos de Seguro: aplicação da IFRS 9-Instrumentos financeiros juntamente com a IFRS

4 – Contratos de Seguro (alterações). Estas alterações foram emitidas em setembro de 2016 e adotadas pelo

Regulamento n. º 1988/2017, com aplicação obrigatória nos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de

2018. Proporciona orientações sobre a aplicação da IFRS 4 em conjunto com a IFRS 9. A referida IFRS 4

será substituída pela IFRS 17, ainda em fase de adoção pela União Europeia.

A adoção desta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

IFRS 2 – Pagamento com base em ações: Classificação e mensuração das transações (alterações). A

emenda foi emitida junho de 2016 e adotada pelo Regulamento nº 289/2018 com aplicação obrigatória para

períodos que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018. As emendas destinam-se a clarificar o modo como

as empresas devem aplicar a norma em certos casos específicos, a qual não tem impacto no Grupo.

Melhoramentos do ciclo 2014-2016. Normas: IFRS 1 – Adoção pela primeira vez das normas

internacionais de relato financeiro (elimina algumas isenções de curto prazo); IFRS 12- Divulgação de

interesses noutras entidades (clarifica o âmbito da norma quanto a ativos detidos para venda) e IAS 28 –

Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos. (clarifica aspetos de mensuração). Estes

melhoramentos foram emitidos pelo IASB em dezembro de 2016 e adotada pelo Regulamento 182/2018 com

aplicação obrigatória para períodos que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

Não existem impactos significativos decorrentes da adoção destas melhorias.

IAS 40 – Propriedades de investimento: Transferências (alterações). Esta emenda foi emitida em

dezembro de 2016 e adotada pelo Regulamento nº 400/2018 com aplicação obrigatória para períodos que se

iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018. Vem clarificar que a mudança de classificação do ativo apenas deve

ser feita quando existam evidências de alteração do uso.

Não existem alterações significativas resultantes da adoção desta interpretação.

IFRIC 22- Transações em moeda estrangeira incluindo adiantamentos para compra de ativos. Foi

emitida em dezembro de 2016 e adotada pelo Regulamento nº 519/2018, com aplicação obrigatória para

períodos que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018. A interpretação vem definir, que tendo existido

adiantamentos em moeda estrangeira para efeitos de aquisição de ativos, gastos ou obtenção de

rendimentos, a data de transação para efeitos da determinação da taxa de câmbio a utilizar no

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 163

reconhecimento do ativo, gasto ou rendimento é a data em que a entidade reconhece inicialmente o ativo ou

passivo não monetário resultante da operação.

Não existem alterações significativas resultantes da adoção desta interpretação.

Novas normas, alterações e interpretações emitidas e adotadas pela União Europeia, mas sem aplicação

efetiva aos exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2018 e não aplicadas antecipadamente.

IFRS 16 – Locações (nova). Esta norma foi emitida em janeiro de 2016 e adotada pelo Regulamento da

Comissão Europeia n.º 1986/2017, com aplicação aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de

2019. A norma introduz os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS 17 –

Locações. Define um modelo único de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento

pelo locatário de ativos e passivos para todos os contratos de locação, exceto se tiverem duração inferior a

12 meses ou respeitarem a ativos de reduzido valor. A depreciação e os juros relacionados com tais ativos

são apresentados na demonstração dos resultados de forma separada. Os locadores continuarão a classificar

as locações entre operacionais ou financeiras.

Estão a ser estimados os impactos decorrentes da adoção desta norma pelo Grupo.

IFRS 9 – IFRS 9 Instrumentos Financeiros: Elementos de pré-pagamento com compensação negativa

(alterações). Esta emenda foi emitida em outubro de 2017 e adotada pelo Regulamento da Comissão

Europeia nº 498/2018, com aplicação aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019. As

emendas destinam-se a esclarecer a classificação de determinados ativos financeiros pré-pagáveis aquando

da aplicação da IFRS 9.

Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura desta norma pelo Grupo.

Novas normas, alterações e interpretações emitidas pelo IASB e IFRIC mas ainda não adotadas pela

União Europeia

IFRS 14 Contas Diferidas Regulatórias (Desvios tarifários). O IASB emitiu em janeiro de 2014 uma

norma que define medidas provisórias para quem adota pela primeira vez as IFRS e tem atividade com tarifa

regulada. A Comissão Europeia decidiu não avançar com o processo de aprovação, aguardando pela norma

definitiva.

IFRS 17- Contratos de Seguro (nova). Esta norma foi emitida em maio de 2017 com data de aplicação

obrigatória para períodos que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2021. Estabelece, dentro do seu âmbito

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 164

de aplicação, os princípios para o reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação e visa substituir

a IFRS 4 – Contratos de seguros.

A adoção futura desta norma não tem impacto no Grupo.

IFRIC 23 – Incertezas quanto ao tratamento de impostos sobre o rendimento (nova). Foi emitida

em junho de 2017 com data de aplicação obrigatória para períodos que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2019. A interpretação inclui orientações sobre a determinação do lucro tributável, das bases fiscais, dos

prejuízos fiscais a reportar, dos créditos fiscais a usar e das taxas de imposto em cenários de incerteza.

A adoção futura desta interpretação não tem impacto relevante no Grupo.

IAS 28 – Investimentos em associadas e entidades controladas conjuntamente: Interesses de longo

prazo em Investimentos em associadas e entidades controladas conjuntamente (alterações) - Estas

alterações foram emitidas em outubro de 2017 com data de aplicação obrigatória para períodos que se iniciem

em ou após 1 de janeiro de 2019. Vêm clarificar que a IFRS 9 deve ser aplicada a investimentos em

associadas e acordos conjuntos quando o método de aplicação da equivalência patrimonial não é aplicado

na mensuração dos mesmos.

A adoção futura desta alteração não tem impacto no Grupo.

Melhoramentos do ciclo 2015-2017: Normas: IFRS 3 – Concentração de atividades empresariais;

IFRS 11- Acordos conjuntos; IAS 12-Impostos sobre o rendimento e IAS 23 – Custos de empréstimos

(alterações). Estas alterações foram emitidas em dezembro de 2017 com data de aplicação obrigatória para

períodos que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019. Entre as clarificações consideradas, refere-se a

relacionada com a IAS 23 segundo a qual a parte do empréstimo diretamente relacionado com a

aquisição/construção de um ativo, em dívida após o correspondente ativo ter ficado pronto para o uso

pretendido é, para efeitos de determinação da taxa de capitalização, considerada parte integrante dos

financiamentos genéricos à entidade.

Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias.

IAS 19 Benefícios dos Empregados: Alteração, redução ou cancelamento do plano (alterações). Estas

alterações foram emitidas em fevereiro de 2018 com data de aplicação obrigatória para períodos que se

iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019.

Alterações às Referenciações à Estrutura Conceptual nas normas IFRS (alterações): Estas

alterações foram emitidas em março de 2018 com data de aplicação obrigatória para períodos que se iniciem

em ou após 1 de janeiro de 2020.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 165

31 GARANTIAS E AVALES

As responsabilidades por garantias bancárias assumidas, em 30 de junho de 2018, totalizavam 274 M€ (2017:

274 M€). Deste valor, 269 M€ reportam a garantias prestadas à Autoridade Tributária decorrentes do processo

do IVA (nota 12) e 2 M€ são garantias prestadas a tribunais no âmbito de processos em contencioso.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 166

32 CONTINGÊNCIAS

PROCESSOS EM TRIBUNAL

A 30 de junho de 2018, os processos judiciais em curso, referentes a expropriações ferroviárias, atingem o valor

de 4.683 m€ (em dezembro de 2017: 2.833 m€), sendo que este valor não tem reflexo na Demonstração da

Posição Financeira. Nestes casos são efetuados depósitos à ordem do tribunal onde esteja a decorrer o

processo, depósitos estes equivalentes ao valor arbitrado e que ficam à guarda da Caixa Geral de Depósitos

sendo que, da sua resolução, não resulta um encargo para o Grupo, mas sim para o Concedente das

infraestruturas ferroviárias.

Existem ainda outras ações relacionadas com acidentes ocorridos nas infraestruturas ferroviárias de que a

Empresa é gestora e danos provocados em propriedades alheias e imputáveis à Empresa. Estas ações

encontram-se cobertas pelo seguro de atividade do Grupo IP.

As contingências que possam advir dos processos a decorrerem no Tribunal do Trabalho foram objeto de

provisão, conforme nota 16.

PROCESSOS DE IVA

O Grupo IP apresenta à data de divulgação das suas contas os seguintes processos de IVA, para além do descrito

na nota 12.:

i. Proferida a decisão final em sede de Administração Tributária relativa à correção de IVA de 2006

envolvendo o montante de 2.816.329 euros, foi deferido parcialmente pela Autoridade Tributária tendo,

a IP Património, apresentado impugnação judicial com parecer de especialista fiscal. Não obstante o

indeferimento da reclamação graciosa, os pareceres fiscais sobre a matéria permitem sustentar a

convicção da Empresa que assiste razão para devolução do referido montante, uma vez que não ocorreu

qualquer incumprimento fiscal por parte da IP Património no apuramento de imposto e tratamento da

operação em sede do código do IVA. No limite, caso a ação não seja ganha, terá que ser reconhecido

como gasto o valor já depositado à ordem da AT, acrescido de eventuais juros de mora e compensatórios.

Em 25 de maio de 2015, a empresa foi notificada da contestação da Autoridade Tributária, aguardando-

se a marcação da audiência.

ii. Processo executivo que decorre no 1º Serviço das Finanças de Lisboa, relativo a Imposto sobre

o Valor Acrescentado liquidado pela IP Telecom durante o exercício financeiro de 2002, para o qual foi

apresentada Reclamação Graciosa. O processo supra encontra-se presentemente suspenso, uma vez

que foi prestada garantia bancária no valor de 24.448 euros (quantia exequenda, juros, custos e

acréscimo de 25%).

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 167

SUBSÍDIOS

Os subsídios afetos à concessão foram atribuídos de acordo com as condições de elegibilidade aplicáveis às

candidaturas respetivas encontrando-se, no entanto, sujeitos a auditorias e eventual correção pelas entidades

competentes. No caso das candidaturas a subsídios comunitários, estas correções poderão ocorrer durante um

período de cinco anos a partir do pagamento do saldo.

Tratando-se de subsídios afetos à atividade de investimento ferroviário por conta do Concedente, a devolução

tem repercussão apenas na conta do Concedente Estado - Conta a receber.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 168

33 COMPROMISSOS

Os compromissos do Grupo IP resultam fundamentalmente da sua obrigação de cumprir com os compromissos

assumidos relativos aos Contratos de Subconcessão Rodoviária e à substituição do Estado nos seus

pagamentos e recebimentos da Rede Rodoviária Concessionada.

Os encargos líquidos do Grupo IP com Concessões Rodoviárias do Estado e Subconcessões, incluindo as

receitas de portagem após o término dos Contratos de Concessão do Estado com os parceiros privados, que

são receitas do Grupo IP, de acordo com o seu Contrato de Concessão, a preços constantes e com IVA, conforme

os valores enviados à Direção Geral do Tesouro e Finanças que serviram de base aos valores apresentados no

quadro correspondente no Relatório do Orçamento do Estado para 2018, resumem-se aos apresentados no

quadro seguinte:

Encargos Concessões e Subconcessões (M€) 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026

Encargos Brutos 1 498 1 436 1 414 1 379 1 366 1 228 1 185 1 043 945

Receitas - 327 - 333 - 346 - 387 - 407 - 417 - 422 - 428 - 464

Encargos Líquidos 1 171 1 103 1 068 992 958 812 763 615 481

Encargos Concessões e Subconcessões (M€) 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

Encargos Brutos 849 809 692 586 507 346 273 264 218

Receitas -453 -459 -470 -337 -218 -154 -131 -136 -140

Encargos Líquidos 395 350 222 249 289 192 142 128 78

Encargos Concessões e Subconcessões (M€) 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042

Encargos Brutos 173 157 161 37 6 - -

Receitas -87 -74 -75 -29 -6 - -

Encargos Líquidos 87 83 87 8 0 0 0

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 169

34 INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS

LEGAIS

a) Nos termos do nº 1 do art.º 21º do Decreto-Lei nº 411/91, de 17 de outubro, o Grupo confirma não ser

devedor de quaisquer contribuições vencidas à Segurança Social; mais informa não ser devedor de qualquer

dívida perante a Administração Fiscal.

b) Impacto da atividade do Grupo IP nas Contas Nacionais e Contas Públicas (Base 12, número 3, alínea

c) do Decreto-Lei nº 110/2009 de 18 maio):

A. CONTAS NACIONAIS:

Após consulta ao Instituto Nacional de Estatística (INE) entende-se que todas as rubricas contabilísticas do Grupo

IP têm impacto direto nas contas nacionais. Os fluxos que o Grupo estabelece com unidades fora do perímetro

das Administrações Públicas terão efeito direto nos agregados das administrações públicas (défice e/ou dívida),

impacto cujo efeito e magnitude dependerá das operações em causa. Assim, exemplificando, quando o Grupo

IP recebe juros de aplicações financeiras fora do perímetro das Administrações Públicas, contribui positivamente

para o saldo das Administrações Públicas. Quando o Grupo IP paga serviços prestados por Sociedades fora do

perímetro das Administrações Públicas está a aumentar a despesa pública e, consequentemente, o défice; se o

Grupo IP se financiar junto do sector financeiro ou do Resto do Mundo, está a aumentar a dívida pública.

Pela própria natureza do sistema de contas nacionais, a estimativa do impacto de uma única unidade deve ser

tomada como meramente indicativa. Consistindo num sistema integrado, para evidenciar as relações económicas

subjacentes de forma mais explícita, a metodologia das contas nacionais estabelece que as operações de uma

unidade ou conjunto de unidades, por vezes, sejam objeto de transformações cujo efeito analítico só faz sentido

no conjunto mais alargado do sistema de contas.

B. CONTAS PÚBLICAS:

A prestação de contas numa ótica de contabilidade pública adota a denominada base de caixa, em que se

procede ao registo de fluxos financeiros – pagamentos e recebimentos.

O Grupo IP encontra-se integrado nas Entidades Públicas Reclassificadas passando a ser equiparada a Serviços

e Fundos Autónomos, sendo assim integrada no universo do Orçamento do Estado.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 170

35 OUTROS FACTOS RELEVANTES

COMPENSAÇÕES, RESERVAS DE DIREITOS, PEDIDOS DE REPOSIÇÃO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO

(REF) E IMPUGNAÇÕES DE MULTAS NAS SUBCONCESSÕES E CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE

SERVIÇO

Nos termos dos Contratos de Subconcessão ainda antes da apresentação de qualquer pedido de reposição de

equilíbrio financeiro (REF) em concreto, a contraparte do Grupo IP tem que formular aquilo que se designa como

“reserva de direito”, ou seja, tem de informar o Grupo IP que entende que um determinado facto é elegível para

efeitos de REF. Depois desta reserva, é que são ou podem ser apresentados os pedidos de REF. Cumpre

igualmente notar que caso a reserva de direito não seja formulada no prazo de 30 dias a contar da data da

ocorrência do evento, o putativo e eventual direito a REF caduca.

A 30 de junho de 2018 estão em aberto os seguintes pedidos de REF:

Subconcessão Tipo de Pedido Efetuado Facto Gerador do Pedido Ponto de Situação

Baixo Tejo (AEBT) Reposição de equilíbrio financeiro

Alterações legislativas de carácter específico: DL n.º 112/2009, de 18/5; Portaria n.º 314-B/2010, de 14/6 e DL n.º 111/2009, de 18/05 e Portaria nº 1033-C/2010 de 06/10

Arbitragem suspensa por acordo.

Litoral Oeste (AELO)

Reposição de equilíbrio financeiro

Alterações legislativas de carácter específico: DL n.º 112/2009, de 18/5; Portaria n.º 314-B/2010, de 14/6 e DL n.º 111/2009, de 18/05 e Portaria nº 1033-C/2010 de 06/10

Arbitragem suspensa por acordo.

Litoral Oeste (AELO)

Reposição de equilíbrio financeiro

A SC alega vários factos geradores do pedido: alterações aos projeto; perturbações de natureza ambiental (povoamento de sobreiros); condições geológicas e geotécnicas anormais e imprevisíveis; achados arqueológicos; atrasos no planeamento da empreitada por dificuldades insuperáveis criadas pela IP e Expropriações.

Arbitragem suspensa por acordo.

Litoral Oeste (AELO)

Impugnação de multa A SC considera ilegal a aplicação da multa. Aguarda audiência prévia

Contrato de Prestação de

Serviços Tipo de Pedido Efetuado Facto Gerador do Pedido Ponto de Situação

ViaLivre - Norte Litoral

Reposição de equilíbrio financeiro

Alteração legislativa de caráter especifico - Alteração da Lei n.º 25/2006, decorrente da Lei que aprovou o OE 2011 - Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro

A IP aceitou a elegibilidade das despesas apresentadas, que serão ou não aprovadas caso a caso.

ViaLivre - Norte Litoral

Reposição de equilíbrio financeiro

Alteração legislativa de caráter especifico - Alteração da Lei n.º 25/2006, materializadas aquando da aprovação da Lei n.º 64-B/2011 de 30 de Dezembro.

A IP aceitou a elegibilidade das despesas apresentadas, que serão ou não aprovadas caso a caso.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 171

COMPENSAÇÕES, RESERVAS DE DIREITOS E PEDIDOS DE REPOSIÇÃO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO

(REF) NAS CONCESSÕES DO ESTADO

Estas concessões são concessões do Estado, e foram negociadas pelo Estado, pelo que o Grupo IP desconhece

quaisquer reservas de direito e/ou pedido de reequilíbrio das Concessões uma vez que, a existirem, estes não

são apresentados ao Grupo, uma vez que este não é contraparte desses contratos. No âmbito do seu Contrato

de Concessão com o Estado, o Grupo IP poderá eventualmente ser chamada a efetuar o pagamento destes REF,

se o Concedente assim o entender.

No primeiro semestre de 2018, o Grupo IP registou encargos no montante de 56,9 M€ de comparticipações,

compensações e reequilíbrios, dos quais se destacam:

I. Compensação por decréscimo de receita à AEDL - Auto-Estradas do Douro Litoral, de acordo com o

definido pelo acórdão arbitral, no montante de 51,7 M€.

II. Execução do Acordo de Reequilíbrio Financeiro, com a Lusoponte, resultando num saldo de 4 M€ a

favor da Concessionária.

III. Pagamento do montante de 1,2 M€ relativos a reembolso de TRIR (Taxa de Regulação das

Infraestruturas Rodoviárias) e SIEV, a diversas concessionárias.

APROVAÇÃO DAS CONTAS DA IP REFERENTES AO PERÍODO DE 2017

À data de aprovação destas demonstrações financeiras ainda não tinham sido aprovadas pelo acionista as

demonstrações financeiras separadas e consolidadas e os correspondentes relatórios de gestão do Conselho de

Administração Executivo referentes ao exercício de 2017.

36 EVENTOS SUBSEQUENTES

A 4 de setembro de 2018, no decorrer do habitual processo de inspeção fiscal relativamente ao ano de 2014 da

extinta EP, foi emitido Relatório de Inspeção Tributária pela AT originando liquidações adicionais e juros no

montante de 248.308 m€ e 12.475 m€, respetivamente.

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 172

Almada, 27 de setembro de 2018

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Diretora Financeira Presidente António Carlos Laranjo da Silva Maria do Carmo Almiro do Vale Duarte Ferreira

Vice - Presidente José Saturnino Sul Serrano Gordo

Vice - Presidente Carlos Alberto João Fernandes

Contabilista Certificado

Vogal Alberto Manuel de Almeida Diogo

Diogo Mendonça Lopes Monteiro

Vogal Vanda Cristina Loureiro Soares Nogueira

Vogal Alexandra Sofia Vieira Nogueira Barbosa

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 173

ANEXOS

Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 174

RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA ÀS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS CONDENSADAS CONSOLIDADAS DE 30 DE

JUNHO DE 2018

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AUDITORES ASSESSORES CONSULTOR ES

ROSA, CORREIA 8- ASSOCIADOS, SROC, S.A.

INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL, S.A.

RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONDENSADAS CONSOLIDADAS

30 DE JUNHO DE 2018

•• • Praxity GLOBAL ALLIANCE OF:: INDEPENDENT FIRMS

0.1%b• AUDITORES

-R ASSESSORES CONSULTORES

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WWW.RCA.AC

LISBOA AV, DUQUE D'AVILA, 185, 52 1050-082 LISBOA PORTUGAL

PORTO AV.- DA BOAVISTA. 1167, 52, SALA 53 4100-130 PORTO PORTUGAL

T.(+351) 217 520 250 F.(+351) 217 520 259

E.RCA GERA IA, RCA AC

RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONDENSADAS CONSOLIDADAS

Introdução

Efetuámos uma revisão limitada das demonstrações financeiras condensadas consolidadas anexas da INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL, S.A. (o Grupo), que compreendem a demonstração da posição financeira condensada consolidada em 30 de junho de 2018 (que evidencia um total de 28.722.955 milhares de euros e um total de capital próprio de 5.936.631 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 47.401 milhares de euros), as demonstrações condensadas consolidadas dos resultados por natureza, do rendimento integral, das alterações nos capitais próprios e dos fluxos de caixa relativas ao período de seis meses findo naquela data, e as notas anexas às demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Responsabilidades do órgão de gestão

É da responsabilidade do órgão de gestão a preparação de demonstrações financeiras condensadas consolidadas de acordo com IAS 34 — Relato Financeiro Intercalar tal como adotada na União Europeia, e pela criação e manutenção de um sistema de controlo interno apropriado para permitir a preparação de demonstrações financeiras condensadas consolidadas isentas de distorção material devida a fraude ou erro.

Responsabilidades do auditor

A nossa responsabilidade consiste em expressar uma conclusão sobre as demonstrações financeiras condensadas consolidadas anexas. O nosso trabalho foi efetuado de acordo com a ISRE 2410 — Revisão de Informação Financeira Intercalar Efetuada pelo Auditor Independente da Entidade e demais normas e orientações técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Estas normas exigem que o nosso trabalho seja conduzido de forma a concluir se algo chegou ao nosso conhecimento que nos leve a acreditar que as demonstrações financeiras condensadas consolidadas, não estão preparadas em todos os aspetos materiais de acordo com a IAS 34 — Relato Financeiro Intercalar tal como adotada na União Europeia.

Uma revisão limitada de demonstrações financeiras condensadas consolidadas é um trabalho de garantia limitada de fiabilidade. Os procedimentos que efetuámos consistem fundamentalmente em indagações e procedimentos analíticos e consequente avaliação da prova obtida.

Os procedimentos efetuados numa revisão limitada são significativamente mais reduzidos do que os procedimentos efetuados numa auditoria executada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA). Consequentemente, não expressamos uma opinião de auditoria sobre estas demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Conclusão

Com base no trabalho efetuado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que as demonstrações financeiras condensadas consolidadas anexas da INFRAESTRUTURAS DE

Praxity*: figh'hUM,U*.

RCA - ROSA. CORREIA Er ASSOCIADOS. SROC, SA I CAPITAL REALIZADO 50.000 I NIPC: 503 786 110 I SROC NT 143 I AUDITOR REGISTADO NA C.14 V. N. N.° 20161455

Jo. ik -I' V al

AUDITORES ASSESSORES CONSULTORES

INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL, S.A.

Relatório de Revisão Limitada de demonstrações financeiras condensadas consolidadas

a 30 de junho de 2018

PORTUGAL, S.A., em 30 de junho de 2018, não estão preparadas em todos os aspetos materiais, de acordo com a IAS 34 — Relato Financeiro Intercalar tal como adotada na União Europeia,

Ênfases

Sem modificar a nossa conclusão, chamamos a atenção para as seguintes situações:

De acordo com o divulgado na nota 12 às demonstrações financeiras condensadas consolidadas, o ativo corrente relevado na rubrica Estado e outros entes públicos respeita, praticamente na totalidade, a IVA apurado no âmbito da concessão rodoviária pela extinta EP - Estradas de Portugal, S.A. e pela empresa-mãe, desde a fusão com a REFER, no total de 1.529.289 milhares de euros. Em virtude do enquadramento dado pela Autoridade Tributária à atividade exercida pela empresa-mãe, em particular no que se refere à Contribuição de Serviço Rodoviário (CSR), têm vindo a ser efetuadas liquidações adicionais de IVA, cujo montante, para os exercícios inspecionados até 2013 ascende a 897.113 milhares de euros, a que acrescem juros contados até à data das mesmas, no montante de 58.039 milhares de euros, as quais foram objeto de impugnação judicial (anos anteriores a 2013) e de reclamação administrativa (anos de 2013). Em setembro de 2018, conforme divulgado nas notas 12 e 36, a empresa-mãe tomou conhecimento da liquidação adicional de 248.308 milhares de euros referente ao exercício de 2014, a que acrescem juros no montante de 12.475 milhares de euros. Conforme também se refere na mesma nota 12, a empresa-mãe foi notificada, em outubro de 2017, do Acórdão que revoga a sentença recorrida relativamente a um dos processos judiciais (imposto de 64.506 milhares de euros) considerando totalmente procedente a impugnação judicial da EP e anulando as liquidações adicionais emitidas pela Autoridade Tributária, que recorreu para o Supremo Tribunal Administrativo. Segundo o divulgado na nota 16, o Grupo tem vindo a constituir, anualmente, provisões correspondentes ao total do IVA deduzido em atividades financiadas pela CSR, cujo montante em 30 de junho de 2018 ascende a 353.549 milhares de euros, considerando que qualquer risco associado ao IVA deduzido não provisionado tem, essencialmente, repercussão contabilística no custo do direito de concessão da rede rodoviária nacional.

Relativamente aos contratos de subconcessão é divulgado no Relatório de gestão o facto de o Tribunal de Contas ter recusado a concessão do Visto relativamente ao Contrato de Subconcessão Alterado do Algarve Litoral, assinado a 23 de outubro de 2017, tendo a empresa-mãe interposto recurso cujo desfecho não é possível prever.

De acordo com o divulgado na nota 17.2 às referidas demonstrações financeiras, parte significativa do financiamento do Grupo tem sido assegurada pelo acionista Estado, sendo o total dos financiamentos/suprimentos, em 30 de junho de 2018, de 4.935.319 milhares de euros, incluindo juros. A quantia evidenciada no passivo corrente (4.531.860 milhares de euros) integra 4.261.551 milhares de euros com maturidade já atingida, relativamente aos quais tem vindo a ser concedida moratória com suspensão de juros. Também conforme decorre da nota 11, o ativo corrente inclui a quantia de 5.709.388 milhares de euros resultante de investimentos efetuados pelo Grupo, por conta do Estado, em infraestruturas ferroviárias de longa duração. Segundo a divulgação efetuada no relatório de gestão e na nota 3 às referidas demonstrações financeiras, encontra-se em curso uma operação de compensação, no montante de cerca de 2.315.387 milhares de euros, que se prevê poder ser concretizada até ao final do exercício.

As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, conforme se divulga na nota 15, ainda se encontram pendentes de aprovação pelo acionista Estado.

Conforme divulgado nas notas 2.1, 2.4, 2.5 e 7 às demonstrações financeiras condensadas consolidadas, o referencial de relato financeiro aplicável aos acordos de concessão de serviços e o modelo seguido pelo Grupo relativamente ao direito de concessão da rede rodoviária nacional

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-R C-A AUDITORES ASSESSORES CONSULTORES

INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL, S.A.

Relatório de Revisão Limitada de demonstrações financeiras condensadas consolidadas

a 30 de junho de 2018

(Concessão) têm subjacente pressupostos e estimativas de grande relevância, como sejam o montante global dos investimentos e dos rendimentos previstos até ao termo da concessão, em 31 de dezembro de 2082, os quais constam de projeções económico-financeiras preparadas e revistas anualmente pelo Grupo. Dado que frequentemente os acontecimentos futuros podem não ocorrer da forma esperada, nomeadamente por efeito de fatores exógenos ao Grupo, tais como evolução de variáveis macroeconónnicas, decisões políticas e mutações socioeconómicas, o desempenho financeiro e económico da Concessão poderá ser significativamente afetado, caso os pressupostos considerados sofram alterações, conforme demonstrado na análise de sensibilidade apresentada na nota 2.4 às demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

Lisboa, 28 de setembro de 2018

RCA — Rosa, Correia & Associados, SROC, S.A. representada por Gabriel Correia Alves, ROC

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Relatório e Contas Consolidado 1.º Semestre 2018

II Demonstrações Financeiras e Notas

I. 175