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Jorge de Lima

SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA

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Jorge de Lima

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Biografia

Jorge Mateus de Lima nasceu no estado de Alagoas em 1895, foi político, médico, poeta, romancista, biógrafo, ensaísta, tradutor e pintor brasileiro. Fez ginásio e segundo grau em Maceió e com apenas com 15 anos entrou pra faculdade de medicina em Salvador. Terminou seu curso no Rio de Janeiro onde estreou na literatura com livros de características parnasianas. Se tornou um grande médico e também foi deputado estadual por seu estado natal. Foi professor de literatura na Universidade do Brasil. Faleceu no Rio de Janeiro em 1953, aos 58 anos de idade.

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Característica estilística do autor

Jorge de Lima, reconhecido como ‘’ príncipe dos poetas’’, é espontâneo na arte de poetar, parecendo não ter muito compromisso com essa atividade. Seu primeiro livro teve características Parnasianas mas logo após aproxima-se mais da estética de sua época, o Modernismo. Há grandes variedades em seus temas abordados, como identificação de raízes pátrias, sentimentos de nacionalismo(principalmente da região nordeste), infância, cultura, religiosidade (como a poesia cristã “ Tempo e eternidade “), entre outros. Fez sonetos, reinventou Camões, refletiu em alguns poemas heranças parnasianas, fez sátira e humor.

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Obras do autorEssa negra Fulô

[..] O Sinhô foi açoitar sozinho a negra Fulô. A negra tirou a saiae tirou o cabeção, de dentro dêle pulounuinha a negra Fulô.

Essa negra Fulô!Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!Cadê, cade teu sinhôque Nosso Senhor me mandou?

Ah! Foi você que roubou, Foi você , negra Fulô?

Essa negra Fulô!

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Análise

O poeta denuncia a difícil condição do negro no Brasil. A escrava Fulô era sempre solicitada para todos afazeres á sua senhora. Por viver no mesmo local que a patroa, foi acusada de vários roubos, sendo assim condenada a um castigo. Quando se despe para receber as chibatas de seu patrão, acaba comentendo um roubo de outra éspecie, diferente dos outros que não foram comprovados que a escrava tinha sido autora, roubou da sinhá o seu marido. A beleza de seu corpo seduziu o senhor.

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Tempo e eternidade

Alta noite, quando escreveis um poema qualquer

sem sentirdes o que escreveis,

olhai vossa mão – que vossa mão não vos pertence mais;

olhai como parece uma asa que viesse de longe.

Olhai a luz que de momento a momento

sai entre os seu dedos recursos.

Olhai a Grande Mão que sobre ela se abate

e a faz deslizar sobre o papel estreito [...]

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Domínio Régio - XIV Alexandrinos

Investiguei a Grécia em Platão e em Homero,Vi Sócrates beber a taça de cicuta...Depois passei a Roma e analisei de NeroNa boca de Petrónio essa face corrupta.

Conheci Santo Anselmo e São Tomás, Lutero,Estudei de Voltaire a inteligência argutaE finalmente andei como se fosse AsveroPela Ciência e a História em requintada luta...

Mas a Arte é que me impõe o seu domínio régioE é por isso que adoro a mão de TintorettoE a sublime palheta e o pincel de Correggio...

E é por isso que eu amo o verso alexandrinoE burilo, Mulher, este pobre sonetoInspirado a pensar em teu perfil divino.

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GRUPO:

Mariana Rodrigues

Karina Camarate

Matheus Souza

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