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ANÁLISE ESTILÍSTICA ALUNO: ISTEFERSON ROSA DE MELO PROFESSOR(A): HAROLDO DISICIPLINA: ESTILÍSTICA

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Conceitos de Estilística

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ANÁLISE ESTILÍSTICA

ALUNO: ISTEFERSON ROSA DE MELO

PROFESSOR(A): HAROLDO

DISICIPLINA: ESTILÍSTICA

Análise da música: Alagados - Os Paralamas do Sucesso

• Compositores: Herbert Viana, Bi Ribeiro e João Barone

• Álbum: Selvagem?

• Ano de lançamento: 1986

Sobre a banda:

• Início: 1981

• Formação original: Herbert Viana (guitarra e vocal), Bi Ribeiro (baixo) e Vital Dias (bateria) - 1981

• Formação posterior: Herbert Viana (guitarra e vocal), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) - 1982

• Estilo: Rock, Reggae, Ska e ritmos latinos

• Lançaram 13 CDs de estúdio e 10 DVDs

Contexto Histórico

• Musical

• Sociopolítico e Econômico

Musical

• Popularização do rock brasileiro

• "Explosão" do rotulado "BRock" com o surgimento de bandas como Titãs, Barão Vermelho, RPM, Blitz, Legião Urbana, Ultraje a Rigor e Biquini Cavadão.

• Momento histórico propício a rupturas e recomeços musicais

Fatores da popularização do "BRock"

• Criação do espaço cultural Circo Voador - 1982

• Criação da Rádio Fluminense - 1982

• Festival Punk de São Paulo - 1982

Momento histórico propício a rupturas e recomeços musicais

• “Nós estamos aqui para revolucionar a música popular brasileira:Pintar de negro a Asa Branca,Atrasar o Trem das Onze,Pisar sobre as flores de Geraldo VandréE fazer da Amélia uma mulher qualquer”.

(Clemente, vocalista da banda Os Inocentes, em declaração à uma revista da época)

Socioeconômico

• Redemocratização com o governo João Figueiredo / 1979-1985

• Decretada a Lei de Anistia / 1979

• Da perspectiva econômica, a década de 80 foi reconhecidamente adversa

• Movimento das Diretas Já / 1983-1984

• José Sarney assume a presidência após a morte de Tancredo Neves, que havia sido escolhido pelo Colégio Eleitoral, porém ficou doente e faleceu antes que pudesse assumir / 1985

Rimas

• Rima é uma conformidade ou coincidência de fonemas, geralmente a partir da última vogal tônica de cada verso.

Categorias

• Relativa ao acento tônico

• Relativa à sonoridade

• Quanto à morfologia

Relativa ao acento tônico:

• Agudas ou masculinas: Quando a rima acontece entre palavras oxítonas ou monossilábicas.

• Ex: valor/amor; és/viés

• Graves ou femininas: Quando a rima acontece entre palavras paroxítonas.

• Ex: santa/planta; mala/sala; toque/choque.

• Esdrúxulas: Quando a rima acontece entre palavras proparoxítonas.

• Ex: mágico/trágico; fábula/tábula.

Relativa à sonoridade

• Perfeitas (consoantes , soantes): há analogia fonética (correspondência completa de sons).

• Ex: tento / vento; peso / teso

• Imperfeitas (assonantes , toantes): não há analogia fonética total (correspondência parcial de sons).

• Ex: âmbar /amar; estrela / vela

Quanto à morfologia

• Pobres: Quando a rima acontece entre palavras da mesma classe gramatical.

• Ex: Falar/amar, o calor/o sabor, bonito/bendito.

• Ricas: Quando a rima acontece entre palavras de classes gramaticais diferentes.

• Ex: Cantando/bando, mar/navegar, vagos/lagos e quem/tem

• Raras: Quando a rima acontece entre palavras de difícil combinação melódica.

• Ex: Cisne/tisne; Elêusis/deuses

• Preciosas: São as rimas artificiais, feitas, forjadas com palavras combinadas

• Ex: múmia/resume-a; vence-a/sonolência; pântanos/quebranta-nos

MONÓLOGO DE UMA SOMBRA

"...Toma conta do corpo que apodrece...

E até os membros da família engulham,

Vendo as larvas malignas que se embrulham

No cadáver malsão, fazendo um s."

Augusto dos Anjos

Tonicidade

1ª ESTROFE - SEXTILHA

Todo dia o sol da manhã Vem e lhes desafia - grave Traz do sonho pro mundo Quem já não o queria - grave Palafitas, trapiches, farrapos Filhos da mesma agonia - grave

2ª ESTROFE - QUINTILHA

E a cidade que tem braços abertos Num cartão postal - agudo Com os punhos fechados da vida real - agudo Lhes nega oportunidades Mostra a face dura do mal - agudo

REFRÃO

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré - A / agudoA esperança não vem do marNem das antenas de tevê - B / agudo A arte de viver da fé - A / agudo Só não se sabe fé em quê - B / agudo A arte de viver da fé - A / agudo

Só não se sabe fé em quê - B / agudo

Sonoridade

1º ESTROFE - SEXTILHA

Todo dia o sol da manhã Vem e lhes desafia - perfeitaTraz do sonho pro mundo Quem já não o queria - perfeitaPalafitas, trapiches, farrapos

Filhos da mesma agonia - perfeita

2ª ESTROFE - QUINTILHA

E a cidade que tem braços abertos Num cartão postal - perfeitaCom os punhos fechados da vida real - perfeitaLhes nega oportunidades

Mostra a face dura do mal - perfeita

REFRÃO

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré - A / perfeitaA esperança não vem do mar Nem das antenas de tevê - B / perfeitaA arte de viver da fé - A / perfeitaSó não se sabe fé em quê - B / perfeita A arte de viver da fé - A / perfeita Só não se sabe fé em quê - B / perfeita

Morfologia

1ª ESTROFE - SEXTILHA

Todo dia o sol da manhã Vem e lhes desafia - ? Traz do sonho pro mundo Quem já não o queria - ? Palafitas, trapiches, farrapos Filhos da mesma agonia - ?

2ª ESTROFE - QUINTILHA

E a cidade que tem braços abertos Num cartão postal - ? Com os punhos fechados da vida real - ? Lhes nega oportunidades

Mostra a face dura do mal - ?

REFRÃO

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré - A A esperança não vem do mar Nem das antenas de tevê - B A arte de viver da fé - A Só não se sabe fé em quê - B A arte de viver da fé - A Só não se sabe fé em quê - B

Análise interpretativa

Todo dia o sol da manhã Vem e lhes desafia

Traz do sonho pro mundo Quem já não o queria

Palafitas, trapiches, farraposFilhos da mesma agonia

Trecho da música "Tá relampiano", de Lenine com Paulinho Moska.

"É mais uma boca dentro do barraco Mais um quilo de farinha do mesmo saco Para alimentar um novo João Ninguém"

Trecho do poema "Morte e vida Severina",de João Cabral de Melo Neto

"E se somos Severinos

iguais em tudo na vida,

morremos de morte igual,

mesma morte Severina"

E a cidade que tem braços abertos Num cartão postal

Com os punhos fechados da vida real Lhes nega oportunidades

Mostra a face dura do mal

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré

A esperança não vem do mar Nem das antenas de tevê

A arte de viver da fé Só não se sabe fé em quê

A arte de viver da fé Só não se sabe fé em quê

FIM