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LITORAL FLUMINENSE LITORAL FLUMINENSE GEOMORFOLOGIA COSTEIRA GEOMORFOLOGIA COSTEIRA Centro Federal de Ensino Tecnológico de Química de Nilópolis Centro Federal de Ensino Tecnológico de Química de Nilópolis Núcleo Avançado Arraial do Cabo Núcleo Avançado Arraial do Cabo Arraial do Cabo, Julho 2008 Arraial do Cabo, Julho 2008

SemináRio Geomorfologia

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LITORAL FLUMINENSE LITORAL FLUMINENSE

GEOMORFOLOGIA COSTEIRAGEOMORFOLOGIA COSTEIRA

Centro Federal de Ensino Tecnológico de Química de NilópolisCentro Federal de Ensino Tecnológico de Química de NilópolisNúcleo Avançado Arraial do CaboNúcleo Avançado Arraial do Cabo

Arraial do Cabo, Julho 2008Arraial do Cabo, Julho 2008

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INTRODUÇÃO

O Estado do Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se na porção leste da região Sudeste, tendo como limites os estados de Minas Gerais (N e NO), Espírito Santo (NE) e São Paulo (SO), além do Oceano Atlântico (L e S). Ocupa uma área de 43.696,054 km², sendo pouco maior que a Dinamarca. Sua capital é a cidade do Rio de Janeiro. Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de fluminenses (do latim flūmen, literalmente "rio").

Os municípios mais populosos são: Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Niterói, São João de Meriti, Campos dos Goitacases, Petrópolis, Volta Redonda, Magé, Itaboraí, Mesquita, Nova Friburgo, Barra Mansa e Macaé.

Muitas cidades destacam-se devido à forte vocação turística: Paraty, Angra dos Reis, Armação dos Búzios, Rio das Ostras, Cabo Frio, Petrópolis, Arraial do Cabo entre outras.

O estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a baixada e o planalto, que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. Paraíba do Sul, Macaé, Guandu, Piraí e Muriaé são os principais rios. O clima é tropical.

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O Brasão de Armas tem a forma tradicional dos escudos adotados pelo clero, oval - simbolizando os anseios cristãos do povo fluminense

O primeiro de azul, representa o céu e simboliza a justiça, a verdade e a lealdade, com a silhueta da Serra dos Órgãos, movente do traço do cortado, destacando-se o pico Dedo de Deus.

O segundo de verde, representando a baixada fluminense, cortado de azul, lembrando o mar de suas praias

Como apoios, uma haste de cana e um ramo de cafeeiro frutado, de cor natural, colocados, respectivamente, à direita e à esquerda do escudo, representando os principais produtos da terra.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%A3o_do_Rio_de_Janeiro

BRASÃO

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GEOMORFOLOGIA COSTEIRA FLUMINENSE

O litoral do Estado do Rio de Janeiro pode ser subdividido em dois compartimentos com alinhamentos distintos a

partir da ilha do Cabo Frio (MUEHE, SILVA & FERNANDEZ, 1999). A norte da ilha, MUEHE (1998) classificou o litoral

com a denominação de Bacia de Campos, e tem como alinhamento principal a orientação nor-nordeste/su-sudoeste condicionado estruturalmente pelo ciclo

orogenético brasiliano, que caracteriza a linha de costa brasileira do cabo Calcanhar (RN) até o Chuí no Rio Grande do Sul (MUEHE & VALLENTINI, 1998). A oeste do cabo Frio

o litoral sofre uma brusca inflexão passando a ter alinhamento leste-oeste e foi denominado Litoral dos

Cordões Litorâneos (MUEHE, 1998).

Em termos estruturais o litoral dos Cordões Litorâneos faz parte de um complexo geológico composto

predominantemente por rochas graníticas e gnáissicas formando um conjunto cristalino com denominações

diversas, representado na paisagem por maciços costeiros.

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GEOMORFOLOGIA COSTEIRA FLUMINENSE

A partir do recuo erosivo das escarpas cristalinas, formaram-se na base dos maciços, planícies costeiras

quaternárias compartimentadas pelos blocos estruturais, e arcos de praia subdivididos por afloramentos cristalinos na linha de costa. A formação das planícies costeiras se deu

através do retrabalhamento de sedimentos, disponibilizados pela erosão do cristalino, durante

períodos de transgressões e regressões marinhas (MUEHE, 1982). A retaguarda dos arcos de praia foram formados

complexos lagunares com tendência de aumento de espelho d'água em direção a leste, em função do gradual

afastamento das áreas montanhosas da linha de costa (MUEHE & CARVALHO, 1989; PERRIN, 1999).

Desta forma, em termos regionais o litoral dos Cordões

Litorâneos apresenta duas unidades geológicas principais. A primeira composta por rochas cristalinas onde se

observam as maiores elevações e a segunda unidade de base sedimentar formando planícies costeiras que apresentam tendência de aumento na direção leste

formando no contato oceano-continente extensos arcos de praia.

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GEOMORFOLOGIA COSTEIRA FLUMINENSE

Segundo o geomorfólogo Costa (1998), em função dessa diversidade, com vista à realização de uma melhor caracterização do litoral, o mesmo pode ser dividido em quatro segmentos:

• A – da Desembocadura do Rio Itabapoana até o Cabo de São Tomé;

• B – do Cabo de São Tomé ao Cabo Frio;

• C – do Cabo Frio até a Ponta da Restinga de Marambaia;

• D – compreendendo as Baías de Sepetiba e Ilha Grande.

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ARMAÇÃO DOS BÚZIOS O HIMALAIA BRASILEIRO

O evento de colisão continental ocorrido há cerca de 500 milhões de anos e que formou o paleocontinente Gondwana. Posteriormente, há cerca de 130 milhões de anos, este continente se fragmentou fazendo nascer o oceano Atlântico.

Geologia: paragnaisses Búzios e diques de basalto.

Fonte http://www.drm.rj.gov.br/projeto.asp?chave=1

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CLIMA

O estado possui um clima muito variado e com verões quentes a cada ano que passa. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, , domina o clima tropical semi-úmido, com chuvas abundantes no verão, que é muito quente e invernos secos, com

temperaturas amenas. A temperatura média anual é de 22°C a 24°C e o índice pluviométrico fica entre

1.000 a 1.500 milímetros anuais.

Nos pontos mais elevados da região serrana, limite entre a Baixada Fluminense e a Serra Fluminense, observa-se o clima tropical de altitude, mas com verões um pouco quentes e chuvosos e invernos

frios e secos. A temperatura média anual é de 16°C.

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CLIMA

Na maior parte da Serra Fluminense, o clima também é tropical de altitude, mas com verões

variando entre quentes e amenos e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice

pluviométrico elevado, se aproximando dos 2.500mm anuais em alguns pontos. Nas Baixadas Litorâneas, a famosa Região dos Lagos, o clima é

tropical marítimo, com média anual de cerca de 24°C com verões moderadamente quentes, mas

amenizados devido ao vento do mar e invernos amenos.

Também é devido ao vento frio trazido pela Corrente das Malvinas vindo do mar que esta região é uma

das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750mm em cidades como Arraial

do Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios, e não passando de cerca de 1.100mm nas cidades mais

chuvosas da região, Maricá e Saquarema.

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NEVE NO RIO DE JANEIRO

Ocasionalmente, podem ocorrer precipitações de neve nas partes altas do

Parque Nacional do Itatiaia, onde está situado o Pico das

Agulhas Negras. Em 1985, foi registrada uma abundante nevada nas

proximidades deste pico, com acumulações de 1 metro em certos

pontos. A neve no Parque Nacional do Itatiaia também foi

registrada nos anos de 1976, 1988, 1994, 1999

e 2004.Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=495779&page=13

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DINÂMICA COSTEIRA

A compreensão da dinâmica costeira é o ponto inicial para se entender a evolução desses ambientes, determinando sua morfologia e seqüência sedimentar. A configuração que uma região costeira assume, nada mais é do que o resultado do somatório de forças exercidas sobre ela. Portanto, ao olharmos, por exemplo, a topografia de uma praia, temos condições de avaliar a que tipo de dinâmica ela está sendo submetida. A circulação das correntes, o regime de ondas, os limites máximo e mínimo da maré, deixam registradas impressões ou informações de uma hidrodinâmica temporal, sendo de suma importância seu reconhecimento.

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PRAIA DE ITAIPUAÇU

A região litorânea, objeto do presente estudo, está localizada em um trecho da planície costeira fluminense, na praia de Itaipuaçú, município de Maricá, estado do Rio

de Janeiro, entre o Pontal de Itaipuaçú e a área de reserva ambiental de Maricá pertencente ao Ministério

da Aeronáutica. A praia de Itaipuaçú possui uma extensão leste-oeste de aproximadamente 10 Km,

constituída por areias grossas e grânulos de quartzo puro e bem arredondados, apresentando também localmente

seixos, fragmentos de seixos, conchas inteiras, fragmentos de conchas, além de fragmentos de arenitos

de praia .

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-261X2003000200005&lng=ene&nrm=iso&tlng=ene

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IMPACTOS E TRANSFORMAÇÕES

A erosão costeira representa a retirada de sedimentos da costa, a acresção o processo inverso, podendo ser causadas pela variação do nível do mar, variação da fonte de sedimentos, modificações no regime de energias das ondas, ou resposta morfodinâmica às atividades antrópicas como os espigões, quebra-mares e portos (Muehe, 1996).

A construção do quebra-mar do Porto do Forno em Arraial do Cabo (RJ), propiciou maior proteção aos navios e barcos atracados ou fundeados no interior da Enseada dos Anjos. No entanto, esta estrutura somada à construção do próprio porto, alterou, de modo irreversível, a paisagem da enseada e os processos morfodinâmicos, resultando na construção de um enrocamento para proteção da erosão costeira resultante.

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PRAIA DOS ANJOS / ARRAIAL DO CABO

A superposição georreferenciada temporal da linha de praia de 2002 sobre as fotos de 1976 e 1985 mostra claramente a erosão costeira no flanco sul e acresção de sedimentos no flanco norte (Fig. 4A e B). Quando colocamos as antigas linhas de costa sobre a foto de 2002 (Fig. 4C) podemos observar mais claramente a grande variação que ocorreu com a linha de costa após a construção do quebra-mar e a sua evolução. O mesmo foi visto quando utilizamos a carta náutica de 1985 (Fig. 4D).

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PRAIA DOS ANJOS / ARRAIAL DO CABO

CONCLUSÃO

- Os perfis topográficos transversais à praia caracterizaram um arco praial com comportamento morfodinâmico variável da extremidade Norte à extremidade Sul, com a praia ora respondendo como totalmente refletiva, ora refletiva ao Norte e intermediária

ao Sul. - O modelo de equilíbrio em planta para praia de enseada indicou que a enseada se encontra em equilíbrio dinâmico, tendendo a erodir o flanco Sul e assorear o flanco

Norte. - A metodologia usada para comparação da variação da linha de costa entre os

diferentes anos corroborou com os resultados apresentados pelas outras técnicas de geomorfologia, demonstrando ser um método eficiente para este tipo de análise.

- A refração de ondas mostrou a interferência do quebra-mar na distribuição da energia da onda na enseada, e sua concentração no centro e flanco Sul.

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Grupo

André CastroErnani Augusto

João LuizMarcos Soares

Vinicius Fonseca

Turma: LA 311