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Seminário Gestão da Segurança e da Operação e Manutenção de Redes Rodoviárias e AeroportuáriasLisboa | LNEC > 13 de Novembro de 2008
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Índice
1. Introdução ao Departamento de Estudos e Projecto
2. Resultados operacionais
4. Exemplos
3. Obras significativas
Quando a Área de Obras de Arte e Estruturas Especiais do ex-IEP foi começada a ser organizada, em 2003, opanorama da rede nacional gerida por esse Instituto em termos de necessidade de reabilitação de pontes eraverdadeiramente assustador, como largamente divulgado pelos órgãos de comunicação social. Foi essa forterazão que sobretudo levou à organização de uma unidade orgânica com características idênticas à antigaDirecção de Serviços de Pontes que entretanto, em 1999, tinha sido extinta. Houve então que recomeçar quasetudo de novo.
Este facto, que foi tornado evidente após a queda da Ponte de Entre-os-Rios, deveu-se à perspectiva dasAdministrações Rodoviárias anteriores, inteiramente vocacionadas para a obra nova, IPs e ICs, em detrimentodas obras de reabilitação e de uma filosofia e prática pouco consistentes de conservação da rede.O panorama com que o Departamento de Projectos da Área de Obras de Arte se deparou na altura foi com anecessidade imperiosa de lançamento de cerca de 360 Projectos de Reabilitação de obras de arte,derivados sobretudo da Campanha de Inspecções de 2001, levada a efeito, então ainda com métodosprecários, pouco padronizados e utilizando critérios muitas vezes pouco objectivos e uniformes, porProjectistas de Obras de Arte, Exército Português, etc.
Esta campanha de inspecções foi levada a efeito num período particularmente sensível, dado que haviaacabado de colapsar a Ponte de Entre-os-Rios, numa altura em que ainda não haviam Inspectores de Pontessuficientemente experimentados nesta função específica, contrariamente ao que acontece hoje em dia.
Introdução ao Departamento de Estudos e Projecto
Esclarece-se desde já que hoje o panorama é substancialmente diferente, estando grande parte das obras dereabilitação de estruturas importantes em mau estado de conservação realizadas, em vias de ser realizadas oucom Projectos de Reabilitação aprovados e em condições de serem implementados.Actualmente com o acréscimo de meios técnicos que o Departamento tem e com a experiência entretantoadquirida é possível pensar em fazer Planeamento Integrado.
Este planeamento traduz-se em Projectos de Reabilitação de estruturas agrupadas por tipologia estrutural e/ouproximidade geográfica, que vão dar origem ao lançamento de empreitadas de grupos de obras, de acordo comos agrupamentos feitos na fase de projecto. Estão assim a ser preparados lançamentos de Projectos deReabilitação de “pacotes” de obras de arte para diversos distritos.
Introdução ao Departamento de Estudos e Projecto
Projectos de Reabilitação
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ão Coordenação das Inspecções Principais e
Gestão Contratual
Analise critica das Inspecções Principais
Decisão: Reabilitar?
Lançamento de Procedimento
Contratual
Coordenação e Gestão contratual
do Estudo
Analise e aprovação do Projecto de Execução
Sim
Integração no Programa de Inspecções
Não
Os projectos dereabilitação surgem de umprocesso integrado,implementado desde06/2006, com resultadoscomprovados.
Resultados Operacionais Estudos em curso em 2007
119
76
Estudos de Reabilitação Estudos Construção Nova
Estudos em curso em 2006
136
57
Estudos de Reabilitação Estudos Construção Nova
Nos anos de 2006,2007 e 2008 verifica-se aredução do numero de estudos dereabilitação de obras de arte. Esta reduçãodecorre do aumento do numero de obras dearte por estudo de reabilitação.
Estudos em curso em 2008
65
63
Estudos de Reabilitação Estudos Construção Nova
Resultados Operacionais
Vantagens da implementação doSistema de Gestão de Obras de arte emetodologia de agregação de estudosde Obras de Arte
•Aumento de eficácia da coordenaçãointerna
•Redução de custos de fiscalização
•Aumento do interesse de mercado dosEmpreiteiros
•Aumento do interesse dos Projectistas
104
154
76
100
65
111
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2006 2007 2008
Obras de Arte - Estudos
EstudosObras de Arte
Obras Significativas
Alguns exemplos de projectos de reabilitação concluídos sob coordenação do Departamento deEstudos e Projecto
• Ponte da Arrábida sobre o Rio Douro• Ponte do Pinhão sobre o Rio Douro• Ponte de Mosteiró sobre o Rio Douro• Ponte sobre o Rio Sousa• Ponte da Figueira da Foz sobre o Rio Mondego• Ponte da Gala sobre o Rio Mondego• Ponte Internacional de Segura sobre o Rio Erges• Ponte da Barra sobre o canal de Mira• Ponte da Chamusca sobre o Rio Tejo• Ponte de Abrantes sobre o Rio Tejo• Ponte de Belver sobre o Rio Tejo• Ponte de Alcácer do Sal sobre o Rio Sado• Ponte Metálica de Portimão sobre o Rio Arade• Ponte D. Luís sobre o Rio Tejo• Pontes CrizI e CrizII – Barragem da Aguieira• Pontes sobre o Rio Caldo e Cavado – Barragem da Caniçada
Ponte de Lanheses
Projecto do Professor Edgar Cardoso• Comprimento:1.218,00m entre eixos dos
apoios nos encontros– 41 vãos
• Encontros tipo Cofre• Fundações indirectas por estacas• Pilares pendulares• Tabuleiro de laje vigada pré-esforçada
longitudinal e transversalmente– Largura 11,50
• Faixa de rodagem com 9,00m• Passeios com 1,25m de largura
• Concelho: Viana do Castelo• Distrito: Viana do Castelo
• Nº Inventário: 4937
Ponte de Lanheses
Betão degradado no pilar, com armaduras expostas, descasques, delaminações;Degradação das articulações pilar/tabuleiro;
Desconfinamento lateral das estacas de fundação dos pilares no leito do rio;Falta de recobrimento nos maciços de fundação e nas estacas de betão;Acentuada esbelteza das estacas de betão armado;
PRINCIPAIS ANOMALIAS DETECTADAS
Ponte de Lanheses
Fissuração nas carlingas e longarinas;Vazios e “ninhos de brita”;Infiltrações e consequentes acumulações de calcário;Armaduras expostas, especialmente na zona de ancoragem do pré-esforço existente e fundos de viga;Negativos e armaduras construtivas deixadas na concepção;Juntas de betonagem, para além da junta de construção;Viga de bordadura com geometria muito irregular, e armadura sem recobrimento;
Ponte de Lanheses
SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO E REFORÇO PRECONIZADAS
Reforço de FundaçõesVerticalização dos Pilares, com encastramento da baseAlargamento e reforço das carlingas sobre os pilaresReforço do Tabuleiro com pré-esforço exteriorReforço do encontro fixoReforço do encontro móvelRegularização e protecção do leito do RioReparação dos fustes dos pilatesReparações no tabuleiroReparações de guarda-corpos e viga de bordadura
Ponte de Lanheses
Aspecto da implementação do pré-esforço exterior Aspecto da verticalização de um pilar
Ponte Metálica da Chamusca
• Via superior - E.N. 243• Comprimento total = 756 m• Número de vãos = 11• Vãos Intermédios = 71.4 m• Mínimo vão = 57.1 m
• Largura total do tabuleiro = 8.56m – 2 vias com 2.68 m– 2 passeios com 1.60 m
• Data da construção - 1906 a 1909• Projecto/Construção - Compagnie de Fives, Lille
Descrição Geral da Ponte da Chamusca
R I O
T E J O
Ponte Metálica da Chamusca
SOLUÇÃO ESTRUTURAL DA PONTE DA CHAMUSCA
Superstrutura metálica em caixão, em viga contínua com 11 tramos Aparelhos de apoio
móveis de roletes metálicos
Aparelhos de apoio fixos
Tabuleiro em betão armado simplesmente apoiado na grelha inferior formada pelas carlingas
e longarinas
Pilares e encontros de cantaria, nos quais assenta
directamente os aparelhos de apoio
TRABALHOS REALIZADOS NO ÂMBITO DO PROJECTO DE REABILITAÇÃO
- Levantamento Topográfico
- Levantamento de Pormenor
- Inspecção Principal e Subaquática
- Prospecção Geotécnica
- Ensaios de Caracterização dos Materiais (Aços e Betão)
- Avaliação da Capacidade Estrutural
- Projecto de Execução
Ponte Metálica da Chamusca
Ponte Metálica da Chamusca
- Corrosão superficial geral de toda a estrutura metálica, nomeadamente, nós de ligação entre diagonais e destas aos montantes dos pórticos transversais e nas ligações rebitadas
- Corrosão importante nas emendas das chapas dos banzos inferiores das vigas principais, corrosão na superfície de contacto entre os elementos das diagonais e nas ligações das vigas com as carlingas
- Elementos metálicos danificados devido ao embate de veículos
- Aparelho de apoio do encontro E2 danificado possivelmente por acção dinâmica
- Zonas de corrosão de armadura e delaminação de betão na laje
- Degradação da chapa metálica que envolve os pilares
PRINCIPAIS ANOMALIAS DETECTADAS
Ponte Metálica da Chamusca
- Substituição de elementos metálicos danificados
- Reparação das chapas de reforço sobre os apoios, diagonais e chapas cobrejunta das almas das vigas treliçadas principais
- Reforço das diagonais junto aos apoios por adição de perfis metálicos
- Decapagem e pintura da estrutura metálica
- Reparação e limpeza dos aparelhos de apoio dos encontros
- Reparações de betão armado no tabuleiro
- Impermeabilização e Repavimentação e do tabuleiro
- Reforço e protecção da base dos pilares com cintas de betão armado e enrocamento
- Substituição dos aparelhos de apoio dos pilares por HDRB’s e instalação de aparelhos oleodinâmicos no encontro E1
- Reforço do encontro E1 através da execução de um lintel fundado em estacas
SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO E REFORÇO PRECONIZADAS
PONTE DO PRADO SOBRE O RIO CÁVADO
ÂMBITO DO ESTUDO
Levantamento Topográfico
Levantamento de Pormenor
Levantamento de Serviços Afectados
Inspecção Principal e Subaquática
Prospecção Geotécnica
Ensaios de Caracterização dos Materiais (Alvenarias) – Caracterizaçãode Argamassas, Macacos-Planos, Radar, etc.
Estudo Hidráulico e Hidrológico
Elaboração de Dossier Ambiental e de Caracterização da Situação deReferência do Património Cultural
Projecto de Execução
PONTE DO PRADO SOBRE O RIO CÁVADO
CARACTERIZAÇÃO GERAL DA PONTE
Localização: EN201, Concelho de Vila Verde, Distrito de Braga.Enquadramento Histórico: Inaugurada em 1616, no período filipino, em substituiçãode uma ponte medieval destruída pelas cheias do Cávado de 1510. MonumentoNacional desde 1910.Caracterização Arquitectónica: Tabuleiro com perfil transversal em forma de cavalete,assente num conjunto de 9 arcos de cantaria ogivais e redondos, protegidos portalha-mares. Comprimento total de 202m e largura máxima do tabuleiro de 5.64m.Pavimento constituído por paralelepípedos de granito e guarda-corpos em ferro.Existência de dois mirantes nos talha-mares junto do arco central.Beneficiações Anteriores: 1710, 1963, 1976 e 1992.
PONTE DO PRADO SOBRE O RIO CÁVADO
PRINCIPAIS ANOMALIAS DETECTADASFendas na ligação entre os talha-mares e os pilares e juntas abertas
Escorrências e infiltrações
Existência de cavidades na fundação de dois dos pilares
Destacamento de tímpanos
Pedras partidas e deslocadas em alguns elementos da obra
Bueiros obstruídos
Crescimento abundante de vegetação
PONTE DO PRADO SOBRE O RIO CÁVADO
SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO E REFORÇO PRECONIZADASLimpeza, selagem de juntas e injecção de fendas com argamassa à base de cal
hidráulica
Consolidação das ligações pilar / talha-mar através de injecção de argamassa epregagens localizadas
Execução de encamisamento das fundações em betão armado
Impermeabilização do tabuleiro com laje de betão
Recuperação / reconstrução dos elementos de pedra do mirante
Limpeza dos paramentos, de taludes e supressão de vegetação infestante
Limpeza, desobstrução e beneficiação dos órgãos de drenagem