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Seminário Mensal da Área Fiscal
25 de Junho de 2014
Apresentadores: Fábio Martins Lopes
Fernanda Silva
José A. Fogaça Neto
Samyr Qbar
De acordo com a Constituição Federal/1988, estão sujeitas à incidência do
imposto, em relação ao diferencial de alíquotas, as operações
interestaduais realizadas entre contribuintes, nas quais a mercadoria
vendida se destine ao Ativo Imobilizado, a seu uso ou consumo do
destinatário, cuja disposição também prevalece para a prestação de
serviços de transporte, quando não vinculada à operação ou prestação
posterior tributada pelo imposto.
Com base nas disposições do Regulamento do ICMS, examinaremos os
procedimentos para a escrituração das operações relacionadas ao
diferencial de alíquotas.
( CF/1988, art. 155 , § 2º, VII, "a", e VIII; art. 1º do RICMS-SP/2000)
Hipóteses de incidência do imposto
Fato gerador do ICMS, entre outras hipóteses:
a) na entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de
outra Unidade da Federação, destinada a consumo ou ao Ativo Imobilizado;
b) na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tiver início em outra
Unidade da Federação e não estiver vinculada a operação ou prestação subsequente
alcançada pela incidência do imposto; e
c) na entrada, em estabelecimento de contribuinte sujeito às normas do
Simples Nacional, de mercadorias oriundas de outro Estado ou do Distrito Federal, caso
em que o valor do imposto devido será calculado mediante a multiplicação do
percentual correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual pela
base de cálculo, quando a alíquota interestadual for inferior à interna.
Nas hipóteses das letras "a" e "b", a obrigação do contribuinte consistirá em pagar o
imposto correspondente à diferença entre as alíquotas interna e interestadual.
(LC nº 87/1996 e art. 2º RICMS-SP/2000)
O diferencial de alíquotas é obrigação tributária do contribuinte paulista Regime
Periódico de Apuração - RPA, exigida quando da entrada de mercadoria de
outro Estado, destinada a uso, consumo ou ativo imobilizado, ou de utilização
de serviço cuja prestação se tiver iniciado fora do território paulista – desde
que a alíquota interna seja superior a interestadual, conforme previsão do
artigo 117 do Regulamento do ICMS.
Diferencial de alíquotas
O ajuste da carga tributária é a obrigação exigida quando ocorrer da entrada
em estabelecimento de contribuinte paulista optante pelo Simples Nacional de
mercadoria de outro Estado, destinada a comercialização ou industrialização,
material de uso e consumo ou bem do ativo imobilizado – desde que a alíquota
interna da mercadoria seja superior a interestadual.
(artigo 115, inciso XV-A do Regulamento do ICMS)
Ajuste da carga tributária
Antecipação tributária
É a obrigação do contribuinte paulista, tanto RPA quanto Simples Nacional, de
recolher o ICMS antecipado quando adquirir mercadorias de outro Estado
sujeitas à substituição tributária nas operações internas (arts. 313-A a 313-Z20
do RICMS/SP).
Desde que, nesta operação não seja aplicada a substituição tributária, ou seja,
desde que não exista nenhum protocolo ou convênio prevendo a aplicação da
substituição tributária na operação interestadual, segundo o artigo 426-A do
RICMS/SP. Uma condição para que o contribuinte recolha a antecipação é que
este dê uma saída subsequente desta mercadoria adquirida de outro Estado.
Trata-se de um instituto criado pelo Estado de São Paulo, mais abrangente que
a substituição tributária, uma vez que além de antecipar o imposto das
operações subsequentes antecipa o da operação própria, sendo que ambos
serão recolhidos (ICMS-próprio e ICMS-ST) no momento em que a mercadoria
entrar no território paulista.
Produtos sujeitos à antecipação
• Operações com Medicamentos - 313-A e 313-B;
• Operações com Bebidas Alcoólicas - 313-C e 313-D;
• Operações com Produtos de Perfumaria - 313-E e 313-F;
• Operações com Produtos de Higiene Pessoal - 313-G e 313-H;
• Operações com Ração Animal - 313-I e 313-J;
• Operações com Produtos de Limpeza - 313-K e 313-L;
• Operações com Produtos Fonográficos - 313-M e 313-N;
• Operações com Autopeças - 313-O e 313-P;
• Operações com Pilhas E Baterias - 313-Q e 313-R;
• Operações com Lâmpadas Elétricas - 313-S e 313-T;
• Operações com Papel - 313-U e 313-V;
• Operações com Produtos da Indústria Alimentícia - 313-W e 313-X;
Produtos sujeitos à antecipação
• Operações com Materiais de Construção e Congêneres - 313-Y e 313-Z;
• Operações com Produtos de Colchoaria - 313-Z1 e 313-Z2;
• Operações com Ferramentas - 313-Z3 e 313-Z4;
• Operações com Bicicletas - 313-Z5 e 313-Z6;
• Operações com Instrumentos Musicais - 313-Z7 e 313-Z8;
• Operações com Brinquedos - 313-Z9 e 313-Z10;
• Operações com Máquinas e Aparelhos Mecânicos, Elétricos, Eletromecânicos e
Automáticos - 313-Z11 e 313-Z12;
• Operações com Produtos de Papelaria - 313-Z13 e 313-Z14;
• Operações com Artefatos de Uso Doméstico - 313-Z15 e 313-Z16;
• Operações com Materiais Elétricos - 313-Z17 e 313-Z18;
• Operações com Produtos Eletrônicos, Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos -
313-Z19 e 313-Z20.
Na aquisição de mercadoria por empresa do Regime Periódico de Apuração em operação
interestadual para uso, consumo e/ou ativo imobilizado, o contribuinte deverá escriturar no
livro Registro de Apuração do ICMS, no período em que a mercadoria tiver entrado ou tiver
sido tomado o serviço:
a) como crédito, no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos", com a expressão "Inciso I
do art. 117 do RICMS", o valor do imposto resultante da aplicação da alíquota interestadual
de 4% ou 12% sobre a base de cálculo correspondente à respectiva operação ou prestação;
b) como débito, no quadro "Débito do Imposto - Outros Débitos", com a expressão "Inciso II
do art. 117 do RICMS", o valor do imposto decorrente da aplicação da alíquota interna sobre
a base de cálculo correspondente à operação ou à prestação aludida na letra "a".
(art. 117 , I e II, § 5º do RICMS-SP/2000)
Deverá constar a expressão: “Inciso II do Artigo 117 do RICMS”.
Se o fornecedor for Simples Nacional, para identificar qual alíquota deve-se aplicar no
cálculo do diferencial de alíquotas tem-se que observar o 1º dígito no CSOSN (origem da
mercadoria: nacional ou importado) para aplicar 4% ou 12%.
Forma de recolhimento do diferencial de alíquotas
Base de cálculo e valor do imposto a recolher
A base de cálculo para o pagamento do diferencial de alíquotas é o valor sujeito ao
imposto no Estado de origem, tanto para aquisição de mercadorias quanto para a
prestação de serviços.
O valor do diferencial é o resultado da aplicação, sobre a referida base de cálculo, da
diferença entre a alíquota interna do Estado de São Paulo e a alíquota interestadual
utilizada na operação ou prestação.
Se, por exemplo, o destaque do ICMS na nota fiscal for efetuado pela alíquota
interestadual de 12% e se a alíquota interna para a respectiva mercadoria for 18%,
aplica-se a diferença de 6% sobre a base de cálculo, obtendo-se, assim, o valor do
diferencial.
(art. 37 , VI e X do RICMS-SP/2000)
Aquisição de mercadoria por empresa enquadrada no Simples Nacional de empresa
enquadrada no Regime Periódico de Apuração
O ajuste da carga tributária deve ser recolhido pelo optante pelo Simples Nacional
mediante GARE-ICMS código 063-2.
PRAZO: até o último dia do segundo mês subsequente ao da entrada da mercadoria.
(art. 115, XV-A do RICMS)
Forma de recolhimento do ajuste
da carga tributária
Forma de recolhimento da
antecipação tributária O artigo 426-A do RICMS que trata da antecipação, disciplina que o contribuinte RPA
paulista terá de recolher a antecipação no momento da entrada da mercadoria em
território paulista.
Para o contribuinte optante do Simples Nacional o prazo de recolhimento do imposto
devido é até o último dia do segundo mês subsequente ao da entrada da mercadoria no
território deste Estado, devendo observar o disposto no item 2 do § 4º do artigo 277.
Entende-se que a mercadoria tem que circular com a GARE de recolhimento.
Portaria CAT nº 16/2008 - Possibilidade de o fornecedor recolher a antecipação em
favor do contribuinte paulista, por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos
Estaduais - GNRE, com a indicação:
• do código de receita 10008-0 (recolhimentos especiais);
• 2 - do CNPJ e demais dados cadastrais do estabelecimento do contribuinte
destinatário paulista;
• 3 - no campo “Informações Complementares”, do número da Nota Fiscal a que se
refere o recolhimento e do CNPJ do estabelecimento remetente
Lembrando que a obrigação de recolher o ICMS antecipado é do destinatário paulista.
Antecipação
tributária
Ajuste da carga
tributária
Diferencial de
alíquotas
Revenda
Art. 426- A
RICMS/SP
Simples
Nacional
e RPA
Material de
uso e consumo e
ativo imobilizado
Artigo 155, § 2º,
C.F
Art. 2º, VI e Art.
117 RICMS/SP
RPA
Revenda,
industrialização,
uso, consumo e
ativo imobilizado
Art. 115, XV-A, § 8º RICMS/SP
Simples
Nacional
Decisão Normativa CAT 01/2013 - (DOE/SP de 14.06.2013)
• ICMS - Empresa contribuinte do imposto estadual que também desenvolve atividades não sujeitas a esse imposto – Operações interestaduais de aquisição de materiais ou mercadorias – A alíquota aplicável na operação, pelo fornecedor remetente, deverá ser a interna quando a compra se destinar ao emprego em atividade não sujeita ao ICMS; e a interestadual quando para atividade sujeita à incidência desse imposto estadual.
• O Coordenador da Administração Tributária, no uso das suas atribuições, e tendo em vista o disposto no artigo 522 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-2000, decide:
• 1 - Fica aprovado o entendimento da Consultoria Tributária contido nas Respostas às Consultas 271/2010 (exarada em 27-12-2012), 505/2012, 506/2012 e 507/2012, nos termos expostos a seguir.
• 2 - A operação referente à aquisição interestadual de materiais ou mercadorias para utilização em atividade não sujeita ao ICMS deve ser efetuada com a aplicação da alíquota interna do Estado de situação do fornecedor remetente, conforme disposto nos artigos 52, inciso I, e 56 do RICMS/SP.
• 3. Na aquisição interestadual de materiais ou mercadorias para serem utilizados em atividade sujeita ao ICMS, a alíquota a ser empregada pelo fornecedor remetente deverá ser a interestadual (artigos 4º, inciso I, e, 9º e 52, incisos II e III, do RICMS/SP).
Decisão Normativa CAT 01/2013 - (DOE/SP de 14.06.2013) • 4. Na hipótese de a empresa adquirente desenvolver tanto atividades sujeitas ao ICMS
como atividades não sujeitas a esse imposto, deverá, ao adquirir materiais ou
mercadorias, solicitar expressamente a seus fornecedores localizados em outros Estados
que segreguem as respectivas remessas conforme a destinação prevista para emprego
em cada uma de suas atividades.
• 5. Se houver, eventualmente, movimentação entre os estoques desses materiais ou
mercadorias já registrados, a empresa adquirente deverá efetuar os seguintes ajustes:
• a) para mercadoria ou material recebido para ser utilizado em atividade não sujeita ao
imposto estadual, mas que acabou destinado à atividade sujeita ao ICMS, a empresa
poderá tomar o crédito correspondente a essa entrada, observadas as regras pertinentes
à hipótese, até o limite referente à aplicação da alíquota interestadual prevista (artigos 61,
“caput”, §§ 1º ao 3º, e 65, inciso I, a, do RICMS/SP c/c/ Decisão Normativa CAT-1/2001).
• b) para mercadoria ou material recebido para utilização em atividade pertinente ao ICMS,
mas que acabou destinado à atividade não sujeita a esse imposto estadual, a empresa
deverá estornar o crédito eventualmente tomado quando da respectiva entrada em seu
estabelecimento (artigo 67, incisos II e V, do RICMS/SP), sem recolhimento de diferencial
de alíquota.
• 6 - Esta decisão entre em vigor na data de sua publicação, devendo os contribuintes
adotar o entendimento nela contido no prazo de 30 (trinta) dias
Devolução – regras gerais
Artigo 4º - Para efeito de aplicação da legislação do imposto,
considera-se
...
IV - devolução de mercadoria, a operação que tenha por objeto
anular todos os efeitos de uma operação anterior;
Devolução – regras gerais
A devolução pode ser total ou parcial
Não há alteração da tributação na devolução ou
seja, será utilizada a mesma da operação
original
Devolução – fato gerador
ICMS
Artigo 2º - Ocorre o fato gerador do imposto :
I - na saída de mercadoria, a qualquer título, de
estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular
Devolução – fato gerador
Decisão Normativa CAT 04/2010
3 - Pelas regras gerais do ICMS, qualquer devolução de
mercadoria efetuada por contribuintes do imposto (industriais,
comerciantes, revendedores, ou qualquer cliente obrigado à
emissão de documentos fiscais), quer deste Estado como de
outras unidades da Federação, deve ser acompanhada de Nota
Fiscal, com destaque do ICMS, calculado pelo mesmo valor
da base de cálculo e pela mesma alíquota da operação
original de venda, com expressa remissão ao documento
correspondente, observado ainda o disposto no artigo 57 do
RICMS/2000, que prevê a aplicação dessa forma de cálculo do
imposto inclusive quando tratar-se de operação interestadual.
Devolução – alíquota
Artigo 57 - Na operação interestadual de devolução ou retorno,
total ou parcial, de mercadoria ou bem, inclusive o recebido em
transferência, aplicar-se-ão a mesma base de cálculo e a mesma
alíquota constantes no documento fiscal que acobertou a
operação original da qual resultou o recebimento da mercadoria
ou do bem.
Devolução – fato gerador
IPI
Art. 35. Fato gerador do imposto é :
I - o desembaraço aduaneiro de produto de procedência
estrangeira; ou
II - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou
equiparado a industrial.
Devolução – fato gerador
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 436 de 30 de Novembro de 2009
ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
EMENTA: DEVOLUÇÃO DE PRODUTOS. EMISSÃO DE NOTA
FISCAL. Na devolução de produtos ao fabricante, o
estabelecimento que fizer a devolução deverá emitir nota fiscal
para acompanhar o produto, declarando o número, data da
emissão e o valor da operação constante do documento
originário, bem assim indicando o imposto relativo às quantidades
devolvidas e a causa da devolução, sem destaque do imposto.
O fato gerador do IPI, neste caso, ocorre na saída do produto
do estabelecimento remetente e não do estabelecimento que
opera a devolução.
Devolução – prazo
Artigo 452 - O estabelecimento que receber, em virtude de garantia ou
troca, mercadoria devolvida por produtor ou por qualquer pessoa
natural ou jurídica não-contribuinte ou não obrigada à emissão de
documento fiscal poderá creditar-se do imposto debitado por ocasião da
saída da mercadoria, desde que:
I - haja prova cabal da devolução;
II - o retorno se verifique:
a) dentro do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contados da data
de saída da mercadoria, tratando-se de devolução para troca;
b) dentro do prazo determinado no documento respectivo, tratando-
se de devolução em virtude de garantia.
Devolução – prazo
§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo, considera-se:
1 - garantia, a obrigação assumida pelo remetente ou fabricante de substituir
ou consertar a mercadoria, se esta apresentar defeito;
2 - troca, a substituição de mercadoria por uma ou mais da mesma espécie ou
de espécie diversa, desde que de valor não inferior ao da substituída.
§ 2º - O estabelecimento recebedor deverá:
1 - emitir Nota Fiscal, mencionando o número e a série, a data da emissão e
valor do documento fiscal original, bem como a identificação da pessoa que
promover a devolução, mencionando a espécie e o número do respectivo
documento de identidade;
2 - registrar a Nota Fiscal prevista no item anterior no livro Registro de
Entradas, consignando os respectivos valores nas colunas "ICMS - Valores
Fiscais - Operações ou Prestações com Crédito do Imposto
Devolução – prazo
§ 3° - A Nota Fiscal prevista no parágrafo anterior servirá para acompanhar a
mercadoria em seu retorno ao estabelecimento de origem.
§ 4º - Na devolução efetuada por produtor, será emitida Nota Fiscal de
Produtor para acompanhar a mercadoria em seu transporte, hipótese em que o
estabelecimento de origem emitirá Nota Fiscal relativa à entrada da mercadoria
em seu estabelecimento para o registro da operação.
Devolução – Simples Nacional
Resolução CGSN 94/2011
Art. 57. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional utilizará, conforme as
operações e prestações que realizar, os documentos fiscais, inclusive os
emitidos por meio eletrônico, autorizados pelos entes federados onde possuir
estabelecimento
(...)
§ 5 º Na hipótese de devolução de mercadoria a contribuinte não optante pelo
Simples Nacional, a ME ou EPP fará a indicação no campo "Informações
Complementares", ou no corpo da Nota Fiscal Modelo 1, 1-A, ou Avulsa, da
base de cálculo, do imposto destacado, e do número da nota fiscal de compra
da mercadoria devolvida, observado o disposto no art. 63. (Lei Complementar
n º 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4 º)
Devolução – Simples Nacional
Resolução CGSN 94/2011
§ 7 º Na hipótese de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, não
se aplicará o disposto nos §§ 5 º e 6 º , devendo a base de cálculo e o ICMS
porventura devido ser indicados nos campos próprios, conforme estabelecido
em manual de especificações e critérios técnicos da NF-e, baixado nos termos
do Ajuste SINIEF que instituiu o referido documento eletrônico. (Lei
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4 º )
Devolução – Substituição tributária
Decisão Normativa CAT 04/2010
3 - Pelas regras gerais do ICMS, qualquer devolução de mercadoria efetuada por
contribuintes do imposto (industriais, comerciantes, revendedores, ou qualquer cliente
obrigado à emissão de documentos fiscais), quer deste Estado como de outras
unidades da Federação, deve ser acompanhada de Nota Fiscal, com destaque do
ICMS, calculado pelo mesmo valor da base de cálculo e pela mesma alíquota da
operação original de venda, com expressa remissão ao documento correspondente,
observado ainda o disposto no artigo 57 do RICMS/2000, que prevê a aplicação dessa
forma de cálculo do imposto inclusive quando tratar-se de operação interestadual.
4 - Assim, para o caso em que ocorre devolução de mercadorias submetidas à
substituição tributária, a Nota Fiscal emitida pelos contribuintes substituídos, quando da
devolução da mercadoria em virtude de garantia, deverá conter nos campos “Base
de cálculo do ICMS” e “Valor do ICMS” do quadro “Cálculo do imposto”,
respectivamente, a base de cálculo e o valor do imposto da operação própria do
fornecedor e, no campo “Informações complementares” do quadro “Dados
adicionais”, deve ser indicada a base de cálculo e o valor do imposto retido por
substituição tributária, em virtude do disposto no § 5º do artigo 127 do
RICMS/2000.
Devolução – local de entrega
Artigo 454-A - Por opção do remetente original, tratando-se de operação interna, a
devolução da mercadoria poderá ser efetuada para outro estabelecimento do mesmo
titular situado em território paulista, hipótese em que o contribuinte que efetuar a
devolução deverá:
I - emitir Nota Fiscal a título de "Devolução Simbólica", para o fim de anular parcial ou
totalmente a operação anteriormente realizada, indicando:
a) como destinatário, o estabelecimento remetente original;
b) o estabelecimento onde a mercadoria será entregue, mencionando o endereço e os
números de inscrição, estadual e no CNPJ deste;
c) o número e a data da emissão do documento fiscal que acobertou a operação
original;
d) comonatureza da operação: "Devolução Simbólica - art. 454-A do RICMS";
e) o destaque do valor do imposto, se devido;
Devolução – local de entrega
II - emitir Nota Fiscal, sem destaque do imposto, que servirá para acompanhar a
mercadoria no seu transporte até o estabelecimento destinatário da devolução,
indicando, além dos demais requisitos:
a) o número, a data da emissão do documento fiscal que acobertou a operação original
e da Nota Fiscal a que se refere o inciso I;
b) como natureza da operação: "Remessa por Devolução Simbólica- art. 454-A do
RICMS".
Devolução – local de entrega
§ 1º - O estabelecimento que tiver realizado a operação original deverá:
1 - registrar a Nota Fiscal referida no inciso I no livro Registro de Entradas, consignando
os respectivos valores nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações com Crédito do
Imposto";
2 - emitir Nota Fiscal para "Transferência Simbólica" da mercadoria ao estabelecimento
destinatário da devolução, que conterá, além dos demais requisitos:
a) o destaque do valor do imposto, se devido, observado, quanto à base de cálculo, o
disposto no artigo 39;
b) o número e a data da emissão da Nota Fiscal a que se refere o inciso I.
Devolução – local de entrega
§ 2º - O estabelecimento destinatário da devolução deverá registrar no livro Registro de
Entradas:
1 - a Nota Fiscal prevista no inciso II, com utilização, apenas, das colunas "Documento
Fiscal" e "Observações", fazendo constar nesta última a expressão: "Remessa por
Devolução Simbólica - art. 454-A do RICMS";
2 - a Nota Fiscal prevista no item 2 do parágrafo anterior.
Devolução – local de entrega
§ 3º - O estabelecimento que efetuar a devolução fica dispensado da emissão da Nota
Fiscal de que trata o inciso II, desde que:
1 - a saída da mercadoria com destino ao estabelecimento destinatário da devolução
seja acompanhada da Nota Fiscal prevista no item 2 do § 1º;
2 - seja indicada na Nota Fiscal aludida no item anterior, a data da efetiva saída das
mercadorias remetidas ao destinatário da devolução;
3 - se observe, na Nota Fiscal a que se refere o inciso I, a circunstância de que a
remessa da mercadoria ao destinatário da devolução foi efetivada com a Nota Fiscal
prevista no item 2 do § 1º, mencionando-se, ainda, os seus dados identificativos.";
Devolução – emissão nota fiscal
RESPOSTA À CONSULTA TRIBUTÁRIA 21/2011, de 15 de Março de 2011.
ICMS - Devolução de mercadorias - Segundo o artigo 4º, IV, do RICMS /2000,
devolução de mercadoria é a operação que tenha por objeto anular todos os efeitos de
uma operação anterior - É possível a emissão de uma única Nota Fiscal de devolução
relativa a duas ou mais entradas distintas, do mesmo fornecedor, desde que fiquem
registrados no documento de devolução todos os elementos relativos às Notas Fiscais
de entrada das mercadorias.
Recusa de mercadoria
Artigo 453 - O estabelecimento que receber, em retorno, mercadoria por qualquer motivo
não entregue ao destinatário, deverá
I - emitir Nota Fiscal pela entrada da mercadoria no estabelecimento, com menção dos
dados identificativos do documento fiscal original, registrando-a no livro Registro de
Entradas, e consignando os respectivos valores na coluna "ICMS - Valores Fiscais -
Operações ou Prestações com Crédito do Imposto" ou "ICMS - Valores Fiscais - Operações
ou Prestações sem Crédito do Imposto", conforme o caso;
II - manter arquivada a 1ª via da Nota Fiscal emitida por ocasião da saída, que deverá conter
a indicação prevista no parágrafo único;
III - mencionar a ocorrência na via presa ao bloco ou em documento equivalente;
IV - exibir ao fisco, quando exigido, todos os elementos, inclusive os contábeis,
comprobatórios de que a importância eventualmente debitada ao destinatário não tenha sido
recebida.
Parágrafo único - O transporte da mercadoria em retorno será acompanhado pela própria
Nota Fiscal emitida pelo remetente, cuja 1ª via deverá conter indicação, no verso, efetuada
pelo destinatário ou pelo transportador, do motivo de não ter sido entregue a mercadoria.
Recusa de mercadoria
Artigo 136 - O contribuinte, excetuado o produtor, emitirá Nota Fiscal:
I - no momento em que entrar no estabelecimento, real ou simbolicamente,
mercadoria ou bem:
e) em retorno, em razão de não ter sido entregue ao destinatário;
Recusa de mercadoria
Artigo 207 - O retorno da carga por qualquer motivo não entregue ao
destinatário poderá ser acobertado pelo conhecimento de transporte original,
desde que conste o motivo no verso desse documento
Crédito do ICMS
Artigo 63 - Poderá, ainda, o contribuinte creditar-se independentemente de
autorização:
I - do valor do imposto debitado por ocasião da saída da mercadoria, no período em que
tiver ocorrido a sua entrada no estabelecimento, e observadas as disposições dos
artigos 452 a 454, nas seguintes hipóteses:
a) devolução de mercadoria, em virtude de garantia ou troca, efetuada por produtor ou
por qualquer pessoa natural ou jurídica não considerada contribuinte ou não obrigada à
emissão de documentos fiscais;
b) retorno de mercadoria por qualquer motivo não entregue ao destinatário;
c) devolução de mercadoria, efetuada por estabelecimento de contribuinte sujeito às
normas do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - “Simples Nacional”, ou
por estabelecimento sujeito a regime especial de tributação sempre que for vedado o
destaque do valor do imposto no documento fiscal emitido por esses estabelecimentos;
Crédito do ICMS
Artigo 276 - Ocorrendo devolução de mercadoria cuja saída tiver sido
escriturada nos termos do artigo anterior, o sujeito passivo por substituição
deverá registrar no livro Registro de Entradas:
I - o documento fiscal relativo à devolução, com utilização das colunas
"Operações ou Prestações com Crédito do Imposto", na forma prevista neste
regulamento;
II - na coluna "Observações", na mesma linha do registro referido no inciso
anterior, o valor da base de cálculo e o do imposto retido, referidos no artigo
273, relativos à devolução, na forma do inciso II do artigo precedente.
Parágrafo único - Os valores constantes na coluna relativa ao imposto retido
serão totalizados no último dia do período de apuração, para lançamento no
livro Registro de Apuração do ICMS, na forma prevista no artigo 281.
Crédito do ICMS
Artigo 281 - O sujeito passivo por substituição apurará os valores
relativos ao imposto retido, no último dia do período, no livro
Registro de Apuração do ICMS, em folha subseqüente à da
apuração referente às suas operações próprias, fazendo constar
a expressão "Substituição Tributária" e utilizando, no que couber,
os quadros "Débito do Imposto", "Crédito do Imposto" e
"Apuração dos Saldos", onde serão lançados :
I - o valor de que trata o parágrafo único do artigo 275 ou a alínea
b do item 1 do § 2º do artigo 277, no campo "Por Saídas com
Débito do Imposto";
II - o valor de que trata o parágrafo único do artigo 276, no campo
"Por Entradas Com Crédito do Imposto".
Crédito do ICMS
Artigo 454 - O estabelecimento que receber mercadoria devolvida por estabelecimento
de contribuinte sujeito às normas do Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte -
“Simples Nacional”, poderá, quando admitido, creditar-se do valor do imposto debitado
por ocasião da saída, desde que:
I - emita Nota Fiscal, relativa à entrada da mercadoria em seu estabelecimento,
mencionando o número, a data da emissão do documento fiscal pela microempresa ou
pela empresa de pequeno porte e o valor do imposto a ser creditado;
II - registre a Nota Fiscal no livro Registro de Entradas, consignando os respectivos
valores nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestações com Crédito do
Imposto";
III - arquive a 1ª via da Nota Fiscal juntamente com a 1ª via do documento fiscal emitido
pela microempresa ou pela empresa de pequeno porte.
Parágrafo único - É facultado ao estabelecimento recebedor emitir a Nota Fiscal referida
neste artigo englobando as devoluções ocorridas no dia.
A Zona Franca de Manaus (ZFM) é um modelo de desenvolvimento regional que foi
criado em 1967, com o intuito de criar uma base econômica na região norte do país e
promover a integração socioeconômica da região em relação às demais regiões.
Ela foi idealizada em 1957, através da Lei nº 3.173/57, como porto livre. Mas, dez
anos após, com a publicação do Decreto-Lei 288/1967, houve a reformulação do
modelo, estabelecendo incentivos para implantação de um polo industrial, comercial
e agropecuário na região, sobretudo na Amazônia.
Nesta época, começou a ser criado o atual modelo de desenvolvimento, que tem
como centro a cidade de Manaus, engloba uma área física de 10 mil km², e está
assentado em incentivos fiscais e extrafiscais, instituídos objetivando amenizar as
desvantagens locacionais e propiciar condições de alavancar o processo de
desenvolvimento da área.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, teve-se mantida a ZFM com
suas características de “área de livre comércio” de exportação, importação e de
incentivos fiscais até o ano de 2013 e, com a Emenda Constitucional n.º 42/03, sua
prorrogação para 2023 (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da
Constituição Federal de 1988 , art. 40 e art. 92; Decreto-lei nº288/1967, art. 1).
Histórico
1 - Zona Franca de Manaus – ZFM (Convênio ICM nº 65/1988 e Convênio ICMS nº
52/1992) - Isenção do ICMS nas operações destinadas para contribuintes situados nas
cidades de Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueredo do Estado do Amazonas
(art. 84 do Anexo I do RICMS/SP). Suspensão do IPI, com a conversão em isenção, nas
operações destinadas para contribuintes situados na cidade de Manaus do Estado do
Amazonas (art. 81 do RIPI).
2 - Área de Livre comércio – ALC (Convênio ICM nº 65/1988 e Convênio ICMS nº
52/1992 - Isenção do ICMS e suspensão do IPI, com a conversão em isenção, nas
operações destinadas para contribuintes situados nas cidades de Macapá e Santana do
Estado do Amapá, Bonfim e Boa Vista no Estado de Roraima, Guajaramirim no Estado
de Rondônia, Tabatinga no Estado do Amazonas e Cruzeiro do Sul e Brasiléia com
extensão para Epitaciolandia do Estado do Acre.
3 - Amazônia Ocidental – AO (Dec. Lei 356/68, art.1°, § 1°) - Isenção do IPI nas
operações destinadas para contribuintes situados nos Estados do AM, RR, RO e AC.
ICMS/SP e IPI – As áreas de incentivos da região
norte do país
ICMS/SP - Zona Franca de Manaus e ALC
ZFM Art. 84, ALC art. 5º, Anexo I do RICMS – Decreto 45.490/00
A Lei Complementar nº 24/1975, dispõe que as isenções do ICMS (bem como outros
benefícios) somente poderão ser concedidas ou revogadas nos termos de convênios
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal.
Nesse sentido, foi celebrado o Convênio ICMS nº 52/1992 , modificado pelos Convênios
ICMS nºs 37/1997, 5/1999 e 25/2008, o qual estendeu os benefícios e as condições
contidas no Convênio ICM nº 65/1988, que dispõe sobre a isenção do ICMS nas
remessas de produtos industrializados ou semi-elaborado de origem nacional à Zona
Franca de Manaus.
48
ICMS/SP - Zona Franca de Manaus e ALC
Artigo 5° (ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO) - Saída de produto industrializado ou semi-elaborado de origem nacional para comercialização ou industrialização nas Áreas de Livre Comércio de Macapá e Santana, no Estado do Amapá, Bonfim e Boa Vista, no Estado de Roraima, Guajaramirim, no Estado de Rondônia, Tabatinga, no Estado do Amazonas, e Cruzeiro do Sul e Brasiléia, com extensão para o município de Epitaciolândia, no Estado do Acre, exceto açúcar de cana, armas e munições, perfume, fumo, bebida alcoólica e automóvel de passageiros.
...
§ 3º - Relativamente às saídas de produtos industrializados ou semi-elaborados de origem nacional para comercialização ou industrialização nas Áreas de Livre Comércio de Macapá e Santana, no Estado do Amapá, e Bonfim e Boa Vista, no Estado de Roraima, não se exigirá o estorno do crédito do imposto relativo às mercadorias beneficiadas com a isenção prevista neste artigo (Convênio ICMS-71/11, cláusula primeira, I, e Protocolo ICMS-52/11).
§ 4º - O benefício previsto no § 3º fica condicionado à vigência do Protocolo ICMS-52/11, que estabelece condições especiais de fiscalização nos estabelecimentos destinatários localizados nas Áreas de Livre Comércio, para fins de controle das entradas e saídas dos produtos nas áreas incentivadas, autorizando a Secretaria da Fazenda deste Estado, dentre outras medidas, a:
1 - estabelecer procedimentos de fiscalização no estabelecimento destinatário;
2 - notificar o estabelecimento destinatário a prestar informações, em meio digital, diretamente à Secretaria da Fazenda deste Estado, referentes a todas as operações de saída realizadas durante o prazo legal de vedação ao desinternamento, bem como a apresentar os livros fiscais e contábeis, ou a correspondente escrituração fiscal e contábil digital.
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ZFM
Isenção do ICMS:
Art. 84. “Saída de produto industrializado de origem nacional para comercialização ou
industrialização nos Municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo,
exceto de açúcar de cana, armas e munições, perfume, fumo, bebida alcoólica,
automóvel de passageiros ou de produto semi-elaborado constante nos Convênios ICM-
7/89, de 27-2-89, e ICMS-15/91, de 25-4-91, desde que:
I - o estabelecimento destinatário esteja situado nos referidos municípios;
II - haja comprovação da entrada efetiva do produto no estabelecimento destinatário;
III - seja abatido do preço da mercadoria o valor equivalente ao imposto que seria devido
se não houvesse a isenção;
IV - o abatimento previsto no inciso anterior seja indicado, de forma detalhada, no
documento fiscal.
50
ZFM
Isenção do ICMS:
...
§ 4º - A vistoria física quando do ingresso da mercadoria nas áreas incentivadas será realizada com a
apresentação das 1ª, 3ª e 5ª vias da Nota Fiscal e do Conhecimento de Transporte, ocasião em que
serão retidas a 5ª via daquela e a 3ª via deste, para fins de processamento eletrônico desses
documentos e ulterior formalização do processo de internamento.
§ 5º - Não constitui prova de ingresso da mercadoria a aposição de qualquer carimbo, autenticação, visto
ou selo de controle pela SUFRAMA ou pela SEFAZ/AM, nas vias dos documentos apresentados para
vistoria.
§ 6º - A constatação do ingresso da mercadoria nas áreas incentivadas será divulgada pela SUFRAMA,
por meio de declaração disponível na "internet", após a análise, conferência e atendimento dos requisitos
legais relativos aos documentos fiscais que acobertaram a sua remessa para aquelas áreas, retidos por
ocasião da vistoria a que se refere o § 4º.
§ 7º - Não efetuada, por qualquer motivo, a divulgação prevista no parágrafo anterior, o contribuinte
remetente poderá, desde que o imposto ainda não tenha sido reclamado mediante lançamento de ofício,
solicitar da SEFAZ/AM ou da SUFRAMA a instauração do procedimento denominado "Vistoria Técnica"
para o fim de comprovar o ingresso da mercadoria nas áreas incentivadas, observado o seguinte:
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ZFM
Isenção do ICMS:
1 - o pedido deve estar instruído com:
a) cópia da Nota Fiscal e do Conhecimento de Transporte;
b) cópia do registro da operação no livro Registro de Entradas do destinatário;
c) declaração do remetente, assegurando que até a data da protocolização do pedido não foi notificado para
efetuar o recolhimento do imposto relativo à operação ou que não foi efetuado o lançamento de ofício.
2 - após o exame da documentação, a SUFRAMA e a SEFAZ/AM emitirão parecer conjunto conclusivo e
devidamente fundamentado sobre o Pedido de Vistoria Técnica no prazo de 30 (trinta) dias contado do
recebimento e, sendo favorável à parte interessada, cópia do parecer será remetida ao fisco deste Estado,
juntamente com todos os elementos que instruíram o pedido.
§ 8º - Relativamente à "Vistoria Técnica" prevista no parágrafo anterior:
1 - na hipótese de ser comprovada a falsidade da declaração referida na alínea "c" do item 1 do § 7º, o fisco
comunicará o fato à SUFRAMA e à SEFAZ/AM, que declararão a nulidade do parecer anteriormente
exarado;
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ZFM
Isenção do ICMS:
2 - também poderá ser realizada "ex offício" ou por solicitação do fisco deste Estado, sempre que surgirem indícios de
irregularidades na constatação do ingresso da mercadoria;
3 - também poderá ser solicitada pelo destinatário da mercadoria.
§ 9º - Decorridos 120 (cento e vinte) dias da remessa da mercadoria sem que tenha havido a comunicação do seu ingresso
nas áreas incentivadas, será o remetente notificado a, no prazo de 60 (sessenta) dias (Convênio ICMS-17/03): (Redação dada
ao parágrafo pelo Decreto 47.858 de 03-06-2003; DOE 04-06-2003; Efeitos a partir de 01-06-2003)
1 - apresentar prova da constatação do ingresso; ou
2 - apresentar o parecer conjunto exarado pela SUFRAMA e pela SEFAZ-AM, em Pedido de Vistoria Técnica;
3 - comprovar, na falta dos documentos relativos aos itens anteriores, o recolhimento do imposto efetuado com observância do
disposto no artigo 5º deste regulamento.
§ 10 - Na hipótese de desatendimento à notificação prevista no parágrafo anterior, será lavrado o competente auto de
infração.§ 11 - Salvo no caso de mercadoria submetida a processo de transformação industrial do qual resulte produto novo,
hipótese em que não é aplicável a isenção, o prazo previsto no § 9º poderá ser ampliado, mediante regime especial, caso o
produto deva, em trânsito direto, ser submetido a processo de industrialização por conta e ordem do adquirente da mercadoria,
em estabelecimento, neste Estado, diverso do remetente.
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ZFM
Isenção do ICMS:
§ 12 - Verificando-se, a qualquer tempo, que a mercadoria não tenha chegado ao destino indicado ou que tenha sido
reintroduzida no mercado interno do país, antes de decorridos 5 (cinco) anos de sua remessa, fica o contribuinte que tiver
dado causa a tais eventos, ainda que situado no Estado do Amazonas, obrigado a recolher o imposto relativo à saída, por
guia de recolhimentos especiais, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da data da ocorrência do fato, com observância do
disposto no artigo 5º deste regulamento.
§ 13 - Não recolhido o imposto no prazo a que se refere o parágrafo anterior, o fisco poderá exigi-lo de imediato, com multa e
demais acréscimos legais, nos termos do artigo 5º deste regulamento.
§ 14 - Também será considerada desinternada a mercadoria que, remetida para fins de comercialização ou industrialização,
tiver sido incorporada ao ativo imobilizado do estabelecimento destinatário ou utilizada para uso ou consumo do próprio
estabelecimento, bem como a que tiver saído dos municípios referidos no "caput" em razão de empréstimo ou locação.
§ 15 - Não configura a hipótese de desinternamento, a saída da mercadoria para fins de conserto, restauração, revisão,
limpeza ou recondicionamento, desde que o retorno ocorra em prazo nunca superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da
data da emissão da Nota Fiscal.
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IPI - ZFM
IPI – Arts. 81 e seguintes do RIPI – Decreto 7.660/2011
São isentos do IPI:
1 – Prod. ind. na ZFM, destinado ao consumo interno, excluídos as armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros;
2 – Prod. Ind na ZFM por estab. com projeto aprovado pela SUFRAMA, que não sejam ind. pelas modalidades: acond/reacond., dest. para qualquer lugar do Brasil, excluídos armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros e produtos de perfumaria ou de toucador, preparados ou preparações cosméticas (exceto as preparações das posições 33.03 a 33.07 da Tabela de Incidência do IPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, se produzidas com utilização de matérias-primas da fauna e da flora regionais, em conformidade com o processo produtivo básico - PPB);
3 – os produtos nacionais entrados na ZFM para seu consumo interno, utilização ou industrialização ou, ainda, para serem remetidos, por intermédio de seus entrepostos, à Amazônia Ocidental, excluídos armas e munições, perfumes, fumo, automóveis de passageiros e bebidas alcoólicas, classificados, respectivamente, nos Capítulos 93, 33, 24, nas posições 87.03, 22.03 a 22.06 e nos códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto o Ex 01) da TIPI/2006.
55
IPI – Remessa com Suspensão
A remessa dos produtos para a Zona Franca de Manaus será com a suspensão do IPI,
que será convertida em isenção.
Também sairão com a suspensão do IPI:
a) os produtos nacionais remetidos à ZFM especificamente para serem exportados para
o exterior, atendidas as condições estabelecidas pelo Ministro da Fazenda;
b) os produtos que, antes da sua remessa à ZFM, forem enviados pelo seu fabricante a
outro estabelecimento, para industrialização adicional, por conta e ordem do destinatário
naquela área, excluídos armas e munições, perfumes, fumo, automóveis de passageiros
e bebidas alcoólicas, classificados, respectivamente, nos Capítulos 93, 33, 24, nas
posições 87.03, 22.03 a 22.06 e nos códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 2208.90.00
(exceto o Ex 01) da TIPI/2006.
(RIPI, arts. 84 e 85).
56
IPI - Tratamento com veículos
Obs.: Automóveis de passageiros não fazem parte do benefício fiscal do IPI.
Em relação aos veículos nacionais ou estrangeiros, deverá ser observado o seguinte:
a) a sua transformação em automóveis de passageiros, dentro do prazo de 3 anos da sua fabricação ou do seu ingresso na ZFM com a isenção ou suspensão do IPI tratadas nos subitens 2.1, letras "a" e "c", e 2.2.1, importará na perda do benefício e sujeitará o seu proprietário ao recolhimento do imposto que deixou de ser pago, independentemente dos acréscimos legais cabíveis;
b) quando ingressados na ZFM com a isenção ou suspensão do IPI de que tratam os subitens 2.1, letra "c", e 2.2.1, poderá ser autorizada a saída temporária deles, pelo prazo de até 90 dias, improrrogável, para o restante do território nacional sem o pagamento do imposto, mediante prévia autorização concedida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), exceto no caso dos veículos de transporte coletivo de pessoas e dos de transporte de carga.
( RIPI/2010, art. 88) .
63
Nota Fiscal
CFOP – 6.109 /6.110 – Venda de mercadoria para à ZFM ou Área de
Livre Comércio, desde que a remessa seja com a aplicação da isenção
ou com não tributação;
Dados adicionais – Informação da isenção do ICMS (Art. 84, ou 5º do
Anexo I do RICMS – Decreto 45.490/00).
Informação detalhada do desconto do ICMS.
64
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ANEXO ÚNICO
TABELA I
Código Descrição
00 Entrada com Recuperação de Crédito
01 Entrada Tributável com Alíquota Zero
02 Entrada Isenta
03 Entrada Não-Tributada
04 Entrada Imune
05 Entrada com Suspensão
49 Outras Entradas
50 Saída Tributada
51 Saída Tributável com Alíquota Zero
52 Saída Isenta
53 Saída Não-Tributada
54 Saída Imune
55 Saída com Suspensão
99 Outras Saídas
CST IPI – IN 1009/2010
Amazônia Ocidental
Instituída pelo Decreto-lei nº 356/1968
ICMS - inexiste previsão legal (convênio) que conceda benefício fiscal de ICMS
para as remessas de produtos destinados à Amazônia Ocidental.
IPI – Suspensão – art. 98 e seguintes do RIPI/2010.
Abrangência: Estados – AM, RR, RO e AC.
Ficam sujeitos à isenção os produtos nacionais consumidos ou utilizados na
Amazônia Ocidental, desde que sejam ali industrializados por estabelecimentos
com projetos aprovados pelo Conselho de Administração da SUFRAMA, ou
adquiridos por intermédio da Zona Franca de Manaus ou de seus entrepostos
na referida região, excluídos as armas e munições, perfumes, fumo,
automóveis de passageiros e bebidas alcoólicas, classificados,
respectivamente, nos Capítulos 93, 33 e 24, nas Posições 87.03 e 22.03 a
22.06 e nos Códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto o Ex 01)
da TIPI (Decreto-Lei no 356, de 15 de agosto de 1968, art. 1o).
66
67
A ZFM, a ALC e a AO são administradas pela Superintendência da Zona Franca de
Manaus (Suframa), que é uma autarquia vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com a responsabilidade de construir
um modelo de desenvolvimento regional que utilize de forma sustentável os recursos
naturais, assegurando viabilidade econômica e melhoria da qualidade de vida das
populações locais (http://www.suframa.gov.br/suframa_o_que_e_suframa.cfm).
A SUFRAMA realiza o controle do ingresso físico das mercadorias nas áreas
incentivadas e a formalização do internamento, através da transmissão prévia ao
ingresso nas Áreas Incentivadas, dos dados pertinentes aos documentos fiscais, pelo
remetente, via Sistema de Controle de Ingresso de Mercadoria Nacional – SINAL, da
SUFRAMA.
Observe que caberá também ao transportador contratado informar os dados do
Conhecimento(s) de Transporte e Manifesto(s) de Carga no WS SINAL, além de
associar a nota fiscal ao conhecimento de transporte gerado; associar o PIN ao
manifesto de carga; fechar o manifesto, imprimir o manifesto Suframa e apresentar o
Manifesto Suframa e a mercadoria para realização da Vistoria pela SUFRAMA.
SUFRAMA
INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR SOBRE CARGA TRIBUTÁRIA INCIDENTE SOBRE MERCADORIAS – AUTUAÇÕES COMEÇAM
EM JANEIRO DE 2015.
Através da Medida Provisória n. 649, publicada no dia 5 de junho, a Presidente da República, Dilma Rousseff, adiou para 1º de janeiro de 2015, a exigência de esclarecimento ao consumidor quanto à carga tributária incidente sobre mercadorias e serviços. Conforme a MP 649, a fiscalização, no que se refere à informação relativa à carga tributária objeto da Lei n. 12.741, de 8 de dezembro de 2012, será exclusivamente orientadora até 31 de dezembro de 2014. Na mesma data, o Poder Executivo federal regulamentou a citada lei através do Decreto n. 8.264/2014.
As punições para o comerciante que não detalhar na nota fiscal ou em local
visível os impostos embutidos no preço de produtos e serviços vão ser
aplicadas somente a partir de 1º de janeiro de 2015. A cobrança entraria em
vigor mas o Governo a prorrogou por meio da Medida Provisória 649, de 5 de
junho de 2014. A MP, que altera a Lei 12.741/12, foi publicada no Diário Oficial
da União.
Também foi publicado o Decreto 8264, de 5 de junho de 2014, que regulamenta a Lei 12.741/12. O texto determina que a carga tributária tem caráter meramente informativo, visando esclarecimento dos consumidores, não se prestando à finalidade de natureza fiscal ou financeira.
Principais pontos referentes ao Decreto nº 8264/14, que regulamenta a Lei n°
12.741/12. A lei garante aos cidadãos o conhecimento mais claro da carga tributária incidente sobre cada produto e serviço que
consomem.
São somados os tributos da União, estados e municípios ou informado apenas valor ou percentual de carga tributária estimada? Não. Deve ser informado um valor ou percentual de carga tributária estimada para cada ente. Portanto, até três valores devem ser informados: um relativo a tributos federais, um relativo a tributos estaduais e um relativo a tributos municipais.
Quais tributos considerar e em qual campo inserir cada um deles? Para o cálculo dos tributos federais somar os percentuais do: a. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
b. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), apenas para os produtos financeiros sobre os quais incide diretamente; c. Contribuição Social para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) - (PIS/Pasep), apenas a parcela incidente na operação de venda ao consumidor final; d. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), apenas a parcela incidente na operação de venda ao consumidor final;
e. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide); e f. Imposto de importação, PIS/Pasep/importação e Cofins/importação, caso haja insumos oriundos de operações de comércio exterior e que representem mais de 20% do valor do preço de venda da mercadoria. O valor dos tributos estaduais corresponde à alíquota do Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). O valor dos tributos municipais corresponde à alíquota do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Nos casos de venda ao consumidor final, são inseridos apenas os tributos pagos na última etapa da cadeia produtiva? É possível assim proceder desde que, além da carga tributária da etapa final da cadeia produtiva, seja somada eventual incidência tributária anterior (IPI, substituição tributária, por exemplo).
É possível calcular a carga tributária aproximada das mercadorias ou serviços comercializados? Existe alguma tabela de referência? (IBPT) Sim. Todas as mercadorias ou serviços cujas informações de carga tributária aproximada serão informadas ao consumidor final podem ser classificadas de acordo com o disposto em duas relações: a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), os itens de serviço da Lei Complementar 116. Após classificar as mercadorias e serviços que comercializa de acordo com alguma das listas citadas acima, basta correlacionar o código identificador com a respectiva carga tributária aproximada. SITE: www.ibpt.org.br
Caso em alguma mercadoria ou serviço comercializados haja imunidades, isenções, reduções ou não incidências de um ou mais tributos, como proceder? Esses valores não devem entrar no cálculo do somatório dos tributos, justamente porque foram eximidos.
O declarante será tributado a partir dos valores informados na nota? Não. Os valores apresentados nos documentos fiscais (e em tabelas afixadas nos estabelecimentos) têm caráter meramente informativo. O microempreendedor individual (MEI), optante do Simples Nacional nos termos da Lei Complementar n° 123, está dispensado de informar a carga tributária incidente nas mercadorias que comercializa ou nos serviços que presta? Sim. Para o caso do MEI, a informação é facultativa, porém, aquelas optantes do Simples Nacional podem informar apenas a alíquota a que se encontram sujeitas nos termos do referido regime. Além disso, devem somar eventual incidência tributária anterior (IPI, substituição tributária, por exemplo).