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Seminário Mensal do Departamento Pessoal 11 de outubro de 2017 Apresentadores: Fábio Gomes Fábio Momberg Érica Nakamura Graziela Garcia

Seminário Mensal do Departamento Pessoal 11 de outubro de 2017 · estará disponível para teste a procuração eletrônica. ... Resolução CNPS nº 1.327/2015 ... Seminário Mensal

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Seminário Mensal do

Departamento

Pessoal –

11 de outubro de 2017

Apresentadores: Fábio GomesFábio MombergÉrica NakamuraGraziela Garcia

eSocial

Manual e leiaute versão 2.4

– Análise das alterações

Seminário Mensal do Departamento Pessoal

11 de outubro de 2017

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11 de outubro de 2017

Cronograma oficial de implantação

A Resolução do Comitê Diretivo do eSocial nº 2 (DOU de 31.08.2016)

dispõe sobre o cronograma de implantação do eSocial. Segundo o ato, a

implantação do eSocial se dará conforme o cronograma abaixo.

I - em 1º de janeiro de 2018, para os empregadores e contribuintes com

faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito

milhões de reais); e

II - em 1º de julho de 2018, para os demais empregadores e contribuintes.

Fica dispensada a prestação das informações dos eventos relativos a

saúde e segurança do trabalhador (SST) nos 6 (seis) primeiros meses

depois das datas de início da obrigatoriedade.

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11 de outubro de 2017

eSocial – Início dos testes com a versão 2.3 do leiaute

De acordo com notícia veiculada no Portal do eSocial

(https://portal.esocial.gov.br/), os testes realizados no ambiente de

Produção Restrita passarão a utilizar o leiaute do eSocial na versão 2.3 a

partir de 10/10/2017.

Ainda, os eventos que já foram enviados pelas empresas, na versão

anterior do leiaute, serão excluídos da base de dados e deverão ser

reenviados, utilizando-se a nova versão de teste.

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11 de outubro de 2017

eSocial – Início dos testes com a versão 2.3 do leiaute

As principais novidades desta versão são a fusão dos eventos de

cadastramento inicial e admissão no Evento S-2200, o novo Evento S-

1295 - Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência e o

retorno do processamento da admissão com as informações do contrato

de trabalho.

Ademais, com a mudança da versão do leiaute no ambiente de testes,

estará disponível para teste a procuração eletrônica.

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11 de outubro de 2017

EFD-Reinf – Evento R-2070 referente às retenções na Fonte

(IRRF, CSLL, Cofins, PIS/Pasep)

Foi disponibilizada no Portal Sped, no site da Receita Federal do

Brasil (RFB), uma nota técnica informando que a EFD-Reinf

substituirá a GFIP referente às informações tributárias

previdenciárias prestadas nesse instrumento e que não estão

contempladas no eSocial.

Num segundo momento, após sua implantação, a EFD-Reinf

também substituirá a Declaração do Imposto sobre a Renda

Retido na Fonte (Dirf).

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11 de outubro de 2017

EFD-Reinf – Evento R-2070 referente às retenções na Fonte

(IRRF, CSLL, Cofins, PIS/Pasep)

Entretanto, o cronograma prevê a entrada da EFD-Reinf em dois

períodos: janeiro e julho de 2018, conforme previsto na Instrução

Normativa RFB nº 1.701/2017. Dessa forma, a DIRF não será

substituída logo de imediato, referente ao ano-calendário 2018 (Dirf

2019).

Sendo assim, o evento da EFD-Reinf que colherá informações a

respeito de Retenções na Fonte, denominado "R-2070 - Retenções

na Fonte - IR, CSLL, Cofins, PIS/PASEP", não estará disponível para

o início da primeira entrada em produção, em janeiro de 2018. As

demais informações previstas nos leiautes publicados em setembro de

2017 (versão 2) serão exigidas dentro do cronograma mencionado.

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11 de outubro de 2017

Qualificação cadastral

Os empregadores/contribuintes devem atentar às informações cadastrais dos

trabalhadores a seu serviço, certificando-se de sua consistência no Cadastro Nacional

de Informações Sociais – CNIS, do INSS, e na base no Cadastro de Pessoa Física – CPF,

da RFB, e, se necessário, proceder a atualização dos dados cadastrais antes da data

de entrada em vigor do eSocial.

Para facilitar o trabalho de regularização cadastral dos trabalhadores, foi

disponibilizado no Portal do eSocial, a partir do endereço eletrônico:

http://portal.esocial.gov.br/institucional/consulta-qualificacao-cadastral, a aplicação

CQC (Consulta Qualificação Cadastral) para identificar possíveis divergências.

No cadastramento inicial de trabalhador afastado pelo motivo de aposentadoria por

invalidez ou auxílio doença, a qualificação cadastral, embora recomendada, não é

obrigatória, conforme regras já aplicadas no leiaute do eSocial. Essa qualificação

cadastral torna-se obrigatória no momento do retorno do trabalhador.

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11 de outubro de 2017

S-1050 - Tabela de Horários/Turnos de Trabalho

Conceito do evento: São as informações de identificação do horário contratual dos

empregados, apresentando o código e período de validade do registro. Detalha também

os horários de início e término do intervalo para a jornada de trabalho. É utilizado para

inclusão, alteração e exclusão de registros na Tabela de Horários/Turnos de Trabalho.

Quem está obrigado: O empregador/contribuinte, no início da utilização do eSocial e

toda vez que for criado, alterado ou excluído um determinado horário/turno de trabalho.

O horário contratual do empregado a ser informado deve refletir, quando for o

caso, os acordos de compensação semanal de jornada. Não deve, todavia, refletir

os acordos.

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11 de outubro de 2017

Evento S-2200 - Cadastramento Inicial do Vínculo e

Admissão/Ingresso de Trabalhador

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Evento S-2200 - Cadastramento Inicial do Vínculo e

Admissão/Ingresso de Trabalhador

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11 de outubro de 2017

Evento S-2200 - Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de

Trabalhador

47) O empregador deve inserir no campo {observacao} do grupo [observações] deste

evento quaisquer informações relevantes acerca do contrato de trabalho,

destacando-se, como exemplo:

a) informações relativas à realização dos exames toxicológicos dos empregados

que exercem a função de motoristas profissionais do transporte rodoviário

coletivo de passageiros e do transporte rodoviário de cargas, destacando o

código do exame toxicológico, a data de realização do exame (dia, mês e ano), o

CNPJ do Laboratório, o número do CRM e a correspondente UF do médico

responsável pela realização do exame. O código do exame toxicológico deve ser

informado no seguinte formato: AA999999999, sendo “AA” o serial do sequencial

e “999999999” o número sequencial do exame. A informação deve corresponder

ao exame realizado na admissão e no desligamento do empregado, se realizados

após o início da obrigatoriedade de utilização do eSocial.

......................................

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11 de outubro de 2017

S-2220 - Monitoramento da Saúde do Trabalhador

Conceito do evento: O evento detalha as informações relativas ao monitoramento da saúde do

trabalhador, durante todo o vínculo laboral com o empregador, por trabalhador, no curso do vínculo

ou do estágio, bem como os exames complementares – aos quais o trabalhador foi submetido.

Quem está obrigado: O empregador, a cooperativa, o Órgão Gestor de Mão de Obra, a parte

concedente de estágio, o sindicato de trabalhadores avulsos e órgãos públicos em relação aos

seus empregados e servidores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS.

Prazo de envio: o evento deve ser enviado até o dia 07 (sete) do mês subsequente ao da

realização do correspondente exame. Essa regra não altera o prazo legal para a realização

dos exames, que devem seguir o previsto na legislação, sendo que somente o registro da

informação no eSocial é permitido até o dia 07 (sete) do mês subsequente.

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11 de outubro de 2017

S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente

Conceito do evento: este evento tem como objetivo registrar a convocação

para prestação de serviços do empregado com contrato de trabalho

intermitente. Visa, portanto, formalizar e informar ao eSocial os termos pré-

pactuados de cada convocação para prestação de serviços.

Quem está obrigado: o empregador, sempre que ocorrer a convocação

do empregado para a prestação de serviços de natureza intermitente.

Este evento é exclusivo para trabalhadores admitidos com Categoria

[111] – “Empregado com Contrato de Trabalho Intermitente”.

Prazo de envio: deve ser enviado antes do início da prestação de serviços

para a qual o empregado está sendo convocado.

Pré-requisitos: envio do evento S-2200 – Cadastramento Inicial e

Admissão/Ingresso de Trabalhador.

Evento S-2299 – Desligamento

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11 de outubro de 2017

S-2300 –Trabalhador Sem Vínculo de Emprego – Início

Conceito do Evento: Este evento é utilizado para prestar informações

cadastrais relativas a trabalhadores que não possuem vínculo de

emprego com a empresa.

Quem está Obrigado: O empregador/empresa, a cooperativa, quando

utilizam mão de obra dos seguintes trabalhadores, sem vínculo de

emprego:

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11 de outubro de 2017

S-1295 - Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência

Conceito do evento: evento destinado a solicitar a totalização das Contribuições

Sociais e do Imposto de Renda, com base nas informações transmitidas para o

ambiente nacional, quando houver insucesso no encerramento normal dos

eventos periódicos (realizado pelo envio do evento S – 1299).

Quem está obrigado: Não existe obrigatoriedade.

Prazo de envio: Entre os dias 01 e 20 do mês subsequente ao da apuração mensal

e do mês de dezembro no caso da apuração anual (Décimo-Terceiro).

Pré-requisitos: envio dos eventos periódicos (S–1200 a S-1280 e S-2299 e S-2399) e

o insucesso do envio do evento S-1299 pela não satisfação da

REGRA_VALIDA_FECHAMENTO_FOPAG.

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11 de outubro de 2017

Trata-se de uma solução de contingência para a hipótese de insucesso do

fechamento dos eventos periódicos, para ser utilizada quando inexistir

condições para proceder o ajuste que motivou o insucesso do evento S-1299.

Ex.: Impossibilidade de envio de remuneração de determinado trabalhador e

proximidade de encerramento do prazo de vencimento dos tributos.

O envio do evento S-1295 não cumpre a obrigação acessória de efetuar o

fechamento dos eventos periódicos. Este cumprimento somente ocorre com o envio

com sucesso do evento S-1299.

Por se tratar de uma contingência há um limite de três (3) envios deste evento

por período de apuração.

Transmitido o evento S-1295, o posterior envio com sucesso do evento de

fechamento total (S-1299) retornará com o cálculo de todas as contribuições

devidas no período de apuração e não apenas do saldo entre este (total) e o

apurado com a entrega do evento S-1295.

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11 de outubro de 2017

S-1300 – Contribuição Sindical Patronal

Conceito do evento: Este evento registra o valor a ser pago relativo às

contribuições sindicais e a identificação dos sindicatos para os quais o

empregador/contribuinte efetuará as respectivas contribuições.

Quem está obrigado: empregador/contribuinte/órgão público que optar por recolher

contribuição a sindicato patronal prevista nos arts. 579 e 580 da CLT e no Decreto-lei

nº 1.166, de 15 de abril de 1971.

Prazo de envio: O evento relativo à contribuição sindical prevista nos arts. 579 e

580, deve ser transmitido até o dia 7 (sete) de fevereiro de cada ano, para as

empresas urbanas em atividade no mês de janeiro, ou até o dia 7 (sete) do mês

subsequente ao que for obtido o registro ou a licença para o exercício da

respectiva atividade. Em relação ao envio do evento pelos empregadores rurais,

relativo à contribuição sindical prevista no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de

1971, o prazo é o dia 7 (sete) de outubro de cada ano.

Aspectos

gerais e

divulgação

para 2018

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11 de outubro de 2017

Legislação

Lei nº 10.666/2003, art. 10 - Criação

Decreto nº 6.577/2008 - Previsão legal da divulgação do FAP em setembro de 2009,

produzindo efeitos a partir de janeiro de 2010

Resolução MPS/CNPS n° 1.316/2010, alterada pela Resolução CNP nº 1.329/2017 -

Dispõe sobre o cálculo do FAP

Resolução CNPS nº 1.327/2015 - Dispõe sobre o FAP de empresas com mais de 1

estabelecimento

Portaria MF n° 420/2017 - Divulgou o FAP do ano de 2017, com vigência para 2018

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11 de outubro de 2017

Introdução

Acidente de trabalho: aquele que ocorre pelo exercício de atividade a

serviço da empresa ou, ainda, pelo exercício do trabalho, provocando

lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou a

redução da capacidade para o trabalho, em caráter permanente ou

temporário, ou morte.

FAP: está diretamente relacionado ao acidente do trabalho, cuja

ocorrência não apenas acarreta danos físicos e morais ao trabalhador,

e compromete a produtividade e as finanças da empresa.

Os acidentes de trabalho também repercutem diretamente nos gastos

do governo com o tratamento da saúde dos trabalhadores e nos gastos

previdenciários com habilitação e reabilitação profissional e com

assistência aos trabalhadores acidentados.

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11 de outubro de 2017

Impactos financeiros de empresas com acidentados

- aumento de custos pela inatividade dos empregados afastados

- estabilidade (manutenção do vínculo)

- pagamento de indenizações por danos morais (sofrimento físico e

psicológico)

- indenizações por danos patrimoniais (despesas com tratamento)

- gastos com adequação de saúde e segurança do trabalho

- autuação pela Fiscalização

- ações regressivas do INSS nas situações em que se constatou negligência

(culpa) da empresa na observância das normas legais

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Financiamento do RAT

A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da

aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em razão do grau

de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos

ambientais do trabalho (GIILRAT), observado o acréscimo de alíquotas,

no caso de exercício de atividade que possam ensejar a concessão de

aposentadoria especial (após 15, 20 ou 25 anos de trabalho),

corresponde à aplicação dos seguintes percentuais, incidentes sobre o

total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no

decorrer do mês, ao segurado empregado e ao trabalhador avulso:

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11 de outubro de 2017

a) 1% para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de

acidente do trabalho é considerado leve;

b) 2% para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de

acidente do trabalho é considerado médio; ou

c) 3% para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de

acidente do trabalho é considerado grave.

A contribuição denominada "GIILRAT" também é conhecida como

Riscos Ambientais do Trabalho (RAT) ou, ainda, como a antiga sigla

Seguro de Acidentes do Trabalho (SAT).

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11 de outubro de 2017

Enquadramento do RAT

A contribuição para tal financiamento será calculada com base no grau de risco

da atividade da empresa, cabendo à própria empresa verificar o seu grau de

risco e respectiva alíquota para o correto recolhimento do RAT, de acordo com

o seu enquadramento na Classificação Nacional de Atividades Econômicas

(CNAE).

O CNAE preponderante é o que determina o enquadramento no grau de risco

da empresa, previsto no Anexo V, do Regulamento da Previdência (Decreto nº

3.048/1999, com redação do Decreto nº 6.957/2009), dando origem à alíquota

da sua contribuição destinada ao RAT.

Tal consulta deverá ser feita no Anexo I, da IN RFB nº 971/2009 (atualizada

pela IN 1.071/2010).

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11 de outubro de 2017

Redução ou aumento da alíquota

As alíquotas de 1, 2 ou 3%, desde janeiro/2010, são reduzidas em até

50% ou aumentadas em até 100% em razão do desempenho da

empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo FAP.

Objetivo

O objetivo do FAP é incentivar a melhoria das condições de trabalho e

da saúde do trabalhador estimulando as empresas a implementarem

políticas mais efetivas de saúde e segurança no trabalho para reduzir a

acidentalidade.

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Programas de saúde

PCMSO - NR 7

PPRA - NR 9

SESMT - NR 4

CIPA - NR 5

→ Aplicação correta e acompanhamento.

Conclusão

Se investir em proteção e promoção da saúde e integridade física dos

trabalhadores, o custo será menor. Já na omissão ou não investimento em

prevenção e redução de riscos, seu custo será maior.

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11 de outubro de 2017

O que é o Fator Acidentário de Prevenção (FAP)?

É um fator que afere o desempenho da empresa, dentro da respectiva

atividade econômica (CNAE), relativamente aos acidentes de trabalho

ocorridos num determinado período.

Consiste em um multiplicador variável em um intervalo contínuo de

0,5000 a 2,0000, com 4 casas decimais, a ser aplicado à respectiva

alíquota (1, 2 ou 3%) do RAT.

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11 de outubro de 2017

Principais fontes de dados para o cálculo do FAP

Registros da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) relativo a cada

acidente ocorrido;

Registros de concessão de benefícios acidentários que constam nos

sistemas informatizados do INSS concedidos a partir de abril/2007 sob a

nova abordagem dos nexos técnicos aplicáveis pela perícia médica do INSS,

destacando-se aí o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP).

Dados populacionais empregatícios registrados no Cadastro Nacional de

Informações Social (CNIS), do Ministério da Previdência Social, referentes

ao período-base. As empresas empregadoras informam ao CNIS, entre

outros dados, os respectivos segmentos econômicos aos quais pertencem

segundo a CNAE, nº de empregados, massa salarial, afastamentos,

alíquotas de 1, 2 ou 3%, bem como valores devidos ao Seguro Social.

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11 de outubro de 2017

De acordo com o site da Previdência, o FAP utiliza distintas fontes de

dados, como:

- Benefícios Acidentários: Sistema Único de Benefícios - SUB.

- Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT: Sistema CATWeb.

- Cadastro dos Estabelecimentos: Cadastro Nacional de Informações

Sociais (CNIS).

- Vínculos e Remunerações: Sistema GFIPWeb.

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11 de outubro de 2017

Cálculo do FAP - Anual

Para o cálculo anual do FAP serão utilizados sempre os dados de 2

anos imediatamente anteriores ao ano de processamento, de todo o

histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência

Social, da empresa. Assim:

FAP 2017 - Dados de janeiro/2015 até dezembro/2016

Para a empresa constituída após janeiro/2007, o FAP será calculado a

partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao que completar 2 anos de

constituição.

(Resolução CNPS nº 1.316/2010, item 2.5)

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11 de outubro de 2017

Pela metodologia do FAP, as empresas que registrarem maior nº de

acidentes ou doenças ocupacionais, pagam mais. Por outro lado, o FAP

aumenta a bonificação das empresas que registram acidentalidade

menor.

No caso de nenhum evento de acidente de trabalho, a empresa pode

pagar a metade da alíquota do SAT/RAT.

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11 de outubro de 2017

FAP 2017 - Vigência 2018

O FAP calculado em 2017 e vigente para o ano de 2018, juntamente

com as respectivas ordens de frequência, gravidade, custo e demais

elementos foram disponibilizados pela Previdência em 30.09.2017

(Portaria MF 420/2017), podendo ser acessado no site

http://www.previdencia.gov.br

A aplicação do FAP de 2017 deve ser utilizado pelas empresas a partir

de janeiro de 2018.

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11 de outubro de 2017

Cálculo por estabelecimento

Desde 2015, o FAP de empresa com mais de 1 estabelecimento

passou a ser calculado pelo CNPJ de cada estabelecimento, conforme

Resolução CNPS nº 1.327/2015, publicada no DOU 1 de 25.09.2015.

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11 de outubro de 2017

Empresas novas - Cálculo do FAP

O FAP será calculado no ano seguinte ao que completar 2 anos de

constituição.

Exemplo: Empresa constituída em setembro de 2015, terá o seu FAP

calculado no ano de 2018 (FAP 2018, com aplicação a partir de janeiro

de 2019) e terá como base de cálculo os dados relativos ao período de

janeiro de 2016 a dezembro de 2017.

Assim, as empresas constituídas a partir de 2015 terão FAP igual a

1,0000 (neutro).

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11 de outubro de 2017

RAT ajustado

O cálculo do RAT ajustado é feito mediante aplicação da seguinte

fórmula:

RAT ajustado = RAT x FAP

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11 de outubro de 2017

Informação do FAP no SEFIP

Ato Declaratório Executivo CODAC RFB nº 3, de 18 de janeiro de 2010 - DOU de

19.01.2010

...................................................

Art. 1º Para a operacionalização do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) no Sistema

Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à

Previdência Social (SEFIP), o preenchimento do campo "FAP" deverá ser feito com 2 (duas)

casas decimais, sem arredondamento (truncamento).

§ 1º Até a adequação do SEFIP, a Guia da Previdência Social (GPS) gerada pelo sistema

deverá ser desprezada e preenchida manualmente, observando o disposto no § 2º.

§ 2º Conforme dispõe o §1º do art. 202-A do Decreto Nº 3.048, de 6 de maio de 1999 -

Regulamento da Previdência Social (RPS), o FAP a ser aplicado sobre as alíquotas previstas

nos incisos I a III do art. 202 do RPS deverá conter 4 (quatro) casas decimais e, portanto,

para o cálculo correto da contribuição de que trata o art. 202 do RPS, as alíquotas a serem

utilizadas após a aplicação do FAP também deverão conter 4 (quatro) casas decimais.

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11 de outubro de 2017

Perguntas Frequentes do site da Previdência

FAP 2017 - Vigência 2018

1. Qual a principal mudança do FAP 2017, vigência 2018, em relação ao FAP

2016, vigência 2017?

Destaca-se que para a vigência 2018 ocorreram importantes mudanças no

método de cálculo, conforme Resolução aprovada pelo Conselho Nacional de

Previdência - CNP nº 1.329, de 2017.

Serão considerados no cálculo do FAP os benefícios acidentários (B91, B92,

B93 e B94) e os óbitos, sendo estes assim registrados por meio das

Comunicações de Acidente de Trabalho - CATs.

Não serão mais contabilizados os acidentes que gerem incapacidade inferior a

16 dias; assim como qualquer acidente decorrente de trajeto, assim

identificado por meio de CAT.

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11 de outubro de 2017

Ressalta-se que o desconto para as empresas que possuem FAP maior que 1,0000, e

que não apresentaram casos de morte ou invalidez permanente no primeiro ano do

período-base (Redução do malus), será de 15% sobre o que exceder a 1,0000 e não

mais de 25%, como nas vigências anteriores. A partir do cálculo 2018, vigência 2019,

esta redução será excluída.

Obs.: Esta medida adotada pelo CNP trará impacto financeiro negativo às empresas,

aumentando o recolhimento do seu RAT Ajustado.

Para fins de bloqueios de bonificação e redução do malus, somente serão considerados

os eventos morte, pensão por morte e invalidez no primeiro ano do período-base, sendo

que para a morte a referência é a Data de Cadastramento da CAT, e para a pensão por

morte e invalidez a referência é a Data de Despacho do Benefício

Não haverá mais desbloqueio de bonificação pelo sindicato, inclusive quando

decorrente da Taxa Média de Rotatividade superior a 75%. Para o cálculo dessa taxa,

serão consideradas apenas as rescisões sem justa causa, por iniciativa do empregador,

inclusive rescisão antecipada do contrato a termo; e as rescisões por término do

contrato a termo.

Seminário Mensal do Departamento Pessoal

11 de outubro de 2017

Perguntas Frequentes - FAP 2017 - Vigência 2018

10. Como o estabelecimento poderá solicitar o desbloqueio de

bonificação do FAP?

Conforme Resolução n° 1.329, de 25 de abril de 2017, do Conselho

Nacional de Previdência, não mais existe a possiblidade de

desbloqueio da bonificação.

Seminário Mensal do Departamento Pessoal

11 de outubro de 2017

Travas de Mortalidade ou Invalidez e de Rotatividade

Na consulta ao FAP, não há a possibilidade deste desbloqueio.

Pela nova metodologia de cálculo, conforme Resolução CNP nº

1.329/2017, por definição, nestes casos de bloqueio, o FAP será

adotado como 1,0000.

Seminário Mensal do Departamento Pessoal

11 de outubro de 2017

Contestação dos elementos do cálculo do FAP

O FAP atribuído aos estabelecimentos (CNPJ completo), pela

Previdência, poderá ser contestado, por meio eletrônico, desde que

verse, exclusivamente, sobre razões relativas a divergências quanto

aos elementos previdenciários que compõem o cálculo do FAP.

Contestação eletrônica - Formulário específico

Esta contestação deverá ser feita perante a Subsecretaria do Regime

Geral da Previdência Social (SRGPS) da Secretaria de Previdência

(SPREV) do Ministério da Fazenda (MF), de forma eletrônica, através

de formulário que será disponibilizado no site da Previdência, com

acesso restrito.

Seminário Mensal do Departamento Pessoal

11 de outubro de 2017

O formulário eletrônico para esta contestação deverão ser preenchidos e transmitidos

no período de 1º a 30 de novembro de 2017.

O resultado das contestações serão publicados no DOU e o teor das decisões serão

divulgados no site da Previdência, com acesso restrito ao estabelecimento.

Seminário Mensal do Departamento Pessoal

11 de outubro de 2017

Este processo administrativo tem efeito suspensivo.

Assim, durante o processo, o estabelecimento não estará sujeito à

aplicação do fator lhe aplicado.

Caso não haja interposição de recurso, o efeito suspensivo cessará na

data da publicação do resultado do julgamento.

Seminário Mensal do Departamento Pessoal

11 de outubro de 2017

Da decisão proferida, caberá recurso, exclusivamente por meio eletrônico, no

prazo de 30 dias, contado da data da publicação do resultado do julgamento no

DOU.

O recurso deverá ser encaminhado através de formulário eletrônico, que será

disponibilizado no site da Previdência e será examinado, por esta, em caráter

terminativo.

O resultado do julgamento proferido pela Previdência será publicado no DOU e

o inteiro teor da decisão será divulgado no site do MPS, com acesso restrito ao

estabelecimento.

Em caso de recurso, o efeito suspensivo cessará na data da publicação do

resultado do julgamento proferido.

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11 de outubro de 2017

Como consultar o FAP?

O FAP deve ser acessado no site www.previdencia.gov.br, juntamente

com as respectivas ordens de frequência, gravidade, custo e demais

elementos que possibilitem à empresa verificar o respectivo

desempenho dentro da sua subclasse CNAE, tendo sido disponibilizado

pela Previdência no dia 30.09.2017.

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11 de outubro de 2017

http://www.previdencia.gov.br/

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11 de outubro de 2017

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11 de outubro de 2017

“Reforma

Trabalhista” e

suas implicações

na jornada de

trabalho

57

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11 de outubro de 2017

Reforma Trabalhista

Lei nº 13.467/2017

A Lei 13.467, de 13 de julho de 2017 – “Reforma Trabalhista”, com início de

vigência depois de 120 dias de sua publicação oficial (artigo 6º), ocorrida em

14 de julho de 2017, irá alterar a Consolidação das Leis do Trabalho e as Leis

6.019/1974, 8.036/1990 e 8.212/1991.

11.11.2017

58

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11 de outubro de 2017

Reforma Trabalhista

Aplicação aos contratos em vigor?

Praticamente todas as normas de direito material do trabalho poderão ser

aplicadas a partir de 11.11.2017, tanto para contratos de trabalho antigos

quanto para os novos.

Não há direito adquirido à aplicação da legislação vigente à data de admissão

do empregado.

No entanto, um obstáculo à auto aplicabilidade reside na redução salarial.

Neste passo, é adequado priorizar o conceito geral da irredutibilidade salarial –

amparo pelo art. 7º, VI, da CF, que também é parte integrante do princípio

protetor que norteia o Direito do Trabalho.

59

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11 de outubro de 2017

Tempo à disposição

CLT – Redação Atual

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado

esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo

disposição especial expressamente consignada...................

60

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11 de outubro de 2017

Súmula nº 366 do TST

CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E

SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de

horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite

máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como

extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à

disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo

empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal,

etc).

61

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11 de outubro de 2017

CLT – Reforma Trabalhista

Art. 4°

.................

§ 2° Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será

computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que

ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação,

quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de

insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou

permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre

outras:

I – práticas religiosas; II – descanso; III – lazer; IV – estudo; V – alimentação; VI –

atividades de relacionamento social; VII – higiene pessoal; VIII – troca de roupa ou

uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa

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11 de outubro de 2017

Entendimento doutrinário

Os períodos em que o empregado permanecer nas dependências da empresa para

realização de atividades particulares, assim como alimentação, descanso, lazer, estudo,

relacionamento pessoal, troca de uniforme quando não houver a obrigatoriedade de

realizar a troca dentro da empresa, entre outros, passam a ser expressamente

considerados como tempo em que o empregado não está à disposição do empregador,

não sendo devido o pagamento de horas extras pelo período correspondente caso

ocorra fora da jornada.

63

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11 de outubro de 2017

Hora in itinere

CLT – redação atual

Art. 58

.........................

§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu

retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de

trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido

por transporte público, o empregador fornecer a condução.

64

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11 de outubro de 2017

Súmula n°90 do TST

HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO

I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo

empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por

transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de

trabalho.

65

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11 de outubro de 2017

CLT – Reforma Trabalhista

Art. 58

..................

§ 2o O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a

efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou

por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não

será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do

empregador

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11 de outubro de 2017

Portanto, com a “Reforma Trabalhista” haverá a extinção do direito às horas "in

itinere", assim consideradas aquelas que o trabalhador incorria no percurso

entre sua residência e o local de trabalho, quando o empregador fornecia

transporte até local de difícil acesso ou não servido por transporte público;

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11 de outubro de 2017

Banco de horas

Entendimento atual do TST

Súmula n° 85 do TST

COMPENSAÇÃO DE JORNADA

V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime

compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser

instituído por negociação coletiva.

68

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11 de outubro de 2017

CLT – Reforma Trabalhista

Art. 59

........................................

§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo

individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis

meses.

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre

a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

...........

II - banco de horas anual;

69

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11 de outubro de 2017

Portanto, o sistema de compensação de jornada de trabalho conhecido como

"Banco de Horas", anteriormente autorizado somente via norma coletiva, passa

a ser autorizado por acordo individual com o trabalhador, desde que a

compensação ocorra no período máximo de 6 meses.

70

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11 de outubro de 2017

Principais cláusulas que devem integrar o banco de horas:

--fixar quais os segmentos da categoria ou da empresa (apontando os

departamentos, filiais, agências etc.) que participarão do sistema;

-fixar o seu período de vigência apontando as datas de início e fim, não

podendo ultrapassar 6 meses;

-determinar o total das horas normais de trabalho que integram o período de

vigência do acordo e que são aquelas que poderão ser compensadas;

-detalhar quando será feita a compensação (se possível desde logo marcar

previamente), ou se estará sujeita a escalas semanais, quinzenais, mensais

etc.;

71

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11 de outubro de 2017

-prever o percentual (acréscimo) a ser aplicado às horas de trabalho

antecipadas e não compensadas, em caso de rescisão contratual, não

podendo ser inferior a 50%, conforme a CF, art. 7º, inciso XVI;

-fixar o critério de apuração de parte variável dos ganhos do trabalhador

(comissões, tarefas etc.), para a hipótese de indenização das horas

trabalhadas e não compensadas, se houver rescisão contratual (caso

dispensem o critério da apuração média legalmente praticado);

-disciplinar o pagamento dos adicionais (noturno, periculosidade, insalubridade

etc.).

72

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11 de outubro de 2017

Acordo de compensação

Entendimento atual do TST

Súmula n° 85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA

A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual

escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

73

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CLT – Reforma Trabalhista

Art. 59

..................

§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual,

tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.”

74

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Jornada 12x36

Entendimento atual do TST

Súmula n°444 do TST

JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36.

VALIDADE

É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta

e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante

acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho,

assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado

não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na

décima primeira e décima segunda horas.

75

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11 de outubro de 2017

CLT – Reforma Trabalhista

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado

às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo

coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas

por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados

os intervalos para repouso e alimentação.

Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no

caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal

remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados

os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que

tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação

76

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11 de outubro de 2017

Divisor – 12x36

Discussão – negociação coletiva

Horas extras. Regime 12x36. Divisor aplicável. No regime 12x36, o trabalhador

labora, numa semana, 48 horas e, na outra, 36 horas, pois ele se ativa dia sim,

dia não. Na média, portanto, ele trabalha 42 horas semanais, o equivalente a 7

horas por dia. Nesse caso, o divisor a ser utilizado é o 210 (7 x 30 dias), e não

o 220, aplicável para a média 7,33 horas por dia (7h e 20min), equivalente a 44

horas semanais (44h : 6 dias). Recurso do reclamante ao qual se nega

provimento.

TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO RO 00032253120125020065 SP

00032253120125020065 A28 (TRT-2)

77

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11 de outubro de 2017

REGIME 12X36. DIVISOR APLICÁVEL. O empregado que

cumpre regime de 12x36 trabalha quatro dias em uma semana e três dias na

seguinte, havendo compensação, na forma autorizada em convenção coletiva.

Por conseguinte, somente é considerado extraordinário o trabalho que exceda

à 44ª hora semanal. Por esse raciocínio, o divisor a ser utilizado para cálculo

do valor da hora extra corresponde a 220. Precedentes. Recurso de revista

conhecido e provido.

TST - RECURSO DE REVISTA RR 11252920125030113 (TST)

78

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11 de outubro de 2017

Teletrabalho

CLT – Reforma Trabalhista

Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços

preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização

de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se

constituam como trabalho externo.

Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a

realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no

estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

79

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11 de outubro de 2017

Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá

constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as

atividades que serão realizadas pelo empregado.

§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de

teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em

aditivo contratual.

§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o

presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição

mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.

80

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11 de outubro de 2017

Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição,

manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da

infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem

como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em

contrato escrito.

Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não

integram a remuneração do empregado.

81

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11 de outubro de 2017

Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa

e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes

de trabalho.

Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade

comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.

82

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11 de outubro de 2017

Entendimento doutrinário

Não obstante, diante da alegação de acidente de trabalho ou doença

ocupacional, o simples fato de o empregado ter assinado termo de

responsabilidade não eximirá a empresa de indenizar eventuais danos

causados, caso seja evidenciada sua conduta culposa ou dolosa.

Apesar do termo de responsabilidade, o empregador tem o dever de fiscalizar,

respeitada a inviolabilidade de domicílio, a ergonomia do trabalho e o meio

ambiente laboral como um todo

83

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11 de outubro de 2017

“Art. 62. .................................................................

.......................................................................................

III - os empregados em regime de teletrabalho.

Portanto, por expressa disposição legal (art. 62, III, da CLT) os empregados em

teletrabalho estão excluídos do regime de duração do trabalho. Estabelece a

CLT que os empregados em regime de teletrabalho não são abrangidos pelo

regime previsto no capítulo “da duração do trabalho”, razão pela qual não farão

jus, por exemplo, ao recebimento de horas extras.

84

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11 de outubro de 2017

Entendimento doutrinário

Mas, se os teletrabalhadores sofrerem vigilância dos períodos de conexão,

controle de “login e logout”, localização física, pausas ou ligações ininterruptas

para saber o andamento dos trabalhos, especialmente se de forma periódica,

estarão, inevitavelmente, enquadrados na disposição do art. 7° da Constituição

Federal e no art. 6°, parágrafo único da CLT e terão direito à proteção da

jornada, inclusive eventuais horas extras.

Logo, em que pese a disposição legal, se houver efetivo controle de horário do

teletrabalhador, por exemplo, por meio de controle de ponto on line, exsurgirá a

possibilidade de enquadramento no capítulo da duração do trabalho. Isso

porque o labor no sistema de home office não é totalmente incompatível com o

controle da jornada de trabalho.

85

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11 de outubro de 2017

Trabalho doméstico

- Regras gerais

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11 de outubro de 2017

Legislação

- Lei Complementar nº 150/2015

- CF/1988, art. 7º, parágrafo único

- CLT, de forma subsidiária (secundária), quando as demais

normas forem omissas

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11 de outubro de 2017

Definição

Considera-se empregado doméstico aquele que presta

serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal

e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no

âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana.

(LC n° 150/2015, art. 1º)

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11 de outubro de 2017

Contratação de menor de 18 anos de idade – Vedação

É vedada a contratação de menor de 18 anos para desempenho

de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção da

Organização Internacional do Trabalho (OIT) no 182/1999 e com

o Decreto no 6.481/2008 - Lista das Piores Formas de Trabalho

Infantil (Lista TIP).

(LC 150/2015, art. 1º, parágrafo único)

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11 de outubro de 2017

Direitos devidos

- Registro em CTPS;

- Salário-mínimo ou piso salarial estadual, fixado em Lei;

- Jornada de trabalho não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais;

- Seguro contra acidentes de trabalho;

- Irredutibilidade de salário;

- Horas extras, com no mínimo 50% de acréscimo sobre o valor da hora normal;

- Adicional noturno, equivalente 20% do valor da hora normal;

- 13º salário;

- Descanso semanal remunerado (DSR), preferencialmente aos domingos;

- Férias vencidas, acrescidas de 1/3 constitucional;

- Férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional;

- Férias em dobro, quando concedidas ou pagas fora do prazo;

- Salário-família;

- Vale-transporte, nos termos da Lei;

- FGTS de 8% da sua remuneração.

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11 de outubro de 2017

Convenção coletiva de trabalho

Com a publicação da Emenda Constitucional nº 72/2013, que foi

regulamentada pela LC 150/2015, houve o reconhecimento de

convenções e acordos coletivos de trabalho para os

trabalhadores domésticos.

Com isso, para as regiões que possuem convenção coletiva de

trabalho reconhecida e devidamente depositada no Ministério do

Trabalho, esta deverá ser observada para esta categoria,

entretanto, somente em alguns aspectos, no tocante a condições

mais benéficas trazidas para estes trabalhadores e desde que

não contrárias à legislação, como, por exemplo, pisos específicos

e outros benefícios não previstos em Lei.

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11 de outubro de 2017

Piso salarial

Se o empregado doméstico estiver abrangido por convenção

coletiva de trabalho, deverá seguir o piso e reajuste salarial

previsto no documento coletivo.

Se o empregado doméstico não estiver abrangido por

convenção coletiva, o empregador deverá aplicar o piso

estadual paulista, no caso do Estado de São Paulo

(atualmente, R$ 1.076,20).

Caso não haja convenção coletiva, nem piso estadual,

deverá ser aplicado o salário mínimo nacional (atualmente,

R$ 937,00)

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11 de outubro de 2017

Jornada de trabalho

A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 horas diárias e

44 semanais.

A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% superior ao

valor da hora normal.

O salário-hora normal, em caso de empregado mensalista, será obtido

dividindo-se o salário mensal por 220 horas, salvo se o contrato estipular

jornada mensal inferior que resulte em divisor diverso.

O salário-dia normal, em caso de empregado mensalista, será obtido

dividindo-se o salário mensal por 30 e servirá de base para pagamento do

repouso remunerado e dos feriados trabalhados.

(LC 150/2015, art. 2º e §§ 1º, 2º e 3º)

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11 de outubro de 2017

Tempo parcial

Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração

não exceda 25 horas semanais.

O salário a ser pago ao empregado sob regime de tempo parcial será

proporcional a sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, nas

mesmas funções, tempo integral.

A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo

parcial poderá ser acrescida de horas suplementares, em nº não

excedente a uma hora diária, mediante acordo escrito entre empregador

e empregado, com o limite máximo de 6 horas diárias.

(LC 150/2015, art. 3º e §§ 1º e 2º)

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11 de outubro de 2017

Contrato por prazo determinado

É facultada a contratação, por prazo determinado, do empregado

doméstico:

I - mediante contrato de experiência;

II - para atender necessidades familiares de natureza transitória e para

substituição temporária de empregado doméstico com contrato de

trabalho interrompido ou suspenso.

No caso do inciso II, a duração do contrato de trabalho é limitada ao

término do evento que motivou a contratação, obedecido o limite

máximo de 2 anos.

(LC 150/2015, art. 4º)

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11 de outubro de 2017

Contrato de experiência

O contrato de experiência não poderá exceder 90 dias.

Poderá ser prorrogado uma vez, desde que a soma dos dois

períodos não ultrapasse 90 dias.

O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço,

não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente

estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 dias passará a

vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado.

(LC 150/2015, art. 5º)

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CTPS - Registro

A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) será

obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo empregado

ao empregador que o admitir, que terá o prazo de 48 horas

para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a

remuneração e, quando for o caso, os contratos por prazo

determinado.

(LC 150/2015, art. 9º)

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11 de outubro de 2017

Jornada 12x36

É facultado às partes, mediante acordo escrito entre

essas, estabelecer horário de trabalho de 12 horas

seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso,

observados ou indenizados os intervalos para repouso e

alimentação.

(LC 150/2015, art. 10º)

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11 de outubro de 2017

Registro do ponto

É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado

doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico,

desde que idôneo (LC 150/2015, art. 12).

Assim, a maneira pela qual a jornada de trabalho do empregado

será anotada dependerá exclusivamente do empregador, que

poderá optar por uma das hipóteses de marcação: manual (folha

ou livro de ponto), mecânica (relógio de ponto) ou eletrônica

(REP), ou seja, a hipótese que melhor se adequar às suas

necessidades.

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11 de outubro de 2017

Intervalos para descanso

É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação

pelo período de, no mínimo, uma hora e, no máximo, duas horas,

admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e

empregado, sua redução a 30 minutos.

Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de intervalo

poderá ser desmembrado em 2 períodos, desde que cada um deles

tenha, no mínimo, uma hora, até o limite de 4 horas ao dia.

Entre duas jornadas de trabalho deve haver um período mínimo de 11

horas consecutivas para descanso.

(LC 150/2015, arts. 13 e 15)

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11 de outubro de 2017

DSR

É devido ao empregado doméstico descanso semanal remunerado

(DSR) de, no mínimo, 24 horas consecutivas, preferencialmente

aos domingos, além de descanso remunerado em feriados.

O trabalho não compensado prestado em domingos e feriados

deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao

repouso semanal.

(LC 150/2015, art. 16)

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11 de outubro de 2017

Trabalho noturno

Considera-se noturno, para os efeitos da LC 150/2015, o trabalho

executado entre as 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte.

A hora de trabalho noturno terá duração de 52 minutos e 30 segundos.

A remuneração do trabalho noturno deve ter acréscimo de, no mínimo,

20% sobre o valor da hora diurna.

Em caso de contratação, pelo empregador, de empregado

exclusivamente para desempenhar trabalho noturno, o acréscimo será

calculado sobre o salário anotado na CTPS.

(LC 150/2015, art. 14)

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11 de outubro de 2017

Férias

O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de 30

dias, salvo no caso de contratação por tempo parcial (conforme escala),

com acréscimo de, pelo menos, 1/3 do salário normal, após cada período

de 12 meses de trabalho prestado à mesma pessoa ou família.

O período de férias poderá, a critério do empregador, ser fracionado em até

2 períodos, sendo um deles de, no mínimo, 14 dias corridos.

É facultado ao empregado doméstico converter 1/3 do período de férias a

que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe

seria devida nos dias correspondentes. O abono de férias deverá ser

requerido até 30 dias antes do término do período aquisitivo.

(LC 150/2015, art. 17)

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11 de outubro de 2017

Descontos

É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário

do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário,

higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte,

hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em

viagem.

Poderão ser descontadas as despesas com moradia quando esta

se referir a local diverso da residência em que ocorrer a

prestação de serviço, desde que esta possibilidade tenha sido

expressamente acordada entre as partes.

(LC 150/2015, art. 18 e § 2º)

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Adiantamento salarial e Plano de saúde

É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do

empregado em caso de adiantamento salarial e, mediante

acordo escrito entre as partes, para a inclusão do

empregado em planos de assistência médico-hospitalar e

odontológica, de seguro e de previdência privada, não

podendo a dedução ultrapassar 20% do salário.

(LC 150/2015, art. 18, § 1º)

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11 de outubro de 2017

Demais legislações aplicáveis

Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele

também se aplicam as Leis nº

605/1949, no 4.090/1962, no 4.749/1965, e no 7.418/1985, e,

subsidiariamente, a CLT.

(LC 150/2015, art. 19)

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11 de outubro de 2017

Aviso Prévio

O aviso prévio será concedido na proporção de 30 dias ao

empregado que conte com até 1 ano de serviço para o mesmo

empregador.

Ao aviso prévio previsto, devido ao empregado, serão acrescidos 3

dias por ano de serviço prestado para o mesmo empregador, até o

máximo de 60 dias, perfazendo um total de até 90 dias.

A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o

direito de descontar os salários correspondentes ao prazo

respectivo.

(LC 150/2015, art. 23)

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11 de outubro de 2017

Seguro-desemprego – Regras específicas

O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará

jus ao benefício do seguro-desemprego, na forma da Lei

nº 7.998/1990, no valor de 1 salário-mínimo, por período máximo

de 3 meses, de forma contínua ou alternada.

A Resolução CODEFAT nº 754/2015, regulamenta os

procedimentos para habilitação e concessão de SD para

empregados domésticos dispensados sem justa causa, na forma

do art. 26 da LC nº 150/2015.

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11 de outubro de 2017

Para ter direito ao SD, o doméstico dispensado sem justa causa ou

de forma indireta, deverá comprovar:

- ter sido empregado doméstico, por pelo menos 15 meses nos

últimos 24 meses que antecedem à data da dispensa que deu

origem ao requerimento do SD;

- não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de

prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-acidente

e pensão por morte; e

- não possuir renda própria de qualquer natureza, suficiente à sua

manutenção e de sua família.

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11 de outubro de 2017

Para requerer sua habilitação no Programa do SD, o doméstico deverá comparecer à

das unidades da rede de atendimento vinculadas ou autorizadas pelo Ministério do

Trabalho munido dos seguintes documentos:

- CTPS, na qual deverão constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a

data de admissão e a data da dispensa, de modo a comprovar o vínculo

empregatício doméstico, durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses;

- TRCT atestando a dispensa sem justa causa;

- declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da

Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e

- declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua

manutenção e de sua família.

Estas declarações serão firmadas pelo trabalhador no documento de requerimento

do SD, fornecido pelo MTb na unidade de atendimento.

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11 de outubro de 2017

FGTS

De acordo com o art. 21, da LC 150/2015, é devida a inclusão do

empregado doméstico no FGTS, na forma do regulamento editado pelo

Conselho Curador e pelo agente operador do FGTS, no âmbito de suas

competências, conforme disposto nos arts. 5º e 7º da Lei nº 8.036/1990,

inclusive no que tange aos aspectos técnicos de depósitos, saques,

devolução de valores e emissão de extratos, entre outros determinados na

forma da Lei.

Tal regulamentação estabeleceu o recolhimento obrigatório do FGTS a partir

da competência 10/2015, e da parcela relativa à indenização compensatória

da perda de emprego.

Observe-se que há convenções coletivas que estabeleceram os depósitos

do FGTS, desde janeiro/2015, para as cidades abrangidas neste

documento.

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11 de outubro de 2017

FGTS - Multa rescisória

O empregador doméstico passou a depositar, mensalmente, a

importância de 3,2% sobre a remuneração devida, no mês

anterior, a cada empregado, destinada ao pagamento da

indenização compensatória da perda do emprego, sem justa

causa ou por culpa do empregador, não mais se aplicando ao

empregado doméstico o disposto nos §§ 1º a 3º do art. 18 da Lei

nº 8.036/1990 (multa dos 40%).

(LC 150/2015, art. 22)

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11 de outubro de 2017

Simples doméstico

Ficou instituído o regime unificado de pagamento de tributos, de

contribuições e dos demais encargos do empregador doméstico (Simples

doméstico), trazido pelo art. 31 da LC 150/2015 e regulamentado pela

Portaria Interministerial da Fazenda, Previdência Social e do Trabalho e

Emprego nº 822/2015.

A inscrição do empregador e a entrada única de dados cadastrais e de

informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais no âmbito do Simples

doméstico se dá mediante registro no Portal do eSocial no link:

https://login.esocial.gov.br/login.aspx

O ato citado dispõe também sobre o sistema eletrônico de registro das

obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais e sobre o cálculo e o

recolhimento dos tributos e encargos trabalhistas vinculados ao Simples

doméstico.

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11 de outubro de 2017

Recolhimentos mensais

O Simples doméstico assegura o recolhimento mensal, mediante

documento único de arrecadação (DAE), dos seguintes valores:

- 8% a 11% de contribuição previdenciária, a cargo do segurado

empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei nº 8.212/1991;

- 8% de contribuição patronal previdenciária, a cargo do empregador

doméstico, nos termos do art. 24 da Lei nº 8.212/1991;

- 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra

acidentes do trabalho (GILRAT);

- 8% de recolhimento para o FGTS;

- 3,2% de indenização compensatória; e

- Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), de que trata o inciso I do

art. 7º da Lei nº 7.713/1988, se incidente.

(LC 150/2015, art. 34)

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11 de outubro de 2017

Prazo para pagamento de salários e recolhimento da DAE

O empregador doméstico é obrigado a pagar a remuneração

devida ao empregado doméstico e a arrecadar e a recolher as

contribuições até o dia 7 do mês seguinte ao da competência.

(LC 150/2015, art. 35)

Se tal prazo recair em dia não útil, deve-se antecipar tal

pagamento e recolhimento.

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11 de outubro de 2017

Acidente do trabalho

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a

serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo

exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII, do

art. 11 desta Lei (8.213/1991), provocando lesão corporal ou

perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,

permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

(LC 150/2015, art. 37, que alterou o art. 19 da Lei nº 8.213/1991)

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11 de outubro de 2017

CAT

A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o

acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º dia útil

seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à

autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite

mínimo e o limite máximo do salário de contribuição,

sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e

cobrada pela Previdência Social.

(LC 150/2015, art. 37, que alterou o art. 22 da Lei nº 8.213/1991)

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Estabilidade de emprego

O empregado doméstico que sofreu um acidente de

trabalho, e consequentemente recebeu o benefício de

auxílio-doença acidentário, possuirá estabilidade provisória

no emprego pelo período de 12 meses após o término do

benefício, não sendo permitida a sua dispensa sem justa

causa durante este período, salvo disposição mais

benéfica prevista em documento coletivo.

(art. 118 da Lei n° 8.213/1991)

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11 de outubro de 2017

Salário-família

O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado,

inclusive o doméstico, na proporção do respectivo nº de filhos ou

equiparados.

Para fins de pagamento do benefício, o empregado doméstico deve

apresentar ao empregador apenas a certidão de nascimento do filho.

As cotas do salário-família serão pagas pelo empregador doméstico,

mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do

recolhimento das contribuições.

(LC 150/2015, art. 37, que alterou o art. 65, § único do 67 e 68 da Lei nº

8.213/1991)

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11 de outubro de 2017

Fiscalização

A verificação, pelo Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT), do cumprimento das

normas que regem o trabalho do empregado doméstico, no âmbito do

domicílio do empregador, dependerá de agendamento e de entendimento

prévios entre a fiscalização e o empregador.

A fiscalização deverá ter natureza prioritariamente orientadora. Será

observado o critério de dupla visita para lavratura de auto de infração,

salvo quando for constatada infração por falta de anotação na CTPS ou,

ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à

fiscalização.

Durante a inspeção do trabalho, o AFT se fará acompanhar pelo

empregador ou por alguém de sua família por este designado.

(LC 150/2015, art. 44, que acrescentou o art. 11-A, na Lei nº 10.593/2002)

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