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Seminário Mensal do
Departamento
Pessoal
16 de março de 2018
Apresentadores: Fábio GomesGraziela GarciaFábio Momberg
Eventos não periódicos
São aqueles que não têm uma data pré-fixada para ocorrer, pois dependem de
acontecimentos na relação entre o empregador e o trabalhador que influenciam
no reconhecimento de direitos e no cumprimento de deveres trabalhistas,
previdenciários e fiscais como, por exemplo, a admissão de um empregado, a
alteração de salário, a exposição do trabalhador a agentes nocivos e o desligamento,
dentre outros.
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16 de março de 2018
Eventos não periódicos
S-2190 – Admissão de Trabalhador – Registro Preliminar
S-2200 – Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de
Trabalhador
S-2205 – Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador
S-2206 – Alteração de Contrato de Trabalho
S-2230 – Afastamento Temporário
S-2250 – Aviso Prévio
S-2260 - Convocação para Trabalho Intermitente
S-2298 – Reintegração
S-2299 – Desligamento
S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Início
S-2306 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Alteração
Contratual
S-2399 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Término
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16 de março de 2018
As informações dos eventos não periódicos alimentam a base de dados no
Ambiente do eSocial, denominada Registro de Eventos Trabalhistas – RET.
Todos os arquivos de eventos não periódicos, ao serem transmitidos ao eSocial,
são submetidos às regras de validação e somente são aceitos se estiverem
consistentes com o RET.
O RET também é utilizado para validação da folha de pagamento, composta pelos
eventos de remuneração e pagamento dos trabalhadores, que fazem parte dos eventos
periódicos.
RET – Registro de Eventos Trabalhistas
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Empresa
RET – Registro de Eventos Trabalhistas
RET
Empresa eSocial
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16 de março de 2018
Conceito do evento: Este evento serve para o cadastramento inicial de todos os vínculos
ativos pela empresa/órgão público, no início da implantação, com seus dados cadastrais e
contratuais atualizados.
Prazo de envio: até o dia imediatamente anterior ao do início da obrigatoriedade de
utilização do eSocial para os vínculos iniciados até esse dia.
Os vínculos desligados antes da implantação do eSocial não serão informados nesse evento.
Este evento deve ser utilizado inclusive quando um empregado, que foi desligado da empresa
antes da data de implantação do eSocial e, portanto, não constou no cadastramento inicial original,
necessite ser incluído na folha de pagamento da competência (exemplo: pagamento de dissídio,
reintegração, ação judicial, etc.).
S-2200 - Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de
Trabalhador
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16 de março de 2018
S-2190 - Admissão de Trabalhador - Registro Preliminar
Conceito do evento: Este evento é opcional, a ser utilizado quando não for possível enviar
todas as informações do evento “S-2200 – Cadastramento Inicial Admissão/Ingresso de
Trabalhador” dentro do prazo
.
Devem ser informados:
- CNPJ/CPF do empregador;
- CPF do trabalhador;
- data de nascimento; e
- data de admissão do empregado.
É imprescindível o envio posterior do evento S-2200.
Prazo de envio: Deve ser enviado até o final do dia imediatamente anterior ao do início da
prestação do serviço pelo trabalhador admitido. No caso de admissão de empregado na
data do início da obrigatoriedade do eSocial, o prazo de envio da informação de admissão é
o próprio dia da admissão.
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16 de março de 2018
Conceito do evento: Este evento registra a admissão de empregado a partir da
implantação do eSocial.
Trata-se do primeiro evento relativo a um determinado vínculo – excetuada a
situação prevista para o evento “S-2190 – Admissão de Trabalhador – Registro
Preliminar”, registrando as informações cadastrais e do contrato de trabalho.
Deve ser enviado também quando o empregado é transferido de uma empresa do
mesmo grupo econômico ou em decorrência de uma sucessão, fusão ou
incorporação.
Quem está obrigado: todo empregador/contribuinte/órgão público que mantém
vínculos trabalhistas, assim como as empresas de trabalho temporário (Lei nº
6.019/74), que possuam trabalhadores temporários.
S-2200 - Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso
de Trabalhador
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16 de março de 2018
Prazo de envio: até o dia imediatamente anterior ao do início da prestação dos
serviços para os empregados admitidos a partir do dia seguinte ao início da
obrigatoriedade do eSocial.
Se o empregador fizer a opção de enviar as informações preliminares de
admissão por meio do evento “S-2190 – Admissão do Trabalhador – Registro
Preliminar”, o prazo de envio do evento S- 2200 é até o dia 7 (sete) do mês
subsequente ao da sua ocorrência, antecipando-se este vencimento para o dia útil
imediatamente anterior quando não houver expediente bancário, ou antes da
transmissão de qualquer outro evento relativo a esse empregado.
A recepção do evento S-2200 - Admissão é habilitada até 30 dias antes da data
prevista para a admissão.
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16 de março de 2018
S-2205 - Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador
Conceito do evento: Este evento registra as alterações de dados cadastrais do
trabalhador, tais como: documentação pessoal, endereço, escolaridade, estado civil,
contato, etc. Deve ser utilizado tanto para empregados/servidores, inseridos através dos
eventos S-2100 e S-2200, quanto para outros trabalhadores sem vínculo de emprego
cuja informação foi enviada originalmente através do evento específico de “S-2300 -
Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Início”.
Quem está obrigado: Todo empregador cujo trabalhador, informado através dos eventos
“S-2200 – Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso do Trabalhador” e “S-2300
– Trabalhadores Sem Vínculo de emprego/Estatutário – Início”, apresente alteração de
dados cadastrais.
Prazo de envio: Deve ser transmitido até o dia 07 do mês subsequente ao do mês de
referência informando no evento ou até o envio dos eventos mensais de folha de
pagamento da competência em que ocorreu a alteração cadastral.
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16 de março de 2018
S-2206 - Alteração de Contrato de Trabalho
Conceito do evento: Este evento registra as alterações do contrato de trabalho,
tais como: remuneração e periodicidade de pagamento, duração do contrato, local,
cargo ou função, jornada, etc.
Quem está obrigado: Todo empregador em relação ao vínculo do empregado, ou a
empresa de trabalho temporário em relação ao trabalhador temporário, cujo contrato
de trabalho seja objeto de alteração.
Prazo de envio: Deve ser transmitido até o dia 07 (sete) do mês subsequente ao da
competência informada no evento ou até o envio dos eventos mensais de folha de
pagamento da competência em que ocorreu a alteração contratual.
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16 de março de 2018
S-2230 - Afastamento Temporário
Conceito do evento: Evento utilizado para informar os afastamentos temporários
dos empregados e trabalhadores avulsos, por quaisquer dos motivos elencados na
tabela 18 – Motivos de Afastamento, bem como eventuais alterações e prorrogações.
Caso o empregado possua mais de um vínculo, é necessário o envio do evento para
cada um deles.
Quem está obrigado: O empregador/contribuinte, toda vez que o trabalhador se
afastar de suas atividades laborais em decorrência de um dos motivos constantes
na tabela 18, com indicação de obrigatória, conforme quadro constante no item 18 das
informações adicionais.
No início da utilização do eSocial, se existirem trabalhadores afastados, é
necessário o envio do evento S-2200 - Cadastramento Inicial do Vínculo com a
data e motivo do respectivo afastamento, não sendo necessário o envio deste
evento (S-2230).
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16 de março de 2018
Prazo de envio: O evento de afastamento temporário deve ser informado nos
seguintes prazos:
1. Afastamento temporário ocasionado por acidente de trabalho, agravo de saúde ou
doença decorrentes do trabalho com duração não superior a 15 (quinze) dias,
deve ser enviado até o dia 7 (sete) do mês subsequente da sua ocorrência.
2. Afastamento temporário ocasionado por acidente de qualquer natureza, agravo de
saúde ou doença não relacionados ao trabalho, com duração entre 3 (três) a 15
(quinze) dias, deve ser enviado até o dia 7 (sete) do mês subsequente da sua
ocorrência.
3. Afastamento temporário ocasionado por acidente de trabalho, acidente de
qualquer natureza, agravo de saúde ou doença com duração superior a 15
(quinze) dias deve ser enviado até o 16º dia da sua ocorrência, caso não tenha
transcorrido o prazo previsto itens 1 e 2.
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16 de março de 2018
4. Afastamento temporário ocasionado pelo mesmo acidente, agravo de saúde ou
doença, que ocorrerem dentro do prazo de 60 (sessenta) dias e totalizar, na
somatória dos tempos duração superior a 15 (quinze) dias, independentemente da
duração individual de cada afastamento, devem ser enviados, isoladamente, no 16º
dia do afastamento.
5. Demais afastamentos devem ser enviados até o dia 7 (sete) do mês subsequente
ao da sua ocorrência ou até o envio dos eventos mensais de remuneração a que se
relacionem.
6. Alteração e término de afastamento: até o dia 07 (sete) do mês subsequente à
competência em que ocorreu a alteração ou término do afastamento, ou até o envio do
evento S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos, o que ocorrer primeiro.
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16 de março de 2018
Exemplo:
1º afastamento em razão de acidente de qualquer natureza: 01/07/2014 a
20/07/2014 (20 dias)
2º afastamento motivado por complicações decorrentes do mesmo acidente que
ensejou o afastamento anterior: 20/08/2014 a 21/08/2014 (2 dias)
O 1º afastamento será informado até o dia 16/07/2014; já o novo afastamento será
informado no dia 20/08/2014, pois neste caso o empregado tem direito a receber o
auxílio-doença, pago pelo INSS, a partir da data do novo afastamento.
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16 de março de 2018
S-2250 - Aviso Prévio
Conceito do evento: Este evento tem como objetivo registrar a comunicação e o
possível cancelamento do aviso prévio de iniciativa do empregador ou do
empregado. Aviso prévio é o documento de comunicação, antecipada e obrigatória, em
que uma das partes contratantes (empregador ou empregado) deseja rescindir, sem
justa causa, o contrato de trabalho vigente.
Quem está obrigado: O empregador, sempre que ocorrer a comunicação da
rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa.
Prazo de envio: este evento deve ser enviado em até 10 (dez) dias de sua
comunicação.
O aviso prévio indenizado não gera o envio deste evento. Esta informação
constará somente no evento S-2299 - Desligamento. Este evento deve ser
utilizado apenas quando houver o cumprimento do aviso prévio.
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16 de março de 2018
S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente
Conceito do evento: este evento tem como objetivo registrar a convocação
para prestação de serviços do empregado com contrato de trabalho
intermitente. Visa, portanto, formalizar e informar ao eSocial os termos pré-
pactuados de cada convocação para prestação de serviços.
Quem está obrigado: o empregador, sempre que ocorrer a convocação
do empregado para a prestação de serviços de natureza intermitente.
Este evento é exclusivo para trabalhadores admitidos com Categoria
[111] – “Empregado com Contrato de Trabalho Intermitente”.
Prazo de envio: deve ser enviado antes do início da prestação de serviços
para a qual o empregado está sendo convocado.
Pré-requisitos: envio do evento S-2200 – Cadastramento Inicial e
Admissão/Ingresso de Trabalhador.
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16 de março de 2018
S-2298 – Reintegração
Conceito do evento: São as informações de reintegração, em sentido amplo, de
empregado/servidor previamente desligado do empregador/ Órgão Público.
Integram o conceito de reintegração, para fins do eSocial, todos os atos que
restabelecem o vínculo tornando sem efeito o desligamento.
Quem está obrigado: Todo empregador que, por decisão administrativa/judicial,
tenha que reintegrar o trabalhador.
Prazo de envio: Até o dia 07 (sete) do mês seguinte a que se refere a
reintegração, desde que não ultrapasse a data do envio do evento “S-1200 -
Remuneração de Trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência
Social”, para o trabalhador a que se refere.
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16 de março de 2018
S-2299 – Desligamento
Conceito do evento: São as informações destinadas a registrar o desligamento do
trabalhador da empresa.
Quem está obrigado: Todo empregador que tenha encerrado definitivamente o
vínculo trabalhista com seu empregado por algum dos motivos constantes da
Tabela 19 -Motivos de Desligamento.
Prazo de envio: as informações de desligamento de empregados devem ser
enviadas até 10 (dez) dias seguintes à data do desligamento, desde que não
ultrapasse a data do envio do evento “S-1200 – Remuneração”, para o empregado
a que se refere o desligamento. No caso de desligamento por sucessão, o prazo de
envio é até o dia 7 do mês seguinte ao do desligamento.
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16 de março de 2018
Conceito do Evento: Este evento é utilizado para prestar informações
cadastrais relativas a trabalhadores que não possuem vínculo de emprego
com a empresa.
Quem está Obrigado: O empregador/empresa, o órgão gestor de mão de obra, o
sindicato de trabalhadores avulsos não portuários, a cooperativa, quando utilizam
mão de obra dos seguintes trabalhadores, sem vínculo de emprego:
S-2300 –Trabalhador Sem Vínculo de Emprego - Início
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16 de março de 2018
S-2306 –Trabalhador Sem Vínculo de Emprego - Alteração Contratual
Conceito do Evento: São as informações utilizadas para a atualização dos dados
contratuais relativos aos trabalhadores que não possuem vínculo emprego com a
empresa.
S-2399 –Trabalhador Sem Vínculo de Emprego -Término
Conceito do Evento: São as informações utilizadas para o encerramento de
contrato/prestação de serviço com o trabalhador sem vínculo de emprego.
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16 de março de 2018
Penalidades pela não entrega de eventos ou
entrega em atraso
Até o presente momento não foi expedido nenhum ato oficial trazendo as
penalidades para a não observância do prazo de envio dos eventos do eSocial.
Ocorre que, tratando-se o eSocial de uma escrituração fiscal, é possível que haja a
aplicação da penalidade prevista no art. 57, da Medida Provisória n° 2.158-
35/2001, que estabelece que o sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações
acessórias exigidas nos termos do art. 16, da Lei nº 9.779/1999, ou que as cumprir
com incorreções ou omissões, será intimado para cumpri-las ou para prestar
esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Receita Federal do Brasil e
sujeitar-se-á às seguintes multas:
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16 de março de 2018
I - por apresentação extemporânea:
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às
pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou
isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido
ou pelo Simples Nacional;
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração,
relativamente às demais pessoas jurídicas;
c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas
físicas;
II - por não cumprimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil para
cumprir obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados
pela autoridade fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário;
Penalidades pela não entrega de eventos ou
entrega em atraso
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16 de março de 2018
III - por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas,
incompletas ou omitidas:
a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das
transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa
jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no
caso de informação omitida, inexata ou incompleta;
b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta
reais), do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias
da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário,
no caso de informação omitida, inexata ou incompleta.
Penalidades pela não entrega de eventos ou
entrega em atraso
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16 de março de 2018
Contribuição previdenciária incidente na
prestação de serviço por pessoa física
para empresa
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16 de março de 2018
Trabalhador autônomo X Empregado
Art. 442-B, CLT (Redação dada pela MP n° 808/2017)
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades
legais, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no
art. 3º desta Consolidação.
§ 1º É vedada a celebração de cláusula de exclusividade no contrato previsto no
caput.
§ 2º Não caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º o fato de o
autônomo prestar serviços a apenas um tomador de serviços.
§ 3º O autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros
tomadores de serviços que exerçam ou não a mesma atividade econômica, sob
qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como autônomo.
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16 de março de 2018
Trabalhador autônomo X Empregado
§ 4º Fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa de realizar atividade
demandada pelo contratante, garantida a aplicação de cláusula de penalidade
prevista em contrato.
§ 5º Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e
trabalhadores de outras categorias profissionais reguladas por leis específicas
relacionadas a atividades compatíveis com o contrato autônomo, desde que
cumpridos os requisitos do caput, não possuirão a qualidade de empregado
prevista o art. 3º.
§ 6º Presente a subordinação jurídica, será reconhecido o vínculo
empregatício.
§ 7º O disposto no caput se aplica ao autônomo, ainda que exerça atividade
relacionada ao negócio da empresa contratante.
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16 de março de 2018
Trabalhador autônomo X Empregado
Os elementos caracterizadores do vínculo empregatício são:
1 - habitualidade = o trabalho deve ser exercido continuamente, frequentemente.
Não precisa ser todo dia, mas deve ser habitual;
2 - dependência ou subordinação = para que haja a relação de emprego o
trabalhador deve depender (econômica, técnica, jurídica e hierárquica) do
empregador.
3 - onerosidade = o empregado presta serviço e em contrapartida recebe a
remuneração do empregador, inexistindo a possibilidade da prestação de serviço
gratuita, sob pena de configurar enriquecimento ilícito do empregador, salvo no caso
de trabalho voluntário.
4 - pessoalidade = o trabalho deve ser prestado pessoalmente pelo empregado, não
podendo este se fazer substituir por outra pessoa.
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16 de março de 2018
Principais Contribuintes Individuais
- aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, em caráter
eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
- aquele que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza
urbana, com fins lucrativos ou não;
- o ministro de confissão religiosa ou o membro de vida consagrada, de
congregação ou de ordem religiosa;
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16 de março de 2018
Principais Contribuintes Individuais
- o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado o que
exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando
proprietário, coproprietário ou promitente comprador de um só veículo;
- o diarista, assim entendida a pessoa física que, por conta própria, presta
serviços de natureza não-contínua à pessoa, à família ou à entidade
familiar, no âmbito residencial destas, em atividade sem fins lucrativos;
- o Micro Empreendedor Individual (MEI) de que tratam os arts. 18-A e 18-
C da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
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16 de março de 2018
Principais Contribuintes Individuais
Desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa:
- o sócio administrador, o sócio cotista e o administrador não-sócio e não-
empregado na sociedade limitada, urbana ou rural, conforme definido na
Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil);
- o membro de conselho de administração na sociedade anônima ou o
diretor não-empregado que, participando ou não do risco econômico do
empreendimento, seja eleito por assembleia geral dos acionistas para
cargo de direção de sociedade anônima, desde que não mantidas as
características inerentes à relação de emprego;
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16 de março de 2018
Aposentado
IN RFB n° 971/2009
Art. 12. O aposentado por qualquer regime de previdência social que
exerça atividade remunerada abrangida pelo RGPS é segurado
obrigatório em relação a essa atividade, nos termos do § 4º do art. 12 da
Lei nº8.212, de 1991, ficando sujeito às contribuições de que trata a
referida Lei.
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16 de março de 2018
Segurado Facultativo e Contribuinte individual –
Diferenças
Segurado facultativo é a pessoa física maior de 16 (dezesseis) anos que,
por ato volitivo, se inscreva como contribuinte da Previdência Social,
desde que não exerça atividade remunerada que implique filiação
obrigatória a qualquer regime de Previdência Social no País.
Principais segurados facultativos: dona de casa; estagiário, desempregado
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16 de março de 2018
Fato Gerador
Considera-se ocorrido o fato gerador da obrigação previdenciária principal
e existentes seus efeitos em relação à empresa, no mês em que for paga
ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, ao segurado
contribuinte individual que lhe presta serviços.
Observação: considera-se creditada a remuneração na competência em
que a empresa contratante for obrigada a reconhecer contabilmente a
despesa ou o dispêndio ou, no caso de equiparado ou empresa legalmente
dispensada da escrituração contábil regular, na data da emissão do
documento comprobatório da prestação de serviços.
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16 de março de 2018
Base de cálculo da contribuição previdenciária
A base de cálculo da contribuição social previdenciária dos segurados do
RGPS é o salário de contribuição, observados os limites mínimo (R$
954,00) e máximo (R$ 5.645,80).
Para o segurado contribuinte individual, entende-se por salário de
contribuição, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo
exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os
limites mínimos e máximos do salário de contribuição.
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16 de março de 2018
Base de cálculo da contribuição previdenciária
Observação:
O salário de contribuição do condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive
o taxista), do auxiliar de condutor autônomo e do operador de máquinas, bem
como do cooperado filiado a cooperativa de transportadores autônomos,
corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto auferido pelo frete, carreto,
transporte, não se admitindo a dedução de qualquer valor relativo aos dispêndios
com combustível e manutenção do veículo, ainda que parcelas a este título
figurem discriminadas no documento.
O condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), o auxiliar de
condutor autônomo e o cooperado filiado à cooperativa de transportadores
autônomos estão sujeitos ao pagamento da contribuição para o Serviço Social do
Transporte (Sest -1,5%) e para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(Senat – 1,0%)
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16 de março de 2018
Alíquotas
A contribuição social previdenciária do segurado contribuinte individual é:
- para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2003, observado o limite
máximo do salário de contribuição de:
20% (vinte por cento), incidente sobre:
1. a remuneração auferida em decorrência da prestação de serviços a pessoas físicas;
2. a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços
prestados a entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições
sociais;
3. a retribuição do cooperado, quando prestar serviços a pessoas físicas e a entidade
beneficente em gozo de isenção da cota patronal, por intermédio da cooperativa de
trabalho;
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16 de março de 2018
Alíquotas
b) 11% (onze por cento), incidente sobre:
1. a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos
serviços prestados a empresa;
2. a retribuição do cooperado quando prestar serviços a empresas em geral e
equiparados a empresa, por intermédio de cooperativa de trabalho;*
3. a retribuição do cooperado quando prestar serviços a cooperativa de
produção;
4. a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos
serviços prestados a outro contribuinte individual, a produtor rural pessoa
física, a missão diplomática ou repartição consular de carreiras estrangeiras.
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16 de março de 2018
Contribuinte individual – Múltiplos vínculos
O contribuinte individual que prestar serviços a mais de uma
empresa ou, concomitantemente, exercer atividade como segurado
empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso, quando o
total das remunerações recebidas no mês for superior ao limite
máximo do salário de contribuição deverá, para efeito de controle do
limite, informar o fato à empresa em que isto ocorrer, mediante a
apresentação:
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16 de março de 2018
I - do comprovante de pagamento ou declaração quando for empregado;
II - do comprovante de pagamento, quando for contribuinte individual.
O contribuinte individual que no mês teve contribuição descontada sobre
o limite máximo do salário de contribuição, em uma ou mais empresas,
deverá comprovar o fato às demais para as quais prestar serviços,
mediante apresentação de um dos documentos mencionados acima.
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16 de março de 2018
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16 de março de 2018
Contribuinte individual – Remuneração inferior ao limite mínimo
Quando o total da remuneração mensal recebida pelo contribuinte
individual por serviços prestados a uma ou mais empresas for inferior
ao limite mínimo do salário-de-contribuição, o segurado deverá
recolher diretamente a complementação da contribuição incidente
sobre a diferença entre o limite mínimo do salário-de-contribuição e a
remuneração total por ele recebida ou a ele creditada, aplicando sobre
a parcela complementar a alíquota de 20% (vinte por cento).
(Art. 66 da IN RFB n° 971/2009)
Encargo previdenciário patronal – contratação de contribuinte
individual
As contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa ou do
equiparado incidente quando da contratação do segurado
contribuinte individual é de 20% (vinte por cento) sobre o total das
remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer
do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam
serviços.
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16 de março de 2018
Obrigações da empresa ao contratar um
contribuinte individual
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16 de março de 2018
Obrigações da empresa
- inscrever como contribuintes individuais no RGPS, as pessoas
físicas contratadas sem vínculo empregatício e os sócios
cooperados, no caso de cooperativas de trabalho e de produção,
se ainda não inscritos;
- elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga,
devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, inclusive
os contribuintes individuais, nela constando:
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a) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, função
ou serviço prestado;
b) agrupados, por categoria, os segurados empregado, trabalhador
avulso e contribuinte individual;
c) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma
discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições sociais a
cargo da empresa, as contribuições sociais previdenciárias descontadas
dos segurados, as decorrentes de sub-rogação, as retenções e os totais
recolhidos;
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- fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços, comprovante do
pagamento de remuneração, consignando a identificação completa da empresa,
inclusive com o seu número no CNPJ, o número de inscrição do segurado no
RGPS, o valor da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o
compromisso de que a remuneração paga será informada em GFIP e a
contribuição correspondente será recolhida;
Não há na legislação trabalhista ou previdenciária previsão da obrigatoriedade da
emissão de RPA ou RPS pelos autônomos que prestam serviços.
- informar mensalmente, à RFB e ao Conselho Curador do FGTS, em GFIP emitida
por estabelecimento da empresa, com informações distintas por tomador de serviço
e por obra de construção civil, os dados cadastrais, os fatos geradores, a base de
cálculo e os valores devidos das contribuições sociais e outras informações de
interesse da RFB e do INSS ou do Conselho Curador do FGTS, na forma
estabelecida no Manual da GFIP 8.4.
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Obrigações da empresa
A empresa é responsável pela arrecadação, mediante desconto no respectivo
salário de contribuição, e pelo recolhimento da contribuição do segurado
contribuinte individual que lhe presta serviços.
A contribuição deverá ser recolhida na mesma Guia da Previdência Social
(GPS) em que a empresa contratante recolhe as demais contribuições
previdenciárias dos outros segurados a seu serviço, lançando o referido valor
no campo 6 da referida guia.
A empresa deverá recolher a contribuição previdenciária descontada e a
contribuição a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou
creditadas ao contribuinte individual até o dia 20 (vinte) do mês seguinte
àquele a que se referirem as remunerações, antecipando-se o vencimento para
o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário no
dia 20 (vinte).
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Exemplo de cálculo da contribuição previdenciária devida pela
empresa
Remuneração paga ao trabalhador autônomo = R$ 6.000,00
Contribuição previdenciária descontada do trabalhador = 11% x R$
5.645,80 = R$ 621,04
Contribuição previdenciária patronal = 20% de R$ 6.000,00 = R$ 1.200,00
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Múltiplos vínculos
Exemplo de cálculo da contribuição previdenciária devida pela empresa
Contribuinte individual prestou serviços a 3 empresas no curso do mês de
fevereiro/2018, auferindo as seguintes remunerações:
Empresas Remunerações
A R$ 2.500,00
B R$ 3.500,00
C R$ 1.500,00
Total auferido no mês R$ 7.500,00
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Múltiplos vínculos
Exemplo de cálculo da contribuição previdenciária devida pela empresa
Considerando que o teto máximo da contribuição previdenciária em 2018 corresponde
a R$ 5.645,80 as empresas contratantes devem efetuar os seguintes descontos a título
de contribuição previdenciária:
Empresas Descontos
A R$ 275,00 (R$ 2.500,00 x 11%)
B R$ 346,04 (R$ 3.145,80x 11%) = ( R$ 5.645,80 – R$ 2.500,00 = R$
3.145,80)
C R$ 0,00
Total dos descontos = R$ 621,04 (11% de R$ 5.645,80)
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Múltiplos vínculos
Exemplo de cálculo da contribuição previdenciária devida pela
empresa
Parte patronal
Empresas Recolhimentos
A R$ 500,00 (R$ 2.500,00 x 20%)
B R$ 346,04 (R$ 3.500,00 x 20%)
C R$ 300,00 (R$ 1.500,00 x 20%)
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Contratação de transportador autônomo
Exemplo de base de cálculo da contribuição previdenciária do prestador de
serviço
Condutor rodoviário autônomo contratado por empresa
Valor do frete = R$ 4.000,00
Valor da base de cálculo = R$ 4.000,00 x 20% = R$ 800,00
Desconto da contribuição previdenciária individual = R$ 800,00 x 11% = R$ 88,00
Contribuição previdenciária patronal = R$ 800,00 x 20% = R$ 160,00
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Contratação de transportador autônomo
Exemplo de base de cálculo da contribuição previdenciária para o SEST e
SENAT:
Condutor autônomo contratado por empresa
Valor do frete = R$ 4.000,00
Valor da base de cálculo = R$ 4.000,00 x 20% = R$ 800,00
Contribuição para o SEST = R$ 800,00 x 1,5% = R$ 12,00
Contribuição para o SENAT = R$ 800,00 x 1% = R$ 8,00
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16 de março de 2018
Contribuição sindical passou a ser opcional
A Reforma Trabalhista, trazida pela Lei nº 13.467/2017, alterou, entre
outros, a redação dos arts. 578, 579, 582 e 587, da CLT.
Assim, a contribuição sindical, passou a ser opcional, seja para os
empregadores, empregados e para os profissionais liberais, ficando seu
recolhimento a critério destes, sendo associados ao sindicato ou não.
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"Art. 578 . As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das
categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas
pelas referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical,
pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que
prévia e expressamente autorizadas.
Art. 579 . O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização
prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica
ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo
da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do
disposto no art. 591 desta Consolidação.
Art. 582 . Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de
seus empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical
dos empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos
respectivos sindicatos.
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Enquadramento sindical continua sendo devido
O enquadramento sindical dos empregados é feito de acordo com a atividade
preponderante (principal) da empresa, sendo que as únicas exceções são as
categorias diferenciadas e os profissionais liberais, sendo que, nestes casos,
deverá ser seguido o sindicato das respectivas atividades.
Assim, os benefícios e demais cláusulas previstas em convenção ou acordo
coletivo da categoria deverão continuar sendo aplicados a todos os
empregados, normalmente, independentemente do recolhimento da sindical.
Isto porque o enquadramento sindical continua sendo obrigatório.
Ressalte-se que tal enquadramento não pode se confundir com a filiação ao
sindicato. A opção pela associação/filiação ao sindicato decorre de um ato
volitivo do empregado, que poderá manifestar o interesse em ser sócio do
sindicato por diversos fatores, tais como, pelos benefícios que a entidade
oferece, como colônia de férias, parcerias com empresas, dentre outros.
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16 de março de 2018
Desconto em março
Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus
empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dos
empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos
respectivos sindicatos.
(art. 582, da CLT, com redação dada pela Lei nº 13.467/2017)
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Recolhimento em abril
O recolhimento da contribuição sindical (descontada do empregado que
a autorizou) será efetuado no mês de abril de cada ano, conforme
dispõe o art. 583, da CLT.
O prazo de recolhimento para 2018 deverá ser feito até 30.04 (segunda-
feira).
Convém verificar no documento coletivo de trabalho e no sindicato da
respectiva categoria profissional se há previsão de antecipação deste
recolhimento, o qual, se houver, deverá ser observado pela empresa.
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Forma de recolhimento
As guias de recolhimento geralmente são fornecidas pelas respectivas
entidades sindicais.
O modelo a ser utilizado é a Guia de Recolhimento de Contribuição
Sindical Urbana (GRCSU) e as instruções para o seu preenchimento são
trazidas pela Portaria MTE nº 488/2005. Este é o único documento hábil
para a quitação dos valores devidos a título de CS e é composta de duas
vias, sendo a 1ª destinada ao contribuinte para comprovação da
regularidade da arrecadação e a 2ª à entidade arrecadadora.
Na hipótese de a guia não ser encaminhada pelos Sindicatos, a empresa poderá
obter a GRCSU para preenchimento nos sites do Ministério do Trabalho em
http://trabalho.gov.br ou da Caixa Econômica Federal em http://www.caixa.gov.br.
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Valor a ser recolhido
O valor da contribuição corresponde à remuneração de 1 dia de
trabalho, qualquer que seja a forma da referida remuneração.
(art. 580, inciso I, da CLT)
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16 de março de 2018
O art. 582, § 1º, da CLT, determina que é considerado 1 dia de trabalho:
a) uma jornada normal de trabalho, no caso de pagamento por hora, dia,
semana, quinzena ou mês;
b) 1/30 da quantia percebida no mês anterior, em caso de remuneração
paga por tarefa, empreitada, comissão e modalidades semelhantes.
Quando o salário for pago em utilidades ou nos casos em que o
empregado receba, habitualmente gorjetas, a contribuição sindical
corresponderá a 1/30 da importância que tiver servido de base, no mês de
janeiro, para a contribuição do empregado à Previdência Social. (§ 2º, do
art. 582, da CLT)
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Base de cálculo - Salário ou remuneração? - Discussão
No caso de empregado que perceba habitualmente vantagens em
decorrência do contrato individual ou documento coletivo de trabalho (tais
como adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre, perigoso,
de transferência, de tempo de serviço, bem como outras vantagens como
prêmios, gratificações, abonos, etc.), não há previsão expressa na
legislação trabalhista de que estas vantagens devam ou não integrar a
base de cálculo da contribuição sindical.
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16 de março de 2018
Há 2 entendimentos sobre o assunto:
1 - O desconto deve incidir somente sobre o salário contratado, uma vez que aos
empregados mensalistas, quinzenalistas, semanalistas, diaristas e horistas aplica-
se o desconto de 1 dia de trabalho, equivalente a uma jornada normal de trabalho.
(corrente + benéfica ao trabalhador → valor menor)
2 - Por outro lado, com base no art. 457, da CLT e nas Súmulas do TST nº 60 e
203, que estabelecem que as mencionadas vantagens integram a remuneração
do empregado para todos os efeitos legais, há quem entenda que, para fins de
desconto da contribuição sindical, aquelas vantagens devam integrar sua base de
cálculo, ou seja, o desconto deve ser efetuado sobre a remuneração total paga, e
não somente sobre o salário contratual do empregado.
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16 de março de 2018
Admissões após o mês de março
Os empregados que não estiverem trabalhando no mês destinado ao desconto da
contribuição sindical e que venham a autorizar prévia e expressamente o
recolhimento serão descontados no 1º mês subsequente ao do reinício do
trabalho.
Assim, para uma admissão em maio, por exemplo, desconta-se do pagamento de
junho, para recolhimento em julho.
(art. 602, da CLT, com redação dada pela Lei nº 13.467/2017)
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16 de março de 2018
Empregados que se encontram afastados
Se, por qualquer motivo, o empregado não estiver trabalhando em março, isto é,
estiver afastado do trabalho sem percepção de salários (ausência por doença,
acidente do trabalho, etc.), o desconto da contribuição sindical, caso o mesmo o
autorize, ocorrerá no 1º mês subsequente ao do reinício do trabalho. (art. 602, da
CLT)
Logo, do empregado afastado há vários meses ou anos, com alta da Previdência
Social em junho, por exemplo, desconta-se em julho para recolhimento à
respectiva entidade sindical em agosto (contribuição sindical referente ao ano de
2018).
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16 de março de 2018
Contribuição não pode ser instituída por convenção coletiva
O art. 611-A, incluído na CLT, pela Lei 13.467/2017, dispõe que o negociado
prevalece sobre o legislado, em diversos pontos.
Entretanto, o art. 611-B, da CLT, também incluído pela citada Lei, em seu inciso
XXVI, dispõe que constitui objeto ilícito de convenção ou acordo coletivo de trabalho,
a liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito
de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto
salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Neste sentido, constitui objeto ilícito de convenção ou acordo coletivo de trabalho,
negociações sobre questões envolvendo a liberdade sindical.
Assim, a contribuição sindical não pode ser instituída por negociação coletiva e
ainda mediante qualquer Assembleia realizada com empresas e empregados,
situação que vem sendo muito aplicada pelos sindicatos, não havendo qualquer
validade, nesta negociação, não podendo esta, neste ponto específico, se sobrepor à
Lei.
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16 de março de 2018
Domésticos - Contribuição indevida e ilegal
O art. 149, da CF/1988, dispõe que compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais. Já o desconto da contribuição sindical está previsto no art.
579 e seguintes da da CLT.
Assim, considerando que a LC nº 150/2015, que dispõe sobre o trabalho
doméstico, não prevê a CS, conclui-se que o empregado doméstico não está
sujeito ao desconto da referida contribuição, ainda que atualmente haja a criação
de inúmeras entidades sindicais representantes desta categoria, prevendo
inclusive tal contribuição.
Apesar de a LC 150 dispor no art. 19, que a CLT poderá ser aplicada
subsidiariamente aos domésticos, esta não poderá criar novas obrigações aos
trabalhadores, tampouco instituir contribuições.
Portanto, entende-se que a CS não é obrigatória para o empregado doméstico,
em razão de não haver dispositivo legal que preveja tal obrigatoriedade, e, o
documento coletivo não tem competência para instituir tal contribuição.
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16 de março de 2018
Profissional liberal
Órgãos de classe podem criar dificuldades para realizar registros ou
a manutenção destes
Como em alguns casos o recolhimento da contribuição sindical é condição
para o registro ou a manutenção deste registro em seus Conselhos (como
CRC, CREA, CRQ, entre outros), se a contribuição não for recolhida, pode
acontecer de o órgão criar alguma dificuldade para que sejam realizados
tais registros ou para a manutenção destes.
Assim, caberá ao Poder Judiciário estabelecer se a entidade poderá exigir
o recolhimento de uma contribuição facultativa para a concessão ou a
manutenção do registro de classe dos trabalhadores.
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16 de março de 2018
Penalidades pelo não recolhimento ao profissional liberal
Apesar da CS ser opcional, ainda constam dispositivos na CLT, que
podem trazer reflexos aos profissionais liberais:
- suspensão do exercício profissional;
- cobrança extrajudicial ou judicial pela entidade sindical;
- não concessão de registro ou alvará de licença para funcionamento
de estabelecimento ou escritório.
(CLT, art. 599, 606 e 608)
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16 de março de 2018
Penalidades
Portaria MTB n° 290/1997
Infração ao art. 598, da CLT - Contribuição sindical
Mínimo 7,5657 UFIR
Máximo 7.565,6943 UFIR
UFIR = R$ 1,0641
Total → R$ 8,05 a 8.050,65 (dependendo do critério utilizado pelo agente
fiscalizador)
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16 de março de 2018
Demais contribuições exigidas pelas entidades sindicais,
independente da sua nomenclatura - Diferenças e discussão
Tais contribuições são diferentes e tem destinações diversas.
Contribuição associativa
Chamada por muitos de mensalidade sindical, é opcional e devida
somente por aqueles que tenham optado pela filiação à entidade
sindical, para usufruir de seus benefícios e convênios, na forma
estabelecida nos estatutos ou pelas assembleias-gerais.
(CLT, art. 548, alínea "b”)
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16 de março de 2018
Contribuição assistencial
Também conhecida como “taxa negocial”, é prevista em acordo ou
convenção coletiva de trabalho, convencionada nas datas-bases entre
os sindicatos dos empregados e patronal e têm por finalidade custear as
atividades assistenciais do sindicato. Sua cobrança está relacionada
com o exercício do poder de representação da entidade sindical no
processo da negociação coletiva (elaboração de convenção)
(CLT, art. 513, alínea "e”)
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16 de março de 2018
Contribuição confederativa
É fixada pela assembleia-geral do sindicato e tem por finalidade a
manutenção do sistema confederativo, do qual fazem parte os
sindicatos, federações e confederações, tanto da categoria dos
empregados como da patronal.
(CF/1988, art. 8º, inciso IV)
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16 de março de 2018
Posição do TST e STF
Precedente Normativo do TST nº 119
"Contribuições Sindicais - Inobservância de Preceitos Constitucionais
A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de
livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade
cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa
estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para
custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento
sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados.
Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis
de devolução os valores irregularmente descontados."
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16 de março de 2018
Orientação Jurisprudencial da SDC do TST nº 17
“OJ-SDC-17 CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS.
INCONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS.
As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade
sindical, a qualquer título, obrigando trabalhadores não sindicalizados, são
ofensivas ao direito de livre associação e sindicalização, constitucionalmente
assegurado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os
respectivos valores eventualmente descontados.”
Súmula Vinculante do STF nº 40
“A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal,
só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.”
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16 de março de 2018
Desconto das demais contribuições também mediante autorização dos
empregados
Como o art. 611-B, inciso XXVI, da CLT, previu expressamente a impossibilidade
de negociação sobre o direito de o empregado não sofrer desconto do seu
salário sem a sua anuência, até os empregados que são filiados ao sindicato
devem autorizar expressamente o desconto da contribuição assistencial,
confederativa, etc., nos moldes atuais do art. 545, da CLT.
“Art. 545. Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento
dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as
contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificados.” (Redação dada
pela Lei nº 13.467, de 2017)
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16 de março de 2018
RAIS ano-base 2017 - Pontos principais
Legislação para 2018
A Portaria do Ministério do Trabalho nº 31/2018 trouxe instruções para a
declaração e divulgação do Manual de Orientações da RAIS referente
ao ano-base 2017.
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16 de março de 2018
Quem está obrigado a entregar a RAIS?
Todo empregador (PF ou PJ) deve fornecer ao Ministério do Trabalho por meio da
RAIS as informações referentes a cada um de seus empregados, devendo
declarar, dentre outros:
- os inscritos no CNPJ com ou sem empregados;
- empresas individuais, inclusive as que não possuem empregados; (empresário
individual)
- cartórios extrajudiciais;
- empregadores urbanos pessoas físicas (autônomos e profissionais liberais) que
mantiveram empregados no ano-base;
- condomínios e sociedades civis;
- empregadores rurais pessoas físicas que mantiveram empregados no ano-base;
- filiais, agências e sucursais das empresas;
- cooperativas (empregados); e
- o Microempreendedor Individual (MEI) que manteve empregado em 2017.
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16 de março de 2018
Estabelecimento inscrito no CEI e empregador pessoa física
Devem também entregar a RAIS o estabelecimento e o empregador
identificado pelo nº de matrícula no CEI (obras, empregadores pessoas
físicas, urbanas e rurais) que mantiveram empregados no ano-base
2017.
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16 de março de 2018
Empresa com matriz e filiais
A empresa que possui filiais, agências ou sucursais, com ou sem
empregados ou sem movimento em 2017, deve declarar a RAIS
separadamente, por estabelecimento (local de trabalho), utilizando
cada CNPJ específico (subarquivo).
A RAIS das filiais poderá ser entregue por meio da internet pela matriz,
desde que os trabalhadores sejam informados sob o CNPJ da empresa
a qual estiveram vinculados.
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16 de março de 2018
Estabelecimento inscrito simultaneamente no CNPJ e no CEI
O estabelecimento inscrito no CNPJ e no CEI deve apresentar a declaração da
RAIS de acordo com o contrato de trabalho dos empregados, ou seja, se o
contrato for pelo CEI as informações devem ser declarados no CEI e se for pelo
CNPJ as informações devem ser declaradas no CNPJ.
No caso da declaração ser prestada no CEI, deve haver também a declaração da
RAIS Negativa do CNPJ.
Exemplos: Produtor rural pessoa física e Cartório de títulos
(Manual da RAIS / Parte I / Instruções Gerais / Item 2 - Quem deve declarar /
Nota IV)
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16 de março de 2018
Quem deve ser declarado na RAIS?
- empregados contratados por empregadores, PF ou PJ, sob o regime da CLT,
por prazo indeterminado ou determinado, inclusive a título de experiência e o
contrato regido pela Lei nº 9.601/1998 (feito com a participação do sindicato);
- trabalhadores temporários, regidos pela Lei nº 6.019/1974 (declaração pela
agência);
- trabalhadores rurais regidos pela Lei nº 5.889/1973;
- aprendiz (maior de 14 e menor de 24 anos), contratado nos termos do art. 428
da CLT e Decreto nº 5.598/2005;
- dirigentes sindicais (caso percebam remuneração pela empresa);
- diretores sem vínculo empregatício para os quais o estabelecimento tenha
optado pelo recolhimento do FGTS.
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16 de março de 2018
Quem não deve ser relacionado na RAIS?
Não devem ser informados na RAIS, em hipóteses alguma:
- diretores sem vínculo empregatício para os quais não é recolhido FGTS;
- autônomos;
- estagiários regidos pela Lei nº 11.788/2008;
- empregados domésticos;
- cooperados.
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16 de março de 2018
Entrega do arquivo da RAIS
A entrega da declaração é somente via internet. Para o preenchimento e envio
das informações da RAIS, deve ser utilizado o Programa Gerador de Declaração
da RAIS (GDRAIS 2017 - Versão 2.0, atualizada em 21.02.2018), que deverá ser
obtido no site www.rais.gov.br, no link “Downloads”.
Para 2018 o Ministério do Trabalho não trouxe a opção excepcional (trazida em
alguns anos anteriores) de não sendo possível a entrega da declaração via web,
o arquivo poderia ser entregue nos órgãos regionais do MTb, quando justificada.
A RAIS de exercícios anteriores deverá ser declarada com o aplicativo GDRAIS
Genérico 1976-2016 - Versão 1.3, atualizada em 09.02.2018.
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16 de março de 2018
RAIS Negativa
É a declaração da RAIS na qual são fornecidos somente os dados cadastrais do
estabelecimento, quando o mesmo não teve empregado ou manteve suas
atividades paralisadas durante o ano-base.
Assim, o estabelecimento inscrito no CNPJ que não possuiu empregados ou
manteve suas atividades paralisadas durante 2017 está obrigado a entregar a
RAIS Negativa, devendo informar apenas os campos que o identificam, através
do Programa GDRAIS ou via web http://www.rais.gov.br/sitio/negativa.jsf
bastando preencher o formulário respectivo.
Estão dispensados desta entrega o MEI e o estabelecimento e empregador PFinscrito no CEI.
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16 de março de 2018
Prazo de entrega
→ INÍCIO - 23 de janeiro de 2018
→ TÉRMINO - 23 de março de 2018
Como de costume, a Portaria MTb 31/2018, dispõe expressamente que
não haverá prorrogação do prazo de entrega desta obrigação, devendo o
envio das declarações ser efetuado impreterivelmente até o dia 23 de
março.
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16 de março de 2018
Empresa que encerrou atividades em 2017
De acordo com o Manual de Orientação da RAIS, o estabelecimento que
encerrou suas atividades em 2017 e não entregou a declaração da RAIS deverá
marcar a opção "Encerramento das Atividades", disponível no Programa GDRAIS
e informar a data do encerramento de suas atividades, bem como a data de
desligamento dos empregados que deve ser menor ou igual à data de
encerramento das atividades do estabelecimento.
Ainda, a empresa que encerrar suas atividades no curso de 2018, poderá
antecipar a entrega da sua RAIS, utilizando o Programa GDRAIS, e informar no
campo data de encerramento, o dia, mês e ano equivalente à data em que está
sendo declarada a RAIS (no formato DD/MM/AAAA), bem como a data de
desligamento dos empregados, que deve ser menor ou igual à data de
encerramento das atividades do estabelecimento.
A RAIS do ano-base 2017 também deverá ser entregue pelo estabelecimento.
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16 de março de 2018
Certificação digital
É obrigatória a utilização de certificado digital válido no padrão ICP-Brasil, para a
transmissão da declaração da RAIS por todos os estabelecimentos que
possuem a partir de 11 vínculos, exceto para a transmissão da RAIS Negativa e
para os estabelecimentos que possuem menos de 11 vínculos.
As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de pessoa
jurídica, emitido em nome do estabelecimento, ou com certificado digital do
responsável pela entrega da declaração, sendo que este pode ser um CPF ou
um CNPJ.
É obrigatória também a utilização de certificado digital válido no padrão ICP-
Brasil para a transmissão da declaração da RAIS de exercícios anteriores
(através do GDRAIS Genérico), exceto para a transmissão da RAIS Negativa.
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16 de março de 2018
Erros na declaração
Retificação - Procedimentos
Detectando-se erros na declaração da RAIS enviada, seja nos campos do
estabelecimento ou nos campos do trabalhador, o estabelecimento deverá
adotar os seguintes procedimentos:
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16 de março de 2018
a) retificação dos dados do estabelecimento, exceto, os campos CNPJ/CEI
ou CEI Vinculado:
- acessar o site www.rais.gov.br, clicar no menu Declaração já Entregue e,
em seguida, na opção "Retificação: Dados do Estabelecimento", preencher
corretamente o formulário com todos os dados solicitados e, em seguida,
clicar na opção "Enviar".
- não será permitida a retificação de erros nos campos do CNPJ/CEI ou
CEI Vinculado. (O procedimento para estes casos é o de exclusão).
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16 de março de 2018
b) retificação dos dados do empregado, exceto, campos PIS/PASEP, data de
admissão, data de desligamento e CBO:
- utilizar o Programa GDRAIS 2017 - Versão 2.0, para fazer as devidas correções
e gravar a declaração retificadora. No arquivo da retificação devem ser gravados
somente os empregados que foram corrigidos e, quando for o caso, os vínculos a
serem incluídos. Os empregados declarados corretamente não devem constar na
declaração retificadora para evitar duplicidades.
- não será permitida a retificação de erros nos campos PIS/PASEP, data de
admissão, data de desligamento e CBO. (O procedimento para estes casos é o de
exclusão).
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16 de março de 2018
Hipóteses de exclusão - Erros específicos
a) CNPJ/CEI, CEI Vinculado:
- gerar uma nova declaração do estabelecimento, utilizando o Programa
GDRAIS 2017 - Versão 2.0, contendo todos os empregados e transmitir o
arquivo via web; e
- excluir a declaração incorreta (anteriormente enviada), no site da RAIS,
no link "Declaração já Entregue" na opção "Exclusão de Estabelecimento:
ano-base 2017", preenchendo todos os dados solicitados, inclusive, o nº
do CPF do responsável pela declaração e clicar na opção "Enviar".
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16 de março de 2018
b) PIS/PASEP, data de admissão, data de desligamento e CBO:
- gerar uma nova RAIS corretamente do estabelecimento, incluindo
somente o(s) empregado(s) que foi(ram) corrigido(s) e transmitir o arquivo
via web; e
- excluir o(s) empregado(s) que foi(ram) corrigido(s), no site da RAIS, no
link "Declaração já Entregue" e, em seguida, a opção "Exclusão de
vínculos: ano-base 2008 a 2017", preenchendo os dados solicitados no
formulário, inclusive o nº do CPF do responsável pela declaração e clicar
na opção "Enviar".
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16 de março de 2018
Informações relativas às remunerações mensais dos empregados
É imprescindível que as remunerações referentes ao período trabalhado
sejam preenchidas, de forma correta, para possibilitar, dentre outros
objetivos, a identificação do empregado com direito ao abono salarial previsto
no art. 239, da CF/1988.
Devem ser informadas para cada empregado, exclusivamente, as
remunerações referentes a 2017 devidas em cada mês, pagas ou não,
computados os valores considerados rendimentos do trabalho, inclusive os
casos em que o pagamento é efetuado nos 10 primeiros dias do mês
subsequente, por ocasião da homologação da rescisão contratual ou mesmo
com atraso. Mesmo que o empregado tenha trabalhado menos de 15 dias,deve ser informada a remuneração percebida neste período.
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16 de março de 2018
Remunerações, pagas ou não, importa a competência mensal a que o empregado
tem o direito de recebê-las, independentemente do momento em que o
empregador tenha repassado ao empregado tais valores.
Não podem ser incluídos os valores pagos referentes a exercícios anteriores,
exceto quando resultantes de dissídios coletivos, pagos a trabalhadores com
contrato de trabalho vigente no ano-base a ser informado.
As remunerações mensais devem ser informadas em reais, com centavos.
Janeiro R$ 1.000,00
Fevereiro R$ 1.000,00
Março R$ 1.000,00
Abril R$ 1.000,00....................
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16 de março de 2018
Valores que devem integrar o campo remunerações mensais
- Salários, bonificações, gorjetas, gratificações, participações, percentagens,
comissões, corretagens;
- Gratificações ajustadas, como as de balanço, produtividade, tempo de serviço
e de função ou cargo de confiança;
- Adicionais por tempo de serviço, tais como quinquênios, triênios, anuênios;
- Prêmios contratuais ou habituais;
- Comissões de futuro antecipadas na rescisão e valores relativos a dissídios
coletivos de exercícios anteriores;
- Remuneração integral do período de férias, incluindo o 1/3 constitucional.
Quando a remuneração for paga em dobro, por terem sido gozadas as férias
após o período concessório, apenas 50% deste valor deve ser declarado;
- Aviso prévio trabalhado;
- Remuneração por horas extraordinárias ou por serviços noturnos;
- Adicional por serviços perigosos ou insalubres;
- Valores a título de quebra de caixa;
- Salário-maternidade e salário-paternidade.
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16 de março de 2018
Valores que não devem ser informados no campo remunerações mensais
- Indenização adicional quando da dispensa de empregado, sem justa causa, no período
de 30 dias que antecede à data de sua correção salarial (art. 9º da Lei nº 7.238/1984);
- Férias indenizadas e respectivo 1/3 constitucional, inclusive o valor correspondente à
dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da CLT;
- Abono pecuniário conforme art. 143 da CLT;
- Ajuda de custo em parcela única, recebida exclusivamente por mudança de local de
trabalho, na forma do art. 470 da CLT;
- A parcela paga in natura pelo PAT (alimentação fornecida);
- PLR da empresa quando paga ou creditada de acordo com a legislação;
- Valor da multa rescisória de 40% do FGTS;
- A multa pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias (art. 477, § 8º da CLT);
- Indenização por dispensa sem justa causa do empregado nos contratos por prazo
determinado, conforme art. 479 da CLT;
- A parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
- Assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-
saúde;
- Reembolso-creche ou outra modalidade de prestação de serviço desta natureza.
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16 de março de 2018
- 13º salário;
- Aviso-prévio indenizado; e
- Qualquer verba indenizatória (paga em rescisão)
Obs.: Estas parcelas tem campos específicos para preenchimento naRAIS.
Os valores informados nestes campos NÃO devem ser computados naremuneração mensal do empregado nem no mês do desligamento(rescisão).
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16 de março de 2018
Informação na RAIS do aviso prévio indenizado
No Manual de Orientações da RAIS, em Informações referentes ao empregado,
item F - Informações do desligamento, Nota VI, pág. 34 e item H.4 - Aviso prévio
indenizado, pág. 41, o MTb dispõe o seguinte:
VI - a data de desligamento do empregado deve ser a mesma data de saída
constante na CTPS, que deve corresponder à data do término do aviso prévio,
ainda que indenizado.
(...) A data de saída do empregado, relativa ao contrato de trabalho, é a do
último dia da data projetada para o aviso contado com os referidos dias de
acréscimo.”
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16 de março de 2018
“Aviso Prévio Indenizado (R$) - Informar o valor em reais (com centavos),
referente à rescisão por iniciativa do empregador. Este valor não deve ser incluído
no campo remunerações mensais.
Atenção!
A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos
salários correspondentes ao prazo do aviso, inclusive aos dos dias de acréscimo
previstos na Lei nº 12.506/2011, garantida sempre a integração desse período no
seu tempo de serviço (...)
(...) O valor pago pelo total de dias deve ser informado no campo específico
"Aviso Prévio Indenizado", não podendo ser lançado no campo remuneração
mensal os dias de acréscimo, sob pena de o estabelecimento incorrer em multa.”
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16 de março de 2018
E quando a projeção do API recair em 2018, como informar a RAIS?
Segundo orientação do MTb, no site da RAIS, em Dúvidas Frequentes:
(...) no caso de aviso prévio com inicio em 2017 e término em 2018, o empregado deve ser
informado normalmente na RAIS 2017, sem desligamento, e somente na RAIS de 2018 o
desligamento do mesmo deverá ser informado com as respectivas verbas rescisórias,
quando for o caso.
Por exemplo:
Aviso prévio indenizado com inicio em 19/12/2017 e data do término em 23/01/2018 (30 dias
+ 6 de acréscimo):
→ Na RAIS de 2017: o empregado deve ser informado sem data de desligamento e na
remuneração do mês de dezembro informar o valor do salário dos 19 dias trabalhados
→ Na RAIS de 2018: o empregado deve ser informado novamente, com a data do
desligamento 23/01/2018, o valor do aviso prévio indenizado informado no campo específico
“Aviso Prévio Indenizado” e as respectivas verbas rescisórias, quando houver, no campo
“Verbas Pagas na Rescisão”.
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16 de março de 2018
Penalidades pela não entrega da RAIS no prazo legal, no caso de omissão
de informações ou declaração falsa ou inexata
O empregador que não entregar a RAIS ou entregar com erros ou omissões, no
prazo legal, ficará sujeito à multa de R$ 425,64, acrescidos de R$ 106,40 por
bimestre de atraso, contados até a data de entrega da RAIS respectiva ou da
lavratura do auto de infração, se este ocorrer primeiro.
Em caso de autuação, tal valor será acrescido de percentuais, a critério da
autoridade julgadora, na seguinte proporção:
- de 0% a 4% - para empresas com 0 a 25 empregados;
- de 5% a 8,0% - para empresas com 26 a 50 empregados;
- de 9% a 12%- para empresas com 51 a 100 empregados;
- de 13% a 16,0% - para empresas com 101 a 500 empregados; e
- de 17% a 20,0% - para empresas com mais de 500 empregados.
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16 de março de 2018
O empregador que ainda omitir informações ou prestar declaração falsa ou
inexata ficará sujeito, ainda, ao acréscimo de R$ 26,60 por empregado omitido
ou declarado falsa ou inexatamente.
Referido valor será dobrado se o atraso na entrega ou correção do erro ou
omissão ultrapassar o último dia do ano de exercício para entrega da RAIS em
referência (31.12.2018).
Estas multas serão aplicadas em dobro no caso de reincidência, oposição à
fiscalização ou desacato à autoridade.
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16 de março de 2018
Atenção!!!
A lavratura do auto de infração, com a aplicação ou não da multa
correspondente ao atraso, não entrega da RAIS ou entrega com erros ou
omissões, NÃO isenta o empregador da obrigatoriedade de prestar as
informações requeridas pelo Ministério do Trabalho.
Inclusão correta das informações
É de responsabilidade do declarante a inclusão das informações corretas
na RAIS e sua correção antes de efetuar a entrega, para não prejudicar a
empresa (fiscalização e multas) e o empregado no recebimento do
abono salarial, previsto no art. 239 da CF/1988.
O responsável pelas informações deve ter muita atenção e cuidado
quando do preenchimento dos campos específicos.
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16 de março de 2018