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Seminário – Taller Censos 2010 e a inclusão do enfoque étnico No rumo de uma construção participativa com os povos indígenas e afrodescendentes da América Latina Santiago do Chile

Seminário – Taller Censos 2010 e a inclusão do enfoque ... · Raciais. Provedor de informações sociais, de uso amigável, com informações desagregadas para as variáveis cor

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Seminário – Taller

Censos 2010 e a inclusão do enfoque étnicoNo rumo de uma construção participativa com os povos

indígenas e afrodescendentes da América Latina

Santiago do Chile

A experiência do LAESER nos estudos sobre

desigualdades raciais no Brasil

O que vem a ser o LAESER?� Laboratório de pesquisa social aplicada vinculado ao

Instituto de Economia da UFRJ. Criado em 2006� Dedicado ao estudo da evolução das assimetrias de

cor ou raça no Brasil� Dedicado ao desenvolvimento de atividades de

extensão acadêmica, especialmente para o preparo de atores sociais para o uso e interpretação de indicadores sociais

� Ações de pesquisa e extensão com forte base empírica utilizando como ferramenta bases de dados (em seu formato microdados) de pesquisas realizadas por órgãos de governo (IBGE, Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho), onde se encontram indicadores sociais desagregados pela variável cor ou raça

Algumas das iniciativas recentes do LAESER� Desenvolvimento do Fichário das Desigualdades

Raciais. Provedor de informações sociais, de uso amigável, com informações desagregadas para as variáveis cor ou raça, sexo, grupos etários, regiões do país (chegando ao nível dos Municípios)

� Curso de Extensão: Oficina de Indicadores Sociais, ênfase em relações raciais. Curso de 15 horas

� Curso de Extensão: Oficina de Indicadores Sociais, ênfase em relações raciais para Professores da Rede de Ensino; adaptado à Lei 10.639

� Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil, primeira edição, 2007-2008, recém publicada

� Realização de estudos aplicados no tema das assimetrias de cor ou raça no Brasil

www.ie.ufrj.br

Relatório Anual das Desigualdades Raciais, 2007-2008

Estudos do LAESER com a base de dados do Censo Demográfico do Brasil

� BRASIL

� Maior importador de escravizados Africanos das Américas entre os séculos XVI e XIX (40% do total)

� Último país das Américas a acabar com a escravidão

� Abriga a segunda maior população negra do Planeta – 75 milhões de pretos e pardos

Como a variável étnico-racial éindagada nas pesquisas brasileiras

Qual a sua cor ou raça?

� Branca� Preta� Amarela� Parda� Indígena

Portanto, as opções de resposta mesclam dimensões de aparência física com a dimensão étnica

Tabulações LAESER – IE – UFRJ. Fichário das Desigualdades Raciais

Gráfico 1 - Evolução da População Brasileira Segund o os Grupos de Raça/Cor, 1940-2000

-

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

120.000.000

140.000.000

160.000.000

180.000.000

Fonte: Censos Demográficos/IBGE dos respectivos anos (1980 a 2000, microdados). A variável raça/cor da população não foi incluída no questionário do Censo de 1970. Nos Censos de 1940 a 1980 a população indígena estava incluída em pardos

BRANCA 26.171.778 32.027.661 42.838.639 64.540.490 75.705.080 91.298.042

PRETA 6.035.869 5.692.657 6.116.848 7.046.902 7.335.130 10.554.336

PARDA 8.744.365 13.786.642 20.706.431 46.233.466 62.315.804 65.318.092

PRETO & PARDO 14.780.234 19.479.299 26.823.279 53.280.368 69.650.935 75.872.428

AMARELA 242.320 329.082 482.848 672.251 630.652 761.583

INDÍGENA 294.131 734.127

IGNORADO 41.983 108.255 46.604 517.897 534.878 1.206.675

TOTAL 41.236.315 51.944.397 70.191.370 95.305.000 119.011.006 146.815.675 169.872.856

1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000

Evolução da Distribuição Regional da População Tota l

3,7% 3,7% 4,9% 6,8%

31,0% 31,6% 29,2% 29,0%

45,8% 43,8% 43,5% 42,7% 42,7%

15,9% 16,8% 16,0% 15,1% 14,8%

3,5% 7,6%

35,1% 28%

44,4%

13,9%

3,1% 4,2%3,5% 6,3% 6,4% 6,9%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1940 1950 1960 1980 1991 2000

Centro-Oeste

Sul

Sudeste

Nordeste

Norte

Fonte: Censos Demográficos/IBGE dos respectivos anos (1980 a 2000, microdados). A variável raça/cor da população não foi incluída no questionário do Censo de 1970. Nos Censos de 1940 a 1980 a população indígena estava incluída em pardos. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

Fonte: Censos Demográficos/IBGE dos respectivos anos (1980 a 2000, microdados). A variável raça/cor da população não foi incluída no questionário do Censo de 1970. Nos Censos de 1940 a 1980 a população indígena estava incluída em pardos. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

Evolução da Distribuição Regional da População Bran ca

1,8% 1,4% 1,8% 3,0% 4,0%

23,4% 19,8% 14,5% 14,9%

49,8% 50,5% 53,2% 51,9% 49,5%

21,9% 24,4% 24,8% 24,3% 23,0%

2,3%

17%25,0%

49,9%

19,6%

3,1% 3,9% 5,8% 5,8% 6,3%3,1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1940 1950 1960 1980 1991 2000

Centro-Oeste

Sul

Sudeste

Nordeste

Norte

Evolução da Distribuição Regional da População Pret a

4,5%

38,6% 33,2% 32,3%

46,6% 48,8% 51,5% 49,9% 45,0%

6,5% 7,5% 8,5% 9,3% 8,9%

2,2% 1,6% 1,5% 2,2% 6%

46,9% 42,2% 35%

42,3%

5,7%

2,9% 3,1% 3,6% 4,5% 4,0% 5,1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1940 1950 1960 1980 1991 2000

Centro-Oeste

Sul

Sudeste

Nordeste

Norte

Fonte: Censos Demográficos/IBGE dos respectivos anos (1980 a 2000, microdados). A variável raça/cor da população não foi incluída no questionário do Censo de 1970. Nos Censos de 1940 a 1980 a população indígena estava incluída em pardos. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

Fonte: Censos Demográficos/IBGE dos respectivos anos (1980 a 2000, microdados). A variável raça/cor da população não foi incluída no questionário do Censo de 1970. Nos Censos de 1940 a 1980 a população indígena estava incluída em pardos. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

Evolução da Distribuição Regional da População Pard a

10,6% 9,1% 9,7% 11,6%

48,2% 54,6% 49,6% 45,9%

32,5% 27,5% 28,3% 30,5% 32,7%

8,3% 13%

57,9% 42%

28,0%

2,8% 3,6% 3,7% 5,0% 4,6% 4,4%

7,4% 7,8%7,4%5,0%5,2%3,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1940 1950 1960 1980 1991 2000

Centro-Oeste

Sul

Sudeste

Nordeste

Norte

Fonte: Censos Demográficos IBGE, 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

Composição etária da População Brasil

Fonte: Censos Demográficos – IBGE 1940 – 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

1940

População Total (%)

70 ANOS OU MAIS

60 A 70 ANOS

50 A 60 ANOS

40 A 50 ANOS

30 A 40 ANOS

20 A 30 ANOS

10 A 20 ANOS

0 A 10 ANOS

0246810121416 0 2 4 6 8 10 12 14 16

Homens Mulheres

1940

População Branca (%)

70 ANOS OU MAIS

60 A 70 ANOS

50 A 60 ANOS

40 A 50 ANOS

30 A 40 ANOS

20 A 30 ANOS

10 A 20 ANOS

0 A 10 ANOS

0246810121416 0 2 4 6 8 10 12 14 16

Homens Mulheres

Composição etária da População Branca

Fonte: Censos Demográficos – IBGE 1940 – 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

2000

População Branca (%)

70 ANOS OU MAIS

60 A 70 ANOS

50 A 60 ANOS

40 A 50 ANOS

30 A 40 ANOS

20 A 30 ANOS

10 A 20 ANOS

0 A 10 ANOS

0246810121416 0 2 4 6 8 10 12 14 16

Homens Mulheres

Composição etária da População Preta

Fonte: Censos Demográficos – IBGE 1940 – 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

1940

População Preta (%)

70 ANOS OU MAIS

60 A 70 ANOS

50 A 60 ANOS

40 A 50 ANOS

30 A 40 ANOS

20 A 30 ANOS

10 A 20 ANOS

0 A 10 ANOS

0246810121416 0 2 4 6 8 10 12 14 16

Homens Mulheres

2000

População Preta (%)

70 ANOS OU MAIS

60 A 70 ANOS

50 A 60 ANOS

40 A 50 ANOS

30 A 40 ANOS

20 A 30 ANOS

10 A 20 ANOS

0 A 10 ANOS

024681012 0 2 4 6 8 10

Homens Mulheres

Composição etária da População Parda

Fonte: Censos Demográficos – IBGE 1940 – 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

2000

População Pardos (%)

70 ANOS OU MAIS

60 A 70 ANOS

50 A 60 ANOS

40 A 50 ANOS

30 A 40 ANOS

20 A 30 ANOS

10 A 20 ANOS

0 A 10 ANOS

02468101214 0 2 4 6 8 10 12

Homens Mulheres

1940

População Pardos (%)

70 ANOS OU MAIS

60 A 70 ANOS

50 A 60 ANOS

40 A 50 ANOS

30 A 40 ANOS

20 A 30 ANOS

10 A 20 ANOS

0 A 10 ANOS

024681012141618 0 2 4 6 8 10 12 14 16

Homens Mulheres

Adesão a Grupos Religiosos

BRANCOS PRETOS PARDOS AMARELO INDÍGENAS TOTAL COR OU RAÇA

1980 2000 1980 2000 1980 2000 1980 2000 1980 2000 1980 2000

SEM RELIGIÃO 1,2% 4,7% 1,8% 8,5% 1,2% 6,6% 4,5% 8,6% - 12,8% 1,3% 5,7%

CATÓLICAS 87,7% 74,4% 88,1% 69,0% 90,8% 73,0% 68,8% 64,6% - 59,1% 88,7% 73,4%

PROTESTANTE TRADICIONAL 4,5% 5,0% 2,6% 3,7% 2,4% 3,9% 2,6% 3,1% - 6,6% 3,6% 4,5%

PROTESTANTE PENTECOSTAL 3,4% 12,5% 3,8% 15,7% 3,6% 14,7% 0,7% 6,5% - 15,8% 3,5% 13,5%

ESPIRITA KARDEC 1,1% 2,1% 0,6% 1,2% 0,4% 0,8% 0,3% 1,9% - 1,0% 0,8% 1,5%

ESPIRITA AFRO 0,6% 0,3% 1,6% 1,1% 0,5% 0,3% 0,2% 0,2% - 0,5% 0,6% 0,3%

OUTRAS 1,5% 0,9% 1,4% 0,9% 1,1% 0,7% 21,9% 15,1% - 4,1% 1,5% 1,0%

Fonte: Censo Demográfico – IBGE 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

Composição de cor ou raça dos adeptos de grupos religiosos selecionados

Gráfico 6 - Composição Racial dos Adeptos de Prátic as Religiosas Selecionadas

45,5%

55,8%

61,1%

50,9%

76,0%

50,2%

8,7%

5,5%

4,8%

6,8%

4,5%

18,5%

43,4%

37,3%

32,5%

40,9%

18,3%

29,9%

0,7%

0,4%

0,3%

0,2%

0,5%

0,2%

0,7%

0,3%

0,5%

0,6%

0,3%

1,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

SEM RELIGIÃO

CATÓLICAS

PROTESTANTE TRADICIONAL

PROTESTANTE PENTECOSTAL

ESPIRITA KARDEC

ESPIRITA AFRO

Fonte: Microdados da Amostra do Censo Demográfico 2000

BRANCA

PRETA

PARDA

AMARELA

INDIGENA

Indicadores de NupcialidadeTabela 3 - Proporção de Mulheres Solteiras Segundo os Grupos de Cor ou Raça , Brasil , 2000.

PRETA PARDA BRANCA AMARELA INDIGENA TOTAL

15 A 20 ANOS 78,0% 76,3% 79,8% 87,2% 62,9% 78,2%

20 A 25 ANOS 44,9% 40,1% 44,5% 64,4% 29,7% 42,8%

25 A 40 ANOS 21,0% 17,1% 16,2% 27,3% 12,8% 16,9%

40 A 50 ANOS 12,6% 10,3% 8,5% 15,2% 8,6% 9,4%

50 A 65 ANOS 13,2% 11,9% 8,2% 10,5% 10,2% 9,8%

65 ANOS OU MAIS 17,5% 15,3% 9,2% 4,1% 10,5% 11,5%

BRASIL 30,3% 30,2% 26,7% 29,6% 23,3% 28,2%

Fonte: Microdados da Amostra do Censo Demográfico 1980, 1991 e 2000.

Desigualdades de Rendimento Domiciliar Per Capita

Gráfico 7 - Renda Média Domiciliar Per Capita Segun do Cor ou Raça da Pessoa de Referência do Domicílio, Brasil 1 980-2000

836,21688,52 800,25

3759,183531,29

470,54

807,34

866,24718,69

1784,461460,49

1708,34

3279,12

699,25

0,00

500,00

1000,00

1500,00

2000,00

2500,00

3000,00

3500,00

4000,00

1980 1991 2000

Fonte: Microdados da amostra do Censo Demográfico 1980-2000. Em R$ de 2002

PRETA

PARDA

BRANCA

AMARELA

INDIGENA

Rendimento Médio dos Decis

Tabela 5 – Rendimento Médio dos Decis de Rendimento dos Grupo s de Cor ou Raça, Brasil, 2000 Decil BRANCA PRETA PARDA AMARELO INDÍGENA TOTAL

1 182,54 122,19 115,91 278,12 101,84 153,39

2 335,24 221,93 214,80 595,34 194,37 282,71

3 470,95 292,47 280,16 927,12 249,92 388,00

4 622,13 381,70 368,47 1.333,02 338,46 512,19

5 793,17 485,89 467,58 1.834,73 430,21 652,75

6 1.015,15 593,28 571,60 2.461,31 537,95 823,87

7 1.326,82 746,60 721,99 3.238,29 685,83 1.065,45

8 1.836,03 959,97 936,33 4.367,13 906,12 1.445,11

9 2.871,02 1.342,49 1.334,71 6.135,63 1.321,66 2.196,97

10 8.187,93 3.336,57 3.574,48 15.193,32 3.699,98 6.138,92 Fonte: Microdados da amostra do Censo 2000. A preços médios de 2002, deflacionados pelo INPC

Composição de Cor ou Raça dos Decis de Rendimento

Gráfico 8 - Composição Racial dos Decis de Rendimen to Domiciliar Per Capita, Brasil 2000

50,7%

48,4%

47,8%

46,4%

45,3%

43,7%

41,8%

39,1%

35,0%

25,4%

41,5%

44,5%

45,6%

47,3%

48,7%

50,6%

52,9%

56,0%

60,6%

70,9%

0,1%

0,1%

0,1%

0,2%

0,2%

0,3%

0,4%

0,5%

0,8%

1,6%1,9%

3,3%

4,0%

4,5%

5,0%

5,4%

5,7%

6,1%

6,4%

7,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Fonte: Microdados da Amostra do Censo Demográf ico, 2000

PRETA

PARDA

BRANCA

AMARELA

INDIGENA

IGNORADO

Intensidade da Indigência Segundo Metodologias Selecionadas

Tabela 7 - Índice de Indigência de Foster, Greer & Thorbecke e; de Amartya Sen, Segundo os Grupos de Cor ou Raça, Brasil, 1980-2000

P0 P1 P2 Sen Grupos de Cor ou Raça 1980 1991 2000 1980 1991 2000 1980 1991 2000 1980 1991 2000

PRETA 27,3% 37,3% 30,3% 17,0% 20,4% 14,5% 17,6% 22,2% 18,3% 5,2% 7,8% 10,5%

PARDA 33,0% 40,3% 32,7% 19,8% 21,5% 15,6% 20,7% 23,6% 19,7% 6,5% 8,4% 11,3%

BRANCA 13,4% 18,1% 14,3% 8,6% 10,5% 7,0% 8,8% 11,2% 8,8% 2,4% 3,6% 5,1%

AMARELA 5,5% 6,3% 9,0% 3,3% 3,2% 3,7% 3,5% 3,9% 6,0% 1,0% 1,9% 4,0%

INDIGENA 56,9% 45,1% 21,9% 15,2% 34,9% 34,3% 22,1% 23,0%

TOTAL 21,7% 28,6% 22,6% 13,4% 15,7% 10,8% 13,9% 17,1% 13,7% 4,2% 5,9% 7,9% Fonte: Indicadores Construídos a Partir dos Microdados da Amostra dos Censos de 1980, 1991 e 2000

Metodologias de Foster, Greer e Thorbecke (P0, P1 e P2) e de Amartya Sen. A metodologia de cálculo do índice de pobreza e indigência de Foster, Greer e Thorbecke(P0) implica que o percentual de pobres e indigentes corresponda ao próprio percentual de pobreza e indigência de toda população que viva com rendimento médio domiciliar per capita abaixo de algum valor estimado (que no nosso caso foram às linhas regionalizadas do IPEA). O P2 de Foster, Greer e Thorbecke implica na mensuração dos níveis de pobreza de acordo com a sua intensidade. Já o P3 dos mesmos autores, semelhantemente ao Índice de Pobreza de Sen, busca mensurar a intensidade da pobreza, ponderado pelos Coeficientes de desigualdade de rendimento entre os próprios pobres. A descrição metodológica destes indicadores de

mensuração do nível de pobreza e indigência está contido em Hoffman (1998a, 1998b, 2000)

Composição de Cor ou Raça Abaixo da Linha de Indigência

Gráfico 9 - Composição Racial da População Abaixo d a Linha de Indigência

59,8%

32,7%

6,4%7,3% 8,3%

58,5% 55,6%

34,0%33,6%

0,2%0,1%0,1%

0,9%0,4%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

1980 1991 2000

Fonte: Microdados da Amostra dos Censos Demográficos, 1980, 1991 2000 - Linha de Pobreza IPEA

IGNORADO

INDIGENA

AMARELA

BRANCA

PARDA

PRETA

Índice de Desenvolvimento Humano, Brasil - 2000

RAÇA/COR Valor IDH IDHRanking Mundo (2000)

País Referência

BRANCA 0,845 Alto 33-34 Rep Tcheca/Argentina

PRETA 0,717 Médio 99 Jordânia

PARDA 0,725 Médio 96-97 China/Tunísia

NEGRA 0,724 Médio 96-97 China/Tunísia

AMARELA 0,937 Alto 6-7 Estados Unidos/Islândia

INDÍGENA 0,683 Médio-Baixo 110-111 Indonésia/Guiné Equatorial

Total 0,790 Quase-Alto 55-56 Cuba/Bielorússia(*) Esperança de vida população amarela Norte & Nordeste = Centro-Oeste

(**) Esperança de vida população indígena Sudeste e Sul = Brasil

(***) Cálculos da esperança de vida, Juarez C Oliveira & Leila Ervatti; in Paixão (2004)

(****) Brasil Ranking PNUD Internacional ano 2000 = 73a posição; IDH = 0,757

Fonte: Microdados do Censos Demográficos IBGE, 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

IDH 2000 -BRANCOS

Fonte: Microdados do Censos Demográficos IBGE, 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

IDH 2000 -NEGROS

Fonte: Microdados do Censos Demográficos IBGE, 2000. Tabulações LAESER – IE - UFRJ

Reflexões Conclusivas Gerais� Proximidade dos indicadores de pretos e pardos especialmente

quando se trata de dados sobre rendimento domiciliar, educacional, acesso ao mercado de trabalho, IDH; em suma socioeconômicos

� Os indicadores de pretos e pardos não são convergentes quando lidamos com dados como distribuição regional no território, taxa de crescimento demográfico, adesão a grupos religiosos (especialmente os de matriz afrobrasileira), padrões de nupcialidade

� Indicadores dos Indígenas são os piores de todos os grupos investigados. Necessário frisar que os dados incluem os indígenas que vivem nas áreas urbanas

� Tomar cuidado ao supor que serão os indicadores sociais que responderão pelo processo de construção das identidades sociais. Uma coisa é tornar o questionário compreensível, outra é não formatá-lo para o estudo de dinâmicas sociais (práticas discriminatórias fundadas em diversos planos – características físicas, origens culturais, pertencimento a determinados grupos)

Reflexões Conclusivas Gerais� Importância de incluir indicadores desagregados pela

variável cor ou raça nos Censos e no conjunto dos demais indicadores sociais (ampliação dos enfoques, acompanhamento ao longo do tempo)

� Necessário refletir sobre as políticas correspondentes de acesso aos dados, especialmente aos microdados

� Necessário refletir sobre o tema sobre quem irá proceder as análises e abordagens. Necessário que os grupos historicamente discriminados preparem seus próprios quadros para este tipo de estudos

� Os indicadores sociais são uma importante ferramenta de: estudos, denúncias, formulação de políticas, diálogo com a opinião pública, ou seja, mecanismo de empoderamentopolítico

� Não desprezar a dimensão normativa. Estes números devem produzir a vontade política (dos atores sociais e do Estado) no sentido da transformação social

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