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Ilhéus . 2013 Letras . Módulo 5 . Volume 5 SEMINÁRIO TEMÁTICO INTERDISCIPLINAR V O Livro Didático e a Área de Ensino Sylvia Maria Campos Teixeira de Linguagens e Suas Tecnologias

SEMINÁRIO TEMÁTICO INTERDISCIPLINAR Vnead.uesc.br/arquivos/Letras/seminario_tematico_inter...ao marcador e quadro branco, do caderno de anotações aos notebooks ultraportáteis

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Ilhéus . 2013

Letras . Módulo 5 . Volume 5

SEMINÁRIO TEMÁTICO INTERDISCIPLINAR V

O Livro Didático e a Área de Ensino

Sylvia Maria Campos Teixeira

de Linguagens e Suas Tecnologias

Universidade Estadual de Santa Cruz

ReitoraProfª. Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro

Vice-reitorProf. Evandro Sena Freire

Pró-reitor de GraduaçãoProf. Elias Lins Guimarães

Diretor do Departamento de Letras e ArtesProf. Samuel Leandro Oliveira de Mattos

Ministério daEducação

Ficha Catalográfica

1ª edição | Agosto de 2013 | 462 exemplaresCopyright by EAD-UAB/UESC

Projeto Gráfico e DiagramaçãoSaul Edgardo Mendez Sanchez Filho

CapaSaul Edgardo Mendez Sanchez Filho

Impressão e acabamentoJM Gráfica e Editora

Todos os direitos reservados à EAD-UAB/UESCObra desenvolvida para os cursos de Educação a Distância da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC (Ilhéus-BA)

Campus Soane Nazaré de Andrade - Rodovia Jorge Amado, Km 16 - CEP: 45662-000 - Ilhéus-Bahia.www.nead.uesc.br | [email protected] | (73) 3680.5458

Letras Vernáculas | Módulo 5 | Volume 5 - Seminário Temático Interdisciplinar V – O Livro Didático e a Área de Ensino de Linguagens e Suas Tecnologias

T266 Teixeira, Sylvia Maria Campos. Seminário Temático Interdisciplinar V: o livro didático e a área de ensino de linguagens e suas tecnologias / Sylvia Maria Campos Teixeira – Ilhéus, BA : UAB/UESC, 2013. 46f. : il.; anexos (Letras Vernáculas - Módulo 5 - Volume 5 - EAD)

Inclui referências.

ISBN: 978-85-7455-324-5

1. Linguagem e Línguas - Estudo e ensino 2. Livros didáticos. 3. Tecnologia educacional. I. Título. II. Série.

CDD 407

EAD . UAB|UESCCoordenação UAB – UESC

Profª. Drª. Maridalva de Souza Penteado

Coordenação Adjunta UAB – UESCProfª. Dr.ª Marta Magda Dornelles

Coordenação do Curso de Licenciatura em Letras Vernáculas (EAD)

Profª. Dr. Rogério Soares de Oliveira

Elaboração de ConteúdoProfª. Ma. Sylvia Maria Campos Teixeira

Instrucional DesignProfª. Ma. Marileide dos Santos de Oliveira

Profª. Ma. Anabel MascarenhasProfª. Drª. Cláudia Celeste Lima Costa Menezes

RevisãoProf. Me. Roberto Santos de Carvalho

Coordenação de DesignMe. Saul Edgardo Mendez Sanchez Filho

SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................... 15

2. As Novas Tecnologias ................................................................ 15

3. A Literatura e as Novas Tecnologias ............................................ 16

3.1 A Poesia Concreta ......................................................... 17

3.2 Projeto Verbivocovisual .................................................. 22

4. Algumas Análises ...................................................................... 24

5. Sugestões ................................................................................ 31

Últimas Palavras ....................................................................... 33

Atividade .................................................................................. 34

Resumindo ............................................................................... 34

Referências ............................................................................. 34

Anexos

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Caro(a) Estudante,

Hoje, nas cidades, as pessoas convivem facilmente com a Internet. Os cybers cafés são lugares bem frequentados; neles jovens e velhos consultam e-mails, informam-se, postam, baixam programas, escutam, olham.

Alguns serviços se tornaram mais rápidos, como as transações bancárias, os serviços de cartório etc.

É uma revolução! No entanto nem todas as camadas da sociedade têm acesso a toda esta revolução!

Os PCNS apregoam um maior acesso, pois

[...] as novas tecnologias da comunicação e da informação permeiam o cotidiano, independente do espaço físico, e criam necessidades de vida e convivência que precisam ser analisadas no espaço escolar. A tele-visão, o rádio, a informática, entre outras, fizeram com que os homens se aproximassem por imagens e sons de mundos antes inimagináveis (PCNS, p. 24).

Ainda afirmam que

A crescente presença da ciência e da tecnologia nas atividades produ-tivas e nas relações sociais, por exemplo, que, como conseqüência, es-tabelece um ciclo permanente de mudanças, provocando rupturas rápi-das, precisa ser considerada (p. 12).

Assim, é inegável que, nos últimos anos, o surgimento de novas tecnologias da

informação e da comunicação contribuiu para a renovação do ensino em todas as áreas de conhecimento.

Aqui, no nosso caso, vamos tratar do ensino da Língua Portuguesa.Bons estudos!

Sylvia Maria Teixeira

A AUTORA

Profª. Ma. Sylvia Maria Campos Teixeira

Formada em Direito pela Universidade Federal Fluminense. Bacharel e Licenciada

em Letras (Português-Francês) pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Especialista

em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC -

MG). Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Atua nas seguintes áreas: Análise do Discurso, Literatura, Estudos Culturais e de Gêneros,

Língua e Literatura Francesa.

E-mail: [email protected]

DISCIPLINA

SEMINÁRIO TEMÁTICO INTERDISCI-PLINAR V – O LIVRO DIDÁTICO E A ÁREA DE ENSINO DE LINGUAGENS E

SUAS TECNOLOGIAS

EMENTA

Profª. Ma. Sylvia Maria Teixeira

Análises críticas de livros didáticos voltados para a área de ensino de linguagens, códigos e suas tecnologias.

CARGA HORÁRIA: 15 horas

Neste Seminário, o aluno deverá ser capaz de:

• compreender as relações interdisciplinares entre linguagem literária e tecnologias;

• desenvolver habilidades de leitura de novos códigos das tecnologias de comunicação.

A POESIA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

1 INTRODUÇÃO

Inicialmente, vamos rever quais recursos tecnológicos colaboram no ensino-aprendizagem. Em seguida, ler e compreender alguns textos de Poesia, desde a concreta até a eletrônica.

2 AS NOVAS TECNOLOGIAS

De acordo com Parcianello e Konzen (s/d), “toda e qualquer

forma de comunicação que complementa a atividade do professor pode ser considerada como ferramenta tecnológica na busca pela excelência no processo ensino-aprendizagem”. Mais adiante, eles afirmam que o livro didático também é uma tecnologia, porém ultrapassada. Isto porque utilizar apenas o livro didático é redutor, as aulas se tornam automáticas e o aprendizado passivo. Aqui não podemos esquecer de que nossos alunos estão sujeitos, a todo o momento, às novas tecnologias: rádio, televisão, Internet etc. As escolas, paulatinamente, vão se aparelhando e modificando os currículos para a inclusão de professores e alunos no mundo das mídias.

Alguns autores como Nakashima e Amaral (2007), Santana (2008), Moran, Masetto e Behrens (2013), Fonseca (2011) têm pesquisado sobre as diversas tecnologias utilizadas em sala de aula e na educação em geral, inclusive no Ensino a Distância. Eles dividem os suportes tecnológicos em recursos físicos e recursos virtuais.

De forma bem simples, podemos elencá-los: Recursos físicos:- Tv e DVD.- Data show.- Quadro digital.

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- Computador.- Retroprojetor.- Aparelho de som. Recursos virtuais:- Internet.- Chats.- Blogs.- E-mail.- Moodle.- Redes sociais.

Como afirma Silva (2009, p. 117),

Estas tecnologias, de uma forma ou de outra, acabam se fazendo presentes na escola. Do giz e do quadro-negro ao marcador e quadro branco, do caderno de anotações aos notebooks ultraportáteis com seus programas de edição de texto, do ábaco à calculadora, do livro de texto à informação disponibilizada on-line, sempre houve evolução.

Quando falamos em explorar som, imagem, movimento, podemos pensar em Literatura e, em especial, na Poesia.

No item seguinte, você vai ver como funciona a Literatura e as Novas Tecnologias.

3 A LITERATURA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

A Literatura e as Novas Tecnologias sempre estiveram pari passu. Um grande exemplo foi a invenção da imprensa, que permitiu a divulgação das obras literárias, levando o conhecimento para todos. Contudo é a Poesia que mais se aproveitou das tecnologias. Temos hoje a poesia com movimentos, sons e imagens: Videopoesia e Holopoesia.

São novas criações, novas liberdades.

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3.1 A Poesia Concreta

Segundo Aguilar (2005), o projeto da poesia concreta se engaja num processo de redução da linguagem e sua materialidade: o visual – o ideograma.

Em 1455, o inventor alemão Johannes Gutemberg criou uma das maiores contribuições para o mundo moderno. A “imprensa”, como ficou conhecida a invenção de Gutemberg, passou a influenciar a produção e divulgação de conhecimento, contribuindo para um maior desenvolvimento não apenas da produção literária na Europa, mas da metalurgia e da produção de papel.

Fonte: http://www.soliteratura.com.br/curiosidades/invencao_imprensa/

Fonte: http://www.poesiaconcreta.com

Fonte: Domínio público

A Invenção da Imprensa

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Apollinaire, com Caligrammes, sem dúvida, iniciou uma primeira tendência da poesia visual (CALVET, 1966). Em seu poema – Il pleut [Chove] – veja como as letras se apresentam sob a forma de linhas semidiagonais para representar a chuva (POEMA 1).

POEMA 1

Fonte: http://www.rhizome.org

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A partir da década de 1950, a Poesia Concreta é publicada em diversos países. No Brasil, em 1953, Augusto de Campos escreveu Poetamenos, publicado no nº. 2 da revista Noigandres (ZANINI, 1983).

No poema 2, que faz parte de Poetamenos, veja o espaçamento entre letras e palavras, mostrando o arredondamento do “ovo”. A utilização de palavras de grafia e sons semelhantes encerra um grande jogo paronomástico.

Guillaume Apollinaire (1880-1918), escritor e crítico de arte, escreveu o manifesto Cubista e foi o criador do termo “surrealismo”.

Principais obras:

- Alcools. - Caligrammes Fonte: http://www.etudes-litteraires.com/apollinaire.php

Fonte: http://www.3ammagazine.com

Quem foi Guillaume Apollinaire

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De acordo com Pignatari (1982),

A poesia concreta é a primeira grande totalização da poesia contemporânea, enquanto poesia ‘projetada’ – a única poesia conseqüente de nosso tempo. [...] A poesia concreta vai dar, só tem de dar, o pulo conteudístico-semântico-participativo. [...] É preciso jogar os dados novamente (s/p).

Portanto a Poesia Concreta é experimentalista, sem o uso do verso tradicional e valorização da palavra solta. Castello (1999) acrescenta que:

Recorrem à linguagem dos cartazes, ao ideograma chinês, às artes plásticas, donde a importância da disposição das palavras em função do espaço em branco, do jogo de sílabas dos vocábulos usados na formação de novos signos, da utilização do desenho que se faz a partir da sua decomposição e da cor, enquanto incorporam uma temática social (p. 437).

É uma poesia para ser vista e lida.

POEMA 2

Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br

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Fonte: http://www.gramatologia.blogspot.com

Quem é Augusto de Campos

A revista Noigandres foi criada por Augusto de campos, Haroldo de Campos e Décio Pigna-tari.

- Leia sobre seu signi-fi cado em www.anto-niomiranda.com.br/.../noigandres_origem_e_signifi cado.htm

leitura recomendada

Augusto Luís Browne de Campos (1931-), poeta, tradutor, en-saísta, crítico de literatura e música, junto com seu irmão, Ha-roldo de Campos, e Décio Pignatari, deu início ao movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil, e lançou a revista literária Noigandres, origem do Grupo Noigandres.

Principais obras:

Poesia: - Antologia Noigandres (1962). - Linguaviagem (1970). - Equivocábulos (1970). - Calidouescapo (1971) - Despoesia (1979-1993). - Poesia é risco – CD-livro (1995). - Não poemas – CD de clip poemas (2003).

Ensaios Diversos: - Re/Visão de Sousândrade (1964). - Teoria da Poesia Concreta (1965). - Guimarães Rosa em três dimensões (1970). - Música de invenção (1998).

Fonte: http://www.releituras.com/adecampos_menu.asp

Fonte: http://armonte.wordpress.com/tag/augusto-de-campos/

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3.2 Projeto Verbivocovisual

Com o advento da tecnologia, temos a passagem da poesia concreta para a poesia tecnológica. O computador foi uma forma bem eficaz para a criação da Poesia Visual-Cinética. A mudança de suporte – passagem do papel para a tela do computador – levou a poesia a uma nova dimensão com a introdução do som, do movimento e da imagem. As relações entre poesia e computador são bem originais, porque permitem uma interação entre autor e leitor. Institui-se uma fusão entre os atos da leitura e da escritura que a utilização do computador pode permitir. É, portanto, uma nova arquitetura de leitura que envolve a noção de design, e traz um diálogo pluralista, contando com a intervenção do público-leitor. Desloca-se o código culto da Literatura para inseri-lo em enunciados compostos por elementos discursivos da mídia.

O poema em suporte digital surpreende o leitor. Veja, por exemplo, no poema ininstante (1999), de Augusto de Campos, basta um clique do mouse para embaralhar as letras e formar novas palavras. Experimente! Está disponível no site http://www2.uol.com.br/augustodecampos/ininstante.htm. Você também pode ler/ver/ouvir o poema Beba Coca-Cola, de Décio Pignatari, em http://www.youtube.com/watch?v=JrKG0xfPLj0.

Você vai ver que a Poesia tenta fugir de sua condição de ícone. É uma poesia feita para olhares e ouvidos apressados, para o flâneur, que percorre a cidade, apenas com lampejos de atenção.

No Brasil, a nova forma de fazer poesia teve uma enorme aceitação; as primeiras experiências se iniciam na década de 1970, no Rio de Janeiro.

Pignatari e Pinto (1975) publicaram um estudo sobre a aplicação das Novas Tecnologias na Literatura. Cordeiro, em 1971, escreveu um manifesto – Arteônica: Eletronic Art – em que afirma que as mídias eletrônicas podem diversificar a informação e levar a arte a um maior número de pessoas. Ele assegura que

A obsolescência do sistema de comunicação da arte tradicional reside na limitação de consumo implícita na natureza do meio de transmissão. O número limitado de fruidores possíveis, os custos elevados, a área de aten-dimento e as dificuldades técnicas do sistema de co-

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municação da arte tradicional estão aquém da demanda cultural quantitativa e qualitativa da sociedade moderna (Disponível em: http://www.visgraf.impa.br/Gallery/waldemar/catalogo/arte.htm).

A partir daí, começa a aparecer uma nova Literatura. As denominações são diversas: eletrônica, cibernética, tecnológica, midiática. Termos são inventados continuamente. Inclusive algumas poesias não utilizam mais palavras, somente imagens e sons. Não importa! É uma nova forma original e inovadora das pesquisas poéticas contemporâneas.

Conforme Donguy (2007), Melo Castro, poeta português, foi, talvez, o primeiro a produzir um videopoema: Roda Lume. Você pode ver/ouvir o poema em www.youtube.com/watch?v=_85kccMsaJA. Donguy (2007) descreve Roda Lume como um vídeo em preto, feito a partir de formas geométricas e de letras desenhadas previamente à mão que, em seguida, são gravadas com uma câmera.

Quem é Melo Castro

E. M. de Melo e Castro é um nome consagrado na poesia visual e experimen-tal, atuante em Portugal e no Brasil onde já publicou uma série considerável de títulos tanto de poemas como de teoria e crítica literárias. Os poemas destes livros foram compostos entre 2003 e 2010, em Lisboa, Porto, Algarve e São Paulo. Edição primorosa, caprichosa, inventiva. Foi pioneiro no uso do computador nas suas composições poéticas, em infopoemas.

Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/e_m_de_melo_cas-tro.html

Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/e_m_de_melo_castro.html

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Outro importante poeta é Arnaldo Antunes. Ele trabalha o poema, explorando toda sua carga semântica, visual e sonora. Em 1995, na VI Jornada Nacional de Literatura em Passo Fundo – RS, Pignatari afirmou que “hoje o Arnaldo faz a Poesia Concreta de ponta e utiliza o que nós queríamos. Ele consegue concretizar o que estava na teoria por ter recursos para tal” (apud MODRO, 1996, p. 113).

4 ALGUmAS ANáLISES

É difícil fazer análise dos poemas, porque estão em vídeo, mas todos os links estão disponíveis.

No poema 3, a cor do título e a disposição das palavras no papel remetem a uma ferida: palavras cortadas, enunciados fragmentados. É a ferida de um amor que se acabou. Até o 13º verso é o amor em plenas

Quem é Arnaldo Antunes

Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho nasceu em São Paulo, em 1960. É músi-co, poeta, compositor e artista visual. Sua obra se compõe de livros, álbuns de vídeo, videografia.

Fonte: http://www.revistamovinup.com

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“flor” / “cor”, é o “rir” feliz. Os versos seguintes falam sobre o fim do amor: “rói” / “cai” / “dói”. É uma oposição semântica e fonética.

Neste poema, cabem diversas leituras. Você também pode lê-lo de baixo para cima: do fim do amor ao seu início.

Ferida

Augusto de Campos

Fonte: http://www.releituras.com/adecampos_menu.asp

Em Dentro, poema 4, há todo um movimento para o centro: alternância dos fonemas /d/ e /c/. No vídeo (disponível em: http://letras.mus.br/arnaldo-antunes/91596/) aparece uma endoscopia. Assim, este ir dentro de uma pessoa é um real adentramento do ser humano.

POEMA 3

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POEMA 4

Fonte: http://www.arnaldoantunes.com.br/sec_livros_view.php?id=4&texto=33

O poema 5 é uma frase desconstruída, sem verbos, como um ideograma. Esta desconstrução nos possibilita duas leituras: “sou todo sol” ou “sou todo solo”. O pode ser um ponto final ou um /o/.

Fonte: http://arnaldoantunes.blogspot.com.br/2010/08/sol-to.html

POEMA 5

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O poema 6 – Pulsar – tem como tema uma mensagem cósmica que está sendo enviada a distância “de anos-luz”.

Lembre-se de que “pulsar”, no dicionário, pode significar:- s.m. Astronomia. Fonte de radiação radioelétrica, luminosa, X

ou gama, cujas emissões são muito breves (aprox. 50 milissegundos) e que se repetem a intervalos extremamente regulares (de alguns milissegundos a alguns segundos). Os pulsares receberam este nome por causa de suas pulsações de rádio altamente rítmicas. O intervalo entre as pulsações varia de 3/100 de segundo a quase 4s.

- v. intr.Ter ou mostrar pulsação = bater, latejar, palpitar, tocar, agitar.

Há uma referência tanto ao cosmo como ao desejo (palpitar) ou mesmo (bater o coração) pelo outro.

Os ícones e são empregados no lugar das vogais /e/ e /o/, e eles aumentam ou diminuem de tamanho a cada linha, dando-nos a ideia de distanciamento ou proximidade dos enunciadores. Santaella (1986) os analisou assim:

Os dois ícones percorrem em movimento contrário as linhas do poema, até se encontrarem e se desencontra-rem na palavra oco e/ou eco. Caetano diz-canta o po-ema em três alturas, num intervalo de nona, a nota mais grave reservada para o O, a mais alta para o E, a inter-mediária para as sílabas com outras vogais. O resultado é uma música-código [...] que capta toda a estranheza da mensagem: o “stelegrama” latejante de um pulsar-poeta (SANTAELLA, 1986, p. 23).

Caetano Veloso gravou Pulsar, mas o poema deve ser lido para a recuperação visual do mesmo.

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POEMA 6

Fonte: http:// www.chacara.wordpress.com

ONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA EM MARTE OU ELDORADO ABRA A JANELA E VEJA O PULSAR QUASE MUDO ABRAÇO DE ANOS LUZQUE NENHUM SOL AQUECE E O ECO (OCO) ESCURO ESQUECE

Fonte: http:// http://www.youtube.com/watch?v=BfO6r1t0E9Q

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O poema 7 pode ser lido de cima para baixo ou de baixo para cima, não importa a ordem, ele nos traz a imagem da solidão do ser humano na contemporaneidade.

Você vai ver que, no vídeo, o poeta está em um quarto pequeno e fechado, com as paredes rabiscadas. Ele está preso dentro de sua própria solidão, quando, principalmente, anda de um lado para o outro, como que perdido.

Eu sóQuando estar sozinho

Ficar sozinhoE só

Ficar sozinhoQuando estar sozinho

Fonte: http://letras.mus.br/arnaldo-antunes/274198/

O poema 8 é uma frase que desnorteia quem a lê. É um pequeno enunciado, mas que pede tempo ao transeunte para entendê-lo. Primeiro, o leitor pode pensar: “isto não tem sentido!”. Mas, logo depois, pensa: “isto realmente significa algo!”. O intervalo entre estranheza e compreensão acontece porque, como afirma Augé (1994):

Todas as interpelações que emanam de nossas estradas, centros comerciais ou vanguardas do sistema na esquina de nossas ruas visam simultânea e indiferentemente a cada um de nós, (‘Obrigado por sua visita’, ‘Boa viagem’, ‘Grato por sua confiança’), qualquer um de nós: elas fabricam o ‘homem médio’ [...] (p. 92).

POEMA 7

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Projection, Rio de Janeiro, 1999. Fonte: http://www.designboom.com

Eu mordo, projetado no Rio de Janeiro, suporta algumas leituras. Entre elas, se pensarmos na sinonímia de “morder”, chegamos a “abocanhar”, “corroer”, “atormentar”, “desesperar-se” etc. Assim, com um simples enunciado, a poetisa expõe o que está sempre presente nos noticiários sobre o Rio de Janeiro: assaltos, assassinatos, sequestros.

Se “eu mordo” – ou sou mordido(a) – “eu me desespero” ou “desespero alguém”.

POEMA 8

Jenny Holzer e os Holopoemas

Jenny Holzer (1950-) nasceu em Ohio, estudou Artes e co-meçou com pinturas abstratas. Tornou-se conhecida por suas iluminações de prédios e es-paços públicos, seus anúncios luminosos produzidos com LED (Light Emitting Diode). Holzer projeta seus holopoemas nos painéis de diodos de diversas cidades.

Fonte: http:// http://arteseanp.blogspot.com.br/2012/03/jenny-holzer-artista-conceitual.html

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SUGESTÕES

O livro didático sempre vai servir de base para o estudo dos alunos, mas o professor pode explorar, em sala de aula, alternativas, enfatizando as novas tecnologias e aproveitando as propostas do livro para inseri-las no letramento digital.

Você pode, de diversas formas, trazer as tecnologias para a sala de aula. No caso da leitura, qualquer um dos aparelhos tecnológicos (vídeo, data show) ajuda cada vez mais, porque o uso de meios digitais, nas salas de aulas, mostra aos estudantes as diferenças existentes em cada uma das linguagens que utilizamos. Por exemplo, as diferenças de leituras entre um livro digital e um impresso. No livro digital, podem ser explorados som, imagem e movimento simultaneamente.

Na produção de textos, você pode utilizar os gêneros digitais: e-mail, blog, chats (MARCUSCHI; XAVIER, 2010). Aqui também os alunos exercitarão as diversas produções do discurso.

Você vai ver que, apesar de a maioria dos alunos utilizar o e-mail para se comunicar com os colegas e amigos, eles não conhecem as outras finalidades desse recurso virtual. Então é preciso trabalhar com eles as outras possíveis motivações do e-mail: entrar em contato com alguma empresa, escrever para os professores etc.

Explore com seus alunos as diversas linguagens, o que permitirá uma prática mais proficiente da utilização desses recursos em sala de aula.

Peça que eles pesquisem, na Internet, sobre determinado assunto: Romantismo, Tropicalismo, Conjunções etc. São muitos os assuntos para serem abordados em uma aula de Língua Portuguesa. Mas tome alguns cuidados:

1 Não peça uma pesquisa sobre assuntos genéricos. Faça subdivisões como, por exemplo, se for uma pesquisa sobre o Romantismo, divida a turma em grupos, cada um pesquisando sobre um aspecto do Romantismo: nacionalismo, indianismo, amor etc.

2 Não se limite a propor o assunto, dividir os grupos e dar uma nota. Participe com eles da pesquisa. Faça com que eles aumentem seus

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conhecimentos.Demo (1992) assegura que

A pesquisa na escola é uma maneira de educar e uma es-tratégia que facilita a educação [...] e a consideramos uma necessidade da cidadania moderna. [...] Educar pela pes-quisa é um enfoque propedêutico, ligado ao desafio de construir a capacidade de reconstruir, na educação bási-ca e superior [...]. A pesquisa persegue o conhecimento novo, privilegiando com seu método, o questionamento sistemático crítico e criativo (p. 2).

Há muitos outros modos de utilização das Novas Tecnologias em sala de aula; o importante é que você saiba como utilizá-las. Encontrei na Internet estas dicas e repasso para você.

Nove dicas para usar bem a tecnologia

O INÍCIO Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

O FUNDAMENTAL Familiarize-se com o básico do computador e da Internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.

O ESPECÍFICO Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.

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A AMPLIAÇÃO Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (Programa de Inclusão Digital do MEC) são boas opções.

O AUTODIDATISMO A Internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.

A RESPONSABILIDADE Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

A SEGURANÇA Discutir precauções no uso da Internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

A PARCERIA Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml

ÚLTImAS PALAVRAS

É prazeroso trabalhar com as Novas Tecnologias em sala de aula. Entretanto é preciso ter em mente as finalidades do uso dos recursos tecnológicos. Devemos levar em conta: objetivos, planejamento, estratégias didáticas e avaliações, e, também as palavras de Santos (2007)

[...] integrar a escola à vida não passa por aparelhamento puro e simples, e, sim, primeiramente pelo elemento hu-mano que desenvolverá um projeto educacional que pos-sibilite ao aluno articular o aprendizado ao seu cotidiano, estabelecendo relações, questionando, interagindo. Para

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isso, não bastam máquinas. É preciso professores bem preparados. É preciso, sim, que o educando tenha acesso aos modernos meios de comunicação e informação, mas, principalmente, que tenha repertório e direção para ma-nipulá-los e compreendê-los em suas múltiplas facetas. E tudo isso só será possível se o educador também estiver suficientemente motivado e instrumentalizado para ser-vir como condutor do processo de aprendizagem, tro-cando informações com seus alunos, ensinando e apren-dendo com eles (p. 32).

Em grupo, organize uma aula, utilizando uma das Novas Tecnologias. Não se esqueça do planejamento, de acordo com o tempo de aula, e dos objetivos.

Neste Seminário, você refletiu sobre o diálogo entre a Literatura e as Novas Tecnologias, o que leva a novas leituras com a introdução do som, do movimento, e da imagem no texto.

AGUILAR, Gonzalo. Poesia Concreta Brasileira: as Vanguardas na Encruzilhada Modernista. São Paulo: Edusp, 2005.

ANTUNES, Arnaldo. Nome. São Paulo: BMG, 1993. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=cb-wRyhvdyU.

AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. São Paulo: Papirus, 1994.

CALVET, Jean. Manuel Illustré d’Histoire de la Littérature Française. 27. ed. Paris: J. De Gigord, 1966.

REFERÊNCIAS

ATIVIDADE

RESUMINDO

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CASTELLO, José Aderaldo. A Literatura Brasileira: Origens e Unidade (1500-1960) – volume II. São Paulo: Edusp, 1999.

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Suas anotações

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ANEXOS

HOLOPOEmAS DE EDUARDO KAC

Fonte: http://www.ekac.org

Eduardo Kac nasceu no Rio de Janeiro, em 1961, vive atualmente em Chicago. Lançou seu primeiro holopoema em 1983. Escreveu diversos artigos em jornais – O Globo, Folha de São Paulo e Jornal do Brasil – sobre arte eletrônica, literatura e cultura de massa.

Alba, o Coelho Fluorescente

Módulo 5 I Volume 5UESC 41

HOLO/OLHO

Abracadabra

EADLetras Vernáculas

Seminário Temático Interdisciplinar VO Livro Didático e a Área de Ensino de Linguagens e Suas Tecnologias

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Poesia Corporal

Fonte: http://al-dante.org/WordPress3/art-contemporain/kac-eduardo-histoire-naturelle-de-lenigm/

Módulo 5 I Volume 5UESC 43

HOLOPOEmAS DE JENNY HOLZER

Writing on walls by night, 2003. Veneza.Fonte: http://arteseanp.blogspot.com.br/2012/03/jenny-holzer-artista-conceitual.

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EADLetras Vernáculas

Seminário Temático Interdisciplinar VO Livro Didático e a Área de Ensino de Linguagens e Suas Tecnologias

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Suas anotações

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