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ABERTURA Durante o ano de 2012 foram dadas como insolventes 960 famílias residentes no distrito de Setúbal, um aumento de 750 por cento relativamente à variação de 2011. Estes dados, divulgados pelo Instituto Informador Comercial, reflectem bem a dimensão da chegada da austeridade da Troika e do Governo à região. O fenómeno ajuda também a explicar o brutal aumento de pedidos de ajuda que têm chegado à maioria das instituições de solidariedade a operar no terreno. «A maior parte das pessoas tinham as suas contas controladas relativamente aos encargos assumidos, mas o desemprego foi galopante», assume Eugénio Fonseca da Cáritas Diocesana de Setúbal, que está a preparar um plano para ajudar à criação de empresas do tipo familiar destinadas a este tipo de situação. Retrato negro confere a falência de 960 famílias na região em 2012 Costa da Caparica ao rubro contra fim do ensino secundário na localidade Hospital de Setúbal já perdeu metade dos seus oftalmologistas Desporto O que valia o nosso futebol na época dourada 13 Cultura Musical Americano no Montijo 12 Pub. ACTUAL Cerca de 1700 pais estão em luta contra a agregação das escolas daquele agrupamento à secundária do Monte da Caparica. A manifestação desta quarta-feira obrigou as forças policiais a rebentarem as correntes que haviam sido colocadas nos portões dos estabelecimento de ensino. Os pais reclamam que a maioria das famílias não têm condições financeiras para garantir a deslocação dos seus filhos até à localidade vizinha. A situação de contestação arrefeceu por enquanto, com a manifestação de diálogo das entidades ligadas ao ensino na região. Devido à fase do ano escolar, a maioria dos alunos já voltaram às aulas mesmo fora de portas. ÚLTIMA Dos 14 médicos de Oftalmologia que operavam no Hospital S. Bernardo, em Setúbal, restam apenas seis. Uma razia que ocorreu nos últimos dois anos. A denúncia é de David Martins, um dos principais clínicos da região e do país ao nível desta especialidade. O médico defende protocolos com outros hospitais da região. PÁG. 4 PÁG. 6 Actual Carnaval prepara região para a festa 5 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 747 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 26.Janeiro.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Autárquicas 2013 Dossier sobre as primeiras candidaturas conhecidas à corrida eleitoral de Outubro PÁGS. 8 e 9 PORTO DE SINES BATEU TODOS OS RECORDES EM 2012, TENDO MOVIMENTADO 28,6 MILHÕES DE TONELADAS. AS EXPORTAÇÕES CRESCERAM 27 POR CENTO. Candidatura da Arrábida a património da Unesco vai dar entrada em Paris até 1 de Fevereiro PÁG. 14 Fotos: DR

Semmais 26 de Janeiro

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Edição 26 de Janeiro 2013

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Page 1: Semmais 26 de Janeiro

ABERTURA Durante o ano de 2012 foram dadas como insolventes 960 famílias residentes no distrito de Setúbal, um aumento de 750 por cento relativamente à variação de 2011. Estes dados, divulgados pelo Instituto Informador Comercial, reflectem bem a dimensão da chegada da

austeridade da Troika e do Governo à região. O fenómeno ajuda também a explicar o brutal aumento de pedidos de ajuda que têm chegado à maioria das instituições de solidariedade a operar no terreno. «A maior parte das pessoas tinham as suas contas controladas relativamente

aos encargos assumidos, mas o desemprego foi galopante», assume Eugénio Fonseca da Cáritas Diocesana de Setúbal, que está a preparar um plano para ajudar à criação de empresas do tipo familiar destinadas a este tipo de situação.

Retrato negro confere a falência de 960 famílias na região em 2012

Costa da Caparica ao rubro contra fim do ensino secundário na localidade

Hospital de Setúbal já perdeu metade dos seus oftalmologistas

DesportoO que valia o nosso futebol na época dourada

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CulturaMusical Americanono Montijo

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Pub.

ACTUAL Cerca de 1700 pais estão em luta contra a agregação das escolas daquele agrupamento à secundária do Monte da Caparica. A manifestação desta quarta-feira obrigou as forças policiais a rebentarem as correntes que haviam sido colocadas nos portões dos estabelecimento de ensino. Os pais reclamam que a maioria

das famílias não têm condições financeiras para garantir a deslocação dos seus filhos até à localidade vizinha. A situação de contestação arrefeceu por enquanto, com a manifestação de diálogo das entidades ligadas ao ensino na região. Devido à fase do ano escolar, a maioria dos alunos já voltaram às aulas mesmo fora de portas.

ÚLTIMA Dos 14 médicos de Oftalmologia que operavam no Hospital S. Bernardo, em Setúbal, restam apenas seis. Uma razia que ocorreu nos últimos dois anos. A denúncia é de David Martins, um dos principais clínicos da região e do país ao nível desta especialidade. O médico defende protocolos com outros hospitais da região.

PÁG. 4

PÁG. 6

ActualCarnaval prepara região para a festa

5www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 747 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 26.Janeiro.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Autárquicas

2013

Dossier sobre as primeiras

candidaturas conhecidas

à corrida eleitoral de

Outubro

PÁGS. 8 e 9

PORTO DE SINES BATEU TODOS OS RECORDES EM 2012, TENDO MOVIMENTADO 28,6 MILHÕES DE TONELADAS. AS EXPORTAÇÕES CRESCERAM 27 POR CENTO.

Candidatura da Arrábida a património da Unesco vai dar entrada em Paris até 1 de Fevereiro

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ABERTURA

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960 famílias faliram na região em 2012

Os dados oficiais retratam os efeitos da austeridade no distrito de Setúbal desde que

a troika se instalou em Portugal. 960 famílias faliram em 2012 – pessoas que deixaram de ter rendimentos para pagar os seus créditos – tendo o número de insolvências quadru-plicado nos últimos dois anos. A região somava 400 falências de pessoas singulares em 2011, tendo ficado abaixo de 250 em 2010, de acordo com os números divul-gados pelo Instituto Informador Comercial (IIC). O presidente da Cáritas afirma ao Semmais não estar surpreendido com estes valores.

As 960 famílias que tinham pedido insolvência até final do ano passado tinham pedido nos distrito de Setúbal representaram um aumento equiva-

lente a 750% relativamente à variação anual (entre 2011 e 2012) desde que a troika entrou em Portugal.

O fenómeno ajuda a explicar, por exemplo, o brutal aumento de pedidos de ajuda que têm chegado ao Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA), em Azeitão, que já estão a fazer a recolha da comida que diariamente sobra nos restaurantes da região para alimentarem 75 famílias comprova-damente carenciadas, segundo Sara Almeida, a assistente social da CASA.

Esta instituição, que tem hoje uma loja social, para quem precisa de roupa e calçado, está a apostar num acompanhamento personali-zado de cada utente, a quem não falta acompanhamento psicológico e apoio na procura ativa de emprego, através de formação a desemprego para o tentar recolocar no mercado de trabalho. «É fundamental, para tornar a pessoa autó-noma, que se trabalhe num projeto de vida, ensinando-a, por exemplo e fazer um currículo e a e n v i á - l o » , sublinha Sara Almeida.

Cáritas cria planode criação de empresas

A frieza dos números que retratam as dificuldades em que a região mergulhou não apanha despreve-nido o presidente da Cáritas, Eugénio da Fonseca, que não hesita em atri-buir o fenómeno ao desemprego e ao endividamento das famílias alen-tejanas.

«A maior parte das pessoas tinha as suas contas controladas, relativamente aos encargos assu-midos, mas esta situação de auste-ridade que se abateu deixou as famílias em grandes dificuldades»,

explica Eugénio da Fonseca, que já propôs um plano de criação de próprio emprego para abranger os três distritos alentejanos, acre-ditando ser a saída mais fácil contra a crise para pessoas que dificil-mente voltarão a trabalhar por conta de outrem.

O mesmo dirigente defende ainda que as famílias estão perante uma consequência evidente de que «há uma desproporcionalidade muito grande entre a distribuição do sacri-fício que está a ser exigido», recor-dando como há largos anos vinha, classificando a população como «pobres a crédito».

«Estamos a falar de pessoas que assumiram encargos solicitados por regras incontroladas de consumo e agora perderam o controlo sobre os seus orçamentos, atingindo situ-ações de grande fragilidade e inse-

gurança, porque até deixaram de ser titulares dos parcos recursos de que ainda dispõem», acrescenta,

admitindo que a situação pode conhecer agrava-mentos em 2013, perante o

aumento da carga fiscal. C o n t u d o , aguarda que

o facto de o Governo ter pedido o alargamento do cumprimento do memorando venha a suavizar os impostos.

Retrato negro no distrito desde que a troika se instalou

O rácio de insolvências das famílias quadriplicou nos últimos dois anos, um aumento de 750 por cento. A situação arrasta-os para a carência total.

Roberto Dores

Consequências de abrir falênciaUma família pode demostrar estar numa situação económica difícil, quando deixa de cumprir as obrigações vencidas ou se encontra numa situação iminente de deixar de conseguir cumprir os empréstimos contratados. As consequências de uma família abrir falência, passa pela privação dos poderes de administração dos seus bens penhoráveis, tendo o dever de se apresentar em tribunal e de colaboração com órgãos de insolvência, entregando documentos relevantes para o processo, respeitando ainda a residência fixada na sentença. Os bens pessoais são aprendidos à ordem do administrador de insolvência sendo afectados todos os bens susceptíveis de penhora.

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EspaçoPúblico

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Tenho esperança de que estes tempos conturbados, em que o mundo financeiro se sobrepôs, de forma abrupta, ao universo da política, possam desvanecer-se aos poucos. Nos dias que correm é difícil descortinar, de forma consciente, quais as perdas de liberdade que o actual momento está a fabricar.

Um país à mercê do estrangeiro, da dívida, das decisões anacrónicas de uma Europa cada vez mais escavacada não pode erguer essa bandeira com a limpidez que se impunha. Bem como um pai de família sem emprego e sem meios para sobreviver não pode ser livre.

Mas são os laivos de soberba e de autoritarismo que me incomodam. E há tantos e tantos exemplos nesta cruzada ideológica que sustentam a política no eixo ocidental.

Costumo dizer aos meus filhos que a liberdade é um valor inalienável para o bem da vida. Sem ela, conquistada e com responsabilidade, ninguém pode ter plenos direitos. É uma vida menor, uma meia vida.

Ter instrução e adquirir conhecimentos é vital, não se deixar subjugar por nada nem por ninguém é determinante. Mas para isso é preciso ter comida na mesa e trabalho. E estas condições, actualmente, não dependem, em exclusivo de cada um de nós.

E quando lembro os tempos feudais, a opressão religiosa, os fanatismos, as ditaduras e as oligarquias políticas, retomo a dose de vigilância que importa acautelar. Os tempos futuros não podem ser hipotecados e as novas conquistas de progresso dependerão sempre do que cada um de nós deixar fazer.

A liberdade tácita...

O SEMMAIS publicou na edição da semana passada uma notícia dando conta da eventual candidatura do fotó-grafo Carlos Sargedas como indepen-dente à Câmara de Sesimbra nas elei-ções autárquicas. Na mesma notícia, absolutamente confirmada e recon-firmada pelas fontes do Semmais, demos conta de eventuais contactos do PSD e do PS com o putativo candi-dato. Este facto, que não é o enfoque principal da notícia publicada, gerou uma onda de choque junto dos dois partidos, ao ponto de terem manifes-tado repúdio em comunicados públicos (ver textos nesta página). Vamos aos factos, que podem ser comprovados pela resposta do próprio Carlos Sargedas em texto que publicamos igualmente nesta página.

1 - A notícia aludia ao facto de Carlos Sargedas estar a ponderar uma candidatura em lista independente à Câmara de Sesimbra. O próprio confirma.

2 – A notícia aludia a eventuais contactos dos dois partidos em causa, PS e PSD com Sargedas, sem especi-ficar o modo e o formato dos mesmos - a expressão cautelosa utilizada na informação do Semmais foi: “terá sido sondado pelo PS e pelo PSD para concorrer com siglas partidárias…”.

3 – O Semmais reafirma ter as seguintes informações que reputa de

credíveis dada a sua origem:a) Carlos Sargedas foi sondado

por dirigentes locais do PSD, embora não oficialmente, e o seu nome chegou a ser cogitado por elementos do PSD local que não foram favoráveis à recan-didatura de Fernando Luís, como candi-dato oficial do PSD em Sesimbra, já anunciado pelo Semmais. Aliás, a infor-mação que reconfirmamos esta semana é a de que teria havido um empate, entre os que defendiam o candidato e os que gostariam que fosse encon-trada outra solução. O voto de quali-dade decidiu.

b) Quanto ao convite do PS come-temos o lapso de termos trocado a sondagem dos socialistas para que Sargedas anuísse a uma candidatura à Junta de Freguesia do Castelo e não de Santiago, como noticiamos, o sobre o qual pedimos as devidas desculpas, que não dilui o essencial da informação prestada aos nossos leitores.

Compreendemos o frenesim do momento pré-eleitoral que estamos a viver. As múltiplas ondas de choque que a notícia do Semmais provocou provam esse ambiente político-parti-dário e a força do nosso jornal. Mas não é compreensível os ataques à credi-bilidade do jornal, pelo menos da forma como os mesmos foram conduzidos, o que apenas dá força aos receios de uma eventual candidatura de Sargedas.

Tanto mais que, sabendo da existência concreta desses contactos, que o Semmais aligeirou colocando-os no condicional, levan-tando uma polémica que se esbate na confirmação dos factos. E lamen-tamos a forma pouco elegante e insinuosa e injustiçada com que o PSD de Sesimbra se refere ao Semmais.

Claro que na política, e sobretudo nos momentos “quentes” como o que estamos a viver, a verdade pode ser facilmente não confirmada pelos ditames das agendas partidárias. Compreendemos isso. Mas o Semmais preza-se de produzir um jornalismo sério e de rigor, de referência na região de Setúbal.

Já não a primeira vez que o PSD e outros partidos tentam desmentir o indesmentível. As próprias fontes, condicionadas que estão às leis dos caciques, desdizem ou pedem enver-gonhadamente para desdizer o que haviam dito de forma tão clara. A isso estamos demasiadamente habituados e sabemos com que estamos a lidar.

Mas é pena que assim seja ou continue a ser, transferindo a mácula da mentira para cima de quem, afinal, apenas relatou factos verídicos e comprováveis.

A direcção do Semmais

A COMISSÃO Politica da Secção de Sesimbra do PSD, vem repudiar o teor da “notícia” publicada na edição do SemMais, distri-buído juntamente com o semanário Expresso desta semana, referindo que o fotógrafo Carlos Sargedas, teria sido contatado pelo PSD para ser o seu candi-dato à Camara Municipal de Sesimbra.

Uma “notícia” sem pés nem cabeça que coloca o PSD a querer que o mesmo fosse candidato à Camara e o PS a querer que fosse candidato à Camara e à Junta Freguesia de Santiago.

No que concerne ao Partido Social Democrata queremos desmentir de forma categórica tal hipó-tese, nunca o PSD contactou ou foi contatado pelo Sr. Carlos Sargedas, nem para essa questão nem para qualquer outra, pelo que a notícia é completa-mente falsa.

O PSD tem órgãos próprios onde se discute

e decide as opções do partido, e lamenta que um órgão de comunicação social, com a dimensão do SemMais, distribuído com um semanário de refe-rência não tenha feito o que é da mais elementar prática jornalista, contatar os interessados e obter a informação correta para transmitir aos seus leitores, o SemMais prestou um mau serviço aos Sesim-brenses e aos seus leitores, o que se lamenta.

Percebemos que alguns pretendam lançar poeira para o ar, agora que se começam a movimentar as forças politicas com vista às eleições autár-quicas deste ano, mas que todos fiquem cientes, o PSD em Sesimbra tem um rumo um projeto e uma equipa, e por mais poeira que queiram por na engre-nagem, não nos vão fazer alterar a rota.

Joaquim M. Dias(Presidente da C.P. Concelhia do PSD)

EM FACE da notícia inserida na última página da v/ edição de 19 de Janeiro passado, sob o título "Fotógrafo Sargedas pondera avançar como independente em Sesimbra", e dado que a mesma contém algumas imprecisões, o Secretariado da Comissão Política Concelhia de Sesimbra do PS, solicita a publicação do seguinte esclarecimento:

Como é do conheci-mento público, o PS de Sesimbra, decidiu em Novembro último, em elei-ções internas, que o Dr. Américo Gegaloto, atual Vereador Socialista, é o seu candidato a Presidente da Câmara de Sesimbra nas próximas Eleições Autár-quicas pelo Partido Socia-lista.

Também para a Junta de Freguesia de Santiago, o PS irá recandidatar Adolfo Marques, ex Tesoureiro daquela Junta, entre os anos de 1998 e 2009 e também ele candidato a Presidente da Junta de Santiago nas

últimas eleições.Já no que respeita à

Junta de Freguesia do Castelo e, precisamente porque o fotógrafo Carlos Sargedas tem vindo a desenvolver um conjunto de atividades de reconhe-cida importância quanto à viabilização de uma solução urgente para a problemá-tica do conjunto edificado do Cabo Espichel, o que aliás já lhe conferira a atri-buição do Prémio Espichel pela Assembleia Municipal, entendeu o PS, que a obtenção de resultados práticos dessa "demanda" pelo Cabo, teria melhores condições de sucesso, caso ele desempenhasse um cargo público local, razão porque, entendendo ter o fotógrafo Carlos Sargedas um perfil adequado, o convidou para ser candi-dato independente a Presi-dente da Junta de Freguesia pela lista do PS.

Pedro Mesquita(Presidente da C.P.

concelhia do PS)

FACE aos acontecimentos do último fim-de-semana e os comuni-cados de imprensa dos partidos visados sobre a vossa notícia da minha possível candidatura independente à Câmara Municipal de Sesimbra, passo a escla-recer os leitores do seguinte:

Ao longo dos últimos anos e elei-ções autárquicas tenho tido vários convites de alguns dos partidos, curio-samente alguns de política opostas e bem diferentes,

bem como o incentivo de muitos amigos e pessoas como eu, simples cidadãos que veem em mim ou nas minhas posições de "defesa" do nosso património e da nossa cultura uma mais valia para melhorar a vida da nossa terra.

Na sua maioria os partidos colocam à frente dos interesses da terra, os interesses partidários.

É fácil dizer que não houve um convite, abordagem ou indicação do partido X ou Y quando o convite é feito no meio da rua ou mesmo na minha

loja pessoalmente. Também é fácil mandar "recado"

a perguntar para não comprometer e depois, consoante a resposta, adaptar à posição "oficial". Ainda que não compreenda, sei que politica-parti-dária funciona nesses meandros.

Nesta situação, como no futebol, irei passar de bestial a besta num espaço de tempo muito curto e de apoio incon-dicional a alvo a abater com a mesma velocidade.

Face aos factos, a minha posição é a seguinte: Não irei participar em nenhuma das listas para as quais fui convidado ou indicado ou indiciado (ou como queiram intitular)

Irei possivelmente fazer uma candidatura sem qualquer partido polí-tico. Não irei competir com ninguém e muito menos contra alguém, mas sim por aquilo que acredito ser possível: Uma Sesimbra Melhor!

Há muito trabalho pela frente, mas em primeiro lugar, colocar no papel o "meu programa e estratégia

para Sesimbra". Não estou a contar com os votos dos outros partidos, mas serão sempre bem vindos.

A avançar, ao contrário daqueles que já vão com o espirito de derro-tados para estas eleições, participo para ganhar com os cerca de 50% dos votos de todos aqueles que não votaram nas últimas eleições, por se absterem ou porque simplesmente já não acre-ditam em nenhum dos outros candi-datos.

Penso que já todos repararam que São sempre os mesmos!

Bastarão esses votos para ganhar a presidência da Câmara Municipal de Sesimbra.

Mas para isso terei mesmo que decidir, facto que ainda não está deci-dido. Irei continuar a ser a mesma pessoa para todos. A mesma postura e empenhamento.

Sempre por Sesimbra e pela minha terra.

Carlos Sargedas

A resposta de Carlos Sargedas

Comunicado do PS Comunicado do PSD

O caso da candidatura de Sargedas à Câmara de Sesimbra

A Europa está mergu-lhada numa grande crise estrutural de

contornos gravíssimos. Os povos europeus, desde

os que sofreram a violência direta de duas guerras, até aos nostálgicos de passados nacionais gloriosos, procuram perceber saídas.

É um tempo que exige reflexão e ação. E não discursos esdrúxulos. Mas é, sobretudo, um período em que devemos estar de atalaia contra oportunismos de diversos matizes.

No seu recente livro “For Europe”, Daniel Cohn-Bendit (presidente dos verdes no PE) e Guy Verhofstadt (ex-primeiro ministro belga e líder do grupo liberal do PE), defendem uma hipótese de caminho para a Europa do futuro.

No manifesto que retoma o antigo projeto de uma União Europeia forte e federal, o elemento mais notável da receita não é, contudo, o fede-ralismo, mas a ideia de uma superpotência europeia imperialista. Nesse sentido, os autores dizem ser neces-sários dois ingredientes: austeridade para os povos e militarismo face ao mundo.

"Precisamos defender enfaticamente os nossos inte-resses económicos e polí-ticos contra grandes potên-cias do calibre de China, Índia, Brasil, Rússia ou os Estados Unidos Estados", dizem.

A globalização está a ser fatal para a economia euro-peia. E, vendo bem as coisas, também para os EUA. O que é paradoxal: foram os seus líderes políticos e económicos que inventaram esta forma de globalização.

A solução estará no confronto com as potências emergentes que têm vindo a conquistar mercados e produções? Sim, dizem eles. Mas, como e porquê? É fácil, dizem: a Europa, seguindo a pista americana, deveria impor a democracia à força. Claro, uma democracia conveniente ao capitalismo neoliberal, que fecha hipo-critamente os olhos a tudo quanto é antidemocrático nos países já sob controlo dos empórios!

Daniel Cohn-Bendit já ensaiou os passos desta dança ao atacar no PE a lei

húngara de imprensa. Porque, diz ele, não corresponde aos valores da UE! Mas, quais são os valores da UE nesta matéria? Os de Berlusconi e Murdoch?

A Europa por este caminho não vai lá.

E será o federalismo viável numa Europa mergu-lhada em crise profunda?

O federalismo moderno tem origem política e ideoló-gica dos Estados Unidos. Na sua independência e revolução.

A União Europeia tem-se assumido, desde o seu início, como um projeto económico e ao serviço dos interesses dos mais ricos e poderosos. Esqueceu a vertente identi-tária europeia e, até, a conver-gência e a coesão social, económica e territorial, embora fale muito nelas.

Tem caminhado, ao longo de sucessivos Tratados, como um projeto sem nome, marcado pela sua natureza dualista, “oscilando entre uma tendência federal e um impulso interestadual” (Soro-menho-Marques, 2012) e, sobretudo, através de meto-dologias pouco transparentes e democráticas.

A crise atual que, mais do que a Europa, está a fazer perigar o capitalismo ocidental, começou em 2007-2008 nos EUA que é, preci-samente, um estado federal.

A Europa é feita de cafés, disse-nos o anarquista plató-nico George Steiner. O problema é que, de há muito, foram convertidos em agên-cias bancárias.

A construção da Europa deve ser feita “passo a passo”, escreveu Jean Monnet, mas, a cavalgada dos tecnocratas neoliberais dos últimos anos, pô-la a marcar passo.

Embora os estados-nação europeus não sejam idên-ticos aos brasileiros, russos, ou aos treze da fundação americana, a questão até, talvez, nem seja o federa-lismo, usado já com êxito em diversas partes do globo.

Entre o “For Europe” e o “Fora da Europa” há que reinventar um modo de estar diferente, um modo de produção novo.

Demetrio AlvesInvestigador da UNL

For Europe! Fora da Europa?

Editorial // Raul Tavares

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Comboio atropela mulher Figueirinha corre à azulinha

UMA MULHER teve morte imediata, na passada quinta-feira, devido a um atropelamento por um comboio, junto à estação de Vale da Rosa, em Setúbal. As causas do acidente são

desconhecidas. O atrope-lamento mortal ocorreu cerca das 11.30 horas, altura em que a vítima foi colhida por um comboio que viajava em direção ao sul do País.

A PRAIA da Figueirinha, em Setúbal, volta a candi-datar-se, pelo quinto ano consecutivo, ao galardão de Bandeira Azul. O muni-cípio continua aguardar pelas obras de requalifi-

cação nas praias do Creiro e Portinho da Arrábida, assim como obras na própria Figueirinha, todas elas a cargo da Adminis-tração da Região Hidro-gráfica do Alentejo.

ACTUAL

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Candidatura da Arrábida nas mãos da Unescoaté 1 de Fevereiro

O comité internacional da Unesco vai receber a candi-datura da Arrábida a patri-

mónio misto da Humanidade até 1 de Fevereiro. Durante a última reunião da comissão de acompanhamento deste processo, Alfredo Monteiro, presidente da Associação de Muni-cípios da Região de Setúbal (AMRS), explicou que Portugal viria a fazer parte do Comité Internacional da Unesco de 2013 a 2018 estando assim impedido de apresentar candidaturas nesse período de tempo. «Por esse motivo, do qual só houve conheci-mento em Dezembro passado, não poderemos perder uma década de

trabalho e atrasar o processo até esse ano», sublinha.

Em declarações ao Semmais, o autarca acrescentou que a candida-tura terá de ser ainda aprovada pelo grupo interministerial composto pelos ministérios dos Negócios Estrangeiros e do Ambiente, bem como pela Secretaria de Estado da Cultura, para que a mesma possa ser de âmbito nacional. E garante que esta não perderá qualidade pelo facto de ter estar pronta até final deste mês.

A eventual aprovação da candi-datura pela Unesco está agendada para Outubro deste ano e a decisão final até final do ano. A breve trecho está já prevista a visita de peritos da Unesco à área a candidatar. Entre-tanto, as câmaras municipais de

Setúbal, Sesimbra e Palmela já apro-varam esta semana o dossiê da candi-datura, esperando que o mesmo possa vir a trazer «inegáveis potenciali-dades» turísticas, e não só, futura-mente.

Intenção de candidatarremonta a 2001

As primeiras iniciativas visando este tema deram-se no ano de 2001, altura em que estes municípios e outras entidades trocaram infor-mação sobre os procedimentos neces-sários a adoptar numa eventual candi-datura, no sentido de consubstan-ciar uma das iniciativas do Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal.

Em Maio de 2004, o Bem Arrábida é incluído na lista indicativa portu-guesa. O trabalho de pré-candida-tura, segundo a AMRS, que conduziu à inclusão da Arrábida nessa lista, assentou na valorização da compo-nente natural da serra.

Porém, a candidatura actual revestiu-se de um carácter mais amplo, visto não se cingir apenas aos critérios de ordem natural, contem-plando assim os de carácter cultural e cultural imaterial, tendo-se trans-formado numa candidatura a patri-mónio mundial misto. A zona a candi-datar estende-se desde o morro de Palmela até ao cabo Espichel, em Sesimbra, numa área aproximada de 35 quilómetros de comprimentos por 6 quilómetros de largura.

Formada a partir de processos geológicos que remontam à era Meso-zóica, a Arrábida possui testemu-nhos geológicos de uma remota ocupação humana que remonta a 500 mil anos. A cordilheira apresenta uma grande diversidade de habitats prioritários para a conservação, alguns deles contendo espécies amea-çadas da fauna terrestre. A área da candidatura está ainda protegida por um conjunto de instrumentos de gestão territorial no âmbito europeu/internacional (Rede Natural 2000), assim como por legislação nacional (Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida e planos direc-tores municipais dos três municí-pios abrangidos pela área da candi-datura).

Bruno Cardoso

Esta é a última etapa antes do envio do dossier para os peritos internacionais que vão tomar a decisão final.

AMRS está optimista com potencial da proposta

A CÂMARA Municipal de Setúbal quer construir no largo José Afonso, zona central da cidade, o novo edifício da biblioteca muni-cipal, cujo investimento ascende a 3,4 milhões de euros. O muni-cípio sente há muito a necessidade de ter este equipamento tendo em conta o aumento populacional dos últimos anos, bem como o facto de o actual edifício já não ser capaz de responder às várias valências funcionais indicadas pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas

A autarquia pretende ver assim reunidas condições para a criação de uma biblioteca «moderna, aberta e convidativa, com capacidade de ampliação e de adaptabilidade, que se traduza num objecto arquitec-tónico notável de referência na cidade, mas em harmonia com a área e dotado de um comporta-mento energético exemplar». «O projecto deve apresentar uma linguagem formal aliada a uma estética contemporânea, sendo um elemento estruturante na relação

do centro histórico com a frente ribeirinha e um motor de reabili-tação do próprio largo», lê-se na proposta camarária.

Candidatura dependentede financiamento

O equipamento, que será cons-truído de raiz e tem uma área bruta de 3200 metros quadrados, terá uma secção de adultos, com zonas de consulta de livros e jornais diários e de autoformação e salas

de trabalho, de apoio a invisuais e de formação em tecnologias da informação, e uma secção infantil que inclui área de animação e atelier de expressão. Não pode ter mais do que três pisos. Está prevista, de igual forma, a existência de uma cafetaria, sala polivalente, sala de informática, área de trabalhos, sala de reuniões, zona de recepção e manutenção de documentos, central de depósito de documentos e casa-forte antifurto e catástrofe.

A realização da obra está depen-

dente da aprovação de uma candi-datura de financiamento. O projecto do parque de estacionamento a desenvolver será desenvolvido auto-nomamente à construção do edifício. A biblioteca municipal tem pólos também na Bela Vista, São Julião, Gâmbia e Azeitão. Os serviços centrais funcionam noutra localização da avenida Luísa Todi desde 1948. Esse edifício foi alvo de uma intervenção profunda entre 1987 e 1992.

Bruno Cardoso

Investimento na nova biblioteca de Setúbal ascende a 3,4 milhões de euros

DR

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Região não larga mãos dosfestejos carnavalescos

Apesar da crise, os municípios não largam mãos dos festejos carnavalescos. Os corsos, as escolas de samba, as cegadas, os grupos de foliões, os bailes e a eleição das rainhas vão

continuar a ser realidade. Os cortes financeiros são bem visíveis mas o objectivo é manter a tradição e animar a população em tempo de Troikas e do aperto do cinto. O mau tempo já fez

mossa no Carnaval de Sines.

Sesimbra com samba na marginal

Em Sesimbra, as escolas de samba, com todo seu ‘glamour’, criatividade, alegria e cor, desfilam nos dias 10 e 12, a partir das 14 horas, com a envol-vência de mais de mil participantes. O desfile dos palhaços, um dos maiores do País, está agendado para a tarde do dia 11. O desfile das escolas está marcado para o dia 8, às 10h30, em Quinta do Conde. O apoio do município para os desfiles ronda os 60 mil euros, valor idêntico ao ano passado. No dia 9 há concurso infantil de fantasias, cegadas e o desfile do grupo feminino de afro-axê Tripa Mijona, enquanto na mesma altura, em Quinta do Conde, tem lugar o corso trapalhão.

Escolas desfilam em Almada

Em Almada são as crianças das escolas que fazem a festa. No dia 7 há corso, a partir das 14h30, na Avenida Rainha D. Leonor, com mais de 1300 pequenos foliões em repre-sentação de oito estabelecimentos de ensino. No dia 10, pelas 16 horas, tem lugar um espetáculo musical na Praça S. João Baptista, em Almada, com os Nu Soul Family e os Kumpania Algazarra. A entrada é livre.

Pinhal Novo com desfile caramelo

No Pinhal Novo os desfiles dos corsos carnavalescos têm lugar a 10 e 12, a partir das 15h30, com um orçamento a rondar os 3 mil euros. Os carros dos Ranchos Folclóricos do Pinhal Novo e “Os Rurais” de Lagoa da Palha, dos Amigos de Baco e de um ginásio local dão côr e animação ao desfile. Rute Moreira, presidente dos Amigos de Baco, queixa-se da falta de apoios mas antevê festa rija, uma vez que a comunidade e as associações deram aos mãos para não deixar morrer o Carnaval caramelo. Mais de 200 foliões deverão associar-se ao desfile.

Concursos e desfilesno Largo José Afonso

Em Setúbal, por questões financeiras, não há desfile de carros alegóricos. O Carnaval arranca com o desfile das escolas, no dia 8, pelas 10 horas, na Praça do Bocage. Às 21h30, na tenda montada no Largo José Afonso, estreia a cegada “Vão para a Troika que os Pariu”. Esta antiga tradição sadina regressa aos palcos dia 9, às 16 horas. A festa prolonga-se com baile a partir das 22 horas.

O concurso e desfile de máscaras, alusivo ao tema “O Ídolo da Minha Vida”, decorre no auditório José Afonso no dia 10, a partir das 16 horas. Dia 12, há circo no mesmo local, a partir das 15 horas, com espectáculo a cargo do Circo Nómada, seguindo-se, uma hora depois, um encontro de palhaços, para tentativa de entrar no Livros dos Recordes. A Rainha do Carnaval é eleita dia 11, às 21h30, no Forum Luísa Todi. Em palco vão estar 9 beldades a representar colec-tividades. Os festejos contam um investimento de 20 mil euros. Bruno Frazão, responsável pela ACOES, adianta que o corso lumi-noso com carros alegóricos vai regressar a 13 de Julho, com a envolvência de seis colectivi-dades.

Carnaval de Sines com prejuízo do mau tempoO Carnaval de Sines, um dos mais conceituados do País, já sofreu danos devido ao mau tempo. A cobertura do armazém onde estavam a ser construídos os carros alegóricos foi arrancada pelo vento no passado

sábado, danificando as viaturas. Não há feridos a registar. Alexandra Oliveira, líder da associação Siga a Festa, explica que os carros alegóricos foram transferidos para outro espaço, cedido pela Câmara Municipal, e que

tal garante a realização do Carnaval este ano a 11 e 12.«Se a câmara não tivesse encontrado uma solução para colocar os carros não haveria Carnaval», reconheceu Alexandra Oliveira, que ainda não apurou os prejuízos.

Almada apresenta estratégia de empreendedorismo à AML

Atlantic Ferries e Vitória de Setúbal solidários com a comunidade

Sustentabilidadeno Prémio Portucel

REPRESENTANTES de dez municípios da Área Metropoli-tana de Lisboa estiveram reunidos no dia 18, no Núcleo Empresa-rial de Almada Velha, a convite da Junta Metropolitana de Lisboa, para conhecer a estratégia para-digmática desenvolvida pela autarquia na área do empreen-dedorismo e apoio às atividades económicas.

Com esta iniciativa, o IAPMEI, um dos parceiros da JML, pretende promover junto de outros municípios a constituição de redes locais de apoio ao empreendedorismo que promovam condições favorá-

veis para o reforço da competi-tividade empresarial.

Durante a sessão de trabalho foi apresentada a metodologia de trabalho desenvolvida pela Câmara de Almada ao longo dos últimos 15 anos na criação de condições para o apoio à fixação de empresas, através da dispo-nibilização de dois espaços de incubação que permitem acolher atividades empresariais – Madan Parque de Ciência (2000) e Núcleo Empresarial de Almada Velha (2002) e, ainda em 2013, o Quar-teirão das Artes, um novo espaço vocacionado para as indústrias culturais e criativas.

A ATLANTIC Ferries e o V. Setúbal estiveram, no dia 21, na sede da Liga dos Amigos da Terceira Idade a desen-volver uma acção conjunta. Os dois parceiros realizaram uma iniciativa de sensibilização direccionada a crianças e a adolescentes frequen-tadores daquela associação de soli-dariedade social.

Os jogadores Meyong e Miguel Lourenço, bem como um mestre da Atlantic Ferries, juntaram-se na LATI e conversaram com um grupo de 70 utentes.

Durante essa conversa foi abor-dada a importância de se apostar na formação escolar e no estudo como forma de atingir o crescimento indi-vidual, quais as exigências do fute-bolista enquanto profissional que tem de garantir o êxito conjunto do trabalho de equipa, a relação entre

Setúbal e Tróia, desde quando é que a equipa está a realizar estágios naquele destino, porque é que o estu-ário do Sado é morada de uma das principais comunidades de golfinhos da Europa.

O diálogo terminou com a leitura de uma história sobre os roazes do Sado, “A lenda do golfinho voador”, e houve oferta de convites.

A UNIVERSIDADE de Coimbra atribuíu o Prémio Portucel ao projecto MedroJelly4Diet pelo trabalho inovador desenvolvido na área da “Gestão Sustentável da Floresta”. É um projecto desenvol-vido por três docentes e dois estu-dantes da Escola Superior Agrária de Coimbra que visa a produção e comercialização de doces, compotas e geleias de medronho, com poucas calorias. A formulação dos produtos inova pela combinação da activi-dade antioxidante do medronho com o baixo valor calórico poten-ciado pela introdução de um edul-corante natural. Esta nova fórmula vem colmatar uma falha de mercado no que respeita à oferta deste tipo de produtos para consumidores diabéticos e/ou com problemas de excesso de peso.

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ACTUAL

DIVERSOS

OS PAIS dos 1700 alunos da Costa de Caparica estão em luta contra a agregação das escolas daquele agrupamento à secun-dária do Monte da Caparica. Esta semana, não houve aulas – terça e quarta-feira – tendo os portões dos quatro estabelecimentos de ensino da cidade sido fechados a cadeado, levando à intervenção da polícia, que se viu forçada a partir as correntes. Quinta-feira a vida regressou à normalidade, enquanto se espera que «o diálogo possa resolver este problema», segundo disse ao Semmais a presi-dente da Associação de Pais, Liberta Quadrio.

«Decidimos que os nossos filhos regressariam à escola, porque não podem estar a perder matéria», justificou a dirigente, avançando que os pais ficam agoira a aguardar que «venham dialogar connosco para que o ensino secundário se

possa manter na Costa».A porta da escola, os pais que

deixavam os filhos para o regresso às aulas na quinta-feira avisavam estar «preparados para continuar a luta até onde for preciso», segundo Paulo Vida, alertando que «se for preciso temos que avançar com mais um boicote. Não podemos admitir este escândalo cometido por quem está sentado a secretária sem conhecer as reali-dades das terras.»

Deslocações difíceis até ao Monte

Liberta Quadrio explicou que a maioria das famílias não tem condições para suportar a deslo-cação dos filhos para a secundária do Monte da Caparica, para onde o Ministério da Educação e Ciência

determinou, há uma semana, a criação de um mega-agrupamento. «A nossa escola é tão boa e querem arranjar-nos problemas. Isto vai agravar o insucesso escolar na Costa e prejudicar os nossos jovens. Temos que nos levantar contra isto», insistiu esta mãe.

A própria direção do agrupa-mento da Costa de Caparica já manifestou aos pais e alunos a sua «solidariedade» e a «completa surpresa» para com esta decisão. O director do agrupamento, João Fonseca, acrescentou que a nova agregação põe ainda em causa «a abertura de turmas do ensino secundário na cidade», conforme previsto na Carta Educativa elabo-rada pela Câmara Municipal de Almada.

O responsável recordou que se previa a abertura de seis turmas do secundário na EB 2,3 da Costa da Caparica, nos próximos três anos, garantindo que existe «condi-ções e espaço» para ser construído um pavilhão. «Esta era a melhor solução para alunos e encarre-gados de educação», insistiu, sabendo que o novo agrupamento da Costa da Caparica ficará com 2521 alunos.

Roberto Dores

Pais da Costa de Caparica em luta contra fim do ensino secundário

CTA oferece leque diversificado de espectáculos

Os pais e a próprio agrupamento da Costa foram apanhados desprevenidos. Depois da luta espera-se diálogo. Enquanto isso as aulas não podem cessar.

Baixou abandono escolarA taxa de abandono escolar precoce na região, de jovens que deixam de estudar depois de concluir - no máximo o 3 º ciclo - baixou de 38,8% para 23,2% entre 2005 e 2011. Este é um dos dados que mostram a evolução positiva da educação nos Indicadores Sociais de 211, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), onde também se atesta que, pela primeira vez em 2012, 64,4% dos jovens (dos 20 aos 24 anos) completaram pelo menos o ensino secundário.

A COMPANHIA de Teatro de Almada (CTA) apresentou, no passado 19, a sua temporada de teatro, dança e música para 2013, a primeira após a morte do director, encenador e fundador do grupo Joaquim Benite.

Rodrigo Francisco, 31 anos, o novo director da CTA, realça que a programação de 2013 foi ‘dese-nhada’ por Joaquim Benite. «Este ano vamos acolher mais 8 peças em comparação com o passado. Voltamos a colaborar com alguns criadores e instituições que estão connosco desde o início desta casa, que agora tem o nome de Benite. Convidámos os mais novos. Arris-cámos, como sempre fez o Benite», sublinha.

Para a presidente da Câmara, Emília de Sousa, a CTA propõe para 2013, uma vez mais, um «vasto e rico» programa de produções cultu-rais de «extrema diversidade e qualidade», o que confirma, a seu

ver, o «extraordinário» desem-penho na promoção e valorização do património cultural e artístico do concelho.

“Timão de Atenas”, de William Shakespeare; “Os Gatos”, de T. S. Eliot; “Negócio Fechado”, de David Mamet; “Um dia os réus serão vocês: o julgamento de Álvaro Cunhal; “A Purga do Bebé”, de Georges Feydeau; “O Pelicano”, de August Strindberg; “Falar Verdade a Mentir”, de Almeida Garrett; e “Em direcção aos céus”, de Odon Von Horváth, são as novas produ-ções da CTA.

A CTA vai acolher “Cavalo Manco não Trota”, da Companhia de Teatro do Algarve; “Preocupo-me, logo existo”, um monólogo com Diogo Infante; “Adalberto Silva Silva”, de Jacinto Lucas Pires; “Conversa com o Homem-Roupeiro”, da CT Braga; “Gil Vicente na Horta”, do TN D. Maria II; “A Estalajadeira”, dos Artistas Unidos;

“A Elegante Melancolia do Crepús-culo”, do Pensamento Simbólico; “Chão de Água”, do Teatro da Terra; “Oresteia”, da CT Braga; “Bucha e Estica”, da TRUTA; “Chove em Barcelona”, do Teatro dos Aloés; “O ensaio ou Café dos Artistas”, do Teatro dos Aloés; “Yerma”, pela Companhia João Garcia Miguel; “Sabe Deus pintar o Diabo”, da CT

Braga; “Salomé”, da Primeiros Sintomas; e “Dias Felizes”, do TN S. João.

Além de sete espectáculos de dança e de várias exposições, haverá concertos com Sara Tavares, UHF, Janita Salomé, Lula Pena, Orquestra Gulbenkian, Coral Sinfó-nico de Portugal e Orquestra Metro-politana de Lisboa.

Oito produções, dezasseis peças convidadas, dezoito concertos, sete espectáculos de dança, três exposições de pintura e um vídeo-instalação compõem era pós Joaquim Benite.

Empresas reestruturam na Autoeuropa

Conservatório Regional apaga 25 velas

VÁRIAS empresas do parque da Autoeuropa, como a Schenel-lecke, Webasto, Palmetal e Inapal Plásticos, já anunciaram a intenção de proceder a reestruturações, estimando-se o despedimento, até final do ano, de meio milhar de colaboradores. A revelação foi feita esta semana por Daniel Bernardino, da Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa.

O anúncio foi feito depois de a Faurecia, outra empresa do parque, ter anunciado um despe-dimento colectivo de 69 pessoas até Março como forma de responder à diminuição de enco-mendas. A intenção das empresas já foi dada a connhecer às respec-tivas comissões de trabalhadores.

Paralelamente, as empresas têm vindo já a dispensar traba-lhadores temporários.

O CONSERVATÓRIO Regional de Setúbal dá início ao seu programa comemorativo dos 25 anos este sábado, às 21h30, no Fórum Luísa Todi, num concerto com as várias classes da instituição de ensino musical.

O espectáculo inaugural das comemorações, com eventos até Dezembro, conta com as participações dos coros juvenil e infantil e de ensembles de todas as classes de instrumentos, que incluem as orquestras de violinos Paganinus, de Sopro e de Câmara.

Cerca de 170 alunos vão passar pelo palco durante o espectáculo. O serão inclui uma sessão solene com intervenções de várias personalidades ligadas ao Conservatório Regional e da presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira.

No programa comemora-tivo previsto para o resto do ano, o Conservatório reserva vários espectáculos, como o concerto que assinala o 10.º aniversário dos Paganinus, a 1 de Março, e a atuação da big band ameri-cana Tufts Jazz Orchestra, a 19 de Março, numa estreia em Portugal. Ambos os espectá-culos realizam-se no Fórum Luísa Todi.

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“Timão de Atenas” é a produção que abriu a temporada da CTA em 2013

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Pub.

Câmara Municipal de GrândolaAviso 4

Graça Conceição Candeias Guerreiro Nunes, Presidente da Câmara Municipal de Grândola, torna público, nos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 77º do Decreto – Lei nº 380/99, de 22 de setembro com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 46/2009 de 20 de fevereiro e pelo Decreto-Lei nº 181/2009 de 07 de agosto que por deliberação de Câmara de 2013/01/10, irá proceder-se à abertura de um período de discussão pública, relativa à alteração do Plano Diretor Municipal de Grândola. Os cidadãos interessados dispõem do prazo de 30 dias, a contar do 5º dia a seguir à data da publicação do presente Aviso no Diário da República, para apresentarem quaisquer reclamações, observações ou sugestões, que entendam dever ser consideradas. O respetivo processo poderá ser consultado no sítio eletrónico do Município (http://www.cm-grandola.pt) ou nas instalações da Divisão de Planeamento da Câmara Municipal de Grândola, todos os dias úteis entre as 9 e as 16h. No âmbito da discussão pública serão consideradas e apreciadas todas as reclamações, observações ou sugestões apresentadas, dirigidas à Senhora Presidente da Câmara Municipal, por escrito, em que conste a identificação, o endereço dos seus autores, a qualidade em que se apresentam, e que especificamente se relacionem com a proposta de alteração do Plano Diretor Municipal de Grândola, sempre que necessário acompanhadas por planta de localização, remetidas por correio, entregues na Divisão de Planeamento ou remetidos através do endereço eletrónico [email protected]. Para constar e para os demais efeitos se publica o presente Aviso na 2ª série do Diário da República, e outros de igual teor vão ser afixados nos locais de costume e divulgados através do sítio eletrónico do Município de Grândola e da comunicação social.

Grândola, Paços do Concelho, aos 10 do mês de janeiro de 2013.

A Presidente da Câmara

Graça Guerreiro Nunes

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIA

MARIA TERESA OLIVEIRA

Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dez de Janeiro de dois mil e treze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 61 do livro 250 – A, de escrituras diversas, na qual:António Manuel Cassoete Ribeiro e mulher, Mari Milia do Carmo Gomes Ribeiro, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Avenida da Liberdade, n.º 7, 1º, Pinhal Novo em Palmela, contribuintes números 129000701 e 129000698, justificaram a posse, invocando a usucapião do seguinte prédio:Prédio Urbano, destinado a comercio, com a área coberta de setenta e quatro virgula quarenta metros quadrados e logradouro de trinta e seis metros quadrados, sito na Rua Padre José Estevens Dias, n.º 21, freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Palmela, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 4440.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 10 de Janeiro de 2012.

A Notária,

Maria Teresa Oliveira

Autarca diz que reforma «não deve ser vista no plano moral»

A PRESIDENTE da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, considera que o seu pedido de reforma ante-cipada, aos 47 anos, é um «tratamento especial para quem exerce funções em condições especiais». Ao Semmais, a autarca lembrou que estas condições especiais não abrangem, por exemplo, a atribuição de subsídio de desemprego quando a classe política cessa funções deste tipo e entende que a polémica sobre este assunto não deve ser vista no plano moral, mas sim no plano dos direitos conferidos a todos os cidadãos portugueses. «Não é normal que uma pessoa que preste serviço a uma instituição durante 20 anos não tenha subsídio de desemprego», diz.

Ana Teresa Vicente recorda que um Estado demo-crático «deve ajudar a defender todos os cidadãos portu-gueses», lamentando que a situação económica e social, que Portugal atravessa, esteja «a retirar aos cidadãos direitos que estes já tinham garan-tidos». «A dobragem do tempo não se coloca apenas à classe política, mas também a várias outras profissões, cada uma com a sua função específica», sublinha.

A autarca compreende,

por outro lado, a demarcação do PCP relativamente ao seu pedido de reforma antecipada, mas diz que aquilo que é rele-vante «é o voto de confiança que este manteve, indepen-dentemente, desta decisão de cariz pessoal». A edil não quis igualmente precisar se é candi-data pelo partido a outra câmara municipal nas próximas eleições autárquicas.

35 mil euros à CGA até 2018

Tal como o Semmais tinha avançado, a autarca vai ter de pagar 35 mil euros em descontos complementares à Caixa Geral de Aposenta-ções (CGA), caso não assuma, entretanto, nenhuma outra função pública. Estes

descontos devem-se ao facto de sete dos 27 anos de carreira contributiva terem dobrado, passando para 34 anos a contagem do tempo total, ao abrigo de uma lei alterada em 2005, mas que ainda a contem-plou parcialmente.

Do valor de 1859,67 euros que vai auferir, serão desafec-tados mensalmente, e até 2018, entre 400 e 500 euros, a que acrescem ainda os descontos legais já em vigor. A atribuição desta pensão não constituiu factor de desequilíbrio discri-minatório no sistema de pensões da CGA. Apesar do pedido de reforma, a presidente manter-se-á na liderança da edilidade palmelense até às próximas autárquicas.

Bruno Cardoso

A COMISSÃO constituída no Seixal para acompanhar o processo de manutenção de todas as freguesias do concelho vai recorrer a providências cautelares para impedir a agregação das freguesias do Seixal, Arren-tela e Paio Pires. A decisão já está tomada e será concre-tizada no terreno no dia a seguir à entrada em vigor em Diário da República da Lei da Reorganização Admi-nistrativa Territorial Autár-quica, promulgada na semana passada pelo Presi-dente da República, Cavaco Silva.

Em declarações ao Semmais, Joaquim Judas, presidente da Assembleia Municipal do Seixal, reafirmou o desejo de manu-tenção de todas as seis freguesias do município e considerou que, a confirmar-se a fusão do Seixal, Arren-tela e Paio Pires, o novo mapa deixaria a «administração ingovernável e com uma ineficiência desastrosa». O autarca salienta igualmente que a nova entidade teria de «gerir ou dar o apoio reque-rido a quase 45 mil habi-tantes, o equivalente a uma sede e cinco delegações, vários mercados municipais, três cemitérios, dez escolas do ensino básico, sete jardins-de-infância, cinco escolas do 2º e 3º Ciclos EB e Secun-dário, dez instalações despor-tivas, vinte parques infantis, muitos quilómetros quadrados de áreas ajardi-nadas e de calçada, extensas

áreas de desmatação perió-dica e dezenas de colectivi-dades e outras instituições de cariz social ou filantró-pico».

Joaquim Judas lembra de igual forma que a mega-freguesia que o Governo quer ver criada no Seixal seria equivalente a 95 por cento de todo o município do Barreiro e teria um nível de população superior a 79 por cento dos municípios portugueses. «Teria inclu-sive mais população que capitais de distrito como Beja, Bragança, Guarda ou Portalegre, já para não falar em municípios do distrito como Alcochete ou Alcácer do Sal», frisa.

Unir forças,manter as 6 freguesias

A Comissão Municipal de Acompanhamento do Processo de Defesa da Manu-tenção das Seis Freguesias do Concelho do Seixal foi criada no passado dia 13 de

Dezembro e é constituída pelos líderes de todos os grupos municipais na Assembleia Municipal do Seixal, presidentes de juntas de freguesia, presidente da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal.

Além da interposição de providências cautelares, a comissão já entregou esta semana na Assembleia da República um abaixo-assi-nado com 10 mil assinaturas para travar este processo, embora esteja a preparar para breve trecho novas medidas como uma confe-rência-debate subordinado à discussão deste tema e uma iniciativa pública de conver-gência popular, a decorrer no próximo dia 23 de Feve-reiro. As forças vivas do município também serão auscultadas com vista à constituição de uma plata-forma interventiva pela manutenção das seis fregue-sias do Seixal.

Bruno Cardoso

Seixal avança para os tribunais para travar criação de mega-freguesia

Abaixo-assinado foi esta semana entregue na AR

Grândola baixa impostos em 2013A CÂMARA Municipal

de Grândola decidiu reduzir a taxa de derrama de 0,7 para 0,5 por cento para as empresas do concelho com um volume anual de negó-

cios inferior a 150 mil euros. A autarquia decidiu, igual-mente, devolver 0,5 por cento do IRS aos seus munícipes.

“São medidas que pretendem estimular a

economia local, bem como as pequenas e médias empresas, cuja importância para o concelho é relevante”, explica Graça Nunes, presi-dente da edilidade.

Edil lembra que dobragem do tempo não abrange só políticos

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POPNA irrita deputados Manif contra política de ensino

Os deputados do PSD querem que a revisão do Plano de Orde-namento do Parque Natural da Arrábida (POPNA) seja concluída o mais depressa possível. Segundo o deputado Paulo Ribeiro a medida visa

tornar o PNA numa oportu-nidade de desenvolvimento regional, de forma a conciliar a protecção da natureza com o desenvolvimento econó-mico. Em 2011 os deputados já pediam a revisão do Plano.

A DORS do PCP apela a que professores e educadores participem na manifestação agendada para este sábado, às 15 horas, no Marquês de Pombal, em Lisboa, contra a constituição de novos agru-

pamentos de escolas. O lema da acção é “A Escola Pública e a Profissão não aguentam mais ataques. Exigimos outra Política e outro Governo”. A manifestação foi marcada pela Fenprof/CGTP-IN.

POLÍTICA

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As forças partidárias já estão no terreno para a ensaiar a partida para a corrida às próximas eleições autárquicas. A CDU vai ter que substituir quatro dos seus presidentes ‘dinossauros’. O PS tem alguns casos bicudos por resolver e os partidos da coligação governamental estão na expectativa. O BE está mais fechado do que nunca.

Resenha das candidaturas e impasses no arranque das próximas eleições autárquicas

Dança da corrida autárquica das eleiçõesde Outubro começa a aquecer no distrito

Dores Meira, CDU, eleita em 2009 na capital do distrito, numa disputa renhida com um PS que apostou tudo

CDU a gerir saídasde ‘dinossauros’

A CDU está a gerir de forma muito cautelosa as saídas de quatro dos cinco presidentes de câmara que não se podem recandidatar e esta é uma das expectativas para a próximas eleições autárquicas, agendadas para este Outubro.

A saída de autarcas todo-pode-rosos da coligação PCP/Os Verdes, como Emília de Sousa, em Almada, Alfredo Monteiro, no Seixal, Ana Teresa Vicente, em Palmela, e Vítor Proença, em Santiago do Cacém, estão a ser vistas como «uma opor-tunidade para a viragem de poder», mas acreditam que isso possa não vir acontecer. «O actual ambiente político vai penalizar os partidos do arco da governação, incluindo o PS, pelo que não é crível grandes mudanças», confessa ao Semmais um dirigente socialista.

Mas dos quatro ‘dinossauros’ do PCP apenas está dado como certo a saída de Emília de Sousa e de Alfredo Monteiro. Ana Teresa Vicente, embora «desgastada» com actividade política intensa e com a recente polémica sobre a sua reforma antecipada, não está fora da corrida, segundo fontes contac-tadas pelo Semmais. E Vitor Proença é um dos «grandes trunfos» da CDU para «reganhar o peso perdido no Litoral Alentejano», sendo praticamente certo que será candidato em Grândola ou em Alcácer do Sal. «O camarada Proença é um grande autarca e conhece a região como ninguém, a par do excelente trabalho que fez em Santiago. O partido não o pode dispensar», garante uma fonte ligada à direcção regional do PCP, DORS.

E o Semmais sabe que Vítor Proença está disposto a ir a uma destas lutas, aproveitando, nos dois concelhos, alguma confusão gerada com as candidaturas apoiadas pelo PS. Em Grândola a saída de Carlos Beato é conside-rada «uma grande porta aberta»

e, em Alcácer, Pedro Paredes não reúne consensos.

Sem decisões definitivas, é ainda de prever que Álvaro Amaro seja candidato em Palmela, Álvaro Beijinha, em Santiago do Cacém, e Joaquim Santos, no Seixal. Quanto aos restantes a situação é pacífica. Dores Meira recandidata-se a Setúbal, Luís Franco, em Alcochete, Carlos Humberto renova no Barreiro, Augusto Pólvora, em Sesimbra, e João Lobo, na Moita, salvo que foi do impedimento elei-toral por ter assumido a liderança da Câmara no 2.º mês do seu primeiro mandato.

Socialistas com casosbicudos por resolver

Os socialistas, que são a segunda força política do distrito, ainda não arrumaram a casa totalmente. A saída de Amélia Antunes, no Montijo, estava resolvida há muito tempo, com o avanço do seu n.º 2, Nuno Canta.

Mas em Grândola e Alcácer, a situação está ainda por compor. Na ‘Vila Morena’, Ricardo Campa-niço deverá ser o candidato avocado pela distrital e nacional do partido, após um extensa polé-mica em torno de dois outros nomes Aníbal Cordeiro, que renunciou ao mandato de vere-ador, e Aníbal Candeias, ex-presi-dente da Junta de Freguesia de Melides, que ficou pelo caminho. Ambos podem assumir candi-daturas independentes (ver caixa), o último dos quais com apoio expresso do PSD e do CDS-PP, que ainda não definiram candidatos próprios neste concelho.

Já em Alcácer do Sal, Pedro Paredes não reúne consenso nas hostes socialistas e já fez saber que pode igualmente ir à luta sozinho. Os nomes de Manuel Malheiros ou Lince de Faria têm sido venti-lados, mas a concelhia não confirma. «A situação em Alcácer é confusa e o PS arrisca-se a perder a câmara», sustenta um ex-diri-

gente distrital do PS. Por seu turno, João Massano, o presidente da concelhia, diz-se optimista: «Na altura certa tudo será definido com tranquilidade, entre a concelhia, a distrital e os órgãos nacional do partido», disse ao Semmais.

Outro dos casos complicados é o de Setúbal, a capital do distrito que o partido da rosa tanto gostaria de recuperar. O Semmais sabe que Viriato Soromenho Marques foi oficialmente convidado e depois de um tempo «para ponderar» declinou o convite, deixando os socialistas «à beira de um ataque de nervos». Paulo Lopes, ex-vere-ador da autarquia será a escolha mais ‘caseira’ e o nome de Torres Couto ou Ana Maria Bettencourt, ex-presidente da Escola Superior de Educação, muito ligada a Jorge Sampaio, são outras opções mais vagas.

Em Sines e em Santiago do Cacém está tudo em aberto, embora o Semmais saiba que Nuno Mascarenhas deverá ser o candi-dato em terras de Vasco da Gama

e o médico Nuno Oliveira e Arnaldo Frade são apontados para Santiago.

Certos e já divulgados estão Luís Ferreira, no Barreiro, Américo Gegaloto, em Sesimbra, Joaquim Barbosa, em Almada, Teresa Morais Sarmento, Alcochete, Manuel Borges, na Moita, Samuel Cruz, no Seixal e Natividade Coelho, em Palmela.

PSD aguarda decisões no Litoral Alentejano e aposta no Montijo

Nas hostes do PSD as contas estão mais ou menos a meio. Setúbal, Sines e Moita são os processos mais atrasados e à espera das primeiras indicações das respectivas concelhias. «Temos algumas ideias, mas vamos respeitar as decisões locais», disse ao Semmais o presidente da distrital, Pedro do Ó Ramos, que continua a «apostar forte no Montijo, tendo mesmo conseguido convencer a deputada e ex-gover-nadora civil Maria Merces Borges para lutar pela autarquia monti-jense.

Na luta pelas autarquias do distrito foram ainda envolvidos nomes com peso nacional, casos de António Capucho ou Carmona Rodrigues, que terão ficado pelo caminho, por terem declinado convite ou por não reunirem consenso nas concelhias.

Outro processo que terá levado uma volta nas últimas semanas é o do Barreiro, uma vez que Nuno Banza, candidato há quatro anos, foi dado como prati-camente certo na disputa elei-toral. «Há ainda algumas defini-ções por fazer», sugere o líder distrital dos sociais-democratas. Mas também Palmela não está arrumado, sendo que outro depu-tado, Paulo Ribeiro, pode vir a ser ‘chamado’ à luta eleitoral.

De resto, António Neves, um dos autarcas modelo do PSD, vai disputar a câmara de Almada, Fernando Luís

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É DAS aves mais vistosas dos campos do distrito de Setúbal. Plumagem castanha-alaranjada a roçar a «canela», asas e a cauda riscadas de branco e preto e um bico é comprido, fino e arqueado. Já a crista é eréctil com extremi-dades negras. Mas o que ressalta mais à vista nesta espécie é a sua própria silhueta. Chama-se poupa, todos a conhecem. E apesar de ainda não estar ameaçada na região, já exibe um declínio que preo-cupa os biólogos.

Com efeito, esta espécie que povoa os campos do Alen-tejo já se encontra em regressão, apresentando «um declínio moderado», embora as causas concretas não sejam conhecidas, segundo Domingos Leitão, da Socie-dade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

Ainda assim, há alguns factores que podem estar a levar ao declínio da espécie. Por exemplo, o facto de ser uma ave insectívora, muito sensível à intensificação agrí-cola e pecuária. Como espécie migradora é também muito susceptível às alterações climáticas e ao avanço do deserto nas regiões subsa-rianas, para onde migra.

Apenas uma partemigra para África

Da migração das poupas também não se sabe muito. Acredita-se que a maioria das aves migrantes provenientes da Europa passe o Inverno na África, a sul do deserto do Sara, e que as populações da Sibéria Central e Oriental migrem para a Ásia Meridional.

Em Portugal é uma espécie abundante e com ampla área de distribuição. Actualmente, apenas uma parte da popu-lação nacional das poupas migra para África. Muitos indi-víduos ficam no Sul, precisa-mente no Alentejo, onde passam o Inverno, o que explica os frequentes avista-mentos de poupas nesta altura do ano.

Com um voo irregular e ondulante, geralmente a baixa altitude, é facilmente obser-vada em habitats pouco densos da região, sobretudo nas zonas agrícolas, pastagens, pomares, vinhas, onde procura alimento. Desconfiada, sonda a terra com o seu longo bico, muitas vezes sob os detritos ou

dejectos animais, em busca de insectos e respectivas larvas. Contudo, pode também alimentar-se em pleno voo.

A espécie é monogâmica e territorial: o macho defende o território e atrai uma fêmea. Depois de formado o casal, ambos defendem o território contra intrusos. O ninho é construído em buracos de árvores e muros de pedra. Alguns são reutilizados ano após ano. A posturaé de dois a oito ovos, que são incubados pela mãe ao longo de 18 dias. As crias são cuidadas e alimen-tadas pela mãe, mas mais tarde ambos os progenitores cuidam delas. Abandonam o ninho ao fim de aproximadamente um mês.

Os ninhos das poupas são conhecidos por terem mau cheiro, uma estratégia para afastar eventuais predadores. «O mau cheiro nos ninhos de poupa é mais um mito popular do que

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Ambiente

Pub.

Até ao fecho de mais uma edição do jornal Semmais, não foi possível em tempo útil registar a situação das candi-daturas autárquicas do Bloco de Esquerda no distrito.

Dança dos independentes

Enquanto não são tomadas as decisões finais por parte das forças políticas começam a surgir ruídos fundados sobre candidaturas independentes. Em Sines, Manuel Coelho, que não se pode recandidatar, deverá ajudar a patrocinar o movimento SIM – Sines Interessa Mais, que o manteve na cadeira do poder autárquico nas últimas eleições. Marília XXXX deverá ser a candidata.Ainda no Litoral Alentejano as complicações partidárias podem originar uma autêntica ‘dança’ de candidaturas independentes. Em Alcácer do Sal, é dado como certo que o actual presidente da autarquia, Pedro Paredes, avançará com uma lista fora do espectro partidário, caso o PS não o indigite para a recandidatura em nome do partido da rosa. E em Grândola,

Aníbal Candeias, ex-presidente da Junta de Freguesia de Melides poderá seguir o mesmo caminho, com «algum apoio do PSD», goradas que foram as tentativas de juntar todas as forças socialistas em redor do seu nome. Mas é também espectável que o ex-vereador Aníbal Cordeiro, que se desentendeu com Carlos Beato, tendo mesmo renunciado ao mandato, possa avançar em lista própria, caso o PS não ratifique a sua candidatura interna e confirme a aposta em Ricardo Campaniço.Na península de Setúbal, tal como o Semmais anunciou em primeira mão, o fotógrafo Carlos Sargedas tem vontade de se intrometer na luta dos partidos, correndo por fora. «A ideia é apanhar os 50 por cento dos eleitores que não costumam votar e que não acreditam nos partidos», sugere Sargedas.

A vistosa Poupa ainda é da regiãomas já está em perigo de extinção

uma característica da espécie que a diferencie das outras aves», defende Domingos Leitão.

Não existe nenhum plano de acção dirigido para a poupa, mas o abate, a destruição dos ninhos e a perturbação da

espécie são proibidos. E tem evitado ameaças a extraordi-nária ave.

Roberto Dores

e Paulo Edson Cunha renovam candidaturas em Sesimbra e Seixal, respectivamente, Paulo Gamito avança em Santiago do Cacém, Maria do Rosário Prates, em Alcochete.

Restam os casos de Alcácer do Sal e Grândola, sendo que é suposta uma coligação PSD/CDS-PP (tal como deverá ocorrer em Sesimbra). Nestes dois concelhos do Litoral Alen-tejano a espera terá a ver como se disporão as candi-daturas do PS. Mas no caso de Grândola, tudo indica que a espera poderá estar ligada à candidatura de Aníbal Candeias, que a putativa coli-gação gostaria de vir a apoiar, segundo fontes contactadas pelo Semmais.

PP quer apresentarcandidatos em conjunto

As expectativas do CDS-PP são distintas. Mas o líder distrital não quer renegar o «brutal aumento

eleitoral» que o partido teve há quatro anos, de um para 24 autarcas eleitos. «O que sabemos é que temos todas as estruturas a funcionar e temos uma fasquia alta para este acto eleitoral», afirma Nuno Magalhães. E lembra que em Sines, por exemplo, o partido nos dois últimos anos passou de «1 a 70 militantes activos».

O Semmais sabe que o partido de Portas gostaria de poder ‘juntar-se’ ao PSD em outros concelhos, para além de Alcácer, Sesimbra e, eventualmente, Grân-dola. Mas falharam as tentativas de coligação no Montijo e Seixal, alegada-mente por oposição das concelhias.

No entanto, João Noronha deve repetir a candidatura dos centristas no Seixal e Almada poderá contar com um peso-pesado nacional, já que o presidente do partido terá pedido «um empenhamento total».

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Verderena ajuda BA local Culto das Chagas na ‘piscosa’

A FEIRA do Livro Solidária, no Auditório da Junta de Freguesia, vai decorrer entre 28 de Janeiro e 15 de Fevereiro. O certame, que decorrerá das nove da manhã ao meio-

dia e das duas às cinco da tarde, pretende oferecer toda a receita obtida durante estes dias para a aquisição de bens alimentares para os benefi-ciários do Banco Alimentar (BA) desta freguesia.

AS HISTÓRIAS e memórias de sesimbrenses que viveram de perto o culto ao Senhor Jesus das Chagas podem agora ser revividas na Capela dos Mareantes. O encontro que pretende reunir, em fotos ou

outro tipo de documentação visual e oral, um pouco do historial das festas. Este culto, cujo início a tradição oral coloca em 1534, é muito importante para a comuni-dade marítima sesimbrense.

LOCAL

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A FASE final de revisão do Plano Director Municipal (PDM) do Montijo vai levar o documento estratégico do concelho a debate com as populações, a partir deste mês.

O novo PDM «com visão estra-tégica e de futuro», no entender da autarca socialista Maria Amélia Antunes, pretende «reforçar e tirar partido da elevada centralidade da cidade e de todo o território municipal», onde está prevista a localização do futuro Aeroporto Internacional de Lisboa, no campo de tiro, na freguesia de Canha, e no território abrangido pelo arco ribeirinho da Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Em termos de mobilidade, o PDM irá promover a ligação directa da cidade à entrada da Ponte Vasco da Gama e desta ao Barreiro, encurtando o tempo de ligação entre Lisboa e Montijo e elimi-nando as tensões de trânsito nas

portas da cidade.A proposta do novo PDM

procurará corrigir erros e omis-sões dos PDM de primeira geração, «apostando numa rotura com crité-rios e métodos que sustentaram, no passado, desordenamentos territoriais e a especulação imobi-liária, nomeadamente no que respeita à sobrevalorização de activos em sede de crédito hipo-tecário», afirma o executivo.

A Escola Básica de Palhais deverá entrar em obra após as férias da Páscoa, estando prevista a

construção de mais duas salas num pavilhão pré-fabricado, o que permi-tirá o funcionamento, em simultâneo de salas de aula para todos os anos do 1º ciclo do ensino básico.

A promessa foi feita pelo presi-dente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, aos moradores da freguesia de Palhais durante uma reunião ao abrigo da s Opções Participadas.

Ao nível das pequenas interven-ções, Carlos Humberto de Carvalho garantiu, ainda, que a Junta de Freguesia, em colaboração com a Câmara, «irá melhorar a ligação» entre a Casa Mortuária e a Escola. No cruza-mento entre a Rua das Vieiras e a Rua Camilo Castelo Branco está a ser estu-dada uma ligação mais adequada do que a actualmente existente, revelou.

Aos receios de alguns muní-cipes, sobre insegurança na freguesia devido à falta de ilumi-nação pública, o executivo recorda que, em colaboração com as juntas de freguesia e a S.energia, elaborou um plano no sentido de reduzir consumos na iluminação pública com medidas como, por exemplo, a eliminação de cerca de 10 por cento das luminárias.

A vereadora Sofia Martins, das Obras Municipais, explicou que na gestão destes meios de iluminação «existem questões que estão a ser resolvidas em parceria com as juntas de freguesia», de modo a colmatar falhas e garantir a segurança das popu-lações. «Agora é preciso afinar e regular, com base inclusive nas

opiniões que vão chegando», adiantou.A possibilidade de construção

de uma rotunda no cruzamento entre a Estrada Nacional 10 e a Rua Almi-rante Reis, de modo a permitir a fluidez do trânsito e prevenir o excesso de velocidade foi um dos assuntos em debate, com o vere-ador Rui Lopo a explicar que a EN 10 pertence à Estradas de Portugal, pelo que a eventual construção de uma rotunda ou de outra solução técnica dependerá desta entidade. De qualquer forma, o autarca salientou que este poderá ser um

assunto a abordar com a empresa.Um dos protestos mais enfati-

zados respeitou ao mau cheiro prove-niente do colector situado na zona entre a Quinta de São João Sul e a Quinta de São João Norte, um assunto que para Sofia Martins é um dos problemas mais complexos de Palhais.

A autarca lembra que uma solução para este problema «depende da apro-vação» da candidatura “Barreiro Primeiro – Optimização dos Sistemas de Drenagem Águas Residuais Domés-ticas” ao Programa Operacional Temá-tico Valorização de Território (POVT).

Autarquia do Barreiro vai investir na freguesia de Palhais em diversas áreas

Plano Diretor Municipal do Montijo vai ser debatido nas freguesias

Alcochete distingue associativismo

Sesimbra previne uso de drogas em meio laboral

Moita prepara-se para combater exclusão social

Educação, iluminação e trânsito são as contempladas

Uma nova rotunda para prevenir excessos de velocidade, mais iluminação pública e o combate à poluição urbana foram algumas das promessas do executivo barreirense para investir, este ano, na freguesia.

A SESSÃO solene comemora-tiva dos 115 anos da restauração da autonomia do concelho foi reali-zada segunda-feira com uma home-nagem aos três ranchos folclóricos do concelho, à Andante Associação Artística, ao fotógrafo Alexandre Costa, ao Vulcanense Clube e ao funcionário municipal Augusto Rosa Gomes

Na altura, a Câmara e a Junta de Freguesia foram distinguidas como Sócios Honorários da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898.

O aniversário dá direito a festas, sendo que para hoje está previsto um concerto de homenagem a Alexandre Costa, com a partici-pação do Grupo de Contrabaixos da Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional de São Carlos, Quarteto Musical de Contrabaixos e Clari-netes, Quarteto de Guitarras de Lisboa e Trio Musical de Fagote, Tuba e Violino.

A PREVENÇÃO de toxicodepen-dências em meio laboral e a promoção de hábitos de vida saudáveis são os principais objectivos do protocolo de colaboração entre a Câmara de Sesimbra, a CGTP Intersindical Nacional e o Sindicato dos Trabalha-dores da Administração Local - STAL, no âmbito do Projecto EURIDICE.

O acordo visa o desenvolvimento, em parceria, de acções dirigidas aos trabalhadores da autarquia, nome-adamente, na formação e questioná-rios, bem como na intervenção e enca-minhamento de casos identificados, ao abrigo do acordo assinado em Outubro, entre o Serviço de Inter-venção em Comportamentos Aditivos e Dependências – SICAD, (antigo IDT) e a CGTP.

O Projecto Eurídice (European Research and Intervention on Dependency and Diversity in Companies and Employment) é dinamizado a nível europeu pela Cooperativa di Studio e Ricerca Sociale Marcella, e é coordenado em Portugal pela CGTP.

O PROGRAMA Contrato Local de Desenvolvimento Local Entre Nós vai ser apresentado esta tarde em Alhos Vedros, numa festa para a comunidade que marcará o início das várias actividades a desen-volver.

Dinamizada pela Misericórdia de Alhos Vedros, com o apoio da Câmara da Moita e o envolvimento do Conselho Local de Acção Social, o programa Entre Nós tem como objectivo promover a inclusão social dos cidadãos, através de acções concertadas entre diferentes parceiros para combater a pobreza e a exclusão social. As acções prolongam-se até 2015.

Seixal ajuda a prevenir inundações

PARA evitar inundações durante este período de chuvas intensas, a autarquia seixalense e a protecção covil lançam alertas à população das zonas baixas da cidade.

As primeiras chamadas de atenção remetem para a infor-mação meteorológica diária, avisa o município, ao adiantar a necessidade de desobstrução das linhas de água junto das habitações, bem como os sumi-douros e outros escoadouros nos terraços, quintais e varandas, assim como nas imediações de habitações nas zonas baixas. Deve-se dar também atenção à limpeza dos resíduos nos telhados e nos algerozes.

Executivo de Carlos Humberto promete facilitar circulação de trânsito

População envolve-se no PDM

Actividades para a população

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A CÂMARA Municipal de Setúbal vai avançar em breve com a criação de mais 8,4 quilómetros de ciclovias nas principais arté-rias da cidade de forma a «minorar os efeitos nefastos da utilização do automóvel no centro histórico». Esta primeira fase de implemen-tação da rede de ciclovias no muni-cípio está orçada em 24 mil euros, valor ao qual acresce ainda o IVA em vigor, e contempla igualmente a ligação entre as ciclovias já exis-tentes, designadamente na avenida Luísa Todi e na frente ribeirinha da cidade.

A marcação das faixas ciclá-veis avançará em cada um dos sentidos de trânsito nas avenidas Jaime Rebelo, José Pereira Martins, Combatentes, 22 de Dezembro, Mariano de Carvalho, Guiné-Bissau, Independência das Colónias e António Rodrigues Manito. As ruas Jorge de Sousa e António Manuel

Gamito também estão contem-pladas nesta primeira fase. «Pretendem-se criar percursos seguros para a circulação na cidade, incentivar a hábitos de vida mais saudáveis e apoiar a intermoda-lidade», lê-se na proposta cama-rária.

No total, o projecto da rede pres-

supõe a implementação de 26,5 quilómetros de ciclovias, estando já prevista do mesmo modo uma segunda fase que contemplará as avenidas da Portela e 5 de Outubro, bem como a Estrada dos Arcos.

A rede ciclável será executada mediante as disponibilidades finan-ceiras da edilidade.

O LARGO Poeta Bocage, contíguo ao Castelo de Sines, vai ser reabili-tado, ainda este ano. A decisão foi aprovada na última sessão do execu-tivo da Câmara Municipal de Sines, dirigido pelo independente Manuel Coelho, altura em que foi decidido o lançamento de um concurso público para a requalificação dos espaços exteriores

A requalificação tem como objec-tivo dotar o largo de melhores condi-ções de utilização através da subs-tituição do pavimento existente, da criação de zonas de estar e da insta-lação de mobiliário urbano.

De acordo com o projecto, serão criadas duas zonas tipo esplanada, a primeira em frente ao estabeleci-mento comercial existente e a segunda em frente à futura Escola de Música. Este espaço qualificado terá utiliza-ções múltiplas, nomeadamente de lazer e realização de iniciativas cultu-rais e lúdicas.

Os actuais estrados de madeira serão removidos e substituídos pelas esplanadas em pedra, pelo que a árvore no centro do largo será mantida e tratada.

O preço base do concurso é de 151 mil euros.

INICIATIVASSetúbal vai ter mais 8 quilómetros de ciclovias espalhados pela cidade

Câmara de Sines aposta na requalificação do largo do castelo

Santiago ganha turismo de excelência

Almada investe 435 mil euros no antigo teatro

Alcácer dá 60 mil à Misericórdia

Grândola aposta nos produtos localscom a batata-doce em destaque

O COMPLEXO turístico de Santiago do Cacém Monte do Giestal – Casas de Campo, instalado na loca-lidade de Abela venceu o Prémio “Turismo do Alentejo” na categoria “Melhor Turismo Rural”.

Esta foi a 3.ª edição dos prémios anuais do organismo, cuja cerimónia decorreu no Parque de Feiras em Mora, e que visam premiar a quali-dade e a excelência do trabalho no sector turístico na região.

Os responsáveis da unidade afirmam estar «no bom caminho» e garantem que vão «continuar a receber bem os clientes para que possam sempre voltar ao nosso querido Alentejo».

Um prémio que deixou o execu-tivo satisfeito, com o presidente Vítor Proença, a congratular-se «com esta importante distinção, desejando ao empreendimento votos de continu-ação de um bom trabalho».

ATÉ FINAL do mês estão abertas as inscrições para mais um Festival Cantar Abril. O evento, organizado pela autar-quia, presta homenagem à música de intervenção nas modalidades “Recriação das Canções da Resis-tência” e “Criação de Canções da Liberdade” e tem 7 500 euros em prémios para distribuir.

AS OBRAS em curso na piscina de Sines vão permitir a integração de biomassa no sistema de aquecimento, redu-zindo os custos com energia e a emissão de dióxido de carbono. A nova caldeira funcio-nará como aoio ao sistema de aquecimento por energia solar, alimentada a escama de pinha.

O TEATRO S. João, em Palmela, recebe a 2 de Feve-reiro, às 21 horas, o encerra-mento da Cidade Europeia do Vinho 2012, distinção atribuída a Palmela. A passagem de teste-munho do título vai para o muni-cípio italiano de Marsala. Há animação musical com Pedro Fonseca e Os Vindimadores.

LISBOA Almada Hotel é a nova designação do Almada Business Hotel, que pretende com esta alteração reposicionar a unidade enfatizando a sua localização.

A Details Hotels & Resorts, empresa que teve a seu cargo a exploração do Hotel desde 2010, mantém a sua ligação com o hotel.

O MUNICÍPIO dá início, terça-feira, às obras de requalificação do antigo teatro municipal. Cerca de 435 mil de euros é quanto será investido na reabilitação do edifício onde funcionou, até 2005, o teatro municipal. As obras deverão estar concluídas até ao final do ano.

O novo equipamento será dotado de uma sala de espectá-culos com capacidade para 100 espectadores e de um foyer com zona de exposições, espaço de apoio e bar. Será ainda criada uma zona de bastidores, um espaço de camarins, uma área administra-tiva e instalações sanitárias para o público e para os atores.

É de destacar ainda a recupe-ração do espaço do palco, teia e bastidores, a substituição total das coberturas, a criação de acessos a deficientes, a renovação de toda a rede de águas e esgotos, electri-cidade e aquecimento, sistema de ventilação e ar condicionado, a criação de saídas de emergência da zona do palco e plateia, e a intro-dução de sistemas de emergência e de combate ao fogo.

O MUNICÍPIO alcacerense vai apoiar a entrada em funcionamento da Residência João Paulo II, da Santa Casa da Misericórdia do Torrão, com uma comparticipação financeira de 60 mil euros.

Diz o executivo do socialista Pedro Paredes que esta medida insere-se no esforço que a autarquia tem feito para apoiar «instituições sedeadas no concelho que desenvolvem uma actividade e prosseguem fins de rele-vante interesse municipal, com espe-cial incidência na área social».

A BATATA doce produzida na região e várias iguarias confeccio-nadas com este tubérculo, são os ingredientes principais da XII edição da Festa da Batata Doce, que acontece no Carvalhal, concelho de Grândola, este domingo, a partir das dez da manhã.

A acompanhar a exposição, será realizada uma venda e degus-tação de batata doce, sendo que a festa inclui um programa de animação com um espectáculo de stand-up comedy com Jorge

Serafim, a que se segue o Grupo Coral e Etnográfico COOP, o Grupo de Dança Típica da Queimada e um Baile Popular

“Crescimento, Desenvolvimento Económico e Social ao Serviço das População Rurais das Freguesias do Carvalhal e Comporta” é o tema de um encontro/debate marcado para as 10h30, e que contará com a participação de vários oradores.

A décima segunda edição da Festa da Batata-Doce tem entrada livre.

Palmela com boas práticas para idosos

Cantar Abril em Almada

Sines reduz factura

Gala Cidade do Vinho

Hotel de Almadamuda de nome

OS PROJECTOS “Venha Falar de Saúde” e a “Loja Móvel do Cidadão” foram seleccio-nados como boas práticas que contribuem para tornar os territórios mais amigos das pessoas idosas, por um grupo de peritos nacionais e inter-nacionais, no âmbito do projecto “Cidades”, movimento internacional a que o muni-cípio de Palmela está associado. Nesse sentido, foram recolhidas e validadas, a nível nacional, 123 práticas, das quais foram seleccionadas 15, consideradas mais relevantes e onde figuram os projectos de Palmela. O município palmelense, no global, apresentou um conjunto de nove projectos.

151 mil euros melhoram largo

Velhinho teatro vai ser arranjado

Setúbal vai ganhar mais 26,5 quilómetros de ciclovias em toda a cidade

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“Poesia ao Vento” no Barreiro Fontenova vai à Amadora

ESTE SÁBADO, às 15 horas, na Biblioteca do Barreiro, é apresentado o livro “Poesia ao Vento”, de Joel Lira, refor-mado, natural do Seixal. Ao longo da sua vida, tem mostrado trabalho nas áreas

da música, teatro, literatura e associativismo. Escreveu várias peças de teatro e regista já duas centenas de sonetos. Foi homenageado pela Academia Poços – Caldense de Letras/Brasil, em 2006.

O FONTENOVA, de Setúbal, apresenta a peça “O Cerco de Leninegrado”, este sábado, às 21h30, e domingo, às 16 horas, no Recreios da Amadora. A peça basea-se no olhar, na acção e nas memórias de duas mulheres

que estão fechadas num velho teatro. Lutam pela sua não demolição. “Teatro” como metáfora para tudo o que se desmorona e que tem o fim anunciado por imposições tecnocratas e economicistas.

CULTURA

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História do musical americano

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Os manos Feist contam a história do musical americano no espectáculo “Broadway Baby”, que assinala os 30 anos de carreira dos irmãos Feist.

Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo | 21h30.

“O Homem da Picareta” é a peça que o ArteViva leva à cena para relembrar os horrores do terramoto de 1755. Com texto de Miguel Castro Caldas e encenação de Carina Silva. Teatro Municipal do Barreiro | 21h30.

“Timão de Atenas” reúne a poesia de inexcedível beleza trágica de Shakespeare e a marca pessoal do génio de Joaquim Benite, que construiu um projecto teatral único em Portugal.Teatro Municipal de Almada | 21h30.

O Homem da Picareta

História de uma queda

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26Sáb

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Rapper Azealia Banks vem cantar ao Super Bock do Meco

A rapper Azealia Banks vai actuar na 19.ª edição do Super Bock Super Rock,

que regressa à Herdade do Cabeço da Flauta, perto da praia do Meco, entre 18 e 20 de Julho. Conhecida por um novo hip-hop electrónico, a norte-americana, que se assume como bissexual, vai estrear-se em Portugal no festival de Sesimbra, no dia 18.

Azealia Banks, de 21 anos, que em 2012 chegou a estar confirmada para o Super Bock Super Rock, mas cancelou o concerto para se dedicar à gravação do seu álbum de estreia intitulado “1991”. Agora, a rapper nova-iorquina volta a estar no cartaz do festival do Meco.

Azealia Banks foi apontada pela BBC como um dos novos valores da música a seguir durante o ano passado, mas tudo indica que 2013

será realmente o ano «em grande» para a rapper.

«Broke with Expensive Taste» é o título do novo disco que deverá chegar às lojas antes do Verão. Azealia já é conhecida pelos singles «212», «Luxury» e «Atlantis».

Até ao momento, já confir-maram as presenças no festival, os Arctic Monkeys, Efterklang, TOY,

The Killers, Manuel Fúria e Queens of the Stone Age.

A organização, a cargo da empresa Música no Coração, até ao fim do mês, tem à venda um passe, pelo preço de 80 euros, que dá direito a entrada no festival durante os três dias, espaço para acampar e uma T-Shirt alusiva ao certame.

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

MÚSICA DIA 26 ÀS 22H00 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFON-SO - EMERGÊNCIAS. Diogo Marrafa com um dom especial para a composição e guitarra, vai apre-sentar-se num registo mais pessoal e intimista, traçando um caminho entre o ambiente, o jazz e o rock mais cinemático. A seguir The Fishtails reavivam a cultural mod dos anos 70. Vêm a setúbal mostrar que o r’n’blues continuam a fazer vibrar, num concerto muito especial./ Entrada: 3€ TEATRO PARA CRIANÇASDIA 27 ÀS 10H30 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFON-SO – AUTO DA ÍNDIA (M/8 ANOS) / Organização: Teatro do Elefante./ Entrada 1 pessoa: 5€, 2 pessoas: 8€CINEMADIA 27 ÀS 15H00 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFON-SO – CICLO “UM PINTOR…UM FILME”, Pollock de Ed Harris (2000, 117’)./ Organização: Artiset. /Entrada: 2€uros

DIA 31 ÀS 21H30 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO – CLUBE DE CINEMA – CINE-MA SURREALIS-TA. “O meu vizinho Totoro”, de Hayao

Miyazaki (1988, 86’), o maior criador de longa-metragens de animação do Japão. Sessão apresentada pelo ilustrador setubalense Vítor Nascimento. / Organização: CMS e Associação Experimentáculo :/ Entrada: 1€DESPORTODIA 29 ÀS 19H15 NO PAVILHÃO MUNICIPAL DAS MANTEIGA-DAS – TÉNIS DE MESA. A seleção portuguesa de Ténis de Mesa defronta a congénere alemã. Em caso de vitória, Portugal garante o primeiro lugar e a qualificação para os quartos de final da competição europeia. Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Monteiro, André Silva e Jorge Costa são os convocados para representar a seleção nacional, comandada pelo treinador Pedro Rufino./ Entrada livre

“Uma Noite em Casa de Amália” é o musical de Filipe La Feria que continua em cena no Teatro Politeama, em Lisboa. La Feria ficcionou um espectá-culo em que a diva Amália Rodrigues recebe na sua casa de S. Bento o genial poeta brasileiro Vinicius de Moraes e tem como convidados figuras incontornáveis da cultura portuguesa, como Natália Correia, David Mourão-Ferreira, José Carlos Ary dos Santos, Maluda, Alain Oulman, os amigos mais íntimos de Amália. Para se habilitar aos convites, ligue 918 047 918 ou envie um email para: [email protected]

Convites para “Uma Noite em Casa de Amália”

Ofertas Semmais

O Pai Natal e o Menino Jesus

Gil Vicente para crianças na Casa da Cultura

“O PAI NATAL e o Menino Jesus”, de Luísa Ducla Soares, com ilustrações de Maria João Lopes, da Civilização Editora, realça o que se celebra no Natal. Nesta quadra natalícia, os comerciantes e as crianças pedinchonas só pensam no Pai Natal e no seu saco cheinho de prendas. E esquecem o Menino Jesus, todo nú, deitado nas palhi-nhas do presépio… Será que o Pai

Natal lhe leva algum presente? Nesta história em que ambos entram, como é que eles se entendem?

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O TEATRO do Elefante regressa à Casa da Cultura de Setúbal com uma versão crítica do ‘Auto da índia’, este sábado, pelas 10h30. O espec-táculo, com encenação de Fernando Casaca e interpretação de Lisandra Branco, destina-se a crianças a partir dos 8 anos e seus acompanhantes.

O espectáculo coloca, ao nível do jogo teatral, a realidade vivida por muitas mulheres, nos espaços privados do quotidiano renascen-tista português. Nesta versão faz-se um paralelismo entre essa reali-dade privada e a dimensão pública dos acontecimentos históricos rela-tivos à expansão marítima do Portugal quinhentista.

A encenação projecta em palco uma visão cinematográfica do mundo, elíptica e essencialmente visual. Optou pelo monólogo, entre-cortado apenas por intervenções do castelhano, de modo a poder sublinhar a solidão e a espera cons-tante da figura principal desta obra de Gil Vicente.

A rapper norte-americana, bissexual assumida, está a gravar novo disco

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Grândola enche ruas de atletas

A JUNTA de Freguesia de Grân-dola vai realizar, na manhã de 3 de Fevereiro, o XI Grande Prémio Junta de Freguesia de Grândola – Circuito José Afonso em simultâneo com a IX Corrida Miúdos e Graúdos. Na prova são esperados cerca de

800 participantes, que irão percorrer os dez quilómetros defi-nidos pelas principais artérias da vila. Destina-se a atletas federados ou não, sem distinção de sexo ou nacionalidade, divididos pelas cate-gorias de seniores e veteranos, com

partida marcada para as 10h30 no complexo desportivo municipal José Afonso.A junta de freguesia organiza em simultâneo e com partida e chegada marcada para o mesmo local a 9.ª Corrida Miúdos e Graúdos, prova

aberta com extensão de 700 metros.A participação na prova é livre, sem escalões, com a única obrigatorie-dade de presença conjunta de um adulto e uma criança que terá de se manter durante todas as fases da prova.

DESPORTO

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Como o futebol perdeu peso no distrito

Há 30 (40) anos a região dava cartas entre os grandes do futebol

A derrota frente ao Futebol Clube do Porto, por três bolas a zero, numa casa com

pouco mais de 2500 adeptos e uma campanha que se salda em 14 pontos ao fim de 15 jogos, deixam, segura-mente, os adeptos do Vitória com saudades dos grandes momentos de futebol que se viviam no Bonfim há largos anos. Se recuarmos 30 anos, precisamente, na época de 82/83, os sadinos terminaram o Campeonato da I Divisão em sétimo

lugar e nessa altura jogavam “taco-a-taco” com os grandes do futebol nacional.

Viviam-se ainda, no Bonfim, os reflexos das melhores épocas de sempre do clube sadino, entre as décadas de 60 e 70. Com equipas que se batiam pelos lugares cimeiros da tabela e que ombre-avam com os melhores do país e além-fronteiras, os triunfos nas Taças de Portugal, em 1965 e 1967, foram o corolário desse período de ouro em que o Bonfim vivia as emoções do desporto rei com casa cheia.

Barreirense e CUFestiveram na élite

Mas recuando aos anos 70, conclui-se que esses foram, aliás, os anos dourados do futebol em toda a região. Clubes como o Barrei-rense – 4º classificado no campe-onato da I Divisão na época de 69/70 e com excelentes resultados ao longo de toda a década de 70 – ou a CUF, também no Barreiro, que em 64/65 foi 3ª classificada no escalão maior do futebol, eram simultaneamente, e em conjunto com o Vitória, verdadeiros viveiros de jogadores que mais tarde fariam carreira nos chamados grandes do futebol.

Os clubes da região assegu-ravam ainda lugar entre os

melhores nos escalões secundá-rios nacionais. O Grupo Despor-tivo de Sesimbra andou nos anos 70 pelo campeonato da 2ª Divisão, com resultados aceitáveis, assim como o Grupo Desportivo da Cova da Piedade que assegurou ao longo do seu historial mais de uma dezena de presenças no segundo campe-onato.

Um pouco à semelhança do que aconteceu no distrito a nível social, o futebol reflectiu a crise econó-mica dos anos 80. Os clubes do distrito que, até essa altura, se batiam de igual para igual a nível nacional perderam espaço e grande parte dos seus talentosos joga-dores atraídos por ordenados e condições incomportáveis para os clubes locais.

Dificuldades «descaracterizam» o ‘enorme’ Vitória sadino

O próprio Vitória de Setúbal, o único que se conseguiu manter ao longo de todo este período entre os grandes, apesar das dificuldades financeiras e de algumas descidas de divisão, tornou-se um clube descaracterizado. Fernando Tomé, uma das glórias do futebol sadino, tenta elencar algumas das razões que estiveram na origem dessa alteração ao cenário futebolístico de então. «O que mudou realmente foi a nível social. O nosso distrito

começou a ser um dos mais afec-tados com a crise e com o encer-ramento das indústrias que alimen-tavam a economia local e, nesse capítulo, todo o desporto, levou por tabela.»

Uma opinião partilhada por David Sequerra. O jornalista sesim-brense, que esteve entre os ‘mosn-tros sagrados’ da informação desportiva nacional e foi selecionar nacional, considera que foram «essencialmente as dificuldades financeiras que ditaram os destinos dos clubes» e dá como exemplo o caso do “Sesimbra” que «a deter-minada altura, na II Divisão, não conseguia fazer face às muitas despesas de deslocação e às exigên-cias de um plantel com profissio-nais e foi-se perdendo ao longo dos anos».

Hoje, os clubes da região, com excepção do Vitória de Setúbal, andam pelos escalões distritais e nas divisões menores. O último a intrometer-se nas divisões supe-riores foi o Barreirense que há poucos anos ainda discutia o campeonato da II Divisão de Honra, actual II Liga. Mas, exceptuando um ou outro momento em que os clubes da região assustam equipas de dimensão maior na Taça de Portugal, como aconteceu em épocas recentes com o Pinhalno-vense, o desporto rei no distrito atravessa dias bastante difíceis.

Há trinta (quarenta) anos o futebol da margem sul também dava cartas. O Vitória jogava ‘taco-a-taco’ com os grandes. E uma dezena de outros clubes, como a CUF, Barreirense, Sesimbra e Cova da Piedade, eram muito fortes nas duas principais divisões nacionais. Hoje é o marasmo que se conhece.

Marta David

Viveiros de estrelas

LONGE vão os tempos em que as equipas do distrito davam cartas dentro das quatro linhas, mas a região continua a ser um “bom viveiro” de atletas, como em outros tempos, com Octávio, Tomé, Vaz ou Vitor Batista, ‘gerados’ do Vitória, mas também Bento, Carlos Manuel e saídos das fornadas barrei-renses, ou Francisco Mário, da ‘piscosa’ Sesimbra.

Nos últimos anos, jogadores como Sandro ou Bruno Ribeiro, das escolas do Vitória, conse-guiram contratos além-fron-teiras. O primeiro actuou no Málaga, em Espanha, e o segundo, que chegou ao lugar de treinador no clube sadino, representou as cores do inglês Leeds United. Da escola verde e branca saiu ainda Frechaut que se sagrou campeão nacional pelo Boavista.

Marco Soares, um jovem futebolista formado nas escolas do Barreirense, também voou para lá das fronteiras do distrito. Com uma passagem pela União de Leiria e pelo futebol romeno, o médio hoje com 28 anos foi internacional A pela selecção de Cabo Verde.

Mais recente é a história dos gémeos Paixão, Flávio e Marco, que nasceram em Sesimbra, em 1984, com cinco minutos de dife-rença. Deram os primeiros passos no futebol ainda antes de completarem os 20 anos no Grupo Desportivo local e as boas prestações levaram-nos à equipa B do Futebol Clube do Porto. Passaram depois pelos campe-onatos espanhol, escocês e iraniano. Neste último, em clubes diferentes os dois irmãos deram nas vistas e foram alvo de notícia de curiosidade na imprensa. Flávio e Marco fizeram golos semelhantes, no mesmo minuto, do mesmo dia, do mesmo campeonato, mas a uma distância de 280 quilómetros um do outro. Um a jogar no Traktor e outro no Naft Tehran, os dois marcaram golos de cabeça, ao minuto 34 da partida, após cruzamentos para a área. A diferença? Um dos cruza-mentos surgiu pela direita e o outro pela esquerda! Um caso gemelar no futebol!

Uma das últimas grandes conquistas do principal clube do distrito, a conquista da primeira edição da Taça da Liga, em 2007/2008

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Galp Energia entre as melhores Factura electrónica complica

A GALP Energia foi conside-rada uma das cem empresas mais sustentáveis do mundo, em 62.º lugar, pela canadiana Corporate Knights, que elabora anualmente aquele que é consi-derado o mais credível ranking

de sustentabilidade corpora-tiva do mundo.Esta é a primeira vez que uma empresa portuguesa integra o Global 100, sendo que, para além da Galp Energia,, o BES figura em 97.º lugar.

A APLICAÇÃO das novas regras da facturação electró-nica está a baralhar os micro e pequenos empresários da região. Por isso, a Confede-ração Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas

e com a Associação de Comércio, Indústria e Serviços, vai realizar dia 30, na Moita, uma sessão de esclarecimento com a participação de um técnico da Autoridade Tribu-tária e Aduaneira.

NEGÓCIOS

Sábado //26 . Jan . 2013 //

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2012 foi o melhor ano de sempre na actividade do Porto de Sines

Com recordes absolutos na movimentação de mercadorias e as exportações a subir em flecha

O complexo portuário de Sines fechou o ano de 2012 com um novo máximo histórico

de movimentação de mercadorias, alcançando um total de 28,6 milhões de toneladas movimentadas.

Um resultado que indica um crescimento global homólogo de 11 por cento, alavancado pelos três principais segmentos de carga, os granéis sólidos, a carga geral e os granéis líquidos. Destaque, também, para os movimentos de carga que tiveram um crescimento muito mais acentuado que os movimentos de descarga, com os primeiros a aumentarem 18 por cento e os segundos a cresceram 8 por cento.

De acordo com o relatório da Administração do Porto de Sines (APS), para o novo recorde de movi-mentação de mercadorias terá contribuído também a performance do Terminal Multipurpose, o Terminal de Contentores (TXXI) e o Terminal de Granéis Líquidos, registando um crescimento homó-logo de 34 por cento, de 23 por cento e de 7 por cento, respectivamente.

Nos contentores foi igualmente registado um novo máximo histó-rico em 2012, tendo sido movimen-tados 553.063 TEU, mais 24 por cento que no ano anterior. Com a segunda fase de expansão do Terminal XXI concluída em 2012, o movimento de contentores conti-

nuou a crescer nos serviços já exis-tentes e iniciaram-se novos serviços que lhe permitiu consolidar a rede de ligações directas para pratica-mente todos os continentes do mundo.

Exportaçõescrescem 27 por cento

O número de navios esca-lados cresceu 5 por cento e, globalmente, o seu porte

aumentou 13%, estando em linha com o perfil cada vez mais sustentado deste porto “hub” ao receber navios de grande dimensão e de calados acima de 16 metros.

Este crescimento global teve reflexos directos no comporta-mento excepcional das exporta-ções que atingiram um valor global de 6,8 milhões de toneladas, ou seja, mais 27 por cento em compa-ração com o ano anterior.

O top 10 dos destinos das exportações foram os Estados Unidos da América, China, Brasil, Gibraltar, Reino Unido, França, Holanda, Bélgica, Espanha e Marrocos. As principais merca-dorias exportadas foram os vários tipos de refinados, os mármores e granitos, a pasta e papel, produtos químicos, coque e semicoque, maquinarias e produtos portugueses para consumo.

Portsines premiada pela revista ExameA concessionária do Terminal Multipurpose de Sines foi distinguida como a melhor empresa no sector de actividade “Transportes e Distribuição”, no âmbito dos prémios “Exame: as 1000 melhores PME” atribuídos por um júri constituído pela Revista Exame, a Deloitte e a Informa D&B.A eleição da melhor empresa do ano em cada sector de actividade obedece a rígidos critérios, em que em primeiro lugar é feita uma seleção das 20 maiores empresas em cada sector segundo as vendas, sendo posteriormente ordenadas de acordo com oito indicadores económico-financeiros.A atribuição deste prémio, concedido pela segunda vez à Portsines acontece após o desempenho desta empresa no ano de 2012, em que o Terminal Multipurpose do Porto de Sines registou um crescimento homólogo de 34 por cento na tonelagem movimentada.

O número de navios escalados na plataforma portuária cresceu 5 por cento e o seu porte aumentou 13 por cento.

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Porto de Setúbal eliminataxa dos contentores

Portucel mostra novo produto na Alemanha

A PARTIR deste mês, a movi-mentação de contentores no porto de Setúbal deixa de pagar a habi-tual taxa de uso do porto (TUP).

A decisão da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) pretende «contribuir de forma signi-ficativa para tornar as exportações nacionais mais competitivas, gerando emprego» e, por outro, procurar «recuperar o movimento de contentores do porto de Setúbal», que em 2012 registou uma redução de 38,2 por cento (em unidades) face

ao ano anterior, «como conse-quência da instabilidade criada pelas greves contínuas dos estivadores», questão que foi levantada na recente reunião com a Comunidade Portu-ária de Setúbal.

A proposta, que agora depende da aprovação do IMT, Instituto da Mobilidade e dos Transportes, permite «ganhos a nível da simpli-ficação do processamento admi-nistrativo das tarifas», diz a admi-nistração portuária, com especial ênfase para a facturação.

O GRUPO Portucel, líder europeu no sector de papéis finos de impressão e escrita não reves-tidos, vai marcar novamente presença na Paperworld, a maior feira do mundo dedicada a papel e material de escritório, onde apre-sentará o novo produto Explorer iLight 75g/metros quadrados.

A presença da Portucel no evento, que decorre entre os dias 26 e 29, em Frankfurt, permitirá dar destaque às várias marcas do Grupo, que são hoje líderes de mercado distinguindo-se pela inovação e sustentabilidade ambiental. A Paperworld surge assim como uma oportunidade importante para divulgar, junto dos seus parceiros de negócio a

nível internacional, as marcas de papel do Grupo que são «o espelho de uma estratégia bem-sucedida de investigação aplicada, tecno-logia sofisticada e estratégia de marketing inovadora alicerçada, entre outros aspectos, na concep-tualização e desenvolvimento de produtos Premium e marcas próprias, que representam actu-almente mais de 60 por cento das vendas de produtos transformados em folhas geradores de um maior valor acrescentado», refere fonte da empresa.

Novo produtoem destaque

Ao longo da feira, o grupo irá

expor as suas principais marcas de papel – Navigator, Pioneer, Inacopia, Explorer, Target e Disco-very – e ainda um novo produto: Explorer iLight 75g/metros quadrados.

A nova máquina de papel

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A SGS Car - Sociedade de Comércio de Automóveis, Lda., em Palmela, concessionária das marcas Honda, Volvo, Mazda, Skoda, Fiat, Mitsubishi, Alfa Romeo, Lancia e Jeep, promoveu no passado dia 19, ao longo do dia, uma reinauguração das antigas instalações Soonda Palmela, que agora passam a apresentar uma nova imagem preconizada para a Europa. Além disso, a SGS Car lançou e fez a primeira apresen-tação ao público do novo Civic 1.6 diesel. À festa não faltaram os muitos e habituais clientes e amigos da marca japonesa.

Manuel Paulino, chefe de vendas, afirma que o novo Civic com motor a diesel «era uma lacuna que existia na gama de produtos da Honda, porque não tinha um motor a diesel de baixa cilindrada». E não tem dúvidas de que este novo motor irá ser «uma referência a nível europeu e mundial». É um motor de 1 600 de cilindrada, com 120 cv e com 300 nm que está asso-ciado a um «consumo baixo» de combustível que ronda os 3,6 litros aos 100 Kms, bem como reduzidas

emissões de C02 de 94g/Km.De acordo com Manuel Paulino,

as expectativas para o novo veículo Civic são «muito boas», uma vez que não existia um motor com estas características na gama que a Honda comercializa em Portugal. «Este carro, destinado a todo o tipo de público, vai ter uma boa acei-tação do mercado». A SGS Car, no dia da apresentação, já tinha seis unidades comercializadas, o que é um bom indício, apesar da crise, sendo que um dos carros foi vendido no dia da festa.

Por seu lado, Pedro Carvalho, gerente da SGS Car, realça que o evento foi «um sucesso» e que as opiniões dos clientes sobre o novo Civic 1.6 são «muito positivas». Sobre o alargamento das instala-ções, frisou: «Estamos agora ainda melhor preparados para possibi-litar um melhor atendimento a todos os clientes Honda da nossa região».

Mais espaçoe muita animação

No que refere a obras, as insta-lações da SGS Car foram

ampliadas e toda a imagem foi mudada. O espaço está dotado de stand de vendas, oficina de mecânica e peças. A oficina de chapa e pintura foi transferida, em Agosto de 2012, para a zona junto à estação ferroviária da Refer de Palmela, por forma a ganhar mais espaço.

Já a festa de lançamento do Civic envolveu diversas activi-dades, de onde se destaca um artista a escrever o nome dos clientes em japonês, pinturas faciais, insufláveis, magia, distri-buição de balões, a pintura de uma viatura real por crianças, uma caricaturista e um DJ a colocar música para animar a festa. Numa alusão especial à cultura japonesa, os clientes puderam também ficar a conhecer um pouco melhor a arte de dobrar papel, através da Origami, a espe-cialidade da escrita nipónica. «Este tipo de iniciativas é sempre importante. Os importadores e os concessionários, cada vez mais, terão de organizar estes eventos para dar a conhecer as novi-dades», frisa o responsável.

SGS Car reinaugurou espaço e apresentou novo Civic

O novo Honda 1.6 Civic, a diesel, com um motor da geração Earth Dreams Technology, está disponível no stand da SGC Car, em Palmela, nas versões Comfort, Sport e Lifestyle, com os preços a rondar entre os 24

e os 28 mil euros. A primeira versão é mais direcionada a empresas, enquanto o Sport, um topo de gama, é para clientes mais maduros. Já o Lifestyle destina-se a um público mais jovem, que ambiciona sempre por extras.

Civic para todos os gostos

Publireportagem

SGS Car reinaugurou espaço e apresentou novo Civic

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A JOSÉ Maria da Fonseca, de Azeitão, alcançou, no passado dia 20, o prémio de Melhor Enoturismo sem Estadia, o qual foi atribuído durante a gala dos W Awards do crítico de vinhos Aníbal Coutinho.

«Sentimo-nos extremamente honrados com esta importante distinção. É o reconhecimento do trabalho de várias décadas que se tem vindo a aperfeiçoar ao longo dos últimos anos e que se traduz não só em números históricos de visitantes como na satisfação do turista que nos procura. Resultados como estes enchem-nos de responsabili-dade e ajudam-nos a trabalhar pela afirmação da Península de Setúbal como região de exce-lência, e do vinho português no panorama internacional», refere Sofia Soares Franco, responsável pelo enoturismo e comunicação da empresa.

De relembrar que o Enotu-rismo da JMF fechou o ano de 2012 com números record, atin-gindo mais de 32 mil visitantes e o meio milhão de euros de facturação. Em 2012 visitaram a José Maria da Fonseca pessoas de 66 países distintos. Portugal está em primeiro lugar com 34

por cento do total de visitantes, seguido do Reino Unido, Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Brasil e França.

A JMF competia nesta cate-goria com candidatos de grande excelência e prestígio de norte a sul do país. Também a Penín-sula de Setúbal ganhou o prémio de Melhor Indicação Geográfica Protegida.

A JMF realiza visitas guiadas às suas instalações em Vila Nogueira de Azeitão desde os anos 60 do séc. XX, tendo vindo a apostar fortemente no Enotu-rismo desde 2007.

O SUCESSO do trabalho dos cerca de 300 produtores vitiviní-colas da Adega Cooperativa de Palmela ultrapassou no último ano todas as expectativas. Os vinhos, aguardentes e bagaceiras ali produ-zidas conquistaram em 2012 34 prémios de qualidade, entre os quais 26 prémios internacionais, colo-cando a empresa no mapa mundial da produção vitivinícola de alta qualidade e tornando-a «um exemplo de resistência em tempo de crise económica internacional», refere Carlos Caleiro, líder da empresa.

O destaque vai para as 9 meda-lhas de ouro ganhas em diversos concursos nacionais e internacionais, além de 16 medalhas de prata, 5 de bronze e 4 prémios de mérito. O facto de entre os premiados se encontrarem vinhos reserva, tintos, brancos e moscatéis, bem como aguardentes, é «bem revelador da variedade e valor dos produtos em causa».

Ainda de destacar a entrada do Moscatel de 2005, da Península de Setúbal, produzido na referida empresa, na lista dos 10 melhores vinhos portugueses à venda nos Estados Unidos, nomeadamente nas casas da especialidade de Manhattan e Brooklyn.

O sucesso alcançado, deve-se, segundo a mesma fonte, a uma

«estratégia baseada na melhoria da relação qualidade/preço, bem como na criação de novos produtos e marcas que vão ao encontro das preferências dos consumidores, algo só possível graças à forte aposta feita em investigação e inovação tecnológica».

Fundada em 1955, a ACP é hoje, quase 60 anos passados, um «raro exemplo de persistência e de esforço conjunto». Tendo iniciado a sua actividade com 50 associados e uma produção que não excedia os 1,5 milhões de litros, conta hoje mais de 300 associados, 40 funcio-nários e uma produção que ultra-passa os 8 milhões de litros, 75 por cento dos quais vinho tinto, 15 por cento vinho branco e 10 por cento Moscatel de Setúbal.

JMF vence prémio melhor Enoturismo

Adega de Palmela arrecada 34 prémios Repsol na

liderança

A REPSOL recebeu pelo segundo ano consecutivo o reco-nhecimento de líder do seu sector, e pelo sexto ano conse-cutivo a qualificação como companhia “Gold Class” no “Anuário de Sustentabilidade 2013” produzido pela Robe-coSAM, a companhia indepen-dente que elabora as análises anuais para o prestigioso índice de sustentabilidade Dow Jones.

O referido anuário avalia empresas pelo seu comporta-mento em matéria de sustenta-bilidade e de responsabilidade corporativa. A Repsol foi a única companhia do sector Oil & Gás a receber a qualificação “Gold Class”, em reconhecimento pelo seu compromisso com a criação de valor a longo prazo, e com o acesso cada vez mais difícil a novos recursos energéticos, de forma responsável e sustentável.

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O PROJECTO de valorização das ruínas romanas de Tróia foi distinguido pela Turismo do Alen-tejo com o prémio de “Melhor Projecto Púlico” da região em 2012, destronando, por exemplo, o centro de interpretação da Batalha dos Atoleiros. Em declarações ao Semmais, João Madeira, director-geral do Tróia Resort, entidade responsável pelo projecto, consi-derou que este «reconhecimento externo é importante para o trabalho desenvolvido no complexo, não aumentasse este a responsabilidade da equipa e gerando mais motivação».

Apesar de satisfeito com a distinção, João Madeira lembra que as ruínas romanas de Tróia também receberam no ano passado a menção honrosa na categoria de “Projecto Público” pela Turismo de Portugal, além de terem sido distinguidas pela revista “Mais Alentejo” na cate-goria de “Projecto Cultural”. E a consequência directa destas distin-

ções traduzem-se no aumento sustentado de visitantes que cresceu de 4500 em 2011 para 6 mil no ano seguinte. «É o coro-lário do trabalho desenvolvido pela equipa permanente de três arqueólogos do Tróia Resort», diz.

Para 2013, o objectivo passa por trazer mais visitantes ao local, onde os trabalhos arqueológicos prosseguem, e mais visibilidade. Esta última deverá ganhar um forte empurrão no último trimestre de 2013 quando a penín-sula de Tróia acolher um congresso internacional subor-dinado à importância do garum para o local na época dos romanos e do seu respectivo transporte em ânforas. «Em Março, o Tróia Resort vai promover a segunda edição dos “Encontros de Tróia”, este ano dedicada à partilha das memó-rias do Sado», revela João Madeira. Actualmente, existem já dois espaços museológicos com artefactos das ruínas no

Tróia Resort, designadamente no clubhouse do Tróiagolf e no hotel Aqualuz.

Distinções acentuampotencial do litoral

Durante a atribuição dos prémios, em Mora, Ceia da Silva, presidente do Turismo do Alen-tejo, disse que era «fundamental premiar a qualidade e a excelência do sector turístico na região, sobretudo na altura de crise que o país atravessa». O Festival

Músicas do Mundo, de Sines, e as casas de campo e SPA do Monte do Giestal, em Santiago do Cacém, venceram, respectivamente, nas

categorias de “Melhor Evento” e de “Melhor Turismo Rural”.

Bruno Cardoso

Sábado //26 . Jan . 2013 //

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ÚLTIMA

DOS CERCA de 14 médicos de Oftalmologia do Hospital de São Bernardo (HSB), em Setúbal, restam apenas seis. Uma ‘razia’ que tem vindo a ocorrer ao longo dos últimos dois anos e que pode por em causa o serviço aos pacientes desta especialidade.

A falta de clínicos nesta área é denunciada pelo director do serviço, David Martins, para quem seria necessário abrir mais vagas de modo a que seja asse-gurada a excelência da qualidade desta valência que até há quatro anos atrás era considerada das

melhores no sul do país.Os sete médicos saíram há

cerca de dois anos por razões relacionadas com reformas ante-cipadas, transferência para o sector privado e até emigração, revela o responsável clínico que, entretanto, reuniu com a Admi-nistração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo para tentar resolver o problema com que o HDS se depara. Satis-feito com o grau de sensibilidade demonstrado pelos responsá-veis da ARS, David Martins viu com agrado a abertura de uma

vaga para o HSB que deverá ser preenchida no próximo mês.

Ainda assim, os serviços precisam de ‘sangue novo’ porque «os actuais seis espe-cialistas estão a fazer o trabalho de 12», salienta o director dos serviços, que em entrevista ao SemMais a publicar em próximas edições, faz uma ‘radiografia’ completa ao estado dos serviços de oftalmologia nos hospitais da região.

Necessidade de protocoloscom outros hospitais

David Martins, um dos grandes responsáveis pelo serviço de exce-lência do HSB, nomeadamente na área da cirurgia vítreo-retiniana - aplicada aos doentes diabéticos e a vítimas de lesões graves na retina -, defende, também, a neces-sidade do estabelecimento de protocolos de articulação entre o HSB e os hospitais do Barreiro e do Litoral Alentejano, que permitam a partilha das mais-valias humanas e técnicas no sentido de promover a melhoria da resposta desta espe-cialidade clínica a todos os doentes do distrito.

Oftalmologia do hospital de Setúbal perde metade dos médicos

Ruínas de Tróia são o melhor projecto público do Alentejo

A importância das ruínas

As ruínas romanas de Tróia, classificadas como monumento nacional desde 1910, são um grande complexo de produção de salgas de peixe construído na primeira metade do séc. I, e ocupado provavelmente até ao séc. VI, e situam-se no braço nordeste da península. O seu elemento mais característico são as oficinas de salga, onde se preparavam as conservas e molhos de peixe, entre os quais o famoso garum. Além dos tanques de conserva e salga do peixe, as investigações arqueológicas no local deixaram a descoberto umas termas, com as tradicionais

salas e tanques de banhos frios e quentes, um núcleo habitacional com casas com rés-do-chão e primeiro andar, um mausoléu, necrópoles com diferentes tipos de sepulturas e uma basílica paleocristã com paredes pintadas a fresco. A equipa de arqueologia do troiaresort tem realizado trabalhos arqueológicos preventivos, preparatórios da valorização e de salvamento ao abrigo do protocolo celebrado em 2005 com o IPA e o IPPAR (hoje IGESPAR) e do projecto de valorização das ruínas romanas de Tróia (Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos 2008-2011).

SAD do Vitória condenada a pagar 110 mil euros

A SAD do V. Setúbal foi conde-nada ao pagamento de 110 mil euros ao antigo treinador Carlos Cardoso relativos a salários e prémios pela manutenção da equipa de futebol na 1.ª Liga. O acórdão do Tribunal de Évora atendeu apenas alguns pontos do recurso do clube, o que permitiu uma redução do montante inicial esta-belecido na sentença do Tribunal de Trabalho de Setúbal, de 114 mil euros para pouco cerca de 110 mil euros.

Fundação para a saúde debate em Setúbal

A FUNDAÇÃO para a Saúde realiza este sábado, entre as 14h30 e as 17h30, no Instituto Politécnico de Setúbal, o encontro “SNS: Património de todos”. Constantino Sakella-rides, presidente da fundação, abre os trabalhos. que vai contar com as presenças de Maria da Luz, da ACES de Almada/Seixal; Luis Soares e José Poças, do Centro Hospi-talar de Setúbal; Jorge Sampaio Santo, do Centro Hospitalar do Barreiro e Rosário Amaral , do Hospital Garcia de Orta. O encontro culmina com um debate moderado por Amaral Canelas, da Ordem dos Médicos de Setúbal.

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