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MANUAL DE REDAÇÃO Agência Senado e Jornal do Senado

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Manual de Redacao Da Agencia Senado e Do Jornal Do Senado

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MANUAL DE REDAÇÃOAgência Senado e Jornal do Senado

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PresidenteJosé Sarney

1º vice-presidentePaulo Paim

2º vice-presidenteEduardo Siqueira Campos

1º secretárioRomeu Tuma

2º secretárioAlberto Silva

3º secretárioHeráclito Fortes

4º secretárioSérgio Zambiasi

Suplentes de secretárioJoão Alberto SouzaSerys SlhessarenkoGeraldo Mesquita JúniorMarcelo Crivella

Diretor-geral do SenadoAgaciel da Silva Maia

Secretário-geral da MesaRaimundo Carreiro Silva

Secretaria de Comunicação SocialArmando S. Rollemberg

Subsecretaria Agência SenadoAntonio Caraballo

Subsecretaria Jornal do SenadoMaria da Conceição Lima Alves

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SENADO FEDERALSECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

MANUAL DE REDAÇÃO

AGÊNCIA SENADO

JORNAL DO SENADO

Brasília – 2003

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© 2003 by Senado Federal

Tiragem: 1.000 exemplares

Senado FederalSecretaria de Comunicação SocialAgência Senado e Jornal do Senado

Endereço:Praça dos Três PoderesEd. Anexo I do Senado Federal – 20ºBrasília/DF – CEP: 70165-920

Comissão de elaboração (Portaria do Diretor-Geral nº 14, de 10/4/2000):José do Carmo Andrade, Edson Luiz de Almeida, Eliane Manhães Mendes, Flávio Antônioda Silva Mattos, Helena Daltro Pontual, João Carlos Ferreira da Silva, Lindolfo do AmaralAlmeida, Márcia de Magalhães Álvaro Barr, Marcos Dantas de Moura Magalhães eMariuza Maria Pereira Vaz.

Comissão de sistematização e revisão (Portaria do Diretor-Geral nº 21, de 2001):José do Carmo Andrade, Márcia de Magalhães Álvaro Barr, Mariuza Maria Pereira Vaz,Helena Daltro Pontual, Lindolfo do Amaral Almeida e Eliane Manhães Mendes.

Colaboradores: Cláudia Lyra Nascimento e Izaías Faria de Abreu.

Brasil. Congresso. Senado Federal. Secretaria deComunicação Social.

Manual de redação : Agência Senado, Jornaldo Senado. – Brasília : Senado Federal, 2001.

154 p.

1. Jornalismo. 2. Redação técnica. I. Título.

CDD 070.412CDU 070.41

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho

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SUMÁRIO

PRINCÍPIOS E ÉTICA .............................................................................. 7Filosofia .............................................................................................8Ética ................................................................................................ 10

REDAÇÃO JORNALÍSTICA .................................................................. 11Normas gerais ................................................................................. 11Normas específicas .......................................................................... 13

CONVENÇÕES .................................................................................... 21Abreviaturas .................................................................................... 21Cargos e funções ............................................................................. 21Formas de tratamento ....................................................................... 22Gírias .............................................................................................. 23Itálico e negrito ................................................................................ 23Maiúsculas ...................................................................................... 23Minúsculas ...................................................................................... 26Numerais ......................................................................................... 26Pesos e medidas .............................................................................. 28Siglas ............................................................................................... 28

EDIÇÃO............................................................................................... 29Agência ........................................................................................... 30Jornal ............................................................................................... 33Normas gerais ................................................................................. 33Normas específicas .......................................................................... 34Normas operacionais ....................................................................... 36

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PROCESSO LEGISLATIVO .................................................................... 38

CONHECIMENTOS GERAIS ................................................................ 68Português ......................................................................................... 68Emprego do hífen ............................................................................. 84Economia......................................................................................... 87Conhecimentos jurídicos ............................................................... 109

ANEXOS ............................................................................................ 119Siglas ............................................................................................. 119Senado Federal .............................................................................. 129Congresso Nacional ....................................................................... 130Câmara dos Deputados .................................................................. 130Partidos políticos ........................................................................... 131Expressões em latim ....................................................................... 132Outras línguas ............................................................................... 132Outras informações........................................................................ 134Endereços interessantes na Internet ................................................ 134

BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 141

ÍNDICE .............................................................................................. 145

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PRINCÍPIOS E ÉTICA

Acriação do Jornal do Senado e da Agência Senado de Notíciasteve o mesmo objetivo que motivou o desenvolvimento de toda apolítica de comunicação social do Senado Federal. À época, consta-

tou-se que os veículos privados de comunicação dedicavam muito poucoespaço em seus noticiários para os trabalhos desenvolvidos no Parlamento.A cobertura dos jornais era direcionada, principalmente, para os eventospolíticos. Uma vasta gama de atividades era ignorada, inclusive o debate evotação de temas que representavam importantes mudanças na vida doscidadãos.

Verificou-se a necessidade de fazer com que as informações relativasao trabalho do Senado chegassem diretamente à população. Desse modo,as pessoas passariam a ter elementos suficientes para avaliar, por si mes-mas, o que vinha sendo feito na Casa. Havia a intenção de garantir transpa-rência à atuação do Senado e de promover a democratização da informaçãoproduzida na Casa.

Os debates, as votações, as reuniões de comissões passaram a seracompanhados, ao vivo, pela TV Senado e pela Rádio Senado. E o noticiáriorelativo a esses eventos passou a ser disponibilizado pela Agência Senadoem tempo real na Internet, ao mesmo tempo em que eram distribuídas cópiasdas notícias para os comitês de imprensa do Senado e da Câmara dos De-putados e para os principais jornais do país. A Agência passou também aenviar diretamente às redações de veículos de comunicação e agências denotícias nacionais e internacionais, via e-mail, a agenda das atividades doSenado e as manchetes do dia.

Da mesma maneira, no primeiro momento, o Jornal do Senado visouatingir de imediato a mídia nacional, levando aos jornais e aos jornalistas asinformações geradas no Legislativo. Foi montado um esquema de distribui-

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ção que permitiu a entrega da publicação em todas as redações de jornal,rádio e televisão em Brasília. O objetivo desse esquema era garantir que oJornal do Senado estivesse à disposição dos responsáveis pela confecçãodas pautas logo nas horas iniciais da manhã, de modo a auxiliá-los na orien-tação da reportagem.

Assim, o público-alvo inicial desses veículos foram os jornais e osjornalistas. A intenção nesse momento era garantir a multiplicação das in-formações relativas às atividades do Senado Federal. Quanto mais informa-dos estivessem os jornalistas, mais completa seria a cobertura e mais infor-mados estariam seus leitores.

Para cumprir sua missão, tanto o Jornal do Senado como a AgênciaSenado necessitavam ter credibilidade junto a seu público-alvo. Era precisoque os jornalistas tivessem a garantia de que as notícias que lhe chegavamàs mãos não representavam propaganda dos senadores. Isso foi conseguidocom a postura objetiva e jornalística apresentada nas matérias. Essa é umaposição fundamental no trabalho da Secretaria de Comunicação Social doSenado Federal.

O Jornal do Senado é enviado às redações dos órgãos de imprensa ea todas as assembléias legislativas estaduais, governos dos estados, prefei-turas municipais e câmaras de vereadores de todos os municípios brasilei-ros. A publicação é enviada também para organismos de representação dasociedade civil, como os sindicatos de trabalhadores e de empregadores, epara o público em geral que a solicita pelo telefone 0800 61 22 11, o pro-grama denominado Voz do Cidadão.

FILOSOFIA

A Agência Senado e o Jornal do Senado são órgãos de divulgação dasatividades do Senado Federal. Têm prioridade na cobertura jornalística, sal-vo deliberação em contrário do Conselho Editorial da Secretaria de Comu-nicação Social, as sessões plenárias, as reuniões das comissões, as reuniõesdo Conselho de Ética e as atividades da Presidência do Senado Federal. Onoticiário elaborado pela Agência Senado não omitirá informações a respei-to de fatos ocorridos durante sessões plenárias e reuniões de comissões oudo Conselho de Ética, salvo se forem secretas.

Os dois veículos reportam as discussões realizadas e as decisõesadotadas pelo Plenário e pelas comissões permanentes e temporárias. Cons-tituem, assim, uma versão jornalística do Diário do Senado Federal, possi-

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bilitando que as informações nele contidas cheguem a um público maisamplo, em linguagem acessível.

Isso implica uma responsabilidade extra para os profissionais envol-vidos em sua confecção porque as informações divulgadas por esses órgãospassam a ser informação oficial. Uma imprecisão, que em algum outro ór-gão de imprensa não teria maiores conseqüências, em nossos veículos ga-nha maior dimensão.

Por essa razão, as matérias escritas pelos repórteres da Agência preci-sam ser cuidadosamente elaboradas, para que se apresentem claras, objeti-vas e fiéis aos fatos. Não devem deixar dúvidas em relação aos pensamen-tos expressos, no caso de discursos, ou à decisão adotada, no caso de vota-ções. Do mesmo modo, devem ser destituídas de qualquer adjetivação oujuízo de valor em relação aos fatos reportados. Não cabe à Agência ou aoJornal emitir opinião sobre discurso ou projeto de senador ou, ainda, sobredecisão de Plenário ou de comissões. O propósito dos noticiários do Sena-do é levar ao público a informação objetiva, sem interpretações, de modoque ao leitor sejam dados os elementos necessários para que faça sua aná-lise e forme sua opinião.

As atividades da Agência e do Jornal têm caráter apartidário e impar-cial. Todos os senadores receberão tratamento equânime por parte dos veí-culos da Casa. Os eventos político-partidários ocorridos no Congresso Na-cional ou fora dele não terão cobertura jornalística por parte da AgênciaSenado.

Para chegar ao grande público, que não tem obrigação de conhecer oprocesso legislativo, o noticiário do Jornal e da Agência deve ser escrito emuma linguagem que torne as questões abordadas compreensíveis aos leito-res. Os termos da técnica legislativa devem ser traduzidos e explicados, semprejuízo da correção do processo. Os veículos de comunicação do Senadotêm, assim, caráter didático e, por essa razão, a eles cabe facilitar a compre-ensão do público no que se refere ao modo de funcionamento do PoderLegislativo.

Os veículos da Secretaria de Comunicação Social não privilegiampartidos políticos, estados da União ou determinados senadores em seunoticiário. A divulgação das notícias e os destaques na edição seguem pa-drões puramente jornalísticos. Têm maior destaque as notícias que se refe-rem a decisões que afetem em maior grau a vida das pessoas e a um númeromaior de pessoas. As decisões de Plenário e das comissões têm precedênciasobre discursos e projetos apresentados pelos senadores.

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A Agência Senado dá publicidade às atividades dos Plenários do Sena-do Federal e do Congresso Nacional; das comissões e da Presidência e aoseventos oficiais promovidos pelo Senado. O Jornal do Senado com data ime-diatamente posterior à data da sessão publicará, obrigatoriamente, todas asdecisões adotadas e os discursos efetivamente pronunciados em Plenário. Asmatérias sobre os discursos enviados à Mesa para publicação no Diário doSenado Federal na forma do disposto no artigo 203 do Regimento Interno(dispensada a leitura) e os projetos dos senadores serão disponibilizados ime-diatamente na home page da Agência e distribuídos aos jornais do interioratravés de fax. No Jornal, serão publicados de acordo com a disponibilidadede espaço, seguindo a ordem de precedência na entrega à Mesa.

O material elaborado pela Agência Senado será editado pelo Jornal doSenado, que definirá o tamanho das matérias, os títulos, as legendas das fotos,as manchetes, as chamadas de capa, a diagramação e as ilustrações. Na edi-ção, será utilizado o critério jornalístico, resguardado o interesse público.

ÉTICA

Como qualquer cidadão, o jornalista tem direito a suas opiniões econvicções políticas, com ampla liberdade de expressá-las; mas, como todofuncionário, no local de trabalho e no exercício de sua atividade profissio-nal deve manifestá-las por meio dos canais facultados para isso. Suas posi-ções não podem influenciar a apuração ou redação do noticiário da Agên-cia ou do Jornal do Senado. As matérias e a edição não podem refletir pre-disposição favorável ou contrária a qualquer tendência política. A realiza-ção de campanhas político-partidárias no ambiente de trabalho, da mesmamaneira, está condicionada ao que determinam o Regime Jurídico Único(RJU) e o Regulamento Administrativo do Senado Federal (Rasf).

O relacionamento do jornalista com os senadores deve ser pautadopelo respeito devido e pela cerimônia que o cargo recomenda. Não é admissívelutilizar uma possível proximidade com o detentor de mandato parlamentarpara fins particulares, em atitude incompatível com o decoro funcional.

O RJU, o Rasf e outras normas pertinentes exigem de cada jornalistada Casa, também, como de qualquer funcionário, o respeito a regras relati-vas ao traje adequado para o local de trabalho e ao uso de documentos ecrachás de identificação. A identificação como jornalista do Senado Fede-ral, que garante livre acesso ao Plenário e a outras dependências da Casa,deve ser utilizada para facilitar o trabalho; é proibido o seu uso para finsparticulares dentro ou fora das dependências da instituição.

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REDAÇÃO JORNALÍSTICA

AAgência Senado e o Jornal do Senado devem buscar sempre aqualidade, a correção, a objetividade e a clareza no material infor-mativo produzido, permitindo aos leitores uma rápida e precisa in-

terpretação das decisões tomadas pelos legisladores e de seus efeitos navida do país. Este capítulo do Manual de Redação trata das normas a seremseguidas pelos repórteres, redatores e editores na elaboração das matérias,tendo em vista esse objetivo.

NORMAS GERAIS

Um repórter enfrenta desafios todos os dias – essa é a natureza daprofissão e seu fascínio. Alguns desses desafios estão na elaboração do tex-to. Redigir é uma tarefa que implica o domínio de capacidades lingüísticas;é um processo intelectual em que se organizam idéias sobre um determina-do tema e se expressam essas idéias por escrito. Assim, para redigir um bomtexto é preciso, além de escrever corretamente, ter claras as idéias que sepretende colocar no papel, estar seguro de que se entende do assunto a sertratado; do contrário, o texto não irá fluir. Nunca é demais lembrar a impor-tância da leitura para o trabalho jornalístico e que o conhecimento préviode todo o material referente ao texto a ser produzido é procedimento básicopara a compreensão do assunto.

O repórter deve redigir seu texto como se fosse o texto final a serdivulgado pela Agência e publicado pelo Jornal. Embora os textos possamser alterados pelos editores, cada repórter deve escrever suas matérias demodo que possam ser imediatamente divulgadas. Não se deve ser tolerantecom eventuais dúvidas e erros sob o argumento de que o texto passa neces-sariamente pelos redatores antes da publicação.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

O lead deve ser o mais informativo possível, dispensando detalhes.Não deve ser redigido com períodos longos e frases intercaladas, que obri-gam o leitor a uma ginástica mental para compreender o texto, tampoucoiniciar-se com comentário ou interpretação longa em que o autor só é iden-tificado muito adiante, o que pode dar a impressão de que aquele é o pensa-mento da Agência ou do Jornal. Deve-se evitar iniciar o lead com declara-ção entre aspas. Esse, no entanto, é um recurso que poderá ser usado excep-cionalmente – apenas se houver o entendimento de que a frase pode causarimpacto no leitor.

As matérias devem ser claras e concisas. O repórter deve optar sem-pre pela simplicidade, escrever de forma direta, em linguagem acessível, eevitar alongar-se sem necessidade. A economia de palavras pode tornar maisfácil a compreensão do texto.

Antes de escrever, o repórter deve manter entendimentos com a che-fia de reportagem visando estabelecer o número de matérias a serem redigidase o número de linhas de cada texto. As matérias serão então pautadas ecaberá ao repórter, salvo em situações especiais, obedecer ao número delinhas combinado. (Mais informações sobre a extensão das matérias nosverbetes deste capítulo.)

Deve-se privilegiar sempre o conteúdo das decisões adotadas pela Casa.É necessário explicar ao leitor como as propostas aprovadas poderão afetar asua vida e o cotidiano do país. As matérias devem informar sobre os próximospassos da tramitação legislativa de cada proposta apreciada, mas a prioridadedeve ser sempre a informação objetiva a respeito das decisões. Sempre quenecessário, serão elaborados textos auxiliares para tornar ainda mais claro oconteúdo de projetos importantes aprovados pelo Plenário ou pelas comissões.

Um pressuposto básico para a cobertura de votações nas comissões eno Plenário é o conhecimento prévio das matérias que serão apreciadas.Dessa forma, pode-se evitar, por exemplo, que um repórter considere quefoi aprovado um projeto original, quando, de fato, terá sido aprovado umsubstitutivo elaborado pelo relator.

Quando for feita referência a procedimento, legislação ou valor, éindispensável esclarecê-lo ao leitor. O repórter deve consultar a fonte e poderecorrer à equipe de produção da Agência para auxiliá-lo. Se, por exemplo,o salário mínimo é citado, deve-se informar o valor vigente. Se, em outrahipótese, o senador defende o pagamento de vale-transporte ao trabalhadordesempregado, “nos moldes do seguro-desemprego”, é preciso explicar osistema de pagamento deste último benefício.

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Quando ocupar todo um parágrafo, a reprodução de frases do perso-nagem da notícia deve ser feita entre travessões. Nos parágrafos em que orepórter usar o discurso indireto, as citações devem estar entre aspas. Apósas aspas ou travessões, dê preferência aos verbos dicendi (que acompa-nham uma declaração) afirmou, disse, declarou. Não devem ser usados ver-bos – como ironizou, atacou – que impliquem uma apreciação do repórtersobre a frase citada; são preferíveis verbos considerados neutros. (Mais so-bre o assunto nos verbetes deste capítulo.)

É preciso tomar cuidado com a mudança de sujeito no meio de umperíodo. Em vez de escrever “o senador disse que nós vamos aprovar o quefor melhor para o país”, deve-se optar por uma solução como: “O senadordisse que o Senado vai aprovar o que for melhor para o país”. A troca desujeito pode motivar interpretações equivocadas. Um bom exemplo disso,ainda que aparentemente absurdo, seria: O senador disse que “eu vouprocessá-lo”. (Ver Sujeito, no capítulo Conhecimentos Gerais/Português.)

Ao concluir o texto de cada matéria, o repórter deve passar o corretorortográfico. Esta providência poderá evitar a ocorrência de pequenos erros.Deve eliminar também os espaços extras entre as palavras. (Ver Corretorortográfico no capítulo Edição.)

NORMAS ESPECÍFICAS

Adjetivos – O texto jornalístico elegante é econômico em adjetivos.Usa-se o adjetivo apenas quando for relevante no contexto. Em lu-gar do adjetivo “extenso” para qualificar um relatório, por exemplo,é preferível informar o número de páginas do documento. Deve-seevitar também a imprecisão de alguns, diversos, muitos, poucos.

Apartes – Todos os aparteantes devem ser citados. Quando váriossenadores concordam ou discordam do orador e manifestam suaopinião de forma muito semelhante, seus nomes podem ser agru-pados para que o texto não fique demasiado extenso. Ex.: senado-res Fulano, Beltrano e Sicrano concordaram com o orador. Se oaparte torna-se, entretanto, um novo discurso – e a relevância dotema justifica –, pode ser tratado como tal e merecer até uma ma-téria à parte.

Aspas – As aspas serão usadas quando, em discurso indireto, o repórterreproduzir parte da fala ou quando citar trechos de documentos. Ouso de frase entre aspas na abertura de uma matéria só será aceito

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quando a frase for curta e de impacto, conforme dito anteriormente.Colocar uma única palavra entre aspas não é bom recursoestilístico, pois torna o texto ambíguo. O termo pode assumir sen-tido pejorativo ou levar o leitor a crer que seu uso entre aspassignifique manifestação de ironia e que deveria ser entendido nosentido oposto ao conhecido. Se a intenção do repórter é indicarque aquela foi exatamente a expressão usada por alguém, devereproduzir uma frase completa ou um trecho mais extenso da de-claração. Aspas e travessões devem ser usados com cautela, paravalorizar a informação.

Boxe – Em casos especiais, e mediante entendimentos com a chefiaimediata, o repórter poderá elaborar um texto acessório ou boxe,que conterá informações suplementares ao texto principal. O jar-gão jornalístico boxe não deverá, entretanto, ser usado no textopara remeter o leitor a um quadro na mesma página.

Citações – As declarações do personagem da notícia deverão apare-cer entre travessões quando abrirem parágrafo. As aspas serão usa-das quando, em discurso indireto, o repórter reproduzir parte dafala ou quando citar trechos de documentos. Neste último caso,em que se incluem as justificações de projetos, não deve ser usadoo travessão. (Ver Verbo no presente.) Não abrir dois parágrafosseguidos por travessões e evitar iniciar um parágrafo com traves-são quando o anterior tiver sido encerrado por aspas. Citaçõesdevem ser usadas com parcimônia. Mesmo em uma matéria sobreum pronunciamento, não se deve abusar do discurso direto. Al-guns recursos para variar o texto são: sintetizar o pensamento dopersonagem da matéria; usar discurso indireto, abrindo aspas parauma frase – evitar colocar entre aspas palavras ou expressões iso-ladas –, e reproduzir as idéias usando as palavras do autor, sem asaspas. (Ver Aspas.)

Citações/correção – A autoridade não está livre de cometer equívo-cos. O repórter da Agência deve tomar cuidado ao reproduzir afala de alguém que possa ter cometido erros de português ou feri-do a lógica ou os fatos. Se houver dúvida quanto a dados mencio-nados por um senador, por exemplo, o melhor é procurar esclare-cimento com ele ou com sua assessoria.

Decisões – A cobertura das decisões do Plenário e das comissõesdeverá garantir ao leitor informações básicas a respeito das medi-

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das aprovadas, da manifestação do relator da matéria e do debateque antecedeu a decisão. Os votos ou a ocorrência de votação sim-bólica devem ser registrados apenas quando houver relevância. Senecessário, e previamente acertado com a chefia de reportagem, acobertura será dividida em duas ou mais matérias, que tratem, isola-damente, de temas como o parecer do relator ou as mudanças queuma proposta aprovada trará ao cotidiano da população.

Declarações – Ver Citações.

Discurso direto – Reprodução das palavras de alguém nos termosexatos em que foram ditas. (Ver Aspas, Citações e Travessão.)

Discurso indireto – Reprodução das palavras de alguém na terceirapessoa, quer atribuindo-as claramente a outra pessoa em oraçõessubordinadas a um verbo dicendi, quer usando-as em orações in-dependentes. (Ver Aspas, Citações e Travessão.)

Ementa – Ao escrever matéria sobre projeto em tramitação, o repórternão deve levar em conta apenas as informações contidas na emen-ta. Raramente elas oferecem os subsídios necessários à compreen-são, pelo leitor, do que propõe o projeto. Antes de iniciar a reda-ção da matéria, é indispensável a leitura completa da proposta coma justificação do autor. Deve consultar também a legislação citada– que acompanha o avulso do projeto – para não correr o risco detratar como inovação medida que já esteja contida em lei.

Exatidão – A credibilidade do material produzido pela Agência Sena-do e publicado pelo Jornal do Senado está na exatidão das infor-mações e na transcrição fiel das declarações. Ao repórter da Agên-cia não cabe interpretar o pensamento expresso por um senadorem, por exemplo, um determinado discurso, mas sim relatar asidéias expostas pelo parlamentar, com o maior rigor possível. (VerCitações/correção.)

Ex-senador – Aplica-se ao senador que já não está no exercício docargo. Se vier a falecer no cumprimento do mandato, será sempretratado como senador. Se a matéria refere-se a projeto de ex-sena-dor, deve-se procurar escrever “projeto de autoria do então sena-dor Fulano de Tal”. Ex-senador não apresenta projeto.

Hierarquizar os fatos – Antes de conversar com a chefia sobre a ma-téria apurada, o repórter precisa selecionar o que é mais importan-te e ter claro o que é mais relevante entre todos os dados de que

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dispõe. (“Se já não traz na cabeça aquilo que mais se destaca,muito provavelmente vai enterrá-lo no meio do texto”, Luiz Garcia,Manual de Redação e Estilo de O Globo.) O repórter deve organi-zar mentalmente o que apurou – a memória ajuda, por ser umfiltro natural, retendo o que efetivamente importa.

Infográficos – Sempre que relevante, mediante acerto com a chefia, orepórter poderá redigir um quadro com os principais pontos deum projeto aprovado ou um depoimento importante. Se o repórtertiver dados que, embora não caibam no corpo da matéria, possamser aproveitados em um infográfico pelo jornal, deve passar essematerial à chefia de reportagem, com essa sugestão.

Informação – “A falta de fatos deixa buracos que nenhum artifício deestilo consegue tapar” (Luiz Garcia, Manual de Redação e Estilode O Globo). Esta afirmação aplica-se especialmente no caso dematéria sobre projeto ou relato de votação, como nas coberturasda ordem do dia. O repórter precisa, previamente, inteirar-se bemdo assunto, recorrendo à leitura de legislação correlata; das etapasde tramitação da matéria e do relatório do relator ou parecer apro-vado nas comissões por que tenha passado a proposta. A chefia dereportagem geralmente dispõe antecipadamente das pautas de vo-tação no Plenário e nas comissões para consulta dos repórteres.

Lead – O lead deve ser redigido em linguagem direta, clara e aces-sível. Deve sintetizar as informações de modo a transmitir aoleitor a idéia essencial da matéria. Quando se tratar de delibe-rações do Plenário ou das comissões, o lead deve anunciar adecisão e deixar claro o significado prático da proposta aprova-da. Deve informar o próximo passo da tramitação da matériadeliberada e, somente quando relevante, o resultado numéricoda votação. A informação principal não deve se perder entredetalhes do processo legislativo, nome do presidente da comis-são etc. – esses dados nem sempre precisam estar no início damatéria ou ser ditos todos de uma vez. O lead deve ser conciso.Recomenda-se que tenha duas ou três frases e no máximo seislinhas. Deve ser redigido preferencialmente na ordem direta (su-jeito, verbo e predicado). Iniciar o lead com advérbio, gerúndioou preposição deve ser evitado.

Lidão – Apenas internamente, na redação, denomina-se “lidão” o tex-to que serve, especialmente no Jornal do Senado, para apresentar

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as matérias da cobertura de um evento especial. Esse texto deve terde dez a 15 linhas.

Matérias institucionais – A Agência pode elaborar, quando entendernecessário, matérias institucionais para esclarecer o leitor sobre oprocesso legislativo. Por exemplo, quando aprovada uma emendaà Constituição, a matéria institucional informaria sobre quem podeter a iniciativa dessas propostas, a forma de votação nas duas Ca-sas e a promulgação, entre outros pontos. Sempre que o repórterresponsável pela cobertura do evento considerar oportuno um tex-to dessa natureza, poderá sugeri-lo à chefia.

Medida provisória – A partir da publicação, a medida provisória jáestá em vigor. É errado escrever, por exemplo, que determinadamedida provisória procura ou visa estabelecer, já que, na verdade,estabelece, assegura, determina. (Mais informações sobre o assun-to no capítulo Processo Legislativo.)

Nomes e números – Os números e nomes próprios mencionados emcada texto da Agência merecem checagem cuidadosa e atençãoredobrada para não acontecer, por exemplo, troca de milhões porbilhões e vice-versa. Abreviações como “1 bi” ou “20 mi” cabemapenas em títulos como recurso para o espaço limitado. A grafiacorreta dos nomes dos parlamentares, de sua filiação partidária edo estado que representam deve ser verificada sempre que houverdúvida. A relação de senadores deve ser consultada também paraconfirmar o nome pelo qual o senador é mais conhecido, paraevitar repetir seu nome completo em toda a matéria.

Palavras estrangeiras – A Agência e o Jornal do Senado preferem adotara tradução em português das palavras estrangeiras sempre que forpossível.

Parágrafo – O parágrafo é construído em torno de uma idéia central econstitui uma das partes em que o autor considerou conveniente divi-dir seu assunto dentro do texto. Geralmente o parágrafo contém umaintrodução, que é a exposição sucinta da idéia núcleo, e o desenvolvi-mento do tópico, quando se especifica, justifica, fundamenta o tema.As frases do parágrafo precisam, portanto, estar integradas. O desen-volvimento do parágrafo deve conter idéias “em cadeia”, assim comoos parágrafos de um texto devem estar conectados entre si. São quali-dades principais do parágrafo a coesão e a coerência. O bom domínioda técnica da divisão em parágrafos depende da clareza que o autor

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tem da organização do tema e da hierarquia das idéias que serão de-senvolvidas. Fazem-se parágrafos para dar ênfase a determinados as-pectos do assunto, para dar destaque a certas idéias.

Parágrafos/divisão – A Agência Senado recomenda que as matériassejam divididas em parágrafos de, em média, seis linhas. Mais queisso tornaria o texto visualmente pesado, tanto na home page quantona página do Jornal. Os parágrafos poderão ser menores quandoreproduzirem declarações e forem iniciados por travessão. Deve-se procurar equilibrar o parágrafo com frases curtas e outras detamanho médio, de forma a tornar a leitura agradável.

Parecer/relatório – O senador encarregado de relatar um projeto apre-senta um relatório, com voto pela aprovação ou rejeição da maté-ria, que, uma vez acolhido, passa a ser o parecer da comissão. Noentanto, para evitar repetição de palavras no texto, como por exem-plo em o relator apresentou seu relatório, pode-se eventualmenteescrever o relator apresentou seu parecer.

Pautar – Após o relato, ao chefe imediato, das informações de quedispõe, o repórter deve incluir sua matéria na pauta do dia. Devefazer um relato conciso da matéria – quase o lead –, anotar o nú-mero de linhas (previamente acertado com a chefia) e cumprir como maior rigor possível a previsão. Essa pauta é indispensável parao planejamento geral da edição, seja no Jornal do Senado, seja naAgência.

Porcentagens/quantias – Ao grafar quantias e percentuais, não se devetemer a repetição de símbolos ou palavras que tornem as cifrasmais precisas. Deve-se evitar, por exemplo, dizer que a arrecada-ção de um imposto ficará entre R$ 20 e R$ 30 milhões, quando sequer dizer que a arrecadação mínima será de R$ 20 milhões. Damesma forma, deve-se evitar escrever 1 a 2%; prefira 1% a 2%.(Ver o capítulo Convenções.)

Preparação – O repórter deve começar suas atividades diárias com aleitura do Jornal do Senado e consulta à pauta da Agência, dispo-nível em rede, para inteirar-se de suas tarefas e tomar conhecimen-to das atividades da Casa. Além de informar-se, ele deve analisar opróprio trabalho realizado no dia anterior e observar possíveis al-terações – de conteúdo e forma – feitas no texto.

Prioridade – O repórter, tendo mais de uma matéria para escreversobre um mesmo assunto, deve começar sua produção pela prin-

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

cipal delas. Quadros e boxes devem ser deixados para o final. As-sim, o material poderá ser colocado na Internet imediatamente e aprincipal tarefa da agência de notícias estará sendo cumprida.

Redundância – Sempre que o repórter for realizar uma cobertura jun-tamente com outros colegas, deve conversar com a chefia sobrequal deles estará encarregado da matéria principal e como os ou-tros textos devem ser consolidados, para evitar repetições desne-cessárias.

Siglas – Os nomes de entidades ou agências governamentais citadasem matérias devem aparecer inicialmente por extenso, seguidospela sigla entre parênteses. Exemplo: Fundo Monetário Internacio-nal (FMI). (Ver o capítulo Convenções e o anexo Siglas.)

Tamanho das matérias – Os textos da Agência devem ser concisos,sem ser telegráficos. Pequenos registros terão até 15 linhas. Asnotícias que não sejam sobre os temas considerados principais dodia deverão conter, em média, de 20 a 30 linhas. As matérias rela-tivas a decisões das comissões e do Plenário, assim como matériasespeciais previamente pautadas, terão até 40 linhas. Qualquer tex-to com tamanho superior ao estabelecido deverá ser aprovado pelachefia de reportagem.

Tempo verbal – No caso de aprovação de projeto, mesmo em votaçãofinal, é preciso lembrar que, para entrar em vigor, a proposta preci-sa ser sancionada (projeto de lei) ou promulgada (PEC, resolução).Portanto, é incorreto dizer, por exemplo, que “a legislação revogadapermitia”, porque ainda permite, ou que “o texto alterado determi-nava”, porque ainda determina.

Tijolinhos – Os “tijolinhos” são pequenas matérias – entre dez e 20linhas – adotadas na cobertura de eventos em que um mesmo temafor tratado por vários senadores. A adoção desse tipo de coberturadependerá de decisão das chefias. Como as matérias serãodivulgadas separadamente pela Agência, elas deverão conter asinformações mínimas necessárias para sua compreensão isolada-mente. Nas edições da home page da Agência e do Jornal, serãosuprimidas eventuais redundâncias. A abertura dessa série de ma-térias será feita por meio de um texto chamado “lidão”.

Travessão – Sempre que uma declaração estiver completa, deve seriniciada por travessão, na abertura do parágrafo, e encerrada poroutro travessão, seguido de um verbo dicendi. As aspas devem ser

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

usadas quando o texto reproduzir apenas parte da fala do persona-gem da notícia.

Verbos declaratórios – Em citações textuais, quando em discurso di-reto, devem ser usados os verbos dicendi (do verbo dizer) dizer,afirmar, declarar. É preferível abusar deles a empregar outro verboinadequadamente. Podem ser usados também verbos (e suas for-mas verbais) considerados neutros – observou, argumentou, acen-tuou, acrescentou. O repórter deve ficar atento para o empregoadequado a cada caso. (Ver Citações e Discursos, neste capítulo, eas referências a verbos no capítulo Conhecimentos Gerais/Portu-guês.)

Verbos a serem evitados – Devem ser evitados verbos que possamdenotar ou implicar uma apreciação do repórter a respeito da de-claração citada. Ex.: disparou, ironizou. (Mais informações sobre aaplicação correta dos verbos no capítulo Conhecimentos Gerais/Português.)

Verbos no presente – A utilização de verbos no presente (“O senadorSicrano de Tal defende a aprovação do projeto de incentivos fis-cais...”) é recomendada em revistas. Na Agência e no Jornal doSenado, o uso do presente deve estar limitado a títulos e à repro-dução de opinião do relator em um parecer, pois neste caso trata-se de declarações constantes em um documento, que é perene.Pode-se dizer: “Em seu relatório, o senador argumenta que...”. Nocaso de entrevista concedida pelo relator ou de sua participaçãoem uma reunião de comissão – quando apresenta seu relatório,por exemplo –, as frases citadas pelo relator devem ser transcritassempre com os verbos no pretérito.

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CONVENÇÕES

ABREVIATURAS

Moedas – Usa-se o símbolo da moeda para o real (R$) e para o dólaramericano (US$), exceto quando o valor estiver incluso em uma de-claração: “A dívida do estado é de 20 bilhões de reais”. Para as moe-das dos demais países e para as brasileiras já extintas, a grafia deve sersempre por extenso: 20 marcos alemães, 2 mil ienes, 5 dólares cana-denses, cruzeiros (Cr$), cruzados (CZ$), cruzados novos (NCz$). Nãoesquecer o espaço entre o símbolo e o valor: R$ 200.

Cidades – Abreviam-se apenas em títulos: SP (São Paulo); BH (BeloHorizonte); NY (Nova York); LA (Los Angeles). Rio de Janeiro é Rioe não RJ, quando for necessário reduzir o título. Não usar BSBpara Brasília.

Estados – Abreviam-se somente em títulos.

Telefone – Usa-se sempre a palavra por extenso, nunca tel. ou fone.

Endereços – Não serão usadas abreviaturas em endereços. Escreve-seAvenida, Rua, Praça.

Santos – Evitar abreviar são e santo, a não ser em títulos. Neste caso,escrever S. Amaro, S. Catarina e não Sto. Amaro e Sta. Catarina.

S. A. – E não S/A, para Sociedade Anônima.

TV – E não Tv ou tevê, para televisão.

CARGOS E FUNÇÕES

Não usar “presidente do Congresso”. A Mesa do Congresso Nacio-nal é presidida pelo presidente do Senado, segundo o artigo 57 daConstituição brasileira.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Quando o personagem ocupa um cargo, deve ser identificado, naprimeira referência, por cargo e nome completo. Nas demais men-ções, usa-se o cargo ou o nome mais conhecido.Usa-se vírgula entre o cargo e o ocupante do cargo apenas quandouma só pessoa desempenha a função: “o presidente da República,Fulano de Tal, decretou...”, mas “o ex-presidente da RepúblicaBeltrano”, “o diretor do Banco Central Sicrano”.É preferível escrever primeiro o nome e depois o cargo nos seguin-tes casos.1) quando a pessoa tem mais de um cargo;2) quando a identificação se refere a cargo ou situação anterior. Se

a identificação é muito extensa, pode-se usar o nome no meioda relação de cargos.

Uma figura pública pode ser tratada pelo prenome ou apelido apartir da segunda vez que é mencionada em um texto, desde queseja mais conhecida assim. Exemplo: Getúlio, para Vargas; Jango,para João Goulart; Pelé, para Edson Arantes do Nascimento; JK,para Juscelino Kubitschek.Escrevem-se com hífen o cargo de primeiro-ministro; a posição deprimeira-dama; os cargos que têm o adjetivo “geral” (secretário-geral, procurador-geral); e os postos e graduações da hierarquiamilitar e da diplomacia. O prefixo ex sempre precede o hífen: o ex-vice-presidente.Os cargos das Mesas do Senado e da Câmara serão escritos comnumerais e palavras (1º secretário e 2º vice-presidente).

FORMAS DE TRATAMENTO

As formas senhor e senhora só serão usadas em reproduções defalas ou textos. As formas sr. e sra. só serão usadas quando segui-das do nome.Usa-se dona quando uma mulher é tratada pelo prenome ou quan-do popularizou-se assim: Dona Neuma (da Mangueira), DonaIvone Lara (nestes casos com inicial maiúscula, porque a forma“dona” incorporou-se ao nome). Não se usa para personalidadespúblicas mais conhecidas pelo prenome, adolescentes, artistas, atle-tas ou marginais.O título doutor não deve ser usado como tratamento para advoga-

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

dos, profissionais da área médica ou de outras áreas, que devemser tratados como “advogado”, “médico” etc. No texto jornalístico,deve ser incluído apenas quando é relevante: a conferência seráfeita pelo professor doutor Francisco Pinotti.

GÍRIAS

A Agência e o Jornal do Senado apenas citam gírias em transcriçãode falas – quando indispensável – entre aspas.

ITÁLICO E NEGRITO

Os nomes da Agência Senado e do Jornal do Senado são escritosem negrito, redondo, sempre que citados.Os nomes dos demais periódicos devem ser grafados em itálico,mantendo-se as iniciais maiúsculas: Le Monde, Zero Hora.Títulos de produções artísticas, literárias e científicas (livros, fil-mes, peças, teses, discos, músicas, shows, exposições, obras dearte etc.) são escritos em itálico, com iniciais maiúsculas: E o Ven-to Levou..., O Primo Basílio. Exceção para os livros sagrados dasdiversas religiões (a Bíblia, o Alcorão).Programas de rádio e televisão são grafados em itálico, com todasas iniciais maiúsculas: Jornal Nacional.As palavras estrangeiras são grafadas em itálico.Nomes científicos (de famílias vegetais e animais) são sempre es-critos em itálico, com inicial maiúscula apenas na primeira pala-vra: Aedes aegypti, Homo sapiens.

Atenção:• Capítulos de livros, títulos de palestras, artigos e reportagens de

jornais e revistas devem ser escritos em tipo claro, com a primeirainicial maiúscula, entre aspas.

• Para personagens de peças, livros, filmes e novelas usa-se tipoclaro, sem aspas: Capitu, Robin Hood.

MAIÚSCULAS

Escrevem-se com iniciais maiúsculas:Nomes de pessoas; apelidos; pseudônimos.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Empresas e instituições.Entidades, organizações políticas e instituições ligadas ao Estado esuas subdivisões, departamentos e repartições.Nomes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.Regiões; acidentes geográficos: Região Norte, Baía de Guanabara,Rio São Francisco.Endereços, prédios e monumentos: Avenida Atlântica, Palácio doPlanalto, Torre Eiffel.Estabelecimentos públicos ou particulares; portos, aeroportos, ro-dovias, ferrovias, usinas, estádios, igrejas etc.: Aeroporto SantosDumont, Rodovia dos Imigrantes.Períodos, episódios e momentos históricos: a 2ª Guerra Mundial,o Renascimento.Festas e datas religiosas; comemorações cívicas e tradicionais, como exceção de carnaval: Natal, Quarta-Feira de Cinzas.Eventos esportivos e culturais: Copa do Mundo.Nomes dos corpos celestes: Sol, Lua, Terra, Marte. Usa-se minús-cula quando em referência a condições climáticas e meteorológicas:dia de sol, lua cheia.Nomes de veículos: Enola Gay, 14 Bis, Columbia, Queen Elizabeth.Polícia Federal; Forças Armadas e suas subdivisões (Exército, Arti-lharia). As polícias militar e civil e o corpo de bombeiros são escri-tos em maiúsculas apenas quando especificados, com seu nomepróprio (Corpo de Bombeiros do Distrito Federal).Símbolos nacionais: Bandeira Nacional, Hino Nacional.Planos e programas de governo; relatórios de instituições públicase privadas; tratados e acordos internacionais: Programa Nacionalde Desestatização, Plano Plurianual, Orçamento Geral da União.Após a primeira menção no texto, pode-se referir apenas ao “pro-grama”, ao “plano”, ao “orçamento”, sempre em minúsculas. Nocaso do orçamento, usa-se maiúscula também na forma simplificada“Orçamento 2000”.Anais do Senado.Nomes de impostos e taxas. Observação: quando mais de um écitado usa-se a palavra “imposto” apenas na primeira vez: “Incidemo Imposto sobre Circulação de Mercadorias, o sobre Produtos In-dustrializados e o de Importação”.

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Nomes de comendas, ordens e prêmios: Ordem do Mérito Naval,Prêmio Nobel.Estado (a nação politicamente organizada, mas não as unidades daFederação), República, Federação, Presidência da República, Mi-nistério (como conjunto dos ministérios do governo: o presidentereuniu seu Ministério).Plenário do Senado e da Câmara; Mesa do Senado e da Câmara;Presidência do Senado e da Câmara; Comissão Diretora (do Sena-do, não existe mesa diretora).Secretarias e vice-presidências do Senado e da Câmara (1ª Secreta-ria, 2ª Vice-Presidência).O Papa. Quando, porém, acompanhar o nome, virá em minúscu-la: o papa Pio XII.Nome de instituições religiosas: a Igreja Católica, a IgrejaMessiânica. As religiões, entretanto, são sempre em minúsculas: oprotestantismo; o budismo.Nomes de ciências, disciplinas, ramos do conhecimento: a Mate-mática, o professor de Física. Entretanto, usa-se “ele é bom na ma-temática”; “a filosofia hindu”.Humanidade, significando o conjunto de todos os seres humanos.Fundo: usa-se a inicial maiúscula apenas quando se refere ao FMI,porquanto é uma instituição única e está sendo usado em substi-tuição ao nome completo – Fundo Monetário Internacional.Congressos, fóruns, seminários e ciclos de debates terão todas asiniciais maiúsculas.Escreve-se com inicial maiúscula a palavra que serve para desig-nar o nome de dois ou mais órgãos, instituições, entidades, leis,regiões, acidentes geográficos, ruas etc.: “os Ministérios da Fazen-da e do Planejamento”, “Os Tribunais de Contas dos estados doPará e do Piauí”, “Os Conselhos Regionais e Federal de Medici-na”, os Tribunais Regionais Federais, as Comissões de AssuntosEconômicos e de Educação etc.Atenção: O adjetivo “federal” só tem inicial maiúscula quando

faz parte de um nome próprio: Senado Federal. Não in-tegra, por exemplo, o nome da Carta Magna, a Consti-tuição.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

MINÚSCULAS

Escrevem-se com iniciais minúsculas:Títulos pessoais e cargos: barão, presidente, senador, ministro, se-cretário.Títulos honoríficos: cidadão honorário, cidadão benemérito, dou-tor honoris causa.Formas de tratamento: senhor, dona, dom.Doutrinas, correntes e escolas de pensamento, religiões; movimen-tos políticos e religiosos (inclusive o termo “oposição”, como de-signação genérica de grupos que se opõem ao governo, mas usa-se maiúscula quando em referência a bloco formalmente consti-tuído que una partidos de oposição no Senado ou na Câmara).Gentílicos de povos e grupos étnicos: os espanhóis, os incas, oscaiapós.Pontos cardeais, quando indicam direção ou lugar: “Foi para les-te”. Em maiúscula, quando indicam região: “Morou no Leste”.Documentos públicos, a não ser quando têm nome próprio (LeiÁurea, Tratado de Versailles) ou vêm acompanhado do respectivonúmero (Lei nº 8.666, Medida Provisória nº 2.078).Unidades político-administrativas: país, nação, governo, estado,município.Polícias militar, civil e corpo de bombeiros. Polícia Federal é umainstituição única e deve ser grafada com maiúsculas.Ordem do dia, hora do expediente também são escritos em minús-culas.Estado de direito, estado de sítio, termos que significam conjuntu-ras, situações políticas ou jurídicas.Atenção: Usa-se minúscula na segunda referência a um órgão, ins-tituição, entidade, empresa etc.: “O Ministério da Fazenda decidiuontem...”, mas “A decisão do ministério significa...”

NUMERAIS

Os numerais até dez, inclusive, escrevem-se por extenso; daí emdiante usam-se algarismos, com exceção de cem e mil. Dias do mês,números de casas e apartamentos, idades, resultados de votação enúmeros de páginas são escritos com algarismos em todos os casos.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Com mil, milhão, bilhão e trilhão usam-se algarismos e palavraspara números redondos: 5 mil, 15 milhões, 155 bilhões.Para números quebrados até centenas de milhares, usam-se unica-mente algarismos: 15.437. Se houver necessidade de aproxima-ção, a partir da casa dos milhares, pode-se usar o decimal: 15,5milhões, 15,55 bilhões, 15,4 mil.Frações são escritas com algarismos (7/12), exceto quando os doiselementos são menores que dez (dois terços). As frações decimais,sempre com algarismos. O inteiro é separado da fração por vírgu-la, e não por ponto (R$ 5,2 milhões).As porcentagens são apresentadas em algarismos, seguidos do sím-bolo próprio, sem espaço entre símbolo e algarismo: 55%. Usa-sealgarismo mesmo quando a porcentagem for menor que dez: 5%.(Mais informações sobre porcentagem nos capítulos RedaçãoJornalística e Conhecimentos Gerais/Economia.)Valores redondos serão grafados sem os zeros após a vírgula (R$ 180).Escrevem-se os ordinais por extenso até décimo, e os demais, emalgarismos. Exceção para as secretarias e vice-presidências da Mesado Senado e da Câmara e os respectivos cargos (1ª Secretaria, 2ºvice-presidente), artigos e parágrafos de leis e eventos históricos(2ª Guerra Mundial), culturais, esportivos etc., que serão sempreem algarismos.Horas do dia, sempre com algarismos e a abreviatura h: “Chegouàs 9h30 e saiu às 10h”. Quando a indicação for aproximada, es-creve-se por extenso: “Chegou por volta das 6 horas”. Para horasque indicam decurso de tempo, vale a norma geral dos numerais:“Esperou durante três horas”.Datas serão escritas por extenso nas matérias (25 de abril de 1999).Nas situações em que forem grafadas com algarismos, como naagenda, dia, mês e ano serão separados por barras e não por pon-tos (5/9/89).Escrevem-se por extenso os números que fazem parte de nomes deavenidas, ruas, praças etc. (Praça Onze, Rua Sete de Setembro).Algarismos romanos: para reis, imperadores, papas, incisos de leis,os antigos Exércitos brasileiros (III Exército) e os atuais ComandosAéreos Regionais (VII Comar).Séculos serão escritos com algarismos arábicos (século 20).

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

PESOS E MEDIDAS

Pesos e medidas devem ser escritos por extenso, a não ser emtabelas e gráficos (quilos, metros, hectares, acres etc.). Exceções:abrevia-se quilômetro quando em referência a um ponto determi-nado de uma rodovia (“Os grevistas bloquearam o tráfego no Km345 da BR-103”) e peso e altura de pessoas (90kg; 1,80m).

SIGLAS

Na primeira vez que aparece no texto, o nome da instituição ouempresa deve ser escrito por extenso, seguido da sigla pela qual éconhecida, que deve vir entre parênteses. Nas siglas que formampalavras e têm mais de três letras, apenas a inicial é maiúscula:Funai, Ibope, Unesco. Nas demais, todas as letras são maiúsculas:BNDES, INSS.O plural das siglas em maiúsculas será feito acrescentando-se “s”minúsculo. Ex.: CPIs.Na identificação de senadores e deputados, em seguida ao nome,usar entre parênteses a sigla partidária ligada por hífen à sigla doestado quando da primeira vez em que forem citados: UlyssesGuimarães (PMDB-SP). Para o presidente do Senado e membrosda Mesa, usam-se as siglas apenas quando estão atuando na con-dição de senador, ou seja, apresentando projeto ou fazendo dis-curso.

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EDIÇÃO

Editar o noticiário já significou simplesmente juntar um certo númerode matérias de forma precária, até mesmo pela ordem de “chegada” àredação, e entregá-las ao tipógrafo, para que as dispusesse nas pági-

nas do jornal da forma que o espaço permitisse.

A tipografia ficou para trás, e hoje os jornais são informatizados, anotícia tornada disponível na Internet exige edição adequada – editar tor-nou-se uma tarefa muito mais complexa. Cada matéria precisa ser tratadacom cuidado, cada página deve formar um conjunto que estimule a leiturae, ao final, encaminhe o leitor para as páginas seguintes – seja no jornalimpresso, seja no noticiário eletrônico.

Para tanto, é necessário que o processo de preparo do material e suacolocação nas páginas para apresentação ao leitor – chamado, generica-mente, de edição – comece na verdade muito mais cedo, no momento emque o repórter apura os fatos e passa a escrever seu texto. Redigir um textode forma atraente e com precisão é muito mais simples do que refazer umtexto mal elaborado para torná-lo agradável, ou tentar corrigir erros na horade “fechar” a página.

Portanto, este capítulo – assim como todo o manual – deve ser lidopor toda a equipe, pois várias normas de edição devem ser seguidas tam-bém pelos repórteres.

Em virtude da distribuição do trabalho entre a Agência Senado e oJornal do Senado, o processo de edição propriamente dito passa por duasfases: no âmbito da Agência, entre a redação da matéria pelo repórter e acolocação do texto na Internet; e posteriormente no Jornal, após a liberaçãoda notícia pelos editores da Agência. Daí a divisão deste capítulo de ediçãoem duas etapas básicas.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

AGÊNCIA

O processo de edição da Agência Senado passa por duas fases: a revi-são cuidadosa feita pelo repórter no seu próprio texto e o exame rigorosoexecutado por um dos editores. O repórter deve esquecer que alguém estaráencarregado da leitura da matéria e escrever como se o texto tivesse de serentregue diretamente nas mãos do leitor. Ao profissional de cada etapa cabepoupar trabalho à equipe seguinte, reduzindo a possibilidade de erros.

@ – O símbolo caracteriza a matéria já em fase de edição. O primeiropasso do editor da Agência ao iniciar a revisão de um texto deveser salvá-lo, ainda no diretório prontas, com novo nome: o símbo-lo @ precedendo o nome original. Ex.: @1ab0204. Ao tomar essecuidado, o editor preservará o texto original do repórter e poderáfazer as alterações necessárias no novo texto.

Adequação – É obrigação do repórter adequar seu texto às peculiari-dades do veículo para o qual escreve (leia o capítulo Normas Ge-rais, na página 31), mas cabe ao editor supervisionar esse procedi-mento. Devem ser observados aspectos de conteúdo e de proces-so legislativo, assim como coerência, fluência do texto, clareza eobjetividade, além da ortografia e da sintaxe. O editor deve “enxu-gar” o texto, se conveniente, eliminando adjetivos, pronomes eartigos desnecessários.

Corretor ortográfico – O recurso do corretor deve ser usado semprepelo repórter e, principalmente, pelo editor, pois resulta em signi-ficativa redução no tempo e no desgaste de quem revisa a matéria.Esse comando está no menu do software Word (ferramentas/orto-grafia e gramática).

Edição por assunto – A equipe de editores deve organizar seu traba-lho por temas, sempre que possível e sem atrasar a liberação dasmatérias para a home page da Agência. O ideal é que o mesmoeditor revise todos os textos de uma determinada cobertura, evi-tando, assim, repetições, redundâncias ou contradições. Cada tex-to deve ser compreensível, sem que seja necessária a leitura detodo o material para situar o fato, mas não é preciso um históricoem cada matéria. Ao definir a ordem de correção dos textos, oeditor deve optar pelo critério de ordem por importância dos as-suntos cobertos e, no caso de uma cobertura com várias matérias,começar pela principal.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Editor – O repórter será sempre orientado para procurar apresentarum texto final. Esse resultado pode, entretanto, não ser satisfatório.Nesse caso, o editor tem autoridade para procurar o autor do textoe pedir esclarecimentos ou solicitar que a matéria seja modificada.Em última hipótese, o editor deve reescrever o texto sempre quefor necessário.

Espaço – Assim como o repórter, o editor deve examinar o texto paraeliminar todos os espaços extras entre palavras, facilitando o tra-balho dos diagramadores. É muito mais simples e rápido fazer essacorreção no Word (selecionando ¶ na barra de ferramentas doprograma, todos os espaços serão ocupados por pontos) do queno software de diagramação. (Ver Parágrafo neste capítulo.)

Home Page do Senado – http://www.senado.gov.br é endereço deconsulta mandatória para o repórter e o editor da Agência. O site éfonte de informação e pesquisa para o trabalho diário da reporta-gem e da edição. Além das matérias do dia e da cobertura emtempo real, páginas como Senadores na Mídia e Diário do Senado(em Processo Legislativo) são recursos ao alcance do profissionalda Agência para tirar dúvidas e aperfeiçoar seu trabalho. Cada se-nador possui sua página, onde são disponibilizados discursos, pro-jetos e pareceres.

Internet – A rede mundial de computadores é fonte inestimável deinformação, mas deve ser consultada com cautela, sempre em sitesoficiais e idôneos. Visita diária às principais agências privadas denotícias é parte da rotina do repórter e do editor bem informados,mas deve ser feita com reservas, tendo em vista que nem toda in-formação ali veiculada está confirmada. (Ver Pesquisa, Referência,Home Page do Senado, neste capítulo, e o anexo Endereços inte-ressantes na Internet.)

Itálico – Esse recurso deve ser utilizado de acordo com o capítuloConvenções.

Modelo padrão – O repórter deve redigir sua matéria no modelo pa-drão de documento que consta no software de texto instalado emtodos os computadores da redação. Tamanho, tipo de fonte e con-figurações não devem ser alterados. (Ver Parágrafo e Título.)

Negrito – O negrito deve ser usado nos casos previstos no capítuloConvenções.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Nomear matéria –As matérias produzidas para a Agência devem sernomeadas da seguinte forma: número de ordem da matéria produ-zida pelo repórter no dia/duas letras que identificam o autor/mês edia, ambos com dois dígitos. Ex.: 1bc0415 (matéria número 1 dorepórter bc, no dia 15 de abril).

Nomear tempo real – As matérias produzidas para o Tempo Real daAgência devem ser nomeadas da seguinte forma: tem/dia do mês/número de ordem da matéria. Ex.: tem1742 (matéria número 42do dia 17).

Parágrafo – Os parágrafos estão determinados no modelo padrão daAgência, bastando pressionar enter no teclado do computador.Nunca deve ser usado o recurso do espaço a partir da margempara chegar na marcação de parágrafo, já que isso desconfigura otexto para seu transporte ao software de diagramacão e resulta emtempo perdido e trabalho desnecessário para os editores do Jor-nal. (Ver Modelo padrão e Espaço.)

Pesquisa – O repórter e o editor devem usar os recursos de pesquisadisponíveis à Agência. O banco de dados informatizado de maté-rias da Agência deve ser consultado sempre que necessário. Oarquivo agência/mate, no diretório U, também contém todos ostextos consolidados produzidos pela Agência desde 1995. (VerReferência.)

Relatório – O mapa diário de matérias da Agência – disponível napasta prontas –, elaborado pela equipe de produção com base nasmatérias já pautadas, é instrumento útil de trabalho dos editoresda Agência e do Jornal do Senado. A consulta ao relatório facilitaaos editores a divisão do trabalho de revisão dos textos por assun-to. (Ver Edição por assunto.)

Referência – A Agência possui um acervo de livros de referência, taiscomo dicionários enciclopédicos, da língua portuguesa, de regimede verbos e de substantivos, de economia, de inglês e de espanhol.A rede de computadores do Senado também dispõe de dicionário,e outras publicações de referência podem e devem ser consulta-das. No anexo Endereços Interessantes na Internet estão listadosendereços úteis para essas pesquisas.

Título – Os títulos das matérias para a Agência são propostos pelosrepórteres, mas devem ser adequados, enxugados, melhorados peloeditor. (Ver Título também na parte referente à edição do Jornal.)

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Travessão – Não usar hífen no lugar do travessão nas citações – detalheaparentemente insignificante que pode tomar muito tempo dosdiagramadores do Jornal. Se o texto for digitado normalmente, comapenas um espaço entre as palavras, o Word transforma o sinal dehífen em travessão automaticamente. O caracter correto pode ser tam-bém obtido no teclado numérico (alt 0150) – que deve ser ativado natecla num lock – ou no menu inserir/símbolo – fonte texto normal/selecionar o símbolo para travessão/inserir. (Ver Espaço e Parágrafo.)

JORNAL

Escolher os assuntos, avaliar sua importância, organizar as matériaspor página e as páginas dentro de uma seqüência harmoniosa são algumasdas etapas do processo de edição de um jornal. Mas o editor precisa fazermais: deve utilizar recursos gráficos (fotos, ilustrações, infográficos), decidirsobre a conveniência de usar textos de apoio, verificar se a página elabora-da pelo diagramador corresponde à idéia de edição, reler os textos, fazertítulos, sutiãs, legendas.

Considerando o volume de trabalho e a premência de tempo, no Jor-nal do Senado essas tarefas são divididas entre um editor-chefe e os editoresde páginas. Todas envolvem algumas decisões subjetivas, mas há tambémcritérios claros, que refletem uma proposta editorial definida, e que sãoexplicitados a seguir.

NORMAS GERAIS

As informações com prioridade na edição do Jornal do Senado obe-decem a orientação definida pela Mesa do Senado. São consideradasprioritárias as decisões de Plenário e as de comissões; em seguida, os dis-cursos pronunciados em Plenário. Mas essa regra não é absoluta, pois hácasos em que um debate importante ocorrido em Plenário, por exemplo,pode merecer o alto de página, em lugar da decisão sobre projeto de menordestaque. Uma entrevista do presidente pode ser a manchete do jornal emdetrimento de uma decisão plenária de menor alcance. Critério jornalísticoe bom senso devem prevalecer.

O Jornal do Senado segue uma hierarquia de temas: assuntos de re-percussão nacional têm prioridade sobre os regionais e os locais. O editordeve, no entanto, observar que existem temas aparentemente regionais, comoos da Amazônia, por exemplo, que assumem, com freqüência, importâncianacional.

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Os editores devem estar atentos para a hierarquia interna da edição.Em geral, o assunto mais importante, conseqüentemente manchete do jor-nal, deve estar no lugar de maior destaque – o alto de uma página ímpar (depreferência a 3), ou as páginas centrais, quando se tratar de material maisamplo. Se na elaboração da primeira página, entretanto, um tema não muitovalorizado internamente ganha relevo, é aconselhável reformular a páginainterna, para garantir coerência.

A publicação de matérias sobre discursos pelo Jornal do Senado tam-bém segue critério definido pela Mesa. A cada edição, devem constar maté-rias sobre todos os discursos efetivamente proferidos pelos senadores nasessão da véspera. Já os pronunciamentos por eles encaminhados direta-mente para publicação no Diário do Senado dependem de disponibilidadede espaço no Jornal e serão divulgados seguindo, sempre que possível, aordem de apresentação à Mesa.

Da mesma maneira, em cada edição, todos os projetos apresentadosna véspera deveriam receber referência e divulgação. Na prática, porém, oespaço disponível nem sempre é suficiente. Diante das prioridades anterior-mente estabelecidas, e devido ao fato de que os projetos não perdem atua-lidade, esses podem ser publicados quando houver espaço no Jornal.

A Presidência do Senado tem caráter de representação da instituição epeso político expressivo, independentemente do senador que a ocupe. As-sim, suas atividades devem receber cobertura de destaque da Agência e doJornal do Senado.

NORMAS ESPECÍFICAS

Boxe – Deve aparecer claramente associado a outro texto, tanto peloassunto como pela diagramação. O boxe deve estar em destaque,usando as opções do projeto gráfico. Não se deve usar esse jargãojornalístico para remeter o leitor a uma tabela ou quadro editadona mesma publicação.

Projeto gráfico – Sem prejuízo de sua criatividade, o editor levará emconta a existência de um projeto gráfico do Jornal, que deve serrespeitado. Cada edição pode e deve apresentar inovações, mas énecessário manter a mesma identidade, ou seja, as característicasgráficas todos os dias.

Título – Um título bem feito estimula o leitor a interessar-se pelo tex-to. Um bom título deve resumir com clareza a principal informa-

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ção da matéria (que normalmente estará no lead), evitando termosque impliquem opinião sobre o conteúdo. Precisa estar harmoni-zado com o sutiã, a legenda da foto, o olho do texto, sem repetirinformações. Sempre que possível, o título deve ter verbo conjuga-do no presente do indicativo e ser formado apenas pelas palavrasindispensáveis. Deve-se evitar o uso do pretérito e negativas. Épreferível “Senado aprova o fim da CPMF” a “Senado aprovou ofim da cobrança da CPMF” e “Senado é contra CPMF” a “Senadonão quer CPMF”. É preciso muito cuidado com o uso de verbosem conjugação composta em títulos, o que pode facilmente levar aerro: “Governo prevê investir R$ 30 bilhões na educação”. A con-jugação composta é feita apenas com os verbos auxiliares – ser,estar, ter, haver, ir, vir, querer. Alternativas corretas seriam: “Go-verno prevê investimento de R$ 30 bilhões na educação” ou “Go-verno quer investir R$ 30 bilhões na educação” (em que “investirR$ 30 bilhões na educação” tem função sintática de objeto direto).

Fotos – Embora a cobertura do Jornal do Senado esteja limitada quaseque exclusivamente às atividades do Plenário e das comissões, osfotógrafos devem procurar diversificar os ângulos de tomada dasfotos e evitar a incidência do microfone nas fotos individuais. Osfotógrafos devem trabalhar em integração com os repórteres e pro-curar previamente informações sobre a pauta. Todos os senadoresque participarem dos debates em Plenário devem ser fotografados.O Jornal do Senado não publica fotos que exponham ao ridículopessoa ou instituição, explorem defeito físico ou distorçam carac-terísticas pessoais.

Identificação das fotos – É obrigação do fotógrafo identificar comprecisão todas as fotos do dia. Não basta escrever, por exemplo,“reunião da Comissão de Assuntos Sociais” para identificar a mesada comissão. Personalidades de fora do Senado devem seridentificadas nas fotos na ordem adequada (da esquerda para adireita) e o fotógrafo deve se certificar da grafia correta de seusnomes.

Ilustrações e infográficos – Ilustrações e infográficos devem ser usa-dos quando representarem um acréscimo à informação contida namatéria, como forma de esclarecer o leitor. Como no caso de foto-grafias, o Jornal do Senado não publica ilustrações e infográficosque exponham ao ridículo pessoa ou instituição, explorem defeitofísico ou distorçam características pessoais.

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Matérias em seqüência ou sobre o mesmo tema – Quando diversasmatérias tratam do mesmo assunto, cabe à edição tornar isso evi-dente ao leitor. A diagramação deve dar a idéia de seqüência, ealguns recursos, como retranca ou selo, títulos secundários emoutra tipologia, podem reforçar essa idéia. O editor precisa ter cui-dado especial para que as matérias não repitam informações des-necessariamente. O partido político e o estado que os senadoresrepresentam devem aparecer apenas na primeira citação. Quandose tratar de uma reunião de comissão ou votação importante emPlenário, as matérias secundárias devem fazer apenas uma brevereferência à matéria principal sobre o tema.

Primeira página – No Jornal do Senado, como em qualquer periódi-co, é a primeira página que chama a atenção do leitor para o con-teúdo do jornal, propiciando uma idéia da relevância dos temastratados, antes mesmo da leitura das matérias. Portanto, são reser-vadas para a primeira página as melhores fotos e os principais as-suntos. A diagramação precisa valorizar os temas mais importan-tes, evitar a mistura de foto/ilustração de uma matéria com chama-da de outra, garantir um conjunto com boa qualidade visual. Asmanchetes não devem simplesmente repetir os títulos internos.

Remissão – O melhor é reunir todas as matérias sobre um assunto namesma página ou em páginas em seqüência, devidamenteidentificadas. Quando isso não for possível, deve-se adotar a re-missão “veja página tal”.

Revisão – Sempre que os editores e revisores identificarem nas maté-rias informações que possam gerar dúvidas, especialmente cifrasou declarações textuais, devem proceder à verificação o mais rápi-do possível, recorrendo ao repórter, às notas taquigráficas ou aodocumento de onde foram extraídas, para correção imediata quandofor o caso. Isso reduzirá a possibilidade de erro, já que na fase finalde fechamento é mais difícil a verificação dos dados.

NORMAS OPERACIONAIS

Fluxo/fechamento – Como qualquer publicação, o Jornal do Senadotem um horário-limite para impressão que deve ser respeitado. Issoexige um fluxo adequado de edição, e cada participante do pro-cesso deve estar consciente de que, se a execução de sua tarefa

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atrasar, todas as etapas seguintes estarão comprometidas. Estar in-formado dos horários de fechamento e fazer o possível para respeitá-los é obrigação de cada participante do processo de edição.

Revisão final/autorização de envio para a gráfica – A autorizaçãopara transmissão do jornal à gráfica é dada pelo editor-chefe àdiagramação e corresponde ao encerramento do trabalho de edi-ção. Deve ser precedida, sempre, de revisão final das páginas, comchecagem de títulos, legendas, fotos, ilustrações e infográficos.

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PROCESSO LEGISLATIVO

Oconhecimento do processo legislativo é requisito essencial à co-bertura dos trabalhos parlamentares. Além de ter um bom texto, orepórter que cobre o Congresso precisa estar bem familiarizado

com os principais aspectos desse processo, que tem início com a apresenta-ção da matéria e leitura no Plenário, e conclui com a sua transformação emlei, rejeição ou prejudicialidade.

Disposto em 11 artigos da Constituição (arts. 59 a 69), e disciplinadopelos Regimentos Internos do Senado e da Câmara dos Deputados e peloRegimento Comum, bem como pela Lei Complementar nº 95/99 e resolu-ções esparsas, o processo legislativo compreende a elaboração de emendasconstitucionais, leis complementares e ordinárias, leis delegadas, medidasprovisórias, decretos legislativos e resoluções.

Além dos deputados e senadores, e do presidente da República, tam-bém é assegurada às assembléias legislativas a competência para proporemendas à Constituição. Tratando-se de emenda de origem parlamentar,esta deve ser subscrita por no mínimo um terço dos membros da Casa emque será apresentada. A partir da Constituição de 1988, a proposta de emenda,que antes era discutida e votada em sessão conjunta do Congresso, passoua ser apreciada, separadamente, em cada Casa. Sua promulgação é feitapelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado.

Quanto às leis complementares e ordinárias, a quase totalidade é tam-bém resultante de iniciativa do presidente da República e dos senadores edeputados federais. Em alguns casos, a iniciativa para propor leis se estendeao Supremo Tribunal Federal, aos tribunais superiores, ao procurador-geral daRepública, às assembléias legislativas e aos cidadãos (nessa hipótese, chama-da de iniciativa popular). Também podem propor essas normas legislativas ascomissões do Senado e da Câmara, além das comissões mistas.

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As leis delegadas são elaboradas pelo presidente da República, pordelegação expressa do Congresso Nacional, mas dispensam a sua aprova-ção pelos congressistas.

Também editadas pelos chefes do governo – em caso de relevância eurgência –, as medidas provisórias são submetidas imediatamente ao examedo Legislativo. A sua vigência é de 60 dias, prorrogável por igual período. Seaprovada, a MP torna-se norma permanente. Caso contrário, perde eficáciadesde a edição. A Emenda Constitucional 32, de 11/9/2001, restringiu o usode medidas provisórias, impedindo que sejam reeditadas na mesma sessãolegislativa.

Os decretos legislativos tratam de matérias de competência exclusivado Congresso Nacional, enquanto as resoluções se referem a assuntos decompetência privativa de cada uma das Casas do Legislativo. A matéria deatribuição privativa do Senado nunca é submetida à apreciação da Câmarados Deputados, ocorrendo o mesmo em relação a matéria de competênciaprivativa dos deputados. Há também resoluções do Congresso reunido emsessão conjunta, promovendo alteração do Regimento Comum.

Delegações legislativas, vetos e proposições orçamentárias, bem comoprojetos de resolução que visem alterar o Regimento Comum são discutidose votados em sessão conjunta do Congresso.

A Constituição de 1988 e as alterações introduzidas no RegimentoInterno imprimiram celeridade ao processo legislativo no Senado. A princi-pal inovação foi a faculdade atribuída às comissões para aprovar projeto emcaráter terminativo. Uma importante mudança regimental foi a redução donúmero de comissões e a simplificação do itinerário da tramitação, já que,antes, todos os projetos tinham de passar pela então Comissão de Constitui-ção e Justiça.

O presente capítulo visa oferecer aos repórteres e editores da Agênciae do Jornal um roteiro prático e de fácil consulta sobre os principais pontosdo processo legislativo. Quando não é feita referência expressa à Câmarados Deputados, os verbetes se relacionam ao processo legislativo no Sena-do. O jornalista fará melhor uso deste roteiro se, ao consultá-lo, tiver sem-pre à mão a Constituição e o Regimento Interno.

Adiamento de discussão – A discussão de uma proposição pode seradiada para atender a uma das seguintes finalidades: audiência decomissão que não tenha se manifestado sobre a matéria; reexameda mesma pela comissão ou comissões; realização da discussão

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em dia determinado; preenchimento de formalidade essencial ou,ainda, diligência considerada imprescindível ao seu exame. Quemdecide sobre o adiamento da discussão é o Plenário, a requeri-mento de qualquer senador ou comissão. Projetos em regime deurgência não podem ter a discussão adiada, salvo os que tramitemem regime de urgência nos termos do art. 336, III, que somentepodem ser adiados para realização de diligência, e mesmo assimpor no máximo quatro sessões (RI, arts. 279 e segs. e art. 349). (VerAdiamento de votação.)

Adiamento de votação – Segue os mesmos critérios adotados paraadiamento de discussão (RI, art. 315).

Aparte – O aparte depende sempre de permissão do orador e nãodeve ultrapassar dois minutos. A negativa de um aparte a um sena-dor se estende aos demais. Não se pode dirigir aparte ao presiden-te da sessão; a parecer oral; a encaminhamento de votação, excetoquando se trata de manifestação de pesar ou voto de aplauso; asenador que use da palavra para uma explicação pessoal; e a ques-tão de ordem ou sua contestação (RI, art. 14, X).

Apresentação de proposição – O projeto é apresentado em Plenário,e não em comissão (RI, art. 235, III). (Ver Tramitação.)

Audiência pública – As comissões da Casa promovem audiência pú-blica com a participação de autoridades, especialistas ou entida-des da sociedade civil para instruir matéria que se encontre sobseu exame, bem como discutir assunto de interesse público rele-vante (CF, art. 58, II; RI, arts. 90, II, e 93 a 95).

Autógrafo – É o documento oficial com o texto da norma aprovadaem definitivo por uma das Casas do Legislativo ou em sessão con-junta do Congresso, e que é enviado à sanção, à promulgação ou àoutra Casa (RI, arts. 325, II, c; e 328 a 331).

Avulsos – Chamam-se avulsos os impressos de projetos, pareceres eoutros documentos relacionados ao processo legislativo. Uma pro-posição, após sua apresentação ao Senado, é publicada em avulsopara distribuição aos senadores. Encerrado o exame da matériapela comissão, são publicados em avulso os pareceres proferidos,incluindo texto de emendas, votos em separado, informações pres-tadas por órgãos consultados, entre outros documentos.

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Nos dias em que há sessão deliberativa ordinária, são distribuídosavulsos da sessão, contendo as matérias da ordem do dia; projetos emfase de recebimento de emenda; projetos que tramitam em caráterterminativo por comissão e que se encontrem em fase de apresenta-ção de emendas perante as comissões ou em fase de recurso para seuexame pelo Plenário; proposições que deverão figurar em pauta nastrês sessões deliberativas ordinárias seguintes, bem como a agendamensal das matérias que entrarão na pauta (decisão da Presidência daCasa), as comemorações e homenagens, o resultado da ordem do diada sessão anterior, os projetos que tramitam em regime de urgênciaconstitucional e seus prazos, as comissões temporárias e sua consti-tuição, a composição do Senado, da Mesa e das comissão permanen-tes, as bancadas partidárias, além de informações do Congresso Na-cional (arts. 122, § 2º, 137, 170, 250 e 281). (Ver Ordem do dia.)

Bloco parlamentar – Os partidos com representação na Casa podemconstituir um bloco parlamentar, desde que abranja no mínimoum décimo da composição da Casa. A bancada do bloco é coman-dada por um líder. Com a formação do bloco, os líderes dos res-pectivos partidos perdem suas atribuições e prerrogativas regimen-tais, mas assumem preferencialmente as funções de vice-líder dobloco (RI, art. 61). (Ver Líder.)

Casa Revisora – O Senado ou a Câmara funcionam como Casa Revisoraao apreciar projeto de lei oriundo da outra Casa, e por ela, é claro,já aprovado. No desempenho dessa função, os senadores e os de-putados podem fazer mudanças de mérito no texto da matéria,caso em que o projeto retorna à outra Casa, para exame das altera-ções introduzidas.A matéria aprovada sem modificações no mérito, ou com modifi-cações apenas redacionais, pela Casa Revisora é enviada à sançãopresidencial ou à promulgação. Sendo rejeitada, vai ao arquivo(CF, art. 65). (Ver Emenda constitucional.)

Comissão Diretora – Formada pelos membros da Mesa, cabe à Comis-são Diretora, entre outras atribuições, fazer a redação final dos proje-tos de iniciativa da Casa e das emendas e projetos da Câmara aprova-dos pelo Plenário; exercer a administração interna do Senado; apre-sentar projeto de resolução sobre organização e funcionamento daCasa. Membro da Comissão Diretora não pode integrar comissãopermanente (RI, arts. 77 e 97 e segs.). (Ver Mesa do Senado.)

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Comissão do Mercosul – Compete à Representação Brasileira na Co-missão Parlamentar Conjunta do Mercosul, integrada por oito sena-dores e oito deputados federais, emitir relatório sobre todas a maté-rias de interesse do Mercado Comum do Cone Sul submetidas aoCongresso Nacional, bem como sobre informações enviadas ao Le-gislativo pelo governo federal, e apresentar proposições que devamconstituir recomendações ao conselho do bloco comercial.As matérias são examinadas preliminarmente por essa representa-ção, sem prejuízo do exame das comissões competentes da Câma-ra e do Senado (Res. nº 1/96-CN).

Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização –Compete a essa comissão mista permanente do Congresso Nacio-nal examinar e emitir parecer sobre o Plano Plurianual, as diretri-zes orçamentárias, o orçamento anual e demais matérias orçamen-tárias, bem como sobre as contas apresentadas anualmente pelopresidente da República. Esse órgão tem também a incumbênciade analisar os planos e programas nacionais, regionais e setoriais efazer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.A comissão compõe-se de 84 membros, sendo 63 deputados e 21senadores, além de 28 suplentes – 21 deputados e sete senadores.A sua direção é constituída por um presidente e três vice-presiden-tes. Na segunda quinzena de fevereiro, a Mesa do Congresso fixaas representações dos partidos ou blocos parlamentares na comis-são, observando o princípio da proporcionalidade partidária. Porsua vez, os líderes indicam ao presidente do Senado, no início demarço, os nomes dos representantes das bancadas na comissão.As funções de direção da comissão, de relator-geral do orçamentoanual e de relator das diretrizes orçamentárias são exercidas,alternadamente, por senadores e deputados. No âmbito da Comis-são Mista de Orçamento funcionam subcomissões temáticas per-manentes, que têm a incumbência de examinar relatórios setoriais,prioridades e metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias. (Ver Leide Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.)

Comissão parlamentar de inquérito (CPI) – Com poderes de investiga-ção próprios dos magistrados, a comissão parlamentar de inquéritotem a finalidade de apurar fato determinado e por prazo certo.A CPI pode ser criada no âmbito de cada uma das Casas, por re-querimento de um terço dos respectivos parlamentares, ou do

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Congresso Nacional, por requerimento de um terço dos senadorese um terço dos deputados.O requerimento deve indicar o fato a ser apurado, o número demembros titulares, o prazo de funcionamento da comissão e o li-mite das suas despesas. No desempenho de suas atribuições, aCPI pode convocar pessoas a prestarem depoimentos, ouvir teste-munhas, requisitar documentos e determinar diligências, além deoutras medidas.Ao final dos trabalhos, a comissão envia à Mesa, para conheci-mento do Plenário, relatório e conclusões. O relatório poderá con-cluir pela apresentação de projeto de lei e, se for o caso, suas con-clusões serão remetidas ao Ministério Público, para que promovaa responsabilização civil e criminal dos infratores (CF, art. 58, § 3º;RI, arts. 145 e segs.; Lei nº 1.579/52).

Comissão Representativa – Funciona nos períodos de recesso parla-mentar, mesmo havendo convocação extraordinária. Cabe à Co-missão Representativa, composta por sete senadores e 16 deputa-dos, e igual número de suplentes, zelar pelas prerrogativas do Con-gresso Nacional, das duas Casas e dos parlamentares, bem comopela preservação da competência legislativa do Parlamento.A Comissão Representativa tem uma série de atribuições legislativas,como deliberar sobre sustação de atos normativos do Executivo; pro-jeto de lei relativo a créditos adicionais, desde que a Comissão Mistade Orçamento tenha emitido parecer sobre eles; projetos que visemprorrogar prazo de lei ou tratem de atos internacionais, quando oprazo da lei ou a data limite para o Brasil se manifestar sobre o acordoocorram durante o período de recesso ou nos dez dias subseqüentesa seu término, e autorização para o presidente da República e/ou ovice-presidente se afastarem do país por mais de 15 dias.Essa comissão mista pode ainda convocar ministros de Estado e en-caminhar a autoridades requerimentos de informações. As reuniõesdo colegiado são convocadas pelo seu presidente e as deliberações,tomadas por maioria simples (CF, art. 58, § 4º; Res. nº 3/90-CN).

Comissões – Compete às comissões, entre outras atribuições, emitirparecer sobre as proposições submetidas ao seu exame; discutir evotar projetos de lei ordinária de autoria de senador, ressalvadoprojeto de código; realizar audiências públicas (ver verbete res-pectivo); convocar ministros de Estado ou titulares de órgãos dire-

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tamente subordinados ao presidente da República para tratar deassuntos ligados às suas atribuições; convidar autoridades, repre-sentantes da sociedade civil e qualquer pessoa para prestar infor-mação ou manifestar opinião sobre assunto em discussão no ór-gão; solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão.Cabe ainda às comissões propor sustação de atos normativos dogoverno que exorbitem de suas funções; fazer o acompanhamen-to, a fiscalização e o controle de políticas governamentais no âm-bito de sua competência; promover diligências; e receber reclama-ções de cidadãos contra atos ou omissões de autoridades e órgãospúblicos (CF, art. 58; RI, arts. 71 a 152, 397, § 1º, 400 e 401).

Comissões mistas – Além das matérias destinadas à apreciação emsessão conjunta do Congresso Nacional, também compete às co-missões mistas emitir parecer sobre proposições cuja votação éfeita separadamente pela Câmara e pelo Senado. Trata-se das me-didas provisórias e dos projetos relacionados ao Mercosul. Ascomissões mistas podem ser permanente, como a de Orçamentoe a do Mercosul, ou especial, criada para examinar matéria espe-cífica – medida provisória, veto e reforma do Regimento Comum.As MPs que dispõem sobre abertura de crédito orçamentário sãoexaminadas pela Comissão Mista de Orçamento. (RC, arts. 9º/21, Res. nº 1/02-CN). (Ver Comissões do Mercosul, ComissãoMista de Orçamento, Comissão parlamentar de inquérito e Con-gresso Nacional).

Comissões permanentes – Têm suas atribuições definidas no Regi-mento Interno. A composição delas se renova a cada dois anos, noinício da primeira e da terceira sessões legislativas.A Comissão Diretora é constituída pelos membros da Mesa, en-quanto as demais comissões, em número de sete, têm seus inte-grantes designados pelo presidente da Casa, por indicação dos lí-deres partidários, observando-se a participação proporcional dasrespectivas bancadas.Os membros da Comissão Diretora não podem fazer parte de co-missão permanente. Na reunião de instalação da comissão perma-nente são eleitos o presidente e o vice-presidente. Na ausência dopresidente e do vice, a comissão é presidida pelo titular mais idoso.Ressalvada a Comissão Diretora, as comissões permanentes podemcriar, no âmbito de suas competências, e por indicação de qualquer

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de seus membros, subcomissões permanentes e temporárias.Comissões permanentes do Senado e número de membros (excetoComissão Diretora):• Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) – 27• Comissão de Assuntos Sociais (CAS) – 29• Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) – 23• Comissão de Educação (CE) – 27• Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) – 17• Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) – 19• Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) – 23

(CF, art. 58; RI, arts. 71 e segs.) (Ver Comissões e ComissãoDiretora.)

Comissões temporárias – Podem ser internas, externas e parlamentaresde inquérito. As internas são criadas para finalidade específica. Algu-mas são criadas por deliberação do Plenário, mediante requerimentode qualquer senador para, por exemplo, examinar assuntos de inte-resse da Casa; outras são regimentalmente previstas, como a comis-são destinada a analisar e emitir parecer sobre projetos de código.A comissão interna incumbida de examinar projeto de código é de-signada na mesma sessão em que for lida a proposição. Ela se com-põe de 11 membros, os quais elegem, na reunião de instalação, opresidente e o vice-presidente, sendo em seguida designados umrelator e relatores parciais. O estudo do projeto de código cabe tão-somente à comissão especial, dispensando a apreciação de qual-quer comissão permanente. A comissão de projeto de código é tam-bém responsável pela elaboração da redação final da matéria apro-vada com ou sem emenda pelo Plenário, por maioria simples.As comissões temporárias externas, também criadas por decisãodo Plenário, se destinam a representar a Casa em congressos eoutros atos públicos. É criada mediante requerimento de qualquersenador ou comissão, ou por proposta do presidente do Senado.Quanto às comissões parlamentares de inquérito, veja respectivoverbete (RI, arts. 74 a 76 e 374). (Ver Comissões.)

Comparecimento de ministro – Além de ser obrigado a atender aconvocação, o ministro de Estado pode comparecer espontanea-mente ao Plenário ou a qualquer comissão, mediante entendimen-

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to com a Mesa, para falar sobre assunto relevante da área de suapasta (CF, art. 50, § 1º; RI, arts. 397 e segs.).

Competência exclusiva do Congresso – As matérias de competênciaexclusiva do Congresso Nacional são adotadas por meio de decre-to legislativo, cujo exame é feito separadamente pelas duas Casas.As mais freqüentes se relacionam a atos internacionais; concessãode emissoras de rádio e televisão; e julgamento anual das contasdo presidente da República. Também se inclui entre as atribuiçõesexclusivas do Congresso a escolha de dois terços dos membros doTribunal de Contas da União (CF, art. 49).

Competência privativa da Câmara dos Deputados – Em número bemmenor que as do Senado, são as seguintes as atribuições privativasda Câmara: autorizar a abertura de processo contra o presidente eo vice-presidente da República e ministros de Estado; proceder àtomada de contas do chefe do governo, no caso de essas não se-rem encaminhadas ao Congresso até 60 dias após o início da ses-são legislativa ordinária; elaborar o seu regimento interno e disporsobre sua organização e funcionamento; eleger membros do Con-selho da República (CF, art. 51).

Competência privativa do Senado – Além das competências comunsàs duas Casas do Legislativo, o Senado tem competências específi-cas, adotadas mediante resolução, salvo no caso da aprovação deautoridades, que é feita por meio de parecer. A tramitação das ma-térias de competência privativa do Senado começa e se exaure naprópria Casa. As matérias dessa natureza, portanto, não são leva-das à apreciação da Câmara nem podem ser objeto de delegação.(A Câmara detém, da mesma forma, atribuições privativas.)Compete privativamente ao Senado:– processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, o presiden-

te e o vice-presidente da República, os ministros de Estado e oscomandantes das Forças Armadas, nos crimes da mesma natu-reza conexos com aqueles, e ainda os ministros do SupremoTribunal Federal, o procurador-geral da República e o advoga-do-geral da União;

– aprovar previamente a indicação de ministros do Supremo Tri-bunal Federal e de tribunais superiores; ministros do Tribunalde Contas da União indicados pelo presidente da República;governador de território; presidente e diretores do Banco Cen-

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tral; procurador-geral da República; chefes de missão diplomá-tica de caráter permanente; advogado-geral e defensor-geral daUnião; membros das agências reguladoras e titulares de órgãosque a lei vier a determinar;

– autorizar operações de natureza financeira de interesse daUnião, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e dis-por sobre outras questões financeiras dos entes federativos;

– suspender, no todo ou em parte, a execução de lei declaradainconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal;

– aprovar a exoneração, de ofício, do procurador-geral da Repú-blica antes do término do seu mandato;

– elaborar o seu regimento interno e dispor sobre sua organiza-ção e funcionamento;

– eleger membros do Conselho da República (CF, art. 52; RI, arts.377 e segs., e legislação conexa). (Ver Competência privativada Câmara dos Deputados.)

Congresso Nacional – Instituição responsável pelo exercício das atri-buições do Poder Legislativo, o Congresso Nacional funciona pelosistema bicameral, por meio da Câmara dos Deputados e do Sena-do Federal, que constituem dois órgãos autônomos, com regimen-tos, administração e quadro de pessoal próprios.Reunido em sessão conjunta, o Congresso Nacional aprecia asseguintes matérias: projetos orçamentários, vetos, delegaçõeslegislativas e elaboração ou reforma do Regimento Comum.Antes da Constituição de 1988, propostas de emenda constitucio-nal e projetos em regime de urgência solicitada pelo presidente daRepública eram votados em sessão conjunta, e não isoladamenteem cada Casa.

Convite – Comissão permanente só pode convocar ministro de Estadoou titular de órgão diretamente subordinado à Presidência da Repú-blica. Portanto, as demais pessoas são convidadas pela comissão paraprestar depoimento, e não convocadas. Já uma CPI pode convocarqualquer pessoa. O Plenário convoca, não convida (RI, art. 90).

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar – Compete a esse colegiadozelar pela observância das regras do Código de Ética e Decoro Par-lamentar e do Regimento Interno, visando à preservação da dignida-de do mandato de senador. Para tanto, promove investigação em

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torno de denúncias de irregularidades envolvendo senadores, e con-clui com a apresentação de parecer a respeito. É constituído de 15membros titulares e 15 suplentes, eleitos para desempenhar manda-to de dois anos, além do corregedor da Casa (Res. nº 20/93).

Convocação de autoridade – As CPIs têm competência para convo-car qualquer autoridade ou pessoa para depoimento, enquanto ascomissões permanentes só podem dispor desta mesma competên-cia se se tratar de ministro de Estado ou de titular de órgão direta-mente ligado à Presidência da República. No caso de outras auto-ridades ou de cidadão qualquer, é feito convite solicitando o seucomparecimento (RI, art. 90).

Convocação extraordinária – O Congresso pode ser convocado paratrabalhar extraordinariamente, em caso de urgência e de interessepúblico relevante, pelo presidente da República, pelos presidentesda Câmara e do Senado, ou a requerimento da maioria dos mem-bros das duas Casas.O Legislativo também é convocado pelo presidente do Senado coma finalidade de tomar o compromisso e dar posse ao presidente eao vice-presidente da República. É ainda o presidente do Senadoque convoca o Congresso na hipótese de decretação de estado dedefesa ou de intervenção federal, bem como de pedido de autori-zação para decretação de estado de sítio.Conforme a Emenda Constitucional nº 32, edição de medida pro-visória durante o recesso não mais implica convocação do Legisla-tivo. Entretanto, estando em vigor MP na data de convocação, amedida provisória deverá entrar automaticamente na pauta dos tra-balhos extraordinários.A convocação do Congresso exige o funcionamento das duas Ca-sas, e não de apenas uma. Nesse período continua em atividade aComissão Representativa e só podem ser apreciadas as matériasconstantes da pauta da convocação extraordinária (CF, arts. 57, §6º, e 62). (Ver Comissão Representativa.)

Corregedoria do Senado – É constituída por um corregedor, ao qualcompete promover a manutenção do decoro, da ordem e da disci-plina no âmbito da Casa; dar cumprimento a determinações daMesa relacionadas à segurança interna e externa do Senado; su-pervisionar o cumprimento da proibição de porte de arma e reali-zar sindicâncias sobre denúncias de ilícitos no âmbito da Casa

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envolvendo senadores. O corregedor é eleito juntamente com trêssubstitutos (Res. nº 17/93).

Declaração de voto – Por meio desse instrumento, o senador pode,após proclamado o resultado de votação, explicar as razões do seuvoto sobre determinada matéria. A declaração de voto é encami-nhada à Mesa, para publicação. Não se admite declaração de votoquando a deliberação é feita em sessão secreta ou é uma votaçãosecreta (RI, arts. 20, 202, I, b; 293, II; e 316).

Decreto – Ato de natureza administrativa cuja competência é privati-va do presidente da República. Os decretos podem ser singulares,quando tratam de assuntos como nomeação, desapropriação, in-dulto; ou regulamentares, quando têm a finalidade de dar execu-ção a normas instituídas por lei ordinária (CF, art. 47).

Decreto legislativo – É utilizado para regular matérias de competênciaexclusiva do Congresso, como ratificar atos internacionais, sustar atosnormativos do presidente da República, julgar anualmente as contasprestadas pelo chefe do governo, autorizar o presidente da Repúblicae o vice-presidente a se ausentarem do país por mais de 15 dias, apre-ciar a concessão de emissoras de rádio e televisão, autorizar em terrasindígenas a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e apesquisa e lavra de recursos minerais (CF, art. 49).

Deliberação terminativa de comissão – A Constituição de 1988 atri-buiu às comissões do Senado e da Câmara poderes para discutir evotar projetos em caráter terminativo ou conclusivo, dispensandoa deliberação do Plenário, caso não seja apresentado recurso nes-se sentido. A deliberação terminativa das comissões possibilitaceleridade ao processo legislativo.A aprovação terminativa de projeto em comissão é comunicada,posteriormente, ao Plenário pelo presidente do Senado. Se, no prazode cinco dias úteis após publicado o parecer das comissões, nãofor apresentado recurso de pelo menos um décimo dos senadorespara exame da matéria pelo Plenário, o projeto segue imediata-mente à apreciação da Câmara.As matérias apreciadas em caráter conclusivo pelas comissões sãoem sua maioria projetos de lei ordinária de autoria de senador,salvo projeto de código. Também podem ser apreciados conclusi-vamente pelas comissões projetos de resolução suspendendo a

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execução de lei declarada inconstitucional em decisão definitivapelo Supremo Tribunal Federal.Conforme o regimento, por deliberação do presidente da Casa,ouvidas as lideranças, podem ainda ser submetidas a deliberaçãoterminativa das comissões, entre outras, as seguintes matérias: atosinternacionais, autorização para exploração de recursos hídricos epesquisa de riquezas minerais em terras indígenas; e projetos delei ordinária de iniciativa de deputados que foram aprovadosterminativamente por comissão da Câmara.O projeto submetido a decisão terminativa pode ser apreciado pormais de uma comissão, cabendo ao presidente do Senado definirqual delas se manifestará em caráter conclusivo sobre a matéria(CF, art. 58, § 2º, I; RI, art. 91).

Discursos dados como lidos – O senador pode encaminhar discurso àMesa para publicação no Diário do Senado Federal e inserção nosAnais, dispensando-se assim a leitura do pronunciamento (RI, art. 203).

Discussão de proposição – A discussão de proposição no Senado éfeita em turno único de discussão e votação, inclusive de projetode lei complementar. Excetua-se dessa regra a proposta de emendaconstitucional, que é submetida a dois turnos de discussão – oprimeiro, de cinco sessões; o segundo, de três sessões (RI, art. 270).

Emenda constitucional – A iniciativa de emenda constitucional é decompetência do presidente da República, de um terço dos deputa-dos federais ou dos senadores ou de mais da metade das assem-bléias legislativas, desde que cada uma delas se manifeste pelamaioria relativa de seus membros.Não podem ser apresentadas emendas que visem suprimir as cha-madas cláusulas pétreas: forma federativa de Estado; voto direto,secreto, universal e periódico; separação dos poderes e direitos egarantias individuais.A proposta de emenda à Constituição exige discussão e votaçãoem dois turnos, em cada Casa do Congresso, e será aprovada seobtiver, na Câmara e no Senado, três quintos dos votos dos depu-tados e dos senadores – 308 e 49, respectivamente. À exceção daspropostas de emenda à Constituição de autoria de senadores, asdemais começam a sua tramitação pela Câmara dos Deputados.No Senado, a matéria é examinada pela Comissão de Constituição,Justiça e Cidadania, que emite parecer favorável ou pela rejeição. Se

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o parecer concluir pela rejeição, a proposta só será levada a discus-são no Plenário se houver recurso de nove senadores. Encerrado oprimeiro turno de discussão, de cinco sessões deliberativas ordiná-rias, a PEC pode ser votada em primeiro turno, desde que não tenhasido apresentada emenda em Plenário. Caso contrário, a matériavolta à CCJ, para exame da emenda, realizando-se, após essa etapa,a votação em primeiro turno. Essa mesma regra é observada se aproposta recebe emenda no curso do segundo turno de discussão,que é de três sessões deliberativas ordinárias, quando poderão seroferecidas emendas que não alterem o mérito.Na Câmara, a proposta de emenda constitucional, antes de servotada em Plenário, passa pelo exame de duas comissões: a deConstituição, Justiça e Redação, e a especial.Aprovada por uma das Casas em dois turnos, a proposta de emenda àConstituição é encaminhada ao exame da outra, que, se fizer mudan-ça de mérito no texto, a devolverá à Casa iniciadora. Se esta introduzirmodificação, a proposta retorna à outra Casa, como nova proposição.Deve-se destacar que a PEC só será tida como definitivamente apro-vada pelo Congresso, ficando então pronta para promulgação, quan-do uma Casa mantém o texto feito pela outra, ou seja, quando houverconsenso na Câmara e no Senado sobre a matéria (CF, arts. 60 e segs.;RI, arts. 212, 354 e segs.; RCD, arts. 201 e segs.).

Hora do expediente – Denomina-se hora do expediente a primeira parteda sessão deliberativa do Senado. A sessão não deliberativa é com-posta apenas de hora do expediente. Com duração de uma hora nassessões deliberativas ordinárias e de meia hora nas deliberativas ex-traordinárias, esse período da sessão destina-se à apresentação deproposições, comunicações enviadas à Mesa, leitura de ofícios eoutros documentos recebidos pela Casa, além de pronunciamentos.Na hora do expediente também são feitas manifestações de pesar,comemoração ou comunicação inadiável. O tempo destinado aosoradores na hora do expediente poderá ser dedicado a homena-gens especiais, a requerimento de qualquer senador, com aprova-ção do Plenário (RI, arts. 156 a 160).

Indicação – Instrumento utilizado por senador ou comissão para quedeterminado assunto seja objeto de providência por órgão compe-tente da Casa, visando ao esclarecimento ou formulação de pro-posição legislativa. Lida em Plenário, a indicação é despachada àcomissão competente, que emitirá parecer a respeito. O Senado

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não discute nem vota a indicação, devendo basear-se a delibera-ção na conclusão do parecer (RI, arts. 224 a 227).

Interstício – É o intervalo de tempo que se deve observar entre doisatos do processo legislativo. Um dos principais interstícios é aqueleentre a distribuição de avulsos dos pareceres e o início da discus-são e votação do respectivo projeto, que corresponde a três diasúteis. Entre o primeiro e o segundo turnos de uma proposta deemenda à Constituição deve-se observar interstício de cinco dias.É também de cinco dias o interstício para que a matéria possa serincluída na ordem do dia, após a publicação do parecer no Diáriodo Senado Federal e a distribuição dos avulsos. Entretanto, podeser dispensado, mediante requerimento, o interstício para que amatéria entre na ordem do dia (RI, arts. 280, 281, 357 e 362).

Legislatura – Compreende o período de quatro anos, coincidindo suaduração com a dos mandatos dos deputados. A legislatura se ini-cia no dia 1º de fevereiro. Também é nessa data que tomam posseos senadores e deputados eleitos.A posse ocorre em uma primeira reunião preparatória, realizando-se depois a segunda reunião para eleição do presidente da Casa, ea terceira, destinada à escolha dos demais membros da Mesa, paramandato de dois anos. No início da terceira sessão legislativa sãofeitas duas reuniões preparatórias, para eleição do presidente (naprimeira) e dos outros integrantes da Mesa.O fim da legislatura implica o arquivamento de todas as proposi-ções em tramitação na Casa, salvo as oriundas da Câmara dosDeputados ou as que tenham passado por sua revisão, bem comoas que tenham parecer favorável das comissões. Também são leva-das ao arquivo as matérias que tramitam há duas legislaturas. Asproposições arquivadas nessas condições não podem serdesarquivadas (RI, arts. 332 e 333). (Ver Sessões legislativas.)

Lei complementar – Os casos de elaboração de lei complementar sãoexpressamente previstos em dispositivos constitucionais. Ex.: art. 23,parágrafo único – “Lei complementar fixará normas para a coopera-ção entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios...”.A iniciativa desse tipo de legislação cabe a qualquer membro oucomissão da Câmara, do Senado ou do Congresso; ao presidenteda República, ao Supremo Tribunal Federal, aos tribunais superio-res, ao procurador-geral da República e aos cidadãos.O quórum para aprovação é maioria absoluta das duas Casas do

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Congresso, ou seja, os votos favoráveis de 41 senadores e 257deputados. A votação no Senado é feita em turno único, mas naCâmara realiza-se em dois turnos (CF, arts. 61 e 69).

Lei delegada – A lei delegada é editada pelo presidente da República,por concessão especial do Congresso, mas raramente utilizada.Foram adotadas, até a época da elaboração deste manual, apenas13 leis dessa natureza: a primeira em 1962 e a última em 1992.(CF, arts. 61 e 68; RC, arts. 116 e segs.).

Lei ordinária – A grande maioria das normas jurídicas do país estácontida em leis ordinárias, que consistem em regras ou grupos deregras disciplinadoras de comportamentos individuais ou ativida-des públicas. As leis obrigam a todos e tratam dos mais variadoscampos, desde o penal ao civil, do tributário ao administrativo.É por meio dessa legislação que se regulam quase todas as matériasde competência da União, com sanção do presidente da Repúbli-ca. As leis ordinárias diferem das leis complementares pelo fato deexigirem, para sua aprovação, maioria simples, enquanto essasúltimas requerem quórum qualificado (maioria absoluta), e tam-bém porque a elaboração de legislação complementar está expres-samente prevista na Constituição.A iniciativa das leis compete ao presidente da República, aos de-putados e senadores, ao Supremo Tribunal Federal, aos tribunaissuperiores e ao procurador-geral da República. Os cidadãos tam-bém podem propor projeto de lei, desde que seja subscrito por, nomínimo, 1% do eleitorado do país, entre outras exigências (CF,arts. 61 e segs.). (Ver Quórum de votação.)

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – Norma legislativa conten-do orientação para a elaboração da lei de orçamento do ano se-guinte. Essa lei traz as metas e prioridades do governo federal, in-clui as despesas de capital para o exercício financeiro seguinte,dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece po-lítica de aplicação nas agências financeiras de fomento.O projeto de LDO deve ser enviado ao Congresso até o dia 15 deabril, ficando seu exame a cargo da Comissão Mista de Planos, Or-çamentos Públicos e Fiscalização, para depois ser votado em sessãoconjunta do Congresso. Sua aprovação deve ocorrer até o dia 30 dejunho; caso contrário, a sessão legislativa não será interrompida du-rante o mês de julho, até que seja aprovada a matéria (CF, art. 165, §

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9º; Res. nº 2/95-CN). (Ver Comissão Mista de Planos, OrçamentosPúblicos e Fiscalização, Lei de Orçamento e Plano Plurianual.)

Lei Orçamentária Anual – Por meio dessa norma legislativa, que abran-ge os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentodas estatais, é estimada a receita e fixada a despesa que o governofederal está autorizado a realizar num exercício financeiro.O projeto de Lei Orçamentária Anual deve ser enviado ao Legisla-tivo até o dia 31 de agosto, e sua tramitação obedece ao seguintecronograma: discussão e votação do parecer preliminar, que cons-titui uma análise crítica do relator-geral sobre as finanças públicase parâmetros a serem observados pelos relatores parciais e/ousetoriais; encaminhamento de emendas; discussão e votação dospareceres setoriais pelas comissões; apreciação da matéria peloplenário da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos eFiscalização; encaminhamento do parecer à Mesa do Congresso; ediscussão e votação em sessão conjunta do Congresso. Aprovado,é enviado à sanção (CF, art. 163, § 5º; Res. nº 2/95-CN). (Ver Co-missão Mista de Orçamento, Lei de Diretrizes Orçamentárias ePlano Plurianual.)

Líder – As bancadas dos partidos e dos blocos atuam sob o comandode um líder, a quem é conferida uma série de atribuições e prerroga-tivas, como indicar os membros das comissões, usar a palavra emqualquer fase da sessão, formular ao Plenário recurso sobre questãode ordem, requerer dispensa de discussão, indicar os vice-líderes.A escolha dos líderes é feita no início da primeira e da terceira ses-sões legislativas, devendo ser comunicada à Mesa pela maioria dosmembros das respectivas bancadas. O presidente da República tam-bém indica um senador para líder do governo (RI, arts. 42 e segs.).

Medida provisória (MP) – Norma legislativa adotada pelo presidenteda República, no caso de relevância e urgência, que, para tornar-se lei ordinária, depende de aprovação do Congresso Nacional.Criado pela Constituição de 1988, como alternativa ao decreto-lei, o instituto da medida provisória passou, 13 anos depois, porgrandes alterações, com a promulgação, em setembro de 2001, daEmenda Constitucional nº 32, que impõe restrições ao uso de MPs.Outro ponto importante é que, se a medida não for apreciada duran-te sua vigência, incluindo a prorrogação, ela perde eficácia por de-curso de prazo. Em abril de 2002, o Congresso aprovou a Resolu-

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ção nº 1/02, que instituiu novas regras sobre a apreciação das MPspelo Legislativo.Conforme a emenda constitucional, as medidas provisórias têmduração de 60 dias, e não mais 30 – como ocorria anteriormente –,podendo sua vigência ser prorrogada por igual período, caso nãosejam aprovadas no prazo inicial. Mas a MP que não obtiver apro-vação na Câmara e no Senado até o prazo final perde a validadedesde a edição, ficando o presidente da República impedido dereeditá-la na mesma sessão legislativa.Pelos novos critérios, a tramitação é iniciada sempre pela Câmara,após análise da matéria por uma comissão mista específica, cujopresidente designa, além do relator, um relator revisor. Cabe a esteexercer a relatoria na Casa diversa da do relator. Quando se tratade MP abrindo crédito orçamentário, o seu exame é feito pela Co-missão Mista de Orçamento. O prazo para a comissão emitir oparecer é de 14 dias. Depois de aprovado o parecer, ou vencido oprazo para o pronunciamento da comissão, a MP é enviada à Câ-mara, que, se aprová-la, a remeterá ao Senado. Sendo o texto mo-dificado pelos senadores, a matéria retornará à Câmara.Decorridos 45 dias da publicação sem que a medida provisóriatenha sido votada, fica suspensa a deliberação sobre os demaisprojetos em pauta na Casa em que estiver sendo examinada, atéque a MP seja apreciada ou se extinga o prazo de sua vigência.Tratando-se de projeto em regime de urgência constitucional, nãose suspende a tramitação.No exame da MP, a comissão mista deve manifestar-se quanto aosaspectos de relevância e urgência, de mérito e de adequação fi-nanceira e orçamentária. Caso a comissão decida por alteração notexto da MP, apresenta um projeto de lei de conversão.Se aprovada pelo Senado e pela Câmara sem alterações, a medida pro-visória é submetida à promulgação do presidente do Senado. Sendoacolhido projeto de lei de conversão, esse é enviado à sanção do presi-dente da República. No caso de veto total ou parcial, o seu exame peloCongresso segue as mesmas regras com relação a projeto de lei.Na hipótese de a MP ser rejeitada pela Câmara ou pelo Senado, o pre-sidente da respectiva Casa deve comunicar o fato imediatamente aopresidente da Republica, além de baixar um ato declaratório de rejeiçãoda medida provisória, para publicação no Diário Oficial da União.

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Entretanto, quando se esgota o período integral de validade da MPsem que a matéria tenha sido apreciada, cabe ao presidente da Mesado Congresso Nacional fazer a comunicação ao presidente da Repú-blica e expedir ato declaratório de encerramento do prazo de vigênciada medida provisória, destinado a publicação no Diário Oficial.Deve-se destacar que, nos casos de rejeição ou extinção do prazode validade da MP, o Congresso edita um decreto legislativo disci-plinando as relações jurídicas decorrentes do período de vigênciada medida provisória.A EC-32 relaciona uma série de assuntos sobre os quais o presi-dente da República não pode legislar por medida provisória, taiscomo nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políti-cos, direitos penal, processual penal e processual civil, planosplurianuais, orçamentos e créditos suplementares.Também é vedado ao presidente da República regulamentar pormeio de MP dispositivo constitucional que tenha sido alteradomediante emenda constitucional promulgada entre 1º/1/2001 e11/9/2001 – data de promulgação da EC-32.Ao contrário do que previa o texto original da Constituição, a EC-32 suprimiu a necessidade de convocação do Congresso no casode ser editada medida provisória durante o recesso. Entretanto, aemenda determina que, estando em vigor MP na data de convoca-ção extraordinária do Congresso, ela será automaticamente inclu-ída na pauta de convocação.Com relação às MPs que estavam em vigor na data da publicaçãoda emenda constitucional (12/9/2001), esta assegurou-lhes plenavalidade, até serem revogadas expressamente por outra medidaprovisória ou decisão definitiva do Legislativo. (CF, art. 62, com aredação dada pela EC-32; Resolução nº 1/02-CN). (Ver Comissãomista, Comissão Mista de Orçamento e Sessão conjunta.)

Mesa do Congresso – Responsável pela condução dos trabalhos dassessões conjuntas, a Mesa do Congresso Nacional é dirigida pelopresidente do Senado, sendo os demais cargos exercidos nesta or-dem: 1º vice-presidente, pelo 1º vice-presidente da Câmara dosDeputados; 2º vice-presidente, pelo 2º vice-presidente do Senado;1º secretário, pelo 1º secretário da Câmara; 2º secretário, pelo 2ºsecretário do Senado; 3º secretário, pelo 3º secretário da Câmara;4º secretário, pelo 4º secretário do Senado (CF, art. 57, § 5º; Ata daSessão Conjunta de 22/9/93). (Ver Congresso Nacional.)

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Mesa do Senado – Integrada por sete membros titulares – presidente,dois vice-presidentes e quatro secretários – compete à Mesa a dire-ção dos trabalhos legislativos. Os seus membros, juntamente comquatro suplentes de secretários, são eleitos para mandato de doisanos, no início da primeira e da terceira sessões legislativas, emescrutínio secreto e por maioria simples de votos, estando presentea maioria da composição da Casa.Com atribuições bem definidas no Regimento Interno, os membrosda Mesa também compõem a Comissão Diretora, que dirige os tra-balhos administrativos da Casa. Conforme norma constitucional,cabe ao presidente do Senado presidir a Mesa do Congresso Nacio-nal (CF, art. 57, § 5º; RI, arts. 46 e segs.). (Ver Comissão Diretora.)

Modalidades de votação – A votação de matérias no Senado é feita deforma ostensiva ou secreta. A deliberação sobre as proposições emgeral, como projetos de lei ordinária, é feita pelo processo simbóli-co – o mais comum –, em que os senadores se manifestam pelaaprovação, permanecendo sentados, enquanto os que se levantamsão pela rejeição. No caso de ser requerida verificação de votação,esta será repetida, só que desta vez pelo processo nominal.Utilizado na apreciação de matérias que exigem quórum especialou qualificado, como proposta de emenda à constituição ou proje-to de lei complementar, o processo de votação nominal é feitopelo registro eletrônico de votos, por meio de painéis instaladosnas laterais do Plenário. Caso o sistema de votação eletrônico es-teja com defeito, a deliberação será mediante a chamada dos sena-dores, que se manifestarão pela aprovação ou rejeição do projetorespondendo “sim” ou “não”.A votação secreta – usada na apreciação de mensagens de indica-ção de autoridades, entre outras matérias – também utiliza o siste-ma eletrônico, figurando no painel apenas os dados referentes aoresultado da deliberação. Em caso de defeito no sistema eletrôni-co, a votação se processará com o uso de esferas brancas (votosfavoráveis) e pretas (contrários). Concluído o processo de votação,o resultado será proclamado pelo presidente (RI, arts. 289 e segs.).

Obstrução – Recurso usado para evitar a votação de determinada ma-téria. A obstrução é declarada pelo líder do partido ou do bloco,devendo os parlamentares deixarem o Plenário. Apenas o líder dopartido ou do bloco em obstrução permanece em Plenário (RI, art.13, § 1º).

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Ordem do dia – A ordem do dia realiza-se sempre após a primeiraparte da sessão – destinada a leitura do expediente e pronuncia-mentos. O principal critério para inclusão de matéria na ordem dodia leva em conta a antiguidade e a importância da proposição. Asmatérias que dependem de exame das comissões só podem serincluídas na pauta do Plenário depois de emitidos os pareceres.Contudo, em determinados casos, podem entrar projetos na or-dem do dia sem o devido parecer, na hipótese de a comissão nãoter se manifestado no prazo regimental ou quando se trate de ma-téria em regime de urgência. Durante a ordem do dia as comissõesficam impedidas de se reunir (RI, arts. 162 e segs.).

Parecer – Uma vez aceito pela maioria da comissão, o relatório passaa constituir o parecer, ou seja, a posição do órgão técnico a respei-to de proposição submetida ao seu exame.O parecer deve ser sempre conclusivo em relação à matéria, mani-festando-se geralmente pela aprovação ou rejeição, sem ou comemenda. Também pode concluir pelo arquivamento; pelo desta-que para votação em separado de parte da proposição principal;pela apresentação de projeto, requerimento, emenda, subemenda,ou orientação a ser seguida em relação à matéria. Na hipótese de aproposição tramitar por mais de uma comissão, o parecer poderáser oferecido em separado ou em conjunto.Os projetos com pareceres contrários quanto ao mérito são tidoscomo rejeitados e arquivados, salvo se um décimo dos senadoresapresentar recurso no sentido de sua tramitação.Após assinados pelos membros das comissões, os pareceres sãoenviados à Mesa para leitura em Plenário, publicação no Diáriodo Senado Federal e distribuição em avulsos.Caso a comissão não se pronuncie sobre a matéria sob seu exame,o parecer pode ser dado oralmente em Plenário, por relator desig-nado pelo presidente da Mesa (RI, arts. 133 e segs.).

Pedido de vista – O senador pode pedir vista do processo logo após aapresentação do relatório. O presidente da comissão é quem con-cede vista, por uma única vez. O prazo máximo é de cinco dias.Tratando-se de regime de urgência, há casos de matérias em que aconcessão de vista é por apenas meia hora, ou 24 horas (RI, art.132, §§ 1º a 4º). (Ver Relatório.)

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Pela ordem – Confundido erroneamente com questão de ordem, esseinstrumento regimental é utilizado pelo senador com o objetivo desolicitar informações sobre o andamento dos trabalhos da sessão,fazer reclamação quanto à observância do regimento e apontarfalha ou equívoco em relação a proposição da pauta (RI, art. 14,VIII, a). (Ver Questão de ordem.)

Plano Plurianual (PPA) – Esse plano abrange o período de quatro anos eé submetido ao Congresso pelo presidente da República no primeiroano de seu governo. O PPA fixa de forma regionalizada o planejamen-to das ações governamentais, incluindo as despesas de capital e ou-tras, além das relativas aos programas de duração continuada.O projeto de lei tem de ser remetido ao Congresso pelo chefe degoverno até 31 de agosto, e corresponde ao período que vai dosegundo ano de sua administração ao primeiro ano do mandatodo seu sucessor (CF, art. 165, § 1º; Res. 2/95-CN). (Ver ComissãoMista de Orçamento, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orça-mentária Anual.)

Procuradoria Parlamentar – Tem a incumbência de, em colaboraçãocom a Mesa e por determinação desta, promover perante a socie-dade a defesa do Senado, de suas atribuições e de seus órgãos eintegrantes, desde que atingidos em sua honra ou imagem, em ra-zão do exercício do mandato (Res. nº 40/95).

Projeto de lei – Ver Lei ordinária.

Projeto de lei complementar – Ver Lei complementar.

Projeto de decreto legislativo – Ver Decreto legislativo.

Projeto de lei de conversão – Qualquer alteração introduzida no tex-to da medida provisória constitui projeto de lei de conversão. De-pois de aprovado definitivamente pelo Senado ou pela Câmara, oprojeto de conversão é remetido à sanção do presidente da Repú-blica. Sendo a MP aprovada sem mudança, é enviada à promulga-ção do presidente do Senado (Res. nº 1/89-CN).

Promulgação – É mediante a promulgação que se declara a existênciada lei e se ordena a sua execução.As emendas constitucionais são promulgadas pelas Mesas da Câ-mara e do Senado, em sessão solene do Congresso Nacional.A promulgação das leis complementares e ordinárias é competên-cia do presidente da República, e ocorre simultaneamente com a

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sanção. No caso de sanção tácita, o próprio presidente da Repú-blica é quem deve promulgar a lei. Caso não o faça, a promulga-ção fica a cargo do presidente do Senado. E se este não o fizer, atarefa se transfere para o 1º vice-presidente.Também é o chefe do governo quem promulga os projetos de leicujos vetos são derrubados pelo Congresso. Não o fazendo, a atri-buição se desloca para o presidente do Senado, e, se este se omitir,para o 1º vice-presidente.Os decretos legislativos são promulgados pelo presidente do Se-nado, que também promulga as resoluções adotadas pela Casa epelo Congresso Nacional.As resoluções da Câmara dos Deputados são objeto de promulga-ção pelo seu presidente (CF, arts. 60, § 3º; e 66; RI, art. 48, XXVIII).

Proposição – Denominação genérica de toda matéria submetida àapreciação do Senado, da Câmara ou do Congresso Nacional. Con-forme o Regimento Interno, constituem proposição: propostas deemenda à Constituição, projetos (de lei ordinária e complementar,de decreto legislativo e de resolução), requerimentos, pareceres eemendas (RI, art. 211).

Publicação – A lei se torna obrigatória com a publicação, mediante aqual os cidadãos são informados sobre a existência da nova normajurídica. Feita a publicação, ninguém pode alegar desconhecimen-to da lei para não cumpri-la. Disciplinada pela Lei de Introduçãoao Código Civil (LICC), a publicação é complemento da promul-gação. Normalmente, a lei entra em vigor a partir da data em que épublicada (Ver Vigência da lei.)

Questão de ordem – É utilizada pelo senador para suscitar, em qual-quer fase da sessão, dúvida a respeito de interpretação ou aplica-ção do regimento em caso concreto, relacionada com a matériatratada na ocasião.A questão é decidida pelo presidente da sessão, com recurso aoPlenário. No caso de recurso, a Presidência pode solicitar a audiên-cia da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, quando setratar de interpretação de texto constitucional, cabendo ao Plená-rio a deliberação final sobre o assunto.Tratando-se de matéria de regime de urgência com base no art.336, I, do regimento, ou com prazo de tramitação, o parecer da

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CCJ deverá ser proferido imediatamente em Plenário (RI, arts. 403e segs.). (Ver Pela ordem.)

Quórum de votação – Há vários tipos de quórum para aprovação dematérias. O mais comum é o de maioria simples, exigido para apro-vação de projetos de lei ordinária e de resolução.Os projetos de lei complementar e os projetos de decreto legislativorequerem maioria absoluta (41 e 257), ou seja, metade mais umdos senadores e dos deputados. A rejeição de veto presidencialtambém exige o voto da maioria absoluta dos deputados e senado-res (em sessão conjunta).O quórum para aprovação de emenda constitucional é de três quin-tos, o que corresponde a 49 votos no Senado e 308 na Câmara dosDeputados (CF, art. 60, § 2º; e art. 69; RI, arts. 31, parágrafo único;48, XI; 91, § 4º; 101, § 1º; 254; e 405; RCD). (Ver Modalidades devotação.)Veja na tabela abaixo os diversos tipos de quórum para aprovaçãode matérias no Senado e na Câmara:

QUÓRUM

selpmisairoiaM

)18(ODANES )315(ARAMÂC

aetneserp,airoiamAsodatulosbaairoiam

asaCadsorbmem

aetneserp,airoiamAsodatulosbaairoiam

asaCadsorbmem

atulosbaairoiaM 14 752

5/3 94 803

3/2 45 243

6/1 41 68

01/1 9 25

02/1 4 62

3/1 72 171

5/2 33 602

otutitsnI.otnemicsaNaryLaiduálCed,ovitalsigeLossecorPedosruC:etnoF.orielisarBovitalsigeL

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Redação do vencido – Quando a votação conclui pela aprovação desubstitutivo, em turno único, é feita a redação do vencido, paradeliberação em turno suplementar (RI, art. 317).

Relator – É o senador designado pelo presidente da comissão paraapresentar relatório sobre matéria de competência do órgão. Adesignação do relator é feita dois dias úteis após o recebimento doprojeto.Essa escolha obedece à proporção das bancadas partidárias ou dosblocos, observando-se alternância entre os seus membros. O au-tor da proposição não pode funcionar como relator. Se o relator évencido, o presidente designa outro senador para suceder-lhe, excetose a rejeição for em relação a parte da proposição ou emenda.O relator do projeto é também o das emendas de Plenário. Masfica impedido de relatar emendas por ele apresentadas em Plená-rio, caso em que é designado outro senador para relatá-las. Sóexcepcionalmente o presidente da comissão pode atuar comorelator (RI, arts. 126 e segs.).

Relator ad hoc – (Pronuncia-se “adoque”.) É designado pelo presi-dente da comissão, no caso de ausência do relator original. O adhoc não é substituto, pois passa a ser o relator da matéria. Ad hocsignifica “para isso”, “para este caso”.

Relator do vencido – É o senador que sucede ao relator inicialmentedesignado, caso o relatório deste seja rejeitado pela comissão. Orelator do vencido apresenta parecer conforme o que foi delibera-do pela comissão. O parecer apresentado pelo relator original pas-sa a constituir voto vencido em separado (RI, art. 128). (Ver Reda-ção do vencido.)

Relatório – É a manifestação do relator a respeito de proposição. Quan-do aprovado pela maioria da comissão, o relatório passa a consti-tuir o parecer do órgão sobre a matéria em exame. Depois da leitu-ra do relatório, pode ser solicitada vista do processo, o que ocorrecom freqüência nas comissões.Quem concede vista é o presidente da comissão, uma única vez,pelo prazo improrrogável de até cinco dias. Encontrando-se a ma-téria em regime de urgência, conforme o caso, a vista é concedidapor apenas meia hora, quando se trata de projeto que envolva pe-rigo para a segurança nacional ou providência para atender cala-midade pública. É concedida vista por 24 horas quando se preten-

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de apreciar a matéria na segunda sessão deliberativa subseqüente(RI, arts. 130 e segs.).

Recesso – Durante o recesso, que se estende por todo o mês de julhoe de 16 de dezembro a 14 de fevereiro, são suspensas as ativida-des do Congresso Nacional e de suas Casas. Com isso, deixam dese realizar sessões do Senado e da Câmara, além de sessões con-juntas e reuniões das comissões, salvo se houver convocação ex-traordinária.A sessão legislativa ordinária não se interrompe em julho se até odia 30 de junho o Congresso não tiver aprovado o projeto de Leide Diretrizes Orçamentárias. Sendo aprovada essa lei no mês dejulho, o Legislativo entra imediatamente em recesso.Com o objetivo de zelar pelas prerrogativas do Legislativo, funcio-na no período de recesso a Comissão Representativa, à qual sãoconferidos alguns poderes, como o de aprovar créditos adicionaissolicitados pelo governo e fiscalizar os atos do Executivo (CF, art.57, caput e §§ 1º, 2º e 6º). (Ver Comissão Representativa e Convo-cação extraordinária.)

Retirada de proposição – É permitido ao senador, antes de iniciada avotação, pedir a retirada de matéria de sua autoria em exame naCasa, mediante requerimento. No caso de proposição de iniciati-va de mais de um senador, o requerimento deve ser apresentadopelo primeiro signatário. Tratando-se de proposição de comissão,o requerimento será feito pelo presidente ou relator da matéria.O pedido de retirada será votado imediatamente pelo Plenário, sea matéria estiver na ordem do dia daquela sessão, ou posterior-mente, se não constar da pauta. Durante reunião da Comissão deConstituição, Justiça e Cidadania, se o relator se manifestar pelainconstitucionalidade e injuridicidade da proposição, também épermitida a retirada da matéria, mediante requerimento ao presi-dente da comissão (RI, arts. 256 e 257).

Reuniões preparatórias – No começo da legislatura, dia 1º de feverei-ro, é feita uma primeira reunião preparatória, na qual os senadoreseleitos tomam posse, seguida de outra, para eleição do presidenteda Casa, e de uma terceira, quando são eleitos os demais mem-bros da Mesa.Na terceira sessão legislativa, no mês de fevereiro, em data deter-minada pela Presidência do Senado, realizam-se apenas duas reu-

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niões preparatórias, para eleição, respectivamente, do presidentee dos demais membros da Mesa (CF, art. 57, § 4º; RI, art. 3º).

Sanção – É a aquiescência, o assentimento do presidente da Repúbli-ca a projeto de lei ordinária ou complementar aprovado pelo Con-gresso Nacional.O prazo para o chefe do governo sancionar o projeto é de 15 dias.Caso não se manifeste expressamente sobre a matéria nesse perío-do, o projeto será tido como sancionado tacitamente.Ocorrendo essa hipótese, o projeto é promulgado pelo presidenteda República, ou então pelo presidente do Senado ou pelo 1º vice-presidente da Casa. (CF, art. 65, caput, e § 3º). (Ver Promulgação eVeto.)

Sessão legislativa – Constitui sessão legislativa ordinária o período deatividade normal do Congresso a cada ano, de 15 de fevereiro a 30de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. Cada quatro sessõeslegislativas, a contar do ano seguinte ao das eleições parlamenta-res, compõem uma legislatura. Já a sessão legislativa extraordiná-ria compreende o trabalho realizado durante o recesso, medianteconvocação. Cada período de convocação constitui uma sessãolegislativa extraordinária (RI, art. 154, CF, art. 57).

Sessões do Senado – As sessões do Senado denominam-se delibe-rativas ordinárias, deliberativas extraordinárias, não deliberativase especiais.As deliberativas ordinárias são aquelas em que há ordem do diapreviamente designada, e, conforme o Regimento Interno, se reali-zam de segunda a quinta-feira, às 14h30, e às sextas-feiras, às 9h.Tornou-se praxe, a partir de 1996, a realização da sessão deliberativaordinária de quinta-feira às 10h. As extraordinárias, com ordemdo dia própria, realizam-se em horários diversos dos previstos paraas ordinárias.As não deliberativas não têm ordem do dia e destinam-se a pro-nunciamentos, leitura de proposições e outros assuntos de interes-se político e parlamentar.As sessões especiais são dedicadas a comemorações e homenagens,mediante requerimento assinado por no mínimo seis senadores eaprovado pelo Plenário. Na abertura da sessão deve estar presentepelo menos um vigésimo da composição da Casa (quatro senado-res), e sua duração é de quatro horas, podendo ser prorrogada.

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As sessões podem ainda ser públicas, quando é permitido a qualquerpessoa assisti-las, e secretas, quando somente senadores podem estarpresentes, bem como funcionários que o presidente julgar necessári-os (RI, arts. 154 e segs.). (Ver Hora do expediente e Ordem do dia.)

Siglas das proposições – As matérias em tramitação na Casa sãoidentificadas por siglas, seguidas de numeração: PEC, proposta deemenda à Constituição; PLS, projeto de lei do Senado; PLC, proje-to de lei da Câmara; PLN, projeto de lei do Congresso Nacional;PLV, projeto de lei de conversão; PRS, projeto de resolução doSenado; PRC, projeto de resolução da Câmara. A Câmara tambémadota siglas para designar as matérias submetidas a sua aprecia-ção. (Ver relação no anexo Siglas.)

Sobrestamento de proposições – Qualquer proposição pode ter seuexame sustado a requerimento de comissão ou de senador, paraque se aguarde decisão ou estudo sobre proposta com ela conexa,cumprimento de diligências ou recebimento de outra proposta so-bre a mesma matéria (RI, art. 335).

Terminativo – Ver Deliberação terminativa de comissão.

Tramitação – Propostas de emenda constitucional; projetos de lei, dedecreto legislativo e de resolução; e indicações só podem ser apre-sentados em Plenário, e nunca em comissão. A tramitação teminício com a leitura da ementa da proposição, salvo no caso dematéria para deliberação urgente, cujo texto deve ser lido na ínte-gra. Depois de receber o parecer de uma ou mais comissões, amatéria retorna ao Plenário, para votação. Se aprovado pelo Sena-do e ou pela Câmara, o projeto é remetido à outra Casa, na condi-ção de órgão revisor. Caso esta o modifique, a proposição retornaà Casa de origem. As comissões também têm competência paraaprovar determinados projetos em caráter terminativo. O envio damatéria à sanção é feito pela Casa que conclui a sua votação.Note-se que nem toda matéria cuja tramitação começa pelo Sena-do é remetida, após aprovada, à apreciação da Câmara. Trata-se,neste caso, das proposições que versem sobre assuntos que cons-tituem atribuição privativa da Casa, como aprovação prévia da es-colha de ministros de tribunais, embaixadores, diretores do BancoCentral e de agências reguladoras; autorização para operações decrédito; suspensão da execução de lei inconstitucional. As matéri-as de competência privativa da Câmara – em número bem menor –

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também dispensam apreciação do Senado (RI, arts. 251 a 260, eRes. nº 1/02-CN). (Ver Competência privativa da Câmara, Compe-tência privativa do Senado, Deliberação terminativa de comissão eRetirada de proposição.)

Turnos – As matérias em tramitação no Senado são submetidas a ape-nas um turno de discussão e votação, exceto proposta de emendaà Constituição, que exige dois turnos. O substitutivo integral a pro-jeto é submetido a um turno suplementar (RI, art. 270).

Vacatio legis – Período entre a data de publicação da lei e início desua vigência. Durante a vacatio legis continua vigorando a lei anti-ga (LICC). (Ver Vigência da lei.)

Verificação de votação – Depois de anunciado o resultado de vota-ção simbólica, qualquer senador, com apoio de outros três, podepedir, oralmente, a verificação de votação, o que é feito indepen-dentemente de deliberação do Plenário. Essa verificação se realizapelo processo nominal e, se constatada a inexistência de quórum, opresidente suspende a sessão e aciona a campainha pelo período dedez minutos. Em seguida, a sessão é reaberta e se processa novavotação. Outro pedido de verificação de votação só é permitido de-pois de decorrida uma hora do pedido anterior. Em sessão conjuntado Congresso, o pedido de verificação de votação é feito por líderou então por cinco senadores ou 20 deputados (RI, art. 293).

Veto – Instrumento usado pelo presidente da República para recusara sanção de projeto, no todo ou em parte, sob o argumento deinconstitucionalidade ou contrariedade ao interesse público.Essa rejeição do chefe do governo a projeto aprovado peloLegislativo é irretratável, ou seja, uma vez adotado o veto, o presi-dente não pode retirá-lo.Com o veto, fica suspensa, total ou parcialmente, a transformaçãodo projeto em lei. A manutenção ou rejeição do veto depende dedeliberação dos deputados e senadores, em sessão conjunta doCongresso, por escrutínio secreto.Para o veto ser rejeitado é preciso o voto da maioria absoluta dosmembros de cada uma das Casas (41 e 257 votos, respectivamen-te). A matéria cujo veto foi rejeitado é enviada ao presidente daRepública, para promulgação (CF, arts. 66 e 67, § 1º).

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Vigência da lei – Quando a lei não estabelece, expressamente, a data doinício de sua vigência, ela começa a vigorar 45 dias após sua publica-ção, conforme determina a Lei de Introdução ao Código Civil (LICC).

Abreviaturas utilizadas neste capítulo:

CF – Constituição federalRI – Regimento Interno do SenadoRC – Regimento ComumRCD – Regimento Interno da Câmara dos DeputadosLICC – Lei de Introdução ao Código CivilCN – Congresso NacionalRes. – Resolução

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CONHECIMENTOS GERAIS

PORTUGUÊS

Acentuação – 1) Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas: ôni-bus, tráfego, inédito, fôlego, fenômeno, áridos, xícara, êxodo.2) Acentuam-se todas as paroxítonas terminadas em i(s); l; n; om;

on(s); ps; r; um; uns; us; x; as terminadas em ditongo oral, segui-das ou não de s; as que tenham a vogal ou o ditongo nasal áto-nos, seguidos ou não de s, na última sílaba, e a vogal tônica napenúltima sílaba: biquíni, têxtil, hábil, pólen, cânon, nêutrons,bíceps, líder, fórum, bônus, tórax. Não se acentuam as paroxítonasterminadas em em e ens: jovens, item, polens, hifens.

3) Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, abertas;e, o, fechadas, seguidas ou não de s; as terminadas em i e u sóquando formarem hiato; as terminadas em em e ens somentecom palavras de mais de uma sílaba; as oxítonas de vogal ouditongo nasal tônicos, seguidos ou não de s (maracá, ananás,vovó, bebê, metrô, mês, Jundiaí, baú, possuí, harém, parabéns,hortelã, irmãos). Obs.: Os prefixos tônicos monossílabos pós,pré, pró são acentuados e também as formas verbais que per-dem as letras finais r, s, z, às quais se associam os pronomesoblíquos la, lo, las, los: dá-la, pô-los, lê-lo, fê-las.

4) Acentuam-se os ditongos abertos éi, éu, ói, seguidos ou não de s:colméia, mausoléu, assembléia, paranóico, constrói.

5) O u e o i tônicos só recebem acento quando estiverem sozinhos nasílaba, ou juntos com s, formando hiato com a vogal anterior, maso i não recebe acento antes do dígrafo nh: faísca, saúde, paraíso,traído, rainha. O hiato ôo recebe o acento circunflexo no penúlti-mo o fechado, seguido ou não de s: vôo, abençôo. As formas ver-

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bais que se grafam com os dois ee recebem acento: dêem, crêem,lêem, vêem. Acentuam-se ainda: a terceira pessoa do plural dopresente do indicativo dos verbos ter e vir (e seus derivados): têm,vêm, provêm; pêra (a pêra), mas não peras (as peras); pêlo, pêlos (opêlo do gato); pélo, péla, pélas (verbo); pólo, pólos (pólos de de-senvolvimento); pôr (verbo); pára (verbo); ás (o ás da aviação, o ásdo baralho); côa, côas (verbo); e pôde (oposição a pode).

6) Usa-se o trema no u dos grupos gue, gui, que, qui, de u sonoroe átono: agüentar, lingüiça, cinqüenta, tranqüilo. Se o u de taisgrupos for tônico, usa-se o acento agudo: averigúe, argúi.

Aconselhar – a) V. t. d. no sentido de dar conselho, recomendar, indicara vantagem ou conveniência de alguma coisa: Ele aconselhou o em-prego de outros recursos. b) V. t. d. e i. quando significar prescrever,receitar: Aconselhou-lhe um regime urgente – ou no sentido de pro-curar induzir, persuadir: Aconselhou-os a (para) estudar.

Acusar – V. t. d. significando imputar falta, delito ou crime a alguém;denunciar: Acusou o governo de negligência. Regência: Acusa-sealguém, mas não se acusa que alguém fez alguma coisa.

Advertir – Advertir alguém de alguma coisa ou advertir a alguém al-guma coisa, v. t. d.: O senador advertiu o ministro da possibilidadede aumento da inflação/Os fiscais advertiram aos consumidoresque aquele produto era impróprio ao consumo. Com as preposi-ções para, sobre e contra, use alertar: O ministro alertou para orisco de volta da inflação.

A fim de/afim – A locução a fim de significa “com o objetivo de”; oadjetivo afim revela “afinidade, parentesco”.

Agradar – V. t. i. (com preposição a) no sentido de satisfazer, conten-tar: As propostas do governo agradaram aos parlamentares.

Alertar – Quem alerta, alerta alguém de, para, sobre e contra algumacoisa: Alertou o casal para (sobre) os riscos de uma gravidezindesejada. Não existe a forma alerta que.

À medida que/na medida em que – As duas são corretas. Estão erra-das as formas na medida que; à medida em que.

A meu ver – E não ao meu ver.

Anti – Quando este prefixo se ligar a nome próprio, use sempre comhífen: anti-Brasil, anti-Aids. Exceção para anticristo. Quando o pre-

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fixo antecede um substantivo comum, o adjetivo resultante nãotem plural: medicamentos antichoque (e não antichoques). (VejaHífen em prefixos.)

Ao nível de/em nível – Ao nível de significa “na mesma altura de”: Aonível do mar. Em nível quer dizer “em termos de, no plano de”: Emnível federal.

Ao invés de/em vez de – Ao invés de significa “ao contrário de”. Emvez de é o mesmo que “em lugar de, em substituição a”.

Aonde/onde – Aonde usa-se com verbos que denotam movimento,regidos pela preposição a, tais como ir e chegar: Ele vai aondequer. Onde indica permanência: Encontrou os óculos onde os ha-via deixado.

A par/ao par – A par significa estar ciente de alguma coisa. Ao par éusado na equivalência econômica de moedas internacionais.

Apelar – A regência correta é “apelar para” e não “apelar a”: Osdesabrigados apelaram para o governador.

Apontar – V. t. d. e i. Alguém aponta alguma coisa, mas não aponta que.

A ponto de – É a locução correta, e não ao ponto de.

A princípio/em princípio – A princípio significa “no começo, inicial-mente”. Em princípio quer dizer “em tese, em teoria”.

Aspas – 1) Empregam-se as aspas no princípio e no fim das citações.O ministro disse à comissão: “Se todos estão de acordo, apresen-tarei o relatório na próxima reunião”.2) Quando a citação não inicia, mas encerra o parágrafo, o ponto

final fecha depois das aspas: Na opinião do senador, “é imperi-osa a aprovação da reforma fiscal”.

3) Se a citação inicia e encerra o parágrafo, o ponto final é coloca-do antes das aspas.“Não vou admitir votos contra uma questão fechada do partido.”

4) Quando há citação dentro da citação, usam-se aspas simples:“O presidente da República garantiu ‘uma solução negociadapara o conflito’, portanto vou apoiá-lo.”

5) Quando a pausa coincide com o final da expressão ou sentençaque se acha entre aspas, coloca-se o sinal de pontuação depoisdelas, se encerram uma parte da proposição: “Este é o orçamento

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de que dispomos”, afirmou o líder do partido governista. Se, po-rém, as aspas abrangem todo o período, sentença, frase ou expres-são, a respectiva notação fica abrangida por elas: “Esta é a lei quetemos – disse o senador –, mas já há quem a queira modificar.”

Assistir – No sentido de estar presente, comparecer, ver, verbo transi-tivo indireto: Assisti à sessão/O vizinho assistiu ao telejornal. Nosentido de prestar assistência, o verbo pode ser transitivo direto ouindireto: O cardiologista assistiu o parlamentar que sentiu-se malna tribuna.

Até as/até às – As duas são corretas, mas prefira a primeira.

Atender – É usado como transitivo indireto quando se tratar de aten-dimento a uma solicitação: Atendeu ao pedido do senador. Nosentido de prestar assistência ou atender a uma chamada telefôni-ca, o verbo é transitivo direto: O médico atendeu o doente/Fran-cisco atendeu o telefonema do amigo.

À-toa/à toa – À-toa é adjetivo invariável, tem o sentido de desprezí-vel, irrefletido: indivíduo à-toa; problema à-toa. À toa significa semdestino, ao acaso: Estava à toa na vida, o meu amor me chamou...

Através de – Através exige sempre a preposição de. Equivale a “pordentro de, de um lado a outro, ao longo de”: Olhava a chuva atra-vés da vidraça. A locução não deve ser usada significando “pormeio de, por intermédio de”: O tema foi resolvido por meio demedida provisória, e não através de medida provisória.

Cerca de/mais de/menos de/perto de (concordância) – O verbo con-corda com o substantivo que vem depois dessas expressões: Maisde um avião sobrevoou o local/Mais de dez aviões sobrevoaram olocal.

Coletivo (concordância) – O sujeito representado por um coletivoleva o verbo para o singular: A multidão aplaudiu o orador. Quan-do o sujeito é representado por um coletivo seguido por um nomeno plural, o verbo deve ficar preferencialmente no singular: A mai-oria dos integrantes da comissão apóia o projeto.

Comentar – V. t. d.: Ele comentou o filme, e não Ele comentou sobreo filme.

Comprometer-se – V. p. Tomar compromisso, obrigar-se: Compro-meteu-se a e não comprometeu-se em.

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Concordância nominal – É a concordância do adjetivo com o subs-tantivo. O adjetivo concorda com o substantivo em gênero e nú-mero: rios imensos, águas claras.

Regras especiais:1) Adjetivo referente a dois ou mais substantivos do mesmo gêne-

ro vai para o plural, ou concorda com o mais próximo: Exércitoe povo brasileiros/Exército e povo brasileiro.

2) Adjetivo referente a dois ou mais substantivos de gênero dife-rente vai para o masculino plural, ou concorda com o maispróximo: Marinha e Exército brasileiros/Marinha e Exército bra-sileiro. Se o adjetivo estiver colocado antes do substantivo, con-cordará com o mais próximo: majestosos rios e florestas; ma-jestosas florestas e rios.

3) Um substantivo no plural pode ser qualificado por dois ou maisadjetivos no singular: os povos francês e brasileiro/as bandeirasinglesa e americana.

4) O adjetivo grão, que aparece ligado a substantivo por hífen, sóconcorda com o substantivo em gênero: grão-mestre, grão-mes-tres; grã-cruz, grã-cruzes.

Adjetivos usados como predicativo:1) Se o adjetivo se refere a sujeito representado por mais de um

substantivo do mesmo gênero, o adjetivo conserva o gênero evai para o plural: O presidente e o relator são dedicados.

2) Se o adjetivo se refere a sujeito representado por mais de umsubstantivo de gênero diferente, vai para o masculino plural: Odeputado e a senadora são assíduos. Igual critério será observa-do para o predicativo do objeto: Notei Marta e Maria preocu-padas/Notei Mário e Pedro preocupados/Notei Pedro e Martapreocupados.

Congratular – a) Felicitar, dirigir felicitações ou parabéns a alguém, étransitivo direto: O senador congratulou-o pelo aniversário. b) Re-gozijar-se com o bem ou satisfação de outrem, verbo prepositivo:Congratulou-se com o amigo pela vitória alcançada. Recomenda-se, no entanto, o uso direto.

Constituir – V. t. d.: Isso constitui um grande problema. Constituir-se– V. p.: O desemprego constitui-se o grande desafio a enfrentar.

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Crase – Ocorre o fenômeno da crase quando houver a contração doartigo feminino a com a preposição a, nos casos em que o verbopede a preposição a e o substantivo pede o artigo definido femini-no a. É condição essencial que o acento indicador da crase venhaantes de palavra feminina e que esta palavra admita o artigo a.

Assim, emprega-se a crase:1) Sempre que, substituindo-se o vocábulo feminino por um mas-

culino, aparece a combinação ao antes do nome masculino: Euvou à cidade (Eu vou ao campo). Recomenda-se evitar o uso dacrase nas locuções a mão, a tinta, a máquina, a bala, a vista,porquanto, ao se substituir o nome feminino por outro mascu-lino, não aparece a forma ao. Não se grafa pagamento à vista,mas pagamento a vista, do mesmo modo que não se diz paga-mento ao prazo.

2) Tratando-se de aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, qual,basta que haja a preposição a antes dessas palavras para queocorra o fenômeno da crase, não importando o gênero gramati-cal, mesmo nas frases em que esses termos estejam subenten-didos: Dei um lápis àquela menina/Recorri àquele amigo/Nãome refiro àquilo/Esta é a pessoa à qual me refiro.

3) Acentua-se o a antes de substantivo (masculino ou feminino),com omissão das palavras moda ou maneira: O aluno fez umaredação à Machado de Assis, isto é, à maneira de Machado deAssis. Bife à milanesa, ou seja, à moda de Milão.

4) Usa-se o acento grave antes de numeral quando indica hora: Otoque de recolher batia à zero hora/A sessão estendeu-se até à1h da madrugada/Ela estudou das 3h às 5h.

5) Acentua-se o a antes de numerais ordinais e cardinais determi-nados por vocábulo feminino: O assunto vai da página 5 à 15.

6) As expressões devido a, relativo a, referente a, com respeito a,quanto a devem ter o a acentuado quando vierem antes de no-mes femininos determinados pelo artigo: Ele não compareceuao trabalho devido à morte de um parente.

7) Antes de nome de cidade, quando vier antecedido do artigo a,emprega-se o acento grave: Vou à Bahia, pois o vocábulo Bahiapede artigo. Vou a Roma, pois Roma não admite o artigo. MasVou à Roma dos Césares, denotando um sentido modificador.

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8) Ocorre o fenômeno da crase nas locuções adverbiais, prepo-sitivas e conjuntivas formadas de palavras femininas: Os cava-leiros partiram às pressas/Os fugitivos estavam à procura deabrigo/À medida que lia a proposta, ficava mais animada.

Não ocorre o fenômeno da crase:1) Antes de verbos: Estamos dispostos a colaborar.2) Antes da palavra casa, quando empregada com o sentido de

residência, domicílio próprio. Vou a casa almoçar. Entretanto,quando o mesmo vocábulo aparecer seguido de umaespecificação qualquer, acentuamos o a: Vamos à casa do ho-menageado.

3) Antes da locução adjetiva a distância, que somente recebe a cra-se quando houver determinação da distância: O policial obser-vava a distância/O policial observava à distância de 100 metros.

4) Antes de palavra de sentido indefinido: Ela falou a certa/qual-quer/cada/toda/uma/pessoa.

5) Antes dos pronomes relativos que, quem, cuja etc.: Este é olivro a que me referi/Chamaram o líder, a quem pediram apoio.

6) Antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos quenão admitem artigo: O orador chorou quando se referiu a ela/Deve a esta gestão sua popularidade.

7) Antes de pronome de tratamento: Cabe a V. Exª explicar seu voto.8) Antes de qualquer nome feminino tomado em sentido genérico

ou indeterminado, ou antes de numerais cardinais referentes asubstantivos não determinados pelo artigo: Não fui a festa algu-ma, a reunião alguma/Passamos a duas milhas daquela ilha.

De o/de ele/de aquele – Não se faz a contração da preposição com oartigo quando este é parte do sujeito, nem da preposição com o pro-nome se ele funciona como sujeito ou o determina. Ex.: O fato de o (enão do) ministro ter renunciado.../ O fato de ele (e não dele) votar afavor.../Depois de aquelas (e não daquelas) medidas terem sido toma-das.../Apesar de esses (e não desses) projetos terem sido aprovados...

De encontro a/ao encontro de – De encontro a quer dizer contra, con-trariamente. Ao encontro de significa a favor, no mesmo sentido.

Defender – Quem defende, defende alguém, alguma coisa. É erradodizer defendeu que o governo adote medidas... O certo é: defen-deu a adoção de medidas pelo governo...

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Demais – Advérbio: excessivamente; em demasia; muitíssimo; inten-samente; além disso; ademais: Pronome (pl.): os mais, os outros,os restantes (geralmente precedido de artigo. Cf. a locução adver-bial de mais, à qual se opõe de menos). Por demais – em excesso;em demasia; demasiadamente, demasiado.

Dentre – Do meio de: Dentre a multidão apareceu um homem cor-rendo. Não confundir com entre, que significa, além de outrascoisas, a relação de lugar ou de estado no espaço que separa duaspessoas ou coisas.

Dia a dia/dia-a-dia – A expressão sem hífen indica dia após dia;dia-a-dia é substantivo, o dia-a-dia, o cotidiano.

Em cores – Televisão em cores, e não a cores.

Em face do – Esta é a expressão correta, e não face ao, em face ao.

Em que pese a – Quando a locução faz referência a pessoa, a palavrapese fica invariável: Em que pese a todos nós, infelizmente perde-mos o jogo. Quando fizer referência a coisa, o verbo deve concor-dar com o sujeito: Em que pesem as justificativas dadas...

Estados (uso do artigo) – Em alguns casos, os estados brasileiros re-cebem artigo antes dos nomes, em outros, não. Recebem o artigo:o Acre, o Amapá, o Amazonas, a Bahia, o Ceará, o Distrito Fede-ral, o Espírito Santo, o Maranhão, o Pará, a Paraíba, o Paraná, oPiauí, o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Norte, o Rio Grande doSul e o Tocantins. Não necessitam do artigo: Alagoas, Goiás, MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco,Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Estória – Use sempre história.

Etc. – Só deve ser usado quando está incluído em citação e sem vírgu-la que o anteceda.

Fazer (usado em expressões indicativas de temperatura, ou passagemde tempo) – É conjugado apenas na terceira pessoa do singular, porser impessoal: Faz quatro anos que ingressei aqui/Fez 38°à sombra.

Fórum – Usa-se com acento.

Haver (no sentido de existir) – É conjugado apenas na terceira pessoado singular, por ser impessoal: Houve muitas incompreensões/De-verá haver muitas incompreensões.

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Implicar – a) Transitivo direto no sentido de dar a entender, fazer su-por, pressupor, trazer como conseqüência, envolver, importar: Asupressão da liberdade implica, quase sempre, violência. b) Tran-sitivo direto/indireto significando comprometer, ser a causa de: Oavanço da medicina implica benefícios para a população. c) Tran-sitivo indireto no sentido de demonstrar antipatia, provocar: Elesempre implicava com os colegas.

Infinitivo pessoal e impessoal – Nossa língua possui dois infinitivos:o pessoal (conjugável, por isso variável) e o impessoal (invariável).Ao infinitivo dá-se o nome de verbo regido, enquanto ao outroverbo se chamará regente.

Emprega-se o infinitivo pessoal:1) Quando os sujeitos dos verbos são diferentes: Comprei estes

livros para meus filhos estudarem/Eles supunham estarmos so-negando imposto.

2) Quando houver coincidência de sujeitos, não se flexiona oinfinitivo: Queremos saber toda a verdade/Eles precisam en-contrar o caminho.

3) Quando ele for usado antes do verbo regente: Ao chegarem aocolégio, os alunos entraram em forma.

4) Quando ele iniciar uma oração que represente sujeito do verboparecer, usado no singular: As estrelas parecia brilharem commais intensidade.

5) Quando ele estiver muito distante do verbo regente, para efeitode clareza: Deixem as pobres crianças desta escola brincarem.

Emprega-se o infinitivo impessoal:1) Quando ele tiver sujeito igual ao do verbo regente: Devemos

praticar o bem.2) Quando ele depender dos verbos deixar, fazer, mandar, ouvir,

ver e sentir: Mande sair as crianças/Vi morrer os soldados.3) Quando ele depender dos verbos obrigar a, ensinar a, aconse-

lhar a e semelhantes: Aconselhei os presentes a permanecersentados.

4) Quando ele depender de um substantivo ou de um adjetivo:Eram lições difíceis de ser aprendidas.

5) Quando o infinitivo estiver antecedido de preposição: Estamosdispostos a colaborar contigo/Eles têm a certeza de estar com a

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razão. Obs.: Nesse caso, a flexão será obrigatória se o verboregido de preposição for pronominal ou se exprimir reciproci-dade ou reflexibilidade da ação: Os adversários foram convida-dos a se abraçarem/Sugiro que vocês saiam para se entenderemlá fora/Entrem para se vestirem.

6) Sempre que na locução verbal o auxiliar estiver no gerúndio,usa-se o infinitivo impessoal: Podendo os débitos ser renova-dos/Devendo as mensalidades ser pagas.

7) Na voz passiva formada com o infinitivo regido da preposiçãode: Coisas duras de dizer = serem ditas/Livros fáceis de ler =serem lidos.

Lembrar – Manifestar a disposição de. Não se usa lembrar em.

Mais bem feito – A expressão está correta, por tratar-se de comparati-vo com particípio. O Jornal do Senado é mais bem feito que aFolha de Rio de Cima.

Mal – Como prefixo, leva hífen antes de vogal e h: mal-acabado, mal-agradecido, malcriado, mal-humorado, mal-intencionado.

Manifestar – a) No sentido de revelar, exprimir, é transitivo direto: Elemanifestou opinião a favor... b) Significando revelar-se, mostrar-se,é prepositivo: Ele manifestou-se contrário...

Nem/nem – Se os dois ou mais sujeitos podem praticar a ação deter-minada pelo verbo, usa-se o plural: Nem o editor nem o revisorperceberam o erro. Verbo no singular se a ação excluir um dossujeitos: Nem o ministro da Fazenda nem o da Educação será elei-to presidente da República – cargo único.

Nem um nem outro – Como no caso acima, verbo no plural, desdeque não haja exclusão de um dos sujeitos: Nem ele nem o irmãopassaram no teste.

Ou seja – Locução conjuntiva invariável, não apresenta variação deplural.

Palavras sinônimas (como sujeito, em gradação ou numeração) – Levamo verbo para o plural, ou concordará com o mais próximo: A repreen-são, o castigo podem corrigir/A repreensão, o castigo pode corrigir.

Pedir para, pedir que – Só use pedir para quando o sentido for delicença ou permissão: Pediu (licença) para sair mais cedo/Pediu(permissão) para falar. Nos demais casos, o correto é pedir que, e

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não pedir para ou pedir para que. Ex.: Pediu que fossem com eleao palácio (em vez de Pediu para irem com ele ao palácio ou Pediupara que fossem com ele ao palácio)/O senador pediu que o depo-ente relatasse os fatos (e não O senador pediu para o depoenterelatar... ou Pediu para que o depoente relatasse...)/Vai pedir aosparlamentares que votem... (e não para que votem).

Porcentagem (concordância verbal) – Percentagem antecedida, prefe-re-se a concordância com o termo posposto: Cinqüenta por centoda lavoura está perdida/Cinqüenta por cento dos lavradores estãodesesperados. Percentagem posposta, concorda com o percentual:Estão perdidos 50% da lavoura/Ficaram alagados 10% da cidade.Plural obrigatório se o número percentual vier determinado: Os 37%da produção serão exportados/Esses 2% de lucro já me bastam.Número percentual representado pela unidade, concordância pre-ferível com o termo posposto: Apenas 1% dos filmes requisitadoschegaram. Nesse caso, se o verbo aparecer anteposto, a concordân-cia é com o percentual: Apenas chegou 1% dos filmes requisitados.

Plural (substantivação) – Quando substantivadas, as palavras consi-deradas invariáveis passam a obedecer às regras do plural: às múltis(multinacionais), as micros (microempresas), os micros (microempre-sários, microcomputadores), os prós, os contras, os senões.

Por que/por quê/porque/porquê – 1) Por que usa-se quando equivalea pelo qual ou variações: É difícil a situação por que passamos. Quan-do equivale a por que motivo, por que razão: Não sei por que vocêfez isso. Quando equivale a por qual: Não sei por que estrada elesseguiram. Quando equivale a para que: Estava ansioso por que elavoltasse logo. E em frases interrogativas: Por que não vais?2) Por quê usa-se em final de frase ou antes de pausa: Não soube

explicar por quê/Você fez isso por quê, meu amigo?3) Porque usa-se quando é conjunção causal, explicativa ou final:

Venha, porque fazemos questão de sua presença.4) Porquê (o porquê) é substantivo, equivalente a o motivo, a causa:

Ninguém sabe o porquê disso tudo.

Presidente – Substantivo comum-de-dois: o presidente, a presidente.

Pronome oblíquo com verbo (particípio) – O pronome só pode ligar-se ao verbo auxiliar: foi-lhe oferecido, havia-se formado. Errado:foi oferecido-lhe, havia formado-se.

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Protestar – V. t. i. no sentido de insurgir-se, rebelar-se, queixar-se emvoz alta: Protestou contra a violência praticada.

Questionar – Os senadores questionaram a validade do documento,e não questionaram se o documento é válido. Eles duvidaram queo documento fosse válido.

Quórum – Com acento.

Salário – Normalmente é ligada com hífen quando a segunda palavraé feminina: salário-família, salário-base, salário-hora.

Salário mínimo – Tratando-se de remuneração, escreve-se sem hífen.Com hífen, refere-se ao trabalhador profissional que ganha o salá-rio mínimo estabelecido por lei.

Se não/senão – Se não deve ser usado quando puder ser substituídopor caso não ou quando não: Jorge vai ao cinema, se não chover.Senão significa do contrário, a não ser: Ande depressa, senão vaise molhar/Não havia senão oito pessoas presentes.

Sem – Quando formar substantivo, leva hífen: sem-cerimônia, sem-pulo, sem-família, os sem-terra, os sem-teto, os sem-vergonhas.

Ser (sujeito do verbo ser, representado por tudo, nada, isto, aquilo, ouum substantivo no singular) – O verbo pode concordar com opredicativo no plural: Tudo eram lembranças do colégio/A vida nãoserão flores apenas. O verbo ser, usado impessoalmente (sem sujei-to), concorda, normalmente, com o predicativo: Eram 7h/São 31 dedezembro/É 31 de dezembro. Sujeito do verbo ser, com idéia depreço, porção, quantidade – verbo no singular: Dez dias é muito.

Sócio – Use sempre sem hífen, quando então perde o acento:sociocultural, socioeconômico, sociopolítico.

Todo – Qualquer trabalho, todos os trabalhos: Ele é capaz de fazertodo trabalho. Todo o – aquele trabalho inteiro: Ele é capaz defazer todo o trabalho.

Trema – O trema é usado apenas sobre o u, quando este, sendo sono-ro, vem depois de g ou q e precede e ou i: freqüentar, tranqüilo,argüir.

Um dos que (concordância) – O verbo vai para o singular ou para oplural: Sou um dos que mais anima/Sou um dos que mais animam.

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Verbo (do lat. verbu, palavra, vocábulo) – Gram. Palavra que designaação, estado, qualidade ou existência de pessoa, animal ou coisa.A precisão do texto depende em muito do bom emprego do verbo,daí a necessidade de o jornalista ter um bom domínio dessa classegramatical. Nesse sentido, abordamos neste manual os tipos deverbos mais comuns em nosso noticiário.

Verbo abundante – É o que tem mais de uma forma de conjugação.Os casos de verbo abundante resumem-se quase que exclusiva-mente aos que têm dois particípios: um regular, terminado em adoou ido, e o outro irregular, de forma reduzida. Geralmente, empre-ga-se o particípio na forma regular quando acompanhado dos ver-bos auxiliares ter ou haver, e na irregular quando acompanhadodos verbos ser, estar.

Verbo auxiliar – É aquele que forma tempo composto, mediante com-binação com o particípio, o gerúndio ou o infinitivo de determina-dos verbos. Verbos auxiliares usados com mais freqüência: ser, es-tar, ter e haver. Também são auxiliares os verbos ir, vir, andar, entreoutros. Alguns exemplos do emprego de verbos auxiliares: O relatorserá designado amanhã/A proposta está pronta para votação/O pre-sidente da Casa tem ouvido as bancadas/O Plenário havia discutidopela manhã o projeto/A comissão vai convocar audiência pública.

Verbo defectivo – Aquele que não se conjuga em todas as formas. Onoticiário da Agência e do Jornal utiliza vez por outra os verbosdefectivos adequar e abolir. Note-se que o primeiro não se conju-ga nas formas rizotônicas (cujo acento tônico cai na raiz). Em ra-zão disso, não se pode dizer, por exemplo, que tal projeto adéquaa legislação à realidade social. Já o verbo banir conjuga-se empouquíssimas formas. No caso do indicativo presente, só não seconjuga este verbo na primeira pessoa. Assim, é correto dizer-se,por exemplo, que determinada proposta abole a reedição de medi-das provisórias.

Verbo dicendi – Constantemente usados no noticiário da Agência edo Jornal – discursos, votações, projetos –, os verbos dicendi acom-panham as declarações e perguntas. Os mais comuns são dizer eafirmar, com a vantagem de serem totalmente imparciais. Mas érecomendável alternar o uso desses com outros verbos dicendi, osquais devem ser utilizados com precisão, tendo-se cuidado paranão implicar qualquer juízo de valor. Deve-se ter muito cuidado

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no emprego desses verbos. (Mais informações sobre os verbosdicendi no capítulo Redação Jornalística.)

Verbo impessoal – O que não tem sujeito nem claro nem oculto. Es-ses verbos indicam fenômenos da natureza: amanhecer, anoitecer,entardecer, chover, gear, nevar, ventar, mas ainda os verbos haver,fazer, ser, entre outros.

Verbo intransitivo – O que não necessita de qualquer complemento,por ter sentido completo, como voar, correr, fugir, andar, brincar,lutar, trabalhar.

Verbo irregular – Aquele que não segue modelo ou paradigma deconjugação: estar, haver, trazer, sentir, tossir.

Verbo pronominal – Está sempre acompanhado de um pronome oblí-quo, que constitui parte integrante do verbo: ausentar-se, queixar-se, regozijar-se, abster-se. Quanto ao verbo congratular, que tam-bém é pronominal, a Agência e o Jornal, bem como a maioria dosveículos de comunicação do país, adotam-no como transitivo di-reto: O senador congratulou o ministro pela instituição do grupode trabalho.

Verbo reflexivo – Ocorre nos casos em que o sujeito ao mesmo tempopratica e recebe a ação: O relator mostrou-se interessado no caso.

Verbo regular – O que segue modelo ou paradigma da sua conjuga-ção: comprar, render, decidir.

Verbo transitivo – É o que exige um complemento, ou seja, um objetodireto ou indireto, este sempre ligado por preposição: Examinouminuciosamente o projeto (transitivo direto)/O senador assistiu aodepoimento (transitivo indireto).

Vírgula – Usa-se a vírgula:1) Para separar orações coordenadas sem conectivo: Cheguei,

vi, observei, não gostei.2) Para separar os vocativos: Lembrem-se, amigos, dos conse-

lhos dos mais velhos.3) Para separar o aposto do termo fundamental: Brasília, a Capi-

tal da República, foi fundada em 1960.4) Para separar certas palavras e expressões explicativas,

retificativas ou continuativas, tais como por exemplo, ou me-lhor, ou antes, isto é, além disso, ou seja, aliás, com efeito,

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então, outrossim: Vai chover hoje, ou melhor, há previsão dechuva para hoje.

5) Para separar orações coordenadas assindéticas: Nascemos naslágrimas, vivemos no sofrimento, morremos na dor.

6) Antes de todas as conjunções coordenativas, exceto e e nem:Pedro queria falar, mas não deixaram.

7) Para separar orações coordenadas pela conjunção e, quandoos sujeitos forem diferentes: Os primeiros têm efeitos, e ossegundos, conseqüências.

8) Antes de ou e de nem, quando empregados enfaticamente:Não sai de casa com chuva, nem que lhe paguem.

9) Antes de e e nem repetidos, quer por ênfase, quer por enume-ração: Não recebi mais dela nem carta, nem recado, nem te-lefonema, nem nada. Obs.: a) A conjunção nem dispensa avírgula quando liga orações ou palavras de pequena exten-são: Ele não ouve nem fala. Sendo outra a extensão, deve-seusar a vírgula: Ele não casa, nem deixa que sua noiva se casecom outro. b) A conjunção ou, quando liga palavras curtas,dispensa a vírgula: A boa ou má sorte determina o resultadode um jogo. c) Das conjunções adversativas (mas, porém, to-davia, contudo), somente mas aparece obrigatoriamente nocomeço da oração, e neste caso deve-se colocar a vírgula an-tes da conjunção. Nos demais casos, a conjunção deve apa-recer entre vírgulas: Ficarei com a casa, mas não posso pagá-la agora/Ficarei com a casa, não posso, porém, pagá-la agora.d) É facultativo, se for ou não necessária a ênfase, o empregoda vírgula depois das conjunções que principiem períodos:Muitos alunos são displicentes. Todavia, nem todos chegamatrasados/Hoje é seu aniversário. Portanto vamos festejar.

10) Para separar o adjunto adverbial anteposto: Do nosso lugar,toda a cidade podia ser vista. Se, no entanto, ao adjunto sesegue imediatamente o verbo com o sujeito posposto, dispen-sa-se a vírgula: Do nosso lugar podia ser vista toda a cidade.

11) Para separar adjetivos que exercem função predicativa: Nin-guém esperava que ele, inteligente e culto, dissesse tamanhaasneira.

12) Para separar objetos pleonásticos ou termos repetidos: Os po-bres de espírito, ignoro-os.

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13) Para separar termos deslocados de sua posição normal na ora-ção: As laranjas, você chegou a comprar?

14) Para indicar a omissão de uma palavra (geralmente verbo) ougrupo de palavras: Ela ficou alegre; eu, muito triste.

15) Para separar orações reduzidas de gerúndio, de particípio ede infinitivo: Chegando o diretor, avise-me imediatamente/Ao chegar lá, assustei-me com o barulho.

16) Para separar orações adverbiais intercaladas: Eu, para não serindelicado, calei-me.

17) Para separar orações principais e coordenadas: Nossa econo-mia, insistia o ministro, melhora rapidamente.

18) Para separar orações adverbiais e substantivas quando antepos-tas à principal: Se tudo correr bem, iremos viajar ano que vem.

19) Para isolar orações subordinadas adjetivas explicativas: A be-leza, que é fonte do amor, é também a fonte das maiores des-graças deste mundo.

20) Para destacar palavras ou expressões isoladas: Ação, não pa-lavras, é o de que precisamos.

21) Para separar os elementos paralelos de um provérbio: Tal pai,tal filho.

22) Depois do sim e do não, usados como resposta: Sim, vouviajar amanhã/Não, não vou viajar amanhã.

Vírgula/cargos – O uso da vírgula no caso de ocupantes ou ex-ocu-pantes de cargos deve obedecer à seguinte regra básica: é precisoanalisar o termo que vem antes dos nomes: a) Se o cargo é único,ou seja, quando só uma pessoa desempenha a função, o termoexplicativo vem entre vírgulas: O presidente da República, Fernan-do Henrique Cardoso, viajou ao exterior – só há um presidente daRepública. b) Se o cargo é ou foi ocupado por mais de um, a frasenão pede vírgulas: O ex-presidente José Sarney hoje é senador –pois há mais de um ex-presidente da República.

Visar – É preferível usar como transitivo indireto no sentido de ter porfim ou objetivo, ter em vista: Visando ao interesse de todos/Visavaao cargo de diretor. Transitivo direto no sentido de dirigir a vista ouolhar fixamente para, mirar, carimbar: Visar um alvo/Visar um che-que. Deve-se evitar a preposição antes de outro verbo no infinitivo:Visava aumentar a receita.

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EMPREGO DO HÍFEN

1. Prefixos que admitem hífen antes de:VOGAL H R S Bauto- auto- auto- auto- .......contra- contra- contra- contra- .......extra- extra- extra- extra- .......infra- infra- infra- infra- .......intra- intra- intra- intra- .......neo- neo- neo- neo- .......proto- proto- proto- proto- .......pseudo- pseudo- pseudo- pseudo- .......semi- semi- semi- semi- .......supra- supra- supra- supra- .......ultra- ultra- ultra- ultra- .............. ante- ante- ante- .............. anti- anti- anti- .............. arqui- arqui- arqui- .............. sobre- sobre- sabre- .............. hiper- hiper- .............. inter- inter- .............. super- super- .............. circum- circum- .......corn- corn- ....... ....... .......mal- mal- ....... ....... .......pan- pan- ....... ....... .......ântero- ....... ....... ântero- .............. ....... sob- ....... sob-....... ....... sub- ....... sub-....... ....... ab(*) ....... .............. ....... ad- ....... .............. ....... ob- ....... .............. entre ....... ....... .......

(*) Exceções: abrupção, abruptamento e abrupto.

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2. Prefixos que não admitem hífen, usados na formação de compos-tos eruditos, particularmente na Iinguagem da Medicina, da Quí-mica, da Mecânica e da Matemática:

Acro – AcroartriteAero – aeroclubeAfro(*) – afrolatriaAgro – agroindústriaAlo – alocróticoAmbi – ambiesquerdoAndro – androanatomiaAnfi – anfiartrosoAnglo – anglofobiaAngulo – angulocapitularAntropo – antropossocialApo – apogeotropismoArterio – arteriocapilarArtro – artrobactériaAstro – astrofísicaAudio – audiovisualBi – bianualBio – bioenergiaBronco – broncopneumoniaCardio – cardioescleroseCefalo – cefalomeningiteCentro – centroavanteCerebro – cerebromeníngeoCis – cisatlânticoCranio – craniocervical

Dermato – dermatoneuroseDorso – dorsocostalElectro – electrobiologiaEndo – endocervicalEstereo – estereodinâmicaFilo – filocomunistaFisio – fisioterapiaFito – fitossanitárioFoto – fotoatividadeFronto – frontonasalGastro – gastroenterologiaGeo – geossocialHemi – hemialgiaHetero – heterossexualHidro(**) – hidroaviãoHipo – hipossexualidadeHomo – homossexualIntro – introvertidoIso – isoenergéticoLabio – labiodentalLinguo – linguodentalMacro – macroeconomiaMaxi (***) – maxissaiaMagneto – magnetocalóricoMedio – mediodorsal

(*) Exceção: quanda se referir a adjetivo pátrio (afro-asiático, afro-brasileiro etc.).(**) Deve-se respeitar o prefixo e o radical das palavras: hidroavião, hidroelétrica, radioa-

mador; em vez de hidrelétrica, radiamador etc.

(***) Deve ser acentuado quando não estiver sendo utilizado como prefixo.

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Meta – metajurídicoMicro – microeconomiaMini (***) – minissaiaMorfo – morfossintaxeMoto – motosserraMulti – multiinfecçãoNeuro – neurossensitivoNovi – novissilábicoOculo – oculofacialOrgano – organoalumínioOto – otoencefalitePara – parassexualPenta – pentacampeãoPIuri – plurissecularPoIi – poliinfecçãoPreter – preterdolosoPsico – psicossocialRadio – radioamadorRe – reabastecerRetro – retroagirSocio – socioeconômicoTeIe – telecomandoTermo – termorreceptorTetra – tetracampeãoTrans – transoceânicoTri – tricampeãoTurbo – turboélice

(***) Deve ser acentuado quando não estiver sendo utilizado como prefixo.

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ECONOMIA

Agências reguladoras – São instituídas sob a forma de autarquias deregime especial. São agências especiais destinadas a regulamentar,controlar e fiscalizar a execução de serviços públicos transferidospara o setor privado por intermédio de concessões, permissõesetc. Exemplos: Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); e Agência Nacionaldo Petróleo (ANP). (Ver Autarquia.)

Ágio – De forma genérica, o ágio significa um prêmio resultante datroca de um valor (moedas, ações, títulos etc.) por outro. No co-mércio internacional de moedas, é a diferença entre o valor nomi-nal e o real da moeda negociada. Com freqüência, o termo é em-pregado para indicar um prêmio pago por uma letra de câmbioestrangeira. O ágio pode surgir ainda quando o preço oficial deum produto (ou preço de tabela) está fixado num nível muito baixoe sua compra só se concretiza se o interessado estiver disposto apagar mais por essa transação. A diferença entre o preço oficial e oque o comprador realmente paga é considerada o ágio daquelatransação. (Ver Deságio.)

Agregados monetários – São ativos financeiros que se classificam deacordo com a sua liquidez. Eles podem possuir liquidez total, comoé o caso da moeda, e também gradações menores de liquidez,como no caso das chamadas “quase-moedas” – que rendem juros.No caso brasileiro, os agregados utilizados são:M1 = Papel-moeda em poder do público + depósitos a vista (demaior liquidez)M2 = M1 + títulos públicos em poder do setor privadoM3 = M2 + depósitos de poupança

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M4 = M3 + depósitos a prazo e outros títulos privados(Ver Base monetária e Meios de pagamento.)

Alca – Área de Livre Comércio das Américas. Proposto pelos EstadosUnidos no início dos anos 90, esse organismo tem como objetivoa integração comercial entre países das Américas, especialmentedaqueles pertencentes ao Nafta (Estados Unidos, México e Cana-dá) e Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). (Ver Mercosule Nafta.)

Amex – American Stock Exchange. Bolsa de valores que registra osegundo maior volume de negócios nos Estados Unidos. Está loca-lizada no centro comercial de Manhattan e é também conhecidacomo Curb Exchange. A maioria das ações e títulos negociados naAmex pertence a pequenas e médias empresas, em contraste comas ações de grandes companhias, negociadas na Bolsa de Valoresde Nova York. Inúmeras companhias de petróleo e gás negociamsuas ações na Amex. (Ver Bolsa de valores e Nyse.)

Área de livre comércio – Associação comercial de vários países queextingue todas as tarifas e cotas de importação, subsídios de ex-portação e outras medidas governamentais semelhantes nas nego-ciações entre eles. Cada país, entretanto, continua livre para deter-minar as formas de comércio com as demais nações.

ARO – Antecipação de Receita Orçamentária. Ação de um governoque compromete receitas orçamentárias futuras para o financia-mento ou custeio de suas atividades presentes, ou apresenta essesrecursos como garantias de operações financeiras ou comerciais.

Ataque especulativo – Ocorre quando investidores em uma moedaque está vulnerável ou fragilizada abandonam suas posições ven-dendo intensivamente essas divisas. Se o governo emissor da refe-rida moeda não dispuser de reservas suficientes, pode ser obriga-do a desvalorizá-la. Ocorre quando existe a probabilidade de umadesvalorização cambial, especialmente no caso de um país estarsuscetível a esse ataque, quando apresenta déficits em sua balançacomercial ou em transações correntes. (Ver Balança comercial eTransações correntes.)

Ativo – Conjunto de bens, valores, créditos e semelhantes que for-mam o patrimônio de uma empresa, opondo-se ao passivo (dívi-das, obrigações etc.). O ativo circulante compreende o dinheiro

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em caixa, os saldos bancários e todos os valores que podem serconvertidos em dinheiro imediatamente. O ativo fixo são os imó-veis, equipamentos, utensílios, ferramentas, patentes, tudo aquiloque é essencial para a empresa continuar operando e que não podeser convertido em dinheiro imediatamente.

Ativo financeiro – Ativo caracterizado por direitos decorrentes de obri-gações assumidas por agentes econômicos, normalmente negociadono mercado financeiro. Compreende principalmente títulos públicos,certificados de depósitos bancários (CDBs), debêntures e outros.

Auditar – Realizar uma auditoria nas contas de entidades públicas ouprivadas, por pessoas especializadas ou auditores profissionais.

Auditoria – Exame analítico minucioso da contabilidade de uma em-presa ou instituição. A auditoria é realizada por peritos que anali-sam as operações contábeis desde seu início até o balanço final,concluindo pela correção ou incorreção das mesmas. Há dois tiposde auditoria: auditoria interna, realizada por funcionários da própriaempresa ou instituição; e auditoria externa, feita por uma firma deprestação de serviços, contratada especialmente para esse fim.

Autarquia – É uma instituição autônoma, criada por lei específica,com personalidade jurídica de direito público interno, patrimôniopróprio e atribuições estatais específicas. (Ver Fundação.)

Autoridades monetárias – Conjunto de instituições e organizaçõesque estabelecem normas e as executam no sentido de controlar ovolume de moeda em circulação, de meios de pagamento e ascondições de crédito e de financiamento na economia. As autori-dades monetárias são as seguintes no Brasil: Conselho MonetárioNacional (CMN), Banco Central do Brasil (BC ou Bacen), Bancodo Brasil (BB) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Balança comercial – Registra os valores das importações e das expor-tações de mercadorias. Se o valor das exportações superar o dasimportações diz-se que a balança comercial apresenta um superá-vit. Se ocorrer o contrário há um déficit. (Ver Balanço de pagamen-tos e Transações correntes.)

Balança de serviços – Registra as receitas e despesas de diversos tiposde transação, destacando-se transportes, seguros, viagens interna-cionais, royalties, assistência técnica, lucros e juros. (Ver Balançode pagamentos.)

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Balanço de pagamentos – Registro de todas as transações econômi-co-financeiras realizadas por residentes de um país com residen-tes dos demais países. Engloba as transações correntes e o movi-mento de capitais. As transações correntes incluem as contas dabalança comercial, balança de serviços e transferências unilate-rais. O movimento de capitais constitui uma conta também cha-mada de conta de capital, que são investimentos, empréstimos erecursos externos para fechar o balanço de pagamentos.Balanço de pagamentos:1) Transações correntes:

a) Balança comercialb) Balança de serviçosc) Transferências unilaterais

2) Movimento de capitais.(Ver Balança comercial, Balança de serviços, Transferências uni-laterais e Transações correntes.)

Banco Central do Brasil – Instituição financeira governamental quefunciona como o “banco dos bancos” e do próprio governo. Temcomo função assegurar a estabilidade da moeda e o controle decrédito de um país, além de emitir papel-moeda e fiscalizar osdemais bancos. No Brasil, o Banco Central foi criado em 1964 etem as seguintes atribuições: executar a política financeira do go-verno, emitir papel-moeda, autorizar o funcionamento de institui-ções financeiras e fiscalizar suas operações, receber depósitos com-pulsórios e voluntários do sistema financeiro nacional, realizar ope-rações de compra e venda de títulos públicos federais, administraras reservas nacionais em ouro e moedas estrangeiras, controlar ocrédito e representar o governo brasileiro junto a organismos fi-nanceiros internacionais.

Base monetária – É o agregado monetário básico. Inclui o papel-moedaemitido pelo governo em poder do público e o volume de reservasmantido pelos bancos comerciais. (Ver Agregados monetários.)

BCE – Banco Central Europeu (European Central Bank – ECB). Institui-ção que integra o Sistema Europeu de Bancos Centrais dos paísesmembros da União Européia. O BCE, com sede em Frankfurt, Ale-manha, é responsável pela emissão do euro, moeda comum da UE.

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BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Instituição inter-nacional sediada em Washington, DC, foi criada em 1959 paraprestar ajuda financeira aos países da América Latina e do Caribe.Subscrita inicialmente pelas nações americanas, conta desde 1974com 12 nações fora do hemisfério, entre elas a Grã-Bretanha. Seusprincipais acionistas são Estados Unidos, Canadá, Brasil, Argenti-na e México.

Bird – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento. Ins-tituição financeira internacional ligada à Organização das NaçõesUnidas (ONU), conhecida também como Banco Mundial (WorldBank). Criado em 1944, na Conferência de Bretton Woods, teve oobjetivo inicial de financiar os projetos de recuperação econômicados países atingidos pela guerra. Fornece empréstimos diretos alongo prazo (15 a 25 anos) aos governos e empresas, com garanti-as oficiais, para projetos de desenvolvimento e assistência técnica.O Bird é sediado em Washington, DC.

BIS – Bank for International Settlements (Banco para CompensaçõesInternacionais). Instituição localizada na Basiléia, Suíça, que acertadepósitos, faz empréstimos para bancos centrais e ajuda a compen-sar o movimento especulativo de fundos entre as principais moedas.

Blue-chips – Termo utilizado nas bolsas de valores para designar asações mais estáveis, seguras e valorizadas pelo público. Ações deprimeira linha. (Ver Bolsa de valores.)

BM&F – Bolsas de Mercadorias & Futuros. Bolsas nacionais organi-zadas onde se negociam valores mobiliários, opções e contratosfuturos pelos membros em nome próprio ou em nome de clientes.A do Brasil fica localizada em São Paulo. (Ver Bolsa de valores.)

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.Instituição financeira federal criada em 1952 para fomentar o de-senvolvimento dos setores básicos da economia brasileira, nos pla-nos público e privado. Por decreto-lei presidencial de 25 de maiode 1982, a instituição recebeu a responsabilidade de gerir o entãocriado Fundo de Investimento Social (Finsocial) e teve a palavra“social” acrescentada a seu nome.

Bolsa de valores – Stock Exchange. Local em que funciona um merca-do organizado em que os membros da bolsa, atuando ou comoagentes (corretores) ou em nome próprio (dealers ou negociadores

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independentes), negociam ações, títulos conversíveis em açõesordinárias e obrigações. Cada bolsa tem suas próprias exigências.As da Bolsa de Valores de Nova York são as mais severas. (VerAmex, BM&F, Bovespa, Dow Jones, Nasdaq.)

Bond – Obrigação, título de dívida. Qualquer título de dívida públicaou privada subscrito e negociado com desconto, que rende juros eobriga a emitente a pagar, geralmente a intervalos especificados,um determinado montante ao detentor da obrigação, e a reembol-sar o principal do empréstimo na data do vencimento.

Bovespa – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo, centraliza todasas operações com títulos e ações no país. (Ver Bolsa de valores.)

Brady bonds ou Brady’s – Títulos da dívida externa de países emergen-tes, criados para reestruturar a dívida externa de países com dificul-dades de honrar seus compromissos. (Ver Bond e Dívida externa.)

Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Órgão criadoem 10 de setembro de 1965, cuja finalidade é a defesa da concor-rência e a vigilância, prevenção e repressão aos abusos do podereconômico. O Cade foi reformulado e reforçado pela Lei nº 8.884,de 1994, e passou a ter papel importante no processo de integraçãodo Brasil nos mercados mundiais, atuando em casos de aquisiçãoou fusão de empresas. É vinculado ao Ministério da Justiça.

Cartel – Grupo de empresas independentes que formalizam um acor-do para sua atuação coordenada, com vistas a interesses comuns.O tipo mais freqüente de cartel é o de empresas que produzemartigos semelhantes, de forma a constituir um monopólio de mer-cado. O termo “cartel” refere-se em geral ao mercado internacio-nal – onde chegam a existir cartéis de países –, enquanto os termostruste e “sindicato” são usados para os mercados regionais. Osobjetivos mais comuns dos cartéis são: controle do nível de pro-dução e das condições de venda; fixação e controle de preços;controle das fontes de matéria-prima (cartel de compradores); fixa-ção de margens de lucros e divisão de territórios de operação.

Cofins – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. Tri-buto que pertence à espécie contribuição social. É pago pelas pes-soas jurídicas, por meio de uma alíquota de 3% incidente sobre areceita ou faturamento das empresas, e destina-se exclusivamenteàs despesas com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e

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assistência social. Foi criada pela Lei Complementar nº 70, de 30de dezembro de 1991.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – É uma autarquia vincula-da ao Ministério da Fazenda que age sob orientação do ConselhoMonetário Nacional (CMN) e tem por finalidade básica a normali-zação e o controle do mercado de valores mobiliários, representa-do principalmente por ações, partes beneficiárias e debêntures,commercial papers e outros títulos emitidos pelas sociedades anô-nimas e autorizadas pelo CMN. A CVM promove medidasincentivadoras à canalização das poupanças ao mercado acionário,estimulando o funcionamento das bolsas de valores e das institui-ções operadoras do mercado acionário, assegura a lisura das ope-rações de compra e venda de valores mobiliários e promove a ex-pansão de seus negócios, além de dar proteção aos investidores demercado. (Ver Bolsa de valores, Debêntures e CMN.)

Commodity (Commodities) – O termo significa literalmente “merca-doria” em inglês. Nas relações comerciais internacionais o termodesigna um tipo particular de mercadoria em estado bruto ou pro-duto primário de importância comercial, como é o caso do café, dochá, da lã, do algodão, da juta, do trigo, do estanho, do cobre etc.

Concordata – Recurso jurídico que permite a continuação do comér-cio da empresa insolvente (incapaz de saldar seus débitos nos pra-zos contratuais). Distingue-se, portanto, da falência, quando aempresa insolvente cessa todas as suas atividades. Há dois tiposde concordata: a preventiva, utilizada antes da falência, e asuspensiva, que surge durante o processo de falência, permitindorecolocar a empresa em funcionamento.

Conselho Monetário Nacional (CMN) – Órgão federal criado em 1964pela lei que implantou a reforma bancária no país. É responsávelpelas normas dos ajustes dos meios de pagamento de acordo comas necessidades do país, devendo regular o valor interno da moe-da, corrigir surtos inflacionários ou deflacionários e coordenar aspolíticas creditícia, monetária, fiscal, orçamentária e da dívida pú-blica. É responsável ainda pelas emissões de papel-moeda, pelafixação de normas para a política cambial, pela aprovação de or-çamentos monetários, pela limitação das taxas de juros, descontose comissões, e pela disciplina do crédito, entre outras atividadesde caráter mais burocrático. Participam do conselho representan-

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tes dos ministérios da área econômica e de outros órgãos públicose entidades representativas do setor privado.

Contingenciamento – Política econômica de intervenção governamen-tal que consiste em imposição de limites à produção, comerciali-zação interna e importação ou exportação de um produto. Commaior freqüência, o contingenciamento é empregado para deterem determinado nível a importação de certo produto, estimulandosua produção no país.

Contingenciar – Ação relacionada com a administração do orçamen-to governamental mediante a qual um governo regula as despesasde acordo com as receitas, de tal forma a não apresentar dificulda-des financeiras no decorrer de um exercício, embora a lei orça-mentária possa autorizá-lo a realizar despesas maiores do que asque realiza em determinado período.

Conversão de dívida – Troca de títulos de dívida pública, vencidos oua vencer, por outros com vencimentos a prazo mais longo. Equiva-le, na prática, a uma rolagem da dívida, já que seu vencimento é“empurrado” para o futuro. No que se refere à dívida externa deum país, pode consistir na transformação de parte dessa dívida emcapital de risco, operação que geralmente implica um estágio noato de conversão.

Copom – Conselho de Política Monetária do Banco Central. Órgãodo Banco Central no qual são analisados cenários econômicos eresultados apresentados pelos modelos estatísticos para que sejadefinida a taxa de juros básica da economia brasileira por determi-nado período. Essa é uma das mais importantes decisões de políti-ca monetária.

Crédito subsidiado – Tipo de empréstimo feito pelo governo a umataxa de juros menor que a vigente no mercado. Pode ser implícitoou explícito. O implícito, destinado principalmente aos financia-mentos agropecuários e às exportações, corresponde à diferençaentre as taxas de juros normais desses empréstimos e o custo realpago pelo governo para a captação desse dinheiro. Crédito subsi-diado explícito são os fundos aplicados em programas especiais,criados para incentivar certas regiões ou atividades econômicaspor meio de empréstimos a taxas de juros extremamente baixas,variando entre 12% e 25%.

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Crédito suplementar – Crédito destinado a reforçar as dotações con-signadas no orçamento em vigor. A abertura de crédito suplemen-tar depende de prévia autorização legislativa.

Custo Brasil – Denominação genérica dada a uma série de custos deprodução, ou despesas incidentes sobre a produção, que tornamdifícil ou desvantajoso para o exportador brasileiro colocar seusprodutos no mercado internacional, ou então tornam inviável aoprodutor nacional competir com os produtos importados. Tais cus-tos estariam relacionados com aspectos legais (legislação traba-lhista, por exemplo, e os encargos sociais), institucionais (excessode burocracia para a instalação de empresas ou para a exportaçãode produtos), tributários (excesso de tributos sobre produtos quedireta ou indiretamente participam das exportações ou sofrem con-corrência de produtos estrangeiros), de infra-estrutura (falta de es-tradas de rodagem bem conservadas, deficiência de estradas deferro, comunicações deficientes e caras, além de portos ineficientese de alto custo operacional) e corporativos (domínio de sindicatosde trabalhadores sobre certos tipos de atividade, dificultando a in-corporação do progresso técnico e o aumento da produtividade).

Dealer – Negociante, distribuidor. Pessoa física ou jurídica que ageem nome próprio e atua por sua própria conta e risco numa nego-ciação de valores mobiliários. É também aquele que compra mer-cadorias ou serviços para revenda a consumidores. O elemento derisco de estoque é o que distingue um distribuidor de um agenteou representante de vendas. (Ver Palavras estrangeiras no capítuloRedação Jornalística.)

Debênture – Título mobiliário que garante ao comprador uma rendafixa, ao contrário das ações, cuja renda é variável. O portador deuma debênture é um credor da empresa que a emitiu, ao contráriodo acionista, que é um dos proprietários dela. As debêntures têmcomo garantia todo o patrimônio da empresa. Debêntures conver-síveis são aquelas que podem ser convertidas em ações, segundocondições estabelecidas previamente.

Default – Inadimplemento. Não pagamento, por parte de um deve-dor, dos juros e do principal, à medida que vencem, ou não cum-primento de qualquer outra obrigação estabelecida em um contra-to para emissão de títulos. Em caso de inadimplemento, os deten-

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tores de obrigações podem reivindicar ativos do emitente de formaa reaver seus créditos.

Déficit – Em linguagem contábil, é um excesso de passivo em relaçãoao ativo, isto é, as despesas e pagamentos são maiores que o fatura-mento e o total de crédito. Nas finanças públicas, fala-se em défi-cit orçamentário quando as despesas são superiores à arrecada-ção, e em déficit da balança comercial quando o valor total dasimportações é superior ao total das exportações. Nas contas dogoverno, o déficit pode ser considerado déficit primário (inclui to-das as receitas e todas as despesas do governo menos juros) e dé-ficit operacional. A diferença entre os dois é que o segundo incluias despesas com juros das dívidas interna e externa do setor públi-co. (Ver Déficit nominal, Balanço de pagamentos e Balança co-mercial.)

Déficit em conta corrente – Também denominado déficit em transa-ções correntes, é aquele que ocorre quando a soma das balançascomercial e de serviços e de transferências unilaterais do balançode pagamentos mostra um resultado negativo, isto é, de déficit.(Ver Balanço de pagamentos, Balança comercial, Balança de servi-ços, Transferências unilaterais e Transações correntes.)

Déficit em transações correntes – Ver Déficit em conta corrente.

Déficit nominal – Diferença entre receitas e despesas públicas, quan-do consideradas as parcelas referentes aos juros nominais inci-dentes sobre as dívidas interna e externa. (Ver Déficit.)

Déficit operacional – Ver Déficit.

Déficit primário – Ver Déficit.

Déficit público – Ver Déficit

Depósito compulsório – Dispositivo de política monetária utilizadopelo Banco Central para reduzir a liquidez do sistema e/ou restrin-gir a capacidade de expansão de crédito do sistema bancário. Con-siste em estabelecer uma taxa de depósitos compulsórios que cadabanco deverá efetuar junto ao Banco Central em relação aos em-préstimos que realizar e aos depósitos que obtiver, sendo que taisdepósitos compulsórios não proporcionam juros para o bancodepositante. Exemplo: se um banco emprestar R$ 10 mil e o com-pulsório for igual a 15%, terá de depositar R$ 1.500 no BancoCentral. O objetivo do governo com esta política é encarecer os

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empréstimos e ao mesmo tempo retirar dinheiro de circulação,reduzindo a liquidez do sistema.

Deságio – Depreciação que sofre o papel-moeda em relação ao preçodo ouro. O termo também se aplica à depreciação do valor nomi-nal de um título ou do preço de tabela de uma mercadoria emrelação ao seu valor real no mercado. (Ver Ágio.)

Desenvolvimento sustentado – É um processo de desenvolvimentodeflagrado a partir de bases econômicas reais, capaz de manter-sepor longo tempo e de auto-alimentar-se, gerando aumento de ren-da, de produção e de produtividade, com reflexos positivos sobreos níveis de emprego e de salários.

Desenvolvimento sustentável – Conceito que pertence ao campo daecologia e da administração e que se refere ao desenvolvimento deuma empresa, ramo industrial, região ou país, e que em seu pro-cesso não esgota os recursos naturais que consome nem danifica omeio ambiente de forma a comprometer o desenvolvimento dessaatividade no futuro.

Dívida externa – Somatório dos débitos de um país, garantidos porseu governo, resultantes de empréstimos e financiamentos contra-ídos com residentes no exterior. Os débitos podem ter origem nopróprio governo, em empresas estatais e em empresas privadas.Nesse último caso, isso ocorre com aval do governo para o forne-cimento das divisas que servirão às amortizações e ao pagamentodos juros. Os residentes no exterior que forneçam os empréstimose financiamentos podem ser governos, entidades financeiras inter-nacionais, como o Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mun-dial, bancos e empresas privadas.

Dívida interna – Total dos débitos assumidos pelo governo junto àspessoas físicas e jurídicas residentes no próprio país. Sempre queas despesas do governo superam a receita, há necessidade de di-nheiro para cobrir o déficit. Para isso, as autoridades econômicaspodem optar por três soluções: emissão de papel-moeda, aumentoda carga tributária e lançamento de títulos.

Dotação orçamentária (Rubrica) – Toda e qualquer verba previstacomo despesa em orçamentos públicos e destinada a fins específi-cos. Qualquer tipo de pagamento que não tenha dotação específi-ca só pode ser realizado se for criada uma verba nova ou dotaçãonova para suprir a despesa.

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Dow Jones – Média Industrial Dow Jones. Média ponderada das 30ações de primeira linha mais negociadas, principalmente do setorindustrial, incluindo ainda a American Express Company e aAmerican Telephone and Telegraph Company. O índice Dow Jonesé o mais tradicional e o mais cotado entre todos os indicadores demercado. Os componentes, que mudam periodicamente, repre-sentam entre 15% e 20% do valor de mercado das ações negocia-das na Nyse. (Ver Bolsa de valores e Nyse.)

Dumping – Venda de produtos a preços mais baixos que os custos,com a finalidade de eliminar a concorrência e conquistar fatiasmaiores de mercado.

Elisão fiscal – Método que empresas encontram, amparadas nosdesvãos da legislação, para não pagar impostos ou pagar menosdo que deveriam. A legislação permite brechas ou interpretaçõesque são aproveitadas especialmente por grandes empresas ou aglo-merados. (Ver Evasão fiscal e Fraude.)

Evasão fiscal – É quando o contribuinte deixa de recolher os impostosou a máquina arrecadadora, por algum motivo, não conseguearrecadá-los. A evasão pode ser criminosa (sonegação) ou aparente-mente legal, valendo-se o contribuinte, para não pagar impostos, debrechas existentes nas leis tributárias. (Ver Elisão fiscal e Fraude.)

Factoring – Operação de financiamento a pequenas e médias empre-sas, em que a garantia é o faturamento.

Fast track – Mecanismo específico do Congresso norte-americano quepermite a votação de uma proposta de lei sem possibilidade dealterações no texto pelo Legislativo. O Tratado de Livre Comércio(Nafta), assinado pelos Estados Unidos, México e Canadá, foi vo-tado dessa forma.

FMI – Fundo Monetário Internacional. Organização financeira criadaem 1944 na Conferência Nacional de Bretton Woods, em NewHampshire, Estados Unidos. É uma agência especializada da Or-ganização das Nações Unidas (ONU), com sede em Washington,que tem a finalidade de promover a cooperação monetária nomundo capitalista, coordenar as paridades monetárias e levantarfundos entre os diversos países membros para auxiliar os que es-tão em dificuldades econômicas com pagamentos internacionais.

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FOB (Preço FOB) – Free on board. Refere-se ao preço do produto aodesembarcar no porto, livre de qualquer taxa.

Fraude – Ato ilícito que consiste na falsificação de documentos, naprestação de informações falsas ou na inserção de elementos ine-xatos nos livros fiscais, com o objetivo de não pagar tributos ou depagar importância inferior à devida.

Fundação – Entidade jurídica sem finalidade lucrativa, destinada à pres-tação de serviços à coletividade. É criada por meio da constituiçãode um patrimônio – por doação ou testamento –, que é próprio eindependente de indivíduos. Exemplos: Santas Casas de Misericór-dia, criadas no período colonial e que visavam prestar assistênciamédica à população. Atualmente, o Brasil conta com numerosasfundações sustentadas por contribuições regulares do poder públi-co, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Fundação PadreAnchieta (mantenedora da TV Educativa do estado de São Paulo) e aFundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Hedge – Estratégia usada para compensar investimentos de risco. Umhedge perfeito é aquele que elimina a possibilidade de ganhos ouperdas futuras. Um acionista preocupado com a queda de preçosdas ações, por exemplo, pode fazer um hedge de seus títulos pormeio da compra de uma opção de venda de ações ou da venda deuma opção de compra.

Holding – Designação de empresa que mantém o controle sobre ou-tras empresas mediante a posse majoritária de ações destas. Emgeral, a holding não produz nenhuma mercadoria ou serviço espe-cífico, destinando-se apenas a centralizar e realizar o trabalho decontrole sobre um conjunto de empresas geralmente denomina-das subsidiárias. Nesse caso, ela é denominada pure holdingcompany ou “holding pura”. A empresa que operar com a produ-ção de bens e serviços e controlar subsidiárias é denominadaholding operating company, isto é, “empresa holding operadora”.

Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – Calculado peloIBGE, representa a variação de preços da totalidade dos produtose serviços disponíveis para o consumo pessoal. O índice é utiliza-do pelo Banco Central para acompanhamento dos objetivos esta-belecidos no sistema de metas de inflação. A pesquisa é realizada

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com uma amostra de famílias com rendimento monetário compre-endido entre um e 40 salários mínimos e abrange nove regiõesmetropolitanas do país (Porto Alegre, São Paulo, Curitiba, BeloHorizonte, Fortaleza, Recife, Belém, Salvador e Rio de Janeiro),além do município de Goiânia e o Distrito Federal.

Índice Geral de Preços/Disponibilidade Interna (IGP/DI) – Calculadopela Fundação Getúlio Vargas, é o índice mais tradicional. Duranteanos representou a inflação oficial do Brasil. É um dos principais índi-ces utilizados para reajuste de preços de contratos e no estudo davalorização ou desvalorização patrimonial ao longo do tempo. O IGP/DI é composto pelo Índice de Preços por Atacado (IPA), com peso de60%; pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido no Rio deJaneiro e em São Paulo, com participação de 30%; e pelo Índice Na-cional da Construção Civil (INCC), com peso de 10%. O conceito deDisponibilidade Interna (DI) refere-se à produção nacional e às im-portações, excluindo-se as exportações. O IPA não é regionalizado. OIPC é calculado nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo; e oINCC compreende informações de 19 capitais (Belém, Belo Horizon-te, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia,João Pessoa, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo,Aracaju, Vitória, Cuiabá e São Luís).

Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) – É feito pela FGV sobencomenda do mercado financeiro para balizar a taxa real de ju-ros. No cálculo do índice é utilizada a mesma metodologia aplica-da ao IGP/DI, diferindo apenas na data da apuração.

Leasing – Arrendamento mercantil. Operação financeira entre uma em-presa proprietária de determinados bens (veículos, máquinas, unida-des fabris etc.) e uma pessoa jurídica que usufrui esses bens pagandoprestações. Os contratos são sempre com tempo determinado, ao fimdo qual a empresa arrendatária tem opção de compra do bem.

Lei Camata – Proposta incorporada na Lei de Responsabilidade Fiscalque determina um limite de 60% do total das receitas dos estadoscom gastos de pessoal. A União só pode gastar 50% de suas recei-tas com pessoal. O projeto original, de autoria da deputada RitaCamata, foi a Lei Complementar nº 82, de 1995. Posteriormente,transformou-se na Lei Complementar nº 96, de 1999, e agora fazparte da Lei Complementar nº 101, de 2000 (a chamada Lei de

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Responsabilidade Fiscal), que estabelece normas gerais de finan-ças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – Estabelece diretrizes para aconfecção da Lei Orçamentária Anual (LOA). Tem que ser enviadapelo Executivo ao Congresso até o dia 15 de abril e aprovada peloLegislativo até o dia 30 de junho. Se não for aprovada nesse perío-do, o Congresso não pode entrar em recesso em julho. (Ver LeiOrçamentária Anual, Orçamento e Plano Plurianual).

Lei Orçamentária Anual (LOA) – É o orçamento anual enviado pelo Exe-cutivo ao Congresso, que estabelece, para execução a cada ano, asações estabelecidas na LDO. Na LOA, são fixados os recursos paracada ação nas diversas áreas estabelecidas (saúde, educação, previ-dência, reforma agrária etc.). Precisa ser enviada ao Congresso peloExecutivo até o dia 31 de agosto. Pode ser aprovada até dezembro,mas essa prática não é obrigatória. O Orçamento da União se divideem: orçamento fiscal, de seguridade social e de investimentos, estecom a previsão dos recursos destinados às empresas estatais. (Ver Leide Diretrizes Orçamentárias, Orçamento e Plano Plurianual).

Lei Kandir – Lei que isenta do pagamento de ICMS (Imposto sobreCirculação de Mercadorias e Serviços) as exportações de produtosprimários e semi-elaborados ou serviços. A lei provocou polêmicaporque os governadores reclamaram da perda de arrecadação de-vido à isenção do imposto nesses produtos. De autoria do ex-mi-nistro Antonio Kandir, a proposta transformou-se na Lei Comple-mentar nº 87, de 13 de setembro de 1996, que dispõe sobre oimposto dos estados e do Distrito Federal, sobre operações relati-vas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços detransporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Lobby – Termo em inglês que significa, literalmente, “vestíbulo” ou“ante-sala”, mas que se refere à pessoa ou grupo organizado paraprocurar influenciar procedimentos e atos dos poderes públicos comoo Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Essa atividade desenvolveu-se particularmente no Legislativo dos Estados Unidos, onde foi re-gulamentada em 1946.

Lobismo – Atividade desenvolvida pelos lobistas. (Ver Lobby.)

Meios de pagamento – São ativos que podem ser usados instantanea-mente e sem restrições para pagamentos a terceiros. A definição

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mais convencional de meios de pagamento é o do agregado mone-tário M1. (Ver Agregados monetários.)

Mercosul – Mercado Comum do Cone Sul. O Mercosul teve comoorigem os acordos bilaterais de comércio estabelecidos entre o Bra-sil e a Argentina a partir de 1990. Foi criado oficialmente em 29 denovembro de 1991 com a assinatura do Tratado de Assunção(Paraguai), congregando o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uru-guai. Sua meta é criar uma comunidade econômica entre os quatropaíses para facilitar e incrementar o comércio entre eles, com aeliminação progressiva das barreiras alfandegárias entre o Brasil ea Argentina (um ano a mais para os outros dois países) e uma tarifaexterna comum (TEC) contra os demais países.

Moratória – No direito comercial, termo que designa a prorrogaçãodo prazo concedido pelo credor a seu devedor para o pagamentode uma dívida. Há um acordo entre ambas as partes, distinguindo-se da concordata pelo seu caráter não judicial. No caso das trêsrelações econômicas internacionais, a moratória é uma declara-ção unilateral do devedor declarando que não pagará uma dívidanos prazos e demais condições estipulados no contrato. Trata-sede medida extrema que em geral bloqueia o declarante em relaçãoàs fontes de crédito internacional. Assim, os fluxos financeiros in-ternacionais se reduzem drasticamente em relação ao país quedeclara a moratória.

Nafta – Iniciais de North American Free Trade Agreement (Acordo deLivre Comércio da América do Norte), em espanhol, TLC – Tratadode Libre Comercio. O Nafta é a ampliação do acordo de livre co-mércio já existente entre os Estados Unidos e o Canadá desde 1989,agora incluindo o México. O acordo entrou em vigor a partir dejaneiro de 1994 e prevê a eliminação de tarifas alfandegárias entreos três países num período de 15 anos, embora 50 das barreirasexistentes tenham sido eliminadas logo no início de 1994.

Nasdaq – National Association of Securities Dealers Automated QuotatiosSystem (Sistema Automatizado de Cotações da Associação Nacionalde Corretoras de Valores). É um sistema computadorizado que ofere-ce as cotações de preço para valores imobiliários negociados no mer-cado de balcão, bem como de várias ações registradas na Bolsa deValores de Nova York. Reúne principalmente ações de empresas dealta tecnologia, dos setores de biotecnologia, informática e Internet.

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As cotações da Nasdaq, cujo índice principal é o Nasdaq CompositeIndex, são publicadas na seção de finanças da maioria dos jornais.(Ver Bolsa de valores e Nyse.)

Nyse – New York Stock Exchange. A Bolsa de Valores de Nova York éa mais antiga e a maior bolsa de valores dos Estados Unidos, loca-lizada em Wall Street, em Nova York, também conhecida comoBig Board e The Exchange. A Nyse é uma associação sem persona-lidade jurídica, dirigida por um conselho de administração, che-fiada por um presidente contratado por período integral e remune-rado, e formada por 20 pessoas físicas que representam o públicoe os membros da bolsa em proporções praticamente iguais. Maisde 1.600 companhias estão registradas junto à Nyse, representan-do grandes empresas. (Ver Bolsa de valores.)

OMC – Organização Mundial do Comércio. Organismo que substituiu oAcordo Geral sobre Comércio e Tarifas (General Agreement on Tradeand Tariffs – GATT), que esgotou suas atividades de acordo provisóriona reunião de Marrakesh, Marrocos. Em 1995, 97 países assinaramum acordo para a constituição da OMC. A finalidade de sua criação édirimir conflitos comerciais entre países. A OMC começou a funcio-nar em 10 de maio de 1998 e cobre hoje 90% do comércio mundial.

Opep – Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Entidade cri-ada em 1960 no Iraque com o objetivo de estabelecer uma políticacomum em relação ao petróleo. Fazem parte da organização ArábiaSaudita, Irã, Kuweit, Venezuela, Iraque, Argélia, Equador, Gabão,Indonésia, Líbia, Nigéria, Catar e União dos Emirados Árabes.

Orçamento – Representa as contas nacionais e o planejamento que ofe-recem os fins e os objetivos para cuja realização se requerem os fun-dos públicos; os custos das atividades propostas para alcançar essesfins e os dados quantitativos que medem as realizações; e as tarefasexecutadas dentro de cada uma dessas atividades. Em sua definiçãoclássica, orçamento é a previsão dos recursos que, num determinadoperíodo, devem entrar e sair dos cofres públicos. (Ver Lei de DiretrizesOrçamentárias, Lei Orçamentária Anual e Plano Plurianual.)

Paraísos fiscais – Pequenos Estados nos quais as empresasmultinacionais estabelecem sucursais ou pessoas físicas depositamseus recursos, aproveitando-se de impostos muito baixos ouinexistentes praticados pelos respectivos governos. São considera-

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dos paraísos fiscais: Bahamas, Hong-Kong, Libéria, Liechtenstein,Luxemburgo, Suíça, entre outros.

PIB – Produto Interno Bruto. Principal indicador da atividade econô-mica, refere-se ao valor agregado de todos os bens e serviços finaisproduzidos dentro do território econômico de um país no merca-do formal, independentemente da nacionalidade dos proprietáriosdas unidades produtoras desses bens e serviços. A comparaçãoentre tudo o que se produziu em um ano com o total do ano ante-rior indica se a economia está em um ciclo de prosperidade ou decrise. (Ver PNB e Mercado formal.)

PIS-Pasep – Fundo contábil instituído em 1975 mediante a unificaçãodo fundo do Programa de Integração Social (PIS) com o fundo doPrograma de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep),ambos criados em 1970. No PIS, são cadastrados os trabalhadoresregidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), enquanto queos trabalhadores empregados nas repartições públicas da União,estados, municípios e suas autarquias e empresas públicas são ca-dastrados pelo Pasep. Os fundos foram criados para garantir ummecanismo de participação dos trabalhadores nos lucros das em-presas e gerar um pecúlio resgatável em casos de aposentadoria.Quem ganha até cinco salários mínimos por mês tem direito a rece-ber um abono, anualmente, no valor de um salário mínimo. Os querecebem mais do que cinco salários mínimos e têm mais de cincoanos de cadastramento no PIS-Pasep ganham o direito de retirar osrendimentos (juros e dividendos) anuais gerados pelos seus saldosacumulados no fundo. O PIS é um gênero de tributo do tipo contri-buição social, calculado em 0,65% sobre o faturamento ou receitadas empresas. Já o Pasep é executado mediante um fundo de partici-pação constituído por depósitos efetuados pelos órgãos da adminis-tração direta, das autarquias e das fundações públicas, tendo porbase de cálculo a folha de salários mensal.

Plano Plurianual (PPA) – Planejamento das ações do governo paraum período de quatro anos. Tem que ser enviado pelo Executivoao Congresso até o dia 31 de agosto. O PPA é encaminhado aoCongresso no primeiro ano do governo. (Ver LDO e LOA.)

PNB – Produto Nacional Bruto. É o valor agregado de todos os bens eserviços resultantes da mobilização de recursos nacionais (perten-centes a residentes no país), independente do território econômico

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em que esses recursos foram produzidos. A diferença entre o PNBe o PIB corresponde à renda líquida enviada ou recebida do exte-rior. Quando o PNB é inferior ao PIB, o país em questão remetepara o exterior mais renda do que recebe.

Política cambial – Instrumento da política de relações comerciais efinanceiras entre um país e um conjunto dos demais países. Ostermos em que se expressa a política cambial refletem, em últimainstância, as relações políticas vigentes entre os países, com baseno desenvolvimento econômico alcançado por eles. Por exemplo:em dado momento, pode ser importante a um país adquirir certosprodutos no exterior, necessários ao desenvolvimento de seu setorindustrial; para tanto, as autoridades monetárias podem manter ocâmbio artificialmente valorizado, barateando o custo desses pro-dutos em moeda nacional; em contrapartida, ocorreria o encareci-mento dos produtos nacionais para os importadores de outros pa-íses. A política cambial pode utilizar ainda uma série de mecanis-mos para evitar a evasão de divisas e contribuir para o equilíbriodo balanço de pagamentos, como a fixação de taxas múltiplas decâmbio (câmbio turismo, câmbio comercial, câmbio financeiro etc.),e também lançar mão de medidas que favoreçam algum setor daeconomia: manter a moeda nacional artificialmente desvalorizadapara estimular as exportações, por exemplo. Outras medidas quepodem ser adotadas: isenção de impostos para capitais que per-maneçam por um certo tempo no país e elevação da taxa de jurosem determinadas operações. (Ver Balanço de pagamentos.)

Política fiscal – É um conjunto de ações e medidas tomadas pelo go-verno para corrigir distorções econômicas e sociais; manter a esta-bilidade do nível de produção, preços e empregos; e administraros recursos de forma a produzir bens e serviços para a sociedade.É feita, principalmente, por meio de determinação de impostos,contribuições e controle de gastos.

Política monetária – Conjunto de decisões por meio das quais os go-vernos e suas instituições – sobretudo os bancos centrais – contro-lam o suprimento e o valor da moeda na economia e, por conseqü-ência, interferem nos níveis de inflação e desemprego. A políticamonetária pode recorrer a diversas técnicas de intervenção, contro-lando a taxa de juros por meio da fixação das taxas de redescontocobradas dos títulos apresentados pelos bancos, regulando as ope-rações de open market ou impondo aos bancos o sistema de reser-

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vas obrigatórias (depósitos compulsórios) para garantir a liquidezdo sistema bancário. Em relação ao crédito, podem ser adotadasmedidas restritivas ou práticas seletivas. As primeiras geralmenteocorrem em períodos de elevada inflação ou crise no balanço depagamentos e consistem na fixação dos limites de crédito bancário ena redução dos prazos de pagamento dos empréstimos. As práticasseletivas, por sua vez, visam sobretudo direcionar o crédito para asatividades mais rentáveis e produtivas da economia.

Precatório – Precatar significa determinar à autoridade pública que seponha de sobreaviso, que se prepare para a execução de ordemjudicial. É um pedido do Poder Judiciário ao Executivo para queeste mande pagar importância resultante de ação judicial perdidapelo próprio Estado e transitada em julgado, ou seja, para a qualnão há mais recursos.

Progressividade/Regressividade – Um sistema tributário é consideradoprogressivo se ele consegue arrecadar mais de quem realmente dis-põe de mais recursos, mais renda e patrimônio. Ao contrário, umsistema é regressivo se ele arrecada mais de quem ganha menos. Sis-temas tributários que dão ênfase aos impostos indiretos, como os im-postos de consumo (IPI, ICMS etc.), são considerados regressivos. Osque dão maior ênfase aos impostos diretos (IR e ITR) são progressivos.Exemplo: um bancário compra uma geladeira e paga 25% de impos-to, e um banqueiro, que ganha cem vezes mais, compra a mesmageladeira e paga o mesmo imposto. Nesse caso, houve um efeito re-gressivo que cobrou proporcionalmente mais de quem ganha menos.

Receita – Em termos contábeis, é a soma de todos os valores recebidosem dado espaço de tempo (um dia, um mês, um ano). Numa empre-sa comercial, a receita é formada pelas vendas a vista, pela parterecebida referente às vendas a crédito e pelos eventuais rendimen-tos de aplicações financeiras. No orçamento público, receita é asoma das arrecadações de impostos, taxas, contribuições, multasetc. Os rendimentos de fonte certa compõem a receita ordinária,enquanto os incertos ou eventuais formam a receita extraordinária.

Risco soberano – Sovereign risk. Risco de um governo estrangeironão honrar um empréstimo ou outros compromissos em virtudede mudanças em sua política nacional. Um país que declara suaprerrogativa como nação independente pode evitar o repatriamentodos recursos de uma companhia ou um país por meio da fixação

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de limites ao fluxo de capital, impedimentos fiscais ou nacionali-zação dos bens. Tornou-se um componente do crescimento da dí-vida internacional que ocorreu depois dos aumentos do preço dopetróleo, nos anos 70.

Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Significa uma for-ma de registro escritural de débitos e créditos de operações finan-ceiras utilizado pelos bancos na liquidação de títulos, depósitosde cheques etc. A taxa over-selic é a taxa que regula as operaçõesdiárias para financiamento dos títulos públicos federais.

Sonegação fiscal – Ato ilícito que consiste na ocultação do fator gera-dor de um tributo com o objetivo de não pagar o mesmo;descumprimento da legislação tributária em vigor.

Spread – Taxa adicional de risco cobrada no mercado financeiro, so-bretudo o internacional. É variável conforme a liquidez do tomador,o volume de empréstimo e o prazo de resgate.

Swap – Concessão de empréstimos recíprocos entre bancos, em mo-edas diferentes e com taxas de câmbio idênticas. O swap costumaser utilizado para antecipar recebimentos em divisas estrangeiras.

Tigres Asiáticos – Denominação dos países da Ásia cujo desenvolvimen-to, depois da 2ª Guerra Mundial, foi muito intenso e contínuo, comonos casos de Taiwan, Coréia do Sul, Cingapura e Hong-Kong. Estespaíses assumiram uma posição agressiva no comércio internacional,ampliando suas exportações, especialmente de produtos manufatura-dos, e ganhando novos mercados. Mais recentemente, a China vemocupando um papel de destaque nas exportações asiáticas e, em mui-tos casos, deslocando e/ou substituindo os países antes menciona-dos. A crise do segundo semestre de 1997 no Sudeste e no Sudoesteda Ásia provocou sérios problemas para a continuidade desse desen-volvimento acelerado. Os países mais atingidos foram a Tailândia, aIndonésia, a Malásia, as Filipinas e a Coréia do Sul.

Transações correntes – Parte do balanço de pagamentos que inclui ascontas de comércio ou balança comercial, balança de serviços eas transferências unilaterais. (Ver Balanço de pagamentos, Balançacomercial, Balança de serviços e Transferências unilaterais.)

Transferências unilaterais – Parte das transações correntes que regis-tra as entradas ou saídas de divisas decorrentes, por exemplo, doenvio de recursos ao exterior para a manutenção de embaixadas,

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serviços consulares e de imigrantes que mandam parte de seussalários para familiares em seus países de origem. (Ver Balanço depagamentos, Balança comercial, Balança de serviços e Transaçõescorrentes.)

Unidades monetárias brasileiras – Desde seu descobrimento, o Brasiljá possuiu nove unidades monetárias oficiais, relacionadas a seguir:Real: Moeda portuguesa. A nação portuguesa inicia-se por voltado ano 1120 da era cristã, quando passou a ter moeda própria,aplicada posteriormente à sua colônia, o Brasil.Réis: Com a continuidade progressiva da inflação, o real passou anão possuir poder de compra, sendo substituído, na prática, pelosseus múltiplos, ou seja, pelos reais, que o povo, por facilidade depronúncia, passou a denominar réis.Cruzeiro (antigo): O mil-réis permaneceu como unidade monetá-ria até 1942, quando foi substituído pelo cruzeiro, pelo Decreto-Lei nº 4.791, de 5 de outubro de 1942. A centésima parte do cru-zeiro foi denominada “centavo”. A Lei nº 4.511, de 1º de dezem-bro de 1964, extinguiu o centavo.Cruzeiro Novo: Criado pelo Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembrode 1965. Passou a vigorar a partir de 13 de fevereiro de 1967, pelaResolução nº 47, do Conselho Monetário Nacional, equivalendo100 cruzeiros (antigos) de 1942 a um cruzeiro novo, sendo resta-belecido o centavo.Cruzeiro: A unidade monetária brasileira voltou a denominar-se cru-zeiro a partir de 15 de maio de 1970, conforme Resolução nº 144, de31 de março de 1970, do Conselho Monetário Nacional, em cumpri-mento ao artigo 6º do Decreto nº 601/90, de 8 de fevereiro de 1967.Ao ser restabelecido o cruzeiro como unidade monetária brasileira,foi mantida a equivalência de valores com os do cruzeiro novo, entãoextinto. A Lei nº 7.214, de 15 de agosto de 1984, extinguiu o centavo.Cruzado: Em 28 de fevereiro de 1986, o cruzeiro foi substituídopelo cruzado mediante o Decreto-Lei nº 2.283, passando 1.000cruzeiros a valer um cruzado, sendo restabelecido o centavo.Cruzado Novo: A Medida Provisória nº 32, de 15 de janeiro de1989, instituiu o cruzado novo como unidade monetária brasileiraem substituição ao cruzado, a partir de 16 de janeiro de 1989,conservando o centavo como a centésima parte do cruzado novo.

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Cruzeiro: Reintroduzido em 15 de março de 1990 como nova uni-dade monetária do Brasil, como elemento do Plano Collor.Cruzeiro Real: Criado em 2 de agosto de 1993 como uma moedade transição para o Real.Real: Instituído por medida provisória em 1º de julho de 1994, eaprovado pelas Leis nºs 8.880, de 27 de maio de 1994, e 9.069, de29 de junho de 1995, como unidade monetária brasileira.

Waiver – É a dispensa de uma exigência ou de obrigações, geralmentede pagamento total ou parcial (principal, juros etc.), de um país ouinstituição frente a outros países ou instituições. Não deve ser en-tendido como perdão, já que o waiver pode voltar a ser exigido.Ao definir o termo em uma matéria, use “dispensa de exigênciacontratual”.

Zona de livre comércio – Sistema no qual as tarifas alfandegárias sãozero para os países que integram uma zona de livre comércio, em-bora cada país tenha um nível diferente de tarifas para os paísesexternos ao acordo de livre comércio.

Zona franca – Área delimitada no interior de um país e beneficiadacom incentivos fiscais e tarifas alfandegárias reduzidas ou ausen-tes. Seu objetivo é estimular o comércio e, às vezes, acelerar odesenvolvimento industrial de uma região. Há zonas francas emMarselha (França), Hamburgo (Alemanha), Hong-Kong e Copen-hague (Dinamarca). A Zona Franca de Manaus, criada em 1967 efiscalizada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus(Suframa), atraiu para aquela área da Amazônia muitas indústrias,sobretudo do ramo eletrônico avançado, que se beneficiam dasfacilidades de importação de componentes para aparelhoseletroeletrônicos.

CONHECIMENTOS JURÍDICOS

Abuso de poder – Excesso cometido por autoridade ou agente de di-reito público, quer extrapolando suas funções, quer distorcendonorma legal.

Abuso do poder econômico – Atitude ilícita peculiar ao domínio domercado, por meio de práticas como eliminação da concorrência,exercício de monopólio e concorrência desleal.

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Ação – Poder de reclamar a órgão do Judiciário o reconhecimento dedireito que se julga ter ou a punição de um infrator das leis penais.

Ação civil pública – Instrumento processual adequado para reprimirou impedir danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e di-reitos de valor artístico, histórico, cultural ou paisagístico, ou aqualquer outro interesse coletivo.

Ação declaratória de constitucionalidade (ADC) – É impetrada noSupremo Tribunal Federal, visando à declaração de constituciona-lidade de lei ou ato normativo federal. As decisões definitivas demérito sobre essa ação têm eficácia contra todos e efeito vinculanteno âmbito dos demais órgãos do Judiciário e do Executivo. Podeser proposta pelo presidente da República, pelas Mesas do Senadoe da Câmara e pelo procurador-geral da República.

Ação direta de inconstitucionalidade (Adin) – É proposta ao Supre-mo Tribunal Federal, argüindo inconstitucionalidade de lei ou atonormativo federal ou estadual. Pode ser proposta pelo presidenteda República, pelos presidentes do Senado, da Câmara ou de as-sembléia legislativa, pela Ordem dos Advogados do Brasil, peloprocurador-geral da República, por partido político e por entidadesindical de âmbito nacional.

Ação popular – Instrumento constitucional à disposição de qualquercidadão que deseje pleitear judicialmente a anulação de atos ad-ministrativos ou contratos lesivos ao patrimônio público, àmoralidade administrativa e ao meio ambiente.

Ação rescisória – Aquela capaz de derrubar uma sentença de méritoou acórdão. É muito rara a possibilidade de se entrar com esse tipode ação.

Acórdão – Julgamento proferido em grau de recurso por tribunal, me-diante o voto de seus magistrados. O acórdão é redigido, apósanunciado o resultado do julgamento, pelo relator, ou, se este forvencido, pelo autor do primeiro voto vencedor.

Advocacia Geral da União – Criada pela Constituição de 88, tem aincumbência de representar a União, em juízo ou administrativa-mente. Os estados têm as suas procuradorias, que, a exemplo daAdvocacia Geral da União, não se confundem com Ministério Pú-blico.

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Agravo de instrumento – Recurso contra decisões não-finais em umprocesso, salvo despachos de expediente, que são irrecorríveis.

Anistia – Na área criminal, perdão concedido geralmente a crime po-lítico, por meio de lei federal. Há também anistia fiscal, relativa-mente a impostos, taxas e contribuições, mediante lei específicafederal, estadual ou municipal (Ver Graça e Indulto).

Apelação – Na área cível, recurso contra sentença de primeiro grau,com ou sem julgamento de mérito, a fim de submeter a questão agrau superior; na área penal, recurso contra sentenças definitivasde condenação ou absolvição, dadas por juiz singular ou tribunaldo júri.

Autor – Parte que toma a iniciativa de pedir o pronunciamento doJudiciário, mediante propositura de ação.

Carta precatória – Solicitação de um juiz a outro do país para queseja providenciada determinada diligência.

Carta rogatória – Solicitação de um juiz a autoridade judiciária es-trangeira para que promova uma diligência.

Citação – Comunicação chamando alguém em juízo para se defenderem uma ação. (Ver Intimação.)

Coisa julgada – Sentença imutável, por não admitir mais recurso. Essasentença, também conhecida como transitada em julgado, só podeser derrubada via ação rescisória. (Ver Ação rescisória.)

Comodato – Empréstimo de um bem por determinado tempo, em ca-ráter gratuito.

Contestação – Petição escrita do réu refutando as alegações do autor.

Contrabando – Importação ou exportação fraudulenta de mercadoriacujo ingresso ou saída do país são proibidos. (Ver Descaminho.)

Contravenção – Infração de menor gravidade, cuja pena é mais bran-da do que as cominadas para os crimes. A lei prevê para ocontraventor, alternativamente, pena de prisão simples ou multa,ou ambas. A maior pena para o contraventor é de cinco anos deprisão. Até recentemente tipificados como contravenção, dirigirsem habilitação e possuir ou portar arma ilegalmente passaram aconstituir crime.

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Crimes contra a honra – Trata-se dos crimes de calúnia, difamação einjúria. O mais grave é o crime de calúnia, que é imputar falsamente aalguém a prática de um ato criminoso (a pena é de detenção de seismeses a dois anos). Já a difamação consiste em atribuir a alguém fatoque ofende a sua reputação (detenção de três meses a um ano). Ainjúria constitui um agravo, verbalmente, por escrito ou fisicamente, àdignidade e ao decoro (detenção de três meses a um ano).

Crime doloso – Aquele em que o autor pratica intencionalmente odelito, ou assume o risco de o produzir.

Crimes inafiançáveis – Aqueles que não admitem pagamento de fian-ça para soltura do preso. São inafiançáveis, entre outros, os crimesdolosos contra a vida, hediondos, de tortura, tráfico de entorpe-centes, terrorismo, racismo, contra a fauna; contravenções de va-diagem; infrações praticadas pelos que se acham em gozo de sursisou livramento condicional.

Culpa – Inobservância de uma regra de conduta, por ação ou omissão– e não intencionalmente –, sem o propósito de causar dano. (VerCrime doloso.)

Defensoria Pública da União – Órgão instituído pela Constituição de1988 com a finalidade de prestar orientação jurídica e promover adefesa dos necessitados, nos vários graus do Judiciário.

Denegação – Indeferimento de um direito pleiteado em juízo por meiode ação.

Denúncia – Acusação feita pelo Ministério Público perante o juízocompetente, dando início à ação penal.

Descaminho – Geralmente confundido com contrabando, odescaminho consiste em fraude no pagamento de tributo devido aentrada, saída ou consumo de mercadoria não proibida no país.(Ver Contrabando.)

Desembargador – Membro de tribunal de Justiça. Os integrantes doSupremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores (STJ, TSE, TSTe STM) são denominados de ministros, enquanto os dos tribunaisregionais são chamados de juízes. Também são juízes os titularesdos órgãos judiciários de primeira instância.

Despacho – Ato do juiz essencial ao andamento do processo, medi-ante requerimento da parte ou de ofício.

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Efeito vinculante – As decisões definitivas de mérito adotadas pelo Su-premo Tribunal Federal nas ações declaratórias de constitucionalidadede leis ou atos normativos federais devem ser seguidas, obrigatoria-mente, pelos demais órgãos do Judiciário e pelo Poder Executivo.

Estelionato – Enganar ou manter alguém em erro, mediante fraude,visando à obtenção de vantagem patrimonial para si ou para ou-trem, em prejuízo alheio.

Execução – Ação que visa garantir ao detentor de título executivo ju-dicial ou extrajudicial a satisfação de seu direito.

Ex nunc – De agora em diante. Diz-se de decisão sem efeito retroativo.

Ex tunc – Desde então. Referente a decisão com efeito retroativo.

Fiança – Pagamento feito pelo preso, ou por alguém em seu favor, paraque ele responda ao processo em liberdade. Há crimes que não admi-tem fiança, como os dolosos contra a vida e os hediondos. (Ver Cri-mes inafiançáveis, Suspensão da pena e Livramento condicional.)

Furto – Subtrair coisa alheia móvel sem ameaça ou violência à pes-soa. (Ver Roubo.)

Graça – Perdão concedido pelo presidente da República a réu conde-nado, a pedido desse. Trata-se de benefício de difícil obtenção.(Ver Anistia e Indulto.)

Habeas corpus – Garantia constitucional concedida sempre que alguémestiver sofrendo ou ameaçado de sofrer violência ou coação emseu direito de locomoção – ir, vir, permanecer –, por ilegalidade ouabuso de poder.

Habeas data – Instituído pela Constituição de 88, esse instrumento desti-na-se a garantir o direito de informações relativas à pessoa do interes-sado, mantidas em registros de entidades governamentais (mesmo ex-tintas) ou banco de dados particulares que tenham caráter público.

Hasta pública – Designação genérica da venda de bens por leilão(móveis) ou praça (imóveis).

Hipoteca – Garantia real de dívida que incide sobre imóvel, perma-necendo esse na posse de seu proprietário. No direito civil, naviose aeronaves são considerados bens imóveis.

Indulto – Perdão concedido pelo presidente da República a presos debom comportamento condenados a pequenas penas, que tenham

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cumprido boa parte delas. É dado normalmente durante os festejosde Natal e Ano Novo.

Inquérito – Conjunto de atos e diligências promovidos pela políciajudiciária destinados à apuração de infração penal e sua autoria,de modo a que o titular dessa ação (Estado ou particular) possaentrar em juízo pedindo a aplicação da lei ao caso concreto. Oinquérito antecede a ação penal, que tramita em juízo.

Intimação – Comunicação dirigida pela autoridade às partes, seusadvogados ou terceiros, para que seja feita ou deixe de ser feitaalguma coisa dentro ou fora do processo. (Ver Citação.)

Juiz – Denominação genérica dada aos magistrados. O juiz goza dasseguintes garantias: vitaliciedade, inamovibilidade (não serem re-movidos), salvo se por interesse público; e irredutibilidade de sa-lários. A sua aposentadoria compulsória ocorre aos 70 anos, a exem-plo dos demais servidores públicos. Juízes de primeira instânciasão também conhecidos como juízes de direito.

Juizados especiais – Criados pela Lei nº 9.099/95, os juizados especiaiscíveis e criminais vieram permitir maior rapidez na chamada presta-ção jurisdicional. Os juizados especiais cíveis – de conciliação, jul-gamento e execução – atuam em causas menos complexas, cujovalor não exceda 40 salários mínimos. O julgamento segue procedi-mento sumariíssimo, fundamentando-se nos critérios de oralidade,informalidade, economia processual e celeridade. Por sua vez, osjuizados especiais criminais julgam infrações penais de menor po-tencial ofensivo, como as contravenções e os crimes cuja pena má-xima não seja superior a um ano. Esses juizados também se orien-tam pelos mesmos critérios dos juizados civis. Sempre que possível,os juizados especiais criminais aplicam penas não-privativas de li-berdade, como prestação de serviços à comunidade.

Justiça do Trabalho – Tem a função de dirimir os litígios oriundos dasrelações entre empregadores e patrões. É constituído pelo TribunalSuperior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho (no mínimoum em cada estado) e juízes do Trabalho. As questões trabalhistassão decididas em primeira instância pelas varas do Trabalho, quetêm como titulares juízes do Trabalho. Essas varas foram instituí-das, em substituição às juntas de Conciliação e Julgamento, pelaemenda constitucional que extinguiu os cargos de juiz classista.

Justiça Eleitoral – Integrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelos Tri-

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bunais Regionais Eleitorais (um em cada estado), pelos juízes elei-torais e pelas juntas eleitorais, tem competência sobre assuntosrelacionados com o alistamento eleitoral, as eleições, os partidospolíticos e os crimes de natureza eleitoral.

Justiça estadual – Poder Judiciário de cada uma das unidades da Fe-deração, constituído de desembargadores, que atuam nos tribu-nais de Justiça ou de Alçada (estes existentes em alguns estados), ejuízes de direito, que atuam nas diversas varas (criminais, cíveis,de família, de fazenda pública, de órfãos e sucessões, de registrospúblicos, entre outras) ou nos tribunais de júri. A maioria dos pro-cessos penais e cíveis é de competência da Justiça dos estados.

Justiça Federal – Composta pelos Tribunais Regionais Federais e pe-los juízes federais, tem a incumbência de julgar principalmente asações de interesse da União, autarquias ou empresa pública fede-ral, na condição de autora, ré, assistente ou oponente. Excetuam-se de sua competência ações de falência, trabalhistas, de acidentesde trabalho e eleitorais.

Justiça Militar – Tem a competência de processar e julgar os crimesmilitares. É composta pelo Superior Tribunal Militar, integrado por15 ministros vitalícios – 12 oriundos das Forças Armadas e cincocivis –, e pelos tribunais e juízes militares.

Liberdade provisória – Direito de o acusado responder solto a pro-cesso criminal, independentemente do pagamento de fiança, quan-do não se justificar a prisão preventiva.

Liminar – Decisão provisória do juiz acolhendo pedido feito por umadas partes no processo. A liminar não contempla o mérito da ação,mas tão-somente a possibilidade de que venha a ocorrer prejuízoirreparável ao impetrante. Normalmente, o pedido de liminar éfeito em ações de habeas corpus, medidas cautelares e mandadosde segurança. As liminares podem ser revogadas a qualquer tem-po pelos juízes que as concederam e serão sempre substituídaspelas sentenças proferidas no fim do processo.

Livramento condicional – O condenado tem direito ao livramentocondicional depois de cumprir pelo menos um terço da pena queestá cumprindo.

Mandado de injunção – É impetrado sempre que a ausência de normaregulamentadora venha a tornar inviável o exercício dos direitos e

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liberdades constitucionais, bem como das prerrogativas relaciona-das à nacionalidade, à soberania e à cidadania. O pedido é feito aoSupremo Tribunal Federal.

Mandado de segurança – Meio constitucional posto à disposição detodo cidadão ou pessoa jurídica para proteger direitos não ampa-rados por habeas corpus ou habeas data, lesados ou ameaçadosde lesão por ato de qualquer autoridade.

Medida cautelar (ou preventiva) – Ação de caráter urgente impetradaantes de um processo principal ou no curso desse, com o fim de seevitar eventual prejuízo.

Ministério Público – Órgão essencial ao desempenho da funçãojurisdicional do Estado, compete ao Ministério Público promovera defesa da ordem pública, do regime democrático e dos interes-ses sociais e individuais indisponíveis. Com a Constituição de 88,o Ministério Público teve fortalecidos os seus poderes, figurandoentre suas principais funções as seguintes: promover ação penalpública; zelar pelo respeito dos poderes públicos aos direitos cons-titucionais; promover inquérito civil e ação penal pública; promo-ver ação de inconstitucionalidade; defender direitos das popula-ções indígenas. Há Ministério Público da União e dos estados.

Ministro – Juiz titular de cargo do Supremo Tribunal Federal ou dostribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superi-or do Trabalho, Superior Tribunal Militar e Tribunal Superior Eleito-ral). As indicações para membros de tribunais superiores depen-dem de aprovação prévia do Senado. Note-se, quanto ao TSE, queapenas são submetidos ao Senado os nomes dos dois ministrosescolhidos entre advogados, já que as demais vagas são preenchi-das por três ministros do STF e dois do STJ.

Mora – Retardar o cumprimento de uma obrigação, por parte do de-vedor ou do credor.

Notícia-crime – Comunicação feita à polícia ou ao Ministério Públi-co por alguém que toma conhecimento de um crime.

Petição – Requerimento dirigido pelo advogado do interessado aojuiz solicitando uma determinada providência judicial. O que dáinício à ação é chamado de petição inicial.

Precatório – Ordem judicial para pagamento de dívida.

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Preclusão – Ocorre quando alguém perde o direito de manifestar-senos autos de um processo.

Prescrição – Corresponde à perda de prazo para se entrar com umadeterminada ação.

Prisão provisória – Há três tipos: prisão em flagrante, prisão preven-tiva e prisão temporária provisória. Essa modalidade de prisão,surgida com a MP nº 111/89 (atual Lei nº 7.960/90), tem duraçãode cinco dias, prorrogável por mais cinco.

Queixa-crime – É apresentada à autoridade policial por qualquer ci-dadão, contra alguém que o ofenda.

Rapto – Crime cometido contra mulher, com fins libidinosos.

Recurso – Designação genérica do ato pelo qual uma das partes de umprocesso, insatisfeita com uma manifestação do julgador (despachoou sentença), pede sua revisão por órgão judiciário superior.

Representação – Petição com a qual o advogado apresenta uma quei-xa-crime, no caso de ação privada ou de ação que exija essa for-malidade.

Repristinação da lei – Significa a restauração expressa de uma lei revogada,em razão da edição de outra, denominada lei repristinatória.

Revelia – Não-comparecimento imotivado de réu para defender-seem juízo cível ou criminal.

Roubo – Subtrair coisa alheia móvel usando de violência ou graveameaça à pessoa, ou após haver eliminado a possibilidade de re-sistência da vítima. (Ver Furto.)

Sentença – Ato do juiz de primeira instância pondo fim ao processo,com ou sem o julgamento de mérito. A parte vencida pode recor-rer da sentença, para que esta seja submetida a reexame em segun-do grau, por tribunal.

Seqüestro e cárcere privado – O seqüestro consiste em privar alguémde sua liberdade pessoal; sendo a pessoa encerrada entre quatroparedes, tipifica-se o cárcere privado.

Súmula – Texto resumido da orientação jurisprudencial de um tribu-nal com relação a questões análogas.

Superior Tribunal de Justiça – Na hierarquia do Judiciário, situa-selogo após o Supremo Tribunal Federal. Compõe-se no mínimo de

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

33 ministros, nomeados pelo presidente da República depois deaprovados pelo Senado. Cabe ao STJ, entre outras competências,processar e julgar, nos crimes comuns, os governadores dos esta-dos e do Distrito Federal, e, nos crimes de responsabilidade, osdesembargadores, membros dos Tribunais Regionais Federais, Elei-torais e do Trabalho; mandados de segurança e habeas corpus contraatos dos ministros de Estado; conflitos entre tribunais; mandadosde injunção; recursos de habeas corpus e de mandados de segu-rança decididos por tribunais inferiores.

Supremo Tribunal Federal – Mais alto órgão do Judiciário, com atri-buições de corte constitucional, integrado por 11 ministros maio-res de 35 anos, nomeados pelo presidente da República após apro-vação do Senado. Entre suas competências está a de julgar açõesdiretas de inconstitucionalidade; ação declaratória de constitucio-nalidade; infrações penais comuns cometidas pelo presidente ouvice-presidente da República; senadores e deputados federais; seuspróprios ministros e o procurador-geral da República; litígios entreEstado estrangeiro e a União; conflitos entre a União e unidadesda Federação; extradição; entre outras atribuições.

Suspensão condicional da pena – Benefício a que tem direito conde-nado a pena não superior a dois anos. Difere do livramento condi-cional porque na supensão o réu não cumpre nenhum período dapena.

Tribunal de Contas da União – Órgão auxiliar do Congresso Nacio-nal, no exercício da fiscalização contábil, financeira, orçamentá-ria, operacional e patrimonial da União e das entidades da admi-nistração direta e indireta.

Tribunal do júri – Órgão colegiado de primeira instância que tem aincumbência de julgar os crimes dolosos contra a vida.

Vista – Exame dos autos do processo por qualquer uma das partes.

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ANEXOS

SIGLAS

Escrever corretamente o nome de instituições, impostos, indicadoresconjunturais, é obrigação da Agência e do Jornal do Senado. Não é,entretanto, obrigação do profissional da SECS conhecer todos esses

nomes, mas ele deve, sim, pesquisar no momento de dúvida. O anexo Si-glas pode ser uma ferramenta útil, evidentemente não concluída, já quenovas entidades de importância podem surgir e outras mudar de nome. As-sim, um espaço foi reservado para as anotações do usuário.

Entre as siglas citadas, foram incluídas algumas referentes ao proces-so legislativo, com o propósito de esclarecer o repórter, caso apareçam emum documento – o repórter não deve escrever a sigla RQS quando faz refe-rência a um requerimento, por exemplo. A relação inclui também os princi-pais partidos políticos brasileiros.

ABA – Associação Brasileira de Anunciantes.

Abap – Associação Brasileira de Agências de Publicidade.

Abecip – Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário ePoupança.

Abert – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão.

ABI – Associação Brasileira de Imprensa.

Abifarma – Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica.

Abin – Agência Brasileira de Inteligência, subordinada à Presidênciada República.

ABL – Academia Brasileira da Letras.

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AEB – Agência Espacial Brasileira, vinculada ao Ministério da Ciênciae Tecnologia.

Aids – Acquired Immunological Deficiency Syndrome (Síndrome daDeficiência Imunológica Adquirida).

Alca – Área de Livre Comércio das Américas (Free Trade Area of theAmericas – FTAA).

Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações, vinculada ao Mi-nistério das Comunicações.

Andes – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de EnsinoSuperior.

Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, vinculada ao Ministé-rio de Minas e Energia.

Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de VeículosAutomotores.

ANJ – Associação Nacional de Jornais.

ANP – Agência Nacional do Petróleo, vinculada ao Ministério deMinas e Energia.

ANVS – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vinculada ao Mi-nistério da Saúde.

Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.

Apec – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico.

BC – Banco Central do Brasil, também é referido, no âmbito do gover-no, pela sigla Bacen (Ministério da Fazenda). A Agência e o Jornaldo Senado usam apenas Banco Central.

BCN – Banco Central Europeu. European Central Bank (ECB), comsede em Frankfurt, Alemanha.

BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento (Inter-AmericanDevelopment Bank), com sede em Nova York, EUA.

Bird – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento –Banco Mundial (International Bank for Reconstruction andDevelopment – World Bank), integrante do sistema das NaçõesUnidas, com sede em Washington, DC, EUA.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

BIS – Banco para Compensação Internacional (Bank for InternationalSettlements), com sede em Basiléia, Suíça.

BM&F – Bolsa de Mercadorias & Futuros, localizada em São Paulo.

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior),com sede no Rio de Janeiro.

Bovespa – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo.

Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Ministério daJustiça).

Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-rior (Ministério da Educação).

Caricom – Mercado Comum e Comunidade do Caribe.

CBL – Câmara Brasileira do Livro.

CCSivam – Comissão para Coordenacão do Projeto do Sistema deVigilância da Amazônia (Ministério da Defesa).

CCT – Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (Ministério da Ciên-cia e Tecnologia).

CDDPH – Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Mi-nistério da Justiça).

Cebrap – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento.

Cepal – Comissão Econômica para a América Latina e Caribe(Comission Económica para América Latina y el Caribe), integra osistema ONU, sediada em Santiago, Chile.

CFE – Conselho Federal de Educação (Ministério da Educação).

CGT – Confederação Geral dos Trabalhadores, com sede em São Paulo.

CIA – Agência Central de Inteligência (Central Intelligence Agency),com sede em Washington, DC, EUA.

Cimi – Conselho Indigenista Missionário, sediado em Brasília.

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.

CNA – Confederação Nacional da Agricultura.

CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sediada emBrasília.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

CNC – Confederação Nacional do Comércio.

CNDM – Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (Ministério daJustiça).

CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear (Ministério da Ciên-cia e Tecnologia).

CNI – Confederação Nacional da Indústria, com sede em Brasília.

CNPCP – Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (Mi-nistério da Justiça).

CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico (Ministério da Ciência e Tecnologia).

CNTI – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, comsede em Brasília.

COB – Comitê Olímpico Brasileiro, sediado no Rio de Janeiro.

Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Fran-cisco e do Parnaíba (Ministério da Integração Nacional).

COI – Comitê Olímpico Internacional (Comité InternationalOlympique), com sede em Lausanne, Suíça.

Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente (Ministério do MeioAmbiente).

Conamaz – Conselho Nacional da Amazônia Legal (Ministério do MeioAmbiente).

Conanda – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adoles-cente (Ministério da Justiça).

Conar – Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária.

Conaren – Conselho Nacional dos Recursos Hídricos (Ministério doMeio Ambiente).

Conasp – Conselho Nacional de Segurança Pública (Ministério daJustiça).

Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.

Contran – Conselho Nacional de Trânsito (Ministério da Justiça).

Copom – Comitê de Política Monetária, do Banco Central.

CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira.

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CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (Ministérioda Ciência e Tecnologia).

CUT – Central Única dos Trabalhadores, com sede em São Paulo.

CVM – Comissão de Valores Mobiliários (Ministério da Fazenda).

DAC – Departamento de Aviação Civil (Ministério da Defesa).

Dataprev – Empresa de Processamento de Dados da Previdência So-cial (Ministério da Previdência e Assistência Social).

DEA – Drug Enforcement Administration. Agência de Combate a Dro-gas, dos Estados Unidos.

Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, sediado em São Paulo.

Eletrobrás – Centrais Elétricas Brasileiras S. A. (Ministério de Minas eEnergia).

Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Ministérioda Agricultura e do Abastecimento).

Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo (Ministério do Esporte eTurismo).

Enap – Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Ministé-rio do Planejamento, Orçamento e Gestão).

Enem – Exame Nacional do Ensino Médio (Ministério da Educação).

Esaf – Escola de Administração Fazendária (Ministério da Fazenda).

ESG – Escola Superior de Guerra (Ministério da Defesa).

ETA – Euskadi Ta Askatasuna, organização terrorista separatista doPaís Basco, Espanha. Use a sigla e a explicação, ignorando o nomeoriginal basco.

FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Ali-mentação (Food and Agriculture Organization), com sede em Roma,Itália.

FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, gerido pelo Codefat – Conse-lho Deliberativo do FAT, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Farc – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, grupo guerri-lheiro colombiano.

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FBI – Birô Federal de Investigação (Federal Bureau of Investigation),com sede em Washington, DC, EUA.

Fed – Banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve), sediadoem Washington, DC, EUA.

Fenabran – Federação Brasileira das Associações de Bancos.

Fenabrave – Federação Nacional dos Distribuidores de VeículosAutomotores.

Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas.

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, subordinado ao Con-selho Curador do FGTS, do Ministério do Trabalho e Emprego.

FGV – Fundação Getúlio Vargas, com sede no Rio de Janeiro.

Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Fifa – Federação Internacional de Futebol (Fédération Internationalede Football Association), sediada em Zurique, na Suíça.

Finep – Financiadora de Estudos e Projetos (Ministério da Ciência eTecnologia).

Finex – Fundo de Financiamento às Exportações.

Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz (Ministério da Saúde).

Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

FMI – Fundo Monetário Internacional (International Monetary Fund –IMF), integrante do sistema das Nações Unidas, com sede em Wa-shington, DC, EUA.

FNDE – Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (Ministé-rio da Educação).

Funai – Fundação Nacional do Índio (Ministério da Justiça).

Fundef – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Funda-mental e de Valorização do Magistério (Ministério da Educação).Atenção: A Agência e o Jornal do Senado usam Fundo do EnsinoFundamental, abreviação adotada pelo MEC.

Fust – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações.

Habitat – United Nations Centre for Human Settlements, que temsede em Nairóbi, Quênia.

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Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu-rais Renováveis (Ministério do Meio Ambiente).

Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (entidadenão-governamental que acompanha a aplicação de verbas públi-cas em projetos sociais no país, elaborando estatísticas que ser-vem de base para estudos de programas alternativos), sediado noRio de Janeiro.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão).

Ibope – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística.

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

IGP/DI – Índice Geral de Preços/Disponibilidade Interna.

IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado.

INCC – Índice Nacional de Custos da Construção.

Incra – Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Minis-tério do Desenvolvimento Agrário).

Indesp – Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto (Minis-tério do Esporte e Turismo).

Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Minis-tério da Educação).

Infraero – Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Minis-tério da Defesa).

Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalizacão e Qualida-de Industrial (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior).

Inpa – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Ministério daCiência e Tecnologia).

INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Ministério da Ciên-cia e Tecnologia).

Inpi – Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social (Ministério da Previdênciae Assistência Social).

IPA – Índice de Preços por Atacado.

IPC – Índice de Preços ao Consumidor.

IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão).

Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

IRA – Irish Republican Army (Exército Republicano Irlandês), Belfast,Irlanda.

IRB – Brasil Resseguros S. A. (Ministério da Fazenda).

ISO – International Organization for Standardization (Organização In-ternacional de Normatização). A sigla reproduz o prefixo grego“iso”, de “isos”, que significa igual.

IVC – Instituto Verificador de Circulação.

MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Nafta – Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NorthAmerican Free Trade Agreement).

Nasa – National Aeronautics and Space Administration (Administra-ção Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA).

OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, sediada em Brasília.

OCDE – Organização Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

OEA – Organização dos Estados Americanos (Organization of AmericanStates), com sede em Washington, DC, EUA.

OIT – Organização Internacional do Trabalho (International LabourOrganization), que tem sede em Genebra, Suíça.

OLP – Organização para a Libertação da Palestina.

OMC – Organização Mundial do Comércio (World TradeOrganization), que consolidou em uma única organização os sig-natários do extinto Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt). Temsede em Genebra, Suíça.

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Ompi – Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WorldIntellectual Property Organization), integrante do sistema das Na-ções Unidas, com sede em Genebra, Suíça.

OMS – Organização Mundial da Saúde (World Health Organization),integrante do sistema das Nações Unidas, sediada em Genebra,Suíça.

ONG – Organizacão não-governamental.

ONU – Organização das Nações Unidas (United Nations), com sedeem Nova York.

Opas – Organização Pan-Americana de Saúde (Pan American HealthOrganization), que tem sede em Washington, DC, EUA. Entidaderegional da OMS.

Opep – Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Organizationof the Petroleum Exporting Countries), com sede em Viena, Áustria.

Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte (North AtlanticTreat Organization).

Pasep – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público,administrado pelo Banco do Brasil.

Petrobras – Petróleo Brasileiro S. A., vinculada ao Ministério de Mi-nas e Energia. A sigla perdeu o acento para simplificar as opera-ções da empresa no mercado internacional de ações.

PIB – Produto Interno Bruto.

PIS – Plano de Integração Social.

PME – Pesquisa Mensal de Emprego.

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UnitedNations Development Programme), que tem sede em Nova York.

Procon – Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor. Nosestados, tem o nome de Procuradoria de Defesa do Consumidor.

Proer – Programa de Estímulo à Reestruturação e Fortalecimento doSistema Financeiro Nacional.

Pronai – Programa Nacional de Apoio à Infância.

Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

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Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.

Senad – Secretaria Nacional Antidrogas (Presidência da República).

Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

Serpro – Serviço Federal de Processamento de Dados (Ministério daFazenda).

Sesc – Serviço Social do Comércio.

Sesi – Serviço Social da Indústria.

Simples – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribui-ções das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte. A Agên-cia usa a forma simplificada Sistema Integrado de Pagamento deImpostos. A referência à pequena e microempresa deve estar clarano texto da matéria.

Sistema S – Conjunto dos serviços sociais e de aprendizagem dostrabalhadores (Senai, Sesc, Sesi, Senac).

Sivam – Sistema de Vigilância da Amazônia (Ministério da Defesa).

STF – Supremo Tribunal Federal (órgão máximo do Poder Judiciário, nãodeve ser confundido com os tribunais superiores: STJ, TST, TSE e STM).

STJ – Superior Tribunal de Justiça.

STJD – Superior Tribunal de Justiça Desportiva (órgão da iniciativaprivada).

STM – Superior Tribunal Militar.

Suframa – Superintendência da Zona Franca de Manaus (Ministériodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Susep – Superintendência de Seguros Privados (Ministério da Fazenda).

TCU – Tribunal de Contas da União (órgão do Poder Legislativo).

TJ – Tribunal de Justiça; Tribunal do Júri.

TRE – Tribunal Regional Eleitoral.

TRT – Tribunal Regional do Trabalho.

TSE – Tribunal Superior Eleitoral.

TST – Tribunal Superior do Trabalho.

Ubes – União Brasileira de Estudantes Secundaristas.

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UDR – União Democrática Ruralista, com sede em Brasília.

UE – União Européia (European Union), antiga Comunidade Econô-mica Européia, tem sua sede em Bruxelas, Bélgica.

UIT – União Internacional de Telecomunicações.

UNE – União Nacional dos Estudantes.

UNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e De-senvolvimento (United Nations Conference on Trade andDevelopment). Sede em Genebra, Suíça.

UNDCP – Programa das Nações Unidas para o Controle Internacionalde Drogas (United Nations International Drug Control Programme),com sede em Viena, Áustria.

Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciênciae Cultura (United Nations Educational, Scientific and CulturalOrganization), sediada em Paris, França.

Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância (United NationsChildren’s Fund), que tem sede em Nova York.Atenção: evite o erro comum de tratar a sigla pelo gênero femini-no, já que se trata de um fundo – diz-se “o Unicef” e não “a Unicef”.

Unido – Organização das Nações Unidas para o DesenvolvimentoIndustrial (United Nations Industrial Development Organization),com sede em Viena, Áustria.

SENADO FEDERAL

CAE – Comissão de Assuntos EconômicosCAS – Comissão de Assuntos SociaisCCJ – Comissão de Constituição, Justiça e CidadaniaCE – Comissão de EducaçãoCFC – Comissão de Fiscalização e ControleCI – Comissão de Serviços de Infra-EstruturaCRE – Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional

Atenção: as siglas a seguir, usadas em documentos do Senado,da Câmara e do Congresso, não devem ser usadas em textos daAgência e do Jornal

DIV – Diversos

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INS – IndicaçãoMSF – Mensagem do Senado FederalOFS – Ofício SFPDS – Projeto de decreto legislativo do SenadoPEC – Proposta de emenda à ConstituiçãoPDL – Projeto de decreto legislativoPLC – Projeto de lei da CâmaraPLC/COMPL – Projeto de lei da Câmara complementarPLS – Projeto de lei do SenadoPLS/COMPL – Projeto de lei do Senado complementarRQS – RequerimentoPRS – Projeto de resolução SFRQJ – Requerimento CCJ

CONGRESSO NACIONAL

CMPOPF – Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fis-calização. A Agência e o Jornal do Senado adotam ComissãoMista de Orçamento (CMO), ao fazer referência a esse órgãodo Congresso Nacional.

DVN – Diversos CNMPV – Medida provisóriaMSG – Mensagem do CNOFN – Ofício CNPDN – Projeto de decreto legislativo CNPLN – Projeto de lei do CNPLV – Projeto de lei de conversãoPRN – Projeto de resolução CNRQN – Requerimento do Congresso NacionalVET – Veto

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COM – ConsultaINC – IndicaçãoMSC – Mensagem

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

OF. – OfícioPC – ParecerPDC – Projeto de decreto legislativoPEC – Proposta de emenda à ConstituiçãoPFC – Proposta de fiscalização e controlePL – Projeto de leiPLN – Projeto de lei do CongressoPLP – Projeto de lei complementarPRA – Projeto de resolução AssembléiaPRC – Projeto de resoluçãoRCM – Requerimento de comissão mistaRCP – Requerimento de CPIREP – RepresentaçãoRIC – Requerimento de informaçãoRQC – Requerimento de convocaçãoSIT – Solicitação de informação ao TCU

PARTIDOS POLÍTICOS

PCdoB – Partido Comunista do BrasilPDT – Partido Democrático TrabalhistaPFL – Partido da Frente LiberalPHS – Partido Humanista da SolidariedadePL – Partido LiberalPMDB – Partido do Movimento Democrático BrasileiroPPB – Partido Progressista BrasileiroPPS – Partido Popular SocialistaProna – Partido da Reedificação da Ordem NacionalPRTB – Partido Renovador Trabalhista BrasileiroPSB – Partido Socialista BrasileiroPSC – Partido Social CristãoPSDB – Partido da Social Democracia BrasileiraPSL – Partido Social LiberalPST – Partido Social Trabalhista

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PT – Partido dos TrabalhadoresPTB – Partido Trabalhista BrasileiroPTN – Partido Trabalhista NacionalPV – Partido Verde

EXPRESSÕES EM LATIM

Ad hoc – para um fim específico.Ad hominem – para uma determinada pessoa.Ad nutum – sem estabilidade. Ex.: “servidores nomeados segundo

critério de confiança, exoneráveis ad nutum”.Ex lex – segundo a lei.Ex oficio – oficialmente.Grosso modo – aproximadamente, de forma imprecisa. Não pede

preposição: “Isso corresponde, grosso modo, ao desempregode 100 funcionários” e não “corresponde, a grosso modo, aodesemprego de 100 funcionários”.

Habemus papam – “temos papa”.Honoris causa – designa títulos honorários; escreve-se com inici-

ais minúsculas.Ipso facto – pelo próprio fato.Pro labore – remuneração por algum serviço.Pro tempore – por certo tempo.

OUTRAS LÍNGUAS

Attorney general – Nos EUA, procurador-geral, titular do Departa-mento de Justiça.

Button – Botão, usado como sinônimo de “distintivo” ou “emble-ma” (nas campanhas políticas, por exemplo). Deve usar-se pre-ferivelmente a tradução em português.

Casualty – Baixa em combate.Container – Recipiente que acondiciona carga para transporte, com

o objetivo de facilitar o manejo. Use em português “contêiner”,plural “contêineres”.

Delicatessen – Loja de produtos comestíveis finos. Não tem plural.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Department – Nos Estados Unidos, designa os órgãos equivalen-tes aos ministérios no Brasil. Deve-se traduzir por “departa-mento” e não “ministério”. O State Department correspondeao Ministério das Relações Exteriores.

Dopping – Consumo de substância proibida (estimulantes,diuréticos) em competições esportivas.

Esprit de corps – Espírito de equipe. Não tem o sentido pejorativoimplícito em “corporativismo”.

Facility – Atenção para os casos em que a palavra significa instala-ção física de empresa, órgão de governo etc. Pode ser sinônimode administração se aparece no nome de uma entidade públi-ca: St Lawrence Seaway Facility. Neste caso, trata-se da admi-nistração das águas fluviais de St Lawrence River.

House of Representatives – EUA. Traduz-se por “Câmara de Re-presentantes”; equivale à Câmara dos Deputados brasileira.

Impeachment – Destituição legal, por meio de processo legislativo,do ocupante de cargo no Executivo.

Insider – Quem tem acesso privilegiado.Intelligence – Significa inteligência, quando atributo individual;

como atividade no campo da espionagem, a tradução correta é“informação”.

Justice – Membro da Suprema Corte dos EUA. Em português, “mi-nistro”.

Marchand – Comerciante de obras de arte.Marine – Fuzileiro naval norte-americano.Nomination – Indicação. Não significa nomeação.Rainbow Warrior – Navio da entidade ambiental internacional

Greenpeace.Socialite – A Agência Senado não usa a palavra, que deve estar

restrita às colunas sociais. Adote “pessoa da sociedade”.Stress – Use em português, estresse, para referir-se ao desgaste

sofrido pelo indivíduo devido a impactos físicos ou psíquicos.Waiver – Defina o termo, quando citado em uma matéria, como

“dispensa de exigência contratual”. Aplica-se a contratos entrepaíses ou instituições.

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

OUTRAS INFORMAÇÕES

Divisão do ensino no Brasil:Educação InfantilEducação Básica: Ensino Fundamental (1ª à 8ª série) e Ensino Mé-

dio (três anos)Educação Superior

Mundo:Hezbollah – Grupo extremista islâmico do Líbano, financiado pelo

Irã e apoiado pela SíriaHamas – Grupo extremista palestinoJihad Islâmico – Grupo extremista palestinoFatah – Grupo político de Yasser Arafat e principal facção da Or-

ganização para a Libertação da Palestina (OLP)Tanzim – Braço armado do FatahYom Kippur – Dia do Perdão, data mais sagrada do calendário

judaico, é reservado exclusivamente à oração e ao jejumFarc – Grupo guerrilheiro denominado Forças Armadas Revolucio-

nárias da Colômbia

ENDEREÇOS INTERESSANTES NA INTERNET

Abin – Agência Brasileira de Inteligência – http://www.abin.gov.brAgência Estado – http://www.aestado.com.brAgência Folha – http://www.uol.com.br/folhaAlca – Área de Livre Comércio das Américas (Free Trade of Americas

– FFTA) – http://www.ftaa.alca.orgAltavista – http://www.altavista.com – Este site norte-americano

de busca na Internet é um dos mais abrangentes. Possui tam-bém uma versão nacional, porém não tão completa quanto aoriginal.

AJR Newslink – http://www.ajr.newslink.org – Portal para pesqui-sa de jornais e revistas de todo o mundo

Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações – http://www.anatel.gov.br

Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica – http://www.aneel.gov.br

Page 135: SENADO - Manual de Redacao Da Agencia Senado e Do Jornal Do Senado

135

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

ANP – Agência Nacional do Petróleo (Ministério de Minas e Ener-gia) – http://www.anp.gov.br

Anistia Internacional – http://www.utopia.com.br/anistiaANVS – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Ministério da

Saúde) – http://www.anvs.gov.brApec – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico – http://

www.aseansec.orgThe Associated Press – http://www.ap.orgBanco Central do Brasil – http://www.bacen.gov.brBBC – http://www.bbc.co.uk/portuguese – Versão brasileira da pá-

gina da British Broadcasting CorporationBCN – Banco Central Europeu (European Central Bank – ECB),

sede em Frankfurt, Alemanha – http://www.ecb.intBID – Banco Interamericano de Desenvolvimento (Inter-American

Development Bank), sede em Nova York, EUA – http://www.iadb.org

Bird – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento –Banco Mundial (International Bank for Reconstruction andDevelopment – World Bank,), integrante do sistema das NaçõesUnidas, sede em Washington, DC, EUA – http://www.worldbank.org

BIS – Banco para Compensação Internacional (Bank for InternationalSettlements), sede na Basiléia, Suíça – http://www.bis.org

Bloomberg – http://www.bloomberg.com – Agência de notícias einformações financeiras

BNDES – http://www.bndes.gov.br – O Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social, além de outros dados, ofe-rece um quadro completo sobre o programa de privatizações,com a agenda da venda de empresas públicas e o resultado dasoperações já finalizadas

Cadê – http://www.cade.com.br – PesquisaCâmara dos Deputados. http://www.camara.gov.br – A Câmara dos

Deputados construiu uma página de fácil navegação, onde ésimples pesquisar a tramitação de um projeto, confirmar nomee partido dos deputados

Caricom – Mercado Comum e Comunidade do Caribe – http://www.caricom.org

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136

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Cepal – Comissão Econômica para a América Latina e Caribe(Comissión Económica para América Latina y el Caribe), integrao sistema ONU, sede em Santiago, Chile – http://www.eclac.org

CGT- Confederação Geral dos Trabalhadores, sede em São Paulo– http://www.cgt.org.br

CIA – http://www.cia.gov – Na home page da agência de informa-ção norte-americana está disponível o The World Factbook, quepode ser útil na hora de citar, por exemplo, o chanceler de umpaís pouco conhecido. A publicação, completa e atual, informasobre dados estatísticos, geográficos, nomes dos governantes,constituição dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário detodos os países do mundo

CNN – http://www.cnnbrasil.com – Edição em português da empresade comunicação norte-americana Cable News Network (CNN)

Comando da Aeronáutica – http://www.aer.mil.brComando do Exército – http://www.exercito.gov.brComando da Marinha – http://www.mar.mil.brConselho da Justiça Federal – http://www.cjf.gov.brCTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (Ministé-

rio da Ciência e Tecnologia ) – http://www.ctnbio.gov.brCUT – Central Única dos Trabalhadores, sede em São Paulo -http:

//www.cut.org.brDeutsche Welle – http://www.dwelle.de/brasil – Emissora interna-

cional Deutsche Welle, da Alemanha, em portuguêsDieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Só-

cio-Econômicos, sede em São Paulo – http://www.dieese.org.brDireitos Humanos – http://www.dhnet.org.br – Rede de Telemática

Direitos Humanos & Cultura, filiada ao Movimento Nacionalde Direitos Humanos. Além de informações sobre o tema, oportal dá acesso a sites em português sobre D.H.

ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – http://www.correios.com.br

Eletrobrás – http://www.eletrobras.gov.brEmbrapa – http://www.embrapa.brFAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimen-

tação (Food and Agriculture Organization) – http://www.fao.org

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137

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Farol Jurídico – http://www.faroljuridico.com.br – Portal sobre Di-reito

Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – http://www.fiesp.org.br

FMI – Fundo Monetário Internacional – http://www.imf.orgForça Sindical – Entidade sindicalista – http://www.fsindical.org.brFurnas – http://www.furnas.gov.brGlobo – http://www.globo.comGoverno federal – http://www.redegoverno.gov.br – Essa página

do governo federal possibilita pesquisar sobre qualquer assun-to em todos os endereços do Executivo na Internet, por meio deum sistema de busca por palavras

Greenpeace – http://www.greenpeace.orgHotbot – http://www.hotbot.comIbama – http://www.ibama.gov.brIbase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – http://

www.ibase.br – Entidade não-governamental que acompanhaa aplicação de verbas públicas em projetos sociais do país, ela-borando estatísticas que servem de base para estudos de pro-gramas alternativos, com sede no Rio de Janeiro

IBGE – http://www.ibge.gov.br – Site de navegação fácil do Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística, oferece o Sistema IBGEde Recuperação Automática (Sidra) com dados estatísticosabrangentes e detalhados (Ex.: número de divórcios no Brasil),entre outros recursos de pesquisa

Ibope – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – http://www.ibope.com.br – É a empresa pioneira de pesquisa na Amé-rica Latina. O grupo Ibope reúne divisões especializadas emfornecer informações para a tomada de decisões nas áreas demarketing, propaganda, mídia, política e governo

Imprensa Nacional – http://www.in.gov.brIncra – Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Mi-

nistério do Desenvolvimento Agrário) http://www.incra.gov.brIpea – http://www.ipea.gov.br – O Instituto de Pesquisa Econômi-

ca Aplicada dispõe do sistema Ipeadata com informações sobrebalança comercial, necessidade de financiamento do setor pú-blico, número de trabalhadores da indústria ou consumo deenergia no país

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138

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional http://iphan.gov.br

ISO – International Organization for Standardization (OrganizaçãoInternacional de Normatização) – http://www.iso.ch

Mercosul – http://www.mercosul.orgMetaminer – http://metaminer.com.brMinistério da Agricultura e do Abastecimento – http://

www.agricultura.gov.brMinistério da Ciência e Tecnologia – http://www.mct.gov.brMinistério das Comunicações – http://www.mc.gov.brMinistério da Cultura – http://www.minc.gov.brMinistério da Defesa – http://www.defesa.gov.brMinistério do Desenvolvimento Agrário – http://www.incra.gov.brMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -

http://www.mdic.gov.brMinistério da Educação – http://www.mec.gov.brMinistério do Esporte e Turismo – http://www.met.gov.brMinistério da Fazenda – http://www.fazenda.gov.brMinistério da Integração Nacional. – http://integração.gov.brMinistério da Justiça – http://www.mj.gov.brMinistério do Meio Ambiente – http://www.mma.gov.brMinistério de Minas e Energia – http://www.mme.gov.brMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão – http://

www.planejamento.gov.brMinistério da Previdência e Assistência Social – http://

www.previdenciasocial.gov.brMinistério das Relações Exteriores – http://www.mre.gov.br – Além

de link para as home pages das embaixadas, consulados e dele-gações no exterior, o site apresenta a lista do corpo diplomáticoem serviço no Brasil e organismos internacionais. Contém ain-da o interessante CD-ROM Brasil em Foco, painel do país, comaspectos da cultura e da formação do povo

Ministério da Saúde – http://www.saude.gov.brMinistério do Trabalho e Emprego – http://www.mte.gov.brMinistério dos Transportes – http://www.transportes.gov.br

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139

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Eco-nômico – http://www.oecd.org

OEA – Organização dos Estados Americanos – http://www.oea.orgOIT – Organização Internacional do Trabalho – http://www.ilo.orgOMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual (World

Intellectual Property Organization), integrante do sistema dasNações Unidas, sede em Genebra, Suíça. http://www.wipo.int

OMS – Organização Mundial da Saúde – http://www.who.intONU – http://www.un.org – página oficial da ONU – http://

www.unsystem.org. Portal oficial de acesso aos sites da ONU(Nações Unidas) e seus organismos especializados

Petrobras – Petróleo Brasileiro S. A. (Ministério de Minas e Ener-gia) – http://www.petrobras.com.br

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(United Nations Development Programme), sede em Nova York.http://www.undcp.org.br

Presidência da República – http://www.planalto.gov.br – A páginada Presidência da República dá acesso a todos os links do go-verno, além de disponibilizar os textos de medidas provisórias,decretos e outros documentos do Executivo. Há também umapágina com os dados oficiais de indicadores sociais

Radar UOL – http://www.radaruol.com.brRadiobras – http://www.radiobras.gov.brReuters – http://www.reuters.comSenado Federal. http://www.senado.gov.br – O site do Senado Fe-

deral, além de guardar o arquivo de matérias da Agência e deexemplares do Jornal do Senado, oferece múltiplas possibilida-des de pesquisa sobre a atuação dos senadores, seja nas homepages de cada um deles, no Diário do Senado, no Senadores naMídia, ou ainda usando o recurso de pesquisa

Serpro – Serviço Federal de Processamento de Dados – http://www.serpro.gov.br

STJ – Superior Tribunal de Justiça – http://www.stj.gov.brSTF – Supremo Tribunal Federal – http://www.stf.gov.brTCU – Tribunal de Contas da União – http://www.tcu.gov.brTSE – Tribunal Superior Eleitoral – http://www.tse.gov.brTST – Tribunal Superior do Trabalho – http://www.tst.gov.br

Page 140: SENADO - Manual de Redacao Da Agencia Senado e Do Jornal Do Senado

140

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

UIT – União Internacional de Telecomunicações http://www.itu.intUNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e

Desenvolvimento (United Nations Conference on Trade andDevelopment), sede em Genebra, Suíça. http://unctad.org

UNDCP – Programa das Nações Unidas para o Controle Interna-cional de Drogas (United Nations International Drug ControlProgramme), sede em Viena, Áustria. http://www.undcp.org.br

Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciênciae Cultura (United Nations Educational, Scientific and CulturalOrganization), sede em Paris, França – http://www.unesco.org

União Européia – UE (European Union), antiga Comunidade Eco-nômica Européia, sede em Bruxelas, Bélgica – http://www.europa.eu.int

Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância (United NationsChildren’s Fund), sede em Nova York. Atenção: evitar o errocomum de tratar a sigla pelo gênero feminino, já que se trata deum fundo – diz-se “o Unicef” e não “a Unicef” – http://www.unicef.org.br

Unido – Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimen-to Industrial (United Nations Industrial DevelopmentOrganization), sede em Viena, Áustria – http://www.unido.org

Yahoo – http://www.yahoo.com (inglês) – http://www.yahoo.com.br(português)

Zeek – http://www.zeek.com.br

Page 141: SENADO - Manual de Redacao Da Agencia Senado e Do Jornal Do Senado

BIBLIOGRAFIA

PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS

ALMANAQUE ABRIL 2000: Brasil. São Paulo : Abril, 2000. 433 p. il.ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questõesvernáculas. 3ª ed., São Paulo : Ática, 1996. 618 p._________. Gramática metódica da língua portuguesa. 40ª ed. SãoPaulo : Saraiva, 1995. 658 p.ASSAF, Alexandre Neto. Mercado financeiro. 3ª ed., São Paulo :Atlas, 2000. 340 p.AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa.2ª ed. brasileira, Rio de Janeiro : Delta, 1964. 5 v. il.BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed., Riode Janeiro : Lucerna, 1999. 669 p.BERGO, Vittorio. Erros e dúvidas de linguagem. 6ª ed., Rio de Ja-neiro : Editora Francisco Alves, 1986.BRASIL. Congresso. Regimento comum. Resolução n. 1, de 1970-CN,com alterações posteriores, até 1994: legislação conexa. Brasília : Con-gresso Nacional, 1997. 122 p.BRASIL. Congresso. Senado Federal. Regimento interno. Resoluçãon. 93, de 1970: texto editado em conformidade com a resolução n.18, de 1989, consolidado com as alterações decorrentes das resolu-ções posteriores, até 1998. Brasília : Senado Federal, 1999. 2 v.BRASIL. Congresso. Senado Federal. Instituto Legislativo Brasilei-ro. Manual de processo legislativo. 3ª ed., Brasília, 2000. 113 p.BRASIL, Constituição (1988). Constituição da república federativado Brasil : texto constitucional promulgado em 5 de outubro de

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142

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1988, com as alterações adotadas pelas emendas constitucionaisn. 1/92 a 26/2000 e pelas emendas constitucionais revisão n. 1 a6-94. Brasília : Senado Federal. Secretaria Especial de Editoração ePublicações. Subsecretaria de Edições Técnicas, 2000. 370 p.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dificuldades da lín-gua portuguesa. 3ª impressão. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1996.368 p.

_______. Novíssima gramática da língua portuguesa. 19ª ed., SãoPaulo : Companhia Editora Nacional, 1978.

_______. Novíssima gramática da língua portuguesa. 35ª ed. SãoPaulo : Companhia Editora Nacional, 1992. 556 p.

CUNHA, Antonio Geraldo da. Dicionário etimológico Nova Fron-teira da língua portuguesa. 2ª ed., 8. impressão, Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 1997. 101 p.

CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo. 2ª ed.,Belo Horizonte : Bernardo Álvares, 1971. 496 p.

CUNHA, Celso e CINTRA, L. F. Lindley. Nova gramática do por-tuguês contemporâneo. 2ª ed., 40. impressão, Rio de Janeiro : NovaFronteira, 1985.

DOWNES, John e GOODMAN, Jordan Elliot. Dicionário de ter-mos financeiros e de investimento. Nova York : Nobel, 1985.

FERNANDES, Francisco. Dicionário de sinônimos e antônimos dalíngua portuguesa. 33ª ed. revista e ampliada por Celso Pedro Luft,de acordo com a ortografia oficial brasileira, São Paulo : Globo,1993. 870 p.

________. Dicionário de regimes substantivos e adjetivos. 22ª ed.,São Paulo : Globo, 1993. 384 p.

________. Dicionário de verbos e regimes. 41ª ed., São Paulo :Globo, 1996. 606 p.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo dicionário da lín-gua portuguesa. 2ª ed. rev. e aum., Rio de Janeiro : Nova Fronteira,1986. 1836 p.

GARCIA, Luiz (Org.). Manual de redação e estilo. 26ª ed., SãoPaulo : Globo, 1999. 246 p.

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GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna. 2ª ed.,4. tiragem, Rio de Janeiro : Fundação Getúlio Vargas, 1973. 502 p.

INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. 2ª ed.,São Paulo : Scipione, 1995. 575 p.

KOOGAN, Abrahão e HOUAISS, Antonio. Enciclopédia e dicio-nário ilustrado. 4ª ed. Rio de Janeiro : Delta, 1999. 1730 p. il.

LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 33ª edi-ção, Rio de Janeiro : J. Olympio, 1996. 553 p.

LOPES, Luiz Martins, Vasconcellos, M. A. Sandoval de. et. al. Ma-nual de macroeconomia, São Paulo : Atlas, 1998.

LUFT, Celso Pedro. Grande manual de ortografia Globo. Rio deJaneiro : Globo, 1985.

________. Novo guia ortográfico. 25ª ed., São Paulo : Globo, 1995.156 p.

LUFT, Celso Pedro et al. Novo manual de português. 3ª ed., SãoPaulo : Globo, 1996. 590 p. il.

MANUAL DE PADRONIZAÇÃO DE TEXTOS: normas básicas deeditoração para a elaboração de originais, composição e revisão.Brasília, Senado Federal. Secretaria Especial de Editoração e Publi-cações, 1997. 133 p.

MARTINS, Eduardo (Org.). Manual de redação e estilo. 3ª ed., SãoPaulo : O Estado de S. Paulo, 1997. 400 p.

MENDES, Gilmar Ferreira. Manual de redação da Presidência daRepública. Brasília : Presidência da República, 1991. 320 p.

MICHAELIS: Moderno dicionário da língua portuguesa. 2ª ed. SãoPaulo : Melhoramentos, 1998. 2259 p.

NOÇÕES DE DIREITO PARA JORNALISTAS: Guia prático. São Pau-lo, Justiça Federal, Seção Judiciária do estado de São Paulo, 2001.

NOVO MANUAL DA REDAÇÃO. 8ª ed., São Paulo : Folha de S.Paulo, 1998. 331 p. il.

PEQUENO VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA POR-TUGUESA. Rio de Janeiro : Academia Brasileira de Letras, 1943,revisto em 1972. 1342 p.

Page 144: SENADO - Manual de Redacao Da Agencia Senado e Do Jornal Do Senado

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

SACCONI, Luiz Antonio. Não erre mais!. 10ª ed., São Paulo : Ática,1987. 296 p.

________. Gramática essencial ilustrada. São Paulo : Atual, 1995.402 p.

SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 2ª ed.,São Paulo : Best Seller, 1999, 649 p.

SANCHES, Oswaldo Maldonado. Dicionário de orçamento, pla-nejamento e áreas afins. Brasília : Prisma, 1997. 295 p.

SAVIOLI, Francisco e FIORIN, José Luiz. Manual do candidato :português – instituto Rio Branco. Brasília : Funag, 1995. 327 p.

TUFANO, Douglas. Estudos de língua portuguesa gramática. 3ªed., São Paulo : Moderna, 1995. 232 p.

THE WORLD ALMANAC: and Book of Facts 1999. New York,1999.

Page 145: SENADO - Manual de Redacao Da Agencia Senado e Do Jornal Do Senado

ÍNDICE

A@, 30

A fim de/afim, 69À medida que/na medida em que, 69

A meu ver, 69

A par/ao par, 70

A ponto de, 70A princípio/em princípio, 70

Abreviaturas, 21, 67

Abuso de poder, 109

Abuso do poder econômico, 109Ação, 110

civil pública, 110declaratória de constitucionalidade(ADC), 110direta de inconstitucionalidade(Adin), 110popular, 110rescisória, 110

Acentuação, 68

Aconselhar, 69

Acórdão, 110Acusar, 69

Ad hoc, 132

Ad hominem, 132

Ad nutum, 132

Adequação, 30

Adiamentode discussão, 39de votação, 40

Adjetivos, 13

Advertir, 69Advocacia Geral da União, 110

Agência Senadocriação, 7filosofia, 8

Agências reguladoras, 87

Ágio, 87Agradar, 69

Agravo de instrumento, 111

Agregados monetários, 87

Alca, 88Alertar, 69

Algarismos romanos, 27

Amex, 88

Anais do Senado, 24Anexos, 119

Anistia, 111

Antecipação de receita orçamentária(ARO), 88

Anti, 69Ao invés de/em vez de, 70

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Ao nível de/em nível, 70

Aonde/onde, 70Aparte(s), 13, 40

Apelação, 111

Apelar, 70

Apelido, 22, 23Apontar, 70

Apresentação da proposição, 40

Área de livre comércio, 88

ARO, 88Aspas, 13, 70

Assistir, 71

Ataque especulativo, 88

Até as/até às, 71Atender, 71

Ativo, 88financeiro, 89

À-toa/à toa, 71Através de, 71

Attorney General, 132

Audiência pública, 40Auditar, 89

Auditoria, 89

Autarquia, 89

Autógrafo, 40Autor, 111

Autoridades monetárias, 89

Avulsos, 40

BBalança comercial, 89

Balança de serviços, 89

Balanço de pagamentos, 90

Banco Central do Brasil, 90Base monetária, 90

BCE (Banco Central Europeu), 90

BID (Banco Interamericano de Desen-volvimento), 91

Bird (Banco Internacional de Recons-trução e Desenvolvimento), 91

BIS, 91

Bloco parlamentar, 41

Blue-chips, 91

BM&F, 91BNDES, 91

Bolsa de valores, 91

Bond, 92

Bovespa, 92Boxe, 14, 34

Brady bonds ou Brady’s, 92

Button, 132

CCade, 92

Capítulos de livros, 23

Cárcere privado, e sequestro, 117

Cargos e funções, 21Carta precatória, 111

Carta rogatória, 111

Cartel, 92

Casa Revisora, 41Casualty, 132

Cerca de/mais de/menos de/perto de, 71

Ciclos de debates, 25

Cidades, 21Citação, 111

Citações, 14

Cofins, 92

Coisa julgada, 111Coletivo (concordância), 71

Comentar, 71

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147

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Contingenciar, 94

Contrabando, 111Contravenção, 111

Convenções, 21

Conversão de dívida, 94

Convite, 47Convocação

de autoridade, 48extraordinária, 48

Copom, 94

Corregedoria do Senado, 48

Corretor ortográfico, 30

Crase, 73Crédito

subsidiado, 94suplementar, 95

Crime doloso, 112

Crimes

contra a honra, 112inafiançáveis, 112

Culpa, 112

Custo Brasil, 95

DDatas, 27

De encontro a/ao encontro de, 74

De o/de ele/de aquele, 74

Dealer, 95Debênture, 95

Decisões, 14

Declaração de voto, 49

DeclaraçõesVer Citações, 14

Decreto legislativo, 49

Decreto, 49

Default, 95Defender, 74

Comissão de Valores Mobiliários(CVM), 93

Comissão Diretora, 41Comissão do Mercosul, 42

Comissão Mista de Planos, Orçamen-tos Públicos e Fiscalização, 42

Comissão parlamentar de inquérito(CPI), 42

Comissão Representativa, 43Comissões, 43

mistas, 44permanentes, 44temporárias, 45

Commodity (Commodities), 93

Comodato, 111Comparecimento de ministro, 45

Competênciaexclusiva do Congresso, 46privativa da Câmara dosDeputados, 46privativa do Senado, 46

Comprometer-se, 71Concordância nominal, 72

Concordata, 93

Congratular, 72

Congresso Nacional, 47Congressos, 25

Conhecimentosgerais, 68jurídicos, 109

Conselho de Ética e Decoro Parla-mentar, 47

Conselho Monetário Nacional(CMN), 93

Constituir, 72Container, 132

Contestação, 111

Contingenciamento, 94

Page 148: SENADO - Manual de Redacao Da Agencia Senado e Do Jornal Do Senado

148

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Defensoria Pública da União, 112

Déficit, 96em conta corrente, 96em transações correntes, 96nominal, 96

Deliberação terminativade comissão, 49

Delicatessen, 132

Demais, 75Denegação, 112

Dentre, 75

Denúncia, 112

Department, 133Depósito compulsório, 96

Deságio, 97

Descaminho, 112

Desembargador, 112Desenvolvimento

sustentável, 97sustentado, 97

Despacho, 112

Dia-a-dia/dia a dia, 75

Discurso(s)dados como lidos, 50direto, 15indireto, 15

Discussão de proposição, 50

Dívidaexterna, 97interna, 97

Divisão do ensino no Brasil, 134

Documentos públicos, 26Dona, 22

Dopping, 133

Dotação orçamentária (rubrica), 97

Doutor, 22Doutrinas, 26

Dow Jones, 98

Dumping, 98

EEconomia, 87

Edição, 29na Agência, 30no Jornal, 33por assunto, 30normas gerais de, 33normas específicas de, 34normas operacionais de, 36

Editor, 31

EducaçãoVer Divisão do ensino no Brasil, 134

Efeito vinculante, 113

Elisão fiscal, 98

Em cores, 75

Em face do, 75Em que pese a, 75

Emenda constitucional, 50

Ementa, 15Empresas e instituições, 24

Endereços, 21

Entidades, 24

Espaço, 31Esprit de corps, 133

Estabelecimentos, 24

Estado, 25de direito, 26de sítio, 26

Estados, 21(uso do artigo), 75

Estelionato, 113

Estória, 75

Etc., 75Ética, 10

Page 149: SENADO - Manual de Redacao Da Agencia Senado e Do Jornal Do Senado

149

Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Evasão fiscal, 98

Eventos esportivos e culturais, 24Ex lex, 132

Ex nunc, 113

Ex ofício, 132

Ex tunc, 113Exatidão, 15

Execução, 113

Expressões em latim, 132

Expressões jurídicasVer Conhecimentos jurídicos, 109

Ex-senador, 15

FFacility, 133Factoring, 98

Farc, 134

Fast track, 98Fatah, 134

Fazer, 75

Festas e datas religiosas, 24

Fiança, 113Fluxo/fechamento, 36

FMI, 98

FOB (preço FOB), 99

Formas de tratamento, 22Fórum(ns), 25, 75

Fotos, 35Identificação de, 35

Frações, 27Fraude, 99Fundação, 99Fundo, 25Furto, 113

GGentílicos, 26Gírias, 23

Graça, 113

Grosso modo, 132

HHabeas corpus, 113

Habeas data, 113

Habemus papam, 132

Hamas, 134Hasta pública, 113

Haver, 75

Hedge, 99

Hezbollah, 134Hierarquizar os fatos, 15

Hífen, 84em cargos, 22

Hipoteca, 113

Holding, 99

Home page do Senado, 31

Honoris causa, 132Hora do expediente, 51

Horas do dia, 27

House of Representatives, 133

Humanidade, 25

IIlustrações, 35

Impeachment, 133

Implicar, 76Indicação, 51

Índice de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA), 99

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Índice Geral de Preços,/Disponibilidade Interna (IGP/DI), 100do Mercado (IGP-M), 100

Indulto, 113Infinitivo pessoal e impessoal, 76Infográficos, 16, 35Informação

consulta prévia de, 14Inquérito, 114Insider, 133Intelligence, 133Internet, 31

Endereços interessantes na, 134Interstício, 52Intimação, 114Ipso fato, 132Itálico, 31

e negrito, 23

JJihad Islâmico, 134Jornal do Senado

Criação, 7Filosofia do, 8

Juiz, 114Juizados especiais, 114Justiça

do Trabalho, 114Eleitoral, 114estadual, 115Federal, 115Militar, 115

Justice, 133

LLead, 16Leasing, 100Legislatura, 52Lei Camata, 100

Lei complementar, 52Lei de Diretrizes Orçamentárias

(LDO), 53, 101Lei delegada, 53

Lei Kandir, 101

Lei Orçamentária Anual (LOA), 54, 101

Lei ordinária, 53Lembrar, 77

Liberdade provisória, 115

Lidão, 16

Líder, 54Liminar, 115

Livramento condicional, 115

Lobby, 101

Lobismo, 101

MMais bem feito, 77

Maiúsculas, 23

Mal, 77Mandado

de injunção, 115de segurança, 116

Manifestar, 77

Mapa diário de matériasVer Relatório, 32

Marchand, 133

Marine, 133

Matériasinstitucionais, 17em seqüência ou sobre o mesmotema, 36

Medida cautelar (ou preventiva), 116

Medida provisória, 17, 54Meios de pagamento, 101

Mercosul, 102

Mesa do Congresso, 56

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Mesa do Senado, 57

Ministério(s) (uso de minúsculas), 26Ministério Público, 116

Ministro, 116

Minúsculas, 26

Modalidades de votação, 57Modelo padrão, 31

Moedas, 21Ver também Unidades monetáriasbrasileiras, 108

Mora, 116Moratória, 102

Mundo (outras informações), 134

NNafta, 102Nasdaq, 102

Negrito, 31Itálico e, 23

Nem um nem outro, 77

Nem/nem, 77

Nomear matéria, 32

Nomear tempo real, 32Nomes,

científicos, 23de ciências, disciplinas, 25de comendas e ordens, 25dos corpos celestes, 24de empresas e instituições, 24de entidades, 24de pessoas, 23de veículos, 24dos Poderes, 24de impostos e taxas, 24e números, 17

Nomination, 133

Notícia-crime, 116

Numerais, 26

Número(s),de membros das comissões perma-nentes do Senado, 45quebrados, 27por extenso, 27

Nyse, 103

OObstrução, 57

OMC, 103Opep, 103

Orçamento, 103

Ordem do dia, 58

Ou seja, 77Outras línguas (expressões), 132

PPalavras estrangeiras, 17, 132

Palavras sinônimas, 77Papa, 25

Parágrafo(s), 32divisão em, 18

Paraísos fiscais, 103

Parecer, 58/relatório, 18

Partidos políticos (siglas), 131Pautar, 18

Pedido de vista, 58

Pedir para/pedir que, 77

Pela ordem, 59Periódicos (uso de itálico e negrito), 23

Períodos, 24

Personagens, 23

Pesos e medidas, 28Pesquisa, 32

Petição, 116

PIB, 104

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

PIS-Pasep, 104

Plano Plurianual (PPA), 59, 104Planos e programas de governo, 24

Plenário do Senado e da Câmara, 25

Plural (substantivação), 78

PNB, 104Polícia, 26

Políticacambial, 105fiscal, 105monetária, 105

Por que/por quê/porque/porquê, 78Porcentagem(ns), 27

(concordância verbal), 78/quantias, 18

Português, 68

Precatório, 106, 116

Preclusão, 117

Prenome, 22Preparação, 18

Prescrição, 117

Presidente do Congresso (não usar), 21

Presidente, 78Primeira página, 36

Princípios e ética, 7

Prioridade, 18

Prisão provisória, 117Pro labore, 132

Pro tempore, 132

Processo legislativo, 38

Procuradoria Parlamentar, 59Progressividade/Regressividade, 106

Projeto(s),de decreto legislativo (Ver decretolegislativo), 49de lei, (Ver lei ordinária), 53de lei de conversão, 59

de lei complementar, (Ver leicomplementar), 52gráfico, 34

Promulgação, 59

Pronome oblíquo com verbo (particí-pio), 78

Proposição, 60Ver também siglas das proposi-ções, 65Ver também sobrestamento dasproposições, 65

Protestar, 79Publicação (Proc. Legisl.), 60

QQueixa crime, 117

Questão de ordem, 60Questionar, 79

Quórum,79de votação, 61

RRainbow Warrior, 133

Rapto, 117

Receita, 106Recesso, 63

Recurso, 117

Redação do vencido, 62

Redação jornalística, 11Redundância, 19

Referência, 32

Regiões e acidentes geográficos, 24

Relator, 62ad hoc, 62do vencido, 62

Relatório, 32, 62Remissão, 36

Representação, 117

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

Repristinação da lei, 117

Retirada de proposição, 63Reuniões preparatórias, 63

Revelia, 117

Revisão, 36final/autorização de envio para agráfica, 37

Risco soberano, 106

Roubo, 117

SS. A., 21

Salário, 79Salário-mínimo, 79

Sanção, 64

Santos, 21

Se não/senão, 79Secretarias do Senado e da Câmara, 25

Séculos, 27

Selic, 107

Sem, 79Seminários, 25

Senhor/senhora, 22

Sentença, 117

Seqüestro e cárcere privado, 117Ser, 79

Sessão legislativa, 64

Sessões do Senado, 64

Siglas, 19, 28, 119das proposições, 65plural de, 28

Símbolos nacionais, 24

Sobrestamento de proposições, 65

Socialite, 133

Sócio, 79

Sonegação fiscal, 107

Sovereign riskVer Risco soberano, 106

Spread, 107

Stress, 133

Súmula, 117Superior Tribunal de Justiça, 117

Supremo Tribunal Federal, 118

Suspensão condicional da pena, 117

Swap, 107

TTamanho das matérias, 19

Tanzin, 134

Telefone, 21Tempo verbal, 19

TerminativoVer Deliberação terminativa decomissão, 49

Tigres Asiáticos, 107

Tijolinhos, 19

Título(s), 32, 34de livros, artigos, palestras, produ-ções artísticas, literárias e científicas(itálico e negrito), 23pessoais, e cargos, 26honoríficos, 26

Todo, 79Tramitação, 65Transações correntes, 107Transferências unilaterais, 107Travessão, 19, 33Trema, 79Tribunal de Contas da União, 118Tribunal do Júri, 118Turnos, 66TV, 21

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Manual de Redação – Agência Senado e Jornal do Senado

UUm dos que, 79Unidades monetárias brasileiras, 108

Unidades político-administrativas, 26

VVerbo(s), 80

a serem evitados, 20abundante, 80auxiliar, 80declatórios, 20defectivo, 80dicendi, 80impessoal, 81intransitivo, 81irregular, 81no presente, 20pronominal, 81reflexivo, 81regular, 81transitivo, 81

Verificação de votação, 66Veto, 66

Vice-presidênciasdo Senado e da Câmara, 25

Vigência da lei, 67

Vírgula, 81(cargos), 22, 83

Visar, 83

Vista, 118

Vocatio legis, 66

VotaçãoModalidades de, 57Quórum de, 61

WWaiver, 109, 133

YYom Kippur, 134

ZZona de livre comércio, 109

Zona Franca, 109