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 Unidade Dendezeiros  Área Tecnológica Gráfica

SENAI BA 2004 Apostila Produção Gráfica

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Ideal para compreender a indústria gráfica.

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  • Unidade Dendezeirosrea Tecnolgica Grfica

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    Unidade Dendezeirosrea Tecnolgica Grfica

    Salvador2004

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    MENSAGEM DA UNIDADE DENDEZEIROS

    O SENAI entende que o comprometimento em atender com qualidade no apenas uma prtica

    para se obter bons negcios, mas a razo da sua existncia. O SENAI est comprometido com o

    processo de melhoramento contnuo no que diz respeito a compreender, satisfazer e ultrapassar as

    necessidades e expectativas dos seus clientes internos e externos em tudo o que fizer.

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    APRESENTAO

    Esta apostila foi desenvolvida com a preocupao nica de ensinar e conscientizar os alunos do

    curso de Produo Grfica, sobre todo o fluxo produtivo grfico. De forma que o participante tenha

    uma viso geral de todos os momentos que o original ir passar ao chegar numa grfica.

    Sempre buscando utilizar palavras e conceitos tcnicos, objetivando de forma mais dinmica e

    eficiente o aprendizado. E ciente de que, a Indstria grfica continua se atualizando constantemente,

    e que os equipamentos se tornam ultrapassados, devemos continuar acompanhando essas mudanas,

    sempre estudando, para que seja possvel continuar exercendo nossas atividades, e evitar assim de

    sermos engolidos pelo monstro da tecnologia e da automao.

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    NDICE

    1- INTRODUO.......................................................................................................................................................72- HISTRICO.............................................................................................................................................................8

    Breve Histria da Imprensa......................................................................................................................................8Manuscritos Iluminista.............................................................................................................................................8Prensa........................................................................................................................................................................8Impressora Rotativa..................................................................................................................................................8Fotocomposio:.......................................................................................................................................................8

    3- O FLUXO PRODUTIVO GRFICO......................................................................................................................9Pr-Impresso...........................................................................................................................................................9Impresso..................................................................................................................................................................9Ps-Impresso...........................................................................................................................................................9Computer-To-Film (Do computador para o filme)...................................................................................................9Computer-To-Plate (Do computador para a chapa)...............................................................................................10Computer-To-Press (Do computador para a mquina de impresso)....................................................................12Computer-To-Print (Do computador para impresso) ou Impresso digital..........................................................12

    4- PREPARAO DO ORIGINAL..........................................................................................................................14Arquivos Abertos X Arquivos Fechados................................................................................................................14PostScript X PCL....................................................................................................................................................15Drivers e PPDs........................................................................................................................................................16Fechamento de arquivos.........................................................................................................................................17Fontes......................................................................................................................................................................19Retculas.................................................................................................................................................................20Lineatura.................................................................................................................................................................21Angulao...............................................................................................................................................................22O Moir...................................................................................................................................................................23A Cor......................................................................................................................................................................23Seleo de cores......................................................................................................................................................26Formas de composio de cores.............................................................................................................................26Sistemas de Gerenciamento de Cores.....................................................................................................................27Calibrao de monitores.........................................................................................................................................28Scanners..................................................................................................................................................................30

    5- Gravao do Fotolito..............................................................................................................................................346- SISTEMAS DE PROVAS DE FOTOLITOS........................................................................................................35

    Provas analgicas:..................................................................................................................................................35Provas digitais.........................................................................................................................................................35Gamut.....................................................................................................................................................................36

    7- SISTEMAS DE IMPRESSO...............................................................................................................................37Tipografia...............................................................................................................................................................37Rotogravura............................................................................................................................................................37Flexografia..............................................................................................................................................................37Serigrafia................................................................................................................................................................38Offset......................................................................................................................................................................39Tipos de Mquinas Impressoras offset..................................................................................................................41Ganho de Ponto......................................................................................................................................................42Trap.........................................................................................................................................................................47

    8- TINTAS .................................................................................................................................................................48Guia Pantone...........................................................................................................................................................49

    9- PAPEL....................................................................................................................................................................50Histrico.................................................................................................................................................................50Produo Industrial do Papel..................................................................................................................................51Principais caractersticas dos papis:......................................................................................................................53Formatos de papel...................................................................................................................................................54

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    Sentido fibra do papel.............................................................................................................................................5710- ACABAMENTO..................................................................................................................................................58

    Aplicao de verniz e plastificao........................................................................................................................58Corte.......................................................................................................................................................................58Dobra......................................................................................................................................................................58Montagem...............................................................................................................................................................58Alceamento.............................................................................................................................................................59Costura / grampo....................................................................................................................................................59

    11- Bibliografia...........................................................................................................................................................60

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    1- INTRODUO

    A maioria das pessoas ao aprender apenas as ferramentas de computao grfica tm problemas ao

    enviar seus arquivos para serem impressos numa grfica. Devido a falta de um grau maior de

    instruo, no sabem que prova escolher, assim como tipo de papel, acabamento e etc, distanciando

    dessa forma o impresso do original, deixando de obter todos os efeitos que uma boa grfica poderia

    oferecer. muito importante conhecermos todo processo produtivo grfico para podermos usufruir

    de todos os recursos de sua grfica ou bureau, satisfazendo assim, os clientes mais exigentes.

    Tudo comea na criao do original que hoje em dia j pode ser totalmente feito num computador

    eliminando todos os processos manuais de antigamente. Com o original pronto temos que fazer seu

    fotolito (Se o original for entregue em disco ou cd, o fotolito ser feito no processo digital , caso

    contrrio se a arte-final for entregue impressa, existem dois caminhos; a arte pode ser digitalizada e

    seguir para a pr-impresso digital ou seguir o processo convencional), e do filme (fotolito)

    gravamos a chapa. At esse momento estamos tratando de pr-impresso, ou seja, todas as etapas

    que antecedem a impresso.

    O segundo estgio a impresso, momento em que colocamos a chapa na mquina impressora

    offset (plana ou rotativa) para imprimirmos as cpias.

    O terceiro e ltimo estgio o, no menos importante, acabamento. Onde iremos decidir o tipo de

    dobra, encadernamento, aplicao de verniz fosco ou brilhante, alto relevo, verniz UV e etc...

    Podemos ento dividir o trabalho grfico de maneira clssica em trs fases:

    Pr-Impresso, Impresso e Ps-Impresso ou Acabamento.

    Para iniciar faamos um breve histrico onde lembraremos quem foi Gutemberg e como tudo

    comeou.

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    2- HISTRICO

    Breve Histria da ImprensaDesde os tempos mais remotos o homem sente a necessidade de transmitir o conhecimento para

    outros, a fim de preservar seus sentimentos e idias, ou at mesmo para vangloriar-se de seus feitos,

    registrando suas caadas nas paredes das cavernas para que outras tribos pudessem confirmar o

    acontecimento. Estas pinturas rupestres foram a forma principal de comunicao entre os homens.

    O desenvolvimento do alfabeto fontico pelos fencios em 2.000 AC marcou a histria da palavra

    escrita na civilizao ocidental. Ao contrrio dos alfabetos baseados em ideogramas, os quais

    continham mais de 40.000 caracteres, o alfabeto fontico representa a

    linguagem em apenas 26 smbolos.

    Manuscritos IluministaOs livros produzidos pela Igreja Celta na Irlanda no sculo 18 representam o

    mximo da arte dos escribas. Mas, tais livros eram nicos, caros e difceis de

    se ler.

    PrensaGutenberg adaptou uma prensa para vinho em uma prensa impressora. Sua

    Bblia de 42 linhas, publicada em 1455, considerada o marco do nascimento

    da imprensa. Cerca de 180 Bblias foram impressas.

    Impressora RotativaPor volta de 1850, impressoras rotativas de metal substituram as prensas planas de madeira. O

    desenvolvimento de bobinas tornou possvel impressoras rotativas a vapor atenderem demanda de

    jornais de circulao em massa.

    Fotocomposio:Em mquinas de fotocomposio, cada caractere era guardado como uma forma transparente num

    pedao de filme opaco. Os caracteres de uma fonte so arranjados num tira. Quando o operador

    digita uma letra, o caractere gira at uma posio em frente a uma fonte de luz e lentes, a qual

    projeta a forma de letra num papel fotossensvel. Usando lentes de diferentes focos, caracteres de

    diversos tamanhos podiam ser originados da mesma forma.

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    3- O FLUXO PRODUTIVO GRFICOResumidamente podemos entender cada fase do processo da seguinte maneira:

    Pr-Impresso a fase produtiva responsvel pela concretizao das idias de um artista grfico em um arquivo

    digital que possa ser reproduzido em sistemas de impresso em escala industrial. Pode envolver

    tambm a gravao de fotolitos, assim como de chapas planogrficas, no caso de impresso off-set,

    ou similar.

    ImpressoPode ser realizada por diversos processos (offset, rotogravura, serigrafia, flexografia, litogravura e

    etc...) onde se transfere para um suporte (papel, plstico, metal e etc...) a imagem do trabalho

    grfico atravs da aplicao de pigmentos de diversas naturezas (tintas, toner, verniz e etc...).

    Ps-ImpressoTambm conhecida como Acabamento, essa fase de finalizao do trabalho possibilita desde um

    simples corte final do impresso at finalizaes mais complexas como dobras, relevos, vinco, verniz

    e etc...

    Assim a Indstria grfica pode ser visualizada por seus principais processos, porm, sem nos

    esquecermos de que novas tecnologias podem tornar essa diviso terica menos lgica. Veremos

    alguns processos que podem encurtar o fluxo produtivo, aproximando cada vez mais o criador do

    produto final. Vamos conhecer as principais tendncias:

    Computer-To-Film (Do computador para o filme)Esse processo est baseado na produo, diretamente do computador, de filmes (fotolitos) que sero

    utilizados na gravao de matrizes para impresso.

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    O fluxo baseado em filme requer controle muito refinado dos processos de gravao de filme pelo

    image setter , revelao qumica dos filmes, cpia e revelao de chapas.

    Computer-To-Plate (Do computador para a chapa)Nessa possibilidade do processo produtivo a image setter , equipamento responsvel pela confeco

    de filme substituda por outro equipamento, a plate setter, que grava diretamente em chapas de

    impresso. H tambm a possibilidade de se usar um duo setter, capaz de gravar tanto chapas

    quanto filmes.

    Se a tecnologia computer-to-film j eliminava gravao e revelao de filmes negativos e positivos,

    podemos perceber que nesse processo no se tem contato com produto qumico, pois, eliminamos

    tambm a cpia e revelao de chapas. Porm, devemos lembrar que a necessidade do controle

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    scanner

    Prensa UV RevelaoImpresso

    CTPlate Impresso

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    digital da fase de preparao do trabalho a ser enviado para a chapa deve ser ainda maior, visto que

    o custo das chapas muito maior que o custo do filme.

    Trata-se de uma tecnologia de alto custo e sofisticao e seu funcionamento consiste no seguinte:

    1. Um dispositivo remove a chapa de alumnio de um cassete onde est armazenada

    2. A chapa destacada da folha de proteo que cobre sua camada fotossensvel

    3. A seguir, transportada para um tambor onde a imagem ser reproduzida em sua superfcie

    4. Uma vez exposta a chapa ser transportada para um sistema automtico de processamento que

    consiste em revelao, retoque, lavagem, endurecimento e armazenagem.

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    Computer-To-Press (Do computador para a mquina de impresso)Trata-se de um sistema de impresso digital, que trabalha com produo de uma matriz de

    impresso obtida a partir da gravao de uma imagem em uma chapa com as mesmas caractersticas

    da impresso off-set, com uma nica diferena.

    No sistema off-set convencional, a imagem gravada sobre a chapa por meio de uma pelcula

    fotossensvel aplicada a sua superfcie, sendo esta gravao obtida mediante a exposio luz de

    um fotolito.

    Na impresso digital a imagem gravada diretamente na chapa por raio laser, que expe de

    arquivos gerados em computadores, no havendo portanto necessidade de revelao. Como a

    exposio realizada simultaneamente em todas as chapas no h necessidade de ajuste de registro

    e a abertura dos tinteiros possui controle computadorizado.

    Com este processo obtm-se um bom resultado, porm devido ao seu alto custo direcionado para

    impresses rpidas e de pequenas tiragens.

    Computer-To-Print (Do computador para impresso) ou Impresso digitalNo processo de impresso digital no existe matriz, a imagem criada atravs de cargas eltricas

    em cilindros metlicos internos das mquinas que atraem o pigmento e o transferem para o suporte.

    Como no existe uma matriz fixa, na impresso digital possvel se imprimir uma imagem para

    cada giro da mquina, tornando assim verdadeiro o processo de personalizao do trabalho. Cada

    folha pode conter informaes relativas ao cliente com o seu nome, foto e cada produto pode ser

    feito na quantidade desejada mesmo que seja uma nica pea.

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    scannerCTPress Impresso

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    bom Lembrar que a impresso digital ainda no atingiu a qualidade obtida na impresso offset

    convencional que utiliza, obviamente, as chapas.

    Essa tecnologia se torna vivel para pequenas tiragens. Como os custos fixos de produo so

    proporcionais quantidade de impressos, para as grandes tiragens o preo torna-se invivel se

    utilizar tal tecnologia hoje disponvel.

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    scannerImpresso

    CTPrint

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    4- PREPARAO DO ORIGINALH tempos atrs o original era preparado manualmente, como em fotocomposio, por exemplo,

    onde se utilizava de um paste-up. Hoje em dia os originais so produzidos no computador se

    utilizando de ferramentas para editorao eletrnica, dentre eles podemos citar: Corel Draw, Adobe

    Illustrator, Photoshop, PageMaker e QuarkXPress.

    Cada software tem a sua especialidade: os ilustradores , por exemplo, tem a funo clara de ilustrar,

    desenhar e no de paginar ou tratar imagens. Os mais famosos so: Illustrator, Corel Draw e

    Freehand da Macromedia. O Corel Draw domina o mercado de PCs (Computadores pessoais

    baseados na tecnologia da IBM) enquanto o Illustrator domina o de Mac (Macintosh um

    computador fabricado pela Apple que foi concebido para computao grfica, conseguindo um

    desempenho nessa rea, em torno de 60%, melhor que o PC, em mquinas com especificaes

    prximas, diga-se de passagem). Para retocar imagens temos o muito utilizado Adobe Photoshop

    que domina os dois mercados seguido bem de longe pelo plido Corel PhotoPaint. E para paginao

    temos o PageMaker dominando o mercado de PCs e o QuarkXPress que domina o de Mac. A

    Adobe lanou , por volta de 1999, o In Design que promete desbancar os outros dois.

    O mais importante saber usar cada um no seu momento apropriado e no tentar fazer revistas ou

    jornais nos ilustradores, nem tentar ilustrar no paginador, assim como evitar fazer a impresso final

    nos ilustradores. necessrio, tambm, saber como enviar esse arquivo, depois de pronto, para uma

    grfica ou bureau/fotolito.

    Arquivos Abertos X Arquivos FechadosAntes da pr-impresso digital, os arquivos eram enviados impressos para grfica que se utilizava

    da pr-impresso convencional. Hoje em dia numa pr-impresso digital, o arquivo entregue em

    disco podendo estar num regime aberto ou fechado.

    O arquivo aberto o arquivo criado pelo profissional (.cdr / .p65 / .ai / .qxd) que pode ser aberto em

    qualquer computador que tenha o aplicativo que o gerou. Dessa maneira necessrio que se envie,

    na mesma pasta, o arquivo original, todas as fontes utilizadas e todos os vnculos. Esse

    sistema mais demorado, pois na grfica todos os vnculos sero checados, fontes instaladas e o

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    original fechado. Essa demora gera um custo maior e, o que pior, uma falta de segurana, pois o

    arquivo pode ser manipulado.

    Um arquivo fechado nada mais que um arquivo de impresso que ao invs de ser enviado para a

    impressora gravado em disco. Esse arquivo escrito na linguagem PostScript, que foi

    desenvolvida pela Adobe Systems e tem a finalidade de descrever s impressoras como os tipos

    (Fontes e letras) e as ilustraes devem ser posicionados na pgina a ser impressa. Inclui tambm

    informaes sobre os ngulos e lineaturas das retculas.

    Os image setter s (impressoras de filme ou fotolito) possuem um dispositivo chamado RIP (Raster

    Image Processor) que tem a funo de receber as informaes na linguagem PostScript, interpret-

    las e transform-las em pontos que sero ento impressos no filme.

    Quando o usurio fecha um arquivo, ele est usando os parmetros e fontes de sua prpria mquina

    (diminui o risco de troca de fontes), torna a impresso do filme muito mais rpida e evita ter de

    pagar taxas adicionais que so cobradas quando o cliente envia o arquivo aberto. Sem contar na

    total segurana, pois na grfica o arquivo s poder ser visualizado e impresso.

    A vantagem de enviar arquivos abertos que ele permite correes de ltima hora. Ao encaminh-

    lo no regime fechado o cliente conta com menor prazo de entrega, descontos maiores, uso de fontes

    e vnculos do seu prprio equipamento e acima de tudo segurana.

    Apesar disso, estima-se que apenas 20% dos arquivos entregues para a impresso nos bureaus

    estejam no regime fechado. Vrios fatores ajudam essa estatstica, como por exemplo: falta de

    conhecimento para gerar arquivo fechado, expectativa que o bureau corrija eventuais erros na

    construo do arquivo, tamanho do arquivo fechado que por ser maior d mais trabalho para

    transportar e principalmente por no querer assumir responsabilidade.

    PostScript X PCLAntes de aprendermos como fechar um arquivo, importante saber que todas as impressoras

    possuem uma ou mais linguagens de impresso.

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    A linguagem Post Script foi desenvolvida pela Adobe Systems e padro em todas as impressoras

    profissionais, tais como: image-setters, copiadoras coloridas, plotters, plate-setters e outras como

    alguns modelos de jato de tinta e laser.

    uma linguagem de descrio de pgina, em que todos os elementos de pgina (textos, ilustraes

    e fotos) so descritos na forma de texto para serem impressos da maneira mais profissional possvel.

    Esta linguagem possui trs verses: PostScript Level (nvel) 1,2 ou 3.

    A outra linguagem disponvel para impressoras a PCL. Desenvolvida pela Hewlett Packard, se

    tornou um padro na maioria das impressoras jato de tinta e laser. uma linguagem eficiente, mas

    pobre em recursos profissionais, pois no suporta o principal formato profissional de exportao: o

    EPS (Encapsulated PostScript).

    Drivers e PPDsVeremos que para fechar um arquivo temos que instalar no nosso computador a impressora onde ele

    vai ser impresso. Para isso usamos o driver que o software que permite ao Sistema Operacional

    controlar a impressora. Uma impressora PostScript sempre necessita, tambm, de um PPD

    (PostScript Printer Description) para funcionar. Alguns aplicativos, como o Page Maker, Illustrator

    e outros pedem, na hora da impresso ou fechamento, o PPD.

    Os drivers e PPDs das impressoras so especficos para cada bureau pois cada um deles tem

    impressoras diferentes (ou de um mesmo fabricante e modelo, porm com alguma caracterstica

    diferente). Esta justamente a funo do PPD: descrever para o driver e complement-lo, de

    maneira mais especfica, os formatos de impresso, resoluo mxima e outras caractersticas. O

    PPD complementa as informaes dos drivers.

    Para instalao dos PPDs na plataforma Windows, basta que eles sejam copiados para o diretrio

    PPD normalmente localizado nos diretrios do Page Maker, Quark, Illustrator ou Freehand. O Page

    Maker, por exemplo, usa a pasta c:\pm65\rsrc\brasil\ppd4.

    No Macintosh, os PPDs devem ser copiados para o folder system folder\Extensions\Printer

    Description ou, em casos excepcionais, para onde o seu aplicativo especificar.

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    Fechamento de arquivosFechar arquivos algo muito simples. To simples quanto imprimir, porm toda vez que for enviar

    um arquivo para uma grfica ou bureau, consulte-os para saber certas especificaes como:

    lineatura e ngulo das retculas, separao ou no de cores e outros detalhes que so variveis.

    Existem livros que esclarecem todos os detalhes sobre fechamento, por exemplo podemos citar

    Preparao e fechamento de arquivos para birs Windows e Macintosh de Ricardo Minoru e

    distribudo pela editora rica.

    Apesar de haver tantas variveis, segue abaixo uma lista de passos para fechar um arquivo,

    considerando-se as exigncias normais da praa.

    1- Instalar uma Impressora Post Script EM FILE (Antigamente se usava uma impressora genrica,

    a Linotronic 530 que pode ser usada numa simulao. Mas lembrem-se, a melhor impressora a ser

    instalada a que estiver sendo usada na grfica ou bureau de fotolito).

    2- Ao Imprimir escolher a impressora Post Script e:

    No Page Maker

    No boto Papel (Configurar impressora), determine o tamanho do papel e ative as marcas de

    impresso. O tamanho do papel aqui configurado deve ser maior que a pgina criada, pois alm

    de conter a pgina conter tambm marcas de corte, registro e etc...

    No boto Opes ative a opo GRAVAR POST SCRIPT EM ARQUIVO. Escolha em que

    pasta e com que nome ele ser gravado.

    Se o impresso for a cores, no boto Cor ative separaes. Caso use algum Pantone, certifique-se

    de ativ-lo.

    Salve.

    No Corel Draw

    No menu Arquivo Configurar impresso, determine o papel. Se no estiver ativado, ative o

    PPD.

    Na impresso, v em Pr-Impresso e ative as opes: Imprimir informaes de arquivo,

    cortar/dobrar marcas (desative somente exterior), Imprimir marcas de registro, barras de

    calibragem e escalas de densitmetro.

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    Em Separaes ative Imprimir Separaes.

    Salve.

    Visualizando um arquivo fechado

    At pouco tempo atrs, no havia como visualizar o arquivo fechado. Ele era enviado para a grfica

    ou bureau e l, ento, conferido. Caso houvesse algum erro, era necessrio seu reenvio.

    Hoje temos como visualizar um arquivo fechado, diminuindo dessa maneira um provvel reenvio.

    Usaremos para isso dois programas: Adobe Acrobat Distiller e Adobe Acrobat Reader .

    O Distiller usado para converter o arquivo postscript (.ps) em arquivo com tecnologia pdf

    (Portable Document Format), que um formato de arquivo criado pela Adobe e permite o envio de

    documentos formatados para que sejam vistos ou impressos em outro lugar, sem a presena do

    aplicativo que o gerou. O pdf foi concebido para distribuio eletrnica pois um arquivo muito

    leve, logo depois criada uma compatibilidade com impressoras profissionais como image setters,

    por exemplo, passou a ser usado para substituir os arquivos ps na impresso profissional; com uma

    grande vantagem: o tamanho do arquivo bem menor.

    O uso do Distiller muito simples. Ao abrir o arquivo com extenso ps, ele automaticamente entra

    na tela Salvar como para que salvemos em pdf.

    O Acrobat Reader, um programa gratuito que vem junto com quase todos os programas hoje em

    dia, podendo tambm ser baixado pela Internet. Sua funo nica e exclusivamente a de ler

    arquivos em pdf.

    Dessa maneira, podemos fechar o nosso arquivo normalmente, usar o Distiller para convert-lo em

    pdf e depois abri-lo no Reader para conferir. Estando ok, h uma grande possibilidade que na

    grfica tudo ocorra bem.

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    FontesAs fontes so conjuntos de caracteres e smbolos desenvolvidos em um mesmo desenho. Esse

    desenho de letra ou caractere chamado de tipo.

    Atualmente, na rea de editorao eletrnica, utilizamos as fontes redimensionveis, ou seja, que

    podem ser ampliadas e reduzidas sem que percam a qualidade (vetoriais).

    Existem, atualmente duas principais tecnologias de fontes para a rea de editorao eletrnica: o

    padro Adobe e o padro True Type.

    Fontes True Type

    Foram desenvolvidas pela Apple e Microsoft e includas como fontes de sistema tanto no Windows

    como no Mac OS. Por no serem diretamente compatveis com a linguagem PostScript, tm de ser

    convertidas no padro Adobe no momento da impresso em uma impressora profissional.

    Fonte Adobe

    Tambm chamadas de fontes Tipo 1 ou PostScript, foram desenvolvidas pela Adobe Systems para

    serem absolutamente compatveis com a linguagem PostScript. Apesar disto, nada impede sua

    utilizao em impressoras de linguagem PCL.

    Confiabilidade das fontes

    Em relao qualidade e confiabilidade dos dois padres nas plataformas Windows e Mac,

    podemos dizer que, num trabalho enviado para ser impresso numa image-setter em que s foram

    utilizadas fontes Tipo 1, a probalidade de enfrentar problemas com o texto muito menor, pois

    estas so totalmente compatveis com a linguagem da impressora. Se no trabalho fossem utilizadas

    fontes de padro True Type, elas seriam convertidas pelo driver da impressora para o padro Tipo 1

    o que, s vezes, ocasiona problemas, resultando em impresses com o texto recorrido, ou na fonte

    Courier.

    Restries

    Existem bureaus de pr-impresso que no fazem restries a nenhum dos dois padres, outros que

    recomendam a seus clientes a s utilizarem fontes de padro Adobe e outros, ainda, que se recusam

    a aceitar trabalhos nos quais foram utilizadas fontes True Type.

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    Onde obter fontes

    Gratuitamente, as fontes esto disponveis nos CDs do Corel Draw (cerca de 1200) e nos CDs que

    acompanham o PageMaker e Adobe Illustrator. Elas podem, tambm, ser adquiridas por meio do

    Adobe Font Folio e Adobe Type and Call. Pela Internet voc encontrar uma listagem das

    principais Font Houses no site da publish (www.publish.com.br).

    Nunca adquira fontes em banca de jornal, na Internet (a no ser em sites de fabricantes), fruns de

    discusso ou de qualquer outra origem desconhecida. Na dvida, faa um teste antes no seu bureau.

    Quantidade de fontes habilitadas

    muito comum os usurios possurem centenas e at milhares de fontes habilitadas em seu sistema,

    com o intuito de poder escolher fontes para um determinado projeto. Acontece que cada fonte ocupa

    cerca de 64Kn, logo 100 delas ocuparo preciosos 6.4Mb da memria RAM. Isto afeta

    profundamente a performance da mquina, podendo at causar problemas, tais como: o Page Maker

    no abrir acusando um erro de DLL.

    Cuidados que devemos ter

    Durante a criao do original e seu respectivo envio para o bureau de fotolitos, devemos ter

    conhecimentos e cuidados com algumas questes que sero detalhadas.

    O processo de impresso offset introduziu a utilizao de originais fotogrficos. Ao conjunto de

    operaes desde a produo de textos at a gravao de matrizes ou chapas para a impresso

    chama-se pr-impresso. Neste processo, pode-se reproduzir trabalhos a trao (textos e ilustraes

    em branco e preto), e tons contnuos (fotos e ilustraes desenhadas).

    RetculasOs procedimentos de impresso impossibilitam a

    reproduo de um original em meio tom, fazendo-se

    necessrio a reticulagem do original durante o processo

    de reproduo. Este processo explora uma iluso de

    tica pois, se os pontos com tamanhos diferentes forem

    impressos com espaamento regular numa trama

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 20

  • Produo Grfica

    suficientemente fina, os olhos os vem como sombra cinza ao invs de um amontoado de pontos;

    possibilitando a reproduo de originais meio tom.

    Examinadas de perto ou com o auxlio de uma lupa, as imagens revelam sua verdadeira face: Um

    mosaico de pequenos pontos de tinta dispostos em forma regular sobre a superfcie branca.

    Trs caractersticas principais definem uma retcula convencional (as retculas estocsticas, ainda

    pouco usada pela indstria grfica, funcionam de maneira diferente e no sero abordadas nesse

    curso) o formato dos pontos, a lineatura ou freqncia e a angulao.

    Quanto ao formato, a grande maioria dos processos de gerao de fotolitos emprega pontos

    redondos ou arredondados.

    As duas outras caractersticas so variadas e tem importncia fundamental na tcnica de reproduo

    de originais e impressos.

    LineaturaAo transformar fotos em originais reticulados, o operador precisa definir a quantidade de pontos

    que sero gerados para cada rea da imagem. Como as retculas podem ser visualizadas na forma de

    todas as paralelas de pontos, usa-se a denominao lineatura ou freqncia para definir este valor.

    Grficas e fotolitos convencionais costumavam utilizar a medida em linhas por centmetro (lpc). Os

    programas de editorao eletrnica adotam normalmente o padro norte americano de linhas por

    polegadas (lpi lines per inch) que est se tornando dominante no mercado. De qualquer modo, as

    medidas so conversveis, bastando multiplicar o nmero de lpc por 2,54 para obter o valor em lpi

    (60 lpc aproximadamente 150 lpi).

    Em teoria quanto maior o nmero de lpi, menores so os pontos, mais definida fica a imagem

    impressa e mais perfeita a iluso tica de tom contnuo.

    Nas condies reais de trabalho, a definio da lineatura est atrelada s limitaes dos processos de

    impresso e s caractersticas dos papis, que apresentam graus variveis de dificuldade em lidar

    com pontos muito pequenos ou muito prximos entre si.

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    Pode-se dizer que processos baseados em tipografia e flexografia pedem lineaturas mais baixas,

    entre 60 e 100 lpi.

    Impressoras offset rotativas, assim como as de rotogravura, aceitam valores maiores, entre 100 e

    150 lpi.

    Mquinas offset planas de boa qualidade podem manusear sem problemas lineaturas entre 133 e

    200 lpi.

    Impressoras dry off-set podem trabalhar com retculas ainda mais finas. Do mesmo modo, papis

    lisos e revestidos (como o couch) aceitam lineaturas mais altas enquanto que papis no revestidos

    e do tipo jornal exigem valores menores para a obteno de um bom resultado.

    AngulaoA segunda caracterstica que nos interessa nas retculas a sua angulao ou inclinao.

    As linhas de pontos podem ser vistas como um conjunto de paralelas dispostas em um determinado

    ngulo em relao ao papel onde esto impressas. Para fins de padronizao, considera-se como

    referncia uma reta vertical que atravesse o impresso de alto a baixo. Uma retcula cujas linhas

    estejam perfeitamente alinhadas com esta reta ocupa o ngulo 0 e, em funo de poder ser vista

    nas duas direes, tambm o ngulo perpendicular 90. Ao girarmos a retcula no sentido horrio o

    valor do ngulo aumenta para 30/120 e 45/135.

    A prtica demonstra que a iluso do tom contnuo ligeiramente mais eficiente quando a retcula

    est inclinada em relao vertical do papel, porque a angulao dificulta que o observador perceba

    isoladamente os pontos. Por isso, a maioria das fotos preto e branco so impressos com retculas

    45. Fotos coloridas empregam uma combinao de ngulos.

    Quando mais de uma cor utilizada para a reproduo, os meios tons reticulados de cada uma delas

    precisam estar dispostos em diferentes ngulos, formando figuras semelhantes a rosceas. A

    orientao de um meio tom para o outro se chama inclinao de retcula. No mtodo tradicional, as

    retculas so colocadas em ngulos diferentes e ento fotografadas. No sistema digital, estes ngulos

    podem ser determinados pelo editor ou ento na sada final do fotolito na pr-impresso.

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  • Produo Grfica

    Se as retculas so uma engenhosa soluo para os problemas dos tons contnuos, so tambm as

    grandes responsveis pelas dores de cabea que enfrentamos ao reproduzir fotos impressas. Se o

    olho humano no individualiza os pontos e os enxerga como tons de cinza ou cor, o mesmo no

    acontece com os scanners de alta resoluo. Na captura e reimpresso das imagens, os pontos da

    retcula previamente impressa entra em conflito com as clulas ticas do scanner e tambm com as

    retculas do novo fotolito. Surge o moir, que tambm pode ser gerado quando retculas de cores

    diferentes esto com a mesma inclinao. Para evit-lo basta manter as inclinaes convencionais

    das quatro cores com os seguintes ngulos:

    Preto - 45

    Magenta - 75

    Amarelo - 90 ou 0

    Cian - 15

    O MoirEm artes grficas, basicamente dois tipos de moir so comuns com os que trabalham com imagens:

    o moir de scanner e o moir de sobreposio de retculas.

    O moir de sobreposio surge quando dois padres de retcula com freqncia e/ou inclinaes

    diferentes so aplicados um sobre o outro.

    O moir de scanner acontece quando os pontos de retcula so captados gerando padres (rosceas

    das retculas para gerar uma cor). Por isso devemos digitalizar originais (fotos, cromos ou

    negativos) e no de impressos.

    Alm de gerar texturas estranhas sobre a imagem, o moir tambm pode alterar as cores originais.

    A CorA cor um fenmeno ocorrido entre a interao de trs elementos: fonte luminosa, objeto e

    observador. Sem a presena de um destes trs elementos no podemos falar sobre o fenmeno cor.

    Assim, a primeira concluso a que podemos chegar que a cor um fenmeno subjetivo, ou seja,

    que depende do observador. Mudando-se o observador a cor tambm ser percebida de uma

    maneira diferente pois cada pessoa possui uma sensibilidade cromtica diferente.

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    Podemos definir a luz como uma forma de energia que se propaga em ondas eletromagnticas.

    Quando o olho humano recebe uma onda com comprimento de 1 metro nada ocorre, porm ao

    receber ondas compreendidas entre 400 e 700 nm (nanmetros, 1nm = 10-9 metro = 0,000000001)

    temos a sensao das cores.

    Esta parte do espectro eletromagntico, entre 400 e 700 nm chamada de espectro visvel em trs

    partes proporcionais teremos a predominncia de trs cores: Vermelho, Verde e Azul Violeta que

    traduzidas para o ingls sero: Red, Green and Blue, ou seja, RGB. A luz branca luz formada pela

    adio destas trs luzes coloridas RGB, no sistema conhecido como Sntese Aditiva que pode ser

    observado em qualquer monitor de computador ou televiso que possui somente fsforos destas trs

    cores e podem compor todas as demais cores que observamos.

    Pode-se criar cores atravs da mistura de pigmentos coloridos (Sntese subtrativa), e a maneira mais

    conhecida em Artes Grficas, a utilizao das cores (Cyan, Magenta e Yellow) somadas ao

    pigmento Preto (Black) formando o tambm conhecido CMYK. Atravs da mistura em diferentes

    propores de CMYK podemos formar todas as cores visualizadas em um material impresso.

    Determinando valores para as cores

    O simples nome da cor no suficiente para informarmos ao impressor que cor desejamos obter no

    trabalho impresso, se fazendo necessria a determinao numrica da cor para que possamos

    predizer o resultado desejado.

    Ento podemos determinar a cor por meio da combinao numrica do sistema RGB ou do sistema

    CMYK, tambm chamados espaos de cor. Por exemplo, uma cor pode ser informada da seguinte

    forma no espao CMYK: 0% de ciano, 100% de magenta, 100% de amarelo e 0% de preto, ou no

    espao RGB: 182 vermelho, 0 verde e 38 no azul. Lembrando que CMYK opera de 0 a 100% em

    escala e RGB com tom de 0 a 255.

    Desta maneira podemos informar as cores desejadas de maneira precisa e assim as cores sero mais

    prximas do que esperamos.

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  • Produo Grfica

    Porm justamente com estes nmeros que comeam os nossos problemas, pois os espaos de cor

    RGB e CMYK so dependentes , ou seja, a cor resultante destes sistemas no depende somente das

    quantidades determinadas mas tambm das tintas, monitor, mquinas impressoras e tudo o mais

    utilizado na sua reproduo.

    Por exemplo, 100% de magenta e 100% de amarelo resultar em vermelho, porm se mudarmos a

    marca da tinta o vermelho obtido com estes mesmos valores ser completamente diferente, pois o

    sistema CMYK dependente da tinta utilizada. Da mesma forma, os valores em RGB citados

    tambm resultam em vermelho, mas a mudana de monitor far com que vejamos duas cores

    distintas.

    Ento, para determinar numericamente uma cor e saber que teremos a mesma reproduzida ao final

    do processo, a CIE (Comission International de Lclairage Comisso Internacional de Iluminao)

    estudou a forma como o olho humano percebia as cores para, a partir da, criar um espao de cores

    que fosse independente dos equipamentos e processos de produo, um sistema que determinasse

    numericamente as cores e essas sempre fossem iguais em qualquer condio de produo.

    Em primeiro lugar, visto que a cor depende da iluminao na qual observada, padronizaram as

    fontes luminosas sob as quais devemos observar os materiais coloridos, e assim surgiu a iluminao

    padro para observao chamada de CIE D50 (Day Light, 5000 Kelvin). Assim devemos

    padronizar a iluminao do local de aprovao de cores para minimizarmos variaes nas cores

    observadas.

    So trs as caractersticas que diferenciam as cores aos nossos olhos: Tom, Saturao e

    Luminosidade HSL (Hue, Saturation and Lightness).

    O Tom se refere tonalidade predominante da cor, por exemplo, Vermelho, Azul e etc...

    A Saturao determina o grau de pureza desta cor e o quanto ela est prxima ou afastada dos tons

    neutros de cinza, branco ou preto.

    A luminosidade determina o quanto a cor est prxima da luminosidade total (branco) ou de sua

    falta (preto).

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    A partir destas trs grandezas criou-se o espao de cores xyY no qual podemos determinar o valor

    numrico de uma cor atravs de trs coordenadas cartesianas sendo que os valores de xy

    determinam as mudanas nos valores de Tom e Saturao, enquanto o valor Y determina o valor da

    luminosidade.

    A CIE ainda criou outros espaos de cor e entre eles o mais importante para as Artes Grficas o

    sistema CIE Lab que muito similar ao xyY, porm possui algumas melhorias na distribuio

    espectral que o aproximam ainda mais da percepo do olho humano.

    Seleo de coresPara se reproduzir um original colorido, necessrio decomp-lo para se obter as quatro cores

    primrias do processo grfico: cian, magenta , amarelo e o preto. Isto conseguido por se fotografar

    o original atravs dos filtros que correspondem s suas cores complementares: vermelho, verde e

    azul (RGB do ingls red, green e blue). Quando seleciona-se uma cor pelo processo DTP(Desktop

    Publishing, ou Editorao Eletrnica), o programa informa a porcentagem de cada uma das 4 cores

    usadas para a formao daquela tonalidade.

    Formas de composio de coresExistem sistemas menos complexos para determinao das cores, que apresentam certas limitaes,

    mas podem ser de grande valia na ausncia de sistemas informtica.

    Talvez o sistema mais largamente conhecido seja a escala de cores Pantone, onde podemos

    especificar uma cor escolhendo-a em uma tabela impressa que possui a frmula para sua

    confeco.

    O sistema Pantone possui vrias escalas de cor, sendo as mais conhecidas aquelas que se utilizam

    da mistura na composio das tintas (Formula Guide) e a que se utiliza da mistura de porcentagens

    de ponto das tintas CMYK (Color Process), ambas utilizando as tintas prprias da Pantone.

    As escalas de cores Pantone j possuem aplicaes digitais onde as cores so escolhidas e aplicadas

    diretamente no computador atravs do programa Pantone Color Drive, disponvel tanto para

    Macintosh quanto para Windows.

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    Aos criadores de pginas para a Internet tambm existem aplicaes como o Pantone ColorWeb,

    que se utilizam da linguagem HTML para determinao de cores para home-pages.

    Para trabalhos impressos de maior exigncia quanto ao impacto visual das cores, existe a

    possibilidade da impresso utilizando-se mais cores alm do CMYK, so os chamados sistemas Hi-

    Fi Color ou similares.

    Nestes sistemas geralmente utilizamos, alm das cores CMYK, mais trs cores: Verde, Laranja e

    Azul-Violeta, o que aumenta consideravelmente a quantidade de cores reproduzveis aumentando o

    apelo visual do material impresso.

    Mais uma vez encontramos no sistema Pantone o seu Hexachrome para impresso a mais de quatro

    cores.

    Cores Pantone so cores especiais, para cada uma usada necessrio um filme e uma chapa pois as

    elas no podem ser diludas no processo CMYK. As paletas Pantone (que so vendidas no mercado

    grfico) indicam os percentuais para se atingir aquela cor especfica. Quando a grfica recebe de um

    cliente um arquivo com uma cor dessa paleta, ela obrigada a gerar seus fotolitos, inclusive um

    especial para aquela cor Pantone, gravar as chapas e antes de imprimir misturar as tintas que

    compes tal cor. Utilizando, portanto, uma quinta cor.

    Sistemas de Gerenciamento de CoresOs softwares de gerenciamento de cores utilizados atualmente esto baseados nos sistema CIE xyY

    e CIELab. Os valores RGB e CMYK dependentes so convertidos para os sistemas independentes

    da CIE para que sejam mantidas as cores durante o processo de reproduo.

    O gerenciamento de cores possui trs fases distintas, a calibrao, a caracterizao e a converso.

    A Calibrao a fase na qual devemos garantir que todos os equipamentos utilizados estejam

    funcionando perfeitamente.

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  • Produo Grfica

    Por exemp1o, se no programa est determinando 50% de C, a imagesetter deve reproduzir 50% no

    filme do Cyan, caso contrrio este equipamento no estar corretamente calibrado. Geralmente esta

    fase a mais complexa pois requer controles rgidos e peridicos no funcionamento dos

    equipamentos, qumicos e matrias-primas utilizadas.

    Uma vez calibrados todos os equipamentos, podemos iniciar o uso dos gerenciadores de cores, os

    softwares que trabalham conjuntamente com o hardware Colormetro ou Espectrofotmetro, ambos

    equipamentos capazes de ler valores de xyY e Lab.

    A fase de converso justamente aque1a em que os espaos de cor nativos dos equipamentos RGB

    ou CMYK so convertidos pelo software em xyY ou Lab.

    A fase de caracterizao aquela na qual ser determinada a forma com o que os equipamentos

    utilizados reproduzem as cores.

    Calibrao de monitoresUma das maiores dificuldades de quem trabalha com tratamento de imagem e correo de cores em

    editorao eletrnica conseguir um ajuste de monitor que garanta um mnimo de fidelidade entre o

    que se v na tela e o resultado final impresso. O que pouca gente sabe que a chamada calibrao

    de monitor pode ser feita de um modo mais simples, rpido e sem necessidade de softwares e

    equipamentos caros. Deixando bem claro que no vai alcanar os mesmos resultados, muito embora

    melhore bastante. Basta seguir alguns procedimentos bsicos, ter alguma prtica no uso das cores e

    uma boa dose de bom senso. importante lembrar que essas dicas sero necessrias mesmo com

    um sistema de gerenciamento perfeito.

    Neste tipo de tarefa, os microcomputadores Apple Macintosh so superiores aos modelos Windows

    por dois motivos: o hardware dos Macs mais homogneo (no que diz respeito a interfaces e placas

    de vdeo) que o dos PCs; e o sistema operacional Mac OS dispe de um recurso interno de

    gerenciamento de cores mais sofisticado, o Color Sync.

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  • Produo Grfica

    Equipamentos e local de trabalho

    O primeiro cuidado a ser tomado por quem quer trabalhar profissionalmente com imagens e cores

    montar um local de trabalho adequado e configurar seus equipamentos para que atenda as

    exigncias mnimas desse tipo de servio.

    A sala onde os micros esto instalados deve ter iluminao suave, calibrada e estvel. No fcil

    conseguir lmpadas adequadas, mas as fluorescentes de 5.000 K e alto ndice de reconhecimento

    de cor (IRC > 80), como as da srie Super 85 da Philips, j ajudam bastante. Evite o excesso de

    iluminao. A luz suave e difusa permite que os monitores sejam usados com menos brilho, o que

    garante melhor reproduo de cor e maior vida til aos tubos.

    Janelas devem ter cortinas ou persianas que bloqueiem ou reduzam significativamente a entrada da

    luz externa. Paredes, teto e mesas devem ter tons neutros ou pasteis suaves. Mesas de luz

    (lightboxes) de temperatura calibrada (5.000 K), com luz suave e difusa devem estar ao lado dos

    micros.

    Os monitores devem estar ajustados (via Painel de Controle) para reproduzir milhes de cores (true

    colors nos PCs), na resoluo mais alta que suportarem. O papel de parede ou padro da mesa de

    trabalho deve ser ajustado para um tom neutro, preferencialmente um cinza 40 ou 50%, que pode

    ser preparado no prprio Photoshop a partir de uma imagem P&B (grayscale).

    Evite que os operadores fiquem com os monitores em posio contra-luz ou que haja reflexo das

    lmpadas nas telas. Em alguns casos, pode ser til improvisar abas como as usadas nos monitores

    profissionais. Faa as abas com papel carto preto fosco e fixe-as s laterais do computador com fita

    adesiva de velcro, que permite sua retirada quando no estiverem sendo utilizadas.

    Programas e arquivos utilizados

    Para fazer a calibrao nos Macs necessrio Mac OS verso 8.1, ou mais recente, equipado com o

    Color Sync 2.6 ou posterior encontrado no disco de instalao ou pode ser encontrado no site

    www.apple.com/colorsync. PCs devem ter o sistema de gerenciamento ICM instalado no Windows.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 29

  • Produo Grfica

    Alm disso, ser necessrio o Adobe Photoshop verso 5 (de preferncia atualizado para 5.02), 5.5

    ou a mais recente 6.0 alm do painel de controle Adobe Gamma (que instalado junto com o

    Photoshop).

    Para acerto da calibrao, preciso ter no micro o arquivo de algumas fotos em modo CMYK e o

    resultado dessas mesmas fotos impressas, de preferncia em impressora offset plana e usando papel

    couch de boa qualidade. Ou ainda as provas de cor (prelo, Cromalin ou Matchprint) dessas

    imagens.

    Caso voc no possua este material, tente consegui-lo no seu bureau de servio. Escolha fotos com

    cores vivas e variadas, alm de tons neutros.

    Por fim, ser muito til possuir um perfil ICC (ICC profile) com a caracterizao do seu modelo de

    monitor. O CD do Mac OS traz todos os perfis dos monitores da Apple. Alguns fabricantes

    disponibilizam os perfis na lnternet ou nos disquetes de instalao que acompanham o equipamento.

    ScannersOs scanners permitem que o PC converta uma imagem em um cdigo de forma que um programa

    grfico ou de editorao eletrnica possa produzi-la na tela e imprim-1a atravs de uma impressora

    grfica ou converter pginas datilografadas pginas possveis de serem editadas.

    H dois tipos bsicos de scanners: Planos e Cilndricos.

    Scanners Planos

    Os scanners planos, de tecnologia CCD (coupled charged devices) so aparelhos que capturam as

    imagens por meio de milhares de pequenas clulas fotossensveis (os CCDs), afixadas lado a lado

    numa barra posicionada num dos lados da rea de digitalizao (normalmente no lado superior,

    onde se posiciona a parte de cima do original). Um carro, munido de tubo luz, lentes e espelhos,

    corre sob a mesa de vidro, capta a luz refletida pelo original e envia para a barra de CCDs uma

    seqncia de fatias paralelas da imagem. Cada um dos CCDs transforma essa luz em sinais

    eltricos de intensidade varivel que so convertidos em bytes de informao digital e formam os

    pixels da imagem.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 30

  • Produo Grfica

    O nmero de CCDs existentes na barra e quantidade de fatias que podem ser capturadas medida

    em que o carro avana determinam as resolues ticas horizonta1 e vertical do aparelho. Essa

    resoluo medida em pixels por polegada (ppi) ou dots por polegada (dpi), nomes equivalentes.

    Atualmente, a maior parte dos bons scanners de mesa oferece entre 600 X 600 ppi e 1200 X 1200

    ppi de resoluo tica (desconsidere a resoluo interpolada, pois ela desfoca a imagem). Aparelhos

    profissionais hi-end podem ir alm dos 5000 ppi. Alguns fabricantes anunciam a resoluo do seu

    scanner se baseando na resoluo interpolado, ao invs da resoluo tica (resoluo real).

    Scanners Cilndricos

    Nos scanners cilndricos, um cilindro gira em alta velocidade. Durante cada volta, o sistema ptico

    "olha" para uma linha de informao em torno do cilindro. Cada linha constituda de pequenos

    pontos chamados pixels. Um pixel pode variar de um centsimo at, aproximadamente, um

    milsimo de polegada, em dimetro. Durante a anlise de cada ponto, antes do sistema ptico

    mover-se para o prximo, o raio de luz passa atravs dos filtros vermelho, verde e azul e atinge

    tubos fotomultiplicadores. Os tubos fotomultiplicadores so sensveis a diferentes nveis de luz.

    Eles medem as quantidades de luzes vermelha, verde e azu1 que passam pelo original.

    A intensidade dos sinais indica as quantidades de cyan, magenta e amarelo em cada ponto do

    origina1. Cada pixel gravado como um nvel de cinza entre 256 possveis para cada cor do

    processo. At este momento a cor aparece apenas como um nvel de gris.

    Enquanto o cilindro executa uma volta o scanner analisa os pixels em torno dele e registra um valor

    de cyan, magenta e amarelo para cada pixel. Para calcular a quantidade de preto necessria em cada

    pixel, o scanner analisa os trs valores lidos.

    Quando os trs sinais (cyan, magenta e amarelo) so altos, muito preto est presente. Se somente

    um ou dois dos sinais so muito intensos porque a cor no preto. Ela pode ser uma cor saturada.

    Portanto, a rea em questo necessita muito pouco ou nenhum preto.

    Depois do cilindro ter realizado uma volta completa, o sistema ptico do scanner move-se ao longo

    do comprimento na medida da largura de uma linha de scan, que igual largura de um pixel. O

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 31

  • Produo Grfica

    cilindro executa uma nova rotao e o scanner repete o processo at que toda imagem original seja

    analisada.

    Boa parte do resultado conseguido na digitalizao de imagens no depende apenas do equipamento

    utilizado, mas do programa (ou do pacote de programas) que o acompanha. Seja na forma de drivers

    TWAIN, plug-ins ou softwares independentes, esses programas definem parmetros e fazem ajustes

    no scanner para que se obtenha imagens de melhor qualidade. Muitas vezes, no mais necessrio

    capturar uma imagem bruta no scanner para depois trabalh-la extensivamente em um editor de

    imagens. Sistemas cada vez mais sofisticados permitem a produo direta de arquivos praticamente

    prontos para impresso.

    Quanto ao tipo de origina1, existem basicamente trs:

    Originais opacos (ampliaes fotogrficas em papel, gravuras, desenhos, impressos, etc);

    Transparncias positivas (cromos profissionais de diversos formatos e slides comuns);

    Transparncias negativas (filmes fotogrficos negativos, destinados a ampliaes).

    Nem todos os scanners planos aceitam transparncias (muitos exigem um adaptador opcional), e a

    boa parte dos softwares no possui sistemas de converso cromtica especficos para filmes

    negativos.

    Cuidados gerais com o scanner

    Trabalhar com imagens sempre uma tarefa delicada, que exige cuidado, ateno e conhecimentos

    tcnicos. muito importante garantir um certo padro mnimo de qualidade dos originais, seja por

    uma seleo cuidadosa das melhores imagens, seja pelo cuidado extremo em no sujar, danificar ou

    riscar as fotos. Fotografias, sejam elas cromos, negativos ou ampliaes em pape1, so sempre

    materiais muito delicados e a emulso fotogrfica facilmente marcada por impresses digitais,

    poeira e ciscos de difcil remoo.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 32

  • Produo Grfica

    Assim como os originais, tambm o scanner requer alguns cuidados. Primeiro, os equipamentos (em

    especial os de cilindro) devem ser instalados em superfcies slidas, estveis e sem vibraes. Para

    evitar interferncias eltricas, deixe-o distante de luzes fluorescentes, reatores e transformadores. Garanta ao

    equipamento uma fonte de energia de voltagem estabilizada e com um bom filtro de linha.

    O scanner, sua mesa e seu entorno devem estar, sempre, o mais limpos possvel. Um cuidado

    especial deve ser dedicado mesa de vidro ou ao cilindro. Restos de fita adesiva, cola ou leo precisam ser

    completamente removidos, com extremo cuidado para no riscar ou marcar o vidro ou pexiglass.

    No caso de scanners planos, convm deixar a lmpada do equipamento aquecer por cerca de meia

    hora antes de iniciar o trabalho, especialmente se forem ser digitalizadas imagens coloridas.

    Lmpadas mudam de cor e de intensidade a medida em que aquecem, alterando o equilbrio

    cromtico. Alguns modelos de lmpadas costumam, alm disso, apresentar melhores condies de

    iluminao na parte mdia da tubo, piorando nas pontas. Por isso, em diversos scanners planos, os

    resultados so melhores quando se usa a faixa central da mesa de vidro.

    Cuidado especial deve ser tomado com o posicionamento dos originais. Procure colocar as fotos

    perfeitamente alinhadas no scanner, para evitar que tenham de ser rotacionadas posteriormente. A

    rotao de imagens (exceto em ngulos retos: 90/180/270) causa, sempre, uma significativa perda

    de qualidade.

    Alm disso, os originais devem ser cuidadosamente fixados e mantidos o mais prximo possvel da

    superfcie da mesa ou do cilindro, evitando a formao de bolhas de ar.

    No caso de cromos e negativos, a face com emulso (gelatina) deve ser colocada em contato

    direto com o vidro. Modelos topo de linha (hi-end) costumam oferecer gabaritos apropriados para

    os cromos, alm de recomendar o uso de leos especiais que garantem uma melhor reproduo e

    evitam o surgimento de refraes conhecidas como anis de Newton.

    Por fim, importante realizar, regularmente, a calibragem cromtica do equipamento com o

    software apropriado.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 33

  • Produo Grfica

    5- Gravao do FotolitoEm sistemas como Computer-to-plate (CTP), Computer-to-press e Computer-to-print no

    utilizado o fotolito (Filme em positivo), havendo gravao do computador diretamente para a chapa

    ou mquina impressora.

    Dois sistemas de pr-impresso utilizam fotolito, o mtodo convencional e o computer-to-film (Do

    computador para o filme).

    Na pr-impresso convencional o original chegava impresso (arte-final) e era levado para a cmara

    escura, onde era fotografado (filme negativo) e revelado (revelador, fixador e gua). Quando o

    negativo secava seguia diretamente para a mesa de luz onde seria retocado e as fotos seriam

    montadas (as fotos eram fotografadas e reveladas separadamente das pginas impressas). Com o

    negativo pronto gerava-se um filme positivo atravs duma exposio de luz ultra violeta numa

    expositora vaccum printer, o filme positivo (fotolito) era ento revelado e secado.

    Na pr-impresso digital, o arquivo enviado diretamente do computador para o image-setter que

    grava a laser no filme positivo (perceba que j foi cortado o uso do filme negativo). Depois de

    gravado o filme enviado para a processadora (ou reveladora) onde revelado e secado. O fotolito

    j est ento pronto para gravar a chapa, ou sendo mais precavido para realizar um prova contratual.

    O processo digital bem mais rpido e oferece vantagens como: alta qualidade e o fato do operador

    no manipular diretamente em produto qumico pois o revelador, fixador e gua ficam dentro da

    processadora, entretanto requer constantes cuidados com a calibrao ou linearizao do image-

    setter, alm de contar com equipamentos bem mais caros.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 34

  • Produo Grfica

    6- SISTEMAS DE PROVAS DE FOTOLITOSA fim de se verificar a qualidade dos fotolitos obtidos em alta resoluo, necessrio a confeco

    de uma prova que os reproduza com fidelidade. a chamada prova contratual, onde o cliente vai

    aprovar ou no a impresso do seu trabalho. Adicionalmente esta prova orientar o impressor no

    acerto das cores de impresso.

    Existem dois tipos de provas: analgicas e digitais:

    Provas analgicas:Obtidas a partir dos fotolitos finalizados na pr-impresso. Destacam-se o Cromalin da Dupont e

    o Matchprint da 3M. Ambos com o mesmo princpio de funcionamento e com uma caracterstica

    fundamental: so fiis reproduo do filme exposto, possuindo as seguintes aplicaes:

    verificao da separao de cores;

    prova de pr-impresso para o cliente;

    guia de cores para a produo grfica;

    instrumento de controle de qualidade para a separao de cores, atravs de todas as fases de

    produo grfica.

    Outro tipo de prova analgica comumente utilizado o prelo. Este apresenta uma vantagem em

    relao prova Comalin e Matchprint pois fornece uma escala de impresso, isto , uma folha

    impressa de cada cor para que o impressor da mquina offset tenha referenciais de carga de tinta,

    registro e etc.

    At um tempo atrs, os sistemas de provas de prelo eram considerados obsoletos, porque a obteno

    de uma nica prova implicava em gravar um jogo de chapas e imprimi-las nestas mquinas que

    nada mais eram que simuladores de impresso. No entanto, novos prelos automticos so dotados

    de estaes automticas de cores que possibilitam o ajuste rpido, acerto de entintagem e a

    reutilizao da matriz na impressora offset.

    Provas digitaisProvas de alta resoluo obtidas a partir do arquivo, antes de se gerar os fotolitos. Obtm-se

    resultados excelentes, com um custo competitivo. especialmente indicada para as empresas que

    utilizam o sistema Computer to Press, onde a imagem da matriz de impresso obtida a partir do

    arquivo impaginado sem o fotolito.

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  • Produo Grfica

    GamutAo se referir a monitores e provas estamos falando de sistemas de reproduo distintos e que

    funcionam segundo princpios fsicos diferentes (da serem comuns as diferenas entre ambos). Um

    monitor basicamente um aparelho que funciona de acordo com os princpios da Sntese Aditiva.

    Num impresso ou em provas de fotolitos, o que presenciamos um processo de Sntese Subtrativa.

    As cores primrias da sntese subtrativa so empregadas nos pigmentos que compem as tintas de

    processo (Cyan, Magenta e Amarelo) e decompostas em pontos de retcula que formaro a imagem

    final.

    Pela sua natureza, os fsforos usados nos monitores possuem uma saturao centenas de vezes

    superior s cores de processo. Dessa forma, a quantidade de cores que um monitor pode reproduzir

    muitas vezes superior quantidade de cores possvel de se obter sob qualquer sistema de provas

    (relao de aproximadamente 150 : 1).

    Quando falamos na quantidade de cores que um sistema consegue atingir usamos normalmente a

    designao Gamut. Monitores e provas possuem "gamuts" completamente distintos. A calibrao

    100% perfeita de um monitor deveria tornar ambos os gamuts" coincidentes.

    H, portanto, cores em RGB sem converso para CMYK ou que no sejam seguras para a Web,

    todos os aplicativos voltados para a Indstria grfica oferecem um smbolo (exclamao)

    acompanhado de um box com uma cor (imagem ao lado), para alertar

    cores fora do Gamut de impresso. Basta clicar nele que o aplicativo vai

    escolher a cor mais prxima j mostrada no quadrado aolado da

    exclamao. No Corel Draw e no Photoshop oferecido um comando chamado alerta de gamut,

    que mancha as cores que esto fora do gamut de impresso.

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  • Produo Grfica

    7- SISTEMAS DE IMPRESSO

    TipografiaO sistema tipogrfico consiste em uma matriz em alto relevo, onde a tinta

    distribuda por meio de rolos. A transferncia da imagem para o papel por meio

    de contato direto, uma vez que a matriz est com a imagem invertida.

    O resultado uma impresso com forte cobertura tonal. Contudo, apresenta alguns

    inconvenientes: lentido na impresso e na secagem, alm de uma qualidade final

    baixa do impresso.

    RotogravuraA formao da imagem na Rotogravura constituda de baixos relevos gravados em um cilindro

    revestido de cromo. Esses baixos relevos so chamados de alvolos ou clulas, na verdade pequenos

    sulcos onde a tinta depositada. Este cilindro

    imerso num tanque com tinta que apresenta

    um alto grau de fluidez.

    Antes de ocorrer a impresso uma lmina

    retira o excesso da tinta, fazendo com que

    somente a tinta depositada nos alvolos sejam

    transferidas para o suporte.. Visto que o tipo

    de tinta utilizado apresenta um alto grau de

    fluidez, este sistema permite a impresso

    sobre suportes plsticos, resultando numa

    grande aplicao na indstria de embalagem.

    FlexografiaBaseado no mesmo sistema da tipografia, este sistema possui a matriz em alto relevo, porm esta

    flexvel, sob forma de clichs de fotopolmeros gravados num processo foto-qumico. Este clich

    fixado num cilindro que, quando em impresso, entra em contato com outro cilindro carregado de

    tinta. Uma vez entintado o clich transfere a tinta para o suporte.

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  • Produo Grfica

    Este sistema est se desenvolvendo no mundo, podendo-se encontrar at mesmo jornais impressos

    em flexografia em alguns lugares. No Brasil, a flexografia possui um forte campo na rea de

    embalagens, fazendo frente Rotogravura.

    SerigrafiaTambm conhecido como Silk Screen, este sistema consiste numa tela de tecido muito fino de um

    material bastante resistente, o suficiente para ser esticada e presa em um quadro com sua tenso

    mxima. sobre esta tela esta imagem ser gravada de uma maneira muito semelhante a da gravao

    das chapas offset.

    A imagem constituda de contragrafismos, que se constituem em branco que formam a imagem.

    As reas de grafismo so vazadas e as reas de contragrafismo so impermeveis.

    A impresso ocorre da seguinte maneira:

    1. A tinta (pastosa) depositada num canto da tela

    2. A tinta espalhada sobre a imagem, por meio de uma lmina de borracha, semelhante a um

    rodo

    3. O quadro (onde a tela est presa),

    apoiado sobre o suporte a serigrafia

    imprime sobre uma ampla gama de

    suportes

    4. A tinta arrastada com lmina de

    borracha sobre a imagem de maneira

    uniforme

    5. O impresso retirado do plano de

    impresso e posto para secagem.

    Embora parea rudimentar, a serigrafia desenvolveu-se muito nos ltimos anos, sendo

    automatizada e melhorando-se a qualidade das tintas empregadas.

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  • Produo Grfica

    Comparando-se os sistemas de impresso, temos:

    Tipo de

    impresso

    Secagem da

    Tinta

    Velocidade

    de impresso

    Resistncia da

    Matriz tiragem

    Qualidade da

    impresso coresTipografia Direta Lenta Lenta Baixa BaixaRotogravura Direta Rpida Rpida Altssima BoaFlexografia Direta Rpida Rpida Alta BoaSerigrafia Direta Lenta Lenta Baixa BaixaOffset Indireta Rpida Rpida Alta Alta

    OffsetO sistema de impresso offset baseado na repulso natural entre gua e corpos gordurosos, neste

    caso, a tinta. As reas de grafismo (imagem) da matriz de impresso preparada para possuir

    afinidade com a tinta, ao passo que as reas de contragrafismo preparada para receber gua e

    repelir a tinta.

    A matriz ou chapa presa num cilindro porta-chapas que transfere a imagem para o papel por meio

    de um cilindro revestido de borracha , chamado de caucho ou blanqueta; este por sua vez transfere a

    imagem para o papel que se encontra apoiado num cilindro de ao denominado contra-presso. Por

    esta razo o sistema offset denominado de impresso indireta.

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    Esquema de funcionamento de uma impressora Offset

  • Produo Grfica

    O sistema de gravao da chapa de impresso offset, tambm chamado de cpia de chapa baseado

    em princpios fotomecnicos. Antes de receber a gravao da imagem, a chapa consiste numa

    lmina de alumnio com uma superfcie de camada de material fotossensvel.

    Sobre a chapa ser colocado o fotolito, uma lmina de filme transparente em que a rea de grafismo

    foi gravado pelo processo fotogrfico. Sobre esta chapa ser dada uma exposio com luz forte, rica

    em raios ultra violeta.

    Depois de ser exposta luz, a chapa ser submetida a um banho de um lquido denominado

    revelador, cuja funo dissolver a rea que foi exposta luz, permanecendo na chapa somente a

    rea de grafismo

    Aps revelada, a chapa lavada e seca sendo depositada uma fina camada de goma arbica a fim de

    se evitar a oxidao at ser colocada na mquina de impresso.

    Uma outra possibilidade para se obter as chapas de impresso, como j mencionado, utilizar-se do

    moderno sistema computer to plate (do computador para a chapa).

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 40

    Tinta gua

  • Produo Grfica

    Tipos de Mquinas Impressoras offsetAs impressoras offset so divididas em dois grandes grupos:

    Mquinas rotativas: trabalham com alimentao a bobina, empregadas em editoria de livros,

    revistas e jornais em virtude de sua facilidade de ser obter cadernos em sua sada.

    Mquinas Planas: tambm chamadas de mquinas folha, pois trabalham sobre papel em

    folhas empacotados de forma plana.

    As mquinas planas possuem uma utilizao

    muito mais ampla que as rotativas, ao passo

    que as impressoras planas tem seu emprego em

    todo e qualquer tipo de aplicao, desde que o

    papel seja cortado em pedaos. As variaes

    que pode-se encontrar entre os modelos folha

    se restringem ao formato e nmero de cores

    que se pode imprimir numa nica entrada de

    papel.

    Impressora Offset plana - 2 cores

    O nmero de cores de uma impressora definido pelo nmero de grupo impressores que a mquina

    possui. J o formato definido em funo das dimenses com que os papis so produzidos.

    Existem modelos cujo formato em funo do formato de papel 66x96cm , so conhecidos como

    mquinas de folha-inteira, j as que trabalham com metade deste formato so chamadas meia folha

    (48 x 66), h ainda as que trabalham com a quarta parte desse formato (1/4 ou duplo ofcio), ou as

    que trabalham com 1/8 do formato 6x96 que so as formato ofcio (pequeno porte).

    Existem tambm as impressoras offset digitais que utilizam a tecnologia Computer-to-Press,

    anteriormente citada.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 41

  • Produo Grfica

    Ganho de PontoPor dcadas, lidar com cores em produo grfica era um trabalho semelhante ao de pintar cermica

    antes da queima. Nas artes-finais, as cores a serem aplicadas eram indicadas por valores numricos

    de CMYK. Os fotolitos com as separao de cores das fotos vinham direto dos scanners (ou do

    processo fotogrfico). Tudo era reunido no filme limpo e a primeira visualizao das cores reais do

    impresso s surgia nas provas de prelo, quando no na prpria mquina impressora. Assim como na

    cermica, os artistas grficos precisavam imaginar como o produto ficaria quando as cores

    surgissem vivas e brilhantes sobre o papel.

    De 10 anos para c, monitores coloridos de alta definio e as novas impressoras digitais de mesa

    facilitaram muito esse trabalho. Hoje, possvel criar um impresso em quatro cores e ver

    imediatamente o resultado final no monitor. Uma prova impressa pode ser conseguida em poucos

    minutos. Surgem, no entanto, alguns novos desafios. Um deles fazer com que os resultados no

    monitor e na prova correspondam ao que vai se obter na impresso final. Sem isso, o produtor corre

    o risco de ser enganado por seus olhos e aprovar um servio que na realidade est insatisfatrio. Os

    monitores e as impressoras de mesa so hoje os primeiros dispositivos de prova do nosso fluxo de

    trabalho. Mas para que funcionem bem, preciso caracteriz-los, os seja, ajust-los de forma que

    imitem o comportamento cromtico das tintas offset nas impresses industriais.

    Uma das caractersticas mais importantes de qualquer processo de impresso em larga escala o

    chamado ganho de ponto (dot gain), um comportamento da tinta impressa que faz com que as

    cores e imagens tendam a ficar diferentes do previsto. Atualmente os densitmetros medem o ganho

    de ponto e uma grfica que se preza sabe e informa seu dot gain (ganho de ponto) aos seus clientes

    para que esses faam a compensao.

    O fenmeno que conhecemos como ganho de ponto o resultado de uma soma de fatores fsicos

    e pticos que ocorrem quando colocamos tinta sobre papel para formar imagens impressas. Eles

    fazem com que as tonalidades e cores das tintas apresentem comportamentos diferentes do que seria

    esperado, em especial nas retculas dos meio-tons. Normalmente, essas cores tm uma tendncia ao

    escurecimento, que pode ser maior ou menor conforme o tipo de papel e processo de impresso.

    Mas tambm h casos de ganho de ponto negativo, onde as cores clareiam. Felizmente, boa parte

    desses efeitos pode ser previsto com antecedncia, permitindo que faamos uma compensao (ou

    contra-correo) nos arquivos digitais e fotolitos.

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  • Produo Grfica

    A primeira e mais importante causa do ganho de ponto o aumento na rea de cobertura dos pontos

    da retcula, que ocorre quando se aplica tinta sobre papel. semelhante ao que ocorre quando

    deixamos cair um pingo de tinta nanquim ou de caneta num pedao de papel: a tinta se espalha

    medida em que vai sendo absorvida pelas fibras, e a mancha resultante muito maior que o pingo

    original. O mesmo fenmeno, em escala reduzida, ocorre em todos os processos de impresso que

    usam originais reticulados. Em linhas gerais, o ganho de ponto mais acentuado quanto mais

    absorvente for o papel e quanto maior for a quantidade de tinta (carga de tinteiro) aplicada pela

    impressora Papis revestidos (tipo couch) costumam apresentar ganho de ponto menor que

    equivalentes no revestidos. Os maiores ganhos de ponto acontecem em papis inferiores, do tipo

    jornal.

    No entanto, o ganho de ponto no uniforme em todas as tonalidades da retcula. Nos tons muito

    claros, a quantidade de tinta existente nos pequenos pontos insuficiente para provocar um

    aumento significativo na rea de cobertura Nos tons muito escuros, o crescimento da rea de

    cobertura significativo, mas percentualmente reduzido em funo do maior tamanho do ponto

    original. Alm disso, boa parte da tinta espalha-se sobre reas j cobertas pelos pontos adjacentes.

    Por isso, o fenmeno costuma ser mais acentuado nos meio tons (25% a 75%), com pico na faixa

    entre 50% e 60%. Num grfico, podemos representar a influncia do ganho de ponto sobre os tons

    da imagem como uma curva embarrigada para cima.

    Uma das conseqncias desse tipo de comportamento, que o ganho de ponto no apenas escurece

    imagens coloridas, mas tambm pode mudar o tom das cores. Um exemplo: numa cor laranja, feita

    com 90% de Amarelo e 60% de Magenta, o ganho de ponto ser muito mais acentuado na segunda

    cor que na primeira. Com isso, o tom laranja tender a distorcer, ficando mais vermelho quanto

    maior for o ganho de ponto da impresso.

    Outro fator importante, que o ganho de ponto tambm varia em funo do tipo e da lineatura de

    retcula empregada nos fotolitos. Normalmente, quanto mais alta a lineatura (deixando os pontos

    menores e mais prximos), mais acentuado e difcil de controlar se torna o ganho de ponto. Este

    um dos principais problemas que impede o uso mais amplo das retculas do tipo estocstica ou FM:

    esse tipo de fotolito gera um ganho de ponto elevado e de controle muito difcil, exceto em

    condies muito boas de impresso.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 43

  • Produo Grfica

    Por fim, o ganho de ponto tambm sofre influncia do tipo de equipamento usado na impresso.

    Embora haja excees, a regra geral diz que quanto mais uma impressora otimizada para

    velocidade, menos ela otimizada para qualidade. Por isso, mquinas de alta produtividade (em

    geral rotativas, que usam papel em bobinas) produzem ganhos de ponto mais altos que os

    encontrados nas mquinas mais lentas (normalmente planas, que usam folhas soltas). A tecnologia

    de impresso tambm faz diferena: a flexografia apresenta um ganho de ponto muito acentuado,

    enquanto que na rotogravura o fenmeno reduzido. O offset normal fica no meio termo, enquanto

    que o offset sem gua (waterless) apresenta um dos menores ganhos de ponto da indstria grfica.

    Uma infinidade de outros fatores tm influncia sobre o crescimento da rea dos pontos. Dentre eles

    destacamos o tipo de fotolito (chapas eu frmas produzidas com filmes positivos tm ganho de

    ponto menor que s feitas com filmes negativos, que so normalmente empregadas em jornais), o

    processo de gravao das chapas, a viscosidade da tinta, o equilbrio gua-tinta na impresso offset

    e a presso dos rolos e blanquetas nas mquinas impressoras.

    Cor do papel

    Um outro tipo de ganho de ponto, que no se relaciona com aumento da rea dos pontos da

    retcula. um ganho de ponto tico, causado pela influncia da tonalidade do branco do papel sobre

    as cores e tons das imagens. fcil entender que, aplicada sobre um papel acizentado, uma foto

    tender a ficar mais escura do que se houvesse sido impressa em um suporte mais alvo.

    Novamente aqui os papis do tipo jornal so os grandes prejudicados. Mas deve-se explicar que a

    cor cinzento-amarelada do papel jornal no decorre apenas da baixa qualidade do produto. Ela em

    boa parte intencional, pois ajuda a reduzir o efeito de transparncia (comum em papis de baixa

    gramatura) e torna mais confortvel a leitura sob condies de grande luminosidade (como ao sol,

    por exemplo).

    interessante notar que esse ganho de ponto ptico tambm causa distores no tom das cores.

    Para compreender o porqu, imagine que o tom do papel jornal aproximadamente o mesmo de

    uma cor feita com 10% de Cyan, 8% de Magenta e 12% de Amarelo. Essa cor de fundo vai

    somar-se a todas as cores impressas sobre o papel, num processo de contaminao. E a

    contaminao gera influncias estranhas nas cores.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 44

  • Produo Grfica

    Um verde feito com Ciano 80%, Magenta 4% e Amarelo 100%, por exemplo, passaria a ser visto

    como Ciano 90%, Magenta 12% e Amarelo l12%. A influncia sobre o amarelo chapado quase

    nula e sobre o Cyan relativamente pequena. Mas a quantidade de magenta foi multiplicada por

    trs! Por isso, quando impressas sobre papis cinzentos as cores tendem no s a escurecer, mas

    tambm a ficar menos brilhantes e pouco saturadas.

    Ganho de ponto negativo

    H um terceiro tipo de ganho de ponto que tende a clarear as imagens e, por isso, conhecido

    como ganho de ponto negativo. Na verdade, existem dois fenmenos independentes que

    produzem esse ganho negativo em algumas condies de impresso, especialmente quando so

    utilizados papis de baixa qualidade.

    O primeiro fenmeno acontece nas chamadas mnimas, as regies mais claras das imagens, onde

    se encontram os menores pontos da retcula. Em papis de superfcie muito spera e irregular

    extremamente difcil fazer com que pequenos pontos de tinta se fixem no impresso. O resultado

    que as reas mais claras tendem a ficar carecas ou furadas, comprometendo a reproduo de

    detalhes nas altas luzes da imagem. Em papis revestidos e com boas condies de impresso,

    possvel imprimir pontos de 2% a 3% (ou at de 1%, dependendo da lineatura da retcula). Em

    papis inferiores e impressoras rpidas, raramente possvel imprimir pontos menores que 5% ou

    6%. Devido ao tipo de matriz empregada, essa questo especialmente crtica na impresso por

    flexografia.

    O segundo fenmeno acontece nas chamadas mximas, as regies mais escuras da imagem, onde

    as cores esto praticamente chapadas. Nesses pontos, a chamada densidade de cobertura da cor

    depende de quanta tinta a impresso consegue depositar sobre o papel. E a, ocorrem dois

    problemas. Nos papis muito absorventes, boa parte da tinta penetra nas fibras do papel, o que

    acaba comprometendo a espessura do chamado filme de cobertura. Alm disso, em mquinas

    muito velozes os rolos tinteiros tm dificuldade de suprir a quantidade necessria de tinta, em

    especial no caso de extensas reas chapadas. Por isso, o preto total conseguido mesmo nos jornais

    mais bem impressos muito mais claro que o que se consegue numa boa impresso plana em

    couch.

    rea Grfica SENAI Dendezeiros DR/BA 45

  • Produo Grfica

    Compensao do ganho

    A combinao desse conjunto de fatores determina o comportamento geral do ganho de ponto em

    um determinado impresso. Estudando as variveis, fazendo testes comparativos e medindo a rea

    dos pontos com ajuda de um densitmetro possvel prever uma curva de ganho aproximada para

    cada combinao possvel de papel e impresso. Essa curva a base para que se aplique, nos

    arquivos digitais ou nos fotolitos, a chamada compensao ou contra-correo do ganho de

    ponto. Com isso, possvel minimizar seus efeitos nocivos, mantendo a luminosidade da imagem

    dentro dos valores corretos e garantindo que as cores no sofram distores inaceitveis.

    Basicamente, a compensao de ganho de ponto feita pelo ajuste dos limites mnimos e mximos