SENAI - Desenho Técnico Mecânico.pdf

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  • Desenho Tcnico Mecnico

  • Desenho Tcnico Mecnico SENAI-SP, 2010 Material didtico organizado pelo ncleo de Meios Educacionais da Gerncia de Educao em parceria com Escolas SENAI-SP a partir de contedos extrados da intranet para Qualificao em cursos de Formao Inicial Continuada Desenhista de Mecnica e Desenhista Copista de CAD. Equipe responsvel

    Organizao Eduardo Francisco Ferreira Escola SENAI "Roberto Simonsen"

    Antonio Varlese

    Escola SENAI "Humberto Reis Costa" Manoel Tolentino Rodrigues Filho

    Escola SENAI "Mariano Ferraz" Roberto Aparecido Moreno

    Jos Carlos de Oliveira Escola SENAI "A. Jacob Lafer"

    Eugencio Severino da Silva

    Escola SENAI "Almirante Tamandar" Rinaldo Afanasiev

    Escola SENAI "Hermenegildo Campos de Almeida" Celso De Hyplito

    Escola SENAI "Roberto Mange" Humberto Aparecido Marim

    Escola SENAI "Mrio Dedini" Jos Serafim Guarnieri

    Centro de Treinamento SENAI - Mogi Guau

    Editorao Flavio Alves Dias Jos Joaquim Pecegueiro Marcos Antonio Oldigueri Meios Educacionais - GED

  • SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de So Paulo Av. Paulista, 1313 - Cerqueira Cesar So Paulo - SP CEP 01311-923

    Telefone

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    E-mail

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    Sumrio

    9 Introduo 11 Desenho artstico e desenho tcnico 15 Material de desenho tcnico 15 O papel 18 O lpis 18 A borracha 19 A rgua 20 Instrumentos de desenho 23 Traado de linhas com instrumentos 25 Projees traadas com instrumentos 26 Linhas curvas traadas com compasso 26 Perspectiva isomtrica traada com instrumentos 28 Exerccios 33 Caligrafia tcnica 35 Exerccios 37 Figuras geomtricas 38 Ponto 39 Linha 40 Plano ou superfcie plana 41 Figuras planas 42 Exerccios 45 Slidos geomtricos 56 Exerccios 59 Perspectiva isomtrica 61 Traados da perspectiva isomtrica do prisma 64 Traado de perspectiva isomtrica com detalhes paralelos 65 Traado da perspectiva isomtrica com detalhes oblquos 66 Traado da perspectiva isomtrica com elementos arredondados 66 Traado da perspectiva isomtrica do crculo 68 Traado da perspectiva isomtrica do cilindro

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    68 Traado da perspectiva isomtrica do cone 69 Outros exemplos do traado da perspectiva isomtrica 70 Exerccios 75 Projeo ortogonal 77 Projeo em trs planos 78 Rebatimento de trs planos de projeo 82 Exerccios

    103 Aplicao de linhas 111 Cantos e arestas da conformao 111 Trao e ponto largo 112 Trao ponto estreito e largo nas extremidades e na mudana de direo 112 Ordem de prioridade de linhas coincidentes 113 Terminao das linhas de chamadas 115 Cotagem 119 Cotas que indicam tamanhos e cotas que indicam localizao de

    elementos 120 Cotagem de peas simtricas 121 Sequncia de cotagem 125 Cotagem de elementos esfricos 126 Cotagem de elementos angulares 127 Cotagem de ngulos em peas cilndricas 128 Cotagem de chanfros 129 Cotagem em espaos reduzidos 130 Cotagem por faces de referncia 131 Cotagem por coordenadas 132 Cotagem por linhas bsicas 132 Cotagem de furos espaados igualmente 134 Indicaes especiais 135 Cotagem de uma rea ou comprimento limitado de uma superfcie, para

    indicar uma situao especial 135 Cotagem de peas com faces ou elementos inclinados 137 Cotagem de peas cnicas ou com elementos cnicos 138 Cotagem de conjuntos 139 Exerccios 149 Supresso de vistas 149 Supresso de vistas iguais e semelhantes 153 Supresso de vistas diferentes 154 Desenho tcnico com vista nica

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    157 Smbolo indicativo de quadrado 159 Smbolo indicativo de superfcie plana 160 Smbolo indicativo de dimetro 161 Supresso de vistas em peas com forma composta 163 Supresso de vistas em peas com vistas parciais 165 Representaes com vista nica em vistas parciais 167 Exerccios 175 Desenho em corte 175 Corte 175 Hachuras 177 Corte na vista frontal 178 Corte na vista superior 178 Corte na vista lateral esquerda 179 Mais de um corte no desenho tcnico 181 Meio-corte 182 Meio-corte em vista nica 182 Duas representaes em meio-corte no mesmo desenho 183 Representao simplificada de vistas de peas simtricas 184 Meia-vista 186 Exerccios 203 Seo 205 Indicao da seo 209 Encurtamento 211 Representao do encurtamento no desenho tcnico 211 Mais de um encurtamento na mesma pea 212 Representao do encurtamento em peas cnicas e inclinadas 212 Representao com encurtamento e seo 214 Exerccio 215 Escalas 215 O que escala? 217 Desenho tcnico em escala 218 Escala natural 218 Escala de reduo 219 Escala de ampliao 220 Escalas recomendadas 221 Cotagem em diferentes escalas 223 Exerccios 229 Rugosidades das superfcies

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    230 Rugosidade 234 Sistemas de medio da rugosidade superficial 236 Indicao do estado de superfcies em desenhos tcnicos 240 Rugosmetro 243 Recartilha 245 Tolerncia dimensional 246 O que tolerncia dimensional? 248 Ajustes 255 Tolerncia geomtrica 256 Tolerncias de forma 270 Indicaes de tolerncias geomtricas em desenhos tcnicos 277 Componentes padronizados 277 Elementos de fixao roscados 280 Representao normal de tipos de rosca e respectivos perfis 282 Cotagem e indicaes de roscas 286 Arruela 287 Mola 289 Tipos de molas 289 Cotagem de molas 290 Rebite 290 Tipos e propores 291 Costuras e propores 291 Soldas 292 Chavetas 293 Tipos de chavetas 294 Polias e correias 295 ngulos e dimenses dos canais das polias em V 296 Rolamentos 299 Engrenagens 299 Tipos de corpos de engrenagem 302 Caractersticas e cotagem de engrenagens 307 Frmulas e traado de dentes de engrenagem 308 Engrenagem evolvente aproximada - (Traada com arcos de crculo) 310 Cremalheira 311 Engrenagem cilndrica helicoidal (frmulas e traados) 313 Desenho definitivo de conjunto e de detalhes 323 Referncias

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    Introduo A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio de desenho tcnico to importante quanto execuo de uma tarefa, pois o desenho que fornece todas as informaes precisas e necessrias para a construo de uma pea. O objetivo desta unidade dar os primeiros passos no estudo de desenho tcnico. Assim, voc aprender: As vrias formas de representao de um objeto; Os recursos materiais necessrios para sua representao; Caligrafia tcnica; Figuras e slidos geomtricos; Projeo ortogonal; Cotagem; Escala.

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    Avaliado pelo Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

    Desenho artstico e desenho tcnico O homem se comunica por vrios meios. Os mais importantes so a fala, a escrita e o desenho. O desenho artstico uma forma de representar as ideias e os pensamentos de quem desenhou. Por meio de desenho artstico possvel conhecer e mesmo reconstituir a histria dos povos antigos. Ainda pelo desenho artstico possvel conhecer a tcnica de representar desses povos.

    Detalhes dos desenhos das cavernas de Skavberg, Noruega

    Representao egpcia do tmulo do escriba Nakht 14 a.C.

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    Atualmente existem muitas formas de representar tecnicamente um objeto. Essas formas foram criadas com o correr do tempo, medida que o homem desenvolvia seu modo de vida. Uma dessas formas a perspectiva. Perspectiva a tcnica de representar objetos e situaes como eles so vistos na realidade, de acordo com sua posio, forma e tamanho.

    Pela perspectiva pode-se tambm ter a ideia do comprimento, da largura e da altura daquilo que representado.

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    Voc deve ter notado que essas representaes foram feitas de acordo com a posio de quem desenhou. Tambm foram resguardadas as formas e as propores do que foi representado. O desenho tcnico assim chamado por ser um tipo de representao usado por profissionais de uma mesma rea: mecnica, marcenaria, serralharia, etc. Ele surgiu da necessidade de representar com preciso mquinas, peas, ferramentas e outros instrumentos de trabalho.

    No decorrer da apostila, voc aprender outras aplicaes do desenho tcnico.

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    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

    Referncia SENAI.SP. Desenho I - Iniciao ao desenho. So Paulo, 1991.

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    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Material de desenho tcnico O conhecimento do material de desenho tcnico e os cuidados com ele so fundamentais para a execuo de um bom trabalho. A maneira correta de utilizar esse material tambm, pois as qualidades e defeitos adquiridos pelo estudante, no primeiro momento em que comea a desenhar, podero refletir-se em toda a sua vida profissional. Os principais materiais de desenho tcnico so: o papel; o lpis; a borracha; a rgua. O papel O papel um dos componentes bsicos do material de desenho. Ele tem formato bsico, padronizado pela ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas). Esse formato o A0 (A zero) do qual derivam outros formatos. Formatos da srie A (Unidade: mm)

    Formato Dimenso Margem direita Margem esquerdaA0 A1 A2 A3 A4

    841 x 1.189 594 x 841 420 x 594 297 x 420 210 x 297

    10 10 7 7 7

    25 25 25 25 25

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    O formato bsico A0 tem rea de 1m2 e seus lados medem 841mm x 1.189mm.

    Do formato bsico derivam os demais formatos.

    Quando o formato do papel maior que A4, necessrio fazer o dobramento para que o formato final seja A4.

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    Dobramento Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185mm. A parte a dobrada ao meio.

    Legenda Todo desenho deve ser complementado com uma legenda que, de modo geral, deve estar situada no canto inferior direito das folhas de desenho. Na legenda, devem estar includas todas as indicaes do desenho como: a. Nome da empresa, departamento ou rgo pblico; b. Ttulo do desenho; c. Escala do desenho; d. Datas; e. Assinaturas dos responsveis pela execuo, aprovao e verificao; f. Nmero do desenho; g. Nmero da pea, quantidades, denominaes, materiais e dimenses.

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    A direo da leitura da legenda deve corresponder direo de leitura do desenho. A legenda deve ter 178mm de comprimento nos formatos A4, A3 e A2 e 175mm nos formatos A1 e A0.

    Quantidade Denominao e Observao Pea/material e dimenses Desenhista Nome Visto Data Empresa

    Aprovao Nome Visto Data substituio

    Escala Ttulo do Desenho

    Desenho n

    O Lpis O lpis um instrumento de desenho para traar. Ele tem caractersticas especiais e no pode ser confundido com o lpis usado para fazer anotaes costumeiras.

    Caractersticas e denominaes dos lpis Os lpis so classificados em macios, mdios e duros conforme a dureza das grafitas. Eles so denominados por letras ou numerais e letras.

    A borracha A borracha um instrumento de desenho que serve para apagar. Ela deve ser macia, flexvel e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar.

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    A maneira correta de apagar fixar o papel com uma mo e com a outra esfregar a borracha nos dois sentidos sobre o que se quer apagar. A rgua A rgua e o escalmetro so instrumentos de desenho que servem para medir o modelo e transportar as medidas obtidas no papel. Devem ser usados somente para medio e nunca como apoio para traar retas ou para cortar papel.

    As unidades de medidas utilizadas em desenhos tcnicos so: o milmetro, o centmetro e o metro, dependendo da rea de aplicao.

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    Instrumentos de desenho Instrumentos de desenho so objetos destinados a traados precisos. Os instrumentos de desenho mais comuns so: Rgua-t; Esquadro; Compasso. Rgua-t A rgua-t um instrumento usado para traar linhas retas horizontais.

    Fixao do papel na prancheta Para fixar o papel na prancheta necessrio usar a rgua-t e a fita adesiva. Durante o trabalho, a cabea da rgua-t fica encostada no lado esquerdo da prancheta. A margem da extremidade superior do papel deve ficar paralela a haste da rgua-t. Veja a figura:

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    Esquadro O esquadro um instrumento que tem a forma do tringulo retngulo e usado para traar linhas retas verticais e inclinadas. Os esquadros podem ser de 45 e de 60.

    O esquadro de 45 tem um ngulo de 90 e os outros dois ngulos de 45

    O esquadro de 60 tem um ngulo de 90, um de 60 e outro de 30.

    Os esquadros so adquiridos aos pares: um de 45 e outro de 60. Ao adquirir-se um par de esquadros deve-se observar que o lado oposto ao ngulo de 90 do esquadro de 45 seja igual ao lado oposto ao ngulo de 60 do esquadro de 60.

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    Compasso O compasso um instrumento usado para traar circunferncias e arcos de circunferncia, tomar e transportar medidas.

    O compasso composto de uma cabea, hastes, um suporte para fixar a ponta-seca e um suporte para fixar a grafita.

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    Traado de linhas com instrumentos Linhas horizontais traadas com a rgua-t:

    Linhas inclinadas traadas com a rgua-t e um esquadro:

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    Linhas inclinadas traadas com a rgua-t e dois esquadros:

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    Projees traadas com instrumentos

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    Linhas curvas traadas com compasso

    Perspectiva isomtrica traada com instrumentos

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    Exerccios Material - Identificar materiais para desenho. 1. Complete o quadro abaixo, escrevendo os respectivos nomes nos formatos dos

    papis de desenho A3 e A4.

    Formato Dimenso Margem 2. Complete a tabela ao lado, escrevendo as medidas das margens dos formatos A3 e A4.

    a)

    b)

    A 0

    A 1

    A 2

    A 3

    A 4

    841 x 1189

    594 x 841

    420 x 594

    297 x 420

    210 x 297

    10

    10

    7

    3. Complete as frases nas linhas indicadas.

    a) O formato de papel A2 d origem a dois formatos . b) O formato de papel A3 d origem a dois formatos .

    4. Assinale com X a alternativa que corresponde s dimenses de papel formato A4.

    a) ( ) 210 x 297 b) ( ) 297 x 420 c) ( ) 420 x 594

    5. Entre os lpis HB e 2H, qual deles tem a grafita mais macia?

    __________________________________________________________________

    6. Complete as frases nas linhas indicadas. a) A unidade de medida utilizada em desenho tcnico em geral o . b) A borracha usada para apagar o desenho deve ser _______________, flexvel

    e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar.

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    Traado com instrumentos Rgua-t e esquadros A.

    Complete as linhas conforme os exemplos dados abaixo.

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    Traado com instrumentos Rgua-t e esquadros B. Complete as linhas conforme os exemplos dados abaixo.

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    Traado com instrumentos - Compasso

    Complete as linhas conforme os exemplos dados abaixo.

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    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao Desenho. So Paulo. 1991.

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    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Caligrafia tcnica Caligrafia tcnica so caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve ser legvel, uniforme e facilmente desenhvel. A caligrafia tcnica normalizada constituda de letras e algarismos inclinados para a direita, formando um ngulo de 75 com a linha horizontal. Exemplo de letras maisculas

    Exemplo de letras minsculas

    Exemplo de algarismos

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    Propores

    Forma de escrita A (d= h/14)

    Caractersticas Relao Dimenses em milmetro Altura das letras maisculas h 14/14 h 2,5 3,5 5 7 10 14 20

    Altura das letras minsculas c 10/14 h - 2,5 3,5 5 7 10 14

    Distncia mnima entre caracteres a 2/14 h 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8

    Distncia mnima entre linhas de base

    b20/14 h 3,5 5 7 10 14 20 28

    Distncia mnima entre palavras e 6/14 h 1,05 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4

    Largura da linha d 1/14 h 0,18 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4

    Forma de escrita B (d= h/10)

    Caractersticas Relao Dimenses em milmetro Altura das letras maisculas h 10/10 h 2,5 3,5 5 7 10 14 20

    Altura das letras minsculas c 7/10 h - 2,5 3,5 5 7 10 14

    Distncia mnima entre caracteres a 2/10 h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4

    Distncia mnima entre linhas de base

    b14/10 h 3,5 5 7 10 14 20 28

    Distncia mnima entre palavras e 6/10 h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12

    Largura da linha d 1/10 h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

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    Exerccios 1. Escrever em caligrafia tcnica: Escreva o alfabeto maisculo.

    Escreva o alfabeto minsculo.

    Escreva os algarismos.

    2. Escreva:

    1. O nome completo da sua escola. 2. O seu nome completo. 3. O curso em que est matriculado.

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    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I - Iniciao ao desenho. So Paulo, 1991.

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    Avaliado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Figuras geomtricas Desde o incio da histria do mundo, o homem tem se preocupado com a forma, a posio e o tamanho de tudo que o rodeia. Essa preocupao deu origem geometria que estuda as formas, os tamanhos e as propriedades das figuras geomtricas. Figura geomtrica um conjunto de pontos. Veja abaixo algumas representaes de figuras geomtricas.

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    As figuras geomtricas podem ser planas ou espaciais (slidos geomtricos). Uma das maneiras de representar as figuras geomtricas por meio do desenho tcnico. O desenho tcnico permite representar peas de oficina, conjuntos de peas, projetos de mquinas, etc. Para compreender as figuras geomtricas indispensvel ter algumas noes de ponto, linha, plano e espao. Ponto O ponto a figura geomtrica mais simples. possvel ter uma idia do que o ponto observando: Um furo produzido por uma agulha em um pedao de papel; Um sinal que a ponta do lpis imprime no papel.

    O ponto representado graficamente pelo cruzamento de duas linhas.

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    Linha A linha pode ser curva ou reta. Nesta unidade vamos estudar as linha retas.

    Linhas retas A linha reta ou simplesmente a reta no tem incio nem fim: ela ilimitada.

    Na figura acima, as setas nas extremidades da representao da reta indicam que a reta continua indefinidamente nos dois sentidos. Semirreta A semirreta sempre tem origem mas no tem fim. Observe a figura abaixo. O ponto A o ponto de origem das semirretas.

    O ponto A d origem a duas semirretas.

    Segmento de reta Se ao invs de um ponto A so tomados dois pontos diferentes, A e B, obtm-se um pedao limitado da reta.

    Esse pedao limitado da reta chamado segmento de reta e os pontos A e B so chamados extremidades do segmento de reta.

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    De acordo com sua posio no espao, a reta pode ser:

    Plano ou superfcie plana O plano tambm chamado de superfcie plana. Assim como o ponto e a reta, o plano no tem definio, mas possvel ter uma idia do plano observado: o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso de uma sala. comum representar o plano da seguinte forma:

    De acordo com sua posio no espao, o plano pode ser:

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    Figuras planas O plano no tem incio nem fim: ele ilimitado. Mas possvel tomar pores limitadas do plano. Essas pores recebem o nome de figuras planas. As figuras planas tm vrias formas. O nome das figuras planas varia de acordo com sua forma:

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    Exerccios Figuras geomtricas - Identificar figuras geomtricas. 1. Na coluna A esto diversas figuras e na coluna B, os nomes dessas figuras.

    Numere a coluna B de acordo com a coluna A.

    Coluna A

    Coluna B

    1.

    a) ( ) Losango

    2.

    b) ( ) Linha curva

    3.

    c) ( ) Paralelogramo

    4.

    d) ( ) Trapzio

    5.

    e) ( ) Segmento de reta

    6.

    f) ( ) Quadrado

    7.

    g) ( ) Prisma

    h) ( ) Crculo

    8.

    i) ( ) Hexgono

    9.

    j) ( ) Linha reta

    10.

    m) ( ) Ponto

    11.

    n) ( ) Retngulo

    12.

    o) ( ) Semirreta

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    2. Escreva embaixo de cada ilustrao da reta a posio na qual ela est representada.

    3. Assinale com X alternativa correta. Os pontos A e B do segmento de retas so chamados de:

    a) ( ) lados b) ( ) extremidades

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    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao Desenho. So Paulo. 1991.

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    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Slidos geomtricos Voc j sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano. Quando uma figura geomtrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um slido geomtrico. Analisando a ilustrao abaixo, voc entender bem a diferena entre uma figura plana e um slido geomtrico.

    Figura plana Slido geomtrico Os slidos geomtricos tm trs dimenses: comprimento, largura e altura. Embora existam infinitos slidos geomtricos, apenas alguns, que apresentam determinadas propriedades, so estudados pela geometria. Os slidos que voc estudar neste curso tm relao com as figuras geomtricas planas mostradas anteriormente. Os slidos geomtricos so separados do resto do espao por superfcies que os limitam. E essas superfcies podem ser planas ou curvas. Dentre os slidos geomtricos limitados por superfcies planas, estudaremos os prismas e as pirmides. Dentre os slidos geomtricos limitados por superfcies curvas, estudaremos o cilindro, o cone e a esfera, que so tambm chamados de slidos de revoluo.

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    muito importante que voc conhea bem os principais slidos geomtricos porque, por mais complicada que seja, a forma de uma pea sempre vai ser analisada como o resultado da combinao de slidos geomtricos ou de suas partes. Prismas O prisma um slido geomtrico limitado por polgonos. Voc pode imagin-lo como uma pilha de polgonos iguais muito prximos uns dos outros, so formados por figuras planas que se sobrepem umas s outras, como mostra a ilustrao:

    O prisma pode tambm ser imaginado como o resultado do deslocamento de um polgono. Ele constitudo de vrios elementos. Para quem lida com desenho tcnico muito importante conhec-los bem. Veja quais so eles nesta ilustrao:

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    As principais caractersticas do slido geomtrico so as trs dimenses: comprimento, largura e altura.

    Existem vrios tipos de slidos geomtricos. Porm vamos estudar apenas os mais importantes: o prisma, o cubo, a pirmide e o slido de revoluo. Note que a base desse prisma tem a forma de um retngulo. Por isso ele recebe o nome de prisma retangular. Dependendo do polgono que forma sua base, o prisma recebe uma denominao especfica. Por exemplo: o prisma que tem como base o tringulo, chamado prisma triangular. Quando todas as faces do slido geomtrico so formadas por figuras geomtricas iguais, temos um slido geomtrico regular. O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe o nome de cubo.

    Prisma triangular Prisma quadrangular Prisma retangular

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    Prisma hexagonal Prisma quadrangular (cubo ) O prisma formado pelos seguintes elementos: base, faces, arestas e vrtices. Como mostra a figura abaixo.

    Pirmides A pirmide outro slido geomtrico limitado por polgonos.

    Voc pode imagin-la como um conjunto de polgonos semelhantes, dispostos uns sobre os outros, que diminuem de tamanho indefinidamente. Outra maneira de imaginar a formao de uma pirmide consiste em ligar todos os pontos de um polgono qualquer a um ponto P do espao.

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    importante que voc conhea tambm os elementos da pirmide:

    O nome da pirmide depende do polgono que forma sua base. Na figura acima, temos uma pirmide quadrangular, pois sua base um quadrado. O nmero de faces da pirmide sempre igual ao nmero de lados do polgono que forma sua base mais um. Cada lado do polgono da base tambm uma aresta da pirmide. O nmero de arestas sempre igual ao nmero de lados do polgono da base vezes dois. O nmero de vrtices igual ao nmero de lados do polgono da base mais um. Os vrtices so formados pelo encontro de trs ou mais arestas. O vrtice principal o ponto de encontro das arestas laterais. Existem diferentes tipos de pirmides. Cada tipo recebe o nome da figura plana que lhe deu origem.

    Pirmide triangular Pirmide quadrangular Pirmide retangular

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    Pirmide pentagonal

    Pirmide hexagonal Slido de revoluo O slido de revoluo outro tipo de slido geomtrico. Ele se forma pela rotao da figura plana em torno de seu eixo. A figura plana que d origem ao slido de revoluo chamada figura geradora. As linhas que contornam a figura geradora so chamadas linhas geratrizes.

    Os slidos de revoluo so vrios. Entre eles destacamos: O cilindro; O cone; A esfera. Cilindro o slido de revoluo cuja figura geradora o retngulo.

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    Veja a figura a seguir. No desenho, est representado apenas o contorno da superfcie cilndrica. A figura plana que forma as bases do cilindro o crculo. Note que o encontro de cada base com a superfcie cilndrica forma as arestas.

    Cone um slido geomtrico limitado lateralmente por uma superfcie curva. A formao do cone pode ser imaginada pela rotao de um tringulo retngulo em torno de um eixo que passa por um dos seus catetos. A figura plana que forma a base do cone o crculo. O vrtice o ponto de encontro de todos os segmentos que partem do crculo. No desenho est representado apenas o contorno da superfcie cnica. O encontro da superfcie cnica com a base d origem a uma aresta.

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    Observe o slido de revoluo cuja figura geradora o tringulo.

    Esfera um slido geomtrico limitado por uma superfcie curva chamada superfcie esfrica. Podemos imaginar a formao da esfera a partir da rotao de um semicrculo em torno de um eixo, que passa pelo seu dimetro. Veja os elementos da esfera na figura abaixo.

    O raio da esfera o segmento de reta que une o centro da esfera a qualquer um de seus pontos. Dimetro da esfera o segmento de reta que passa pelo centro da esfera unindo dois de seus pontos. O slido de revoluo cuja figura geradora o crculo.

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    Comparando slidos geomtricos e objetos da rea da Mecnica As relaes entre as formas geomtricas e as formas de alguns objetos da rea da Mecnica so evidentes e imediatas. Voc pode comprovar esta afirmao analisando os exemplos a seguir.

    Chaveta plana Prisma retangular

    Cunha Prisma retangular truncado

    Porca sextavada Prisma hexagonal vazado H casos em que os objetos tm formas compostas ou apresentam vrios elementos. Nesses casos, para entender melhor como esses objetos se relacionam com os slidos geomtricos, necessrio decomp-los em partes mais simples. Analise cuidadosamente os prximos exemplos. Assim, voc aprender a enxergar formas geomtricas nos mais variados objetos.

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    Examine este rebite de cabea redonda:

    Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, voc ver que ele formado por um cilindro e uma calota esfrica (esfera truncada). Existe outro modo de relacionar peas e objetos com slidos geomtricos. Observe, na ilustrao abaixo, como a retirada de formas geomtricas de um modelo simples (bloco prismtico) d origem a outra forma mais complexa.

    Nos processos industriais o prisma retangular o ponto de partida para a obteno de um grande nmero de objetos e peas.

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    Observe a figura a seguir. Trata-se de um prisma retangular com uma parte rebaixada.

    A prxima ilustrao mostra o desenho de um modelo que tambm deriva de um prisma retangular.

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    Exerccios Slidos geomtricos - Identificar slidos geomtricos. 1. Escreva nas linhas embaixo dos desenhos o nome de cada slido geomtrico

    representado.

    2. Escreva nos quadrinhos o numeral que corresponde ao nome de cada elemento do

    prisma e da pirmide.

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    3. Na coluna A esto os desenhos de slidos de revoluo e na coluna B, os nomes de suas figuras geradoras. Numere a coluna B de acordo com a coluna A.

    Coluna A Coluna B

    a) ( ) Crculo

    b) ( ) Tringulo

    c) ( ) Hexgono

    d) ( ) Retngulo

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    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao desenho. So Paulo, 1991.

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    Avaliado pelo Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

    Perspectiva isomtrica Perspectiva a maneira de representar objetos de acordo com sua posio, forma e tamanho.

    Existem vrios tipos de perspectivas. Neste momento estudaremos apenas a perspectiva isomtrica. A perspectiva isomtrica mantm as mesmas medidas de comprimento, largura e altura do objeto. Para estudar a perspectiva isomtrica necessrio conhecer ngulo e a maneira como ele representado. ngulo a figura geomtrica formada por duas semirretas com a mesma origem.

    O grau cada uma das 360 partes em que a circunferncia dividida. Veja a seguir.

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 60

    A medida em graus indicada por um numeral seguido do smbolo de grau. Veja alguns exemplos.

    Quarenta e cinco graus

    Noventa graus

    Cento e vinte graus

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 61

    Nos desenhos em perspectiva isomtrica, os trs eixos isomtricos (c, a, ) formam entre si ngulos de 120. Os eixos oblquos formam com a horizontal um ngulo de 30.

    As linhas paralelas a um eixo isomtrico so chamadas de linhas isomtricas.

    c, a, : eixos isomtricos d, e, f: linhas isomtricas. Traados da perspectiva isomtrica do prisma O prisma usado como base para o traado da perspectiva isomtrica de qualquer modelo.

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 62

    No incio, at se adquirir firmeza, o traado deve ser feito sobre um papel reticulado. Veja abaixo uma amostra de reticulado.

    Em primeiro lugar traam-se os eixos isomtricos.

    Em seguida, marcam-se nesses eixos as medidas de comprimento, largura e altura do prisma.

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 63

    Aps isso, traa-se a face de frente do prisma, tomando-se como referncia as medidas do comprimento e da altura, marcadas nos eixos isomtricos.

    Depois se traa a face de cima do prisma tomando como referncia as medidas do comprimento e de largura, marcadas nos eixos isomtricos.

    Em seguida traa-se a face do lado do prisma tomando como referncia as medidas da largura e da altura marcada nos eixos isomtricos.

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 64

    E, por ltimo, para finalizar o traado da perspectiva isomtrica, apagam-se as linhas de construo e refora-se o contorno do modelo.

    Traado de perspectiva isomtrica com detalhes paralelos

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 65

    Traado da perspectiva isomtrica com detalhes oblquos

    As linhas que no so paralelas aos eixos isomtricos so chamadas linhas no isomtricas.

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 66

    Traado da perspectiva isomtrica com elementos arredondados

    Traado da perspectiva isomtrica do crculo O crculo em perspectiva tem sempre a forma de elipse.

    Crculo

    Crculo em perspectiva isomtrica

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 67

    Para representar a perspectiva isomtrica do crculo, necessrio traar antes um quadrado auxiliar em perspectiva, na posio em que o crculo deve ser desenhado.

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 68

    Traado da perspectiva isomtrica do cilindro

    Traado da perspectiva isomtrica do cone

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 69

    Outros exemplos do traado da perspectiva isomtrica

  • SENAI-SP-INTRANET - AA308-11 70

    Exerccios Perspectiva isomtrica - Identificar elementos de perspectiva - A. 1. Escreva, dentro dos quadradinhos correspondentes, os numerais identificando as

    partes da figura dada.

    lado (semirreta)

    abertura do ngulo (graus)

    vrtice (origem)

    2. Assinale com X os desenhos que esto mostrando linhas isomtricas.

    a) b) c)

    3. Assinale com X a alternativa correta.

    Os eixos isomtricos so formados por: a) ( ) trs linhas que formam entre si ngulos de 90.

    b) ( ) trs linhas que formam entre si ngulos de 120.

    c) ( ) duas linhas que formam entre si ngulos de 120.

    d) ( ) duas linhas que formam entre si ngulos de 90.

    4. Escreva na linha indicada a alternativa que completa corretamente a frase.

    Linha isomtrica qualquer linha que esteja a um dos eixos isomtricos. a) oblqua b) paralela

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    Perspectiva isomtrica - Identificar elementos de perspectiva - B. 1. Ordene as fases do traado da perspectiva isomtrica dos modelos, escrevendo os

    numerais de 1 a 5 nos quadradinhos.

    2. Complete a frase na linha indicada.

    O crculo em perspectiva isomtrica tem sempre a forma de uma . 3. Ordene as fases do traado da perspectiva isomtrica do crculo visto de frente,

    escrevendo os numerais de 1 a 5 nos quadradinhos.

    4. Escreva na frente de cada letra a posio que ela est indicando: frente, cima e

    lado.

    A -

    B -

    C -

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    Exerccios: 1. Desenhe perspectivas isomtricas com detalhes paralelos e oblquos.

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    2. Desenhe perspectivas isomtricas com detalhes arredondados e furos cilndricos.

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    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2007 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Isaias Gouveia da Silva Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

    Referncia SENAI.SP. Desenho I iniciao ao desenho. So Paulo, 1991.

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    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Projeo ortogonal Em desenho tcnico, projeo a representao grfica do modelo feita em um plano. Existem vrias formas de projeo. A ABNT adota a projeo ortogonal, por ser a representao mais fiel forma do modelo. Para entender como feita a projeo ortogonal, necessrio conhecer os seguintes elementos: observador, modelo e plano de projeo. Veja os exemplos a seguir: neles, o modelo representado por um dado.

    Plano de projeo Modelo

    Observador

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    Observe a linha de projeo. A linha de projeo a linha perpendicular ao plano de projeo que sai do modelo e o projeta no plano de projeo.

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    Projeo em trs planos Unindo perpendicularmente trs planos, temos a seguinte ilustrao:

    Cada plano recebe um nome de acordo com sua posio. As projees so chamadas vistas, conforme a ilustrao a seguir.

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    Rebatimento de trs planos de projeo Quando se tem a projeo ortogonal do modelo, o modelo no mais necessrio e assim possvel rebater os planos de projeo. Com o rebatimento, os planos de projeo, que estavam unidos perpendicularmente entre si, aparecem em um nico plano de projeo. Na pgina seguinte pode-se ver o rebatimento dos planos de projeo, imaginando-se os planos de projeo ligados por dobradias.

    Agora imagine que o plano de projeo vertical fica fixo e que os outros planos de projeo giram um para baixo e outro para a direita.

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    O plano de projeo que gira para baixo o plano de projeo horizontal e o plano de projeo que gira para a direita plano de projeo lateral. Planos de projeo rebatidos:

    Agora possvel tirar os planos de projeo e deixar apenas o desenho das vistas do modelo. Na prtica, as vistas do modelo aparecem sem os planos de projeo. As linhas de projeo auxiliares indicam a relao entre as vistas do desenho tcnico.

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    Observao As linhas de projeo auxiliares no aparecem no desenho tcnico do modelo. So linhas imaginrias que auxiliam no estudo da projeo ortogonal. Outro exemplo:

    Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projees da pea formadas pela vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda. Observao Normalmente a vista frontal a vista principal da pea.

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    As distncias entre as vistas devem ser iguais e proporcionais ao tamanho do desenho.

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    Exerccios Projeo ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes paralelos - A. Complete as projees.

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    83

    Projeo ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes paralelos - B. Complete as projees.

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    84

    Projeo ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes oblquos. Complete as projees.

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    85

    Projeo ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes no visveis - A. Complete as projees.

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    86

    Projeo ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes no visveis - B. Complete as projees.

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    Projeo ortogonal - Completar projees utilizando modelos reais A. Complete as projees.

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    Projeo ortogonal - Completar projees utilizando modelos reais B. Complete as projees.

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    Projeo ortogonal - Completar projees utilizando modelos reais C. Complete mo livre as vistas que faltam nas projees abaixo. Utilize os modelos indicados.

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    Projeo ortogonal - Completar desenhos de vistas que faltam. Desenhe a vista que falta.

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    Projeo ortogonal - Completar projees, desenhando a lateral mo livre A. Complete as projees, desenhando a lateral mo livre.

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    Projeo ortogonal - Completar projees, desenhando a lateral mo livre B. Complete as projees, desenhando a lateral mo livre.

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    93

    Projeo ortogonal - Completar projees, desenhando a planta mo livre - A. Complete as projees, desenhando mo livre a planta de cada pea.

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    Projeo ortogonal - Completar projeo, desenhando a planta mo livre B. Complete as projees, desenhando mo livre a planta de cada pea.

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    Projeo ortogonal - Identificar faces em projees A. Escreva nos modelos representados em perspectiva isomtrica as letras dos desenhos tcnicos que correspondem s suas faces.

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    Projeo ortogonal - Identificar faces em projees - B. Escreva nas vistas dos desenhos tcnicos as letras dos modelos representados em perspectiva isomtrica que correspondem s suas faces.

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    Projeo ortogonal - Identificar perspectiva com base em projees A. Para cada pea em projeo h quatro perspectivas, porm s uma correta. Assinale com X a perspectiva que corresponde pea.

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    Projeo ortogonal - Identificar perspectiva com base em projees - B. Para cada pea em projeo h quatro perspectivas, porm s uma correta. Assinale com X a perspectiva que corresponde pea.

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    Projeo ortogonal - Identificar perspectiva com base em projees C. Para cada pea em projeo h quatro perspectivas, porm s uma correta. Assinale com X a perspectiva que corresponde pea.

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    Projeo ortogonal - Relacionar projees e perspectiva - A. Anote embaixo de cada perspectiva o nmero correspondente s suas projees.

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    Projeo ortogonal - Relacionar projees e perspectiva - B. Anote embaixo de cada perspectiva o nmero correspondente s suas projees.

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    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao Desenho. So Paulo. 1991.

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    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Aplicao de linhas Para desenhar as projees so usados vrios tipos de linhas. Procuraremos nesta unidade mostrar os tipos e sua aplicao. Larguras de linhas A relao entre as larguras de linhas largas e estreitas no deve ser inferior a 2, ou seja, a linha larga deve ter no mnimo o dobro da estreita. Espessura das linhas As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o seu tipo, dimenso, escala e densidade no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00mm. Linha contnua larga Para arestas e contornos visveis. uma linha contnua larga que indica o contorno de modelos esfricos ou cilndricos e as arestas visveis do modelo para o observador.

    Exemplo:

    Aplicao

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    Linha contnua estreita Para contornos de sees, linhas de cota, linhas auxiliares e hachuras. So linhas estreitas que so usadas para completar a representao de peas e conjuntos. De acordo com sua funo esta linha pode assumir diversas formas. Seguem-se as formas e aplicaes utilizadas no desenho tcnico mecnico. Exemplo: Aplicao

    Linha tracejada estreita Para aresta e contornos no visveis. uma linha tracejada que indica as arestas no visveis para o observador, isto , as arestas que ficam encobertas.

    Exemplo:

    Aplicao

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    Linha trao ponto estreita Linha de centro uma linha estreita, formada por traos e pontos alternados, que indica o centro de alguns elementos do modelo como furos, rasgos, etc.

    Exemplo: Aplicaes

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    Linha de simetria uma linha estreita formada por traos e pontos alternados. Ela indica que o modelo simtrico.

    Exemplo:

    Note que as metades do modelo so exatamente iguais: logo, o modelo simtrico. Aplicao Quando o modelo simtrico, em seu desenho tcnico aparece a linha de simetria. A linha de simetria indica que as metades do desenho tcnico apresentam-se simtricas em relao a essa linha. A linha de simetria pode aparecer tanto na posio horizontal como na posio vertical.

    Modelo simtrico

    Imagine que este modelo dividido ao meio, horizontal ou verticalmente.

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    No exemplo abaixo a pea simtrica apenas em um sentido.

    Contnua estreita a mo livre Limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite no coincidir com linhas trao e ponto. Exemplo: Aplicao

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    108

    Linha contnua estreita Linhas de interseo imaginrias Linha estreita e fina usada para indicar intersees imaginrias.

    Exemplo: Aplicao

    Linha contnua estreita em ziguezague Essa linha destina-se a desenhos confeccionados por mquinas. Exemplo: Aplicao

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    Linhas trao ponto estreita Trajetrias. Linha estreita trao ponto usada para indicar trajetria de mecanismos.

    Exemplo: Aplicao

    Trao dois pontos estreita Linha estreita trao dois pontos usada para indicar contornos de peas adjacentes, posio limites de peas mveis, linhas de centro de gravidade, cantos e arestas da conformao.

    Exemplo:

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    110

    Aplicao

    Linhas de centro de gravidade Aplicao

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    Cantos e arestas da conformao Aplicao

    Trao e ponto largo Indicao das linhas ou superfcies com indicao especial. Exemplo: Aplicao

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    Trao ponto estreito e largo nas extremidades e na mudana de direo Traos ponto estreitos, largos nas extremidades e na mudana de direo, usado na indicao de planos de cortes. Aplicao

    Ordem de prioridade de linhas coincidentes Se ocorrer coincidncia de duas linhas de diferentes tipos ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade: 1. Arestas e contornos visveis; 2. Arestas e contornos no visveis; 3. Superfcies de cortes e sees (linha trao e pontos estreitos, largos nas

    extremidades e na mudana de direo); 4. Linhas de centro; 5. Linhas de centro de gravidade; 6. Linhas de cota e auxiliar.

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    113

    Terminao das linhas de chamadas a. Sem smbolo, se elas conduzem a uma linha de cota;

    Aplicao

    b. Com um ponto, se termina dentro do objeto representado; c. Com uma seta, se ela toca a aresta do objeto representado.

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    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao desenho. So Paulo, 1991.

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    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Cotagem Cotagem a indicao das medidas da pea em seu desenho. Para a cotagem de um desenho so necessrios trs elementos:

    Linhas de cota (a) so linhas contnuas estreitas, com setas nas extremidades ou traos oblquos; nessas linhas so colocadas as cotas que indicam as medidas da pea. A seta desenhada com linhas curtas formando ngulos de 15. A seta pode ser aberta, ou fechada preenchida.

    O trao oblquo desenhado com uma linha fina curta e inclinado a 45.

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    A linha auxiliar (b) uma linha contnua estreita que limita as linhas de cota. Deve ser ligeiramente prolongada alm da linha de cota e deve-se deixar um pequeno espao entre elas e o desenho. Sugesto 1 a 2mm.

    Cotas (c) so numerais que indicam as medidas bsicas da pea e as medidas de seus elementos. As medidas bsicas so: comprimento, largura e altura.

    50 = comprimento 25 = largura 15 = altura

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    117

    A distncia da linha de cota para o desenho deve ser aproximadamente 10mm, salvo em algumas excees onde no houver essa possibilidade. Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto se necessrio, pode ser desenhado obliquamente a este, (aproximadamente 60), porm paralelas entre si.

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    118

    Em desenho mecnico, normalmente a unidade de medida usada o milmetro (mm), e dispensada a colocao do smbolo junto cota. Quando se emprega outra distinta do milmetro (por exemplo, a polegada), coloca-se seu smbolo.

    Observao As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para

    direita e de baixo para cima, paralelamente dimenso cotada. Sempre que possvel bom evitar colocar cotas em linhas tracejadas. Deve-se evitar tambm colocar a cota dentro do desenho. A construo da interseco de linhas auxiliares deve ser feita como prolongamento desta alm do ponto de interseco.

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    Linhas auxiliares e cota, sempre que possvel, no devem cruzar com outras linhas.

    A linha de cota no deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja.

    Cotas que indicam tamanhos e cotas que indicam localizao de elementos Exemplo de peas com elementos.

    Furo Salincia

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    120

    Rasgo passante Rasgo no passante Para fabricar peas como essas necessrio interpretar, alm das cotas bsicas, as cotas dos elementos.

    A cota 9 indica a localizao do furo em relao altura da pea. A cota 12 indica a localizao do furo em relao ao comprimento da pea. As cotas 10 e 16 indicam o tamanho do furo. Cotagem de peas simtricas A utilizao de linha de simetria em peas simtricas facilita e simplifica a cotagem, conforme os exemplos a seguir.

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    Sem linha de simetria

    Com linha de simetria Sequncia de cotagem

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    122

    1o passo

    2o passo

    3o passo

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    4o passo

    Cotagem de dimetro

    Cotagem de raios

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    124

    Observando os desenhos apresentados podemos concluir o que segue. Raio muito pequeno: cota-se atravs de linha de chamada. Raio muito grande: no se indica o centro do raio e linha de cota representada incompleta. Outro jeito de se cotar raios grandes destacando o centro do raio com linha de simetria e linha de cota aparecendo quebrada. Pode-se tambm cotar desta maneira quando o centro for deslocado. Os objetos simtricos representados em meio corte ou meia vista, a linha de cota deve cruzar e se estender ligeiramente alm do eixo de simetria.

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    Quando a linha de cota est na posio inclinada, a cota acompanha a inclinao para facilitar a leitura.

    Porm, preciso evitar a disposio das linhas de cota entre os setores hachurados e inclinados de cerca de 30. H casos em que possvel dispensar a indicao de uma ou duas cotas bsicas, ou s vezes at trs cotas. Isso geralmente ocorre em peas com partes arredondadas, onde se representam os valores de centro a centro de detalhes, ou centro at faces de detalhes de peas. Cotagem de elementos esfricos Elementos esfricos so elementos em forma de esfera. A cotagem dos elementos esfricos feita pela medida de seus dimetros ou de seus raios. ESF = Esfrico = Dimetro R = Raio

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    126

    Cotagem de elementos angulares Existem peas que tm elementos angulares. Elementos angulares so formados por ngulos.

    O ngulo medido com o gonimetro pela sua abertura em graus. O gonimetro conhecido como transferidor. A cotagem da abertura do elemento angular feita em linha de cota curva, cujo centro vrtice do ngulo cotado.

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    Uso de gonimetro (transferidor).

    Cotagem de ngulos em peas cilndricas

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    128

    Cotagem de chanfros Chanfro a superfcie oblqua obtida pelo corte da aresta de duas superfcies que se encontram.

    Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas lineares e por meio de cotas lineares e angulares. As cotas lineares indicam medidas de comprimento, largura e altura. As cotas angulares indicam medidas de abertura de ngulos.

    Cotas lineares

    Cotas lineares e cotas angulares. Em peas planas ou cilndricas, quando o chanfro est a 45 possvel simplificar a cotagem.

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    Cotagem em espaos reduzidos Para cotar em espaos reduzidos, necessrio colocar as cotas conforme os desenhos abaixo. Quando no houver lugar para setas, estas devem ser substitudas por pequenos traos oblquos.

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    Cotagem por faces de referncia Na cotagem por faces de referncia as medidas da pea so indicadas a partir das faces.

    Cotagem em paralelo Cotagem aditiva A cotagem por faces de referncia ou por elementos de referncia pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva. A cotagem aditiva uma simplificao da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde h limitao de espao, desde que no haja problema de interpretao. A cotagem aditiva em duas direes pode ser utilizada quando for vantajoso.

    Cotagem aditiva em duas direes

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    131

    Cotagem por coordenadas A cotagem aditiva em duas direes pode ser simplificada por cotagem por coordenadas. A pea fica relacionada a dois eixos. Fica mais prtico indicar as cotas em uma tabela ao invs de indic-la diretamente sobre a pea.

    X Y

    1 8 8 4

    2 8 38 4

    3 22 15 5

    4 22 30 3

    5 35 23 6

    6 52 8 4

    7 52 38 4

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    Cotagem por linhas bsicas Na cotagem por linha bsica as medidas da pea so indicadas a partir de linhas.

    Cotagem de furos espaados igualmente Existem peas com furos que tm a mesma distncia entre seus centros, isto , furos espaados igualmente. A cotagem das distncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por cotas angulares.

    Cotagem linear

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    133

    Cotagem linear e angular Quando no causarem dvidas, o desenho e a cotagem podem ser simplificados.

    Desenho e cotagem simplificados

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    134

    Indicaes especiais Cotagem de cordas, arcos e ngulos As cotas de cordas, arcos e ngulos devem ser indicadas como nos exemplos abaixo.

    Raio definido por outras cotas O raio deve ser indicado com o smbolo R sem cota quando o seu tamanho for definido por outras cotas.

    Cotas fora de escala As cotas fora de escala nas linhas de cota sem interrupo devem ser sublinhadas com linhas retas com a mesma largura da linha do algarismo.

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    Cotagem de uma rea ou comprimento limitado de uma superfcie, para indicar uma situao especial. A rea ou o comprimento e sua localizao so indicados por meio de linha trao e ponto, desenhada adjacente face corresponde.

    Cotagem de peas com faces ou elementos inclinados Existem peas que tm faces ou elementos inclinados.

    Nos desenhos tcnicos de peas com faces ou elementos inclinados, a relao de inclinao deve estar indicada.

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    A relao de inclinao 1:10 indica que cada 10 milmetros do comprimento da pea, diminui-se um milmetro da altura. Como a relao de inclinao vem indicada do desenho tcnico, no necessrio que a outra cota de altura da pea aparea. Outros exemplos a seguir.

    Na relao, o numeral que vem antes dos dois pontos sempre 1. Cota-se atravs de linha de auxiliar com a palavra inclinao seguida da relao numrica. Quando se tem a relao, cota-se somente o comprimento e um dos lados.

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    Cotagem de peas cnicas ou com elementos cnicos Existem peas cnicas ou com elementos cnicos.

    Nos desenhos tcnicos de peas como estas, a relao de conicidade deve estar indicada. A relao de conicidade 1:20 indica que a cada 20 milmetros do comprimento da pea, diminui-se um milmetro do dimetro.

    Outros exemplos:

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    138

    Cotagem de conjuntos Normalmente no se cota em conjunto, porm, quando for cotado, o grupo de cotas especificado para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possvel, separados.

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    139

    Exerccios Cotagem - Identificar e aplicar os elementos de cotagem.

    1. Analise o desenho tcnico abaixo e responda s questes a seguir. a) Escreva dentro dos parnteses

    as letras correspondentes a cada elemento de cotagem.

    ( ) Linha de cota ( ) Linha auxiliar de cota ( ) Cota

    b) Escreva as cotas bsicas. Comprimento: ____________________________ ,

    altura: ________________________e largura: ________________________ . c) Escreva as cotas bsicas que determinam o tamanho do rasgo: ____ e ____. d) Escreva a cota que determina a localizao do rasgo: _____. e) Escreva as cotas que determinam o tamanho do rebaixo: _____ e _____.

    2. Complete as frases, escrevendo as palavras faltantes sobre as linhas indicadas. a) As linhas auxiliares de cota no encostam nas linhas do . b) A linha de encosta na linha auxiliar de cota. c) A linha ultrapassa a linha de cota. d) A no encosta na linha de cota. e) A linha de uma linha e tem setas nas

    extremidades. f) Na linha de cota vertical a cota deve ser escrita de baixo para e ao

    lado a linha de cota. g) Na linha de cota horizontal a cota deve ser escrita da

    para a ________________________ e sobre a linha de cota.

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    3. Faa a cotagem tomando as medidas no desenho.

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    141

    Cotagem - Distribuir cotas em projees, observando perspectivas A. Observe as perspectivas e escreva as cotas nas projees.

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    142

    Cotagem - Distribuir cotas em projees, observando perspectivas B. Observe as perspectivas e escreva as cotas nas projees.

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    143

    Cotagem - Distribuir cotas em projees.

    a) Analise a perspectiva e coloque as cotas na projeo.

    b) Na projeo apresentada, faa somente a cotagem do elemento citado. Esfrico

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    144

    Cotagem - Distribuir cotas em projees, observando perspectivas - B. Analise as perspectivas, calcule as cotas e coloque-as nas projees.

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    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao desenho. So Paulo, 1991.

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    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Supresso de vistas Em determinadas peas, a disposio adequada das cotas, alm de informar sobre o tamanho, tambm permite deduzir as formas das partes cotadas. Isto significa que, em certos casos, cotando a pea de maneira apropriada, podemos economizar a representao de uma ou at duas vistas sem qualquer prejuzo para a interpretao do desenho. A representao do objeto, com menos de trs vistas, chamada de representao com supresso de vistas. Suprimir quer dizer eliminar, omitir, impedir que aparea. Voc vai aprender a ler e a interpretar desenhos tcnicos representados em duas vistas ou em vista nica. Tambm ficar conhecendo, certos smbolos que ajudam a simplificar a cotagem de peas, tornando possvel a supresso de vistas. Supresso de vistas iguais e semelhantes Duas vistas so iguais quando tm as mesmas formas e as mesmas medidas. E quando tm apenas as formas iguais e medidas diferentes, so chamadas de semelhantes. Voc vai iniciar o estudo de supresso de vistas analisando um caso bem simples.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 150

    Observe o prisma de base quadrada, representado a seguir.

    No desenho tcnico, direita, esto representadas as 3 vistas que voc j conhece: vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda. Estas trs vistas cotadas do ideia da pea. Como a vista frontal e a vista lateral esquerda so iguais, possvel suprimir uma delas. A vista frontal sempre a vista principal da pea. Ento, neste caso, a vista escolhida para supresso a vista lateral esquerda. Veja como fica o desenho tcnico do prisma com supresso da lateral esquerda.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 151

    As cotas bsicas deste prisma so: altura - 60mm; largura - 40mm e comprimento - 40mm. Veja um outro exemplo. O desenho tcnico a seguir apresenta um prisma retangular com um furo quadrado passante, em trs vistas.

    Note que a vista lateral esquerda semelhante vista frontal. Neste caso, a vista lateral esquerda pode ser suprimida.

    Mesmo com a supresso da lateral esquerda, todas as informaes importantes foram mantidas, pois a cota da largura foi transferida para a vista superior.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 152

    Nos dois exemplos analisados, a vista suprimida foi a lateral esquerda. Mas, dependendo das caractersticas da pea, a vista superior tambm pode ser suprimida. O desenho tcnico abaixo representa um pino de seo retangular em trs vistas.

    Note que a vista superior e a vista lateral esquerda so semelhantes. Neste caso, tanto faz representar o desenho com supresso da vista superior como da vista lateral esquerda. Compare as duas alternativas.

    Figura A Figura B

    Em qualquer dos casos, possvel interpretar o desenho, pois ambos contm todas as informaes necessrias.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 153

    Supresso de vistas diferentes Observe a perspectiva do prisma com rebaixo e furo e as trs vistas ortogonais correspondentes.

    As trs vistas so diferentes. Mesmo assim possvel imaginar a supresso de uma delas, sem qualquer prejuzo para a interpretao do desenho. Como voc j sabe, a vista frontal a vista principal. Por isso deve ser sempre mantida no desenho tcnico. Temos ento que escolher entre a supresso da vista superior e da vista lateral esquerda. Voc vai comparar os dois casos, para concluir qual das duas supresses mais aconselhvel. Veja primeiro o desenho com supresso da vista superior:

    Note que, apesar de o furo estar representado nas duas vistas, existem poucas informaes sobre ele: analisando apenas essas duas vistas no d para saber a forma do furo. Analise agora outra alternativa.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 154

    A vista lateral esquerda foi suprimida. Note que agora j possvel identificar a forma circular do furo na vista superior.

    Desenho tcnico com vista nica O nmero de vistas do desenho tcnico depende das caractersticas da pea representada. O desenhista sempre procura transmitir o maior nmero possvel de informaes sobre a pea usando o mnimo necessrio de vistas. Assim, existem peas que podem ser representadas por meio de uma nica vista. Agora voc vai aprender a ler e a interpretar desenhos tcnicos de peas representados em vista nica. Acompanhe as explicaes observando, a seguir, a representao da perspectiva e a supresso de vistas ortogonais.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 155

    As trs vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem a idia de como o modelo na realidade. Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas.

    Observe que as cotas que antes apareciam associadas vista lateral esquerda foram transferidas para as duas outras vistas. Assim, nenhuma informao importante sobre a forma e sobre o tamanho da pea ficou perdida.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 156

    Mas, este mesmo modelo pode ainda ser representado com apenas uma vista, sem qualquer prejuzo para sua interpretao. Veja.

    Todas as cotas da pea foram indicadas na vista frontal. A largura da pea foi indicada pela palavra espessura abreviada (ESP), seguida do valor numrico correspondente, como voc pode observar dentro da vista frontal. Acompanhe a interpretao da cotagem do modelo. As cotas bsicas so: comprimento = 60, altura = 35 e largura = 15 (que corresponde cota indicada por: ESP 15). Uma vez que o modelo simtrico no sentido longitudinal, voc j sabe que os elementos so centralizados. Assim, para definir os elementos, bastam as cotas de tamanho. O tamanho do rasgo passante fica determinado pelas cotas 10 e 15. Como o rasgo passante, sua profundidade coincide com a largura da pea, ou seja, 15 mm. E as cotas 16, 48, 8 e 15 definem o perfil da geometria.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 157

    Anlise outro desenho tcnico em vista nica.

    Como no possvel concluir, pela anlise da vista frontal, se os furos so passantes ou no, a informao Furos passantes deve vir escrita, em lugar que no atrapalhe a interpretao do desenho. Voc notou que a indicao da espessura da pea foi representada fora da vista frontal. Isto porque a indicao da espessura da pea dentro da vista prejudicaria a interpretao do desenho. Com essas informaes possvel interpretar corretamente o desenho tcnico da pea. Smbolo indicativo de quadrado Vamos retomar o modelo prismtico de base quadrada, usado para demonstrar a supresso de vistas iguais.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 158

    Veja a perspectiva do prisma e, ao lado, duas vistas com supresso da vista lateral esquerda.

    O prisma de base quadrangular pode ser representado tambm com vista nica. Para interpretar o desenho tcnico do prisma quadrangular com vista nica, voc precisa conhecer o smbolo indicativo de quadrado e o smbolo indicativo de superfcie plana. Usamos o seguinte smbolo para identificar a forma quadrada: . Este smbolo pode ser omitido quando a identificao da forma quadrada for clara. o que acontece na representao da vista superior do prisma quadrangular.

    Veja, agora, o prisma quadrangular representado em vista nica.

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    A vista representada a frontal. Note que a vista superior foi suprimida nesta representao. O smbolo ao lado esquerdo da cota 40, representa a forma da vista superior. A cota 40 refere-se a duas dimenses do prisma: a do comprimento e a da largura.

    Voc reparou nas duas linhas diagonais estreitas cruzadas, representadas na vista frontal? Essas linhas so indicativas de que a superfcie representada plana. A seguir voc vai ficar conhecendo maiores detalhes sobre a utilizao dessas linhas. Smbolo indicativo de superfcie plana A vista frontal do prisma e a vista frontal do cilindro podem ser facilmente confundidas.

    Para evitar enganos, a vista frontal do modelo prismtico, que apresenta uma superfcie plana, deve vir identificada pelas linhas cruzadas estreitas.

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    A representao completa do modelo prismtico de base quadrangular fica como mostrado na figura seguinte.

    Dizemos que uma superfcie plana derivada de superfcie cilndrica quando, no processo de execuo da pea, partimos de uma matria-prima de formato cilndrico para obter as faces planas, como mostram as ilustraes.

    Smbolo indicativo de dimetro Na representao da pea cilndrica em vista nica necessrio transmitir a ideia da forma da pea. Para mostrar a forma circular do perfil de peas cilndricas, utiliza-se o smbolo indicativo do dimetro, que representado como segue: . Este smbolo colocado ao lado esquerdo da cota que indica o dimetro da pea. Veja.

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    A vista representada a vista frontal. Nesse desenho, o sinal indicativo de dimetro aparece junto cota 30. Com essa indicao, a interpretao da pea pode ser feita normalmente. Supresso de vistas em peas com forma composta Vamos chamar de peas com forma composta aquelas peas que apresentam combinaes de vrias formas, como por exemplo: prismtica, cilndrica, cnica, piramidal etc. As peas com forma composta tambm podem ser representadas com supresso de uma ou de duas vistas. Veja, a seguir, a perspectiva de uma pea com forma composta, ou seja, com forma prismtica e cilndrica e, ao lado, seu desenho tcnico em duas vistas.

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    As vistas representadas so: vista frontal e vista lateral esquerda. A vista superior foi suprimida. No desenho tcnico desta pea, com vista nica, todas essas informaes aparecem concentradas na vista frontal. O corte parcial ajuda a visualizar a forma e o tamanho do furo no passante superior.

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    Veja, a seguir, mais um exemplo de pea com forma composta, nesse caso com formas: prismtica, piramidal e cnica. Alm disso, a pea tem um furo quadrado no passante e tambm um furo redondo no passante interrompido.

    Abaixo voc tem a representao desta pea em duas vistas.

    Supresso de vistas em peas com vistas parciais Voc aprendeu a interpretar a forma de peas representadas por meia-vista e por quarta parte de vista. Agora voc vai aprender a ler as cotas que indicam as dimenses inteiras das peas representadas apenas parcialmente. Observe a pea representada em perspectiva, a seguir.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 164

    Essa pea pode ser representada de vrias maneiras, no desenho tcnico. A forma de cotagem varia em cada caso. Analise cada uma das possibilidades, a seguir. a.

    b.

    c.

    d.

    possvel, ainda, representar esta mesma pea em vista nica e obter todas as informaes que interessam para a sua interpretao.

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    Representaes com vista nica em vistas parciais O prximo exemplo serve para ilustrar a cotagem de peas representadas em meia-vista.

    Neste caso, o desenho tcnico pode ser representado sem corte ou com corte. Compare as duas possibilidades.

    Repare que as linhas de cota ultrapassam um pouco a linha de simetria. Essas linhas de cota apresentam apenas uma seta. A parte que atravessa a linha de simetria no apresenta seta. Embora a pea esteja apenas parcialmente representada, as cotas referem-se s dimenses da pea inteira. Assim, a cota 12 indica o dimetro do corpo da pea. A cota 6 indica o dimetro do furo passante e a cota 20 indica o dimetro do flange. As outras cotas: 18 e 14 referem-se respectivamente, ao comprimento da pea e ao comprimento do corpo da pea.

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    Para finalizar o assunto, veja como fica o desenho tcnico com supresso de vistas de uma pea representada em quarta-parte de vista. Primeiro, observe a pea. Trata-se de um disco com furos, simtrico longitudinal e transversalmente.

    Agora, analise a pea representada atravs de quarta-parte de vista e acompanhe a leitura das cotas.

    O dimetro da pea 40mm. O dimetro do furo central 12mm. A cota que indica a distncia dos furos menores opostos 26. O dimetro dos 6 furos menores 4 mm. A espessura da pea, indicada pela abreviatura ESP 1, 1mm. As duas linhas de simetria aparecem identificadas pelos dois traos paralelos nas extremidades. Lembre-se de que as representaes atravs de vistas parciais mostram apenas partes de um todo, mas as cotas indicadas nessas vistas referem-se s dimenses do todo.

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    Exerccios Supresso de vistas - Identificar perspectiva e relacion-la com projeo - A. Para cada pea em projeo h quatro perspectivas, porm s uma correta. Assinale com X a perspectiva que corresponde s projees.

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    Para cada pea em projeo h quatro perspectivas, porm s uma correta. Assinale com X a perspectiva que corresponde s projees.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 169

    Supresso de vistas - Desenhar mo livre, em projeo, modelos dados em perspectiva - B. Desenhe mo livre uma vista de cada uma das peas abaixo. Faa a cotagem e coloque os smbolos. Use folha A4.

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    Supresso de vistas - Desenhar mo livre, em projeo, modelos dados em perspectiva - C. Desenhe mo livre duas vistas das peas abaixo. Faa a cotagem. Use folha A4.

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    Supresso de vistas - Relacionar planta e elevao.

    Procure entre as projees abaixo as vistas de elevao e planta que se relacionam entre si e anote os nmeros correspondentes. No exemplo abaixo se encontra a perspectiva da pea representada pelas projees 1 e 15.

  • SENAI-SP-INTRANET AA308-11 172

    Supresso de vistas - Relacionar elevao e lateral.

    Procure entre as projees abaixo as vistas de elevao e lateral que se relacionam entre si e anote os nmeros correspondentes. No exemplo abaixo se encontra a perspectiva da pea representada pelas projees 1 e 14.

    1 = 14 2 = 3 = 4 = 5 = 6 = 7 = 8 = 9 = 10 = 11 = 12 =

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    Supresso de vistas - Relacionar vista nica com perspectiva. Relacione a perspectiva sua vista, escrevendo no quadradinho o nmero correspondente.

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    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao desenho. So Paulo, 1991.

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    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Desenho em corte Corte Corte significa diviso, separao. Em desenho tcnico, o corte de uma pea sempre imaginrio. Ele permite ver as partes internas da pea.

    Hachuras Na projeo em corte, a superfcie imaginria cortada preenchida com hachuras.

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    176

    Hachuras so linhas estreitas que, alm de representarem a superfcie imaginada cortada, mostram tambm os tipos de materiais.

    O hachurado traado com inclinao de 45 graus.

    Para desenhar uma projeo em corte, necessrio indicar antes onde a pea ser imaginada cortada. Essa indicao feita por meio de setas e letras que mostram a posio do observador.

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    Corte na vista frontal

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    178

    Corte na vista superior

    Corte na vista lateral esquerda

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    179

    Observaes A expresso Corte AA colocada embaixo da vista hachurada. As vistas no atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas. Nas vistas hachuradas, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso no

    dificulte a leitura do desenho. Mais de um corte no desenho tcnico At aqui foi vista a representao de um s corte na mesma pea. Mas, s vezes, um s corte no mostra todos os elementos internos da pea. Nesses casos necessrio representar mais de um corte na mesma pea.

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    180

    Exemplo de desenho em corte cotado.

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    181

    Meio-corte O meio-corte empregado no desenho de peas simtricas no qual aparece somente meia-vista em corte. O meio-corte apresenta a vantagem de indicar, em uma s vista, as partes internas e externa da pea.

    Em peas com a linha de simetria vertical, o meio-corte representado direita da linha de simetria, de acordo com a NBR 10067. Na projeo da pea com aplicao de meio-corte, as linhas tracejadas devem ser omitidas na parte no cortada.

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    182

    Meio-corte em vista nica Em peas com linha de simetria horizontal, o meio-corte representado na parte inferior da linha de simetria.

    Duas representaes em meio-corte no mesmo desenho

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    183

    Representao simplificada de vistas de peas simtricas Nem sempre necessrio desenhar as peas simtricas de modo completo. A pea representada por uma parte do todo, e as linhas de simetria so identificadas com dois traos curtos paralelos perpendicularmente s suas extremidades.

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    184

    Outro processo consiste em traar as linhas da pea um pouco alm da linha de simetria.

    Meia-vista Para economia de espao, desenha-se apenas a metade da vista simtrica.

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    186

    Exerccios Desenho em corte - Sombrear perspectivas e hachurar projees. Coluna A - As peas esto representadas em perspectiva. Coluna B - Faa o sombreado das partes atingidas pelo corte. Coluna C - Faa o hachurado mo livre.

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    187

    Desenho em corte - Hachurar vistas, analisando perspectiva. Analise as perspectivas em corte e faa hachuras nos desenhos tcnicos, indicando as partes macias atingidas pelo corte.

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    188

    Desenho em corte - Completar desenhos tcnicos, fazendo hachuras - A. Complete os desenhos tcnicos, fazendo as hachuras nas partes macias atingidas pelo corte.

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    189

    Desenho em corte - Completar vista em corte, colocando cotas - A. Nos desenhos abaixo, complete a vista em corte e coloque as cotas.

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    190

    Desenho em corte - Completar vista em corte, colocando cotas - B. Nos desenhos abaixo, complete a vista em corte e coloque as cotas.

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    191

    Desenho em corte - Aplicar corte e completar curvas, utilizando modelos reais. 1. Complete a elevao aplicando corte total. 2. Represente na planta a indicao do corte. 3. Faa hachuras (utilize os modelos 16 e 21).

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    192

    Desenho em corte - Desenhar mo livre projees, aplicando cortes. Complete a mo livre as projees das peas abaixo, aplicando os cortes indicados. Observao: Furos e rasgos passantes.

    Elevao em corte

    Lateral em corte

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    193

    Desenho em corte - Completar a mo livre projees em corte e meio-corte. Complete os exerccios mo livre, de acordo com o exemplo. Observao: Todas as peas so corpos de revoluo compostos.

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    194

    Desenho em corte - Hachurar desenhos, analisando perspectivas em corte. Analise as perspectivas em corte. Faa hachuras nos desenhos tcnicos, indicando as partes macias atingidas pelo corte.

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    195

    Desenho em corte - Completar vistas, aplicando meio-corte e fazendo a cotagem. Complete a elevao, aplicando meio-corte, e faa a cotagem.

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    196

    Corte parcial Aplicao - A.

    1. Assinale com os desenhos tcnicos em corte parcial.

    2. Assinale com somente a alternativa que julgar correta.

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    197

    Corte parcial Aplicao - B. Analise o desenho tcnico e resolva as questes que vm a seguir.

    a) Responda pergunta:

    Qual nome do corte representado no desenho tcnico?

    b) Complete a frase na linha indicada. A linha que separa a parte no cortada da parte cortada chama-se .

    c) Assinale com a perspectiva em corte correspondente ao desenho.

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    198

    Corte composto Aplicao - A. 1. Assinale com um as perspectivas em corte composto.

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    199

    2. Analise a perspectiva e faa hachura no desenho tcnico, indicando as partes macias atingidas pelo corte.

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    200

    Corte composto Aplicao - B. Analise o desenho tcnico e resolva as questes que vm a seguir.

    a) Complete a frase na linha indicada, escrevendo a alternativa correta.

    O corte composto reuniu cortes em um s corte. b) Responda pergunta.

    Qual a vista representada em corte?

    c) Complete a frase na linha indicada. A linha de corte est representada na .

    d) Assinale com a perspectiva em corte correspondente ao desenho tcnico.

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    201

    Corte composto Aplicao - C. Desenhe as peas abaixo em duas vistas, aplicando corte composto. Utilize folhas A4. Escala 1:1.

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    202

    Crditos Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Antonio Varlese Celso de Hyplito Eduardo Francisco Ferreira Eugencio Severino da Silva Humberto Aparecido Marim Jos Carlos de Oliveira

    Jos Serafim Guarnieri Manoel Tolentino Rodrigues Filho Rinaldo Afanasiev Roberto Aparecido Moreno

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao Desenho. So Paulo. 1991.

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    203

    Avaliado pelo Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008

    Seo Em desenho tcnico busca-se, sempre, a forma mais simples, clara e prtica de representar o maior nmero possvel de informaes. Voc j viu como a representao em corte facilita a interpretao de elementos internos ou elementos no visveis ao observador. Mas, s vezes, o corte no recurso adequado para mostrar a forma de partes internas da pea. Nesses casos, devemos utilizar a representao em seo. Secionar quer dizer cortar. Assim, a representao em seo tambm feita imaginando-se que a pea sofreu um corte.

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    204

    Existe uma diferena fundamental entre a representao em corte e a representao em seo. Voc vai compreender essa diferena, analisando os desenhos abaixo. Observe a diferena entre as representaes em corte e em seo respectivamente.

    Representao em corte

    Representao em seo Note que, enquanto a representao em corte mostra apenas as partes macias atingidas pelo corte e outros elementos, a representao em seo mostra apenas a parte atingida pelo corte. A indicao da seo representada por uma linha trao e ponto com traos largos nas extremidades. Aparece na vista frontal, no local onde se imaginou passar o plano de corte. A linha de corte onde se imagina o rebatimento da seo deve ser sempre no centro do elemento secionado.

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    205

    Indicao da seo

    feita prxima vista e ligada a ela por meio de uma linha estreita trao e ponto.

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    206

    Numa posio diferente identificada de forma convencional.

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    207

    Contorno da seo dentro da prpria vista traado com uma linha fina e estreita.

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    208

    Crditos Comit Tcnico de Desenho Tcnico/2008 Elaboradores: Antonio Ferro Jos Romeu Raphael Paulo Binhoto Filho Ilustrador: Devanir Marques Barbosa

    Daniel Camusso Luiz Carlos Gonalves Tinoco Marcilio Manzam Vladimir Pinheiro de Oliveira

    Referncia SENAI.SP. Desenho I Iniciao ao desenho. So Paulo, 1991.

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    209

    Adaptado pelo Comit Tcnico GED/FIC Metalmecnica/2010

    Encurtamento Certos tipos de peas, que apresentam formas longas e constantes, podem ser representadas de maneira mais prtica. O recurso utilizado em desenho tcnico para representar estes tipos de peas o encurtamento. Ela no apresenta qualquer prejuzo para a interpretao do desenho. Veja o exemplo de um eixo com duas espigas nas extremidades e uma parte central longa, de forma constante. Imagine o eixo secionado por dois planos de corte, como mostra a ilustrao.

    Como a parte compreendida entre os cortes no apresenta variaes e no contm outros elementos, voc pode imaginar a pea sem esta parte, o que no prejudica sua interpretao.

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    210

    Na prtica o encurtamen