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ANO XVIII - Nº296 SISTEMA Pág. 5 Pág. 13 Ficou mais fácil registrar agroindústrias no ES Quando o pecuarista é isento de pagar Funrural? Pág. 3 Inscrições abertas para Faculdade CNA Crédito: Arnaldo Alves / ANPr Págs. 8 a 11 Crédito: Senar-ES Senar-ES: Jubileu de prata da maior escola da terra

Senar-ES: Jubileu de prata da maior escola da terra · 2018-06-27 · JUBILEU DE PRATA DO SENAR-ES Há 25 anos o Senar-ES, que com outras 26 unidades regionais constituem a maior

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ANO XVIII - Nº296

SISTEMA

MAI/JUN . 2018

Pág. 5

Pág. 13

Ficou mais fácil registrar agroindústrias no ES

Quando o pecuarista é isento de pagar Funrural?

Pág. 3

Inscrições abertas para Faculdade CNA

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FAES

SENAR-ES

ENDEREÇO

REVISTA ESTA TERRA

DIRETORES: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice--Presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-Presidente), Neuzedino Alves Victor de Assis (3º Vice-Presidente), Wesley Mendes (4º Vice-Presidente), Francisco Antonio Martins dos Santos (5º Vice-Presidente), Luciano de Campos Ferraz (1º Secretário), Antonio Roberte Bourguig-non (2º Secretário), Abdo Gomes (1º Tesoureiro), Arízio Varejão Passos Costa (2º Tesoureiro)

SUPLENTES DA DIRETORIA: José Pedro da Silva, Judas Tadeu Colombi, Valdeir Borges da Hora, Eristeu Giuberti Junior, Rodrigo Melo Mota, Marcos Corteletti, Antonio José Baratela, Ervino Lauer, Eliomar Maretto, Gilberto Carlos Coelho e Renilto Quimquim Correia.

CONSELHO FISCAL: Efetivos: Francisco Valani da Cruz, Luiz Carlos da Silva e José Manoel M. de Castro.Suplentes: Acacio Franco, Gastão Torres de Castro e Sinval Rosa da Silva.

CONSELHO ADMINISTRATIVO – Efetivos: Jú-lio da Silva R. Júnior, Eliana Almeida Lima, Daniel Kluppel Carrara, Argeo João Uliana e Julio Cezar Mendel. Suplentes: Kleilson Martins Rezende, José Umbelino L. M. de Castro, Eliette Maria de Oliveira Daher e Ediane Barbosa.

CONSELHO FISCAL – Efetivos: Regina Celi Bessa S. Kessler, Cleiton Gomes Moreira e Carlos Roberto Abouramd. Suplentes: Leomar Bartels, Leomar Waiandt e José Lívio Carrari.

Superintendente: Letícia Toniato Simões.

Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 – torre A – 10º e 11º andares – Bairro Santa Lúcia – Vitória/ES – CEP: 29056-243 – Tel: (27) 3185-9200 – Fax: (27) 3185-9201 – E-mail: [email protected] / [email protected].

Produzido por: Iá! Comunicação(27) 3314-5909 [email protected] responsável: Eustáquio Palhares Edição: Priscila [email protected]: Lorena Zanon, Gabriela Mairink, Gabriel Xibli e Sthefany DuhzColaboradores: Sindicatos Rurais, Murilo Pedroni, Tereza Zaggo, Fabrício Gobbo e Marcelle Deste� ani Fotos: Comunicação Faes e Senar/ESEditoração: Jéssica Dias - Iá! Comunicação

22 EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

Júlio da Silva Rocha Jr.Presidente da Faes

JUBILEU DE PRATA DO SENAR-ES

Há 25 anos o Senar-ES, que com outras 26 unidades regionais constituem a maior escola da terra, oportuniza capacitação e mais qualidade de vida ao homem do campo e seus familiares. Tive a honra de participar da instalação do Senar no estado, ser o primeiro Superintendente, e hoje Presidente da instituição que tem como palavra de ordem, a educação e a quali� cação pro� ssional.

Não tínhamos as ferramentas disponíveis hoje, qualitativas e quantitativas, testemunhamos a queda acentuada da população rural, relatórios e documentos escritos à mão, além da primeira capacitação na área de pecuária, ainda como projeto piloto em 1993.

A estrutura física era apenas uma sala na sede da Federação, berço da história de sucesso de hoje, em que mais de 373 mil pessoas foram certi� cadas em mais de 18 mil treinamentos.

O ano de 2018 é de celebrações, e nesta edição da Revista Esta Terra apresentamos uma matéria especial que pincela os 25 anos de atuação da maior escola da terra, com depoimentos de bene� ciários assistidos e de quem faz parte das comemorações do Jubileu de Prata.

Mais adiante, diferentes ações serão desenvolvidas para resgatar boas histórias do Senar. Serão conteúdos exclusivos de Presidentes de Sindicatos Rurais, parceiros, autoridades e outros diversos personagens que escolheram o Senar-ES para se quali� car.

O futuro do homem do campo é hoje, por isso estamos trabalhando a sucessão familiar, incentivando os � lhos dos produtores rurais para que permaneçam no campo, dando continuidade à atividade que é tão necessária para o mundo. Além de mostrar novas alternativas para o produtor rural aumentar sua renda e qualidade de vida com Assistência Técnica e Gerencial.

Juntos, faremos muito mais por nossa valorosa gente.

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ENSINOENSINOENSINO 33

ingressar pelo vestibular, utilizando o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para quem completou Médio (Enem), para quem completou o Ensino Médio, ou por meio de análise documental, para aqueles que já têm diploma de ensino superior.

O candidato que optar pelo O candidato que optar pelo vestibular precisa comparecer ao polo escolhido para a realização da prova de Redação, no dia agendado no momento da inscrição. Para utilizar o resultado do Enem, os candidatos precisam ter nota igual ou superior a 250 pontos nas provas do Enem de 2015, 2016 e 2017.

Para mais informações e para se inscrever, basta acessar : w w w. fa c u l d a d e c n a . co m . b r

Inscrições abertas para Faculdade CNA

A Faculdade CNA, primeira instituição de ensino voltada exclusivamente para o agronegócio, está com as inscrições abertas para os cursos de graduação a distância em Gestão do Agronegócio, Gestão Ambiental, Gestão de Recursos Humanos, Processos Gerenciais e Logística. O Espírito Santo possui um polo da faculdade em Rio Bananal, onde todos os cursos ofertados estarão disponíveis. São 2.420 vagas para todas as turmas do Brasil, em nove estados.

As inscrições seguem até o dia 22 de julho e o início das aulas está previsto para acontecer no dia 6 de agosto. O investimento é de R$ 179,00 mensais. Para se inscrever, o candidato deve procurar o Polo de Rio Bananal.

Os interessados têm a opção de

SÃO CINCO CURSOS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA COM MENSALIDADES DE R$179SÃO CINCO CURSOS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA COM MENSALIDADES DE R$179

CURSOS DE GRADUAÇÃO OFERECIDOS A DISTÂNCIA PELA FACULDADE CNA

Curso Superior (tecnólogo)

Gestão do Agronegócio

Gestão Ambiental

Logística

Processos Gerenciais

Gestão de Recursos Humanos

Número de vagas

500

450

500

500

500

Polo de Rio Bananal (ES)Telefones: (27) 3265-1292 / (27) 99751-5772E-mail: [email protected]ço: Avenida 14 de Setembro, 478. São Sebastião. Rio Bananal – ES. CEP: 29.920-000.

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44 COMPETITIVIDADECOMPETITIVIDADECOMPETITIVIDADECOMPETITIVIDADE

A FAES TEVE PARTICIPAÇÃO MARCANTE PARA CONVENCER O GOVERNO A REDUZIR A ALÍQUOTA DE 12% PARA 7%

Café conilon terá ICMS equiparado ao Café conilon terá ICMS equiparado ao do arábica

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ICMS do café conilon passa de 12% para 7%

CAFÉ EM NÚMEROS NO ES

• Produção de arábica equivale a ¼ da produção de conilon

• 7 milhões de sacas de conilon são produzidos por ano

Medida bene� ciará: • 85 mil p r o p r i e d a d e s produtoras de café

• 300 mil trabalhadores

de outros estados do país como se fosse procedente de Minas Gerais, com ICMS de 7%.

Se aprovada pelo Confaz, a medida restabelece a competitividade da cadeia produtiva do café capixaba, beneficiando as cooperativas, a indústria, os 80 mil produtores e os mais de 300 mil trabalhadores capixabas.

“Agradecemos a presteza na resolução pelo Poder Executivo. Ressaltamos que o que acontecia ocasionava enorme prejuízo para o erário público, às empresas capixabas e para toda a cadeia produtiva. Empresas de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro chegavam ao Espírito Santo com carretas vazias e notas fiscais daqueles estados, aqui recolhem o conilon nos principais municípios produtores e o levam para o Nordeste, com o recolhimento na origem da nota, de 7%”, destaca o presidente da Faes, Júlio Rocha.

O Governo do Espírito Santo reduziu a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do café conilon de 12% para 7%, equiparando-a ao do café arábica. O governador Paulo Hartung defendeu também a aprovação da medida junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que ainda não avançou com seu parecer.

O pleito foi fruto de uma ação conjunta da Faes, OCB/ ES, Cooabriel, Centro do Comércio de Café de Vitória, Sebrae/ES e do deputado federal Evair de Melo, coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária e vice-presidente da Comissão de Agricultura.

A ação foi a forma encontrada para combater uma ilegalidade frequente na agricultura capixaba. O conilon do Espírito Santo, precisamente dos municípios de Linhares, Rio Bananal, Jaguaré e São Mateus, estava sendo vendido para torrefadoras

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55AGROINDÚSTRIAAGROINDÚSTRIAAGROINDÚSTRIA

COM A SANÇÃO DA LEI, PEQUENOS PRODUTORES PODEM SAIR DA ILEGALIDADE

Ficou mais fácil registrar agroindústrias no ES

A lei da agroindústria (nº 10.837/18) promete ajudar pequenos produtores a saírem da informalidade e a ampliarem o seu mercado com circulação de mais mercadorias inspecionadas. A FAES e o Senar-ES participaram ativamente das discussões que levaram à sanção da lei, que aprovada pelo Governo do Estado, facilita o registro de agroindústrias de pequeno porte de produtos artesanais de origem animal no Espírito Santo.

A partir de agora, questões de infraestrutura do estabelecimento serão revisadas e a utilização do Manual de Boas Práticas de Fabricação de Alimentos (BPF) e as análises laboratoriais serão priorizadas. O foco da nova lei é a garantia da qualidade higiênico-sanitária dos produtos.

Com a desburocratização, são esperados 600 registros de empreendimentos já atuantes e há expectativa de que pelo menos 200 desses ocorram ainda em 2018. Essas novas indústrias poderão destinar seus produtos para diversos segmentos, inclusive alimentação escolar.

A mudança mexe em diretrizes sobre regularização, inspeção e ampliação de fronteiras para comercialização dos alimentos de origem animal produzidos por indústrias de pequeno porte. O intuito é desburocratizar os processos de registro e preservar a segurança alimentar e a saúde pública.

O presidente da Faes, Júlio Rocha, vê com bons olhos a nova legislação. “Há muitos anos a Faes e o segmento produtivo pleiteavam a mudança na lei. Até então produtos de origem animal eram comercializados na ilegalidade e, se � scalizados, eram jogados fora e o produtor multado. Foi uma atitude determinante do governo essa nova lei. Ela vai bene� ciar pequenos produtores e pequenas indústrias”.

REGISTRO

O registro é feito pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) que conta com uma estrutura própria e especí� ca para atender o setor. Para obtê-lo é preciso apresentar documentação necessária e, nos rótulos, conter o carimbo da inspeção. Os empreendimentos podem adquirir um Registro Provisório por, no máximo, dois anos. Para isso, é preciso que tenha o mínimo de conformidade microbiológica da água de abastecimento e nos produtos fabricados, além de cumprir o cronograma de adequações proposto, quando for o caso.

A lei considera como agroindústria de pequeno porte quem produz apenas produtos de origem animal em uma área construída de até 200 metros quadrados e utiliza mão-de-obra familiar, podendo contratar até cinco funcionários. A localização pode ser tanto em zona rural quanto urbana, mas a produção deve utilizar como matéria-prima apenas o que for da região em que está localizada.

AVANÇOS NO ES

A nova lei que regulariza o trabalho das pequenas agroindústrias capixabas foi apresentada no dia 18 de maio, no 3º Simpósio de Queijos Artesanais do Brasil, realizado em Belo Horizonte - MG. Na apresentação, o diretor-presidente do Idaf, Júnior Abreu, explicou as alterações na lei, que possibilitaram uma regulamentação específica para as agroindústrias de pequeno porte de produtos de origem animal, estimulando a comercialização desses produtos em todo território capixaba.

Governador Paulo Hartung assinou a lei que colabora com agroindústrias de pequeno porte Cr

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66 ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL

Agronegócio em alerta com os impactos da greve Agronegócio em alerta com os impactos da greve Agronegócio em alerta com os impactos da greve Agronegócio em alerta com os impactos da greve dos caminhoneirosNOS DEZ DIAS DE PARALISAÇÃO SETOR PRODUTIVO CAPIXABA PERDEU R$ 2 BI E CONSEQUÊNCIAS AINDA CONTINUAM

“O que aconteceu no Espírito Santo é reflexo do Brasil inteiro. Os produtores rurais são os mais impactados. O pleito dos caminhoneiros na luta pela redução de carga tributária é legítimo, e apoiado por toda sociedade e inclusive a CNA. No entanto, somos extremamente contra o impedimento do direito de ir e vir, que não foi respeitado e culminou na morte de animais, e impediu até que medicamentos chegassem aos hospitais.

Desde o início orientamos o diálogo das Federações e Sindicatos Rurais nas barreiras. Mas não houve êxito em todos os estados. A CNA interviu e solicitou escolta de perecíveis e ração animal, com interferência do poder público.

Mais de R$ 7 bilhões são os prejuízos dos produtores brasileiros e este número não considera os impactos na agroindústria que também foi afetada. Os setores mais impactados foram de leite, frangos, ovos, suínos e fruticultura.

Agora a discussão do momento está por conta do tabelamento do frete, que foi imposto via Medida Provisória

(MP) nº 832. A CNA se posicionou contra, pois fere a livre inciativa e a livre concorrência é um retrocesso do ponto de vista econômico. Já encaminhamos ofício ao presidente Michel Temer para suspensão da tabela. Já saíram três versões que só aumentaram a insegurança jurídica. Por fim, a CNA entrou com ação no Supremo Federal para suspensão os efeitos da MP.

O tabelamento do frete tem prorrogado os prejuízos iniciados pela greve dos caminhoneiros. Do jeito que as coisas estão, o produtor está perdendo e o consumidor pagando o preço. Ração está chegando mais cara, café sendo impedido de escoar, paralisação de navios pagando multas diárias, até os caminhoneiros estão sendo afetados... enfim, outra crise desnecessária que mina a competitividade do setor mais pujante da economia, o agronegócio.”

A paralisação dos caminhoneiros perdurou dez dias no Espírito Santo e causou impacto diário de R$ 211 milhões ao PIB capixaba, além da retração de R$ 1,9 bilhão na geração de riquezas. No agro, a perda foi de R$ 2 bilhões. No café, 300 mil sacas deixaram de ser enviadas às indústrias do Brasil e de outros países, o equivalente a R$ 97,5 milhões em negócios. Sem ração, avicultores doaram 10 mil galinhas e ovos, e pintinhos foram sacri� cados. Leite foi descartado em cooperativas e a produção de iogurte também foi interrompida. Segundo a Federação da Agricultura do ES, o setor deve levar seis meses para se recuperar.

A revista Esta Terra ouviu três dirigentes do agronegócio para comentar os reflexos da paralisação junto ao setor. Além de todas as perdas, os especialistas ressaltam o receio de novos problemas no setor. Confira as opiniões.

Superintendente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Bruno Lucchi

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77ESPECIALESPECIALESPECIAL

“Partindo de uma argumentação constitucional e legal, a primeira coisa que o Governo precisa é desconsiderar a tabela mínima de frete para transporte rodoviário de cargas. Atender a justa reivindicação das transportadoras onerou, e não é possível transferir o custo ao consumidor final, o que recai mais sobre os produtores.

O Governo fez isso sem amparo legal, o que tem que ser discutido entre nossa categoria e a de transportes.

Outra coisa veri� cada na prática é a redução do preço do diesel. Que levando em consideração não abaixou. Porque antes estava em R$ 3,33 e estamos encontrando mais em conta, por R$ 3,19. Onde está o desconto de R$ 0,46? Uma manobra falsa, para ludibriar o consumidor, caminhoneiros e empresas de transportes.

Eu cito a paralisação ocorrida como principal risco, mas a instabilidade do dólar, que impacta na tabela dos fretes, pode ocasionar outra greve.

Presidente da Faes, Júlio Rocha

Ocorreu uma redução da confiança dos investidores e a economia se enfraqueceu novamente, isso é grave pois estávamos a caminho de recuperação econômica.

Essa relação entre o câmbio e política monetária se desajustou. Os juros caíram para 6,5% em 21 de março. O dólar 13,9% em 21 de maio. Essa novela dos fretes está provocando mudanças diariamente, e torcemos para que a ação de inconstitucionalidade que a CNA entrou no Supremo Tribunal Federal dê certo.

Um pedido da Faes é que o Governo do Estado resolva a questão dos silos de Viana, pois caso aconteça uma paralisação como a ocorrida será um avanço para a logística de estocagem, que ao invés de carretas, utilizaríamos transporte pelas ferrovias. Isso seria um grande reforço para ter rotatividade no abastecimento. ”

Diretor executivo das Associações dos Avicultores e Suinocultores do ES (Aves), Nélio Hand

“Os setores de avicultura e suinocultura tiveram grandes perdas, principalmente em relação à produtividade. Os animais foram submetidos a uma restrição alimentar, o que causou perda de peso nos frangos e suínos.

Ficamos dez dias sem produzir, o que causou prejuízo de cerca de R$ 150 milhões. Quando começamos a sentir a iminência da falta de milho e farelo de soja, os produtores compartilharam entre si os alimentos que tinham. O Governo liberou o estoque dos galpões da Conab, que em conjunto com os órgãos de

segurança conseguiram transitar com os insumos, amenizando maiores consequências.

Nós, como associação, estamos trabalhando a viabilização de armazéns estocais e ferrovias para transportar insumos dentro do estado. Será apenas um meio alternativo para que possamos transitar com segurança e não ficarmos tão vulneráveis a esse tipo de paralisação. Os Governos Federal e Estadual precisam estar atentos para que não ocorra outra paralisação como essa.”

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Júlio Rocha, Presidente do Conselho Administrativo do Senar-ES e primeiro Superintendente

Nos últimos 25 anos o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito

Santo (Senar-ES) traçou uma trajetória de sucesso, contada através das historias de vários personagens que cresceram, se profissionalizaram e, ao escreverem seu próprio caminho, ajudaram a fazer do Senar uma das maiores e mais importantes instituições de capacitação profissional do Espírito Santo.

Produtores rurais, trabalhadores, funcionários, diretores, instrutores... muita gente passou pelo Senar-ES desde o dia 22 de abril de 1993. A união e a determinação no desenvolvimento do homem do campo sempre foi o que levou a instituição mais à frente. Ao longo dos anos muitas parcerias foram formadas com os Sindicatos Rurais, Governo do Estado, Prefeituras Municipais, cooperativas, associações de produtores, empresas e instituições de ensino, com a missão de pro� ssionalizar e proporcionar melhor qualidade de vida ao trabalhador, produtor rural e suas famílias.

Estar junto ao homem do campo e entender suas necessidades sempre foi um caminho trilhado pelo Senar-ES. Tanto, que em seu primeiro ano de atuação, ainda funcionando com poucos funcionários e de maneira embrionária, foi possível realizar 17 treinamentos e capacitar 208 pessoas. O primeiro treinamento foi em Inseminação Arti� cial de Bovinos, no município de Mucurici, em maio de 1993, com nove participantes.

Hoje os números cresceram e tomaram proporções à época inimagináveis. Em 2018, o Senar já contabiliza mais de 18 mil treinamentos realizados em 25 anos de existência, voltados para as mais diversas áreas da Agricultura, Agroindústria, Aquicultura, Pecuária, e outros.

Houve pioneirismo em vários momentos. O Senar-ES realizou a 1ª turma de Aprendizagem Rural do Brasil, unindo a teoria com a prática na qualificação profissional. Nestes cursos os participantes eram contratados pelas empresas e após a qualificação técnica, permaneciam seis meses na empresa, sendo supervisionados. É o mesmo modelo de Aprendizagem Rural de hoje em dia.

O Senar-ES foi pioneiro na alfabetização de adultos com duas turmas iniciando em 1994, totalizando 34 alunos.

São muitas histórias, números positivos e pioneirismos que não caberiam em uma matéria. Por isso, até o final de 2018 acompanhe de perto os canais do Senar (revista, site, facebook) e conheça muito momentos e depoimentos importantes desta trajetória.

Fui a Brasília para instalar o Senar no ES. Não tínhamos as ferramentas disponíveis de hoje, qualitativas e quantitativas, e acompanhei a diminuição acentuada da população rural. Hoje, entendemos melhor o homem do campo.

É um grande privilégio ser mulher e estar à frente da instituição ao completar 25 anos de existência, principalmente em um momento em que as mulheres estão se inserindo cada vez mais à frente dos órgãos e das empresas.

Letícia Toniato Simões, Superintendente do Senar-ES

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10 ESPECIAL

1993 UMA TRAJETÓRIA FOCADA NO HOMEM DO CAMPO

25 ANOS NÃO SÃO 25 DIAS. O SENAR-ES TEM MUITAS HISTÓRIAS PARA CONTAR. SÃO TANTAS QUE NÃO CABEM AQUI, MAS RESOLVEMOS DAR UMA PINCELADA EM ALGUMAS LEMBRANÇAS MARCANTES DESTA HISTÓRIA. CONFIRA!

ONTEMCRIAÇÃO – Em 22 de abril de 1993 o Senar-ES foi inaugurado. Antes disso, a instituição existiu como um programa vinculado ao Ministério do Trabalho que foi extinto na década de 80.

ESTRUTURA FÍSICA - uma sala de 150m² no prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do ES, no edifício Anchieta, no Centro de Vitória. Os processos eram todos realizados de forma manual, com o telex como principal meio de comunicação utilizado.

TREINAMENTO – No primeiro ano foram realizados 17 capacitações, com a participação de 208 pessoas. Os treinamentos eram voltados para pecuária, inseminação, vaqueiro e olericultura básica.

ESTRUTURA PROFISSIONAL - Vinicius Alves foi o primeiro presidente do Conselho Administrativo do Senar, que contava com Júlio Rocha como superintendente e Neuzedino Alves de Assis como diretor administrativo financeiro. A secretária era Sônia Regina Alvarenga Araujo e o office boy Welingtonglei Carvalho. A parte técnica ficava por conta de Maurício Valin (técnico agrícola) e Mário da Silva Xavier (que foi o primeiro instrutor).

PARCERIAS - As parcerias foram fundamentais para a contratação dos primeiros instrutores, que eram de entidades como cooperativas e Emater, além de autônomos.

INCLUSÃO SOCIAL – Em 1996 são ralizadas as primeiras ações com foco na inclusão social, um treinamento para merendeiras na Apae de Colatina, com a participação de duas alunas com Síndrome de Dow, um treinamento de pães e biscoitos na Pestalozzi de Linhares e um treinamento de hortas na Associação de Deficientes Físicos de São Mateus.

DEFENSIVOS AGRÍCOLAS - Em 1996 foi feito um convênio entre o Senar-ES, Idaf e a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef ) para realização dos treinamentos de defensivos agrícolas. Foram realizadas 28 capacitações no primeiro ano.

VASSOURA DE BRUXA – Para amenizar os impactos da doença na cacauicultura capixaba, o Senar-ES se juntou a Ceplac para oferecer a capacitação em enxertia de cacau na região norte, introduzindo assim variedades resistentes à vassoura de bruxa.

MERCADO DE TRABALHO – Para atender as necessidades do mercado, o Senar-ES firmou contratos com o Sine, que possibilitou a ampliação das capacitações nos municípios.

ALFABETIZAÇÃO – Um convênio com SENAR Brasil e Ministério do Trabalho rendeu 58 cursos para alfabetização de adultos, complementados por uma formação profissional com 40h de duração.

CCR – Nos anos 90 o Senar realizou junto ao Sebrae o Curso de Capacitação Rural com o objetivo de desenvolver o agronegócio do estado por meio da gestão das propriedades rurais.

Vinicius Alves, primeiro presidente do Conselho Administrativo do Senar-ES

Educação é a palavra que melhor define o Senar-ES. Hoje, aliada às novas tecnologias, essa educação desenvolve um surpreendente trabalho no âmbito da agricultura e na parte social. É gratificante ver o crescimento da instituição em que participei.

Benvindo Lima de Castro. Há 25 anos trabalha no Senar-ES

Eu, como filho de produtor, me orgulho em fazer parte da história de uma instituição parceira do produtor rural.

Neuzedino Alves de Assis, foi Superintendente do Senar-ES por 22 anos

O Senar-ES adquiriu equipamentos de informática e softwares de qualidade que possibilitaram melhor controle e agilidade nos trabalhos, capacitação das equipes, oferta de novos produtos para o produtor e toda a sociedade.

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UMA TRAJETÓRIA FOCADA NO HOMEM DO CAMPO 2018

HOJEESTRUTURA FÍSICA – 400m² de espaço físico, com setores bem de� nidos, com auditório, sala de reuniões e espaço técnico, por exemplo. Toda comunicação e processos internos são online e integrados. Existem três polos para atendimento das regiões norte, noroeste e sul.

ESTRUTURA PROFISSIONAL – O corpo funcional do Senar-ES conta hoje com 27 pro� ssionais e seis estagiários. Além deles, há um quadro com mais de 100 professores, instrutores e consultores credenciados.

TREINAMENTO – Somente em 2017 foram 1.072 treinamentos, atendendo a 15.915 pessoas. Os treinamentos mais demandados são da área de mecanização agrícola, como tratorista, motosserra, derriçadora e de aplicação de defensivos agrícolas.

GESTÃO - Pela primeira vez em sua história a superintendência regional está a cargo de uma mulher. Letícia Toniato Simões é uma das sete mulheres à frente do Senar em todo Brasil.

INCLUSÃO SOCIAL - Hoje todos os treinamentos são adaptados para atender o público portador de de� ciência.

CNA JOVEM – O Senar-ES está focado em descobrir e quali� car novos líderes para o agronegócio capixaba com o programa CNA Jovem, que possibilita também o fortalecimento dos Sindicatos Rurais e este ano entra em sua terceira edição.

MULHERES EM CAMPO – Quase 1/3 das propriedades são geridas por mulheres, o Senar hoje tem um programa voltado exclusivamente para desenvolvimento do empreendedorismo feminino.

ATeG - Um grande ganho do Senar-ES, o programa de Assistência Técnica e Gerencial oferece assistência direta ao produtor rural, dando suporte gerencial a propriedade e melhorando a rentabilidade da propriedade. Até então o Senar trabalhava somente com promoção social e capacitação pro� ssional.

e-TEC – A Rede e-TEC faz parte do Pronatec e oferece o curso técnico em agronegócio, com dois anos de duração. O aluno sai com conhecimento técnico em gestão e atendimento a propriedade.

APRENDIZAGEM RURAL - Para a inserção de jovens no mercado de trabalho, o Senar disponibiliza Aprendizagem Rural. São em média 1000 horas de aulas e os jovens que participam são contratados com carteira assinada pelas empresas parceiras enquanto estão no curso.

AGRINHO - O Programa Agrinho é um sucesso graças às parcerias e ao trabalho em conjunto ao longo de 13 anos do Senar-ES com a Faes, Sindicatos Rurais, Secretarias Municipais de Educação e apoio dos patrocinadores, professores, alunos, coordenação e parceiros de forma geral. Para 2018, estão con� rmados mais de 70 mil alunos, de 56 municípios capixabas, envolvendo 3.824 professores.

Tereza Zaggo, coordenadora de Atividades de Promoção Social. Há 24 anos trabalha no Senar-ES

Conheci uma senhora, em Dores do Rio Preto que fez um curso de Corte e Costura e que não imaginava que conseguiria fazer as peças. Após o curso ela mesma fez a calça social do filho e o vestido dela para ir a um casamento.

Fabrício Gobbo, coordenador de Ações de Formação Pro� ssional Rural. Há 23 anos trabalha no Senar-ES

Uma das ações que fizemos que mais me emociona é a Alfabetização de Adultos. Uma vez ouvi de uma pessoa que a caneta era mais pesada que a enxada.

Luiz Alberto, supervidor do ATeG. Há 22 anos trabalha no Senar-ES

Fui convidado para ser o primeiro supervisor da antiga ATER, hoje chamada ATeG – Assistência Técnica e Gerencial. E auxiliar o produtor a compreender que ele precisa ser um empreendedor rural para mim é gratificante.

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1212 INVESTIMENTOINVESTIMENTOINVESTIMENTOINVESTIMENTO

ATRAVÉS DA CSR, É POSSÍVEL FORTALECER O SISTEMA CNA, FEDERAÇÕES E SINDICATOS RURAIS

Contribuição Sindical fortalece Contribuição Sindical fortalece conquistas para o setor agro capixaba

FAES FORTE, PRODUTOR FORTE

Produtor, conheça as conquistas da FAES, do Senar-ES, dos Sindicatos e parceiros para você:

• Redução do ICMS do café• Redução do ICMS do leite• Simplifi cação no registro da agroindústria• Discussões sobre a cobrança do uso da água• Expansão da assistência técnica e gerencial• Segurança no campo• Novo site para sindicatos rurais• Banco de oportunidades• Registro de preços

Acesse o site www.senar-es.org.br e leia o conteúdo completo das conquistas.

Contribuição Sindical Rural, que faz o Sistema existir. 60% do valor recebido é revertido aos Sindicatos Rurais que, junto à Federação, buscam alcançar novas conquistas e realizar mais ações para o setor.

DIRETOR DO SENAR BRASIL NO ES

Em abril, o diretor geral do Senar Brasil, Daniel Carrara, esteve no Espírito Santo para falar das conquistas da CNA ao longo dos anos. O encontro ocorreu durante a ExpoSul Rural, em Cachoeiro de Itapemirim, na reunião mensal da Faes, que reuniu presidentes de Sindicatos Rurais, autoridades e produtores.

Carrara contou sua história de vida e quando ingressou no universo do agronegócio, como superintendente no Sindicato Rural do Distrito Federal. Ele descreveu os movimentos em Brasília capitaneados pela CNA e apoiados pelas Federações, em prol dos produtores, dos quais participou.

“Com o momento crítico de instabilidade e credibilidade nas organizações, precisamos mais do que nunca estarmos � rmes na defesa dos interesses dos produtores. Somos a voz deles junto aos governos, congresso, poder judiciário e muitos outros”, destacou Daniel Carrara.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL

A Contribuição Sindical Rural existe desde 1943 e é paga pelos produtores rurais, pessoa física ou jurídica, nos termos do Decreto-Lei n.º 1.166, de 15 de abril de 1971. A CSR que venceu em 22 de maio é para pessoa física. A CSR pessoa jurídica, que venceu em 31 de janeiro.

DESTINO DA CSR

• 60% para os Sindicatos Rurais• 20% para o Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil• 15% para as Federações da Agricultura e Pecuária• 5% para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Para fortalecer a defesa dos interesses do campo e auxiliar na busca de novas conquistas para o setor, a maioria dos produtores rurais do Espírito Santo pagou a Contribuição Sindical Rural (CSR). A movimentação foi positiva, pois sinaliza que os produtores capixabas entendem a importância do trabalho e representatividade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) e dos Sindicatos Rurais para todo o segamento.

O pagamento da contribuição, que encerrou no dia 22 de maio, é realizado uma vez por ano, é facultativo e tem valor diferente para cada produtor pessoa física, pois é calculada com base no Valor da Terra Nua Tributável da propriedade.

Ao representar os direitos dos produtores rurais capixabas, ao longo dos anos, a Faes e seus parceiros alcançaram muitas conquistas para o agro, as mais recentes foram: a redução do ICMS do café conilon para 7%, aumento de 17% do ICMS do leite vindo de outros estados, a lei que simpli� ca o processo de registro da agroindústria de pequeno porte de produtos de origem animal, além de contribuições em relação à segurança no campo, principal bandeira do Sistema CNA, FAES e Sindicatos Rurais, que resultou no Observatório da Criminalidade.

“No café, por exemplo, a conquista favorece os 80 mil cafeicultores capixabas e mais de 300 mil trabalhadores rurais. Sobre a criminalidade no campo, estamos recolhendo denúncias de crimes e encaminhando para as autoridades competentes”, informa o presidente da Faes, Júlio Rocha.

Outro marco no agronegócio capixaba é oPrograma de Assistência Técnica e Gerencial –ATeG, do Serviço Nacional de AprendizagemRural do ES (Senar-ES), que passou aatender 820 produtores rurais, onde 569 são do convenio com o Sebrae/ES. Através doprograma, os produtores adquirem maisconhecimento sobre gestão e melhoram aprodutividade e rentabilidade.

Essas conquistas são possíveis graças à

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1313FUNRURALFUNRURALFUNRURAL

TRIBUTAÇÃO SERÁ PAGA QUANDO O ANIMAL FOR VENDIDO AO FRIGORÍFICOTRIBUTAÇÃO SERÁ PAGA QUANDO O ANIMAL FOR VENDIDO AO FRIGORÍFICO

Quando o pecuarista é isento de Quando o pecuarista é isento de Quando o pecuarista é isento de Quando o pecuarista é isento de pagar Funrural?pagar Funrural?pagar Funrural?pagar Funrural?

No dia 18 de abril de 2018 foi publicada a derrubada dos vetos da Lei nº 13.606/2018. Essa lei trouxe alterações sobre o Funrural e retomou a isenção da tributação para alguns produtos. O assessor Jurídico da CNA, Rudy Maia Ferraz, destaca que não existe bitributação nas transações entre pecuaristas para cria e recria de animais. A tributação somente vai incidir na etapa final de venda para o frigorífico.

Em resumo não haverá mais a cobrança do Funrural na comercialização da pecuária de cria, recria e engorda (macho e fêmea), sêmens, em florestas plantadas, sementes, leitão e pintinhos. A isenção é válida para vendas a partir de 18 de abril de 2018. E neste item o valor devido ao SENAR não está isento.

QUEM É O SUJEITO PASSIVO/DEVEDOR:

1- Contribuintes produtor rural Pessoa Física ou Pessoa Jurídica, com ações judiciais em curso que obtiveram decisões judiciais para não recolher a contribuição previdenciária, ou que aproveitaram as decisões judiciais das ações ajuizadas pelos seus sindicatos ou associações.

2- A empresa adquirente (rural ou não), inclusive se agroindustrial, consumidora, consignatária ou da cooperativa, na condição de sub-rogada nas obrigações do produtor rural, Pessoa Física, e do segurado especial, quando este deixou de reter o valor da contribuição por iniciativa própria ou por decisão judicial.

3- O produtor rural Pessoa Física com receita obtida com a comercialização da sua produção quando esta for comercializada diretamente com o consumidor Pessoa Física no varejo, outro produtor rural Pessoa Física ou segurado especial.

4- O produtor rural Pessoa Jurídica com receita obtida com a comercialização da sua produção quando esta for comercializada.

DÚVIDA FREQUENTE:

Se o produtor colocar o gado para engordar em outra propriedade ou mesmo se vender bezerros que ainda não irão para o abate diretamente, necessita recolher o Funrural?que ainda não irão para o abate diretamente, necessita recolher o Funrural?Se o produtor colocar o gado para engordar em outra propriedade ou mesmo se vender bezerros que ainda não irão para o abate diretamente, necessita recolher o Funrural?Se o produtor colocar o gado para engordar em outra propriedade ou mesmo se vender bezerros

RESPOSTA:

A comercialização da produção rural destinada ao produto animal designado à reprodução ou criação A comercialização da produção rural destinada ao produto animal designado à reprodução ou criação pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades A comercialização da produção rural destinada ao produto animal designado à reprodução ou criação pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades A comercialização da produção rural destinada ao produto animal designado à reprodução ou criação A comercialização da produção rural destinada ao produto animal designado à reprodução ou criação pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades A comercialização da produção rural destinada ao produto animal designado à reprodução ou criação

passou a não integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física passou a não integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades passou a não integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades passou a não integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física pecuária, quando vendido pelo próprio produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades

(Funrural), instituída no caput do artigo 25 da Lei nº 8.212/91.passou a não integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física (Funrural), instituída no caput do artigo 25 da Lei nº 8.212/91.passou a não integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física

Dessa forma, o pecuarista que cria, recria e engorda – independentemente se na sua propriedade ou não, salvo se vender para o abate, passou a ser isento do pagamento do Funrural, com a entrada em vigor da salvo se vender para o abate, passou a ser isento do pagamento do Funrural, com a entrada em vigor da Dessa forma, o pecuarista que cria, recria e engorda – independentemente se na sua propriedade ou não, salvo se vender para o abate, passou a ser isento do pagamento do Funrural, com a entrada em vigor da Dessa forma, o pecuarista que cria, recria e engorda – independentemente se na sua propriedade ou não,

legislação supramencionada.salvo se vender para o abate, passou a ser isento do pagamento do Funrural, com a entrada em vigor da legislação supramencionada.salvo se vender para o abate, passou a ser isento do pagamento do Funrural, com a entrada em vigor da

Para mais orientações sobre Funrural, o produtor pode entrar em contato com o Jurídico da Faes, por meio do telefone (27) 3185-9208.Para mais orientações sobre Funrural, o produtor pode entrar em contato com o Jurídico da Faes, por meio do telefone (27) 3185-9208.Para mais orientações sobre Funrural, o produtor pode entrar em contato com o Jurídico da Faes,

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Plantar, colher, administrar uma propriedade, comandar o lar, ser mãe e esposa... a mulher do campo vai além. Elas agora abraçam novos horizontes, se capacitam e ganham cargos de direção e liderança em suas comunidades. Um exemplo é o novo cenário de gestão dos Sindicatos Rurais: dos 54 � liados à Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), quatro são presididos por mulheres.

As mulheres sempre atuaram no campo e cada vez mais estão a conquistar espaço e a assumir cargos de liderança no agronegócio. Pesquisas indicam que elas buscam cursos de capacitação para conseguir mais visibilidade e valorização nesse setor predominantemente masculino. Maio, mês dedicado com muito carinho às mães, é um período que também provoca a re� exão sobre a presença feminina no campo e os desa� os para o avanço pro� ssional das mulheres.

Em Conceição da Barra, Eliette Maria de Oliveira Daher é a presidente do Sindicato Patronal do município e é sempre muito bem recebida onde chega. “Com a presidência do Sindicato e a mobilização dos trabalhadores do campo eu vou seguindo. Não tem tempo ruim para mim. É uma alegria conhecer as pessoas e aonde

eu vou elas já me conhecem. Sempre tenho boa recepção na comunidade e dos instrutores do Senar”.

Eliette Maria começou suas atividades rurais a partir de sua propriedade, em Conceição da Barra. Associou-se ao Sindicato e quando descobriu as atividades do Senar iniciou sua participação no Sindicato Rural, como secretária por seis anos. Depois, integrou a chapa para o cargo da presidência. “Fui eleita por unanimidade, cumpri o mandato por três anos e agora fui reeleita pela segunda vez”, completa.

A produtora rural de Linhares, Maria José Schunck, conta que até então não tinha visto oportunidades de inserção e formação de mulheres do campo, como tem ocorrido nos últimos anos, com auxílio do Senar-ES. O gerenciamento na propriedade tem feito muita diferença na vida dela.

“Eu, na idade que estou, nunca vi uma mulher do campo participar de eventos voltados para o nosso setor junto com o esposo, lado a lado, aprendendo e vendo o quanto está sendo valorizado o trabalho da mulher nos dias de hoje. Para mim, isso só foi possível graças à oportunidade que estamos tendo, participando do Programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar-ES, o ATeG”.

Mulheres assumem liderança no campoMulheres assumem liderança no campoCADA VEZ MAIS ELAS SÃO PROTAGONISTAS EM SUAS PROPRIEDADES, SINDICATOS E COMUNIDADES

Eliette Daher começou no Sindicato de Conceição da Barra como associada e hoje é presidente

LIDERANÇA É SIM COISA DE MULHER

A Superintendente do Senar-ES, Letícia Toniato Simões, sabe muito bem o que é ser uma mulher à frente de seu tempo. Com as ações de formação pro� ssional rural, as atividades de promoção social e a assistência técnica e gerencial, queremos estimular cada vez mais a mulher a entender o seu negócio e a tomar novas iniciativas na gestão e na administração da propriedade.“Esperamos que cada vez mais as mulheres tenham entendimento sobre cidadania e educação. É importante fortalecer aimagem da mulher, mostrando que ela é capaz de gerir, liderar e levar o conhecimento para onde quer que ela esteja”.

RECONHECIMENTORECONHECIMENTORECONHECIMENTORECONHECIMENTO

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AGRINHOAGRINHOAGRINHOAGRINHO 1515

56 MUNICÍPIOS DO ESPÍRITO SANTO JÁ CONFIRMARAM PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA, QUE ESTE ANO 56 MUNICÍPIOS DO ESPÍRITO SANTO JÁ CONFIRMARAM PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA, QUE ESTE ANO ABORDARÁ O TEMA TRABALHO E CONSUMOABORDARÁ O TEMA TRABALHO E CONSUMO

70 mil alunos presentes no Programa Agrinho 201870 mil alunos presentes no Programa Agrinho 2018

O Programa Agrinho, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), em parceria com os Sindicatos Rurais e as Secretarias Municipais de Educação, é voltado para as escolas dos municípios capixabas, com o objetivo de propor a discussão de temáticas de relevância social dentro dos currículos escolares. Em 2018, mais de 70 mil alunos, de 56 municípios capixabas, participarão desenvolvendo o tema “Trabalho e Consumo”, propondo e executando ações para melhorar a qualidade de vida da população rural.

Os estudantes estão matriculados nas 750 escolas participantes. Ao todo, 3.824 professores estarão envolvidos, incentivando a discussão do tema em sala de aula e auxiliando na execução das atividades propostas pelos alunos.

No � nal dos trabalhos, são realizados concursos de redação e desenho, para os alunos, e de desenvolvimento e execução do programa, para professores e coordenadores municipais, premiando os 125 melhores.

“O Programa Agrinho coopera com as

secretarias municipais de educação na formação dos alunos, desenvolvendo ações educativas com temas de interesse social, que já fazem parte da grade curricular das escolas”, explica a coordenadora do Agrinho no Senar-ES, Tereza Zaggo.

Um dos objetivos é demonstrar a interdependência entre o meio rural e o urbano, reforçando que a sobrevivência do ser humano está diretamente ligada à produção da agricultura e da pecuária. Além disso, as ações desenvolvidas pelos alunos tornam o campo mais atrativo para quem nele reside.

“Nada se compara com a alegria e satisfação da criança ou do adolescente que, tendo identi� cado problemas no meio em que convive, desenvolve ações que trazem melhoria para a sua escola, família e comunidade”, revelou Tereza.

TRABALHO E CONSUMO Em 2018, estudantes, professores

e coordenadores vão trabalhar o tema “Saber e atuar para melhorar o mundo – Trabalho e Consumo”, com subtemas ligados a educação tributária, exploração do trabalho infantil, preconceito e discriminação

no trabalho, empreendedorismo e consumo responsável.

Eles vão produzir desenhos, redações e atividades pedagógicas e enviar para o Senar-ES. Depois disso, será contratada uma banca avaliadora, com pedagogos, para escolherem os melhores a serem premiados. A cerimônia de encerramento do Programa Agrinho 2018 está prevista para dia 07 de novembro de 2018.

A finalidade é conscientizar os participantes do programa, suas famílias e a sociedade sobre o assunto, propondo mudanças de atitude práticas, que contribuam para a melhoria das relações de trabalho e promovam mais responsabilidade no consumo de bens e serviços.

“Estamos na 14ª edição do Programa Agrinho no Espírito Santo e nosso esforço se deve à certeza de estarmos auxiliando na formação dos cidadãos capixabas, empreendedores, saudáveis, conscientes de que o cuidado com o meio ambiente e o bem estar

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