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SENHORES AS PROMOTORES AS DE JUSTIÇA · Código de Processo Civil, a Coordenadoria de Recursos Cíveis opôs Agravo Interno. Nas insurgências, sustentou-se, em resumo, que não

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Page 1: SENHORES AS PROMOTORES AS DE JUSTIÇA · Código de Processo Civil, a Coordenadoria de Recursos Cíveis opôs Agravo Interno. Nas insurgências, sustentou-se, em resumo, que não

Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis, Falimentares, de Liquidações Extrajudiciais, das Fundações e do Terceiro Setor Av. Mal. Deodoro, n° 1028 – Ed. Baracat – 4º andar – Centro. Fone: (41) 3250-4852/4848. Coordenadoria de Recursos Cíveis Praça Nossa Senhora de Salete, s/nº - Ed. Palácio da Justiça - 6º andar - Centro Cívico. Fone: (41) 3352-1477

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Ofício Circular Conjunto nº 01/2015

Curitiba, 12 de fevereiro de 2015.

SENHORES(AS) PROMOTORES(AS) DE JUSTIÇA:

Da Necessidade de Pré-Cadastro Eletrônico (SPCE) das Petições Iniciais dos Recursos de Agravo de Instrumento e Mandado de

Segurança de Competência Originária do TJPR

A Coordenação deste Centro de Apoio e a Coordenadoria de

Recursos Cíveis vêm, nesta oportunidade, alertar aos membros do

Ministério Público do Estado do Paraná sobre a exigência de Pré-Cadastro Eletrônico (SPCE) das Petições Iniciais dos Recursos de

Agravo de Instrumento e Mandado de Segurança de Competência

Originária do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.

Desde 30 de setembro de 2011 encontra-se em vigor a

Resolução n° 14/2011 do Órgão Especial do TJPR, que implantou o

Sistema de Pré-Cadastro Eletrônico (SPCE) de ações e recursos originários

da sua competência, no qual devem ser obrigatoriamente cadastrados,

num primeiro momento, os recursos mencionados anteriormente, sendo

facultativo o pré-cadastro de petições de Habeas Corpus não

impetrado por advogado.

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Conforme esmiuçado na Notícia veiculada pelo Centro de

Apoio Cível em 05 de novembro de 2012 - a qual está disponível para

consulta na aba “Pré-Cadastro Eletrônico de ações e recursos”, presente

no menu à direita do respectivo endereço eletrônico -, o cadastramento

disciplinado pela Resolução n° 14/2011 deve ser feito na página virtual do TJPR, onde as informações inseridas pelos usuários

permanecem armazenadas pelo prazo de 30 (trinta) dias ou até o protocolo do recurso (vide art. 1°, itens I a III), a ser efetuado

diretamente no Centro de Protocolo Judiciário ou por meio do

serviço de Protocolo Integrado1.

Frisa-se que o aludido prazo refere-se ao período no qual os

dados são conservados pelo Sistema e não se confunde com o prazo para

a interposição (Protocolo) do recurso, sujeito às regras processuais

vigentes.

1 Servindo-se desta oportunidade, informa-se – de acordo com os itens n°(s) 1.14.1.5 à 1.14.13.3 do Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça do TJPR, Foro Judicial - que o serviço de Protocolo Judicial Integrado funciona junto ao ofício distribuidor de cada comarca e permite o recebimento de petições endereçadas ao TJPR e às demais comarcas do Estado do Paraná. No caso dos Promotores de Justiça que atuam nas comarcas além da capital e necessitam do Protocolo Judicial Integrado para o encaminhamento de recursos e ações de competência originária do TJPR, deve-se observar a necessidade de pré-cadastro eletrônico e, em seguida, realizar o protocolo da petição no ofício distribuidor da comarca de origem, ao qual compete enviar a peça ao Protocolo Central do TJPR. No momento do protocolo no ofício distribuidor é disponibilizado um número de ordem, que será substituído por um número de protocolo judicial quando a petição for recebida no Protocolo Central do TJPR. A consulta ao andamento dos recursos e ações é viabilizada na página eletrônica do TJPR por meio da informação do número de protocolo judicial, dentre outras. Demais particularidades do serviço de Protocolo Judicial Integrado podem ser conferidas no CNCGJTJPR – Foro Judicial.

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Além disso, destaca-se do conteúdo do Ato Normativo em

tela que, efetivado o pré-cadastro eletrônico, o sistema gera um “termo”, contendo todos os dados incluídos pela parte recorrente.

Esse “termo” deve ser impresso e utilizado para “capear a petição a

ser protocolizada, sob pena de não recebimento pelo Centro de Protocolo Judiciário do Tribunal de Justiça”.

Sabe-se que a legalidade da Resolução n° 14/2011 já foi

objeto de controvérsia instaurada pela Ordem dos Advogados do Brasil –

Seção Paraná -, no início de ano de 2012, por meio de pedido de

revogação apresentado pelo referido Conselho perante o Órgão Especial do

TJPR, o qual negou provimento à solicitação, por unanimidade de votos,

consoante Relação nº 07/2012-DM do Departamento da Magistratura do

Estado do Paraná.

Não obstante o insucesso da providência manejada pela

OAB/PR, a Coordenadoria de Recursos Cíveis tem militado em favor

da revisão do posicionamento do TJPR acerca da obrigatoriedade de

prévio cadastro eletrônico dos recursos.

Em duas ocasiões, nas quais foi negado seguimento aos

recursos de agravo de instrumento interpostos pelo MPPR, em razão da

ausência de pré-cadastro eletrônico, com lastro no art. 557, caput, do

Código de Processo Civil, a Coordenadoria de Recursos Cíveis opôs Agravo

Interno.

Nas insurgências, sustentou-se, em resumo, que não é

cabível a criação de requisito de admissibilidade de recurso de agravo de

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instrumento pela via de ato administrativo normativo, tendo em vista que

a matéria é regulamentada pelo Código de Processo Civil (art. 525 e 526)

e, por tal razão, somente pode ser objeto de inovação por lei federal – cuja

competência é privativa da União -, sob pena de ofensa ao art. 21, inc. I,

da Constituição Federal.

Os recursos de Agravo Interno apresentados pela

Coordenadoria de Recursos Cíveis encontram-se pendentes de análise

pela Presidência do TJPR.

Muito embora a discussão esteja sub judice, a Resolução n°

14/2011 vigora com higidez, de modo que se deve reconhecer a

importância da divulgação do seu conteúdo, em especial em virtude do

entendimento rígido que é conferido pela jurisprudência do TJPR no

tocante à necessidade de prévio cadastramento da peça no SPCE para o

conhecimento do recurso.

Acredita-se que a observância do Ato Normativo minimiza a

potencialidade de os recursos de agravo de instrumento e de mandado de

segurança serem rejeitados preliminarmente, alargando a expectativa de

exame do mérito e provimento dos expedientes ministeriais.

Aproveita-se a ocasião para ressaltar que a Coordenação

deste Centro de Apoio e da Coordenadoria dos Recursos Cíveis

encontram-se à disposição para quaisquer esclarecimentos ou dúvidas

que possam surgir.

Atenciosamente,

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Marco Antônio Corrêa de Sá

Procurador de Justiça – Coordenadoria

de Recursos Cíveis

Terezinha de Jesus Souza Signorini Procuradora de Justiça – Coordenadora do

Centro de Apoio Cível.