8

Senso (in)comum 7

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Final de semestre na universidade é sempre a mesma coisa: trabalhos, provas, pesquisas e tudo que for possível para ser aprovado. O problema é que as pessoas têm o costume de deixar tudo para a última hora, o chamado “jeitinho brasileiro”. Esse acúmulo de tarefas e responsabilidades pode acarretar problemas na saúde dos estudantes. O estresse é o sintoma mais comum nesses períodos. É inegável que muitas coisas se acumulam no final, mas não é com energéticos e cafeína que a situação ficará melhor. Boa alimentação, exercícios físicos e boas condições de lazer são as alternativas. Manter a cabeça arejada e sem muitas preocupações, também. A melhor saída é organizar a vida estudantil durante o semestre e não deixar muitas atividades para um único mês. Mesmo assim, todos merecem o descanso como recompensa. Então, boas festas e um próspero ano novo. São os votos do Senso (in)Comum.

Citation preview

Page 1: Senso (in)comum 7

ATUALIDADES: Moradia estudantil deve ser entregue em 2012 [3 ] • Idosos conquistam

mais espaço no ensino superior [4]• CIÊNCIA: Projeto busca melhorar qualidade de vida de

travestis [5]• Alunos da UFU reinventam o clássico " jogo da cobrinha" [6]• CULTURA &LAZER: Deficientes visuais praticam futebol na universidade [7 ] • Banda " SaiaJeans"

apresenta música japonesa em Uberlândia [8]

JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO UFU ● ANO 02 ● Nº 06 ● DEZEMBRO/2011 - JANEIRO/2012

Bru

nner

Mac

edo

FFiimm ddee ppeerrííooddoo ppooddee ccaauussaarreessttrreessssee eemm eessttuuddaanntteess

uunniivveerrssiittáárriiooss [[33]]

PPrreesstteess aa eexxppllooddiirr

Page 2: Senso (in)comum 7

ExpedienteReitor: Alfredo Julio Fernandes Neto/ Diretorada FACED: Mara Rúbia Alves Marques/Coordenadora do curso de Jornalismo: AdrianaOmena/ Professoras responsáveis: AnaSpannenberg, Angela Grossi, Mirna Tonus eMônica Rodrigues Nunes/ Edição de capa: LetíciaAlessi e Nayla Gomes/ Edição de fotografia earte: Ana Clara Macedo, Brunner Macedo eRenato Faria/ Edição de opinião: DeisianeCabral, Ronian Carvalho, Valquíria Amaral eVanessa Duarte/ Revisão: André Victor Moura,José Pedro Bezerra, Laura Laís, Lucas Martin,Marcos Reis e Mariana Goulart, Sabrina Tomaz/Monitoria: Eric Dayson, Lucas Felipe Jerônimoe Marina Martins/ Finalização: Danielle Buiatti

atualidadesEditora-chefe: Vanessa DuarteSub-editores: Amanda Pereira, André VictorMoura, Angélica Guimarães, Augusto Ikeda,Brunner Macedo, Cíntia Sousa, Deisiane Cabral,José Pedro Bezerra, Marcos Vinícius Reis, NaylaGomes, Ronian Carvalho e Sabrina Tomaz

ciênciaEditora-chefe: Natália NascimentoSub-editores: Ana Beatriz Tuma, Ana ClaraMaceo, Ana Flávia Bernardes, Andrêssa Lis,Angélica Guimarães, Bruna Isa Sanchez, LetíciaAlessi, Maria Tereza Borges, Renata Ferrari eRenato Faria

cultura e lazerEditora-chefe: Valquíria AmaralSub-editores: Ana Gabriela Faria, Clarice deFreitas, Gisllene Rodrigues, Karla Fonseca,Lucas Bonon, Lucas Martin, Patrícia Alves,Vanessa Borges, Victor Masson e Yara Diniz

As imagens que foram utilizadas na página 8, nasseções Senso Musical, Página Aberta, SessãoPipoca e Penso, Logo Clico, são de divulgação.

Tiragem: 2000 exemplaresImpressão: Imprensa Universitária/Gráfica UFUE-mail: [email protected]: sensoincomumufu.blogspot.comTwitter: @_sensoincomumTelefone: (34) 3239-4163

A Universidade Federal de Uberlândia,por meio da Diretoria de Obras da PrefeituraUniversitária, elaborou o projeto e realizou ainstalação de travessias elevadas no campusSanta Mônica, no mês de agosto. Foramconstruídas 30 lombadas que funcionam comoredutores de velocidade.

A medida visa a diminuir o índice deacidentes, que contabiliza neste ano de 2011dois atropelamentos, e também garantir aosalunos com necessidades especiais uma maioracessibilidade no espaço interno da UFU. Aslombadas foram construídas em vários pontosda faculdade, como nas portarias de acesso dasavenidas João Naves de Ávila e SegismundoPereira e nas principais ruas que cortam ocampus.

Se os acidentes de trânsito são hojeuma das principais preocupações da populaçãode uma forma geral, na comunidade acadêmicaela é ainda maior, uma vez que os pedestres sãomaioria.

Mesmo que no início esta novidade detravessias elevadas causasse em nós, estudantes,certa estranheza e incompreensão, foientendido com o tempo que a medida adotadapela faculdade era realmente necessária paragarantir a segurança de todos. Porém, nãoadianta somente construir as lombadas e acharque todos os problemas da logística do trânsitono interior da universidade foram resolvidos. Épreciso uma campanha de conscientização queesclareça e torne potencial o respeito que deveexistir entre pedestres e motoristas do campus.

Travessias para a segurançaAmanda Pereira

COMENTÁRIO

Você tiraria seu filho da escola? O críticoe escritor David Gilmour, tirou e propôs umaeducação alternativa. O garoto Jesse poderia sairda escola desde que assistisse três filmes porsemana escolhidos por seu pai, pois David era umex-crítico de cinema. Jesse aceitou, já que estavareprovando no ensino médio.

Essa escolha do canadense DavidGilmour é contada no livro "O Clube do Filme"(The Film Club) . Na obra, são mostradas asdiscussões semanais de pai e filho sobre váriosdestaques do cinema: A Doce Vida, InstintoSelvagem, O Poderoso Chefão, entre outros.

O livro foi lançado no Brasil em 2009 e

agradou muitos leitores por ser uma históriasimples e dinâmica. Porém, deve-se conhecermuito sobre cinema ou pesquisar bastante. DavidGilmour é um grande crítico cineasta, por issovários filmes comentados por ele no livrochegam a ser desconhecidos por grande parte dopúblico.

"O Clube do filme” não fala apenassobre filmes, seus diretores, produtores e atores.O livro se destaca por mostrar a atitude“estranha” que um pai teve para “educar” seufilho adolescente e a possibilidade de ter umaconversa aberta com o filho, neste caso, por meiodo cinema.

Nayla Gomes

O Clube do FilmeRESENHA

Os Programas de Saúde da Família(PSFs) foram criados em 1993, no governoItamar Franco, com o intuito de promover asaúde, prevenir e reabilitar os pacientesportadores das doenças mais freqüentes, que sãoexcluídos do serviço de saúde pública. Os PSFssão constituídos por equipes multiprofissionaiscompostas por um médico, quatro agentescomunitários e um enfermeiro e/ou auxiliar deenfermagem, que atendem, no máximo, 1000famílias de determinada comunidade, a qual,normalmente, é periférica. No entanto, oatendimento não abrange a todas as pessoas quenecessitam dele.

Segundo o Ministério da Saúde, para seimplantar um PSF é considerado que a maiorparte da população da cidade (70%) depende doserviço público de saúde, mas isso não é seguidoà risca pelos municípios. Tendo Uberlândiacomo exemplo, pode-se afirmar que apenas 33%do público-alvo dos Programas de Saúde daFamília são atendidos pelas 42 equipes, que, naverdade, deveriam ser 126 na Cidade.

Além disso, em Uberlândia, háproblemas nas Unidades Básicas de Saúde daFamília (UBSFs) , que, geralmente, abrigam os

PSFs. “Nos PSFs que existem, as estruturasfísicas não são boas, não são adequadas, nãoexiste um número suficiente, às vezes, deconsultórios, ou mesmo a infraestrutura da casaque está alocado o PSF não está boa em todos oslugares”, explica a médica de família NaíraMedina Ribeiro, que atua na UBSF Morumbi IV.

A realidade deveria ser diferente, vistoa importância de se ter próximo, principalmentedas comunidades periféricas, os PSFs, pois, pelomenos a saúde, seria uma garantia. Noatendimento, o médico segue os conceitos daárea, como a atenção de primeiro contato:integrada, que busca olhar o ser humano comoum todo e não os órgãos separadamente; econtínua, considerando-se também o contextosocial e a situação de vida, como econômica, asrelações afetivas etc., do paciente.

Os governos municipal, estadual efederal devem também seguir os conceitos damedicina de família e comunidade para veremque, no caso de Uberlândia, o “todo” dapopulação excluída pelos serviços públicos desaúde precisa do atendimento de bons PSFs enão só “partes”, os 33% beneficiados com oatendimento atualmente.

Olhe o todo e não só as partesAna Beatriz Tuma

VOZES

Bazinga!

Brunner Macedo

EditorialFinal de semestre na universidade é

sempre a mesma coisa: trabalhos, provas,pesquisas e tudo que for possível para seraprovado. O problema é que as pessoas têm ocostume de deixar tudo para a última hora, ochamado “jeitinho brasileiro”. Esse acúmulo detarefas e responsabilidades pode acarretarproblemas na saúde dos estudantes.

O estresse é o sintoma mais comumnesses períodos. O sono já não é mais o mesmo,um bom desempenho se torna obrigação e, àsvezes, o fato de morar longe da família contribuipara o típico desgaste físico e mental. Oorganismo começa a responder. Entram em açãoinibidores de sono. Um consumo exagerado

destes só piora a situação. Dormindo, o corpodescansa e armazena o que é aprendido duranteo dia.

É inegável que muitas coisas seacumulam no final, mas não é com energéticos ecafeína que a situação ficará melhor. Boaalimentação, exercícios físicos e boas condiçõesde lazer são as alternativas. Manter a cabeçaarejada e sem muitas preocupações, também. Amelhor saída é organizar a vida estudantildurante o semestre e não deixar muitasatividades para um único mês. Mesmo assim,todos merecem o descanso como recompensa.Então, boas festas e um próspero ano novo. Sãoos votos do Senso (in)Comum.

Jeitinho brasileiro

Sábado a noite, eu estava andando pelobairro procurando algum lugar tranquilo paracomer. Encontrei uma lanchonete, fiz meupedido e fiquei aguardando na praça em frente.Depois de algum tempo, o rapaz do caixa acenou.Peguei o pacote e segui andando. Passei por umaesquina, numa rua bem movimentada, todaimunda de lixo. Além do mau cheiro, haviabaratas por toda parte. As crianças que brincavamali pareciam nem notar aquele descaso público.

Reparei também nas pessoas. Umsenhor, já com seus 70 e poucos anos, sentadoem um banco me chamou a atenção.Simplesmente estava lá, ignorando o resto domundo. Usava uma boina marrom e traziaconsigo uma bengala já bem surrada, além deuma sacolinha plástica.

Logo que ele se levantou, vi que tinha

esquecido a sacolinha no chão. Depressaapanhei-a e saí correndo atrás do homem. Eu lheentreguei. Ele nada disse, apenas me olhou diretonos olhos por um momento interminável.Depois só assentiu com a cabeça e voltou aandar.

Voltei para o meu banco, comi, fiz umahorinha e fui embora. No caminho avisto à frenteo tal homem. Vi o que me intriga até agora: elejoga a sacolinha no lixo. Deveras fiquei confusa.Lembrei da imundice dos entulhos da esquina,das crianças e das baratas. Se, por um acaso, o talhomem se sentiu envergonhado quando eu lheentreguei o lixo que ele deixou na praça, e porisso jogou fora, ótimo! Embora não tenha sidomeu propósito, tenho certeza que aqueleindivíduo vai pensar duas vezes antes de largarqualquer papelzinho de bala por aí.

Clichê: lixo no lixoYara Diniz

CASOS E ACASOS

Page 3: Senso (in)comum 7

MUNDO UNIVERSITÁRIO

rotina dos alunos no fim dos semestresapresenta um número considerável de atividades:provas, entrega de trabalhos, seminários,preocupação com notas, estágios, finalização deprojetos e pesquisas. Isso gera estresse na vidados discentes, uma vez que os cursos exigemdesempenho na execução de tarefas,responsabilidade e compromisso.

O estresse é uma resposta do organismoàs situações do cotidiano, decorrente daspressões, da correria e da acumulação deatividades em um curto espaço de tempo, explicaa médica Maria Tereza Queiroz de Morais.“Quando a pessoa está estressada, é porque elatem uma sobrecarga de atividades no seu dia adia. Ela começa a ficar cansada, desestimulada,

apática e perde totalmente o ânimo”, declara.A saúde pode ser afetada com o excesso

de trabalho e a falta de descanso, podendodesencadear doenças e transtornos psicológicos.“É como se as defesas baixassem. A gente vaitentando de tudo para sobreviver às questões,mas chega um momento em que o organismonão suporta tamanha carga”, explica Fanny Melo,psicóloga e especialista em psicanálise.

Jéssica Belchior, estudante do curso deEngenharia Civil da UFU, diz que já pensou emprocurar auxílio de psicólogos pelo fato de sepreocupar exageradamente com seu desempenhonas disciplinas. “Dores de cabeça são contínuas,depois de passar o dia inteiro na faculdade. Jáprocurei médicos e a opinião geral é que oprincipal motivo é o meu estresse cotidiano comestudos e atividades relacionadas”, conta.

Fatores externos também podem auxiliarno desenvolvimento do estresse, como é o casoda graduanda Mariana Sivieri Lambertucci, docurso de Fisioterapia da UFU, que mora longedos pais para estudar. “Sinto falta de ter pessoasao meu lado me ajudando a superar asdificuldades na faculdade. Às vezes, penso emdesistir e voltar para casa”, relata.

Maria Tereza recomenda aos alunos queorganizem melhor o tempo para realizar asatividades exigidas pela universidade, dormir nomínimo oito horas por dia, fazer exercíciosfísicos, dedicar um tempo ao lazer e alimentar-sede forma saudável. “Alimento é o subsídio paravocê colocar as células do corpo para funcionar.

O que você come é transformado em energia”,afirma.

Estimulantes

O uso de inibidores do sono como pó deguaraná, ervas e bebidas energéticas é aalternativa que alguns estudantes encontrampara se manterem acordados ao estudarem osconteúdos exigidos nas provas, principalmenteno final do semestre.

Para Alberto Peregrino, neurologista eespecialista em medicina do sono, as substânciasutilizadas pelos alunos retardam o sono, porquecontêm alto teor de cafeína. O neurologista dizque alguns estimulantes inibem substânciasresponsáveis pelo sono, como a adenosina egualanina que, em contato com a cafeína, ficaminativas.

Se por um lado os inibidores atenuam asonolência, por outro, não melhoram aconcentração para quem deseja estudar, explicaAlberto. Ele diz que a memória é trabalhadaenquanto dormimos, principalmente durante ossonhos, então, para assimilar melhor osconteúdos ao estudar, o ideal é dormir bem ànoite.

João Lucas Batista, graduando do cursode Física, afirma que já usou coca-cola e tereré,erva mate misturada com boldo, a fim de passar anoite acordado para estudar. “Costumo tomarum litro de tereré ou 700 ml de refrigerante. Eume sinto agitado, o sono já não atrapalha, mascom o tempo a mente fica cansada", alerta.

Estresse pode prejudicar estudantesAna Flávia Bernardes e Renata Ferrari

Inibidores de sono são alguns dos recursos usados para enfrentar final de semestre

Moradia Estudantil: realidadeem 2012

Karla Fonseca

m entrevista coletiva realizada em 2009,o reitor da Universidade Federal de Uberlândia(UFU), Alfredo Júlio Fernandes Neto, afirmouque as obras da moradia estudantil seriam inicia-das em março de 2010 e que a estrutura estaria àdisposição dos estudantes em junho daquele mes-mo ano. Entretanto, esse prazo não foi cumpridodevido ao atraso nas obras.

De acordo com Renato Alves Pereira, res-ponsável pela Prefeitura Universitária , a constru-ção passou por problemas, mas já está em sua fasefinal. “Estamos novamente em ritmo normal naconstrução e com a expectativa de que, sem maio-res transtornos, a gente possa ter, finalizando o

primeiro semestre, o processo de inauguração",declara.

Uma comissão no Conselho de Extensão,Cultura e Assuntos Estudantis (CONSEX) foiformada para fixar as regras do regimento inter-no da moradia. Segundo Camila Souza, membroda comissão e estudante do curso de CiênciasSociais, está em elaboração o edital para a esco-lha dos discentes que irão alojar-se: “Poderãoconcorrer todos os estudantes matriculados noscursos de graduação da UFU”. Ela enfatiza que osalunos deverão estar dentro dos critérios socioe-conômicos que estão sendo definidos e carecemde aprovação do Conselho.

O Diretório Central dos Estudantes(DCE) tem voz e voto na comissão do CONSEX.Para Inaê Vasconcellos, membro da entidade, aconclusão das obras é algo a ser comemorado, mas,quanto à elaboração do regimento, ressalta: “Infeliz-mente, a participação não foi efetiva, de todos os es-tudantes. Se todos os representantes estudantistivessem ido, seria uma comissão paritária”.

Ainda de acordo com Inaê, a existênciade uma moradia para os estudantes da UFU é umaluta histórica. Há 30 anos, essa responsabilidadepassa pelas mãos de várias gestões do DCE e, em2007, recebeu verba do Plano Nacional de Assis-tência Estudantil (PNAES). No entanto, as obrassó puderam ser iniciadas em 2010, quando aUniversidade recebeu recursos do Ministério daEducação por meio do REUNI.

Acúmulo de atividades exige determinação de alunos no fim do período

A

Universitários buscam formasde complementar renda

o ingressar na universidade, os estudantesse deparam com novas responsabilidades. Muitossaem de casa e precisam controlar a mesada quelhes é enviada, pois os gastos com moradia, trans-porte, xerox, alimentação e contas são grandes.Para complementar a renda, alguns buscam ar-recadar dinheiro dentro da instituição onde es-tudam, vendendo informalmente produtos,como cosméticos, bijuterias, bolsas e até do-ces. Outros procuram bolsas e estágios remune-rados.

O graduando Heldson Luiz da Silva, docurso de Ciências da Computação, estagia noCentro de Ensino à Distância (CEAD) para com-plementar sua renda e não sobrecarregar o paicom o custo de pequenas necessidades. “Comoeu também ganho bolsa alimentação do RU(Restaurante Universitário) , o que eu ganho aquié mais destinado a coisas que eu preciso, como xe-rox, notebook, passes de ônibus”, comenta.

Os estágios oferecidos na universidadeajudam os alunos com um orçamento extra todomês e proporcionam experiência no mercado detrabalho. De acordo com a psicóloga FernandaMorais, “é importante que o jovem procureuma forma de renda sim, desde que não atrapa-lhe sua vida acadêmica”.

Por outro lado, há aqueles que tentamconseguir dinheiro para investir em sua vida soci-al. Ana Luiza Bernardes dos Santos, estudantede Medicina Veterinária, vende cosméticos e

destina o lucro das vendas ao lazer.O aluno do curso de Teatro Rafael Paten-

te é bolsista de um projeto de extensão e afirmaque atividades assim contribuem para a forma-ção profissional. “O projeto é vantajoso tantopela experiência adquirida, quanto para auxiliarna minha renda, com transporte, alimentação egastos para comprar parte do cenário ou figuri-no que utilizo nas peças”, declara o estudante.

Fernanda Morais comenta que é vanta-joso o universitário ter oportunidades de obterrenda, porque isso contribui para o seu cresci-mento pessoal e profissional. “O aluno temque ter uma força de vontade muito grande pa-ra conciliar os estudos com atividades extras,pois isso vai exigir mais da pessoa, mas a expe-riência lhe ajudará a ter mais responsabilida-de”, acrescenta a psicóloga.

Bruna Isa Sanchez

Atual estágio das obras no bairro Tibery

Karla Fonseca

Estágio proporciona experiência ao graduando

Bruna Isa

A

E

Renato Faria

Page 4: Senso (in)comum 7

artigo 21 do Estatuto do Idoso deter-mina que o Poder Público deve criar oportunida-des de acesso à educação para as pessoas comidade igual ou superior a 60 anos. No entanto, onível de escolaridade dos idosos brasileiros éconsiderado baixo: 50,2% frequentam a escolamenos que quatro anos, segundo o Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE) . Ape-sar desse cenário, um novo panorama tem sidoconstruído nas universidades do país. Em 2009,

3.798 idosos ingressaram em universidades (vergráfico) , de acordo com dados do Instituto Naci-onal de Estudos e Pesquisas Educacionais(INEP) .

Na UFU, 13 alunos com 60 anos oumais ingressaram em graduações entre 2010 e2011 . Sônia Santos, professora do curso de Peda-gogia e de Educação de Jovens e Adultos (EJA)da instituição, acredita que, atualmente, o Brasilconsegue atender boa parte das necessidades edu-cacionais dos idosos, com projetos de alfabetiza-ção e inclusão social. “Acho fantástico os idososestarem na universidade. Já tivemos alunos nocurso de Pedagogia e eles foram excelentes, ti-nham muita disciplina, compromisso e desejo deaprender”.

Os motivos que levam os idosos a volta-rem aos estudos são vários. Rosane Borges, 60,reingressou na universidade quando seus filhoscursavam graduação. Aos 18 anos, ela começou ocurso de Biologia, mas abandonou para cuidar dafamília. Com os filhos criados, optou pela gradua-ção em História e, em seguida, pelo mestrado. Aosaber que poderia eliminar algumas matérias docurrículo de Artes Visuais, Rosane, que é ceramis-ta, prestou o vestibular e começou mais um cur-so. “Fiquei muito tempo sem estudar, mas há 15anos eu estudo sem parar”.

Já a situação de Itagiba Nogueira, 62, édiferente. O engenheiro agrônomo decidiu gra-duar-se em Filosofia na UFU depois de se apo-sentar. “Eu sempre me interessei por Filosofia.Havia cursado algumas disciplinas isoladas, por-que o diploma de curso superior te permite isso.Quando me aposentei, vi a oportunidade de fa-zer a graduação”.

Os desafios encontrados pelos alunosem sala de aula muitas vezes dizem respeito aoritmo de estudo imposto no ensino superior:

“Não tenho mais o mesmo pique para acompa-nhar os períodos mais puxados. Além disso, aminha memória já não é a mesma coisa”, dizRosane. Se para os estudantes com mais de 60anos acompanhar os períodos é difícil, o relaci-onamento com os demais alunos é visto comoalgo positivo. Para Rosane, a relação com oscolegas é muito saudável: “Eu não me sinto amãezona da turma, às vezes, esqueço quantosanos eu tenho porque eles me tratam de igualpara igual”.

Universidade Federal de Uberlân-dia é um local de ensino, pesquisa e extensão, e aconvivência entre os estudantes fazem da institui-ção também um lugar de atividades relacionadasa interesses pessoais. Assim, alguns alunos apro-veitam o espaço acadêmico para compartilharemmomentos religiosos por meio de dois gruposcristãos – ABU e GOU – que realizam encontrosperiodicamente. A instituição é laica e a iniciativados alunos de se reunirem nos Campus da UFUé própria, sem apoio do governo federal.

A ABU (Aliança Bíblica Universitária)faz reuniões em diferentes horários, nos campiSanta Mônica e Umuarama. Nathália Kamanici,estudante de Direito Noturno e coordenadoradas reuniões de quinta-feira à noite no SantaMônica, explica que a aliança busca convidar es-tudantes de várias religiões para orarem e estu-darem a bíblia. “Além de entreter, a reunião

ainda leva a pessoa a refletir sobre a vida, a que-rer encontrar um propósito maior para viver”,conta.

Já o GOU (Grupo de Oração Univer-sitário) é vinculado à Renovação CarismáticaCatólica e é inserido em um movimento presen-te em diversas Universidades do Brasil, o “Minis-tério Universidades Renovadas”. Angélica Reis,estudante de Engenharia Química e coordena-dora do Ministério em Uberlândia, diz que essemovimento nasceu de um sonho: “O sonho deconstruir uma sociedade melhor através da for-mação de profissionais justos que trabalhem deuma forma diferente dentro da sociedade”.

As coordenadoras dos grupos relatamque o objetivo de discutir a religião na Univer-sidade é aproximar o estudante de sua espiritu-alidade e motivar os alunos a terem bonsresultados nos cursos. O estudante de Geogra-fia Diego Moreira, integrante do GOU, contaque, ao entrar na UFU, procurou o grupo, eafirma que reunir-se com pessoas de mesma féque a dele interfere positivamente na nota dasdisciplinas que cursa.

Segundo Maria de Lourdes Costa,psicóloga do SEAPS (Setor de AtendimentoPsicológico ao Estudante) , o movimento religi-oso dos estudantes da UFU pode gerar benefí-cios psicológicos ao aluno. Ela acrescenta quetodas as vivências dos pacientes devem ser va-lorizadas, inclusive a religião.

Religião ultrapassa osmuros da igrejaEstudantes se mobilizam e formam gruposdentro da Universidade

Valquíria Amaral

Psicóloga avalia positivamente debate religioso

Valquíria Amaral

A

Clarice de Freitas

Coletivos defendemorganização estudantil

s coletivos são grupos universitáriosque promovem a politização dos alunos e lutas es-tudantis a partir de debates dentro da comunida-de acadêmica. Na Universidade Federal deUberlândia (UFU), existem os Coletivos “Vira-mundo” e “Dialogação”, criados em 2008 e 2009,respectivamente.

O estudante de pós-graduação e mem-bro do “Dialogação” Ricardo Tadokoro diz que ogrupo surgiu devido ao descontentamento de es-tudantes com a desorganização do movimento es-tudantil. Para ele, a ideia é ser menos dependentedo Diretório Acadêmico (DA), do Centro Acadê-mico (CA) e do Diretório Central dos Estudan-tes (DCE).

Tadokoro conta que a necessidade dese organizarem para discutir a realidade da univer-sidade e os problemas do movimento fez estudan-tes de vários cursos formarem o coletivo. Elesdefendem, por exemplo, a ampliação das políticasde assistência estudantil como um componentepara garantir a permanência do aluno sem condi-ção econômica dentro da UFU.

Os membros do “Dialogação” são con-tra o projeto de expansão da universidade, poisentendem que ele a transformará em um espaçoonde a formação humana será colocada em segun-do plano: “A gente defende que a universidade se-ja um espaço para além da sala de aula, que auniversidade deva ser um espaço de vivência, deformação humana mesmo”, declara. Tadokoro.

Para Hinuany Melo, integrante do “Vi-ramundo”, a formação política provoca melhori-as e transformações na realidade social. Para isso,o coletivo promove mesas de discussão e ativida-des como oficinas de camisetas, campanhas co-mo a “Já Basta!”, a Calourada Alternativa e oCine Consciência Coletivo.

E o DCE?Inaê Vasconcelos, membro da atual

gestão do DCE, diz que as divergências políticasse devem ao fato de a entidade defender os pro-gramas de expansão das universidades. Para Vas-concelos, “a universidade deve ter umafuncionalidade para a sociedade, e por isso ésempre bom ela se ampliar”. Ela afirma que oDCE não exclui os coletivos e não tem o hábitode deixar faltar informação a respeito das pautasda universidade.

Cine Consciência : formação política na UFU

Clarice de Freitas

O

Debates e atividades são formas deconscientização política

Cresce ingresso de idosos nas universidadesDesafio é acompanhar o ritmo do ensino superior, mas interesse nos estudos é mantido

Mariana Goulart

EDUCAÇÃO

Nogueira: “A convivência com os colegas rejuvenesce"

Idosos ingressantes no Ensino Superior no Brasil (por áreas gerais)

Mariana Goulart

O

Page 5: Senso (in)comum 7

entomologia forense – aplicação doestudo dos insetos em investigação criminal –dá suporte para obter várias informações sobreo que aconteceu com um corpo ou qualqueroutro material que possa servir comohospedeiro, inclusive as drogas. O projeto“Diversidade, variação sazonal e biologia deinsetos de importância forense em ambientesnaturais e antrópicos na região de Uberlândia,MG”, do Instituto de Ciências Biomédicas daUniversidade Federal de Uberlândia (UFU) ,utiliza este estudo para geração de um bancode dados na solução de crimes.

Júlio Mendes, doutor em Parasitologiacom ênfase em Entomologia Médica ecoordenador do projeto, afirma que aaplicação, em investigações criminais, doestudo dos artrópodes, filo no qual se incluemos insetos, está em uma fase de geração dedados. Isso, porém, não significa que aentomologia já não possa ser aplicada.“Quanto mais avançamos, maior segurança nósganhamos na utilização desse conhecimento”,observa Mendes.

O professor explica que em umainvestigação criminal, às vezes, há necessidadede determinar com certa precisão o intervaloentre o momento em que o indivíduo foimorto e aquele em que foi encontrado. Com adecomposição do corpo é possível determinaresse tempo, dependendo do estágio dedesenvolvimento das espécies colonizadoras.

“É o chamado Intervalo Post Mortem (PMI)”,afirma Mendes.

O conhecimento do bioma Cerrado,que contribui para as áreas de ecologia ebiodiversidade, ajuda nas investigações. Paraexemplificar, o pesquisador cita os casos deapreensão de cocaína no Brasil, pois, ao conterresquícios de insetos de uma região X, tem-se apossibilidade de rastrear a origem da droga apartir das espécies catalogadas nas pesquisas.

A estudante Fernanda Franco, do cursode Biologia da UFU e estagiária na Polícia Civil

de Uberlândia, diz que a entomologia é umaárea muito recente no Brasil. Ela relata quegostaria de ajudar nas investigações da políciaaplicando a técnica, mas temincompatibilidade de horários. “Em funçãodessa dificuldade, o perito fica com receio deme ligar para ajudar caso um crime sejadescoberto de madrugada”, completa.

A entomologia forense “não só ajudariacomo também complementaria o serviço”,afirma o perito da Polícia Civil de UberlândiaHudson Caetano da Silva.

Insetos auxiliam a desvendar crimesEcologia e biodiversidade também são beneficiadas

André Víctor Moura

Projetos abrangem ações voltadas a travestis“Em Cima do Salto” influencia na criação da ONG Triângulo Trans

Amanda Pereira Firmino

SOCIAL

Descarte debateriase pilhas

Augusto Ikeda

curso de Engenharia Ambiental daUniversidade Federal de Uberlândia (UFU)possui um projeto que visa a promover odescarte correto de pilhas e baterias usadaspor meio de um “papa pilhas”. A técnicaMárcia Batistela e a aluna Emanuele Fran-ciscon são hoje as principais responsáveispor sua execução.

A iniciativa começou em maio de 2011 ,depois que a técnica decidiu criar um cole-tor de pilhas e baterias usadas no bloco 2Edo Campus Umuarama. Posteriormente, aideia foi levada para a Escola Municipal Or-landa Neves Strack, no Bairro Minas Gerais,onde são realizadas visitas e palestras sobreo assunto, com alunos do oitavo ano do En-sino Fundamental.

O objetivo é conscientizar o público-alvosobre os riscos do descarte inadequado depilhas e baterias, que podem provocar sériosdanos ao ambiente e possuem componentesnocivos ao organismo humano.

Márcia revela que já foram recolhidos 42quilos desses materiais, e que ainda há traba-lho a ser feito. A técnica lembra que cami-nhões da coleta seletiva costumam recolheresse tipo de resíduo, assim como supermer-cados, bancos e lojas em geral.

ferecer a possibilidade de melhorqualidade de vida a partir da discussão dequestões que envolvem sexualidade, direitoshumanos, saúde, inclusão é o que promove oprograma “Em Cima do Salto: Saúde,Educação e Cidadania”, destinado a travestis etransexuais em Uberlândia. Criado pela

Faculdade de Medicina da UniversidadeFederal de Uberlândia (UFU) , a iniciativaconta com o apoio do curso de Psicologia e estáalocado na Divisão de Relações Comunitáriasda Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) .

O “Em Cima do Salto” nasceu de umapesquisa de campo promovida pela médica

Flávia Bonsucesso Teixeira com um grupo dealunos na disciplina de Medicina Comunitária Iem 2006. O grupo verificou que, além dodesconhecimento com relação às doençassexualmente transmissíveis, a falta de plano devida devido à iminência de morte era algocomum entre as travestis. Segundo Flávia, “sóserá desenvolvida uma prática de prevenção aqualquer agravo se você tiver um projeto, umaexpectativa de vida, já que a média das travestisbrasileiras gira em torno de 30 anos”.

O primeiro projeto voltado àcomunidade de travestis e transexuais foi o“Conhecer para transformar: educando pelospares”, também coordenado por FláviaTeixeira. Com o objetivo de promover odiálogo a respeito de saúde e educação entreprofissionais e estagiários da Psicologia e astravestis, as reuniões quinzenais, realizadas nocampus Umuarama da UFU, têm se tornadoum espaço para a discussão e construçãode cidadania.

O programa tambémconta com “Vida nas calçadas:atenção prestada no campo”,projeto coordenado pelapsicóloga Rita Martins Rocha, quetem como foco a execução de umtrabalho de rua em Uberlândia. Todas asquartas-feiras, alunos e profissionais dos cursosde Medicina e Psicologia vão aonde as travestisse encontram durante a noite para fazer a

distribuição de preservativos. É feita ainda umavisita a cada 15 dias às pensões onde elasresidem para acompanhamento.

Paralelamente a esses projetos, existeum espaço voltado ao atendimento clínico epsicológico de travestis e transexuais.Localizado no Ambulatório Amélio Marques,do Hospital das Clínicas da Universidade, o“Ambulatório da Saúde” realiza consultasmédicas às quintas-feiras, das 17 às 21 horas,sob a coordenação técnica de Rita Rocha. Deacordo com a psicóloga, está em estudo acriação de um centro voltado para a cirurgia detransgenitalização que poderá ser implantadono mesmo local.

Para Ricardo Soares, um dos bolsistasdo programa, o primeiro aprendizadoadquirido é respeitar as diferenças e não fazerdistinção entre as travestis e as demais pessoas.Ele acrescenta que a iniciativa leva à

construção não somente do caráter,mas também do seu ladoprofissional enquanto futuromédico.

Os frutos dosprojetos começam a ser

colhidos. A Organização Não-Governamental (ONG) Triângulo

Trans, criada em fevereiro de 2010, é aprimeira associação de travestis e transexuaisde Uberlândia e região, e nasceu da iniciativadas participantes do “Em Cima do Salto”.

Ambulatório onde ocorrem atendimentos do “Em cima do Salto”

Amanda Pereira Firmino

O

A

O

O “Ambulatório daSaúde” realiza

consultas médicas àsquintas-feiras, das17 às 21 horas

Júlio Mendes apresenta coleção de referência de insetos

André Víctor Moura

Page 6: Senso (in)comum 7

termo Motion Capture também co-nhecido como Mocap é usado para descrever oprocesso capaz de captar todas as articulações rea-lizadas em três dimensões (3D) pelo ser humano.Para “gravar” os movimentos são utilizados equi-pamentos como câmeras de vídeo, sensores ele-tromagnéticos, marcadores, dispositivoseletromecânicos e outros. Estudiosos de diversasáreas do conhecimento estão dedicando suas pes-quisas a esse tema devido a suas diversas formasde aplicação.

O pesquisador Daniel Furtado, do cursode Engenharia Elétrica, da Universidade Federalde Uberlândia (UFU), explica que, durante a cap-tação dos movimentos, são colocados no corpode uma pessoa marcadores capazes de transmitirao computador toda a trajetória de sua articula-ção no espaço. Sobre as diferentes aplicações, Fur-tado diz que “estas imagens podem ser utilizadaspara animar um personagem em um filme ou emum jogo e estabelecer parâmetros como a veloci-dade do movimento”. Além disso, segundo ele,podem auxiliar pessoas em eventuais esportes pa-ra otimização de movimento e também para en-contrar diagnósticos médicos de disfunções nocaminhar da pessoa.

A utilização dessa tecnologia na indústria

de filmes e games é cada vez mais recorrente e per-mite criar personagens como os jogadores nos jo-gos da FIFA ou mesmo os chimpanzés do filmePlaneta dos Macacos. Em entrevista ao PortalUOL, o ator Andy Serkis chegou a dizer que “atecnologia é perfeitamente capaz de captar os mo-vimentos mais sutis dos músculos, dos nervos. Seexiste uma técnica específica para o desempenhoem mocap é ser preciso”. O ator interpreta o chim-panzé Caesar e já participou de vários filmes utili-zando Mocap como o personagem Smeagol noprimeiro filme da trilogia O Senhor dos Anéis.

Mocap na UFUEm parceria com os professores Adriano

Alves Pereira e Selma Milagre, do curso de Enge-nharia Elétrica, e com aluno de Odontologia Dou-glas Bellomo, Furtado desenvolveu recentementeum software capaz de registrar os movimentos damandíbula de uma pessoa em três dimensões. Eleexplica que são colocados marcadores em váriospontos do rosto e quando a pessoa faz alguns mo-vimentos de abertura e fechamento de mandíbu-la, o sistema consegue obter alguns parâmetroscomo o quanto que a mandíbula se deslocou pradentro ou pra fora.

De acordo com o pesquisador esse

software facilita que os especialistas na áreaodontológica encontrem disfunções associadas àarticulação. Para desenvolver esse sistema foramutilizadas três câmeras de infravermelho e osmarcadores que funcionam como sensores. Atecnologia já foi aplicada em mais de 20 pessoas.

Atualmente, Furtado desenvolve o pro-jeto de um método que poderá ser usado para re-construir os movimentos. A pesquisa permitirá aanálise de articulações e auxiliará no tratamento ediagnóstico de pacientes com problemas ortopé-dicos e também em estudos de melhora no de-sempenho de atletas. Por enquanto, o projeto éum protótipo que está na fase computacional.

INFORMÁTICA

Alunos colocam em prática conhecimentos de programação

nake World é o primeiro game que a In-novare Games, especializada em desenvolvimen-to de jogos eletrônicos, lançou no AndroidMarket. Dois integrantes da empresa e estudan-tes do curso de Ciência da Computação da Uni-versidade Federal de Uberlândia (UFU),Raysllan Nascentes Pereira e Rodrigo Rodriguesdos Santos, são os responsáveis por criarem o jo-go. Eles receberam o apoio de Ronaldo Castro deOliveira, coordenador do curso de Ciência daComputação, e Marcelo Rodrigues, coordenador

do curso de Sistemas de Informação.O aplicativo, que tem o objetivo de evitar que

a cobra morda o próprio corpo, é considerado umanova versão do Snake (conhecido como “jogo da co-brinha”), encontrado emcelulares desde1990. “Aino-vação está no fato de nosso jogo possuir gráficosmelhores, além de variações com obstáculos”, afirmaSantos. Ao todo, o game possui nove fases: Classic,Ice Land, Fire Temple, City, Thunder Strike, Forest,Cemetery, Wall ofDeath e Meteor Shower.

Os criadores acreditam que, ao produzi-rem o jogo, eles colocaram emprática conhecimen-tos que adquiriram em sala de aula e,principalmente, atingiram um dos objetivos da fa-culdade, que é preparar o aluno para criar em ambi-entes novos, no caso deles, a plataforma Android.

Para Raysllan Pereira, o processo de cria-ção de um jogo exige muita paciência, persistên-cia e mente aberta para aprender coisas novas, “ascoisas fluem muito lentamente no início e, com aprática, vão fluindo melhor, e o trabalho vai ren-dendo mais”. De acordo com Santos, é importan-te que a pessoa comece a fazer jogos mais simplese, à medida que ela for adquirindo mais experiên-cia, será capaz de criar games mais complexos.

Luiz Henrique Farcic Mineo, graduadoem Ciência da Computação e um dos jogadores,acredita que o Snake World é ideal para passar otempo. Para ele, os criadores conseguiram inovar,de forma interessante, um jogo que era clássico efoi desenvolvido para aparelhos com display debaixa resolução. “Eles conseguiram agregar diver-sas características, vários cenários, vários itensque realmente aumentam a diversão do jogo”.

Mercado de jogosO Snake World pode ser adquirido no An-

droid Market, pertencente à Google, que permitea instalação de aplicativos em aparelhos comosmartphones e tablets, sem que a pessoa preciseconectá-los a um computador. Até hoje, foramvendidos dez jogos para brasileiros, mas o princi-pal público-alvo do game são norte-americanos eeuropeus. Santos explica que “a tecnologia comAndroid é nova no Brasil e poucas pessoas a pos-suem em seus celulares, além de poucos brasilei-ros terem a cultura de comprar jogos”.

Conforme dados da NPD Group, empre-sa americana que realiza pesquisa de mercado, aindústria de jogos eletrônicos cresceu mais de400% em faturamento, de 1999 até 2009. O mer-cado conta com dois tipos de jogadores, os deno-minados casuais, que buscam jogos mais leves ecom pequenas histórias, e os chamados hardcore,que procuram jogos mais longos, com temasmais violentos e pesados.

Vanessa Duarte

Novo jogo tem gráficos melhores e mais fases

Raysllan Pereira

“Jogo da cobrinha” tem nova versão

Sistema de captura de movimentosatrai pesquisadores

Nayla Gomes

TECNOLOGIA

S

O

Esquema de funcionamento do Mocap

CuriosidadesCupins de 10 bilhões de dólares

Chega a 10 bilhões de dólares ovalor da madeira que os cupins destroem porano em todo o mundo. Um método fácil deeliminá-los, quando entram voando em casa,é colocar um prato com água de forma arefletir a luz de uma lâmpada. Os cupinsafogam-se na água, atraídos pela "ilusão deótica".

Renato Faria e Ronian Carvalho

Ummilhão em 12 diasSe alguém contasse em voz alta, 24

horas por dia, sem parar - 1 ... 2... 3... até ummilhão - de maneira a dizer um algarismo ounúmero por segundo, gastaria nada menosque doze dias para terminar a enumeração.

Por que a pele enruga no banho?A epiderme dos nossos dedos é

composta por uma proteína chamada dequeratina que forma uma barreira protetoracontra umidade, bactérias e corpos estranhos.Em contato prolongado com a água, ascélulas acabam absorvendo-a e inchando.Para que o volume de água absorvido caibadentro da pele, ela precisa se enrugar.

O amor é lindo!Enquanto muitos passam a vida

procurando o verdadeiro amor, Dan Holmes,de 29 anos, busca por um padre que aceitecelebrar a cerimônia de casamento entre ele eseu videogame Playstation2. Dan jáconseguiu formalizar seu casamento deforma legal, mudando seu nome paraPlaystation 2.

Divulgação

Arte:

KarinaMam

ede

O aplicativo pode ser instalado em smartphones

Vanessa Duarte

Page 7: Senso (in)comum 7

eche os olhos. Agora, tente orientar-seapenas pela audição, ouça com atenção os ruídosao seu redor. Difícil? Para os praticantes doesporte paraolímpico goalball, é a audição que osguia dentro da quadra. A modalidade foi criadaapós a Segunda Guerra Mundial, em 1946, peloalemão Sett Reindle e o austríaco HanzLorenzen, com o objetivo de proporcionaratividade física para os combatentes queretornavam da guerra com problemas de visão.

Em Uberlândia, o esporte foiapresentado por Alberto Martins da Costa,docente da Faculdade de Educação Física(FAEFI) , da Universidade Federal deUberlândia, na década de 1980. A modalidadeintegra as atividades do Núcleo Interdisciplinarde Estudos e Pesquisa em Atividades Física e

Sáude (NIAFS) , da FAEFI, que também oferecea pessoas com necessidades especiais a prática deatletismo, bocha, futebol de 7, halterofilismo,hóquei sobre o piso e natação.

Na UFU, o projeto conta com duasequipes, uma masculina e outra feminina, que, aotodo, possuem 14 atletas. Gisele Ferreira da Silvadiz que o goalball é audição, percepção: "Nós,com problema de visão, dependemos de sentir oque está perto". O treinador das equipesFernando Dias destaca que os benefícios daprática desse esporte são “a melhora de qualidadede vida, a questão da socialização, do convívio, dainteração com pessoas com o mesmo tipo dedeficiência”. Maria José de Freitas Bruno, donaZezé, dedicou a vida ao goalball. Aos 57 anos,declara: “Você viaja, conhece outras pessoas, isso

levanta a sua autoestima”.Dias explica que uma das dificuldades

enfrentadas pelo projeto consiste em ser umesporte coletivo, já que muitos optam pormodalidades individuais. “Os atletas preferemdeixar um esporte coletivo e vão para oatletismo, onde a possibilidade de conseguiruma bolsa atleta é maior”, desabafa, explicandoque esse outro esporte, que é individual, possuiauxílio estadual e nacional; já as modalidadescoletivas, apenas apoio nacional. Dias revelaainda que um dos seus desejos é conseguir“uma ajuda financeira para manter essesatletas”.

Neste segundo semestre de 2011 , ogrupo participou d VII Taça Araxá de Goalball edo Regional Sudeste I, em Belo Horizonte. Ostreinamentos acontecem no campus daEducação Física, no ginásio G2, às terças equintas-feiras, das 16 às 17h40 e, aos sábados,das 15 às 17 horas. Para participar, basta que oatleta procure o NIAFS para se inscrevergratuitamente.

Entenda a modalidade

O goalball é um jogo entre duasequipes de três jogadores, praticado em umaquadra fechada, dividida em três áreas. Nofundo da quadra, estão os gols. O objetivo éfazer gol e, para isso, um jogador arremessa abola em direção ao adversário, enquanto estetenta defender com o corpo.

A bola é maciça, mas oca e com oitofuros, para que o barulho dos guizos possa serescutado. Todos os atletas jogam com osolhos vendados. A partida é narrada peloárbitro com comandos em inglês e a torcidasó pode se manifestar no momento do gol.Durante o jogo, o silêncio é essencial.

Goalball promove inclusãoESPORTE

Cíntia Sousa

Semuc disponibiliza acervo audiovisual

Arte para acomunidade

Sabrina Tomaz

Angélica Guimarães

Angélica Guimarães

Comunidade e UFU: unidos pela arte

BIBLIOTECA

OFICINAS

Modalidade possibilita atividade a deficientes visuaisCíntia Sousa

Jogadores treinam no ginásio G2, na Educa

O projeto Arte e Comunidade:Estêncil para intervenção urbana, tambémconhecido como Extenso Estêncil, objetivarevitalizar as mesas da UFU e as fachadas daONG Periferarte. Élson Felice é ocoordenador artístico e articuladorsociocultural do projeto e conta que ainiciativa “vem mostrar que arte, qualquerpessoa pode fazer”.

A atividade foi idealizada pelaartista plástica Moema Torres, inspirada noprojeto JAMAC (Jardim Miriam ArteClube) da profissional paulistana MônicaNador. Moema se interessou pelo trabalhode Mônica, em que relaciona a arte com acomunidade por meio do estêncil.

O projeto envolve alunos do cursode Artes Visuais da Universidade Federal deUberlândia e visa a ensinar à comunidade dobairro Canaã, por meio da ONG Periferarte,a técnica de pintura estêncil, em que setransfere um desenho para uma superfícieatravés de um molde vazado. A iniciativaconta com cinco artistas plásticos e cincoestudantes de artes da UFU, sendo quatrobolsistas e uma colaboradora.

As oficinas de capacitação com osmoradores do bairro são chamadas de“Vivência artística”, nas quais os alunosfazem os desenhos que serão moldes parapintura da fachada da ONG e das mesinhasnas áreas verdes da UFU. De acordo comÉlson Felice, os membros do projeto já estãona fase de intervenção urbana.

A colaboradora Karen Fidelisacredita que os alunos da UFU queparticipam do Extenso Estêncil têm aoportunidade de conhecer outra realidade,que vai além dos muros da universidade: ade um bairro periférico. A bolsista MartaBarbosa testemunha: “Você consegue ler ahistória deles a partir do resultado do muralque está construindo”.

Para Juliana Trindade,coordenadora e fundadora da ONG, ointercâmbio entre UFU e Periferarte,proporcionado pelo projeto, é importante.“É uma chance de ter um contato com osuniversitários, para as pessoas do Canaãsentirem que a universidade não está tãodistante”, afirma.

Os resultados esperados noperíodo entre maio e o final do ano sãopintar as mesas da UFU e as três fachadas daONG Periferarte. O blog e o perfil doprojeto no facebook já estão ativos. Moemapretende ainda fazer uma revistaacompanhada de um CD com as imagens edepoimentos das pessoas que fizeram partedo projeto.

Terminal oferece computadores com sintetizador de voz

D iscos de vinil, partituras musicais,CDs, DVDs, fitas de VHS, fitas cassete, cartazes epeças teatrais. O Setor de Multimeios e ColeçõesEspeciais (SEMUC), localizado na Biblioteca do

campus Santa Mônica, possibilita tudo isso paraalunos, professores e técnicos da UFU. Criado nadécada de 1970, o lugar é uma oportunidade paraos usuários somarem conhecimentos por meio depalavras, sons e imagens.

Segundo Maria Aparecida de Freitas,responsável pelo SEMUC, o acervo de DVDs éum dos mais requisitados do local. O empréstimopermite a cada estudante ficar com até dois filmesdurante três dias. Comédia, romance, drama esuspense são alguns dos gêneros encontrados noSetor. “Os vídeos disponíveis são obtidos a partirda escolha dos professores da UFU”, concluiMaria.

Mateus de Paula, aluno do curso deRelações Internacionais, frequenta o espaço pelomenos duas vezes por semana. Ele achaimportante a Biblioteca oferecer esse serviço erecomenda alguns vídeos. “Um filme de comédiamuito bom é ‘O Grande Lebowski’; já para quemgosta de drama, ‘O Oléo de Lorenzo’ é muitobonito”, diz.

O SEMUC também possui salas deaudiovisual com equipamentos eletroeletrônicospara uso dos acervos. Os estudantes, professorese técnicos podem aproveitar os espaçosindividuais ou em grupo, com capacidade para

até 20 pessoas. Roberto José da Cruz, técnicoadministrativo da Faculdade de Educação(FACED), conheceu o Setor quando fazia agraduação e se apaixonou pelo lugar. “Eu já leveigrupos de até dez alunos para assistir a filmes noambiente, e fui com colegas ver outros filmes”,conta.

AcessibilidadeEm 2009, o Setor implantou um espaço

para alunos com deficiência visual. O terminal éiniciativa do Centro de Ensino, Pesquisa,Extensão e Atendimento em Educação Especial(CEPAE) e sua estrutura oferece computadorescom sintetizador de voz que narra o texto da tela.Conta ainda com uma aluna estagiária paraauxiliar nas pesquisas e no atendimento dopúblixo em geral.

Késia Pontes, aluna do CEPAE, utilizao terminal e considera muito relevante osestudantes com essa deficiência possuíremautonomia de prestigiar um livro digitalizado, umDVD, ou ouvir música. Uma das reivindicaçõesda aluna é sobre a expansão desse terminal. “Ocerto seria os alunos terem esse atendimento eesse software em todos os laboratórios, e não sóna Biblioteca”, ressalta.

A área de DVDs do Semuc é a mais frequentada

Sabrina Tomaz

F

Page 8: Senso (in)comum 7

Sessão Pipoca

Mariana Goulart

ACasa dos Náufragos

William Figueras é o protagonista do dramade Guillermo Rosales. Exilado político emMiami, ele é internado pela família em umasilo para doentes mentais. Figueras vê asituação como um prenúncio de sua morte. Ahistória do personagem se assemelha com ado autor que também deixou Havana e semudou para Miami.

Augusto Ikeda e Karla Fonseca

les usam saias e tocam música de ani-me. Essa é a definição da banda Os SaiaJeans, for-mada em outubro de 2009, que toca temas deproduções japonesas em eventos para fãs do gêne-ro. Influenciados por clássicos como Cavaleirosdo Zodíaco, os jovens Diogo Victal, Bruno Teixei-ra, Pablo Avendaño, Lucca Dias, Ícaro Couto e Vi-nicius Oliveira decidiram se unir. O tecladistaAvendaño, que faz Engenharia Química na UFU,diz que a escolha do estilo se deu por ser o únicoponto em comum entre eles.

O nome da banda vem do desenho Dra-gon Ball, no qual os personagens são da raça Saya-jin. O guitarrista Bruno Teixeira, que estudaEngenharia Mecânica, diz que a escolha surgiu demuita discussão, até ele e o baixista Ícaro, que ébarman, decidirem usar o trocadilho. “A gentepensou: tem que chamar SaiaJeans, mas a gentetem que tocar de saia. Uma semana depois, a gen-te se reuniu, cortou umas calças jeans e virou issoaqui”, fala, apontando para a saia.

Em dois anos, o grupo fez cinco showsna região, dois deles na CATSU (Convenção deAnimes e Tokusatsus de Uberlândia), em que teve achance de ser conhecido pelo público da cidade. En-tre os fãs que vão ao evento, chamados de otakus, es-tá Bruno Calil, doutorando em EngenhariaBiomédica da UFU, que elogia afirmando que abanda tem forte presença de palco. “Nós vemos queo pessoal do SaiaJeans realmente senta pra avaliarquais músicas apresentarão e, uma das coisas maisimportantes, eles realmente ensaiam”, completa.

No repertório da banda, estão músicasdos anos 1980 e 1990 e também atuais. Os mem-bros contam que passaram por dificuldade com aescolha musical, pois queriam tocar o que gosta-vam e as pessoas não reconheciam as canções.Outro problema apontado pelos SaiaJeans é a fal-ta de espaço para tocar em Uberlândia, por seapresentarem para um público restrito. Victal, vo-calista do grupo e aluno de Psicologia, diz que aspessoas da cidade não incentivam os grupos lo-

cais e tendem a valorizar mais o que vem de fora.Os integrantes afirmam que são lembra-

dos por causa da saia e recebem retorno pela inter-net. “Esse negócio da saia é para entrar na cabeçadas pessoas, fazer se lembrarem da banda. É a maisgenial de todas as nossas ideias”, diz Teixeira. “Éuma piada entrar no palco. Ninguém pensa embanda de macho cabeludo usando uma saia jeans”,diverte-se o também guitarrista Lucca Dias.

Banda 'Os SaiaJeans' invade UberlândiaGrupo tem cultura japonesa como inspiração

Maria Tereza Borges

Teixeira: "A saia é para as pessoas lembrarem da banda"

Programe-seAmanda Pereira, Ana Beatriz Tuma e André Moura

CATSU - 2ª ediçãoA Convenção de Animes e Tokusatsus deUberlândia acontece há quatro anos na cidade econta com shows, apresentações de cosplay eestandes com produtos temáticos. O evento serárealizado nos dias 21 e 22 de janeiro, no ColégioÊxitus. Informações no site www.catsu.com.br

NBB - Novo Basquete BrasilA quarta temporada do campeonato nacional debasquete conta com a participação do timeUnitri/Universo de Uberlândia. As disputascomeçaram em novembro de 2011 e terminarãoem meados de 2012. Entre os jogos emUberlândia está o de 17/12/2011 , no Ginásiodo UTC contra o time de Joinville.

http://migre.me/6bBSV

Natal emUberlândiaA Prefeitura organiza para o mês de dezembrodiversas programações natalinas. Além doseventos, é possível conferir as decorações denatal na cidade. Veja a programação completaem http://migre.me/6gU7R

Penso, logo clico!Ana Clara Macedo, Bruna Isa Sanchez e Nayla Gomes

UmdiaO filme narra o romance de

Emma e Dexter, dois jovensque se conheceram na noite emque se formaram naUniversidade. Desde então,

encontraram-se todos os anos, no dia 15 dejulho, para conversarem sobre suas vidas. Aestreia será no dia 2 de dezembro.

Beastly - AFeraA trama conta a história de KyleKingson, amaldiçoado por umacolega depois de humilhá-la naescola. Após ser transformadoem aberração, ele é mandado pa-ra o Brooklyn, onde descobre

que só terá a sua beleza de volta se fizer comque alguém consiga amá-lo.

50/50A vida de Adam muda quandoele descobre ter câncer. Kyle,seu melhor amigo, utiliza adoença de Adam para se darbem com as mulheres. Nas

poucas chances que lhe restam, Adamconhecerá Katherine, uma jovem psicólogaque irá virar sua cabeça de vez.

Dois coelhosEdgar, um sujeito cansado dadesgraça social e da corrupção,resolve fazer justiça com aspróprias mãos. Ele arma umplano que coloca os políticosgananciosos frente a frente com

os bandidos. Conforme a trama se desenrola, opassado obscuro de Edgar é revelado.

Página Aberta

Ana Flávia Bernardes, Lucas Martin e Patrícia Alves

MÚSICA

A blogueira Acid Girl é aresponsável pelo blog de humor AcidezFeminina. Destinado ao público feminino,dá dicas sobre o conturbado relacionamentoentre homens e mulheres. Se você é menorde 18, é melhor não acessar!http://acidezfeminina.com.br/

Como o próprio slogan do site diz,o portal Techtudo torna a tecnologiadescomplicada. Lá você encontra desdedicas de informáticas até curiosidades sobreo assunto. Além disso, o canal disponibilizaaplicativos e programas para downloads.http://www.techtudo.com.br/

Cold PlayMylo Xyloto

O quinto álbum do grupo inglês foigravado com base em “uma históriade amor com final feliz”, segundo ovocalista Chris Martin. Para este novotrabalho, a banda optou por um sommais despojado, acústico e íntimo,comparado ao seu antecessor, Viva laVida.

Senso MusicalGraveola e o Lixo PolifônicoEu preciso de um liquidificadorA banda mineira deve ter se inspiradona sua própria mistura de ritmos –rock, samba, funk, bossa nova e pitadasde música latina – para o batismodesse novo CD. Lançado em outubrode 2011, o disco usa a “reciclagemmusical” como base de seu trabalho etem letras bem-humoradas.

Filipe CattoFôlegoO cantor é uma grande surpresa daMPB. O gaúcho, que vive em SãoPaulo, possui um tom de voz agudo,considerado raro na música popular.Seu álbum “Fôlego”, lançado emoutubro de 2011 , foi muito elogiado ea música principal, “Saga”, se tornoutema de novela global.

Divulgação

Conversa de homem não é só nobar ou no futebol! O blog Papo de Homem éum espaço de interação entre amigos quepostam sobre diversos assuntos do universomasculino. Mas as mulheres que queremtentar desvendar os segredos dos homenstambém podem ler.http://papodehomem.com.br/

Na base do improviso, espontanei-dade e indignação, Gil Brother comenta demaneira crítica e engraçada assuntos que es-tão em alta na mídia. O protagonista do Ca-nal Away fala o que lhe vem à cabeçaaproveitando a liberdade da internet para ex-por suas ideias peculiares.http://www.canalaway.com.br/

E

Marina

Carlos Ruiz Zafón conta a história de ÓscarDrai, um jovem que passa o dia andandopelas ruas de Barcelona observando oscasarões abandonados. Ao entrar em umdesses lugares, ele conhece Marina, umagarota que o leva para um passeio nocemitério da cidade a fim de mostrar osmistérios que rondam o local.

Para SeguirMinha Jornada - Chico Buarque

O livro de Regina Zappa retrata, por meio defotos, a vida de Chico Buarque de Holanda,conhecido como um dos ícones que mais temenriquecido a cultura brasileira nos últimos50 anos. A obra apresenta várias fases da vidado cantor e suas relações com vários músicosconceituados que fizeram parte de suatrajetória.