15
1 ENGENHERIA ELÉTRICA FLÁVIA CODEIRO MARTINS SENSORES INDUSTRIAIS FORMIGA, 16 DE ABRIL DE 2015

Sensor Es

Embed Size (px)

DESCRIPTION

SENSORES

Citation preview

  • 1

    ENGENHERIA ELTRICA

    FLVIA CODEIRO MARTINS

    SENSORES INDUSTRIAIS

    FORMIGA, 16 DE ABRIL DE 2015

  • 2

    RESUMO

    Os sensores industriais so responsveis por grande parte das informaes que

    possibilitam o funcionamento de uma mquina, e emitem informaes necessrias para

    o controle de um processo. Ser abordado neste trabalho o princpio de funcionamento

    dos sensores utilizados na disciplina de Instrumentao e Controle de Processo,

    sensores indutivos, capacitivos, difusos e retroreflexivos.

  • 3

    Sumrio 1.INTRODUO ............................................................................................................................. 4

    2. SENSORES INDUTIVOS ............................................................................................................... 5

    3. SENSORES CAPACITIVOS ........................................................................................................... 9

    4. SENSORES RETRO-REFLEXIVOS ................................................................................................ 12

    5. SENSORES DIFUSOS ................................................................................................................. 14

    6. REFERNCIAS ........................................................................................................................... 15

  • 4

    1.INTRODUO

    Os sensores hoje esto presentes em todo processo de controle de uma planta

    industrial, so dispositivos essenciais por serem capazes de detectar, sensorear uma

    mudana no processo, dependente da grandeza fsica medida, por exemplo temperatura,

    nvel, vazo, presso, presena e outros.

    O sensor emitir informaes na sua sada, e estas sero a base para a

    monitorao e o controle de um processo de produo.

    Eles podem ser classificados como analgicos ou digitais, de acordo com sinal

    emitido na sua sada, se ele emitir pulsos eltricos com 0 ou 1, sem valores

    intermedirios, ele classificado como digital. Se as informaes de sada so sinais

    eltricos proporcionais grandeza medida ele classificado como analgico.

    Os sensores digitais tambm conhecidos como discretos, e suas sadas possuem

    chaveamento eletrnico podendo ser NPN ou PNP.

    Sensores com sada NPN So utilizados para comutar a carga ao potencial

    positivo. O mdulo de sada possui um transistor NPN que conecta a carga terra (0 V).

    A carga conectada entre a sada do sensor e a tenso de funcionamento positiva

    (VDC) (Junior, 2015).

    Figura 1 - Esquema sensor com sada NPN

    Fonte: (Junior, 2015)

    Sensores com sada PNP So utilizados para comutar a carga ao potencial

    negativo. O mdulo de sada possui um transistor PNP que conecta a carga terra (0 V).

    A carga conectada entre a sada do sensor e a tenso de funcionamento negativo (0V).

  • 5

    Figura 2 - Esquema sensor com sada PNP

    Fonte: (Junior, 2015)

    Sensores com sada a rel As sadas no so eletrnicas e sim mecnicas. O

    rel possui contatos, normalmente abertos (NA) e normalmente fechados (NF), o que

    nos disponibiliza uma independncia quanto ao potencial da carga. A principal

    vantagem sobre os eletrnicos est no chaveamento de correntes mais altas.

    Sensores com sada Analgica So usados para monitorao das variveis de

    processo, so tambm chamados de transdutores, ou seja, convertem uma grandeza

    fsica em uma grandeza eltrica normalmente de 4 20mA.

    As aplicaes mais comum de sensores, costumam ser a contagem de peas,

    verificao de posicionamento de uma pea para liberao de uma prxima fase do

    processo, seleo entre peas diferentes e determinao de dimensional de um produto,

    entre outras. Apesar de parecer um procedimento simples, muitas vezes um projeto de

    automao pode sucumbir devido escolha errnea de um sensor.

    2. SENSORES INDUTIVOS

    So sensores que executam uma comutao eletrnica quando um objeto

    metlico invade seu campo eletromagntico, causando a mudana de seu estado lgico.

    So os mais comuns na indstria, tem baixo custo, comparados aos capacitivos,

    entretanto bem mais caros que os magnticos e fins de curso.

  • 6

    Figura 3 - Modelos de sensores indutivos WEG

    Fonte: (WEG, 2015)

    Componentes bsicos do sensor indutivo

    Oscilador Fornece energia para gerao do campo eletromagntico nas

    bobinas.

    Bobina Gera o campo eletromagntico.

    Circuito de disparo Detecta mudanas na amplitude da oscilao. As

    mudanas ocorrem quando o alvo se aproxima da face sensora.

    Circuito de sada quando uma mudana considervel detectada, a sada

    fornece um sinal para uma interface, CLP ou microcontrolador.

    Princpio de funcionamento

    O oscilador excita a bobina que produz um campo eletromagntico. Este campo

    perder fora (amplitude) quando um objeto metlico se aproximar da face sensora,

    reduzindo a amplitude da oscilao, esta queda de amplitude se d devido a induo de

    correntes parasitas no material. medida que o objeto se aproxima a fuga de corrente

    aumenta fazendo com que a amplitude reduza at que o limiar de disparo ou Set Point

    seja alcanado. Como mostra a figura:

    Figura 4 - Comportamento da sada quando o objeto se aproxima

    Fonte: (Junior, 2015)

  • 7

    Alvo padro

    Os fabricantes especificam em seus catlogos a distncia sensora nominal, que

    a mxima distncia na qual o objeto ser detectado. Como esta distncia depende do

    material usa-se um alvo padro. preciso considerar ainda que metais diferentes

    tenham resistividades diferentes, o que limita as correntes parasitas, influenciando na

    distncia sensora.

    Figura 5 - Alvo Padro - especificao de fbrica

    Fonte: (Junior, 2015)

    Blindados e no blindados

    Os sensores indutivos podem ser blindados ou no blindados, sendo que os

    blindados possuem um campo mais direcionado que os no blindados, o que contribui

    para o aumento da distncia sensora e da preciso do sensor, obviamente so mais caros.

    Figura 6 - Representao sensor blindado e no blindado

    Fonte: (Junior, 2015)

    Embutidos, no embutidos e semi-embutidos

    Embutido: Este tipo de sensor tem o campo eletromagntico emergindo apenas

    na face sensora e permite que seja montado em uma superfcie metlica.

    Figura 7 - Sensor embutido em parede de metal

    Fonte: (Junior, 2015)

  • 8

    No Embutido: Neste tipo o campo eletromagntico emerge tambm da

    superfcie lateral da face sensora, sensvel presena de metal ao seu redor.

    Figura 8 - Sensor no embutido

    Fonte: (Junior, 2015)

    Semi-Embutido: O campo eletromagntico emerge somente na face sensora,

    mas afetado por metais prximos a sua face, podendo ser instalado em superfcies

    metlicas desde que obedea a uma distncia livre a partir da superfcie sensora. Esta

    distncia varia de acordo com a tabela abaixo:

    Figura 9 - Sensor semi-embutido

    Fonte: (Junior, 2015)

    Aplicao A seguir, podemos ver algumas aplicaes tpicas para os sensores de

    proximidade indutivos, no descartando, porm o emprego desses para quaisquer outras.

  • 9

    Figura 10 - Exemplos de Aplicaes dos Sensores Indutivos

    Fonte: (CEFET-ES, 2015)

    3. SENSORES CAPACITIVOS Estes sensores eletrnicos so acionados quando qualquer objeto (vidro, gros e

    at lquidos) invade sua rea sensvel, promovendo a mudana de seu estado lgico.

    Tem como principal vantagem poder detectar objetos metlicos e no metlicos, ao

    contrrio do indutivo que s detecta objetos metlicos. Outra vantagem que podem

    detectar dentro de recipientes no metlicos. Estes sensores so usados geralmente na

    indstria de alimento e para verificar os nveis de fluidos e slidos dentro de tanques.

    Os sensores capacitivos no so to precisos quanto os indutivos, alm de serem mais

    sensveis variao do ambiente.

    Figura 11 - Modelos de sensores indutivos WEG

    Fonte: (WEG, 2015)

  • 10

    Componentes bsicos do sensor capacitivo

    Os sensores capacitivos possuem um oscilador que no oscila at que um objeto

    se aproxime do mesmo e quanto mais prximo maior a amplitude da oscilao, at que

    atinja o set point do circuito de disparo acionando a sada que com nos indutivos podem

    ser PNP ou NPN.

    Figura 12 - Comportamento da sada do sensor quando um objeto se aproxima

    Fonte: (Junior, 2015)

    medida que o objeto se aproxima a capacitncia do circuito oscilador aumenta,

    aumentando assim, a amplitude da oscilao at que ON point seja alcanado,

    comutando a sada de baixo para alto. Ao se afastar do sensor a capacitncia diminui e a

    amplitude da oscilao reduzida at que Off point seja atingido, neste momento a

    sada comuta de alto para baixo.

    Figura 13 - Oscilao de sada quando o objeto se aproxima

    Fonte: (Junior, 2015)

    Alvo Padro:

    As distncias sensoras nos sensores capacitivos so especificadas para o

    acionador metlico de ao SAE 1020 quadrado aterrado e com lado igual a 3 vezes a

    distncia sensora para os modelos no embutidos, (na grande maioria) e em alguns

    poucos casos de sensores capacitivos embutidos utiliza-se o lado do quadrado igual ao

    dimetro do sensor.

    Constante dieltrica dos materiais (Rockwell Automation)

    A escolha do sensor capacitivo depende da basicamente do material que se

    deseja detectar, da relao custo benefcio e obviamente do projeto. No porque o

    sensor capacitivo detecta todos os materiais, que no devemos atentar ao material, ou

  • 11

    melhor, a constante dieltrica do material. Segue abaixo uma tabela com algumas

    constantes.

    Figura 14 - Constantes dieltricas de alguns materiais

    Fonte: (Junior, 2015)

    Fator de correo

    Assim como nos sensores indutivos devemos corrigir a distncia sensora. A

    tabela abaixo cita alguns materiais e seus respectivos fatores de correo.

    Tabela 1 - Fatores de correo da distncia sensora

    Fonte: (Junior, 2015)

    Ajuste de sensibilidade

    Alguns sensores capacitivos possuem um ajuste de sensibilidade, o que

    possibilita a deteco de produtos dentro de recipientes.

    Figura 15 - Ajuste de sensibilidade

    Fonte: (Junior, 2015)

    Aplicaes

  • 12

    Figura 16 - Aplicaes diversas dos sensores de proximidade capacitivo

    Fonte: (CEFET-ES, 2015)

    4. SENSORES RETRO-REFLEXIVOS Os sensores retro-reflexivos so um tipo de sensor ptico. Diferente dos sensores

    capacitivos e indutivos os sensores pticos operam com base emisso e recepo de um

    feixe de luz modulada.

    A frequncia de modulao de emisso e recepo devem ser a mesma. Assim, o

    receptor somente ser sensvel a luz do transmissor ignorando a luz do ambiente. Em

    alguns sensores o transmissor e o receptor esto alojados em um nico encapsulamento.

    Os sensores pticos so, em sua grande maioria, dotados de lentes que

    aumentam a distncia sensora os transmissores e focalizam a luz no caso dos receptores.

    Os sensores pticos podem ser sensveis luz ou ao escuro. Vejamos:

    Light - On: A sada fica energizada (ON) quando o sensor recebe o feixe de

    luz modulada e, portanto, fica desenergizada (OFF) quando a luz

    interrompida.

    Dark - On: A sada fica energizada (ON) quando o sensor no recebe o feixe

    de luz e, portanto, fica desenergizada (OFF) se recebe-la.

    Dark On e Light - On: Alguns sensores disponibilizam aos seus usurios as

  • 13

    duas opes, ou seja, fica a critrio do projetista.

    Os sensores retro-reflexivos apresentam o transmissor e o receptor em uma nica

    unidade. O feixe de luz chega ao receptor somente aps ser refletido por um espelho

    prismtico, e o acionamento da sada ocorrer quando o objeto a ser detectado

    interromper este feixe.

    Figura 17 - Sistema Refletivo

    Fonte: (Junior, 2015)

    H diversos tipos de sensores retro-reflexivos, entre eles:

    o Com filtro de polarizao:

    Um filtro polarizador utilizado para eliminar falsos sinais que possam ocorrer

    caso um alvo brilhante passe na frente do sensor retro-reflexivo. O filtro possibilita uma

    deteco livre de erros de objetos brilhantes e altamente reflexivos.

    o Para a deteco de objetos claros:

    Este sensor um modo fotoeltrico retro-reflexivo que identifica alvos claros

    seguramente. Atravs da utilizao de um circuito de baixa histerese, o sensor detecta

    pequenas mudanas na luz ao detectar objetos claros. O detector de objetos utiliza filtros

    polarizados nos transmissores e receptores do sensor para reduzir respostas falsas

    causadas por reflexos do alvo

    o Com supresso de primeiro plano:

    Este sensor de supresso de primeiro plano um modo fotoeltrico retro-

    reflexivo que identifica alvos brilhantes seguramente. Aberturas ticas na frente dos

    elementos do emissor e receptor no invlucro do sensor produzem uma 'zona especial'

    para que no haja erros na deteco de materiais refletivos e despolarizados

    o Sensor de rea retro-refletivos:

    Diversos transmissores e receptores em um nico invlucro possibilitam uma

    ampla distncia sensora.

    Dentre as principais vantagens e desvantagens de se usar o sensor retro-reflexivo

  • 14

    esto:

    Vantagens do tipo Retro-Reflexivo

    - Maior facilidade de instalao, pois possui corpo nico e de fcil

    alinhamento;

    - E mais barato que o feixe transmitido porque a fiao mais simples (corpo

    nico);

    - Possibilidade de deteco de objetos transparentes. Para objetos transparentes

    sempre h uma atenuao, permitindo ajustes no potencimetro de sensibilidade do

    sensor de forma a detectar esse objeto;

    - Os objetos podem ser opacos, translcidos e at transparentes.

    Desvantagens do tipo Retro-Reflexivo

    - Uma possvel falha no emissor avaliada como deteco de um objeto;

    - O espelho prismtico ou fitas refletoras podem se sujar provocando falhas no

    funcionamento;

    - Possui alcance mais curto que o feixe transmitido;

    - Possui menor margem de deteco que por feixe transmitido;

    - Pode no detectar objetos brilhantes (usar a polarizao)

    Aplicaes

    So adequados para detectar objetos opacos, translcidos e at transparentes.

    Deve ser tomado cuidado quando se aplicar detectores por feixe retro-refletido comuns

    em aplicaes onde alvos brilhantes ou altamente refletivos devem ser detectados, pois

    as reflexes do prprio alvo podem ser detectadas como se fossem do refletor. s vezes

    possvel orientar o detector e o refletor (ou fita refletora) de modo que o alvo brilhante

    reflita a luz para longe do receptor, por exemplo, montando o sensor a 45 da face

    refletiva do objeto (CEFET-ES, 2015).

    5. SENSORES DIFUSOS

    Sensor difuso-refletido (sistema de difuso): Neste sistema o transmissor e o

    receptor so montados tambm na mesma unidade. Sendo que o acionamento da sada

    ocorre quando o objeto a ser detectado entra na regio de sensibilidade e reflete para o

    receptor o feixe de luz emitido pelo transmissor.

  • 15

    Figura 18 - Sistema difusor

    Fonte: (Junior, 2015)

    A distncia sensora afetada pela capacidade de reflexo da luz pelo objeto, ou

    seja, tero dificuldade de detectarem cores escuras.

    Neste tipo de sensor, deve-se tomar um cuidado especial com a cor do objeto.

    Como o receptor detecta a luz refletida pelo objeto, a cor e a rugosidade do mesmo

    influenciam no ndice de reflexo da luz e logo o sensor ir detectar objetos de cores

    claras a uma distncia maior que os objetos de cores escuras.

    Vantagens do tipo Difuso-Refletido

    - No necessrio um refletor (fita refletora) ou espelho;

    - Dependendo do ajuste, diferentes objetos podem ser detectados;

    - Os objetos podem ser translcidos, transparentes ou opacos, o suficiente para

    que uma percentagem da luz seja refletida.

    Desvantagens do tipo Difuso-Refletido

    - Para menores distncias requerida uma menor reflexo das superfcies dos

    materiais;

    - Para maiores distncias, maiores taxas de reflexo so requeridas.

    6. REFERNCIAS CEFET-ES. (15 de Abril de 2015). Instrumentao Industrial. Fonte: Ebah:

    http://www.ebah.com.br/content/ABAAAexdEAG/apostila-sensor

    Junior, C. (15 de Abril de 2015). Sensores Industriais Discretos. Fonte: Corradi Junior:

    Fonte: http://www.corradi.junior.nom.br/sensores_Ind.pdf

    WEG. (15 de Abril de 2015). Sensores Indutivos. Fonte: WEG:

    http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Sensores-

    Industriais/Sensores-Indutivos