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Seção: APARÊNCIA voltar à página anterior A pessoa de sucesso é reconhecida de longe. Não porque tenha um símbolo estampado em si mesma, mas porque sua atitude reflete o sucesso. E atitude inclui o andar, o olhar, as maneiras, os gestos. E a roupa. As empresas são entidades conservadoras, em sua maioria, e as pesquisas demonstram com clareza que as preferências, em se tratando de aparência pessoal, não só para candidatos a empregos, mas para executivos já contratados, tendem ao tradicional. Com a razoável e compreensível exceção a determinadas carreiras consideradas rebeldes, como a dos publicitários ou dos especialistas em informática, a aparência dos executivos em geral precisa refletir discrição, moderação, sobriedade. Graças a essa cultura empresarial, a maneira como uma pessoa se veste pode demonstrar, na prática, quanto poder ela possui. No entanto, não é menos verdade que parecer bem implica sentir-se bem. O que requer muito mais do que usar um terno cinza impecável, camisa de colarinho passado a ferro por profissional e gravata muito bem escolhida. Parecer bem é mais que isso. É ter os ombros alinhados, as costas eretas, o olhar brilhante, o andar correto, a voz pausada e agradável, a postura polida e ao mesmo tempo firme. Mas o exercício do bem-estar começa, efetivamente, com a roupa. Já ensinavam os sábios chineses que a roupa faz o monge. Claro que o ditado é metafórico, e quer dizer somente que a roupa é uma forma de exibir certos códigos de valores. Muitas empresas possuem até políticas internas em relação a vestimentas, e algumas chegam a dar cursos para as os seus executivos, como a Prudential-Bache Securities, dos Estados Unidos. A idéia, segundo os dirigentes, não é ditar a forma com que os executivos devam se vestir, mas estimulá-los a usar o traje que os fará sentir-se bem. Além de estar com a aparência impecável, é preciso sentir-se seguro para transmitir esta sensação ao selecionador e causar uma boa impressão. O Treinamento de Entrevista poderá ajudá-lo a conquistar bons resultados nas entrevistas.

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A pessoa de sucesso é reconhecida de longe. Não porque tenha um símbolo estampado em si mesma, mas porque sua atitude reflete o sucesso. E atitude inclui o andar, o olhar, as maneiras, os gestos. E a roupa.

As empresas são entidades conservadoras, em sua maioria, e as pesquisas demonstram com clareza que as preferências, em se tratando de aparência pessoal, não só para candidatos a empregos, mas para executivos já contratados, tendem ao tradicional. Com a razoável e compreensível exceção a determinadas carreiras consideradas rebeldes, como a dos publicitários ou dos especialistas em informática, a aparência dos executivos em geral precisa refletir discrição, moderação, sobriedade.

Graças a essa cultura empresarial, a maneira como uma pessoa se veste pode demonstrar, na prática, quanto poder ela possui.

No entanto, não é menos verdade que parecer bem implica sentir-se bem. O que requer muito mais do que usar um terno cinza impecável, camisa de colarinho passado a ferro por profissional e gravata muito bem escolhida. Parecer bem é mais que isso. É ter os ombros alinhados, as costas eretas, o olhar brilhante, o andar correto, a voz pausada e agradável, a postura polida e ao mesmo tempo firme. Mas o exercício do bem-estar começa, efetivamente, com a roupa. Já ensinavam os sábios chineses que a roupa faz o monge. Claro que o ditado é metafórico, e quer dizer somente que a roupa é uma forma de exibir certos códigos de valores. Muitas empresas possuem até políticas internas em relação a vestimentas, e algumas chegam a dar cursos para as os seus executivos, como a Prudential-Bache Securities, dos Estados Unidos. A idéia, segundo os dirigentes, não é ditar a forma com que os executivos devam se vestir, mas estimulá-los a usar o traje que os fará sentir-se bem.

Além de estar com a aparência impecável, é preciso sentir-se seguro para transmitir esta sensação ao selecionador e causar uma boa impressão. O Treinamento de Entrevista poderá ajudá-lo a conquistar bons resultados nas entrevistas.

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ATITUDES NO AMBIENTE PROFISSIONAL

Uma sentença originada dos filósofos gregos recomendava: "Diga-me com quem andas e eu te direi quem és". Transpondo isto para o ambiente profissional, pode ser que os relacionamentos dentro das empresas realmente reflitam traços da personalidade de uma pessoa, mas certamente refletirão o momento que ela vive e que este sim determina as atitudes que ela tomará.

Uma pessoa pode estar evitando confrontos, ou pode ter uma estratégia de crescimento na empresa, que implica estabelecer contatos em todos os níveis para criar apoio, ou simplesmente está numa fase em que perder o emprego poderia ser a maior catástrofe de sua vida. Circunstâncias como esta fazem com que uma pessoa aceite ou rejeite atitudes,

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dos chefes, dos colegas, ou suas próprias, dentro da empresa em que trabalha.

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A era da integração

* Tom Coelho

“Eu sou eu mais as minhas circunstâncias.” (José Ortega y Gasset)

Um dia você apanha um velho álbum de fotografias e começa a revisitar seu passado. Entre as imagens registradas nas fotos e aquelas gravadas em sua mente, diante de si passa o filme de sua vida.

O álbum dos primeiros anos lembra boneca ou carrinho de rolimã; casinha com comida de mentirinha ou pipa voando na amplidão; dente-de-leite caindo e sendo arremessado por sobre o telhado; bola de futebol e de gude, pião e corrida de pega-pega. Videogames não entram aqui porque são símbolo de outra geração que, por enquanto, não está interessada em ler artigos como este...

O álbum de formatura remete ao primeiro beijo, aos bailes de salão, à descoberta da malícia, ao vestibular, às festas e festivais, às noites em claro para estudar – e às noites no escuro para namorar. Seios que crescem, barba que surge, cabelos que encompridam e que caem. Vozes finas que se tornam graves, faces pálidas que enrubescem. Inocência que se perde porque se pede, porque se permite.

Quando olhamos para trás, seja para nossa história pessoal, seja para a história da humanidade, temos a nítida impressão de que tudo transcorreu de forma absolutamente linear e harmoniosa. Tudo parece ter acontecido como que seguindo a um roteiro criteriosamente escrito. Assim foi porque assim tinha que ser.

Todavia, quando olhamos para nosso presente, o caos parece imperar. Não há aquela linearidade, mas apenas sobressaltos. Fosse possível fotografar o momento e teríamos algo similar às curvas de um eletrocardiograma. Dificuldades, adversidades, angústias. Intolerância, desamor, depressão. Quando a linha é reta, você sabe para onde ir; quando oscila, você não sabe onde vai dar...

Vivemos a Era Industrial, inaugurada por James Watt com sua máquina a vapor. E nossa vida foi governada com olhos voltados para o produto. Importava a coisa em si, a ponto de um certo Jean-Baptiste Say declarar que “toda oferta cria sua própria demanda”.

Depois, veio a Era Pós-Industrial, quando esta equação se inverteu. Do produto, o foco passou a ser o mercado. Descobriram que as pessoas tinham desejos, preferências e capacidade de escolher.

Não demorou muito para que no início dos anos noventa surgisse uma estrada pavimentada na palavra digitalizada, capaz de interligar o mundo. Assim a Internet inaugurou a Era da

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Informação, universalizando a comunicação, rompendo barreiras e fronteiras.

Mas não são dados ou informações, máquinas e tecnologia, que fazem a diferença. São pessoas. E mais do que isso, relacionamentos. Você possivelmente namora, casou-se ou vai se unir a alguém que conheceu em seus círculos de amizade. Possivelmente começou a fumar por influência de um colega. Torce pelo mesmo time que um de seus pais. Freqüenta academias ou clubes por indicação de alguém. Comparece à igreja a convite de um de seus pares. Trabalha numa empresa ou mudará de emprego por recomendação de um conhecido. Bem-vindo à Era da Integração.

Vai-se quase um século que o filósofo espanhol Ortega y Gasset presenteou-nos com a frase que prefacia este texto. “Eu sou eu” porque sou, antes de tudo, essência. E uno, único, indivisível. Posso ser copiado, imitado, mas não duplicado em mente e alma. Sou o resultado de meus pais, meus avós, meus ancestrais, todos vivendo dentro de mim e ao mesmo tempo agora.

Sou também fruto das “circunstâncias”, do imponderável, do ambiente. Das pessoas que me cercam, das com quem me relaciono, das que me dão ouvidos e das que me dão palavras. Daquelas que ao me encontrarem levam um pouco de mim e deixam um pouco de si. Que me depuram, que me lapidam, que me transformam. Mas é certo que são “minhas” circunstâncias, posto que posso elegê-las.

Não sei quais os sonhos mais recônditos que habitam seu imaginário. Podem ser sonhos simples como o orvalho da manhã ou complexos como grandes edificações. Talvez nem você mesmo saiba. Mas é certo que há um prazer imenso em sonhar, postular e realizar.

Toda virada de ano é especial porque industrializa a esperança, diria Drummond. Há uma magia no ar que nos torna a todos grandes planejadores. Aprendemos num átimo que metas se constroem com papel, lápis e imaginação. É um período tão intenso que penso que deveríamos criar o calendário de seis meses, abolindo o gregoriano. Assim teríamos duas chances para recomeçar.

E, ao planejar, lembre-se não apenas do que deseja ter, não apenas de onde pretende estar, não apenas o que anseia conquistar, mas fundamentalmente, com quem, através de quem e ao lado de quem espera relacionamentos cultivar.

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A hora de parar

* Tom Coelho

"Por um cravo, perde-se a ferradura, por uma ferradura, um cavalo,e, por um cavalo, o cavaleiro."

(Frei Luis de Granada)

Ambição é uma coisa boa. Ela nos desperta desejos, promove o comprometimento, estimula a perseverança. Torna-nos mais fortes e nos faz buscar a superação. Pela ambição conquistamos mais posses e mais poder. Sentimo-nos mais ricos, mais bonitos e até mais

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livres. O que a estraga é a ganância.

Como tudo na vida que desgarra da ponderação do equilíbrio, a ambição desmedida evolui feito um pokémon para a ganância. Neste estágio, o desejo vira cupidez; o comprometimento, obsessão; a perseverança, teimosia. As posses denotam opulência e, o poder, prepotência. A liberdade se esvai e renasce como fênix, enjaulada.

O problema é uma questão de medida. Na escalada para o progresso, não sabemos – ou não aceitamos – a hora de parar.

Tome como exemplo o mundo corporativo. Uma empresa lança um produto ou serviço que é bem aceito pelo mercado. Realiza um lucro considerável e resolve reinvesti-lo. E, ao prosseguir sucessivamente neste processo, eleva ainda mais seu volume de vendas e faturamento. Mas também seus custos. A cada nova rodada mais matéria-prima e mais mão-de-obra são necessárias. Os investimentos em marketing e infra-estrutura, entre outros, são igualmente crescentes.

O que muitas vezes não se observa é que há um determinado momento em que o processo deve ser interrompido sob pena de se ingressar no que a teoria econômica chama de "deseconomia de escala". A matemática tem uma imagem singular para ilustrar isso: o ponto de inflexão. Num gráfico cartesiano, é o momento em que a curva muda sua concavidade, ou seja, se a linha era crescente, passa a ser decrescente.

Em suma, isto significa que mais faturamento não representará indefinidamente mais lucro. Ou seja, trabalha-se mais para ganhar-se menos! E tudo porque a ambição, antes saudável e responsável pela prosperidade do negócio, visita o reino da ganância e não aceita simplesmente o momento de parar quando o ótimo foi atingido.

Na vida pessoal não é diferente. Defendo a tese de que relacionamentos amorosos, por exemplo, têm prazo de validade. E me alinho aos votos sagrados de "até que a morte os separe" juramentados na celebração dos casamentos. O ponto é: de qual morte estamos falando? As pessoas imaginam tratar-se da morte física. Prefiro interpretar como a morte do sentimento.

Todo início de relacionamento é mágico. É quando se pratica o jogo da conquista e da sedução. Nossas ações são orquestradas e as palavras escolhidas meticulosamente. Mostramos o que temos de melhor: nossa vida é virtuosa, nossos valores são nobres e nossos feitos são admiráveis. Vestimos as melhores roupas, usamos os mais agradáveis perfumes. A pele tem viço; o olho, brilho; o sorriso, autenticidade.

Os ambientes por onde circulamos são aconchegantes. A bebida parece sempre gelada, mesmo que seja um conhaque, e a comida sempre saborosa, mesmo que não seja consumida.

Tudo isso acontece porque estamos envoltos numa atmosfera de encantamento e sinergia, embevecidos pela eficiência do diálogo, que corre fácil posto que há muito por se falar, anos para se compartilhar. Queremos em um par de horas nos desnudar, não apenas das roupas, mas de nossa história pessoal, mostrando quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir – e o destino reserva lugar ao seu interlocutor, a figura amada, quase inanimada, que lhe sorri.

O processo é o mesmo para homens e mulheres. Diferem as estratégias, as táticas, mas não os propósitos.

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Transcorrida esta etapa consuma-se a conquista. Bocas que se encontram, braços que se enlaçam, corpos que se aquecem. E então, vive-se o romance que nutre e cega. O horizonte se retrai.

A estabilidade leva a relação a mares calmos e a ausência de ondas revela o que antes não se podia enxergar. Descobrimos – e revelamos – que virtudes carregam consigo defeitos, que amabilidade é temperada com eventual intolerância e que gentilezas são bonificadas com fleuma.

É neste momento que se estabelecem os limites entre paixão e amor. É quando a união amadurece. É quando percebemos que o beijo ardente e o sexo prazeroso são imprescindíveis, mas não únicos. O diálogo ganha novos temas, mas não se perde. E notamos, como bem pontuou Gabriel Garcia Márquez, que amamos quem está conosco não por quem a pessoa é, mas por quem nos tornamos na presença dela.

Agora, trata-se de manutenção. De conquistar um pouco mais a cada dia. Ou tudo novamente.

Mas a natureza nos reservou um mundo dual. Dia e noite, quente e frio, yin e yang. E, não raro, os relacionamentos não apenas se desgastam, mas se esgotam. Não há mais calor no beijo, os olhares se desviam, os diálogos são fúteis. Primeiro, a discórdia. Depois, o conflito. Por fim, o confronto. Transformamos nossas cabeças num cemitério de lembranças e passamos a cultivar toda ordem de sentimentos negativos. O pacote vem completo, com mágoas, ressentimentos, infidelidade, desamor e tristeza. Esperamos resolutamente que um extremo seja alcançado para tomar a decisão da separação que poderia ter florescido quando ainda havia respeito e admiração mútuos.

Não sabemos terminar.

* Tom Coelho, com graduação em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP e especialização em Marketing pela MMS/SP e em Qualidade de Vida no Trabalho pela FIA-FEA/USP, é empresário, consultor, escritor e palestrante, diretor da Infinity Consulting, diretor do Simb/Abrinq e membro executivo do NJE/Fiesp. Contatos pelo e-mail [email protected]

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A meta

Tom Coelho *

"A fórmula da minha felicidade: um sim, um não, uma linha reta, um objetivo."(Friedrich Nietzsche)

Você decide ir ao cinema. Sai de casa e quando percebe, imerso em seus pensamentos, está fazendo o caminho convencional para ir ao trabalho – e que, coincidentemente, é diametralmente oposto. Depois de enfrentar um belo trânsito, acerta o passo e chega ao shopping. Vasculha os três pisos para obter uma vaga no estacionamento. Logo mais, encontra uma agradável fila para comprar os ingressos. Na boca do caixa, descobre que a sessão está esgotada. Outra, só duas horas e quinze minutos depois.

Impossível?

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Improvável? Com você não?

Pense bem antes de responder. Se você ainda não passou pelo ciclo completo descrito acima, uma boa parte dele já visitou você num final de semana destes. O mal é o mesmo que afeta profissionais e empresas no mundo corporativo: a ausência de metas definidas.

OS CINCO PASSOS PARA UMA META

Vamos partir de um pressuposto: você sabe o que quer e para onde deseja ir. Se está numa empresa que não o agrada, buscará outra. Se está disponível, sabe qual é o perfil da vaga de seu interesse. Se está satisfeito em sua posição atual, almeja alcançar um cargo mais elevado.

Uma meta, qualquer que seja ela, só pode ser assim conceituada quando traçada segundo cinco variáveis.

A primeira delas é a especificidade. Seu objetivo deve ser muito bem definido. Assim, não adianta declamar aos quatro cantos do mundo que quer trabalhar na multinacional X. Desculpe-me a franqueza, mas acho que você não será contratado, a menos que pense que vai trabalhar como gerente comercial, na Divisão Alfa, da companhia X, atuando na coordenação e no desenvolvimento de equipes de vendas para a região Sul. Quanto mais específica for a definição do seu propósito, mais direcionado estará seu caminho.

A segunda variável é a mensurabilidade. Sua meta deve ser quantificável, objetiva e palpável. Em nosso exemplo anterior, você teria que definir, por exemplo, a faixa de remuneração desejada. Uma outra situação bem ilustrativa desta variável é a aquisição de bens materiais. "Pretendo comprar um carro", é um desejo. "Vou comprar um veículo da marca XYZ, modelo Beta, com motor 2.0, dotado dos seguintes opcionais, com valor estimado em R$30.000,00", é quase uma meta.

A próxima variável é a exeqüibilidade. Uma meta tem que ser alcançável, possível, viável. Voltando ao exemplo inicial, o objetivo de integrar o quadro da empresa X como gerente comercial não será alcançável se você tiver uma formação acadêmica deficiente, experiência profissional incompatível com o perfil do cargo e dificuldades de relacionamento interpessoal.

Chegamos à relevância. A meta tem que ser importante, significativa, desafiadora. Você decide como meta anual elevar o faturamento de seu departamento em 5% acima da inflação. Porém, seu mercado de atuação está aquecido e este foi o índice definido – e atingido – nos últimos dois anos. Logo, é preciso ousadia e coragem para determinar um percentual superior a este, capaz de motivar a equipe em busca do resultado. Lembre-se de que o bom não é bom onde o ótimo é esperado.

Finalmente, o aspecto mais negligenciado: o tempo. Muitas metas são bem definidas, mensuráveis, possíveis e importantes, mas não estão definidas num horizonte de tempo. Aquela oportunidade de negócio tem que ser concretizada até uma data-limite. Aquela reunião tem que ocorrer entre 14h e 16h. Aquele filme no cinema tem início às 21h30 e sairá de cartaz na próxima sexta-feira. Procrastinar, nome feio dado à mania de adiar compromissos, cabe como uma luva aqui, e confere um golpe mortal a qualquer meta proposta.

METAS, REALIZAÇÃO E RESULTADOS

No mundo das corporações, as coisas nem sempre funcionam assim. Observamos o reinado

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do auto-engano. Metas são estabelecidas para justificar investimentos e agradar acionistas. São fixados objetivos com base em expectativas irreais, prevendo crescimento da ordem de dois dígitos, independentemente de incertezas políticas e econômicas. Poderiam até ser alcançáveis dentro de um espaço de tempo adequadamente delimitado, mas como não se pretende mexer nas variáveis tempo e exeqüibilidade, alteram-se as variáveis mensurabilidade e relevância.

As pessoas buscam realização. Mais do que um ato, um estado de espírito. Mais importante do que o fato concretizado, a satisfação de tê-lo feito.

As empresas, por sua vez, buscam resultados. Mais do que a conclusão, o fim de algo em si mesmo. Estes resultados podem ser representados por mais lucro, mais espaço no mercado, mais clientes. Ou seja, invariavelmente deve significar mais, embora não raro acabe por se tornar menos.

Decorre deste estado de coisas que acabamos por ter um grande teatro onde planejamentos são criados, estratégias inventadas, profissionais desmotivados, valores corrompidos. A verdade é mascarada; a integridade é volatilizada.

Há, infelizmente, uma distância quase incompatível entre metas corporativas e metas pessoais. Salvo exceções, conciliá-las pode não passar de retórica barata. O executivo pretende vigiar sua saúde, assistir a sua família e obter realizações palpáveis em seu ambiente de trabalho. A empresa diz que o apóia, mas exige uma carga pesada de trabalho, impondo a necessidade de resultados expressivos, cultivando o estresse e a insegurança.

A META DEVE SER VOCÊ

Particularmente, não compactuo desta ditadura. Resultados não são tudo, assim como não é o cliente quem manda na empresa. Resultados devem ser buscados com persistência, assim como clientes devem sem atendidos com maestria. Mas o fim de tudo deve ser o sentimento de realização, a satisfação de dever cumprido. Ainda que a contabilidade diga que você trocou seis por meia dúzia...

Por isso, estabeleça e mantenha o foco. Parafraseando os Irmãos Pedro Lopes, várias flechas não garantem o acerto do alvo, e vários alvos confundem o arqueiro. Esteja preparado para os tombos – um obstáculo é apenas uma das etapas do seu plano. Use a vaidade e o dinheiro como bons estímulos, mas jamais como objetivos. Redija suas metas de forma nítida, cuidando para que elas sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Dê a elas todo seu esforço e imaginação.

E, finalmente, lembrando Richard Carlson, pense no que você tem em vez de pensar no que gostaria de ter. A felicidade não pode ser atingida quando estamos o tempo todo desejando novas metas. Quando você focaliza não o que deseja, mas o que tem, termina obtendo mais do que gostaria.

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A trilogia da realização

* Maria Aparecida A. Araújo

"Quem não se Comunica se Trumbica!"

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A máxima cunhada pelo grande comunicador das massas Abelardo Barbosa "Chacrinha", aplica-se na íntegra, quando falamos na direta influência da comunicação eficaz, para a sobrevivência de empresas e sucesso na carreira dos profissionais.

A comunicação caminha junto ao caráter e ao comportamento, formando a trilogia básica para se alcançar a realização em todos os setores de nossa vida. Usada corretamente, proporciona harmonia, compreensão e entendimento. Malconduzida, entretanto, gera situações freqüentemente difíceis de serem contornadas.

Processo aparentemente simples, que usa um emissor, um receptor, uma mensagem e um código comum a ambos, a comunicação reveste-se, ao contrário, de extrema complexidade. Muitos elementos estão em jogo interferindo nesse processo: a emoção, a empatia, os gestos, a entonação, a história de vida das pessoas, crenças, valores, grau de estresse e outros.

Para melhorar o seu processo de comunicação, você não deve prescindir de alguns ensinamentos da etiqueta. Veja como essas orientações poderão ser úteis em seu cotidiano dentro e fora da empresa.

O primeiro aspecto a ser levado em conta é a sua percepção sobre a importância do outro. Diz o princípio que cortesia e respeito se pautam por pensarmos primeiro em nosso semelhante, antes de pensarmos em nós mesmos. Antes de sair emitindo conceitos ou opiniões, pense na maneira como você será compreendido pelo seu interlocutor. Coloque-se no lugar dele e avalie se você gostaria de ouvir essa mensagem da maneira como pretende passá-la.

Procure captar a simpatia de seu interlocutor antes de emitir qualquer palavra. Sorria primeiro, olhe nos olhos da outra pessoa, procure demonstrar, com sua linguagem corporal, que você está receptivo ao contato e às opiniões dos outros. Você certamente não gosta de conversar com alguém que não está olhando para você.

Outro princípio básico das boas maneiras é jamais querer impor pontos de vista e opiniões. Sempre que tiver que discordar de alguém, leve em conta o respeito pelas opiniões alheias. A imposição leva o interlocutor a assumir uma postura defensiva, afetando negativamente o processo de comunicação. Tente lembrar-se de como foi desagradável sua última conversa com uma pessoa arrogante e impositiva.

Nunca se esqueça da tolerância. Ela irá ajudá-lo, quando tiver que ouvir alguma tolice proferida por alguém. Nessas horas, sua boa educação poderá ser determinante, fazendo-o ganhar um amigo ou cliente precioso ou “queimar seu filme”, irremediavelmente. Busque sempre o diálogo e a troca de idéias. Discussões e pendengas só irão fazer com que você perca oportunidades e projete uma imagem antipática.

Há muitos profissionais que se perdem no processo de comunicação porque assumem um ar excessivamente “professoral”, querendo ministrar lições aos demais, como se fossem grandes autoridades em determinado assunto. Isso só faz com que as pessoas se afastem, pois ninguém gosta de conviver com pessoas que só têm coisas a ensinar e nunca a aprender. Portanto, seja humilde!

Outro aspecto da etiqueta que o fará comunicar-se adequadamente é aquele que ensina que não se deve usar o palavreado de calão, vulgo “palavrão”. Sua maneira elegante de falar certamente o distinguirá dos demais e reservará para você um lugar destacado em seu círculo de colegas, chefes, clientes e amigos. Juntamente ao palavrão, apontamos também as gírias, os jargões profissionais, o excesso de estrangeirismos, termos eruditos,

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“informatiquês” e erros gramaticais.

Péssima imagem também ostentam aqueles que só dizem coisas do tipo: “Vou estar enviando” ou “Estaremos entrando em contato...”. Igualmente abominável é falar mascando chicletes ou qualquer outra coisa.

Elimine também a ansiedade. Aprenda a dar tempo às pessoas para que terminem de falar. Não as interrompa. Demonstre, com sua expressão facial, que está realmente ouvindo. Faça perguntas sempre que possível. Repasse eventuais problemas e sempre se certifique antes de anotar números de telefone ou endereços eletrônicos. Pense na perda de tempo que representa para você ter que localizar novamente uma pessoa, por não ter tomado essas providências, e as mensagens retornarem com erros de destinatário.

O tom de sua voz também pode influenciar, para o bem ou para o mal, seu processo de comunicação. Se ele for muito baixo, as pessoas terão dificuldade para ouvi-lo e ficarão sempre perguntando: “O quê?”, “Como disse?”. Com muita freqüência isso irá gerar prejuízos à compreensão de suas mensagens no todo ou em parte. Mas, falar muito alto pode ser igualmente desastroso, pois você estará sempre ferindo os ouvidos daqueles que o cercam, causando má impressão e atrapalhando o andamento do serviço de seus colegas.

Sua voz pode ser simpática ou antipática, quente ou fria, vibrante ou monótona. Tente visualizar os resultados obtidos por um palestrante, cuja voz é uma cantiga de ninar a platéia.

Evite deixar-se dominar pela timidez, pois ela é responsável por muitos fracassos na comunicação. Os tímidos geralmente se sentem inseguros, economizando excessivamente as palavras. Isso tende a deixar os interlocutores sem explicações e detalhamentos necessários à eficácia da compreensão de recados ou instruções.

A comunicação é também ferramenta mestra para a liderança. Quando os funcionários não compreendem aquilo que é esperado deles, terão pouquíssimas chances de se desincumbirem a contento. Os líderes devem ter em mente que o sucesso de sua comunicação representa impulsionar a empresa para frente, gerar lucros e principalmente obter a fidelidade de clientes internos e externos.

Mas na prática, muitas vezes, esse pressuposto não é levado em consideração. O que mais se vê nas empresas é o hábito que muitos gerentes têm de só enviarem memorandos para chamar a atenção dos colaboradores, ou lhes passar instruções. Nunca, ou raramente, fazem uso desse instrumento para elogiar a equipe ou cumprimentar pela conquista de resultados positivos ou pelo alcance de metas.

Percebem-se também várias incongruências entre aquilo que dizem e a forma como dizem. Muitas vezes, sua linguagem corporal comunica o contrário do conteúdo de sua fala. Por exemplo, muitos elogiam a conduta de um colaborador, mas não olham para ele enquanto falam. Perguntam algo, mas pegam no telefone antes que a resposta venha.

Aqui no Brasil, o que podemos aferir em um grande número de contatos com empresas de todos os setores é um total desprezo pela importância da comunicação para garantir um atendimento de excelência.

Podemos apontar o festival de deselegâncias empresariais, primeiramente, no que diz respeito à comunicação escrita (cartas e e-mails). Raras são as instituições e pessoas que obedecem a uma das mais importantes regras de boa educação: responder à correspondência.

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Muitos profissionais simplesmente apagam, sem ler, mensagens a eles dirigidas por fornecedores ou virtuais clientes. O que mais nos causa surpresa é que esse comportamento se repete em quase todos os departamentos de RH que deveriam servir de exemplo aos demais setores. Quando muito, mostrarem-se melhor treinados.

Outro item totalmente relegado ao vigésimo quinto plano é a comunicação telefônica. O atendimento na maior parte das vezes é trágico! Gastam fortunas em propaganda, selecionam seus executivos com critérios draconianos e se esquecem de que o cliente, na maior parte das vezes, chega pelo telefone.

As portarias também fazem questão absoluta de deixar claro o desprezo que a empresa tem pelos clientes. Porteiros e seguranças extremamente despreparados, grosseiros e mal-informados. Parecem “pit bulls”, prontos a saltarem sobre o primeiro desavisado, arrancando-lhe um naco do braço.

Promessas que não são cumpridas também são usuais. Refletem a péssima qualidade praticada pela empresa, que ironicamente ostenta na parede Certificados de Qualidade ISO 9001. É o típico caso onde os slogans passados para o cliente se tornam vazios e a instituição literalmente “se trumbica”.

Veja o que nos diz o eminente Doutor em Ciência da Comunicação da USP, Artur Roman, em excelente artigo publicado na Revista FAE-Business:

"Temos visto verdadeiros crimes contra a imagem de empresas, por conta de uma visão ingênua, quando não irresponsável, com relação à comunicação organizacional.Muitos empresários ainda não se deram conta de que a comunicação agrega valor e contribui para manter a empresa no mercado. E pode também afundá-la. Não é fácil recuperar um arranhão na imagem da empresa. E não adianta dizer que o brasileiro tem memória curta. Os concorrentes têm boa memória e se aproveitam de qualquer oportunidade para ampliar seu espaço no mercado.A empresa se comunica com ações e não apenas com palavras, o que compreende, além da fala dos representantes institucionais, o vestuário do mais simples dos funcionários, passando pela arquitetura dos prédios, pelo layout dos ambientes, pela expressão dos atendentes, pelos memorandos, material publicitário, jornal mural, correspondências a clientes, gravações em secretária eletrônica, embalagens, SAC etc., e muitos outros textos e contextos capazes de estabelecer relacionamentos com os seus stakeholders.Esses elementos discursivos devem ser organizados de forma pertinente e coerentemente ligados à estratégia da empresa, pois, antes de qualquer funcionário dirigir a palavra ao cliente, uma imagem dessa organização já está sendo constituída na consciência desse cliente, a partir de contatos anteriores com os textos não-verbais produzidos pela empresa.Não adianta dizer que o cliente está em primeiro lugar e colocar o atendimento telefônico com uma secretária eletrônica repetindo, em vão, que ‘a sua ligação é muito importante...’. Não adianta divulgar o 0800 do Serviço de Atendimento ao Cliente e colocar telefonistas despreparadas para atender as ligações. Não adianta veicular maravilhosas campanhas na TV e colocar vigilantes carrancudos na porta de sua empresa para receber o cliente. Comunicação é mais do que transferência de informação de um emissor para um receptor. É um processo dialógico, vivo, complexo e dinâmico, no qual as pessoas estabelecem relações de afeto, ódio, amor, medo, solidariedade, hostilidade etc. A comunicação integra múltiplos modos de expressão, resultantes das variadas possibilidades de manifestação do ser humano e de sua necessidade de estabelecer relacionamentos".

Iniciamos este artigo dizendo que a comunicação forma, com o comportamento e o caráter, a trilogia da realização. Eles são os principais responsáveis pela conquista da

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empregabilidade, para você, e da competitividade, para sua empresa.

Decida-se já a tornar sua comunicação mais eficiente e respeitosa!

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Abram as cortinas e comece o espetáculo

Reinaldo Polito *

Você pede "Atenção", e nada. Depois, suplica "Por favor, um minutinho de atenção". Agora sim, algumas pálpebras pesadas se movimentam e aqueles olhos de peixe morto perdem um pouco do brilho vitrificado e passam a olhar na sua direção. Mas é só um minutinho mesmo, porque em seguida tudo volta como dantes no quartel general do Abrantes. E quartel noturno, onde todos dormem e só um sentinela presta atenção: você. Se for assim que a tropa se comporta nas suas apresentações, está na hora de fazer uma revolução.

O público hoje deseja ouvir um bom conteúdo, mas quase nunca o suporta em vôo solo e exige, para se animar, que seja acompanhado de artilharia pesada. Exagero? Então dê uma olhada nos palestrantes de agenda lotada. Cada um, a seu modo, sabe como se preparar para o desfile da grande parada. Fazem a platéia chorar, rir, se emocionar, tudo, menos ficar apática e dispersa.

Esta estratégia de guerra não é nova, e já faz parte do arsenal dos camelôs há décadas. Com eles, não tem bala de festim: ou faturam, ou não comem – é pura questão de sobrevivência. E você já parou para pensar como é que estes guerrilheiros das ruas, muitos deles analfabetos ou de poucas letras, conseguem reunir dezenas de pessoas, mantê-las atentas por tempo prolongado e, no final, como um tiro de misericórdia, vender uma agüinha colorida que, provavelmente, não terá nenhuma utilidade? A água vendida normalmente tem a cor da moda, para facilitar a identificação.

São geniais. Vale a pena conhecer suas táticas de batalha – provocariam inveja até em Napoleão.

Quando participei de uma das matérias do programa Vitrine, da TV Cultura, que analisava a comunicação dos camelôs, fui até o centro velho de São Paulo (SP) atuando como repórter para entrevistá-los.

Fiquei impressionado. Sabiam tudo de comunicação!

Um deles me revelou que, para chamar a atenção das pessoas que passavam apressadas, costumava disparar frases (um verdadeiro tiro para o ar) de impacto. Curiosas, as pessoas diminuíam a marcha e se obrigavam a parar para ouvi-lo.

Outro comentou que enquanto falava ficava atento à movimentação do público. Se os ouvintes começassem a olhar para os lados, para o chão ou a movimentar muito a cabeça era porque estavam ficando impacientes e prontos para desertar. A tática nesta situação era mudar de assunto, contar uma história leve e curiosa e apresentar alguma novidade para que o interesse fosse reconquistado. Se nada desse resultado, punha a Catarina na roda. Catarina era uma cobra gigantesca que tinha aprendido a fumar. Era infalível: ninguém arredava pé antes das primeiras tragadas.

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Um terceiro me disse que, depois de contar muitas histórias engraçadas e fazer o povo rir até chorar, infiltrava no território inimigo os serviços do "agá". "Agá" é o cúmplice do camelô, que espera o momento apropriado para tomar a iniciativa e ostensivamente comprar o produto, como se tivesse se rendido aos argumentos irresistíveis do vendedor. Não vamos nos esquecer que o ambiente é de praça de guerra, e um "agazinho" bem plantado não prejudica, só serve de isca camuflada.

Catarinas e "agás" à parte, em todos estes casos tivemos exemplos mais do que especiais e que não se aprendem nem no mais avançado curso de pós-graduação.

Vá você também conhecer esse campo de batalha. Tire uma tarde de folga, deixe a carteira e o relógio em casa para evitar prejuízos e procure aprender um pouco mais sobre comunicação. O programa é convidativo:

- Investimento = zero- Local = centro da cidade- Horário = aberto- Prazo de inscrição = livre- Palestrante = José Severino da Silva- Formação = universidade da vida

Pegue o certificado de conclusão, produza o seu show, abra as cortinas e comece o espetáculo.

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Dicas importantes para quem organiza um evento profissional

O planejamento de um evento é fundamental. Tudo aquilo que é anotado, pesquisado, analisado e seguido com critérios tem quase 100% de chance de acertos e uma pequena margem de erros e imprevistos. Toda recepção, convenção, seminário, encontro, reunião ou palestra deve ser planejada para ser bem-sucedida como se fosse a apresentação de um verdadeiro espetáculo.

O planejamento envolve:

- as pessoas que você pretende reunir- as comidas e bebidas que pretende oferecer- o ambiente onde irá recebê-las

Para recepcionar, pense nos itens abaixo:

OBJETIVO:Qual o objetivo da reunião, recepção, encontro ou festa?

CONVIDADOS:Convide pessoas que lhe expressem prazer, bem-estar e muita satisfação, que tenham algo em comum e interesse pelo encontro, palestra ou recepção.

NÚMERO DE CONVIDADOS:

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Nunca convide um número de pessoas superior ao espaço físico que você dispõe. Nada mais desagradável do que pessoas empilhadas, espremidas ou aglomeradas numa sala de convenções ou reuniões por falta de espaço. Já num auditório onde o número de cadeiras é bem maior do que o número de participantes, dá a sensação de vazio, de desinteresse por aqueles que, eventualmente, não compareceram ao evento, como também de mal-estar ao palestrante. O número de toaletes também deve ser proporcional à quantidade de pessoas convidadas para que não haja filas enormes, tumulto ou aglomerações nos intervalos programados ou na saída dos participantes. Também é imprescindível a presença de um funcionário para cuidar da limpeza e da conservação dos banheiros.

TIPO DE REUNIÃO:A reunião é formal ou informal? Existe um protocolo a ser seguido? Quem presidirá a reunião? Quem são os palestrantes, sócios, diretores e presidentes envolvidos? Quem irá falar e quem irá presidir a mesa?

SERVIÇOS:A reunião pede um serviço que permite aos convidados que se sirvam ou há a necessidade de profissionais, como garçons e copeiras, para servir os participantes do evento?

CARDÁPIO:Pense nas comidas e nas bebidas a serem servidas, seja no começo, no intervalo ou no final do evento. Nem sempre é proporcionado um coquetel ou uma mesa farta para suprir o gosto ou o paladar de todos, no entanto, água e café é o mínimo a ser oferecido.

RECURSOS:Pense nos recursos materiais e humanos. Conte com o apoio de um especialista ou de uma empresa bem conceituada do ramo de Festas e Eventos, que assuma o compromisso de elaborar, com cuidado e certos critérios, desde a decoração até a instalação e o manuseio de aparelhos.

LOCAL:Auditório? Sala de treinamento? Sala de reuniões? Sala de convenções? Dentro ou fora da empresa? Restaurante? Salão de festas?

TEMPO:Você deve limitar o tempo do evento. É melhor prever um pequeno atraso no começo, garantindo a chegada daqueles que não se preocupam muito com pontualidade. Procure não extrapolar no término do evento por não tê-lo programado com precisão. Lembre-se: tempo é dinheiro! Nem todas as pessoas estão predispostas a atrasos e muitas costumam se programar para vários compromissos no mesmo dia. O trânsito e a distância são problemas constantes que costumam gerar atrasos. Dica: música ambiente antes e nos intervalos do evento ajudam a criar um clima agradável, relaxando e acalmando a platéia e os convidados. A música deve ser instrumental e o som não pode ser muito alto para não agredir os ouvidos nem atrapalhar a conversa das pessoas.

CUSTO:Não gaste além do orçamento previsto. Pesquise, pechinche! Tenha bom gosto e sabedoria para receber bem as pessoas, proporcionando-lhes conforto e satisfação.

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O currículo é o registro da sua história profissional. É a sua propaganda, e como tal não pode ser apenas um pedaço de papel frio.

O currículo deve ser elaborado para destacar suas habilidades e realizações de tal forma que soe como um tambor ou um clarim, anunciando quem você é, de maneira elegante e agradável.

O currículo deve se constituir numa mensagem breve. Não é à toa que quase no mundo inteiro utiliza-se a palavra francesa résumé (que significa resumo) para designar currículo.

Normalmente o currículo chega ao seu potencial empregador antes de você, portanto, quanto melhor a impressão que causar a seu respeito, mais oportunidades poderá propiciar.

Cuide bem do seu currículo que ele ajudará você a alcançar entrevistas, a primeira metade do caminho para conseguir um novo emprego.

Como a grande maioria dos profissionais sente dificuldade em elaborar seu currículo, é fundamental a orientação de Consultores especializados, como a que oferecemos nos serviços Análise de Currículo e Elaboração de Currículo

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10 pecados em um currículo

Tenho lido muitos currículos nos últimos dias, pois estou recrutando colaboradores para integrarem a equipe do Grupo Catho. Quanta barbaridade as pessoas cometem em seus currículos! Nesta semana, vou falar sobre os 10 erros mais comuns, e espero que após ler este artigo você não os cometa.

1- Não colocar o seu objetivo no início do currículo. Nunca cometa este erro! A pior coisa é o recrutador ter que adivinhar o que você quer. Como ele não tem muito tempo, seu currículo irá direto para o arquivo circular: o lixo! (que pode ser virtual!). O profissional deve deixar claro qual o cargo que pretende ocupar ou pelo menos deve informar a área em que quer trabalhar. Obviamente que fazendo isso você restringirá o uso de seu currículo pelos recrutadores. Por isso, aconselho que você produza o currículo de acordo com a vaga que está em aberto. Faça todas as adaptações necessárias para cada envio do currículo.

2- Um resumo de qualificações muito extenso. Lembre-se: é um resumo! Seja sucinto! O resumo de qualificações eficaz é aquele que contém três ou quatro itens e que destaca realmente os pontos fortes do candidato. Escreva apenas uma linha para cada item.

3- O uso do currículo funcional em todas as situações. Um currículo que destaca apenas as suas funções deve ser utilizado somente quando existe instabilidade no emprego, quando o último emprego não coincide com o seu atual objetivo ou quando você pretende mudar de área e quer mostrar o seu domínio sobre as funções que a nova oportunidade exige. Há uma grande tendência em usar o currículo funcional para quase todas as situações, o que é errado.

4- Currículo funcional incompleto. Tenho visto muitos currículos funcionais que têm um

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relato da experiência em uma página ou mais, sem dar destaque para nenhuma função. Nunca faça isso! O currículo funcional deve ter em destaque cada função que você quer enfatizar e uma explicação de seu talento em cada uma delas.

5- Muitos candidatos colocam os nomes das empresas sem descrição de suas atividades. O recrutador tem que adivinhar o que a organização faz, qual o porte da mesma etc. Jamais esqueça de colocar, para cada empregador, uma descrição da empresa, o número de funcionários, o faturamento, entre outras informações. É interessante também informar no currículo o local das empresas em que você trabalhou.

6- As datas de entrada e saída de cada emprego e de cada cargo colocadas do mesmo lado do currículo. Com a leitura rápida seu currículo pode dar a impressão que você mudou de emprego muitas vezes, o que não é verdade. As datas de entrada e saída de cada emprego devem estar sempre do lado esquerdo e as datas de entrada e saída de cada cargo devem vir à direita.

7- Currículo sem parágrafos. Crie um documento agradável de ler, com frases curtas e com parágrafos.

8- Currículo sem resultados. Recrutadores adoram profissionais que tenham resultados quantificados. Números dão credibilidade. A maioria dos candidatos coloca uma lista de tarefas ou habilidades, mas nunca coloca o resultado disso, o que dá impressão de que ele não traz retorno nenhum para a empresa. Não ter números em seu currículo é um grande pecado.

9- Erros de português ou uma diagramação malfeita. Esse pecado não tem perdão. Nada poderia ser pior, pois denigre a sua imagem. Caso seu português não seja impecável, peça para alguém ajudá-lo na revisão ou então reze para alguém como eu, que não falo português corretamente, ler o seu currículo!

10- Mentiras! Nunca minta! A omissão é socialmente aceitável, mas a mentira não. Em entrevistas, alguns candidatos dizem que têm mestrado e quando eu pergunto o título da tese eles dizem que terminaram todas as matérias, porém não fizeram a tese. Em outras palavras, não têm o mestrado. Outro exemplo de mentira que não deu certo: nunca vou me esquecer de uma vez que entrevistei uma pessoa que disse ter MBA no Canadá, e quando eu perguntei a data, esta coincidiu com o período em que ela estava trabalhando no Brasil. Ele confessou! Não tinha MBA. Qualquer mentira percebida pelo recrutador elimina na mesma hora o candidato do processo de seleção.

Espero que você não cometa estes 10 pecados. Seu currículo deve ser uma obra de arte. Deve comunicar claramente, em 20 segundos ou menos, o que você quer e por quê merece seu objetivo. O seu currículo não deve ter mais do que três páginas. Uma pessoa de 50 anos pode ter no máximo quatro páginas. Utilize frases curtas e sempre fale na primeira pessoa. Nunca se esqueça: seu currículo faz parte de sua estratégia de marketing pessoal. Mãos à obra!

Seção: CURRÍCULO

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r  

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Carta de apresentação

Para atingir bons resultados por meio de uma carta de apresentação, você deve redigi-la com assuntos que chamem a atenção e motivem o leitor a entrar em contato com você. Lembre-se de que além de não gostar de ler, os executivos lêem depressa. Por isso, você deve comunicar-se rapidamente, com uma matéria de interesse, ou ele não lerá sua carta.

A primeira linha da carta é muito importante. Ela deve, literalmente, prender a atenção do executivo no momento em que iria jogá-la no lixo. Para ilustrar como redigir bons primeiros parágrafos, segue uma relação de ótimos exemplos. Leia e eles lhe fornecerão idéia de como desenvolver algo interessante para compor o primeiro parágrafo da sua carta:

'Roubos, fraudes e desfalques precisam ser evitados em todas as empresas.'Gerente de Auditoria Interna procurando emprego com um chamariz alarmante. 'O Citybank foi meu empregador durante 12 anos.'Profissional que trabalhou numa excelente empresa. 'MBA da Fundação Getúlio Vargas, fluência em Inglês, quatro anos de experiência financeira na DuPont e 29 anos de idade, são as principais qualificações que tenho para oferecer.'Profissional com qualificações desejadas pelos empregadores. 'Durante 16 anos fui presidente da Worthington. Não quero mais ser presidente. Quero ser seu diretor de vendas.'Profissional com 62 anos que não tinha condições de conseguir mais um cargo de presidente. 'Uma carteira de cobrança com menos de 10 dias úteis de faturamento é o principal resultado que consegui em meu trabalho.'Gerente de cobrança procurando emprego. 'Sua empresa tem problemas de controle de qualidade?'Gerente de controle de qualidade procurando emprego. 'Venda de bens de capital é a minha especialidade.'Gerente de vendas procurando emprego. 'Clientes de 22 países estão usando produtos que eu vendi.'Diretor de Comércio Exterior. 'Seu inimigo, 'O Sindicato': eu o conheço profundamente.'Diretor de sindicato procurando emprego como gerente de relações industriais. 'Após quatro anos trabalhando em Nova York estou de volta ao Brasil procurando uma nova colocação.'Diretor de carteira de câmbio de banco procurando nova colocação. 'Editoração de textos, redes locais e profundo conhecimento de banco de dados em microcomputadores são algumas de minhas experiências.'Gerente de CPD procurando uma nova colocação. '520 operários estão sob meu comando na fabricação de máquinas de costura.'Diretor Industrial à procura de uma nova colocação.

Depois de ter chamado a atenção de seu leitor, diga a ele exatamente o que você gostaria de fazer na empresa. Eis aqui alguns exemplos:

'Se sua empresa precisa de um gerente financeiro, V. Sa. poderá estar interessada nas minhas qualificações.' 'Gostaria de trabalhar na área de controle de qualidade de sua empresa e acredito que V. Sa. possa ter interesse em minhas qualificações.' 'Estou à procura de um cargo inicial na área de Marketing; apresento minhas qualificações para vossa apreciação.'

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Prossiga a redação da carta com evidências substanciais, por meio das quais o leitor deva considerá-lo para o cargo. Não mencione um único aspecto que não seja positivo ou que não esteja relacionado com o cargo que pretende.

Extraia os pontos fortes de seu currículo e os inclua no corpo da carta. Eis aqui alguns itens a serem considerados:

Se excepcional, o número de promoções que recebeu Se conhecidos, os nomes das empresas para as quais trabalhou Estabilidade de emprego, por exemplo: 'Depois de trabalhar para a Kodak por 12 anos...' Resultados importantes: 'Pessoalmente, fechei vendas de silos no valor de US$ 7.4 milhões para o governo brasileiro.' Declaração de habilidades técnicas específicas, tais como: 'Utilizei o microcomputador com intensidade e tenho amplo conhecimento de Windows 95, Excel, Word e Corel Draw.' Se você possui uma carreira em constante crescimento, destaque isso resumidamente. Se você está querendo mudar para outra cidade, certifique-se de expor claramente na carta. Como poucos executivos querem mudar, essa é uma boa oportunidade de venda.

O próximo passo é inserir sua formação acadêmica e fluência em idiomas junto a seus dados pessoais. Lembre-se, não mencione nada negativo. Você jamais deve mentir, mas pode omitir alguns fatos. Veja exemplos:

Se você não tem grau universitário, é melhor deixar de lado a seção de formação Se você tem mais de 45 anos, não mencione sua idade na carta Se for mulher e tem três filhos, não os cite, mesmo que sejam sua maior alegria pessoal Não destaque sua nacionalidade na carta se você for, por exemplo, peruano, chileno ou argentino. Muitas vezes, porém, sua experiência educacional anunciará seu país de origem Se seu inglês não é fluente o suficiente para conversação, não mencione a pouca habilidade. 'Bons conhecimentos' soa pior do que não dizer nada

Termine a carta solicitando ao leitor que entre em contato para uma entrevista. Eis aqui alguns exemplos de frases para terminar a carta antes do 'atenciosamente':

'Aguardo um retorno para marcarmos uma entrevista em horário de sua conveniência.' 'Aguardo com interesse uma resposta de V. Sa. Solicito que entre em contato para marcarmos uma entrevista.' 'Estou à sua disposição para uma entrevista pessoal.'

Antes de reproduzir sua carta, leia-a várias vezes para evitar erros gramaticais e atestar se não está 'pesada'. Certifique-se de que as idéias foram desenvolvidas numa ordem lógica e não confundirão o leitor. A carta não deve ter mais que duas folhas.

Outro detalhe: deve ser produzida em folha A4 ou em um papel-carta menor (17,8cm x 25,4cm). O papel, branco ou de cor suave, deve ser timbrado com seu nome, endereço e telefone. Não faça uso de papéis com cores brilhantes porque destróem a sobriedade.

Envie cartas personalizadas com nome, cargo, empresa e endereço do destinatário. Para isso, imprima individualmente as cartas. Utilize um processador de texto como uma impressora de jato de tinta ou a laser.

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Carta de Apresentação às empresas.

Juliana Zuccarello *

A Carta de Apresentação é uma ótima ferramenta para conseguir contatos para entrevistas. Com ela é possível atingir excelentes resultados inclusive em empresas que não possuem vagas em aberto ou expostas no mercado de trabalho.

A dica para elaborar uma Carta de Apresentação eficaz é redigi-la com temas interessantes, que expressem seus pontos fortes e ressaltem o que você tem de melhor em sua carreira.

A questão principal é reter a atenção do executivo para que ele leia a sua carta até o final e queira entrar em contato. Seja breve, objetivo e focado em resultados!

Outro ponto que vale ser enfatizado, é que a primeira linha da Carta de Apresentação é muito importante. Ela deve ser atraente para despertar interesse no recrutador em continuar a leitura, no momento em que iria jogar o material no lixo.

A Carta deve seguir a seguinte seqüência de informações:

- Seu nome:- Endereço:- Telefone:- e- mail:- Data:- Nome do profissional (ou departamento) identificado no anúncio:- Cargo do profissional:- Nome da empresa:- Referência (código ou nome do cargo pretendido):

Inicie o texto com seus pontos mais fortes, mostre interesse e motivação em trabalhar para a empresa. Em seguida mencione o seu objetivo, o que pretende fazer na empresa em questão.

Prossiga ressaltando as suas habilidades de maneira que o leitor comece a considerá-lo para o cargo. Indique algum conhecimento da atividade desenvolvida pela empresa e de sua capacidade para crescer junto com ela.

Não mencione nenhum aspecto que não seja positivo ou que não esteja relacionado ao cargo pretendido. Finalize a Carta solicitando que o leitor entre em contato para agendar uma entrevista.

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Como elaborar um currículo corretamente

Thomas A. Case

O currículo é o registro da sua história profissional. É a sua propaganda, e como tal não pode ser apenas um pedaço de papel frio.

É um documento que deve ser elaborado para destacar suas habilidades e realizações, de tal forma que soe como um tambor ou um clarim, anunciando quem você é de maneira elegante e agradável.

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O currículo deve ser uma mensagem breve e objetiva. Não é à toa que em muitos países se utiliza a palavra francesa résumé (que significa resumo) para designar currículo.

Normalmente o currículo chega ao seu potencial empregador antes de você. Por isso, quanto melhor for a impressão que causar a seu respeito, mais oportunidades poderá te propiciar.

Cuide bem do seu currículo para que ele o ajude a alcançar muitas entrevistas, que são a primeira metade do caminho para conseguir um novo emprego.

O currículo bem elaborado atrai, o currículo mal elaborado afasta.

Antigamente, destacar-se pelo currículo era usar papel rosa, agrupar o texto em blocos densos, com informações que começavam com o seu curso de primeiro grau, incluíam seus hobbies prediletos, estado da saúde e situação matrimonial. Esqueça este tipo de currículo!

Hoje, o mercado de trabalho mudou e, conseqüentemente, mudaram os currículos. O currículo moderno e eficaz deve evidenciar as suas habilidades, conquistas e experiências. Seja você candidato a uma vaga de presidente, vendedor ou escriturário, o que o seu currículo deve fazer é distingüi-lo de uma multidão de outros candidatos.

UM BOM CURRÍCULO...

...apresenta um resumo breve, objetivo e conciso, mas ao mesmo tempo claro, abrangente e verdadeiro sobre a sua experiência passada.

...deve ser cuidadosamente atualizado, corretamente escrito e adequadamente formatado.

...faz você se destacar em uma pilha de outros currículos

...chama a atenção de quem o lê e aumenta as suas chances de conseguir uma entrevista de emprego.

FUNÇÕES DO CURRÍCULO

Para quem está empregado, o currículo é importante porque pode ser solicitado para apoiar um processo de promoção, um convite para um novo emprego ou para mostrar a clientes e fornecedores. Não se deve nunca descuidar dele, caso queira causar uma impressão positiva.

Para quem está procurando emprego, o currículo tem duas funções básicas:

é uma ferramenta para gerar entrevistas de emprego serve de guia para os seus entrevistadores

Facilite, portanto, o trabalho do seu entrevistador. Procure responder, no currículo, as principais perguntas para as quais os entrevistadores querem resposta:

O que você quer?Para responder a esta pergunta, o seu currículo deve comunicar clara e especificamente quais são os seus objetivos. Coloque um sumário sucinto e objetivo das suas expectativas. Por exemplo, cargo executivo na área industrial, para um estilo mais aberto ou diretor/gerente da área industrial, para um estilo mais específico.

Por que você quer? Mostre a razão pela qual você considera merecer o cargo que está pretendendo. Seu currículo deve enfocar o seu objetivo. Os itens da sua carreira que não ajudam a justificar o foco central do seu currículo devem ser menos enfatizados ou excluídos. Por exemplo, se o seu objetivo é ser diretor industrial e você trabalhou durante um ano para um empregador em vendas de produtos de consumo, esta experiência deve ter menção mínima ou não constar do sumário.

Em que você contribuiu? Destaque as atividades que você desempenhou em cada emprego e que resultaram em retorno para a empresa, seja institucional, financeiro ou de relacionamento de mercado. O seu potencial empregador quer saber, logo à primeira vista, se você é um empregado que traz resultados para a empresa ou se apenas cumpre o seu papel.

Você se organiza e planeja para alcançar objetivos?Um currículo bem organizado, com seqüência lógica, mostra a sua habilidade de organizar atividades e tarefas, e o fato de saber o que quer, mostra ambição e vontade de atingir esses objetivos.

Você se comunica?Usar frases curtas é uma maneira eficiente de demonstrar objetividade e concisão. Utilize o mínimo de palavras, evite advérbios subjetivos, como extremamente, fortemente e outros. Inicie frases com verbos de ação, como construí, reduzi, aumentei, implantei, administrei, supervisionei, melhorei, expandi, organizei, treinei, encontrei, descobri, planejei etc. Mas ao mesmo tempo em que os verbos podem vir na primeira pessoa, evite utilizar o pronome pessoal eu, pois ele passa a impressão ofensiva de falta de modéstia, quando usado em demasia.

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Ao redigir seu currículo, tente criar uma impressão moderna, positiva, agressiva e direcionada a realizações. Os entrevistadores analisam pilhas de currículos e precisam entender rapidamente, na primeira leitura, exatamente o que você pretende, por que e com que objetivos. Faça um esforço de preparação para economizar o esforço de leitura deles. Isto pode resultar em ponto positivo para você.

Você é positivo?Seu currículo deve falar bem de você - claro que com base na verdade. Por isso, enfatize os pontos positivos. Ninguém quer ler informações tristes, de pessoas que choramingam. Mostre aspectos marcantes, primeiramente, e deixe os aspectos menos relevantes para o final. Atinja o entrevistador com um impacto positivo logo no início da leitura.

SEQÜÊNCIA DE APRESENTAÇÃO:

Basicamente, o que um empregador quer saber de você quando olha o seu currículo são apenas três coisas:

Onde você já esteve? O que você já fez por outra empresa? O que pode fazer pela empresa dele?

Siga a seguinte seqüência de apresentação em seu currículo:

Objetivo conciso Breve sumário de qualificações Formação acadêmica Resultados obtidos em decorrência das habilidades técnicas Experiências profissionais mais relevantes (com datas e lugares) Pontos fortes Conhecimentos de informática

Primeira página

Procure manter o seu currículo, preferivelmente, em duas páginas. Um currículo de três páginas é, hoje, considerado extenso.

Logo no início da primeira página, devem ser colocados o seu nome, endereço e números de telefone. Não há outro lugar melhor para colocar essas informações – como os currículos são lidos rapidamente, você pode perder uma oportunidade se o leitor pensar que você esqueceu de colocá-las.

Em seguida, aparece o seu objetivo profissional, que não deve ultrapassar uma linha. Por exemplo: 'Gerente de marketing/produto.'

Mencione depois, um resumo das suas qualificações profissionais. Por exemplo: 'Economista com MBA em Marketing e dez anos de experiência em planejamento de mídia e estudo de mercado.'

Ao colocar datas de títulos no currículo, certifique-se de incluir as datas de início e final de cada curso do lado esquerdo da página.

Na relação de empregos anteriores, certifique-se de incluir as datas de entrada e saída de cada emprego do lado direito da página, depois do nome de cada empresa.

Não separe os cargos com textos, pois eles perdem o impacto do número e da seqüência.

Segunda página

Faça uma relação de resultados obtidos em cada empresa, sempre de maneira sucinta. Evite analisar, apenas informe.

Se foi promovido muitas vezes, enfatize isto, brevemente, no seu currículo.

As promoções que obteve são as melhores referências, pois denotam que você foi um colaborador excelente, transmitem que o seu chefe o julga um bom profissional e que executou bem suas funções, por isso foi promovido.

Para registro de um emprego em que você obteve promoções, certifique-se de incluir a data de entrada e a data de saída ao lado esquerdo da página e as datas para cada título ao lado direito da página. Se você não seguir esta norma e colocar todas as datas do lado esquerdo, uma rápida leitura poderá deixar a impressão de que você troca de emprego com freqüência.

Se você for um executivo jovem, que ainda não acumulou muitos empregos, tente montar o seu currículo em uma só página.

O QUE NÃO COLOCAR NO CURRÍCULO

CoresO currículo deve ser agradável à leitura, portanto, deve ser discreto. No máximo, utilize um papel de tom pastel em vez do

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branco, mas nada além disso.Para destacar as informações você pode usar os recursos de negrito e itálico do seu processador de texto. Evite variar os tipos de fonte, para não transformar o seu currículo em uma salada gráfica e irritar quem o lê.

Listas extensas de qualquer naturezaSe a sua relação de empregos é muito grande, selecione apenas os últimos cinco empregos da sua carreira. E, mencione no sumário de qualificações que você possui mais experiência do que o mencionado.

Em alguns casos é importante colocar todas as informações, como nos currículos de cientistas ou médicos, para cujos empregadores os artigos publicados são importantes, assim como o detalhamento dos congressos de que o profissional participou. Mas, de maneira geral, essas informações só entediam a quem vai ler o currículo.

RG, CPF e outros números de documentosNão perca tempo inserindo número do CPF ou do Título de eleitor, ou mesmo da Carteira profissional. Se alguém tiver interesse nestes documentos, será o Departamento Pessoal no momento em que for efetivar a sua contratação. Nunca antes.

Razões de ter deixado o emprego anteriorEsta informação é importante para o seu empregador, mas deve ser discutida no momento certo. E, o momento certo é a entrevista pessoal. Portanto, não inclua esta informação no currículo.

ReferênciasA lista de referências deve ser impressa à parte, e você deve tê-la à mão na entrevista, para apresentá-la ao entrevistador no momento em que for solicitado.

(Para mais informações, leia o artigo "Sem boas referências, você pode perder a chance de um ótimo emprego", na edição número 1 do jornal virtual Carreira & Sucesso, que pode pode acessado pelo endereço www.catho.com.br/jcs)

Raça, religião e filiação partidáriaNinguém tem interesse em conhecer estas suas convicções, seja para benefício ou para prejuízo da sua carreira. Ao contrário, colocando essas informações pode parecer que você é quem tem preconceito com relação a esses itens.

Salário anterior e pretensão salarialAlguns especialistas recomendam colocar salário e pretensão no currículo, mas a postura do Grupo Catho é de não recomendar esta prática. Salário, conforme a nossa experiência, é um tema para ser discutido pessoalmente durante a entrevista e não para estar no currículo. Quando o anúncio pede, pode-se escrever alguma coisa geral como Aceito discutir propostas ou Estou aberto para discutir a questão salarial.

FORMATO E APARÊNCIA DO CURRÍCULO

Antes de escrever o modelo final, revise-o com duas ou três pessoas para checar as informações e verificar a correção ortográfica. Erros de português, gramaticais, ortográficos ou de concordância, comprometem seriamente o currículo de qualquer pessoa. Não tenha vergonha de pedir ajuda.

Graficamente, o seu currículo precisa ser atraente. Lembre-se de que ele é a propaganda do produto mais importante do mundo: você!

Deixe margens largas e muitos espaços em branco. Não faça a composição gráfica com letras muito pequenas porque há pessoas que enxergam mal – respeite-as.

Procure não variar a fonte das letras, mas aproveite os recursos de sublinhar, colocar em negrito ou em itálico, e até o uso de letras maiúsculas para enfatizar.

A impressão deve ser feita em laser porque o resultado gráfico é bonito e muito limpo. Para a reprodução de quantidades maiores, sugerimos o processo de offset em um papel de boa qualidade, branco ou em tom pastel claro.

Inclua fotografia, se considerar que a sua aparência pessoal é boa e pode ajudar a causar uma boa impressão. Prefira o tamanho 4,5 x 6 cm. Deve ser uma ótima fotografia, nítida, em que você esteja sorridente e inspire confiança. A fotografia diferenciará imediatamente o seu currículo dos outros e o tornará mais pessoal. Pode colar uma fotografia em cada currículo ou, se usar serviços de uma gráfica, pode deixar que a fotografia faça parte do fotolito, imprimindo-a na primeira página do seu currículo.

Há muito mais o que dizer a respeito de currículo, porque a sua elaboração exige, ao mesmo tempo, simplicidade na apresentação e complexidade na avaliação dos elementos que o compõem.

UM MODELO ADEQUADO DE CURRÍCULO PARA CADA SITUAÇÃO

Há três modelos básicos de currículo. Situações funcionais específicas podem exigir que se envie um determinado tipo de currículo. Você terá que identificar qual é o mais adequado para o empregador que tem a vaga para a qual você quer se candidatar.

Currículo cronológico

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Geralmente este currículo apresenta a lista dos empregadores em ordem cronológica inversa, ou seja, inicia-se a relação pelo emprego mais recente. É o currículo mais utilizado e também o mais apreciado pelos executivos contratantes, porque facilita a avaliação do leitor com relação ao crescimento da carreira e continuidade no emprego do candidato.

É também um modelo que permite ao candidato um formato adequado para relatar os resultados que alcançou nos empregos anteriores.

Não deve usar este modelo quem: - Mudou de emprego com freqüência - Mudou de carreira várias vezes

A razão é pelo impacto visual. Numa relação em que os registros de empregos ficam próximos uns dos outros, destacam-se as datas e as atividades, ficando bastante fácil, para o leitor, confrontar esses quesitos.

Currículo funcional

Este modelo dá preferência de enfoque às funções desempenhadas e não aos empregadores.

Permite que o profissional não fique constrangido por ter trabalhado em um determinado lugar ou pela seqüência de seus empregadores. Também possibilita dar menos ênfase à experiência que não está relacionada com o cargo pretendido.

Neste modelo de currículo, o candidato seleciona somente as experiências relevantes vinculadas à colocação que pretende. Sem, no entanto, omitir nada, porque um currículo deve ser verdadeiro – a relação cronológica dos empregadores é apresentada no final.

A estratégia é chamar a atenção do entrevistador, de imediato, para as habilidades e talentos mais importantes do seu currículo para aquela determinada vaga.

O currículo funcional tem a desvantagem de ser muito inflexível. Você só pode usá-lo quando pretende um determinado cargo, e a definição do seu produto é restrita, o que pode ser bom, mas também pode ser ruim.

Currículo cronológico-funcional

É, dos modelos de currículo, o mais forte e comunicativo. Associa a ordem cronológica inversa dos empregadores com os cargos, realçando a experiência funcional em cada emprego. Utilize esse modelo se você possui boa estabilidade de emprego e uma ampla base de experiência.

Este é o modelo de currículo preferido por uma grande parcela dos recrutadores. A razão é simples: este modelo poupa tempo e agiliza a seleção.

Um entrevistador experiente observa, de imediato, num currículo formatado desta maneira, várias informações importantes ao mesmo tempo, como experiência, estabilidade e progressão funcional de um candidato. Mas tem a desvantagem de poder parecer, para o entrevistador, que o candidato esteja querendo ocultar instabilidade funcional

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Dicas para ter um bom currículo

Carla Fabiana *

O primeiro contato entre o profissional e o seu possível empregador é feito por meio do currículo. Por isso, antes de enviá-lo a uma empresa é muito importante verificar se todas as informações estão corretas e se a ordem dos dados facilita a leitura do documento.

Veja como deve ser a seqüência das informações no seu currículo:

Dados PessoaisDevem aparecer logo no início do documento. É fundamental incluir seu telefone e e-mail para que a empresa possa contatá-lo facilmente.

ObjetivoSeu objetivo profissional deve ser descrito em apenas uma linha, abordando apenas o cargo

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e a área de interesse. Evite indicar mais de uma área em um mesmo currículo.

Formação acadêmicaOs cursos de formação devem ser apresentados por ordem de importância (pós-graduação, graduação etc.). Cursos técnicos só devem ser citados se tiverem relação com a área pretendida ou se você não possuir curso de graduação. Mencione sempre o nome do curso, da instituição e o ano de conclusão.

IdiomasCite apenas o idioma e o nível de conhecimento que possui no mesmo. Se você estiver estudando algum idioma, deixe isso claro no currículo. Desta maneira o selecionador saberá que você está investindo em seu aperfeiçoamento.

Experiência profissionalMencione o período de atuação, nome da empresa, cargo e suas atribuições. Esteja atento para a descrição das atividades desenvolvidas, pois é através deste item que o selecionador conhecerá o seu potencial. Se possível inclua números e porcentagens que possam enfatizar os resultados alcançados em cada empresa. Coloque suas qualificações em forma de itens, para facilitar a avaliação do selecionador.

CursosCite apenas os cursos relacionados a área de interesse. Coloque o tema e o nome das instituições onde foram realizados.

InformáticaDestaque suas habilidades na área de informática, citando os programas e ferramentas do seu conhecimento.

Lembre-se que o objetivo é fazer com que seu currículo seja colocado na pilha daqueles que tem chances de serem selecionados.

- Certifique-se de ter cadastrado o seu currículo em nosso site, pois é este cadastro que as empresas visualizam quando buscam profissionais na Catho.

- Antes de enviar o seu currículo para as vagas, recomendamos que revise todo o material através dos itens "visualizar" e "alterar" currículo.

- Para ajudá-lo a conseguir uma ótima oportunidade oferecemos os serviços de Análise de Currículo, Carta de Apresentação e Tradução. E, você pode ainda tirar dúvidas sobre minicurrículo, mercado de trabalho, entrevista, entre outros, gratuitamente com nossos Consultores Virtuais.

- Para saber mais sobre como elaborar seu currículo, clique aqui.

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Etapas de elaboração de um currículo

A busca de uma nova colocação no mercado de trabalho sempre começa com um denominador comum: o currículo. Pedimos à consultora Rosemary Corretori Bethancourt, especializada em elaboração de currículo, para resumir as etapas necessárias para a

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confecção deste importante documento profissional. Vejam o que ela diz:

CURRÍCULO: ANTES DE TUDO UMA REFLEXÃO

"Muitas pessoas pensam que elaborar um currículo é simplesmente relatar sua trajetória profissional... Velhos tempos! Hoje em dia o mercado de trabalho exige muito mais, e o modo como você escreve é tão importante quanto o conteúdo do texto."

O DESTINATÁRIO

"A primeira dica é imaginar, antes de começar a redigir o seu currículo, o percurso que o mesmo cumprirá até atingir a finalidade almejada: a entrevista.

Pergunte-se:

- Quem deverá ler meu currículo?- O que estará procurando?- Qual será a forma mais clara de expor minha experiência?

Ou seja, o currículo deve ser elaborado com foco no recrutador."

A APARÊNCIA

"Lembre-se de que um currículo que chama a atenção é aquele que tem boa apresentação visual, é sucinto e de fácil compreensão."

A OBJETIVIDADE

"Um bom currículo deve deixar claro o seu interesse, destacar as qualificações que o habilitam a ocupar o cargo em questão, demonstrar os resultados e contribuições nas empresas onde atuou e enfatizar seus pontos fortes."

Seqüência de Apresentação

Primeira página:

- Nome completo (deve constar na primeira linha do currículo) - Endereço residencial completo - Dados de contato (telefones residencial, para recados e celular e e-mail) - Dados Pessoais (Ex: brasileiro, casado, 30 anos) - Objetivo Profissional (sumário sucinto e claro de suas expectativas - Ex: gerente da área industrial) - Resumo de Qualificações (habilidades voltadas para a posição ou empresa objetivada) - Formação Acadêmica (curso, ano de formação e instituição - quanto mais recente for a conclusão, mais completa deverá ser a descrição) - Idiomas (mencionar idiomas nos quais tenha fluência) - Cursos (cursos de aperfeiçoamento mais recentes que completem a sua formação ou objetivo)

Segunda página:

- Experiência Profissional (mencionar empresas em que atuou nos últimos dez anos, com as datas de entrada e saída, seguindo a ordem da mais recente para a mais antiga, citando os cargos, as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos sempre de maneira objetiva;

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evite analisar, apenas informe)

IMPORTANTE

Estes são os princípios básicos que norteiam uma boa apresentação de currículo, porém, cada caso deve ser analisado em sua individualidade para que seja definido o modelo mais adequado.

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Modelo de currículo

Mesmo depois de muito se informar sobre como deve ser um currículo, alguns profissionais continuam com dúvidas quanto a forma e o conteúdo desse documento tão importante. Por isso resolvemos apresentar um modelo simples de currículo para sanar mais algumas questões.

O ideal, entretanto, é elaborar um currículo de acordo com o seu perfil, objetivos profissionais e a empresa para a qual o enviará. Assim você garantirá a individualidade do seu currículo e fará com que ele seja uma ferramenta realmente decisiva na sua conquista de uma recolocação.

Veja o exemplo abaixo, entenda como deve ser a base de um currículo e elabore o seu. Lembre-se que a única regra básica para todos é destacar as suas habilidades e pontos positivos. Não há uma segunda chance para causar uma boa impressão!

Marcos Borges

Rua Santos Dumont, 5890470-100 - São Paulo – SPTel.: (11) 3177-0700E-mail: [email protected]

BrasileiroSolteiro38 anos

Objetivo: Diretor Financeiro / Comercial / Administrativo

Formação Acadêmica

MBA Executivo em Gestão Empresarial – USP - SP Graduação em Administração de Empresas - PUC-SP.

Idiomas

Inglês fluente.

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Síntese de Qualificações

Mais de 15 anos de experiência nas áreas Financeira, Comercial e Administrativa em empresas nacionais e multinacionais. Ampla experiência na área Financeira, englobando a aplicação de recursos, financiamentos, operações internacionais, exportações e importações de bens e produtos e fechamento de câmbios. Planejamento estratégico de médio e longo prazos, com constante monitoramento para redução de custos e otimização das rotinas de trabalho. Experiência em definição de estratégias em momento de crise econômica, aumentando para 70% a exposição em moeda estrangeira dos investimentos, diminuindo os riscos dos fundos disponíveis e garantindo o lucro da empresa. Responsável pela prospecção e recuperação de clientes nacionais e internacionais, garantindo as vendas em momentos de crise econômica no Brasil devido ao aumento do dólar. Disponibilidade para mudança de cidade.

Experiência Internacional

Alemanha, França e EUA - Participação em feiras de tecnologia e seminários.

Experiência Profissional

05/1995 - Atual Kapla S.A. Indústria de Embalagens PlásticasEmpresa multinacional de grande porte atuante no segmento de embalagens plásticas injetadas.

Diretor Superintendente (04/97 - Atual)Assessor da Diretoria (05/95 - 03/97)

Atuação nas áreas Financeira, Comercial e Administrativa, gerenciando 60 colaboradores diretos. Experiência no atendimento e desenvolvimento de clientes de alto potencial no Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai. Participação em assembléias gerais ordinárias e extraordinárias, juntamente com os acionistas. Responsável pelo planejamento de processos judiciais tributários, reestruturação societária da empresa e contratação de advogados nas áreas tributária, cível e trabalhista. Desenvolvimento do planejamento estratégico, contabilidade fiscal, gerencial e de custos. Responsável pela redução de 40% das contas a receber, através de um novo programa de cobrança e redução do nível de inadimplência de 3 para menos de 1%. Atuação em negociações visando novos financiamentos e empréstimos com obtenção de incentivos fiscais. Experiência em seleção de fornecedores estratégicos nacionais e internacionais, e supervisão da área de Planejamento e Controle da Produção.

07/1991 - 04/1995 Bendiz Ltda.Empresa nacional de médio porte atuante no segmento de

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componentes plásticos.

Gerente de Vendas

Implementação de estratégias mercadológicas, política de vendas, promoção e distribuição de produtos. Responsável pelo recrutamento e desenvolvimento de vendedores, representantes e distribuidores, implementando programas de treinamento de vendas. Experiência na prospecção e administração de grandes clientes, como Ford do Brasil, MWM, Fiat, entre outros.

Obs.: Este currículo foi baseado em um determinado perfil profissional. O modelo ideal para o seu currículo não é necessariamente este. Lembre-se qque o currículo deve estar de acordo com o seu perfil profissional, objetivos e a empresa para a qual o enviará.

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O currículo e suas peculiaridades

Rosemary C. Bethancourt *

O currículo é um produto único e personalizado, portanto, deve ser feito sob medida e de acordo com o perfil de cada profissional.

Todos os detalhes devem ser avaliados na hora de escolher o modelo adequado à experiência, considerando, por exemplo, tempo de atuação, idade, qualificações e objetivo profissional, entre outros.

Sabemos que o mercado de trabalho está cada vez mais seletivo e dinâmico, portanto, seu principal produto deve ser vendido da forma mais objetiva e atraente possível. O selecionador não quer saber quais são seus hobbies ou se você coordenou o bingo na festa de final de ano da empresa; ele quer informações concisas e relevantes sobre a sua atuação e carreira profissional.

Se você é um profissional recém-formado, procure enfatizar o valor do trabalho que realizou em diversas e exigentes atividades estudantis durante a faculdade. Aumente a sua experiência profissional incluindo posições não-remuneradas, estágios, projetos especiais e trabalhos voluntários, entre outros. Liste-os em ordem cronológica inversa no item "Experiência Profissional". Destaque a experiência que seja mais relevante com relação ao futuro pretendido, utilizando palavras que se identifiquem com as habilidades que aprendeu e utilizou na universidade ou no trabalho. Se uma atividade revela habilidades, realizações, resultados ou qualificações que se relacionam ao emprego almejado, inclua-as também neste item, mas jamais mencione façanhas maravilhosas sem o suporte de evidências que possam comprovar isso.

Mostre evidência de dedicação e objetivos. Muitos leitores de currículos percebem uma falta de comprometimento e de expectativas realistas em recém-formados.

Para os profissionais veteranos, o ideal é destacar os três empregos mais recentes ou relevantes e não tentar dar igual atenção a cada emprego anterior. Se a sua experiência for

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diversificada, vai transmitir a impressão de que passou a vida mudando de emprego. Procure escolher seus pontos mais fortes e direcionar as informações para o seu objetivo atual, por meio de uma redação concisa e decidida. Não mencione informações pessoais; leitores de currículos são ocupados e não se importam se você é um bom jogador de tênis (este tipo de informação deve ser citada somente na entrevista, e se for solicitada). Venda o seu desempenho!

Cada linha do seu currículo deve ser um convite para que o entrevistador leia a linha seguinte. Uma carta de apresentação sucinta e objetiva estimula a análise do currículo. Uma página inicial bem feita, por sua vez, pode fazer toda a diferença e despertar a receptividade do recrutador. Lembre-se de que a primeira impressão tem um objetivo claro: colocar o seu currículo na pilha daqueles que têm chances de serem selecionados.

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O que deve ser enfatizado

O fundador do Grupo Catho, Thomas Case, diz que o currículo deve enfocar apenas o que realmente pode contar pontos na hora da seleção. Se o candidato ao emprego foi promovido muitas vezes, esse detalhe deve ser enfatizado. As promoções que obteve são as melhores referências.

Mas há muita coisa que não deve ser incluída no currículo, por reduzir as possibilidades de conseguir a nova colocação, alerta Case. Veja algumas delas:

Número do RG, título de eleitor e carteira profissional não possuem relevância na decisão da contratação e depreciam o currículo;

Razões por ter deixado o emprego anterior. Elas devem ser explicadas apenas na entrevista;

Salário anterior e pretensão salarial. Esse item também só deve ser discutido durante a entrevista;

Raça, religião e filiação partidária;

Referências. Elas só devem ser apresentadas se o empregador demonstrar algum interesse na contratação.

Case explica ainda que há três modelos básicos para a elaboração de um currículo. Veja quais são:

Cronológico: Geralmente apresenta os empregadores pela ordem cronológica inversa. É o que mais facilita a avaliação da carreira e da continuidade de emprego.

Funcional: Enfoca funções e não empregadores. É mais fácil para quem quer dar menos ênfase ao que não está relacionado com o cargo pretendido. São promovidas somente as experiências relevantes relacionadas com o cargo pretendido. A relação cronológica dos empregadores só é apresentada no final. Tem a desvantagem de ser muito inflexível. Só pode ser usado por quem quer candidatar-se a um determinado cargo.

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Cronológico-funcional: É o modelo mais forte e comunicativo. Associa a ordem cronológica inversa dos empregadores com os cargos, realçando a experiência funcional.

Distribuição

Segundo Case, atualmente a maioria dos empregos são conseguidos por intermédio de amigos e conhecidos. Por isso, quem está desempregado ou pretende mudar de emprego deve comunicar este fato às pessoas que podem ajudá-lo. Essas pessoas podem levar o currículo do interessado às empresas nas quais estão trabalhando.

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O que um empregador quer ver em seu currículo

Thomas A. Case

A maioria dos profissionais, ao começar a elaborar seu currículo, senta-se e põe-se a escrever. É a pior coisa que se pode fazer. Dessa maneira corre-se grande risco de esquecer muitos detalhes importantes. Quando não faz um inventário dos seus ativos, o profissional corre grande risco de esquecer muitos detalhes importantes e assim desperdiçar oportunidades de direcionar sua carreira.

De acordo com pesquisas que realizamos constantemente, os empregadores examinam primeiro a experiência técnica anterior, em segundo a experiência anterior em supervisão de pessoas e, em terceiro, a obtenção de resultados.

Com isso em mente, você deve fazer um inventário sistemático de todas as experiências de sua carreira relacionadas com o que o empregador em questão procura.

Ao anotar suas realizações, é importante também descobrir o que você realmente deseja fazer. Um excelente exercício é relacionar os 10 trabalhos, executados durante a sua carreira, que mais lhe trouxeram satisfação. Relacionando os trabalhos e realizações de que se orgulha em sua carreira, você provavelmente se surpreenderá e descobrirá novos objetivos para si mesmo.

Para vender um produto, devemos conhecê-lo e entendê-lo muito bem. Para comercializar um equipamento de alto custo ou um grande contrato, o vendedor deve estudar intensamente o produto antes de apresentá-lo. Portanto, para que você "se venda" a um potencial empregador, deve estudar a si mesmo em profundidade.

Se você não fizer um inventário meticuloso de todas as suas habilidades e realizações, sua campanha por um emprego será prejudicada. Literalmente, não saberá o suficiente sobre o "produto" que quer "vender". Não será capaz de organizar toda sua experiência claramente e apresentá-la de maneira lógica em seu currículo.

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Orientações para elaborar um bom currículo

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O currículo bem elaborado atrai, o currículo mal elaborado afasta.

Antigamente, destacar-se pelo currículo era usar papel rosa, agrupar o texto em blocos densos, com informações que começavam com o seu curso de primeiro grau, incluíam seus hobbies prediletos, estado da saúde e situação matrimonial. Esqueça este tipo de currículo!

Hoje, o mercado de trabalho mudou e, conseqüentemente, mudaram os currículos. O currículo moderno e eficaz deve evidenciar as suas habilidades, conquistas e experiências. Seja você candidato a uma vaga de presidente, vendedor ou escriturário, o que o seu currículo deve fazer é distingüi-lo de uma multidão de outros candidatos.

UM BOM CURRÍCULO...

...apresenta um resumo breve, objetivo e conciso, mas ao mesmo tempo claro, abrangente e verdadeiro sobre a sua experiência passada.

...deve ser cuidadosamente atualizado, corretamente escrito e adequadamente formatado.

...faz você se destacar em uma pilha de outros currículos

...chama a atenção de quem o lê e aumenta as suas chances de conseguir uma entrevista de emprego.

FUNÇÕES DO CURRÍCULO

Para quem está empregado, o currículo é importante porque pode ser solicitado para apoiar um processo de promoção, um convite para um novo emprego ou para mostrar a clientes e fornecedores. Não se deve nunca descuidar dele, caso queira causar uma impressão positiva.

Para quem está procurando emprego, o currículo tem duas funções básicas:

é uma ferramenta para gerar entrevistas de emprego serve de guia para os seus entrevistadores

Facilite, portanto, o trabalho do seu entrevistador. Procure responder, no currículo, as principais perguntas para as quais os entrevistadores querem resposta:

O que você quer?Para responder a esta pergunta, o seu currículo deve comunicar clara e especificamente quais são os seus objetivos. Coloque um sumário sucinto e objetivo das suas expectativas. Por exemplo, cargo executivo na área industrial, para um estilo mais aberto ou diretor/gerente da área industrial, para um estilo mais específico.

Por que você quer? Mostre a razão pela qual você considera merecer o cargo que está pretendendo. Seu currículo deve enfocar o seu objetivo. Os itens da sua carreira que não ajudam a justificar o foco central do seu currículo devem ser menos enfatizados ou excluídos. Por exemplo, se o seu objetivo é ser diretor industrial e você trabalhou durante um ano para um empregador em vendas de produtos de consumo, esta experiência deve ter menção mínima ou não constar do sumário.

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Em que você contribuiu? Destaque as atividades que você desempenhou em cada emprego e que resultaram em retorno para a empresa, seja institucional, financeiro ou de relacionamento de mercado. O seu potencial empregador quer saber, logo à primeira vista, se você é um empregado que traz resultados para a empresa ou se apenas cumpre o seu papel.

Você se organiza e planeja para alcançar objetivos?Um currículo bem organizado, com seqüência lógica, mostra a sua habilidade de organizar atividades e tarefas, e o fato de saber o que quer, mostra ambição e vontade de atingir esses objetivos.

Você se comunica?Usar frases curtas é uma maneira eficiente de demonstrar objetividade e concisão. Utilize o mínimo de palavras, evite advérbios subjetivos, como extremamente, fortemente e outros. Inicie frases com verbos de ação, como construí, reduzi, aumentei, implantei, administrei, supervisionei, melhorei, expandi, organizei, treinei, encontrei, descobri, planejei etc. Mas ao mesmo tempo em que os verbos podem vir na primeira pessoa, evite utilizar o pronome pessoal eu, pois ele passa a impressão ofensiva de falta de modéstia, quando usado em demasia.

Ao redigir seu currículo, tente criar uma impressão moderna, positiva, agressiva e direcionada a realizações. Os entrevistadores analisam pilhas de currículos e precisam entender rapidamente, na primeira leitura, exatamente o que você pretende, por que e com que objetivos. Faça um esforço de preparação para economizar o esforço de leitura deles. Isto pode resultar em ponto positivo para você.

Você é positivo?Seu currículo deve falar bem de você - claro que com base na verdade. Por isso, enfatize os pontos positivos. Ninguém quer ler informações tristes, de pessoas que choramingam. Mostre aspectos marcantes, primeiramente, e deixe os aspectos menos relevantes para o final. Atinja o entrevistador com um impacto positivo logo no início da leitura.

SEQÜÊNCIA DE APRESENTAÇÃO:

Basicamente, o que um empregador quer saber de você quando olha o seu currículo são apenas três coisas:

Onde você já esteve? O que você já fez por outra empresa? O que pode fazer pela empresa dele?

Siga a seguinte seqüência de apresentação em seu currículo:

Objetivo conciso Breve sumário de qualificações Formação acadêmica Resultados obtidos em decorrência das habilidades técnicas Experiências profissionais mais relevantes (com datas e lugares) Pontos fortes Conhecimentos de informática

Primeira página

Procure manter o seu currículo, preferivelmente, em duas páginas. Um currículo de três

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páginas é, hoje, considerado extenso.

Logo no início da primeira página, devem ser colocados o seu nome, endereço e números de telefone. Não há outro lugar melhor para colocar essas informações – como os currículos são lidos rapidamente, você pode perder uma oportunidade se o leitor pensar que você esqueceu de colocá-las.

Em seguida, aparece o seu objetivo profissional, que não deve ultrapassar uma linha. Por exemplo: 'Gerente de marketing/produto.'

Mencione depois, um resumo das suas qualificações profissionais. Por exemplo: 'Economista com MBA em Marketing e dez anos de experiência em planejamento de mídia e estudo de mercado.'

Ao colocar datas de títulos no currículo, certifique-se de incluir as datas de início e final de cada curso do lado esquerdo da página.

Na relação de empregos anteriores, certifique-se de incluir as datas de entrada e saída de cada emprego do lado direito da página, depois do nome de cada empresa.

Não separe os cargos com textos, pois eles perdem o impacto do número e da seqüência.

Segunda página

Faça uma relação de resultados obtidos em cada empresa, sempre de maneira sucinta. Evite analisar, apenas informe.

Se foi promovido muitas vezes, enfatize isto, brevemente, no seu currículo.

As promoções que obteve são as melhores referências, pois denotam que você foi um colaborador excelente, transmitem que o seu chefe o julga um bom profissional e que executou bem suas funções, por isso foi promovido.

Para registro de um emprego em que você obteve promoções, certifique-se de incluir a data de entrada e a data de saída ao lado esquerdo da página e as datas para cada título ao lado direito da página. Se você não seguir esta norma e colocar todas as datas do lado esquerdo, uma rápida leitura poderá deixar a impressão de que você troca de emprego com freqüência.

Se você for um executivo jovem, que ainda não acumulou muitos empregos, tente montar o seu currículo em uma só página.

O QUE NÃO COLOCAR NO CURRÍCULO

CoresO currículo deve ser agradável à leitura, portanto, deve ser discreto. No máximo, utilize um papel de tom pastel em vez do branco, mas nada além disso.Para destacar as informações você pode usar os recursos de negrito e itálico do seu processador de texto. Evite variar os tipos de fonte, para não transformar o seu currículo em uma salada gráfica e irritar quem o lê.

Listas extensas de qualquer naturezaSe a sua relação de empregos é muito grande, selecione apenas os últimos cinco empregos da sua carreira. E, mencione no sumário de qualificações que você possui mais experiência do que o mencionado.

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Em alguns casos é importante colocar todas as informações, como nos currículos de cientistas ou médicos, para cujos empregadores os artigos publicados são importantes, assim como o detalhamento dos congressos de que o profissional participou. Mas, de maneira geral, essas informações só entediam a quem vai ler o currículo.

RG, CPF e outros números de documentosNão perca tempo inserindo número do CPF ou do Título de eleitor, ou mesmo da Carteira profissional. Se alguém tiver interesse nestes documentos, será o Departamento Pessoal no momento em que for efetivar a sua contratação. Nunca antes.

Razões de ter deixado o emprego anteriorEsta informação é importante para o seu empregador, mas deve ser discutida no momento certo. E, o momento certo é a entrevista pessoal. Portanto, não inclua esta informação no currículo.

ReferênciasA lista de referências deve ser impressa à parte, e você deve tê-la à mão na entrevista, para apresentá-la ao entrevistador no momento em que for solicitado.

(Para mais informações, leia o artigo "Sem boas referências, você pode perder a chance de um ótimo emprego", na edição número 1 do jornal virtual Carreira & Sucesso, que pode pode acessado pelo endereço www.catho.com.br/jcs)

Raça, religião e filiação partidáriaNinguém tem interesse em conhecer estas suas convicções, seja para benefício ou para prejuízo da sua carreira. Ao contrário, colocando essas informações pode parecer que você é quem tem preconceito com relação a esses itens.

Salário anterior e pretensão salarialAlguns especialistas recomendam colocar salário e pretensão no currículo, mas a postura do Grupo Catho é de não recomendar esta prática. Salário, conforme a nossa experiência, é um tema para ser discutido pessoalmente durante a entrevista e não para estar no currículo. Quando o anúncio pede, pode-se escrever alguma coisa geral como Aceito discutir propostas ou Estou aberto para discutir a questão salarial.

FORMATO E APARÊNCIA DO CURRÍCULO

Antes de escrever o modelo final, revise-o com duas ou três pessoas para checar as informações e verificar a correção ortográfica. Erros de português, gramaticais, ortográficos ou de concordância, comprometem seriamente o currículo de qualquer pessoa. Não tenha vergonha de pedir ajuda.

Graficamente, o seu currículo precisa ser atraente. Lembre-se de que ele é a propaganda do produto mais importante do mundo: você!

Deixe margens largas e muitos espaços em branco. Não faça a composição gráfica com letras muito pequenas porque há pessoas que enxergam mal – respeite-as.

Procure não variar a fonte das letras, mas aproveite os recursos de sublinhar, colocar em negrito ou em itálico, e até o uso de letras maiúsculas para enfatizar.

A impressão deve ser feita em laser porque o resultado gráfico é bonito e muito limpo. Para a reprodução de quantidades maiores, sugerimos o processo de offset em um papel de boa

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qualidade, branco ou em tom pastel claro.

Inclua fotografia, se considerar que a sua aparência pessoal é boa e pode ajudar a causar uma boa impressão. Prefira o tamanho 4,5 x 6 cm. Deve ser uma ótima fotografia, nítida, em que você esteja sorridente e inspire confiança. A fotografia diferenciará imediatamente o seu currículo dos outros e o tornará mais pessoal. Pode colar uma fotografia em cada currículo ou, se usar serviços de uma gráfica, pode deixar que a fotografia faça parte do fotolito, imprimindo-a na primeira página do seu currículo.

Há muito mais o que dizer a respeito de currículo, porque a sua elaboração exige, ao mesmo tempo, simplicidade na apresentação e complexidade na avaliação dos elementos que o compõem.

Seção: CURRÍCULO voltar à página anterior  

Os 7 erros que você não deve cometer em seu currículo

Rosemary C. Bethancourt *

Alguns detalhes são importantes em um currículo e cometer erros, colocar informações demais ou de menos, pode colocar todo o seu trabalho em risco. Selecionamos 7 erros bastante

freqüentes em currículos e explicamos cada um deles para que você não faça parte da vasta lista de profissionais que são preteridos por falta de um currículo bem elaborado.

CURRICULUM VITAE

Alberto SantosRua Paraná, 40 - Vila Madalena.

05527-040 - São Paulo - SPTel.: (0xx11)3177-0700

E-mail: [email protected] 32 anos, brasileiro, solteiro

Qualificação Profissional

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" Carreira desenvolvida na área de Marketing, com atuação em

empresas nacionais e multinacionais de segmentos diversos." Implementação de estratégias mercadológicas, política de vendas, promoção e distribuição de produtos." Responsável pelo lançamento de novos produtos e criação de planos de marketing." Planejamento e utilização de mídias alternativas: mala direta, mídia impressa, TV, rádio, entre outros." Conhecimentos em informática: Word, Excel, PowerPoint, Outlook Express, entre outros.

Histórico Profissional

04/1997 a 05/1999 - Siemens Ltda..Auxiliar de Marketing

06/1999 a 08/2000 - Sulamérica Seguros S/ATécnico em Propaganda

08/2000 a 10/2003- Tecmast Ltda.Supervisor de Produto

Formação Acadêmica

Graduação em Publicidade e Propaganda - Faculdade Belas Artes - 1996

Filiação

Marcos dos SantosClara Barbosa Santos

RG 23154047 / CPF 25404067000

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Pretensão Salarial: R$ 2.000,00

Referências profissionais

Carlos Alberto Costa - (11) 3177-0700Fernando Almeida - (11) 3177-0800

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Orientar os filhos na escolha da profissão

TAMBÉM FAZ PARTE DO PAPEL DO PROFISSIONAL ORIENTAR OS FILHOS NA ESCOLHA DA PROFISSÃO

Lucila Camargo *

Um recado para os pais: a hora de escolher a profissão é um momento crítico na vida dos jovens, e não cabe a vocês escolher, mas sim acolher.

Desde o nascimento dos filhos, é natural que sonhemos com o que há de melhor na vida para eles. Queremos que sejam felizes, que cresçam fortes e saudáveis, que tenham uma excelente educação e uma boa formação escolar e que reúnam, ao longo da infância e da adolescência, condições e ferramentas para enfrentar um mundo tão competitivo, tornando-se adultos competentes e felizes, obtendo sucesso pessoal, afetivo e financeiro, é claro!

Queremos filhos que sejam reconhecidos, admirados e bem sucedidos. Mais do que isso, que não passem por dificuldades, necessidades ou crises. Enfim, que não sofram. Para tanto, não medimos esforços e decidimos tudo o que nós, pais, achamos que é o melhor. Escolhemos a escola, o clube, as aulas de música, de artes marciais, o curso de inglês, o de computação...

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Isso significa que criamos nossos filhos fazendo escolhas por eles de acordo com o nosso modo de enxergar o mundo. E a cada decisão que tomamos, estamos lá, atrás, financiando e colaborando para o seu crescimento, e a frente, incentivando o seu desenvolvimento, dando as broncas necessárias e enchendo-os de aplausos a cada nova vitória. Mas quando chega a hora da escolha da profissão, a situação é diferente...

Mas será que ele vai saber escolher?

Sim, nesse momento a coisa muda. Eles não são mais crianças, e terão que arcar com a responsabilidade do exercício da profissão. Então, somos simplesmente obrigados a "engolir" que chegou a hora deles fazerem sozinhos a sua primeira grande escolha. E, por mais que confiemos em quem criamos, nada será suficientemente bom se a escolha deles não coincidir com o nosso sonho de felicidade.

Por exemplo, como um pai que é dentista vai entender que o filho prefira ser professor de Educação Física numa escola pública de uma cidade do interior a herdar sua clínica dentária, já com clientela formada? Ou como pais empresários de grande sucesso podem acreditar que a filha será feliz e bem sucedida ao escolher o curso de formação de oficial da Polícia Militar? E um exemplo bem mais comum: o que um jovem deve dizer aos pais que se arrepiam só de imaginar que o filho quer ser músico? Muitos deles são bastante talentosos e viveriam felizes dando aulas de instrumentos musicais, integrando uma orquestra, gravando com bandas, trabalhando em estúdios ou compondo sons incidentais e jingles de rádio e televisão.

Estas escolhas podem parecer aos pais tão insensatas quanto assustadoras, mas quando se sente a confiança de ter criado os filhos para enfrentarem o mundo como cidadãos inteiros e independentes, com certeza, passado o primeiro momento de espanto, virá o de aceitação e acolhimento.

MAS COMO AJUDAR SEU FILHO?

Este momento é, sem dúvida, hora de cruzar os braços e não escolher pelos filhos. Momento de abrir os braços para acolher a escolha que fizerem e acolhê-los nos tropeços ou percalços do novo caminho.

A primeira coisa que devemos ter em mente é que a escolha profissional é só um dos muitos fatores que fazem parte da vida do adolescente na passagem para a vida adulta. Se esse fosse todo o problema, seria mais fácil, a questão é que ao mesmo tempo, ele está vivendo seu contínuo processo de desenvolvimento.

É preciso considerar que, do ponto de vista físico, ele está crescendo, despertando para a sexualidade. Psiquicamente, há novos processos mentais que agilizam o seu raciocínio. Emocionalmente, aparecem as primeiras paixões, a necessidade de aceitação na turma, os medos e as fantasias. Do ponto de vista de comportamento, os pais, sem se dar conta, mudam o jeito de agir e cobram do filho adequação a novas regras familiares, muitas vezes sem abrir mão das mais antigas, necessárias durante a infância. Aquela coisa de dizer "Você não tem mais idade para ficar provocando e brigando com seus irmãos menores" ao mesmo tempo em que diz "Você ainda não tem idade para acampar sozinho com um bando de amigos". Contradições absolutamente normais para os adultos, mas que confundem a cabeça do jovem e podem causar distanciamento e conflito entre pais e filhos.

O diálogo é sempre a melhor forma de enfrentar a situação. Tenho algumas sugestões para melhorar a comuicação entre pais e filhos e fazer com que este diálogo realmente aconteça:

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Comece por perceber que ninguém explica - nem para os pais e nem para os filhos - que a mudança de comportamento se dá nos dois lados desta relação. Aceite que este momento é mesmo contraditório, e que é preciso aprender a lidar com sentimentos e situações conflitantes.

Se o jovem está sendo treinado para virar adulto, os pais precisam treinar para realmente se afastarem da individualidade do filho e renunciar a considerá-lo criança. É preciso permitir que ele ande com os próprios pés e dê os seus próprios passos, e é necessário garantir que mesmo que ele faça uma escolha diferente daquela tantas vezes sonhada ou não passe no vestibular, isso não vai mudar em nada o amor que os pais sentem por ele.

A recíproca também é verdadeira. Quero dizer, como pais, devemos saber que o fato de incentivar nossos filhos a fazerem suas próprias escolhas - o que muitas vezes significa contrariar nossos desejos não vai diminuir o afeto que a nós dedicam.

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Quanto e como o consultor deve cobrar por seus serviços

Thomas A. Case *

O VALOR MÍNIMO A SER COBRADO

Toda prestação de serviços pressupõe alguma empatia entre fornecedor e cliente. Deve existir uma certa identificação entre quem compra e quem vende. No caso de produtos, quase sempre essa empatia se dá com a marca, a imagem do fabricante. Na prestação se serviços de consultoria, principalmente, isso se transfere às pessoas envolvidas.

Só que chega o momento de cobrar. Há um valor envolvido nisso. Um estará pagando e o outro recebendo. É quando a empatia se quebra. É aquele momento em que ambas as partes se lembram de que existe uma relação comercial subjacente a todo processo de aconselhamento e ajuda.

Trata-se de algo bastante similar à atividade do psicanalista, do terapeuta em geral. Não é à toa que quase todos eles mandam o cliente dar o cheque para a secretária. Se possível, evitam ao máximo conversar sobre dinheiro com o cliente, pois sabem que toda a empatia (os sentimento de que os problemas do outro também são os seus) pode se perder.

A analogia se aplica também ao fato de que tanto o trabalho do consultor quanto o do terapeuta não são totalmente mensuráveis. A não ser em casos em que se trabalhe com metas de aumento de vendas ou cortes de custos para o cliente. Nesses casos quase sempre o sucesso do trabalho do consultor depende de que o cliente siga fielmente seus conselhos. E, mesmo assim, na maioria das vezes ele dificilmente dará ao consultor o crédito pelos sucessos alcançados.

Deixe que o cliente fique com o crédito moral, desde que ele lhe garanta o crédito material. É preciso comprar pelos serviços. Mas, como? De que forma? Há um consenso sobre isso no mercado de consultorias?

Para responder a essas questões, é necessário dividir o problema em três etapas:

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Como chegar ao preço justo pelos serviços de consultoria; Como cobrar por esses serviços; Em que momento efetuar a cobrança.

PREÇO E CUSTO

Como executivo você tinha ou tem uma remuneração que era ou é a combinação possível entre dois elementos: suas necessidades de sobrevivência e conforto mais o seu grau de competitividade no mercado. Não será diferente com uma consultoria.

Dessa forma, a primeira coisa a ser feita é estabelecer o cálculo de quanto você precisa receber todos os meses para manter o padrão construído ao longo de sua carreira executiva.

Vamos adotar um exemplo hipotético para que você possa acompanhar o raciocínio:

Salário anual como executivo = US$ 70 mil (incluindo fringe banefits) Quantidade de dias efetivamente trabalhados no ano = 220 Valor diário dos serviços = US$ 318

Neste exemplo, percebemos que o executivo, para manter seu padrão de vida atual, precisa receber US$ 318 por dia de trabalho. Só que, como consultor, surgem outras despesas e investimentos antes inexistentes, tais como aluguel de telefone, Internet, cópias xerox, impressora, mala-direta, combustível etc. Você terá de calcular seus custos para compor o preço final.

Custos Fixos

São aqueles que você terá como consultor, independentemente de estar vendendo muito ou pouco, trabalhando bastante ou com tempo ocioso. Exemplos:

Pró-labore (o salário fixo do dono do negócio) Aluguéis (linhas telefônicas, Internet, escritório) Contador INSS Diversos (telefone, luz, água etc)

Procure manter esses custos fixos os mais baixos possível. Recomendamos que você adote o home-office, pois assim estará livrando-se do aluguel de um escritório, facilitando seu trabalho, já que poderá contar com a ajuda eventual de pessoas da família, e cortando um grande custo fixo.

Custos Variáveis

São despesas que ocorrem no faturamento, ou seja, eles serão maiores ou menores, conforme você estiver vendendo muito ou pouco. Exemplos:

ISS Imposto de Renda Comissão de vendedores etc.

Não há porque se preocupar com estes custos. Aliás, quanto maiores forem estes custos, maior será o seu faturamento. Só que eles devem estar calculados no seu preço. Não deixe que fiquem invisíveis, pois podem afetar a sua lucratividade quando não incorporados no valor dos serviços.

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Dentro do exemplo que estamos empregando, vamos supor que o custo fixo da consultoria seja US$ 500/mês. Dividimos então este valor por 20 dias, que seria a média efetivamente trabalhada no período, e chegamos a US$ 25/dia.

Para o custo variável, vamos estimar a taxa de 36%, concluindo o valor/dia da consultoria assim:

Dia efetivamente trabalhado US$ 318,00Custos fixos/dia US$ 25,00Custos variáveis (+36%) US$ 123,48Total US$ 466,48

Essa é a quantia que, teoricamente, você precisaria para manter seu nível de ganhos enquanto consultor.

Trata-se, evidentemente, de uma base. Um padrão que pode orientar o seu raciocínio. Além disso, essa matemática o forçará a repensar toda sua vida econômica. E há questões que só você pode responder:

Até que ponto o padrão de vida atual me satisfaz? Qual a taxa de conforto que deseja acrescentar nesse valor/dia? Sendo assim, quanto posso reduzir desse valor/dia?

LUCRATIVIDADE

Por incrível que possa parecer, muitos ex-executivos que partem para o seu negócio próprio se esquecem de calcular a lucratividade do empreendimento. Trata-se de um acréscimo ao preço final dos seus serviços para que lhe sobre dinheiro para manter uma reserva técnica e investimentos.

O lucro é a taxa de risco do negócio. Sem o lucro não há investimentos na sociedade nem empregos para as outras pessoas.

Assim, embora vacilante no começo e temeroso pelo futuro, você tem de acreditar que a sua consultoria vai crescer, vai prosperar. Para isso, haverá a necessidade de constantes investimentos em reciclagem, marketing, pesquisa e desenvolvimento.

Vamos decidir, no exemplo escolhido, de forma arbitrária que a taxa de lucro gire em torno dos 10%.

Valor/dia do consultor US$ 466,48Taxa de lucro US$ 46,65  US$ 513,13

Partindo desse princípio, se você conseguir trabalhar todos os 220 dias úteis do ano, seu ganho será de R$ 112.888,60. Ou seja, 61,3% a mais do que em seus tempos de assalariado. E perceberá que aí já estão incluídos os benefícios antes recebidos, tais como seguro-saúde, seguro de vida etc.

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Essa quantia será tomada como base para se estabelecer o valor/hora e o valor mensal da consultoria para cada tipo de contrato, embora a base deva sempre ser repensada em confrontação com o preço de mercado.

PREÇO DE MERCADO

Alguns consultores mais experientes brincam quando falam do preço de mercado em consultoria. Dizem que é algo como Deus: você sabe que existe, quer ser seu seguidor, mas nunca viu - nem vai vê-lo.

Como o preço, no caso dos consultores, é algo estabelecido para um produto intelectual, entra em sua composição muito mais o abstrato que o concreto. Cada um cobra quanto acha que vale.

Já foram feitos vários esforços no sentido de se pesquisar o preço médio de consultorias por segmento, mas ninguém até hoje chegou a números representativos. Isso porque quase todo consultor evita falar em valores. Vivem aconselhando seus clientes a se precaverem de concorrência, a esconderem informações estratégicas. Por que então iriam ser transparentes diante de uma sondagem sobre seu próprio negócio?

De qualquer forma, você pode tentar fazer um levantamento do preço máximo que é cobrado pelas maiores consultorias na sua área de atuação. Dessa maneira você tem como padrão mínimo o seu valor/dia e como paradigma máximo os valores do mercado. Você pode estabalecer o seu preço com base na média desses dois valores.

RECOMENDAÇÕES

Dias/horas parados

Tome cuidado para calcular o valor do seu serviço levando em conta os dias e horas de ociosidade. Quer dizer, há o pressuposto de que, principalmente no início da nova carreira, você não conseguirá vender 220 dias úteis de sua consultoria. Portanto, para manter o padrão de vida, você tem de cobrar o suficiente para atingir o valor necessário para sua subsistência e conforto.

Pesquise os concorrentes

Mesmo diante da dificuldade de se descobrir o preço de mercado, é conveniente que, antes de estabelecer os valores dos seus serviços, você tente levantar quais os praticados pela concorrência no seu nicho de atuação.

Use o bom senso

Não importa quem você é, mas sim o que você pode. Comece por baixo. Descubra qual é a medida ponderada entre o razoável e o legítimo de se cobrar. A maior parte da literatura sobre consultoria foi e é escrita por profissionais já estabelecidos no ramo e consolidados na carreira de consultor. Por isso, quase todos eles propõe uma certa inflexibilidade quanto ao preço.Consultoria não é feita, dizem alguns deles. Mas, no começo da atividade, todos eles, temos certeza, foram bastante flexíveis. Precisamos competir usando a arma do bom senso.

Mantenha uma reserva financeira

Essa reserva técnica de que falamos anteriormente vai permitir que você caminhe pela trilha

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da racionalidade. Se ficar à mercê do Caixa, acabará se vendendo muito barato ou caro demais. Tudo devido o desespero de fazer dinheiro rapidamente. É preciso vender com tranqüilidade.

Não fique muito tempo por baixo

Pesquisa realizada pelo Grupo Catho em 1999 com 1.325 executivos mostrou que a remuneração mediana necessária para a manutenção do padrão de vida era equivalente a R$ 4,5 mil/mês. Entretanto, nessa mesma sondagem, detectou-se que os ganhos medianos mensais dos profissionais que exerciam consultoria em tempo integral ou parcial era equivalente a R$ 2,9 mil. Isso quer dizer que muitos estavam subcontratados ou aceitando "bicos", em vez de grandes trabalhos profissionais.Como já dissemos antes, temos de possuir objetivos grandiosos. Use de estratégia como iniciante, mas não aceite amadorismo, nem na execução dos serviços nem na cobrança daquilo que acha que merece.

Depende

Como há muita dificuldade em se estipular um preço com base no mercado de consultorias, muitos trabalham sob o lema do "depende". O valor a ser cobrado depende do tipo de cliente, do projeto, das futuras indicações, do caixa etc. Se possível, evite cair nessa armadilha que pode levar ao excesso de flexibilidade, afetando a imagem da consultoria.

Fatores a se considerar antes do contrato

Por último, queremos recomendar alguns tópicos muito importantes a serem levados em consideração no momento de se decidir por aceitar ou não um determinado serviço e seu valor:

Lucratividade: Alguns projetos podem implicar custos muito baixos, fazendo com que o preço cobrado seja praticamente o líquido. Vale a pena negociar nestes casos. Estabilidade: Determinados clientes podem oferecer contratos de longa duração, dependendo do tipo de consultoria que se presta. Também neste caso, pelo caráter de faturamento constante (cliente em carteira) faz sentido negociar o preço. Aprendizado: Há trabalhos que representam grande desafio na carreira de um consultor, mas que despendem muito dinheiro. No entanto, a possibilidade de se agregar conhecimentos novos e importantes vale a flexibilização dos preços. Indicações: Contratos que representam grande potencialidade de marketing, como com clientes que podem indicar seus serviços a associações de classe, entidades representativas de um segmento, federações etc, também valem que se repense o preço a ser cobrado. Muitas vezes é importante realizar seu serviço com efetividade e qualidade para ser indicado e não "queimado".

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Aprenda a escrever corretamente

* Cristina Balerini

Prezados leitores,

temos enfatizado, a cada coluna, a importância do uso correto da língua portuguesa para a

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conquista de uma vaga no mercado de trabalho. Muitos leitores entram em contato com nossa equipe apresentando dúvidas das mais variadas. Erros de ortografia são muito comuns, e o problema é que são esses erros, considerados por muitos como imperceptíveis, que podem minar suas chances de sucesso.

Além da objetividade e clareza ao redigir um documento, a grafia correta das palavras pesa muito. Imagine-se no lugar do selecionador, abrindo um currículo com erros grosseiros. Imagine você se apresentando como um “proficional” (escrito assim, com “c” mesmo) de resultados! Que tipo de resultado o selecionador poderá esperar de você? Aliás, duvido que ele tenha algum interesse em continuar a leitura de seu currículo, portanto, vamos a alguns esclarecimentos:

Entre eu e você. Depois de uma preposição, usa-se mim ou ti. Exemplo: Entre mim e você / Entre nós e ti.

Entrar dentro e sair fora. Não há nada pior do que ouvir isso! Ninguém entra dentro, mas entra em. As expressões entrar dentro e sair fora são pura redundância, tanto quanto ganhar grátis, viúva do falecido, elo de ligação, entre tantas outras.

Verbo assistir.

- No sentido de presenciar ou comparecer, exige a preposição a. Exemplo: Assistir ao jogo / Assistir à sessão.

- Quando o sentido for o de “prestar assistência a, ajudar”, pede-se objeto direto. Exemplo: O médico assistiu o doente.

Preferi a. Quem prefere, prefere uma coisa a outra, e não uma coisa do que outra.

Dicas de grafia

infelismente: (o correto é infelizmente)

interece: (o correto é interesse)

certesa: (o correto é certeza)

paralizar: (o correto é paralisar)

beneficiente: (o correto é beneficente)

xuxu: (o correto é chuchu)

frustado: (o correto é frustrado)

Seção: GUIA DE ENTREVISTA voltar à página anterior  

A estratégia dos pontos fortes

A redação de um excelente currículo, uma negociação salarial de sucesso ou, ainda, a

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discussão de uma proposta de trabalho, tem que estar baseada na ênfase aos pontos fortes do profissional. Esses pontos devem ser valorizados no início do currículo, no começo da negociação salarial, na abertura da discussão de uma nova proposta.

Como é fundamental ser verdadeiro, nem sempre é possível deixar de incluir informações que revelam pontos fracos. Nesses casos, algumas alternativas são possíveis:

Se puder, não mencione os seus pontos fracos; Se não puder deixar de mencionar, deixe-os por último; Se for possível, mascare os pontos fracos.

SE PUDER, NÃO MENCIONE OS SEUS PONTOS FRACOS

Enfatize seus pontos fortes quando for solicitado a comentar detalhes da sua carreira.

Numa conversa profissional que envolve contratação ou promoção, quase sempre surgem perguntas que pretendem fazer com que você especifique detalhes de sua vida profissional. Vamos a alguns exemplos e como você pode responder adequadamente:

Fale-me de você. Ninguém faz uma pergunta dessas para saber se você aprecia jogar tênis de mesa ou tocar violão nas horas vagas. O que se quer é saber quem é você dentro da empresa. Para responder coerentemente, você precisa analisar a sua vida profissional em três quesitos:

- habilidade de desenvolver relacionamentos duradouros;- habilidade de influenciar outras pessoas;- habilidade de negociação.

Um segundo pedido, comum em entrevistas, é o seguinte:

Quais foram os resultados mais importantes que obteve em sua carreira? Novamente ninguém quer saber dos prêmios que ganhou na escola primária ou do trabalho voluntário que você pratica nos fins de semana. Quer saber que resultados profissionais efetivos você obteve. Também aqui é necessário que você conheça a respeito de três quesitos da sua vida profissional:

- Como você lida com a crise;- A sua capacidade de resolver problemas;- Como você avalia desempenhos de indivíduos

O terceiro pedido que ocorre numa entrevista:

Por que você acha que eu deveria contratá-lo/promovê-lo? Aqui é importante lembrar o velho adágio que diz "se você não sabe para onde está indo, qualquer estrada o levará para lá". É preciso que você planeje a sua carreira, saiba o que quer e o que tem que fazer para consegui-lo.

Os seus objetivos devem ser realistas, claros e mensuráveis. E você deve dizer ao seu entrevistador como os seus planos de carreira podem auxiliar a empresa que está contratando ou promovendo você.

SE NÃO PUDER DEIXAR DE MENCIONAR, DEIXE-OS POR ÚLTIMO

Privilegie seus pontos fortes, sempre e em qualquer instância. Alguns momentos, no entanto,

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exigem que você mencione as falhas, pontos fracos ou situações melindrosas. A alternativa é deixar por último, porque quando o seu entrevistador chegar a essa questão já estará bem impressionado pelos seus pontos fortes e tenderá a minimizar seus pontos fracos.

Vamos ver alguns exemplos práticos:

Ponto fraco: Você freqüentou universidade mas não concluiu o curso.

Solução: Não minta. Dê pouca ênfase a este ponto em seu currículo, por exemplo, se você deixar a seção de formação acadêmica para o final e se disser "Estudei Administração de Empresas na Universidade Mackenzie". Você não disse que se graduou – não mentiu. Na entrevista, você pode seguir a mesma tática, respondendo que estudou, e não que se graduou. Mencione que o curso foi interrompido antes da conclusão apenas se for perguntado.

Ponto fraco: Você é solteiro(a), separado(a) ou divorciado(a) mas vive com uma pessoa.

Solução: Embora a modernidade tenha chegado às relações pessoais, ainda há muitos executivos, em empresas conservadoras, que se impressionam negativamente pelo fato de um seu colaborador graduado viver em situação familiar que eles consideram irregular. Até pouco tempo, era incomum as pessoas se separarem e se casarem novamente e, por causa disso, uma boa parte das empresas, tradicionais, vêem com certo preconceito a situação de pessoas que não são casadas. Se precisar, responda que vive maritalmente. É uma forma de responder sem muita precisão e sem dar muita margem a que se discuta a situação.

Ponto fraco: Você tem mais de 45 anos.

Solução: Não coloque sua idade no currículo e não inclua idade na conversa. Mas é claro que a sua aparência denunciará a sua idade, e o questionamento possivelmente virá. Mas até esse momento você já deverá ter tido tempo de mostrar que é um bom candidato, não importa que idade tenha, ou até mesmo que só conseguiu o nível de qualidade e competência em que está por causa da experiência que a vivência te você.

SE FOR POSSÍVEL, MASCARE OS PONTOS FRACOS

Ponto fraco: Você é agressivo.

Solução: Corrija esse comportamento. As empresas detestam agressividade. Embora muitas vezes adotem o discurso de que seria bom ter uma pessoa assim para "botar fogo" na equipe, na prática odeiam os agressivos. Simplesmente porque agressividade implica em mudanças e não é possível manter a rotina "agressivamente". Você pode falar do quanto é agressivo, mas jamais aja com agressividade. Ao contrário, seja agradável e moderado com todas as pessoas em qualquer situação.

Ponto fraco: Você detesta burocracia.

Solução: Não perca energia tentando alterar a burocracia da empresa. Cada empresa é composta de pequenos grupos, e cada um tem as regras que estabeleceu para seguir, e que servem para protegê-lo. Pessoas que chegam e desafiam essas regras costumeiramente passam a ser mal vistas e correm riscos, pois a burocracia é a justificativa para a existência dessas regras. Aprenda a conviver com essa burocracia sem ficar dependente dela. E, acima de tudo, não mencione na sua entrevista a sua indisposição para com o conjunto de regras adotado pela empresa.

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Seção: GUIA DE ENTREVISTA voltar à página anterior  

A formalidade no trabalho

Thomas A. Case *

Hoje em dia, muitas empresas têm uma aparência de informalidade. Falando com as pessoas, é comum ouvi-las dizer que a formalidade acabou – e parece que a elegância que a acompanha está em decadência.

O executivo é muito tentado a se vestir informalmente, ou porque ele acha isso "bacana" ou porque não acredita que a maneira como ele se veste pode influenciar seu sucesso profissional.

Analisamos o tema "formalidade" na nossa pesquisa "A Contratação, a Demissão e a Carreira dos Executivos Brasileiros", feita com 41.395 executivos em 2003. Chegamos a uma conclusão que deve servir como conselho a todos os profissionais: a formalidade nunca está errada, inclusive ela é recomendada!

Seguramente, você, leitor, está espantado com essa afirmação, mas veja algumas constatações da mesma pesquisa:

Em 60,86% das contratações, os entrevistadores reconhecem que a falta do uso de gravata por parte dos candidatos do sexo masculino influencia negativamente na decisão de contratação. Isso siginifica que a maioria dos entrevistadores prefere e aconselha que os executivos usem gravata e se vistam formalmente.

73,75% dos respondentes falaram que dão preferência ao terno azul-marinho e preto para estes mesmos candidatos.

Nada de cabelo longo - 96,14% dos entrevistadores preferem homens de cabelo curto e 86,35% falaram que gostam de candidatos sem barba e bigode.

Para as mulheres, a formalidade não é diferente. Na hora da entrevista, 61,61% dos entrevistadores esperam que a candidata esteja vestida com tailleur.

Quanto ao comprimento dos cabelos das mulheres candidatas, a estatística mostra quase um empate entre os longos e os curtos.

Nas empresas, em geral, 42,62% das pessoas se vestem formalmente. As mulheres são mais formais do que os homens - 53,04% delas se vestem formalmente contra 37,98% dos homens.

A pesquisa também mostra, de maneira interessante, que à medida que o homem envelhece, ele vem a ser mais informal, o que nós acreditamos ser um erro. A formalidade não deve ser abandonada.

Sem dúvida, existe a tendência da informalidade. 83,79% dos respondentes da pesquisa trabalham em empresas que permitem que executivos e profissionais se vistam informalmente num determinado dia da semana (casual day).

Caro leitor, sei que você deve estar falando "Viu? Faz bem se vestir informalmente!". Eu digo para você que não, que isso faz mal para a sua carreira profissional. Se você está orientado para o sucesso, vista-se com elegância e formalidade, assim irá receber muito mais respeito,

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tanto em relação a sua pessoa como ao cargo que exerce ou pretende exercer.

Muitas pessoas me perguntam como devem se vestir para as entrevistas de emprego, e a resposta é sempre a mesma: vista-se formalmente.

Pense na seguinte situação: uma entrevista marcada na beira da praia, na cidade do Rio de Janeiro, ao meio-dia de um sábado.

Como você deve se vestir? Você acha ridículo ir de terno e gravata?

Se sim, pense em como vai se sentir o entrevistador, se ele estiver de terno e gravata e você não?

Mas, atenção! O inverso é perfeitamente aceitável, ou seja, o entrevistador vestido informalmente e você, candidato, formalmente, mostrando respeito com a situação e o entendimento do seu papel.

A formalidade te ajuda a marcar presença com mais impacto. Quem quer seguir em frente na carreira e ter sucesso deve pensar muito a respeito da sutil maneira de marcar presença.

* Fundador do Grupo Catho

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Atitudes que prejudicam o marketing pessoal

MARKETING PESSOAL TAMBÉM É COMPORTAMENTO

Não é somente a aparência que pode prejudicar o profissional. Normalmente, as pessoas que praticam marketing pessoal precisam tomar certos cuidados com a maneira como se comportam, uma vez que um simples gesto pode eliminá-lo de um processo seletivo. Inês Perna, consultora sênior da Divisão Case Consultores do Grupo Catho, afirma que várias atitudes podem prejudicar um profissional em situações formais como reuniões, entrevistas de emprego, almoços e jantares de negócios. Algumas delas são:

Não estar adequadamente vestido com a formalidade que a situação exige Mascar chiclete Falar sem olhar nos olhos do interlocutor Ser arrogante e autoritário Falar demais Demonstrar ansiedade Consumir bebidas alcoólicas durante jantares e almoços Fumar Chegar atrasado Falar mal de ex-empregadores Assediar o entrevistador Invadir o espaço do entrevistador com palavras ou gestos Colocar objetos na mesa do entrevistador Não desligar o telefone celular ou atendê-lo durante a entrevista

A acne, a obesidade e o mau hálito são fatores que também influenciam no marketing pessoal, mas de acordo com Inês Perna, alguns deles podem ser controlados. "Pessoas com

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mau hálito devem chupar uma bala minutos antes destas ocasiões para disfarçar o problema. Evitar comer alho e cebola antes de encontros formais também é uma boa dica", ensina a consultora. (leia também o artigo Dificuldade de comunicação ou desculpa para o mau hálito, edição 28 do jornal Carreira & Sucesso).

O implantodontista doutor Sérgio Marques de Lima Neves vai mais longe e explica que o mau hálito pode ser causado por patologias bucais como cárie, doenças periodontais (na gengiva) ou até por problemas estomacais e fumo. Para resolver o mau hálito proveniente destes problemas, além de fazer um tratamento periódico, o dentista recomenda uma boa higienização. "Aconselho fazer uma boa escovação nos tecidos duros e moles da cavidade bucal, como dentes, língua, gengiva, bochecha e céu da boca".

O consultor Rogério Martins afirma que estes fatores podem prejudicar, e muito, o marketing pessoal, principalmente se a pessoa não dobrar a atenção com outros cuidados. Inês Perna complementa, alertando que a acne não interfere em alguns processos seletivos, mas já a obesidade pode ser fator eliminatório para vagas que exigem uma ótima apresentação. "Dificilmente uma empresa contrata um obeso, pois ainda existe um preconceito de que as pessoas obesas são mais lentas, transpiram muito e as roupas não ficam elegantes."

ATITUDES QUE NÃO PREJUDICAM O MARKETING PESSOAL

Os profissionais interessados em colocar em prática o seu marketing pessoal devem levar em consideração alguns aspectos. É importante mostrar por meio da aparência física o seguinte conjunto: profissional + marketing pessoal = competência e experiência.

O consultor Rogério Martins afirma que uma boa estratégia de marketing pessoal vai desde pequenos atos cotidianos como uma saudação, um aperto de mão e, um sorriso, até a elaboração de um plano de marketing pessoal com metas definidas, conforme os objetivos de cada pessoa.

"A abordagem que utilizo é humanista, ou seja, de nada adianta vestir uma boa roupa se não tiver etiqueta a mesa" afirma. Levando em consideração que esta prática é uma mescla de diversas ações, "tanto pessoais, quanto técnicas", complementa.

Outro fator de grande importância é o conhecimento. O profissional precisa estar sempre muito bem informado, principalmente sobre o assunto em pauta, no caso de uma reunião ou encontro de negócios. "Quanto mais informação souber sobre a reunião e os participantes, melhor", orienta. Durante estes encontros, é essencial estar sempre atento a todos os acontecimentos e agir com naturalidade.

O marketing pessoal é a apresentação da sua imagem, o seu cartão de visitas, por isso a importância da aparência. "Conhecer a opinião de especialistas em moda e se atualizar com freqüência sobre o assunto é uma das estratégias de sucesso de quem pratica o marketing pessoal", ressalta Martins. E dá uma dica importante neste quesito: "Se tiver dúvida, use roupas clássicas, pois a possibilidade de erro é menor".

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Desvendando os mistérios das entrevistas de seleção

De todos os instrumentos utilizados em um processo seletivo, a entrevista de seleção é

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considerada a ferramenta mais importante. Por meio dela é possível identificar se o candidato possui ou não o perfil adequado ao cargo e à cultura da organização. A consultora do Grupo Catho, Patrícia De Mônica Santos, explica que o profissional que procura uma nova colocação precisa ser um ótimo vendedor durante as entrevistas; tem de transmitir uma impressão favorável e convencer o entrevistador a contratá-lo. Portanto, é imprescindível treinar-se para as entrevistas. “Caso não pratique, o candidato cometerá todos os tipos de erros. E mesmo sendo extremamente qualificado para o cargo, poderá não conseguir a vaga devido ao mau desempenho”.

Pra começar, prepare-se para responder a perguntas básicas e que, certamente, estão presentes em todos os processos seletivos. São elas:

- Fale-me sobre seu maior sucesso profissional.- Mencione seu traço de personalidade mais marcante.- Quais os principais resultados obtidos em sua carreira?- Quais são suas ambições para o futuro?- O que você sabe sobre nossa empresa?- Por que você está procurando um cargo em nossa empresa?- Que qualificações você tem que o fariam ser bem-sucedido aqui?- O que é mais importante para você no trabalho?

A lista não acaba mais. E o que vale, então, é você se preparar para responder a tantas perguntas. Ok, até aqui, sem novidades, não é mesmo? Afinal, todos nós já passamos e ainda passaremos por isso mais algumas vezes em nossas vidas. Agora, a novidade é que muitas empresas estão adotando algumas variações na hora de realizar a entrevista, e isso significa que você tem que estar preparado para falar com o selecionador à noite, pelo celular, quando você já está em casa, descansando.

É isso mesmo. Existem hoje vários tipos de entrevistas: as já conhecidas, feitas pessoal e individualmente; as realizadas em grupo; pelo telefone; em inglês; pela Internet, numa espécie de Chat, e até em restaurantes, durante um almoço. E se você está pensando que tudo isso é feito para te pegar de surpresa, acertou! A idéia é essa mesma!

"Geralmente os selecionadores propõem entrevistas fora do ambiente convencional na tentativa de elucidar critérios mais subjetivos da personalidade, os quais seriam mais difíceis de serem percebidos em uma situação mais formal. Acredita-se que um ambiente informal, como em um almoço, facilita a elucidação de traços de personalidade que poderiam ser mais facilmente encobertos diante de uma situação de maior pressão e formalidade", avalia Patrícia.

Abaixo citamos algumas delas e como você deve agir nessas ocasiões. As dicas são dadas pelas consultoras Patrícia De Mônica e Cristiane Rodrigues Garcia:

Entrevista pessoalA entrevista pessoal é uma das técnicas mais eficazes e baratas que pode ser utilizada em um processo seletivo. No entanto, ela não é tão simples como parece ser, ou seja, não basta simplesmente seguir um roteiro de perguntas pré-determinadas. É preciso ir além e ter a sensibilidade para captar o que não foi dito, é preciso sentir o que o candidato provoca no selecionador, é claro que não é possível avaliá-lo única e exclusivamente pela impressão causada, mas sem dúvida a primeira impressão é fundamental em todo o contexto da avaliação. É através do contato com o candidato que o selecionador poderá “sentir” se ele está ou não compatível com o perfil exigido para o cargo em questão. Este contato é insubstituível. “Acredito que este tipo de avaliação tem muito mais vantagens do que desvantagens. É preferível ‘perder’ um tempo maior na condução da entrevista pessoal a

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fazer contratações totalmente equivocadas que trarão prejuízos a médio e longo prazo”, avalia Patrícia. E Cristiane complementa: “A entrevista pessoal é sempre bem-vinda. Inclusive, é comum que em um determinado processo seletivo sejam exigidas mais de uma entrevista, sendo uma por telefone e outra pessoalmente, ou uma com a área de RH e outra com o futuro gestor do cargo, para se conhecer o candidato mais detalhadamente”. Vale dizer que a entrevista pessoal pode ser feita em grupo ou individualmente. “A entrevista em grupo é viável para se analisar a habilidade nas relações interpessoais, ou seja, como o candidato lida com a situação de ter que falar diante de outras pessoas, além de permitir uma avaliação de um maior número de pessoas em menor tempo”, diz Cristiane.

Entrevista em inglêsDurante uma entrevista em inglês os selecionadores terão como foco principal o nível de conhecimento que o candidato possui no idioma. E ela pode ser feita tanto pessoalmente quanto por telefone. “É fundamental conhecer o vocabulário da área que você atua e estar preparado para responder questões relativas à sua vida pessoal e profissional. Recomenda-se que o candidato não pronuncie palavras grosseiras e vícios de linguagem. É importante demonstrar que possui conhecimento do vocabulário e fazer avaliações regularmente, o que colabora para melhorar seu nível de domínio do idioma”, explica Patrícia.

Entrevista por telefoneNormalmente a entrevista por telefone é utilizada quando é necessário fazer uma triagem rápida. Desta forma, é possível eliminar candidatos pouco qualificados, avaliar seu real interesse pela vaga e corroborar os dados citados no currículo para posteriormente agendarem um novo contato.

“A entrevista por telefone é interessante porque aborda o candidato de surpresa, podendo avaliar como ele lida em situações inesperadas, além de ser mais prática e rápida. Por outro lado, traz a desvantagem de não permitir o contato olho a olho com a pessoa entrevistada, podendo eventualmente provocar interpretações errôneas, em contrapartida com as vantagens da entrevista pessoal”, avalia Cristiane.

Veja algumas dicas de como proceder para se sair bem:

Esteja preparado para ser abordado a qualquer momento por um potencial empregador. Estude com antecedência perguntas e as respostas que podem ser formuladas e as tenha próximo a você.

Procure falar com um tom de voz firme, porém sem arrogância. Tome extremo cuidado com erros de português, uma vez que causará uma má impressão.

Certifique-se de que não há excesso de barulho e de que não será interrompido.

Esteja preparado para encontrar saídas; os selecionadores gostam muito de propor problemas.

Encare este processo com seriedade, uma vez que ele é eliminatório e poderá excluí-lo da seleção.

Evite falar sobre salário: procure deixar este assunto para um outro momento mais propício, no qual terá condições de causar um maior impacto por meio de seu perfil profissional.

Demonstre entusiasmo e que realmente quer a oportunidade e por fim tente marcar uma entrevista pessoal.

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“Ao realizar uma entrevista por telefone, o selecionador deseja verificar como o entrevistado lida com o inesperado, já que não se trata de uma situação convencional, qual o grau de facilidade ou dificuldade em pensar e agir em tempo curto diante de situações diferentes. No entanto, o mais importante é que ele argumente para agendar uma entrevista pessoal”, complementa Cristiane.

Entrevista pela InternetA entrevista pela Internet diminui o tempo e o custo, uma vez que poderá ser realizada de qualquer lugar e a qualquer momento. Geralmente, o candidato recebe um link no qual agendará um horário previamente combinado com o selecionador. A entrevista transcorrerá como em uma sala de chat, mas particular, onde o entrevistador pergunta e o candidato responde. “Além disso, diferentemente da entrevista por telefone, é possível ter a transcrição das respostas dadas pelo candidato se a mesma for realizada via chat e assim ter um registro para possíveis avaliações. Outra possibilidade é a realização da entrevista por videoconferência”, explica Patrícia.

Entrevista técnica ou por competênciaO foco das questões estará relacionado aos conhecimentos e experiências técnicas que o candidato possui. Neste caso, avalia Patrícia, não é possível prever a profundidade e a forma de abordagem de tal entrevista, nem o tipo de entrevistador. Será avaliada a capacidade do candidato relacionar informações e coordená-las de modo produtivo. “Recomendamos que o candidato esteja atualizado sobre as novidades em sua área para que consiga se sair bem nesta etapa do processo seletivo”, diz a consultora.

E ao longo do processo...Agora que você já sabe como se comportar e o que esperar durante um processo seletivo, esteja preparado também para ser entrevistado por várias pessoas, desde o pessoal do RH até o presidente da empresa. Patrícia explica que, ao longo de todo o processo o candidato precisará demonstrar que realmente está qualificado para ocupar o cargo em questão.

“O grau de dificuldade da entrevista tende a aumentar conforme o contato com o profissional responsável pela avaliação, ou seja, um gerente poderá exigir conhecimentos e competências pertinentes à sua área de interesse, enquanto um diretor poderá avaliar se você possui uma visão estratégica e se é capaz de olhar para a empresa como um todo, não se restringindo às atribuições que o cargo lhe compete”.

Mas Cristiane alerta para o fato de que o comportamento não deve ser diferenciado, independentemente do entrevistador ser o gerente ou o presidente da empresa. “Quero dizer com isso que o candidato deve dar o melhor de si em qualquer entrevista, seja quem for o entrevistador. É importante pensar que o selecionador é que tem o poder de contratação naquele momento. Por isso é fundamental saber ‘se vender’ para qualquer pessoa que esteja aplicando alguma etapa do processo seletivo”.

E sempre vale lembrar...Algumas atitudes são básicas, como chegar por volta de cinco ou dez minutos antes do horário agendado e estar formalmente trajado. Terno de cor escura para os homens e tailler para as mulheres que, em especial, devem tomar o cuidado com acessórios chamativos. Estar sorridente e confiante também são fatores importantes.

“É fundamental que o candidato vá para a entrevista tendo argumentos do porquê deve ser contratado por uma determinada empresa, ou seja, em quê as suas qualificações podem contribuir para o desenvolvimento da organização e não o contrário. Esse é o ponto central do selecionador. Nesse momento, realizar uma pesquisa sobre a empresa é um recurso indispensável, pois ajudará o profissional a demonstrar seu interesse pela empresa e

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conseqüentemente em fazer parte da mesma”, explica Cristiane.

Deve-se saber que uma entrevista de emprego não é um interrogatório, por isso o candidato também precisa contribuir para que se estabeleça um clima de conversa, fazendo perguntas pertinentes, daí a importância de se conhecer bem a empresa e a vaga em questão.

“Durante a entrevista propriamente dita o candidato deve evitar demorar a responder ou desviar o olhar do entrevistador sempre ou por muito tempo. É preciso manter uma postura correta, que demonstre atenção e interesse. Também não é adequado falar ou discordar exageradamente, ignorar perguntas, interromper o entrevistador, contar piada, ser emotivo, implorar pelo emprego e ficar agitado”, diz Cristiane.

De um modo geral, complementa Patrícia, é importante apresentar-se formalmente, com uma postura agradável e aparentar calma e relaxamento. As regras da boa educação são bem-vindas e devem ser praticadas com todas as pessoas que encontrar na empresa. “Procure não chegar atrasado, dormir bem na noite anterior e praticar exercícios físicos regularmente para manter um ar saudável. Neste momento ganhará o bom-senso, ou seja, mantenha o equilíbrio e nada de exageros em nenhum aspecto, seja na forma de vestir ou de falar. Lembre-se de manter um bom contato pessoal e de demonstrar seu real interesse pela vaga, uma vez que a entrevista é o momento mais importante e decisivo no processo de contratação”, conclui Patrícia.

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Dicas de Entrevista

Quando for a uma entrevista, chegue sempre no horário marcado e saiba com quem vai falar;

Esteja com a aparência impecável. Use roupas clássicas e discretas e exclua o jeans ou tênis. Prefira roupas sóbrias e de cores neutras. As mãos e cabelos também devem estar bem cuidados;

O seu primeiro contato com o entrevistador deve ser calmo e tranqüilo. Lembre-se que um rosto alegre ou um sorriso transmitindo entusiasmo é um recurso que sempre facilita a aproximação;

Memorize o nome do entrevistador ou dos entrevistadores. Procure chamá-los pelo nome, sempre que possível;

Demonstre confiança, fale com clareza, naturalidade e espontaneidade. Tenha cuidado com a gramática, uso de gírias e vícios de linguagem;

Além de estar apto a esclarecer pontos de sua vida profissional, você deve mostrar que está bem informado sobre assuntos relacionados com a empresa que quer trabalhar. Dessa forma, demonstra interesse pelo cargo e pode diferenciar-se dos demais candidatos;

Esteja preparado para responder sobre sua pretensão salarial, disponibilidade para viagens e limitações de horário;

Não se limite a enumerar cargos que ocupou em empregos anteriores. Procure mostrar

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também as contribuições que você deu à empresa e o que aprendeu;

Em hipótese alguma fale mal de antigos chefes ou empresas;

Evite assuntos polêmicos como política, futebol e religião;

Sempre que possível evite respostas como “sim” ou “não” e desenvolva um raciocínio completo tornando as respostas mais interessantes;

Não fume durante a entrevista;

Desligue o pager ou celular.

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Entenda as entrelinhas das entrevistas

Para a discussão desse assunto, resolvemos inventar um personagem, dentro de uma situação fictícia.

Imagine que você foi chamado, afinal, para uma entrevista. A empresa é boa, de médio porte, familiar – dirigida pelo proprietário – , tem vocação para a modernidade, tem fama de respeitar os funcionários e pagar de acordo com o mercado.

Depois de tanto tempo procurando emprego, ou depois de tanto tempo sonhando com um novo emprego para poder reciclar a sua vida profissional, você bem merece um dia de descanso sem pensar em nada. Certo?

Errado! Aproveite o dia para se preparar para a entrevista. Você pode estar tranqüilo em relação aos seus conhecimentos técnicos, mas uma entrevista mede muito mais do que isso. Em resumo, o empregador quer saber, numa entrevista, o que você já fez que deu certo em outras empresas, e o que poderá fazer pela empresa dele.

COM QUEM VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FALANDO?

Se você conhece a empresa que está chamando você para conversar, ótimo. Se não conhece, vá pesquisar. Consiga folhetos, pesquise em bibliotecas, pergunte a amigos e conhecidos, se possível fale com uma pessoa que trabalhe lá dentro. Conheça produtos e serviços da empresa. Fale, se puder, com fornecedores e clientes.

Tem algum amigo que conhece o dono da empresa? Converse com ele, pergunte algumas coisas para identificar traços de personalidade da pessoa que vai entrevistar você. Se o seu potencial empregador é uma pessoa famosa, pesquise em jornais e revistas. Tudo o que você souber sobre ele e sobre a maneira como ele pensa pode ser útil.

Agora sim, você está pronto. Mas não antes de deitar-se cedo e dormir umas boas oito horas de sono.

NO DIA “D”

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No dia marcado você chega à empresa 15 minutos antes da hora, com uma roupa formal (terno escuro, camisa clara e gravata discreta, para homens, ou tailleur de cor pastel neutra, de preferência, para mulheres).

Seja cordial, sem ser efusivo. Seja polido, sem ser submisso. Seja atencioso, sem ser intrometido. Seja objetivo, sem ser lacônico.

O QUE ELE DIZ E O QUE ELE QUER DIZER

Depois das amenidades rotineiras que manda o protocolo, o entrevistador mostra que gostou do seu currículo e pergunta:

- Por que você está interessado em juntar-se à nossa equipe?

1. Se você não está preparado, certamente responderá que ouviu muitas coisas boas a respeito da empresa dele e da política de recursos humanos, e que gostaria de integrar-se a uma empresa que está em fase de crescimento. No entanto, você vai perceber que não era bem isso o que ele queria ouvir, e tentará consertar com alguma coisa assim: “Achei que minha experiência poderia ser uma valiosa contribuição para os esforços de crescimento da empresa.”

Mas aí já será tarde. Melhor você se despedir, ir embora e pensar em outra empresa. Porque nesta, você não terá mais chance.

2. Mas se você está preparado, vai saber que, na verdade, ele está abrindo uma questão para a qual não deseja necessariamente uma resposta objetiva. Está dando a você a oportunidade de tomar a iniciativa e guiar a discussão sobre fatos específicos de suas qualificações.

Sua melhor resposta deveria ser, por exemplo, esta: “Posso fazer uma pergunta antes de responder?”. Decerto que ele permitirá, e então você poderá pedir para que ele identifique o maior problema que a empresa enfrenta no momento. Ou então: “Antes de entrar em detalhes mais específicos, o senhor poderia me dizer...?” Sempre que fizer uma pergunta, use-a para descobrir mais sobre a empresa e suas necessidades, de modo a reforçar os seus argumentos para convencê-lo de que você é a pessoa que ele precisa contratar.

A partir da resposta dele, você poderá rapidamente construir um discurso objetivo e breve sobre o que considera importante realizar, no nível da sua competência, para melhorar a eficiência da empresa.

Não pense que você será tomado por arrogante. Ao contrário, o entrevistador ficará contente de ver que você se interessou pelos negócios dele e pelas soluções possíveis a serem implantadas na empresa. Não é este o funcionário que todo empregador gostaria de ter?

Se você já enfrentou situação operacional semelhante à que ele relatou, aproveite para mencionar isto, e conte o que foi feito para corrigir o problema.

Procure não se colocar na pele do salvador da empresa, mas de uma pessoa com conhecimentos suficientes para ajudar no desenvolvimento de programas.

O JOGO DOS SETE

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As evidências positivas e negativas que um entrevistador manifesta não se mostram necessariamente só nas perguntas que fizer. As atitudes, o gestual, a expressão fisionômica, podem expressar coisas não ditas que podem ser usadas em seu proveito. Nessas entrelinhas, existem sete indicativos que podem ser positivos para a sua entrevista, por isso você deve estar bastante atento às atitudes do seu entrevistador.

1. Ao encontrá-lo para a entrevista, ele foi caloroso e demonstrou conhecer bem o seu currículo.2. As perguntas que fez a seu respeito são profundas e anotou muitas das respostas.3. Ele discutiu intensamente os problemas da empresa com você.4. Ele apresentou você a outros executivos da empresa ou sugeriu que você falasse com outras pessoas.5. Ele começou a elogiar a empresa e a vendê-la para você.6. Uma outra posição também foi discutida.7. A entrevista ultrapassou uma hora.

A PROPOSTA

Raramente, uma oferta é feita na primeira entrevista. Portanto, depois que terminar a entrevista, de preferência ainda no mesmo dia, escreva uma carta para o entrevistador. O intuito é marcar a sua presença e fazê-lo lembrar-se de você de uma forma positiva. Outro objetivo é induzi-lo a te chamar novamente para outra entrevista.

Esta carta, chamada de “follow-up”, vai distinguir a sua candidatura das de outras pessoas que ele estiver entrevistando. Não se esqueça de que provavelmente ele é um homem muito ocupado e que pode se esquecer de você. A carta vai fazê-lo se lembrar, especialmente porque não será apenas uma carta de agradecimento, mas que venda as suas qualificações para a posição. Se não receber uma resposta em dez dias, dê um telefonema. Se ele chamar você para uma outra conversa, o emprego será praticamente seu.

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Frases que condenam o candidato numa entrevista de emprego

CUIDADO COM A SUBJETIVIDADE NA HORA DA ENTREVISTA

É assim que a vice-presidente do Grupo Catho, Adriana Gomes, define a entrevista: um momento permeado de subjetividade em meio a muitas atitudes.

"Acho que podemos enumerar vários cuidados que o candidato deve ter no momento da entrevista para que a sua contratação não fique comprometida."

Segundo ela, se o profissional chegou até a entrevista é porque já teve o seu currículo analisado e está dentro do perfil definido pela empresa. O que o entrevistador pretende, no momento da entrevista, é medir a postura, as atitudes e os conhecimentos técnicos deste candidato.

"E isso tudo é medido ao mesmo tempo, durante a entrevista, sem esquecer que todas as atitudes do candidato continuam sendo observadas depois da contratação."

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Adriana enumera as principais falhas cometidas em entrevistas de emprego, inclusive em forma de frases:

InverdadesMentiras e inverdades têm pernas curtas, principalmente quando as situações inventadas não condizem com o profissional que está sendo avaliado. E isso independe da posição que ele irá ocupar ou da empresa em que irá trabalhar. Não minta no currículo e na entrevista, fale somente sobre experiências e competências reais.

Não estar dentro do perfil da vagaMuitos candidatos enviam os seus currículos para todos os lados na esperança de conseguir um emprego. É bom saber que esta atitude quase nunca funciona. Ela pode ser reconhecida com a frase: "Ah, eu não tenho o perfil exato que a empresa procura, mas vou mandar o meu currículo mesmo assim..."

Tenha certeza de que a vaga se encaixa ao seu perfil profissional antes de enviar o seu currículo ou marcar uma entrevista. No mínimo, navegue pelo site da empresa para saber como ela trabalha e como é a área em que atua. O essencial é ter conhecimento desta área e dominar tecnicamente a função que irá desempenhar. Uma dica é procurar nos anúncios de emprego da Internet e de jornais algumas palavras-chave do que a empresa espera do futuro colaborador.

InsegurançaA insegurança do entrevistado é transmitida pela lentidão para responder perguntas, pela falta de precisão em suas respostas e pela falta de exemplos para dar, quando solicitados. É importante não confundir nervosismo (que é normal durante um processo seletivo) com insegurança. O entrevistador sabe separar as duas coisas e vai insistir no que quer saber até o entrevistado responder.

Saiba sobre o seu currículoDurante a entrevista, o mínimo que o entrevistador espera do entrevistado é que ele saiba os detalhes da sua vida profissional, como, por exemplo, o motivo de alguns períodos em branco no histórico profissional. O currículo é a história da vida do candidato. Ele não está ali para responder perguntas sobre a vida de D. Pedro I ou questões de história do Brasil, mas sim detalhes sobre um personagem que conhece muito bem: ele mesmo. Para isso, o que vale é estar preparado para responder qualquer dúvida que o futuro empregador venha a ter.

Falta de iniciativaOutro pensamento comum e que nem sempre dá certo: "Acho que consigo fazer isso, mas só vou ter certeza depois do dia-a-dia no trabalho."

DesmotivaçãoO entrevistador percebe a motivação do candidato pelo interesse que ele tem pela empresa e pela vaga que vai ocupar. Por isso, pergunte sempre.

Um fraco aperto de mãoNão há atitude que demonstre mais medo e falta de decisão do que um aperto de mão fraco. Aperte a mão do seu entrevistador com firmeza e segurança.

Interesse na remuneraçãoCabe à empresa, por meio do profissional que está comandando o processo de seleção, falar sobre remuneração. Se o profissional foi procurado por uma empresa que sabe o valor da sua última remuneração, existe 99% de chance de o salário oferecido ser maior do que o que ele recebia.

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GíriasA entrevista de emprego deve ser encarada como uma conversa formal. Não use gírias.

Erros de portuguêsCometer erros de português, seja na hora de escrever ou de falar, tira pontos de qualquer profissional que concorre à uma vaga, independente da empresa.

Imprecisão"Ah, eu acho que..." e "Ah, não sei...", são frases típicas de quem não tem muita certeza das coisas. É melhor evitá-las durante a entrevista de emprego. Uma resposta vaga só é perdoável se a pergunta for muito abrangente.

Adriana Gomes lembra que, muitas vezes, estas atitudes são tão subjetivas que o candidato nem percebe que está errando. "Cuidado quando falar que acha determinada tarefa muito complicada ou que não sabe se dá para trabalhar dentro do prazo estipulado pela empresa. Todo cuidado é válido."

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Pontos fracos: O que fazer?

É comum, em uma entrevista de emprego, você ter que falar sobre os seus pontos fracos. Primeiro, vem a pergunta sobre os seus pontos fortes. Aí, o candidato fala com desembaraço sobre suas características positivas, mas quando tem que fazer uma auto-análise, procurando as fragilidades, ele se perde. Não sabe o que fazer.

Concordo que é um dilema. Ninguém gosta de falar sobre as suas fraquezas. Mostrar os nossos pontos positivos é sempre bom, massageia o nosso ego. Agora, falar sobre o que poderíamos melhorar é sempre difícil. Ainda mais em uma entrevista. Não é o lugar para falar sobre nossos defeitos e fragilidades.

Algumas pessoas infringem a regra número um da entrevista. Mentem! Não se deve fazer isso nunca. Sempre tenho dito isso em meus artigos. Omitir é socialmente aceitável, mas mentiras certamente te desclassificação da seleção.

Alguns, quando vem a pergunta sobre as fraquezas, falam sobre características que são, na verdade, positivas. Dizer que trabalha demais, é exigente, ou então que é impaciente para atingir resultados são características positivas. Essas respostas são muito manjadas e não soam bem. Não é o que o entrevistador quer escutar. São respostas decoradas, e não sinceras. Outras se saem piores ainda. Colocam à luz do dia tudo o que deveria ser escondido. Nunca faça isso. Como disse, omitir é socialmente aceitável.

Mas afinal, como você deve reagir quando vier essa pergunta? Lembre-se: você deve manter um ambiente positivo. Então, falar sobre os seus pontos fracos não vai ajudar em nada. Não vejo nenhum motivo para que a pessoa fale mal dela mesma. Tenho pensado muito sobre essa questão, e cheguei à conclusão que a melhor saída é: não fale sobre as suas fraquezas. Diga que o seu ponto fraco é não saber falar sobre os seus pontos negativos. Você não estará mentindo, apenas omitindo características negativas, que não precisam ser expostas em uma entrevista.

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PORTFOLIO: Apresentando-se com criatividade

Thomas A. Case *

Muitos executivos chegam às entrevistas exibindo apenas a si próprios, sem qualquer recurso visual. Tentam convencer o entrevistador de que são qualificados, mas sem nenhum exemplo concreto de seus trabalhos. Falta-lhes objetividade e credibilidade.

Esses executivos seriam despedidos se trabalhassem como vendedores para empresas de serviços de alto custo ou bens de capital. Qualquer vendedor que se preze traz consigo seu catálogo de vendas com exemplos, fotografias e referências do produto.

Sem esse recurso visual fica difícil a um vendedor receber pedidos. Muitos executivos conseguem uma colocação sem seu "catálogo de vendas", mas seriam mais convincentes se o tivessem, e receberiam mais "pedidos" de seus serviços.

Estes conselhos representam para você, no mínimo, mais oito horas de trabalho; porém, o retorno deste investimento será grande. Prepare um portfolio ou um dossiê sobre suas atividades. Isso o ajudará muito nas entrevistas.

Pode imaginar o quanto você seria mais convincente se tivesse um livro de vendas/ dossiê sobre si mesmo? Se pudesse mostrar exemplos e fotografias do seu trabalho quando o entrevistador perguntasse que posição você ocupava na organização? Não seria interessante se mostrasse um organograma bem traçado? Imagine que ele te pergunte: - Diga-me o que fez em seu último emprego? E você responda: - Deixe-me mostrar alguns catálogos de produtos que vendi, uma cópia do orçamento de meu departamento, exemplos de propaganda de mala direta que eu criei.

Sei, pela experiência que tenho na contratação de pessoas para minha própria empresa, a Catho, e com base em centenas de recrutamentos para empresas-cliente, que o que o entrevistador quer saber é se o candidato está ou esteve envolvido com o seu trabalho.

Se o candidato é um realizador, deve fazer este trabalho extra de preparar um dossiê sobre si mesmo. Dará outro exemplo da sua seriedade, envolvimento e vontade de executar um trabalho extra.

O trabalho extra de preparar um dossiê ajuda a diferenciá-lo de outros candidatos. Poucos são os profissionais que se propõem a elaborar esse catálogo e, consequentemente, aqueles que o fazem causam uma impressão melhor e conseguem obter uma vantagem competitiva.

Os executivos tendem a ter problemas com o nervosismo no momento da entrevista. Não é de estranhar que fiquem nervosos, considerando que estão tentando efetuar a importante venda de seus próprios serviços, sem qualquer recurso visual ou auxílio. O dossiê ajuda a eliminar o nervosismo na entrevista. Você terá detalhes em que se apoiar e, obviamente, ganhará autoconfiança.

"Uma imagem vale mais do que mil palavras". É um velho ditado muito eficaz numa entrevista. Se puder mostrar uma fotografia em resposta a uma pergunta, você se comunica melhor e mais rápido, de forma mais objetiva, além de aumentar sua credibilidade.

Espero que agora tenha se decidido a investir as oito horas de trabalho no dossiê, tendo em

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vista o retorno do investimento. Então vamos prosseguir com a elaboração desse levantamento.

Um dossiê deve mostrar capricho e começar pela seleção da melhor encadernação ou capa que puder encontrar. Uma elegante capa de couro estará revelando um cuidado extra. Deve colocar os documentos em envelopes plásticos. Utilize os mais encorpados que encontrar. Evite aqueles muito baratos e finos.

Agora, o material a ser incluído: Sugiro que organize seu dossiê da mesma forma que o currículo cronológico. Faça separações para cada empregador e reúna o material a ser apresentado.

Incluir fotografias, gráficos de desempenho, organogramas, cartas de recomendação, anúncios, catálogos de produtos, etc.

Trabalhe firme no seu dossiê. Ele o ajudará a encontrar uma colocação melhor.

Seção: GUIA DE ENTREVISTA

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Preparação para contatos e entrevistas

Thomas A. Case *

O executivo que procura emprego é igual a um vendedor de alto nível, precisa fazer muitos contatos e entrevistas em diversas empresas. Quem já conversou com um vendedor da IBM provavelmente notou que, em geral, para atuar ofertando seus grandes computadores, os vendedores possuem uma excelente aparência. Eles comunicam credibilidade e entusiasmo devido à maneira como se vestem e se apresentam. Durante muito tempo, a IBM foi famosa por exigir de todo seu pessoal o uso do terno azul-marinho ou cinza com camisas brancas. Barbas e cabelos compridos eram proibidos.

De forma semelhante ao vendedor da IBM, o executivo terá muitos contatos e entrevistas e a maioria delas durará uma hora ou menos. Seus entrevistadores darão opiniões a seu respeito, em torno da sua aparência. Lembre-se sempre do velho ditado: "Raramente temos uma segunda chance para criar uma primeira boa impressão". Antes de sair à rua buscando seus contatos e agendando suas entrevistas nas empresas, prepare-se para criar uma boa impressão. Invista em si mesmo!

Todas as vezes em que precisei procurar emprego, me equipei pessoalmente. Cortava o cabelo, vestia uma belo terno (azul-marinho ou cinza), colocava um bom relógio e levava minha melhor caneta. O objetivo era me apresentar com uma aparência que comunicasse seriedade, de um profissional bem-sucedido, trabalhador, enérgico, simpático e jovem em atitudes.

Para mulheres, a maneira mais formal também é a mais adequada. Os executivos mostram

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em pesquisas uma preferência por candidatas de tailleur (blaser, blusa e saia, sendo o blaser e a saia do mesmo tecido). É desejável que a maquiagem seja leve.

Executivos(as) deverão ter uma elegante pasta para levar o seu dossiê, currículos e outros materiais a serem utilizados durante a entrevista. Vale a pena investir e comprar esse acessório, mas que seja elegante e de boa qualidade. Para homens, preta é a cor mais recomendada. Sua pasta merece muita atenção. Lembre-se de que durante uma entrevista ou contato é bem possível que você tenha de abri-la. Se ela estiver bonita e organizada será mais um ponto comunicando que você é uma pessoa cuidadosa e bem sucedida.

O investimento em seu novo visual fará com que se sinta bem mais confiante para enfrentar os contatos e as entrevistas. O dinheiro não será gasto por vaidade e sim para vender sua imagem. Você estará investindo em sua carreira!

Infelizmente, muitos de nós possuímos de 10 a 20 quilos a mais do que deveríamos. A gordura indica uma pessoa com menos energia e que está envelhecendo. É exatamente essa impressão que não podemos transmitir nas entrevistas e contatos.

Nessas situações é preciso irradiar entusiasmo, uma das qualidades mais apreciadas pelos entrevistadores. Forçar esse estado de espírito é difícil, mas existe uma maneira completamente natural: o exercício físico ajuda tremendamente as pessoas a ter disposição e gosto pela vida. Esse entusiasmo será projetado naturalmente nas entrevistas.

Tenho ouvido muitas vezes dos meus clientes de recrutamento e seleção que os candidatos não transmitem entusiasmo e, por isso, não são contratados. Para solucionar esse problema, só posso recomendar uma hora por dia de exercício físico.

Já posso ouvir você dizendo que não tem tempo. Pois repense a sua rotina e encontre um momento para isso. Garanto que o investimento de uma hora por dia de exercícios trará retornos incalculáveis, você se tornará outra pessoa.

Para iniciar, recomendo um exercício leve de uma hora por dia que pode ser só andar. Depois, pouco a pouco, envolva-se com o cooper, natação ou ginástica aeróbica. Caso você tenha acima de 40 anos e não faz exercícios regularmente, recomendo que consulte o seu médico para evitar qualquer risco à saúde.

Ainda que aproximadamente 22% da população fume, o número de executivos fumantes está caindo. Se você for um deles, tome alguns cuidados especiais para não ofender seus entrevistadores ou contatos. Muitos não fumam e não é conveniente que você o faça na frente deles. Nossa pesquisa mostra que 70% dos executivos têm alguma restrição à contratação de fumantes.

A pessoa que fuma muito comunica sinais bastante desagradáveis ao seu interlocutor – fica com mau cheiro e mau hálito. Muitas vezes, seus dedos estão amarelos de nicotina e seus dentes também não são brancos. Recentemente, entrevistei um executivo fumante que possuía barba branca. Sua barba, porém, estava amarelada em torno da boca – não preciso dizer que ele não conseguiu emprego.

Sei que estou pedindo muito. Todavia, recomendo aos fumantes que aproveitem essa oportunidade para melhorar mais um pouco sua imagem perante seus entrevistadores e contatos deixando de fumar. Seu grau de entusiasmo se elevará muito. Será bem mais fácil ser "entusiasta". E também você não terá o cheiro desagradável e os dedos amarelados causados pelo cigarro.

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Agora, imagine a nova pessoa que você será se seguir estas orientações. Comunicará uma imagem de executivo bem-sucedido, energético, entusiasta. Sentir-se-á bem e confiante para enfrentar seus entrevistadores.

As pessoas que não seguem as orientações, especialmente no que se refere à aparência – como se vestir, cortar a barba e o cabelo – poderão sofrer bastante. Quero contar a história de um executivo do Rio de Janeiro, que eu ajudei a encontrar uma nova colocação. Ele era diretor financeiro, tinha trabalhado durante muitos anos para uma grande multinacional americana. Aos 47 anos foi demitido. Demorou quase um ano para conseguir uma nova oportunidade em uma empresa brasileira. Após dois anos foi demitido de novo e chegou ao meu escritório apavorado, pois já estava com 50 anos. Como já tinha esperado um ano para conseguir uma recolocação da primeira vez que ficou desempregado, estava temeroso de que desta vez pudesse demorar ainda mais.

À primeira vista, ele tinha toda a razão pois sua aparência estava ruim mesmo. Não fazia nenhum exercício, fumava, vestia-se mal e não tinha um bom corte em seu cabelo. Eu o aconselhei sobre o que era necessário fazer no seu visual. Ele resistiu no início, porém seguiu meus conselhos. Fez um grande esforço e parou de fumar. Foi uma vitória. Começou a fazer exercícios. Até que era muito agradável, pois morava perto da praia de Copacabana e começou a andar todos os dias na praia.

Mudou o visual. Comprou alguns ternos novos, cortou o cabelo e também perdeu uns cinco quilos com um moderado regime. Eu falava com ele toda semana. Era possível perceber as mudanças de semana para semana. Não deu outra, nós o emplacamos como diretor financeiro de uma multinacional no Rio de Janeiro em dois meses

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Saiba como responder perguntas difíceis durante a entrevista

Cristina Balerini

Todo processo seletivo é muito difícil. As dificuldades vão desde a elaboração do currículo até as fases finais do processo, como as entrevistas com os gestores da área responsável pela contratação. É nesse momento que surgem aquelas perguntas que sempre deixam o candidato numa situação embaraçosa. Você deve imaginar do que estou falando: “quanto você quer ganhar?”, “por que deixou ou quer deixar seu emprego atual?”, “fale-me seus pontos fracos” etc., são apenas algumas delas.

Para ajudá-lo a se sair bem, respondendo a contento ao selecionador, conversamos com duas consultoras do Grupo Catho: Patrícia De Mônica e Ana Paula Dias. Siga essas sugestões e conquiste sua vaga no mercado de trabalho. Boa sorte.

Quanto você quer ganhar?Essa é uma das mais complicadas e difíceis de serem respondidas. “Recomendamos que você não seja o primeiro a indicar um valor. É importante frisar que gostaria de ganhar de acordo com o mercado de trabalho, e que para situar o selecionador quanto ao seu perfil você poderá indicar sua faixa salarial atual. É adequado citar apenas a remuneração direta sem bônus e comissões para não espantar o selecionador. Ressalte que você é flexível quanto a esta questão e devolva a pergunta questionando sobre a faixa salarial do cargo em discussão”, sugere Patrícia.

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Para Ana Paula, este momento dependerá também do poder de barganha do candidato, ou seja, se o mesmo estiver empregado, seu poder de negociação será maior, uma vez que não depende financeiramente desta proposta. Neste caso, a resposta deverá ser a seguinte: “Estou bem-empregado. Logicamente, para deixar meu atual emprego, quero ganhar mais. Para situar-lhe, posso dizer que estou ganhando o seguinte...”. “É adequado especificar a remuneração direta, os benefícios e bônus. Porém, ainda assim, não é adequado dizer o quanto deseja ganhar. Já no caso de um profissional desempregado, o poder de barganha é bem menor. Neste caso, o candidato deverá também demonstrar flexibilidade, no entanto, deve mencionar que deseja ganhar de acordo com o mercado”, complementa.

É importante manter-se atualizado sobre a média salarial paga pelo mercado de trabalho. Para obter estas informações, você poderá consultar gratuitamente a pesquisa salarial do Grupo Catho acessando aqui.

Por que saiu ou quer sair da empresa em que está atualmente?“A resposta a esta pergunta dependerá muito do verdadeiro motivo que fez com que o candidato deixasse a empresa anterior. No caso de demissão, será necessário dizer a verdade, uma vez que provavelmente as referências serão verificadas. Caso a demissão seja referente a uma diminuição de custos ou a uma reestruturação na empresa, não será vista de maneira muito negativa pelo selecionador, pois demonstra que a saída não esteve diretamente relacionada ao desempenho profissional, neste caso será adequado citar o número de funcionários demitidos no mesmo período, pois uma informação deste tipo dará maior credibilidade ao discurso”, comenta Ana Paula.

Mas cuidado para não querer aproveitar a chance e falar mal da empresa, do chefe imediato, dos colegas... Vale sempre mencionar informações que demonstrem o bom desempenho profissional no período em que permaneceu na companhia, além de falar sobre sua busca por melhores oportunidades.“Destaque que está em busca de novos desafios e crescimento profissional. É importante deixar claro que você sabe o que quer e que tem um plano de carreira definido e que como não vê mais possibilidades de desenvolvimento profissional na organização, você traçou como estratégia a busca por uma nova oportunidade”, diz Patrícia.

Por que você acha que será útil para a nossa organização?Ao ser questionado sobre o motivo pelo qual você se julga útil para a organização, a recomendação é para que aproveite esta pergunta para continuar vendendo as suas principais qualificações, pois para a empresa o mais importante neste momento é avaliar se você será capaz de trazer os lucros esperados. “Recomendamos que indique os principais resultados obtidos nas empresas em que atuou e que você tem muito a contribuir com a organização. Demonstre entusiasmo e muita força de vontade, já que estas características são muito desejadas pelos empregadores”, comenta Patrícia.

Quais seus pontos fortes?Ao responder a esta pergunta, procure destacar características universalmente desejadas pelos empregadores, tais como capacidade de trabalhar em equipe, iniciativa, entusiasmo, persistência, dedicação, responsabilidade e competência. “Apenas tome cuidado para não destacar características de personalidade que não possui, uma vez que as mesmas acabam sendo demonstradas e percebidas pelos selecionadores e passar uma imagem divergente do que se é, além de soar falso, fará com que você perca a credibilidade do recrutador”, alerta Patrícia.

Quais seus pontos fracos?Muitos profissionais tentam "sair pela tangente" ao serem questionados sobre seus pontos fracos, indicando características que na verdade são positivas, como perfeccionismo,

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autocrítica e impaciência. “Neste momento o candidato poderá citar também características técnicas, como falar mais de um idioma ou realizar uma pós-graduação. Porém, as mesmas não devem ser muito relevantes para a vaga que estiver concorrendo. No caso de optar por citar uma característica técnica, é importante ressaltar que já está em busca de suprir esta necessidade”, explica Ana Paula.

Já Patrícia sugere ao candidato que assuma pelo menos um ponto fraco que não seja tão prejudicial para o cargo ao qual ele está concorrendo e ressalte tudo o que está fazendo para contorná-lo. “Desta forma, o candidato demonstrará que está consciente de suas deficiências e que está interessado em contorná-las”.

Por que você quer trabalhar conosco?É imprescindível demonstrar que você é o candidato ideal para a vaga em questão. Fale sobre seus reais interesses em trabalhar na organização, comente sobre o que você tem observado sobre a empresa e sua atuação no mercado. “O ideal é que você pesquise este tipo de informação antes da entrevista, desta forma você poderá basear seu discurso naquilo que já sabe sobre a empresa, o que impressionará ainda mais o selecionador. Além disso, você se destacará em relação aos candidatos que não sabem nada sobre a organização”, sugere Patrícia.

Fale-me sobre vocêQuando o selecionador pede para que o candidato fale sobre ele mesmo, deseja ouvir informações a respeito de seu perfil profissional. “É importante, neste momento, citar características pessoais, mas que estejam diretamente ligadas a sua vida profissional, como por exemplo o fato de ser uma pessoa persistente e objetiva no que faz. É importante, também, demonstrar estabilidade emocional”, avalia Ana Paula. Você pode dizer, por exemplo, que é um profissional pró-ativo que tem metas e objetivos definidos.

Quer fazer alguma pergunta sobre nossa empresa?Esteja preparado para fazer perguntas inteligentes, que demonstrem seu interesse e preparo e que tragam informações que você julgue necessárias. A consultora Patrícia acredita que perguntas honestas, às quais você realmente queira uma resposta, terão mais impacto do que aquelas perguntas preparadas ou previsíveis. “Você poderá questionar sobre o tipo de negócio da empresa e questões referentes às tarefas que realizará”.

Fale-me sobre o seu relacionamento com seu (ex) chefe e (ex) colegasHoje em dia, os selecionadores buscam profissionais que sejam capazes de trabalhar em equipe, uma vez que este tipo de situação é primordial para o sucesso da empresa. Desta maneira, não será adequado mencionar que já passou por algum problema de relacionamento nas empresas em que atuou, pois os empregadores poderão interpretar esta informação de maneira negativa.

“Além disso, o entrevistado não deve falar mal das empresas ou dos profissionais com quem trabalhou, pois não é ético e os entrevistadores não apreciam comentários negativos durante as entrevistas de emprego. Dessa maneira, o mais adequado é fazer comentários positivos a respeito do perfil do (ex) chefe e dizer que sempre se relacionou muito bem com seus colegas de trabalho”, aconselha Ana Paula.

E Patrícia complementa: “Relacionamento é, sem dúvida, uma das principais palavras da atualidade. Hoje em dia, quem não se relaciona bem poderá encontrar inúmeras dificuldades em obter sucesso na carreira. Se não puder falar muito sobre (ex) colegas e (ex) chefes, cite somente algo positivo como ‘Acredito que é um profissional competente no que faz’. Isso já basta”.

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Como agir diante de dinâmicas de grupo um tanto quanto estranhasA dinâmica de grupo é uma atividade utilizada pela maioria das empresas e consultorias de Recursos Humanos para avaliar as características dos candidatos. Muitas vezes os candidatos são colocados diante de situações que parecem absurdas mas que, na realidade, servem para que o selecionador descubra habilidades e pontos de seu comportamento.

“De uma maneira geral, para sair-se bem na dinâmica de grupo é necessário manter a calma. Ficar nervoso durante o processo não vai adiantar nada e só vai prejudicar. É necessário que o candidato tenha jogo de cintura para lidar com imprevistos e saber improvisar, saber ouvir e principalmente saber se colocar, expor e defender suas idéias”, diz Ana Paula. E Patrícia conclui: “Aja com naturalidade às tarefas propostas para que você tenha maior chance de ser escolhido”.

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Saiba como se portar em dinâmicas de grupo

A dinâmica de grupo é usada para identificar conflitos entre pessoas, mas pode ser utilizada em um espectro muito mais amplo.

Através da dinâmica de grupo é possível comparar o comportamento de pessoas de diferentes níveis submetidas a um mesmo ambiente e uma determinada situação. Isso facilita o processo de triagem e seleção daqueles que serão levados à uma entrevista individual.

Não há como se preparar para uma dinâmica de grupo. O que será analisado é o seu comportamento e posição diante de uma situação teste. Um recrutador experiente conseguirá enxergar aspectos da sua personalidade muito claramente. Portanto, é melhor não tentar disfarçar ou fingir. Procure agir o mais naturalmente possível e não contrarie a sua natureza.

No entanto, apenas para que você fique mais alerta nesse momento, selecionamos alguns valores que as empresas geralmente consideram importantes e desejáveis em qualquer posição:

Iniciativa – Candidatos que deixam para falar por último, passam a impressão de serem muito cautelosos ou terem pouca iniciativa. Mas se essa não é uma característica da sua personalidade, não se force a falar antes de todos só porque sabe que isso é um ponto de avaliação importante. O recrutador perceberá rapidamente se a atitude estiver sendo forçada.

Determinação – Essa qualidade não deve ser confundida com obsessão. Cuidado para não exagerar quando quiser demonstrar que sabe perseguir um objetivo.

Criatividade – Candidatos criativos são geralmente observados com atenção pelos recrutadores. Saber usar a criatividade nas horas certas é uma grande qualidade. Apenas fique atento para não abusar desse recurso e transmitir a impressão errada.

Conhecimento – Embora sejam mais bem analisados na entrevista individual, mostrar conhecimentos gerais durante a dinâmica de grupo impressiona bastante. E para isso você pode se preparar. Leia bastante, atualize-se sobre o que se passa no mundo. Tome cuidado apenas para não parecer esnobe e arrogante.

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Habilidades de relacionamento – Esta é definitivamente uma das características mais avaliadas em uma dinâmica de grupo. Enfatizamos: não tente ser o que você não é, aja naturalmente.

Caso você não tenha se saído muito bem em um teste da dinâmica de grupo ou tenha reagido de forma que possa ser mau interpretado, não se preocupe, dificilmente você será testado uma única vez durante o processo.

Cada qualidade ou defeito é analisado várias vezes durante uma mesma dinâmica, porque o avaliador sabe que diante de determinada situação o candidato pode se sentir ameaçado, constrangido, amedrontado, etc.

EXEMPLOS DE DINÂMICA DE GRUPO

Já dissemos que cada dinâmica de grupo serve para um propósito diferente. Observe os dois exemplos a seguir para entender melhor.

1) Propõe-se a um grupo de 10 pessoas um problema hipotético:

Em 20 minutos uma bomba atômica cairá sobre a região onde estão. Como o ataque já era esperado, já existe um abrigo especial, mas que só comporta 11 pessoas. Os 10 participantes, que têm lugar assegurado, precisam então escolher, em consenso, mais uma pessoa para levar, entre três que estão de fora: um portador do vírus da AIDS, uma freira e uma menina. Não há como levar mais de uma pessoa e quem ficar de fora estará com a sentença de morte decretada.

Diante das diferenças culturais, emocionais, sociais e familiares que farão com que cada um tenha uma prioridade, o objetivo é saber como cada pessoa trabalha o consenso, se consegue liderar ou como aceita a liderança, como apresenta suas idéias e argumentações para fazer com que os outros aceitem sua prioridade.

2) Propõe-se ao candidato que avalie positiva ou negativamente um programa de televisão e apresente sua posição de improviso para o grupo.

A intenção, nesse caso, é medir a habilidade do candidato em lidar com outras pessoas (respeito, consideração, polidez, etc), argumentar, verbalizar e organizar idéias.

Esses são apenas dois exemplos de dinâmicas de grupo, utilizadas principalmente para áreas que exigem contato com o público. Não significa que a dinâmica que você participará será como estas.

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Marketing pessoal eletrônico

Thomas A. Case

"Posso garantir a você que, nos próximos anos, apenas a seleção de executivos continuará sendo um serviço especializado, porque o recrutamento será feito eletronicamente. Com a abertura da Internet, antes só liberada no Brasil para instituições oficiais e acadêmicas, agora à disposição do livre trânsito cibernético de qualquer pessoa física ou jurídica, mudou a

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feição do marketing também para o mercado de trabalho.

É muito difícil falar da Internet sem o perigo de estarmos desatualizados. A velocidade de crescimento da ocupação do ciberespaço é vertiginosa. A verdade é que a rede cresce por minuto. Hoje um americano médio já gasta com a Internet tanto tempo quanto gasta usando um videocassete. Estamos em meio a uma explosão de uso, a uma explosão de demanda.

CORREIO INSTANTÂNEO

Se há mais ou menos seis anos alguém lhe dissesse que em breve poderia desfrutar de um correio instantâneo, você acreditaria? Ou seja, que no mesmo instante em que está divulgando seu currículo ou seu perfil profissional, algum interessado poderia contratá-lo também instantaneamente? E mais, que seu currículo poderia fazer parte de uma biblioteca universal?

Com a Internet, elimina-se aquele espaço de tempo característico do marketing entre a divulgação e o interesse. O que quer dizer que, daqui para a frente, o mercado de trabalho será cada vez mais dinâmico e competitivo. Por isso, é preciso conhecer os mecanismos dessa super rodovia da informação e saber utilizá-la como vantagem competitiva na busca de uma ótima colocação.

Assim, você deve estar aflito se perguntando como, afinal, pode fazer para usufruir dessa possibilidade de candidatar-se a vagas no mundo todo. Vamos aos passos que devem ser tomados:

Criação do currículo na Internet: a primeira providência é entrar em contato com uma das empresas especializadas em divulgar talentos pela rede. Você vai estar sublocando um espaço na infovia, espaço esse que é alugado por essa empresa. Uma vez que você concordou com as condições e os preços poderá enviar seu currículo pronto através de correio, fax ou e-mail ou poderá preencher na tela um formulário com os dados para que a empresa elabore o seu minicurrículo.

A partir desse momento, seu perfil estará à disposição de organizações e consultorias de headhunters que se utilizam da Internet.

Deverá ser fornecido a você o endereço correspondente à localização do seu currículo (URL);

Preços: os preços de utilização do serviço de intermediação na Internet deverão ser cobrados por currículo, por cada idioma desejado, por tamanho e por tempo de permanência na rede. Os valores de cobrança também poderão variar pelos serviços extras tais como digitação e inclusão de foto.

Retorno: Os contatos a serem gerados por esse caminho eletrônico poderão ser centralizados na empresa contratada. De outro modo, o profissional pode optar por deixar seu telefone, fax e endereço. Se o executivo tiver um e-mail, essa será a forma mais rápida e objetiva de receber o retorno à sua divulgação.

Outplacement: Outra alternativa de ter seu perfil profissional inserido na super rodovia da informação é através de uma empresa de outplacement.

Centrais de Vagas: A empresa que estiver intermediando a presença do seu currículo na super rodovia da informação, poderá também disponibilizar, para seu acesso, bancos de vagas de empresas em busca de profissionais.

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CUIDADOS

No mundo todo, as transações realizadas via Web estão estimadas em milhões de dólares e por isso a importância de estarmos inserindo na super rodovia da informação nosso perfil profissional. O mercado de trabalho vai acabar representando uma boa porcentagem desse dinheiro.

Entretanto, alguns cuidados são requeridos antes que você se decida por alguma empresa que se responsabilizará pela oferta do seu currículo no mercado. Prefira aquela que responder adequadamente a estas principais questões:

Existe codificação bem organizada e testada para o seu currículo?Essa providência é essencial para garantir a confiabilidade do processo, deixando-o certo de que não haverá dificuldade para que os caçadores de talentos o localizem.

Está sendo cobrada a divulgação do seu nome para o eventual contratante?A cobrança em duplicidade – do profissional e da empresa – foge da ética do setor."

Seção: MERCADO voltar à página anterior  

Perdi meu emprego. E agora?

A primeira coisa a não fazer é tirar férias. Quem deixa o mercado de trabalho e se afasta dele por um período, acaba sendo esquecido pela simples razão de não se manter presente na memória das pessoas que contratam. E você não quer ser esquecido exatamente neste momento, quer?

Quando você está empregado, as pessoas sabem onde procurá-lo, acostumam-se a pensar em você naquela empresa, com aquela posição. Quando descobrem que você saiu, nem sempre conseguem localizar seu novo número de telefone, e acabam desistindo da procura. E quem sabe se, enquanto isso, o seu futuro patrão não o estaria procurando, sem saber que você está em férias, em Porto Seguro, ganhando uma cor e perdendo uma oportunidade?

Por isso, o preço a pagar pela obtenção do novo emprego é dedicação total. São necessárias, no mínimo, 200 horas do seu tempo dedicadas a encontrar um novo emprego.

Perdeu o emprego? Pois deixe as férias para depois e mãos à obra. Você descansará depois que se recolocar.

MEDO DO DESEMPREGO

O Grupo Catho fez uma pesquisa junto a 643 executivos de vários cargos e em empresas de todos os portes para saber qual era o maior medo dos profissionais brasileiros de média e alta gerência. O resultado foi que 70,7% estavam colocando como centro de suas preocupações a vida profissional (mais do que a vida pessoal e familiar) e 39,5% afirmaram temer, mais do que tudo, não ter um emprego.

Os gerentes têm mais medo do desemprego, conforme 42,3% deles, do que os diretores e vice-presidentes (30,3%), os chefes e supervisores (34,7%) e os técnicos especializados (35,5%).

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Em uma outra pesquisa junto a 1.356 executivos do Brasil inteiro, 33% deles responderam que já sofreram demissão. Ou seja, cerca de um terço dos empregos terminam em demissões, de acordo com os próprios respondentes. A demissão é comum na carreira do executivo.

O QUE NÃO FAZER

Frustração e prostração, dois substantivos que o executivo que perdeu o emprego deve abolir permanentemente do seu dicionário de atitudes. Seja qual for o seu nível de desânimo com a perda do emprego, a primeira coisa que você não deve fazer é descuidar da aparência. Comece agora mesmo um regime, faça ginástica regularmente, permaneça esbelto. Não se entregue à preguiça. Não se entregue ao desalento. "Mens sana in corpore sano", já diziam os latinos. Encontrar um novo emprego requer atitude e intensidade especiais. Você precisa preparar-se física e psicologicamente. Caso fume, pare de fumar; em caso de obesidade, faça uma dieta; evite bebidas alcoólicas; faça exercícios físicos diários, durma oito horas por noite e trabalhe muito para encontrar um emprego novo.

Não descuide da sua aparência, também, na questão das vestimentas. Renove seu guarda-roupa. Além de manter você elegante e bem apresentado para os contatos que virão, ajuda no amor-próprio e na auto-confiança. Vista-se bem. Pelos outros e por você mesmo.

Outra atitude negativa que muitas pessoas tendem a assumir numa situação como estas é esconder-se em casa, evitando contatos. Não faça isto! Circule, relacione-se, mostre-se, permaneça em exposição. Até porque muita gente pode estar querendo saber de você, e circulando, você pode "tropeçar" numa oferta de trabalho.

MEXA-SE!

Cultive os seus contatos. Faça networking intensamente. Ligue para amigos, visite empresas a que você tenha acesso, participe de atividades sociais, permaneça na lembrança das pessoas. Marketing pessoal é indispensável para quem quer continuar no mercado de trabalho.

Atualize seu currículo. Com objetividade, brevidade e clareza. E mande para todas as pessoas em empresas que possam ter interesse no seu perfil profissional e na sua colaboração. E, mande também para as empresas de recrutamento, que podem intermediar boas oportunidades para você.

Verifique as suas referências. Converse com as pessoas que podem dar informações positivas sobre você e peça licença para incluí-las na sua lista de referências.

SAÍDA TRAUMÁTICA?

E, por falar em referências, eventualmente, por sua própria falha ou por causa de terceiros, o resultado é que você pode ter deixado uma imagem negativa na última empresa em que trabalhou. Como lidar com isso no seu currículo e em entrevistas para um novo emprego?

Em primeiro lugar, destaque os resultados positivos que você obteve. Empregadores gostam de gente que executa bem, consegue resultados e tende a relevar problemas anteriores, até porque determinados erros podem comprometer alguém como administrador mas não como profissional ou como pessoa.

Uma seqüência normal de entrevista permite que você apresente os seus resultados

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antes de falar das suas fraquezas. Você só tem que impressionar na primeira parte. Fica mais fácil explicar as razões da segunda.

Não negue nunca a sua porção de responsabilidade no problema, mas explique brevemente o contexto. Diga o quanto aprendeu com a falha, alertando o entrevistador de que jamais deixará que coisa semelhante se repita.

Mesmo assim, não deixe que o problema passe a ser a coisa mais importante da sua vida profissional e pessoal. Se você estiver tão aborrecido que não consiga enxergar o que fez de bom, peça ajuda para um amigo.

Não cultive o temor de que o seu nome esteja manchado ou que todo o mundo saiba que você teve um problema. Supere. Você consegue. "Desgraça pouca é bobagem", diz a sabedoria popular. Às vezes, os problemas vem uns sobre os outros, amontoados. Mas não enfoque a sua vida em problemas. Até porque nem sempre uma tragédia profissional termina em demissão.

Otimismo é uma grade arma para derrotar a amargura. E a amargura é o veneno de qualquer alma e de qualquer profissão.

PARA VOCÊ QUE ESTÁ EMPREGADO

Estudamos as carreiras de 1.509 executivos de todo o país e constatamos que o tempo mediano que permanecem em cada empresa é de 5,1 anos em nível gerencial e 6,2 anos em nível de diretoria. Identificamos também que, ao longo de sua carreira, grande parte dos executivos corre o risco de ser demitido pelo menos uma vez.

Já abordamos em "Carreira & Sucesso" as principais causas de demissão de executivos. Entre elas, a idade, o alto salário, a resistência a mudanças, são fatores a serem considerados.

Em suma, é alta a probabilidade de que, a cada cinco ou seis anos, um ocupante de cargo em nível de média ou alta gerência precise procurar emprego, não necessariamente porque seja demitido, mas porque precisa estimular ou redirecionar a carreira, e às vezes só é possível obter ascensão em um novo emprego.

O executivo empregado que está descontente com seu progresso, com seu salário, ou insatisfeito profissionalmente, pode encontrar um novo prazer na vida conseguindo uma colocação melhor.

Portanto, as sugestões contidas neste artigo valem para você também, que está empregado. Talvez você nunca precise delas, mas prudência e conhecimento nunca serão demais para cuidar da carreira.

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Quais são as 10 maiores lições que você aprendeu na sua vida?

* Ricardo Jordão Magalhães

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Que é preciso pagar impostos. Que é preciso fazer ginástica. Que é preciso comer a coisa certa. Que é preciso dormir. Que é preciso acordar. Que é preciso aprender todos os dias. Que é preciso falar em público. Que é preciso compreender outros idiomas. Que é preciso trabalhar todos os dias. Que é preciso ganhar dinheiro. Que é preciso delegar as atividades. Que é preciso ajudar os outros. Que é preciso ser humilde. Que é preciso ser ambicioso. Que é preciso ser feliz. Que é preciso ter sucesso. Que é preciso construir sua própria empresa. Que é preciso ter filhos e família. Que é preciso ser educado. Que é preciso ser entusiasmado. Que é preciso fazer a coisa certa. Que é preciso ser amigo. Que é preciso ser cidadão. Que é preciso ser otimista. Que é preciso tratar os outros como você gostaria de ser tratado.

São tantas as responsabilidades da vida, que não me surpreendo de encontrar pela frente pessoas desistindo dessas atividades, abrindo mão dessas oportunidades, para seguir um caminho mais tranqüilo, sóbrio e escondido.

Eu amo a vida. A vida plena e verdadeira. A vida repleta de "é preciso fazer". A vida cheia de vida. A vida cheia de medos. Medo de não conseguir aprender, medo de não conseguir ser cidadão, medo de não conseguir ser otimista, medo de não conseguir ser feliz.

Quem não tem medo, não é feliz. É preciso viver o medo de falar em público para conseguir se apresentar em público. É preciso viver o medo de abrir a sua própria empresa para ter a sua própria empresa.

Aqueles que têm medo, vivem. Aqueles que se colocam frente a frente com os seus desafios, vivem.

Enquanto você lê essas palavras o mundo se transforma. O mundo se reinventa.

Daqui a 50 anos, as reservas de petróleo vão secar. A Petrobras já se adiantou e mudou o seu slogan para "A energia é o nosso desafio" e não mais "O petróleo é nosso". A Toyota já se adiantou e lançou o carro movido à eletricidade.

Daqui a 50 anos você ainda estará vivo.

Daqui a 20 anos, metade da população mundial terá mais do que 65 anos de idade. Alguns países já se adiantaram e reformularam totalmente os seus planos de aposentadoria.

Daqui a 20 anos você ainda estará vivo.

Daqui a 10 anos, todas as pessoas economicamente ativas terão acesso à internet e ao conhecimento que poucos tinham até então. A diferença entre as pessoas e as empresas não serão mais as coisas materiais como MBAs, Programas de Qualidade, ISOs 9000, mas a vontade de viver de cada um dos seus funcionários e o amor pelo "é preciso fazer".

Daqui a 10 anos você ainda estará vivo.

Daqui a cinco anos, as diferenças sociais no Brasil serão tão grandes, com tão poucos com muito e muitos com tão pouco, que se cada um de nós não dedicar parte da sua vida para mudar isso HOJE, o impacto dessas diferenças atingirão a todos nós.

Daqui a cinco anos você ainda estará vivo.

Daqui a um ano, todas essas novidades já estarão disponíveis para milhões de pessoas.

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Carros elétricos, internet, qualidade de tudo e vidas mais longas.

Daqui a um ano você ainda estará vivo.

Quando esse momento chegar, quais serão as 10 maiores lições que você aprendeu na sua vida? O que você nunca mais vai repetir? O que você vai colocar em prática HOJE?

O mundo não espera. Eu não espero.

Recarregue as suas energias. Nós temos um mundo para salvar. Nada menos que isso interessa.

QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?

* Ricardo Jordão Magalhães é fundador e presidente da BIZREVOLUTION, onde ele ajuda as pessoas e as empresas a descobrir o que elas têm de melhor, quebrar paradigmas e inventar o futuro através de consultoria, treinamento e publicações

Seção: SUA CARREIRA

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A chance para quem tem mais de 40 anos

Conselhos do Dr. Case

Um executivo acima de 45 anos, com mentalidade jovem, cheio de energia, flexível, bem atualizado, rápido, cheio de criatividade e que se relaciona bem com seus colegas, deve comunicar isto com muita agressividade para superar o preconceito generalizado de que com esta idade o executivo já está velho.

É um grande choque para o executivo dessa idade, que perdeu o emprego, aceitar que pode ter que modificar suas aspirações e reduzir suas exigências.

O grande problema é que muitos executivos nessas condições adotam uma postura assim: "Eu não vou me sujeitar!" O executivo que pensa assim está perdido, pois não conseguirá trabalho mesmo. Ele precisa se conscientizar de que deve fazer qualquer esforço, qualquer sacrifício, para manter ou desenvolver uma mentalidade jovem.

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O melhor profissional para se contratar - Habilidades imprescindíveis I

* Leila Navarro

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Comentei num artigo sobre os Melhores Profissionais Para se Contratar. Creio que esses profissionais devem ter habilidades que considero quase que imprescindíveis. São 20; hoje vou dividir com você cinco. Vamos a elas:

1) Integridade e Coerência. Revela a capacidade que o profissional tem de se relacionar. Faz com que as outras pessoas se comprometam e cooperem com ele. Para isso é preciso confiança dentro de uma organização, bem como potencializar alguns pontos do profissional: analisar as situações em que houve um descomprometimento com alguma tarefa; informar aos outros quando não irá poder cumprir com uma tarefa, para não perder sua credibilidade; aplicar os feedbacks em suas ações; reconhecer seus erros perante os demais; fazer um planejamento, como um fluxograma, dos compromissos adquiridos que devem ser cumpridos.

2) Flexibilidade. É a atitude para lidar com os imprevistos e contornar os momentos de crise. Para isso tem que se “treinar” a improvisação. Mas como? Há alguns pontos que ajudam esse treinamento: reduzir o tempo que se emprega planejando uma tarefa; sempre que puder troque um trabalho que exige minuciosidade e morosidade por ações; trabalhe com equipes que contenham uma diversidade de pessoas, que vai te ajudar a aceitar que não existem verdades absolutas; crie o costume de pedir a opinião para toda sua equipe, e observe os vários pontos-de-vista para resolver um determinado problema; marque num papel os motivos que o levaram a determinar certa decisão, e se você os mantém ou não quando a situação muda de rumo.

3) Autoconfiança e Autoconhecimento. Essas habilidades são importantes para você assumir riscos e ter segurança, são ótimas para o espírito empresarial, visando ser um líder e empreendedor. Para isso saia da sua zona de conforto e comece a ter uma visão mais ampla de até onde você pode chegar; marque num papel seus objetivos, circule os que já alcançou e sempre determine novos; fuja das pessoas muito protetoras e de superiores que não delegam tarefas, limitando sua capacidade; para melhorar seu autoconhecimento, tente enxergar como as pessoas ao seu redor o vêem, ou procure um especialista no assunto, como um terapeuta, para melhorar suas capacidades pessoais.

4) Intuição. Deixar guiar-se pela sua intuição pode ajudar a livrar-se de um problema rapidamente, quando há escassez de tempo, e ajuda a melhorar sua capacidade de criação. Para isso é preciso aprender a pensar intuitivamente, como um “efeito helicóptero”, que significa ver as coisas de cima com uma certa distância; tente resolver um problema que pode até ser óbvio para os outros, e encontre mais de uma solução; quando tiver que explicar situações complexas, crie o hábito de simplificar as informações, identificando o ponto-chave para aqueles que concordam com a sua argumentação.

5) Capacidade Crítica. Habilidade para analisar criticamente toda tarefa que lhe é delegada. Como se todo projeto ou trabalho fosse feito com todos os prós e contras. Segundo os especialistas, essa é uma das habilidades mais difíceis de se desenvolver, porém, há algumas maneiras de exercitá-la: tente utilizar o lado mais racional do cérebro, evitando tomar decisões baseadas nas emoções; melhore sua capacidade de enxergar a realidade, analisando separadamente cada uma das partes que condicionam a solução de um problema, e peça a ajuda de outras pessoas para descobrir novos fatores que você não havia percebido; crie o hábito de marcar num papel qual o motivo lógico (racional) que o levou a chegar à determinada conclusão; discipline sua mente para criar todas as argumentações possíveis para defender suas idéias, sem se esquecer os detalhes como datas e investimentos.

Dica: Analise as situações propostas para potencializar ou exercitar cada uma das habilidades, e tente aplicá-las no seu dia-a-dia profissional. Na próxima edição dividirei

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contigo mais cinco habilidades para você se transformar num profissional de sucesso!

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O melhor profissional para se contratar - Habilidades imprescindíveis II

* Leila Navarro

Continuarei falando sobre as 20 habilidades imprescindíveis para os profissionais de sucesso. Já dividi com você cinco habilidades (Integridade e Coerência; Flexibilidade; Autoconfiança e Autoconhecimento; Intuição e Capacidade Crítica), e hoje vou dividir mais cinco! Então, vamos a elas:

1) Iniciativa. Serve para colocar as boas idéias em prática. É agir com velocidade e inovação. Para potencializar essa habilidade: ofereça ajuda para resolver situações difíceis e imprevisíveis; se tem tendência a evitar os riscos, passe a considerar os erros cometidos no passado como novas oportunidades para aprender; desenvolva atividades que estão coligadas à iniciativa, como delegar tarefas, análise de custo-benefício; clarifique suas prioridades para colocá-las em prática.

2) Compreensão. Refere-se à compreensão e domínio da cultura da organização, otimizando o relacionamento de todos aqueles que trabalham, para ter um bom relacionamento com colegas, clientes e fornecedores. Para isso, analise sua organização internamente, averigüe seu funcionamento e saiba dos obstáculos que possa vir a enfrentar; quando te anunciam um caminho, tente descobrir como as outras pessoas da organização reagirão em relação a esta nova meta.

3) Competitividade. Ter metas claras, não deter-se em chegar ao objetivo comum. Preocupar-se em realizar um excelente trabalho, ir além dos objetivos determinados por seus superiores, ter tendência a inovar e desfrutar coisas que antes não conseguia. Todos esses fatores referem-se a uma competitividade sadia, um passo para o sucesso. Esta habilidade está intimamente ligada às suas emoções e motivações pessoais. Questionar sobre seus objetivos e metas; sobre aquilo que realmente gosta de fazer e evitar rotinas de trabalho, sempre inovando, é um modo de potencializar essa habilidade.

4) Visão no cliente. Descobrir os desejos ocultos do outro, investir tempo nas necessidades das outras pessoas e clientes, enfim, detectar aquilo que satisfaz o cliente. Para potencializar essa habilidade: controle suas emoções e tenha flexibilidade para relacionar-se com os diversos tipos de pessoas; quando tem que lidar com clientes que não são muito claros naquilo que desejam, aprenda a questioná-los, para detectar sua real necessidade e desejos; tente manter-se sempre disponível para o cliente; seja simpático; desenvolva um histórico de pedidos de todos os seus clientes, para que quando eles entrarem em contato, você possa otimizar a comunicação.

5) Compreensão interpessoal e empatia. Ter sensibilidade para lidar com todos, satisfazer aos demais, tornar-se o líder do grupo graças a sua empatia. Esta é a habilidade-chave, principalmente para aqueles que lidam diretamente com o atendimento ao cliente e profissionais na área de prestação de serviços, pois cabe a esses profissionais identificar com empatia aquilo que seus clientes realmente necessitam. Na verdade, a empatia se desenvolve com a prática, primeiro conscientemente (tomando notas do que o outro diz, escutando dúvidas e necessidades), e depois convertendo isso num hábito diário.

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Dica: Continue a analisar essas situações propostas para potencializar ou exercitar cada uma das habilidades, e tente aplicá-las no seu dia-a-dia profissional. Na próxima edição dividirei contigo mais cinco habilidades para você se transformar num profissional de sucesso! Tome nota!

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O melhor profissional para se contratar - Habilidades imprescindíveis III

* Leila Navarro

Como combinei com você em artigos anteriores, continuarei falando sobre as 20 habilidades imprescindíveis para os profissionais de sucesso. Já dividi com você 10 habilidades nos artigos anteriores (Integridade e Coerência; Flexibilidade; Autoconfiança e Autoconhecimento; Intuição; Capacidade Crítica; Iniciativa; Compreensão; Competitividade; Visão no cliente; Compreensão interpessoal e empatia), e hoje vou falar sobre mais cinco habilidades!

Então, vamos a elas:

1) Capacidade de liderança. É a capacidade natural dos outros seguirem você. Se você tem facilidade em motivar seus colegas de trabalho, e eles sempre pedem a sua opinião para tomar decisões importantes, você já tem essa capacidade dentro de si. Fazer com que os superiores também te sigam é uma boa proposta. Para pontecializar ainda mais essa capacidade, dedique uma parte do seu tempo para escutar os demais da equipe, conhecer os problemas pelos quais estão passando e deixar claro que eles podem confiar em você para alcançar suas metas; tente ganhar o respeito dos demais por meio de suas atitudes, trabalhando com coerência e dando sempre o bom exemplo.

2) Persuasão. Influenciar e persuadir os demais para alcançar os objetivos propostos é uma habilidade muito poderosa. Alguns têm um inexplicável magnetismo com os outros membros da equipe, para que eles dêem o melhor de si. Mas, para conseguir ganhar mais capacidade de persuasão, há algumas dicas: melhore sua capacidade de comunicação e a maneira de colocar no papel o planejamento das metas; seja coerente em tudo o que diz ou faz, pois é a segurança de sua credibilidade, e assim poderá fazer com que os outros te sigam. Apenas não confunda essa poderosa habilidade de persuadir com a de manipular as pessoas, pois nesse caso essa capacidade deixa de trazer benefícios profissionais para você.

3) Relacionamentos/Pessoas. Manter relações de longo prazo com os colegas de trabalho fora do ambiente profissional; dominar as habilidades interpessoais importantes, como escutar os outros; trabalhar orientando-se nas pessoas e não nas tarefas. Essas e outras atitudes pertencem a uma habilidade muito valiosa e bem requisitada no meio corporativo pelas grandes empresas: a capacidade de relacionamento interpessoal. Para aprimorar essa habilidade: compartilhe com os demais seus assuntos pessoais; escolha pessoas que mais têm afinidade contigo, e estabeleça uma relação de confiança dentro e fora do ambiente de trabalho; trate cada um de forma personalizada; amplie sua rede de relacionamentos, entrando em contato com pessoas novas em reuniões, por exemplo.

4) Coaching. A palavra coach em português significa treinador, mentor. Quem tem a habilidade de "coaching" é aquela pessoa capaz de observar o trabalho em equipe e identificar quais os indivíduos são mais adequados para executar determinada tarefa;

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consegue abranger as necessidades pessoais de cada um com as necessidades da empresa como um todo e se preocupa para que toda equipe se desenvolva e cresça profissionalmente. Para aprimorar sua capacidade de coach, é preciso primeiramente se espelhar em um outro coach, que te ajude a identificar suas próprias fortalezas, e fazer com que você desenvolva-se profissionalmente, cada vez mais.

5) Trabalho em equipe. Se sentir bem em estar colaborando com todas as pessoas, em que elas também lhe digam o que deve fazer; escutar e respeitar as opiniões alheias diversas das suas; preferir trabalhar em conjunto para alcançar um objetivo comum a trabalhar sozinho para almejar por metas individuais. Essas são atitudes daqueles que possuem essa brilhante capacidade de trabalhar em equipe. Aprender a aceitar críticas; aprender a delegar tarefas; pedir opiniões para os demais e eliminar as barreiras formais em situações rotineiras são formas de você pontecializar mais essa habilidade.

Dica: Continue a analisar essas atitudes propostas para aprimorar cada uma dessas habilidades, e aplique-as no seu dia-a-dia profissional.

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O melhor profissional para se contratar - Habilidades imprescindíveis IV

* Leila Navarro

Como combinei no meu artigo anterior, falarei sobre as últimas cinco habilidades imprescindíveis para os profissionais de sucesso. Já dividi com você 15 habilidades nos artigos anteriores (Integridade e Coerência; Flexibilidade; Autoconfiança e Autoconhecimento; Intuição; Capacidade Crítica; Iniciativa; Compreensão; Competitividade; Visão no cliente; Compreensão interpessoal e empatia; Capacidade de liderança; Persuasão; Relacionamentos/Pessoas; Coaching e Trabalho em Equipe), e hoje vou falar sobre as últimas cinco, totalizando as 20!

Então vamos a elas:

1) Visão do negócio. Para aqueles que se preocupam em estar sempre atualizados; têm a própria opinião sobre em qual lugar está sua organização e para onde ela irá caminhar e é capaz de prever as conseqüências das suas decisões antes que elas virem um problema. Essas são as características de quem já possui essa habilidade, de aguçar seu faro para um todo. Para potencializar ou começar a treiná-la: desenvolva seu lado e sua curiosidade intelectual, acostumando-se a ler livros, revistas e jornais periódicos; dedique uma parte do seu tempo para planejar, analisar e estabelecer prioridades na sua área de atuação; para prever possíveis conseqüências no futuro, passe a analisar a realidade do mercado em longo prazo, contrastando dados do passado com dados do presente.

2) Autocontrole das emoções. Controlar as situações difíceis e ter capacidade para suportar com naturalidade as situações de máximo estresse. Essas são algumas das características das pessoas que possuem essa habilidade. Para otimizar o controle das suas emoções, ou começar a ter essa habilidade: tome as decisões importantes em momentos de lucidez e não quando você estiver de mal humor; aprenda a frear as reações negativas, contar até 10 já começa a resolver, ou peça para que alguém te ajude a se controlar; pare para respirar se necessário; potencialize sua habilidade interpessoal com os demais, assim você entenderá os pontos-de-vista dos outros, o que lhe ajudará a compreender melhor suas

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reações negativas em alguns momentos.

3) Comunicação e negociação. Aqueles que têm a capacidade para iniciar conversas com todos os tipos de pessoas e que, quando explicam assuntos complexos aos demais, conseguem fazer com que eles captem a mensagem logo em seguida. Essas são características das pessoas que possuem a habilidade da comunicação e negociação em evidência. Para otimizar ainda mais essa habilidade: use o feedback para descobrir quais são os obstáculos que te limitam quando se comunica com os demais; para evitar mal-entendidos, use sempre expressões como “ajude-me a...”, assim você consegue negociar e delegar tarefas aos demais.

4) Agilidade para tomar decisões. Não deixe que uma análise excessiva dos fatos faça com que você não tome decisões, te paralise. Essa habilidade se encaixa perfeitamente nas áreas em que se exijam resultados imediatos e decisões estratégicas, sem perder tempo em longas reuniões. Para otimizar: sempre analise todas as informações possíveis antes de tomar uma decisão, evite agir sob pressão; crie o hábito de anotar como você resolve os problemas mais complexos, assim quando tiver que tomar uma decisão difícil, já saberá como resolvê-los.

5) Aprendizado e desenvolvimento pessoal. Aqueles que estão dispostos a iniciar novas tarefas e buscar novos enfoques ou novos modos de fazer as coisas; sentem-se mais motivados com o desenvolvimento pessoal do que com as recompensas materiais que possam vir a ter. Essas são algumas das características que essa habilidade influi. Para otimizar ainda mais ou desenvolver essa habilidade: tente melhorar sua autocrítica com os feedbacks, pois, com eles os outros lhe informam o que está indo bem e mal com você. Se você for capaz de assumir suas críticas e erros será capaz de desenvolver qualquer aprendizado.

Dica: Continue a analisar essas atitudes propostas para aprimorar cada uma dessas habilidades, e aplique-as no seu dia-a-dia profissional. Transforme-se num profissional de sucesso!

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Os defeitos do executivo maduro

Todo executivo constrói uma carreira a partir de planejamento adequado, atualização continuada, rede de contatos de bom nível e aperfeiçoamento de suas técnicas e habilidades de comunicação. Mas não chegará a lugar algum se não trabalhar com os aspectos de sua personalidade que atrapalham o seu desenvolvimento profissional.

O problema é que esses defeitos, que começam às vezes quase imperceptíveis, vão se acentuando com o passar do tempo. Ao chegarem à maturidade, executivos com características assim, na eventualidade de perder o emprego, têm grande dificuldade de conseguir recolocação. Por uma razão muito simples: seus defeitos de personalidade transparecerão muito depressa numa dinâmica de grupo ou numa entrevista de emprego.

Vamos ver alguns exemplos de atitudes condenáveis em um gerente ou executivo em qualquer outro nível:

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Autoritário

* Tem dificuldade de trabalhar em equipe. * Dificilmente aceita sugestões, e por causa disso as pessoas do grupo passam a evitar dar contribuições a ele. * Não passa pela sua cabeça sujeitar-se a um treinamento para modificação de atitude, porque acha que está sempre certo. * Quer fazer valer o seu ponto de vista, freqüentemente só o que ele faz tem valor. * Não consegue pensar construtivamente.

Perfeccionista

* Não confia no trabalho de ninguém, porque acha que ninguém é capaz de fazer tão bem como ele faz. * Por essa razão não delega, e acaba se tornando autoritário. * Tem dificuldade para relaxar, porque está vigilante todo o tempo. * Por essa razão costuma ser improdutivo, porque é rígido demais consigo mesmo e com os outros. * Tem necessidade de provar a todo momento que é excelente, e gasta tempo demais nisso, em vez de trabalhar. * Não consegue pensar construtivamente, porque não aprendeu a reconhecer um desempenho tolerável – para ele, nenhum trabalho está suficientemente bem-feito.

Conservador

* Tem idéias prontas, baseadas num passado às vezes não muito distante, e tem dificuldade de aceitar que as coisas mudam. * Costuma pensar que o que sempre funcionou vai funcionar sempre. * Acha que computação é um 'elefante branco', que não serve para nada. * Recusa-se a aprender outras línguas ou novos processos. * Considera bobagem técnicas novas de gerenciamento. * O conservador dificilmente consegue pensar construtivamente.

Agressivo

* Reage sempre com grande impulsividade. * Fala alto, muitas vezes dominando e monopolizando a conversa. Está a um passo do autoritarismo. * Não divide responsabilidades – manda. * Freqüentemente ofende as pessoas pelo tom de voz, e assim espanta possíveis colaboradores e aliados. * O agressivo que não foi bem educado é muitas vezes rude e grosseiro. * O agressivo não consegue pensar construtivamente.

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Os dez mandamentos do executivo

Com base em mais de 60 anos de observação fundamentada dos valores e princípios de pessoas e de empresas, o psicólogo A. H. Fuerstenthal chegou a 10 preceitos que podem

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ser considerados os mandamentos do executivo.Os valores anotados apresentam o seu contraponto, para efeito de comparação entre o que as empresas apreciam versus o que definitivamente não apreciam na índole e nas atitudes de um executivo em função de baixa, média ou alta gerência.

1. Responsabilidade X EnganaçãoExecutivo dotado de responsabilidade é o que assume compromisso por todo o funcionamento de sua área, respondendo pelos acertos e pelos erros, incluindo lucros e perdas.As empresas detestam o executivo que insiste em justificar falhas.

2. Produtividade X SuperficialidadeExecutivo que alcança produtividade alta é aquele que analisa situações e problemas e busca entender profundamente as questões que afetam os resultados de determinados esforços.As empresas detestam o executivo que aceita aparências e as soluções fáceis.

3. Iniciativa X AcomodaçãoExecutivo com iniciativa é aquele que ousa iniciar atividades novas, mostrando pioneirismo.As empresas detestam executivos que tenham resistência a reformar, revolucionar, dinamizar.

4. Profissionalismo X EmpirismoExecutivo com profissionalismo é aquele que baseia resoluções em experiência, mas que alia isso ao conhecimento conhecimento técnico e à lógica. O profissional é também aquele que apela para a assistência de outras pessoas quando necessário.As empresas detestam executivos que fingem utilizar experiência, conhecimento técnico e lógica quando eles não existem.

5. Experimentação X DogmatismoExecutivo que lança mão da experimentação é aquele que assume o risco de erros controlados, se for para quebrar preconceitos e hábitos maléficos enraizados.As empresas detestam executivos que ficam presos ao que consideram verdades imutáveis, e não inovam por medo de errar.

6. Compreensão X PetulânciaExecutivo compreensivo é aquele que presta atenção a observações e opiniões alheias, e as analisa com respeito e atenção, sem se importar com a graduação hierárquica de quem ofereceu a sugestão.As empresas detestam executivos que pensam saber tudo melhor que os outros.

7. Objetividade X EgocentrismoExecutivo objetivo é aquele que subordina o interesse pessoal ao organizacional. Aquele que se considera apenas como "pedra" no jogo, valendo pela função, não pelo status.As empresas detestam o executivo que só faz as coisas para o próprio bem.

8. Autocontrole X ImpetuosidadeExecutivo controlado é aquele que tem paciência e não reage antes de ponderar conseqüências e implicações.As empresas detestam o executivo que cede a impulsos, porque em geral resultam em atitudes prejudiciais à empresa e ao grupo.

9. Imparcialidade X FavoritismoExecutivo imparcial é aquele que consegue se manter frio e racional com relação a pessoas,

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produtos, planos, expectativas. Aquele cujas preferências devem ser apoiadas em dados concretos, nunca em sentimentos, desejabilidades ou adivinhações.As empresas detestam o executivo que demonstra fraqueza, e que decide com sob o comando da emoção.

10. Confiança X NegativismoExecutivo confiante é aquele que tem como premissa acreditar na viabilidade do empreendimento, e quem, mesmo em situações difíceis, sabe que o esforço vale mais do que a crítica destrutiva.As empresas detestam o executivo que acha tudo difícil, impraticável ou penoso.

A.H.Fuerstenthal

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Um head hunter ligou, o que você deve fazer?

Várias são as razões pelas quais um executivo decide se esta pode ser a hora de mudar de emprego. Mas, onde quer que você, executivo, esteja trabalhando, saiba que o almoço nunca é de graça. Há que trabalhar duramente e enfrentar as desvantagens periféricas do sucesso – e não pense que o maior trabalho é assinar autógrafos.Em primeiro lugar, o executivo sofre pressões de toda ordem. Nossos dados dão conta de que 43% dos homens executivos e 53% das mulheres executivas têm muito ou intenso estresse.

Pelas pesquisas, as principais razões de pressões no trabalho de um executivo são estas:

têm que planejar a longo prazo mas mostrar resultados imediatos têm que inovar, mas sem perder eficiência têm que pensar globalmente, mas sem desprezar problemas locais têm que colaborar, mas também têm que competir têm que fazer os negócios crescerem, aumentando desempenho têm que trabalhar em equipe, mas são cobrados individualmente têm que seguir normas, mas também têm que ser flexíveis

Se o executivo não tem boa estrutura emocional ou não está em um momento equilibrado, essas pressões podem resultar em estresse que acaba sendo levado para a vida doméstica: 17,4% dos executivos consideram que o trabalho influencia negativamente na vida conjugal. Contribui para o desgaste de muitos casamentos o tempo que o executivo dedica ao trabalho: 54,0 horas semanais, em número médio, para os executivos em geral. Pela tabela a seguir pode-se ver que, quanto mais alto o nível hierárquico, mais horas o executivo trabalha. Se não se pode considerar que esta seja uma bela recompensa do sucesso, pelo menos evidencia uma empolgação com o trabalho, que se transforma num delicioso vício à medida que a idade avança.

Mas gostar de trabalhar é uma coisa, e gostar do clima e da cultura da empresa onde se está trabalhando é outra. Imagine que, num momento em que você avaliou bem o seu nível de satisfação, cai do céu um telefonema de um head hunter. Como você se deve se comportar? Anote essas sugestões que poderão ser úteis para uma conversa produtiva.

Mostre atitude positiva e segurança.

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Você consegue isto tendo, no seu dia-a-dia, um planejamento de carreira muito claro, sabendo o que seria importante obter em uma eventual mudança de emprego.

Ouça com atenção o que for dito. Esteja aberto às propostas, mas nunca se precipite. Cuidado e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Ter cuidado implica, primeiro, determinar a legitimidade do recrutador. Não se sinta constrangido de pedir informações – afinal, você pode estar depositando o seu futuro profissional nas mãos dessa pessoa. Pergunte (e cheque depois) o endereço e comprovações profissionais. Indague do estilo de trabalho: saiba se o recrutador atua sob contingência (recebe remuneração somente se o candidato que indica for contratado) ou empreitada. Confirme, mais tarde, os contatos, para estabelecer a credibilidade e a reputação dessa pessoa.

Tenha sempre à mão um currículo atualizado, pronto para ser enviado.

Se a conversa não interessar, descarte logo a oferta e encerre o contato. Se quiser, ofereça-se para indicar outra pessoa para o cargo.

Se você se sentiu atraído pela oferta, procure identificar qual é a empresa que contratou o head hunter. Pesquise com atenção as características da empresa, a partir de informações que o próprio recrutador deve fornecer, como balanço, notícias de jornais e revistas etc. Se a empresa tiver um web site, faça uma visita. Se conhecer alguém que trabalhe na empresa, procure saber o que pensa sobre o clima e a cultura da empresa.

Não banque o difícil. Aceite encontros, retorne chamadas telefônicas. Coopere.

Não minta. Nunca. Sobre nada. Fale claramente e verdadeiramente sobre a sua experiência profissional, educação ou remuneração.

Dê nomes e telefones de suas referências. Isto mostrará que você nada tem a esconder.

É importante que você não se queime nem com o head hunter nem com o seu empregador atual. Por isso tome precauções no ambiente de trabalho: a despeito de todos os cuidados e confidencialidade, você pode se distrair e escorregar. Conte aos seus superiores que têm recebido ligações de head hunters, mas que isso não significa que esteja procurando emprego.

Você até pode usar uma oferta para conseguir aumento no emprego em que está. Mas cuidado: essas estratégias podem ser tiro saindo pela culatra. O seu atual empregador pode aproveitar para aceitar o que ele considera um pedido de demissão.

Deixe que o head hunter interfira em seu nome na negociação de remuneração e benefícios. Já que ele é remunerado pela empresa contratante, quanto mais ele conseguir para você, mais terá para si próprio. Portanto, considere-o como uma espécie de advogado de defesa, no processo.

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Não deu certo? Tenha em mente que de cada 200 pessoas consultadas para uma vaga por um head hunter, talvez 20%, ou 50 candidatos, passem pelo primeiro crivo, que cinco serão finalistas, e que apenas um terá o emprego. Não encare uma rejeição como uma questão pessoal: o processo de busca objetiva um profissional perfeito para aquele cargo, e se você não foi escolhido, certamente foi bom ter acontecido, porque a vaga não era mesmo feita para você.

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Use e abuse da criatividade para alcançar suas metas profissionais

* Rui Santo

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai

ser diferente." Carlos Drummond de Andrade

Vamos exonerar de dentro de nós, por mais do que justa causa:

- pressupostos, preconceitos, hábitos limitantes, expectativas que não se concretizaram e outras restrições que nós mesmos nos colocamos - chances que não vingaram - desencontros de relacionamentos, reencontrando-os - brigas e discussões, trocando-as por diálogos e conversações - dificuldades, recortando-as e reiniciando pelas partes mais fáceis, ganhando ânimo e motivação para enfrentar as mais difíceis - o que não deu certo, subtraindo a teimosia e a resistência e potencializando a perseverança e a flexibilidade - o que está sobrando e que ainda pode ser útil para outro - o fluxo que murchou e energizar as ondas de outros mares

Um outro tempo se apresenta cheio de oportunidades para quem nunca desiste, persistindo no foco. Todos os caminhos levam a Roma, diz o ditado.

Por que um só caminho levaria ao nosso objetivo?

A solução é encontrar um objetivo maior, outro objetivo, em outro lugar, outro momento, outra posição ou até outra carreira.

Grandes objetivos podem ser atingidos por infinitos caminhos. Encontrar esse caminho livre para você é questão de criatividade. Use-a para encontrá-lo, abuse de sua imaginação até descobri-lo. Caminhos livres são os caminhos criativos, nos quais é você quem decide a velocidade de percorrê-los. Em caminhos congestionados, pelos quais muitos optaram,

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somos empurrados pelos que chegaram depois e impedidos de continuar pelos que chegaram antes. Está congestionado pelos fregueses de sempre.

Inscrever o tempo num calendário é persuadi-lo a que nos permita reiniciar outra florada

Um ensejo de reiniciar de novas maneiras. A necessidade de renascer fez com que a natureza nos desse quatro estações, e o homem, com sua criatividade e imaginação, criasse a folhinha para nos permitirmos um reinício diferente. A harmonia entre ambos se espraia em inúmeras perspectivas de renascimentos que podemos utilizá-las. Cultivar um "O" - um zero - como reinício? Uma letra "O" de "Ou"? Um Ovo? Uma esfera de possibilidades de fazer gol? Um meeting point para encontros e reencontros? Um momento de equilíbrio? Um círculo aprisionador?

Dependendo do que enxergamos no cultivo, colhemos.

Vamos reiniciar um tempo de uma outra florada?

E que você obtenha uma florada mais viçosa e mais farta do que todas as outras!

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Como ter sucesso na busca por um emprego

* Renata Dias

A maioria das pessoas reclama da dificuldade em encontrar uma oportunidade no mercado de trabalho, mas muitas vezes não se dá conta de que pode estar seguindo pelo caminho errado. Não adianta, por exemplo, distribuir milhares de currículos sem prestar atenção se cada uma daquelas oportunidades se encaixa em seu perfil. Para traçar uma estratégia de sucesso, você precisa levar em consideração a sua idade. Dependendo da sua faixa etária, a forma de procurar emprego é diferente.

A reportagem do Carreira & Sucesso conversou com duas consultoras em Recursos Humanos do Grupo Catho sobre o assunto. Elas deram dicas de como buscar um emprego com sucesso de acordo com a idade. Confira:

Dos 18 aos 24 anos

De acordo com a consultora Camila Alves, o estágio nessa faixa etária é o mais recomendável. "Para conseguir uma oportunidade, procure na Internet empresas que estejam contratando, listas telefônicas, páginas amarelas e anuários, endereços de organizações nas quais você possui interesse em trabalhar. Além disso, é recomendável que faça o cadastro em diversos sites de emprego. É possível ainda procurar agências de emprego e de consultoria em recursos humanos e enviar o seu currículo para todas. Muitas empresas possuem um espaço no próprio site para registo do currículo de profissionais interessados em trabalhar nela. Vale a pena se cadastrar" orienta.

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A consultora Patrícia de Mônica indica que as organizações esperam que os jovens sejam capazes de assumir compromissos e terem responsabilidades. "Por isso, desde o início mostre que você possui vontade de trabalhar, aprender, ouvir e contribuir com a empresa. Na busca por um emprego, o jovem poderá contar com a ajuda da Internet, que é uma das grandes aliadas para quem está em busca de uma oportunidade. Além disso, é importante contar com a indicação de amigos, parentes e dos professores. Estes poderão ser considerados as referências profissionais que o jovem ainda não adquiriu. É fundamental participar de inúmeras atividades que poderão ajudar a driblar a falta da experiência profissional e a conquistar uma vaga no competitivo mercado de trabalho". Camila lembra que uma ótima chance de beneficiar sua carreira pelo resto da vida é buscar a oportunidade de trabalhar em uma multinacional. "Um jovem que estagiou em uma multinacional é muito valorizado, pois nestas empresas os estudantes aprendem a planejar mais, além de sofrerem uma cobrança intensa referente ao cumprimento de metas".

Segundo Patrícia de Mônica, para aqueles que estão começando, é preciso ser bastante flexível e aceitar trabalhar em atividades que em princípio possam não ter relação com o que se almeja. "Geralmente as vagas para os jovens profissionais estão concentradas em atividades temporárias como as oferecidas pelos Shopping Centers, Setor Alimentício, Lojas, Parques de Diversão, Telemarketing, Recepção em Eventos e Feiras. Nenhum tipo de atividade deve ser descartada, já que ela poderá proporcionar novos conhecimentos e contatos com profissionais de outras áreas", aconselha.

Dos 25 aos 39 anos

Nessa fase, segundo Camila Alves, o profissional já teve tempo de criar sua rede de relacionamento, o chamado networking. Então, para ela, essa é a melhor forma de procurar emprego nessa faixa etária. "O networking tem sido uma das maneiras mais eficazes, pois constrói relações, cria impressões favoráveis e ainda faz com que o profissional ganhe visibilidade no mercado de trabalho. Patrícia acrescenta que também é indicado procurar emprego nos sites das grandes empresas do ramo onde você esteja investindo a sua formação e experiência. "A maioria tem links para o departamento de recursos humanos e áreas para cadastros ou currículos virtuais, os quais você deve preencher e aguardar por uma oportunidade".

Camila fala sobre o perfil mais desejado pelos empregadores quando o candidato tem entre 25 e 39 anos: "ele deve ser capaz de atuar em organizações empresariais públicas ou privadas, nas funções de direção, assessoria, planejamento e consultoria, demonstrando uma capacidade analítica, compreendendo as organizações, seus processos, limitações e relações de negociação com os ambientes interno e externo. O profissional não deve estacionar só porque já possui uma graduação. A empresa espera que o profissional esteja se atualizando nessa fase, realizando cursos de pós-graduação voltada para sua área específica ou mesmo um MBA". Patrícia complementa: "é a fase de fazer, de mostrar resultados, por isso serão valorizados os profissionais que possuem visão de futuro, capacidade analítica e compreensão da organização como um todo. Espera-se que o profissional consiga colocar em prática as suas idéias, muito mais do que simplesmente idealizar grandes projetos".

Depois dos 40 anos

Segundo Patrícia, os profissionais acima de 40 anos são mais caros para as empresas do que profissionais jovens devido à ampla experiência profissional, e este é o principal motivo dos empregadores terem preconceito contra a idade. "Nessa situação, a melhor opção é não mencionar a idade no currículo e deixar para esclarecê-la durante as entrevistas de emprego. Além disso, é interessante elaborar uma carta de apresentação. Redija um texto de impacto,

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no qual mostre que você é o perfil ideal para a vaga. O profissional nessa faixa etária também poderá contar com os serviços de recolocação profissional, que consiste em orientar o candidato sobre o mercado de trabalho".

Camila lembra sobre a importância do networking: “nessa idade, é ainda mais importante cultivar os contatos, ligando para amigos, visitando empresas, participando de atividades sociais, enfim, permanecendo na lembrança das pessoas”. Ela também fala sobre o currículo: “atualize-o com objetividade e clareza. Encaminhe seu currículo para todas as pessoas em empresas que possam ter interesse no seu perfil profissional e na sua colaboração. E mande também para as empresas de recrutamento, que podem intermediar ótimas oportunidades”.

Ainda de acordo com Camila, os setores mais apropriados para procurar emprego quando se tem acima de 40 anos são os que necessitam de consultores como por exemplo entidades do Terceiro Setor. "O Terceiro Setor contrata para serviços específicos e temporários pessoas que já possuem um determinado grau de experiência e que não têm um vínculo exclusivo de trabalho. Setores como Administração de Negócios, Contabilidade, Marketing e Previdência Privada também contratam um número significado de consultores/prestadores de serviços", alerta.

O mercado de trabalho é bastante competitivo. Por isso, você deve concentrar todo o seu conhecimento e energia para buscar uma oportunidade no mercado de trabalho. Elabore uma estratégia que leve em consideração o seu perfil. Certamente, logo você terá encontrado o que tanto procura: um emprego.

Seção: SUCESSO

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Conheça o segredo do NETWORKING

Hoje em dia, o networking é uma ferramenta fundamental para quem está em busca de uma nova oportunidade no mercado de trabalho. Uma pesquisa do Grupo Catho revelou que 38,3% dos profissionais contratados em 2002 conseguiram seus empregos por meio da indicação de amigos. Segundo o estudo, o networking funciona em todos os níveis hierárquicos, principalmente em escalões inferiores como profissional especializado.

Mas como essas pessoas conseguiram fazer o networking funcionar? Qual o segredo? Nessa semana, vou dar uma valiosa dica ao leitor que está procurando um emprego. Preste atenção, pois muitos de vocês podem estar seguindo pelo caminho errado.

Imagine um conhecido te ligando e dizendo: “eu sei que faz anos que não nos falamos. É que estive muito ocupado com meu trabalho e com a minha família nos últimos tempos. Mas agora tudo mudou. Perdi meu emprego. Você sabe de alguma oportunidade para mim?”. Errado!!! Nunca faça isso. Se este é o seu discurso para conseguir uma oportunidade, você

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será uma pessoa eternamente desempregada... e pior: não será bem-vinda.

Uma dica que vale ouro: feche a sua boca e aprenda a escutar. Para o networking funcionar, a conversa precisa agradar a todos, e não somente à pessoa que está em busca de um emprego. Você não deve escutar apenas as palavras que estão sendo ditas, mas também os sentimentos e as atitudes da outra pessoa. Você realmente deve escutar, e não se preparar para fazer o próximo comentário. Jamais interrompa. Isso mostra respeito à outra pessoa e as suas opiniões. Não faça perguntas que tenham como resposta “sim” ou “não”. Faça com que a conversa se prolongue. Quando as perguntas focam nas experiências da outra pessoa, ela se sente mais confortável, mais disposta a levar uma conversa adiante.

Você deve estar se perguntando: “mas quem precisa de emprego sou eu!”. Calma, eu sei disso. Antes de fazer o seu marketing pessoal, deixe que a pessoa se envaideça, deixe que ela te conte as suas conquistas. Isso a deixará mais confortável. Afinal de contas, quem não gosta de falar de si mesmo? Faz bem para o ego. Fique tranqüilo, pois a sua vez também chegará. Naturalmente, ela vai se interessar por suas pretensões. Ela vai querer saber o que anda fazendo, que experiências tem tido nos últimos tempos e de repente pode até te oferecer um emprego.

Agindo dessa forma, o networking ficará mais agradável. Não será apenas uma troca de cartões ou um pedido de ajuda. Você não será visto como um interesseiro, que quer somente se aproveitar das pessoas. Será lembrado como uma pessoa simpática, que mantém não apenas uma conversa, mas uma troca de experiências.

Lembre-se: você tem dois ouvidos e apenas uma boca. Use-os proporcionalmente. Para os introvertidos, parece ser uma ótima idéia. Para os extrovertidos, é uma oportunidade de olhar o mundo sob um novo ângulo, aprendendo com as experiências de outras pessoas e aumentando as suas chances de conquistar o tão sonhado emprego.

Dr. Thomas A. CaseFundador do Grupo Catho

Seção: SUCESSO

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Networking. Você sabe fazer o seu?

MAS, AFINAL, O QUE É NETWORKING?

Podemos dizer que é a formação de um grupo de apoio.

Se você decidir criar um desses grupos, tudo o que você tem a fazer é encontrar pessoas que estejam na mesma situação que você. Entre os seus amigos alguém certamente conhece alguém que tem as mesmas necessidades que você. Juntos, seus objetivos são simples: encontrar-se regularmente para trocar idéias e dicas. Outras pessoas se juntarão a vocês, e o grupo está formado. Você pode também optar por tornar-se um participante ativo de um grupo que já exista. Nas reuniões, é importante compartilhar quais são os seus

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medos, as suas inseguranças. Seus companheiros podem ter passado pelas mesmas sensações e quem sabe conseguiram maneiras de superar as falhas. Você aprenderá com eles assim como eles aprenderão com você.

Se você é uma pessoa introvertida - como, de resto, são 25% da humanidade -, tudo pode parecer difícil: você vai precisar, mais do que nunca, conversar com todo mundo que você conhece.

Em resumo, fazer networking é simplesmente conversar com pessoas e contar como você faz bem o que você está fazendo, no trabalho, no lazer ou em seu grupo social. Porque o que conta não é só o que você sabe, mas quem sabe o que você sabe...

PEDIR DEMAIS?

Há pessoas que acham que fazer networking é pedir favores. Não é. Aliás, networking nem tem relação direta com a obtenção de emprego. Fazer networking é a capacidade de manter relacionamento com pessoas que tenham interesses que possam partilhar com você, em contatos de benefícios mútuos. Existem grupos de profissionais da mesma área em diferentes empresas que se reúnem com regularidade para discutir problemas comuns e repartir soluções. Quando bem feito, o networking é um processo evolutivo que deve ser continuado com freqüência, se não diariamente. É uma coisa tão natural como comer ou dormir. É simplesmente manter contato com as pessoas, sem esquecê-las e sem deixar que elas o esqueçam. Isto é possível toda vez que você sai de casa, vai a um restaurante, à padaria. Cada vez que você encontra pessoas e discute com elas alguma informação que ajude você a formar uma opinião sobre qualquer assunto, você está fazendo networking.

NETWORKING TAMBÉM FUNCIONA PARA PROCURAR EMPREGO

Se acontecer de uma das pessoas do grupo perder o emprego, os outros estarão lá para ajudar. Networking não é uma técnica impessoal e manipulativa de conseguir emprego. É uma forma de melhorar a sua visibilidade no mercado de trabalho e coletar informações importantes que ajudem você a encontrar oportunidades de conseguir emprego. Fazer networking não é absolutamente promover uma transação. É construir relações, ganhar visibilidade, colher informações e criar impressões favoráveis e duradouras.

Aqui, literalmente, o meio é a mensagem. E incidentes felizes constituem mais regra do que exceção, quando você circula e tem visibilidade no meio.

Networking, basicamente, é fingir que você não quer emprego quando está louco para conseguir um. Mas fingir de tal forma que jamais fale em trabalhar naempresa cujo executivo você procurou para receber orientação. Se o assunto surgir, terá que surgir por parte do outro, nunca de você. Lembre-se: você não foi até lá pedir emprego, mas pedir orientação. Não traia a confiança de quem o recebeu.

Quando procurar uma pessoa, pense nas perguntas que essa pessoa fará a si mesma quando receber a sua visita, ou a sua chamada telefônica:

1. Por que, realmente, ele está me visitando/telefonando? 2. Quem indicou o meu nome? E por quê? 3. O que sei que pode interessar? Que tipo de ajuda posso oferecer? 4. O que preciso saber da situação para aconselhamento adequado? 5. De que forma posso me comprometer com esta situação? 6. Qual a dimensão do que você vai me pedir? 7. Existem riscos?

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Se você estiver pronto para responder a estas questões, está pronto para fazer o contato.