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Serena Oliveira da Silvadias de hoje, é tão minucioso em detalhes e sentimentos, que em dados momentos nos pegamos sorrindo ou apreensivos, em outros quase conseguimos sentir o cheiro

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Serena Oliveira da Silva

Irmãs? Sim!!!... ... e gêmeas de coração!!!!

ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DA URI CAMPUS SANTIAGO

2018

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Irmãs? Sim!!!... ... e gêmeas de coração!!!!

Serena Oliveira da Silva

Projeto “Nascem Poetas e Escritores”

- 7º Ano -

Coordenação do Projeto: Prof.ª Esp. Ana Maria Brum Diretora: Prof.ª Maria Luiza Tamiosso Machado

Vice-Diretora: Prof.ª Roselaine Lehnhardt Lamberti Coordenação Pedagógica: Prof.ª Lia Amaral

Revisão do Texto: Prof.ª Márcia R. Sapper Biermann Diagramação: Prof.ª Luciane Machado Fraga

Ilustrações: Vanessa Obem

ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DA URI CAMPUS SANTIAGO

2018

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Irmãs? Sim!!!... ...e gêmeas de coração!!!!

Serena Oliveira da Silva Escola da URI

Dedicatória Dedico esse livro, principalmente, à minha irmã, mas

também à minha mãe por ter me ajudado sempre que

precisei. Dedico também à Professora especialista Ana

Maria Brum, Professora Luciane Fraga, professores da

Escola da URI e alunos do curso de letras da URI Campus

Santiago por todo o apoio na elaboração e correção do

livro.

Obrigado a todos por terem feito esse sonho de

escrever um livro ser possível.

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Serena Oliveira da Silva Escola da URI

Prefácio Certamente você já ouviu alguém dizer, ou até mesmo

disse, algo do tipo: “a vida desta pessoa dava um livro”, não

é mesmo?!?!!! Geralmente a “pessoa” em questão é alguém

com uma certa idade, ou muito famosa, que tenha realizado

grandes coisas.

Bueno, Serena ainda não tem 13 anos e apostou que

sua vida daria um livro. E deu. Um livro muito legal.

O relato que ela faz desde o seu nascimento até os

dias de hoje, é tão minucioso em detalhes e sentimentos,

que em dados momentos nos pegamos sorrindo ou

apreensivos, em outros quase conseguimos sentir o cheiro

do lugar que descreve, como quando relembra suas férias

no sítio dos avós.

O livro também nos fala sobre o amor incondicional

entre irmãs, que apesar da diferença de idade se sentem

responsáveis uma pela outra e amam esta cumplicidade.

É muito legal ler uma obra em que você reconhece

passagens que poderiam ser de sua própria história de vida,

e Serena consegue fazer isso muito bem.

Márcia Regina Sapper Biermann

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Serena Oliveira da Silva Escola da URI

Sumário Primeiro capítulo:

O começo de tudo ................................................... 6 Segundo capítulo:

O nascimento .......................................................... 8 Terceiro capítulo:

O batizado .............................................................. 11 Quarto capítulo:

Chatonilda.............................................................. 13 Quinto capítulo:

Banho de pomada ................................................. 16 Sexto capítulo:

“catona” ................................................................. 18 Sétimo capítulo:

“...taga esse...” ....................................................... 20 Oitavo capítulo:

A família aumentou ............................................... 22 Nono capítulo:

O sítio da Vó Teresa .............................................. 25 Décimo primeiro capítulo:

Avô Julio ................................................................ 32 Décimo segundo capítulo:

A escolinha ............................................................ 35 Décimo terceiro capítulo:

Porto Alegre ........................................................... 38 Décimo quarto capítulo:

Viagem a Caxias do Sul ........................................ 43 Décimo quarto capítulo:

Férias na praia ....................................................... 46 Segundo capítulo:

Vamos ter mais uma integrante na família! ......... 53 Biografia ........................................................................... 58

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Serena Oliveira da Silva 6 Escola da URI

Primeiro capítulo

O começo de tudo

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Serena Oliveira da Silva 7 Escola da URI

Como já diz o subtítulo, eu irei falar sobre quando

tudo começou, ou seja, quando a minha irmã tinha apenas

quinze anos de idade e eu nenhum, pois ainda não tinha

nascido.

Quando minha mãe descobriu que estava grávida,

minha irmã tinha quatorze anos de idade e, como não

gostava de ser filha única, ficou muito feliz em ter uma

irmã ou um irmão e ainda mais porque seria seu

“presente” de quinze anos.

Quando faltava apenas um mês para minha mãe dar

à luz, ela ainda não sabia qual era o sexo da criança.

Minha mãe falou que não sabia qual era o mais nervoso,

se ela, minha irmã ou meu pai. Quando, finalmente,

descobriram o sexo da criança, elas compraram apenas

algumas roupinhas de menina (o resto das roupinhas

eram todas verde ou amarelo), minha irmã fez “a festa”

nas lojas, tudo o que enxergava de menina queria

comprar, a mãe quase enlouqueceu. Mas tem um detalhe,

todas essas compras estavam sendo feitas com o dinheiro

que a mãe compraria o presente de aniversário de quinze

da mana. É óbvio que minha mãe não obrigou a mana a

“cancelar” o presente dela, ela que optou em me dar de

presente esse enxoval de coisas.

E, como vocês já podem ver, desde que eu estava

na barriga da minha mãe, a minha mana já cuidava de

mim.

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Serena Oliveira da Silva 8 Escola da URI

Segundo capítulo

O nascimento

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Serena Oliveira da Silva 9 Escola da URI

O dia do meu nascimento acabou sendo antecipado,

todos estavam preocupados porque minha mãe

apresentava um probleminha de pressão alta.

No dia marcado pelos médicos, lá foram todos:

minha mãe, meu pai e minha irmã, carregando a mala com

minha primeira roupinha que ela fez questão de escolher.

Nasci no dia 21 de dezembro, bem quando começa

o verão, mas no dia em que saímos do hospital estava

acontecendo o maior temporal.

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Serena Oliveira da Silva 11 Escola da URI

Terceiro capítulo

O batizado

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Serena Oliveira da Silva 12 Escola da URI

Eu fui batizada em casa quando tinha mais ou

menos cinco dias de vida, e minha mãe não poderia

escolher uma madrinha melhor, a minha irmã.

As amigas da mana descobriram que eu seria

batizada, e começaram a “azucrinar” a minha irmã pra ela

pedir a minha mãe para serem madrinhas também. É

óbvio que a mãe e a mana sabiam que, no futuro, as

gurias não dariam aquela atenção pra mim, mas não tinha

jeito de “enrolar” aquelas meninas.

Pra resumir “ganhei” muitas madrinhas.

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Serena Oliveira da Silva 13 Escola da URI

Quarto capítulo

Chatonilda

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Serena Oliveira da Silva 14 Escola da URI

Quando eu nasci, o prédio que nós moramos havia

acabado de ser construído e o nosso apartamento tinha

sido mobiliado recentemente. A noite eu dormia no berço

que ficava no lado da cama dos meus pais. Como eu havia

nascido em dezembro, as escolas estavam em férias,

então minha irmã ajudava um pouco minha mãe, ela

trocava fralda, fazia mamadeiras, me dava banho,

passava todo o tempo “babando” em volta de mim

De manhã minha mãe saía cedo para o trabalho,

então a mana ia para o quarto da minha mãe para ficar

cuidando de mim.

A mana me contou que, quando eu já sabia falar,

tinha uma coisa que ela achava engraçado que eu fazia.

Se ela estava dormindo, eu me levantava e falava bem

baixinho: “– Mana eu não quero te acordar, mas você

pode levantar pra fazer um mamá pra mim?”, Ela achava

isso muito engraçado porque de qualquer jeito eu iria

acordá-la.

Como a minha mãe teve que começar a trabalhar

quando eu tinha dois meses, eu iniciei a mamar cedo na

mamadeira, e quando a mana ia me dar mamá eu ficava

assegurando o dedão dela, as vezes ela brigava comigo

por que eu machucava.

Quando minha irmã foi me levar pra passear pela

primeira vez, eu devia ter uns cinco ou seis meses. Ela me

arrumou todinha, botou roupa e sapatos novos, e fomos

para a casa de uma colega dela, assistir filme. Quer dizer,

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Serena Oliveira da Silva 15 Escola da URI

ela ia ver filme eu provavelmente iria dormir. Ok,

assistimos o filme, e quando estávamos voltando pra

casa, ela olhou para o meu pé e estava faltando um pé de

sapato. Ao chegar em casa, ela estava com medo de

contar pra minha mãe pois era o primeiro sapatinho que

eu tinha ganhado. Quando minha mãe chegou em casa,

viu que faltava um pé do sapatinho, mas não brigou pois

ela sabia que tinha sido sem querer. Sei que na época a

mana deve ter ficado com bastante medo, mas hoje,

quando ela me conta, morre de rir.

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Serena Oliveira da Silva 16 Escola da URI

Quinto capítulo

Banho de pomada

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Serena Oliveira da Silva 17 Escola da URI

Minha irmã foi uma babá muito legal, ás vezes ela

era meio “avoada”, ela me cuidava “de longe”, brincando

comigo com assovios e gritos que só nós duas

entendíamos.

Mas teve uma vez que ficou gravado na memória de

todo mundo lá de casa: eu estava brincando na cama da

minha mãe, então ela ficou despreocupada e me deixou

lá, claro que criança apronta... e eu aprontei. Peguei a

caixa de bebê que estava na cama e fui tirando tudo: tirei

as fraldas da caixa e abri todas elas, peguei a caixa de

cotonetes e espalhei pela cama, consegui, não sei como,

abrir a pomada de assadura e fui espalhando pomada,

nas mãos, nos pés, nas pernas, nos cabelos, tomei um

“banho” e devo ter achado muito legal porque fiquei toda

branca. A mana disse que teve vontade de me colocar de

“molho” para tirar todo aquele grude que fiquei.

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Sexto capítulo

“catona”

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Serena Oliveira da Silva 19 Escola da URI

Quando eu era pequena minha mãe me deu de

presente uma poltrona, daquelas de criança,

pequenininhas. Eu era apaixonada. Sempre que ia jantar,

almoçar ou olhar televisão eu gostava de ficar sentada

nela, ela era uma poltrona verde cheia de desenhos de

peixinhos.

Uma coisa muito engraçada aconteceu quando

minha mãe e minha irmã estavam arrumando a sala,

trocaram os móveis de lugar várias e várias vezes, até

acharem um lugar bom para cada um deles, e eu, em volta

delas, mudando minha poltrona de lugar também.

Até que minha irmã resolveu sentar na minha

poltrona porque estava cansada. Eu fiquei com ciúmes, fiz

ela levantar, coloquei a poltrona do outro lado da sala e

acabei me distraindo com outro brinquedo. Quando a sala

estava arrumada, voltei lá e no lugar onde eu tinha

colocado a minha poltrona estava o sofá grande da sala.

Minha mãe disse que eu entrei em pânico, comecei a falar

muita coisa numa linguagem de criança que não era muito

compreensível, mas o que dava para entender é que eu

estava desconfiada da minha irmã, eu dizia para ela:

”- Você magoou minha catona mana, você magou

minha catona!!!”

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Sétimo capítulo

“...taga esse...”

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Serena Oliveira da Silva 21 Escola da URI

A mana sempre cuidava de mim, escolhia as roupas

para eu vestir para que, como ela dizia, eu ficasse com

um “look” muito legal. A minha mãe conta que a mana

ficava cuidando nas vitrines as roupas infantis para

comprar para mim. Se fosse por ela, compraria todas as

roupas que enxergasse.

Eu ainda era pequena e usava uns chinelos com

elástico, para firmar melhor no meu pé. Um certo dia a

mana resolveu cortar o elástico de um chinelo dos meus.

Quando minha mãe chegou do trabalho, eu fui correndo

encontrá-la, e acho que tive medo que ela brigasse

comigo achando que eu tivesse cortado o elástico,

comecei a falar sem parar na língua que só criança

entende:

- Mãe, a mana tagô meu chinelo!!.

Minha mãe demorou um pouco para entender a

situação e quando finalmente entendeu, achou muito

engraçado eu estar tentando me livrar da culpa e

dedurando a mana. Vendo que ela não ficou brava, eu

corri para o meu quarto e trouxe outro par de chinelo,

estendi para a mana e disse: - taga esse também mana !

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Serena Oliveira da Silva 22 Escola da URI

Oitavo capítulo

A família aumentou

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Serena Oliveira da Silva 23 Escola da URI

A mana começou a namorar e eu era bebê de colo

ainda, “adotei” a família do namorado dela como minha,

ganhei tias e avós, a família era grande, tinha muitas

crianças e cresci com todos me cuidando.

O vô Adão brincava comigo e sempre deixava eu

mexer no fogo da lareira. Eu ficava de longe cutucando o

fogo e ele supervisionando, apesar de todos ficarem

brigando com ele por ser uma brincadeira muito perigosa.

A “Titi”, Elisiane, foi minha babá por um tempo e

sempre vou lembrar que ela fazia minha comida preferida

na época: mingau de farinha de milho.

A “Tia Neguinha”, Elise, sempre foi de carregar todas

as crianças da casa, da vizinhança e, claro, eu junto. Eram

muitas brincadeiras, passeios e muita bagunça.

No verão sempre íamos acampar num lugar no

interior do município. No local havia um rio, várias sangas

e em algumas vezes as pitangueiras estavam cheias de

frutas e deixavam a paisagem linda. Eu adorava dormir na

barraca, sempre com a Tia Neguinha.

No rio fazíamos aquela folia, todos nós que éramos

pequenos e não sabíamos nadar, íamos para o rio brincar

nas corredeiras, juntávamos pedrinhas e até fazíamos

guerrinha com barro.

Ainda lembro que eu tinha muito medo dos lagartos

que apareciam por lá. Eles nem eram tão grandes, mas

na minha visão de criança pareciam até monstros.

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Serena Oliveira da Silva 24 Escola da URI

Quando resolvíamos pescar era uma confusão danada.

Muitas crianças não sabiam mexer com anzol, muito

menos com as iscas, que geralmente eram minhocas, e

os menores não tinham coragem para colocá-las no anzol

de jeito nenhum.

No caminho próximo ao acampamento tinha uma

velha casa abandonada. As histórias que contavam para

nós, crianças, era que ali foi a casa de uma bruxa e quem

não se comportasse seria levado para a bruxa castigar.

Isso nos deixava aterrorizados.

Um fato engraçado que lembro é uma ocasião em

que estávamos voltando do acampamento de carro e a

estrada, que era uma subida muito grande, estava com

muito barro pois tinha chovido. Os carros começaram a

derrapar e não conseguiam subir. Todo mundo desceu

para os adultos tentarem resolver o problema. Não sei

quanto tempo demoramos para chegar em casa, mas

lembro bem que todo mundo ficou muito enlameado pois

saltava barro para todo lado e nós fizemos a maior festa.

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Serena Oliveira da Silva 25 Escola da URI

Nono capítulo

O sítio da Vó Teresa

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Serena Oliveira da Silva 26 Escola da URI

Meus avós paternos moravam em um sítio onde a

mana gostava muito de ir e me levava junto. Íamos

sempre numa turma grande e a diversão era garantida.

No sítio tinha muitas frutas, laranja, bergamota, uva,

pêssego e também tinha o bosque com pitangueiras e

jabuticabeiras. Tínhamos diversão na certa ao brincar no

pomar, subir nas laranjeiras, colher as frutas direto no pé,

fazer “guerrinha” de casca de laranja, dar frutas

descascadas para as ovelhinhas, tratávamos delas como

se fossem crianças como nós.

A minha avó tinha muitas galinhas e eu sempre

corria muito atrás dos pintinhos para tentar pegá-los.

Também gostava de recolher os ovos para minha avó

cozinhar para mim e fazer bolos, sempre tinha bolo da vó

para o lanche da tarde.

Uma das coisas que eu sempre insistia em fazer era

ajudar a dar comida para os bichos do sítio. Quando tinha

ovelhinha nova para cuidar, as que precisavam de

alimento extra era dado na mamadeira e eu fazia questão

de dar o mamá para elas.

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Serena Oliveira da Silva 27 Escola da URI

Com o meu avô o assunto era cavalo. Ficava o

tempo todo pedindo para andar a cavalo com ele ou para

ele me ensinar a andar sozinha. Eu cavalgava com ele

quando tinha que resolver coisas de campo: ver como

estavam as ovelhas, se tinha nascido ovelhinha, ver se as

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Serena Oliveira da Silva 28 Escola da URI

vacas e os terneirinhos não precisavam de tratamento. E

isso levava quase o dia inteiro. Com todo esse serviço, o

vô nunca podia me ensinar a andar sozinha a cavalo, não

tinha tempo.

Já com minha irmã era diferente. Quando ela era

pequena e ia passar as férias de verão no sítio com eles,

então ela ajudava o meu vô direto. A mana me contou que

numa dessas férias, o meu avô estava construindo um

galpão novo no campo do meu tio e precisava que ela

fosse levar e pegar pequenos materiais e ferramentas

para ele. Ela andava em uma égua que já era muito velha

e ainda estava prenha, estava muito gorda, por isso

andava muito devagar. O meu avô falava que era pra ela

ficar lá com ele para não ter que ficar indo e voltando, mas

ela adorava andar de cavalo, então ficava indo e vindo

com aquela égua, que andava bem devagarinho, mas

bem devagarinho mesmo.

No sítio também tinha uma carroça e com muita

insistência o meu avô atrelava os bois para passearmos

pelo campo. Era uma confusão de crianças em cima

daquela carreta. Nós gostávamos de ir na lavoura, porque

o passeio era longo. Todos nós na carreta e o meu avô

com a picana cuidava dos bois, o tempo todo gritando o

nome deles para orientá-los. Eu adorava porque queria

ficar inventando novos nomes para eles.

Outra coisa que eu e a mana adorávamos fazer era

passear no campo. Nós ficávamos quase a tarde toda

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Serena Oliveira da Silva 29 Escola da URI

andando, íamos em vários lugares e claro sempre

aprontando alguma coisa e dando muita risada. Eu

gostava de ir caminhar também porque a mana começava

a contar histórias que aconteceram com ela e com os

nossos primos. E, vou falar pra vocês, eles eram umas

pestes. Certa vez, a mana e o meu padrinho viraram um

armário da minha vó que estava cheio de porcelana e por

incrível que pareça não quebrou quase nada, mas a minha

vó não teve um ataque do coração por detalhes. A coitada

levou um susto que acho que até hoje se lembra.

Outra vez, eles ainda eram pequenos e ficaram

brincando sozinhos dentro de casa enquanto minha vó

limpava o pátio e as calçadas. Então “resolveram” tomar

banho na pia da cozinha, subiram, ligaram a torneira e

brincaram tanto que quase alagaram a cozinha toda, sem

falar que gastaram toda a água da caixa usada para

abastecer a casa.

Quando chegava a hora de dormir, íamos todos para

o galpão onde minha avó tinha posto umas camas e uns

colchões. Todos já arrumados para dormir, exaustos

depois de um dia de muita correria e então o namorado

da minha irmã começa a falar que tem morcegos no forro

do galpão: “– Não estão escutando barulho de morcegos

e de lobos uivando?”. Como quase todas as crianças

tinham a mesma idade, ficavam com muito medo, virava

uma gritaria e todo mundo enfiado embaixo dos

cobertores, nem um fio de cabelo descoberto. Cada

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Serena Oliveira da Silva 30 Escola da URI

barulhinho que escutávamos era um susto, a mana

tentando dormir e eu não deixava, quase não dormíamos.

Outro momento engraçado que aconteceu foi

quando o namorado da mana pegou uma carroça velha e

pequena e “deu uma de cavalo”. Ele carregava as

crianças na carroça pelo campo, e a mana do lado dele

colhendo bergamota. Quando nós finalmente paramos de

andar de carroça ele estava morrendo de cansaço e nós

eufóricos, loucos para que chegasse o outro dia para

andarmos mais um pouco de carroça.

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Serena Oliveira da Silva 31 Escola da URI

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Serena Oliveira da Silva 32 Escola da URI

Décimo capítulo

Avô Julio

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Serena Oliveira da Silva 33 Escola da URI

Quando minha irmã estava de férias da escola eu e

ela íamos no meu avô materno que mora três quadras da

nossa casa e passávamos quase a tarde toda na casa

dele. Como eu e a mana adoramos cachorros e meu avô

tem muitos, nós ficávamos brincando com eles.

Em algumas tardes nós íamos para lá, eu ficava

brincando com uma amiga que mora lá perto e a mana

ficava conversando com ele ou até brincando conosco,

era muito bom porque nós ríamos muito. Se tem coisa que

vou lembrar sempre, são das histórias engraçadas e das

gargalhadas do meu avô, são inesquecíveis.

O meu avô mora numa rua que é uma ladeira então

no lado da casa tinha uma ladeirinha. Olhando agora ela

parece pequena, mas naquela época, para mim, que era

criança, parecia muito grande. A mana sempre levava

algum brinquedo meu pra lá e uma vez ela levou uma

motoca toda rosinha com azul. Eu fiquei um tempão

andando de motoca lá sozinha, mas logo depois chegou

a minha amiga com a motoca dela e nós começamos a

andar juntas. A mana notou que nós já estávamos

cansadas de ficar andando pra lá e pra cá e teve a

brilhante ideia de nos ensinar a descer aquela ladeirinha.

o que foi engraçado é que ela subiu na motoca e desceu

a ladeira. O meu avô viu aquilo e falou que ela ficou

parecendo uma aranha gigante naquela motoca

minúscula.

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Serena Oliveira da Silva 34 Escola da URI

Todo final de ano nós vamos jantar na casa do vô

Julio, o reveillon da família é sempre lá.

Teve um ano que eu e a mana fomos de tarde para

a mana ajudar a arrumar as coisas para a noite. Eu, minha

amiga e meu primo, que naquela época devia ter uns

quatro anos, fomos brincar lá no pátio do fundo bem

pertinho de onde os adultos estavam

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Serena Oliveira da Silva 35 Escola da URI

Décimo primeiro capítulo

A escolinha

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Serena Oliveira da Silva 36 Escola da URI

Quando comecei a estudar na escolinha eu fiquei

muito feliz porque iria fazer novos amigos e também

porque quando a aula acabasse a Vó Nelci viria me buscar

e eu iria pra casa dela.

Nos primeiros dias de escolinha eu era muito tímida

e ficava quietinha no meu canto, sem falar com ninguém.

Nos próximos dias eu fui fazendo amizades e a minha

melhor amiga era a Manu. Ela era muito legal, nós duas

aprontávamos bastante e dávamos muita risada.

Na saída da escolinha, a Cris ou a Vó Nelci iam me

buscar e íamos para a casa da vó. Depois a mana e a

minha mãe chegavam para me levar pra casa.

Eu me lembro do primeiro dia de aula na escolinha

que, quando a mana e a mãe foram me buscar, a mana

começou a me fazer um questionário sobre como tinha

sido a aula, se eu tinha feito amigos, enfim, ela me

perguntou um monte de coisa eu nem sabia o que

respondia primeiro.

Quando eu já estava quase no último ano da

escolinha, a professora resolveu fazer uma peça da

“Branca de Neve” e eu iria interpretar a madrasta malvada

e estava muito ansiosa, não parava de falar nessa peça,

tagarelava o tempo todo e a mana não aguentava mais

me ouvir falando disso, as vezes eu falava de propósito só

para vê-la brava. Quando, finalmente chegou o dia da

peça, ela estava mais nervosa que eu. Acho que de tanto

eu falar antes, não tinha mais o que ficar nervosa no dia.

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Ao contrário, a mana queria até sair mais cedo de casa

pra não ter perigo de chegar atrasada.

No último ano na escolinha, no dia do meu

aniversário de cinco anos, minha mãe resolveu fazer uma

festinha para me despedir dos professores e dos colegas.

Foi muito legal, o tema da festa era de um filme de

princesa da Barbie e a decoração toda tinha sido feita pela

minha mãe e pela mana, estava tudo lindo.

No outro ano eu saí da escolinha porque já tinha

terminado a educação infantil e então teria que ir para uma

escola de ensino regular. Era bem criança ainda, mas

lembro bem do medo que sentia dessa novidade, porém

a mana estava sempre ali, me dando força e me

acalmando.

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Décimo segundo capítulo

Porto Alegre

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Quando a mana foi morar em Porto Alegre, uma

tristeza enorme tomou conta de mim e a minha mãe não

sabia como me consolar. Na escola eu chorava todo o

tempo, foram dias que eu só queria saber da mana. Com

o tempo a situação ficou mais fácil, começaram os

passeios, eu e minha mãe íamos visitar a mana, era muito

divertido, tudo era novidade.

Ao chegar em Porto Alegre eu queria ir direto

passear no shopping, muitos brinquedos, praça de

alimentação com muito sorvete, muitos doces, muita

novidade que “enchia os olhos”. Depois do lanche a mana

me levava para os brinquedos, carrossel, piscina de

bolinha, joguinhos, muita brincadeira, parecia um sonho.

A mana morava com o meu tio Jorge, casado com a

tia Érica. Minha tia era uma pessoa muito legal, divertida

e muito brincalhona, eles tinham um bebê lindo, o Vini.

Meus tios haviam acabado de construir a casa deles e

tinha ficado linda. Estar lá era sempre maravilhoso porque

os meus tios moravam em um condomínio. Eu fiz amigos

novos e o pessoal que morava no condomínio sempre

estava reunido, fazendo festas.

O tio tinha um cachorro grande, um pastor alemão

chamado Popó. A mana também tinha um cachorro, um

salsichinha chamado Billy, que aliás mora até hoje

conosco. O dois juntos faziam muita bagunça, corriam

pelo jardim, pulavam as plantas ou faziam túneis, o Billy

fazia pequenos buracos e o Popó para imitá-lo fazia umas

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“crateras” no jardim e por isso dava muita briga com eles

por causa disso. Eu jogava bola com os dois, corríamos

pelo pátio como se fôssemos três crianças brincando. Era

muito engraçado ver o Billy nas brincadeiras. Como é

pequeno, ele mordia o Popó, que saía andando com o

Billy pendurado no rabo dele. Em alguns momentos os

dois se desentendiam, um queria comer a ração do outro,

um ia tomar água no pote do outro. O Popó roía uns ossos

gigantes, o Billy tentava roubar, mas o osso era quase do

tamanho dele, e quando era o contrário, o Popó roubava

os ossinhos do Billy e quase engolia inteiro, e a briga

continuava, mas logo estavam correndo e brincando

juntos novamente.

Uma vez a mana me prometeu um passeio especial.

Fiquei muito curiosa e não parava de pedir para a mãe me

levar a Porto Alegre para ver o que era. Chegando lá,

ainda tive que esperar o outro dia para irmos, era um

passeio no zoológico. Fiquei felicíssima, corria de um lado

para o outro, via um bicho e enchia a mana de perguntas,

nem dava tempo de ela me responder e eu já estava

perguntando de outro, tudo era novidade. Lembro que

tinha bichinhos pequenos, pássaros coloridos,

macaquinhos pulando de um lado para o outro, dando

gritos uns com os outros. Depois tinha os animais

grandes, elefantes que para mim pareciam gigantes. As

onças, os leopardos e os javalis eu olhei de longe, davam

muito medo, os hipopótamos dormiam no sol, pareciam

pequenas montanhas no lago. Os aquários estavam

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cheios de peixes, coloridos que nadavam parecendo estar

dançando na água. Quando coloquei uma raçãozinha na

água todos vieram para comer, um cardume inteiro se

juntou, parecendo formar um peixe gigante. Na sala dos

répteis eu nem quis entrar, dei uma espiadinha da

porta...uiiii...dá arrepios, muita cobra, não cheguei nem

perto, até hoje tenho muito medo de cobras, imagina

quando era criança. Antes de ir embora, para a despedida,

fiz um passeio de pônei, como sempre gostei de cavalos,

fiquei realizada, andei pelo zoo a cavalo no pônei me

sentindo uma princesa.

Teve um outro passeio muito legal também. Fomos

para o sítio de um amigo do meu tio, onde tinha criação

de peixes. Eram vários lagos e havia em cada um deles

uma espécie de peixe. Nós colocávamos comida na água

para vê-los saltar, e assim fomos conhecendo cada tipo

de peixe que tinha lá. Mais tarde resolvemos pescar,

também brincamos de andar de pedalinho e de canoa em

um dos lagos que tinha muitos brinquedos para as

crianças.

Sempre que íamos visitar a mana tinha um passeio

especial. Um dia fomos passear no aeroporto, fiquei

maravilhada vendo o tamanho dos aviões, não conseguia

entender como eram tão grandes e conseguiam voar. Ao

chegarmos lá, entramos para conhecer, era tudo muito

bonito, muitas lojas, pessoas indo e vindo com muitas

malas, isso tudo me deixava muito curiosa, para onde será

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que eles iam? Ou estavam vindo? Essa movimentação

dava vontade de viajar de avião e ver como era conhecer

as cidades do alto, o oceano, como será que é ver tudo lá

de cima?

Depois fomos ver a pista de pouso e decolagem,

acessamos pela passarela interna do aeroporto, era um

corredor enorme todo de vidro, dava para ver os aviões

bem de pertinho, todos coloridos, brilhavam ao sol, até

pareciam brinquedos gigantes.

Em outra viagem a Porto Alegre teve o aniversário

de um ano do meu primo e fomos comemorar todos

juntos, ajudamos na decoração e deixamos tudo perfeito.

Como toda festa de criança, tinha muita música,

brincadeiras, danças e muita coisa saborosa que, nós

crianças, “atacávamos” com vontade. Minha tia tinha

comprado um monte de marshmallow e enquanto todos

conversavam eu devorava um monte deles.

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Décimo terceiro capítulo

Viagem a Caxias do Sul

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Nós fomos viajar para Caxias do Sul, e eu, ainda

pequena, não entendia porque diziam: “vamos passear na

Serra Gaúcha”, perguntei pra mana e ela disse que em

seguida iria me mostrar porquê do nome “Serra Gaúcha”.

Quando começamos a ver morros, muitos morros, tinha

montanhas para um lado da estrada e penhascos para o

outro, daí eu entendi o que era serra. A paisagem era

linda, o sol aparecia e sumia por detrás das árvores

fazendo figuras luminosas, dava para brincar imaginando

desenhos feitos pela paisagem, algumas pareciam

pássaros a voar, outras pareciam pequenos animais

correndo, as vezes pareciam monstros com grandes

braços, e assim a viagem passou e chegamos em Caxias

do Sul.

Passeamos por vários lugares lá, fomos a muitas

feiras de roupas. Eu sinceramente não gostei muito, a

mana e minha mãe me fizeram provar blusões, casacos,

palas, blusões, isso foi muito cansativo, gostei mesmo foi

quando fomos no shopping, lá sim tinha as atrações que

toda criança gosta.

Mais tarde o nosso passeio continuou e fomos para

a UCS – Universidade de Caxias do Sul – lá também era

tudo muito grandioso, grandes pavilhões, tinha até ônibus

dentro do campus para transporte das pessoas.

Passeamos bastante pelo pátio, tinha um mini zoológico,

com os animais que os cursos da área de ciências

estudam. Segundo a mana me disse, tinha também a área

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de répteis, que eu continuava não gostando de olhar.

Gostei de ver o museu, tinha exposto pássaros

empalhados, uma coleção de pedras coloridas, alguns

fósseis e materiais antigos coletados pelos alunos e

professores. O passeio foi muito legal.

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Décimo quarto capítulo

Férias na praia

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Não lembro de ter sentido tanta ansiedade, quanto

quando fiz minha primeira viagem de férias para a praia

de mar, de avião. Foi tudo muito planejado, horas

separando o que levar, a mana sempre me

recomendando, não esquece o protetor, não esquece

hidratante...colocou tudo na mala? Pegou o teu

documento e a autorização com a mãe? Coloca remédio

para enjôo na mochila! Pega o carregador de celular!

Sempre me cuidando, sempre com o mesmo carinho de

mãe que me cuidava. Enfim malas prontas, muitas malas,

a gente sempre exagera, tudo pronto e partimos para as

férias.

A viagem até Porto Alegre de ônibus para embarcar

no avião foi a mais demorada da minha vida, de tão

ansiosa que estava. Chegamos, check-in pronto e espera.

Parece que não passava o tempo, mas, finalmente

chamaram nosso voo. Entramos no avião, as

recomendações de praxe e imagens com as instruções

são um pouco assustadoras para uma “marinheira de

primeira viagem”. Mas passou logo o medo, era tudo

novidade e impressionante, ver as nuvens tão pertinho e

sobrevoar as cidades vendo tudo tão pequeninho lá

embaixo é inesquecível.

Tivemos que pegar dois aviões para finalmente

chegar a Salvador. Quando finalmente chegamos, meus

tios estavam nos esperando bem na porta do aeroporto,

colocamos todas as nossas malas dentro do carro e fomos

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para o condomínio onde meu tio morava. Chegando lá

meu primo estava nos esperando. Fazia pouco tempo que

ele tinha ido morar em Salvador, ainda moravam em um

apartamento bem pequeno para os três: tio Jorge, tia Érica

e o Vini, então um amigo do meu tio, que estava viajando,

emprestou o apartamento pra gente ficar, eu, a mana e o

marido dela.

Nosso primeiro passeio foi para conhecer a bela

cidade turística de Salvador, começamos pelo

conhecidíssimo centro histórico, visitamos as lindas

igrejas e as feiras gigantescas de artesanato. Em uma

dessas feiras eu fiz tererê no meu cabelo. Claro que não

deixamos de fazer muitas fotografias com as tradicionais

baianas em seus trajes típicos, comer acarajé, tapioca

recheada e tomar muita água de coco.

Continuando o passeio fomos até o Elevador

Lacerda que é o primeiro elevador urbano do mundo, meu

tio me falou que quando foi inaugurado, era o mais alto do

mundo, com 63 metros. Quando fomos andar, eu quase

morri de medo pois era muito alto mesmo. Mas o passeio

valeu a pena porque a vista do alto do elevador é

deslumbrante, inclusive vi lá de cima a feira onde

tínhamos acabado de sair.

Em seguida fomos até a Igreja de Nosso Senhor do

Bonfim, com seu muro de fitas, toda a igreja é cercada por

um muro de grade onde as pessoas fazem seus pedidos

e amarram uma fita em homenagem ao santo. Os muros

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são todos muito coloridos, com todas aquelas fitas

esvoaçantes.

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Passeamos muito pela cidade, mas claro, eu estava

muito ansiosa para conhecer as praias, andamos,

andamos e a praia ficou para o dia seguinte, para minha

decepção.

Acordamos com um sol brilhante entrando pela

janela do quarto, imaginei que já era muito tarde, quando

vi que ainda eram seis horas da manhã fiquei admirada,

não entendia muito bem ainda a diferença dos horários.

Tomamos café da manhã e partimos para o tão

esperado passeio na praia, chegando lá pude ver a beleza

de tudo, a primeira praia que fomos era de águas calmas

que formam piscinas naturais na maré baixa, ideal para

nós pequenos brincar em segurança.

Toda a orla é belíssima e tem muitos bares,

quiosques, baladas e restaurantes, em todos os seus

arredores, o que torna a região uma das mais visitadas.

Eu podia ouvir vários idiomas entre as pessoas por lá,

alguns eu não entendia nada do que estavam falando.

Visitamos muitas praias, passeamos pela Bahia e

pelos estados vizinhos. Um outro passeio muito legal, foi

o que fizemos pelos cânions do Rio São Francisco. O

passeio começa na cidade de Canindé de São Francisco,

na divisa entre os estados de Sergipe e Alagoas. O guia

explicou que o enorme lago surgiu com a construção da

represa para a usina hidrelétrica. A paisagem da região é

espetacular. Os paredões rochosos que circundam o lago

foram formados há milhões de anos, e por lá foram

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encontrados vestígios de ocupação humana pré-histórica,

como pinturas rupestres e fragmentos de cerâmica de

mais de 8000 anos!

A região ainda é cercada de lendas sobre o Virgulino

Ferreira da Silva, vulgo o cangaceiro Lampião, que há

muitos anos trilhava essa região com seu bando. Foi por

essas bandas que, segundo as histórias contadas,

Lampião e seu bando foram mortos em uma emboscada

policial.

Lindas paisagens sertanejas, curiosas, imponentes

formações rochosas e uma tonalidade de água verde. É

assim que me lembro – com muito carinho e admiração –

do passeio de catamarã pelos cânions do Rio São

Francisco, ainda mais que essa foi a primeira vez que

andei de barco, com certeza não dá para esquecer.

Decididamente foram os melhores dias e a melhor

das férias que eu e a mana já tivemos.

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Décimo quinto capítulo

Vamos ter mais uma integrante na família!

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E um belo dia nós descobrimos que a nossa família

iria aumentar, a mana estava grávida! De todos da casa

eu fui a última a saber porque ela queria fazer uma

surpresa para mim. Quando ela me contou fiquei feliz da

vida, dava pulos de felicidade.

Começamos os preparativos, tudo com muita

atenção e muito carinho, foram muitos dias de

preparativos, roupinhas, berço, carrinho, fraldas.e eu

sempre junto. Às vezes batia uma pontinha de ciúmes,

mas passava logo. Adorava quando tinha as fotos, a mana

estava muito linda com aquele barrigão.

No dia do ultrassom para descobrir se era menino ou

menina claro que eu fui junto. Chegando lá, esperamos

um pouco e chamaram para o exame. Normalmente só

entram os pais, mas como a médica era nossa amiga,

deixou que eu entrasse junto. Começou o exame e eu

fiquei impressionada e muito surpresa. Não sabia que

dava para ver o bebezinho tão perfeito na tela, e o

coraçãozinho batendo tão alto, era emocionante. A

doutora Cibele perguntou:

- Como será o nome se for menino?

- Miguel, respondeu a mana.

- E se for menina?

- Julia, foi a resposta.

- Então a Julia será uma menina bem saudável!

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Todos nós ficamos felizes e fomos para o serviço da

mãe para contar a ela. A mana pediu para eu não ir

correndo, para irmos juntas, eu disse que ia só um

pouquinho na frente, mas não aguentei a ansiedade e saí

correndo na frente até o serviço da mãe para dar a notícia

em primeira mão. Chegando lá falei bem rápido:

- É uma guriazinha, não conta para a mana que eu

já te contei!

A mana chegou lá e contou, a mãe fingiu cara de

surpresa, o que importava mesmo é que todos nós

estávamos muito felizes.

E o tempo passa rápido, estava quase na época da

Julia nascer, mas a apressadinha nasceu dezoito dias

antes.

Dia 01 de julho é o aniversário do nosso avô Júlio,

fomos lá para jantar com ele, a Aida que é a esposa do

meu avô ficou dizendo que a barriga da mana já mostrava

que o bebê estava para nascer, a mana não deu muita

importância e aproveitou bem o jantar, ao sairmos de lá a

Aida ainda insistiu que era para ligarmos assim que o

nenê fosse nascer, que não iria passar daquela noite. E

não passou mesmo!

Era madrugada, o meu cunhado bateu calmamente

na porta do quarto da mãe:

- Dona Nair, a Sarine não está bem, acho que temos

que levá-la para o hospital.

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E foram, não demorou muito e a Julia nasceu,

prematura, numa noite muito fria, mas bem saudável a

nossa bebê.

Eu ainda não podia entrar no hospital, tive que ficar

esperando pacientemente em casa, morrendo de

ansiedade. Quando elas vieram para casa eu finalmente

pude pegar no colo minha sobrinha, um pequenino

encanto de bebê, e para eu ficar ainda mais feliz a mana

pediu para eu ser dinda dela.

A Julia é uma “figurinha” de pessoa, super esperta,

está sempre em busca de novidades, brinquedo novos,

adora dançar, sempre pede para eu colocar uma música

para dançarmos juntas. Adora brincar na água, como eu

e a mana. Quando eu estou por perto ela está sempre me

chamando, perguntando, pegando meus materiais para

desenhar. Cresce muito rápido, precisamos prestar

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Serena Oliveira da Silva 57 Escola da URI

atenção para não perder os detalhes de cada fase dessa

menina linda, nossa princesa, como ela diz, ela é uma

princesa e a mamãe uma rainha.

E assim continuamos sempre juntas, agora a mana

tem “duas” filhas, vivemos sempre “grudadinhas”.

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Biografia Serena Oliveira da Silva

Nascida em 21 de dezembro

de 2005.

Estudante da Escola de

Educação Básica da URI –

Santiago (RS).

Filha de Ilvando Pereira da

Silva e Nair Oliveira da Silva.

Natural de Santiago – RS.

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