Serie Meliponicultura n3

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SRIE MELIPONICULTURA - N 03

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Sistema de produo para abelhas sem ferro: uma proposta para o estado da Bahia

Rogrio Marcos de Oliveira Alves Carlos Alfredo Lopes de Carvalho Bruno de Almeida Souza Gisele Dela Justina

SRIE MELIPONICULTURA - N 03

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Sistema de produo para abelhas sem ferro: uma proposta para o Estado da Bahia Rogrio Marcos de Oliveira Alves Carlos Alfredo Lopes de Carvalho Bruno de Almeida Souza Gisele Dela Justina

PROMOO:

Insecta - Ncleo de Estudo dos Insetos Grupo de Pesquisa Insecta Centro de Cincias Agrrias e Ambientais / UFBA

APOIO: Governo do Estado da Bahia Secretaria de Agricultura, Irrigao e Reforma Agrria Diretoria de Desenvolvimento da Pecuria Coordenao de Modernizao da Pecuria

1 edio Cruz das Almas - Bahia 2005

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CAPA Colnias de uruu (Melipona scutellaris) instaladas em cortios e em caixa racional. Foto: C.A.L. de Carvalho

Copyright 2005 by Rogrio M. de O. Alves, Carlos Alfredo L. de Carvalho, Bruno de A. Souza e Gisele D. Justina.

1 edio 2005

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Ficha CatalogrficaC331 Alves, Rogrio Marcos de Oliveira. Sistema de Produo para abelhas sem ferro: uma proposta para o Estado da Bahia / Rogrio Marcos de O. Alves, Carlos Alfredo L. de Carvalho, Bruno de A. Souza, Gisele D. Justina. - Cruz das Almas: Universidade Federal da Bahia/SEAGRI-BA: Rogrio Marcos de Oliveira Alves, 2005. 18 p. : il. (Srie Meliponicultura; 3) Bibliografia 1. Meliponicultura - manejo. 2. Meliponicultura - mel. 3. Meli-ponicultura - Brasil. I Carvalho, Carlos Alfredo L. de II. Souza, Bruno de A. III. Justina, Gisele D.

CDD 20 ed.63814

Impresso no Brasil - Printed in Brazil 2005

AutoresROGRIO MARCOS DE OLIVEIRA ALVES Escola Agrotcnica Federal de Catu, Rua Baro de Camaari, n. 118, Centro, Catu-BA Fone: (71) 3641-1043; E-mail: [email protected] CARLOS ALFREDO LOPES DE CARVALHO Centro de Cincias Agrrias e Ambientais - UFBA, Cruz das Almas-BA, 44380-000 Fone/Fax: (75) 3621-2002; E-mail: [email protected] BRUNO DE ALMEIDA SOUZA Programa de Ps-Graduao em Entomologia, Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrcola, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"-USP, Av. Pdua Dias, n. 11, Cx. Postal 09, Piracicaba-SP, CEP: 13.418-900 Fone: (19) 3429-4216; E-mail: [email protected] GISELE DELA JUSTINA Universidade Catlica do Salvador - UCSAL, Salvador-BA E-mail: [email protected]

Distribuio:INSECTA - Ncleo de Estudo dos Insetos Laboratrio de Entomologia, Centro de Cincias Agrrias e Ambientais-UFBA, CEP: 44380-000, Cruz das Almas-BA. Tele/Fax: (75) 3621-2002 www.insecta.ufba.br

CONTEDO

Apresentao ................................................................................01 Caracterizao do produtor...........................................................02 Localizao e instalao do meliponrio ......................................02 Pastagem meliponcola.................................................................04 Calendrio de atividades...............................................................07 Manejo ..........................................................................................07 Ficha para reviso.........................................................................08 Controle de inimigos .....................................................................10 Alimentao artificial .....................................................................11 Colheita, beneficiamento e envase ...............................................11 Comercializao............................................................................12 Custos para instalao..................................................................13 Custo de produo........................................................................14 Consideraes Finais....................................................................16 Referncias Bibliogrficas.............................................................17

Sistema de produo para abelhas sem ferro: uma proposta para o Estado da Bahia

APRESENTAO

O Sistema de Produo para Abelhas Sem Ferro no Estado da Bahia, procura demonstrar de maneira simplificada as tcnicas para manejo dessas abelhas propondo um protocolo de criao. Tem como finalidade servir de guia aos nefitos na atividade, e aos que j possuem conhecimentos necessrios, como obter xito nesse empreendimento. Os assuntos abordados vo desde a caracterizao do produtor, espcies domesticveis, plantas utilizadas pelas abelhas, povoamento do meliponrio, manejo da colnia, colheita e conservao do mel at a comercializao.

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CARACTERIZAO DO PRODUTOR Este sistema de produo destina-se a produtores que possuem conhecimentos em meliponicultura ou iniciantes na atividade, acessveis a inovaes tecnolgicas, podendo ser ou no proprietrios de terras. LOCALIZAO E INSTALAO DO MELIPONRIO Deve-se localizar prximo de residncias, em terreno limpo, sombreado, ou com caixas penduradas no alpendre da casa, livre de predadores e obedecendo s distncias:

Vista do meliponrio com colnias de uruu

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PASTAGEM APCOLA GUA ENTRE MELIPONRIOS

MXIMO DE 500 m MXIMO DE 100 m 1500 m (ABELHAS GRANDES)

Instalar as caixas em bases individuais ou coletivas distanciadas de 0,50 m a 3,0 m de acordo com a espcie, preferencialmente pintar as caixas com tinta de coloraes diferentes, mantendo a 50 cm do cho com proteo contra inimigos.Abelhas Pequenas Abelhas Mdias Abelhas Grandes 0,50 m (exceto Jata) 1,00 m 3,00 m

Base individual O meliponicultor deve adquirir equipamentos para proteo e manejo como mscaras e equipamentos para colheita do mel , formo, fita adesiva.

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ESPCIES DOMESTICVEISREGIES MIDAS URUU VERDADEIRO URUU AMARELO JATAI MOA BRANCA MAN DE ABREU MANDAGUARI URUU MIRIMREGIES SECAS MANDAAIA MANDAAIA JANDAIRA MUNDURI JATAI MOA BRANCA Melipona quadrifasciata anthidioides Lepeletier Melipona mandaaia Smith Melipona subnitida Ducke Melipona asilvae Moure Tetragonisca angustula Latreille Frieseomelitta varia Lepeletier

Melipona scutellaris Latreille M. rufiventris Lepeletier Tetragonisca angustula Latreille Frieseomelitta varia Lepeletier Frieseomelitta doederleni Moure Scaptotrigona postica ( Latreille) Melipona sp.

PASTAGEM MELPONICOLA So todas as plantas nativas e/ou exticas utilizadas pelas abelhas para coleta de matria prima utilizadas na produo de mel, proplis e plen. aqui esto listadas apenas pelos nomes vulgares, as principais plantas que ocorrem nas regies pesquisadas. algumas plantas podem ocorrer em dois ou mais ambientes. CAPACIDADE DE SUPORTE O nmero de caixas por meliponrio foi estimado com base na experincia local. O pasto meliponcola regional e o nmero de indivduos por colmia determinar o nmero exato de famlias por meliponrio e nmero de meliponrios por rea.ABELHAS PEQUENAS ABELHAS MDIAS ABELHAS GRANDES 80 A 100 CX / MELIPONRIO 70 A 80 CX / MELIPONRIO 40 A 60 CX / MELIPONRIO

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O manejo recomendado para maior eficincia do trabalho de 50-100 caixas pr dia/pessoa. ZONEAMENTO MELIPONICOLA O zoneamento tem por finalidade orientar aos criadores de abelhas sem ferro do estado, observando as peculiaridades regionais.PERNAMBUCO

PIA

U

MARANHO

Baixo Mdio So Francisco Piemonte da Diamantina

ALAGOASSERGIPE

Nordeste

TOCANTINS

Irec

Paraguau Oeste Chapada Diamantina

Litoral Norte

Recncavo Metropolitana Sul de Salvador

GO

IS

Serra Geral SudoesteM I N A SG

Litoral SulO A TLNTICO

E

R

A

I S

Extremo Sul

MICROREGIES: 1. Regio metropolitana 2. Litoral norte 3. Recncavo Sul 4. Litoral Sul 5. Extremo Sul 6. Nordeste 7. Paraguau 8. Sudoeste 9. Baixo Mdio So Francisco 10. Piemonte da Diamantina 11. Irec 12. Chapada Diamantina 13. Serra Geral 14. Mdio So Francisco 15. Oeste

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REGIES SECAS: PAULO AFONSO IBOTIRAMA SERRINHA VITRIA DA CONQUISTA RIBEIRA DO POMBAL CAMPO ALEGRE DE LOURDES SENHOR DO BOMFIM BARREIRAS CHAPADA DIAMANTINA REGIES MIDAS: LITORAL NORTE VALENA SUL BAHIANO CHAPADA DIAMANTINA AMARGOSA EXTREMO SULPAU POMBO, MURTA, ASSA PEIXE, ALUM, SUCUPIRA, INGAI, CAJUEIRO, INGAUU, EUCALIPTO e BURACICA. CASSUTINGA, PAU DE RATO, AROEIRA, BRANA, CALUMBI, MALVA, ANGICO, QUIXABEIRA, BELDROEGA, QUIP, JUREMA e JUAZEIRO.

REGIO MIDA

REGIO SECA

CALENDRIO DE FLORADAS LITORAL NORTE E RECNCAVO SUDOESTE (TRANSIO) REGIO SECA CERRADO SERRAS EXTREMO SUL OESTE SETEMBRO A ABRIL JANEIRO A MAIO JAN A MAIO E AGOSTO A OUTUBRO SETEMBRO A MARO AGOSTO A ABRIL SETEMBRO A MARO FEVEREIRO A JUNHO E NOVEMBRO A DEZEMBRO

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CALENDRIO DE ATIVIDADESN. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Atividades Recolhimento de enxames Troca de rainha Reviso de produo Reviso de manuteno Reviso de inverno Diviso de famlias Alimentao de subsistncia Meses poca de floradas poca de floradas poca de floradas Ano todo Maio a agosto poca de florada Fim da florada at 60 dias antes da nova florada De 60 dias antes da florada at 10 dias antes do incio da florada Meio e fim da florada De acordo com o potencial da regio Nas revises de manuteno

8. 9. 10. 11.

Alimentao estimulante poca de colheita Colheita de plen Colheita de geoprpolis

O calendrio de atividades deve ser adaptado a cada regio, de acordo com as condies do clima e de vegetao. Algumas atividades podem ser suprimidas, conforme as peculiaridades da regio. O manejo para produtores de enxames difere em algumas caractersticas do quadro apresentado. MANEJO REVISES: MANUTENO - realizada nos perodos aps florada ou normalmente durante o ano (5 vezes). O que observar e o que fazer :

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a. Entrada e sada de abelhas b. Verificar a existncia de inimigos- interna e externamente. c. Verificar a quantidade de mel e plen. d. Observar o desenvolvimento famlia . e. Avaliar o estado de conservao das caixas. f. Fortalecer as famlias fracas. g. Observar se h necessidade de diviso. PRODUO: Colocar melgueiras Retirar potes mofados e mel de alimentao artificial INVERNO: Colocar alimentador Fornecer alimento Reduzir espao Fortalecer enxames

FICHA PARA REVISO

N. Colmia Abelha Procedncia

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Data

Alimento Plen Mel

Umidade interna

Favos Mofados

Lixo Betume

Desenvolvimento do ninho

Colheita

Necessidade

Observaes:

LEGENDA : 1. Alimento 2. Umidade 3. Favos mofados 4. Lixo 5. Desenvolvimento do ninho 6. Famlia 7. Colheita

CRITRIO: 1. muito / mdio / pouco 2. sim / no 3. sim / no 4. sim / no 5. ruim / mdio / excelente 6. ruim / mdio / excelente 7. sim / no

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CONTROLE DE INIMIGOS Os inimigos das abelhas sem ferro na maioria so externos: 1. PSSAROS - anu, bem-ti-vi, pardais. preveno: manter protetor confeccionado com garrafas plsticas ou bacia de aluminio pequena, na entrada dascaixas. 2. LAGARTIXAS - colocar protetor na entrada das caixas (idem aves). 3. ARANHAS - manter caixas longe de rvores. 4. FORIDEOS - uma mosca pequena que possui movimentos rpidos. atrada por alimentos fermentados e as principais medidas de preveno so: evitar machucar favos de cria nova manter famlias fortes na transferncia do cortio para a caixa, no colocar potes de plen (sambur). no abrir as caixas em poca de escassez de alimento. em caso de ataque devemos retirar os potes de plen e favos de cria nova feridos e queimar. colocar armadilhas confeccionadas com vinagre branco e tubos de filmes fotogrficos no interior da caixa. Os flordeos atacam famlias fracas, colocando seus ovos nas clulas de cria nova e potes de plen que o alimento deles. 5. FROMIGAS - manter caixas a 50 cm do solo e com protetor de espuma com leo queimado no cavalete. 6. HOMEM - manter as colmias prximas s residncias 7. OUTROS - nas cidades precaver-se contra as aplicaes de inseticidas contra o mosquito da dengue.

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ALIMENTAO ARTIFICIAL Indicada apenas para poca de escassez de nctar e plen ou perodo longo de chuvas. 1. TIPOS DE ALIMENTAO 1.1. SUBSISTNCIA Para manuteno das colnias, a alimentao de subsistncia consiste em misturar gua (600 ml) + 1 kg de acar, acrescentar essncia de (ch) capim santo, erva cidreira, essncia de baunilha ou um pouco de mel e oferecer s abelhas em alimentadores individuais. o alimentador individual deve ser abastecido a cada 3-4 dias, no final da tarde, o que evita a pilhagem. Em regies midas recomendado plantar as espcies nectar/poliniferas como: alum, sabi, astrapeia, mimo do cu e algaroba, cuja florao permite o fornecimento de alimento no perodo de escassez. 1.2. ESTIMULANTE A alimentao estimulante deve ser elaborada utilizando o plen da prpria espcie, obtido nos potes de alimento nas pocas da safra de plen. O alimento formado a partir da mistura acar + gua, acrescida de uma colher de plen por litro. O cuidado com o ataque de fordeos em colmias fracas deve ser reforado. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ENVASE O cuidado com a higiene fundamental para manuteno da qualidade do produto final. COLHEITA - realizar de preferncia tarde evitando a pilhagem. Observar quais os potes operculados. Utiliza-se o mtodo de suco com bomba ou com seringa.

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No recomendado o processo de retirada a melgueira e derramar o mel sobre uma peneira, pois pode favorecer a contaminao do mel por microorganismos indesejveis. BENEFICIAMENTO - o mel colhido dever ser transferido para a sala de envase e logo envasado, quando em quantidades pequenas. Grandes produtores devem proceder a decantao por perodo limitado de tempo (3 dias), mantendo o produto em temperatura de resfriamento, pois o mel de meliponneos em temperaturas altas fermenta facilmente, o resulta em um sabor cido do mel. Recomendase envasar o mel logo aps a decantao e depois manter o produto resfriado. ENVASE E CONSERVAO - o recipiente com mel deve ser lacrado, envolto em papel para evitar incidncia de luz e mantido em local refrigerado. O perodo de conservao para vrias espcies, em mdia, de 3 a 6 meses na geladeira. Aps esse perodo o processo de fermentao pode ser iniciado, deixando o mel com o sabor cido caracterstico. Os recipientes para envase do mel devem ser previamente higienizados com gua sanitria e enxaguados com gua pura para retirada de resduos. Deixar secar para posterior envase do mel. COMERCIALIZAO O produto poder ser comercializado em potes de boca larga com volume de 600 ml (1 kg) ou garrafas de vidro com volume de 200 ml, previamente higienizados. necessrio observar os prazos de validade. O PREO DO PRODUTO ESTIPULADO SEGUNDO: 1. Mercado regional 2. Clculo do custo de produo 3. Consulta a associaes e meliponrios

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4. Jornais e revistas tcnicas fundamental que o produtor participe das exposies, feiras e palestras, a fim de estimular o consumo. O mel de meliponneos considerado como de melhor qualidade entre as abelhas e deve ser comercializado a preo de acordo com a espcie criada. COEFICIENTES TCNICOS A produtividade mdia estimada para viabilizar a criao de: . uruu 5 litros/cx/ano . moa branca 1,5l/cx/ano . jatai 1,0 l/cx/ano . mandaaia 2,0 l/cx/ano A meliponicultura migratria pode ser utilizada para melhoria dos ndices de produtividade, observando-se os cuidados necessrios para a execuo dessa atividade. CUSTOS PARA INSTALAO DE MELIPONRION. DE CAIXAS: N. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 CAIXAS DE URUU QUANTIDADE 10 UNID. 01 UNID. 02 UNID. 10 FAM. 02 UNID. 01 KG 10 KG 10 UNID. 10 UND. 10 UNID. TOTALobs: para iniciar na criao deve-se adquirir o mximo de 5 famlias e observar a pastagem meliponcola durante um ano.

ESPECIFICAES CAIXA FORMO VU PROTETOR FAMLIAS SERINGAS/BOMBA PLEN AUCAR BASES ALIMENTADORES

PREO TOTAL

10. ENXAMES

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PRODUO PARA MEL A simulao a seguir baseada em um meliponrio com 10 colnias produtivas de urucu.A. CUSTOS FIXOSESPECIFICAES CAIXA RACIONAL FORMO CAVALETE MASCARA SERINGA DE VIDRO ALIMENTADORES TELHAS FAMLIAS TOTAL Valores de abril de 2005 VIDA TIL ANOS 08 05 05 02 02 03 03 --QUANT. 10 01 10 02 02 10 05 10 CUSTO UNITRIO 30,00 5,00 5,00 8,00 8,00 2,00 3,50 150,00 CUSTO TOTAL 300,00 5,00 50,00 16,00 16,00 20,00 17,50 1500,00 DEPRECIAO 30,00 0,50 5,00 1,60 1,60 2,00 1,75 150,00 192,55

B.CUSTOS VARIVEISESPECIFICAES ACAR PROTENA TOTAL: Valores de abril de 2005 QUANTIDADE 10 Kg 01 Kg CUSTO UNITRIO (R$) 0,45 1,20 CUSTO TOTAL (R$) 4,50 1,20 5,70

C. MO DE OBRAESPECIFICAES MO DE OBRA (MANEJO) MO DE OBRA (COLHEITA) TOTAL Valores de abril de 2005 UNIDADE HOMEM/DIA HOMEM/DIA QUANT. 10 03 CUSTO UNITARIO(R$) 10,00 10,00 CUSTO TOTAL 100,00 30,00 130,00

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D. COMERCIALIZAOESPECIFICAES VASILHAMES RTULOS TOTAL Valores de abril de 2005 UNIDADE Pote (200 ml) Unid. QUANT. 250 250 CUSTO UNITARIO(R$) 0,50 0,20 CUSTO TOTAL 125,00 50,00 175,00

E. CLCULOS Com base nos quadros acima, cujos valores foram obtidos em abril de 2005, pode ser estimado os diferentes custos, conforme apresentado a seguir: 1. CUSTO DA PRODUO (CP) = A + B + C 192,55 + 5,70 + 130,00 = R$ 328,25 2. CUSTO DE COMERCIALIZAO (CC) CC = R$ 175,00 3. CUSTO TOTAL - CP + CC 328,25 + 175,00 = R$ 503,25 4. CUSTO DE PRODUO POR LITRO = custo total / produo (L) CPL = CT / P Considerando a produtividade mdia de uma colnia-ano igual a 5 litros em condies satisfatrias de florada, a produo (P) do meliponrio para o primeiro ano de 50 litros. Assim, o custo de produo por litro de: 503,25/ 50,00 = R$ 10,06/litro O preo do litro de mel no mercado baiano em abril de 2005 foi de R$ 50,00/ litro ou R$ 10,00/potes de 200 ml.

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ASSOCIATIVISMO A organizao do meliponicultor de fundamental importncia na transferncia de tecnologia e comercializao do produto, alm de favorecer o fortalecimento da atividade. Os interessados na atividade devem procurar os meliponicultores nas diferentes regies do Estado para trocar experincia e se organizar, tanto para as etapas do manejo das colnias como na comercializao do produto. Recomenda-se procurar o IBAMA para o registro legal da atividade.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS AIDAR, D.S. A mandaaia: biologia de abelhas, manejo e multiplicao artificial de colnias de Melipona quadrifasciata Lep. (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae). Ribeiro Preto: SBG. 140p. Srie Monografias, n. 4. 1996. ALVES, R. M. de O.; CARVALHO, C. A. L. de. O conhecimento da pastagem apcola. In: II CONGRESSO BAIANO DE APICULTURA, 2002, Paulo Afonso-BA. Anais do II Congresso Baiano de Apicultura. Salvador-BA: Athelier de Criao, 2002. p. 77-81. ALVES, R.M. de O.; SOUZA, I.C. MARTINS, M.A.S. Criao de abelhas sem ferro. Salvador, 1994. 56p. ASSIS, M. da G. P. de. Criao prtica e racional de abelhas sem ferro da Amaznia. Manaus: INPA/SEBRAE, 2001. 46p. CAMPOS, L.A. de O.; PERUQUETTI, R.C. Biologia e criao de abelhas sem ferro. Viosa: UFV, Ano 20, n. 82, 1999, 36p. (Informe Tcnico) CARVALHO, C. A. L. de; ALVES, R. M. de O.; SOUZA, B.de A. Criao de abelhas sem ferro: aspectos prticos. UFBA/SEAGRI, 2003. 42p. GODI, R. de. Criao racional de abelhas jata. So Paulo: cone, 1989. 83p. KERR, W. E. Biologia e manejo da tiba: a abelha do Maranho. So Luis: Edufma. 1996. 156p. KERR, W.E. Meliponicultura importncia da meliponicultura para o pas. Biotecnologia Cincia & Desenvolvimento, v.1, n.3, p. 42-44, 1997.

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KERR, W. E.; CARVALHO, G. A.; NASCIMENTO, V. A. (org.) Abelha uruu: biologia, manejo e conservao. Belo Horizonte: Fundao Acanga, Coleo Manejo da Vida Silvestre, n. 2. 1996. 144p. MONTEIRO, W.R. Meliponicultura (criao de abelhas sem ferro). Mensagem Doce, n. 45, p. 6-13, 1998. NOGUEIRA-NETO, P. Vida e criao de abelhas indgenas em ferro. So Paulo: Editora Nogueirapis, 1997. 446p. VELTHUIS, H.H.W. (org.) Biologia das abelhas sem ferro. So Paulo: USP, 1997. 33p.