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Serra de Mangues – uma nova icnojazida do Jurássico superior que revela uma elevada diversidade biológica Carlos Marques – 8º Luana Gouveia – 8º Sofia Cruz – 8º Rui Ledesma – 8º Tomás Alvim – 8º Owen Zhou – 7º

Serra de mangues ciencia viva estremoz 2013 completo

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Serra de Mangues – uma nova icnojazida do Jurássico superior que revela uma elevada diversidade biológica

Carlos Marques – 8ºLuana Gouveia – 8ºSofia Cruz – 8ºRui Ledesma – 8ºTomás Alvim – 8ºOwen Zhou – 7º

Em 1996, alunos do GP descobriram pegadas de dinossáurios

em rochas do Jurássico superior na praia dos Salgados, na base da arriba.

Em 2003, residentes locais encontram duas pegadas muito semelhantes às descobertas na jazida da praia dos Salgados, no topo da arriba, perto da sua casa.

Saídas de campo em 2003 e 2004 permitiram a descobertas de muito mais pegadas, algumas atribuídas a saurópodes e a maioria a terópodes.

Algumas das pegadas foram deixadas por dinossáurios sauropodes.

A maioria das pegadas mostra uma origem em dinossáurios carnívoros, do grupo dos teropodes.

Novas saídas à jazida permitiram inferir que alguma pegadas tridátilas devem ter origem em dinossáurios bípedes herbívoros, do grupo dos ornitopodes.

Esta amostra é reduzida e estes herbívoros seriam escassos neste antigo habitat.

As dimensões das pegadas dos teropodes, os dinossáurios mais abundantes, são muito variadas, chegando a alcançar os 73 cm de comprimento.

As dimensões das pegadas dos dinossáurios carnívoros são variadas, mas a maioria tem comprimento superior a 50 cm (altura da anca rondando os 2,40 m).

As dimensões das pegadas de saurópodes encontram-se perto do limite máximo conhecido.

Pela primeira vez, descobrimos pegadas de mãos de sauropodes.

A velocidade inferida para os carnívoros é reduzida- cerca de 7 km/h.E só encontrámos dois segmentos de pista, formados portanto por pegadas consecutivas.

Há mesmo duas pegadas encontradas quase lado a lado, como se o carnívoro tivesse parado.

Algumas pegadas mostram sinais de deslizamento.

Pegadas de dinossáurios tireoforanos, provavelmente stegossaurianos, também co-existem neste mesmo nível.

As pegadas dos pés são tridáctilas, alongadas, mas em que as impressões dos dígitos são muito curtas. O comprimento médio ronda os 45 cm.

Esquema de pares mão-pé de pegadas atribuídas a tireoforanos (retirado de Xing L. e colegas 2013).

• http://docentes.fct.unl.pt/omateus/files/mateus_et_al_2011_-_deltapodus_with_skin_impressions_from_portugal.pdf

A orientação e sentido das pegadas de terópodes são muito variadas, evidenciando comportamentos de deslocação errática.

http://www.igeo.ufrj.br/ismar/1/1_16.pdf

Pelo contrário, sauropodes e stegossáurios dirigiam-se todos para Este.

Ao contrário do que tinha sido inferido, não existe segregação entre pegadas de herbívoros e de carnívoros.

A amostra descoberta revela a passagem, num intervalo de tempo curto, de dinossáurios de diferentes grupos: terópodes, ornitópodes, saurópodes e tireoforanos. Esta coexistência é relativamente rara no registo fóssil mundial.