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Serviços Residenciais Terapêuticos
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Serviços Residenciais Terapêuticos
Katiene do Sacramento Suzart1
Criada em 11 de fevereiro de 2000, a primeira portaria n° 106 regulamenta o
funcionamento de “Serviços Residenciais Terapêuticos”, seguida das portarias
de n° 2.068 e 246, ambas referentes à incentivos financeiros.
As residências terapêuticas são alternativas de moradia para pessoas que
estão internadas há muito tempo em hospitais psiquiátricos e pelo fato de não
contarem com os familiares porque não possuem contato ou por uma opção
dos próprios familiares vão para essas residências. Assim, existe hoje, um
grande número de pessoas que possuem o benefício destas residências.
Essas pessoas puderam deixar o hospital psiquiátrico com a garantia de seu
direito à moradia e ao suporte de reabilitação psicossocial. Há também
usuários que não são egressos de internamento, mas que por motivos diversos
necessitam desse dispositivo residencial, o qual possa promover suas
necessidades de moradia.
“O Serviço Residencial Terapêutico ou residência terapêutica são casas
localizadas no espaço urbano, constituídas para suprir a necessidade de
moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves,
institucionalizadas ou não. A quantidade de usuários pode variar desde 1
indivíduo até um pequeno Grupo de no máximo 8 pessoas, que deverão contar
sempre com suporte profissional sensível às demandas e necessidades de
cada um. O suporte de caráter interdisciplinar (seja o CAPS de referência, seja
uma equipe da atenção básica, sejam outros profissionais) deverá considerar a
singularidade de cada um dos moradores, e não apenas projetos e ações
baseadas no coletivo de moradores. O acompanhamento a um morador deve
prosseguir, mesmo que ele mude de endereço ou eventualmente seja
hospitalizado. O processo de reabilitação psicossocial deve buscar de modo
especial a inserção do usuário na rede de serviços, organizações e relações
sociais da comunidade. Ou seja, a inserção em um SRT é o início de longo
1 Graduanda do 5° Semestre de Psicologia pela Faculdade Social da Bahia.
processo de reabilitação que deverá buscar a progressiva inclusão social do
morador”. (Cartilha SUS – Residências terapêuticas)
Ao iniciar as ações de deinstitucionalização, surgiu a seguinte questão: o que
fazer com as pessoas que já podiam sair dos hospitais psiquiátricos, mas que
não possuíam suporte familiar. Por conta disso, a II Conferência Nacional de
Saúde Mental colocou a necessidade e importância de estratégias de
implementação dos “lares abrigados”, reestruturando a assistência em saúde
mental no Brasil.
Os SRT, por fim, vem representar um avanço nos dispositivos substitutivos de
hospitais psiquiátricos, dando autonomia e devolvendo uma nova viva para os
portadores de transtornos mentais.