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1 ------------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- ----- SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA INICIADA NO DIA VINTE E UM DE JUNHO DE DOIS MIL E ONZE ---------- ------------------------ACTA NÚMERO QUARENTA E SETE ---------------------------- ---- Aos vinte e um dias do mês de Junho de dois mil e onze, reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efectiva, Excelentíssima Senhora Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Ana Maria Lopes Páscoa Baptista, respectivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. ---------------------- -----Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------------------------------------- ----- Alberto Francisco Bento, Aline Gallasch Hall, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Rita Teles Patrocínio da Silva, Ana Sofia Pedroso Lopes Antunes, André Nunes de Almeida Couto, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel, António Manuel de Freitas Arruda, António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Armando Dias Estácio, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe António Osório de Almeida Pontes, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, Ismael do Nascimento Fonseca, João Augusto Martins Taveira, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Mário Amaral Mourato Grave, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria Idalina de Sousa Flora, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Isabel Homem Leal de Faria, Maria João Bernardino Correia, Maria José Pinheiro da Cruz, Maria Luísa Rodrigues das Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Mariana Raquel Aguiar Mendes

SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE …1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA_MUNICIPAL/AML/Actas/... · INICIADA NO DIA VINTE E UM DE JUNHO DE DOIS MIL E ONZE -----

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------------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- ----- SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA INICIADA NO DIA VINTE E UM DE JUNHO DE DOIS MIL E O NZE ----------------------------------ACTA NÚMERO QUARENTA E SETE -------------------------------- Aos vinte e um dias do mês de Junho de dois mil e onze, reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efectiva, Excelentíssima Senhora Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Ana Maria Lopes Páscoa Baptista, respectivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. ---------------------- -----Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: -------------------------------------------------------------------------------- Alberto Francisco Bento, Aline Gallasch Hall, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Rita Teles Patrocínio da Silva, Ana Sofia Pedroso Lopes Antunes, André Nunes de Almeida Couto, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel, António Manuel de Freitas Arruda, António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Armando Dias Estácio, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe António Osório de Almeida Pontes, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, Ismael do Nascimento Fonseca, João Augusto Martins Taveira, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Mário Amaral Mourato Grave, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria Idalina de Sousa Flora, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Isabel Homem Leal de Faria, Maria João Bernardino Correia, Maria José Pinheiro da Cruz, Maria Luísa Rodrigues das Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Mariana Raquel Aguiar Mendes

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Teixeira, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Nuno Roque, Paula Cristina Coelho Marques Barbosa Correia, Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Pedro Miguel Ribeiro Duarte dos Reis, Rita da Conceição Carraça Magrinho, Rita Susana da Silva Guimarães Neves e Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rogério da Silva e Sousa, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rui Jorge Gama Cordeiro, Rui Manuel Pessanha da Silva, Salvador Posser de Andrade, Valdemar António Fernandes de Abreu Salgado, Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado, Vítor Manuel Alves Agostinho. ---------------------------------------------------- Faltou à reunião o seguinte Deputado Municipal: ------------------------------------------- António Paulo Quadrado Afonso. -------------------------------------------------------------- Pediram suspensão do mandato, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal nos termos da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, os seguintes Deputados Municipais: -------------- António Prôa (Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Zita Maria Fernandes Terroso; -------- João Mota Lopes (Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal João Miguel Augusto Vaz e Lima; ----------------------------------------------------------------------------------------------------- António Manuel Dias Baptista (Partido Socialista), por um dia, sendo substituído por Pedro Manuel Tenreiro Biscaia Pereira; ------------------------------------------------------- Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues do Vale César (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal António Maria Henrique; --------- Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Maria Helena Sobral Sousa Ribeiro; ------ Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Carla Sofia Lopes de Almeida; ------- Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Maria Margarida Matos Mota; ------------- Maria do Céu Guerra Oliveira e Silva (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Paulo Miguel Correia Ferrero Marques Santos; ------ Adolfo Mesquita Nunes (CDS - Partido Popular), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Maria Luísa de Alguidar Aldim; ------------------------ João Álvaro Bau (Bloco de Esquerda), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Joana Rodrigues Mortágua; ------------------------------------------------- Deolinda Carvalho Machado (Partido Comunista Português), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista; ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Carlos Carvalho (Partido Comunista Português); -------------------------------------------- Foi justificada a falta e admitida a substituição dos seguintes Deputados Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia: ------------------------------------------------------ Joaquim Fernandes Marques (Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia de S. João de Brito, por Gil Horácio Ferreira dos Santos; ---------------------------------------------------------------------------------

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----- Belarmino Ferreira da Silva (Partido Socialista), Presidente da Junta de Freguesia de Marvila, por Vítor Manuel Bruno Morais; ------------------------------------------------------- José António Videira (Partido Socialista), Presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, por Marina de Jesus da Silva Penedo da Costa Figueiredo; ------------------------------- José Maria Bento de Sousa (Partido Socialista), Presidente da Junta de Freguesia de São João, por Manuel dos Santos Ferreira; ----------------------------------------------------- Jorge Manuel da Rocha Ferreira (Partido Comunista Português), Presidente da Junta de Freguesia da Madalena, por António José Gouveia Duarte; --------------------------- Carlos Filipe Marques Lima (Partido Comunista Português), Presidente da Junta de Freguesia do Castelo, por João Francisco Marques Capelo; ---------------------------------- Às quinze horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião. --------------------------------------------------- Seguidamente, nos termos regimentais, abriu o período destinado à intervenção do Público. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- INTERVENÇÃO DO PÚBLICO -------------------------------------- A Senhora Maria das Dores Lucena Alves, moradora na Rua José do Patrocínio, Campo do Oriental, Marvila – 1950-166 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------------------------- “Boa Tarde. Vivo em Marvila há quinze anos, tenho um filho da mesma idade. Vivi doze anos numa casa da Câmara Municipal de Lisboa. Como não fui inserida no agregado familiar, o pai do meu filho meteu-me na rua. Vivi na rua muito tempo com o meu filho que tem problemas de asma e pulmões. --------------------------------------- ------ Aluguei uma casa e fiz vários pedidos à Câmara Municipal de Lisboa, para me darem uma casa para mim e para o meu filho. Para eu dar uma vida mais estável ao meu filho e até agora ainda não consegui. ---------------------------------------------------------- Há dois anos meti os papéis na Câmara onde me deram aprovação de noventa ponto dez. Este ano deram-me sessenta ponto dez e não fui chamada. Tive intervenção da escola do meu filho, em como o meu filho é uma criança com problemas. ---------------------------------------------------------------------------------------------- Eu vivia antigamente com o rendimento de inserção social, agora estou a trabalhar. Tenho um ordenado, tenho uma casa, estou lá até ao fim do ano, se o meu contrato continuar, pois o meu contrato é com habitação e estou na mesma. Não consigo resolver a situação com a Câmara Municipal, não consigo perceber se tenho direito a uma habitação social se não tenho. ----------------------------------------------- ------ Pedia a alguém, não sei a quem, pois já me fartei de andar, de bater a certas portas. Quer na Câmara Municipal, quer na Junta de Freguesia, toda a gente sabe o meu problema. Eu queria pedir ajuda a quem me possa ajudar. Era só isso que eu queria dizer.”-------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Augusto da Silveira Vasco Costa, morador na Rua Cais do Tojo, nº 17, 1200-080 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------- “Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhores Deputados, Senhores Vereadores, muito boa tarde. Há quatro meses apelei nesta Assembleia para que os planos em curso para a Zona Ribeirinha do aterro da Boavista, onde trabalho e sou

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proprietário, respeitassem os objectivos do Plano Director Municipal. ---------------------- Nestes quatro meses tive a oportunidade de, finalmente, consultar este processo e o seu relatório ambiental, constatando que, muito embora proponha a sua aprovação, confirmo a falta, e cito: “ de uma certa visão integradora, que importa explorar intervenções nos centros históricos, e que pode limitar o alcance em termos de efectiva regeneração social da Freguesia de S. Paulo e das demais zonas antigas de Lisboa”. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Assim, continua actual a pergunta: O que na realidade queremos? Uma solução integrada como o Plano Director propõe, ou uma solução de rotura com o seu passado histórico de Lisboa, que, como referido, pode levar à segregação social e, consequentemente, a um sentimento de exclusão, motivador de descontentamento e de ódio, precursores de vandalismo e, inevitavelmente, de mais insegurança e mau estar. Assim do que importa falar não é da qualidade da arquitectura proposta, mas sobre a proposta urbana que realmente desejamos para revitalizar Lisboa. --------------------- ----- Renovo uma das perguntas que fiz na minha anterior exposição: sendo pacífica a percepção que os mais recentes edifícios de oito pisos, construídos nesta zona Ribeirinha, são anacrónicos e dissonantes, como é possível virem agora propor edifícios ainda mais altos, para uma zona, com uma média de apenas quatro a seis pisos? Felizmente, ainda estamos a tempo de rever estes planos porque esta Assembleia Municipal é soberana. Penso que bastariam dois a quatro meses, para que os autores deste plano apresentassem uma alternativa que respeitasse o preconizado no Plano Director, dado que o seu trabalho de campo já se encontra feito. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Assim como os cartazes espalhados pela cidade estimulam, todos temos uma palavra a dizer, permitam-me que como cidadão, arquitecto, bem como trabalhador e proprietário na zona, possa calmamente reapreciar com V. Excelências este Plano, e que não se descambe na praça pública uma discussão do tipo entre bons e maus, em que já sabemos, ninguém sai beneficiado. Que fique bem claro que o desafio que faço aos projectistas do Plano, não é que imitem o antigo, mas, que continuando a tirar partido da sua reconhecida arquitectura de excelência, não deixem de, ao mesmo tempo, assegurar o respeito pela cidade, pela escala romana das suas ruas, praças e bairros, o que, estou certo, pelo seu já longo e premiado curriculum conseguirão com mérito. ---------------------------------------------------------------------------------------------- Senti-me na obrigação de voltar a esta Assembleia, primeiro porque, como disse, vi confirmadas estas minhas preocupações no próprio relatório ambiental deste Plano, e, segundo, porque votei com esperança nesta Direcção Municipal e induzi os meus amigos a votarem igualmente, nomeadamente, por terem proposto para sua gestão, como número dois, a minha colega Helena Roseta, que já nos nossos tempos de escola se destacava como sempre disponível para ajudar o próximo. Para Presidente da Assembleia Municipal a Senhora Simonetta Luz Afonso igualmente com provas dadas na luta por uma sociedade mais justa e melhor e, pelo facto de, pela primeira vez que tenha conhecimento, um Presidente de Câmara nomear para

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responsável da sua Gestão Urbanística, um Arquitecto, ainda por cima independente, igualmente com vastas provas dadas de competência. ----------------------------------------- Assim, apelo que vejam estes planos como um salutar ponto de partida para que, como o Plano Director Municipal propõe, estimular a nossa participação e assim melhor reflectirmos sobre o que na realidade será melhor para Lisboa, consequentemente para o nosso bem-estar. -------------------------------------------------------- Como sabemos, a abundância por si só, não gera a felicidade, o importante é o equilíbrio e a harmonia. O nosso futuro, a nossa qualidade de vida, o legado que pretendemos deixar aos nossos filhos, passa pela decisão soberana desta Assembleia. Não nos desiludam, não se abstenham, porque quem cala consente. Pela simplicidade do proposto, basta que respeitemos o Plano Director que, ainda por cima, recentemente aprovaram.-------------------------------------------------------------------------- Tenho esperança que este meu apelo seja considerado e que estes planos sejam revistos, ajudando Lisboa a, efectivamente se regenerar, a reforçar a sua imagem e as suas mais valias. ----------------------------------------------------------------------------------- Todos gostaríamos de ser lembrados como a geração que finalmente reintroduziu esperança nos lisboetas, no seu dia a dia cada vez melhor, promovendo planos motivadores de serem multiplicados no futuro. Se assim for, Vossas Excelências marcarão a história da cidade e serão lembrados como os que finalmente ajudaram a que Lisboa voltasse a ser e, agora cito o Dr. Jorge Sampaio: “(…) uma cidade onde dá gosto viver, trabalhar e investir.”. ----------------------------------------------- Não nos desiludam! Não fomentemos mais clivagens na nossa sociedade, mais mau estar e insegurança, não empenhemos mais o nosso futuro e o futuro desta zona ribeirinha, ainda por cima, tão próxima do Terreiro do Paço, por causa de mais dois ou quatro meses de trabalho e apenas para hipotético benefício de meia dúzia. Muito obrigado pela atenção.”-------------------------------------------------- -------------------------- Entregou na Mesa documentação relativa à matéria exposta. ----------------------------- O Senhor Delfino Navalha Serras, morador na Rua de São Lázaro, nº 66, 2º, Lisboa, expressou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------ “Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal, que não está, Excelentíssimos Senhores Deputados Municipais, Excelentíssimos Senhores Vereadores, minhas Senhoras e meus Senhores; --------------------------------------------------------------------------------------------------- O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa vem hoje a esta sessão da Assembleia Municipal apresentar a Vossas Excelências duas situações de grande gravidade e de grande preocupação, em que estão em causa postos de trabalho e trabalho prestado, em que os funcionários não recebem o salário. ---------------------------- A primeira situação diz respeito a tratadores apanhadores de animais do Canil/ Gatil que se encontram em contrato de trabalho em funções públicas por tempo determinado e próximo de terminar o seu tempo de vigência. ----------------------------------- Os nove trabalhadores nesta modalidade de contrato vão perfazer o período de três anos nessa situação a muito breve prazo, atingindo já em Setembro próximo, sete

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deles, o período máximo de contrato. Os trabalhadores referidos cumprem as mesmas funções desde o início dos seus contratos e, sempre lhes foi afirmado que lhes seriam abertos procedimentos concursais para contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado. Expectativa essa que sempre foi mantida, mas nunca concretizada. Expectativa que reportaram credível e séria, porque, na verdade, as tarefas que há quase três anos vêm executando, são necessidades permanentes que os seus postos de trabalho satisfazem e satisfaziam. Não obstante os serviços competentes nunca terem procedido à abertura dos procedimentos concursais, agora, se nada for feito em tempo útil, ver-se-ão caídos no desemprego, quando o seu trabalho e os seus postos de trabalho são necessários ao serviço e à Cidade. -------------------------------------- A provar a necessidade da continuidade desta prestação e destes postos de trabalho está o facto de que o mesmo vem persistindo durante este período, de quase três anos, independentemente do seu regime anterior e a sua transição para o regime actual do contrato de trabalho em funções públicas, conforme foi determinado pela Lei 12/A de 2008, artigo nº 2. Se tivessem sido celebrados para assegurar necessidades urgentes não teriam excedido legalmente o período de um ano conforme determina o nº 4 do artigo 93.º do RCTFP. --------------------------------------------------------Por outro lado, estes trabalhadores desenvolvem uma actividade e cumprem tarefas que necessitam de conhecimento e experiência profissional que eles já acumularam ao longo destes anos e têm demonstrado ter a necessária sensibilidade, competência e capacidade para tratar e lidar com animais com total respeito e salvaguarda dos respectivos direitos. A abertura do procedimento concursal, para relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado, que sempre tem sido prometida, cumpriria a expectativa de poderem vir a manter os seus postos de trabalho que assim se vê gorada depois deste tempo todo de dedicação ao trabalho. Será que estes trabalhadores vão também receber como prémio o desemprego? ------------ É a própria lei que revela a preocupação de assegurar a continuidade das relações jurídicas de emprego público quando constituído a tempo resolutivo, assegurando a esses trabalhadores, pelo período de vigência do contrato e durante os noventa dias após a cessação do mesmo, a preferência no recrutamento para contrato por tempo indeterminado em caso de igualdade de classificação como dispõe o artigo nº 99 do RCTFP. ----------------------------------------------------------------------------------- Senhora Presidente, Senhores Deputados Municipais e Senhores Vereadores, o STML, entende, que é necessária, ainda oportuna e legalmente possível, a abertura do respectivo procedimento concursal. Por isso, estamos nesta sessão da Assembleia Municipal a colocar a questão na perspectiva de que a salvaguarda dos postos de trabalho seja empreendida por quem seja competente, com a celeridade necessária para não prejudicar direitos e expectativas destes trabalhadores. ----------------------------- A segunda das situações prende-se com o facto de que trabalhadores, que não sendo do mapa do Município de Lisboa, prestam actividades, em tudo igual às prestadas pelos trabalhadores do Município, só que não são actualmente remunerados pela prestação destas actividades, estando mesmo na situação de

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salários em atraso. --------------------------------------------------------------------------------- Embora o STML conheça que o Município terá um protocolo com a associação “Companheiro”, entidade que, ao que tudo indica, efectua o pagamento desses trabalhadores, não o tem feito porque o Município estará em incumprimento com os pagamentos decorrentes desses protocolos. O STML desconhece o regime jurídico em que esses trabalhadores prestam a sua actividade. O que sabe é que quer confirmar esta situação. A mesma é de todo inaceitável e tem de ser corrigida imediatamente, pondo fim aos graves prejuízos e dificuldades porque esses trabalhadores estão a passar. Muito obrigado.”--------------------------------------------------------------------- ----- Entregou na Mesa documentação relativa à matéria exposta. ----------------------------- A Senhora Cristina Maria de Penha Coutinho, moradora na Rua António Ferreira, nº 6 – 2º Esquerdo, 1700-046 Lisboa, disse o seguinte: ------------------------------- “Boa tarde. Se fosse possível, gostaria de ter a vossa atenção. Muito obrigado. ------- Sou moradora do Bairro de São Miguel. Vivo neste bairro há vinte anos e, neste momento, está a decorrer um inquérito organizado pela Câmara Municipal de Lisboa, pela EMEL e pela Junta de Freguesia de Alvalade sobre o interesse dos moradores e comerciantes desta área em terem um parque de estacionamento subterrâneo na Rua António Ferreira. ----------------------------------------------------------- Eu sou moradora na Rua António Ferreira, número seis, segundo esquerdo, e não recebi o inquérito. No meu prédio somos nove moradores e só um recebeu o inquérito. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Fui alertada por um vizinho e começámos na semana passada a bater de porta em porta, a todos os moradores do Bairro, (que como devem de calcular implica tempo e disponibilidade), e constatámos que somente treze por cento dos moradores tinham recebido o inquérito. ---------------------------------------------------------------------- A forma como ele está feito chegava para ser impugnado. Fui falar com o Presidente da Junta de Freguesia, que, amavelmente, tirou fotocópias e nos deu permissão para tirar mais, caso necessário. ---------------------------------------------------- Encontramo-nos neste momento a fazer uma segunda ronda pelo Bairro, a recolher os inquéritos e a deixar inquéritos, para as pessoas poderem manifestar a opinião. Temos, até agora, setenta e cinco por cento do bairro apurado e mais de cem inquéritos respondidos para não. ---------------------------------------------------------------- Estou aqui a representar os moradores do Bairro de S. Miguel em relação ao inquérito e vou ler as três razões que os moradores invocam para dizer que não. Muito obrigado serei breve. ---------------------------------------------------------------------- “ Vimos por este meio expressar a nossa oposição a esta proposta. Justificamos a nossa posição pelas seguintes razões: -------------------------------------------- Primeira – a construção de um parque subterrâneo terá graves consequências na imagem e na identidade do Bairro, na medida em que desvirtuará o seu desenho original, os perfis das ruas que o compõem e os espaços ajardinados existentes que qualificam o ambiente e promovem o bem estar nesta área residencial; --------------------- Segunda – a construção de um parque de estacionamento subterrâneo trará

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graves consequências para a segurança rodoviária, pedonal e dos moradores do bairro. Com especial relevo para a população infantil – tanto a residente como a escolar – que frequenta a escola básica do Bairro de São Miguel; --------------------------- Terceira – a construção de um parque de estacionamento subterrâneo aumentará a poluição sonora e atmosférica do bairro; a construção de um parque de estacionamento subterrâneo implicará a diminuição e destruição de espaços verdes existentes no bairro; a construção de um parque de estacionamento contribuirá para um aumento de área urbana impermeabilizada, com graves consequências ao nível da drenagem das águas fluviais e da alteração dos níveis freáticos. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Para além das razões evocadas, alerta-se para o facto de já existirem no bairro outras opções que irão ser faladas adiante por outras pessoas. Consideramos, assim, que as dificuldades de estacionamento que actualmente se sentem no Bairro de S. Miguel, podem ser ultrapassadas com medidas menos dispendiosas e menos intrusivas. ----------------------------------------------------------------------------------------------- Na opinião dos moradores do Bairro de S. Miguel, a sua resolução, não passa seguramente, pela construção de um parque de estacionamento subterrâneo.” ------------ Agradecemos desde já a Vossa atenção para este assunto e relembramos que gostaríamos de ver implementado a velocidade reduzida de trinta quilómetros por hora, que foi o ano passado aprovado nesta mesma Assembleia e que ainda não teve nem lombas, nem sinalização de luzes nas passadeiras, nem sinalética. Muito Obrigado. Boa tarde.” ----------------------------------------------------------------------------- O Senhor Pedro Wanzeller Rebordão, morador na Rua Alfredo Cortês, nº 5, 1º Direito, 1700-026 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------- “Boa tarde Senhora Presidente da Assembleia Municipal e respectivos membros da Assembleia Municipal. Eu pedia à Senhora Presidente, que as pessoas que estão de pé, a falar desde o início desta sessão, num claro desrespeito pelas pessoas que vêm aqui falar, e que contrasta com o Público que está devidamente sentado, exercesse o seu poder. É uma questão de cidadania. É uma questão de respeito. Como professor, é uma das coisas que ensino aos meus alunos. -------------------------------------- O Bairro de S. Miguel não só integra o inventário municipal, do património, do PDM, como constitui um dos mais importantes conjuntos da arquitectura portuguesa do século XX, pelo que é fundamental que apenas sejam permitidas alterações muito pontuais, que não comprometam a homogeneidade e a identidade arquitectónica e urbanística de todo o conjunto, seguindo os princípios definidos no nº 3, do artigo 14.º do RPDML, isto é, da historiadora Rita Meg e da Direcção Municipal Gestão Urbanística/ Departamento de Monitorização e Difusão de Informação Urbana e data de Março de dois mil e oito. ---------------------------------------------------------------- Faz-me confusão, e é uma consideração que gostava de deixar aqui, eu sou licenciado em Geografia e Ordenamento e Planeamento do Território, e uma das coisas que procuro ensinar aos meus alunos é o exemplo em termos de mobilidade e acessibilidade do que representa ter parques de estacionamento na periferia das cidades e, mais recentemente, dou muitas vezes o exemplo de Londres, que investiu

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fortemente nessa mobilidade, nessa acessibilidade, nessa questão. --------------------------- Viver no Bairro de S. Miguel, um bairro do Estado Novo, um bairro que é considerado pela própria Câmara Municipal de Lisboa como de interesse arquitectónico, em que o centro desse bairro é a escola (era uma característica do Estado Novo, havia sempre um elemento essencial – uma escola ou uma igreja - neste caso é uma escola), seja alterado para um parque de estacionamento subterrâneo. O elemento essencial daquele bairro não pode passar a parque de estacionamento subterrâneo. Neste momento, os moradores estão a ser questionados, a pronunciarem-se sobre a eventual construção desse parque. Não há nenhum morador daquele bairro que saiba, ou que tenha acesso, ou que tenha visto planos de pormenor, ou planos de arquitectura, qualquer coisa referente àquele parque de estacionamento. Onde é que ficam as rampas de acesso àquele parque de estacionamento? Qualquer rampa tem pelo menos vinte, trinta metros de comprimento. Ora, vinte, trinta metros, uma rampa de entrada e uma rampa de saída, são, pelo menos, cinquenta lugares, para um parque de estacionamento de cento e dois lugares, faz-me confusão sacrificarem espaços verdes, alterarem toda a filosofia daquele bairro. Numa altura em que, nós sabemos, o bairro está em vias de ser classificado pelo IPAR.---------------------------------------------------------------------------- Para concluir, dizer que existem alternativas. Portanto, não é só vir aqui criticar, dizer mal, é dizer que existem alternativas. E essas alternativas existem na Rua Alfredo Cortês, número três. Existe um parque de estacionamento subterrâneo, com três pisos de estacionamento, para sessenta e dois automóveis. Que não está de todo ocupado. Tem uma taxa de ocupação de quarenta por cento. --------------------------- Há outra solução, mais à frente, enfim, creio que um dos moradores virá aqui falar, que tem a ver com a utilização de uma garagem, dando passagem a um logradouro. Portanto, existem alternativas, e aquilo que pedimos enquanto moradores é que: primeiro, sejamos devidamente informados, sejamos atempadamente informados e que haja uma intervenção nossa, dos moradores. Muito obrigado, e peço desculpa pelo tempo roubado.”.-----------------------------------------------A Senhora D. Rosa Maria Rodrigues Amaral Antunes, moradora na Rua Armando Lucena, Lote 10, 2º Direito, 1300-070 Lisboa, disse o seguinte: -------------------- “Boa tarde. É o seguinte: eu tenho um filho que é deficiente. Anda numa cadeira de rodas. E eu pedi uma troca e deram-me um rés-do-chão. E o dono dessa casa quer uma casa para ele. Ele é de etnia cigana. Eu não posso ir para aquela casa enquanto não lhe derem uma casa a ele. Enquanto não resolverem o problema dele, eu não posso ir lá para casa. ----------------------------------------------------------------------------- Há um ano atrás eu falei com a Senhora Helena Roseta, lá na Ajuda e continuo à espera que resolvam o meu problema. Eu moro num segundo andar, não posso andar com um filho de vinte e dois anos às cavalitas, estou à espera que resolvam a minha situação. Os papéis estão na GEBALIS e ando nisto há mais de três anos.”.--------- O Senhor Eduardo Ribeiro da Silva, morador na Rua Armando Lucena, Lote 9, 1º Esquerdo, 1300-070 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------------------------

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----- “Boa tarde meus Senhores. Venho pedir à Senhora Vereadora que resolvesse o meu problema. ------------------------------------------------------------------------------------- Quando estive preso, a minha esposa deixou-me e fez uma troca de casa. Eu estou a viver sozinho, estou na casa da minha mãe, com os meus filhos e preciso de uma casa. Eu queria que resolvessem da melhor forma o problema da minha casa.”------- O Senhor Carlos Augusto Rosa Leal, morador na Rua António Ferreira, nº 10, 2º Esquerdo, 1700-046 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------- “Muito boa tarde, Senhor Presidente (que não está presente), Senhores Deputados, Senhores Vereadores. ---------------------------------------------------------------- Agradeço um minuto de atenção, que eu vou ser muito, muito breve. O assunto que me traz aqui já foi levantado por dois antecessores que falaram na questão que se relaciona com o Bairro de São Miguel. ---------------------------------------------------------- Eu fui alertado para esta situação há meia hora atrás e estou a falar completamente de improviso em relação a esta situação. -------------------------------------- Eu venho manifestar a minha solidariedade em relação ao assunto que foi levantado pelos antecessores, que se relacionam com o assunto do Bairro de São Miguel, como um verdadeiro “Não”, repito, verdadeiro “Não” ao parque de estacionamento subterrâneo que se pretende que seja construído no chamado jardim da escola do Bairro de São Miguel. -------------------------------------------------------------- Estou aqui, não só na qualidade de morador (sou morador há cinquenta anos e sei as condições que se têm vindo, progressivamente, a degradar com o tempo e com o aumento de tráfego rodoviário que se tem processado nessas ruas), mas, também, como proprietário de um prédio que fica localizado na Rua António Ferreira, que ficaria a paredes-meias com o dito parque subterrâneo. --------------------------------------- Faço minhas as palavras dos meus antecessores e gostaria de fazer um pequeno reparo: temos soluções alternativas! Repito: temos soluções alternativas para o parqueamento de viaturas, que não estão sequer a ser analisadas pela Câmara Municipal de Lisboa e pelos respectivos serviços a quem já manifestei isso por escrito. E digo que há soluções porque na qualidade de proprietário de uma garagem, que fica localizada num rés-do-chão desse prédio e que dá acesso ao quarteirão inteiro, ao quarteirão que fica localizado na rua António Ferreira, Frei Tomé de Jesus e Ferreira de Vasconcelos. E este quarteirão está completamente subaproveitado. Através do acesso a essa garagem – que é minha propriedade – pode-se ter o aproveitamento para parque de viaturas.----------------------------------------- Disponho-me a ter o máximo de abertura naquilo que a Câmara pretender. Embora não tenha tido qualquer abordagem para soluções deste tipo por parte da Autarquia. ------------------------------------------------------------------------------------------ É neste sentido que eu me queria manifestar e solicitar que, conjuntamente com uma associação de moradores que se está a legitimar, possamos ser recebidos pela Câmara de Lisboa, no sentido de lhes apresentarmos as soluções alternativas que penso que são prementes. Muito obrigado.”------------------------------------------------

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----- A Senhora D. Cláudia Patrícia Domingos Batalha, moradora no Bairro da Boavista, Rua Rainha D. Brites, Lote 12, 1º A, 1500-534 Lisboa, disse: ---------------------- “ Boa tarde, Senhora Presidente! Boa tarde a todos os presentes. ---------------------- Eu sou moradora do Bairro da Boavista, fui nascida e criada ali e, infelizmente, não tenho possibilidades de comprar ou alugar uma casa. ------------------------------------ Dirigi-me aos serviços da GEBALIS, há quatro anos atrás, na tentativa de obter uma casa. E, até hoje, não obtive qualquer resposta. Não existe ninguém que me diga o que quer que seja. Ora me pedem para esperar, ora me pedem para fazer protocolos, e o facto é que eu sou uma jovem mãe com três filhos menores, com quinze, seis e três anos. O que é vergonhoso para mim é ter de morar de favor em casa de vizinhos. Eu não me dou bem com a minha mãe – que foi toxicodependente e actualmente é alcoólica. -------------------------------------------------------------------------- Eu continuo sem obter a resposta de ninguém, continuo à espera que alguém tenha a caridade, não por mim, mas pelas minhas filhas. -------------------------------------- Quer a GEBALIS, quer a Câmara, não me dão respostas. Por isso me dirijo aos senhores, na tentativa que exista alguém que me ajude. Obrigada.”---------------------------- A Senhora Presidente, terminado o período de intervenção do Público, deu-o por encerrado, declarando aberto o Período de Antes da Ordem do Dia. ---------------------------------------- ANTES DA ORDEM DO DIA --------------------------------------------- Apreciação e votação das actas números trinta e dois, trinta e três e trinta e quatro. ------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Presidente submeteu à votação as actas números trinta e dois, trinta e três e trinta e quatro tendo a Assembleia deliberado aprová-las por unanimidade. ------------------------------------------------------------------------------------------ Prosseguiu, informando que se iria proceder à leitura do voto de pesar apresentado pelo Partido Socialista relativamente a Luísa Costa Dias – Directora do Arquivo Fotográfico Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------- VOTO DE PESAR Nº 1------------------------------------------------ “No passado dia dezanove de Junho faleceu em Lisboa, vítima de doença prolongada, Luísa Costa Dias, nome maior da Fotografia na nossa cidade e no país.------ Luísa Costa Dias, licenciada em História e fotógrafa, foi, desde mil novecentos e noventa e dois, responsável pelo Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, e, posteriormente, pelo Núcleo Fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa, serviço este que, sob nova designação, veio a suceder ao primeiro nas suas atribuições e competências. ------------------------------------------------------------------------------------------- Durante os dezanove anos em que orientou esse serviço público, viu-o constituir-se como um modelo de excelência na área, transformando-o em local de referência obrigatória no campo da fotografia a nível nacional. -------------------------------------------- No Arquivo Fotográfico, Luísa Costa Dias teve acção fundamental na organização de inúmeras exposições prestigiadas ao longo de quase duas décadas, bem como na edição de livros de fotografia. ------------------------------------------------------- O seu legado destaca-se ainda, pela política de angariação de novos espólios

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fotográficos que, desde mil novecentos e noventa e quatro, fez com que muitas novas colecções surgissem no Arquivo. -------------------------------------------------------------------- Nos últimos anos, Luísa Costa Dias comissariou e apoiou tecnicamente inúmeras exposições de fotografia, dentro e fora do âmbito do Arquivo Municipal de Lisboa. -------- Em dois mil e três e em dois mil e cinco, Luísa Costa Dias foi ainda uma das principais mentoras da Lisboa Photo, Bienal de Fotografia, evento que deu projecção pública à cidade de Lisboa dentro do meio fotográfico, tanto a nível nacional como internacionalmente. ------------------------------------------------------------------------------------ O nome de Luísa Costa Dias ficará para a posteridade ligado à preservação e apresentação pública do rico espólio fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa. --------- A vida e obra desta cidadã, à frente de uma área artística e cultural, com profunda dimensão histórica de preservação da memória visual e patrimonial de Lisboa, devem ser recordadas. ----------------------------------------------------------------------- A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em vinte e um de Junho de dois mil e onze, manifesta o seu pesar pela morte da cidadã Luísa Costa Dias, um dos nomes maiores da Fotografia na nossa cidade, guardando um minuto de silêncio em sua memória, e apresenta à sua família as mais sentidas condolências.”---------------- Seguiu-se a votação do voto de pesar, subscrito pelo Líder da Bancada do Partido Socialista, Miguel Coelho, e pelo Deputado Municipal Diogo Leão, e tendo sido aprovado por unanimidade, a Assembleia guardou um minuto de silêncio -------------------- O Senhor Deputado Municipal Luís Graça Gonçalves (Partido Social Democrata) agradeceu o uso da palavra e cumprimentou os presentes. ----------------------- Prosseguiu, informando que o Partido Social-Democrata iria apresentar ao Plenário, duas recomendações e um voto de congratulação e que os mesmos iriam ser apresentados pelos seus respectivos subscritores. ------------------------------------------------- Referiu que apenas se iria pronunciar sobre a recomendação da qual era subscritor (a recuperação da Rua Maria Pia), e comunicou que a palavra “já” que integrava o título havia sido retirada, tendo sido a Senhora Presidente da Assembleia informada da alteração atempadamente. ------------------------------------------------------------ Começou por salientar o carisma da Rua Maria Pia, uma das mais emblemáticas da cidade de Lisboa. Mencionou ser uma rua antiga e com história; uma rua que terá sido, nos seus tempos de glória, umas das maiores desta cidade, tendo chegado a integrar o itinerário utilizado pela família real, quando da sua fuga para o Brasil. ----------- Sublinhou a antiguidade da rua e acrescentou que actualmente é recordada, não pela sua carga histórica, mas sim por ser uma das ruas – senão mesmo a rua que possui o pior piso da cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------------- Salientou o imenso tráfego automóvel, nomeadamente, ligeiros, carga e autocarros da Carris, existente naquela artéria, e recordou acidentes promovidos pelo mau estado do piso, condutores que para se desviarem dos buracos tinham acabado por ir bater noutros veículos. ------------------------------------------------------------------------- Frisou que pela sua localização, a Rua Maria Pia, era uma rua permanentemente em hora de ponta. -------------------------------------------------------------------------------------- Revelou que a reparação do pavimento já havia sido prometida há mais de dez

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anos e que ainda nada tinha sido feito, tendo mesmo chegado a existir verbas cabimentadas para a reparação da rua. -------------------------------------------------------------- Alertou ainda para o facto de que as obras não se deveriam cingir à reparação do piso, mas que deveriam de ser alargadas às infra-estruturas enterradas, principalmente, a rede de esgotos. Informou que o colector de esgoto junto àquela rua, segundo informações já muito antigas, se encontrava totalmente destruído e que isso tinha acelerado o rebentamento do mesmo, principalmente no inverno, prejudicando em ampla escala a população do largo de Alcântara. --------------------------------------------------- Recordou ainda que a Rua Maria Pia tinha outro grande problema, nomeadamente o muro de suporte do Pátio do Loureiro. Advertiu para o facto de ser um muro perigoso para quem passasse junto ao mesmo, estando sempre a cair pedras. ----- Disse que a Autarquia, de vez em quando, colocava barreiras de protecção, sendo as mesmas retiradas ao fim de um determinado tempo. Questionou o porquê da Câmara, não obstante ter consciência da necessidade de demarcar o espaço através de barreiras, nada ter feito até àquele momento. ------------------------------------------------------ Terminou, apelando ao Senhor Vereador do Pelouro, o qual mencionou não se encontrar, para que intercedesse, de forma célere, a favor da recuperação da Rua, pois o caos em que a mesma se encontrava era prejudicial para todos. ------------------------- -----O Senhor Deputado Municipal José Leitão (Partido Socialista) saudou os presentes e informou que iria antecipar a posição do Partido Socialista face a algumas questões que iriam ser discutidas naquela sessão. Comunicou que iriam votar contra uma proposta do Partido Comunista Português, referente ao encerramento da urgência na Maternidade Magalhães Coutinho, e que se iriam abster na recomendação apresentada pelo Partido Ecologista “Os Verdes” sobre aquela matéria, por a terem considerado mais objectiva. Reafirmou que aquelas votações, em nada contrariavam aquilo que tinham defendido até àquele momento, nomeadamente, a existência de um Hospital Pediátrico em Lisboa com funcionamento autónomo. --------------------------------- Disse que gostaria de se manifestar face ao “Mega Piquenique” que havia decorrido na Avenida da Liberdade, dizendo que as críticas formuladas e as moções apresentadas, tinham contribuído para sublinhar a relevância do evento. Citou o Senhor Ferreira Fernandes do Jornal Diário de Notícias: “ Lisboa, parecia, no meio da Avenida da Liberdade, uma colmeia transparente, onde se viam abelhas a produzir mel.” E salientou que para muitos alfacinhas, aquela tinha sido a primeira oportunidade que tinham tido de ver uma alface ainda com terra no talo. --------------------- Disse que aquele acontecimento havia suscitado reacções que tinham obtido eco na Assembleia Municipal de Lisboa por ter decorrido naquele espaço, numa Avenida com dez faixas de rodagem e com quatro de estacionamento, que era, na esmagadora maioria do tempo, usufruída de forma esmagadora pela circulação automóvel. Alegou que não fazia sentido, pelo menos na sua opinião, bradar contra a privatização do espaço público e que a Avenida da Liberdade poderia ser apropriada pelos cidadãos sob formas várias, designadamente, manifestações político sindicais, iniciativas tradicionais, como as “Marchas de Lisboa”, realizações culturais ou desportivas ou outras iniciativas, como o “Mega Piquenique”.-----------------------------------------------

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----- Explicou que aquele Evento, totalmente gratuito, não tinha representado uma privatização do espaço público, mas sim a sua apropriação por cerca de meio milhão de pessoas, em prejuízo, por um curto espaço de tempo, dos automóveis. Decidiu não sublinhar as contrapartidas com que aquele evento havia presenteado a cidade - a requalificação de espaços verdes, a construção de um corredor verde que iria efectuar a ligação com Monsanto ou a distribuição de produtos hortícolas às Juntas de Freguesia abrangidas na Avenida da Liberdade e a quinze Instituições de Solidariedade Social.----------------------------------------------------------------------------------- Terminou, salientando que o importante não seria atacar a realização daquele “Mega Piquenique”, mas sim, em como conseguir que a vida da cidade fosse devolvida à rua; em como conseguir que o comércio fosse a céu aberto e não apenas confinado a espaços fechados, como deveria de ser natural num país de sol. ----------------- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (Partido Comunista) cumprimentou a Senhora Presidente e os demais presentes, e expôs que pretendiam falar sobre o piquenique, da SONAE e do seu patrão, o Senhor Belmiro de Azevedo, a quem o Senhor Presidente da Câmara e o Senhor Vereador Sá Fernandes tinham entregue a Avenida da Liberdade, no período compreendido entre dezasseis e dezanove de Junho. ------------------------------------------------------------------------------------ Alegou que o evento tinha sido uma espécie de “horta de propaganda” a quem comprava no estrangeiro muito do que vendia, criando uma capa esburacada para ocultar a realidade de não possuirmos agricultura que se visse. Continuou, dizendo que o centro de Lisboa havia ficado intransitável durante dias, que a vida económica, social e cultural da cidade tinha sido prejudicada e que o Senhor Vereador José Sá Fernandes – qual Zé da horta que ainda não deveria saber o que custava manobrar uma enxada – se havia revelado babado pelo barrete que a SONAE tinha enfiado a Lisboa e adjacências. ---------------------------------------------------------------------------------- Afirmou que aquela farsa de couves, abóbora e afins não abonava a favor de quem tinha vendido a independência nacional, a criação de riqueza na agricultura, na indústria e nas pescas. Apelou aos que tinham negociado a adesão à CEE e às forças políticas que com eles haviam sido coniventes que não mentissem, que não fizessem como estavam a fazer o Partido Socialista na Câmara e o Vereador Sá Fernandes, ao propagandear a produção nas hortas como se aquelas fossem a salvação da comida farta na mesa. Solicitou aos que assinaram o pacto da troika que se libertassem daquele tipo de encenações grotescas, pois tinham sido afectados por aquela paralisia milhares de cidadãos e trabalhadores, a Confederação de Comércio e Serviços e a Associação de Dinamização da Baixa Pombalina. ------------------------------------------------ Perguntou se as taxas de utilização do espaço público tinham sido cobradas e, tendo assumido que não o tinham sido, quis saber qual tinha sido a justificação apresentada para a isenção. --------------------------------------------------------------------------- Indagou sobre o valor que a autarquia teria dispendido com Polícia Municipal a controlar o estacionamento e outros serviços e apoios envolvidos; ----------------------------- Quis saber se a privatização do espaço público seria para continuar. --------------------- Exigiu explicações à Câmara, pedindo-lhes que alterassem o discurso, pois era do

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domínio público o facto da SONAE privilegiar o seu clube de fornecedores e desprezar, a nível nacional, os pequenos e médios produtores agrícolas, impondo-lhes preços insustentáveis. Acrescentou que havia sido proibida a distribuição de embalagens de leite à população na iniciativa de domingo, tendo a polícia defendido os interesses exclusivos da propaganda do Continente e da SONAE. -------------------------- Solicitou à Câmara que esclarecesse as dúvidas que aquele evento tinha suscitado, e mencionou que para além do que já havia sido exposto, iriam apresentar na Assembleia uma Moção referente ao encerramento da Urgência da Maternidade do Hospital D. Estefânia. Alertou para o facto de estarem em risco outras urgências, e relembrou que a Assembleia havia sido unânime relativamente à necessidade de garantir a existência de um Hospital Pediátrico autónomo em Lisboa. Frisou, ao finalizar a sua intervenção, a urgência da Assembleia e da Câmara Municipal assumirem uma posição defensiva em prol dos interesses de Lisboa e da Área Metropolitana. ------------------------------------------------------------------------------------------ O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (Centro Democrático Social) saudou os presentes e revelou que o Centro Democrático Social/Partido Popular iria apresentar, no período destinado a esse efeito, uma moção relativa ao “Mega Piquenique” ocorrido na Av. da Liberdade, promovido pelo Hipermercado “Continente” e pela Câmara Municipal de Lisboa. ------------------------------------------------ Declarou que o que havia sido apresentado como um “Mega Piquenique” não tinha passado de uma operação de Marketing que tendia promover a imagem do Continente sem o pagamento de Taxas e Licenças. Disse que o evento visava uma amostra de produtos nacionais e a oferta destes a instituições de solidariedade social. ------ Afirmou que pouco mais havia acontecido para além da desmesurada publicidade a que o “Continente” tinha tido direito, na mais nobre artéria da cidade, traduzida numa depreciativa e abusiva submissão política da Autarquia a um grupo económico. ----- Destacou a produção da Confederação dos Agricultores Portugueses e dos inúmeros produtores e agricultores que tinham participado no evento, representantes de uma área estratégica para Portugal, naquilo que teria sido a montra dos produtos nacionais. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Esclareceu que a questão recaía apenas sobre a infeliz escolha do local e que a privatização do espaço público não datava apenas daquele fim-de-semana, nomeando a Skoda, na Praça das Flores, e da Renault, na Avenida da Liberdade. ------------------------- Elucidou que a Avenida da Liberdade tinha sido a primeira artéria a ser construída em Lisboa, estando em vias de classificação pelo IGESPAR, e que aquele tipo de acções apenas contribuíam para atrasar o seu processo, desvirtuando o seu valor histórico e cultural. ------------------------------------------------------------------------------ Referiu que o trânsito havia estado encerrado ao público por cinco dias, promovendo atrasos, quer nos transportes públicos, quer nos veículos particulares e que aos moradores da zona haviam suprimido os lugares de estacionamento, sem que tal lhes tivesse sido anunciado ou sem que lhes tivesse sido apresentada qualquer alternativa. ---------------------------------------------------------------------------------------------- Questionou a política de mobilidade da Câmara, de atracção de pessoas para o

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centro da Baixa, acentuado que aquela mais parecia uma falta de respeito pelos Lisboetas.------------------------------------------------------------------------------------------------ Mencionou o descontentamento dos comerciantes locais, acrescentando que aquele descontentamento não era só uma afirmação do Centro Democrático Social, mas também uma afirmação partilhada pela Associação de Dinamização da Baixa Pombalina e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal. ----------------------------- Lamentou o facto do Presidente da Câmara se ter pronunciado com orgulho relativamente àquela acção de Marketing, com o alto patrocínio do Município, sem contrapartidas claras, e deixou claro que nada tinham contra a produção dos produtos nacionais, mas sim, contra a mega campanha promocional da marca “Continente” e da política de privatização do espaço público promovida por aquele executivo camarário. -----Mencionou as contrapartidas, que disseram estar associadas ao evento, na ordem dos cem mil euros, a serem investidos numa horta comunitária em Campolide e nos arranjos de espaços verdes da avenida. Ironizou, dizendo que a primeira novidade era que ou a Câmara iria aceitar um donativo do Continente ou que aquele se iria dedicar à jardinagem, através da cedência de espaços verdes cuja manutenção seria patrocinada – claro, em troca de publicidade – por agentes económicos. Prosseguiu, dizendo que a segunda novidade era protagonista de maior espanto e como nota introdutória, relembrou que os espaços verdes da Avenida da Liberdade haviam sido sujeitos a concurso público aprovado em sede de Câmara em dois mil e nove e rejeitado por aquela Assembleia Municipal no início do ano passado, e que desde então, a Câmara tinha vindo a celebrar ajustes directos para o arranjo daqueles espaços, encontrando-se em vigor naquela data, um ajuste directo por cinco meses que havia iniciado em Maio de dois mil e onze. -------------------------------------------------------- Perguntou, perante aqueles dados, quais seriam os espaços verdes a serem patrocinados pela SONAE, uma vez que o arranjo dos mesmos se encontrava adjudicado a uma empresa até Outubro. Afirmou que Sá Fernandes garantia que a “Sonae” havia pago os referidos arranjos, constando essa afirmação de declarações prestadas ao jornal Público, as quais se passam a transcrever: “(…) a SONAE pagou estes arranjos e, tudo junto, vale mais de cem mil euros:”. Acrescentou, ainda, que o mesmo não falara na existência de contrapartidas.------------------------------------------------- Solicitou que o Vereador Sá Fernandes esclarecesse as dúvidas que haviam surgido relativamente ao facto de ser ajuste directo, contrapartida, pagamento ou outro acordo de compensação. ------------------------------------------------------------------------------ Levantando questões relacionadas com a escolha do espaço, alegou que a mesma deixava muitas dúvidas, pois as declarações que tinham sido proferidas pelo autarca não faziam sentido e citou: “(…)estamos aqui nos Campos Elísios. Além disso, o elevado número de camiões TIR necessários para a montagem não eram compatíveis com uma zona verde como a Belavista.”. ----------------------------------------------------------- Perguntou, face àquelas declarações, se estariam a falar do mesmo Parque da Belavista e da mesma cidade, pois o Parque da Belavista servia para todo o tipo de eventos, com cargas e descargas de equipamentos pesados; montagens de espectáculos como o Rock & Rio, o centenário do Benfica, o concerto da Madonna e

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até o “Mega Piquenique” da cadeia SONAE. ------------------------------------------------------ Salientou a ironia da Câmara ter aceite com naturalidade a entrada de camiões TIR altamente poluentes na Avenida da Liberdade, e de ao mesmo tempo, querer impor restrições à entrada de veículos poluentes naquela Avenida. ---------------------------- Concluiu que a escolha da Avenida da Liberdade tinha sido mediática, tanto pela parte da SONAE, como pela da Câmara Municipal de Lisboa. ---------------------------------- Dirigindo-se ao Senhor Vereador, afirmou que os fãs de Toni Carreira, grande chamariz deste evento, tanto iriam à Avenida, como ao Parque da Belavista, ou a qualquer outro sítio em Lisboa. ---------------------------------------------------------------------- Criticou o desrespeito pelo Património da cidade e de Portugal defendendo que a montagem de um mega palco, encostado ao monumento dos Restauradores, era revelador de falta de respeito pela salvaguarda de património classificado e uma violação da legislação em vigor. --------------------------------------------------------------------- Declarou, ainda, terem estado perante uma contundente falta de preocupação e zelo pelo património, por parte da organização, alertando para o facto da Câmara não se ter pronunciado e o IGESPAR ter fechado os olhos a este facto. ----------------------- -----Inquiriu o Vereador Sá Fernandes sobre a falta de clareza existente em torno do acordo celebrado e no qual a Câmara era parte activa, nomeadamente, sobre as circunstâncias em que haviam sido negociadas as contrapartidas, sobre a forma como o Continente iria pagar o arranjo dos espaços verdes existentes na Avenida da Liberdade, estando os mesmos adjudicados a uma empresa privada, e, quais seriam as estimativas de receitas em licenças e taxas perdidas. Tendo concluído que, sendo a Câmara co-organizadora do evento, este ficaria livre de taxas e licenças. --------------------- Relembrou que o espaço público pertencia a Lisboa e aos Lisboetas e não a grupos económicos que o tentavam colonizar com o beneplácito dos dirigentes autárquicos. Apelou a que se protegesse e fomentasse a agricultura e que fossem estabelecidos critérios na escolha do local e na protecção das zonas históricas e nobres da cidade. Finalizou, dizendo que de António Costa apenas esperavam que administrasse, de preferência com o mote da campanha que o Partido Socialista tanto havia apregoado, com rigor. ------------------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Municipal Rita Silva (Bloco de Esquerda) dirigiu-se aos presentes, saudando-os. ------------------------------------------------------------------------------- Informou que o Bloco de Esquerda iria destacar duas moções dos documentos que iriam apresentar. Informou que ambas tinham a ver com a utilização do espaço público. -------------------------------------------------------------------------------------------------- Começou por dizer que se vivia numa época com perturbações que nos colocavam perante um novo ciclo político e económico, o qual considerou extremamente preocupante. Disse considerá-lo assim por ser excludente, por privilegiar sempre os grupos económicos em detrimento dos direitos e das garantias das pessoas, alegando que o que interessava era o mercado e não as pessoas e, para isso, ia-se musculando o Estado e a repressão e dizendo que a forma como a Câmara entendia a utilização do espaço público parecia tender para aquele tipo de concessão. ------ Realçou que haviam alugado uma parte muito considerável da cidade, com

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transtorno para milhares de pessoas, durante vários dias, reproduzindo assim um hábito daquela Câmara, amplamente criticado, que consistia em não perguntar o que quer que fosse, a quem quer que fosse. --------------------------------------------------------------- Acrescentou que os protestos tinham sido muitos e que os ecos na Assembleia também. -------------------------------------------------------------------------------------------------- Destacou que o grupo “Continente” havia conseguido, através daquela acção, colocar o Senhor Presidente e os Senhores Vereadores a dizerem que o “Continente” apoiava a produção Nacional. ------------------------------------------------------------------------- Asseverou que tal era mentira, que o grupo não apoiava a produção nacional, pois os agricultores nacionais queixavam-se muito dos preços impossíveis que as grandes superfícies lhes impunham, queixavam-se das margens de lucro extremamente elevadas, da falta de transparência do processo e dos pagamentos com vários meses de atraso. -------------------------------------------------------------------------------- Aconselhou o Senhor Presidente e os Senhores Vereadores a inquirirem os agricultores do nosso país sobre o impacto das grandes superfícies na produção nacional. Afirmou que a relação entre o Continente e os produtores nacionais era uma relação de desigualdade, na qual os últimos não possuíam opção de escolha. ----------------- Lamentou o facto de o Continente ter tido direito a publicidade gratuita e enganosa, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, e de ter desfrutado de uma campanha de Marketing aparatosa que acarretou prejuízos à cidade e aos seus habitantes. ----------------------------------------------------------------------------------------------- Referiu-se ao incidente ocorrido no Rossio e classificou-o de vergonhoso. ------------- Explicou tratar-se de um grupo de cidadãos pacíficos, preocupados com o rumo que a Democracia estava a tomar, reunidos na Praça do Rossio numa reunião que denominaram de “Assembleia Popular”. Classificou de violentos e abusivos para a Democracia os actos praticados no dia quatro de Junho na Praça do Rossio. Sublinhou que não tinha existido, até àquela altura, por parte da Câmara, qualquer tipo de esclarecimento relativamente à acção da Polícia Municipal, nem qualquer responsabilização das forças policiais e dos seus responsáveis. --------------------------------- Informou que haviam retirado as Recomendações números três e cinco. Explicou que a primeira dizia respeito ao balneário de Alcântara e havia sido retirada porque o Partido Socialista tinha entregue uma nova moção que lhes parecera mais adequada, e que a segunda, sobre a prorrogação do prazo de discussão pública dos regulamentos de habitação municipal, havia sido retirada porque tinha existido, por parte da Senhora Vereadora, abertura para dialogar e integrar propostas de moradores, das suas associações e dos Grupos Municipais, não se atrasando assim a proposta. -------------------- O Senhor Deputado Municipal John Rosas (Partido da Terra) saudou os presentes e manifestou a sua satisfação em apresentar, no nome do partido que representava, duas Recomendações que iria submeter à aprovação da Assembleia. ---------- Descreveu que uma se inseria na área educativa do Município, e a outra, na área internacional da cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------------------- Informou que com a primeira Recomendação pretendiam incrementar o trabalho realizado com a Câmara junto das Escolas Públicas do Ensino Básico, no sentido de

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proporcionarem uma maior equidade na oferta educativa, evitando, assim, discrepâncias entre escolas, e adequando as acções e programas à realidade escolar, e que com a segunda pretendiam inverter aquele estado de desconhecimento sobre a actividade internacional desenvolvida pelo Município de Lisboa, nomeadamente, no que respeitava a cada uma das organizações internacionais a que a cidade de Lisboa pertencia, como os acordos de cooperação e geminação e amizade que tinham sido celebrados pelo Município. --------------------------------------------------------------------------- Esclareceu que os apelos que iria fazer à Assembleia se traduziam, desde logo, na apresentação de uma recomendação, na qual se “recomendava” que a Assembleia propusesse à Câmara Municipal que promovesse a elaboração de um relatório de avaliação do Ensino Público Básico, tão exaustivo quanto possível, sobre todos os programas em curso nas Escolas do Ensino Básico, designadamente sobre o mapa de obras e intervenções previstas, sobre os gastos com a alimentação, sobre os transportes, os manuais escolares e sobre tudo o que mais fosse relevante à gestão das referidas escolas, e, ainda, na apresentação de uma segunda recomendação, solicitando à Assembleia que propusesse à Câmara a constituição de um grupo de trabalho, composto por trabalhadores do Município, o qual seria responsável pela elaboração semestral de um relatório referente às actividades desenvolvidas pelo Município na área das Relações Internacionais, com uma breve descrição sobre os organismos internacionais de que o Município fosse membro ou em que se encontrasse representado. ----------------------------------------------------------------------------- Solicitou, ainda, a publicação on-line do referido relatório e, eventualmente, em suporte papel, ainda que em quantidades reduzidas, colocando-o assim à disposição de todos os munícipes. ------------------------------------------------------------------------------------ Dirigindo-se à Assembleia, disse que os apelos que tinham apresentado eram, no seu entender, facilmente exequíveis, assim houvesse vontade política. Referiu, que o Partido da Terra, que se assumia como um partido ecologista, com base no humanismo e na solidariedade, formulava votos para que a cidade de Lisboa pudesse contribuir para o enriquecimento educativo dos seus jovens, em condições de igualdade, e para a promoção de uma cidadania mais participativa e esclarecida por parte de todos os seus munícipes. -------------------------------------------------------------------- Adiantou que no respeitante às intenções de voto do Partido da Terra em relação às restantes Recomendações e Moções se iriam abster nas Moções números três e sete e iriam votar a favor da nona, a relativa ao “Mega Piquenique”, pelo facto de, não obstante o Partido da Terra ser favorável à criação de incentivos à produção nacional, à agricultura portuguesa e à pequena produção, era, no entanto, desfavorável à realização daquele tipo de eventos que promoviam determinados grupos económicos, como tinha sido o caso do piquenique promovido pela cadeia de supermercados “Continente”. Acrescentou, que a escolha da Avenida da Liberdade também não tinha sido a escolha mais acertada para a realização daquele tipo de iniciativas, apresentando como alternativa o Parque Eduardo VII, o Terreiro do Paço, o Parque da Belavista ou até o Parque Monsanto. ---------------------------------------------------------------- Prosseguiu, dizendo que em relação à Moção número sete, do Partido Ecologista

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“Os Verdes”, iriam votar favoravelmente, justificando que votariam a favor, não por serem contra a prática do râguebi, mas por terem considerado, na sequência de alguns atentados à integridade do Parque Florestal de Monsanto, que a escolha do lugar era inoportuna. Apresentou, em seguida, o Campo das Falésias, na Freguesia de Alcântara, outrora campo do Belenenses, e que se encontrava condenado à degradação, como alternativa à prática daquele tipo de evento. --------------------------------- Finalizou, comunicando que iriam votar favoravelmente a Recomendação número nove, apresentada pela Excelentíssima Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, não por serem favoráveis à transferência de verbas públicas para o futebol, mas por terem considerado que a promoção do Atlético Clube de Portugal à Divisão de Honra representava a realização de uma aspiração da população local, e, essencialmente, por aquele clube ter, ao longo dos anos, desempenhado um meritório e importantíssimo papel social naquela zona de Lisboa. Acrescentou ser um clube que muito tinha feito para resgatar os jovens das ruas de Alcântara, Ajuda e Casal Ventoso, proporcionando-lhes assim a possibilidade de crescerem em ambientes socialmente mais saudáveis e adequados. -------------------------------------------------- -------- O Senhor Deputado Municipal Gonçalo da Câmara Pereira (Partido Popular Monárquico) saudou os presentes e fez uma breve alusão ao novo Governo que acabava de tomar posse, desejando-lhes boa sorte e sabedoria para governar, incentivando-os a utilizar como exemplo a história do povo português. ----------------------- Revelou que o Partido Popular Monárquico se sentia indignado, escandalizado, com as festas de Lisboa dois mil e onze. Referiu que Lisboa tinha os Santos Populares, com Santo António a dar o mote, São Pedro com a chave da cidade e São João com o seu cordeirinho ao pé, a ruralidade da cidade. Frisou que os Santos Populares, as Festas de Lisboa, promoviam o consumo de bebidas alcoólicas e que aquelas festas deveriam ter alegria, mas não a qualquer custo. Considerou ser importante não deixar cair no esquecimento as colectividades da cidade e que, por isso mesmo, iriam apoiar o Partido Comunista naquele movimento. -------------------------------- Posicionou-se contra o “Mega Piquenique”, alegando que se os ranchos, cultura popular, faziam os seus piqueniques no Parque Florestal de Monsanto, o Senhor Belmiro de Azevedo também o poderia fazer. Quis saber se o Vereador Sá Fernandes já tinha movido alguma acção contra a Câmara Municipal de Lisboa relativamente ao abuso verificado naquele Evento. -------------------------------------------------------------------- Dirigiu uma palavra de apreço à Senhora Deputada Inês Dentinho na sequência da sua Congratulação à Santa Clara do Menino Jesus, considerando-a pertinente. ----------- Saudou a Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, pelo seu Louvor ao Atlético Clube de Portugal e a Deputada Cláudia do Partido Ecologista “Os Verdes” pela sua intervenção relacionada com o Parque de Monsanto, defendendo que o mesmo deveria de ser vigiado e protegido. ------------------------------------------------------- Referiu-se ao incidente no Rossio, defendendo o direito das pessoas expressarem a sua indignação e de se reunirem para o efeito num espaço público.--------------------------- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira do Partido Ecologista “Os Verdes” cumprimentou os presentes e apresentou as questões que pretendiam ver

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esclarecidas. --------------------------------------------------------------------------------------------- Começou por referir o “Mega Piquenique” da Avenida da Liberdade. Revelou que as restrições ao estacionamento e, posteriormente à circulação, haviam começando vários dias antes do evento, suscitando assim duras críticas à sua organização e à falta de informação devida e atempada. Acusou a Iniciativa de não ter sido mais do que uma operação de Marketing, pautada por uma enorme hipocrisia. Lamentou que a Câmara Municipal de Lisboa se tivesse associado e patrocinado a campanha a uma das maiores empresas responsáveis pelo estrangulamento dos produtores nacionais. Afirmou ser um acto de demagogia por parte do grupo, fingindo, por um dia, preocuparem-se com os produtores nacionais, quando, na realidade, passavam o resto do ano a sufocar os produtores nacionais. Insistiu que se realmente estivessem disponíveis para aquela promoção, teriam criado condições que promovessem e existência de produtos nacionais e locais e não teriam criado dificuldades à comercialização dos produtos dos agricultores nessas superfícies, impondo condições inaceitáveis face ao monopólio e às exigências da distribuição. -------- Recordou que “Os Verdes” sempre se haviam preocupado, e até alertado, para a necessidade de se consumirem produtos nacionais, procurando contrariar a tendência instituída, ao apresentarem Projectos-lei pelo direito ao “consumir local”, e ao obrigarem as grandes superfícies a disponibilizarem produtos alimentares nacionais, reduzindo, assim, o recurso à importação, concluindo que os que os mesmos tinham acabado por ser rejeitados, uma vez que os interesses do mercado haviam falado mais alto. --------------------------------------------------------------------------------------- --------------- Acrescentou que o resultado estava à vista, pois não existiam produtos nacionais à venda, impedindo assim uma escolha por parte do consumidor, o qual acabava por adquirir produtos que tinham viajado quilómetros até ao local de venda, com tudo o que isso representava a nível da qualidade dos produtos e a nível ambiental. ----------------- Lembrou, também, que já tinham apresentado na Assembleia moções com o intuito de apoiar os agricultores urbanos e promover produtos nacionais nas cantinas municipais, e aconselhou a Câmara Municipal a implementar aquelas medidas, as quais tinham sido aprovadas por unanimidade, isso se, efectivamente, pretendessem apoiar a produção nacional. --------------------------------------------------------------------------- Questionou o papel da Autarquia enquanto patrocinadora do evento, dizendo que pretendia saber qual tinha sido a verba aplicada, qual o valor das taxas isentadas e quem tinha pago as horas extraordinárias à Polícia Municipal e aos outros trabalhadores que tinham estado no local, e, ainda, saber por que razão as contrapartidas tinham sido o arranjo dos espaços verdes naquela artéria e a recuperação de uma horta em Campolide no valor de cem mil euros. Sublinhou a incongruência patente no facto da Câmara contratar empresas para tratar dos jardins, quando possuía jardineiros para esse efeito. -------------------------------------------------------- Mencionou relativamente à Moção sobre o Serviço Público - e uma vez que os Serviços Públicos eram essenciais à vida dos cidadãos – que a sua gestão deveria de ser garantida por razões não apenas morais, mas, também, económicas e sociais, e que algumas se encontravam associadas a direitos humanos fundamentais, como o acesso

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universal à água, à Educação, à Saúde, à Mobilidade e Transportes Públicos, entre muitos outros. ------------------------------------------------------------------------------------------- Disse que, contrariando o que deveria estar a ser feito e o que se encontrava consagrado na Constituição da República, Portugal, com base no argumento de ter que reduzir o défice e de ter que sanear a consolidação orçamental, estava a proceder à privatização de empresas públicas, incluindo as de esfera local. -------------------------------- Propuseram, “Os Verdes”, que a Câmara Municipal garantisse a melhoria dos serviços prestados aos munícipes, valorizasse e dinamizasse a produção nacional e os serviços públicos, apoiando o combate à fraude e à fuga fiscal, assegurasse o fim da externalização de serviços, apostasse na formação e na qualificação dos seus trabalhadores e garantisse os seus direitos laborais. ----------------------------------------------- Referiu, no que dizia respeito às recomendações, que o Grupo Municipal de “Os Verdes” iria apresentar mais uma vez, uma recomendação sobre o Parque Florestal de Monsanto. Constatou que existia uma aprovação por parte da Câmara referente à proposta de constituição do direito de superfície a favor da Federação Portuguesa de Râguebi sobre um terreno no Caramão da Ajuda, com uma área de dezoito mil metros quadrados, integrados no Parque Florestal de Monsanto, tendo em vista a construção de um campo de râguebi e de um circuito de manutenção. --------------------------------------- Clarificou que não estavam contra, e que nunca iriam estar contra qualquer prática desportiva, mas que o que questionavam era a construção de mais um campo de râguebi, a acrescer aos três que já existiam no maior e mais importante espaço verde da cidade de Lisboa. Acrescentou que, ao longo dos anos, se ia assistindo a uma privatização “aos bocados” do Parque Florestal de Monsanto para instalação de tudo o que era equipamento, esquecendo que aquele parque era público, pertencia à Cidade, à população, e que, inclusive, se encontrava dotado de legislação própria que o protegia, algo que a Câmara Municipal de Lisboa não estava a fazer. ------------------------------------- Expôs que o “Campo de Tiro”, a subestação da “REN”, o “Delta Tejo”, cuja edição de dois mil e onze se estava a preparar para ocupar mais uma vez aquele espaço, tudo cabia em Monsanto, bastando, para tal, haver quem quisesse dali uma parcela de terreno, que logo, o que na altura era público, deixaria de o ser, passando a pertencer apenas a alguns. Afirmou que não eram consideradas outras alternativas ou soluções, dando como exemplo a partilha, por parte dos diversos clubes, dos campos existentes. ----------------------------------------------------------------------------------------------- Alertou para o facto do Parque Florestal de Monsanto estar a diminuir em área, biodiversidade, fauna, flora, e tudo o mais, salientando que a continuar naquela política do “tudo cabe em Monsanto”, seria caso para perguntar qual seria a finalidade do Guia de Monsanto, uma vez que dali a uns breves anos, nada existiria do seu património vegetal, animal, natural e cultural. ----------------------------------------------------- Referiu-se à Recomendação sobre a Maternidade Magalhães Coutinho, dizendo que pretendia que a Autarquia tomasse uma posição contra a decisão do Ministério da Saúde em encerrar os serviços de urgências e de partos. ----------------------------------------- Asseverou que aquela era uma unidade de cirurgia neonatal de referência e que aquela decisão implicaria graves consequências, pois iria prejudicar a assistência

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materno-infantil, ignorar os padrões de segurança das grávidas e dos recém-nascidos, limitar o potencial de tratamento e recuperação de muitos bebés com doenças graves, o que poderia aumentar a taxa de mortalidade infantil, uma vez que existiam recém-nascidos que iriam nascer noutra maternidade, mas que poderiam ter de ser transportados, em risco grave, para a Estefânia, sobrecarregando outras maternidades, nomeadamente a da Alfredo da Costa, a qual passaria a fazer mais de seis mil e quinhentos partos por ano. Alegou que a decisão, a par da intenção de encerrar o Hospital de Dona Estefânia, transferindo-o para uma secção no futuro Hospital Oriental de Lisboa, iria desmembrar o Hospital Pediátrico, e que tal acto seria uma ameaça dirigida à assistência materno-infantil em Portugal. ------------------------------------ Concluindo, disse que “ Os Verdes” entendiam que a Câmara Municipal se deveria manifestar contra aquela decisão e diligenciar no sentido de garantir que a Maternidade Magalhães Coutinho voltasse a estar dotada dos serviços, entretanto, encerrados. ---------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Municipal Inês Dentinho (Partido Social Democrata) saudou os presentes e penitenciou-se pelos erros que constavam na Congratulação que iria apresentar. ------------------------------------------------------------------------------------------ Historiou que a Senhora Dona Libânia do Carmo se tinha destacado, no século dezanove, pelo seu percurso solidário. Destacou algumas das suas intervenções sociais: a criação de várias casas de assistência a crianças e inválidos, de escolas e colégios, da “sopa dos pobres”, de cozinhas económicas e de hospitais, distinguido o Hospital de Jesus, em Lisboa, por pertencer à congregação que tinha formado. -------------- Agradeceu as palavras de apreço que lhe haviam sido dirigidas pelo Deputado Municipal Gonçalo da Câmara Pereira, ressalvando que não se encontravam de acordo no respeitante à sensibilidade dos outros grupos, pois acreditava que qualquer um poderia ter tido aquela ideia, tendo em conta a obra que a Irmã Maria Clara tinha desenvolvido em prol de Lisboa e dos lisboetas. -------------------------------------------------- Estabeleceu uma analogia entre a história daquela Irmã e o tempo em que tinha vivido, com os tempos modernos, e acrescentou que se existiam tantas distinções nacionais e internacionais, não poderiam ignorar o facto de que um dia tinha existido uma portuguesa, nascida em Lisboa, com um percurso de solidariedade bastante recheado. Referiu a máxima praticada pela Irmã Maria Clara: “onde houver o bem a fazer, que se faça”, e, inserindo-a no contexto social e económico da altura, sublinhou que aquele reconhecimento seria oportuno. -------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Municipal Diogo Leão (Partido Socialista) saudou os presentes e esclareceu que, sendo a segunda intervenção do Partido Socialista, se iria centrar na avaliação das festas da Cidade, pela actualidade e pelo seu cariz proeminente, numa metrópole como Lisboa, fomentando o melhor das pessoas e unindo-as num espírito único de alegria e de partilha. -------------------------------------------- Elucidou que as “Festas de Lisboa” eram, naquela altura, compostas por um conjunto enorme de espaços, ao longo de trinta dias, espaços esses que agregavam um leque popular e cultural vastíssimo de eventos, para todos os gostos e para todas as idades. Salientou que o Evento permitia levar aos Lisboetas e ao Mundo um pouco da

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forma de vida dos portugueses, cimentando o que os unia, como o Tejo, a luz e o Fado como pano de fundo. Disse considerar que a Câmara Municipal de Lisboa e a EGEAC haviam superado as expectativas e que se haviam destacado na programação de dezenas e dezenas de eventos culturais que se tinham integrado naquele período de festividades, com a cooperação de dezenas de associações e colectividade. ------------------- Destacou a construção do site das “Festas de Lisboa”, onde as iniciativas programadas se encontravam explanadas de forma convidativa e apelativa aos munícipes e a todos aqueles que haviam querido usufruir da oferta cultural, durante o período festivo. ----------------------------------------------------------------------------------------- Referiu que a dimensão artística das “Festas de Lisboa” só tinha sido suplantada pela dimensão popular. Recordou que aquelas festas juntavam milhares e milhares de pessoas e louvou a participação de todos aqueles que haviam participado na construção das “Festas de Lisboa” – Juntas de Freguesia, Colectividades, Associações de Moradores e outros. -------------------------------------------------------------------------------- Destacou o desfile de marchas na Avenida de Liberdade, enaltecendo o empenho e dedicação de todos os participantes, sublinhando a satisfação do público presente e felicitando, em nome do partido, os três primeiros lugares. -------------------------------------- Informou que o Partido Socialista iria apresentar uma saudação, para que ficasse registado na Assembleia Municipal a forma como as festas haviam sido organizadas, realizadas e promovidas pelos seus diversos intervenientes. ------------------------------------- Disse que em relação ao “Mega Piquenique” compreendia que o mesmo não agradasse a todos, mas que tinha de referir as centenas de milhares de pessoas que haviam participado naquela iniciativa de solidariedade. Alegou ter sido um evento desejável e útil, possuidor de uma dimensão social e cultural positiva, não só para a entidade que a promovera, tal como para toda a Cidade. ----------------------------------------- Secundou que a elevada aderência ao evento - cerca de meio milhão de pessoas – era sinónimo do seu sucesso, e deixou claro que iriam continuar a ser favoráveis a iniciativas daquele género que dignificassem - como aquela o havia feito - a Cidade. ------ A Senhora Deputada Rita Municipal Magrinho (Partido Comunista Português) cumprimentou os presentes e referiu que esperava que a Câmara Municipal de Lisboa se manifestasse sobre os contratos dos trabalhadores do Canil /Gatil que estavam a expirar, contrariamente ao que tinha acontecido na sessão pública de Câmara, na qual os funcionários haviam exposto a sua situação, sem que tivessem obtido qualquer resposta. ------------------------------------------------------------------ Informou que iriam apresentar uma saudação às Festas de Lisboa e aos seus organizadores e manifestou a sua vontade em fazer uma declaração com o título: “Sahara Ocidental – A Última Colónia Africana”, a qual leu em seguida: “ Marrocos ocupa o Sahara Ocidental desde mil novecentos e setenta e cinco, apesar da condenação do Tribunal Internacional de Haia e de mais de uma centena de resoluções das Nações Unidas, que afirmam o direito da auto afirmação dos Sarauis e não reconhecem a anexação do território por Marrocos. -------------------------------------- Desde então, cento e sessenta mil refugiados vivem em acampamentos no Sudoeste do Deserto Argelino. ------------------------------------------------------------------

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----- A resistência e a luta do povo Saraui e da Frente Polisário pela libertação são sobejamente conhecidas. Em mil novecentos e noventa e um, as Nações Unidas promoveram o cessar-fogo entre Marrocos e a Frente Polisário ao qual se deveria ter seguido um referendo sobre a auto-determinação do Sahara Ocidental. O referendo não se realizou até hoje pela recusa de Marrocos e pela omissão de conivência da Comunidade Internacional incluindo, a União Europeia. --------------------------------------- Nos territórios ocupados, é diária a repressão sobre os Sarauis, com espancamentos, torturas e prisões, sendo descriminados no trabalho e perseguidos nos estudos. Ao explorarem as riquezas naturais da República Árabe Saraui Democrática, os fosfatos, as pescas e o petróleo, Marrocos espolia um povo e um país em desrespeito pelo Direito Internacional. --------------------------------------------------------- O maior muro militar do planeta, dois mil e setecentos quilómetros, foi construído por Marrocos, para garantir a ocupação ilegal. O muro separa os dois terços do território ocupado, do restante libertado pela Frente Polisário e representa uma violação dos direitos mais elementares dos indivíduos e uma ofensa à legalidade internacional. Um muro, que o mundo não quer ver, mas que os cidadãos livres não podem deixar de denunciar. -------------------------------------------------------------------------- O Partido Comunista Português faz esta declaração da Assembleia Municipal, onde Aminatu Haidar foi recebido e acarinhado em Novembro passado, para mostrar o seu desacordo pelo desfile das Marchas de Lisboa de grupos folclóricos marroquinos, representando, segundo a imprensa, todas as regiões do país (era exactamente aquilo que a Indonésia fazia em Timor Lorosae). Por isso, para nós, a ocupação ilegal e a luta do povo Saraui reclamam o nosso protesto e solidariedade.” ----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Leal de Faria (Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, cumprimentou os presentes e referiu ter proposto a atribuição de um Voto de Louvor ao Atlético Clube de Portugal por ter regressado, por mérito próprio, à Divisão de Honra, e participou que iriam votar - com muito agrado - favoravelmente a Moção que visava a aquisição do novo sistema de aquecimento do balneário de Alcântara. ------------------------------------ Apelou à Câmara Municipal de Lisboa para considerar, relativamente às opções que tinha adoptado na sequência das obras da Escola “Raul Lino” em Alcântara, a hipótese de transferir, na íntegra, a população escolar da Escola “Raul Lino” para um outro equipamento escolar situado na mesma Freguesia, e muito próximo daquela, a antiga Escola “Marquês de Pombal”, antigas instalações da Escola “Fonseca de Benevides”. Relembrou que aquele complexo escolar havia sofrido obras de grande vulto, antes da deslocação desta para o Alto de Santo Amaro, e que se encontrava prevista no Plano Director Municipal como “Equipamento de Educação Cultura e Desporto”, e que se encontrava prevista no Plano de Urbanização de Alcântara como “Equipamento de Educação, Cultura e Desporto”, estando a albergar funções diferentes. ----------------------------------------------------------------------------------------------- Acrescentou que, daquela forma, se impediria a divisão dos alunos, das famílias, que um dos grupos de alunos fosse obrigado a conviver com obras durante dois anos lectivos, correndo assim riscos desnecessários, concluindo que, assim, não se

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quebraria o projecto escolar de cerca de quinhentas crianças. ----------------------------------- Requereu à Câmara que reflectisse e decidisse rapidamente, e apelou a uma solução alternativa, mais concretamente, que fizesse as obras da “Raul Lino”, mas tentando prejudicar o menos possível a sua população escolar. --------------------------------- Finalizou a sua intervenção, alertando para a existência de frescos nas instalações daquela escola centenária e para a respectiva necessidade de se confirmar que os mesmos se encontravam protegidos. ---------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Municipal Margarida Mota (Partido Socialista) saudou os presentes e apressou-se a clarificar que não iria existir votação relativamente à aquisição de um novo sistema de aquecimento para os balneários de Alcântara, lembrando que tal havia sido proposto pelo Bloco de Esquerda, mas que a proposta tinha acabado de ser retirada. Esclareceu que o que o Partido Socialista estava a propor era um estudo de viabilidade para se encontrar um esquema integrado de aquecimento de água, com duas vertentes, nomeadamente, gás e painel solar. -------------- A Senhora Deputada Municipal Isabel Leal de Faria (Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, voltou a usar da palavra e agradeceu a correcção. Explicou que tinha o papel errado e que o que estava em causa era, efectivamente, a melhoria das condições do sistema energético do Balneário. Esclareceu que era com aquela proposta que se encontrava totalmente solidária. ------------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Municipal Lurdes Pinheiro (Partido Comunista Português), Presidente da Junta de Freguesia de Santo Estevão, saudou os presentes e começou por questionar o porquê de, naquele ano, contrariamente aos anteriores, as bancas de farturas e manjericos que integravam e caracterizavam as “Festas de Lisboa”, só terem tido licença para vender na noite de doze para treze. Acentuou o facto de ter tentado obter resposta àquela pergunta, junto do Dirigente do serviço que não tinha autorizado a venda ao longo do mês de Junho e do Gabinete do Vereador Sá Fernandes. Lamentou o facto de ambos terem tido em comum a ausência de resposta. Indagou porque razões haviam negado a venda de manjericos e farturas. Quis saber por que razões tinham negado a utilização do espaço público a uns, e a outros, tinham decido fechar a Avenida da Liberdade por quatro dias, numa espécie de concessão a uma empresa milionária. ------------------------------------------------------------------------------ O Senhor Deputado Municipal Pedro Cegonho (Partido Socialista), Presidente da Junta de Freguesia de Santo Condestável, saudou os presentes e transmitiu que a recuperação da Rua Maria Pia era uma prioridade e uma preocupação da Junta de Freguesia de Santo Condestável, e informou que a obra iria começar no dia seguinte, aproveitando assim as pausas curriculares, acrescentando que aquela primeira fase iria demorar cerca de trinta dias. Agradeceu ao Departamento de Construção e Manutenção de Infra-estruturas e Via Pública todo o empenho demonstrado na recuperação daquela Rua. --------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Municipal Fernando Braancamp (Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia de Alto do Pino, saudou os presentes e solicitou um minuto de atenção ao Vereador José Sá Fernandes, lamentando o facto da

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Câmara não ter tido com ele, enquanto Presidente da Junta de Freguesia do Alto do Pina, a mesma cortesia que ele tinha para com a Autarquia. Destacou uma obra que se encontrava a decorrer, entre as Olaias e o Parque da Bela vista, sem o seu conhecimento. Mencionou, para que ficasse gravado em acta, que, efectivamente, dois anos antes, numa reunião descentralizada, o Vereador Sá Fernandes havia mencionado a construção de uma ponte naquela artéria, mas que, desde então, nada mais lhe havia sido dito e que nem tão pouco havia sido informado do início da obra. ------------------------ Quis saber o porquê daquela obra e não de outra qualquer, nomeadamente, a conclusão da Alameda que se encontrava parada havia dois anos. Disse que, no seu entender, existiam situações mais prementes que não estavam a ser consideradas. Continuou, dizendo que gostaria de ter sido consultado, que tivesse existido diálogo ou, pelo menos, a preocupação, mesmo que apenas por uma questão de respeito e educação, em resolver, em conhecer as dificuldades e limitações da Freguesia. -------------- Disse saber que a obra em foco era um compromisso assumido com o “Rock in Rio”, acrescentando que a mesma poderia ter sido feita a par com outras obras. ------------ Incitou o Senhor Vereador a, futuramente, recorrer ao diálogo, pois a sua legitimidade enquanto Vereador, era igual à sua, enquanto Presidente de Junta de Freguesia. ----------------------------------------------------------------------------------------------- Finalizou, sublinhando que eram parceiros e não adversários, que deveriam trabalhar em conjunto, partilhar, de ter em comum, o desejo de melhorar a Cidade. --------- O Senhor Deputado Municipal Vítor Agostinho (Partido Comunista Português) saudou os presentes e manifestou a sua preocupação, que disse ser partilhada por todos os Presidentes de Junta de Freguesia, relativamente às transferências de verbas necessárias à concretização dos projectos das Freguesias, nomeadamente, o fundo de financiamento às freguesias. Expressando a sua inquietação face a este assunto, alertou que, enquanto não fosse tomada uma medida rápida no sentido de se agilizar a descentralização daquelas verbas, alguns projectos poderiam ficar comprometidos, nomeadamente, o Programa “Praia/Campo” e o programa “Intervir”. ----------------------------------------------------------------------------------- Alegou que a recente reestruturação de que a Câmara havia sido alvo não era motivo para o atraso daquelas transferências, pois eram compromissos que já haviam sido assumidos antes. Quis saber, perante tal situação, se a Autarquia estaria em condições de esclarecer o porquê daqueles atrasos, pois o não cumprimento dos prazos estabelecidos levava a que existissem outras inconformidades, nomeadamente, a freguesia não conseguir cumprir com os seus compromissos, não liquidar os serviços prestados. ------------------------------------------------------------------------------------- Finalizou, apelando a que algo fosse feito nesse sentido. ----------------------------------- A Senhora Vereadora Helena Roseta (Independente) agradeceu o uso da palavra, e disse pretender responder à intervenção do Senhor Deputado Vítor Agostinho, pois o Programa “Praia/Campo” e o Programa “Intervir” faziam ambos parte do Pelouro da Acção Social e eram programas pelos quais era responsável. ----------- Esclareceu que haviam sido dadas, por si, instruções para que aquela situação fosse presente à reunião de Câmara do dia vinte e nove de Junho e que tinha consigo a

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lista das verbas previstas, acrescentando que a mesma estaria disponível para consulta, caso algum dos Senhores Presidentes de Junta ali presentes o desejassem. --------------------Assumiu a responsabilidade pelo atraso dos pagamentos e também pelo atraso das propostas que os serviços haviam preparado para serem levadas a reunião de Câmara, explicando que as mesmas não se encontravam devidamente fundamentadas, que os critérios apresentados não eram perceptíveis, e que, por isso, havia solicitado aos serviços que refizessem as propostas, atrasando assim o seu processo de elaboração. ------- Comprometeu-se a apresentar na reunião de Câmara do dia vinte e nove de Junho, para efeitos de aprovação, todos os protocolos relacionados com os Programas “Intervir”, “Praia/Campo Sénior” ou “Praia /Campo Infância”. --------------------------------- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (Partido Comunista Português) esclareceu que pretendia questionar a Câmara Municipal, na pessoa do Senhor Vereador Sá Fernandes, por ter decidido abandonar a sala no momento preciso em que se iam proceder às votações. Elogiou a Senhora Vereadora Helena Roseta por aquela se ter dignado a responder às questões que lhe haviam sido colocadas. Criticou o Senhor Vereador Sá Fernandes, o qual havia sido amplamente criticado ao longo daquela reunião, não só porque o mesmo não se tinha dignado a prestar qualquer tipo de esclarecimento face às questões colocadas, como ainda, por ter decidido abandonar a sala naquele momento.------------------------------------------------------------------------------- Incitou o Senhor Vereador a cumprir as suas funções na Assembleia Municipal, ao invés de andar à procura de publicidade. -------------------------------------------------------- O Senhor Vereador Sá Fernandes declarou-se surpreendido pelo apelo do Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro, incitando-o ao uso da palavra, esclarecendo não ser habitual o uso da palavra na Assembleia por parte dos Vereadores no “Período de Antes da Ordem do Dia”, revelando-se, no entanto, disposto a responder a algumas das questões que haviam sido levantadas no decorrer da reunião. ---------------------------------------------------------------------------------------------- Começou por esclarecer que o Evento da Avenida Liberdade havia sido uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, do “Continente”, da “Rádio Televisão Portuguesa” e da “Confederação dos Agricultores Portugueses”. -------------------------------Revelou desconhecer qualquer evento, com aquelas dimensões, que tivesse decorrido sem parceiros privados, e congratulou-se pelo êxito alcançado, confirmado pela adesão de quase meio milhão de pessoas, e por ter sido um evento ímpar em Portugal. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Frisou que todos os produtos presentes no Evento eram nacionais e classificou-o de “ festa absolutamente extraordinária”. Enalteceu a felicidade patente nos visitantes, uma felicidade que a Cidade de Lisboa tinha oferecido aos cidadãos de Lisboa e do resto do país. ----------------------------------------------------------------------------- Declarou que aquele tinha sido um Evento único no nosso país, que os custos do mesmo teriam rondado os três milhões de euros, e que sem o apoio de parceiros privados a sua concretização não teria sido possível. -------------------------------------------- Comparou aquele Evento com um outro decorrido no Porto, no mesmo fim-de-semana, concluindo que o primeiro, não só, não havia atingido, nem o impacto, nem o

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mesmo número de visitantes, como ainda, tinha custado à Autarquia, qualquer coisa como oitocentos mil euros. --------------------------------------------------------------------------- Justificou, relativamente às taxas, que as mesmas não haviam sido cobradas por aquela ter sido uma iniciativa da Câmara. ---------------------------------------------------------- Prosseguiu, dizendo que, independentemente das críticas, haviam sido congratulados por diversas instituições, tais como, a Junta de Freguesia de São Nicolau e a Junta de Freguesia São José, presentes naquela artéria da cidade, e a Quercus, entre outros.---------------------------------------------------------------------------------- Terminou, dizendo terem sido muitas mais as vantagens inerentes ao Evento do que as queixas do mesmo, e que, ao nome de Lisboa, tinha ficado associado o apoio à produção nacional. Declarou ser irrefutável o facto de ter sido uma grande festa na qual havia participado cerca de meio milhão de pessoas e que a palavra de ordem havia sido “Produção Nacional”. -------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro disse que o Deputado Sá Fernandes, em termos de “Produção Nacional”, demagogia e oportunismo era merecedor de um prémio. ----------------------------------------------------------------------------- Informou que iriam apresentar à Autarquia um requerimento a solicitar esclarecimentos sobre quais teriam sido as implicações da Câmara Municipal naquele Evento, em termos de cedência e em termos de despesa. Expressou que o que estava em causa era a privatização do espaço público e a destruição do património da Cidade, que eram aquelas as questões centrais, concluindo que existiam, para aquele tipo de iniciativas, espaços mais adequados. ---------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Municipal Luísa Vicente Mendes cumprimentou os presentes e informou ter estado na Avenida, para ver e ouvir as pessoas. Disse tê-lo feito para, posteriormente, poder emitir uma opinião sobre o assunto. Disse ter testemunhado a alegria dos presentes, das crianças, dos jovens e dos menos jovens, a alegria dos avós e o interesse genuíno dos pais. --------------------------------------------------- Referiu que a Avenida da Liberdade, coração da Cidade de Lisboa, havia sido palco de um evento de carácter nacional, e que, por um curto espaço de tempo, tinha sido devolvida à população. -------------------------------------------------------------------------- Concluiu que as Moções que iriam ser apresentadas teriam sido escritas por alguém que não teria estado presente no Evento, ou que correspondiam à opinião de alguém que não teria estado atento aos comentários. --------------------------------------------- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura esclareceu o Deputado Sá Fernandes que as questões levantadas se relacionavam com o local escolhido e não com o Evento em si, e, dirigindo-se à Senhora Deputada Luísa Vicente Mendes, informou-a de também ter estado no local e também ele ter sentido a felicidade das pessoas, mas que a mesma derivava de uma outra fonte, pois a maioria das pessoas encontravam-se ali, não pelo Evento em si, mas para assistirem à actuação do cantor Toni Carrreira. ----------------------------------------------------------------------------------------- Alertou para uma outra questão suscitada por aquele Evento, a do Património Classificado, questionando a autoridade da Câmara, ao impor que as pessoas respeitassem a lei quando a própria não o fazia. ----------------------------------------------

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------ Concluiu, inquirindo o Vereador Sá Fernandes sobre o ajuste directo em vigor, desde Maio, relativo ao arranjo dos jardins da Avenida da Liberdade, e dizendo que pretendia saber se o mesmo tinha sido atrasado ou não. ------------------------------------------ O Senhor Deputado Municipal Gonçalo da Câmara Pereira dirigiu-se à Senhora Deputada Luísa Vicente dizendo que aquele Evento deveria ter servido para acrescentar um pouco de “ruralidade” a Lisboa, mas que, ao invés disso, tinha servido para camuflar os buracos do Senhor Vereador Sá Fernandes, sublinhando que o Partido Popular Monárquico, havia já algum tempo, que alertava para a circunstância dos jardins da Cidade carecerem de mais investimento e aprumo. ------------------------------- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro comunicou que “Os Verdes” lhe haviam cedido três minutos dos seus e dirigiu-se à Senhora Deputada Luísa Vicente, lamentou que a Senhora Presidente da Comissão de Educação e Cultura tivesse feito uma intervenção como aquela e que se efectivamente tinha estado presente no evento, porque é que só naquela altura é que se tinha levantado para defender a Câmara, elogiando a iniciativa, logo no momento em que se ia proceder às votações. ------------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Municipal Luísa Vicente Mendes, respondendo ao Senhor Deputado Modesto Navarro, informou-o de que a gestão do tempo do Partido Socialista apenas ao Partido dizia respeito e a mais nenhum outro Partido. Acrescentou que precisamente por ser Presidente da Comissão Permanente da Educação, Cultura, Juventude e Desporto se tinha dirigido ao Evento, não para presenciar os preparativos ou o fecho, mas sim para “sentir” o Evento e aquilo que o mesmo estaria a despertar nos participantes. ------------------------------------------------------- Lamentou o facto da solidariedade não ter sido mencionada, destacada pelos outros partidos, esclarecendo que para o Partido Socialista aquele item era um ponto de honra. ------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vereador Manuel Salgado agradeceu o tempo disponibilizado e acusou o Senhor Deputado Modesto Navarro de ter utilizado uma linguagem menos apropriada ao se dirigir ao Senhor Presidente da Câmara e ao Senhor Vereador Sá Fernandes, e citou-o “ (…) a posição tomada era ridícula” e, ainda, que “a posição assumida pelo Senhor Vereador José Sá Fernandes era uma palhaçada”. Disse que, no seu entender, aquela não era uma forma digna de relacionamento entre os Senhores Deputados e a Câmara Municipal, e que, como tal, sentia-se obrigado a fazer referência ao facto. ------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro dirigiu-se ao Senhor Vereador Manuel Salgado, acusando-o de não se pronunciar quando deveria, nomeadamente, quando eram colocadas questões relacionadas com o Urbanismo, e acusou-o de colocar palavras na sua boca, de inventar palavras que não havia proferido. Terminou, dizendo que lamentava a figura que alguns representantes da Autarquia haviam assumido na Avenida da Liberdade. ------------------------------------------ O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (Bloco de Esquerda) sublinhou que a questão central, nomeadamente, o porquê da Câmara Municipal de Lisboa continuar a anuir à privatização do espaço público, continuava sem resposta.

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Acrescentou que aquela era também uma questão que se colocava em relação ao Jardim da Estrela, à Praça das Flores e à Praça do Comércio. Terminou, dizendo que nada havia sido esclarecido, quer em relação às taxas, quer em relação à privatização do espaço público, e que aquelas sim, eram as questões centrais. ------------------------------- O Senhor Deputado Municipal Rosa do Egipto agradeceu o uso da palavra e fez uma interpelação à Mesa. Lamentou o facto da ausência do Senhor Presidente da Câmara ter sido constantemente referida, e solicitou à Senhora Presidente da Assembleia que relembrasse os Senhores Deputados que o Senhor Presidente havia estado presente no início da sessão, que se havia ausentado em representação da Autarquia e que a Câmara se encontrava representada, conforme o exigido na sua estrutura e pela Lei. ------------------------------------------------------------------------------------ A Senhora Presidente da Assembleia recordou os Líderes dos Grupos Municipais que os mesmos haviam sido informados, duas semanas antes, da ausência do Senhor Presidente da Câmara Municipal, relembrando-os que o Senhor Presidente tinha ido representar a Cidade de Lisboa numa reunião em Marrocos, subordinada ao tema “Cidades e Governos – Locais Unidos”. Concluiu, informando que se iria passar, em seguida, à leitura e votação das Saudações, Congratulações, Moções e Recomendações. ---------------------------------------------------------------------------------------- Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- Saudação nº 1 – Saudação ao Movimento Associativo de Lisboa. ----------------------- Considerando que: --------------------------------------------------------------------------------- As Festas de Lisboa são um ponto alto na promoção social e turística da nossa Cidade; ----------------------------------------------------------------------------------------------------- O êxito da vertente popular das Festas de Lisboa deve-se, no fundamental, às Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto; ---------------------------------------------------- O imenso trabalho desenvolvido por centenas de voluntários – dirigentes, sócios e amigos - na construção, animação e funcionamento dos Arraiais Populares e na preparação das Marchas de Lisboa, tem um valor incalculável; -------------------------------- Ao esforço desempenhado pelas Colectividades, raramente corresponde o reconhecimento e o apoio necessários, por parte dos órgãos do Poder Local e Central, para dar continuidade às práticas culturais, recreativas e desportivas, planificadas; ------- No passado dia 31 de Maio comemorou-se o Dia Nacional das Colectividades, instituído com a Lei 34/2003 de 22 de Agosto e, uma vez mais, não houve qualquer envolvimento da Câmara Municipal de Lisboa nesta comemoração. --------------------------- O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Junho de 2011, delibere ---------------------------------------------------------- 1. Saudar as Colectividades de Lisboa e as suas Estruturas Representativas pela participação nas Festas de Lisboa e, através delas, todos os dirigentes e sócios que contribuíram, com o seu trabalho voluntário, para o sucesso dos Arraiais Populares; ----- 2. Saudar todos os participantes, marchantes, ensaiadores e construtores das Marchas Populares; ------------------------------------------------------------------------------------- 3. Saudar o dia 31 de Maio, Dia Nacional das Colectividades. ----------------------------- 4. Enviar esta saudação ----------------------------------------------------------------------

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--------- a. À Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa -------------------------------- b. À Federação Distrital das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto-------------c. À Confederação Nacional das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto -------------------------------------------------------------------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Saudação nº 1, subscrita pela Senhora Deputada Rita Magrinho ---------------------- VOTAÇÃO – A Saudação, foi aprovada por unanimidade. ---------------------------------- Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- Congratulação nº 1 ----------------------------------------------------------------------------- Exactamente há um mês, a 21 de Maio de 2011, a Igreja Católica passou a ter uma nova beata – Maria Clara do Menino Jesus. ----------------------------------------------- Sendo o Estado laico e as motivações religiosas de cada Deputado Municipal singulares e indiscutíveis, não pode esta Assembleia ignorar um facto tão significativo para tantos Lisboetas devendo, por isso, congratular-se com esta beatificação, rara em relação a cidadãos portugueses. ----------------------------------------- Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque fundou, em 1871, a Congregação das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. De família nobre, nasceu na Amadora a 15 de Junho de 1843. Foi baptizada na igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Benfica, tendo ficado órfã de Pai e Mãe aos 14 anos. Ingressou então no Asilo Real da Ajuda e, anos mais tarde, no Pensionato de S. Patrício, onde professou nas Capuchinhas de Nossa Senhora da Conceição com o nome de Maria Clara do Menino Jesus. -------------------------------------------------------- Em 1834 – com o decreto da extinção das ordens religiosas, a confiscação dos bens eclesiásticos e a proibição de receber noviças – esta religiosa parte para Calais, em França. No ano seguinte regressa a Portugal e dá início à Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus - hoje Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. ----------------------------------------------------------- A Irmã Maria Clara dedicou a vida aos mais pobres e desprotegidos. Espalhou pelo País várias casas de assistência a crianças e inválidos, escolas e colégios, sopa dos pobres, cozinhas económicas, e Hospitais, com o Hospital de Jesus, em Lisboa, que ainda pertence à Congregação. Foi também das primeiras mulheres missionárias. Em 1883 começou a enviar irmãs para Angola, Índia, Guiné e Cabo Verde. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Morreu com fama de santidade a 1 de Dezembro de 1899. "Onde houver o bem a fazer que se faça" é o lema de vida das Família Franciscana Hospitaleira. Nada mais urgente no período difícil em que nos encontramos. -------------------------------------- Tenho a honra de propor aos Senhores Deputados este voto de congratulação pela declaração de modelo de vida desta portuguesa pela Santa Sé. -------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Congratulação nº 1, subscrita pela Senhora Deputada Municipal Inês Ponce Dentinho. ------------------------------------------------------------------------------------------------ VOTAÇÃO – a Congratulação nº 1, foi aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, de 1 (um) Deputado

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Municipal Independente, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Centro Democrático Social; e com a abstenção do Bloco de Esquerda, do Partido Ecologista “Os Verdes”, do Partido Comunista Português e de 2 (dois) Deputados Municipais do Partido Socialista. -------------------------------------------------------------------- Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- MOÇÃO Nº 1 - Encerramento da Urgência da Maternidade do Hospital Materno-Infantil de D. Estefânia ------------------------------------------------------------------ Considerando que: ------------------------------------------------------------------------------ - A urgência do Bloco de Partos da Maternidade Magalhães Coutinho, no Hospital de D. Estefânia, foi encerrada, bem como está em risco a urgência de obstetrícia e ginecologia; ----------------------------------------------------------------------------- -A mudança de serviços tão sensíveis para a Maternidade Alfredo da Costa, já anteriormente com uma sobrecarga que afectava os cuidados prestados, provocando um aumento estimado de 1300 partos anuais, num edifício envelhecido, com problemas de privacidade, por exemplo em salas e outros espaços; --------------------- - A instabilidade criada em grávidas e suas famílias, também com o desvio já previsto para outras unidades hospitalares da região; ------------------------------------------ - Este encerramento de serviços vem acentuar a morte anunciada do Hospital de D. Estefânia, uma unidade até agora autónoma em todas as vertentes, em processos conduzidos pelo Ministério da Saúde sem planeamento, não salvaguardando as subunidades de pediatria que são as mais importantes para o apoio à criança; ---------------------------------------------------------------------------------------- - A decisão de encerramento está ligada a uma política de saúde apostada em reduzir despesa à custa de concentração de unidades e de uma desastrosa política de recursos humanos que afecta profissionais qualificados e empenhados; profissionais que fizeram propostas no sentido da adequação de soluções que nem sequer foram tidas em conta pelo Ministério da Saúde; ---------------------------------------- - Esta fusão da Urgência da Maternidade do Hospital de Dona Estefânia com a Maternidade Alfredo da Costa terá consequências ao nível das especialidades disponíveis, da diferenciação dos cuidados prestados e da situação dos profissionais envolvidos, bem como causará prejuízos à população da cidade e da região; --------------- - As “graves consequências para grávidas, recém-nascidos e organização dos cuidados perinatais, numa decisão sem fundamento técnico, planeamento estratégico, justificação económica ou expectativa de melhores resultados no atendimento à grávida e ao recém-nascido, sendo que o interesse público e dos cidadãos mais vulneráveis não foi acautelado”, conforme afirma a Plataforma Cívica pela Defesa do Hospital Materno-Infantil de Lisboa em comunicado divulgado; a Plataforma acentua ainda “o aumento da taxa de complicações quanto à necessidade de recém-nascidos gravemente doentes serem transportados de uma maternidade exterior para um centro de referência médico-cirúrgico neo natal”, como é o caso do Dona Estefânia, acrescentando que “os padrões técnicos e de segurança da grávida são ignorados ao encerrar a urgência de uma maternidade com uma taxa de partos por cesariana inferior à média nacional, raríssimos casos

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de sequelas neo-natais e elevada taxa de analgesia de parto”; a Plataforma refere ainda que “a resposta multiprofissional na fase aguda e no acompanhamento de longa duração dos recém-nascidos gravemente doentes ou com doença crónica fica claramente prejudicada pelo fraccionamento institucional da sequência de cuidados” e que “o acesso a vários meios complementares de diagnóstico e algumas especialidades médico-cirúrgicas é mais dificultado e oneroso para o Serviço Nacional de Saúde se os recém-nascidos nascerem e forem tratados fora do Hospital de Dona Estefânia”; ----------------------------------------------------------------------- Assim, perante estes factos e acontecimentos, o Grupo Municipal do PCP propõe à Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Junho 2011, que: ----------- 1. Manifeste a sua solidariedade a todas as mulheres, crianças e famílias afectadas por uma decisão do Ministério da Saúde altamente prejudicial para Lisboa e para a área metropolitana; ---------------------------------------------------------------- 2. Apele ao governo e aos responsáveis políticos para que reflictam e evitem atempadamente tão graves prejuízos para um dos vectores fundamentais de assistência materno-infantil em Portugal e pilar de resultados que a nível internacional tanto orgulham o País e os seus cuidados à grávida e ao recém-nascido, acompanhando, neste apelo, a Plataforma Cívica para a Defesa do Hospital Materno-infantil de Lisboa; -------------------------------------------------------------- 3. A Assembleia Municipal de Lisboa propõe ainda que, em conjugação entre a Mesa da Assembleia e a Câmara Municipal, sejam desencadeadas iniciativas de contactos com o governo, para que os interesses fundamentais de mulheres, crianças e famílias não sejam afectados e para que se assegure a manutenção do Hospital de Dona Estefânia como unidade autónoma em todas as suas vertentes, dando assim seguimento a uma Moção aprovada nesta Assembleia em 29 de Junho de 2010, por unanimidade, afirmando “a necessidade de garantir a existência de um Hospital Pediátrico Autónomo em Lisboa, seja por via de construção nova, seja por reabilitação do Hospital de Dona Estefânia”, solução adequada e indispensável que é urgente conseguir para esta cidade e para a Área Metropolitana. --------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Moção nº 1, subscrita pelo Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro. ----- VOTAÇÃO – A Moção nº 1, foi aprovada com os votos favoráveis do Bloco de Esquerda, do Partido Ecologista “Os Verdes”, do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes, do Partido Social Democrata, do Partido da Terra, do Partido Popular Monárquico e do Centro Democrático Social e com o voto contra do Partido Socialista. -------------------------------------------------------------------------------------- Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- MOÇÃO Nº 2 – Festas de Lisboa 2011 ----------------------------------------------------- Considerando que as Festas de Lisboa são um importante símbolo da cultura popular lisboeta e da própria cidade. ------------------------------------------------- Qualquer cidadão mais incauto ou turista que desconheça a realidade local pensaria que a cidade se uniu para celebrar e patrocinar uma marca de cerveja. Desde os anúncios e estandartes por toda a cidade que publicitavam não as festas

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em si, mas a cerveja que patrocina o evento, aos quiosques instalados um pouco por toda a Zona Histórica e que pouco tinham de tradicional e identificativo das próprias festas, muito pelo contrário, servindo apenas como propaganda descarada à dita marca. -------------------------------------------------------------------------------------------- Toda esta campanha agressiva de marketing nos leva a supor que a EGEAC inverteu consideravelmente os papéis, em vez de termos uma marca a patrocinar as festas da cidade tivemos as festas da cidade a servirem de pano de fundo para divulgar uma marca. É assim que a empresa municipal que devia zelar pela Cultura de Lisboa trata os seus símbolos e eventos turísticos mais significativos? A EGEAC cedeu ao desbarato a imagem da própria cidade e a identidade dos lisboetas a uma marca que em vez de cumprir o seu papel usou descaradamente e apenas para seu próprio benefício o evento mais importante de Lisboa. ----------------------------------------- As festas de Lisboa 2011, serviram exclusivamente para promover o consumo de álcool entre as camadas mais jovens da nossa sociedade e estranha-se a total ausência de controlo da taxa de alcoolemia dos condutores. ---------------------------------- Vem por isso o Grupo Municipal do PPM propor que a Assembleia Municipal, na sua reunião ordinária de 21 de Junho de 2011, delibere, enviar esta moção ao Conselho de administração da EGEAC e ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, discordando totalmente da forma como a EGEAC organizou as Festas de Lisboa e relembrar a esta empresa municipal que o seu objectivo é zelar pelo património e cultura da cidade e não pelo aumento das vendas de qualquer cerveja. É inconcebível que se tenham descaracterizado de tal forma os bairros históricos e as festas de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------ Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Moção nº 2, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido Popular Monárquico. --------------------------------------------------------------------------------------------VOTAÇÃO – A Moção nº 2, foi aprovada por maioria com os votos a favor do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Partido Social Democrata, Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e de 1 (um) Deputado Independente; com os votos contra do Partido Socialista e de 5 (cinco) Deputados Independentes e a abstenção do Partido Ecologista “Os Verdes” ------- Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- MOÇÃO Nº 3 – Mega piquenique da Avenida da Liberdade ------------------------- A Av. da Liberdade é umas das artérias mais importantes da cidade de Lisboa, fundamental para a circulação de automóveis, transportes públicos e pessoas. Uma das Avenidas com mais turismo da cidade. -------------------------------------------------------- Considerando que: ------------------------------------------------------------------------------ 1 - A realização do mega Piquenique Continente, nesta Avenida, foi autorizada pela Câmara Municipal de Lisboa. ----------------------------------------------------------------- 2 - Desde dia 15 de Junho que só se circula pelas faixas laterais, causando enormes problemas de trânsito, prejudicando milhares de lisboetas. ------------------------- 3 - Foi vedado o corredor central aos Taxistas e só autorizado aos transportes da Carris, causando um enorme transtorno a esta classe de trabalhadores. -----------

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----- 4 - A realização deste evento na Avenida da Liberdade, por mais contrapartidas que ofereça não justifica os transtornos causados, pois Lisboa tem ao dispor outros locais mais apropriados para este tipo de acções. ------------------------------------------------ 5 – A Câmara Municipal de Lisboa, mais uma vez secundariza os interesses da cidade em prol de um impulso publicitário a uma marca. -------------------------------------- Vem por isso o Grupo Municipal do PPM propor que a Assembleia Municipal, na sua reunião ordinária de 21 de Junho de 2011, delibere, criticar totalmente, junto do executivo camarário, o local onde foi realizado o Mega Piquenique Continente, prejudicando e desrespeitando, assim milhares de pessoas. --------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Moção nº 3, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido Popular Monárquico. -------------------------------------------------------------------------------------------- VOTAÇÃO – a Moção nº 3, foi aprovada por maioria com os votos favoráveis do Bloco de Esquerda, do Partido Ecologista “Os Verdes”, do Partido Comunista Português, do Partido Social Democrata, do Partido Popular Monárquico do Centro Democrático Social; com os votos contra do Partido Socialista e 3 (três) Deputados Independentes e a abstenção do Partido da Terra e de 3 (três) Deputados Independentes. ------------------------------------------------------------------------------------------ Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- MOÇÃO Nº 4 - Requalificação do Edifício situado no número 25 da Avenida da República em Lisboa ----------------------------------------------------------------------------- Considerando que o prédio sito no número 25 da Avenida da República em Lisboa, imóvel classificado, foi alvo de um projecto de requalificação que aumentou lateralmente e em altura a estrutura do edifício. ------------------------------------------------- A licença de construção para as obras foi aprovada em 2008 pela CML onde era dito explicitamente que os materiais a utilizar seriam o tijolo e a cantaria de forma a manter a traça e estética original do edifício. O IGESPAR foi consultado e aprovou o plano de intervenção uma vez que se previa a manutenção das fachadas. ----- No entanto, e indo contra o que tinha sido aprovado em reunião de câmara e contrariando as apreciações do IGESPAR, do Núcleo Residente da Estrutura Consultiva do PDM e o próprio projecto original de 2005, o vereador Manuel Salgado aprovou directamente uma alteração ao projecto inicial e as ampliações foram feitas em vidro, desvirtuando assim completamente a estética original do edifício. -------------------------------------------------------------------------------------------------- O Grupo Municipal do Partido Popular Monárquico, propõe que a Assembleia Municipal, reunida em Sessão Ordinária, no dia 21 de Junho de 2011, mostre o seu desagrado pelas obras de requalificação deste edifício e que mais uma vez a Câmara Municipal de Lisboa contribui para a destruição da memória história urbanística da cidade. --------------------------------------------------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Moção nº 4, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido Popular Democrático. -------------------------------------------------------------------------------------------- VOTAÇÃO – a Moção nº 4, foi aprovada por maioria com os votos

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favoráveis do Bloco Esquerda, do Partido Ecologista “Os Verdes”, do Partido Comunista Português, de 1 (um) Deputado Independente, do Partido Social Democrata, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Centro Democrático Social; com o voto contra do Partido Socialista e a abstenção de 5 (cinco) Deputados Independentes. ------------------------------------------------------------------- Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- MOÇÃO Nº 5 - Pela regularização da situação financeira do Estádio Universitário ------ «Corria o ano de 1930 quando um projecto para reunir as Faculdades de Lisboa num só local contemplou, pela primeira vez, a construção de um campo de jogos para os estudantes universitários. A zona da Palma de Cima e arredores, entre a Praça de Espanha e o Campo Grande, seria a eleita para a localização do que seria a futura Cidade Universitária, à história da qual o Estádio Universitário de Lisboa, está ligado». -------------------------------------------------------------- Considerando que: ------------------------------------------------------------------------------ 1. O estádio universitário é um equipamento público de referência na cidade de Lisboa, dotado de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, tutelado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sendo especialmente vocacionado para a área do desporto e possuindo uma especial importância para os vários milhares de estudantes que o utilizam regularmente na prática das mais variadas actividades desportivas, sendo inclusive conhecido no meio pelo “Estádio dos estudantes”; ---------------------------------------------- 2. O Estádio Universitário mantém uma estreita colaboração com a Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa, ADESL, – instituição multi-desportiva sem fins lucrativos, dirigida por estudantes eleitos anualmente pelos representantes das 44 Associações de Estudantes e responsável pela representação dos interesses desportivos dos Estudantes de Lisboa; ------------------------------------------------------------- 3. Esta estreita colaboração entre o estádio universitário e a ADESL traduz-se na realização dos CUL (campeonatos universitários de Lisboa) e de outras competições nas modalidades de Andebol, Atletismo, Basquetebol, Futebol de 7 e 11, Futsal, Rugby, Ténis, Ténis de Mesa e Voleibol realizando mais de 1000 jogos e envolvendo cerca de 3000 Atletas e 200 equipas em representação dos Associados, de dezenas de instituições não associadas e de algumas outras instituições de ensino superior sem representação estudantil, como por exemplo as quatro militares e policiais; ------------------------------------------------------------------------------------------------ 4. É notório o papel decisivo que o Estádio Universitário de Lisboa assume para os estudantes de Lisboa na promoção e disponibilização de condições de acesso à actividade física e desporto, sendo por este motivo uma entidade de elevado prestígio em Lisboa; ----------------------------------------------------------------------------------- 5. O Ministério das Finanças despachou em Maio de 2011 a autorização da transição de uma verba de 200 mil euros do orçamento privativo do EUL, no entanto, esta verba continua cativa faltando de facto a concretização da transição; ------ 6. A não efectivação das tranches em falta traz consequências graves para o normal funcionamento da instituição (EUL) que pode, já em Setembro de 2011, ter

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esgotado grande parte dos valores estipulados para as Prestações de Serviços, ficando assim sem possibilidade de assegurar a continuidade das áreas de segurança e limpeza e até da área de enquadramento técnico; -------------------------------- 7. Mediante esta situação, o encerramento das actividades excluirá da prática desportiva muitos estudantes que têm no estádio a única forma de praticar a sua actividade a custos acessíveis, pelo que perdem os estudantes e perde Lisboa um centro de excelência que há mais de 80 anos disponibiliza condições ímpares a toda a Comunidade; ----------------------------------------------------------------------------------------- O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Reunião de 21 de Junho de 2011 delibere: --------------------------------- 1. Reconhecer a elevada importância, utilidade pública e prestigio que desde há muitos anos o Estádio Universitário possui na cidade de Lisboa; ----------------------------- 2. Apelar à CML para que envide todos os esforços necessários juntos das entidades competentes do Estado para repor o normal funcionamento do Estádio Universitário de Lisboa; ------------------------------------------------------------------------------ 3. Apelar à Assembleia da República para que proceda urgentemente à auscultação do Governo, com o propósito de apurar o motivo dos atrasos que se verificam com a transição das verbas do Estádio Universitário e que este tem vindo a reclamar publicamente, e quais as medidas que estão previstas ser tomadas para a regularização do problema. -------------------------------------------------------------------------- 4. Dar conhecimento desta moção aos partidos com assento na Assembleia da República. ----------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Presidente, constatando não existirem intervenções, submeteu à votação a Moção nº 5, subscrita pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda. --------------- VOTAÇÃO – a Moção nº 5, foi aprovada por maioria com os votos favoráveis do Bloco de Esquerda, do Partido Ecologista “Os verdes”, do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes, do Partido Socialista, do Partido Popular Monárquico, do Centro Social Democrático e do Partido da Terra e com a abstenção do Partido Social Democrata. --------------------------------------------------- Segue-se a transcrição e a votação da: --------------------------------------------------------- MOÇÃO Nº 6 - Pela Democracia e pela Liberdade de Reunião ---------------------- Considerando que: ------------------------------------------------------------------------------ No dia 4 de Junho o grupo de cidadãos “Democracia Verdadeira Já” encontrava-se a preparar o início de uma Assembleia Popular no Rossio. ------------------ Às 15h30, cerca de 30 pessoas estavam reunidas calmamente na praça do Rossio. --------------------------------------------------------------------------------------------------- Dois agentes da Polícia Municipal chegaram e um agente pediu a identificação de um cidadão que perguntou à polícia qual era o motivo para estar a ser identificado. Os presentes aproximaram-se e começaram a filmar e a fotografar a situação, e poucos minutos depois chegou o corpo de intervenção da PSP que algemou, agrediu indiscriminadamente, e deteve três pessoas. -------------------------------- Foi uma operação policial violenta, desproporcional e despropositada. --------------- A maioria dos agentes da PSP não estava identificada, recusou identificar-se, e

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perante os presentes tiveram ainda várias atitudes de provocação e de intimidação, recorrendo ao insulto e à força física. ------------------------------------------------------------- Todo o material que se encontrava no Rossio foi apreendido, nomeadamente o material eléctrico, o gerador, e as colunas de som que iam servir para realizar a Assembleia Popular. ---------------------------------------------------------------------------------- Dois indivíduos foram detidos e acusados pelos crimes de injúrias e resistência além de coacção sobre funcionário no exercício das suas funções, sendo que quem estava presente nega todos estes comportamentos. ---------------------------------------------- Estas acusações parecem surgir apenas para justificar o injustificável, ou seja dar cobertura ao abuso policial. -------------------------------------------------------------------- Uma das testemunhas de defesa, magistrada na Pequena Instância Cível, que estava por acaso presente no local e não tinha nada que ver com a assembleia testemunhou: «Pareceu-me uma intervenção violenta que não justificava uma actuação com aquela gravidade e força». A magistrada acrescentou ainda não ter visto por parte dos activistas qualquer agressão a polícias, ou ter ouvido insultos à autoridade, acabando por garantir que os jovens detidos «não ofereceram resistência». --------------------------------------------------------------------------------------------- A Polícia Municipal seguida pela 5.ª Equipa de Intervenção Rápida, da 1.ª Divisão Policial, do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP operou uma restrição ilegítima, injustificada e desproporcional do direito de reunião e de manifestação, tal como conformado pelo artigo 45.º da Constituição, e assim as autoridades interromperam uma reunião pública que estava em conformidade com a lei, pois não perturbava a ordem, a tranquilidade pública ou o livre exercício dos direitos das pessoas. ----------------------------------------------------------------------------------- A iniciativa partiu da Policia Municipal da qual o Sr. Presidente da Câmara é o responsável máximo. -------------------------------------------------------------------------------- O Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa na sua reunião no dia 21 de Junho de 2011 delibere: ---------------------------------------------------- 1 – Repudiar a actuação violenta e despropositada das polícias envolvidas neste acontecimento, bem como o atropelo de direitos constitucionais; ----------------------------- 2 – Solidarizar-se com os cidadãos e cidadãs presentes na Praça do Rossio no dia 4 de Junho, que foram alvo de violência e atropelo de direitos; -------------------------- 3 – Exigir o cabal esclarecimento da responsabilidade política do Sr. Presidente da Câmara António Costa, responsável máximo da Polícia Municipal pela actuação da mesma. ----------------------------------------------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Moção nº 6, subscrita pelo Grupo Municipal Bloco de Esquerda. ------------------ VOTAÇÃO – A Moção nº 6, foi votada ponto por ponto tendo a Assembleia deliberado: ---------------------------------------------------------------------------------------------- O ponto nº 1 foi rejeitado com os votos contra do Partido Socialista e do Partido Social Democrata, com os votos a favor do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes, do Bloco Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes” e com as abstenções do Partido da Terra e do

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Centro Social Democrático; -------------------------------------------------------------------------- O ponto nº 2 foi rejeitado com os votos contra do Partido Socialista e do Partido Social Democrata, com votos a favor do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes, do Bloco Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes”) e com as abstenções do Partido da Terra e do Centro Democrático Social; -------------------------------------------------------------------------- O ponto nº 3 foi rejeitado com os votos contra de 6 (seis) Deputados Independentes, do Partido Social Democrata e do Partido Socialista; com votos a favor do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda, do Centro Democrático Social, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”. ------------------------------------------------------------------------------ Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- MOÇÃO Nº 7 - Contra privatização do Espaço Público em Lisboa com “Mega Piquenique” do Continente. --------------------------------------------------------------- Considerando que: ------------------------------------------------------------------------------ 1. A Câmara Municipal de Lisboa decidiu arbitrariamente cortar o trânsito na Avenida da Liberdade durante 4 dias para a realização de “Um Mega-Picnic”, um evento comercial que transforma uma das principais artérias da cidade num centro comercial a céu aberto do Grupo Continente. ---------------------------------------------------- 2. Não é aceitável que, sob um pretexto que ainda está por provar - de que este evento promoveria a produção nacional -, se venha agrilhoar qualquer espaço público da cidade em geral e muito menos uma das suas principais artérias, a Avenida da Liberdade, limitando o acesso ao espaço em causa e dificultando a mobilidade de milhares de cidadãos ao local e zonas limítrofes. ------------------------------ 3. Esta iniciativa de privatização do espaço público é um atentado ao interesse público de livre usufruto de uma zona nobre da cidade de Lisboa. --------------------------- 4. Infelizmente, esta situação não constitui nenhum precedente porque ela encadeia-se já numa prática política frequente do executivo liderado por António Costa, tal como já sucedeu com o Jardim da Estrela, a Praça das Flores, alem da Praça do Comércio e do largo Rossio a serem também cedidos a outras marcas para fins meramente comerciais. -------------------------------------------------------------------------- 5. A gestão da Câmara Municipal de Lisboa no que toca a ocupação do espaço público por iniciativas privadas revela uma falta de respeito para com os cidadãos que são o seu dono e principal utente. ------------------------------------------------------------- 6. A ideia de que as instituições podem decidir a ocupação do espaço público por operadores privados sem ter em conta as expectativas, a opinião e os direitos dos cidadãos é um atropelo à gestão democrática do espaço público. ------------------------ 7. O que esta iniciativa demonstra é que o presidente da CML, Dr. António Costa tem negligenciado por completo o princípio da auscultação e da participação dos cidadãos que devem ser o traço principal da governação municipal moderna. -------- 8. É imperativo que a autarquia inverta esta prática autoritária de decisão, e promover o debate com todos, de modo a que a realização de iniciativas com vantagens mútuas e justificadas na base do interesse público e colectivo seja o

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princípio norteador da governação da cidade. ---------------------------------------------------- O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe à Assembleia Municipal de Lisboa, reunida no dia 21 de Junho de 2011, delibere: ----------------------------------------- Repudiar a politica de privatização do espaço público, nomeadamente, as suas zonas mais nobres e censurar a Câmara Municipal de Lisboa pela reincidência nesta estratégia política. ------------------------------------------------------------------------------ A Senhora Presidente, constatando não existirem intervenções, submeteu à votação a Moção nº 7, subscrita pelo Grupo Municipal Bloco de Esquerda. ----------------- VOTAÇÃO – a Moção nº 7, foi aprovada por maioria com os votos a favor do Bloco Esquerda, do Partido Ecologista “Os Verdes”, do Partido Comunista Português, do Partido Social Democrata, do Partido Popular Monárquico, do Centro Democrático Social e de 2 (dois) deputados Independentes; com os votos contra de 3 (três) Deputados Independentes e do Partido Socialista; e a abstenção do Partido da Terra e de um Deputado Independente. ---------------------------------------------------------------------- Segue-se a transcrição e votação da: ---------------------------------------------------------- MOÇÃO Nº 8 - Valorização e garantia do Serviço Público ----------------------------- A ONU comemora no próximo dia 23 de Junho o Dia das Nações Unidas para o Serviço Público. ------------------------------------------------------------------------------------- Genericamente, entende-se por Serviço Público aquele que a Administração Pública presta à comunidade, mediante procedimento típico do Direito Público. Caracteriza-se por ser uma actividade da Administração que tem por fim assegurar, de modo permanente, contínuo e geral, a satisfação de necessidades essenciais ou secundárias da sociedade, usufruível directamente pelos cidadãos administrados. -------- Os Serviços Públicos tendem a ser considerados tão essenciais para a vida dos cidadãos que a sua gestão precisa de ser garantida por razões não apenas morais, como económicas e sociais, e algumas estão até mesmo associadas a direitos humanos fundamentais, como o acesso universal à Água, passando ainda pela Educação e Cultura, a Saúde Pública, a Segurança e Protecção Civil, Políticas Juvenis, Mobilidade e Transportes Públicos, a Habitação Social, o fornecimento de Energia, Telecomunicações e Serviço Postal, a Higiene Pública e o tratamento de Resíduos Sólidos e de Águas Residuais, o ordenamento do Espaço e das Vias Públicas, entre outros. -------------------------------------------------------------------------------- Neste âmbito, com o objectivo de reconhecer o contributo das instituições da administração pública, promover o profissionalismo, a imagem e a visibilidade dos serviços públicos, o Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas premeia as organizações públicas com actuação de excelência e modelos de melhores práticas no serviço público. -------------------------------------------------------------- Ora, Portugal, com base no argumento de ter de “reduzir o défice público para 3% do PIB até 2013”, ter de sanear “a consolidação orçamental” e “apoiar a competitividade”, está a ser pressionado para proceder à privatização de empresas públicas, incluindo as da esfera local, devendo para tal “preparar um inventário de activos, incluindo imobiliário, detido pelas municipalidades”, contrariando os próprios princípios defendidos pela Associação Nacional dos Municípios

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Portugueses, que vê os activos municipais fundamentalmente destinados a fornecer serviços e bens de interesse público. ---------------------------------------------------------------- Tendo em consideração as vantagens óbvias dos contributos dos serviços públicos universais em prol de uma Administração Pública mais eficaz, eficiente e receptiva e da promoção dos Serviços Públicos Locais junto dos cidadãos em geral e dos munícipes em particular. ------------------------------------------------------------------------ Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, saudar as Comemorações do Dia das Nações Unidas para o Serviço Público, recomendando à Câmara Municipal de Lisboa que: ---------------------------------------------------------------------------- - garanta, pela autonomia do poder local democrático, a melhoria dos serviços prestados aos munícipes; ----------------------------------------------------------------------------- - valorize o papel autárquico e os serviços públicos que presta, particularmente nas áreas da água, da higiene e saúde pública, da cultura e do ambiente em geral; ------ - cabimente no seu orçamento anual verbas que permitam promover uma inovação sustentada dos seus serviços; ------------------------------------------------------------ - valorize e dinamize a produção nacional e os serviços públicos, apoiando o combate à fraude e à fuga fiscal, o fim do despesismo e da externalização de serviços e de modelos de empresarialização de serviços públicos; ---------------------------- - aposte na formação e na qualificação dos seus trabalhadores como factores determinantes para a melhoria dos serviços prestados e do relacionamento com os munícipes; ---------------------------------------------------------------------------------------------- - garanta os direitos laborais e valorize o emprego e o desempenho dos seus trabalhadores. ------------------------------------------------------------------------------------------ Mais delibera esta Assembleia que seja dado conhecimento desta Recomendação à Assembleia da República, à Associação Nacional dos Municípios Portugueses, à Assembleia Metropolitana de Lisboa, ao STAL e ao STML.----------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Moção nº 8, subscrita pelo Grupo Municipal “Os Verdes”. -------------------------- VOTAÇÃO – a Moção nº 8, foi votada ponto por ponto, tendo a Assembleia deliberado: ---------------------------------------------------------------------------------------------- Os Pontos 1, 5 e 6 aprovados por unanimidade; ------------------------------------------ Os Pontos 2 e 3 aprovados por maioria, com os votos favoráveis do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 6 (seis) Deputados Independentes, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes” e a abstenção do Partido Social Democrata; ------------------------------------------------------------------------------------- Ponto 4 aprovado por maioria com os votos favoráveis do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 6 (seis) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”; com os votos contra do Partido Social Democrata e com a abstenção do Centro Democrático Social e do Partido Popular Monárquico. ----------------------------------------------------------- Segue-se a transcrição e votação da: ------------------------------------------------------

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----- MOÇÃO Nº 9 - Mega Piquenique na Avenida da Liberdade -------------------------- Realizou-se no passado Sábado, uma acção de marketing organizada pelos Hipermercados Continente (Grupo Sonae), Câmara Municipal de Lisboa e a Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), intitulada “Mega Piquenique”. ------- O evento consistiu numa mega-horta, com amostras de produtos hortícolas e de animais, todos eles portugueses, bem como espaços de lazer e um concerto. --------------- A cedência da Avenida da Liberdade, uma das zonas mais nobres da Cidade, é um desrespeito do Município pela História e pela Cultura, fazendo de uma artéria que é espaço público uma cedência a privados para uma acção de marketing. ------------- O trânsito esteve condicionado durante 5 dias, provocando o caos a todos aqueles que utilizam esta passagem. Aos moradores, os lugares de estacionamento foram sonegados sem aviso e apresentação de alternativas; aos comerciantes tornou-se quase impossível efectuar receitas nestes dias dadas as dificuldades de acesso a muitos dos estabelecimentos. ------------------------------------------------------------- O Município defende a importância do evento com as contrapartidas do Continente ao Município, através do arranjo dos espaços verdes da Avenida da Liberdade, espaço esse já em manutenção através de concurso promovido pela Câmara Municipal, e da criação de uma horta comunitária em Campolide. --------------- A opção mediática de ocupar a Avenida da Liberdade é irresponsável e inaceitável, ainda mais tendo em conta que o Município votou o Parque da Bela Vista a um espaço de espectáculos, fechado ao público e que já foi palco não só de eventos musicais mas também de um piquenique organizado pelo Modelo, também pertencente ao Grupo Sonae. ------------------------------------------------------------------------ A acrescentar a este desrespeito pelo Património, a organização montou um mega-palco junto ao Monumento de Homenagem à Restauração da Independência Portuguesa, na Praça dos Restauradores, violando a legislação de protecção do património classificado. ------------------------------------------------------------------------------ Face ao exposto, a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida a 21 de Junho de 2011, delibera: ----------------------------------------------------------------------------------------- 1. Protestar contra a iniciativa da Câmara Municipal, de utilização da Avenida da Liberdade, área em vias de classificação pelo IGESPAR, para acções de marketing que não dignificam o seu património cultural e histórico, que procedem a constrangimentos graves na mobilidade e que desrespeitam moradores e comerciantes desta zona de Lisboa; ---------------------------------------------------------------- 2. Exigir que a Câmara Municipal de Lisboa informe esta Assembleia do valor real das contrapartidas, em que moldes foram negociadas e a estimativa de valores de receitas para o Município taxas e licenças, em particular as respeitantes à ocupação de via pública, publicidade e de ruído. ------------------------------------------------ Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Moção nº 9 subscrita pelo Grupo Municipal Centro Democrático Social. --------- VOTAÇÃO – a Moção nº 9, foi aprovada por maioria, com os votos favoráveis do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do

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Partido da Terra, do Partido Ecologista “Os Verdes” e de 2 (dois) Deputados Independentes; com os votos contra do Partido Socialista e de 3 (três) Deputados Independentes e ainda a abstenção de 1 (um) Deputado Independente. ----------------------- Segue-se a transcrição e a votação da: --------------------------------------------------------- RECOMENDAÇÃO Nº 1 - Elaboração de Relatório de Avaliação das Escolas do Ensino Básico.---------------------------------------------------------------------------- Considerando: ------------------------------------------------------------------------------------ 1. que a Escola pública, tem sofrido inúmeras alterações organizacionais nos últimos tempos; ---------------------------------------------------------------------------------------- 2. que a transformação da escola com regime de bi-horário, passando pela escola com regime de horário único, para escola em regime de dia inteiro, foi uma transformação muito radical, rápida e que promoveu mudanças significativas na estrutura escolar, implicando uma maior presença das autarquias; ------------------------- 3. que o Município de Lisboa tem, de forma gradual, investido recursos e meios nas escolas públicas, designadamente através da inauguração de salas de aula, com obras de recuperação nalgumas e construção de raiz noutras; -------------------------------- 4. que chegados ao final de mais um ano lectivo, 2010/2011, haverá necessidade de se proceder à avaliação das escolas e dos programas que têm vindo a ser implementados, para dessa forma se procurar uma maior equidade na oferta educativa, evitando discrepâncias entre escolas e adequando as acções e os programas á realidade; ------------------------------------------------------------------------------- 5. O Partido da Terra entende que com a realização desta avaliação estaremos aptos a emitir uma opinião mais avalizada sobre a realidade existente nas Escolas do ensino básico e que, através desta avaliação, se garantirá que o trabalho realizado possa vir a ser melhorado; --------------------------------------------------------------- 6. que o Partido da Terra - MPT, de cariz fortemente humanista e solidário, entende que a resolução destas situações passará necessariamente pela intervenção directa da Câmara Municipal de Lisboa. ---------------------------------------------------------- O Grupo Municipal do Partido da Terra, propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 21 de Junho de 2011, delibere: --------------------------------- Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa a elaboração de um relatório de avaliação das Escolas do Ensino Público Básico, tão exaustivo quanto possível, sobre todos os programas em curso nas Escolas do ensino básico, sobre o mapa de obras e intervenções previstas, sobre os gastos com alimentação, sobre os transportes, os manuais escolares, e tudo quanto disser respeito directamente à gestão das referidas escolas. ------------------------------------------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Recomendação nº 1, subscrita pelo Partido da Terra. --------------------------------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 1, foi aprovada por maioria com os votos favoráveis do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra, do Partido Ecologista “Os Verdes” e de 1 (um) Deputado Independente e com a abstenção do Partido Social Democrata, de 5 (cinco) Deputados independentes e do Partido Popular Monárquico. -

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----- Segue-se a transcrição e a votação da: --------------------------------------------------------- RECOMENDAÇÃO Nº 2 - Publicação on-line e em suporte papel de Relatório Semestral sobre as Actividades Desenvolvidas pela Câmara Municipal de Lisboa na Área das Relações Internacionais. ----------------------------------------------- Considerando: ------------------------------------------------------------------------------------ a extensa actividade que a Câmara Municipal de Lisboa tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos 20 anos no âmbito da cooperação internacional; ------ os múltiplos Acordos de Geminação celebrados entre a Cidade de Lisboa e as suas congéneres estrangeiras, como forma de estabelecer laços mais estreitos entre comunidades com idênticas afinidades culturais; ----------------------------------------------- os Acordos de Cooperação e Amizade que a cidade de Lisboa estabeleceu com outras cidades estrangeiras, através dos quais cimentou relações de amizade, intercâmbio e solidariedade; ------------------------------------------------------------------------- as inúmeras Organizações Internacionais a que Lisboa pertence, organizações essas representativas das cidades e dos municípios e que visam a cooperação internacional entre as cidades e os governos locais; -------------------------------------------- que a presença nessas organizações internacionais tem ajudado a cidade de Lisboa a encontrar novas formas de resolução para os problemas com que se debate, sendo por isso de extrema importância que o Município se mantenha representado nos mesmos; --------------------------------------------------------------------------- o profundo desconhecimento existente sobre a realidade da actividade internacional da Câmara Municipal de Lisboa por parte dos munícipes em geral e dos serviços camarários em particular; ------------------------------------------------------------ que se torna necessário inverter o actual estado de desconhecimento sobre a actividade internacional desenvolvida pelo Município de Lisboa, nomeadamente no que respeita a cada uma das organizações internacionais a que a cidade de Lisboa pertence, bem assim como dos acordos de geminação e de cooperação e amizade que o Município de Lisboa celebrou. --------------------------------------------------------------- O Grupo Municipal do Partido da Terra, propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 21 de Junho de 2011, delibere: --------------------------------- 1. Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa a constituição de um Grupo de Trabalho, constituído por trabalhadores do Município, para elaboração semestral de Relatório sobre as Actividades Desenvolvidas pelo Município na Área das Relações Internacionais com breve descrição sobre os organismos internacionais de que o Município é membro ou em que está representado. -------------------------------------- 2. Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa a publicação on-line do Relatório semestral que vier a ser elaborado pelo referido Grupo de Trabalho, bem como a eventual publicação em suporte papel e em quantidades reduzidas, colocando-o assim à disposição de todos os Munícipes. ---------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente, submeteu à votação a Recomendação nº 2, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido da Terra. -------- VOTAÇÃO – A Recomendação nº 2, foi aprovada por maioria com os votos favoráveis do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, do Partido Comunista

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Português, de 6 (seis) Deputados Independentes, do Centro Social Democrático, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra, do Partido Ecologista “Os Verdes” e com o voto contra do Partido Popular Monárquico. ------------------------------------------------------ A Recomendação nº 3 foi retirada pelo Bloco de Esquerda. ------------------------------ Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- RECOMENDAÇÃO Nº 4 - Por uma melhor e adequada vigilância do Parque de Monsanto. -------------------------------------------------------------------------------- Considerando que: ------------------------------------------------------------------------------ 1. A vigilância do Parque de Monsanto está a ser prejudicada pela falta de meios dos guardas florestais, que estarão sem as viaturas necessárias ao exercício da sua actividade há mais de dois meses. Em causa estarão quatro jipes e uma carrinha 'pick-up'. ------------------------------------------------------------------------------------ 2. Situação tanto ou mais preocupante quanto as referidas viaturas estarão há demasiado tempo nas oficinas para serem reparadas, o que limita e condiciona a vigilância do Parque de Monsanto, que não está a ser feita como deveria, num momento em que se aproxima a época de incêndios florestais. -------------------------------- 3. Acresce que está por clarificar o enquadramento futuro, a carreira e as funções que serão atribuídas aos guardas florestais de Monsanto, que neste momento são funcionários camarários mas que, com a aprovação da nova orgânica para os serviços do município, poderão vir a ser integrados na Polícia Municipal. Este atraso na clarificação de situação dos referidos guardas é um factor que objectivamente não contribui para a motivação e portanto para a desejada eficiência da sua acção, já fortemente condicionada pela carência de meios apontada no ponto anterior. ------------------------------------------------------------------------- O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na reunião de 21 de Junho de 2011, delibere: -------------------------------------- Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que, com a urgência que exige a aproximação da época de incêndios florestais, tome todas as medidas para assegurar a adequada e indispensável vigilância do Parque de Monsanto, designadamente através da disponibilização das viaturas suficientes e necessárias à garantia da adequada vigilância do Parque. E recomendar ainda que, com brevidade, seja clarificado o futuro enquadramento, carreira e funções dos guardas florestais de Monsanto, e muito em especial se está prevista a sua integração na Polícia Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a recomendação nº 4, subscrita pelo Grupo Municipal Bloco de Esquerda. --------- VOTAÇÃO – a recomendação nº 4, foi aprovada por maioria, com os votos favoráveis do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, de 6 (seis) Deputados Independentes, do Centro Democrático Social – Partido Popular, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes” e com o voto contra do Partido Socialista. --------------------------- A Recomendação nº 5 foi retirada pelo Bloco de Esquerda. ------------------------------ Segue-se a transcrição e a votação da: ----------------------------------------------------

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----- RECOMENDAÇÃO Nº 6 - Recuperação da Rua Maria Pia -------------------------- A Rua Maria Pia é uma das mais marcantes artérias de Lisboa. Esta oitocentista rua com história, dedicada a honrar D. Maria Pia, percorre duas freguesias da cidade – Santo Condestável e Prazeres – atravessando bairros antigos, alguns a necessitarem de urgente intervenção de reabilitação, é utilizada diariamente por milhares de carros que a cruzam quer para aceder ao tecido urbano local quer para aceder a vias estruturantes de entrada e saída de Lisboa, nomeadamente, Ponte 25 de Abril e o viaduto Duarte Pacheco. --------------------- - Considerando o volume de tráfego automóvel é intenso e permanente todos os dias; ----- - Considerando que é uma via utilizada pela rede de transportes da cidade em especial pelas carreiras nº 12, 701, 742 e 203 da Carris que transportam milhares de passageiros; -------------------------------------------------------------------------------------------- - Considerando que e conhecimento da CML os problemas existentes no subsolo da Rua Maria Pia, com riscos reais de roturas nas infra-estruturas lá existentes, assim como, o péssimo estado do pavimento em toda a extensão mas com especial incidência no cruzamento entre a Rua Sampaio Bruno e o Arco Carvalhão; ---------------------------------------------------------------------------------------------- - Considerando que é uma preocupação e ao mesmo tempo uma exigência dos milhares de lisboetas que utilizam esta artéria, dos moradores destas freguesias e dos seus representantes nos respectivos órgãos de poder local, a recuperação desta importante rua; ---------------------------------------------------------------------------------------- - Considerando que existe desde 2008 um projecto de requalificação da Rua Maria Pia, com cabimento orçamental previsto para 2009; ------------------------------------ O Grupo Municipal do PPD/PSD propõe à Assembleia Municipal de Lisboa que delibere recomendar à Câmara Municipal que materialize urgentemente a necessidade de resolver o que reconhece publicamente: O mau estado da Rua Maria Pia. Comprometendo-se perante esta Assembleia com uma rápida intervenção e requalificação desta artéria redefinindo-a como uma intervenção prioritária.----------------------------------------------------------------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Recomendação nº 6, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido Social Democrata. ---------------------------------------------------------------------------------------------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 6, foi aprovada por unanimidade. ---------------- Segue-se a transcrição e a votação da: --------------------------------------------------------- RECOMENDAÇÃO Nº 7 - Campo de Râguebi no Parque Florestal de Monsanto. ---------------------------------------------------------------------------------------------- O Parque Florestal do Monsanto foi criado em 1934, pelo Decreto-Lei nº 24.625 de 1 de Novembro, ocupando uma área de cerca de 1.000 hectares de mata com grande variedade vegetal, com os usos regulados pelo PDM e pelo Plano de Ordenamento e Revitalização de Monsanto. ------------------------------------------------------ No passado dia 9 de Junho, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou a construção de mais um campo de râguebi e um circuito de manutenção, dentro dos limites do Parque Florestal de Monsanto, que vem acrescer aos três campos de

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râguebi já aí existentes. ------------------------------------------------------------------------------- O Parque Florestal de Monsanto assume um papel de extrema importância como “pulmão verde” de toda a Área Metropolitana, e particularmente da cidade de Lisboa, mas também como local de lazer, sendo um espaço fundamental para o bem-estar e para a qualidade de vida dos cidadãos. --------------------------------------------- Infelizmente, ao longo de vários anos temos vindo a assistir continuamente ao desenrolar de um vasto rol de atentados ao Parque Florestal de Monsanto: campo de tiro, com impactos muito negativos, como a poluição sonora, contaminação dos solos e lençóis freáticos, perigo para a segurança das pessoas; a instalação da sub-estação da REN, que obrigou a uma suspensão parcial do Plano Director Municipal e ao corte desmedido de grande número de árvores; a realização de eventos de massas como o Festival Delta Tejo, que edição após edição, inflige todos os impactos sobejamente conhecidos por todos; e agora, mais um campo de râguebi, dando desta forma a CML continuidade a uma política deliberada onde tudo permite instalar no Parque Florestal de Monsanto. --------------------------------------------- Considerando que através da prossecução destas acções, há claramente uma redução constante e persistente da área do Parque Florestal, assim como um retrocesso de anos na política ambiental municipal no que ao Parque Florestal de Monsanto diz respeito. -------------------------------------------------------------------------------- Considerando que o Parque Florestal de Monsanto representa o maior e mais importante espaço verde da cidade de Lisboa, e que tem sido constantemente alvo de sucessivas intervenções destruidoras do património público e que a todos é de igual direito usufruir. ---------------------------------------------------------------------------------------- Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que: ---------------------------------------------------------------------------- 1 – Inicie os procedimentos necessários, no sentido de se encontrar uma solução alternativa de localização para o campo de râguebi e do circuito de manutenção, fora da área do Parque Florestal de Monsanto; --------------------------------- 2 – Promova programas e medidas de protecção activas de manutenção, preservação e de sustentabilidade do Parque Florestal de Monsanto; ----------------------- 3 – Cumpra com toda a legislação existente relativa ao Parque Florestal de Monsanto.----------------------------------------------------------------------------------------------- 4 – Dê conhecimento da presente Recomendação à Plataforma por Monsanto. ------ Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Recomendação nº 7, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”. -------------------------------------------------------------------------------------------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 7, foi aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”; com o voto contra do Partido Socialista e com a abstenção do Centro Democrático Social – Partido Popular. ------------- Segue-se a transcrição e a votação da: ----------------------------------------------------

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----- RECOMENDAÇÃO Nº 8 - Maternidade Magalhães Coutinho. ---------------------- O Ministério da Saúde tomou a decisão de encerrar os serviços de urgência e de partos da Maternidade Magalhães Coutinho, no Hospital de Dona Estefânia, - apesar de estar aqui localizada a unidade de cirurgia neonatal de referência para a zona sul do país -, o que prejudica a assistência materno-infantil, trazendo graves consequências para os recém-nascidos, as grávidas e os cuidados perinatais. ------------- Este decisão ocorreu sob o protesto de largas dezenas de profissionais e utentes que no dia 1 de Junho, Dia Mundial da Criança, se manifestaram silenciosamente numa concentração frente às instalações desta unidade de saúde, contra o encerramento destes serviços que, a par da intenção de encerrar o Hospital de Dona Estefânia, transferindo-o para uma secção no futuro Hospital Oriental de Lisboa, desmembrará o Hospital Pediátrico; e encontra-se ainda a decorrer uma petição contra o encerramento da Maternidade Magalhães Coutinho. -------------------------------- Com este encerramento, os partos passarão a ser feitos noutras unidades, designadamente na Maternidade Alfredo da Costa, que já faz cerca de 5300 partos por ano, estimando-se que passará a ter mais 1300 partos anuais, o que levará seguramente a uma sobrecarga desta unidade, assim como das outras que receberão os partos e urgências que se deixarão de fazer na Maternidade Magalhães Coutinho. --------------------------------------------------------------------------------- Considerando que o encerramento destes serviços na Maternidade Magalhães Coutinho afecta gravemente a rede de cuidados perinatais diferenciados, os cuidados cirúrgicos neonatais, ignora os padrões de segurança das grávidas e dos recém-nascidos, limita o potencial de tratamento e recuperação de muitos recém-nascidos com doenças graves, e pode vir a aumentar a taxa de mortalidade infantil, pois os partos são feitos noutro local mas os recém-nascidos são transportados para a Maternidade do Hospital de Dona Estefânia para serem operados, sabendo-se que o transporte de recém-nascidos de risco aumenta a mortalidade. ----------------------------- Considerando que a decisão de encerrar as urgências e os partos nesta Maternidade é uma decisão inaceitável e que não acautela a segurança das grávidas e dos recém-nascidos, e que constitui mais uma ameaça dirigida à assistência materno-infantil em Portugal. -------------------------------------------------------- Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que: ---------------------------------------------------------------------------- 1 - Se manifeste contra o encerramento dos serviços de urgências e partos da Maternidade Magalhães Coutinho; ---------------------------------------------------------------- 2 - Diligencie junto do Governo no sentido de garantir que a Maternidade Magalhães Coutinho volta a estar dotada de serviço de urgência e de partos; ------------- 3 - Dê conhecimento da presente Recomendação ao Ministério da Saúde, à Administração do Hospital e à Plataforma Cívica em Defesa do Património do Hospital Dona Estefânia. ---------------------------------------------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente submeteu à votação a Recomendação nº 8, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido Ecologista

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“Os Verdes”. -------------------------------------------------------------------------------------------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 8, foi aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes, do Centro Democrático Social – Partido Popular, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes” e a abstenção do Partido Socialista. ----------------------------------- Segue-se a transcrição e a votação da: --------------------------------------------------------- RECOMENDAÇÃO Nº 9 – Atlético Clube de Portugal -------------------------------- O Atlético Clube de Portugal, uma velha glória do futebol português, onde ocupou um lugar destacado nas décadas de 40 e 50, subiu, por mérito próprio, pelo esforço dos seus jogadores e dirigentes e pelo largo apoio popular de que desfruta na zona ocidental de Lisboa e, particularmente na Freguesia de Alcântara, ao segundo escalão do futebol nacional, a Liga de Honra, hoje designada por “Liga Orangina”. ---------------------------------------------------------------------------------------------- O Atlético Clube de Portugal foi fundado em 18 de Setembro de 1942 em resultado da fusão de dois clubes de Alcântara e Santo Amaro, o União Football Clube e o célebre Carcavelinhos Football Clube, o grande pioneiro do futebol em Portugal. ------------------------------------------------------------------------------------------------ É um dos clubes históricos de Lisboa, o quarto maior da cidade, a seguir ao Benfica, ao Sporting e ao Belenenses, destacando-se não só pelo futebol como pela prática de outras modalidades com relevo para o basquetebol. -------------------------------- Registe-se ainda o esforço do Clube a nível das camadas de formação, onde desde sempre o Atlético tem procurado desenvolver um trabalho em profundidade, trabalho esse que se reflectiu não só nos resultados das equipas, mas principalmente nos valores projectados nos jovens, nos quais tem procurado incutir o gosto e o espírito da prática desportiva. --------------------------------------------------------- O regresso ao escalão profissional do futebol português prestigia a cidade de Lisboa e constitui um feito que deve ser devidamente assinalado pelo Município, que se espera venha a apoiar um clube com largas tradições e agora com renovadas responsabilidades. ------------------------------------------------------------------------------------- Assim, propõe-se: -------------------------------------------------------------------------------- 1 – Que seja aprovado pela Assembleia Municipal de Lisboa um Voto de Louvor ao Atlético Clube de Portugal pela honrosa subida da sua equipa sénior de futebol à Liga de Honra, segundo escalão do futebol nacional. ------------------------------- 2 – Que seja recomendado à Câmara Municipal de Lisboa que conceda o necessário apoio ao clube, nesta nova fase da sua existência. --------------------------------- 3 – Que seja dado conhecimento deste voto de louvor e da recomendação à Direcção do Atlético Clube de Portugal. ----------------------------------------------------------- Constatando não existirem intervenções, a Senhora Presidente, submeteu à votação a Recomendação nº 9 subscrita pela Deputada Municipal e Presidente da Junta de Freguesia de Alcântara Isabel Leal de Faria (Partido Social Democrata). ------------------ VOTAÇÃO – a Recomendação nº 9, foi aprovada por unanimidade. ---------------- Segue-se a transcrição e a votação da: ----------------------------------------------------

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----- RECOMENDAÇÃO Nº 10 - Balneário Público de Alcântara ------------------------- Considerando que o Balneário Público de Alcântara é dos Balneários com maior movimento em Lisboa.------------------------------------------------------------------------- Considerando que a média semanal é cerca de 500 banhos, ou seja 26.000 por ano. ------------------------------------------------------------------------------------------------------ Considerando o carácter social e humano que o Balneário desempenha junto das pessoas mais velhas e carenciadas, incluindo os sem abrigo. ----------------------------- Considerando a tendência crescente dos banhos públicos, face à difícil conjuntura económico-financeira do país. -------------------------------------------------------- Considerando ainda que o Balneário Público de Alcântara dispõe de uma lavandaria social totalmente gratuita, factor fulcral de maior afluência ao Balneário. ----------------------------------------------------------------------------------------------- No âmbito da responsabilidade Social da CML, o Grupo Municipal do Partido Socialista propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 21 de Junho de 2011, delibere: ----------------------------------------------------------------------------- 1 - Que a Câmara Municipal de Lisboa diligencie no sentido de obtenção de um estudo de viabilidade de um sistema integrado de aquecimento de água para o Balneário Público de Alcântara, mais ecológico e mais eficiente; ---------------------------- 2 - Que o aludido estudo, bem como a sua implementação, decorram ainda durante o ano 2011, de modo a poderem ser aproveitados os financiamentos do QREN. --------------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Presidente, constatando não existirem intervenções, submeteu à votação a Recomendação nº 10, subscrita pelo líder da Bancada Socialista, Miguel Coelho e pela Deputada Municipal Margarida Mota. --------------------------------------------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 10, foi aprovada por unanimidade. --------------- A Senhora Presidente pediu desculpa aos presentes por se ter esquecido da “Saudação nº 2” e seguidamente, submeteu-a votação. ------------------------------------------- Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- SAUDAÇÃO Nº 2 – Saudação às Festas de Lisboa -------------------------------------- Considerando que: ------------------------------------------------------------------------------ As Festas de Lisboa se realizam há tempo suficiente para fazerem parte do Património Cultural de Lisboa; --------------------------------------------------------------------- As Festas de Lisboa integram um forte cariz cultural e popular que ultrapassa as fronteiras da própria cidade; --------------------------------------------------------------------- Fazem parte destas Festas realizações tão marcantes como os Casamentos de Sto. António e as Marchas Populares; ------------------------------------------------------------- As Festas de Lisboa englobam uma panóplia de festejos donde se destacam os Arraiais dos Bairros Tradicionais de Lisboa; ----------------------------------------------------- Com as Festas de Lisboa se pretende fazer uma forte divulgação turística da cidade; --------------------------------------------------------------------------------------------------- O envolvimento de todas as colectividades na organização destes Festejos é fundamental para a boa prossecução dos mesmos; ---------------------------------------------- Estas Festas englobam as mais diversas manifestações musicais, numa

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simbiose perfeita entre o Fado, a música Latino-Americana, chamada música Erudita e outras; --------------------------------------------------------------------------------------- Apresentam um programa ambicioso nas diversas manifestações culturais; --------- As Festas de Lisboa são um contributo importante para a elevação do Fado a Património Imaterial da Humanidade; ------------------------------------------------------------ A EGEAC tem envidado todos os esforços por forma, a que seja sempre uma realização digna e de acordo com a tradição lisboeta. ------------------------------------------ O Grupo Municipal do PS propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Junho de 2011, delibere: ------------------------------------------------------- Saudar a Câmara Municipal de Lisboa, a EGEAC e as Colectividades do concelho por mais esta edição das Festas de Lisboa; ------------------------------------------- - Saudar a Marcha do Alto do Pina pelo êxito obtido em 2011; ------------------------- - Enviar esta saudação às seguintes entidades: --------------------------------------------- - Presidente da Câmara Municipal de Lisboa; ---------------------------------------------- - Conselho de Administração da EGEAC; -------------------------------------------------- - ACCL - Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa; ---------------------- - CPCCRD - Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto; ---------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Presidente, constatando não existirem intervenções, submeteu à votação a Saudação nº 2, subscrita pelo Líder da Bancada Socialista, Miguel Coelho e pela Deputada Municipal Maria João Correia. ----------------------------------------------------- VOTAÇÃO – a Saudação nº 2, foi votada ponto por ponto, tendo a Assembleia Deliberado: --------------------------------------------------------------------------------------------- O Ponto 1 – foi aprovado por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes e do Partido Ecologista “Os Verdes”; com os votos contra do Bloco de Esquerda e do Partido Popular Monárquico e as abstenções do Partido da Terra e do Centro Democrático Social – Partido Popular; ----------------------------------------------------- O Ponto 2 – foi aprovado por unanimidade; --------------------------------------------- O Ponto 3 – foi aprovado por maioria, com os votos favoráveis do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes, Centro Democrático Social – Partido Popular, do Bloco de Esquerda, Partido da Terra e Partido Ecologista “Os Verdes”; com a abstenção do Partido Popular Monárquico. ------------------------------------------------------------------------- A Senhora Presidente informou que se iria passar à Ordem de Trabalhos. ----------------------------------------ORDEM DO DIA --------------------------------------------------- A Senhora Presidente informou que o primeiro ponto da ordem de trabalhos seria a apreciação da informação escrita do Senhor Presidente, mas que em virtude de o Senhor Presidente se encontrar em representação internacional da cidade de Lisboa, a apreciação da mesma seria adiada para a sessão seguinte, que se iria realizar no dia vinte e oito de Junho de dois mil e onze. ----------------------------------------------------------- Sugeriu que se começasse pelo aditamento à nona sessão, no qual existiam duas propostas, a 90/2001 e a 101/2011, que haviam transitado da reunião de dezanove de

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Abril e que continuavam a aguardar o parecer de algumas das comissões incumbidas para o efeito. Informou que, relativamente à Proposta nº 90/2011 - Aprovar a adenda ao Protocolo a celebrar entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Pólo Universitário do Alto da Ajuda - Universidade Técnica de Lisboa -, tinham o parecer da Comissão de Urbanismo e que se encontrava em falta o parecer do Plano Director Municipal. Solicitou ao Senhor Presidente e aos Senhores Deputados da Comissão do Plano Director Municipal que entregassem o seu parecer, para que a proposta pudesse ser discutida na reunião seguinte. Relativamente à Proposta 101/2011 - Aprovar a concessão de isenção do pagamento das taxas devidas em relação ao licenciamento da ocupação do espaço público com esplanadas abertas, sem referência a qualquer tipo de publicidade) comunicou que a mesma aguardava a resposta da Vereação dos Espaços Públicos e que sem aquela, a Comissão de Finanças não poderia emitir o seu parecer. -------------------------------------------------------------------------------------------------- Prosseguiu, informando que se iria passar às propostas incluídas na Ordem de Trabalhos da nona sessão ordinária. ----------------------------------------------------------------- Seguiu-se a discussão da: ----------------------------------------------------------------------- PROPOSTA 235/2011 – Aprovação da adesão directa de Lisboa à organização Cidades e Governos Locais Unidos ------------------------------------------------- Interveio na discussão da supracitada proposta, o Senhor Deputado António Arruda do Partido da Terra. -------------------------------------------------------------------------------------- Não existindo mais intervenções, a Senhora Presidente submeteu a proposta à votação. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Segue-se a transcrição e a votação da: --------------------------------------------------------- PROPOSTA 235/2011 ---------------------------------------------------------------------------- A organização internacional “Cidades e Governos Locais Unidos” (CGLU) surge em Maio de 2004, fruto da fusão das duas grandes organizações mundiais de autoridades locais, a Federação Mundial de Cidades Unidas (FMCU) e a União Internacional de Autoridades Locais (IULA), às quais se juntou a Metropolis, associação internacional de grandes metrópoles. -------------------------------------------------- É uma nova organização mundial destinada a promover os valores, os objectivos e os interesses das cidades e dos governos locais de todo o mundo, assegurando a representação das autoridades locais de cerca de 136 países de todos os continentes, junto das instituições internacionais para defender os seus valores (a paz, a solidariedade e o desenvolvimento) e o seu papel nos grandes dossiers da governabilidade mundial nos assuntos que lhes dizem respeito. --------------------------------- A CGLU é ainda a entidade internacional representativa dos municípios e é o único interlocutor das cidades e das associações de poder local junto da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, difundindo políticas e experiências de governos locais em domínios chave, tais como a luta contra a pobreza, a exclusão social e o desenvolvimento sustentável. -------------------------------------------------------------- Encoraja a cooperação internacional entre as cidades e apoia programas e parcerias que reforcem as capacidades dos governos locais no desenvolvimento de uma maior solidariedade e inclusão, e por via desta os seus membros podem ter uma

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participação activa nas redes temáticas criadas no seio da organização, estabelecendo parcerias que possibilitam o intercâmbio de experiências e a partilha de boas práticas, desenvolvendo e reforçando a cooperação descentralizada internacional. --------- Neste sentido, os membros da CGLU enviaram à comunidade internacional um forte sinal através da assinatura do manifesto “A Cidade de 2030”, no sentido de dar resposta aos desafios que representam o crescimento constante das populações urbanas, a crise económica mundial em curso e as mudanças climáticas, entre outros aspectos. --------------------------------------------------------------------------------------------------- Por via das associações de que o Município de Lisboa faz parte, e que por sua vez são associadas da CGLU o presidente da Câmara Municipal de Lisboa foi eleito co-presidente desta organização. -------------------------------------------------------------------------- Contudo, e ao contrário do que sucede com várias outras capitais e importantes cidades mundiais, a cidade de Lisboa não integra ainda directamente esta organização. ---------------------------------------------------------------------------------------------- Ora o Município de Lisboa, a constituir-se como membro desta organização, beneficiaria designadamente do intercâmbio mais próximo de ideias e de boas práticas, da experiência acumulada pelos vários membros, e da possibilidade de cooperação e de parcerias que caracterizam esta entidade, bem como das demais vantagens de pertencer directamente a uma organização com estas características. -------- Assim, em face do exposto, tenho a honra de propor que a Câmara delibere submeter à Assembleia Municipal a adesão directa da cidade de Lisboa à organização internacional “Cidades e Governos Locais Unidos” – cujos estatutos se anexam - mediante o pagamento de uma quota anual no valor de 7.000,00€, nos termos do ao abrigo do disposto na alínea a), do nº 6, do artigo 64.º e da alínea m) do n.º 2 do artigo 53.º, ambos da Lei nº 69/99, de 18 de Setembro, com a redacção introduzida pela Lei nº 5/A/2002, de 11 de Janeiro. -------------------------------------------------------------- Esta verba tem cabimento na orgânica 02.01, rubrica económica 06.02.03.03, da Acção do Plano 40656 – E7.01.P001 (NUP 61001409). ------------------------------------------ VOTAÇÃO – a Proposta nº 235/2011, subscrita pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, foi aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, 6 (seis) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido da Terra; teve a abstenção do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social – Partido Popular e do Partido Ecologista “Os Verdes”. ------------------------------------------------------- PROPOSTA Nº 255 - Aprovar a cedência em direito de superfície de lotes para a construção de 106 fogos à Cooperativa Nova Imagem, no quadro do protocolo CML-FENACHE, na Rua Pardal Monteiro/Marvi la. – A Senhora Presidente informou que a votação desta seria adiada para a reunião de Continuação da Sessão Ordinária do dia vinte e oito de Junho de dois mil e onze, pois a Comissão de Finanças tinha entregue o seu parecer mas, encontrava-se em falta o parecer da Comissão de Habitação, que se iria reunir no dia seguinte. -------------------------------------- PROPOSTA Nº 257 - Aprovar o Regulamento Municipal de Protecção de Espécimes Arbóreos e Arbustivos. – Adiada para a reunião de Continuação da

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Sessão Ordinária de vinte e oito de Junho de dois mil e onze. -------------------------------------Segue-se a transcrição da: --------------------------------------------------------------------------PROPOSTA Nº 259 – Procedimento por Concurso Público para Aquisição de Serviços de Aluguer Operacional de 16 a 21 Veículos Automóveis Ligeiros de tipo furgão de 9 lugares, pelo período de 48 meses, com possibilidade de retoma de viaturas (Processo 15523/CML/10). ----------------------------------------------------------------- PELOURO: Gestão de Frota--------------------------------------------------------------------- SERVIÇO: DMAU/DRMM ---------------------------------------------------------------------- Considerando a necessidade de dar continuidade à renovação da frota municipal do segmento de viaturas afectas ao Projecto LX Porta a Porta. --------------------------------- Considerando que para o efeito e com base em diversos fundamentos foi escolhida a opção de aluguer operacional pelo período de 48 meses em detrimento da opção aquisição. ------------------------------------------------------------------------------------------ Considerando que para o efeito foi efectuado um concurso público consubstanciado na Proposta nº.303/2010, (com o Processo 15523/CML//2010), a que corresponde o Proc.46/DMSC/DA/2010) publicado no DR – 2ª.série, de 12 de Agosto. ----- Considerando que o concurso público decorreu até à fase da análise de propostas em cumprimento de todas as normas legais e que nesta fase se verificou que a única proposta apresentada cumpre com todos os requisitos. ---------------------------- Considerando que nos termos da delegação de competências conferida pelo Despacho nº.166/P/2009, de 2009/11/12 em I na letra C ponto 5 alínea d) em matéria de gestão de Frota Municipal e em III ponto 2 alínea a), b) e d) em matéria de contratação pública foi autorizada por meu Despacho sobre a INF/301/DMAU/DRMM/DGF/11 a adjudicação à FINLOG – Aluguer e Comércio de Automóveis, SA, do aluguer operacional de 21 viaturas ligeiras do tipo furgão de 9 lugares pelo período de 48 meses, dos quais 5 não têm rampa de acesso de cadeira de rodas nem sistema de fixação de cadeira de rodas ao piso, pelo valor global de 609.741,60 euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor no valor de 140.240,57 euros e 67.052,16 euros referentes ao seguro, o que perfaz o valor total de 817.034,33 euros. ------------------------------------------------------------------------------------------------------- Considerando que se mantém o encargo total autorizado por Despacho do Exmo. Senhor Vereador José de Sá Fernandes aposto sobre a INF/354/DMAU/DRMM/DGF/10 em 14 de Junho de 2010, nos termos da delegação de competências identificada no parágrafo anterior, mas que se verifica necessário alterar a repartição de encargos inicialmente prevista e aprovada em Assembleia Municipal reunida em 27 de Julho de 2010. -------------------------------------------------------- Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere submeter à Assembleia, ao abrigo do artigo 64.º, n.º 7 alínea d) da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro com a redacção introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, atento o disposto no n.º 4.2 do artigo 13.º do Regulamento do Orçamento em vigor: ---------------- 1- A autorização da repartição de encargos pelos anos económicos de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015 da seguinte forma: --------------------------------------------------

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As verbas a despender com este fornecimento nos anos económicos de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015, irão integrar a F2.99.P001.02, rubrica orçamental 02.02.06, orgânica 09.03, devendo diligenciar-se a sua inscrição para os anos económicos vincendos. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Segue-se a transcrição do: ------------------------------------------------------------------------- Parecer da Comissão Permanente de Finanças, referente à Proposta 259/2011, apresentada pelo Senhor Presidente da Comissão: ---------------------------------------------- A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo, reuniu em 6 de Junho de 2011, a fim de analisar e emitir parecer sobre a Proposta nº.259/2011. ---------------------------------------- Neste contexto, a Comissão entende que a presente proposta se encontra em condições de ser discutida e votada em plenário, dado que a mesma formula a repartição de encargos relativa à despesa para o efeito, nos termos legais em vigor, após concurso público efectuado, bem como a respectiva adjudicação. --------------------- Igualmente, a Comissão releva o facto da Câmara Municipal de Lisboa propor a aquisição de serviços de aluguer operacional de veículos para o Projecto LX Porta-a-Porta, objecto de delegação de competências nas Juntas de Freguesia, neste mandato, o qual, por motivos óbvios, continua inoperante em diversas zonas da Cidade. ----------------------------------------------------------------------------------------------- O presente parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausente o loco de Esquerda. ----------------------------------------------------------------------------------------------- Não existindo intervenções, a Senhora Presidente, submeteu a proposta à votação. -------------------------------------------------------------------------------------------------- VOTAÇÃO – a Proposta 259/2011, subscrita pelo Senhor Vereador José Sá Fernandes, foi aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, 6 (seis) Deputados Independentes, do Centro Democrático Social – Partido Popular, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes” e as abstenções do Partido Popular Monárquico e do Partido da Terra. ------------------------------------------------------------------ Segue-se a transcrição e votação da: ----------------------------------------------------------- PROPOSTA Nº 266/2011 – Aprovar a reversão do direito de superfície, constituído a favor da Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social, por escritura celebrada em 24.03.2006, sob uma parcela de terreno para construção sito à Rua Paulo Dias de Novais. -------------------------------------------------

Despesa s/ IVA em euros

IVA em vigor em euros

Valor do seguro Isento de IVA

Valor c/ IVA em euros

2011 50.811,80 11.686,71 5.587,68 68.086,19 2012 152.435,40 35.060,14 16.673,04 204.258,58 2013 152.435,40 35.060,14 16.673,04 204.258,58 2014 152.435,40 35.060,14 16.673,04 204.258,58 2015 101.623,60 23.373,43 11.175,36 136.172,39 Totais 609.741,60 140.240,57 67.052,16 817.034,33

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----- Pelouro: Património Imobiliário ---------------------------------------------------------------- Serviço: Departamento de Património Imobiliário / Divisão de Aquisição e Alienação --------------------------------------------------------------------------------------------------- Considerando que: -------------------------------------------------------------------------------- A Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social, tem como objectivo acolher famílias ou indivíduos originários dos países africanos de expressão Portuguesa, residentes em Lisboa em condições de grave carência habitacional; ----------- Através da Proposta n.º 249/91 (anexo I), a Câmara Municipal de Lisboa assumiu com esta Associação o compromisso de cedência de um terreno para a construção de 20 a 30 fogos de habitação social e de um centro de acolhimento, na condição da Associação obter financiamento para o projecto; ---------------------------------- Se encontrava preenchida a condição imposta na Proposta n.º 249/91 – financiamento para o projecto – através da Proposta n.º 256/94 (anexo II), foi deliberado ceder em direito de superfície o Lote 329 sito na Rua Ferreira de Castro, Zona N1 de Chelas, para a construção de 10 fogos habitacionais; ----------------------------- Por escritura outorgada em 24.03.2006 (anexo III), de harmonia com a Proposta n.º 320/2001 (anexo IV), foi constituído a favor da citada Associação o direito de superfície sobre o Lote 2001/025, sito à Rua Paulo Dias de Novais, na Zona I de Chelas, com capacidade de construção de 12 a 14 fogos bem como com a possibilidade de construção de um centro de acolhimento; -------------------------------------- Esta cedência, conjuntamente com a cedência do Lote 329, acima referido, completava as cedências que anteriormente a Câmara Municipal de Lisboa se comprometeu com a Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social; --------- A Junta de Freguesia de Marvila solicitou a permuta do terreno cedido à Aguinenso (Lote 2001/025) por outro na mesma freguesia, por considerarem não ser viável a construção no terreno cedido, fundamentado a mesma no facto da construção poder vir a levantar problemas de estabilidade ao nível das fundações, uma vez que passa no local a galeria do metropolitano (anexo V); ----------------------------- Paralelamente ao processo da cedência do Lote 2001/025, a pedido da DMRVE/ DPI/ DPU, a Unidade de Projecto de Chelas (UPC), elaborou uma proposta de requalificação de espaço público para o mesmo local do lote cedido, que visava a construção de um acesso viário condicionado para serventia dos equipamentos existentes, com definição de estacionamento e áreas verdes envolventes (anexo VI); ------- No final de Janeiro de 2006, a referida proposta de requalificação após obtenção de parecer favorável por parte da DMAU e do DMPCST, foi enviada à DMPO para seguimento;------------------------------------------------------------------------------------------------ Atento ao exposto pela Junta de Freguesia de Marvila, ao parecer emitido pelo Metropolitano de Lisboa e ao facto da cedência do Lote 2001/025 por em causa o estudo de requalificação elaborada para o local do lote cedido, a Unidade de Projecto de Chelas propôs a permuta deste lote pelo terreno anexo ao Lote 354 do Bairro da Flamenga (anexo VI); ---------------------------------------------------------------------------------- A Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social concordou com a localização proposta para a permuta do Lote 2001/025 e que também considera

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inviável, após parecer do Metropolitano de Lisboa, a construção no referido lote (anexo VII); ----------------------------------------------------------------------------------------------- Por despachos de 22.02.2008 e de 28.02.2008, do Exmo. Sr. Vereador do Urbanismo e Exmo. Sr. Vereador do Património, respectivamente, foi dada concordância à proposta de permuta de terrenos (anexo VIII); --------------------------------- Em cumprimento dos despachos mencionados no parágrafo anterior, foi elaborado um estudo de edificabilidade para o terreno anexo ao Lote 354 sito à Rua Ferreira de Castro no Bairro da Flamenga, na zona N1 de Chelas; --------------------------- Por despacho de 05.08.2008 de Exmo. Sr. Vereador do Urbanismo foi aprovado o estudo de edificabilidade (anexo VI); -------------------------------------------------------------- O lote constituído através deste estudo, não permite a mesma edificação do Lote 2001/025, estando apenas afecto a habitação, foi acordado com a Aguinenso, que os cerca de 400 m2 a afectar ao centro de acolhimento, ficariam para relocalizar numa fase futura (anexo VII); -------------------------------------------------------------------------------- Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere, ao abrigo das disposições conjugadas dos artigos n.ºs 64º, n.º 6, alínea a) e do artigo 53º, n.º 2, alínea i), ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, aprovar e submeter à Assembleia Municipal para que este órgão delibere: -------------------------------------------------------------------------------------- Reversão do direito de superfície, constituído a favor da Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social, por escritura celebrada em 24.03.2006, sob uma parcela de terreno para construção, designada por Lote 2001/025, sito à Rua Paulo Dias de Novais, na Zona I de Chelas, com a área de 376,70 m2, identificada à cor amarela na cópia da Planta n.º 11/015/02 do Departamento do Património Imobiliário. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Autorizar a constituição, a favor da Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social, do direito de superfície, pelo prazo de 70 anos, sobre uma parcela de terreno para construção, sita à Rua Ferreira de Castro no Bairro da Flamenga, zona N1 de Chelas, contígua ao Lote 354, com a área de 241,90 m2, identificada à cor azul na cópia da Planta n.º 11/016/02 do Departamento do Património Imobiliário, à título gratuito, à qual se atribui apenas para efeitos notariais e registrais, o valor total de 1.209,50 € (mil duzentos e nove euros e cinquenta cêntimos). ------------------------------------------------------------------------------------- CONFRONTAÇÕES DA PARCELA DE TERRENO A CEDER ------------------------- Norte, Sul e Nascente: CML --------------------------------------------------------------------- Poente: Lote 354, sito à Rua Ferreira de Castro ---------------------------------------------- CARACTERISTICAS DO LOTE A CONSTRUIR NA PARCELA A CEDER EM DIREITO DE SUPERFÍCIE (anexo V) ------------------------------------------------------- Cfr. quadro sinóptico do estudo de edificabilidade – desenho n.º 06A de Abril de 2010 --------------------------------------------------------------------------------------------------- Área da parcela ……………………….. 241,90 m2 Área de implantação ………………….. 237,30 m2 Área de construção acima do solo ……… 1.298,95 m2

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Área de construção abaixo do solo ……... 91,12 m2 N.º pisos: acima do solo ………………. 5 pisos abaixo do solo …………………………... 1 piso (semi cave) Uso ………………………………………. Habitação ----- CONDIÇÕES DE ACORDO --------------------------------------------------------------------- O direito de superfície a constituir sobre a parcela municipal, destina-se à constituição de um lote para construção de habitação, nos termos do estudo de edificabilidade – Proc. n.º 1320/INT/2007 (anexo X) – elaborado pela DMPU/ DDU e aprovado por despacho de 05.08.2010 do Exmo. Sr. Vereador do Urbanismo. --------------- O direito de superfície a constituir será a título gratuito, à semelhança dos anteriormente, também, cedidos a favor da Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social. ------------------------------------------------------------------------------------ Atento a que o lote constituído através do estudo edificabilidade, referido no pto.1, não permite a mesma edificação do lote 2001/025, alvo de rescisão através da presente proposta, estando apenas afecto a habitação, foi acordado entre a Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social e a CML, que os cerca de 400 m2 a afectar ao centro de acolhimento, ficariam para relocalizar numa fase futura. -------------- O direito de superfície será constituído pelo prazo de 70 anos, podendo ser prorrogado por vontade do superficiário por períodos de 25 anos, desde que a Câmara Municipal de Lisboa não necessite do terreno para obras de renovação urbana ou outro fim de interesse público. ----------------------------------------------------------- O Superficiário que queira exercer a faculdade prevista no n.º 3, deverá comunicar à Câmara Municipal de Lisboa a sua intenção até um ano antes do termo do prazo que estiver em curso. A oposição à prorrogação deve ser comunicada àquele pela Câmara Municipal de Lisboa no prazo de três meses contados da recepção da comunicação da prorrogação. ------------------------------------------------------------------------- Operada a extinção do direito de superfície, por qualquer causa, a parcela de terreno com todas as instalações nela existentes, voltam à posse do Município, não tendo o Superficiário direito a qualquer indemnização. ------------------------------------------ O Superficiário obriga-se a manter a parcela municipal, bem como a edificação nela existente, em perfeito estado de conservação, segurança, limpeza e salubridade, cabendo-lhe executar por sua conta e risco, todas as reparações necessárias. ---------------- Na eventualidade da edificação ser totalmente destruída, o superficiário obriga-se a reconstruí-la no prazo de 3 anos a partir da data da destruição, ou sendo a destruição parcial, nos prazos fixados pela Câmara Municipal de Lisboa. -------------------- As propriedades municipais são entregues no estado em que se encontram. ------------ A afectação da parcela de terreno a fim diverso do fixado na presente proposta, determina a reversão do direito de superfície, sem que a Superficiária tenha direito a qualquer indemnização pelas benfeitorias entretanto efectuadas. ------------------------------ O direito de superfície não poderá ser alienado sem autorização expressa da Câmara Municipal de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------- O projecto de construção deverá ser apresentado no prazo de 12 meses a contar da outorga da escritura. ----------------------------------------------------------------------------

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----- Os prazos de início e conclusão da obra serão os estabelecidos/ aprovados pela CML com o licenciamento dos respectivos projectos. ---------------------------------------------- A superficiária apenas poderá arrendar os fogos a famílias ou pessoas individuais residentes em Lisboa, em condições de grave carência habitacional, devidamente comprovada. ------------------------------------------------------------------------------ O não cumprimento das cláusulas e prazos acima referenciados, determina a reversão da parcela de terreno a favor da Câmara Municipal de Lisboa. --------------------- EM ANEXO: ---------------------------------------------------------------------------------------- Cópia da Proposta n.º 249/91;-------------------------------------------------------------------- Cópia da Proposta n.º 256/94; -------------------------------------------------------------------- Cópia da escritura de 24.03.2006; --------------------------------------------------------------- Cópia da Proposta n.º 320/2001; ----------------------------------------------------------------- Cópia da carta da Junta de Freguesia de Marvila datada de 17.10.2006 e da carta da Aguinenso datada de 16.11.2006; ---------------------------------------------------------- Cópia da INF/129/DPE/UPC/06 de 08.06.2006 e da INF/50/DPE/UPC/07 de 02.04.2007; ------------------------------------------------------------------------------------------------ Cópia da Acta Reunião de 26.03.2007;---------------------------------------------------------- Cópia da INF/09/DPE/UPC/08 de 15.01.2008; ----------------------------------------------- Cópia da INF/2153/INT/2010 de 21.06.2010; ------------------------------------------------- Cópia do Estudo de Edificabilidade – Proc. n.º 1320/INT/2007. --------------------------- (Processo n.º 6949/CML/11) ---------------------------------------------------------------------- VOTAÇÃO – A Proposta nº 266/2011, subscrita pela Senhora Vereadora Maria João Mendes, foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------------------------- A Senhora Presidente relembrou os Senhores Deputados de que lhes havia enviado na véspera o segundo aditamento àquela reunião, e que, na seguinte, que se iria realizar dali a oito dias, iria ser apresentada, para apreciação, a informação escrita do Senhor Presidente. ---------------------------------------------------------------------------------------- Nota: As propostas aprovadas na presente reunião consideram-se aprovadas em minuta, nos termos da deliberação tomada pela Assembleia, por unanimidade, na reunião realizada no dia vinte e quatro de Novembro de dois mil e nove, inserida a páginas cinco da acta número dois. ------------------------------------------------------------------ A Senhora Presidente deu por encerrada a sessão, às dezoito horas e quarenta e cinco minutos. --------------------------------------------------------------------------------------------- E eu, , Primeiro Secretário, mandei lavrar a presente acta e a subscrevo.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A PRESIDENTE -------------------------------------------