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SESSÕES CORDENADAS Sessão 8

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sessões coordenadas - décimo salão de extensão

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CURSO DE SELEÇÃO LIGA DO TRAUMA FAMED/UFRGS 2009Introdução: Diante da alta incidência de trauma no mun-do, sendo a maior causa de morte evitável entre os ado-lescentes, acadêmicos de medicina perceberam a neces-sidade de fortalecer sua formação sobre tal tema através da criação de uma Liga. Para a continuidade e renovação desse grupo, é mandatória a existência de um curso se-letivo para associação de novos membros, visto que a procura pelos alunos é crescente. Devido a isso, fez-se um curso seletivo para facilitar o entendimento do assunto trauma, dar uma base teórica aos candidatos e propiciar capacitação para a aprovação dos interessados. Objeti-vos: Comparar o desempenho dos participantes do curso, procurando correlação entre o desempenho dos alunos e seus respectivos semestres. Materiais e Métodos: O cur-so cingia-se a alunos do 1º ao 8º semestre de Medicina da UFRGS e foram ministradas, pelos membros da Liga,

7 exposições em 2 dias abrangendo assuntos básicos so-bre trauma, focados no seu atendimento pré-hospitalar. Cada palestrante formulou questões sobre a matéria e, após, houve uma seleção dessas de acordo com o grau de dificuldade. A prova era composta por 30 questões ob-jetivas e foi corrigida em 2 momentos distintos. Com isso, foram analisadas as distribuição de notas dos candidatos selecionados levando em conta o semestre cursado atra-vés do Microsoft Excel. Resultados: Dos 60 inscritos para o curso de seleção, 27 foram aprovados na prova teórica, seguindo para entrevista oral. Houve relação entre o se-mestre dos participantes e suas notas, com tendência a uma média de desempenho superior entre àqueles em um nível mais adiantado do curso; excetuando-se a mé-dia do 4º semestre, que fora melhor do que a do 5º e a do 6°. Conclusões: Nota-se uma tendência de melhora do desempenho na prova conforme o semestre dos alunos, mesmo com a disciplina de trauma sendo cursada apenas no 8° semestre. Conferimos a melhora gradual à facilida-de de entendimento dos conteúdos pelos alunos que já

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concluíram disciplinas mais básicas e ao fato de muitas outras cadeiras da faculdade abordarem de alguma for-ma esse tema. Quanto ao número de acertos, verificou-se um melhor resultado de acordo com o avanço de semes-tre letivo no curso de medicina.

EXPERIÊNCIA DOS MEMBROS DA LIGA DO TRAUMA DA UFRGS COMO MANEQUINS DO PHTLS E ATLSIntrodução: O Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) e Advanced Trauma Life Support (ATLS) foram criados pelo Colégio Americano de Cirurgiões para instruir o atendi-mento a traumatizados para socorristas e médicos. Ao longo do tempo, o programa foi aprimorado, sendo uma referência no treinamento prático médico. Objetivos: Pro-

porcionar aos membros da Liga do Trauma FAMED/UFRGS aprendizado em um contexto diferenciado da faculdade ou hospital, com supervisão de professores e assistentes treinados. Como manequins, espera-se que os estudan-tes adquiram novo e melhor olhar sobre o atendimento ao paciente traumatizado, desenvolvendo e consolidan-do o conceito da empatia, ao representarem o papel de paciente durante esses cursos. Conhecer o programa qualifica o aprendizado em trauma dos membros da Liga, assim como proporciona uma experiência única de atu-ação em treinamento médico. O contato com profissio-nais de diferentes realidades expandiu a visão dos alunos sobre o papel médico no atendimento ao traumatizado. Material e Métodos: Os cursos PHTLS e ATLS são ofere-cidos em Porto Alegre pelo Centro de Treinamento em Saúde, certificado pelas marcas. O contato da Liga com o centro propicia a participação de seus membros como manequins. Os cursos são oferecidos em finais de semana de acordo com um calendário do centro. A atuação como manequim é supervisionada e obedece ao programa do

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curso, sendo usada no treinamento e nas provas práticas aplicadas no curso. O aluno interage com os profissionais do programa e com os que estão em treinamento, poden-do assistir às aulas e estações práticas. Resultado: Conhe-cer o programa qualifica o aprendizado em trauma dos membros da Liga, assim como proporciona uma experi-ência única de atuação em treinamento médico. O con-tato com profissionais de diferentes realidades expandiu a visão dos alunos sobre o papel médico no atendimento ao traumatizado. Conclusões: A experiência é válida para os estudantes, que aperfeiçoam o conhecimento de ma-neira única, e para o centro, que recebe manequins que futuramente farão esse tipo de atendimento.

EXPERIÊNCIA DA LIGA DO TRAU-MA DA UFRGS NO I COGALT Introdução Mundialmente, o Trauma é a terceira doença de maior mortalidade da população geral e primeira en-tre os indivíduos de 1 a 44 anos, o que torna necessária sua abordagem dentre os diversos profissionais e estu-dantes da área da saúde. O Congresso Gaúcho das Ligas do Trauma (COGALT) é um evento aberto à comunidade, organizado pelas Ligas do Trauma do Rio Grande do Sul (UFRGS), que introduz o que é discutido no Congresso Brasileiro das Ligas do Trauma (COLT), evento que congre-ga as Ligas do Trauma de todo Brasil. O COGALT tem sua primeira edição no ano de 2009, sendo a Liga do Trauma da FAMED/UFRGS uma das pioneiras na sua organização e entidade sede do evento. Objetivos: Abordar os aspec-tos básicos e avançados do atendimento no trauma, de forma que seja possível instruir o público leigo e atualizar profissionais da área, além de aperfeiçoar o conhecimen-

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to dos membros ligantes, que se capacitam a transmitir o aprendizado a partir da sua vivência na liga, ministrando estações práticas. Métodos Evento realizado em dois dias aberto à comunidade. No primeiro dia, são ministradas diferentes aulas teóricas por profissionais de renome es-pecializados no assunto, agrupadas e apresentadas si-multaneamente em dois auditórios. No segundo, ligantes atuam como instrutores em estações práticas, ensinando como abordar uma vítima na cena de trauma, segundo as diretrizes do Pre-Hospital Trauma Life Support (PHTLS). Resultado e Conclusão A experiência no I COGALT é posi-tiva pelo alto índice de satisfação dos participantes, tor-nando compensatório o esforço dos ligantes. Esses ain-da se vêem capacitados a organizar um evento seleto e de grande porte, assim como instruir sobre prevenção e atendimento ao trauma a partir de demonstrações práti-cas do socorro e atendimento de traumatizados.

PROJETO ESCOLA – ENSINO FUN-DAMENTALIntrodução As crianças, adolescentes e adultos jovens são o grupo mais vulnerável aos agravos determinados pe-las doenças de etiologia comportamental, destacando-se os acidentes e as violências. Os acidentes e as violências representam hoje o primeiro lugar em morbimortalida-de de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos de ida-de. Objetivos: Geral: Promover a prevenção do trauma dentro da escola e suas extensões, através da adoção de medidas educativas por jovens escolares, assim como a capacitação na identificação de lesões traumáticas e na necessidade de chamar o serviço de socorro avançado. Além disso, objetiva auxiliar na identificação de proble-mas de convivência entre escolares - tais como o bullying e a agressão física – encorajando o trabalho em grupo para se evitar a violência no ambiente escolar. Métodos Palestras ministradas pelos membros da Liga do Trauma

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da UFRGS para os alunos de 5ª a 8ª série do ensino funda-mental das escolas públicas e privadas de Porto Alegre. São utilizados vídeos, fotos e textos dinâmicos e objeti-vos expondo a prevalência do trauma entre escolares, os mecanismos biomecânicos que desencadeiam as lesões e os tipos mais comuns, fatores psicossociais que levam escolares às cenas de trauma e a importância de preveni-lo – tanto na questão médica quanto social e que condu-tas tomar diante dele. Também aborda a violência dentro do ambiente escolar e a influência do álcool e das drogas no trauma. São aplicados questionários de pré e pós-tes-tes contendo perguntas relacionadas às aulas. Resultado Observa-se uma mudança na ótica dos alunos, que de-senvolvem uma criticidade quanto aos fatores que levam ao trauma e a possibilidade de preveni-lo, uma vez que percebem fazer parte do grupo de maior risco. Conclusão Considerando que os jovens são os que mais estão en-volvidos com o trauma, percebe-se o quão importante é a intervenção na educação desse público, que se torna o mais capaz de diminuir os índices epidemiológicos a par-

tir da adoção de hábitos de prevenção, da busca por ou-tros caminhos para resolver problemas interpessoais que não seja a violência e noções de primeiros socorros.

TRAUMA: TRÂNSITO, PRIMEIROS-SOCORROS E DROGAS – PRE-VENÇÃO PRIMÁRIA – PROJETO ESCOLA LIGA DO TRAUMA FAMED/UFRGSIntrodução Lesões traumáticas representam a principal causa de morte em crianças maiores de um ano em todo o mundo e a segunda causa de hospitalização em meno-res de 15 anos, respondendo por 80% destas entre ado-lescentes e adultos jovens. Objetivos Geral: Promover a prevenção do trauma através da conscientização de esco-lares, capacitando-os a identificar lesões com necessidade

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de socorro avançado, ensinando-os medidas básicas de atendimento ao traumatizado e, principalmente, como evitar acréscimo de dano. Específico: Avaliar, através de questionários, o aproveitamento dos alunos e o desem-penho da Liga do Trauma UFRGS em promover campa-nha de prevenção. Métodos Palestras ministradas pelos membros da Liga do Trauma da UFRGS para alunos do ensino fundamental e médio – com focos diferenciados – em escolas públicas e privadas de Porto Alegre. Os temas abordados são prevenção do trauma, primeiros-socorros, drogas, “acidentes” de trânsito, formas de atuar diante dessas situações. As palestras contêm dados estatísticos, fotografias, abordagem inicial correta ao traumatizado e como procurar ajuda médica adequada. São aplicados questionários de pré e pós-testes contendo perguntas relacionadas às aulas. Desenvolvimento O projeto con-siste em informar a comunidade acerca de uma doença que cresce vertiginosamente com o passar dos anos em nosso país, o trauma, que é responsável por altos índices de morbidade e mortalidade, sendo mais prevalente na

faixa etária dos 15 aos 40 anos de idade. Através do Pro-jeto Escola, adolescentes do Ensino Médio, bem como seus professores, tem a oportunidade de aprender sobre os aspectos mais relevantes do tema “Trauma”, aprenden-do sua dimensão, importância, conseqüências e, princi-palmente, prevenção. É através dela que trabalhamos para reduzir os índices de trauma, sendo que a popula-ção jovem é a mais suscetível a ele, estando no momento certo de aprender essas informações para levar os ensi-namentos adiante em sua vida, bem como propagá-los para quem os cerca. O Projeto já vem em execução desde 2008, obtendo sempre uma grande receptividade e su-cesso por onde é apresentado. Por sua importância e boa realização, foi contemplado com o prêmio de Destaque no Salão de Extensão da UFRGS em 2008. Para dar conti-nuidade e aprimorá-lo, é necessária a participação de alu-nos extensionistas bolsistas, que aprimorarão as palestras já ministradas, sempre as atualizando e adaptando-as ao contexto dos jovens. Além do mais, são esses alunos que se deslocam até as escolas para oferecerem a proposta

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e, posteriormente, ministrarem as aulas. Assim, as bolsas-auxílio representam um instrumento de responsabilida-de e motivação e também um auxílio financeiro real aos gastos dos alunos com o projeto. Resultado Observa-se desenvolvimento de criticidade por parte dos alunos e interesse em obter maiores informações, trazendo expe-riências próprias que ilustram nossos dados de prevalên-cia do trauma. Obtivemos valorização do trabalho com participação de alunos, professores e coordenadores pe-dagógicos no debate dos assuntos abordados. Conclusão Jovens são os mais envolvidos em traumas, tornando im-portante a intervenção na educação desse público para diminuir os índices epidemiológicos, a partir da adoção de hábitos de prevenção e de conhecimentos sobre pri-meiros socorros.

EXPERIÊNCIA DA LIGA DO TRAU-MA UFRGS NO PRÉ-COLT CAXIAS 2009 – INTEGRAÇÃO ENTRE LIGAS REGIONAISIntrodução: O Pré-COLT Caxias é um curso anual aberto à comunidade, ministrado pela Liga do Trauma da Universi-dade de Caxias do Sul (UCS), assim como ocorre em outras regiões do estado do Rio Grande do Sul, introduzindo o que é discutido no Congresso Brasileiro das Ligas do Trau-ma (COLT), evento anual que congrega as ligas de todo o Brasil. No ano de 2009, a Liga do Trauma UCS contou com o apoio da Liga do Trauma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para participar do evento como instrutores de estações práticas, juntamente com outras ligas das universidades de Porto Alegre. Objetivos: O curso tem como foco os aspectos básicos, e, ao mes-mo tempo, mais importantes acerca da doença chamada

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trauma, de forma que seja possível instruir o público, e ao mesmo tempo, aperfeiçoar o conhecimento dos próprios membros ligantes, que se capacitam a transmitir o apren-dido a partir de sua vivência na liga. Material e Métodos: Curso realizado em três dias aberto à comunidade. Nos dois primeiros dias, são ministradas aulas teóricas por profissionais de renome especializados nos assuntos. No terceiro, ligantes ensinam condutas práticas sobre como abordar vítimas de trauma. No caso da Liga do Trauma UFRGS, os membros ensinam sobre imobilização da víti-ma em decúbitos. Resultado: Viu-se uma vertiginosa evo-lução acerca das condutas a serem tomadas pelos alunos em relação aos ensinamentos preconizados pelo curso, principalmente no que diz respeito às estações práti-cas, quanto à abordagem da vítima na cena de trauma. Conclusão: A experiência no Pré-COLT Caxias é positiva devido à possibilidade da Liga do Trauma UFRGS de di-fundir os conhecimentos adquiridos acerca de prevenção e atendimento ao trauma para outras regiões do estado, não se limitando somente ao espaço da universidade ou

da respectiva região. Além disso, reforça-se a mentalida-de de apoio mútuo entre as ligas do trauma do estado do RS, seja na troca de conhecimentos ou na oportunidade de ensinar diferentes públicos.

CRANIOTOMIA DESCOMPRESSI-VA PÓS TCE: RELATO DE CASOIntrodução Como parte de nossas atividades na Liga do Trauma, acompanhamos casos na UTI do trauma do HPS de Porto Alegre, com posterior revisão de literatura. Obje-tivos Apresentamos um caso de craniotomia descompres-siva observado em abril de 2009. Relato de Caso Homem jovem sofre colisão carro versus vítima, atingido em he-micorpo direito. Imobilizado no atendimento inicial, vias aéreas pérvias, SatO2 96% em ar ambiente, movimenta-ção torácica simétrica, normotenso, frequência cardiaca

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90, escala de coma de glasgow 15, pupilas isocóricas e fo-torreagentes, sem déficits focais ou hemorragia externa, referia dor. Na avaliação secundária, raio-x com fraturas de costelas, ombro e fêmur a direita, levado ao bloco ci-rúrgico para redução. Evolui com piora do nível de cons-ciência, insuficiência respiratória e anisocoria, intubado e colocado em VM por falta de drive respiratório. TCC revela extensa área de hemorragia subdural com acen-tuado efeito de massa, realizado craniotomia descom-pressiva, com importante herniação do encefalo. Após 3 semanas, desenvolveu pneumonia por Pseudomona aeruginosa, tratado com ceftazidima e infecção por aci-netobacter pan-resistente. Continua recebendo suporte ventilatório, sem necessidade de vasopressores. Em um mês, permanece em GCS 3, hemodinamicamente estável, com redução importante do edema cerebral. Discussão Craniotomia descompressiva é a remoção da calota cra-niana para redução da hipertensão IC decorrente de ede-ma e hemorragia pós TCE. Não está bem estabelecido seu papel, entretanto, permanece como opção em centros de

trauma nível 1. Complicações decorrentes da redução do nível de consciência nesses pacientes permanecem como obstáculos a boa evolução, sendo infecção uma das mais frequentes.

EXPERIÊNCIA DE SETE ANOS DA LIGA DO TRAUMA DA UNIVERSI-DADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULINTRODUÇÃO: O Trauma é a principal causa de morte da população entre 1 e 45 anos de idade no Brasil, configu-rando-se em um problema de saúde pública com graves perdas sociais e econômicas. A Liga do Trauma é um pro-jeto de extensão universitária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que desde 2002 visa à gerar e repassar informações sobre essa doença no meio acadê-

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mico, com o objetivo de capacitar os alunos de medicina da UFRGS, através de treinamento teórico e prático, na atu-ação de emergências traumáticas. Além disso, promover a educação e prevenção dessa doença junto à população. OBJETIVOS: Descrever a experiência dos sete anos da Liga do Trauma da UFRGS como Liga Acadêmica e das ativida-des desenvolvidas para os acadêmicos de medicina que dela participaram ou participam. DESENVOLVIMENTO: A Liga do Trauma FAMED/UFRGS foi fundada em 2002 pe-los alunos do 8º semestre do curso de Medicina da UFR-GS com o objetivo de complementar o curso quanto aos conhecimentos de trauma, sabendo-se que na época não existia cadeira de Trauma, sob o comando do professor e chefe do departamento de medicina interna da emer-gência do HPS, Luiz Antônio Nasi. Uma Liga Acadêmica pode ser definida como um grupo de acadêmicos que or-ganizam atividades extracurriculares de ensino, pesquisa e extensão numa determinada área da saúde, orientado por docentes ou pessoas que atuam no campo. O ensi-no acadêmico da medicina não dá a devida importância

para esse assunto. A Liga do Trauma - por meio de semi-nários, cursos, pesquisas e intercâmbio científico com outras escolas médicas - foi fundada no ano de 2002 por acadêmicos de medicina junto com o Prof. Luiz Antônio Nasi para tentar suprir essa defasagem do ensino supe-rior, contribuindo na formação do profissional médico. Tem como objetivo: realizar atividades científicas e cur-sos em trauma; realizar pesquisas científicas e trabalhos de extensão; promover a saúde e elaborar propostas para a melhora da qualidade de vida da população; promoção gratuita da saúde e da educação em saúde, na área de trauma e conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao trauma. Desde sua formação a Liga do Trauma realiza aulas baseadas nos programas Advanced Trauma Life Support (ATLS) e Pre-Hospitalar Trauma Life Support (PHTLS). Essas aulas são ministradas pelos acadê-micos membros do projeto, orientadas por professores da faculdade que atuam na área de cirurgia do trauma. Além das aulas, como complementação das atividades teóri-cas, promovemos a discussão de casos clínicos coletados

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no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), re-ferência de trauma na cidade, e realizamos mensalmente um “clube de revista”, em que artigos de revistas sobre o assunto são discutidos entre os membros. Como ativida-de prática, os membros desse projeto participam de trei-namentos similares aos descritos nos programas ATLS e PHTLS, além de participar voluntariamente como mane-quins desses cursos ministrados em Porto Alegre. A Liga do Trauma interage com a população através dos cursos e palestras sobre prevenção e primeiros socorros realizados por acadêmicos membros gerando condições adequadas para que as pessoas possam intervir em acidentes corri-queiros e de maiores grandezas, sem atrapalhar ou gerar lesão ao traumatizado. Além de levar a idéia de preven-ção do trauma aos alunos e professores das escolas da ci-dade. Já realizamos ao longo de sete anos diversos cursos sobre o assunto trauma e emergência médica, com parti-cipação de mais de 2000 pessoas dentre as diversas pro-fissões da área da saúde. Assim como a participação na organização de quatro Pré-Congresso Brasileiro das Ligas

do Trauma em 2005, 2006, 2008 e 2009 e do IX CoLT em 2007, além de capítulos de livros publicados, trabalhos publicados em anais de eventos (resumo). CONCLUSÃO: Com o objetivo de realizar atividades de ensino internas e para a população e criar um espaço para colocar em prá-tica a discussão sobre o tema trauma, a Liga do Trauma nesses sete anos obteve êxito em suas atividades. A expe-riência é válida para os membros que aperfeiçoaram seus conhecimentos a despeito dos projetos já desenvolvidos pela Liga do Trauma. Além disso, encoraja demais estu-dantes a desenvolverem projetos acadêmicos que visem o contato com a comunidade com base na experiência já adquirida pela Liga do Trauma.

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AMBULATÓRIO DE LÚPUS ERITE-MATOSO SISTÊMICO DO HCPAIntrodução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica auto-imune com manifesta-ção multissistêmica. Estão implicados em sua etiologia fa-tores imunológicos, hormonais, genéticos e ambientais. Anormalidades imunes características (anticorpos a antí-genos nucleares e celulares) desenvolvem-se em pacien-tes com LES. Ocorre mais frequentemente em mulheres (relação mulher:homem de 10:1 a 15:1 ). Pode ocorrer em qualquer idade, mas tem seu início principalmente entre 16 e 55 anos. O curso clínico do LES é caracterixado por pe-ríodos de remissão e de recaídas agudas ou crônicas. Seu diagnóstico baseia-se na presença de 4 dos 11 critérios propostos pelo ACR. O Ambulatório de Lúpus Eritematoso Sistêmico do Serviço de Reumatologia do Hospital de Clí-nicas de Porto Alegre ocorre às terças-feiras das 16 às 20h, e conta com a participação de professores, contratados,

residentes, estagiários e bolsistas. Objetivos: Assistência e acompanhamento dos pacientes com LES, coleta de da-dos, formação de banco de dados para desenvolvimento científico que permita melhor conhecimento dos pacien-tes, da doença e sua etiopatogenia. Materiais e métodos: Os bolsistas e estagiários são responsáveis pela coleta de dados, preenchimento de fichas clínicas, revisão de pron-tuários, criação do banco de dados, coleta de sangue dos pacientes, acompanhamento das consultas e discussão dos casos. As fichas compõem-se de: 1) Identificação do paciente, critérios diagnósticos presentes, comorbidades e medicações já usadas; 2) Fluxograma com exames labo-ratoriais solicitados a cada consulta; 3) Termo de consen-timento; 4) Critérios para Sjogren; 5) Critérios para Síndro-me do Anticorpo Anti-Fosfolipídio (SAAF); 6) SLICC anual; 7) SLEDAI a cada consulta. Os dados coletados servem como base para desenvolvimento de projetos diversos. As amostras de sangue coletadas são usadas para análise do DNA e soro incluídas no projeto principal do ambulatório “Papel de polimorfismos da lecitina ligadora da manose

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em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico”. Resul-tados: Resultados ainda parciais avaliando 382 pacientes, dos quais 284 (74,3%) caucasóides, 347 (90,8%) mulheres. Do total de pacientes, 309 (80,9%) apresentaram artrite, 296 (77,5%) alterações hematológicas, 279 (73%) fotos-sensibilidade. Alterações neurológicas em 44 (11,5%) pa-cientes, nefrite em 157 (41,1%) pacientes, serosite em 117 (30,6%) pacientes, rash malar em 201 (52,6%) pacientes. O FAN positivo foi encontrado em 373 (97,6%) pacientes e alguma alteração imunológica (anti-DNA, anticardiolipi-nas, anticoagulante lúpico e anti-Sm positivo) foi positiva em 248 (64,6%) pacientes. Do total, 54 (14,1%) pacientes apresentam história familiar de LES; 220 (57,6%) são hi-pertensos; 77 (20,2%) são obesos; 8 (2,1%) etilistas; 155 (40,6%) tabagistas; 34 (8,9%) têm critérios positivos para Sjogren e 24 (6,3%) critérios positivos para SAAF. Conclu-sões: Assim como os resultados, nossas conclusões são parciais e permitem afirmar que: 1) os 4 critérios mais pre-valentes em nossos pacientes foram: fotossensibilidade, FAN positivo, artrite e alterações hematológicas. 2) Como

na literatura, a grande maioria dos nossos pacientes é do sexo feminino. 3) Prevalência de pacientes caucasóides. 4) Muitos são os dados, e muito ainda se pode aferir com cada um deles separadamente, por ser o LES uma doença multissitêmica. Concluímos assim que o ambulatório de LES do Hospital de Clínicas de Porto Alegre é uma valiosa fonte de dados (ainda com dados e resultados parciais) para a realização de pesquisa e projetos em andamento e futuros, visando melhor entendimento da doença e con-tribuindo, assim, para um melhor atendimento dos pa-cientes portadores desta patologia.

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ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER EM HOSPITAL DO SUSTrata-se de um projeto de Extensão baseado na inserção de alunos de anos iniciais do Curso de Medicina da UFR-GS no dia-a-dia do Hospital Fêmina, hospital público de atuação materno-infantil da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ao exercitar a prática observacional, e intervindo, quando convém, na dinâmica do hospital, o projeto busca a máxima aproximação possível entre o que é vivido entre as quatro paredes de uma instituição de ensino e a realidade da população atendida pelo hos-pital. Dessa forma, é o meio pelo qual o conhecimento produzido no interior da faculdade é colocado à prova, cotejado à realidade da comunidade em que essa está in-serida. É também o caminho que permite um feedback, o que dá significado à realidade acadêmica. O projeto é formado por oito alunos da faculdade de Medicina, que foram divididos em quatro duplas para otimizar a realiza-

ção do projeto. Tais alunos se inserem e realizam ativida-des observacionais e intervencionistas em quatro áreas do hospital, cuja função é a assistência gineco-obstétri-ca gratuita, o que resulta em alto fluxo dirário de aten-dimentos. Os setores que estão envolvidos no projeto são: o controle de infecções, o hospital-dia – que trata da transmissão vertical do HIV -, o banco de leite e o estimu-lo à amamentação, e a oncologia, buscando o enfoque em pontos por vezes negligenciados ao longo de nos-sa formação médica, sendo que cada dupla permanece cinco semanas em cada seção. Corresponde ao setor de controle de infecções todas as ações envolvidas na fisca-lização das condições de higiene do hospital, realizando a intervenção necessária que esta se mantenha, agindo em diversos âmbitos: paciente, funcionários e ambiente físico. Um exemplo de atuação dos alunos relacionada a esse setor é a ampliação de sua ação, incentivando que as medidas de cuidados de higienização sejam executa-das por todas as pessoas que circulam pelo hospital, por exemplo relembrando a relevância da lavagem das mãos

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e dos materiais utilizados nos diversos procedimentos re-alizados. No Hospital-Dia é feito o atendimento de mu-lheres portadoras do vírus HIV e de outras doenças sexu-almente transmissíveis, sendo feito o acompanhamento com infectologistas, assistentes sociais e enfermeiras, proporcionando medicação e atendimento dignos. Tam-bém é garantida a assistência necessária aos filhos das mães portadoras, buscando a mínima transmissibilidade do vírus. Os alunos perceberam que o local dispõe de ar-tefatos que favorecem o bem-estar dessas mães, as quais ainda são alvo do preconceito da sociedade. Convivendo com assuntos que nem sempre são abordados na facul-dade, aprende-se a lidar com o componente psicológico, o qual é um fator que não pode ser negligenciado por ser determinante na qualidade de vida das pacientes. No Banco de Leite é feito o tratamento adequado do leite doado por mães com produção excessiva ou com filhos internados em UTIs, e no estímulo à amamentação é ensi-nada a técnica correta do ato de amamentar, ação voltada principalmente às mães com dificuldades na realização

dessa prática. Também é feito o incentivo ao aleitamen-to materno como única fonte de alimentação até o sexto mês de vida da criança. Os alunos aprendem e atuam no sentido de tornar uma informação por vezes rebuscada e demasiado técnica mais acessível à população, viabili-zando a transmissão dos conhecimentos e reforçando as instruções fornecidas pela equipe. No setor de oncologia é feito o atendimento e o acompanhamento de pacientes com neoplasias ginecológicas, incluindo tanto a aborda-gem clinica quanto a quimioterápica. Busca-se o melhor atendimento possível e uma abordagem mais abangen-te e completa em cada caso atendido. Os alunos atuam acompanhando consultas e dialogando com as pacien-tes, resolvendo dúvidas e procurando desfazer tabus que permeiam a realidade de pacientes com câncer. O projeto ainda está em curso. No entanto, busca ao longo das ex-periências coletadas desenvolver atividades que venham ao encontro das atividades realizadas em cada setor e que possam, até mesmo, suprir as carências existentes. Intervir naquilo que, pela prática da observação, possa

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ser identificado, comparado e consolidado, é uma de-monstração clara de que o aprendizado está aberto aos conhecimentos vindos tanto da comunidade acadêmica, como do saber popular e do exercício profissional. Apesar de ainda estarmos realizando as atividades, percebemos o abismo existente entre teoria e prática. Mesmo os alu-nos tendo objetivos iniciais bem delimitados e concep-ções prévias ao passar por cada setor, muito do que era previamente idealizado se desfaz, denotando a necessi-dade constante de adaptação às diferentes realidades, habilidade que é desenvolvida com excelência por meio das atividades de extensão. É conhecendo a real situação da saúde pública que se percebe a importância dessa li-gação entre o aprendizado acadêmico e as vivências na comunidade. A consciência deste eventual contraste não pode ser ignorado numa formação que se deseja atrelada à saúde pública.

CORRELAÇÃO DA AVALIAÇÃO MAMOGRÁFICA COM OS FATO-RES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMACorrelação de avaliação mamográfica com fatores de ris-co para o câncer de mama Nilton Leite Xavier1, Lara Rech Poltronieri2, Melina Canterji3 1. Professor doutor da FA-MED/ UFRGS; Extensionista; 2. Acadêmica de medicina da FAMED/ UFRGS, bolsista de extensão. 3. Acadêmica de medicina da FAMED/ UFRGS. Introdução: O câncer de mama é a neoplasia maligna mais freqüente nas mulheres gaúchas. Para o ano de 2008, estimou-se a incidência de 67 novos casos em 100.000 mulheres. Vários são os fato-res de risco descritos na literatura. O diagnóstico precoce é a base para se obter melhor prognóstico. A mamografia (MMG) e o exame clínico das mamas (ECM) são os méto-dos mais usados para este fim. Objetivos: Correlacionar os

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fatores de risco existente numa amostra populacional do município de Xangri-Lá com o MMG, para avaliar se a pre-sença destes fatores favorece a seleção de pacientes para promover a prevenção secundária do câncer de mama. Materiais e métodos: Entre marçoo/2008 e julho/2009, em um estudo transversal, prospectivo, foram incluídas 647 mulheres que consultaram nos postos do programa de saúde da família (PSF) de Xangri-Lá, para o diagnósti-co precoce do câncer de mama. O ECM foi realizado por mastologista que, na ocasião, solicitava a MMG. Além dis-so, foi aplicado questionário com dados sócio-epidemio-lógicos, para a avaliação dos fatores de risco para o cân-cer de mama. Categorizou-se as pacientes de risco (PR), para o desenvolvimento do câncer de mama, aquelas com 3 fatores de risco menores(FRMe) ou 1 fator de ris-co maior(FRMa). Os FRMe são: índice de massa corporal, menarca precoce (≤11 anos), idade de início de anticon-cepcional ≤16 anos, tempo de uso de anticoncepcional ≥10 anos, nuliparidade, ter o primeiro filho com mais de 30 anos, idade da menopausa ≥51 anos, uso de hormônio

pós-menopausa ≥5 anos, história de câncer de mama na família. Os fatores de risco maiores são: história de câncer de mama em familiar de 1º grau, câncer de mama bilate-ral, câncer de mama em homem, câncer de mama em 3 ou mais familiares, câncer de mama e ovário, câncer de mama e cólon. Resultados: Das 647 pacientes incluídas, apenas 391 retornaram com o resultado da MMG. Destas, 343 apresentaram MMG com achados benignos ou pro-vavelmente benignos, sendo que 123 (35%) são PR. Oito apresentaram MMG com achados suspeitos, sendo que duas (37,5%) dessas são PR e 40 mulheres apresentaram MMG inconclusiva, necessitando de exame complemen-tar; destas, 16 (40%) são PR. A análise dos percentuais não mostrou diferença entre os grupos. Conclusões: Ainda é prematuro concluir que a avaliação dos fatores de risco para o câncer de mama não seja importante como tria-gem inicial, principalmente para pacientes mais jovens. Nossos dados, ainda parciais, apontam para a igualdade da correlação entre MMX e PR..

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VALOR DA MAMOGRAFIA E DO EXAME CLÍNICO EM AMOSTRA POPULACIONAL DE XANGRI-LÁValor da mamografia e do exame clínico em amostra po-pulacional de Xangri-Lá. Autores: Goi Junior CJ, Xavier NL, Canterji MB, Poltronieri LR. Introdução: O câncer de mama é um problema de saúde pública. Estima-se que 3,5% irão morrer vítimas da doença. Os métodos de rastreamento do câncer de mama são a mamografia(MMG), o exame clí-nico das mamas(ECM) e o auto-exame das mamas(AEM). Estudos demonstraram uma redução da mortalidade em mulheres entre 50-74 anos de idade com a realização anual de MMG, associada ou não ao exame físico realiza-do pelo médico, como método de rastreamento. Objeti-vos: Comparar sensibilidade (S), especificidade (E), valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) do exame clínico das mamas e da mamografia isolados e

juntos, em amostra populacional de Xangri-lá. Métodos: Foram incluídas prospectivamente, de março de 2008 até 31/07/2009, 625 mulheres que fizeram ECM e MMX nos postos do programa de saúde da família (PSF) de Xangri-Lá, para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Todas responderam ao questionário com variáves epidemioló-gicas e assinaram o consentimento informado. É um es-tudo caso e controle. Caracterizou-se como caso, as pa-cientes de risco (PR) para o desenvolvimento do câncer de mama, aquelas com 3 fatores de risco menores(FRMe) ou 1 fator de risco maior(FRMa). Os FRMe são: índice de massa corporal, menarca precoce (≤11 anos), idade de início de anticoncepcional ≤16 anos, tempo de uso de anticoncepcional ≥10 anos, nuliparidade, ter o primei-ro filho com mais de 30 anos, idade da menopausa ≥51 anos, uso de hormônio pós-menopausa ≥5 anos, história de câncer de mama na família. Os FRMa são: história de câncer de mama em familiar de 1º grau, câncer de mama bilateral, câncer de mama em homem, câncer de mama em 3 ou mais familiares, câncer de mama e ovário, câncer

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de mama e cólon. Controle são as que não preenchem os critérios de risco. Através do programa epiinfo6 foi feita a análise dos dados, sendo que até o momento apenas 391 pacientes retornaram com a MMG. Para caracterizar todo grupo avaliamos a idade e o índice de massa cor-poral (IMC). Analisamos separadamente os resultados da MMG e do ECM e os dois métodos associados. Resultados: A idade média das 625 pacientes é 48,4 anos, com extre-mos de 20 e 82 anos, e o IMC médio é 28,8 Kg/m² com extremos de 17 e 51. A avaliação de VPP, VPN, S e E foram respectivamente, para a MMG e para ECM, os seguintes, conforme tabela a seguir: VPP VPN S E MMG 11,7% 87,3% 37,5% 60,3% ECM 14,9% 86,5% 41,8% 61,0% MMG + ECM 27,0% 87,7% 23,6% 89,6% A análise dos percentuais con-firmou estatisticamente que o VPP (P=0,00) e a E (P=0,00) são mais adequados, quando os métodos são utilizados associados. Conclusões: A MMG e o ECM mostraram re-sultados similares, no entanto MMG + ECM mostrou VPP e E melhores, indicando o uso dos dois exames para o diag-nóstico precoce.

PROGRAMA EDUCACIONAL DE PREVENÇÃO DA RETINOPATIA DIABÉTICA- PRORED/2009Introdução: O Diabetes Mellitus é uma doença de alta pre-valência em nosso meio. Entretanto, a população desco-nhece a retinopatia diabética, uma das principais causas de cegueira em nosso Estado. Ademais, os profissionais de saúde de nosso estado estão pouco familiarizados com a prevenção e manejo desta doença. A retinopatia diabética pode ser prevenida, sendo a informação a principal arma na prevenção. O projeto realiza atendimento a pacientes diabéticos em suas comunidades e ministra cursos e pa-lestras a pacientes e profissionais de saúde objetivando prevenir e, quando necessário, encaminhar os pacientes portadores de retinopatia diebética para um serviço es-pecializado. Desenvolvimento: O projeto reúne um gran-de grupo de acadêmicos que se auxiliam na organização

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do projeto, sendo todos voluntários. Esta equipe realiza eventos, sendo a maioria viagens ao interior do Estado e inserções nos postos de saúde da região metropolitana de Porto Alegre , nos quais o aluno atende um paciente de determinada comunidade – geralmente às margens de adequada assistência à saúde - realizando avaliação clínico-endocrinológica que consta de anamnese e exa-me físico dirigidos às complicações do Diabetes Mellitus, tipo e duração do diabetes, medicação usada, valores do hemoglicoteste (HGT) e índice de massa corporal (IMC), além do teste da acuidade visual com Tabela de Snellen. Após, em todos os pacientes é realizado o exame de fun-do de olho sob dilatação pupilar, que é supervisionado pelo professor. Os pacientes com Retinopatia Diabética avançada e que necessitam de tratamento são encami-nhados ao HCPA. São proferidas palestras à população atendida, a profissionais de saúde e educadores. Aos alu-nos participantes do projeto são proferidas aulas na vés-pera dos eventos para ensinar ou relembrar a técnica de fundoscopia e medida da acuidade visual, além de serem

abordados aspectos teóricos do Diabetes Mellitus e suas complicações oculares. Em suma, nosso trabalho é essen-cialmente feito como uma parceria entre os acadêmicos de medicina e os professores e residentes do serviço de oftalmologia do HCPA. Buscamos, de maneira clara e con-cisa, informar a fim de evitar o surgimento da doença em pacientes diabéticos. Quando diagnosticamos casos de re-tinopatia diabética, prontamente encaminhamos a algum serviço especializado. Conclusão: O projeto tem como ali-cerce a vontade de os acadêmicos de medicina transmiti-rem seus conhecimentos e ajudarem a diagnosticar uma enfermidade de grande gravidade no nosso meio.

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PROGRAMA EDUCACIONAL DE PREVENÇÃO DA RETINOPATIA DIABÉTICA- PRORED/2009 Introdução: O Diabetes Mellitus é uma doença de alta prevalência em nosso meio. Entretanto, a população des-conhece a retinopatia diabética, uma das principais cau-sas de cegueira em nosso Estado. Ademais, os profissio-nais de saúde de nosso estado estão pouco familiarizados com a prevenção e manejo desta doença. A retinopatia diabética pode ser prevenida, sendo a informação a prin-cipal arma na prevenção. O projeto realiza atendimento a pacientes diabéticos em suas comunidades e ministra cursos e palestras a pacientes e profissionais de saúde objetivando prevenir e, quando necessário, encaminhar os pacientes portadores de retinopatia diebética para um serviço especializado. Desenvolvimento: O projeto reúne um grande grupo de acadêmicos que se auxiliam

na organização do projeto, sendo todos voluntários. Esta equipe realiza eventos, sendo a maioria viagens ao in-terior do Estado e inserções nos postos de saúde da re-gião metropolitana de Porto Alegre , nos quais o aluno atende um paciente de determinada comunidade – ge-ralmente às margens de adequada assistência à saúde - realizando avaliação clínico-endocrinológica que consta de anamnese e exame físico dirigidos às complicações do Diabetes Mellitus, tipo e duração do diabetes, medi-cação usada, valores do hemoglicoteste (HGT) e índice de massa corporal (IMC), além do teste da acuidade vi-sual com Tabela de Snellen. Após, em todos os pacientes é realizado o exame de fundo de olho sob dilatação pu-pilar, que é supervisionado pelo professor. Os pacientes com Retinopatia Diabética avançada e que necessitam de tratamento são encaminhados ao HCPA. São profe-ridas palestras à população atendida, a profissionais de saúde e educadores. Aos alunos participantes do projeto são proferidas aulas na véspera dos eventos para ensinar ou relembrar a técnica de fundoscopia e medida da acui-

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dade visual, além de serem abordados aspectos teóricos do Diabetes Mellitus e suas complicações oculares. Em suma, nosso trabalho é essencialmente feito como uma parceria entre os acadêmicos de medicina e os profes-sores e residentes do serviço de oftalmologia do HCPA. Buscamos, de maneira clara e concisa, informar a fim de evitar o surgimento da doença em pacientes diabéticos. Quando diagnosticamos casos de retinopatia diabética, prontamente encaminhamos a algum serviço especiali-zado. Portanto, o projeto tem como alicerce a vontade de os acadêmicos de medicina transmitirem seus conheci-mentos e ajudarem a diagnosticar uma enfermidade de grande gravidade no nosso meio. Conclusão: O PRORED vem tendo maior êxito em cumprir seus compromissos firmados com a UFRGS e com as comunidades carentes. Através desse programa extramuros, centenas de casos cegueira irreversível foram evitados. Ademais, aos estu-dantes de medicina foi possibilitada uma oportunidade peculiar a qual permite um pleno exercício da profissão médica associada à responsabilidade social.

PROJETO COMUNITÁRIO-UNI-VERSITÁRIO DE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA - PRÓ-VISÃO/2009

Introdução: Projeto que realiza eventos, sendo em sua maioria viagens ao interior do Estado do Rio Grande do Sul, nos quais são realizados atendimento oftalmológico básico por um grupo de acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul supervisionados por um Pro-fessor de Medicina, em forma de mutirão. Desenvolvimen-to: O projeto tem o objetivo de identificar os pacientes com Cegueira Legal, ou seja, visão igual ou menor que 20/200 da Tabela de Snellen no melhor olho, e nos quais a causa desta condição é potencialmente tratável. Estes pacientes são encaminhados a serviços especializados para posterior tratamento. O projeto participa de eventos científicos, apre-sentando suas ações e a casuística de cada evento-atendi-mento realizado. Aos acadêmicos da área da saúde é pos-

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sibilitada a prática da oftalmologia preventiva e o exercício da cidadania. Conclusão: O PRÓ-VISÃO vem tendo cada vez mais êxito, de forma que concilia o ensino da medicina hu-manística com a prática “in loco” da cidadania, efetivando uma ótima relação entre os alunos da faculdade e os mem-bros da comunidade. Com quase 20 mil pacientes triados, o projeto fomenta nos estudantes da UFRGS a busca pelo conhecimento socialmente responsável e o constante apri-moramento da relação médico-paciente.

PROJETO COMUNITÁRIO-UNI-VERSITÁRIO DE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA - PRÓ-VISÃO/2009 Introdução: Projeto que realiza eventos, sendo em sua maioria viagens ao interior do Estado do Rio Grande do Sul, nos quais são realizados atendimento oftalmológi-co básico por um grupo de acadêmicos de medicina da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul supervisiona-dos por um Professor de Medicina, em forma de mutirão. Desenvolvimento: O projeto tem o objetivo de identificar os pacientes com Cegueira Legal, ou seja, visão igual ou menor que 20/200 da Tabela de Snellen no melhor olho, e nos quais a causa desta condição é potencialmente tratá-vel. Estes pacientes são encaminhados a serviços especia-lizados para posterior tratamento. O projeto participa de eventos científicos, apresentando suas ações e a casuísti-ca de cada evento-atendimento realizado. Aos acadêmi-cos da área da saúde é possibilitada a prática da oftalmo-logia preventiva e o exercício da cidadania. Conclusão: O PRÓ-VISÃO vem tendo cada vez mais êxito, de forma que concilia o ensino da medicina humanística com a prática “in loco” da cidadania, efetivando uma ótima relação en-tre os alunos da faculdade e os membros da comunidade. Com quase 20 mil pacientes triados, o projeto fomenta nos estudantes da UFRGS a busca pelo conhecimento so-cialmente responsável e o constante aprimoramento da relação médico-paciente.

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