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SESSÕES CORDENADAS Sessão 21

Sessões Coordenadas

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sessões coordenadas - décimo salão de extensão

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ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE PACIENTES COM INSUFICIÊN-CIA CARDÍACA POR ACADÊMICOS DE MEDICINAA insuficiência cardíaca (IC) é um problema de saúde pú-blica, sendo uma das principais causas de morte e inter-nações hospitalares no Brasil e no mundo, sobretudo em idosos. Por essas razões, seu custo social é elevado, cons-tituindo-se assim importante alvo para alocação de recur-sos para pesquisa e assistência médicas. Pacientes com IC necessitam de acompanhamento contínuo para exames e tratamento, visando ao aumento de sobrevida e à melho-ra na qualidade de vida. No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), esse acompanhamento é feito de maneira especializada em ambulatório específico de IC, o qual é coordenado por cardiologistas professores da Faculdade de Medicina da UFRGS, através do Grupo de Insuficiência

Cardíaca e Transplante. Os objetivos desse trabalho de ex-tensão são (1) prestar assistência médica a essa população de portadores de IC, objetivando otimizar seu tratamento farmacológico e não farmacológico, no intuito de reduzir desfechos clínicos negativos e, simultaneamente, (2) expor o bolsista à rotina da prática médica ao torná-lo parte inte-grante da equipe assistente dos pacientes portadores de IC no ambulatório. O ambulatório de IC atende cerca de vinte pacientes de todo o estado do Rio Grande do Sul a cada se-mana. O atendimento realizado no consultório é feito dire-tamente por acadêmicos de medicina (do 5º ao 9º semestre da graduação) em cinco salas do HCPA. No consultório, são realizados entrevista focada e exame físico, procurando-se identificar sintomas ou sinais que indiquem o estado clí-nico dos pacientes. Exames complementares também são analisados. Após o atendimento inicial, os alunos discutem os casos com os orientadores para, em conjunto, decidirem a conduta para cada paciente. Essa atividade proporciona o desenvolvimento de raciocínio diagnóstico-terapêutico, o acompanhamento dos pacientes a longo prazo, além de

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inserir o aluno em um ambiente de trabalho multidiscipli-nar, juntamente com as áreas de enfermagem e nutrição. Além da assistência médica, os bolsistas também são ex-postos a atividades teóricas e de pesquisa relacionadas à IC, que ocorrem paralelamente ao ambulatório. Os alu-nos participam de uma reunião semanal, onde é realizada apresentação de seminários sobre temas relacionados à IC, abordando-se principalmente revisões de literatura e lei-tura crítica de artigos científicos. Os assuntos são apresen-tados na forma de palestra pelos acadêmicos e, posterior-mente, é realizada discussão sobre o tema exposto com os professores. A partir de uma escala pré-definida, os alunos revezam-se no papel de palestrante a cada semana, desen-volvendo, nessa atividade, habilidades de expressão em público, clareza didática, responsabilidade de apresentar dados científicos e responder a questionamentos teóricos. Outro braço importante do grupo é a pesquisa. Os bolsis-tas participam de todas as etapas do processo investiga-tório: seleção de pacientes durante as consultas; inclusão de informações em bancos de dados e análise posterior

destes; revisão de literatura; descrição dos resultados e sua apresentação através de pôsteres ou artigos científicos. A elaboração desses trabalhos frequentemente resulta em apresentações dos mesmos em salões de iniciação científi-ca e congressos, sendo muito estimuladas as participações nesses eventos. Um exemplo de trabalho que resultou em apresentação em congresso foi sobre a hipertensão arte-rial pulmonar (HAP) na IC. A HAP é frequentemente iden-tificada em pacientes com IC, sendo que essa associação em implicação prognóstica adversa, particularmente nos pacientes com disfunção sistólica. Sabe-se pouco sobre prevalência e impacto clínico da HAP na IC com fração de ejeção preservada (FEp). Para avaliar isso, pesquisou-se pacientes com IC e FEp internados no HCPA por IC des-compensada, avaliando a sua prevalência e implicações prognósticas. Concluiu-se que HAP relaciona-se com pior prognóstico intra-hospitalar nesses pacientes, principal-mente nos com FEp, sendo a HAP um alvo para o tratamen-to da IC nesses pacientes. Resultados: o ambulatório de IC acompanha mais de 400 pacientes portadores da doença,

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gerando benefício a essa população. Os pacientes em sua quase totalidade tiveram seus dados incluídos em banco de dados que geram substrato para formulação de hipó-teses para pesquisas e mesmo conclusões sobre achados clínicos nesse grupo de pacientes. A prestação de serviço é contínua, sendo esse ambulatório a referência para esse grupo de pacientes dentro do HCPA. Durante esse ano, fo-ram realizados diversos pôsteres e apresentações orais em congressos estaduais e nacionais. Existem também artigos científicos sendo produzidos, sendo que um aguarda pu-blicação em revista nacional, já tendo sido aceito pelo peri-ódico. Conclusões: os pacientes com IC atendidos no HCPA são semelhantes aos abordados na literatura internacional, imperando como dificuldade adicional no tratamento a baixa renda econômica média dessa população, condizen-te com a população geral atendida no HCPA. A IC é uma doença debilitante, que se associa com diversas outras co-morbidades, gerando uma diminuição substancial na qua-lidade de vida dos pacientes, assim como uma redução na sua expectativa de vida. Visto isso, conclui-se que a expo-

sição a esse grupo de pacientes através do atendimento médico, apoiado por atividades teóricas e de pesquisa, é de extrema valia para o desenvolvimento profissional e pessoal dos alunos.

VIGILÂNCIA NUTRICIONAL EM SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE: ARTICULAÇÃO DO ENSINO, PES-QUISA E EXTENSÃOIntrodução: O Laboratório de Avaliação Nutricional (LAN) desenvolve atividades de monitoramento do estado nu-tricional dos usuários do serviço de saúde pertencentes à área de abrangência da UBS Santa Cecília. Além disso, realiza capacitações de profissionais e técnicos das equi-pes de saúde ligados à Estratégia Saúde da Família dos

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municípios de abrangência da 1ª Coordenadora Regional de Saúde do RS. Da mesma forma, o LAN é um espaço que pretende contribuir com a formação de nutricionis-tas voltados para a atuação no Sistema Único de Saúde, uma vez que as Diretrizes Nacionais dos Cursos de Gra-duação em Nutrição, que norteiam a formação dos pro-fissionais de Nutrição, levam em conta as necessidades sociais da saúde e enfatizam o Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Descrever as atividades desenvolvidas no LAN no período de Julho de 2008 a Agosto de 2009. Me-todologia: As seguintes atividades foram desenvolvidas: Capacitações em técnicas antropométricas a profissio-nais que atuam nas unidades básicas de saúde dos muni-cípios da área de abrangência da 1ª CRS, através de aulas teóricas e práticas, nas quais são demonstradas as téc-nicas antropometricas para os diferentes ciclos de vida; operacionalização do sistema de vigilância alimentar e nutricional (SISVAN) e exercício da vigilância nutricional dos pacientes atendidos no acolhimento da UBS Santa Cecília, utilizando como meios a aferição de peso, de altu-

ra e de circunferência da cintura, conforme preconizado pela OMS (2003); acompanhamento da agenda de com-promissos das famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família. Resultados: Foram realizadas 6 capacitações em técnicas antropométricas com total de 185 profissionais treinados, sendo 66,4% agentes comunitários de saúde, 25,4% profissionais de enfermagem,4,32% nutricionista e 3,78% outros profissionais. Além disso, o total 810 indiví-duos foram avaliados na UBS Santa Cecília até o presente momento. Conclusão: O LAN é um espaço que contribui para a atuação prática dos graduandos em Nutrição, per-mitindo a obtenção de conhecimento e multiplicação desse, através da experiência na realização das capacita-ções. Além disso, o desenvolvimento das práticas das téc-nicas antropométricas, realizadas no LAN, e da correlação entre os dados obtidos e o perfil nutricional dos pacien-tes atendidos é possível delinear ações de saúde dentro do SUS, tanto solucionadoras quanto preventivas, no in-tuito de promoção da saúde.

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CUIDANDO DE NOSSAS CRIANÇAS – ORIENTAÇÕES PARA OS PROFIS-SIONAIS DE CRECHES E ESCOLAS.Com muita freqüência, crianças são acometidas por pe-quenos acidentes, os quais são responsáveis por lesões traumáticas como escoriações, ferimentos cortantes, con-tusos, perfurantes e lacerantes que geram preocupação e dúvidas nos pais e cuidadores. Apesar do tratamento ade-quado em ambiente hospitalar, muitas vezes os pacientes são prejudicados pelo manejo pré ou pós-hospitalares inadequados. Isso ocorre devido à carência de informa-ções sobre os cuidados iniciais adequados a serem toma-dos para a boa evolução e cicatrização dos ferimentos. Tendo em vista a prevalência de tais lesões, é importante que pais, e cuidadores em geral, saibam quando devem encaminhar as crianças a um centro médico, e tenham noções de como proporcionar uma boa evolução sem complicações. Por outro lado, considerando a sobrecar-

ga do sistema único de saúde, é essencial que nos casos sem necessidades de cuidados médicos, os cuidadores sintam-se seguros para manejar adequadamente em seus respectivos locais; uma vez que, havendo dúvida de como proceder, por menor que seja o ferimento, a busca por um centro de atenção à saúde está indicada. Nesse contexto, é essencial que os cuidadores recebam infor-mações precisas e consistentes, e os graduandos de me-dicina, com o devido treinamento, podem auxiliar nessa tarefa através desse projeto de extensão. O objetivo geral consiste em instruir pais e cuidadores de crianças a ma-nejar os ferimentos mais comuns de crianças, dentro da faixa etária da instituição, de forma condizente com a lite-ratura médica corrente. De forma específica, objetivamos: 1) orientar o manejo primário adequado de escoriações, ferimentos cortocontusos, cortantes, lacerantes; 2) ins-truir o cuidador na técnica adequada de higienização de ferimentos e a sua devida importância; 3) orientar cuida-dores e pais para evitar que crianças menores de 5 anos ingiram como alimento ou coloquem na bolsa alimentos

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sólidos, tais como vegetais (amendoins, nozes) ou brin-quedos pequenos, a fim de evitar a possibilidade de as-piração pulmonar deste material. Os alunos participantes desse projeto ministrarão palestras de forma expositiva teórica e prática em creches e escolas públicas e privadas de Porto Alegre, abordando o tema para os pais e cuida-dores de crianças, enfocando a importância do manejo adequado na prevenção de complicações. Serão forneci-dos dados estatísticos, fotografias das principais lesões, exemplos de complicações e formas de como evitá-las. Serão preparadas aulas expositivas e interativas com si-mulações de situações freqüentes, demonstrando os as-pectos teóricos do manejo de lesões, como escoriações, ferimentos corto-contusos, lácero-contusos e aspiração de corpos estranhos, entre outros. A importância dos cuidados de higiene e antissepsia será enfatizada, sen-do correlacionada com incidência de infecções e outras complicações. Além disso, também serão abordadas as situações em que o paciente precisará ser encaminhado para centros especializados. Para esses casos, haverá tam-

bém aulas expositivas e práticas, simulando as ocorrên-cias mais prevalentes e o devido manejo inicial adequado antes do paciente chegar ao atendimento especializado. Os cuidadores receberão uma cartilha contendo os prin-cipais tópicos do assunto e sítios confiáveis na internet para consulta. Essa é a primeira edição desse projeto e, por isso, foi dividido em duas fases principais conforme os semestres de 2009. No primeiro semestre foram enfo-cadas a revisão teórica e a confecção dos materiais didá-dicos, bem como a seleção das instituições a serem visi-tadas. No segundo semestre serão realizadas as visitas, além da contínua revisão dos material e da literatura.

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ALIMENTAÇÃO INTELIGENTE NA COMUNIDADEA Segurança Alimentar e Nutricional é a garantia do di-reito de todos ao acesso a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente, com base em práticas alimentares saudáveis. Sabendo-se que a nutrição tem um papel definitivo na qualidade da saúde de uma população. O projeto Alimentação Inteli-gente na Comunidade desenvolvido pelo Curso de Nu-trição da URCAMP tem o objetivo de conscientizar a po-pulação para hábitos alimentares saudáveis, mostrando a importância da utilização de alimentos funcionais e ensinando a utilização de alimentos de forma integral. A metodologia utilizada é a divulgação da alimentação funcional à comunidade através de orientações em su-permercados, restaurantes industriais e comerciais, pra-ças da cidade, centro do idoso. Os bolsistas do projeto confeccionam suco funcional, distribuem folder e expli-

cam a importância da utilização destes alimentos nas refeições diárias. No Centro do Idoso foram realizadas palestras semanais sobre Alimentação na Terceira Ida-de, onde ocorreram oficinas de Aproveitamento Inte-gral de Alimentos e utilização de alimentos funcionais. Conclui-se que a alimentação adequada é prioridade do projeto, a meta é conscientizar um maior número de pessoas para que redescubram o prazer de se alimentar com saúde, onde atividades próprias da culinária pos-sam internalizar as mudanças de hábitos com utilização de alimentos com potencial nutritivo e que melhorem a qualidade de vida das pessoas.

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RESGATE DO CONHECIMENTO SOBRE O USO DE PLANTAS ME-DICINAIS IO conhecimento popular sobre plantas medicinais tem sido perdido ou deturpado, o que parece estar relaciona-do com a intensa pressão antrópica sobre os ecossiste-mas, a destruição de extensas áreas verdes, além da perda da cultura e das tradições das comunidades que habitam estas áreas. Esse trabalho realizado com alunos de ensino fundamental e médio é importante, já que a população jovem parece ser mais suscetível à desvalorização destes conhecimentos devido à influência da globalização cul-tural. Levantamentos de conhecimento popular podem resgatar informações sobre plantas medicinais, incen-tivando o uso e fixando o conhecimento. O nosso obje-tivo foi promover o resgate do conhecimento popular sobre plantas medicinais. Alunos de ensino fundamental

(a partir da quinta série) e médio de escolas públicas e particulares aplicaram um questionário semi-estruturado aos seus ascendentes. O questionário incluiu questões sobre as plantas utilizadas, forma de preparo e utilização, substituição de medicamentos por plantas e noções de toxicidade. Os participantes, alunos e os entrevistados, responderam questões sobre a satisfação ao preencher o questionário. Além de que, os questionários aplicados em 2007 e 2008 foram reanalisados. Cerca de 70% dos alunos responderam que aprenderam sobre plantas medicinais aplicando o questionário, enquanto aproximadamente 30% consideraram não ter aprendido ou não responde-ram. 90% relataram que sempre confiaram no efeito de plantas medicinais. Aproximadamente 50% dos partici-pantes consideraram as plantas medicinais naturais e não tóxicas e 90% dos participantes ficaram satisfeitos ao res-ponder e aplicar o questionário. Analisando a opinião dos alunos através de uma questão descritiva, observamos que o nosso objetivo de resgate está sendo alcançado. Foram consideradas possibilidades do uso de plantas a

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baixo custo em substituição aos medicamentos conven-cionais pelos alunos e a importância da validação do uso de plantas medicinais, demonstrando eficácia e segu-rança. MRC (2ª série do ensino médio) relatou que: “Acho muito bom para ter idéia do conhecimento das pessoas sobre o assunto. Seria interessante que os benefícios das plantas medicinais fossem mais divulgados, principal-mente entre pessoas de baixo poder aquisitivo, já que está tão difícil e caro tratamentos com remédios e talvez as plantas pudessem ajudar, pois são naturais e mais ba-ratas.” Ações neste contexto podem auxiliar no resgate do conhecimento e na integração dos conhecimentos cien-tífico e popular sobre plantas medicinais.

RESGATE DO CONHECIMENTO SO-BRE O USO DE PLANTAS MEDICI-NAIS IIO conhecimento popular sobre plantas medicinais tem sido perdido ou deturpado. A população jovem parece ser mais suscetível à desvalorização destes conhecimen-tos. Levantamentos de conhecimento popular podem resgatar informações sobre plantas medicinais, incenti-vando o uso e fixando o conhecimento. O nosso objetivo foi promover o resgate do conhecimento popular sobre plantas medicinais. Alunos de ensino fundamental (a par-tir da quinta série) e médio de escolas públicas e parti-culares aplicaram um questionário semi-estruturado aos seus ascendentes. O questionário incluiu questões sobre plantas utilizadas, procedência, forma de preparo e utili-zação, indicação, freqüência de uso, observação de eficá-cia, forma de aprendizado, substituição de medicamen-tos por plantas e noções de toxicidade. O questionário foi aplicado em escolas de Porto Alegre, Caxias do Sul, São

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Gabriel e Santa Cruz do Sul. Foi relatada uma média de 41 plantas em escolas do interior do Estado e 22,5 plantas em escolas de Porto Alegre, demonstrando uma maior di-versidade de plantas utilizadas nas cidades do interior. In-teressante ressaltar que alguns alunos demonstraram pre-ocupação com a necessidade da validação científica, em questão aberta um aluno do 3º ano do ensino médio es-creveu sobre o questionário: “Muito interativo, descobre-se mais peculiaridade do conhecimento popular sobre plantas medicinais. Continuem se dedicando a estudos como esse, pois valorizam os conhecimentos empíricos que precisam da confirmação científica. Bom trabalho, estudem bastante! Sua profissão tem significativa impor-tância social.”). As plantas mais citadas nos questionários foram macela (Achyrocline satureioides), boldo (Plectran-thus barbatus, Plectranthus neochilus), cidreira (Aloysia citrodora), malva (Malva sylvestris) e camomila (Matrica-ria chamomilla). Foi realizada uma revisão bibliográfica (sites de referência PubMed, Web of Science e Scopus) dessas plantas. Foi constatado um pequeno número de

trabalhos envolvendo essas plantas, das seis plantas pes-quisadas apenas camomila obteve mais de 100 citações (313 no site Scopus). O boldo (Plectranthus neochilus) na consulta apresentou apenas dois trabalhos publicados, e a cidreira (Aloysia citrodora) obteve apenas quatro re-ferências na literatura científica. O insignificante número de referências encontradas de espécies amplamente uti-lizadas pela população demonstra a necessidade de mais estudos sobre plantas medicinais que demonstrem sua eficácia e segurança a fim de validar seu uso na medicina popular. Analisando a opinião dos alunos através de uma questão descritiva sobre este trabalho, observamos que o nosso principal objetivo, resgatar o conhecimento popu-lar sobre plantas medicinais, está sendo alcançado. BPT (2ª série do ensino médio) descreveu que: “Achei muito interessante, pois antes de realizar essa entrevista não co-nhecia essas plantas medicinais e não acreditava em seus efeitos.” Assim, a ação pode estar amparando a fixação do conhecimento local.

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AÇÕES DA NUTRIÇÃO NA SEMANA DA ALIMENTAÇÃO 2008Introdução: Há 29 anos, no dia 16 de outubro, cerca de 150 países celebram o Dia Mundial da Alimentação. É uma oportunidade para que reflitam sobre a Segurança Alimentar e Nutricional, num momento em que, segun-do a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cerca de 923 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo. A data de 16 de outu-bro foi escolhida como Dia Mundial da Alimentação por-que neste dia, em 1945, foi criada a FAO, cujo objetivo é elevar os níveis de nutrição e desenvolvimento rural. No Brasil, a celebração do Dia Mundial foi ampliada para “Semana da Alimentação” e objetiva estimular a refle-xão e o debate sobre temas propostos. O tema definido pela FAO para 2008 foi “Segurança Alimentar Mundial: Os Desafios das Mudanças Climáticas e da Bioenergia”. Entidades da sociedade civil, instituições públicas e

privadas, ministérios, governos estaduais e administra-ções municipais promoveram iniciativas relacionadas ao tema. Desde 1981, reconhecendo a importância do Direito Humano à Alimentação Adequada e da Seguran-ça Alimentar e Nutricional Sustentável (SANS), estes ór-gãos se reúnem para celebrar no Rio Grande do Sul (RS) esta data. O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) é o responsável por estimular e divulgar a realização de atividades. O CONSEA-RS, a Ação da Cidadania RS, a Emater/RS-Ascar e a Secretaria da Justiça e Desenvolvimento Social foram os promoto-res da Semana da Alimentação em 2008, que ocorreu no período de 13 a 19 de outubro em Porto Alegre e nos demais Municípios gaúchos. A Semana da Alimentação abriga tanto a temática estabelecida pela FAO quanto a formação de massa crítica a respeito da qualidade de vida da população em termos de alimentação e nutrição e o encaminhamento de políticas públicas. Com esses propósitos, as Semanas da Alimentação realizadas têm propiciado aperfeiçoamento na atuação e mobilização

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de pessoas e entidades que se dedicam à alimenta-ção e nutrição, especialmente no que tange ao acesso, à qualidade dos alimentos e à educação nutricional. Constituem-se objetivos desta Semana: Celebrar o Dia Mundial da Alimentação, proporcionando um espaço de estudo, diálogo, apresentação de temáticas e incentivo às ações concretas, segundo os princípios e diretrizes da SANS; Oportunizar reflexões, debates e encaminha-mentos sobre o tema estabelecido pela FAO; e congre-gar pessoas e entidades no RS que atuem em progra-mas e atividades relacionadas com a SANS. O curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), numa parceria entre a Coordenação, o Centro Acadêmico de Nutrição Pedro Escudero (CANPE), o Cen-tro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANE UFRGS), acadêmicos e docentes planejou e re-alizou atividades durante a Semana da Alimentação em 2008. Objetivo Geral: Atender aos objetivos da Semana da Alimentação 2008 divulgando seu tema aos acadêmi-cos, professores do curso e à população geral, orientan-

do a cerca da alimentação saudável e sua relação com o meio ambiente. Objetivos Específicos: Estimular ações solidárias na campanha de doação de alimentos, com conscientização dos alunos, professores e funcionários da Universidade; Divulgar a Graduação em Nutrição da UFRGS e o CECANE UFRGS; Promover atividades educa-tivas quanto ao consumo de óleos (boas fontes, tipos, quantidade adequada, etc) e reciclagem do óleo de co-zinha (descarte adequado) para a população; Participar das atividades promovidas em conjunto com a Coorde-nadoria de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentá-vel de Porto Alegre (COSANS) e o Conselho Regional de Nutricionistas (CRN2); Orientar freqüentadores do Mer-cado Público de Porto Alegre sobre Alimentos Funcio-nais; Metodologia: A equipe de trabalho foi composta por 2 professoras e 3 acadêmicas do curso de Nutrição da UFRGS, além de contar com 9 colaboradoras na eta-pa de execução. Diversas atividades foram desenvolvi-das em comemoração à Semana da Alimentação, dentre elas: • Doação de Alimentos: Realizada no período de 03

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a 17 de Outubro no Restaurante Universitário do Cam-pus da Saúde e na Faculdade de Medicina da UFRGS. Foram disponibilizadas caixas coletoras para arrecada-ção de alimentos não perecíveis e posterior doação às cozinhas comunitárias de Porto Alegre. • Simpósio: Re-alizado no dia 14 de Outubro das 9h às 20h no Salão de Atos UFRGS. Em conjunto com o CECANE e a COSANS a programação contou com apresentação de peça tea-tral adulta e infantil, mostra de fotos e vídeos, debate sobre o tema da Semana com pesquisadores e palestras. • Orientações no Mercado Público: Realizada no dia 17 de Outubro das 9hs às 13hs no Mercado Público de Por-to Alegre. Acadêmicos e professoras divulgaram o curso de Nutrição da UFRGS, o CECANE UFRGS e deram orien-tações sobre Alimentos Funcionais aos freqüentadores. Esta divulgação/orientação foi feita através da entrega de folders, disposição de banners e explicações dialoga-das. Um folder específico sobre o assunto foi elaborado e distribuído. • Participação na Praça da Alimentação – FEIRA DE SAÚDE: Atividade realizada no dia 19 de Outu-

bro (Domingo) das 09hs às 15hs no Parque Farroupilha de Porto Alegre (Redenção) em conjunto com o CRN2, a Associação Gaúcha de Nutrição (AGAN), Instituições de Ensino Superior (UFRGS, IPA, UFCSPA) e outras entida-des. Os grupos foram dispostos em estandes que abor-daram os “10 passos para uma alimentação saudável” do Ministério da Saúde (MS). Houve distribuição de “Guias Alimentares – Como ter uma alimentação saudável” do MS, folders e material educativo. Com a responsabilida-de de falar sobre o passo número 6 “Consuma, no máxi-mo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gordura trans” a equipe da UFRGS elaborou um folder com orien-tações gerais sobre o consumo de óleos, boas fontes, tipos de gordura, etc. Para abordar o tema mundial, o público recebeu orientações e folders sobre o progra-ma de reciclagem do óleo de cozinha do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) da Prefeitura Mu-nicipal de Porto Alegre – informações, postos de coleta,

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etc. Além disso, o Curso de Nutrição da UFRGS e o CECA-NE UFRGS foram divulgados com entrega de material. Resultados: As atividades contaram com a participação da população geral, acadêmicos, professores e demais interessados. Além disso, tiveram uma ótima aceitação e cumpriram os objetivos propostos. Conclusões: As ações da Nutrição na Semana da Alimentação em 2008 consti-tuíram-se de um instrumento de troca de experiências e aprendizados entre todas as entidades envolvidas. Além disso, atividades junto à comunidade possibilitaram ao público externo esclarecimento de dúvidas quanto à sua alimentação, além da divulgação de atividades aca-dêmicas do curso de Nutrição e a promoção de uma ali-mentação saudável.

AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚ-DE PARA IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIAIntrodução: O Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003) preconiza a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas voltadas à população idosa e a capacitação adequada dos profissionais de saúde para o atendimento das necessida-des deste segmento populacional. Neste contexto, mode-los de promoção da saúde que permitam a compreensão da morbidade pelos idosos, de modo que estes desenvol-vam o processo de empoderamento, tornam-se importan-tes na medida em que favorecem os idosos ao controle de sua própria saúde, melhorando, assim, a sua qualidade de vida. Desta forma, os profissionais da saúde, tendo a preo-cupação em atender as necessidades básicas da popula-ção idosa, devem centrar suas atividades na educação para a saúde e no ‘cuidar’, com o intuito de estimular esta popu-

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lação para a autonomia e a busca pela felicidade. Objetivo: Desenvolver ações de educação em saúde que promovam maior entendimento do processo do envelhecimento e uma valorização do idoso como cidadão. Material e Méto-dos: Este projeto de extensão envolveu docentes e discen-tes dos cursos de graduação de enfermagem e fisioterapia de uma instituição federal de ensino superior e idosos de clubes de convivência (n= 32 / 29 mulheres), sendo realiza-do de março a junho de 2009. Encontros quinzenais (2ho-ras/cada), entre os discentes da referida instituição e os idosos, foram organizados sob a supervisão dos docentes responsáveis pelo projeto. Os temas abordados foram per-tinentes às demandas dos idosos, tais como: acessibilidade, doenças crônicas não-transmissíveis, primeiros socorros, sexualidade, hábitos de vida saudável, aspectos psicosso-ciais e familiares, dentro outros. Para cada encontro, foram realizados grupos de leitura e discussão de artigos, com a construção de material didático para as atividades previs-tas. A técnica metodológica dos encontros foi a exposição dos temas com participação ativa dos idosos. Relatos des-

critivos foram realizados como método avaliativo. Resulta-dos: Os idosos perceberam a importância destes encontros como forma de conhecer e aprender a controlar a sua pró-pria saúde. Por outro lado, os discentes compreenderam que o processo de envelhecer de forma ativa e participante na sociedade vem como exemplo de vida e respeitabilida-de. Nesta prática interdisciplinar, a relação docente-discen-te-idosos adquire um saber articulado, que deve ter um ca-ráter permanente. Considerações finais: Ações preventivas são imprescindíveis para atender as demandas dos idosos, onde o surgimento de programas assistenciais é necessá-rio para proporcionar uma maior integração social e a oti-mização da capacidade funcional, resultando na facilitação ao acesso e ao processo de formação e qualificação de vida destes indivíduos. Desta forma, prevê-se uma relação bila-teral entre as atividades do projeto, considerando a troca de saberes entre os atores envolvidos. A articulação deste projeto de extensão com o ensino e a pesquisa se faz a par-tir do oferecimento de oportunidades para que a comuni-dade idosa tenha acesso a um programa de educação em

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saúde e de inclusão social. As instituições de ensino supe-rior, desta forma, têm um papel de agente transformador da realidade local e regional. Referência bibliográfica: BRA-SIL. Senado Federal. Estatuto do Idoso: Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003. Brasília/DF, 2003.

UBS CULTURA: PROMOÇÃO DA CULTURA ALIADA AO CUIDA-DO HUMANIZADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA. INTRODUÇÃO É possível observar inúmeras propos-tas com objetivo de aproximar usuários das Unidades de Atenção Primária à Saúde. Entre os objetivos dessa aproximação há a necessidade de uma modificação do entendimento do senso comum que liga os serviços de

saúde exclusivamente a atividades curativas. Contudo, as visões mais modernas permitem a compreensão po-sitiva da saúde, e não a sua definição como a simples ausência de doença. Assim, ações com esse objetivo de-vem abranger um enfoque que inclui necessariamente ações de promoção de saúde e resgate da vida. A Uni-dade Básica de Saúde (UBS) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), por exemplo, funciona desde 2004 com três equipes da Estratégia de Saúde da Família atra-vés de um convênio de parceria assinado entre o Hospi-tal de Clínicas e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. É importante destacar que a UBS HCPA/Santa Cecília é, sobretudo, uma unidade de ensino da UFRGS, respal-dando o esforço de consolidação da Atenção Primária à Saúde na formação acadêmica, conforme preconizada pela Política Nacional de Atenção Básica e pelas Diretri-zes Curriculares dos cursos de graduação da área de saú-de. Assim, a presente ação dá continuidade à proposta de implementar um projeto de extensão universitária com apresentações artísticas na própria UBS, levando

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em conta um dos papéis da formação em saúde como mediadora entre a universidade e a sociedade. DESEN-VOLVIMENTO O recrutamento de usuários e membros da equipe interessados em realizar apresentações ar-tísticas (música, declamação de poesias, leitura de livro, apresentação e discussão de filmes de curta metragem, dança, teatro, esculturas, fotografias e pinturas) é fei-to através dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e da divulgação durante os atendimentos ou na sala de espera da UBS. O cadastro dos interessados é realizado em formulário específico, com dados de identificação, disponibilidade de data e modalidade da apresentação, possibilitando a elaboração de um cronograma de apre-sentações a longo prazo. As apresentações ocorrem uma vez por semana, no início da tarde, no saguão de entra-da da própria UBS. Houve mudanças no cronograma de apresentações em função de demandas extraordinárias na Unidade neste ano, como a vacinação da febre ama-rela e à triagem de pacientes suspeitos de terem contra-ído a Gripe A (H1N1). A receptividade entre os usuários

e a equipe tem sido excelente, com melhora até mesmo no ambiente de trabalho. Isso tem permitido questionar o paradigma de que os serviços de saúde preocupam-se exclusivamente com o atendimento médico, limitado a uma perspectiva puramente biológica do adoecimento. CONCLUSÃO A principal conclusão até agora aponta no sentido de que é possível realizar atividades de promo-ção de saúde dentro da estrutura existente numa Unida-de Básica de Saúde. A experiência relatada teve despesas financeiras muito pequenas para a equipe, dependendo apenas da iniciativa da equipe, da participação voluntá-ria de artistas amadores locais e de uma boa interação com a comunidade. A obtenção de uma bolsista de ex-tensão facilitou o desenvolvimento da ação neste ano. A experiência até o momento mostra que é possível a realização de atividades altamente gratificantes de pro-moção de saúde com estrutura mínima, e que pode ser reproduzida em outros locais.

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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM ASMA EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDEIntrodução A asma é uma doença crônica muito preva-lente. Estudo internacional apresentou variabilidade de 1,6 a 36,8%, apontando o Brasil em 8º lugar com preva-lência média de 20%. No RS, essa taxa aproxima-se de 10% e é responsável por cerca de 7% dos atendimentos infantis nas unidades básicas de saúde (UBS). No entan-to, esses dados podem estar subestimados devido à au-sência de estudos mais aprofundados, levando ao des-conhecimento da verdadeira dimensão dessa doença em nosso país, dificultando o planejamento e a execu-ção de políticas de prevenção, gerando custos sociais e econômicos elevados. Objetivos O Programa de Educa-ção em Asma em Atenção Primária à Saúde – O Paciente Assumindo o Controle da sua Doença objetiva educar e orientar os pacientes portadores de asma brônquica

atendidos na UBS, de forma que eles próprios estejam habilitados a ter uma postura mais ativa em relação à sua doença. Essa estratégia, além de reduzir a busca por consultas nos locais de pronto-atendimento, diminui os custos com saúde pública e reduz o grau de sofrimento dos pacientes e familiares frente à doença. Métodos O Programa conta com a participação de uma equipe mul-tidisciplinar composta por acadêmicos e professores da Faculdade de Medicina da UFRGS, enfermeiros e outros profissionais de saúde da rede municipal. O Programa foi estruturado no nível da Atenção Primária e as tarefas a serem executadas consistem em realizar: 1. Consultas individuais com os pacientes portadores de asma ou suspeita diagnóstica, as quais ocorrem todas às terças-feiras, das 12 às 14 horas, sob supervisão da equipe de professores. 2. Orientação quanto à conduta recebida: um profissional da enfermagem acompanha o paciente de modo a certificar-se de que ele compreendeu e con-segue efetuar as instruções do médico. 3. Atividades em grupo, a cada dois meses, com os pacientes inscritos no

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Programa, buscando oportunizar a troca de experiên-cias entre os participantes. 4. Grupos de sala de espe-ra, discutindo assuntos relevantes enquanto o paciente aguarda o horário da consulta. 5. Participação em proje-tos de pesquisa vinculados ao Programa. Resultados O Programa conta com a participação de 5 acadêmicos de Medicina da UFRGS, 1 enfermeira da UBS, 1 Residente de Medicina da Família e 2 professores. A equipe atende cer-ca de 60 pacientes e são realizadas em média 6 consul-tas semanais. Periodicamente são realizados encontros com os pacientes (também aberto à comunidade em geral), no qual são abordadas as dúvidas e dificuldades dos participantes, o que contribui para o entendimen-to e adesão às orientações médicas. Nossos resultados são ainda subjetivos, pois o programa é recente (cerca de 1 ano). Contudo, a evolução de cada paciente é regis-trada em um banco de dados cujas informações serão futuramente processadas e analisadas, dando origem a um novo trabalho a ser divulgado. Conclusão Literatura e resultados baseados em evidências demonstram que

atividades integradas de educação à saúde, aliadas a um programa de vigilância, são extremamente vantajosas, pois contribuem para reduzir o índice de internação hospitalar e o custo sócio-econômico, proporcionando maior qualidade de vida para os pacientes. Além de de-dicar atenção continuada e de modo integrado à rede pública de saúde, o Programa coloca o aluno frente a casos clínicos reais, desenvolvendo habilidades, como reconhecimento do quadro clínico, investigação diag-nóstica e terapêutica adequada, contribuindo, portanto, para sua formação acadêmica.

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ABORDAGEM E PERFIL DOS PA-CIENTES ATENDIDOS NO PEAA - PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA EM ASMA EM ATEN-ÇÃO PRIIntrodução: A asma é uma doença com alta prevalência, estimando-se o acometimento global em 300 milhões de pessoas. É caracterizada por um processo inflamató-rio crônico das vias aéreas que gera hiperresponsivida-de brônquica e determina variável limitação ao fluxo de ar, com reversibilidade espontânea ou após tratamen-to. O paciente apresenta episódios recorrentes de disp-néia, sibilância, tosse e aperto no peito, principalmente à noite e pela manhã, ao despertar. O paciente asmáti-co, quando mal orientado, tende a realizar o tratamento apenas nas crises, aumentado a busca aos serviços de emergência. Com isso, há conseqüentemente, aumento

exagerado dos custos para o sistema de saúde e piora dos indicadores de qualidade de vida. Programas edu-cacionais, principalmente vinculados à atenção primá-ria, são fundamentais para que o paciente entenda sua patologia e o tratamento adequado, alcançando, desta forma, maior autonomia para o auto-cuidado, evitando complicações decorrentes da doença e diminuindo os gastos em saúde. Objetivo: Oferecer, simultaneamente, assistência e educação ao paciente, objetivando a me-lhora da sua qualidade de vida. O PEAA é um trabalho multidisciplinar que envolve médicos e equipe de en-fermagem na UBS HCPA/Santa Cecília e direcionado ao atendimento de uma população adscrita, moradores na vizinhança da Unidade. Igualmente importante, o outro objetivo dessa ação de extensão está relacionado à edu-cação médica. Nesse sentido, o PEAA tem como objetivo introduzir o acadêmico do Curso de Medicina no atendi-mento primário, integrando-o em uma equipe de saúde e em contato direto com os pacientes, antecipando um cenário de prática profissional futura. Através da organi-

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zação de agendas próprias, o Programa proporciona um vínculo mais duradouro do estudante com um grupo de pacientes, o que gera mais confiança por parte destes, permitindo maior impacto sobre a transformação de sua atitude frente à doença. Metodologia: A equipe é forma-da por dois professores (das áreas de Medicina de Fa-mília e Comunidade e de Pneumologia), uma residente de Medicina de Família e Comunidade, oito acadêmicos de Medicina (do terceiro ao décimo primeiro semestre) e uma enfermeira vinculada ao HCPA. Os pacientes são encaminhados pelos diversos profissionais da UBS e são avaliados através de um roteiro de anamnese direcio-nado para asma na primeira consulta, cujas respostas são computadas em um banco de dados. As perguntas definem o perfil epidemiológico e as características da doença da população em questão (sintomas predomi-nantes, fatores desencadeantes, história pregressa, etc.), úteis para a elaboração de um plano terapêutico indivi-dualizado para cada paciente. Em todas as consultas é realizado o Teste de Controle da Asma (do inglês, ACT),

método validado na literatura para avaliação do contro-le da doença. As consultas são realizadas uma vez por semana. Enquanto os casos são discutidos a enfermei-ra avalia e orienta o método de uso das medicações. A cada dois meses são organizadas reuniões com grupos de pacientes do programa, com propósito educacional, visando ao aprimoramento dos resultados. Ocorrem ainda seminários semanais da equipe para atividades de atualização, treinamento e de pesquisa. Resultados: O grupo conta com 58 pacientes no momento. Consi-derando-se os dados disponíveis, estas são algumas das características da população em estudo: - Sexo: 39,7% mulheres, 60,3% homens - Idade (anos): 36,8% crianças (ou=10 e 5e

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ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTI-CO EM GRUPOS DE INDIVÍDUOS COM HEMIPLEGIA APÓS AVCCom o Projeto de Extensão intitulado Reabilitação Neuro-funcional visamos, a partir da integração de 8 indivíduos com seqüelas decorrentes de Acidente Vascular Cerebral (AVC), em atendimentos fisioterapêuticos em grupo, uma transmissão de conhecimentos, uma vez que projetos de extensão funcionam como uma via de duas mãos, em que a universidade leva conhecimentos e/ou assistência à comunidade, e recebe dela influxos positivos como re-troalimentação, tais como suas reais necessidades, seus anseios e suas aspirações. Atualmente a saúde física e mental necessita de muitos atributos como independên-cia, interatividade, afetividade dentre outros componen-tes biopsicossociais que reintegram o homem ao conví-vio social, familiar, profissional e emocional. Entretanto, após uma lesão neurológica, há perturbações, ou redu-

ção desses atributos, por isso, há a necessidade de uma intervenção multi e interprofissional na re-elaboração e/ou reaprendizagem das atividades da vida diária, funções orofaríngeas, comunicação, linguagem e psiquê, com to-dos os seus componentes. O AVC decorrido de isquemias ou hemorragias no encéfalo, apresenta como conseqü-ência um descontrole no tônus muscular, podendo cau-sar espasticidade, a qual é eletiva, acometendo a muscu-latura agonista antigravitacional, resultando em padrões sinérgicos estereotipados em flexão de membro superior e extensão de membro inferior, dificultando a atividade motora voluntária com déficit da amplitude de movimen-to e força muscular. Dentre as principais alterações gera-das pelo AVC, a mais freqüente, é a paralisia ou fraqueza de um hemicorpo, distúrbios do tônus muscular, presen-ça de reações associadas, perda do mecanismo de con-trole postural, além de alterações na fala, na deglutição, na visão, na memória, na marcha, deficit de equilíbrio e coordenação motora. O somatório destas características clínicas gera alterações na capacidade funcional, inde-

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pendência e qualidade de vida e estes fatores precisam ser considerados como responsáveis e determinantes para e reabilitação e reintegração social desses indivídu-os. Este projeto tem como objetivo estimular e cada vez mais fomentar a participação de pacientes com seqüelas pós- AVC em atendimentos de fisioterapia em grupo. O atendimento fisioterapêutico individualizado é impor-tante e este modelo não pode ser dispensado, mas por períodos prolongados, muitas vezes torna-se cansativo e desmotivante. Por isso, a parceria, o estímulo, a disputa, a solidariedade, dentre outros fatores, estão presentes positivamente nos atendimentos em grupo. Foram sele-cionados 8 indivíduos (5 do sexo masculino) com seqüe-la motoras pós-AVC, com média de idade de 57,8 anos, que são atendidos na Clínica de Fisioterapia do Centro Universitário Metodista- IPA, localizada no Hospital Par-que Belém. O tempo médio de seqüela pós-AVC é de 2,1 (DP+/- 2) anos. Todos os indivíduos que realizavam tera-pias adicionais continuaram realizando-as normalmente e mantiveram atendimento fisioterapêutico individual

uma vez por semana. Foram criados dois grupos de aten-dimento fisioterapêutico, um pela parte da manhã, e ou-tro pela parte da tarde. Inicialmente, os indivíduos foram avaliados em relação ao equilíbrio através da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), quanto ao desempenho motor com a escala de Fugl-Meyer, quanto ao estado mental uti-lizando a Mini- Mental e quanto à independência funcio-nal com a escala de Medida de Independência Funcional (MIF), para avaliação e acompanhamento dos pacientes antes, durante e ao término do projeto. Após a avaliação foi desenvolvido um programa de exercícios que consta de: aquecimento por 5 minutos, alongamento por 5 mi-nutos, exercícios específicos para o dia por 20 minutos e relaxamento por 10 minutos. Os exercícios específicos são desenvolvidos de acordo com as demandas funcio-nais comuns identificadas na avaliação inicial e envolvem exercícios de equilíbrio, mobilidade e coordenação mo-tora global. Todos os atendimentos são realizados com utilização de música, no final da sessão, e tem freqüência de uma vez por semana e duração de 45 minutos. Uma

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das manifestações, que utilizamos como critério de in-clusão nos grupos do projeto, é o déficit de equilíbrio que se agrava com o passar dos anos, fazendo com que pessoas de meia idade e idosas possuam escores baixos na EEB. Todos os indivíduos que integram ambos os gru-pos possuem escores superiores a 36 pontos na EEB. Para que sejam realizadas atividades funcionais da vida diária é primordial a manutenção do equilíbrio, possibilitando posturas, movimentos e respostas adequadas. Por isso, a avaliação do equilíbrio torna-se de grande valor nos programas de reabilitação motora, já que bem realizada assegura a melhor intervenção e possivelmente melho-res resultados. De acordo com alguns pesquisadores, no intervalo de 56-54 da EEB, cada ponto a menos na escala é associado a um aumento de 3 a 4% no risco de quedas. No entanto no intervalo de 54 a 46, a alteração de um ponto é associada a um aumento de 6 a 8 % no risco de quedas. Abaixo de 36 pontos o risco de queda é de quase 100% . A fisioterapia em grupo é uma opção terapêuti-ca eficaz que pode amenizar as complicações decorren-

tes do AVC. Alem disso, mantem a tendência de primeiro tentar reduzir as limitações funcionas e, posteriormente, aumentar a reintegração social ou adaptação no ambien-te. Oferece ao paciente a oportunidade de sentir que não é o único a ter problemas, permitindo assim, uma maior independência funcional e diminuindo o risco de quedas. As metas deste projeto foram desenvolvidas para que o paciente se tornasse o mais independente possível, di-minuindo sua limitação e aumentando sua capacidade a partir dos ganhos psico-sociais e funcionais. Este projeto possibilitará aos acadêmicos extensionistas um contato maior com a realidade dos pacientes, ampliando seu co-nhecimento para além das salas de aula, convivendo na prática como o processo de saúde-doença, verificando assim, que o paciente é mais que uma patologia, um qua-dro clínico, resgatando a condição humana do ser.

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A ATIVIDADE FÍSICA ORIENTADA E O PACIENTE REUMÁTICO – BENE-FÍCIOS QUE VÃO MUITO ALÉM DO BEM-ESTARO indivíduo portador de doença reumática convive com sintomas como: dor, fadiga, diminuição das ativi-dades e sensação crescente de incapacidade. Ao mes-mo tempo é orientado, pelos profissionais da saúde a não parar suas atividades e incorporar a atividade física direcionada no seu cotidiano como maneira de conservar sua energia e capacidade funcional. A carên-cia de locais e profissionais especializados no assunto normalmente os leva ao abandono da atividade física e cria uma resistência baseada na vivência mal suce-dida. Resgatar o gosto pelo exercício e poder usufruir seus benefícios é o grande objetivo do projeto. Saben-do da necessidade que estes pacientes possuem de

exercício este projeto propões-se a oportunizar uma atividade física orientada com vistas à manutenção da flexibilidade, força muscular e coordenação. Objeti-vos: - Planejar um programa de exercícios adequado ao paciente reumático; - Orientar a mecânica corporal correta na realização de AVDs; - Estimular a aquisição de hábitos saudáveis de vida; - Estimular o convívio em grupo e troca de experiências; Resultados parciais: Tendo em vista o início do projeto em março/2009 e a continuidade do projeto, os resultados obtidos são parciais mas bastante positivos devido a: - Boa ade-são e demonstração de satisfação dos participantes; - Melhoras observadas na amplitude de movimentos articulares e refletidas na melhora funcional dos parti-cipantes; - Formação de vínculo entre os participantes, facilitando a troca de experiências e contribuindo para a interação social; Metas: -Continuidade do projeto; - Despertar e incorporar a atividade física como parte integrante da promoção e manutenção da saúde; - Promover a reeducação postural; Materiais e métodos

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utilizados: O projeto é destinado a pacientes portado-res de doença reumática atendidos no NPAS - Núcleo de Pesquisa e Atenção á Saúde – URCAMP e também à indivíduos reumáticos da comunidade. O programa de exercícios é realizado 2 vezes por semana as terças e quintas-feiras no horário das 16:00 às 17:00 horas. As atividades incluem: exercícios de relaxamento, alon-gamento, fortalecimento, exercícios de reeducação postural, orientações a respeito da mecânica corporal correta para realização de AVDs e dinâmicas de grupo. Os materiais utilizados incluem: máquina fotográfica para registro das sessões, aparelho de som, utilização de bolas de diferentes tamanhos, faixas elásticas, bas-tões são os principais materiais utilizados na realiza-ção das sessões.

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