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SÉTIMA MORADA
Na Sétima Morada, que é a mais interna, atingida pelos grandes Santos, as imperfeições são apenas aparentes e o
seu exercício consiste somente em amar. É um amor de incrível intensidade e pacífico; a sua chama se converteu em brasas. Nesse ponto alto habita somente a honra, a glória de Deus. A Santíssima Trindade se mostra em visão à alma e se
une a ela e se lhe dá de modo permanente (matrimônio espiritual) Deus e a alma não podem mais separar-se, e
mesmo durante o sono permanecem unidos no amor: ”Eu estava dormindo, mas meu coração velava” (Ct 5,2). Nesta
união, a alma saboreia o prelúdio da vida eterna, o amor e a glória de Deus se tornam a sua única preocupação. Também a
morte se torna uma morte de amor, ”porque, embora morrendo durante uma enfermidade, a alma é arrebatada por um ímpeto amoroso mais sublime que os precedentes e tão
poderoso que é capaz de despedaçar a tela e arrancar consigo a jóia preciosa da alma” (São João da Cruz).
Deus concede este ideal sublime de perfeição e de santidade
a todas as almas. Ele bem deseja que a vida cristã desemboque na união transformadora, prelúdio da vida
eterna."
”Tende por certo que a todos os que abandonam tudo por amor a Deus, Ele se dá por inteiro. Não tem preferência de pessoas, ama a todos indistintamente e, por isso, ninguém,
ainda que agora fosse muito mau, pode alegar qualquer desculpa”. ”Pensai que o Senhor convida a todos. Ele é
Verdade e a sua palavra não pode ser colocada em dúvida. Assim, tenho por certo que se não se para no caminho, chegaremos a beber dessa água viva” (Santa Teresa de
Jesus).