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NotaMetodológica
–SEEG4.0–
SetordeResíduos
CoordenaçãoTécnica
ICLEI–LocalGovernmentsforSustainability
EquipeTécnica
IrisColuna
IgorReisdeAlbuquerque
(nãorevisado)
Outubro,2016
Sumário
1. Introdução .......................................................................................................................... 3
2. MétododeCalculo ......................................................................................................... 6
2.1. DisposiçãodeResíduosSólidos .................................................................................................. 6
2.2 TratamentodeEfluentesDomésticos ................................................................................. 10
2.3 TratamentodeEfluentesIndustriais ................................................................................... 14
2.4 Incineraçãoderesíduossólidos ........................................................................................... 17
3. QuadrodeQualidadedosDados ........................................................................................ 19
Bilbiografia ............................................................................................................................... 25
1. IntroduçãoEscopodoSetorOsetorderesíduospodegeraremissõesdegasesdoefeitoestufa,emparticularometano(CH4),o
óxido nitroso (N2O) e o dióxido de carbono (CO2), no tratamento intermediário e disposição de
resíduos sólidos; incineraçãode resíduosde serviçosde saúdee industriais; como tratamentode
efluenteslíquidos,industriaisedomésticos.
Osresíduosdaatividadeagropecuária,comodisposiçãodedejetosanimaiseaincineraçãoderestos
deculturasagrícolasnãoestãoinclusosnestesetor,sendoapenascontabilizadosnasestimativasde
emissõesdosetoragropecuário.
DescriçãodoSetorApesar de contar com avanços nos últimos anos, o saneamento ambiental no Brasil ainda está
distante da universalização, da eficiência e da qualidade necessária para garantir a adequação
ambientaleamelhoriadasaúdepúblicadapopulaçãobrasileira.
As Leis Federais que instituem a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007) e a
PolíticaNacionaldeResíduosSólidos(Lei12.305/2010)constituemimportantesmarcoslegaisque
estabelecem novos princípios, instrumentos e definem responsabilidades. Estas legislações,
associadasaumamaiordemandadasociedadeeaefetivaaçãodosórgãospúblicos(ambientais,de
saneamento, ministério público, dentre outros) possuem o potencial de proporcionar um novo
impulso para a gestão de resíduos no Brasil. Dentro deste contexto legislativo, cabe aos órgãos
ambientaisexecutarcorreto licenciamentoea fiscalizaçãodasatividades industriaisparagarantir
queosefluenteslíquidosgeradoscomaproduçãodeindústriasejamsubmetidosaumtratamento
adequado.
De acordo com o IPCC, inventários devem ser completos, acurados, transparentes, comparáveis,
consistentes e serem submetido a processos de controle de qualidade.O presente estudo foi elaborado
dentrodestaspremissasevisarealizarumestudopreciso,considerandoadisponibilidadededados,sobre
asemissõesdeGEEprovenientesdosetordeResíduosnoBrasil.
EstruturaçãodasestimativasprovenientesdotratamentodeResíduosOs processos geradores de emissões de gases do efeito estufa do setor de Resíduos estão
estruturados e serão suscintamente descritos de acordo com a classificação do IPCC e do 3º
InventárioBrasileirodeEmissõesAntrópicasdeGEE.
ResíduosSólidos• DisposiçãodeResíduosSólidosUrbanos(RSU)
• IncineraçãodeResíduosdeServiçosdeSaúde(RSS)eResíduosSólidosIndustriais(RSI)
EfluentesLíquidos• EfluentesLíquidosDomésticos
• EfluenteslíquidosIndustriais-Tratamentodeefluentesindustriaisproduzidospelosseguintes
processosdeprodução:
o Açúcar
o Álcool
o Papelecelulose
o Cerveja
o LeiteCru
o Leitepasteurizado
o AbatedosSuínos
o Abatedosaves
o AbatedosBovinos
DisposiçãodeResíduosSólidosDeacordocomaPNRS,osresíduossólidosurbanospodemterdestinaçãofinaladequadaematerros
sanitáriosoupodemserdispostosinadequadamenteematerroscontroladoselixões.Emambasas
formasdedisposição,afraçãoorgânicapassaporumprocessodedegradaçãoanaeróbica,devidoa
atuaçãodebactériasmetanogênicas,resultandonaformaçãodegásmetano.
IncineraçãodeResíduosSólidosTambémdescritonaPNRScomodestinaçãofinal,a incineraçãoéumarotatecnológicaalternativa
paraotratamento intermediárioderesíduossólidos,noentantonoBrasiléumprocessoutilizado
principalmentepararesíduosdeserviçosdesaúdeeresíduosindustriais.Nestetipodetratamento,
a combustão da fração de origem fóssil dos resíduos é a responsável pelas emissões de CO2. A
fraçãodematériaorgânicadoresíduotambémcontribuicomaemissãodeCO2quandoprocessados
termicamente,porém,porserconsideradabiogênica,elanãosesomaasemissõesdeGEE.
Alémdedióxidodecarbono,tambémocorreageraçãodeN2O.Aemissãodessegásdoefeitoestufa
varia em função do tipo de incinerador, do tipo de resíduo, da temperatura e do tempo de
permanêncianoincinerador.
O presente estudo estima as emissões de CO2 e N2O decorrentes do processo de incineração de
resíduos sólidos. Para tanto, são utilizados dados como quantidade, composição do resíduo
incineradoe tecnologia de incineração, a escassez desses dados elevama incertezada estimativa
dasemissões.Nota-seanecessidadedecriaçãodeumabasededadosnacionalsobreotema,afimde
terumavisãomaisacuradadosubsetordeIncineração.
TratamentodeEfluentesDomésticos
Oefluentedomésticotemaltoteordecargaorgânicabiodegradável,quequandodecomposta,pode
gerar significativa emissão de CH4. Estas emissões diferem com o tipo de tratamento aplicado,
atingindomaiores quantidades com tratamentos emmeios anaeróbios. O tratamento de efluente
domésticotambémemiteóxidonitrosoN2O.
TratamentodeEfluentesIndustriais
Osefluentesindustriaisapresentamdiferentescargasdematerialorgânicodependendodosetordo
processo industrial, como por exemplo, produção de cerveja, leite cru, papael e outros. Como o
efluentedoméstico,oefluenteindustrialtambémpodeemitirquantidadessignificativasdeCH4.
Paracadaumdostemasacimaéfundamentalentenderadestinaçãodosresíduose/ouefluentesde
modoaserealizaroscálculosdasemissões,poiscadatipodedestinação(especialmenteadistinção
entre processos anaeróbios e aeróbios) oferece um potencial maior ou menor de emissões. As
condições climáticas (temperatura e umidade) a que está submetido o resíduo também podem
afetarasemissõesgeradas.
Quadro1-TiposdegásemitidosporcadasubsetorFontedeEmissão CO2 CH4 NO2 HFCs CF4 C2F6 SF6 NOx CO NMVOC
Disposiçãode
resíduos
Incineraçãode
resíduos
Esgotosanitário
Esgotoindustrial
Resíduos
2. MétododeCalculo
2.1. DisposiçãodeResíduosSólidosFórmuladeCálculo-IPCC/InventárioDeacordocomoRelatóriodeReferênciadoSetorTratamentodeResíduosdoTerceiro Inventário
BrasileirodeEmissõeseRemoçõesAntrópicasdeGasesdoEfeitoEstufa,aestimativadeemissões
deCH4comadisposição finaldeRSUécalculadautilizandoométododedecaimentodeprimeira
ordem,descritoconformeaequaçãoaseguir.
Onde:
Q(t):Quantidadedemetanogeradonoanot[Gg/Ch4]
t:Anodoinventário[ano]
X:Anosparaosquaisosdadosforamconsiderados
A:Fatordenormalizaçãoparaasoma[adimensional]
K:Constantededecaimento[1/ano]
MSWT(x):Quantidadetotalderesíduosólidourbanogeradonoanox[GgMSW/ano]
MSWF(x):FraçãodeMSWdestinadoaoaterronoanox[adimensional]
L0(x):Potencialdegeraçãodemetano[GgCH4/GgMSW]
R:Recuperaçãodometano[GgCH4/ano]
OX:Fatordeoxidação[adimensional]
Sendoqueofatordenormalizaçãoparaasoma(A)édefinidopelaequaçãoaseguir:
EoPotencialdegeraçãodemetano(L0(x))édefinidosegundoaseguinteequação:
Onde:
MCF(x):Fatordecorreçãodometanoreferenteaogerenciamentodoslocaisdedisposição
[adimensional]
DOC(x):Carbonoorgânicodegradável[GgC/GgMSW]
DOCf:FraçãodoDOCquedecompõe[adimensional]
F:Fraçãodemetanonobiogás[adimensional]
16/12:Razãodeconversãodecarbono(C)parametano(CH4)[adimensional]
OCarbonoorgânicodegradável(DOC(x))édefinidopelaequação:
Onde:
A:Fraçãodoresíduocorrespondenteapapéisetêxteis[adimensional]
B:Fraçãodoresíduoprovenientedejardins,parqueseoutrosputrescíveisnãoalimentares
[adimensional]
C:Fraçãodoresíduocorrespondentearesíduosalimentares[adimensional]D:
Fraçãodoresíduocorrespondenteamadeiraepalha[adimensional]
OsvaloresdeconteúdodecarbonoparaessasfraçõessãodadospeloGuidelines1996.
DadosdeNíveldeAtividadenecessárioserespectivasfontesDeacordocomoTerceiroInventário/RelatóriodeReferência,ocálculodasemissõesérealizadopor
município, sendo necessários dados locais de temperatura, pluviosidade, evapotranspiração,
composição dos resíduos, quantidade de resíduos coletada e destinação final empregada. Para a
obtenção de parte dessas informações, os autores do inventário realizaram um conjunto de
inferências e de análises estatísticas, visto que nem todos os fatores de emissões e informações
municipais estão disponibilizados no Inventário e diante da impossibilidade de levantar tais
informações,oSEEGnãoutilizouametodologiadeDecaimentodePrimeiraOrdemparaocálculo
dasemissõesprovenientesdosetorderesíduos.
Dessaforma,asestimativasdeemissõesporEstadodoperíodode1970a2015,foramcalculadasa
partir dométododeComprometimentodeMetano,para tantoobteve- sedados sobrea taxade
urbanizaçãonoBrasil,aquantidadedeRSUcoletados,potencialdeproduçãodemetanoeeficiência
doprocesso,tendoasseguintesfontesdedados:
• IBGE.PopulaçãoUrbanaetotal-Censos1991,2000e2010.OsdadosdosCensos
estãodisponíveisemhttp://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=8
• ABRELEPE.PanoramadosResíduosSólidosnoBrasil(2003-2015),disponíveisem
www.abrelpe.org.br
• MCTI–MinistériodaCiência,TecnologiaeInovação.TerceiroInventárioBrasileirode
EmissõeseRemoçõesAntrópicasdeGasesdoEfeitoEstufa
OmodelometodológicoComprometimentodeMetano(CM),disponívelnoGlobalProtocolforCommunity-Scale Greenhouse Gas Emissions Inventories, quantifica as emissões a partir da
disposição final de resíduos sólidos em determinado ano, independente de a emissão
efetivamente ocorrer ou não. A metodologia parte do pressuposto que todo componente
orgânicodegradáveldispostoematerrosproduzmetanodeformaimediata,contrapõem-sea
metodologia de Decaimento de Primeira Ordem, que de forma mais precisa, assume que a
emissãoocorrede formamais intensaemumprimeiromomentoeposteriormenteocorrede
formagradativa.
AemissãodemetanopeladisposiçãofinaldeRSUédefinidadeacordocomaequaçãoaseguir:
! " #$4 = Ʃ()*" ∗ ,- ∗ 1 − 0123 ∗ (1 − 56)
Onde:
Q(t):Quantidadedemetanogeradonoanot[t]MSWt:Quantidade totaldeRSUdispostosematerramentode tipo“x” [t] -quantidadeobtidaapartir damultiplicação da taxa de coleta [t/hab.dia] pela população urbana.Os dados de taxa de
coleta,posterioresaoanode2011,foramcoletadosnosPanoramasdeResíduosSólidosparacada
ano (ABRELPE) e com uma regressão linear foram obtidas as informações para os anos com dados
indisponíveis. A análise foi realizada considerando a forte discrepância regional da gestão de resíduos
sólidosnoBrasil,portantoparacadamacrorregiãoforamobtidastaxasdecoletaespecíficas.Adiferença
regionaltambémfoiconsideradaparadeterminaraquantidadederesíduossólidosencaminhadospara
aterrosdetipo“x”,quepodemseraterroscontrolados,aterrossanitáriose lixões.AproporçãodeRSU
dispostosdeformaambientalmenteadequada,ematerrossanitários;deformainadequada,ematerros
controladoselixões,foramobtidasparaosanosposterioresa2008efeitaumaregressãolinearaté1990,
anoemqueseobserva,deformamaissignificativa,oencaminhamentoderesíduosparaaterros.
L0:PotencialdeGeraçãodeMetano-definidodeacordocomafórmulaaseguir:
,- = (#8 ∗ 95# ∗ 95#0 ∗ 16/12MCF: Fator de correção do metano referente ao gerenciamento dos locais de disposição
[adimensional]
DOC(x):Carbonoorgânicodegradável
DOCf:FraçãodoDOCquedegradável[adimensional]
F:Fraçãodemetanonobiogás[adimensional]
16/12:Razãodeconversãodecarbono(C)parametano(CH4)[adimensional]
AfraçãodemetanonobiogáseoDOCfsãoparâmetroscomvaloresdefaultde0,5,sugeridospeloIPCC.EnquantoparaestabeleceroDOC foiutilizadooRelatóriodeReferênciadoTerceiro Inventário,oqual
forneceumarepresentaçãolinearparaseobterosvaloresdecarbonoorgânicodegradávelentreperíodo
de1970a2010,extrapolando-aparaosanosseguintes.JáofatordeMCFtambémpossuivaloresdefault,
estabelecidospelo IPCC, comdiferençasparao tipodedestinação final ( 1paraaterros sanitários, 0,8
para aterros controlados e 0,4 para lixões). Isto implica que para aterros sanitários o Potencial de
GeraçãodeMetanoémaiordoqueparaquandoresíduossãodeformaambientalmenteinadequada.
Frec:FatordeRecuperaçãodeMetano-fatorconsideradonuloparaaterroscontroladoselixões.Jáofrecdeaterros sanitários foi calculadoutilizandocomobaseoRelatóriodeReferência,dividindo-seos
valoresderecuperaçãodegásmetanoestadualpelasemissõestotaisdoestadoreferente.
OX: Fator deOxidação - representa a quantidade de CH4 que sofre oxidação no solo oumaterial de
cobertura.ConformeoIPCC(2000),osaterrossanitáriostendemapossuirmaiorOXqueemlocaissem
gerenciamento.Possuindovalorde0,1paraaterrossanitáriose0,0paraaterroscontroladoselixões.
FatoresdeEmissãoUtilizados
As fontes que foram fundamentais para esta pesquisa estão reportadas na bibliografia e são
compatíveiscomoTerceiroInventárioBrasileirodeEmissõeseRemoçõesAntrópicasdeGEE.
Mododerecepçãodosdados
OsdadosdoCensoforamacessadosnositedoIBGE,sobformadeplanilhaeletrônica.
Os dados de coleta de resíduos por habitante/dia foram acessados no Panoramas de Resíduos
Sólidos anuais da ABRELPE (2003 – 2015). Contudo devido a uma inconsistência nos dados
encontrados,optou-seporutilizarapenasosdadosposterioresaoanode2011.
SequênciadetratamentodosdadosOsdados foramtranscritosparaumaplanilhaeletrônicadoprogramaMicrosoftExcel.Asanálises
foramrealizadasnomesmoprograma.
Softwaresutilizados
MicrosoftExceleAdobeAcrobatReader
MétododeAlocaçãodasEmissõesporEstado
A alocação das emissões por cada estado foi feita em relação à população do estado conforme
dados IBGE, portanto os dados analisados já tomavam conta das divisões e consolidações de
estados.
Métodoparapreencheraslacunastemporaisdedados
Paraoperíodoemqueseregistrouaausênciadeinformações,foiutilizadoométododeregressão
linearparaestimaracoletaemtoneladapercapitaparacadaanoedisposiçãofinaldeRSU.Parase
obterosvaloresdeDOCparaosanosnãoestabelecidosno3ºInventárioNacional,osdadosforam
extrapoladosapartirde2010.Paraosvaloresdosoutrosanosfoiusadaumainterpolaçãonumérica
e os coeficientes foram calculados em relação à produção total de resíduos, e comparados com
outrasrealidadesinternacionais.
2.2 TratamentodeEfluentesDomésticosFormuladeCalculo-IPCC/InventárioOmétodoutilizadonoTerceiroInventárioBrasileiroparaaelaboraçãodasestimativasdasemissões
de GEE provenientes da disposição e tratamento de efluentes é o Good Practice Guidance andUncertainty Management in National Greenhouse Gas Inventories (IPCC, 2000) e o Revised 1996IPCCGuidelines forNational Greenhouse Gas Inventories (IPCC, 1996). Os fatores de emissão são
obtidosnaliteraturaenoGuidelinesforNationalGreenhouseGasInventories(IPCC,2006).
OtrabalhoelaboradopeloMCTI, incluiaestimativadeemissõesdeCH4queocorremnasestações
detratamentodeefluentes(ETE)comdiferentesprocessosdetratamentosevalasparaoefluentes
semredecoletorae,porfim,os lançamentosemcorposd’agua.Afraçãodedejetosdedomicílios
semescoadouronãoécontabilizadanoestudo.
A estimativa de emissãodeCH4 por tratamento anaeróbio de efluentes domésticos é definida de
acordocomaseguintefórmula:
Onde: Emissões:Quantidadedemetanogeradaaoano[kgCH4/ano]
TOWdom:Efluentedomésticoorgânicototal[kgDBO/ano]
FE:Fatordeemissão[kgCH4/kgDBO]
R:CH4recuperadoaoano[kgCH4/ano]
AEquaçãoaseguirestimaoefluentedomésticoorgânicototal:
Onde:
Popurb:Populaçãourbana[habitantes]
Ddom:Componenteorgânicodegradáveldoefluentedoméstico[kgDBO/1.000pessoas.ano)]
Paradeterminarofatordeemissão(FE)paraefluentesdomésticosutiliza-seaseguinteequação:
Onde:
Bo:Capacidademáximadeproduçãodemetano[kgCH4/kgDBO]ou[kgCH4/kgDQO]
EnquantoamédiaponderadadosMCFédefinidapelaEquação:
Onde:
WSi,x:Fraçãodeefluentedotipo“i”tratadausandoosistema“x”[adimensional]
MCFx:Fatordeconversãodemetanodosistema“x”tratandooefluente“i”[adimensional]
DadosdeNíveldeAtividadenecessárioserespectivas fontesEmissõesdeMetano(CH4)DeacordocomoTerceiroInventárioBrasileirodeEmissõeseoRelatóriodeReferência“Tratamento
deResíduos”,ocálculodasemissõesdeCH4pelotratamentodeefluentesdomésticosérealizado
porEstado.Paraissosãonecessáriososdadosdepopulaçãototaledadosquepermitamcalcularas
fraçõesdeefluentestratadosemcadatipodesistema.
ParaaobtençãodessasfraçõesporEstado,oMCTIrealizaumconjuntodeinferênciasedeanálises
apartirdedadosdaPesquisaNacionaldeporAmostradeDomicílios(PNAD),de1992a2005,eda
PesquisaNacionaldeSaneamentoBásico(PNSB),de2000.Apartirdessasinformaçõessãogeradas
asfraçõesdetratamentoparadoisperíodos:1990a1994e1995a2005.
O método de cálculo das frações a partir das fontes citadas não está integralmente descrito no
documento. Além disso, as frações calculadas para cada Estado não estão disponibilizadas. Em
funçãodoexposto,nãofoipossívelutilizarafórmulacompletaparaocálculodasemissões.
Dessaforma,asestimativasdeemissõesdoperíodode1970a2015,foramcalculadaspormeioda
relaçãoentreasemissõesregistradasnoinventárionacional,apopulaçãoentreosanosde1990a
2010eafraçãoderecuperaçãoparaomesmoperíodo.Estabeleceu-se,portanto,médiasdeemissão
percapitaparacadaano.Paraosanosantesdoperíodode1990,utilizou-seamesmataxadeemissãodo
primeiro ano inventariado. Enquanto para os anos posteriores, a taxa de emissão de 2010 foi
extrapolada.ConformefoiestabelecidopeloMCTI,paraaestimativadeemissõesanterioresaoanode
1990, considerou-se que a fração de recuperação era pouco significativa, portanto a mesma foi
consideradanula.
Asestimativasdeemissãoparacadaestadoeanoforamobtidaspormeiodaequaçãoabaixo:
> ? = @. B ∗ CDEFDGHIFDJKDLMD + @. O ∗ CDE. FDGHIFDJKDLMD
Onde:
Q(t):EmissõestotaisdeCH4
T.E:Taxadeemissãopercapita
Pop.comescoadouro:Populaçãocomescoadouro
T.R:Taxaderecuperaçãopercapita
Asseguintesfontesdedadosforamutilizadas:
• MCTI.TerceiroInventárioBrasileirodeEmissões/RelatóriodeReferência
“TratamentodeResíduos”.EmissõesdeCH4,porEstado,de1990a2010.
• IBGE.População-Censos1991,2000e2010.ApartirdasinformaçõesdoCenso,
foramaplicadasvariaçõeslinearesentre1991e2000,2000e2010.Paraosanos
2011e2012,aplicou-seomesmocrescimentodoperíodoanterior(2000e2010).
OsdadosdosCensosestãodisponíveisem:
http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=4&uf=00
EmissõesdeÓxidoNitroso(N2O)NoTerceiroInventárioérealizadoocálculodasemissõesN2Oconformeafórmulaseguinte:
Onde:
EmissõesdeN2O(s):Emissõesanuaisdeóxidonitroso[kgN2O-N.ano-1]
Pop:Populaçãocomescoadouro[habitante]
CP: Consumo anual de proteína per capita [kg.(habitante.ano)-1]
FracNPR:fraçãodeNnaproteína[kgN.kgproteína-1]
EFefluente:FatordeemissãodeN2O[kgN2O-N.kgN-1]
Da mesma forma que para a estimativa da produção de CH4 para o tratamento de efluentes
domésticos,ocálculoparaobterasemissõesdeN20foirealizadoconsiderandoapopulaçãocomo
escoadouro, o valor de CP foi interpolado a partir dos dados utilizados peloMCTI, no períodode
1990a2010.Enquantoparaoperíodo1970a1990e2010a2015,estabeleceu-seumaregressão
linearparaaobtençãodosvaloresdeconsumoanualdeproteínaporhabitante.
FatoresdeEmissãoUtilizadosNocasodasemissõesdeCH4,apartirdarelaçãoentrepopulaçãoeemissõespresentesnoTerceiro
InventárioBrasileirodeEmissõeseRemoçõesAntrópicasdeGEE,foicalculadoumfatordeemissão
para cada inventariado e partir deste fator foram calculadas as estimativas de 1970 a 2015 por
estado. Os fatores de emissão para o cálculo de emissão de N2O foram obtidos no Relatório de
Referênciadosetordetratamentoderesíduos.
MododerecepçãodosdadosOsdadosdoCensoforamacessadosnositedoIBGEeosdadosdeemissõesdeCH4foramacessados
noTerceiroInventárioBrasileirodeEmissões/RelatóriodeReferência“TratamentodeResíduos”.Os
valoresdeconsumodeproteínaparaestabeleceraemissãodeN2Otambémforamobtidosapartir
doinventárionacional.
SequênciadetratamentodosdadosOs dados foram transcritos para uma planilha eletrônica do programaMicrosoft Excel e todas as
análisesforamrealizadasnomesmoprograma
SoftwaresutilizadosMicrosoftExceleAdobeAcrobatReader
MétododeAlocaçãodasEmissõesporEstadoA alocação das emissões por cada estado foi feita em relação à população do estado conforme
dados IBGE, portanto os dados analisados, já tomavam conta das divisões e consolidações de
estados.
MétodoparapreencheraslacunastemporaisdedadosEm relação à população não tinham lacunas temporais de dados. Em relação às emissões do
Terceiro Inventário, as informações estavam disponíveis somente para o período 1990 – 2010,
portanto para os outros anos foi efetuada uma regressão numérica baseada na população e nas
emissõespercapita.
2.3 TratamentodeEfluentesIndustriaisFórmuladeCalculo-IPCC/InventárioAequaçãoaseguirdeterminaaestimativadeemissõesdeCH4pelotratamentodeefluentes
industriais.
Onde:
Emissões:Quantidadedemetanogeradaaoano[kgCH4/ano]
TOWind:Efluenteindustrialorgânicototal[kgDBO/ano]
FE:Fatordeemissão[kgCH4/kgDBO]
R:CH4recuperadoaoano[kgCH4/ano]
AEquaçãoaseguirestimaoefluenteorgânicototal:
Onde:
Pi:Produçãoindustrial[tproduto/ano]
Dind:Emissãodecargaorgânica[kgDBO/tproduto]
Paradeterminarofatordeemissão(FE)paraefluentesdomésticosutiliza-seaseguinteequação:
Onde:
Boi:Capacidademáximadeproduçãodemetanoparaefluentesindustriais[kgCH4/kgDBO]
MCFi:Fatordeconversãodemetanodosistema“x”tratandooefluente“i”[adimensional]
OsvaloresdoMCFdecadaanoestãopresentesnoTerceiroInventarioBrasileiroparaosanosde
1990–2010,paraosanosanterioreseposterioresfoiefetuadaumaextrapolaçãolinear.Afimde
estimarometanorecuperado(R)foramexecutadoscálculosdeextrapolaçãolinearsobreosvalores
doMCFrec.estabelecidospeloMCTIparacadasubsetor.
DadosdeNíveldeAtividadenecessárioserespectivasfontesOsdadosdeproduçãoindustrialdosdiferentessetoresanalisadospossuemasseguintesfontes:
Açúcar:Uniãodaindústriadacanadeaçúcar–ÚNICA(http://www.unicadata.com.br/)
Álcool:Uniãodosprodutoresdebioenergia–UDOP(http://www.udop.com.br/index.php?item=safras)
Leitecru:PesquisaPecuáriaMunicipaldisponívelnobancodedadosdoSistemaIBGEde
Recuperaçãodedados–SIDRA(http://www.sidra.ibge.gov.br)
PapeleCelulose:AssociaçãoBrasileiradeCeluloseePapel–Bracelpa(http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/461).Osdadosde2015foramobtidosnobanco
dedadosdaIndústriaBrasileiradeÁrvore(Ibá).
Cerveja:Osdadosde2006a2011sãodaPesquisaIndustrialAnualdisponívelnobancodedadosdoSistemaIBGEdeRecuperaçãodedados–SIDRA(http://www.sidra.ibge.gov.br).
Osdadosde2012-214sãodoSistemadeControledeProduçãodeBebidas-SICOB
(http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/bebidas/SistContrProdSicobe.htm)
Dadossobreaproduçãonacionalde2015foramfornecidospelaAssociaçãoBrasileirada
IndústriadeCerveja(CervBrasil).
AbatedeBovinos:PesquisaTrimestraldoAbatedeAmimaisdoIBGEdisponívelnobancode
dadosdoSistemaIBGEdeRecuperaçãodedados–SIDRA(http://www.sidra.ibge.gov.br).
AbatedeAves:PesquisaTrimestraldoAbatedeAmimaisdoIBGEdisponívelnobancode
dadosdoSistemaIBGEdeRecuperaçãodedados–SIDRA(http://www.sidra.ibge.gov.br)
AbatedeSuínos:PesquisaTrimestraldoAbatedeAmimaisdoIBGEdisponívelnobancode
dadosdoSistemaIBGEdeRecuperaçãodedados–SIDRA(http://www.sidra.ibge.gov.br)
Leitepasteurizado:EmrelaçãoaoLeitepasteurizado,osdadosoficiaisdoIBGE(Pesquisa
Mensal do Leite)sãoreferidosaoperíodo1989–1996.Devidoanãolocalizaçãodeoutros
dadosdeproduçãoeainexistênciadeumcrescimentolinearparaaalocaçãodaprodução
paracadaUFforamutilizadascorrelaçõesentrepopulação,edadosoficiaisdoIBGE.
FatoresdeEmissãoUtilizadosPara o cálculo das emissões foram utilizados os mesmos fatores de emissão disponibilizados no
Terceiro Inventário Brasileiro de Emissões/ Relatório de Referência, que seguem referenciados
abaixo:
Dind:Emissãodecargaorgânica(IIIInventário/RelatóriodeReferência-pg.52)
MCFx:Fatordeconversãodometanodosistema"x"tratandooefluente(IIIInventário/Relatóriode
Referência-pg.54-55)
Boi:Capacidademáximadeproduçãodemetanoparaefluentes industriais (III Inventário/Relatório
deReferência-pg.53)
R: metano recuperado ao ano (Utilizou-se as frações recuperadas, que foram calculadas como
descritonaseção“Sequenciadetratamentodedados”)
Mododerecepçãodosdados
Osdadosdaproduçãoindustrialforamprocuradosnosseguintessites:
IBGE:disponíveisparaconsultaeparadownloadnositedoIBGEatravésdoBancodedadosSistema
IBGEdeRecuperaçãodeDadosAutomática–SIDRAedasSériesHistóricaseEstatísticas;
CONAB:Osdadosestãodisponíveisparadownloademformatoxls;
Bracelpa:Osdadosde2006a2011estãodisponíveisnositedainstituição.Osdadosde2012foram
fornecidosmediantesolicitaçãoviae-mail;
Ibá:Dadosde2015sobreaproduçãodepapelecelulose
SICOB:planilhadisponívelparaconsultanositedaReceitaFederal.
Sequênciadetratamentodosdados
OsdadosdeLeitecrusãodisponibilizadosemlitroseforamconvertidosemtoneladas,utilizando-se
adensidademédiade1,032Kg/lapresentadospelaEMBRAPA;
A fração de metano recuperada nos diferentes setores foi calculada pela divisão do Metano
Recuperado (Dados do Terceiro Inventário/Relatório de Referência - pg. 75 e 76) pelas emissões
totaiscalculadas.Estecálculofoirealizadoporsetor,paraosanosde1970a2015.
Softwaresutilizados
MicrosoftExceleAdobeAcrobatReader
MétododeAlocaçãodasEmissõesporEstado
A alocação das emissões por cada estado foi feita em relação à produção estadual conforme os
dados obtidos, portanto, as emissões obtidas já estavam condizentes com as divisões e
consolidaçõesdeestados.
Métodoparapreencheraslacunastemporaisdedados
Utilizaram-se regressões linearesecorrelaçõescomosdadospopulacionaisparaseestabelecer índices
deproduçãoindustrialparaosanoscomdadosnãodisponíveis.
2.4 IncineraçãoderesíduossólidosFormuladeCálculo-IPCC/Inventário
De acordo como IPCC (2000), a incineraçãode resíduos sólidos emite CO2 eN2O. Estes resíduos,
segundo o IPCC, se dividem nos seguintes tipos: Resíduo sólidomunicipal (MSW), Resíduo sólido
industrialperigoso(HW),Resíduodosserviçosdesaúde(CW)eLododeesgoto(SS).Aestimativade
emissão de CO2 por incineração de resíduos sólidos é determinada de acordo com a seguinte
equação:
Onde:
QCO2:QuantidadedeCO2geradaaoano[kgCO2/ano]I:tipoderesiduo
Wi:Massaderesíduoincineradopertipo[t/ano]
CCW:Carbonocontidonoresíduotipoi[adimensional]
FCF:Fraçãodecarbonofóssilnoresíduotipoi[adimensional]
EF:Eficiênciadequeimadosincineradoresderesíduotipoi[adimensional]44/12:Conversão
deCparaCO2[adimensional]
AestimativadeemissãodeN2Oporincineraçãoderesíduossólidosédeterminadadeacordocoma
seguinteequação:
Onde:
QN2O:Quantidadedeóxidonitrosogeradaaoano[tN2O/ano]
Wi:Massaderesíduoincineradoportipoi[t/ano]
EFi:Fatordeemissãoparaotipoideresíduo[kgN2O/tderesíduos]
10–6:fatordeconversãodetparakg[10-6Gg/kg]
DadosdeNíveldeAtividadenecessárioserespectivas fontes
AsemissõesrelativasàincineraçãoderesíduosdeserviçosdesaúdeforamobtidasnosPanoramasanuais
daABRELPE apartir do anode2008, eparaopreenchimentodedadosnãodisponíveis, optou-sepor
utilizarumaregressãolinearatéoanode1990.Jápararesíduosindustriais,observou-seumcenáriode
indisponibilidade de dados públicos, portanto, a quantidade de material encaminhado para esta rota
tecnológica foi calculada pormeio de análise de dados descritos no III Inventário Nacional de 1990 a
2010,comdistribuiçãoestadualpautadanoDiagnósticodosResíduosSólidos Industriais realizadopelo
IPEA(InstitutodePesquisaEconômicaAplicada).
FatoresdeEmissãoUtilizados
Foramutilizadososseguintesfatoresdeemissão:
CO2:OsvaloresdoscoeficientesCCW,FCF,EFpresentesnaequaçãoacima,estãodisponibilizados
porcadatipoderesíduoincineradonoTerceiroInventarioBrasileiro(pg.35)
N2O:OsvaloresdocoeficienteEFpresentenaformulaacimaestádisponibilizadosporcadatipode
resíduoincineradonoTerceiroInventárioBrasileiro(pg.35)
Mododerecepçãodosdados
Os dados das emissões de CO2 e de N2O foram acessados no III Inventário Brasileiro de
Emissões/RelatóriodeReferência“TratamentoeDisposiçãodeResíduos”,noDiagnósticodosRSIdo
IPEAenosPanoramasdeResíduosSólidosnoBrasil(2008-2015).
SequênciadetratamentodosdadosOsdadosforamtranscritosparaumaplanilhaeletrônicadoprogramaMicrosoftExcel.Asanálisesde
regressãolinearforamrealizadasnomesmoprograma.
Softwaresutilizados
MicrosoftExceleAdobeAcrobatReader
MétododeAlocaçãodasEmissõesporEstado
Os dados da quantidade de resíduos de serviços de saúde incinerados estavam disponíveis, já
alocadosporestado,noPanoramadeResíduosSólidosnoBrasildaABRELPE.Enquantoaalocação
dosresíduossólidosindustriaisforamrealizadasconsiderandoaproporçãodacontribuiçãoestadual
para o uso desta rota tecnológica baseada no Diagnóstico de Resíduos Sólidos Industriais.
Métodoparapreencheraslacunastemporaisdedados
Os dados realmente disponíveis em relação à incineração de resíduos são muitos poucos e a
confiabilidade destes dados é muito baixa, portanto as lacunas temporais dos dados foram
preenchidasatravésdeumaregressãolinearefetuadaemrelaçãoaosconfiáveis.
3. QuadrodeQualidadedosDadosParaaapresentaçãodaqualidadedosdadostemosescolhidostrêsníveisdeclassificaçãoemrelaçãoà
qualidadeeconfiabilidadedosdadosànívelestadual,federaleseriehistórica:
QualidadedosDadosNacionaisRecentes (1990-2015)
QualidadedosDadosHistóricos(1970-1990)
QualidadedaAlocaçãonosEstados
QualidadedosDadosNacionaisRecentes(1990-2015)Aseguintetabelamostraaqualidadedosdadosanívelnacionalnoperíodode1990–2015.
Legenda:
EXISTÊNCIADEDADODEATIVIDADE
DadosexistentesparacalculodeacordocomTierdo2o
inventário(incluidadosexistentesemassociaçõesdeclasse,
1 mesmoquenãosejapublico).Dadosquesóexistemnas
empresasouagenteseconomicosespecíficosnàoserão
considerados.
2 Dadosincompletos
3 Dadosnãoexistentes
DISPONIBILIDADEDEDADOSDEATIVIDADE
1 Dadosdisponíveisdeformapúblicaegratuita
2
Dadosdisponíveiscomalgumarestrição(pago;emlocalfísico
especifico,oudisponivelapenasmediantesolicitação
especifica)
3 Dadosnãodisponíveis
FATORESDEEMISSÃO1 Fatorexplícito,comreferência
2 FatorimplícitocomcorrelaçãoR2maiorouiguala0,7
3 FatorimplícitocomcorrelaçãoR2menorque0,7
NECESSIDADEAPRIMORAMENTO
1 Semnecessidadedeaprimoramento
2NecessidadedeaprimoramentodemétodoOUobtençãodos
dadosparacálculo
3NecessidadedeaprimoramentodemétodoEobtençãode
dadosparacalculo
QUALIDADEGERALDODADO
1 Dadoconfiável;capazdereproduzir2oinventário
2Dadoconfiávelparaestimativa;inventáriopodegerar
diferençassignificativas
3 Dadopoucoconfiáveloudedificilavaliação
QualidadedosDadosHistóricos(1970-2015):
Legenda:
21
Setor/Sub-Setor/Categorias
1970197119721973197419751976197719781979198019811982198319841985198619871988198919901991199219931994199519961997199819992000200120022003200420052006200720082009201020112012201320142015
QualidadeGeraldoDado
ResíduosDisposiçãodeResíduos 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2IncineraçãodeResíduos
ResíduosdeServiçosdeSaúde 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2ResíduosIndustriais 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
TratamentodeEfluentesDomésticos 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2TratamentodeEfluentesIndustriais
Açucar 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1Alcool 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1Aves 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2Bovinos 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2Cervejas 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 1 1 1 1 1 2Leitecru 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1Leitepasteurizado 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2Celulose 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2Suínos 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2
QualidadeRelativadoDadoHistórico
Aspecto
1
23
Valores
QUALIDADERELATIVADODADOHISTÓRICODadodeatividadeexistente/disponívelparaorespectivoanoefatordeemissãoadequadoparaépoca
Dadosdeatividadesestimadospeloprojetooucorrelaçãocomoutrosdados[e/ou]fatoresdeemissãoinadequadosparaDadosdeatividadesestimadosefatoresdeemissãoinadequados
QualidadedaAlocaçãonosEstados
Legenda:
Setor/Sub-Setor/Categorias
ExistênciadoDado
DisponibilidadedoDado
ResíduosDisposiçãodeResíduos 1 2 2 2 2 2IncineraçãodeResíduos
ResíduosdeServiçosdeSaúde 1 2 2 2 2 2ResíduosIndustriais 1 2 3 3 2 2
TratamentodeEfluentesDomésticos 1 2 2 1 2 2TratamentodeEfluentesIndustriais
Açucar 1 1 1 1 1 1Alcool 1 1 1 1 1 1Aves 2 1 2 2 2 2Bovinos 2 1 2 2 2 2Cervejas 2 2 1 2 3 3Leitecru 1 1 2 2 2 2Leitepasteurizado 1 2 2 3 3 3Celulose 1 1 1 1 2 1Suínos 2 1 2 2 2 2
NíveldeAtividadeNecessidadedeAprimoramento
QualidadeGeraldaAlocação
Ocorrenciadealocação
CritériodeAlocação
Aspecto
1
23123123123123123123
FATORESDEEMISSÃOfatorexplícito,comreferênciafatorimplícitocomcorrelaçãoR2maiorouiguala0,7fatorimplícitocomcorrelaçãoR2menorque0,7
OCORRÊNCIADEALOCAÇÃOAlocaçãopossíveldetodaemissãonacinalnosestados(nãoficaresíduo/montantenãoalocado)
Alocaçãoparcialmentepossível.Partedasemissõesnacionaisnãofoialocada.Alocaçãoparaosestadosnãofoipossível
NECESSIDADEAPRIMORAMENTOsemnecessidadedeaprimoramentonecessidadedeaprimoramentodemétodoOUobtençãodosdadosparacálculonecessidadedeaprimoramentodemétodoEobtençãodedadosparacalculo
QUALIDADEGERALDAALOCAÇÃOdadoconfiável;capazdereproduzir2oinventariodadoconfiávelparaestimativa;inventáriopodegerardiferençassignificativasdadopoucoconfiáveloudedificilavaliação
DISPONIBILIDADEDEDADOSDEATIVIDADEdadosdisponíveisdeformapúblicaegratuitadadosdisponíveiscomalgumarestrição(pago;emlocalfísicoespecifico,oudisponivelapenasmediantesolicitaçãodadosnãodisponíveis
EXISTÊNCIADEDADODEATIVIDADEdadosexistentesparacalculodeacordocomTierdo2oinventário(incluidadosexistentesemassociaçõesdeclasse,dadosincompletosdadosnãoexistentes
CRITÉRIODEALOCAÇÃOCritériodealocaçãoestadiretamenterelacionadocomosfatoresdeemissãoCriteriodealocaçãousafatoresindiretoscomaltacorrelaçãocomosfatoresdiretos.Critériodealocaçãousafatoresindiretoscombaixacorrelaçãocomfatoresdiretos.
Valores
Analisando as tabelas acima é possível notar comoos dados relativos ao Setor de tratamento de
Resíduossólidoseefluenteslíquidos,apresentamumaincertezarelevante,devidaprincipalmenteà
faltadedadossobreproduçõesesistemasdetratamento.Sóalgunssubsetoresapresentamdados
confiáveis,especialmentenasserieshistóricas1970-1990.
Analisandoaconfiabilidadeepresençadosdadosporcadasubsetor,constatamosque:
Disposição de resíduos: Falta de dados oficiais a nível federal e estadual, alocação obtida
através uma correlação com apopulação (fonte IBGE). Contextode falta dedadoshistóricos e do
sistemadetratamentoaoquaisosresíduossãosdestinados,cenárioquesealteraapartirde2008
comadivulgaçãodosPanoramasdeResíduosSólidosdaABRELPE.
Incineraçãoderesíduos:Pararesíduosindustriaisseobservaafaltadedadosoficiaisanívelfederal
eestadual,sejahistóricossejaatuais.Quantoaosresíduosdeserviçodesaúde,apartirde2008,têm-se
dadosmaisespecíficosquantoaquantidadedematerialincinerado.Noentantoénecessáriaumaanálise
maisrigorosadasplantasexistenteseasqueforamdesativadas.
Tratamento efluente doméstico: Falta de dados oficiais a nível federal e estadual. Falta de dados
históricosedosistemadetratamentoutilizados.
Tratamentodeefluentesindustriais:
o Açucar:Presençadosdadosoficiaisestaduaisdeprodução:1976–2015
Faltadedadosdoperíodo1970–1976,maspresençadedadosanívelfederativo.
o Álcool:Presençadosdadosoficiaisestaduaisdeprodução:1976–2015Faltadedadosdoperíodo1970–1976,maspresençadedadosanívelfederativo.
o Aves,BovinoseSuínos:Presençadosdadosoficiaisdeprodução:1997–2015(FonteIBGE).Faltadedadosdoperíodo1970-1997
o Cervejas:Presençadosdadosoficiaisdeprodução:2010–2015.Faltadedadosdoperíodo1970–2010,sejaanívelestadualquefederal.
o Leitecru:Presençadosdadosoficiaisdeprodução:1973–2014.Altaconfiabilidadedaqualidadedosdadosedasuasalocação.
o Leitepasteurizado:Presençadosdadossomentenumperíododetemporelativamentebreve,1989
–1996.Faltadedadosoficiaisparaosoutrosperíodos.
o PapeleCelulose:Presençadosdadosoficiaisdeprodução:1990–2015
Faltadedadosdoperíodo1970-1990
Bilbiografia
• Emissões de gases de efeito estufa no tratamento e disposição de resíduos sólidos:
relatórios de referência. Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito
Estufa,Tratamentoderesíduos.Brasília,DF:MCT,2015.
• Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Demanda Bioquímica de Oxigênio
[S.d].
• PNSB.PesquisaNacionaldeSaneamentoBásico.[Np]RiodeJaneiro:IBGE,2000a.
• SIDRA. Sistema IBGE de Recuperação Automática. Produção e vendas dos produtos e/ou
serviçosindustriais,segundoasclassesdeatividadeseosprodutos.
• SIDRA. Sistema IBGE de Recuperação Automática. População residente e situação do
domicílio: urbana. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/download/Pop%20total-
3.csv>.
• IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change. Revised 1996 IPCC Guidelines for
National Greenhouse Gas Inventories: Workbook. Waste. vol. 2. Edited by Houghton J.T,
Meira Filho L.G, Lim B, Tréanton K, Mamaty I, Bonduki Y, Griggs D.J and Callandre B.A.
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• PCCGuidelines forNationalGreenhouseGas Inventories.Waste.Preparedby theNational
GreenhouseGasInventoriesProgramme.EditedbyEgglestonH.S,BuendiaL,MiwaK,Ngara
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disponíveisemhttp://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=8
• ABRELPE.PanoramadeResíduosSólidosdoBrasil(anos2003-2015),disponíveisemwww.abrelpe.org.br
• EmissõesdeCH4,porEstado,de1990a2012:IIIInventárioBrasileirodeEmissões/Relatório
de Referência “Tratamento e Disposição de Resíduos”, disponível em:
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/330042/Tratamento_de_Residuos.html
• EmissõesdeN2O,de1990a2011:“Estimativasanuaisdeemissõesdegasesdoefeitoestufa
noBrasil”,disponívelemhttp://www.mct.gov.br/upd_blob/0226/226591.pdf
• PesquisaPecuáriaMunicipaldisponívelnobancodedadosdoSistemaIBGEdeRecuperação
dedados–SIDRA(http://www.sidra.ibge.gov.br)
• CompanhiaNacionaldeAbastecimento–CONAB
(http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1252&t=2)
• AssociaçãoBrasileiradeCeluloseePapel–Bracelpa
(http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/461)
• IndustriaBrasileiradeÁrvores–Ibá
• AssociaçãoBrasileiradaIndustriadacerveja–CervBrasil
• IPEA.DiagnósticosdeResíduosSólidosIndustriais.RelatóriodePesquisa.Brasília,2012.
• PesquisaIndustrialAnualdisponívelnobancodedadosdoSistemaIBGEdeRecuperaçãode
dados–SIDRA(http://www.sidra.ibge.gov.br).
• SistemadeControledeProduçãodeBebidas–SICOB
(http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/bebidas/SistContrProdSicobe.htm)
• DadossobreaproduçãoestadualenacionalforamfornecidospelaAMBEV.
• PesquisaTrimestraldoAbatedeAmimaisdoIBGEdisponívelnobancodedadosdoSistema
IBGEdeRecuperaçãodedados–SIDRA(http://www.sidra.ibge.gov.br)
• IBGE(PesquisaMensaldoLeite)período1989–1996.