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Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas Edição 92 • Janeiro/Fevereiro 2016 • www.abiea.org.br Embalagens e rótulos inteligentes ganham espaço na indústria famacêutica na Europa Garanta sua participação no 15 o Encontro de Convertedores da ABIEA

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  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 3

    Sumrios

    Expediente

    CONSELHO DIRETIVO (2014-2016) PRESIDENTE - Eduardo Q. Chede (Art Print)1 VICE-PRESIDENTE - Denis Piedade (DXD Rtulos)2 VICE-PRESIDENTE - Luciano Faria Bezerra (Aaron)3 VICE-PRESIDENTE - Mario Lage (Ready)4 VICE-PRESIDENTE - Larcio Strange Wamerling (Flexoprint)1 SECRETRIO - Francisco S. N. Neto (Adeso Etiquetas)2 SECRETRIO - Antonio C. D. da Costa (Tyrex)1TESOUREIRO - Srgio Botteselli Valrio (Visionflex)2 TESOUREIRO - Vanderlei Scalli (CCD Etiquetas)

    SUPLENTES DA DIRETORIALeonardo Fernandes Oliver (Oliver Print)Marcos Tomita (Contiplan)Raphael Erikson de Souza (Thermoprint)Antonio de O. Jordo Neto (Qualitec)Lzaro P.C. de Almeida Gouveia (Impress)Marcos D.da Natividade (Delta Etiquetas)Fernando A. Martins (Premium Flex)Srgio Rocha da Cruz (Printek)Silvia Helena Caldas (Metiq Solues)

    CONSELHO FISCALCarlos S. de Souza (Projetik)Antonio P. Sanches Andrade (Grafcola)Jos Carlos Drager (Multilabel)

    SUPLENTES CONSELHO FISCALDerly de Araujo Krassuski (Master Print)Roberto A. Jaegger (Automao)Luiz Gonzaga A. Filho (Rotulagem)

    EDITORALiliam Benzi (Mtb 19.352) [email protected]

    REPORTAGEMDaniela Dias [email protected]

    DIAGRAMAOTriall Editorial Ltda [email protected]

    MARKETING / COMERCIAL / TRAFEGO PUBLICITRIODirceu Darim [email protected] Rafacho [email protected]

    IMPRESSO/TIRAGEMArt Printer Grficos e Editores - 5.000 exemplares

    A revista O Auto-Adesivo uma publicao bimestral da ABIEA(Associao Brasileira das Indstrias de Etiquetas Adesivas). A reproduo de qualquer matria depende da aprovao prvia da entidade.Rua Maestro Cardim, 377 11. andar conjuntos 114So Paulo SP CEP 01323-000Fone/Fax (11) 3288-0508 / (11) 3284-7247e-mail: [email protected]: www.abiea.org.br

    Revista O AutoAdesivo Edio 92 Janeiro/Fevereiro de 2016

    5 TecnologiaEpson lana ColorWorks C7500G para impresso de rtulos e etiquetas adesivas

    6 InternacionalEntenda a importncia das embalagens e rtulos inteligentes para a indstria farmacutica na Europa

    8 RegionalA capacidade da Ip de se reinventar em suas vrias fases

    10 Jurdico

    12 Associado em Foco Um dos segredos da Adeso o pensamento jovem e moderno

    14 Entrevista Cultura de inovao a nova arma para competir segundo a especialista Gisela Schulzinger

    17 Artigo O papel da comunicao inteligente nas empresas inteligentes

    18 Capa Como o setor Grfico lutar contra o aumento de impostos e outros desafios

    22 ReportagemConhea o Programa Sustentabilidade em Cdigo lanado pela GS1 Brasil

    24 Vitrine

    26 Por Dentro da ABIEAAcompanhe o planejamento do Encontro do Setor

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 20164

    Palavra do Presidentep

    Eduardo ChedePresidente (2014/2016)

    Inspirao e muito trabalho em 2016!

    Diante das incertezas vividas durante 2015 e que prevalecem no incio deste novo ano, fica difcil arriscar qualquer previso para nossa indstria ou para a eco-nomia em geral. De certo sabemos que os nmeros Brasil ficaram muito aqum das expectativas e a indstria de rtulos e etiquetas autoadesivas no reagiu de forma diferente. Seguimos um pouco o ritmo da indstria grfica em geral e, por exem-plo, somente no primeiro semestre de 2015, amargamos quedas superiores a 5%. A segunda metade do ano foi ainda mais desanimadora. Embora no tenhamos ainda os dados consolidados, eu arriscaria dizer que nossa setor amargou queda durante todo o ano de 2015.

    Se existem perspectivas para 2016? Vamos dizer que o que existe a vontade implacvel de nossos empresrios de, pelo menos, recuperar as perdas do ano pas-sado e empatar os resultados ao final deste. Mas ainda h muita gua para rolar. Ao escrever este texto, por conta do fechamento editorial desta edio, ainda no tinha sido definida uma questo poltica fundamental e com impacto direto nos resultados da atividade industrial: o impeachment da Presidente Dilma.

    Este fato pode mudar muita coisa at porque importante ressaltar que mais do que uma crise econmica, o Brasil viveu em 2015 uma profunda e inigualvel crise poltica. Uma crise que afetou em cheio os hbitos de consumo, especial-mente para as pequenas e mdias empresas que so a maioria em nosso setor. Vi-mos que toda a cadeia produtiva acabou afetada pela recesso tcnica confirmada no final do ano.

    Mas lembrando o otimismo genuinamente Brasileiro, h sempre uma luz no fi-nal do tnel. Em momentos de crise acirrada como a atual, acabamos tendo opor-tunidades e mais tempo para botar a casa em ordem. Rever custos, repensar processos, redesenhar as relaes com fornecedores e clientes so apenas algumas delas. O fato que precisamos chegar ao final da crise com uma estrutura fortalecida que garanta a sustentabilidade e resultados melhores do que os de antes da crise.

    Assim, se possvel dar um conselho para 2016, ele seria: este o momento de tratar as empresas e os negcios por dentro, seja buscando o auxlio de espe-cialistas, identificando oportunidades ou simplesmente profissionalizando o que j existe. O importante ter um olhar diferente at porque o mercado e o nosso prprio negcio sairo diferentes depois deste perodo. Este o momento para es-tabelecer uma metodologia de trabalho e uma estrutura interna que alavanquem os produtos e as marcas, criando um diferencial forte e real para o mercado. Com ou sem impeachment, as empresas precisam acordar para uma realidade que foi desenhada a duras penas, mas que agora ser a linha mestra para as novas toma-das de deciso.

    Um 2016 inspirador para todos!

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 5

    TecnologiatPor Liliam Benzi

    Epson lana ColorWorks C7500G para impresso de rtulos e etiquetas adesivasCom tecnologia Precision Core, a nova impressora oferece alta produtividade, qualidade e confiabilidade

    A Epson acaba de lanar no Bra-sil a impressora jato de tinta ColorWorks C7500G, que ga-rante produtividade, flexibilidade e excelente qualidade para a impres-so de etiquetas personalizadas sob demanda. Graas exclusiva tecnolo-gia PrecisionCore, a nova impressora conta com cabeotes de impresso lineares e chips de impresso MicroT-FP. Por sua posio fixa, os cabeotes possibilitam imprimir em toda a lar-gura do substrato.

    A velocidade de impresso ou-tro diferencial: ela pode chegar a 300 mm por segundo, o equivalente a 1.000 rtulos de 4x3 polegadas em 10 minutos. Este modelo apresenta cartuchos de tinta de alta capacida-de que reduz a frequncia das trocas.

    A tinta pigmentada permite imprimir etiquetas de secagem rpida, resistentes a gua, manchas e desbotamento, em diversos substratos, como papel glossy e filmes (polietileno).

    J a tecnologia de gotas de tamanho varivel (VSDT) possibilita controlar o ta-manho das gotculas de tinta ejetadas, garantindo resultados ntidos e de alta qualidade. Com a resoluo de 600 X 1200 dpi pode-se reproduzir cdigos de barras, imagens de pessoas e paisagens com maior nitidez e fidelidade, em uma variedade de substratos foscos ou bri-lhantes, de diferentes formatos.

    A ColorWorks C7500G tambm com-patvel com a maioria dos sistemas ope-racionais e vem dotada de um cortador automtico; ela permite ainda a impresso em bobinas. Para facilitar sua manuteno,

    a impressora dispe de um siste-ma de auto diagnstico, que man-tm a qualidade das impresses ao detectar e limpar ocasionais obstrues que poderiam gerar riscos e falhas.

    Com a ColorWorks C7500G, os convertedores podero produzir, in-house e sob demanda, rtulos coloridos com excelente qualida-de, a um baixo custo por unidade. O equipamento ajuda a eliminar os custos associados pr-impresso e produz, rapidamente, etiquetas

    personalizadas para uma variedade de aplicaes embalagens para alimentos, bebidas e rtulos GHS, explica Sean M-ximo, especialista de produtos da Epson.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 20166

    Internacionali

    Embalagens ativas e inteligentes podem salvar indstria farmacuticaA partir de 2016 a obrigatoriedade de rastreamento dos produtos ser efetiva na Europa.

    Por Liliam Benzi

    Com a crescente presso im-posta indstria farmacutica Europeia pela obrigatoriedade da rastreabilidade em seus produtos, especialistas da Aipia (Associao Eu-ropeia da Indstria de Embalagem Ativa & Inteligente) (www.aipia.info) so unnimes em reforar a necessi-dade de adoo de embalagens ativas e inteligentes que possibilitem, entre outras coisas, rastreamento fcil e r-pido dos produtos. De fato, as leis se referem ao tema, alm de obrigarem a fcil autenticao e identificao de conformidade dos itens.

    Segundo o consultor independen-te Dick de Koning, Tanto o Ato de Segurana da Cadeia de Custdia de Medicamentos dos EUA como a Dire-tiva de Medicamentos Falsificados da Europa entraro em operao total, respectivamente, em2017 e 2016. Por isso a indstria precisa ser mais pr ati-va e olhar com seriedade a questo de rastreabilidade, incorporando, de vez, as tecnologias de embalagens ativas e inteligentes. Do contrrio, enfrentaro srios problemas. Alm do que, uma atitude passiva poder custar muito mais aos cofres empresariais.

    Alm dos rtulos com tecnologia RFID (identificao por radio frequn-cia), diversos setores correlatos ao de embalagens tm trabalhado em um amplo portflio de solues para a questo. Um exemplo o da Confrrie Clinique (www.confrerie-clinique.com) que nos ltimos oito anos se dedica ao desenvolvimento da tecnologia MEDICCINE, um sistema integrado mHealth (dispositivos mveis aplica-dos sade) que mede a aderncia dos pacientes s vrias terapias. Toda a me-dio feita via embalagem especial-mente blisters, garrafas e seringas e seus rtulos. a embalagem inteligen-te que possibilita monitorar as condi-es de armazenamento do produto e a prescrio da medicao, slida e lquida, a partir de um microchip espe-cialmente projetado para a funo.

    Jos Geboers, co fundador da empre-sa, explica o funcionamento: a integra-o dos circuitos eletrnicos impressos na embalagem abre uma srie de opor-tunidades para agregar valor indstria de embalagem. Para Sandy Gunn, do Centro de Processo de Inovao (CPI) (www.uk-cpi.com) do Reino Unido, estes circuitos eletrnicos podem ser

    O consultor independente Dick de Koning aposta nas solues combinadas entre rtulo e embalagem.

    incorporados embalagem para me-lhorar o resultado dos pacientes e sua conformidade, oferecendo informa-es e garantindo que no houve vio-lao da embalagem e que o produto adequado ao consumo. O CPI j est trabalhando com possveis parceiros comerciais no desenvolvimento de em-

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 7

    balagens inteligentes para diversos se-tores dentro da indstria farmacutica.

    J Jeremy Laurens, co fundador da Blulog (www.blulog.eu), conta que cinco em cada 10 farmacuticos mais vendidos devem ser mantidos em temperaturas entre 2C e 8C no traje-to entre o produtor e o usurio. Neste caso entram em cena as embalagens ou rtulos isotrmicas e os mar-cadores de temperatura que hoje so vendidos separadamente. O ideal seria a combinao de todos os dispositivos na prpria embalagem. A tecnologia NFC (near field communication co-municao em campo prximo), por exemplo, possibilita o uso de marca-

    dores de temperatura muito finos di-retamente integrados na embalagem/rtulo isotrmico a fim de monitorar a temperatura e garantir informaes lo-gsticas como coordenadas no GPS e acesso via smartphones.

    Mas estes so apenas alguns exemplos de como mltiplas solues podem ser combinadas em uma ni-ca embalagem/rtulo para garantir autenticidade, segurana e confor-midade aos produtos farmacuticos, completa Koning. Nossa esperana que os diversos elos da cadeia de embalagem percebam a importncia vital do assunto e a grande oportuni-dade para o setor.

    Dispositivos mveis aplicados sade mHealth j so uma realidade nos medicamentos na Europa.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 20168

    Regionalr

    Foco no rtuloCom 65 anos de existncia, tradicional grfica do Paran investe em qualidade e aprimoramento constante para se destacar mesmo em momentos de crise

    Por Daniela Dias

    Quando Alceu Malucelli e seu ento scio Ernesto Casa-grande se mudaram de Pon-ta Grossa para Londrina, quase nada sabiam sobre tipografia, mas foram convencidos por entendidos no ramo que aquele era o negcio do momen-to. Foi assim que, em 1950, nasceu a Ip em um prdio de 100 m2, em Lon-drina. E o tempo mostrou que a esco-lha foi acertada.

    Desde a sua fundao, a empresa passou por vrias fases: tipografia, linotipia, fbrica de carimbos, cliche-ria, livraria e papelarias. J de incio buscou investir em qualidade, trazen-do mquinas novas, importadas da Alemanha. No final dos anos 1970, a famlia Malucelli assumiu totalmen-te o controle acionrio da empresa.

    O mercado foi mudando e algumas transformaes foram s necessrias para atender s novas demandas. Em 1989, por exemplo, a empresa co-meou a produzir formulrios cont-nuos. Foi um sucesso. Com o tempo, transformou-se em uma das maiores do setor nesse segmento. Cresce-mos muito e chegamos a ficar entre as maiores grficas de formulrios do Brasil. Foi o que nos levou a conquis-tar Prmios de Excelncia Grfica no Paran, no Brasil e internacionalmen-te, conta Malucelli.

    Para facilitar a operao, muda-ram-se para o municpio de Camb, na regio metropolitana de Londrina, em 1992. O objetivo era unificar as unidades de grfica plana e formul-rios, que ficavam em edifcios sepa-rados, dificultando o gerenciamento. Passado um ano aps a mudana, a empresa deixou em segundo plano o setor de grfica plana, abriu mo das papelarias e resolveu concentrar seus esforos na fabricao de formulrios contnuos, mas atendendo tambm a outros tipos de trabalhos grficos.

    Com o advento de novas tecnolo-gias e ferramentas on-line, a empresa teve que se reinventar diante de ou-tros desafios. Houve uma mudana no sistema de nota fiscal no pas que passou da impressa em formul-rio contnuo para o modelo de Nota

    Fiscal Eletrnica o que afetou dire-tamente as vendas de itens para este nicho de mercado. Esse novo quadro foi um dos motivadores para que a Ip passasse a atuar no mercado de rtulos e etiquetas adesivas, em 2009.

    As mudanas e os novos investi-mentos levaram, de um modo geral, a um aumento do nmero de clientes nas reas alimentcia, bebidas, limpe-za domstica, cosmticos, entre ou-tras. Nos ltimos anos, a Ip adquiriu novas impressoras offset e flexogr-ficas UV com acabamento em linha e equipamentos e softwares de pr-im-presso de ltima gerao, alm da primeira impressora digital HP indigo W4600 da Amrica Latina. E est in-vestindo cada vez mais em rtulos e etiquetas. Seu foco produzir com

    Foto dos fundadores Alceu Malucelli e Ernesto Casagrande.

    Foto das Instalaes em 1950.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 9

    Sobre a IP Instalada em um prdio de 4 mil m em Camb, na regio metropolitana

    de Londrina.

    Ganhou seis Prmios Fernando Pini, 7 Prmios Theobaldo de Nigris, 11 Prmios Oscar Schrappe Sobrinho, 3 Prmios ABIEA e 3 Prmios Abflexo Srgio Vay.

    alta qualidade de impresso e acaba-mentos especiais, como serigrafia, hot stamping, cold stamping, gofrado (re-levo seco), laminao, dados variveis e cortes especiais. No incio de 2015, a Ip adquiriu mais uma impressora flexogrfica, ampliando a capacidade de produo.

    Como atende tanto localmen-te como em todo o Brasil, a grfica procura se manter em contato per-manente com os clientes por meio de representantes comerciais, canal de vendas internas, pelo trabalho de ps-venda e pelo envio de e-mails. Para atender a um variado portflio e acompanhar as flutuaes econ-

    micas e sociais do pas ao longo dos seus 65 anos de existncia, a empresa acredita que a melhor aposta seja ofe-recer um trabalho de qualidade, bus-cando o aprimoramento constante, o que est, inclusive, destacado entre seus valores.

    Atualmente, os desafios so in-meros, em especial diferenciar-se em um mercado to disseminado. Foi outro aprendizado difcil, mas hoje estamos com equipamentos de qualidade, pessoal qualificado e conquistamos muito clientes. um setor muito competitivo, com muitos players, explica Malucelli. Para o futu-ro, a inteno se especializar, cada

    vez mais, no setor de rtulos, com novas aquisies e treinamento de pessoas, completa.

    Primeira Impressora tipogrfica, adquirida em 1950.

    Instalaes atuais

    Impressora Flexogrfica para a produo de Rtulos e Etiquetas Adesivas.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201610

    A reduo no ritmo da economia domstica, a perda do grau de investimento, os juros mais al-tos, a crise poltica e a depreciao alm do esperado da moeda brasileira criam um cenrio de grande incerte-za e instabilidade no faturamento das empresas. Para tentarem se adequar a esse novo panorama de retrao e es-

    JurdicojPor Marcelo Fonseca Boaventura*

    Alternativas para enfrentar o cenrio econmico atual

    tagnao da economia, sem compro-meter sua capacidade de recuperao, as empresas podem se valer de duas alternativas juridicamente vlidas: o lay-off e o Programa de Preservao do Emprego (PPE).

    O lay-off a suspenso temporria do contrato de trabalho para requa-lificao profissional do empregado.

    Durante o perodo de suspenso con-tratual o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) pagar os salrios dos empregados, respeitado o limite do teto do seguro desemprego aplicvel poca da suspenso contratual.

    Neste perodo de suspenso con-tratual ocorrer a qualificao da mo de obra, sendo que os empregados

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  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 11

    * Marcelo Fonseca Boaventura mestre em Direito pela PUC/SP, conselheiro julgador do Conselho Municipal de Tributos de So Paulo, professor universitrio, advogado scio da Fonseca & Boaventura Advogados e consultor jurdico da ABIEA. [email protected]

    devem comprovar presena mnima de 75%, sob pena de no receberem os valores da bolsa paga pelo FAT.

    A durao do lay-off varivel e de-pende dos motivos da medida. Quan-do a empresa adota a suspenso dos contratos de trabalho por motivos de mercado ou estruturais e tecnolgicos, o lay-off pode durar no mximo cinco meses; em casos de catstrofes o regi-me poder ter durao mxima de um ano.

    J o Programa de Preservao do Emprego tem por objetivo possibilitar que a empresa reduza a jornada de trabalho e o salrio dos empregados em at 30%, com o benefcio do em-pregado no ter a reduo total de sua remunerao, pois o FAT realizar a

    compensao pecuniria em at 50% da remunerao reduzida.

    Podem aderir ao PPE empresas de todos os setores, em situao de di-ficuldade econmico-financeira, que celebrarem acordo coletivo de traba-lho especfico de reduo de jornada e de salrio. A durao do programa varia de seis meses a um ano e o em-pregado que estiver no programa ter estabilidade pelo perodo de reduo da jornada acrescido de um tero.

    Para concretizao do lay-off ou do PPE indispensvel a participao do Sindicato e a aprovao dos empre-gados que participarem do programa. Nos dois casos as empresas devem comprovar a regularidade fiscal e pre-

    videnciria perante a Receita Federal do Brasil.

    Ao utilizar essas medidas as em-presas se adequam a uma eventual reduo na demanda, diante da es-tagnao da economia, diminuindo temporariamente os seus custos, sem comprometer a rpida recuperao da produo na hiptese de melhoria do cenrio econmico.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201612

    Manter o olhar sempre frente e encontrar solues rpidas, eficientes e inovadoras so atitudes muito valorizadas na Adeso Etiquetas. A empresa, liderada por Francisco Sanches Neto, tambm Di-retor da ABIEA, preconiza um modo de pensar que tenta escapar do tradi-cional, desde o atendimento ao cliente at o produto final entregue.

    Essa viso, Neto carrega consigo desde 1992, quando resolveu seguir os passos do irmo e do tio, tornando-se um convertedor. Empreendedor, aliou os conhecimentos adquiridos ao lon-go dos anos, aprendeu a dinmica do mercado e juntou tal experincia sua formao em Marketing. Os rtulos e etiquetas desempenham um papel fundamental, como forma de chamar a ateno do consumidor sobre um produto. Essa viso mais ampla, ajuda na hora de mostrar essa importncia para nossos clientes, explica o diretor comercial da Adeso.

    Outra caracterstica marcante da empresa o que seu fundador cha-ma de pensamento moderno. Ele percebeu, ao longo desses 24 anos, que houve uma mudana de com-portamento profissional de seus funcionrios, e com isso, se dedicou a estudos sobre as diferentes gera-es, adotando hoje uma avaliao psicolgica prvia de um candidato,

    para que ele exera realmente a sua vocao.

    O Diretor acha importante estar profissionalmente aliado pessoas de esprito jovem, sem distino de idade ou experincia, leais ao trabalho e ao cliente, antenadas e conectadas com o que acontece ao seu redor e positivas em sua maneira de lidar com o mun-do, mas faz questo de ressaltar: a ju-ventude no est necessariamente na idade, mas principalmente na cabea, pois traz consigo um modo de pensar livre de amarras e pronto a rever os problemas sob novos ngulos.

    Sua empresa atua sempre com idias inovadoras, pois atende a todos os segmentos, de pequenas empresas a multinacionais, dando a cada uma o me-lhor atendimento. Para dar conta de um portflio extenso de clientes, a empresa atende trabalhos de serigrafia, flexogra-fia, offset UV, digital e dados variveis.

    Visando o mercado cada vez mais competitivo e seu momento econmi-co, uma grande vantagem competitiva que permite que seus trabalhos sejam entregues com qualidade e melhor custo benefcio, a Adeso realiza aqui-sies de novas mquinas com o me-lhor da tecnologia do segmento, pelo menos a cada 3 anos.

    Mas a Adeso no se resume so-mente a isso; mas, antes, no capital humano e nos treinamentos recebidos

    pela equipe. A comear pelo atendi-mento ao cliente: Quando algum liga dizendo que tem um problema, nossa resposta : voc deixou de ter um problema; ns temos a soluo, afirma Neto. A empresa tem a premis-sa de oferecer um servio completo, que atenda s necessidades do cliente e englobe estratgias diferenciadas de marketing, do que simplesmente focar em preos. Ns vendemos o produto, no o preo, enfatiza seu Diretor.

    Como parte do seu plano de cres-cimento, um dos objetivos adquirir uma mquina digital de grande porte,

    Associado em FocoaPor Daniela Dias

    Pensamentos modernos norteiam a AdesoAcreditando que a juventude a janela pela qual o futuro entra no mundo, a Adeso possui uma equipe composta por pessoas de mentalidade jovem, com a mente aberta para novas idias, para, assim, extrair delas o que h de melhor.

    Primeira mquina impressora (1992)

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 13

    pois cada vez mais o mercado pede tiragens menores e de produtos espe-cficos, que precisam aliar qualidade e agilidade.

    Um jeito jovem de serA Adeso Etiquetas acaba de ini-

    ciar obras para sua terceira fbrica no

    Esse moderno processo de gesto tambm se destaca na sucesso, para daqu h alguns anos. Francisco Neto no acredita que seus filhos tenham que ser obrigatoriamente seus suces-sores, pois acha importante deix-los livres para outras escolhas profissio-nais; mas idealiza que seus prprios funcionrios , por merecimento, ve-nham a se preparar para um dia in-gressarem no quadro societrio da empresa, em um novo projeto ousado de administrao.

    Neto dedica esta publicao a seu irmo, Paulo Sanches, a quem deve todo seu aprendizado.

    bairro do Brs (SP), que vai ocupar uma rea de 1.200 m2, alm de manter um escritrio comercial na Vila Ma-riana. Dentro do conceito de inovao adotado por seu fundador, a empresa possui um ambiente alegre e descon-trado, mas muito profissional em seu campo de atuao.

    Francisco Sanches Neto (2016)

    Equipe comercial

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201614

    Cultura de inovao a nova arma para competirMas para cri-la preciso acabar com tabus e entender que os erros so etapas fundamentais para o aprendizado. preciso repensar os negcios com um olhar diferenciado.

    EntrevistaePor Liliam Benzi

    Formada pela ESPM e Ps Gradua-da em Cincias do Consumo Apli-cadas, Gisela Schulzinger atua na rea de design h mais de 25 anos e hoje Chief Branding Officer e scia da Pande Design, agncia especializada em desenvolvimento de projetos de Branding, Design Estratgico e Inova-o. Em sua inquietude na busca pelo novo, a especialista tem como misso sensibilizar os empresrios sobre o po-der e a urgncia do repensar.

    Para garantir o sucesso da emprei-tada, Gisela faz questo de plantar a semente do novo em todas as frentes nas quais atua, seja na presidncia da ABRE (Associao Brasileira de Embala-gem), como professora na graduao em design da ESPM ou como Diretora da Abedesign (Associao Brasileira das Empresas de Design), alm, claro, nos prprios clientes pela sua empre-sa.

    Nesta entrevista, Gisela relata como as visitas s empresas e startups do Vale do Silcio, na Califrnia (EUA), mudaram sua forma de pensar e deter-minaram um novo olhar sobre os mo-delos de negcios vigentes.

    Como voc define a experincia vivida em suas duas visitas ao Vale doSilcio?

    A definio mais simples e precisa : uma imerso com um impacto bas-

    tante profundo na forma de ver e de entender o mundo. Mas isso tudo de uma forma muito consciente e levando em considerao a realidade do Brasil. No proponho que simplesmente im-portemos as ideias e os pensamentos vistos por l; precisamos buscar o que pode ser emprestado de l.

    olhar a experincia que faz parte de uma outra cultura e entender o que pode ser adaptado nossa realidade.

    E existe uma metodologia para isso?No, no h regras, mas sim pontos

    importantes a serem considerados.Por exemplo, preciso entender a

    forma como lidam com os erros e fra-cassos E para isso no h uma metodo-logia pois trata-se de um processo de construo de mentalidade.

    Eles tm muito claro a importncia de lidar com o risco e tolerar o erro. A ideia de fracasso e de erro, para aque-las pessoas, parte do processo de aprendizado e, portanto, fundamen-tal. O erro no para ser esquecido ou superado, mas para ser visto como par-te do aprendizado e do crescimento.

    Outro ponto fundamental a auto-nomia das pessoas; elas so treinadas e preparadas para serem autnomas e agirem como empreendedores, pensarem como donos do negcio mesmo atuando dentro de uma or-

    Gisela Schulzinger

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 15

    ganizao. So os chamados intra empreendedores.

    Para isso preciso trabalhar a cul-tura organizacional e estimular o de-senvolvimento de uma nova viso mais voltada para a colaborao, expe-rimentaco e tolerncia ao erro, enten-dendo o erro como parte do processo de fazer dar certo. preciso entender tambm que as mudanas e os pro-cessos de inovao no se do mais apenas por meio do suporte tecnol-gico ou financeiro; estes devem ser en-tendidos como meio e no como fim. Neste caso a inovao passa necessa-riamente pelas pessoas. So elas que promovem as mudanas.

    Qual a diferena de mentalidade dos empresrios do Vale e dos Brasileiros?

    Antes de qualquer coisa temos que combater a tendncia ao comodismo e ao medo de mudar. As empresas e seus profissionais devem estar sempre atentos, buscando informao e, mais ainda, participando efetivamente de eventos e projetos que estimulem o desenvolvimento de novos modelos mentais, novas ferramentas e metodo-logias.

    Estamos na era do learning by doing e como sempre digo: o im-portante no ter a informao, mas saber o que fazer com ela. A reside a grande diferena. Tambm precisamos combater a postura passiva e vitimada, adotando uma postura mais pr ativa e propositiva.

    Os lderes no Brasil sempre tm medo de mexer em time que est ganhando e com isso acabam deses-timulando as novas ideias, as novas vises e, pior, vo perdendo a capaci-dade de reagir. Mas j vemos alguns setores industriais mais abertos e en-gajados neste novo pensar. Como as indstrias de moda, calados, mqui-nase equipamentos entre outros.

    O setor de embalagem ainda tem muito a fazer. Acredito que o estmulo ao pensamento inovador nestes seto-res advm da necessidade de garantir a competitividade, principalmente por participarem do mercado externo. E a preciso ser criativo, rpido e inova-dor, pois a concorrncia global.

    O que no ocorre na velocidade ideal com a indstria de embalagem que no tem um histrico de inter-nacionalizao. Para a maioria dos setores, a competitividade ainda est

    atrelada reduo de carga tribut-ria, impostos, enfim, aspectos mais burocrticos e que no esto sob seu controle. Com isso, no repensam mu-danas e inovaes em seus proces-sos internos, equipes, etc... e sobre os quais tm controle.

    Que conselho voc daria para as indstrias que querem comear a mudar sua forma de pensar?

    Acho que primeiro elas precisam-buscar participar de eventos que no

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201616

    estejam, necessariamente, relaciona-dos sua rea de atuao. Seria in-teressante participar de eventos de setores que j fizeram este movimento para entender quais foram e como en-frentaram as dificuldades, como con-duziram os impactos internamente, etc.. E, a partir da, adaptar o que der para a sua empresa. O lder ou gestor deve envolver toda a empresa; a nova cultura deve permear todos os setores e deve ser um movimento multidisci-plinar. No deve haver uma rea de inovao, pois estamos falando em criar uma cultura que deve permear toda a corporao e todas as pessoas que dela participam. A partir da a coi-sa reverbera e cria impacto e, no me-lhor dos mundos, contamina toda a cadeia produtiva.

    colaborao, co-criao, etc..e que precisamos estar abertos s novas pos-sibilidades. Enfim, no podemos pen-sar que vamos conseguir resultados e solues diferentes, fazendo como sempre fizemos.

    E quais os desafios?O grande desafio o desafio de ser

    criativo, que est na capacidade de imaginar, expandir e implantar novas solues para problemas complexos de forma colaborativa e rpida. E como frisei, a capacidade de inovar no de-

    pende s de recursos ou tecnologias, mas de novos modelos e culturas. Neste cenrio, tambm ganha fora a multidisciplinaridade a partir de vrias competncias. O pensamento inova-dor passa por assumir riscos na con-duo dos negcios, lembrando que nem sempre o mais forte que sobrevi-ve e sim o que se adapta mais rpido s mudanas e, conseqentemente, inova.

    A boa estratgia de competitivida-de precisa da inovao com valor real para as pessoas. Estamos falando de lanar um olhar diferenciado e repen-sar negcios como talvez nunca tenha sido feito. Novos tempos exigem no-vas atitudes!

    Se voc tem um cliente que busca inovao, timo, pois ele estimular voc a trazer solues inovadoras. As-sim como um fornecedor ou parceiro. O importante estar o tempo todo em movimento para conseguir respostas mais inovadorase baseadas na nova cultura adotada.

    Como voc definiria inovao hoje?Inovar mudar o modelo mental.

    pensar alm dos recursos financeiros ou tecnolgicos e entender que so-mente pelas pessoas e pela mudana do seu modelo mental conseguimos realmente impactar positivamente na estrutura das empresas.

    Precisamos lembrar que novos conceitos esto surgindo como va-lor compartilhado, interdependncia,

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 17

    Artigoa

    Comunicao inteligente para empresas inteligentes

    Por Alessandra Saad*

    * Alessandra Assad professora do ISAE/FGV de Curitiba ([email protected]).

    A tecnologia de informao est fazendo com que os custos de comunicao diminuam. A afirmao de Thomas W. Malone*, pro-fessor de Management da Sloan School of Management, do MIT (Massachu-setts Institute of Technology), e diretor--fundador do Centro de Inteligncia Coletiva do MIT, nos leva ao fato de que estamos vivendo as fases iniciais de um aumento da liberdade humana nas empresas, que talvez seja, hoje, to im-portante quanto foi, no passado, o sur-gimento das democracias para o Estado.

    E isso est acontecendo porque, pela primeira vez na histria, as pes-soas podem aproveitar os benefcios econmicos das grandes organiza-es sem abrir mo dos benefcios das empresas pequenas, como: liberdade, criatividade, motivao e flexibilida-de. Mas, qual o papel da comunicao interna para consolidar processos de gesto e reforar a imagem da empre-sa junto ao pblico interno?

    Para Malone, a intensa comuni-cao, que muitas vezes as pessoas precisam para trabalhar de maneira eficaz, est se tornando mais barata e melhor o tempo todo. Com a pesquisa de opinio de baixo custo, feita pela web e por outras tcnicas de pesquisa de mercado, as empresas podem saber rotineiramente a opinio de funcion-rios, clientes e outras partes interessa-das, sobre todo o tipo de questo. Ele defende que se utilizarmos as pesqui-

    sas de forma consciente e adequada, o processo flexvel e descentralizado da tomada de deciso ser mais eficiente para atingirmos objetivos no econ-micos. E essa mudana tornou-se pos-svel graas s novas tecnologias, que proporcionam que inmeras pessoas tenham informaes suficientes para tomar mais decises; est formada a chamada inteligncia coletiva, que leva ao conceito de organizao inteligente.

    Segundo o professor, este tipo de inteligncia jamais existiu no planeta. Para Malone, organizaes inteligen-tes no s fazem coisas boas, mas fa-zem com velocidade. Ele categrico ao afirmar que uma medida de inteli-gncia a rapidez. Mas, com que rapi-dez as organizaes conseguem agir? O professor ressaltou que se queremos entender em que ponto estamos e como se beneficiar dessas vantagens, precisamos pensar no que os seres hu-manos querem. E aqui, temos um pon-to fundamental: impossvel entender o que os seres humanos querem se no fizermos bom uso da comuni-cao. preciso ainda um pouco de ousadia para fazer com que a comuni-cao interna acontea de maneira efi-caz, e isso est diretamente ligado ao estilo das lideranas e forma como feita a gesto dentro da empresa.

    Malone defende que para ser um gerente eficaz neste novo mundo, no se pode estar preso a uma mentalida-de centralizada. preciso ser capaz de se mover com flexibilidade. Precisamos mudar a nossa forma de pensar, dei-xando de comandar e controlar para coordenar e cultivar. Quando voc coordena, organiza o trabalho de modo

    que coisas boas aconteam, esteja voc no controle ou no, j que a coordena-o enfoca as atividades que precisam ser realizadas e as relaes entre elas.

    Em vez de simplesmente dizer s pessoas o que elas devem fazer, os ge-rentes cultivaro cada vez mais suas or-ganizaes e as pessoas dentro delas. Malone explica que para cultivar algo com sucesso, necessrio entender e respeitar suas tendncias naturais, ao mesmo tempo em que se construa um formato que tenha valor. Em vez de tentar impor a sua vontade ao sistema, preciso chegar a um equilbrio entre quanto controle deve exercer e quanto deve abrir mo dele. Talvez a melhor maneira de comunicar essa deciso seja deixando as pessoas perceberem que podem falar, fazer e serem ouvi-das. Quando voc tem padres claros para avaliar os resultados das pessoas, no precisa gastar muito tempo revi-sando e analisando as suas decises. A maior parte desses padres no documentada em manuais de procedi-mento; faz parte da cultura no escrita da organizao. Pense nisso!

    * Thomas Malone conduziu o Special Management Program sobre O Futuro dos Empregos, que foi realizado em So Paulo pela HSM do Brasil.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201618

    CapaPor Daniela Dias

    c

    J no de hoje que a indstria brasileira tem sofrido os efeitos do desaquecimento da economia, alm da crise poltica e de credibili-dade evolvendo as mais altas esferas do Governo. Com o aumento dos im-postos, a alta taxa de juros, o cmbio desfavorvel, a falta de infraestrutura e a queda vertiginosa das vendas, o chamado Custo Brasil tem se tornando cada vez mais alto e a produo tem sido afetada nos mais diversos nveis. Em 2015, indicadores da Confedera-o Nacional das Indstrias (CNI) re-velaram que, entre janeiro e junho, a indstria grfica nacional teve queda de 5,1% nas vendas reais em relao ao mesmo perodo do ano anterior. E quem mais sofre com o impacto so as e as pequenas e mdias empresas, muitas delas, inclusive, esto fechando as portas.

    Por isso, no ltimo 16o Congresso Nacional da Indstria Grfica (Con-graf ), o setor grfico, representado pela Associao Brasileira da Indstria Grfica (Abigraf ) e por 30 sindicatos, aproveitou a visibilidade do evento para se manifestar sobre a perspecti-va de um novo aumento de impostos anunciado pelo governo como parte do j esperado ajuste fiscal.

    A principal crtica est no modo como essa tentativa de reestruturao

    Setor grfico na luta contra o aumento de impostosCarga tributria elevada provoca reao da indstria e instiga a busca por novas solues

    est sendo conduzida. Ou seja, de uma forma que aperta ainda mais o cerco dos tributos para os empresrios. Entre as medidas mais polmicas est a de-clarao da volta da CPMF, imposto so-bre o cheque. Mas se estende prtica de um modo mais amplo. Segundo nota oficial da Abigraf: O mais errado o aumento de impostos indiretos que ocorre quando se retira os benef-cios. o que j vem acontecendo, por exemplo, com a perda da desonerao da folha de pagamento.

    Hoje, h 92 tributos em vigor. Sem contar que muitas vezes o tributo in-cide diretamente sobre o consumo, como no caso do ICMS. O brasileiro trabalha 151 dias para pagar os impos-tos; nos Estados Unidos trabalha-se 98 dias, no Mxico 91 dias e no Uruguai 96 dias. Em resumo, o brasileiro traba-lha muito para pagar impostos, expli-ca Marcelo Boaventura, advogado e consultor jurdico da ABIEA.

    Segundo o IBPT (Instituto Brasilei-ro de Planejamento Tributrio), nada menos do que 41,37% dos rendimen-tos do brasileiro so gastos para pagar impostos, o que coloca o pas entre aqueles com a maior carga tributria do mundo, comparando-se Islndia e Alemanha. A diferena que nesses pases, o uso dos impostos visvel nos servios pblicos, enquanto que

    por aqui eles acabam sendo destina-dos para tapar os buracos e apagar os incndios da m gesto pblica, pon-dera Boaventura.

    A revolta do setorDe modo geral, a indstria j vinha

    mostrando descontentamento com a

    Levi Ceregato, presidente da Abigraf Nacional, defende a volta urgente do crescimento e o fim do foco nos obstculos.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 19

    postura do Governo nos ltimos tem-pos. No setor grfico, muitas empresas precisaram fechar as suas portas s no ano passado. Somados as essas me-didas, o aumento da energia eltrica, a possibilidade de escassez e conse-quente acrscimo do valor gua, alm do custo elevado do combustvel, tor-naram ainda mais difcil manejar pre-os competitivos nesse mercado onde a oferta j to grande. E a situao afeta toda a cadeia.

    A ttulo de exemplo, 63,5% das em-presas grficas afirmam que as mar-gens de lucro vm sendo pressionadas pelo aumento do custo energtico. O receio de um racionamento de ener-gia afastou a deciso de investimento de 35% das empresas. No Sudeste, a falta de chuvas traz risco de raciona-mento tambm ao fornecimento de gua, aumentando a insegurana das indstrias. As grandes plantas, poten-cialmente mais sensveis aos eventuais cortes, foram as que mais investiram em planos de contingncia, como in-dica a Pesquisa de ndice de Confiana da Indstria Grfica, do 1o trimestre de 2015, apurada pela Associao Brasi-leira da Indstria Grfica (Abigraf )

    As solues oferecidas por Braslia tm se mostrado restritivas, s cortan-do as despesas, o que reduz ocusto mas prejudica a operao. preciso sim racionalizar, mas isso no pode atrapalhar o desenvolvimento. Com a manuteno das vendas, o cresci-mento e os empregos, essa circulao acontece de forma natural, diz Levi Ceregato, presidente da Abigraf.

    como um ciclo vicioso. O desa-quecimento da economia, o endivida-mento dos brasileiros e a diminuio de seu poder de compra, implicam na diminuio dos gastos das famlias na hora de ir ao supermercado, farm-cia e com determinados servios. Ao mesmo tempo, o dinheiro para de cir-cular, as empresas passam a diminuir

    seus rendimentos. Por outro lado, as despesas bsicas esto mais altas e h mais tributos a pagar. O resultado o repasse no preo, que j deixa de ser to atrativo e espanta ainda mais os consumidores; outra opo trabalhar no limite do lucro para no precisar ter que cortar a operao. Nesse tipo de situao, o produto acaba sendo mais caro, sem ter um valor agregado, sem que tenha sido aplicada uma nova tec-nologia que justifique sua alta. A em-presa apenas tenta evitar prejuzos. O Governo aumenta impostos porque as vendas diminuem, mas a as vendas caem ainda mais. preciso tomar cui-dado para no haver uma ruptura na qual os tributos sejam muito maiores do que a capacidade das empresas de absorv-los, explica Ceregato. E com-pleta: Ns entendemos que preciso aliviar os impostos para haver uma reduo na presso de custos que as empresas esto tendo hoje. Somente assim poderemos aumentar a veloci-dade dos negcios.

    O descontrole cambial tambm outro problema srio que vem sendo apontado pela indstria da converso e que afeta diretamente a produo de embalagens e consequentemente de rtulos e etiquetas. E no necessa-riamente estimula a produo nacio-nal. O presidente da Abigraf-SP, Sidney

    J o presidente da Abigraf-SP, Sidney Anversa, se preocupa com a perda de competitividade das empresas locais, agravada pela variao e alta cambial.

    Cenrio internacional As perspectivas da economia mundial para 2016, segundo informe do

    Fundo Monetrio Internacional (FMI), de recuperao em curso, ainda que com ritmo mais lento que 2015. O prognstico de crescimento de 3,1% para 2015 e 3,6% para 2016. Nos pases em desenvolvimento e emergentes essa marcha tende a ser mais lenta ou mesmo haver retrao em alguns pases.

    Em um encontro realizado em Lima (Peru), o FMI previu que em 2015 a economia do bloco latino-americano recuaria 0,3% e em 2016 dever crescer 0,8%. Nas economias avanadas, o FMI previu alta de 2% em 2015 e de 2,2%, em 2016.

    Anversa, explica que como s existe uma fbrica no Brasil produzindo pa-pel couch para autoadesivo, o pre-o regulado pela variao cambial, acrescido de frete e 14% de imposto de importao. Ou seja, o material autoadesivo ficou muito caro e j no

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201620

    conseguimos concorrer com os preos praticados no exterior, conta.

    A exposio das investigaes de casos de corrupo tambm tem dei-xado a indstria em estado de alerta e provocado instabilidade no mercado, j carente de boas notcias sobre um planejamento de mdio e longo pra-zo para acertar a situao. Por isso, o pedido de impeachment da presiden-te Dilma Rouseff, encaminhado pela

    Para ajudar no momento de crise, o consultor jurdico da ABIEA orienta os associados sobre os impostos e o seu impacto nos negcios.

    Cmara, gerou expectativa entre os empresrios. um momento emble-mtico, mas pouco importa se esse processo vingar ou no. O momento importante porque define um posi-cionamento. Se for apurado que no h motivo para que ela saia, que con-tinue, mas que faa direito, com foco. Porque hoje ns estamos focados nos obstculos, perdendo a meta. Precisa-mos produzir mais, elevar o PIB, cres-cer, argumenta Ceregato.

    A alta de juros tem contribudo para piorar o cenrio. A taxa bsica da SELIC est 14,25 o que afeta dire-tamente os emprstimos para inves-timentos em novos equipamentos, deixando o desenvolvimento em se-gundo plano e levando a uma trans-ferncia de renda do setor produtivo para o financeiro. Segundo o presiden-te da Abigraf: No podemos ter no pas uma poltica monetarista quando a moeda um fim em si mesmo e no qual no se produz absolutamente nada. A ideia aplicar em algo, gerar emprego, pagar imposto e, assim, girar a economia.

    Mesmo considerando-se que os postos de trabalho encolheram 5,7%, enquanto as horas trabalhadas recua-ram 3,3% e a massa salarial caiu 8,8%, s no ltimo ano, o setor grfico com-posto faturou R$ 45,8 bilhes e gerou

    28o Congresso Latino-Americano da Indstria Grfica

    Um pacto pela educao e o estabelecimento de uma agenda anti crise foram destaque no evento que aconteceu entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro, organizado pela pela Confederao Latino-Americana da Inds-tria Grfica (Conlatingraf ), que rene associaes do setor nos pases do con-tinente. A ideia combater a retrao prevista para alguns blocos e encontrar solues conjuntas para promover o setor. Atualmente, h 65 mil indstrias desse segmento na regio, que geram 660 mil empregos diretos. So US$ 48 bilhes que contribuem para o PIB de US$ 5 trilhes da somatria dos pases.

    Entre os destaques esteve o lanamento do protocolo comum de pro-duo limpa. Do encontro, saiu a ideia da criao de um Guia Bsico para Implantao de Produo Limpa na Indstria Grfica Latino-Americana. O evento tambm resultou no estabelecimento de um Pacto da Comunicao Impressa pela Educao.

    Olhando para o futuroEm paralelo ao Congresso, a Conlatingraf realizou a 79a Assembleia Geral

    Ordinria, na qual o brasileiro Fabio Arruda Mortara foi reeleito Presidente por mais um ano de mandato. No encontro, ressaltou-se que cada vez mais os mercados de impresso digital e 3D esto em evidncia, em especial dian-te do encolhimento do mercado global de marcas grficas de US$ 1,5 bilho para US$ 1,2 bilho. E na Amrica Latina que esto as maiores oportunida-des de crescimento no futuro.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 21

    VEM A!

    216 mil empregos diretos em 2014. Vale lembrar que a indstria formada por 21 mil empresas, sendo 96,9% de micro e pequeno portes.

    Por esse motivo e por esta relevn-cia, apesar de tudo, os empresrios grficos sabem que preciso manter o otimismo e continuar exercitando a criatividade para seguir em frente. As notcias veiculadas pela imprensa so sempre apocalpticas. Claro que preciso mostrar o que est ruim e precisa ser melhorado, mas tambm preciso mostrar novas possibilida-des para o empresrio encontrar so-lues no seu dia a dia. Temos que sair dessa lgica onde se ressaltam os problemas poltico, econmico e social. Como empresrios grficos ns confiamos no pas. Tanto que nos ltimos cinco anos a indstria grfica investiu US$ 5 bilhes em seu par-que, modernizando mquinas; s no

    Queda na produo da indstria grfica

    A produo fsica da indstria grfica brasileira recuou 17,4% no tercei-ro trimestre de 2015, em comparao com o mesmo perodo de 2014; recuo maior do que os 11,2% da indstria de transformao no perodo. Em relao ao segundo trimestre, descontado o padro sazonal, a diminuio foi, respec-tivamente, de 4,1% e de 3,2%. O clculo da Associao Brasileira da Inds-tria Grfica (Abigraf ), com base em dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

    Esse desempenho fez o setor grfico rever a projeo para 2015. A expec-tativa de um encolhimento de 12%, bastante superior ao 1,1% estimado em janeiro. A explicao est, em curto prazo, na necessidade de ajustar os estoques e, no mdio prazo, na combinao de dificuldades financeiras com demanda fraca.

    Pesquisa de confiana realizada pela Abigraf no terceiro trimestre mos-trou que o setor tem um ndice de endividamento de 66% (em 2014, era de 53%). A situao reflete a prpria dificuldade de receber dos clientes -- 91% do total das grficas disseram lidar com atrasos que variam de 30 dias (35%) a 90 dias ou mais (52%).

    Dada a gravidade da crise econmica e poltica, o contgio da nova perda de grau de investimento e a ausncia de medidas efetivas para a retomada do crescimento, o setor trabalha com expectativa de nova queda da ordem de 7% em 2016.

    ltimo ano foi quase US$ 1 bilho. O empresrio acredita no seu negcio, Mas necessrio que se construa um ambiente favorvel a isso. No se deve, por conta de uma m gesto do Governo, jogar tudo no lixo. Essa co-ragem que o empresrio tem precisa ser mantida, diz Ceregato.

    Por sua vez, a ABIEA tem agido de forma a orientar os associados a conhe-cer bem os impostos e o impacto que eles tm na sua produo, por meio de cursos, palestras e consultas diretas com o departamento jurdico da Associao. Alm disso, a entidade tambm est vi-abilizando aes coletivas para recorrer quando da cobrana de impostos in-devidos ou que tenham interpretao dissonante e que j tenham obtido deci-ses favorveis no Judicirio.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201622

    Reportagemr

    GS1 Brasil lana Programa Sustentabilidade em CdigoAs iniciativas socioambientais atingem o nvel estratgico e se integram ao ncleo do negcio automao.

    Por Liliam Benzi

    A Associao Brasileira de Auto-mao-GS1 Brasil auxilia mais de 58 mil empresas no pas com diversas solues em automao. E para fortalecer os negcios e expandir a atuao dos associados, a entidade deu mais um importante passo, lan-ando o Programa Sustentabilidade em Cdigo, que agrega valores e pr-ticas sustentveis a empresas e Orga-nizaes no Governamentais (ONGs) por meio dos seus padres e servios.

    Segundo Joo Carlos de Oliveira, presidente da entidade, o Programa conectar as vrias atividades existen-tes nessa rea e apoiar a gesto atual, disseminando, para os diversos parcei-ros, a importncia do desenvolvimen-to sustentvel como o caminho ideal para as prximas geraes.

    Virgnia Vaamonde, CEO da GS1 Brasil, completa: O objetivo promo-ver mudanas e criar oportunidades com a construo de uma cultura or-ganizacional. Disseminaremos a sus-tentabilidade nos processos para que todos entendam o tema como parte estratgica da organizao e da cria-o de valor para a sociedade.

    Uma das iniciativas do Programa a parceria com ONGs para sua pro-fissionalizao e automao. A ideia apoiar estas organizaes para que elas obtenham os melhores recursos, automatizem seus processos produ-

    tivos e, consequentemente, poten-cializem seu desempenho, explica Oliveira. A GS1 Brasil avaliar a melhor soluo para atender caso a caso, des-de a aplicao do cdigo de barras adoo da tecnologia RFID (identifica-o por rdio frequncia).

    O Programa Sustentabilidade em Cdigo tambm aprimorar as inicia-tivas j desenvolvidas pela GS1 Brasil como os cursos de capacitao profis-sional Prticas administrativas e Pr-ticas no varejo, voltados para pessoas com deficincia intelectual. H 12 anos

    a entidade mantm uma parceria com a Associao Nova Projeto, que tem como parceiros, entre outros, a Asso-ciao Brasileira de Supermercados (ABRAS). A proposta, neste caso, in-serir essas pessoas no mercado de tra-balho, conta Virgnia.

    No projeto, os dois cursos tm dura-o total de trs meses. Hoje, a Associa-o Nova Projeto qualifica a 36a turma, totalizando 423 alunos formados. A cada turma, a GS1 Brasil contrata um profissional para estagiar em sua sede; 46 deles j trabalharam na entidade.

    Para Joo Carlos de Oliveira, o Programa Sustentabilidade em Foco conectar as atividades dessa rea e apoiar a gesto atual.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 23

    Ainda na rea de Educao, a GS1 Brasil oferece a oportunidade do primeiro emprego para jovens que cursam o ensino mdio. O projeto realizado em parceria com o Centro de Integrao Empresa-Escola (CIEE) e j garantiu estgio de um ano e meio, nas reas de comunicao e atendi-mento, para 23 estudantes.

    Em breve divulgaremos o conte-do do Programa no site da GS1 Brasil e no Relatrio Anual de Sustentabili-dade que contempla os resultados de todas as nossas iniciativas, informa a CEO da entidade. Ela lembra ainda que durante o Prmio Automao 2015, foi lanada uma categoria espe-cfica sobre sustentabilidade para re-conhecer parceiros e associados com prticas ligadas ao tema.

    Expanso de conhecimentoOutra importante rea de atua-

    o da GS1-Brasil a promoo de conhecimento junto s indstrias. Como parte desta estratgia, em Novembro, a entidade celebrou o convnio firmado com o Centro das Indstrias do Estado de So Paulo (Ciesp) e com o Centro de Inovao e Tecnologia (CIT), para cooperao

    no conhecimento sobre as solues e padres globais disseminados pela GS1. Por este acordo, os associados do Ciesp passam a ter livre acesso a informaes, cursos e treinamen-tos de modo a aproveitar, da melhor maneira possvel, os padres de au-tomao baseados em solues da GS1; Exemplos destas solues so a identificao de produtos por meio de cdigo de barras, tipos de cdigos especficos para cada segmento da indstria, processos logsticos, fluxo da cadeia de abastecimento, rastrea-bilidade de produtos, segurana do consumidor, entre outros, conta o Presidente da GS1, Joo Carlos de Oli-veira.

    Ana Paula Maniero, gerente de Negcios da entidade, completa, o convnio interessante porque pro-porciona conhecimento no somente indstria, mas tambm prpria GS1 Brasil, que pode sugerir solues destinadas s necessidades dos usu-

    Sobre o convnio firmado com o Ciesp e com o CIT, Ana Paula Maniero explica que o objetivo proporcionar conhecimento para a indstria e para a GS1.

    O Programa Sustentabilidade tambm ajudar a criar uma cultura organizacional, aposta Virgnia Vaamonde, CEO da GS1 Brasil.

    rios. Para Virginia Vaamonde, CEO da GS1 Brasil, esse relacionamento pode ser uma boa alternativa para pequenas e mdias indstrias exata-mente em um momento em que bus-cam garantir seu crescimento a partir de eficincia e produtividade.

    Durante a ltima Label Expo em Bruxelas, o Grupo Baumgarten assinou seu 1 contra-to para aquisio de uma mquina CODIMAG VIVA Offset Waterless com sistema Anifo, destinada impresso de etiquetas de qualidade. Esta tecnologia permite combinar em uma nica operao etiquetas prontas com as tecnologias Off-Set Waterless, Serigrafia, Flexografia, Hot Stamping e Relevo. Mquina destinada a fbrica da Argentina, com incio da operao previsto para Fevereiro de 2016.

    Foto: Da esquerda para a direita: 1)Dario Valio Gerente Baumgarten Autopack 2)Gustavo Virginillo Diretor Coras do Brasil 3)Fernando Gabel CEO Grupo Baumgarten 4)Benoit Demol CEO Codimag 5)Ronaldo Baumgarten Presidente do Conselho 6)Miguel Anger Cascone Diretor de Tecnologia Baumgarten Autopack

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201624

    Vitrinev

    Investimento em digital garante competitividade

    A convertedora Colombiana Topa-sa adquiriu uma impressora Xeikon CX3 (www.xeikon.com), passando a ser a primeira a investir na Amrica Latina na tecnologia Xeikon Cheetah. A deciso est alinhada estratgia de crescimento da empresa e aumen-tar sua produo 50% a mais de me-tros quadrados de rtulos por ms. Trata-se de uma impressora digital de alta qualidade, alta velocidade e ca-paz de produzir uma ampla gama de materiais.

    Anlise de mercadoA UPM Raflatac (www.upmraflatac.

    com) fez uma anlise de mercado que

    apresenta o quanto rtulos e emba-lagens transparentes esto transfor-mando a indstria de alimentos nas Amricas. Essa combinao permite aos fabricantes exibirem produtos de qualidade e motivar as compras no momento da verdade frente aos cor-redores dos supermercados, impul-sionando as vendas. Neste cenrio, as embalagens para alimentos de PET e os rtulos ultrafinos tambm de PET surgem como uma excelente soluo para a rotulagem de alimentos fres-cos, por oferecerem aos consumidores um jeito novo e eficaz de apresentar alimentos e satisfazendo as necessida-des de desempenho, custo e sustenta-bilidade.

    Nova chapa para lavagem com guaO Flint Group (www.flintgrp.com)

    apresentou uma chapa para letter-

    dos Estados Unidos, Mxico, Europa e Amrica do Sul participam do projeto Granting Wishes (Realizando Sonhos) cujo objetivo premiar, com US$ 5 mil, entidades ou ONGs apoiadas por di-versos colaboradores da empresa.

    Durante o ano de 2015, as unida-des da Avery Dennison da Argentina, Brasil, Colmbia e Chile tambm par-ticiparam do Projeto e indicaram oito instituies para serem contempladas com a doao. Alguns projetos j fo-ram implementados em 2015 e outros sero implementados durante o pri-meiro trimestre de 2016.

    Novos rtulos para alimentosA UPM Raflatac (www.upmraflatac.

    com) lanou uma linha de produ-tos para rotulagem de alimentos nas Amricas. O protiflio abrange diver-sas solues, desde rtulos transpa-rentes, projetados especificamente para embalagens transparentes, at rtulos de produtos com rotao que permitem a remoo ou enxague lim-po. Tambm h solues compatveis com HPP, rtulos resselveis e promo-cionais.

    Avery Dennison anuncia novo Gerente Nacional de Vendas

    Flavio Alquimim Marques foi no-meado Gerente Nacional de Vendas Brasil para a Diviso de Mate-

    press com uma camada macia, a nylo-print WF-S, que pode ser lavada com gua. Comparada ao modelo anterior, a novidade indicada para aplicaes mais flexveis. A superfcie macia me-lhora a transferncia da tinta, espe-cialmente em superfcies rugosas. Ela tambm eficiente e seus processa-mento rpido; a reproduo feita entre 25 e 35 minutos.

    Avery Dennison participa do Granting Wishes

    H cinco anos, as unidades da Avery Dennison (www.averydennison.com)

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 2016 25

    rials Group da Avery Dennison (www.averydennison.com). Ele ser responsvel por liderar o time comer-cial da Avery Dennison Brasil, desen-volver o plano estratgico e ttico de vendas, bem como implementar as melhores prticas comerciais, alavan-cando negcios com clientes atuais e tambm desenvolvendo novos clientes.

    Enfrentamos um momento po-ltico e econmico desafiador, o que acentua, cada vez mais, a necessidade de inovar conceitos, produtos e solu-es. O Brasil tem um consumo per capita de autoadesivo muito inferior ao dos pases mais desenvolvidos e por isso h muitas oportunidades a serem exploradas. A Avery Dennison tem a inovao como parte de seu DNA e cada vez mais aproveitaremos nossa expertise para levar propostas de valor para os clientes explica o executivo.

  • O AutoAdesivo Janeiro/Fevereiro 201626

    15 Encontro ABIEA em 2016

    Associao Brasileira das Indstrias de Etiquetas Adesivas (ABIEA)Rua Maestro Cardim, 377 - 11. Andar - Cj. 114CEP 01323-000 Paraso So Paulo (SP)Telefax: (11) 3288-0508/3284-7247

    Em reunio realizada em Novem-bro no Hotel Mercure em So Paulo, a Diretoria fez um balano das aes realizadas em 2015 e apresentou o cronograma para 2016. Entre os princi-pais projetos contemplados para 2016 est a realizao do 15o Encontro Na-cional de Convertedores de Etiquetas Adesivas, evento exclusivo da ABIEA, agendado para Agosto em local a ser anunciado. Em paralelo ao Encontro ser realizada a cerimnia do 5o Pr-mio ABIEA e a comemorao dos 30 anos da entidade, completados em Ju-nho de 2016.

    Criado em 1988, com a misso de con-tribuir efetivamente para o crescimento do mercado e de seus profissionais, o Encontro ABIEA hoje o maior evento de integrao e troca de informaes e rene as maiores e melhores empre-sas do setor. O evento uma parada obrigatria para os profissionais que buscam aprimorar seus conhecimen-tos sobre negcios e tecnologias e participar de um intenso networking, sintetiza o empresrio Eduardo Chede, Presidente da Associao. E completa: Alm disso, os trs dias tambm so dedicados ao lazer e a uma total intera-o, em um ambiente reservado e com infraestrutura perfeita.

    J o Prmio ABIEA visa: promover as van-

    tagens do uso de rtulos e etique-tas autoadesivas como uma ferramenta eficiente de

    promoo, identificao e marke-ting;

    incentivar os convertedores a apri-morarem seus recursos a partir de inovaes tecnolgicas;

    promover a criatividade do design Brasileiro no uso dos recursos ofere-cidos pelos substratos autoadesivos para a criao de rtulos e etiquetas;

    valorizar a prestao de servios e a qualidade dos produtos oferecidos.

    Ainda durante a reunio de apre-sentao dos projetos em Novembro, os empresrios presentes puderam opinar e dar sugestes para otimizar os eventos. Na mesma ocasio foram anunciadas as cotas de patrocnio que j esto disposio dos interessados. Mais informaes falar com Dirceu pelo e-mail [email protected] ou pelo fone (11) 3288-0508. At final de Novembro j tinham sido confir-mados os seguintes patrocinadores: Coras do Brasil, Etirama, Grupo Fur-nax, Oji Papeis Especiais e UV TECH.

    Caf ABIEA discute crditos tributrios

    O Caf da Manh Jurdico, realiza-do pela ABIEA no incio de novembro, com a palestra do assessor Jurdico da entidade, Dr. Marcelo Boaventu-ra, apresentou o tema Benefcios que podem ajudar a superar a crise, o advogado abordou, entre outros, assuntos como Crditos Tributrios Recursos Escondidos que melhoram o seu caixa e Reduo da folha de pagamento Como realizar a reduo de salrios dos empregados sem pre-juzo futuro.

    NOVOS ASSOCIADOS

    A ABIEA d as boas-vindas aos seus novos associados: Apolo Sistemas Grficos (fornecedor) www.apolo.com.br Adestiq Etiquetas Adesivas (convertedor) www.adestiq.com.br Torraspapel (fornecedor) www.torraspapel.pt Toyo Ink do Brasil Ltda. (fornecedor) www.toyoink.com.br

  • Fortalecer, unir e aproximar.

    Estas so prioridades

    da ABIEA

    A Associao Brasileira das Indstrias de

    Etiquetas Adesivas ABIEA uma entidade

    civil de mbito nacional, sem fins lucrativos,

    fundada em 1986, seu objetivo primordial

    o de exercer a representatividade do setor de

    etiquetas e rtulos adesivos.

    Renovao, ampliao de aes, mais expres-

    so na economia nacional, abraar reivindica-

    es de forma definitiva e rpida, conquistar

    novos parceiros, estreitar a comunicao entre

    convertedores e fornecedores do segmento,

    tudo isso so prioridades desta associao.

    Por que ser um associado ABIEA?Convidamos sua empresa a fazer parte de nosso qua-

    dro associativo, o que permitir uma efetiva e permanen-

    te troca de informaes tcnicas atravs de cursos e pa-

    lestras aos seus colaboradores e a participao de forma

    atuante em congressos, feiras, seminrios e envetos da rea

    nacionais e internacionais. Alm de ter acesso a diversos bene-

    ficios que s uma entidade sria como a ABIEA pode oferecer.

    (11) 3288 0508 | 3284 7247 [email protected]

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    O Sistema de Gesto especfi co para a indstria de Rtulos e Etiquetas.

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