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SÃO PAULO, 09 DE DEZEMBRO DE 2014

SÃO PAULO, 21 DE MARÇO DE 2013 · 2014. 12. 9. · Quem mora em São Paulo, especialmente no Ibirapuera, Vila Mariana ou bairros próximos, já conta com a ultravelocidade da Vivo

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SÃO PAULO, 09 DE DEZEMBRO DE 2014

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Obelisco do Parque do Ibirapuera será reaberto

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Inauguração de monumento de mortos e desaparecidos durante a ditadura

no Parque do Ibirapuera

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MONUMENTO COM NOMES DE MORTOS NA DITADURA É INAUGURADO NO

IBIRAPUERA

Os nomes de 463 mortos e desaparecidos durante a ditadura militar no Brasil (1964-

85) compõem um monumento inaugurado nesta segunda-feira (8), em frente a um dos

portões do parque Ibirapuera, em São Paulo.

A instalação, em homenagem às vítimas do regime, é composta por cinco chapas

brancas com os nomes grafados em baixo relevo e 21 placas distorcidas, com aspecto

enferrujado, que representam a "irracionalidade" do período, segundo o autor da

obra, o artista e arquiteto Ricardo Ohtake.

As peças são transpassadas por uma lança, arma mortal em simbologia á violência

sofrida pelos homenageados.

O artista conta que foi convidado há cerca de um ano para concretizar a obra. "Esse

tipo de coisa a gente não aceita, agradece por ter sido o escolhido", disse à Folha.

Localizado no portão 10 do parque, o monumento faz vizinhança ao Comando Militar

do Sudeste, antes Quartel-General 2 do Exército, e ao antigo prédio do DOI-Codi de

São Paulo, considerado um dos maiores centros de tortura da ditadura.

"É um local estratégico. Além da importância histórica, o Ibirapuera é visitado por

gente de todos os bairros da cidade", disse o prefeito Fernando Haddad (PT).

Durante o evento, o petista discursou em meio a protesto de moradores da região do

Parque dos Búfalos, na zona de sul da capital paulista.

Com faixas e gritos, o grupo pediu a extinção de um projeto de construção de unidades

do programa Minha Casa, Minha Vida na área.

Uma audiência pública para discutir o assunto foi marcada para o próximo dia 10,

segundo Haddad.

Uma das vítimas do regime presentes na inauguração, o jornalista Ivan Seixas, 60, foi

preso e torturado, aos 16 anos, junto com o pai, o mecânico Joaquim Seixas, por fazer

parte da luta armada contra a ditadura.

Segundo ele, o monumento e o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, que

tem divulgação prevista para a próxima quarta (10), devem aumentar a "comoção

popular" sobre o tema, o que pode gerar resultados no que diz respeito ao ensino

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histórico do período nas escolas e à proibição de homenagens, em nomes de

logradouros públicos, a militares envolvidos em casos de crimes políticos.

Para Clara Sharf, viúva do guerrilheiro Carlos Marighella, um dos maiores símbolos da

resistência ao regime ditatorial, a conclusão das investigações realizadas pela comissão

não é suficiente para pôr fim aos casos de mortes e desaparecimentos ocorridos

durante o período. "Não vamos ter tudo resolvido só porque fizemos comissões. Não é

simples assim", afirmou.

A construção de um monumento em memória às vítimas é reivindicada há 25 anos por

de familiares de mortos da ditadura, de acordo com Amelinha Teles, representante do

grupo.

Durante discurso no evento de inauguração, a ministra-chefe da Secretaria de Direitos

Humanos da Presidência, Ideli Salvatti, disse que são "mal intencionadas" muitas das

pessoas que pedem, em manifestações, uma intervenção militar no Brasil. "Eles

querem, novamente, impor o sofrimento ao povo brasileiro."

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Fonte do Parque do Ibirapuera recebe decoração para o Natal

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NATAL NA REGIÃO DO IBIRAPUERA DEVE ATRAIR 200 MIL PESSOAS

Um dos rituais mais tradicionais da cidade é visitar a árvore de Natal do Ibirapuera. Os

carros apagam os faróis a aproveitam para conferir um dos pontos turísticos mais

natalinos de São Paulo. Há 12 anos, a árvore atrai famílias inteiras, residentes na

cidade ou que a visitam nessa época do ano. Segundo os cálculos da SPTuris, empresa

municipal de promoção do turismo, são mais de 200 mil visitas.

Neste ano, ela será inaugurada no dia 13 de dezembro e ficará exposta até 5 de

janeiro. A cidade correu o risco de ficar sem sua grande atração. Isso porque a

prefeitura perdeu o patrocínio de um banco, que financiava o projeto desde sua

criação. Mas o município vai cobrir os custos de montagem, estimados entre R$ 2

milhões e R$ 3 milhões.

Como nos anos anteriores, ela será montada Praça Aldo Chioratto, ao lado do parque,

o que inevitavelmente mexe com o trânsito na região. "Estamos definindo um

esquema especial para organizar o trânsito durante os dias de visitação", afirma

Wilson Poit, presidente da SPTuris e secretário para Assuntos de Turismo.

Além da árvore, outra atração do parque contribui para o grande fluxo de turistas: a

Fonte Multimídia do lago e seu show com projeções natalinas, sons e luzes, com duas

apresentações por dia (às 20h30 e 21h), de 1º de dezembro a 6 de janeiro.

Feita em estrutura metálica em forma de cone, a árvore terá 54 metros de altura e 30

metros de diâmetro e receberá decoração cenográfica de efeito diurno e noturno. Será

enfeitada com 60 bolas coloridas com diâmetros entre 0,50 m a 1,50 m, 20 estrelas

cadentes, com tamanhos entre 1,60 m e 2 m, 50 estrelas com diâmetros de 0,9 m a 1

m, 36 laços vermelhos com tamanho de 60 cm a 80 cm e uma estrela no topo

composta por estrutura metálica com mangueira de LED branco. Seu sistema de

iluminação decorativo será alimentado por geradores que funcionarão com biodiesel.

VIVO Natal nas redes sociais

Quem mora em São Paulo, especialmente no Ibirapuera, Vila Mariana ou bairros

próximos, já conta com a ultravelocidade da Vivo Internet Fibra, a banda larga que leva

fibra ótica até a casa do cliente. Com o maior upload do Brasil fica ainda mais fácil de

enviar todos os vídeos e fotos da árvore de Natal para todos os amigos e familiares. Dá

para curtir as atrações de Natal da cidade e depois mostrar para todo mundo nas redes

sociais!

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Destaques: Árvore de Natal no Parque do Ibirapuera vai ser inaugurada

sábado

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Zé Roberto Guimarães e Tiago Camilo são incluídos no Bosque da Fama

O Bosque da Fama, criado para homenagear os protagonistas de grandes feitos no esporte, foi ampliado na manhã desta segunda-feira. O técnico José Roberto Guimarães, o judoca Tiago Camilo e o nadador paraolímpico Joon Sok Seo plantaram suas respectivas árvores.

Localizado no Parque das Bicicletas, o Bosque da Fama é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo em parceria com o Panathlon Club. Nomes como Maurren Maggi (atletismo), Emerson Fittipaldi (automobilismo), Maria Esther Bueno (tênis) e Marcelo Negrão (vôlei) já foram homenageados.

Cada árvore do bosque, identificada por uma placa, é dedicada a um atleta. Na manhã desta segunda-feira, Zé Roberto Guimarães mostrou desenvoltura ao plantar seu exemplar. “Eu sou caipira”, justificou o técnico, campeão olímpico nos Jogos de Barcelona 1992, Pequim 2008 e Londres 2012, os dois últimos com a Seleção feminina.

“Estou muito orgulhoso. Na realidade, já esperava pelo convite há alguns anos”, disse o treinador, sorridente. “É uma grande homenagem, porque fica para sempre. Esse local é muito importante na minha vida, já que na época de atleta costumava fazer musculação aqui no Centro Olímpico (vizinho ao Parque das Bicicletas). Fico honrado por retornar”, disse.

O judoca Tiago Camilo, prata nos Jogos de Sydney 2000, bronze em Pequim 2008 e campeão mundial no Rio de Janeiro 2007, também plantou sua árvore. Assim como o nadador paraolímpico Joon Sok Seo, bronze em Pequim 2008 e prata em Sydney 2000 e Atenas 2004, sempre no revezamento 4x50m livre.

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Técnico José Roberto Guimarães, único tricampeão olímpico brasileiro, planta sua árvore no Bosque da Fama O Bosque da Fama também presta homenagens póstumas, atribuindo árvores já existentes a atletas falecidos. Os familiares de Oberdan Cattani (futebol), Bellini (futebol) e Waldir Pagan Peres (basquete) descerraram placas dedicadas aos antigos campeões.

“Os atletas merecem. É importante que reconheçamos os esportistas que defenderam o Brasil e deram o melhor para que deixássemos nossa marca em várias modalidades”, afirmou Celso Jatene, secretário municipal de esportes, lazer e juventude.

Henrique Nicolini, membro do Panathlon Club e blogueiro do portal Gazeta Esportiva.net, é o idealizador do Bosque da Fama. Acompanhado por Nádia Campeão, vice-prefeita de São Paulo, Celso Jatene entregrou uma placa comemorativa ao experiente jornalista.

Incluídos no Bosque da Fama em edições anteriores do evento, Ricardo Prado (natação), Amauri Ribeiro (vôlei), José Montanaro Júnior (vôlei) e Rogério Sampaio (judô), todos medalhistas olímpicos, também participaram da cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira.

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PREFEITURA DE SP FAZ AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE CONSTRUÇÃO DE CASAS

NA ZONA SUL

A Prefeitura de São Paulo irá organizar uma audiência pública com moradores da zona

sul de São Paulo sobre a construção de casas habitacionais em uma área verde na

região.

Um grupo de moradores, defende a criação de um parque na área conhecida como

Parque dos Búfalos. Eles alegam que a construção de prédios para moradia popular

deverá atingir áreas de nascentes da represa Billings.

Entre os apoiadores da criação do parque está o vereador Gilberto Natalini (PV). A

prefeitura pretende construir, com o governo federal e estadual, 3.860 unidades

habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida. O empreendimento deverá

beneficiar 14 mil pessoas.

A audiência pública ocorrerá na próxima segunda-feira (15), no bairro Pedreira, zona

sul.

Segundo a prefeitura, a audiência tem como objetivo explicar o projeto habitacional

para a comunidade.

"A secretaria pretende informar aos moradores todos os detalhes do projeto de

moradia popular, com as intervenções previstas". Ainda segundo a prefeitura, 70% do

terreno será preservado para a implantação de um parque municipal de 550 mil

metros quadrados.

A sessão acontecerá no CEU Alvarenga, na estrada Alvarenga, nº 3752, no bairro

Pedreira, às 15h30.

TUMULTO

Manifestantes contrários à construção de casas populares nessa área fizeram um

protesto na tarde desta segunda (8), durante a agenda oficial do prefeito Fernando

Haddad (PT). Ele inaugurou um monumento em homenagem aos mortos e

desaparecidos da ditadura, no parque Ibirapuera.

Dois manifestantes fantasiados de búfalos e com faixas, pediam a criação do Parque

dos Búfalos.

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"Nós não somos contra a habitação. Mas lá existem seis terrenos que devem 20 anos

de impostos [e poderiam servir de alternativa ao projeto]. E o senhor não vai construir

em cima de oito nascentes", disse a Haddad o ativista Aurélio Rodrigues.

Em resposta aos manifestantes, o prefeito afirmou que o projeto já passou por

liberações da Secretaria do Verde e da Cetesb (Companhia de Tecnologia de

Saneamento Ambiental), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo estadual.

Os manifestantes chegaram a interromper fala do secretário de direitos humanos da

cidade, Rogério Sottili, da secretária nacional dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, e do

próprio prefeito.

Familiares de mortos e desaparecidos durante a ditadura chegaram a vaiar os dois

manifestantes.

Durante a inauguração do monumento, chegou a haver empurrões entre manifestantes e

outros presentes no evento.

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Cerca de 16 terrenos reservados para a criação de novos parques são

invadidos por Sem Tetos

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Corrida por água em SP alimenta poços clandestinos e cria dilema

ambiental

Indústrias, condomínios e prefeitura recorrem a poços artesianos para enfrentar seca

Com a crise da água, São Paulo chegou, literalmente, ao fundo do poço. Ou melhor, dos poços. A avidez por encontrar fontes hídricas alternativas tem multiplicado a perfuração de poços artesianos — a maioria deles, clandestinos, segundo especialistas. Quem sofre com a escassez acusa os órgãos gestores do Estado de excesso de burocracia, que alimenta as obras ilegais.

Indústrias e comércio foram os primeiros interessados em investir em perfurações. Recentemente, condomínios de prédios e casas também saíram em busca de água subterrânea. Até a prefeitura da capital abriu licitação para contratar empresas especializadas em poços semiartesianos que deverão abastecer as 32 subprefeituras em caso de falta d’água.

Em meio à corrida pela água, crescem as críticas sobre o órgão estadual gestor de recursos hídricos, o DAEE (Departamente de Água e Energia Elétrica).Para Reginaldo Bertolo, diretor do Cepas (Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas) da USP, o Estado deveria se posicionar para evitar uso de água inadequada.

— O que estamos vendo aqui em São Paulo é que todos estão saindo de uma forma predatória à procura de água. E falta um Estado presente que faça o disciplinamento do uso dessa água subterrânea.

O resultado é a clandestinidade: de acordo com a Abas (Associação Brasileira de Águas Subterrâneas), cerca de 80% dos poços artesianos existentes na região metropolitana de São Paulo são irregulares, conforme explica Carlos Giampá, geólogo, ex-presidente da Abas e atual conselheiro vitalício da associação

— A gente fez um confronto de dados, perguntou para as empresas que participam da associação e temos denunciado a incompetência pública na gestão do recurso hídrico. Se a estimativa é de 80% de clandestinidade, você está gerindo o quê?

A BBC Brasil consultou o DAEE, que afirmou em nota "fiscalizar rotineiramente perfurações e captações irregulares".

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Contra o relógio

O problema, dizem especialistas, é alimentado pelo tempo que leva para perfurar um poço artesiano em São Paulo — meses ou até um ano. O primeiro passo é pedir um projeto para uma empresa perfuradora, que levará todos os detalhes dele ao DAEE. O departamento analisa e libera ou rejeita a perfuração. Esse processo normalmente demora cerca de 45 dias — mas já chegou a demorar oito meses em alguns casos, relata Giampá, que também é sócio-diretor da DH Perfuração de Poços, uma das principais empresas do ramo.

Depois disso, vem a perfuração e instalação do poço, que demora mais um mês, e a coleta da água para a análise de potabilidade pelo DAEE — mais 20 dias. Se a água for aprovada, é preciso requerer a outorga, uma espécie de autorização para utilizar aquela água por cinco anos; e, em caso de consumo humano, a inclusão em um cadastro de soluções alternativas de água potável.

Para não ter de esperar todo esse processo, o que muita gente faz é optar pela irregularidade, como conta um morador de um condomínio de prédios em Itu que não quis se identificar.

— Nós descobrimos que dá pra fazer um poço aqui no condomínio e vamos fazer. Mas a outorga demora muito, a gente está sem água. Chamei a empresa e eles vão vir aqui fazer.

Lá a falta de água é generalizada e o condomínio não recebe água do abastecimento oficial da cidade há meses. Por isso, uma das soluções encontradas foi o poço artesiano — só que na clandestinidade.

Sustentabilidade

Os especialistas alertam que a "febre" dos poços artesianos no Estado de São Paulo pode ter graves consequências para as reservas subterrâneas da região. Apesar da abundância de poços artesianos e da grande quantidade de água que eles oferecem, o recurso deles também é finito — ou seja, se mal explorado, também pode acabar.

Em Recife, no fim da década de 1990, a cidade enfrentou uma seca ainda maior que a que vive hoje o Estado de São Paulo e também recorreu a todos os tipos de alternativa — inclusive a perfuração desenfreada de poços. Como consequência disso, alguns reservatórios subterrâneos secaram. Giampá explica que o mesmo pode ocorrer em São Paulo.

— Fazendo da forma irregular, corre esse risco de secar. Lá em Recife, todos os prédios de Boa Viagem fizeram poço, isso mostra uma coisa que pode acontecer, porque fazer poço do lado do outro é uma superexploração da água subterrânea.

O DAEE respondeu que "o Governo do Estado vem lançando mão de projetos mais sustentáveis para aumentar a oferta desse bem, que não a abertura de poços artesianos em residências".

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Segundo o órgão, um dos exemplos significativos é o reúso da água, em andamento, entre outros já anunciados".

Gestão

Segundo o DAEE, a cidade de São Paulo tem 2.071 poços artesianos outorgados pelo departamento, mas as estimativas de um levantamento da Abas indicam a existência de pelo menos 8.000 poços contando a região metropolitana da cidade — mais de 5.000 irregulares.

O DAEE não quis dar entrevista para falar sobre o assunto, mas informou por meio de nota que não tem estimativas sobre o número de poços irregulares "uma vez que eles são irregulares", mas advertiu que "a utilização da água sem a devida outorga sujeita o infrator às penas previstas na lei de uso dos recursos hídricos e de responsabilização administrativa, civil e penal".

Para Bertolo, do Cepas, "na prática, não tem fiscalização".

— Não há vontade política pra que o Estado se reestruture pra dar vazão pra essa demanda.

Ele considera que o DAEE precisa de técnicos mais capacitados para mapear os poços existentes em São Paulo.

— Estamos falando de um volume de água estimado em 16 metros cúbicos por segundo de todos os poços na região metropolitana, o que é praticamente o volume oferecido pelo segundo manancial que abastece São Paulo, a represa de Guarapiranga.

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Em plena crise de água, deputados de SP querem liberar destruição de

mananciais

Projeto de lei que será votado em regime de urgência pode reduzir a área

de restauração florestal nas margens dos rios paulistas

A Fundação SOS Mata Atlântica realiza amanhã (9/12) uma mobilização contra o “Projeto

de Lei do Desmatamento” (PL 219/14), que regulariza o desflorestamento e diminui as

Áreas de Preservação Permanente (APPs), como as matas ciliares, acentuando a grave

situação dos mananciais e bacias hidrográficas do Estado.

A ação é um alerta aos deputados estaduais para que não aprovem o projeto, que

dispõe sobre o Programa de Regularização Ambiental (PRA), o que equivale à

regulamentação paulista para implementação do novo Código Florestal brasileiro (Lei

Florestal 12.651/12). O PL está em regime de urgência na Assembleia Legislativa e

poderá ser votado neste dia.

Dentre os problemas mais graves contidos no PL, está a previsão da diminuição das

faixas de recuperação de matas ciliares em APPs, chegando a 5 metros. As APPs são

essenciais para os mananciais, rios e nascentes, já que as floretas protegem todo o

fluxo hídrico, impedem o assoreamento de rios e represas e ainda têm o papel de

extrair umidade do ar e levá-la aos mananciais.

Estudo da SOS Mata Atlântica divulgado em outubro deste ano pela revista ÉPOCA

constatou que a cobertura florestal nativa na bacia hidrográfica e nos mananciais que

compõem o Sistema Cantareira, centro da crise no abastecimento de água, está muito

abaixo dos níveis ideais e deve ser recuperada. Hoje, restam apenas 488 km² (21,5%)

de vegetação nativa na bacia hidrográfica e nos 2.270 km2 do conjunto de seis

represas que formam o Sistema Cantareira.

Com a aprovação do PL 219, essas áreas seriam ainda mais prejudicadas. Isso porque o

projeto proposto considera pastagens improdutivas e chácaras de recreio como usos

consolidados e, portanto, desobrigados da recomposição das matas ciliares em

metragens e critérios técnicos, como os que estavam determinados no Código

Florestal de 1965 e que resultariam em serviços ambientais relevantes para a

conservação da água.

Outro ponto alarmante é a possibilidade da restauração de reserva legal em outros

Estados. Assim, proprietários rurais estariam aptos a fazer a compensação ambiental

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de suas propriedades fora dos limites de São Paulo, “exportando” as florestas e

ameaçando a recomposição e a conservação da vegetação de regiões prioritárias,

como as localizadas em áreas de estresse hídrico.

A proposta perde ainda a oportunidade de definir instrumentos de apoio e incentivo à

conservação do meio ambiente, como os pagamentos por serviços ambientais (PSA),

além de representar o fim do Cerrado, já que altera a Lei Estadual 13.550/2009, que

protege os poucos remanescentes paulistas deste importante bioma.

Para completar, destaca-se o fato de o novo Código Florestal ser objeto de Ação Direta

de Inconstitucionalidade, movida pelo Ministério Público Federal, em três questões

que ainda estão sendo julgadas e que foram repetidas no projeto de lei paulista.

É inaceitável que, em meio a maior crise hídrica da história do Estado, deputados

ignorem os alertas do clima e de especialistas para levar adiante esse projeto que

coloca interesses de grupos pontuais, ligados a um modelo ultrapasso de agronegócio,

a frente dos interesses da sociedade que já sofre com a falta de água. Não podemos

admitir tamanho retrocesso!

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A importância da economia de água no dia a dia

Conforme dados da ONU, cada pessoa necessita de 110 litros por dia para

consumo e higiene; brasileiros gastam em torno de 200 litros

Vários locais do país estão em alerta, em especial o Estado de São Paulo, que vivencia a pior crise hídrica dos últimos 80 anos. Com esse cenário, é necessário adotar novos hábitos para que a ausência de chuvas e a baixa cada vez mais aguda dos reservatórios não resulte em uma situação de racionamento e insuficiência de abastecimento. Conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cada pessoa precisa de 110 litros de água para consumo e higiene. Já os brasileiros, por sua vez, gastam em torno de 200 litros de água por dia, o equivalente a 73 mil litros por ano. De acordo com a professora de Responsabilidade Social e Gestão Ambiental da Uniasselvi, Tatiana Machado Oliveira, a utilização da água com consciência é de extrema importância e deve ser cuidada constantemente. “Evitar o desperdício deve ser um fator de conscientização permanente, pois o racionamento acontece em casos de falta de chuva, em casos de concentração populacional e em épocas do ano, como no verão”, esclareceu. Ela ressalta que o Brasil ainda é carente no que diz respeito ao processo de reuso de água da chuva, pois o investimento é escasso. “Isso é resultado da falta de incentivo para aplicação do processo. O uso de águas residuárias (água do banho, cozinha, de chuva, entre outros) exige o uso de tecnologias para a reutilização e, para tal, é imprescindível investimento”. A especialista ainda destaca que o planeta a cada dia dá mais sinais de que os seres humanos estão interferindo no seu ciclo natural. “Precisamos com urgência mudar as nossas atitudes, antes que o Brasil inteiro passe por um racionamento de água”, recomendou.

Conscientização

Preocupados com a preservação da natureza, os pato-branquenses Maria Lúcia e Odir João Menegassi, moradores do bairro Pinheiros, há dez anos adotaram uma medida em sua residência com relação à economia de água. “Odir, meu esposo, sempre falava sobre a falta da água, que no futuro poderia ter esse problema, isso há 20 anos. Assim, quando resolvemos construir a nossa nova casa, há dez anos, procuramos um arquiteto que aceitasse o desafio de instalar esse sistema de captação de água da chuva, e conseguimos concretizar esse objetivo”, explicou Maria Lúcia. A residência do casal é a pioneira da região a ter este sistema instalado. “Nós utilizamos a água da chuva para a limpeza das calçadas, garagem, carro e também para as caixas de descarga”, descreveu a pato-branquense, acrescentando que após a instalação do sistema, houve uma redução de 40% no consumo de água tratada. Entretanto, ela disse que isso não é o mais importante, mas sim a preservação do meio

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ambiente. “A gente se sente bem em poder contribuir para o meio ambiente, fazendo a nossa parte. Usar água tratada para algumas coisas é inadmissível. Por isso, recomendo para que outras pessoas também ajudem a preservar o meio ambiente, principalmente nos dias atuais, que a falta de água é uma realidade e a cada dia está mais escassa”, observou. Segundo o arquiteto de Pato Branco, Adriano Scarabelot, que juntamente com o engenheiro Leandro Ceni de Oliveira construiu o sistema de captação de água da chuva, foi um desafio realizar esta primeira obra. “Porque até então não se tinha registro de obras na região, nem residenciais e comerciais, com o aproveitamento da água da chuva”, revelou. Ele explica que na residência de Maria Lúcia e Odir o sistema consiste em captar a água da chuva pela cobertura. “Então criamos as calhas de concreto ao invés de uma calha convencional, ficando invisível. A partir do momento que a água é conduzida do beiral, ela entra em uma solução mais hidráulica, onde é feito um processo de separação de folhas e, posteriormente, a água passa para uma cisterna, que na sequência é direcionada para a caixa de água de aproveitamento. Por fim, a água desce para a tubulação para ser utilizada, a qual é separada da tubulação de água potável”, descreveu.

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ONU espera conseguir US$ 10 bilhões para Fundo Verde

A secretária executiva das Nações Unidas para a Mudança Climática, Christiana Figueres, anunciou nesta segunda-feira que durante a cúpula COP20, que vai até sexta-feira em Lima, espera alcançar a meta de arrecadar US$ 10 bilhões para o Fundo Verde.

O financiamento das ações para diminuir e se adaptar à mudança climática esteve entre os principais temas debatidos durante a primeira semana da COP20, que começou em 1º de dezembro.

O Fundo Verde para o Clima foi criado em 2011, durante a COP17 de Durban (África do Sul), como um mecanismo de ajuda dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, e sua meta é chegar aos US$ 100 bilhões em 2020.

Figueres também comentou hoje que está com 'espírito de otimismo' sobre a meta da COP20 de negociar um documento base sobre redução de gases do efeito estufa e de financiamento de ações contra a mudança climática que seja aprovado ano que vem na COP21 de Paris.

Esse documento deve substituir o Protocolo de Kioto, assinado em 1997, que tem vigência até 2020.

Nesse sentido, a secretária executiva da COP considerou que a última semana da reunião, que tem a participação de presidentes e outras altas autoridades, será 'muito ocupada'.

Amanhã se apresentarão os presidentes do Peru, Ollanta Humala; Bolívia, Evo Morales; e de Nauru, Baron Waqa; enquanto o presidente da COP20, o ministro peruano Manuel Pulgar-Vidal, presidirá uma reunião sobre financiamento climático.

Na quarta-feira se apresentarão os governantes dos países da Aliança do Pacífico (Colômbia, Chile, México e Peru) e na quinta-feira será o Dia do Meio Ambiente.

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Uma viagem da contra-cultura às mudanças climáticas

O cientista americano Michael Wadleigh, que nos anos 1970 saiu do anonimato ao ganhar um Oscar com o documentário sobre o festival de Woodstock, ícone da contra-cultura, adverte em Lima, onde participa da COP20, que as mudanças climáticas são o problema mais sério que a humanidade enfrenta.

"Minha missão em Lima é falar como cientista de que as mudanças climaticas são o problema mais importante com o qual a humanidade se confronta no século XXI", assegurou à AFP Wadleigh, físico e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

Wadleigh defende o sucesso da 20ª Conferência das Partes da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (simplesmente COP20), celebrada entre 1º e 12 de dezembro em Lima, para que os países costurem um acordo sobre a limitação das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, que causam o aquecimento global.

"A COP deve ser um sucesso se quisermos evitar que a temperatura suba dois graus centígrados nos próximos 20 anos", afirmou este homem de 75 anos, que cobre a cabeça com uma bandana multicolorida e usa uma camisa que remete à era "flower power", dos anos 1960.

"Cada minuto que passa, enviamos à atmosfera duas gigatoneladas de emissões, o que equivale à explosão de duas torres Eiffel", alertou.

Wadleigh, nascido em Ohio (norte dos EUA) há 75 anos, foi à COP20 com recursos próprios, mas a convite da delegação do Peru, mesmo que não possa tomar a palavra nas sessões plenárias porque, afirma, "os governos censuram os cientistas como expositores".

"A realidade dos números é mais dramática do que se diz em círculos políticos. Querem punir o mensageiro", resume Wadleigh, conferencista internacional em desenvolvimento sustentável e professor em Harvard.

"A Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas foi criada há mais de 20 anos, em 1992, e a curva do aquecimento não parou de subir. Foram escritos dezenas de informes, mas quais foram os resultados?", questiona Wadleigh.

"Os governos - acrescenta - discutem, mas não agem. Cada país deve assumir sua parcela de responsabilidade (na crise das mudanças climáticas) porque, sim, é possível conseguir a redução (das emissões de gases)", continua.

"Se não reagirmos a tempo, nossa janela de oportunidades para reduzir as emissões vai fechar", insiste.

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Woodstock e o movimento pela Terra

"O festival de Woodstock, em 1969, semeou a voz do movimento ecologista. De alguma forma, o primeiro dia da Terra saiu de Woodstock. Houve meio milhão de pessoas, mas outros três milhões estavam a caminho", diz Wadleigh, ao saudar o salto qualitativo do maior movimento musical da contra-cultura no século XXI.

"Woodstock é uma grande metáfora. Woodstock se fez no que era uma fazenda, no meio da natureza", lembrou em declarações à AFP Wadleigh, ao evocar o festival de rock, celebrado entre 15 e 18 de agosto de 1969 no estado de Nova York, onde retratou toda uma geração no documentário mais bem sucedido de todos os tempos.

"Cada canção do festival era sobre um problema social, não era só o amor e outras canções. Era sobre a ecologia, a igualdade de direitos, era pacifista. Era um festival radical", conclui, destacando que todos estes temas estão no filme com o qual ganhou o Oscar, em 1970.

Wadleigh é uma das personalidades que participam da COP20, em Lima, onde sua figura dificilmente passa despercebida e imprime uma aura 'hippie' ao evento que deve contribuir para decidir o futuro da humanidade no século XXI.

"A música dos anos 60 foi um motor para os jovens. Temos que manter esse espírito", disse, antes de se despedir com um aperto de mãos e se misturar à multidão de delegados de 195 países e representantes de ONGs.