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1 LEANDRO BERTOLDO Show de Mágica Contra o Sábado SHOW DE MÁGICA CONTRA O SÁBADO Leandro Bertoldo

Show de mágica contra o sábado

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Page 1: Show de mágica contra o sábado

1 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

SHOW DE MÁGICA CONTRA O

SÁBADO

Leandro Bertoldo

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2 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Dedicatória

Dedico este livro aos meus grandes amigos

Fofa, Pitucha, Calma e Mimo.

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3 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

O Senhor permitiu ao inimigo da verdade fazer decidido esforço

contra o sábado do quarto mandamento. É desígnio Seu despertar por esse meio interesse

decidido naquela questão que é um teste para os últimos dias. Isto abrirá o caminho a que a

terceira mensagem angélica seja proclamada com poder. (II Mensagens Escolhidas, 370).

Ellen Gould White

Escritora, conferencista, conselheira,

e educadora norte-americana.

(1827-1915)

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4 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Sumário

Dados biográficos

Prefácio

Introdução

Capítulo I

Capítulo II

Capítulo III

Capítulo IV

Capítulo V

Capítulo VI

Capítulo VII

Capítulo VIIII

Capítulo IX

Capítulo X

Posfácio

Bibliografia

Relação de Endereços

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5 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Dados biográficos

Leandro Bertoldo é o primeiro filho do casal José Bertoldo Sobrinho e Anita

Leandro Bezerra. Seu irmão chama-se Francisco Leandro Bertoldo. Os dois seguiram a

carreira no judiciário paulista, incentivados pelo pai, que via algo de desejável na estabilidade

do serviço público.

Leandro fez as faculdades de Física e de Direito na Universidade de Mogi das Cruzes

– UMC. Seu interesse sempre crescente pela área das exatas vem desde os seus 17 anos,

quando começou a escrever suas primeiras teses científicas sérias sobre os fenômenos físicos.

Em 1995, publicou o seu primeiro livro de Física, que atraiu a atenção de muitos professores

universitários. O seu comprometimento com o Direito é resultado de suas atividades junto ao

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Em 1986, influenciado pela colega de trabalho Célia Regina de Souza Xavier,

converteu-se ao cristianismo, recebendo as suas primeiras orientações doutrinarias do

dedicado professor Valdir Gonçalves Xavier. Posteriormente estudou na Classe Bíblica com o

eminente professor Pedro B’ärg. Pouco tempo depois começou a ministrar estudos bíblicos

nos lares de diversos interessados.

Mais tarde, ao assumir a direção da Classe Bíblica, teve grande êxito em preparar

algumas almas sinceras para o santo batismo. Porém, a sua atividade principal tem sido

realizada na Classe Pós-batismal, onde tem preparado dezenas de novos lideres para

trabalharem nos ministérios da igreja e na obra evangelística voluntária.

Leandro casou-se duas vezes e teve uma filha do primeiro matrimônio chamada

Beatriz Maciel Bertoldo, hoje formada em Direito. Há vinte anos está casado com a sua

segunda esposa Daisy Menezes Bertoldo, que o tem apoiado incondicionalmente. Muitos dos

seus momentos de descontração são proporcionados por seus amáveis amigos e felizes

cachorrinhos: Fofa, Pitucha, Calma e Mimo.

Durante a sua carreira como cientista, contabilizou centenas de artigos e dezenas de

livros, todos defendendo teses originais em Física e Matemática, destacando-se: “Teoria

Matemática e Mecânica do Dinamismo” (2002); “Teses da Física Clássica e Moderna”

(2003); “Cálculo Seguimental” (2005); “Artigos Matemáticos” (2006) e “Geometria

Leandroniana” (2007), os quais estão sendo discutidos em vários grupos de pesquisas

avançadas nas grandes universidades do país. Em teologia suas principais obras são as

seguintes: “Estudos Bíblicos Avançados” (2006); “Exercícios de Estudos Bíblicos” (2008);

“Profecias Sobre o Tempo do Fim” (2009); “A Lei, o Sábado e o Domingo” (2010) e

“Perguntas e Respostas” (2011), os quais estão sendo utilizados em pequenos grupos e classes

bíblicas. Muitas igrejas estão realizando seminários bem-sucedidos com o livro “Profecias

Sobre o Tempo do Fim”.

No primeiro semestre de 2012, a convite do carismático missionário voluntário “Edson

Felix” – pioneiro em organizar e dirigir as duas igrejas em César de Souza – teve o grande

privilégio de realizar a partir de 18 de março de 2012 aos domingos, durante um período de

seis meses, um enriquecedor seminário intitulado “Profecias Sobre o Tempo do Fim”,

baseado em seu livro “Conflito Final”. O seminário teve a participação maciça dos membros

da comunidade local, resultando em vários batismos.

Em sua igreja foi Secretário do Ministério Pessoal, Tesoureiro, Professor da Escola

Sabatina, Promotor de Literatura, Professor da Classe de Visitas, Ancião e, atualmente,

Coordenador de Classe Bíblica.

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6 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Prefácio

Seguindo as orientações contidas nas Escrituras Sagradas, os Adventistas do Sétimo

Dia ensinam, pregam, imprimem, veiculam e distribuem material evangelístico que versam

sobre os mais variados temas bíblicos, tais como: Segundo Advento de Cristo, Plano da

Salvação, Estado dos Mortos, Inferno, Lei de Deus, Sábado do Senhor, Santuário, Milênio,

Justificação pela fé, Santificação, Temperança etc.

Com toda essa atividade evangelística, a atenção de muitos cristãos sinceros e fiéis à

Palavra de Deus tem sido despertada para essas arrebatadoras verdades bíblicas.

Então surgem os falsos ministros, que cheios de ciúmes e inveja, se levantam e

passam, como meio de retaliação, a fabricar matérias ilusórias totalmente distorcidas em face

da sincera e honesta atuação daqueles que “guardam os mandamentos de Deus e a fé de

Jesus” (Apocalipse 12:17; 14:12).

Negligenciando a salvação de sua própria alma, os falsos ministros se levantam e

fazem afirmações pérfidas, depreciativas, caluniadoras, difamatórias e levianas. Esses

ministros são falsos profetas que denigrem não só o santo dia do Senhor (Isaías 58:13), mas

também a honra, a dignidade e a imagem dos santos do Altíssimo (Apocalipse 14:12) que

observam metodicamente os preceitos sagrados da Palavra de Deus.

O mais curioso é que, passando-se por cristãos, esses falsos ministros do evangelho

negam pelas suas ações e obras o cristianismo que professam pregar, e o fazem sem o mínimo

constrangimento, usando de falsidade, deslealdade e mentira, tanto no púlpito como na

literatura, presumidamente, para pressionar e vacinar a cristandade contra a poderosa

mensagem bíblica do sábado do Senhor. Mas, contra a verdade bíblica, não há poder que

possa prevalecer no coração daqueles que são sinceros e fiéis a Palavra de Deus.

Por essas razões, o presente livro vem a lume com o único objetivo de mostrar ao

público a enorme obra de engano que está sendo realizada nestes últimos dias por intermédio

de impressionantes mestres religiosos do ilusionismo bíblico moderno.

Este livro é constituído por dez capítulos, onde estão distribuídas mais de setenta

divertidas mágicas. Sem prolixidade e sem ser tendenciosa, a presente obra propõe-se a

revelar aos expectadores os principais truques maléficos que estão ocultos em todas as

mágicas que comumente são realizadas em várias partes do mundo nos shows de mágica

contra o sábado.

Caso você seja um cristão fiel, sincero e honesto para com Deus e para com as

verdades bíblicas, posso adiantar que, após a leitura deste singelo livro, você jamais será o

mesmo. É o meu sincero desejo e oração que o Senhor nosso Deus possa iluminar-te

abundantemente para que você possa tomar a decisão correta ao lado do Senhor, mas em

plena harmonia com a Sua Santa Palavra. Amém!

[email protected]

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7 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Introdução

“Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por elas, quando a

obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo

cristão”. (Reavivamento e seus Resultados, 10).

Ellen Gould White

Atualmente uma enorme parcela da cristandade desconhece completamente as

doutrinas fundamentais da Bíblia Sagrada, e o pior, é que nem está interessada em conhecê-

las. Alguns chegam a ponto de questionar a validade de um estudo mais profundo das

Escrituras Sagradas. Esses “cristãos” parecem que ignoram o fato de que “Está escrito: Nem

só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Mateus 4:4). A

esses cristãos cabe perfeitamente a célebre repreensão de Jesus Cristo: “Vós não sabeis de que

espírito sois”. (Lucas 9:55).

Inexplicável. Alguns afirmam, com ares de doutores, que a Bíblia Sagrada é

incompreensível porque está cheia de mistérios. É claro que ela está cheia de mistérios, mas

somente para aqueles que não compreendem a Palavra de Deus porque não se dedicam a

estudá-la com a profundidade necessária. Tais cristãos fecham os olhos para o fato de que “as

cousas encobertas são para o Senhor nosso Deus; porém as reveladas são para nós e para

nossos filhos para sempre”. (Deuteronômio 29:29). Como as coisas estão claramente

reveladas nas páginas das Escrituras Sagradas, então elas não estão mais ocultas em

profundos mistérios, simplesmente porque não estão mais encobertas e são perfeitamente

compreensíveis ao estudante dedicado e honesto. O que é misterioso é a falta de interesse da

maior parte da cristandade em procurar com todo o seu coração e inteligência compreender e

aceitar as Mensagens de Deus, como elas realmente se encontram reveladas nas Escrituras

Sagradas. “As multidões rejeitam a verdade das Escrituras, por ser ela contrária aos desejos

do coração pecaminoso e amante do mundo; e Satanás lhe proporciona os enganos que

amam.” (O Grande Conflito, 601).

Doutrina. Outros criticam o estudo doutrinário das Escrituras Sagradas sob o pretexto

de que as doutrinas separam as pessoas. Mas esse é justamente o seu objetivo primordial:

separar os homens para propósito sagrado, conforme está expresso na oração do Senhor:

“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. (João 17:17). O vocábulo “santo” na

língua hebraica é qadosh e em grego é hagio que etimologicamente significam “ser

separado”. Portanto, a Palavra de Deus separa o cristão das trevas para sua maravilhosa luz.

Além disso, foi Jesus quem disse: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer

paz, mas espada. Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua

mãe, e a nora contra sua sogra. E assim os inimigos do homem serão os seus familiares”.

(Mateus 10:34-36). Diante do exposto está claro que o ensino cristão naturalmente separa as

pessoas, até mesmo os membros de uma mesma família, então o que se dirá dos estranhos! A

própria Bíblia Sagrada exorta os cristãos a separarem-se daqueles que divergem da doutrina

ensinada pela Igreja: “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e

escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles”. (Romanos 16:17).

Ensino. Ao desprezarem as doutrinas bíblicas, esses amados cristãos estão cumprindo

– sem perceber – a profecia que diz: “Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina;

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Show de Mágica Contra o Sábado

mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias

concupiscências”. (II Timóteo 4:3). Tais cristãos parecem desconhecer que o ensino da

doutrina é mandamento divino. Eis o que diz a Bíblia Sagrada: “Retendo firme a fiel palavra,

que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina,

como para convencer os contradizentes”. “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”.

“Tens cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te

salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. (Tito 1:9; 2:1; I Timóteo 4:16). O

apóstolo Paulo também exortou às lideranças das igrejas “que não ensinem outra doutrina”. (I

Timóteo 1:3).

Engano. A verdade é que “o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e

Satanás, que engana todo o mundo” (Apocalipse 12:9) está trabalhando para anular as

fronteiras doutrinárias existentes entre as diversas denominações religiosas com a intenção de

unir todas as igrejas sob o seu estandarte. Seu alvo final consiste em perseguir os santos do

Altíssimo (Apocalipse 12:17; 16:14; 19:19). Para alcançar seu intento, o grande inimigo da

verdade está construindo pontes entre as diversas denominações religiosas visando facilitar

uma futura união entre todas as igrejas. Por meio da prática de “sinais e prodígios”, Satanás

tem adentrado nas igrejas protestantes e causado grande alvoroço e divisões. Conseguiu até

mesmo penetrar nas fileiras católicas na década de sessenta, quando introduziu, com sua

astúcia, as técnicas pentecostais, que na igreja católica são chamadas de carismáticas. Por

força do movimento ecumênico e visando ludibriar os incautos, Satanás apresenta o seguinte

lema: “Existem mais pontos que nos unem do que nos separam”. Sua proposta para unir as

diversas denominações religiosas tem sido a seguinte: Primeiro, defender doutrinas que são

comuns entre a maioria das denominações religiosas, tais como imortalidade da alma,

observância do domingo, um inferno ardendo eternamente, torturas sem fim das almas

impenitentes, arrebatamento secreto etc. Segundo, procurar desestimular, combater e

nocautear o ensino de doutrinas que causam divergências ou divisões. Terceiro, construir

fortes laços entre as diversas igrejas da cristandade com as mistificações dos dons do Espírito

Santo, com a realização de “grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até

os escolhidos”. (Mateus 24:24).

Espiritismo. Para fazer oposição às verdades bíblicas, Satanás levantou a partir de

1849 o adormecido espiritismo pagão, o qual Deus havia condenado desde a época de Moisés

(Deuteronômio 18:10-14). O moderno espiritismo surgiu com o propósito de negar o

Evangelho de Cristo, o qual está sintetizado em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de

tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas

tenha a vida eterna”. Contrariando o Evangelho de Cristo, o Espiritismo prega outro

evangelho, onde ensina que todos possuem um espírito imortal e consciente que sobrevive à

morte do corpo físico, independentemente de qualquer crença que o falecido porventura tinha.

Com sua argúcia, Satanás alcançou grande êxito em colocar uma roupagem supostamente

científica no antigo espiritismo pagão. Com isso conseguiu atrair, seduzir, enganar e

arregimentar milhares de incrédulos para as suas fileiras. A maioria dos espíritas são pessoas

que necessitam de provas científicas, fatos palpáveis e evidências tangíveis para poder “ver

para crer”, e Satanás oferece a todos eles essas provas. Todavia, isto não é fé, porque a fé é “a

prova das coisas que se não veem” (Hebreus 11:1). “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir

pela palavra de Deus”. (Romanos 10:17). Ninguém precisa ter fé para crer que um avião voa

porque isto é um fato observável, assim também o espírita não necessita ter fé para crer na

comunicação com os mortos, porque – muito embora seja um engodo – “para eles” isto é um

fenômeno observável. Mas o fato é que os espíritas ainda estão devendo ao mundo a prova

crucial que fundamenta a sua religião. Eles ainda não conseguiram provar cientificamente que

os espíritos com quem se comunicam são realmente espíritos dos mortos ou alguns dos anjos

caídos simulando ser o espírito de algum falecido. Para resolver essa questão os espíritas

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Show de Mágica Contra o Sábado

criaram doutrinas fantasiosas em torno do assunto, afirmando que todos são espíritos de

mortos em graus mais ou menos evoluídos, sendo que os anjos não existem e que demônios

são apenas espíritos de mortos menos evoluídos. Mas essa doutrina não resolve a questão

“científica”. Ainda estão a dever a prova crucial do Espiritismo. Se todos são espíritos de

mortos, então por que não dizer – em harmonia com a Bíblia Sagrada – que todos são

espíritos de demônios, simulando os mortos?

Pentecostalismo. Por meio do movimento espírita – negando diretamente o

Evangelho de Cristo – Satanás não conseguiu atingir totalmente os seus intentos. Por isso ele

levantou a partir de 1905 o movimento pentecostal, um sincretismo religioso de manifestações

emocionais e espiritualistas com doutrinas cristãs de origem metodista. Esse movimento

encontra-se dividido em centenas de seitas com crenças diversificadas e infiltrado em

milhares de igrejas de tradição protestante. Embora aparentem defender o evangelho, essas

seitas combatem com veemência o espírito protestante e os grandes temas bíblicos, tais como

a Lei Moral, o Sábado do Senhor, o Antigo Testamento, a Mortalidade Inerente da Alma, a

Imortalidade da Alma mediante a fé em Cristo Jesus. Essas seitas defendem a mitologia grega

da pena eterna num inferno para os maus e o céu para os bons, ensinam a filosofia pagã de

Platão de que todos possuem uma alma imortal que permanece viva depois da morte.

Realmente, seus ensinos não são verdadeiramente bibliocêntricos. Do que adianta ensinar que

somos salvos pela graça mediante a fé, se não ensinam que somos julgados pelas obras, posto

que a fé sem as obras correspondentes está morta! Uma das grandes incoerências de suas

doutrinas é que condenam o sábado sob o argumento de que se trata de preceito do Antigo

Testamento, mas convenientemente insistem em recolher os dízimos e as ofertas, que também

são preceitos do Antigo Testamento. Como seita, instalada no ceio da cristandade, parecem

cordeiros, mas falam como o dragão quanto se trata de combater grupos religiosos que

pensam diferentes deles. Para eles todas as religiões e igrejas são seitas (menos eles, é claro).

Eles parecem que desconhecem a diferença fundamental entre religião e seita.

Prodígios. A atração fatal que mantêm todos os seguimentos pentecostais na falsa

ilusão de que possuem a aprovação divina está baseada na mistificação dos dons do Espírito

Santo. Esse movimento foi severamente condenado por Cristo Jesus, quando Ele profetizou:

“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu

nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então

lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a

iniquidade”. “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos”. “Porque surgirão

falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora,

enganariam até os escolhidos”. (Mateus 7:22-23; 24:11, 24). Atualmente, os novos

seguimentos pentecostais vêm se orientado pela antiga e condenada doutrina simonistas (Atos

8:18-21), que em última análise nada mais é do que a troca de benção divina por dinheiro. O

movimento pentecostal surgiu com o propósito de criticar, combater e fazer guerra aos que

“guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo” (Apocalipse 12:17).

As Escrituras Sagradas revelam que, num futuro não muito distante, todas as igrejas unidas

procurarão aliar-se aos poderes políticos para assegurar sua proeminência no mundo e

consumar a sua guerra contra Cristo nas pessoas dos Seus santos (Apocalipse 19:19). Isto

ocorrerá quando Satanás, por meio de todas as instituições cristãs que puder colocar sob o seu

controle, realizar “grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista

dos homens”. (Apocalipse 13:13). “Sendo os ensinos do espiritismo aceitos pelas igrejas,

removem-se as restrições impostas ao coração carnal, e o professar religião se tornará um

manto para ocultar a mais vil iniquidade. A crença nas manifestações espiritualistas abre a

porta aos espíritos enganadores e doutrinas de demônios, e assim a influência dos anjos maus

será sentida nas igrejas.” (O Grande Conflito, 610).

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Show de Mágica Contra o Sábado

Contradições. Algumas pessoas menos esclarecidas supõem que a Bíblia Sagrada está

fervilhando de erros e contradições. Nada mais equivocado! Bem entendida, as Escrituras

Sagradas não apresentam nenhuma espécie de erro ou contradição. O que as pessoas não

percebem é que as contradições aparecem não porque a Bíblia Sagrada está errada, mas

porque as suas interpretações pessoais estão equivocadas e o conhecimento bíblico do

intérprete é limitado. Muitas dessas pseudo-interpretações estão fundamentadas nas

entrelinhas das Escrituras Sagradas. Porém, ocorre que as entrelinhas são conceitos inferiores

que não podem contradizer as linhas. Outras falsas interpretações estão baseadas em

passagens bíblicas obscuras. Porém, as passagens obscuras por serem herméticas não podem

contradizer as passagens bíblicas mais claras, vivas e expressivas. A regra da Hermenêutica

Sacra ensina que as linhas devem esclarecer as entrelinhas e as passagens mais claras devem

explicar as mais obscuras. Isto é muito elementar, claro e lógico.

Estudando. Por que devemos estudar as Escrituras Sagradas em profundidade? Bem,

devemos estudar as Escrituras Sagradas profundamente “para que não sejamos mais meninos

inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com

astúcia enganam fraudulosamente”. (Efésios 4:14). Além disso, sabemos que os primeiros

cristãos estudavam com afinco as Escrituras Sagradas, razão pela qual “anunciavam com

ousadia a palavra de Deus” (Atos 4:31). Por exemplo, os bereanos foram elogiados por Lucas

“porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas

coisas eram assim”. (Atos 17:11). “Os que andavam dispersos iam por toda a parte,

anunciando a palavra”. (Atos 8:4). Além disso, o Senhor Jesus deu a seguinte orientação aos

seus seguidores: “Examinais as Escrituras”. (João 5:39). “O povo de Deus é encaminhado às

Santas Escrituras como a salvaguarda contra a influência dos falsos ensinadores e poder

ilusório dos espíritos das trevas” (O Grande Conflito, 599).

Gentios. Nos dias de hoje, alguns cristãos sinceros, porém equivocados, afirmam que

os gentios não estudavam a Palavra de Deus, recebendo apenas as singelas orientações

contidas no Concilio de Jerusalém. Mas tal afirmação não condiz com os relatos bíblicos. Eis

o que diz as Escrituras Sagradas: “Os gentios tinham recebido a palavra de Deus”. (Atos

11:1). Entre os gentios “a palavra de Deus crescia e se multiplicava”. (Atos 12:24). Os gentios

de Antioquia reuniram-se para ouvir a Palavra de Deus: “E no sábado seguinte ajuntou-se

quase toda a cidade a ouvir a palavra de Deus”. (Atos 13:44). Na cidade de Corinto a Palavra

de Deus era ensinada aos gentios: “E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a

palavra de Deus”. (Atos 18:11). Diante de tantos versículos, como dizer que os gentios não

estudavam a Palavra de Deus?

Incoerência. Apesar de demonstrarem certo desprezo pelas Escrituras Sagradas, esses

cristãos ainda mostram-se incoerentes ao defenderem suas crenças religiosas pelas mesmas

Escrituras que costumam desdenhar, quando encurralados em suas interpretações aleijadas. O

mais grave é que em suas defesas desfocadas da realidade bíblica, eles se valem de métodos

escusos e argumentos esdrúxulos. Por exemplo, contrariando dezenas de textos bíblicos que

explicitamente ensinam sobre a “mortalidade inerente da alma” devido ao pecado de Adão e

Eva, bem como a promessa divina de sua “imortalidade condicional” baseada exclusivamente

na fé em Cristo Jesus, esses pesquisadores superficiais defendem a controvertida tese da

“imortalidade inerente da alma” baseando-se numa singela ilustração bíblica sobre o “Rico e o

Mendigo Lázaro” (Lucas 16:19-31). Com isso tacitamente negam as nefastas consequências

da queda do homem e o real objetivo do Plano da Salvação, que justamente visa trazer a vida

eterna para tornar a alma imortal. O que ninguém jamais teve coragem de contar a esses

cristãos é que tal ilustração bíblica trata-se apenas de uma simples parábola que foi inventada

para explicar a incredulidade dos judeus. Todos sabem que a parábola não tem o objetivo de

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11 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

refletir a descrição de fatos verídicos. A parábola é apenas uma estória imaginária narrada em

metáforas, que tem por objetivo tão-somente ilustrar um princípio moral ou espiritual.

Seletividade. É de conhecimento geral que a mente humana é seletiva. Por essa razão

ela tem a tendência de levar o ser humano a cometer sérios enganos. Como declarou o profeta:

“Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e perverso: quem o conhecerá?”

(Jeremias 17:9). Enquanto a nossa mente não adquire uma compreensão holística do todo, ela

tende a selecionar e isolar as informações que parecem encaixar-se em nosso conhecimento de

mundo. Por outro lado, ela ignora e despreza as informações que conflitam com o nosso

conhecimento a respeito do assunto. Isto ocorre porque a mente humana aceita somente como

verdade as informações que lhe parece razoável e lógica; porém, as informações que não lhe

parecem lógica ou que não sejam razoáveis são rejeitadas como falsas. Por esse motivo os

homens chegam inconscientemente a ponto de distorcer a nítida verdade dos versículos

bíblicos para moldá-los às suas próprias teorias, em vez de suas teorias amoldarem-se às

verdades bíblicas claramente reveladas. Por exemplo, alguns cristãos defendem teorias

baseadas em textos que falam da Lei Cerimonial para provar que a Lei Moral foi abolida. Esse

tipo de confusão é muito comum em mentes tacanhas, destituídas de informações mais

profundas sobre a realidade da questão estudada ou que estão carregadas de preconceitos

contra determinadas doutrinas. Uma mente verdadeiramente honesta e genial está preparada

para desprender-se da seletividade natural da mente humana e pensar holisticamente, e não

em termos de partes isoladas. Esse tipo de mente procura analisar e harmonizar todas as

passagens bíblicas sobre determinado assunto sem levantar nenhuma contradição com todo o

escopo das Escrituras Sagradas, permitindo assim que as próprias Escrituras expliquem-se a si

mesmas.

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12 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo I “Com magistral poder tem Satanás procurado tornar nulo e inútil o quarto mandamento, a

fim de que o sinal de Deus seja perdido de vista. O mundo cristão tem calcado sob os pés o sábado do Senhor e observa o

sábado instituído pelo inimigo. Deus, porém, tem um povo leal a Ele. Esta obra deve ser levada avante da maneira

devida”. (Conselho Sobre Saúde, 235).

Ellen Gould White

Os cristãos que procuram fazer desvaler a observância do “sábado do Senhor”

atuam como verdadeiros ilusionistas. Esses modernos encantadores religiosos formados na

arte da persuasão costumam empregar, pelo mundo afora em seus muitos shows contra o

sábado do Senhor, algumas fantásticas táticas e artifícios, visando negar a validade do sábado

na vida do cristão. Em geral eles apresentam certo talento para a palavra e possuem modos

agradáveis perante o seu auditório. Quando fazem uso de suas táticas espetaculares são bem-

sucedidos em iludir, enganar e transviar milhões de pessoas que assistem aos seus shows.

Entre essas táticas, destacam-se as seguintes:

1º. Empregam versículos bíblicos fora de contexto para desaprovar a

observância do sábado do Senhor.

2º. Pecam por omissão ao desprezarem as informações bíblicas que

contradizem as suas suposições.

3º. Não informam ao seu auditório que o argumento que inventam para

desaprovar a observância do sábado também desaprova a observância do domingo.

4º. Costumam empregar uma “falsa analogia” para fazer desvaler a observância

do sábado em benefício da observância do domingo.

5º. Muitas de suas suposições contra o sábado são incoerentes com os próprios

ensinos doutrinários que defendem.

6º. Usam textos que falam da abolição da Lei Cerimonial para “provar” a

abolição da Lei Moral.

7º. Procuram vincular o sábado à Lei Cerimonial para mais facilmente abatê-lo.

8º. Em defesa da observância do domingo atuam como “analfabetos

funcionais”, que sabem ler, mas não sabem interpretar o que leram.

9º. Em seus argumentos contra o sábado violam o princípio da não contradição.

10º. Infringem o princípio do “nexo textual”, no qual a interpretação deve

corresponder rigorosamente ao conteúdo do texto bíblico em análise.

Os mágicos costumam utilizar muitos outros truques escusos semelhantes a estes, os

quais se encontram escondidos em suas largas mangas, e que empregam em seus fabulosos

espetáculos de mágica contra o sábado do Senhor. Porém, estas dez táticas são suficientes

para dar um vislumbre de suas atividades teatrais, que tem iludido milhões de pessoas que

frequentam os seus auditórios.

A seguir vamos assistir a um magnífico show de mágica contra o sábado, onde serão

apresentados aos expectadores as principais ilusões realizadas por mágicos profissionais e

amadores do mundo inteiro.

Esses profissionais na arte de ludibriar o público têm alguns propósitos escusos bem

definidos, o primeiro deles consiste em tosquiar as ovelhas e o segundo enganá-las para

mantê-las em seu redil e continuar tosquiando-as.

É evidente que esse tipo de show de mágica contra o sábado também visa criar

preconceitos, divisões e vacinar os novos conversos para que no futuro não recebam de

coração a verdade bíblica fundamental sobre o santo dia do sábado.

Page 13: Show de mágica contra o sábado

13 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

1ª Mágica

O domingo surge no lugar do sábado

Os modernos ilusionistas religiosos são muito artificiosos e costumam apresentar

uma curiosa mágica alegórica para fazer o sábado desaparecer e o domingo surgir no palco da

cristandade. Esses magníficos mágicos costumam usar o relato da criação para favorecer a

guarda do domingo, com a justificativa de que foi no “primeiro dia” que Deus criou a luz

(Genesis 1:3-5). Que maravilha! O domingo deve ser guardado pelos cristãos porque foi nesse

dia que Deus criou a luz. Agora que você conhece essa espantosa mágica que favorece a

observância do domingo, e está todo maravilhado, vou revelar os truques secretos que estão

por trás dessa mágica estupenda.

1º. O mágico esconde de sua plateia dormente que o próprio relato da criação

estabelece explicitamente a observância do sétimo dia da semana como um dia de repouso,

abençoado e santificado por Deus (Gênesis 2:2-3).

2º. Para que a ilusão criada por essa fabulosa mágica possa funcionar, os

ilusionistas não revelam ao público que séculos depois – no Monte Sinai – o Senhor Deus

desprezando totalmente o “primeiro dia” em que criou a luz, ratificou plenamente a

observância do repouso do sétimo dia da semana, conhecido como sábado (Êxodo 20:8-11).

O mágico é um verdadeiro craque em sua arte de produzir falsas ilusões. Milhões que

não pesquisam as Escrituras Sagradas são diariamente ludibriados por esses ilusionistas

modernos.

2ª Mágica

O sábado era exclusivo para os israelitas

Uma interessante mágica especialmente realizada para facilitar a aceitação do

domingo pela cristandade consiste em selecionar os textos de Êxodo 20:2; Deuteronômio 5:1-

3; 12-15; 4:8, 10, 13, 44, para em seguida causar a poderosa ilusão de que Deus ordenou a

guarda do sábado exclusivamente para o povo israelita, e ninguém mais. Para que essa mágica

possa seduzir o público é necessário que o ilusionista oculte alguns pequenos truques, que são

fatais para o sucesso de sua ilusão:

1º. O mágico ilude o seu auditório com o truque da palavra “exclusivamente”.

Nada mais errado! A guarda do sábado nunca foi dada “exclusivamente” para os judeus e a

Bíblia Sagrada em nenhum lugar afirma tal disparate.

2º. O sábado não foi dado “exclusivamente” aos judeus porque foi abençoado e

santificado na primeira semana da criação do mundo, bem antes da existência de qualquer

judeu sobre a face da terra (Gênesis 2:2-3).

3º. O mágico esconde de sua desatenta plateia todas passagens bíblicas que

ordenam aos gentios a santificarem o sábado. Eis a prova: Êxodo 20:10; 23:12; Isaías 56:2-3;

56:6-7; 58:13-14; Atos 13:42 e 44; 10:34.

Page 14: Show de mágica contra o sábado

14 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

4º. Supondo que o sábado não deve ser guardado pelos gentios porque foi dado

aos judeus, então os gentios estão excluídos do Novo Concerto porque está escrito que o

Novo Concerto foi feito com a “casa de Israel e com a casa de Judá” (Hebreus 8:8); os gentios

estão livres de obedecer a Deus porque Ele afirmou que é “o Deus de Israel” (Jeremias 11:3);

também estão livres dos dízimos e ofertas porque eles foram dados aos filhos de Levi

(Números 18:21).

3ª Mágica

O sábado é somente do judeu

Outra curiosa atração fatal semelhante à anterior, que é apresentada nos shows

desses mágicos, consiste em iludir os seus espectadores com a crença de que o sábado é

somente do judeu. Os truques que essa fantástica mágica oculta são bem simples.

1º. O mágico esconde os textos bíblicos que desmoralizam a sua mágica, os

quais provam que o sábado não era somente do judeu, mas também dos gentios. Eis a prova:

Êxodo 20:10; Êxodo 23:12; Isaías 56:2-3; Isaías 56:6-7; Isaías 58:13-14; Atos 13:42 e 44;

Atos 10:34.

2º. Supondo que o sábado seja somente do judeu, então toda lei – os Dez

Mandamentos, os dízimos, as ofertas etc – também são somente do judeu. Nesse caso, os

cristãos estariam livres para cultuar imagens, usar o nome de Deus em vão, desobedecer a pai

e mãe, roubar, matar, adulterar, mentir, cobiçar etc. É evidente que as coisas não são desse

modo; portanto, o quarto mandamento como todos os demais não eram destinados somente ao

judeu.

3º. Caso o sábado fosse somente do judeu, Jesus não teria dito que Ele é o

Senhor do sábado (Marcos 2:28), mas teria dito que o judeu é o senhor do sábado.

4º. O sábado não era somente do judeu porque os gentios convertidos à verdade

não só guardavam o sábado, como também participavam de todas as demais atividades

prescritas no Livro da Lei. Por exemplo, Isaías fez referência aos “filhos dos estrangeiros”

(Isaías 56:6-7) que, além de guardarem o sábado, também compartilhavam do concerto do

Senhor, festejavam no Templo Sagrado, participavam das ordenanças de holocausto e

sacrificavam animais no altar do Senhor.

4ª Mágica

O Antigo Testamento foi abolido

Outra mágica interessante que o ilusionista costuma apresentar para o seu

indiferente auditório, visa criar na mente do expectador a ilusão de que o Antigo Testamento

não tem validade para os cristãos em termos de doutrina e prática. Porém, para que essa

fabulosa mágica funcione, o ilusionista recorre a vários truques sujos e desprezíveis.

Page 15: Show de mágica contra o sábado

15 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

1º. O mágico é tão obtuso que confunde o homônimo “Antigo Testamento”

constituído pelos 39 livros – cinco escritos por Moisés e os demais pelos Profetas – com

“Antigo Testamento” constituído pelo pacto de derramamento de sangue de animais para

remissão de pecados. O que foi abolido com a morte do Cordeiro de Deus foi o pacto, e não

os escritos sagrados, tão exaltado e empregado pelos apóstolos em suas atividades

evangelísticas.

2º. Com esse truque dúbio o mágico consegue mais facilmente negar qualquer

doutrina contida nos livros sagrados que constituem o Antigo Testamento. Basta afirmar que

tal ensino não tem mais valor, já que supostamente os escritos do Antigo Testamento foram

abolidos.

3º. O mágico não conta à sua iludida plateia que os gentios eram evangelizados

pelas Escrituras Sagradas. Ocorre que as únicas Escrituras que até então existiam era o Antigo

Testamento. Logo, os apóstolos não reconheceram a suposta abolição das escrituras do Antigo

Testamento.

4º. O que o mágico não percebe é que a ilusão produzida por sua enganosa

mágica não aboliu apenas o sábado, mas aboliu o próprio Deus de Israel. Condenou a

devolução dos dízimos e das ofertas. Passou a permitir a prática da idolatria, adultério,

blasfêmias, furtos, mentira etc., haja vista que todos esses conceitos estão fundamentados no

Antigo Testamento. Que mágico abobalhado, heim!

5ª Mágica

Todos os dias são santos

Uma extraordinária ilusão apresentada nos espetáculos desses fantásticos

encantadores religiosos consiste em empregar versículos bíblicos fora do seu verdadeiro

contexto para ardilosamente “provar” que todos os dias da semana são santos. Esses

magníficos mágicos deliram no engano de suas próprias ilusões fantasiosas; e o mais grave é

que os maiores enganados são eles mesmos. Esses ilusionistas são o máximo em mágicas

fajutas, e costumam apresentar-se em seus shows de mágica contra o sábado vestidos com

roupas chiquérrimas. São lindos de morrer... morrer. Apesar de toda sua pompa, ostentação,

orgulho e vaidade, a sua mágica apresenta seus truques obscuros, que a seguir passarei a

trazer à luz.

1º Caso todos os dias fossem santos, os mágicos não estariam implicando com

aqueles que guardam o sábado.

2º. O mágico esconde de sua encantada plateia que o Senhor tornou santo

apenas o sétimo dia da semana, quando descansou, abençoou e santificou o dia do sábado.

3º. O ilusionista não revela a ninguém que em nenhum lugar da Palavra de

Deus consta que o Senhor tenha abençoado ou santificado todos os dias da semana, a não ser

o dia do sábado.

4º. O mágico oculta do seu auditório que nas Escrituras Sagradas não consta

que o Senhor tenha abençoado ou santificado o domingo.

Aconselho a esses mágicos que parem com seus truques tolos e infantis porque

somente servem para enganar e alimentar os mais incautos, os fanáticos, os obtusos, os

obstinados e os que ignoram as Escrituras Sagradas.

Page 16: Show de mágica contra o sábado

16 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

6ª Mágica

Todos os dias são iguais

Em seu fabuloso show de mágica contra o sábado, o prestidigitador com a boca no

mel, num verdadeiro abracadabra, ilude o seu auditório com a ideia de que o sábado e o

domingo são dias como qualquer outro. Por trás dessa mágica fabulosa está a crença de que

todos os dias são iguais. Para que essa mágica possa enganar, o prestidigitador procura

esconder de sua plateia alguns truques.

1º. O mágico esconde que as Escrituras Sagradas e somente as Escrituras

Sagradas são a norma de fé, doutrina e conduta para o fiel cristão (Romanos 15:4; II Timóteo

3:16-17), e são elas que ensinam ao cristão que o sábado não é um dia como o domingo ou

como qualquer outro.

2º. Deus fez questão de diferenciar o sétimo dia da semana de todos os demais,

descansando, abençoando e santificando o sábado (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:11). Esses três

atos divinos tornaram o sábado totalmente distinto de qualquer outro dia da semana.

3º. Caso o sábado tenha perdido o seu valor porque todos os dias são iguais,

então o domingo também não tem nenhum valor, simplesmente porque todos os dias são

iguais.

Ao que parece esse mágico não é um dos mais espertos. Caso ele fosse

suficientemente astuto teria evitado as arapucas do seu argumento fajuto. Como pode realizar

mágicas contra o sábado, quando a sua ilusão detona fragorosamente a observância do

domingo!

7ª Mágica

Palavras inexistentes nas Escrituras

Esses maravilhosos ilusionistas com as suas fabulosas mágicas contra o sábado

argumentam que na Bíblia Sagrada não existem as palavras Lei Moral, Lei Cerimonial, Lei

Civil, Lei Criminal etc. Que todas essas palavras são invenções dos Adventistas do Sétimo

Dia. Para que essa mágica possa funcionar os ilusionistas costumam esconder de sua

enfeitiçada plateia alguns truques importantes.

1º. Os mágicos não contam a verdadeira história: Que não foram os

Adventistas do Sétimo Dia que inventaram tais palavras. Elas existem de longa data, bem

antes do surgimento dos Adventistas do Sétimo dia.

2º. Realmente, essas palavras não estão registradas nas Escrituras Sagradas

com essas expressões.

3º. Os mágicos escondem do seu auditório que as palavras Trindade, Milênio,

Bíblia Sagrada, Onisciência, Onipresença, Onipotência etc. também não estão registradas na

Bíblia Sagrada, entretanto eles as empregam com a maior naturalidade.

Page 17: Show de mágica contra o sábado

17 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

4º. Os ilusionistas não revelam aos seus expectadores que as “ideias” que todas

essas palavras traduzem estão perfeitamente registradas nas Escrituras Sagradas, portanto tais

palavras são lícitas, haja vista que expressam ideias bíblicas.

5º. Os mágicos não revelam ou não sabem que somente quando as ideias não

estão nas Escrituras Sagradas é que as palavras são consideradas antibíblicas. Por exemplo:

arrebatamento secreto, alma imortal, espírito imortal, domingo etc. Todas essas palavras são

antibíblicas porque as ideias que elas traduzem não encontram respaldo nas Escrituras

Sagradas.

Page 18: Show de mágica contra o sábado

18 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo II

“Vi que os que se opõem ao sábado do Senhor não podiam tomar a Bíblia e mostrar que sua

posição é correta; portanto difamariam os que creem e ensinam a verdade e atacariam o seu caráter”. (Primeiros Escritos,

69-70).

Ellen Gould White

Os cristãos refratários ao sábado têm transpirado bastante para conseguir dar nó em

pingo d’água, achar chifre na cabeça de cavalo, encontrar pêlo em casca de ovo, fazer poeira

levantar no meio do mar, trazer de volta aqueles que nunca foram, ou fazer coelhos

desaparecerem e reaparecerem em suas cartolas encantadas.

Nas suas incansáveis turnês contra o santo sábado do Senhor, esses surpreendentes

mágicos conseguem criar na mente incauta e ignorante a fantástica ilusão de que o sábado

desapareceu na cruz.

O mais extraordinário dessa mágica é que esses ilusionistas com muita habilidade

conseguem tirar o domingo pagão de sua cartola encantada para colocá-lo no lugar do bíblico

“sábado do Senhor”.

O espetáculo é simplesmente magnífico, maravilhoso e soberbo! Isso ninguém pode

negar! Milhões de pessoas pelo globo terrestre têm sido iludidas com essas encantadoras

mágicas, que muitas vezes estão acompanhadas por sinais e prodígios realizados pelos falsos

ministros do evangelho.

Somente existe um meio de escapar da poderosa obra de engano. É necessário que o

expectador seja fiel a um claro “Assim diz o Senhor” e proceda como os bereanos “porque de

bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram

assim” (Atos 17:11).

Page 19: Show de mágica contra o sábado

19 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

8ª Mágica

A indistinção de leis

Em seus magníficos shows de mágica contra o sábado do Senhor, esses

maravilhosos prestidigitadores modernos, com as rédeas soltas de sua imaginação, conseguem

bolar algumas mágicas realmente incríveis. Eles costumam iludir a plateia do mundo inteiro

insinuando que a Bíblia Sagrada não faz distinção de leis. O estratagema escondido por trás

dessa mágica está baseado nos seguintes truques:

1º. O mágico oculta dos olhos do público que a própria Bíblia Sagrada faz clara

distinção de leis. Eis a prova: “Estes são os estatutos, e os juízos, e as leis que deu o Senhor

entre si e os filhos de Israel, no monte Sinai, pela mão de Moisés”. “E os estatutos, e as

ordenanças, e a lei, e o mandamento, que vos escreveu tereis cuidado de observar todos os

dias”. (Levítico 26:46; II Reis 17:37).

2º. Note as diferentes legislações que são citadas: “estatutos”, “juízos”,

“ordenanças”, “mandamento”, “lei”. Caso tudo fosse a mesma coisa, então os escritores

bíblicos estariam sendo redundante, o que não é o caso.

3º. Em geral, a expressão “mandamento” é uma referência ao Decálogo,

chamado na Bíblia Sagrada de “Dez Mandamentos”, e “ordenanças” trata-se de uma

referência aplicada aos cerimoniais religiosos do antigo culto divino de holocaustos de

animais, sob a responsabilidade dos sacerdotes levitas.

Que droga de ilusão! É mole ter que aguentar assistir a esse show de mágica contra o

sábado realizado por ilusionistas fajutos?

9ª Mágica

A guarda do sábado antes do Sinai

Com ares de quem possui grande autoridade no manejo das Escrituras Sagradas, o

mágico consegue ser bastante persuasivo em alucinar o seu público com a fabulosa ilusão de

que antes do concerto do Sinai, Deus nunca ordenou qualquer pessoa a guardar o sábado. A

multidão irrompeu em gritos e aplausos. Um momento inesquecível! O segredo do sucesso da

mágica consiste em esconder alguns truques.

1º. Para convencer mais facialmente a sua cativada galera, o mágico apresenta

algumas passagens bíblicas, totalmente fora do seu real contexto.

2º. O mágico não revela que o sétimo dia da semana foi santificado pelo

Senhor Deus na fundação do mundo, bem antes da entrada do pecado ou da existência de

qualquer judeu sobre a face da Terra.

3º. O ilusionista não conta a ninguém que na palavra “santificar” está implícito

o mandamento e comando divino para guardar o sábado. Isto porque o vocábulo “santo”

significa ser “separado” para propósito sagrado.

Page 20: Show de mágica contra o sábado

20 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

4º. O mágico procura manter oculto aos olhos do público que não teria nenhum

sentido Deus ter separado (santificado) o sábado para propósito sagrado na fundação do

mundo, se ninguém naquela época tivesse a obrigação de santificar o sétimo dia da semana.

Peço humildemente que os expectadores possam ter discernimento e venham a

desprender-se dos laços do mágico, em que à vontade estão presos. Que a galera não seja

como “o burro que esfrega o burro”.

10ª Mágica

Abraão não guardou a lei

Esses fanáticos mágicos; digo, esses fantásticos mágicos apresentam ao seu público

cativo a fabulosa ilusão de que Abraão não guardou o sábado ou qualquer outro preceito da

lei. Com essa ilusão o mágico mostra que não sabe nem o ó do borogodó. Sua mágica

“espetacular” apresenta alguns truques fajutos.

1º. O mágico esconde dos olhos de sua admirada plateia que o próprio Senhor

Deus afirmou que Abraão guardou as suas leis. Eis a prova: “Porquanto Abraão obedeceu à

minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas

leis”. (Gênesis 26:5).

2º. Observe as diferentes legislações que são citadas: “obedeceu à minha voz”,

“guardou o meu mandado”, “os meus preceitos”, “os meus estatutos”, e as “minhas leis”.

Caso tudo fosse a mesma coisa, então o Senhor estaria sendo redundante, o que não é o caso.

3º. Esse testemunho dado pelo Senhor Deus não seria verídico caso Abraão não

tivesse guardado o sábado, que foi dado para a humanidade na fundação do mundo, ou que

tivesse deixado de observar a lei de Deus.

4º. Caso Abraão não tenha guardado a Lei Moral dos Dez Mandamentos, então

que lei ele guardou?

5º. Supondo que naquela época a lei não estava em vigor, então Abraão poderia

ter sido um homem depravado, cometendo todo tipo de atrocidades, simplesmente porque “o

pecado não é imputado, não havendo lei” porque “onde não há lei também não há

transgressão”. (Romanos 5:13; 4:15). Realmente, nessa mágica, o ilusionista vacilou feio!

11ª Mágica

Um pacto entre Deus e os israelitas

A próxima mágica apresentada nos shows desses fabulosos ilusionistas é muito

interessante. Tirando de sua cartola encantada as passagens bíblicas de Deuteronômio 5:27 e

Levítico 26:45-46, os mágicos enfeitiçam o seu público com a fabulosa ilusão de que o

sábado faz parte de um concerto entre Deus e os israelitas, e ninguém mais. Essa maravilhosa

mágica apresenta alguns truques escabrosos:

Page 21: Show de mágica contra o sábado

21 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

1º. O truque que o mágico procura esconder de seus expectadores consiste em

empregar versículos isolados para favorecer o sucesso de sua mágica e ocultar da vista do seu

público os versículos que a desmoralizam.

2º. O concerto não foi feito somente com israelitas, mas também com os

gentios: “Vós todos estais hoje perante o Senhor vosso Deus: os cabeças de vossas tribos,

vossos anciãos, e os vossos oficiais, todo o homem de Israel. Os vossos meninos, as vossas

mulheres, e o estrangeiro que está no meio do teu arraial; desde o rachador da tua lenha até ao

tirador da tua água. Para que entres no concerto do Senhor teu Deus, e no seu juramento que o

Senhor teu Deus hoje faz contigo”. (Deuteronômio 29:10-12).

3º. Eis outra prova bíblica de que o concerto também foi feito para os gentios:

“E aos filhos dos estrangeiros, que se chegarem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o

nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o

profanando, e os que abraçarem o meu concerto. Também os levarei ao meu santo monte, e os

festejarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no

meu altar, porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. (Isaías

56:6-7).

12ª Mágica

O sábado para quem participou do concerto

Uma excelente mágica manipula os dados bíblicos de tal maneira que o ilusionista

leva o seu auditório ao delírio, fazendo-o crer que o sábado tinha validade somente para

aqueles israelitas que ouviram e aceitaram os termos do concerto, e que ninguém mais teria a

obrigação de observá-lo. O truque escondido por trás dessa maravilhosa mágica é muito

desagradável e você já vai saber...

1º. O mágico oculta de sua plateia que a Bíblia Sagrada ensina claramente que,

enquanto estivesse vigorando, o concerto teria validade futura para todos que viessem a

aceitar os termos desse concerto, independentemente de ter estado presente ou não no dia em

que foi promulgado pelo Senhor.

2º. Eis a prova bíblica de que o concerto tinha validade para todas as pessoas

em qualquer época, tanto presente quanto futura: “E não somente convosco faço este concerto

e este juramento. Mas com aquele que hoje está aqui em pé conosco perante o Senhor nosso

Deus, e com aquele que hoje não está aqui conosco”. (Deuteronômio 29:14-15).

Esse versículo bíblico desmistifica a fabulosa ilusão de que o concerto foi feito

somente com os israelitas, e ninguém mais.

13ª Mágica

Ninguém deve julgar ninguém

Uma mágica simplória apresentada nos shows desses surpreendentes ilusionistas

consiste em tirar de suas cartolas encantada a passagem bíblica de Romanos 14:4-6 para em

Page 22: Show de mágica contra o sábado

22 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

seguida iludir os expectadores com a crença de que Paulo ensinava que ninguém deve julgar

alguém que não guarda o sábado, simplesmente porque todos os dias são iguais. Essa

surpreendente mágica apresente alguns truques:

1º. O mágico não revela ao seu público cativo que na passagem bíblica tirada

de sua cartola não é Paulo quem afirma que todos os dias são iguais. Mas sim alguns cristãos

romanos heréticos. Eis a prova: “um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos

os dias” (Romanos 14:15).

2º. Outro truque dessa magnífica mágica consiste em esconder que o próprio

Senhor Deus tornou o sábado diferente dos demais dias da semana ao descansar, abençoar e

santificar esse dia (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:11).

3º. O truque escondido na manga do mágico é o seguinte: se ninguém deve

julgar outro que não guarda o sábado, então por que aqueles que guardam o domingo ficam

julgando quem guarda o sábado?

4º. Caso o sábado e o domingo sejam dias como qualquer outro, por que não

guardar o dia de sábado, conforme manda a Bíblia Sagrada?

5º. O mágico é muito incoerente porque, enganando a galera com a ilusão de

que todos os dias são iguais, ele ainda insiste em condenar o sábado, além de persistir na

defesa da observância do domingo!

14ª Mágica

A lei do Amor substituiu os Dez Mandamentos

Os mágicos detonando levantam o seu bastão encantado e fazem todos crerem na

ilusão de que os Dez Mandamentos não são a parte mais importante da lei, mas sim o amor a

Deus e o amor ao próximo. Essa fabulosa mágica esconde os seguintes truques:

1º. O mágico não revela ao seu auditório encantado que tanto o mandamento

do amor a Deus quanto do amor ao próximo foram dados por Deus na mesma ocasião em que

foram dados os Dez Mandamentos (Levítico 19:18; Deuteronômio 6:5).

2º. Desde época remota, a lei do amor a Deus e do amor ao próximo estavam

em vigor juntamente com os Dez Mandamentos. Nem por isso a lei do amor havia substituído

os Dez Mandamentos.

3º. A verdade é que esses ilusionistas não fizeram a lição de casa. Caso

contrário, eles saberiam que o decálogo expressa o amor a Deus e o amor ao próximo.

4º. O mágico omite dos seus espectadores que os quatro primeiros

mandamentos do decálogo materializam o nosso amor a Deus, e os seis últimos materializam

o nosso amor ao próximo.

5º. Todos sabem que o amor, em si mesmo, é um sentimento subjetivo e que

precisa manifestar-se na prática de obras, caso contrário, estará morto. A obediência aos Dez

Mandamentos manifesta esse amor.

O tumulto que se seguiu foi total. Pessoas berravam, gritavam e jogavam todo tipo de

lixo no palco procurando atingir o mágico, que teve que fugir rapidamente para os bastidores.

Page 23: Show de mágica contra o sábado

23 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

15ª Mágica

A palavra lei não se refere ao Decálogo

Num de seus fabulosos shows de mágica contra o sábado, o magnífico mágico ilude

a sua enfeitiçada plateia com a crença de que a palavra “lei” em nenhuma das 400 vezes que

ela ocorre na Bíblia Sagrada se refere ao decálogo, onde encontramos a guarda do sábado.

Esse truque é o mais bárbaro de todos porque reflete uma vergonhosa inverdade, que somente

convence as mentes mais ignorantes. Essa mágica oculta aos olhos dos expectadores alguns

truques desprezíveis.

1º. O mágico esconde da plateia que muitas vezes a palavra “lei” refere-se sim

ao Decálogo. Eis as provas: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum: mas eu

não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não

dissesse: Não cobiçarás”. (Romanos 7:7). “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar

em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás

adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, Estas

feito transgressor da lei”. (Tiago 2:10-11). Todas essas citações são de mandamentos que

pertencem ao Decálogo.

2º. Caso o mágico tivesse algum pingo de dignidade e fosse suficientemente

honesto com a verdade bíblica, ele deveria ter dito ao público que a palavra “lei”, nas 400

vezes que ela incide na Bíblia Sagrada, nem sempre se refere ao Decálogo, posto essa palavra

é ampla e faz referência à Lei Moral, Lei Cerimonial, Lei de Moisés, Lei de Saúde, Lei

Sanitária, Lei Civil, Lei Criminal etc. Essa mágica é o mico do ano!

Page 24: Show de mágica contra o sábado

24 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo III

“Não podendo apresentar contra os defensores do sábado bíblico um ‘está escrito’, à falta

deste, lançarão mão da violência. Neste campo de batalha será ferido o último grande conflito da controvérsia entre a

verdade e o erro”. (II Testemunhos Seletos, 149-150).

Ellen Gould White

Os modernos mágicos religiosos, em seus múltiplos shows de mágica contra o

sábado, sempre têm um novo truque escondido em suas mangas, cartola ou em sua capa

encantada para fazer desvaler a guarda do “sábado do Senhor”.

O mais curioso em tudo isso é que, em seus shows de mágica, esses fantásticos

mágicos conseguem produzir quimeras e iludir milhares de pessoas pelo mundo afora,

simplesmente porque a galera não estuda as Escrituras Sagradas com a devida profundidade

que o assunto merece.

A plateia ignorando um claro “Assim diz o Senhor” parece anestesiada por algum

feitiço produzido pelos encantamentos do mágico, e creem piamente que a mágica realizada

pelo prestidigitador não é nenhum truque de ilusionismo, porém a mais pura realidade dos

fatos.

O admirável no show de mágicas é que pessoas cultas e altamente capazes

negligenciem um honesto estudo das Escrituras Sagradas, permitindo-se ser tapeadas pelos

ilusionistas em seus múltiplos shows de mágica contra o sábado. Talvez a melhor explicação

para o fenômeno encontre-se em II Tessalonicenses 2:10-12: “Porque não receberam o amor

da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam

a mentira. Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer

na iniquidade”.

Page 25: Show de mágica contra o sábado

25 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

16ª Mágica

Transitoriedade do sábado

No show de mágica contra o sábado, o ilusionista levanta a sua batuta encantada e

proclama ao seu auditório o seguinte: “Senhoras e senhores, é com grande satisfação que

anunciamos que o sábado não é uma instituição perpétua, assim como a lei não é”. A seguir

para “provar” a veracidade de sua ilusão o mágico faz uma longa citação de Gálatas 3:17-26.

A plateia entra em delírio, aplaude, assobia e chora emocionada. Terminada a mágica, todos

creem piamente que o sábado não é uma instituição perpétua, com base na citação de que a lei

era transitória. Essa fabulosa mágica guarda seus truques abomináveis, que o auditório

desconhece porque não estuda as Escrituras Sagradas.

1º. O mágico procura iludir seu auditório apresentando textos bíblicos que

falam da transitoriedade da Lei Cerimonial para abater a perpetuidade do sábado do Senhor.

2º. Usando texto fora de contexto, o mágico procura vincular o sábado à Lei

Cerimonial enquanto que todos sabem que o sábado está vinculado à Lei Moral.

3º. O sábado faz parte da Lei Moral porque foi incrustado pelo dedo de Deus

no coração dos Dez Mandamentos, cujo conteúdo é totalmente moral.

4º. O sábado não faz parte da Lei Cerimonial porque não realiza expiação de

pecados. Além disso, foi abençoado e santificado por Deus antes mesmo da entrada do pecado

no mundo.

5º. Tanto o sábado é perpetuo que foi dado na fundação do mundo, para ser

guardado por todos os descendentes de Adão e Eva.

17ª Mágica

Deus aborrece o sábado

Esta mágica nem é digna de apresentação, mas, infelizmente, ainda continua sendo

realizada por mágicos sem idoneidade moral. Esses ilusionistas tiram de sua cartola

enfeitiçada a passagem bíblica de Isaías 1:13-14. A seguir iludem a sua plateia com a crença

de que Deus aborrece o sábado, porque envolve um preceito cerimonial carente da verdadeira

fé. A plateia deslumbrada pelos dotes do mágico acredita cegamente em tudo o que ele

apresenta em seu show de mágica contra o sábado. O que o público não sabe é que existem

alguns truques secretos por trás dessa mágica.

1º. O truque consiste em tirar o texto fora do seu contexto original para dar um

novo significado e uma falsa interpretação, conforme os interesses escusos do mágico.

2º. O ilusionista não revela à sua plateia que o sábado jamais foi preceito

cerimonial porque foi dado na fundação do mundo, bem antes da entrada do pecado.

3º. O sábado não é um preceito cerimonial simplesmente porque ele não realiza

a purificação do pecado de ninguém: “Sem derramamento de sangue não há remissão”.

(Hebreus 9:22).

Page 26: Show de mágica contra o sábado

26 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

4º. O sábado não é um preceito cerimonial, mas moral, posto que foi encravado

por Deus entre os Dez Mandamentos, que são universalmente morais.

5º. O Senhor Deus não pode aborrecer algo que Ele mesmo instituiu. O que o

Senhor aborrece é o modo como o povo daquela época estava observando os preceitos

divinos, sem a devida reverência pelo sagrado. Isso é muito obvio pela simples leitura do

versículo bíblico apresentado pelo mágico.

18ª Mágica

A lei foi abolida e com ela o sábado

Outra mágica deslumbrante realizada por vários prestidigitadores fajutos em seus

shows de mágica contra o sábado consiste em tirar de sua cartola encantada a passagem

bíblica de Hebreus 7:18; 8:13; 10:9, para em seguida iludir os expectadores com a ideia de

que o sábado faz parte da lei, mas esta foi totalmente abolida por Jesus Cristo. Com essa, o

mágico arrasou. A plateia delirando entra em êxtase. Ela está plenamente convicta de que isso

é a verdade mais refinada que pode existir. Porém, o que não percebem é que existem alguns

truques de mau gosto por trás dessa formidável mágica.

1º. O esquálido mágico ilude a sua plateia com textos bíblicos que falam da

“Lei Cerimonial” para causar no auditório a sensação de que a “Lei Moral” foi abolida, e com

ela o santo sábado do Senhor.

2º. O truque que o mágico emprega consiste em vincular o sábado à Lei

Cerimonial para poder mais facilmente abater o santo dia do Senhor.

3º. As passagens bíblicas apresentadas pelo mágico falam do sacerdócio

levítico e do primeiro ou antigo concerto de sacrifícios e ofertas de manjares. Nada a ver com

a Lei Moral.

4º. Em nenhum momento as passagens bíblicas apresentadas pelo mágico

fazem referência ao santo sábado ou aos Dez Mandamentos. A ilusão é produzida unicamente

por conta e risco do mágico, que é um tremendo mal-caráter e enganador.

Considerando o tipo de mágica que os ilusionistas e seus cupins, digo seus cupinchas

fazem visando desprezar o sábado bíblico para defender o domingo pagão, não é nem um

pouco surpreendente que pessoas honestas fiquem indignadas com tanta mentira.

19ª Mágica

Estamos no concerto da graça e não da lei

A seguir o ilusionista cara de pau usando sua batuta de pau em Hebreus 8:6-13 e,

ajudado por sua corja de amigos, ilude o seu público encantado com a sórdida crença de que

estamos em um novo concerto, o da graça, onde o sábado não tem vez porque antigamente os

crentes eram justificados pelas obras. Essa mágica apresenta os seguintes truques ocultos:

Page 27: Show de mágica contra o sábado

27 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

1º. O mágico oculta dos olhos de sua plateia que o Antigo Concerto visava a

expiação de pecados pelo sangue de animais e o Novo Concerto visa a expiação dos pecados

pelo sangue de Cristo.

2º. Nos dois concertos a salvação sempre foi somente pela graça.

Evidentemente a graça nunca deu liberdade a ninguém para transgredir a Lei de Deus, nem

antes e nem depois de Cristo.

3º. O patriarca Abraão, que viveu sob a jurisdição do Antigo Concerto, foi

justificado pela graça mediante a sua fé. Eis as provas: “Pois, que diz a Escritura? Creu

Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça”. (Romanos 4:3). “Pela fé ofereceu

Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu

unigênito”. (Hebreus 11:17).

4º. A Bíblia Sagrada fala de muitos outros homens e mulheres que foram

salvos pela fé. Eis a prova: “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo

qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela,

depois de morto, ainda fala”. (Hebreus 11:4). “Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os

incrédulos, acolhendo em paz os espias”. (Hebreus 11:31) etc.

Depois dessa, o mágico saiu para gozar umas férias nada engraçadas.

20ª Mágica

A inexistência de mandamento para guardar o sábado

O ilusionista parece estar brincando de Pinóquio com a plateia maravilhada. A suas

palavras são inspiradas pelo pai da mentira (João 8:44), e o seu nariz cresce vertiginosamente.

Após algumas boas gargalhadas da galera cativada, o mágico passa a iludi-los com a crença

de que no Novo Testamento não existe mandamento para guardar o sábado, embora todos os

demais sejam encontrados. Os truques por trás dessa hilariante mágica são os seguintes:

1º. O mágico está contradizendo uma de suas mágicas anteriores, quando

apresentou à plateia a ilusão de que a lei foi totalmente abolida por Cristo. Ora, se a lei foi

totalmente abolida, então não resta mais nenhum mandamento para ser guardado. Então como

pode afirmar que no Novo Testamento encontramos todos os mandamentos da lei, exceto o

sábado?

2º. O mágico esconde que o Novo Testamento registra sim o mandamento do

sábado em mais de sessenta passagens bíblicas. Eis a prova: Mateus 12:1; 12:2; 12:5 (§ 1º);

12:5 (§ 2º); 12:8; 12:10; 12:11; 12:12; 24:20; 28:01; Marcos 1:21; 2:23; 2:24; 2:27 (§ 1º);

2:27 (§ 2º); 2:28; 3:02; 3:04; 6:02; 15:42; 16:01; Lucas 4:16; 4:31; 6:01; 6:02; 6:05; 6:06;

6:07; 6:09; 13:10; 13:14 (§ 1º); 13:14 (§ 2º); 13:15; 13:16; 14:01; 14:03; 14:05; 23:54; 23:56;

João 5:09; 5:10; 5:16; 5:18; 7:22; 7:23 (§ 1º); 7:23 (§ 2º); 9:14; 9:16; 19:31 (§ 1º); 19:31 (§

2º); 19:42; Atos dos Apóstolos 1:12; 13:14; 13:27; 13:42; 13:44; 15:21; 16:13; 17:02; 18:04.

Essa mágica abala a autoridade do mágico e desmoraliza qualquer outra ilusão que

porventura ele possa produzir. Mas para o seu auditório cativo e hipnotizado, pouco importa a

idoneidade moral do ilusionista.

Page 28: Show de mágica contra o sábado

28 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

21ª Mágica

Jesus nunca ordenou a guarda do sábado

O fabuloso ilusionista nunca acerta uma, mas sempre erra feito. Agora, com ares de

sabichão, tira de sua cartola encantada a ilusão de que Jesus Cristo nunca ordenou alguém a

guardar o sábado. Realmente, esse mágico é o cara!

Sem querer, mas querendo zombar do mágico, digo que essa admirável mágica

esconde os seguintes truques:

1º. O prestidigitador esconde de sua plateia os textos bíblicos que apresentam

Jesus Cristo exemplificando a observância do santo sábado (Mateus 12:9-13; Marcos 2:27-28;

6:2; Lucas 4:16).

2º. Jesus Cristo jamais precisaria ter ordenado que alguém guardasse o sábado

porque Ele costumava remeter os Seus ouvintes ao exame das Escrituras Sagradas, as quais

ordenam a santificação do sábado.

3º. O mágico não revela ao seu público enfeitiçado os textos bíblicos que

provam que a igreja cristã guardava o sábado (Lucas 23:54-56 – 24:1; Atos 15:21; Atos

13:14-15; Atos 13:42 e 44; Atos 16:13; Atos 17:2; Atos 18:4 e 11).

4º. Essa mágica é uma bomba que explode nas mãos do ilusionista. Ele

inadvertidamente não percebe que cometeu um atentado contra a observância do domingo,

simplesmente porque Jesus Cristo jamais ordenou que alguém guardasse o domingo.

5º. Onde está escrito que Jesus ou algum dos apóstolos escreveram sobre o

dever do cristão em guardar o domingo? Qual mestre teria ousadia de cobrar de seus

seguidores a prática de um “novo” preceito, sem nunca tê-lo ensinado ou mencionado aos

seus próprios discípulos?

22ª Mágica

A lei findou com João Batista

A próxima mágica é muito curiosa e também hilariante. O prestidigitador

empregando a sua batuta em Lucas 16:16 consegue iludir milhares de expectadores presentes

em seu auditório com a maravilhosa mágica de que o ministério da lei e do sábado findou com

o ministério de João Batista, sendo abolidos na cruz. O truque que essa mágica oculta não é

apenas um, mas são vários.

1º. O mágico viola descaradamente o princípio da não contradição. Se a lei

durou até João, então não haveria mais nada para ser cravada na cruz. Essa incoerência é

muito comum entre esses mágicos que batalham contra o sábado.

2º. O mágico consegue esconder de sua plateia que a palavra “lei”

acompanhada da palavra “profetas” é uma clara alusão aos cinco primeiros livros da Bíblia

Sagrada e não especificamente à Lei Moral, escrita por Deus em duas tábuas de pedra.

Page 29: Show de mágica contra o sábado

29 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

3º. O mágico oculta dos expectadores que a palavra “duraram”, registrada em

Lucas, está escrita em itálico, indicando que ela não existe no texto original, sendo um

acréscimo gratuito do tradutor João Ferreira de Almeida.

4º. O mágico não revela ou desconhece que a palavra correta no lugar de

“duraram” é “profetizaram”, conforme prova o texto paralelo de Mateus 11:13.

5º. A Lei e os Profetas “profetizaram” até João Batista, quanto então passaram

a ter as suas profecias cumpridas na vida de Cristo Jesus.

Com essa atitude infantil e claramente de má fé, esses grandes mágicos insultam a

inteligência do seu público mais esclarecido e perspicaz.

23ª Mágica

O sábado não justifica ninguém

Debaixo de fracos holofotes, bem no meio da penumbra, o ilusionista apresenta uma

mágica óbvia a todos. Ele ilude a sua encantada plateia com a crença de que o sábado não

justifica ninguém, porque a lei não foi dada para justificar, mas para revelar ao homem o seu

pecado. Essa mágica como qualquer outra encerra alguns truques:

1º. Na verdade essa mágica não tem nada de extraordinário, simplesmente

porque é a mais pura verdade. O sábado ou qualquer outro preceito da lei não salva ninguém

porque a lei não foi dada ao pecador como método de salvação, mas sim de santificação.

2º. O que o mágico não revela ao seu público, é que ninguém será salvo sem

observar os preceitos da lei porque a lei revela ao homem o seu pecado (Romanos 3:20; 7:7; I

João 4:3) e o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23; Tiago 1:15; I Coríntios 15:56).

3º. Outro truque escondido na manga encantada do mágico consiste na falsa

insinuação de que quem guarda o sábado o faz para alcançar a salvação pelas obras da lei.

Nada mais equivocado por parte desse mágico malicioso!

4º. Somos salvos unicamente pela graça mediante a fé e julgados pelas obras,

porque a fé sem as obras está morta.

É... Parece que a mágica ficou sem graça depois que o seus truques foram revelados ao

grande público.

Page 30: Show de mágica contra o sábado

30 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo IV

“O quarto mandamento tem sido pisado a pés; por isso, somos chamados para reparar a

brecha na lei de Deus e defender o sábado profanado”. (Vida e Ensinos, 86).

Ellen Gould White

A verdade é que os mágicos têm suado bastante as suas camisas para poder manter o

seu show de prestidigitação contra o sábado do Senhor nas paradas do sucesso.

Seus muitos suores são motivados por vários fatores. Primeiro, porque existe

mandamento bíblico ordenando energicamente e explicitamente a observância do sábado; por

outro lado, não existe qualquer mandamento bíblico ordenando a santificação do domingo.

Segundo, em razão disso, os mágicos são obrigados a inventar mil e um artifícios com feições

aparentemente plausíveis para fazer por desmerecer a santificação do sábado semanal. Por

outro lado, também são obrigados a inventar outros mil e um artifícios que sejam

suficientemente razoáveis aos olhos do público leigo para justificar a observância do domingo

pagão.

Para alcançar os seus maléficos propósitos, os ilusionistas são obrigados a vender a

sua alma ao diabo. A partir de então passam a empregar todo tipo de mentira com o único

propósito de combater o sábado e os mandamentos de Deus, iludindo plateias pelo mundo

inteiro.

Quem confia nos mágicos para salvação de sua alma está entrando numa tremenda

fria. Não podemos colocar a salvação de nossas próprias almas nas mãos de quem quer que

seja. Precisamos por nós mesmos investigar, inquirir e descobrir o que é verdade: “De

maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”. (Romanos 14:12).

Page 31: Show de mágica contra o sábado

31 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

24ª Mágica

Adultério espiritual

Numa bela mágica baseada na passagem bíblica de Romanos 7:1-4, o ilusionista

anuncia ao seu público hipnotizado que guardar o sábado para o cristão é incorrer num grave

pecado chamado “adultério espiritual”. Os truques que esse mágico de meia pataca não conta

ao seu hipnotizado auditório são os seguintes:

1º. A passagem em consideração não fala nada a respeito do sábado, mas sim

da Lei Cerimonial, a qual visava à expiação de pecados pelo sacrifício de animais.

2º. Quem comete adultério espiritual é o cristão que procura guardar a Lei

Cerimonial com o objetivo de realizar a purificação dos seus pecados pelo sangue de animais,

e não pelo sangue de Cristo.

3º. Todos sabem que após a cruz a purificação dos pecados dá-se unicamente

pelo sacrifício de Cristo e não mais pelo sacrifício de animais.

4º. O mágico, empregando uma passagem bíblica que trata especificamente da

Lei Cerimonial, procura iludir o seu público com a ideia de que o sábado moral foi abolido.

Gosto muito de mágica, mas esse ilusionista de segunda categoria está entrando numa

tremenda “roubada” com seus inúmeros truques de “araque”.

25ª Mágica

Os fusos horários

O espetáculo de mágicas extraordinárias contra o sábado do Senhor prossegue com

a plateia delirando de alegria. A seguir o mágico, devidamente caracterizado, vem com a

seguinte ilusão: somente é possível observar o sábado na região de Israel. Em outras regiões

do mundo não é possível guardar o sábado porque, devido à diferença de fuso horário, o

sábado começa em horários diferentes. Essa mágica é das boas! Porém, o ilusionista esconde

da plateia os seus truques desprezíveis.

1º. De modo descarado, o ilusionista procura iludir a sua plateia levando-a a

crer que o sábado deve ser guardado no “mesmo instante” em toda parte do globo terrestre.

Nada mais absurdo e ridículo!

2º. O mágico omite de sua obtusa plateia que a Bíblia Sagrada nunca

estabeleceu que todos devessem observar o sábado no mesmo instante, dentro do mesmo

período de tempo, onde quer que estejam. Mas ela ensina que o sábado deve ser guardado de

pôr do sol a pôr do sol e não simultaneamente em toda parte do mundo. Como pode o mágico

partir para tamanhas infantilidades contra o sábado do Senhor!

3º. O ilusionista sonega a informação de que, desde os tempos mais antigos, os

judeus da diáspora estavam espalhados em várias regiões do mundo, porém eles guardavam o

sábado normalmente em seus diferentes fusos horários, seguindo apenas a orientação bíblica

de guardar o sábado de pôr do sol a pôr do sol.

Nada mais simples, lógico e claro. Nosso Deus não é um Deus de confusão como os

mágicos querem fazer parecer com seus truques fajutos e asquerosos.

Page 32: Show de mágica contra o sábado

32 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

26ª Mágica

Os fatos do cristianismo deram-se no domingo

Outra mágica ambiciosa que procura favorecer a observância do domingo pela

cristandade procura iludir a plateia com a ideia de que os grandes acontecimentos do

cristianismo não se deram no sábado, mas no domingo. Para provar a veracidade de sua

mágica, o prestidigitador retira de sua cartola encantada os seguintes fatos bíblicos: a

ressurreição de Jesus, o aparecimento de Jesus aos discípulos, pentecostes, pregação de Pedro,

batismo dos primeiros conversos. Apesar de parecer plausível aos olhos leigos, essa mágica

guarda vários truques abomináveis.

1º. O mágico procura desesperadamente juntar todo tipo de acontecimentos que

porventura tenham ocorrido no primeiro dia da semana numa inútil tentativa de suprir a total

falta de mandamento divino ou bíblico ordenando a observância do domingo.

2º. É digno de nota observar que o mágico oculta da plateia que a palavra

domingo nem mesmo aparece nas passagens que ele costuma apresentar, mas apenas o

singelo nome ordinário: “primeiro dia da semana”.

3º. Caso o domingo deva ser guardado com base em acontecimentos ocorridos

nesse dia, então o sábado também deve ser guardado porque Jesus descansou no sepulcro

nesse dia de pôr do sol a pôr do sol.

A quantidade de mágicas fajutas é de arrepiar! A verdade é que nenhum

acontecimento, por mais relevante ou glorioso que seja, pode dar direito ao homem de

substituir um claro mandamento divino: “Assim diz o Senhor”.

27ª Mágica

A Igreja guardava o domingo e não o sábado

Baseado numa mágica toda tendenciosa que emprega as passagens bíblicas de Atos

20:6-7 e I Coríntios 16:1-2, o mágico proporciona ao seu público a extraordinária ilusão de

que a igreja primitiva guardava o domingo e não o sábado. Essa mágica é um verdadeiro

espanto! Uma poça de sabedoria! Infelizmente essa mágica não passa de uma sórdida ilusão,

que esconde vários truques aos olhos da plateia.

1º. Dessa ilusão depreende-se que o mágico sabe ler, mas não entende e nem

sabe interpretar o que está lendo, podendo ser considerado um verdadeiro “analfabeto

funcional”.

2º. Em nenhum momento as passagens bíblicas apresentadas pelo mágico em

seu show de mágica contra o sábado deixam transparecer que os primeiros cristãos estavam

santificando ou guardando o domingo.

3º. A palavra domingo nem mesmo é mencionada nos referidos textos, que

foram escritos várias décadas depois da morte de Cristo, provando que o primeiro dia da

semana não era tido como dia do Senhor.

Page 33: Show de mágica contra o sábado

33 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

4º. O ilusionista esconde de sua iludida plateia que o sábado, por ser

mandamento divino e bíblico, era sim, guardado pelos primeiros cristãos. Eis a prova bíblica:

Marcos 6:2; Lucas 4:16; Mateus 24:20; Lucas 23:54-56 – 24:1; Atos 13:14-15; 13:42 e 44;

15:21; 16:13; 17:2; 18:4 e 11; Filipenses 3:17; II Tessalonicenses 3:6.

Por mais bem elaborados que sejam as mágicas dos ilusionistas, a grande verdade é a

seguinte: contra fatos não há mágica que possa resistir.

28ª Mágica

Quem guarda o sábado caiu da graça

Diante de seu assombrado auditório, o mágico levanta a sua batuta encantada, e

dando duas batidinhas em sua cartola mágica, acaba tirando dela a passagem bíblica de

Gálatas 5:1-4. A seguir vem com a extraordinária ilusão de que quem guarda o sábado caiu da

graça ou nunca entrou nela, e que estão separados de Cristo. Apesar de curiosa, existem vários

truques escondidos nessa mágica:

1º. Realmente, quem guarda qualquer preceito da lei com o objetivo de

alcançar a salvação está fora da graça e tentando algo impossível, porque a lei jamais foi dada

como método de justificação.

2º. O mágico procura insinuar falsamente ao seu auditório que os observadores

do sábado o fazem para alcançar a justificação. Nada mais enganoso!

3º. O ilusionista não revela ao seu encantado auditório que o sábado é

observado do mesmo modo como os demais cristãos observam qualquer outro mandamento

da Lei Moral.

4º. O mágico confunde alhos com bugalhos. A passagem bíblica tirada de sua

cartola nada fala do sábado, mas fala de circuncisão, que é um preceito da Lei Cerimonial.

5º. A circuncisão nada tem a ver com o sábado. Enquanto que a circuncisão foi

dada aos hebreus, na pessoa de Abraão; o sábado foi dado à humanidade, ainda no Jardim do

Éden.

6º. A essência do truque realizado pelo mágico consiste em usar um preceito da

Lei Cerimonial para supostamente “provar” que um preceito da Lei Moral foi abolido.

29ª Mágica

Rudimento fraco e pobre

O mágico aproxima-se do seu auditório e, com ares de mistério, anuncia em alto e

bom som a passagem bíblica de Gálatas 4:9-11. Em seguida procurar criar no coração do

ouvinte a ilusão de que Paulo chama o sábado de rudimento fraco e pobre. Com esse truque a

platéia, delirando, é totalmente ludibriada. Essa magnífica mágica esconde vários truques.

Page 34: Show de mágica contra o sábado

34 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

1º. Caso os espectadores fossem mais cautelosos, eles teriam observado que

nas passagens bíblicas apresentadas pelo mágico, Paulo nem de longe menciona ou insinua a

palavra “lei” e muito menos “sábado”.

2º. O mágico não revela ao público que Paulo está considerando conceitos

amplos da Lei Cerimonial ao mencionar “guardais dias, e meses, e tempos, e anos”.

3º. Caso a ilusão seja aceita como verídica, então ela exclui a guarda do

domingo da “parada”, haja vista que a referida passagem bíblica não menciona nenhum dia

específico.

Detesto dizer isso, mas esse mágico perdeu toda sua credibilidade. Como pode

advogar a abolição do sábado numa mágica e defender a validade do domingo em outra,

quando as suas próprias ilusões condenam a observância de qualquer dia? É a falta de

coerência que geram a incredulidade nas ilusões causadas pelas mágicas.

30ª Mágica

Nenhum apostolo recomendou a guarda do sábado

Tirando de sua cartola encantada os versículos bíblicos de Mateus 10:19-20; Atos

2:4; 4:8; Gálatas 1:11-12, o mágico cria a poderosa ilusão na mente de sua animada plateia de

que nenhum dos apóstolos recomendou a qualquer cristão a observância do sábado. Que

mágica maravilhosa! Porém, muitos sãos os truques escondidos pelo mágico para criar essa

poderosa ilusão.

1º. A primeira coisa que se observa é que todas as passagens bíblicas

apresentadas pelo mágico não têm nenhuma relação com a ilusão que produziu no auditório.

Falta o “nexo textual”.

2º. O mágico omite dos seus expectadores que os apóstolos não precisavam

recomendar aos cristãos a guarda do sábado, simplesmente porque tudo o que eles ensinavam

tinha por base as Escrituras Sagradas, a qual recomenda veementemente a observância do

sábado. Eis a prova: Atos: 4:29, 31; 6:2, 4, 7; 8:4, 14; 11:1; 12:24; 13:5, 7, 44, 46, 49; 15:15,

35, 36; 16:32; 17:11, 13; 18:11; 19:10, 20.

3º. O ilusionista esconde de sua plateia que os discípulos guardavam o sábado

(Lucas 23:54-56). Que o apóstolo Paulo guardava o sábado (Atos 13:42 e 44; 16:13) e

recomendou os cristãos a seguir o seu nobre exemplo (Filipenses 3:17; 4:9).

O que o mágico não percebe é que o tiro de sua mágica saiu pela culatra, haja

vista que os apóstolos, em todo o Novo Testamento, jamais recomendaram a qualquer cristão

a guardar o domingo. Esse dia sim, não tem mandamento bíblico, e nem a sua guarda foi

exemplificada por Jesus ou pelos apóstolos.

Page 35: Show de mágica contra o sábado

35 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo V

“A questão do sábado será o ponto controverso no grande final conflito em que o mundo

inteiro há de ser envolvido”. (Eventos Finais, 135).

Ellen Gould White

Atualmente vivemos num mundo incrédulo, onde uma simples alegação aquém da

dúvida razoável não é suficiente para gerar plena convicção no espírito humano. Precisamos

de provas claras, concretas e objetivas de que o sábado da Lei Moral foi abolido, mas os

mágicos não possuem tal prova.

Entre centenas de truques visando favorecer a guarda do domingo, os modernos

ilusionistas religiosos costumam apresentar, em seus shows de mágica contra o sábado,

algumas passagens bíblicas com o fito de “provar” que a Lei Moral foi abolida, para em

seguida decidirem que o sábado também foi abolido.

Os truques empregados pelos mágicos, e que eles não costumam revelar a ninguém, se

encontram guardados a sete chaves. Basicamente, esses truques consistem em empregar textos

fora de contexto. Alguns desses textos tratam da Lei de Moisés, outros se reportam à Lei

Cerimonial, outros ao Antigo Concerto e ainda outros abordam assuntos diversos. Mas em

tudo o mágico procura pretexto para condenar o sábado.

A verdade é que os mágicos dão tiros para todos os lados, empregando todo tipo de

artifício ilícito que possam imaginar, numa vã tentativa de iludir o público com a crença de

que a Lei Moral e o sábado foram abolidos na cruz. Nessa desatinada atividade, as mágicas

são contraditórias e os mágicos incoerentes. Portanto, totalmente indignos de crédito.

Page 36: Show de mágica contra o sábado

36 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

31ª Mágica

O Concílio de Jerusalém não menciona o sábado

A próxima mágica apresentada pelo ilusionista consiste em tirar da cartola

encantada a famosa passagem bíblica de Atos 15:28-29. Com essa passagem em mãos o

mágico cria em seu auditório a enganadora ilusão de que o sábado foi abolido porque o

Concílio de Jerusalém nada mencionou sobre a necessidade do cristão guardar tal dia. Nessa

maravilhosa e espantosa mágica contra o sábado o ilusionista esconde vários truques.

1º. O mágico omite de sua plateia que nas resoluções tomadas pela Igreja no

Concílio de Jerusalém nada foi dito sobre qualquer mandamento da Lei Moral, mas nem por

isso inferimos que podemos ter vários deuses, cultuar imagens, blasfemar do nome de Deus,

adulterar, furtar, matar, mentir, cobiçar etc. Então por que inferir que podemos profanar o

sábado?

2º. O ilusionista procura esconder de seu público que o Espírito Santo não

precisava ter novamente recomendado a guarda do sábado porque Ele já o havia recomendado

no Decálogo.

3º. O mágico também não conta que o Concílio de Jerusalém não recomendou

a devolução do dízimo ou das ofertas. E agora, como fica? Vamos inferir que não precisamos

devolver os dízimos e as ofertas?

4º. Seguindo a ilusão do mágico nenhum cristão deveria guardar o domingo

simplesmente porque o Concílio de Jerusalém não recomendou tal prática. Será que esse

mágico é tão obtuso que não acerta uma!

É uma pena que o mágico não consiga ser coerente com a Bíblia e nem consigo

mesmo!

32ª Mágica

Paulo não recomendou ninguém a guardar o sábado

Outra mágica interessante que tem tapeado milhões de pessoas pelo mundo inteiro,

levando-as a guardar o domingo no lugar do sábado é a seguinte: O mágico tira de sua cartola

encantada a passagem bíblica de Atos 20:18-21, 26-27 para em seguida iludir a sua plateia

com a ideia de que Paulo, como apóstolo dos gentios, nada ensinou acerca da necessidade do

cristão guardar o sábado. Essa mágica maçante possui alguns truques bobocas.

1º. O principal truque escondido nessa mágica consiste em negar a validade de

qualquer coisa que não esteja escrito no versículo bíblico. Desse modo, o mágico pode negar

o Universo, exceto o que estiver na passagem bíblica que ele seleciona. Realmente, essa é

uma ilusão tola produzida pelo demo com a intensão de enganar os obtusos de espírito e os

broncos de coração.

2º. O ilusionista esconde de sua ludibriada galera que Paulo não somente

guardava o sábado como também orientou os cristãos a imitarem seu exemplo. Eis a prova:

Page 37: Show de mágica contra o sábado

37 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Atos 15:21; Atos 13:14-15; 13:42 e 44; 15:21; 16:13; 17:2; 18:4 e 11; Filipenses 3:17; II

Tessalonicenses 3:6.

3º. O mágico omite dos seus expectadores que em todo o Novo Testamento o

apóstolo Paulo, como doutor dos gentios, nada ensinou acerca da necessidade dos cristãos

guardarem o domingo.

Mais uma vez o mágico mostra-se incoerente. Como pode condenar o sábado, quando

a sua ilusão também condena a observância do domingo? Portanto, esse mágico não é digno

de crédito, a menos que todos seus expectadores estejam cegos para as coisas espirituais. A

bem da verdade, o domingo não encontra respaldo em nenhum lugar do Novo Testamento.

33ª Mágica

Os apóstolos combateram o sábado

Na próxima ilusão apresentada nesse maravilhoso show de mágica contra o sábado,

o prestidigitador, manipulando as passagens bíblicas de Atos 15:1-2; 4-11, apresenta ao seu

hipnotizado público a extraordinária ilusão de que os apóstolos não guardavam o sábado. Pelo

contrário, foram duros e rigorosos no combate às doutrinas do sábado. O truque dessa mágica

que está oculto aos olhos da plateia encontra-se dividido em várias fases.

1º. Estudando as mesmas passagens bíblicas apresentadas pelo mágico tenho

tentado juntar o que o ilusionista disse, mas não faz o menor sentido porque o texto diz uma

coisa e o mágico diz outra. Com isso o mágico viola o principio do “nexo textual”.

2º. O mágico omite de sua encantada plateia que a passagem bíblica em

consideração nada fala a respeito do sábado, mas fala somente de circuncisão. Portanto, está

considerando conceitos da Lei Cerimonial e não da Lei Moral.

3º. O mágico não conta que a passagem bíblica considerada está falando dos

cristãos judaizantes, que queriam impor as ordenanças da Lei de Moisés aos cristãos gentios,

portanto estão considerando a Lei Cerimonial.

4º. Em nenhum momento os apóstolos foram duros ou rigorosos no combate ao

sábado semanal, mas foram rigorosos no combate das ordenanças da Lei Cerimonial.

5º. O mágico não revela que na verdade os apóstolos e os demais cristãos

guardavam o sábado, conforme determina o mandamento divino.

6º. O truque do mágico consiste em usar as ordenanças da Lei Cerimonial para

combater o sábado da Lei Moral.

34ª Mágica

O sábado é mera sombra dos bens futuros

Em seu show de mágica contra o sábado o ilusionista empregando a célebre

passagem bíblica de Colossenses 2:16-17 cria na mente de seu auditório a ilusão de que o

Page 38: Show de mágica contra o sábado

38 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

sábado e outros cerimoniais da lei são meras sombras dos bens futuros. Essa mágica não passa

de uma mistificação simplesmente porque ela oculta vários truques dos olhos do público.

1º. O mágico não menciona ao público que a passagem em questão arrola numa

mesma lista os sábados com os dias de festa e lua nova, que tinham em comum os holocaustos

de animais.

2ª. A passagem é uma transcrição exata de Oséias 2:11, que sintetiza as

passagens de I Crônicas 23:31; II Crônicas 2:4; II Crônicas 31:3, que para os judeus era uma

referência aos holocaustos de animais.

3º. A Bíblia Sagrada ensina que os holocaustos de animais são as sombras dos

bens futuros (Hebreus 10:1; Hebreus 10:1).

4º. O sábado semanal dado na criação do mundo, antes da entrada do pecado,

jamais foi sombra de bens futuros, mas um memorial da criação (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:8-

11). Nunca foi preceito cerimonial porque não realiza a expiação de pecados.

5º. A mágica contraria os fatos, posto que Paulo guardava o sábado com seus

compatriotas judeus (Atos 13:14-15; 17:2; 18:4 e 11), com os prosélitos gentios (13:42 e 44) e

até mesmo entre os gentios pagãos (Atos 16:13).

6º. Caso o mandamento do sábado tenha sido pregado na cruz, então os outros

nove também o foram. Nesse caso poderíamos transgredi-los livremente, do mesmo modo

como o mundo transgride o sábado.

35ª Mágica

O sábado perdeu-se no tempo

Uma mágica interessante que tem iludido milhões de pessoas pelo mundo inteiro é a

seguinte: Como saber que o sábado nos dias de hoje corresponde ao sábado da criação, se a

data desse período não pode ser precisada e os calendários mudaram várias vezes? Com essa

mágica o ilusionista demonstra sua total ignorância das Escrituras Sagradas. Eis os truques

que sua mágica esconde:

1º. Contrariando uma de suas mágicas fajutas, o ilusionista agora admite

abertamente e corretamente que o sábado não foi dado no Sinai, mas sim na criação do mundo

(Gênesis 2:2-3).

2º. Séculos depois, Deus indicou ao povo qual era o exato dia do sábado ao

incrustá-lo entre os Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-11).

3º. No decorrer da história, os profetas inspirados por Deus convocaram o povo

a observar o sábado (Isaías 58:13-14; Jeremias 17:21, 27; Neemias 13:17-18).

4º. Jesus Cristo e os santos apóstolos guardaram o sábado, e não um dia

equivocado qualquer (Lucas 4:16; Lucas 23:54-56; Atos 13:42 e 44; Atos 16:13).

5º. Os judeus observam o sábado e, desde tempos remotos, possuem um

calendário distinto do calendário Gregoriano, todavia o sábado coincide exatamente com o

sétimo dia da semana em ambos os calendários.

6º. O mágico não revela ao público que, caso o sábado tenha se perdido no

tempo após a cruz, então o domingo também se perdeu. Mas como o mágico sabe precisar em

que dia da semana cai o domingo, então ele também pode informar em que dia da semana cai

o sábado, posto que é o dia anterior ao domingo. “Elementar, meu caro Watson”.

Page 39: Show de mágica contra o sábado

39 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

36ª Mágica

O Espírito Santo não favorece a guarda do sábado

Citando a passagem bíblica do livro Atos dos Apóstolos 15:28-29, o prestidigitador

ilude a sua enfeitiçada plateia ao tirar da cartola a seguinte mágica: Em nenhum lugar do

Novo Testamento o Espírito Santo favorece a guarda do sábado. Para que a sua mágica tenha

pleno sucesso, o ilusionista é obrigado a empregar vários truques.

1º. A passagem bíblica apresentada pelo mágico em nenhum momento fala do

sábado, dos Dez Mandamentos, do dízimo, das ofertas etc. O ilusionista vê em tudo uma

razão para condenar o sábado. Mas a ilusão imaginária é totalmente por conta e risco do

próprio mágico.

2º. O mágico não revela ao auditório que em mais de sessenta passagens

bíblicas registradas no Novo Testamento, o Espírito Santo dá sim o seu parecer favorável à

guarda do sábado. Eis a prova: Mateus 12:1; 12:2; 12:5 (§ 1º); 12:5 (§ 2º); 12:8; 12:10; 12:11;

12:12; 24:20; 28:01; Marcos 1:21; 2:23; 2:24; 2:27 (§ 1º); 2:27 (§ 2º); 2:28; 3:02; 3:04; 6:02;

15:42; 16:01; Lucas 4:16; 4:31; 6:01; 6:02; 6:05; 6:06; 6:07; 6:09; 13:10; 13:14 (§ 1º); 13:14

(§ 2º); 13:15; 13:16; 14:01; 14:03; 14:05; 23:54; 23:56; João 5:09; 5:10; 5:16; 5:18; 7:22; 7:23

(§ 1º); 7:23 (§ 2º); 9:14; 9:16; 19:31 (§ 1º); 19:31 (§ 2º); 19:42; Atos dos Apóstolos 1:12;

13:14; 13:27; 13:42; 13:44; 15:21; 16:13; 17:02; 18:04.

3º. O ilusionista não revela à sua encantada plateia que, em nenhum lugar do

Novo Testamento, o Espírito Santo dá o seu parecer favorável à guarda do domingo.

Mais uma vez o mágico mirou no que supostamente teria visto e acertou em cheio no

que não viu. O domingo sim, não é mandamento divino. Jesus, os apóstolos e o Espírito Santo

jamais insinuaram alguém a observar o domingo.

37ª Mágica

Jesus desprezava o sábado

Visando criar a fabulosa ilusão de que Jesus Cristo desprezava o sábado, o mágico

leva o seu público cativo às nuvens, iludindo-o com a crença de que durante Sua vida na

Terra, o Senhor Jesus escolheu o sábado como dia de trabalho. Que mágica espantosa!

Maravilhosa! Sensacional! Porém, ela esconde vários truques que induz a plateia ao engano

que o mágico deseja provocar.

1º. O ilusionista não revela à sua plateia que Jesus propositadamente realizava

milagres no sábado para quebrar a tradição dos judeus, que haviam sobrecarregado o sábado

com centenas de regras absurdas e extrabíblicas.

2º. O mágico esconde do seu auditório a poderosa informação de que Jesus

Cristo deixou bem claro que Ele realizava milagres no sábado porque é lícito fazer bem aos

sábados (Mateus 12:12).

Page 40: Show de mágica contra o sábado

40 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

3º. O mágico oculta da galera que Jesus não estava abolindo o sábado, mas

ensinado a maneira correta como o sábado deve ser observado.

4º. Jesus fez questão de contrapor-se à forma legalista como os judeus

guardavam o sábado, para ensiná-los que o sábado deve ser um dia deleitoso e digno de honra

(Isaías 58:13-14).

Essa mágica capenga ignora o fato de que realizar o bem ao próximo em estado de

necessidade no sábado não constitui quebra da santidade desse dia, mas torna-o um dia

deleitoso e digno de honra.

Page 41: Show de mágica contra o sábado

41 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo VI

“Todo o mundo será provado, e todos os que houverem estado nas trevas do erro quanto ao

sábado do quarto mandamento compreenderão a última mensagem de misericórdia que deve ser dada aos homens”. (II

Mensagens Escolhidas, 116).

Ellen Gould White

Um absurdo que a maioria dos cristãos incorre tem relação direta com uma suposta

abolição do sábado semanal. Esquecendo-se de dezenas de textos bíblicos registrados no

Novo Testamento, os quais endossam a observância do sétimo dia da semana estabelecido na

criação do mundo, esses cristãos fazem um maligno emprego de Colossenses 2:16 para

doutrinar ao mundo a total abolição do sábado semanal, da Lei Moral e do Antigo

Testamento.

Como é possível que uma interpretação baseada numa única passagem bíblica possa

contradizer dezenas de outras que são claras, objetivas e que demonstram justamente o

contrário do alegado por esses mágicos?

A Bíblia Sagrada registra pelo menos a existência de três espécies de sábados: o

semanal, o cerimonial festivo e o cerimonial da terra. Então por que eleger a abolição do

sábado do sétimo dia da semana?

Nota-se que Colossenses 2:16 arrola “os sábados” juntamente com comidas, bebidas,

dias de festa e lua nova, que são ordenanças cerimoniais. Então porque contradizer a

orientação bíblica e o conteúdo expresso pelo próprio versículo bíblico para supor a abolição

de um mandamento moral, quando todo o contexto está considerando apenas abolição de

ordenanças cerimoniais?

Page 42: Show de mágica contra o sábado

42 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

38ª Mágica

Parte Moral e Cerimonial do sábado

Para confundir o público, muitas vezes o mágico mistura a verdade com o erro. Uma

mágica desse tipo é anunciada nos seguintes termos: Senhores, o sábado tem duas partes: uma

moral e eterna e outra cerimonial e transitória. Após essa apresentação, o mágico ilude a

plateia dizendo que a parte moral é qualquer dia em sete e a parte cerimonial é o repouso.

Essa mágica encerra seus truques.

1º. O mágico esconde do público que o sábado tem sua parte moral expressa na

ordem divina para santificar o sétimo dia da semana (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:8-11). Mas,

somente após a entrada do pecado no mundo é que o sábado adquiriu uma parte cerimonial,

consistindo nos holocaustos dos sábados (Números 28:9-10; I Crônicas 23:31; II Crônicas

2:4; 8:12-13; 31:3; Neemias 10:33; Ezequiel 45:17).

2º. O mágico não revela aos seus expectadores que a parte moral do sábado é o

memorial do passado, que remete à criação do mundo (Êxodo 20:11) e a parte cerimonial do

sábado era sombra das coisas futuras, as quais foram abolidas na cruz, com a morte do

“Cordeiro de Deus”.

3º. As ordenanças cerimoniais realizadas nos sábados foram abolidas na cruz,

ocasião em que o tipo encontrou o antítipo. Porém, a parte moral do sábado dada na fundação

do mundo continuou vigorando.

4º. O mágico esconde da plateia que o sábado foi dado antes da entrada do

pecado no mundo. Logo ele não pode ser cerimonial porque não faz expiação de pecados.

6º. O ilusionista omite que, caso Adão e Eva nunca houvesse transgredido,

jamais teria havido a Lei Cerimonial; e somente a parte moral do sábado teria sido observada

pela humanidade, desde a época do Éden.

39ª Mágica

Quem guarda o sábado procura justificar-se pela lei

Um encantamento criado pelo ilusionista em seus shows de mágica contra o sábado

consiste em enganar a sua plateia com a ilusão de que todos que guardam o sábado estão

procurando justificar-se pela observância da lei. Os truques que o mágico não revela aos seus

ouvintes são os seguintes:

1º. O mágico procura iludir o seu auditório insinuando que aqueles que

guardam o sábado procuram justificar-se pela observância da lei. Isso é uma crassa inverdade!

2º. O ilusionista oculta de sua plateia que os observadores do sábado sabem

muito bem que a lei não justifica ninguém, mas mostra ao homem o pecado (Romanos 3:20;

Gálatas 2:16). Que o crente é salvo somente pela graça (Efésios 2:8-9), mediante a fé

(Romanos 3:28; Gálatas 3:11) no sacrifício redentor de Cristo Jesus (João 3:16) e julgado

pelas obras (Eclesiastes 12:13-14; Apocalipse 20:12; 22:12) porque a fé sem obras é morta

(Tiago 2:17, 20 e 26).

Page 43: Show de mágica contra o sábado

43 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

3º. O mágico corretamente ensina que os preceitos da lei não salvam ninguém

(Romanos 3:20; Gálatas 5:4). Porém, ele não ensina que ninguém será salvo sem observar os

preceitos da lei (Mateus 19:17; Romanos 2:13; Romanos 3:31; Romanos 6:15; Tiago 2:9-12).

4º. O mágico não revela que um cristão que vive na prática do pecado de

adultério não será salvo. Um cristão que serve a outros deuses não poderá ser salvo. Um

cristão que pratica o pecado de cultuar imagens não será salvo. Um cristão mentiroso não

poderá ser salvo. Um cristão ladrão não será salvo. Tudo isto é transgressão da lei, e não serão

salvos porque o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23).

40ª Mágica

Guardar o sábado é tentar guardar a Lei de Moisés

Em seu show de mágica contra o sábado, (pois é, de novo!) o prestidigitador

apresenta a grandiosa ilusão de que procurar guardar o sábado é o mesmo que tentar guardar a

Lei de Moisés. Quanta tolice! Os truques escondidos atrás dessa mágica hedionda são vários.

1º. Essa mágica consiste na mesma bobagem de dizer que procurar abandonar a

idolatria é tentar guardar a Lei de Moisés. Que deixar de usar o nome de Deus em vão é o

mesmo que tentar guardar a Lei de Moisés. Que abandonar o politeísmo é o mesmo que tentar

guardar a Lei de Moisés.

2º. O ilusionista esconde de sua cativada plateia que o sábado não faz parte da

Lei de Moisés, posto que foi dado na fundação do mundo, bem antes da entrada do pecado ou

da existência de qualquer judeu sobre a face da Terra.

3º. O mágico procura ocultar aos olhos do seu público que o sábado não faz

parte da Lei de Moisés porque foi escrito pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra e

somente posteriormente foi transcrito para o Livro da Lei de Moisés.

4º. O prestidigitador mantém o mais absoluto silêncio quanto aos dízimos e

ofertas, que realmente fazem parte da Lei de Moisés, e nem por isso o doador está tentando

guardar a Lei de Moisés.

5º. A lei do amor a Deus e ao próximo faz parte da Lei de Moisés, e nem por

isso os cristãos estão tentando guardar a Lei de Moisés.

Senhor mágico “não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”.

(João 7:24). A coerência é uma das bases da verdadeira interpretação.

41ª Mágica

O fim da lei é Cristo

Outra mágica interessante é aquela em que o prestidigitador consegue enganar

milhares de pessoas com a magnífica ilusão de que a lei findou, simplesmente porque está

Page 44: Show de mágica contra o sábado

44 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

escrito: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10:4).

Essa mágica risível guarda seus truques sujos.

1º. O mágico esconde que a passagem em questão não revela a qual lei o

apóstolo Paulo está fazendo referência, se a Lei Moral ou a Cerimonial.

2º. O mágico leva o auditório a crer que a expressão “porque o fim da lei é

Cristo” significa que a lei foi abolida, terminou, acabou, teve fim com Cristo. Nada mais

equivocado, na realidade a expressão “porque o fim da lei é Cristo” tem o sentido de

finalidade, objetivo, intento etc.

3º. A finalidade da lei, tanto a cerimonial quanto a moral é levar o pecador a

Cristo. A primeira, por simbolizar a obra de expiação, apontava para Cristo. A segunda, por

mostrar o salário do pecado, aponta para Cristo, que tem a solução para o problema do pecado

(João 16:8-9).

4º. Caso a lei moral tenha sido abolida com Cristo simplesmente porque está

escrito que “o fim da lei é Cristo”, então o que dizer do seguinte versículo: “Alcançando o fim

da vossa fé, a salvação das almas” (I Pedro 1:19)?

5º. Conforme o raciocínio desse mágico, teríamos que admitir o absurdo de que

a fé foi abolida simplesmente porque está escrito “alcançando o fim da vossa fé”, quando na

realidade o sentido da expressão também é o de finalidade, objetivo, intento etc.

Por essa mágica percebe-se claramente que o ilusionista é analfabeto. Por desconhecer

a língua pátria, ele comete atrocidades típicas do arco-da-velha.

42ª Mágica

A Graça Substituiu a Lei

Com sua varinha encantada o prestidigitador metido a besta ilude o seu auditório

com a fabulosa mágica retrô de que Jesus trouxe a graça para substituir a lei, porque no

Antigo Testamento as pessoas eram salvas pela lei, porém no Novo Testamento são salvas

pela graça. Que beleza de mágica! Um verdadeiro espanto! Todavia, ela esconde seus truques

escabrosos:

1º. Essa ilusão contraria os ensinos da Bíblia Sagrada, haja vista que a salvação

sempre foi pela graça, e não pela lei. Eis a prova: “Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a

Deus, e isso lhe foi imputado como justiça”. (Romanos 4:3). “De sorte que os que são da fé

são benditos com o crente Abraão”. (Gálatas 3:9).

2º. O mágico esconde do seu público cativo que a expiação de pecados pelo

holocausto de animais manifestava claramente a graça divina em favor do pecador

arrependido (Levítico 4:27-29).

3º. O ilusionista oculta da plateia que o perdão divino anunciado por toda

extensão do Antigo Testamento manifestava nitidamente a graça divina em favor do

transgressor penitente (Números 14:18; Salmos 25:18; 32:1; 79:9; Isaías 1:18; 44:22; 43:25-

26; 55:7; Jeremias 33:8; Miquéias 7:18-19).

Com seus argumentos infantis, destituídos de fundamento bíblico claro e objetivo,

bem como desprezando os critérios mínimos da ciência da hermenêutica, os mágicos ficam

totalmente desmoralizados perante um público mais esclarecido e honesto.

Page 45: Show de mágica contra o sábado

45 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

43ª Mágica

Lei de Deus: Dez Mandamentos

Num de seus encantadores shows de mágica contra o sábado, o otário do

prestidigitador apresenta à sua encantada plateia a invulgar ilusão de que foram os

Adventistas do Sétimo dia quem designaram os Dez Mandamentos pelo título de “Lei de

Deus”. Essa mágica apresenta alguns truques interessantes e curiosos.

1º. O mágico omite ao seu iludido público que foi o próprio apóstolo Paulo

quem designou os Dez Mandamentos de “Lei de Deus”, e não os Adventistas do Sétimo Dia.

Eis a prova: Romanos 7:7; 12; 22; 25; 8:7-8.

2º. O ilusionista ilude o seu auditório com a crença de que a expressão “Lei de

Deus” era o nome usual que servia para designar a “Lei de Moisés”, e como prova citam

Neemias (10:28-29).

3º. O mágico não revela ao seu público que Neemias foi o escritor que

inventou o título “Lei de Deus” como uma forma reduzida para o título “Livro da Lei de

Deus”. Ocorre que Neemias foi o único a usar tal título e o fez com grandes reservas, citando-

o somente por duas vezes numa única ocasião. Depois disso, nem ele e ninguém mais fizeram

qualquer referência a esse título.

A mentira tem perna curta. Todos podem observar que o engano, a falta de nobreza de

alma e a desonestidade entre esses ilusionistas são a nota tônica de seus shows de mágica

contra o sábado.

44ª Mágica

O dia do Senhor

Em desesperada defesa do domingo o mágico perde o controle de suas razões e

surpreende a plateia com a encantadora ilusão de que em Apocalipse 1:10 o domingo ganhou

o nome de “Dia do Senhor”. Essa mágica somente faz sucesso porque o ilusionista não revela

os truques sujos usados em seu encantamento. Nem é preciso dizer que essa ilusão também

vai para o brejo.

1º. O mágico esconde de sua plateia que o primeiro dia da semana sempre foi

conhecido na Bíblia Sagrada pelo nome ordinário de “primeiro dia da semana”, mesmo

décadas depois da morte de Cristo.

2º. A passagem bíblica apresentada pelo mágico não diz que o mencionado

“dia do Senhor” refere-se ao primeiro dia da semana ou ao domingo, nome que nem mesmo é

mencionado na Bíblia Sagrada.

3º. O ilusionista omite do público que na Bíblia Sagrada a expressão “primeiro

dia da semana” não tem nenhum liame (conexão, junção, ligação etc.) com a expressão “dia

do Senhor”.

Page 46: Show de mágica contra o sábado

46 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

4º. O mágico oculta de sua plateia domesticada que Isaías 58:13 faz o exato

liame (conexão, junção, ligação etc.) entre o “sábado” e o “dia do Senhor” (Isaías 58:13).

5º. O mágico esconde do público que desde épocas remotas o sábado sempre

foi conhecido na Bíblia Sagrada como “dia do Senhor” (Êxodo 16:23; Êxodo 16:25; Êxodo

20:10; Levítico 23:3; Isaías 58:13-14; Marcos 2: 28).

6º. O prestidigitador oculta que no Didaqué 8:1 e 14:1, documento do segundo

século, menciona o “dia da preparação” e depois os cristãos reunindo-se no “dia do Senhor”,

que são termos bíblicos para a “sexta-feira” e para o “sábado” (Marcos 15:42; Lucas 23:54-

56; Isaías 58:13).

Page 47: Show de mágica contra o sábado

47 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo VII

“O sábado será a pedra de toque da lealdade; pois é o ponto da verdade especialmente

controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a linha divisória entre os que servem a Deus e os

que não O servem”. (O Grande Conflito, 605).

Ellen Gould White

Nos shows de mágica contra o sábado pode-se facilmente observar que as mágicas

realizadas pelo prestidigitador são todas capciosas, dirigidas exclusivamente para causar no

público a maligna ilusão de que o sábado do Senhor foi abolido.

Pode-se notar com grande facilidade que os textos empregados pelos mágicos são

esparsos e totalmente fora do contexto. A apresentação do ilusionista pode até mesmo parecer

correta para aqueles que não conhecem a sistemática da Bíblia Sagrada. Porém, prestando

apenas um pouquinho de atenção, pode-se constatar que os versículos citados pelos

prestidigitadores em seus shows de mágica contra o sábado não têm a mínima ligação com a

explicação apresentada pelo ilusionista; ou seja, falta o “nexo textual”. O texto diz uma coisa

e o ilusionista diz outra. O mágico frequentemente confunde alhos com “bugalhos”.

A grande verdade é que toda e qualquer mágica que tenha por objetivo denegrir o

sábado do Senhor jamais terá qualquer sustentação na Palavra de Deus, razão pela qual sua

ilusão logo se dissipa ao ser revelado os seus truques viciosos ocultos.

Com o decorrer do show, essas mágicas tornam-se repetitivas e maçantes. Não

transmitem ao fiel cristão nenhuma convicção de verdade.

Page 48: Show de mágica contra o sábado

48 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

45ª Mágica

Paulo aproveitava o sábado para evangelizar

Num simples “abracadabra”, o prestidigitador ilude o seu grande auditório

domesticado com a arrebatadora ilusão de que o apóstolo Paulo aproveitava a oportunidade

para evangelizar os judeus no sábado porque era nesse dia que eles reuniam-se para cultuar.

Bravo! Espantoso! Lindo! Pena que essa bela mágica oculta alguns truques imundos, que são

totalmente desconhecidos da plateia que assiste a esse maravilhoso show de mágica contra o

sábado.

1º. O mágico esconde do seu público que o apóstolo Paulo guardava o

mandamento divino do sábado tanto quanto os seus compatriotas judeus (Atos 13:14-15; 17:2;

18:4 e 11).

2º. O ilusionista oculta de sua plateia que o apóstolo Paulo não só guardava o

sábado com os gentios, mas também pregava as mensagens das Escrituras Sagradas, as quais

ensinam claramente sobre o dever dos crentes observarem o sábado (Atos 13:42 e 44).

3º. O prestidigitador esconde a sete chaves que o apóstolo Paulo não só

guardava o sábado entre os seus conterrâneos judeus, como também fazia questão de guardar

esse santo dia entre os gentios, até mesmo em lugares onde não havia judeus, sinagoga ou

igrejas (Atos 16:12-13).

4º. O mágico oculta de sua plateia cativada que o apóstolo Paulo não só

guardava o sábado, como também ordenou que todos seguissem o seu nobre exemplo

(Filipenses 3:17; 4:9).

A mágica era mais “legal” antes de ter explicado os seus truques secretos! Que pena

que acabou o maravilhoso encantamento da mentira!

46ª Mágica

Cultos aos domingos

Em desesperada defesa do domingo pagão, o mágico levanta a sua varinha

encantada na passagem bíblica de Atos dos Apóstolos 20:7 e produz na plateia a delirante

ilusão de que os primeiros cristãos reuniam-se no domingo para partir o pão. Essa interessante

mágica guarda alguns truques secretos e sinistros.

1º. O mágico insinua ao seu público que a expressão “partir o pão” refere-se à

Ceia do Senhor, o que é totalmente falso. O mesmo autor do livro de Atos dos Apóstolos

emprega a expressão “partir o pão” como sinônimo de uma refeição quotidiana, e não como a

Santa Ceia do Senhor (Atos 2:46; 27:35).

2º. O prestidigitador não revela aos seus expectadores que, mesmo que os

discípulos estivessem realizando uma Santa Ceia, ainda assim não seria possível deduzir que

eles estavam observando o domingo, haja vista que a santa ceia pode ser realizada em

qualquer dia da semana.

Page 49: Show de mágica contra o sábado

49 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

3º. O ilusionista oculta do seu público cativo que o “primeiro dia da semana”

jamais foi reconhecido pelos cristãos daquela época como sendo o “dia do Senhor” ou

“domingo”.

4º. O mágico não revela à sua hipnotizada plateia que na época o dia era

contado de pôr do sol a pôr do sol. Ocorre que aquela reunião para “partir do pão” aconteceu à

noite do primeiro dia da semana, que nos dias de hoje corresponde ao dia do sábado à noite.

Perceberam como a mágica perdeu o encanto depois que os seus truques secretos

foram revelados?

47ª Mágica

Ofertas aos domingos

Procurando por todos os meios defender a causa perdida do domingo pagão o

mágico tira de sua cartola encantada a passagem bíblica de I Coríntios 16:1-2 e cria no

auditório a enganosa ilusão de que os primeiros cristãos reuniam-se no domingo para ofertar a

Deus. O que o ilusionista não conta à sua plateia é que a sua mágica esconde vários truques

sujos.

1º. O apóstolo está ordenando que, no “primeiro dia da semana”, cada um dos

membros das igrejas de Corinto deveria colocar à parte, em suas próprias casas, as suas

dádivas, conforme a prosperidade financeira de cada membro da comunidade cristã.

2º. Em nenhum momento é mencionado qualquer tipo de reunião religiosa,

igreja ou templo. Segundo as Escrituras Sagradas, a coleta deveria ser feita em casa e não na

igreja.

3º. O ilusionista não revela ao seu público que se tratava de uma coleta

esporádica feita unicamente em benefício dos cristãos de Jerusalém, que estavam passando

por grandes privações (I Coríntios 16:3-6).

4º. O mágico esconde da plateia que às vezes Paulo tinha o costume de solicitar

tais dádivas às igrejas porque não se tratava de ofertas regulares, como os dízimos ou as

ofertas (Romanos 15:26; I Coríntios 16:1).

5º. O mágico silencia-se quanto ao fato de que essas passagens bíblicas,

escritas para cristãos gentios várias décadas após a morte de Cristo, não identificam o

“primeiro dia da semana” como sendo o “dia do Senhor” ou “domingo”.

Não quero ser um desmancha prazeres, mas essa mágica já era!

48ª Mágica

Guardando ou quebrando o sábado

Numa de suas grandes mágicas contra o sábado do Senhor, o ilusionista tira de sua

cartola encantada a fabulosa ilusão de que os Adventistas do Sétimo Dia quebram o sábado

porque eles não guardam esse dia do mesmo modo como os judeus o guardam. Não há

dúvida, essa mágica suja é arte do demo! A ilusão criada pelo mágico tem vários truques

secretos e desprezíveis.

Page 50: Show de mágica contra o sábado

50 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

1º. Mais uma vez pode-se notar que o mágico em tudo procura algum pretexto

para reprovar a observância do sábado e também qualquer razão para condenar aqueles que o

guardam.

2º. Os Adventistas do Sétimo Dia são cristãos e não Judeus. Portanto, como

cristãos, eles não estão subordinados a qualquer regulamento, regra ou norma típica ditada

pelas seitas dos judeus, fariseus ou saduceus, posto que essas seitas não representavam o

verdadeiro judaísmo.

3º. Em sua atrevida ilusão, o mágico insinua ao seu auditório que os judeus

guardavam e guardam o dia do sábado da forma correta. Nada mais equivocado!

4º. Os adventistas seguem os ensinos das Escrituras Sagradas e não as regras

dos rabinos, as quais estabelecem o que pode ou não ser realizado no dia do sábado.

5º. Como cristãos “que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”

(Apocalipse 14:12), os Adventistas do Sétimo Dia guardam o sábado na plena liberdade

ensinada por Jesus Cristo (Mateus 12:10-12) e pelas Escrituras Sagradas (Isaías 58:13-14), e

não como faziam os antigos fariseus com as suas fanáticas regras e tradições legalistas

incorporadas ao sábado do Senhor.

49ª Mágica

A lei foi mudada e com ela os Dez Mandamentos

A próxima mágica realizada pelo ilusionista consiste em tirar de sua cartola

encantada a passagem bíblica de Hebreus 7:12. Com ela em mãos, o mágico consegue iludir a

sua encantada plateia com a crença de que a lei foi mudada, e por isso a lei escrita em tábuas

de pedra foi revogada. A mágica faz um estrondoso sucesso. Todos aplaudem o desempenho

do ilusionista. Mas esse aparente sucesso somente ocorre porque o mágico esconde do

auditório alguns truques.

1º. O ilusionista esconde do seu público enfeitiçado que a passagem bíblica de

Hebreus 7:12 faz referência à mudança do sacerdócio levítico da ordem de Arão para o

sacerdócio de Cristo da ordem de Melquisedeque.

2º. O mágico não revela a ninguém que a mudança da lei ocorreu na Lei

Cerimonial e não na Lei Moral, que tem a função de normatizar a conduta de todos os homens

perante Deus e a sociedade (Eclesiastes 12:13-14).

3º. O âmago do truque consiste em iludir o auditório levando-o a crer que os

Dez Mandamentos foram revogados com base na revogação da Lei Cerimonial.

Será possível que o mágico não acerta uma? Quanto mais assisto ao show de mágica

contra o sábado, tanto mais convicto fico da obrigatoriedade do cristão observar o santo

sábado do Senhor. E você?

50ª Mágica

Aversão à guarda de qualquer dia

Page 51: Show de mágica contra o sábado

51 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Retirando de sua cartola enfeitiçada a celebre passagem bíblica de Gálatas 4:10-11 o

obtuso mágico encanta o seu bestificado auditório com a estupenda ilusão de que Paulo foi

terminantemente contra a guarda de qualquer dia. Os truques que o ilusionista não revela ao

seu público são os seguintes:

1º. O texto bíblico apresentado pelo ilusionista em seu show de mágica contra

o sábado em nenhum momento faz referência ao sábado do Senhor, que foi abençoado e

santificado na fundação do mundo. Na realidade, a passagem bíblica considerada está tratando

das ordenanças da Lei Cerimonial, que apontavam para Cristo.

2º. O mágico não revela ao seu público que o próprio apóstolo Paulo guardava

o dia do sábado entre os judeus e gentios, mesmo em lugares onde não havia judeus ou

sinagogas (Atos 16:12-13).

3º. O ilusionista não revela que o apóstolo Paulo pregava aos gentios as

mensagens do Antigo Testamento, o qual doutrina sobre a necessidade de guardar o

mandamento do sábado.

4º. É ensurdecedor o silêncio do mágico quanto ao fato de que a sua ilusão

contra o sábado na verdade derruba a guarda do domingo, tão ardorosamente defendida por

vários ilusionistas em seus shows de mágica contra o sábado.

Depois dessa o mágico se escafedeu, retornando somente mais tarde! Isso é uma

vergonha nacional!

51ª Mágica

Um dia entre sete

Com um passe de mágica, o prestidigitador ofusca o seu auditório com a grandiosa

ilusão de que o sábado pode ser qualquer dia da semana entre sete, e que foram os Adventistas

do Sétimo Dia quem inventaram toda essa história de que o sábado é o sétimo dia da semana.

A plateia vibra entusiasticamente e assobia com essa maravilhosa mágica. Que pena que todos

estejam sendo enganados! Essa mágica oculta em seu seio grandes truques.

1º. Supondo que o sábado pode ser qualquer dia entre sete, então por que

combater veementemente o sábado do sétimo dia?

2º. O mágico não revela à plateia que, como memorial da criação em seis dias,

o Senhor Deus abençoou e santificou somente o sábado do sétimo dia da semana (Gênesis

2:2-3; Êxodo 20:11).

3º. O ilusionista esconde que a Bíblia Sagrada ensina claramente que o “sétimo

dia será o sábado do descanso” (Levítico 23:3; Êxodo 23:12; 34:21; 31:15; 35:2), e não

qualquer outro dia da semana.

4º. O mágico oculta do público que o incidente da queda do maná ocorria no

sábado do sétimo dia da semana, e não aleatoriamente entre sete dias (Êxodo 16:25-26; 29-

30).

5º. O mágico não revela à plateia que a Bíblia Sagrada ensina que o sábado é o

sétimo dia da semana. Eis a prova: Lucas fez referência a três dias sequenciais: o sexto dia da

semana, conhecido como “dia da preparação” (Lucas 23:54); o sétimo dia da semana,

conhecido como “sábado” (Lucas 23:56); e “primeiro dia da semana”, sem nome especial na

Bíblia Sagrada (Lucas 24:1). Portanto, a invenção da expressão “dia da semana” não é

adventista, mas bíblica.

Page 52: Show de mágica contra o sábado

52 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo VIII

“Terrível é a crise para a qual caminha o mundo. Os poderes da Terra, unindo-se para

combater os mandamentos de Deus, decretarão que todos, ‘pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’ (Apocalipse

13:16), se conformem aos costumes da igreja, pela observância do falso sábado”. (O Grande Conflito, 604).

Ellen Gould White

Nos shows de mágica contra o sábado pode-se perceber com facilidade que todos os

ilusionistas procuram apresentar textos isolados das Escrituras Sagradas, os quais costumam

distorcer em benefício de suas ilusões enganadoras.

Esses mágicos extraordinários podem até mesmo defender um ponto de vista que

aparenta estar em harmonia com os textos bíblicos selecionados. Porém, uma simples leitura

do contexto imediato e da Bíblia Sagrada mostra facilmente que o texto apresentado ao

auditório é totalmente contra suas ilusões ardilosas.

Para a perfeita e exata avaliação de uma passagem bíblica sobre um determinado tema,

faz-se necessário que o mágico tenha pleno conhecimento do contexto imediato e mediato da

Palavra de Deus. Ao considerar a análise do tema que deseja apresentar ao público, o mágico

deve levar em consideração toda sistemática das Escrituras Sagradas. Não pode ater-se a

pontos isolados e tirar conclusões que contrariam o restante das Escrituras Sagradas.

Sem nenhuma exceção, todos os mágicos costumam empregar passagens bíblicas que

nada tem a ver com a ilusão apresentada ao público. Em tudo veem alguma justificativa para

fundamentar as suas ilusões contra o sábado do Senhor, e uma razão para defenderem a

observância do domingo pagão.

Page 53: Show de mágica contra o sábado

53 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

52ª Mágica

A substituição dos Dez Mandamentos

Numa mágica batida, repetida, cansativa e maçante, o mágico conduz o seu

espetáculo visando alcançar o delírio da galera que assiste todas as noites ao seu show de

mágica contra o sábado. A seguir, o mágico produz a grandiosa ilusão de que Cristo substituiu

a lei dos Dez Mandamentos do Antigo Testamento pela Lei do amor a Deus e do amor ao

próximo do Novo Testamento. Que coisa linda e maravilhosa! Os expectadores sobem nas

alturas de tanto contentamento. Porém, lamentavelmente, o prestidigitador não revela à sua

enfeitiçada plateia que a sua mágica possui alguns truques.

1º. O mágico é incoerente porque condena os Dez Mandamentos sob o

argumento de que se trata de preceito do Antigo Testamento, mas convenientemente insiste

em defender a lei do amor a Deus e ao próximo, que também são preceitos do Antigo

Testamento, registrado em Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18.

2º. O prestidigitador não conta à sua iludida plateia que os Dez Mandamentos

materializam a lei do amor a Deus e do amor ao próximo: os primeiros quatro mandamentos

concretizam o nosso amor para com Deus e os seis últimos concretizam o nosso amor para

com o próximo.

3º. O ilusionista esconde da plateia que Jesus Cristo e os apóstolos jamais

disseram qualquer coisa sobre a substituição dos Dez mandamentos por outros dois.

4º. O mágico esconde que na verdade Jesus ensinou que a prática da lei está

vinculada aos dois grandes mandamentos: “Destes dois mandamentos depende toda a lei e os

profetas” (Mateus 22:40). Isso não parece nada com a substituição dos Dez Mandamentos por

outros dois, nem aqui, nem na China e nem em lugar algum do planeta!

53ª Mágica

Jesus não mencionou o sábado ao jovem rico

Em seus atraentes shows de mágica contra o sábado o prestidigitador ilude o seu

auditório com a ideia de que na passagem bíblica de Mateus 19:18-19, o sábado foi abolido,

simplesmente porque Jesus enumerou a maioria dos mandamentos do Decálogo que o jovem

rico deveria guardar, mas não mencionou o sábado. Essa mágica apresenta alguns truques

interessantes que estão ocultos aos olhos do público.

1º. O ilusionista não conta a ninguém que Jesus Cristo vinculou a vida eterna à

observância dos mandamentos: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos”

(Mateus 19:17).

2º. O prestidigitador esconde que a enumeração feita por Jesus dos

mandamentos que o jovem rico deveria guardar não é taxativa, mas exemplificativa.

3º. O mágico não revela ao público que, assim como Jesus não mencionou o

sábado, Ele também não mencionou o primeiro, o segundo ou o terceiro mandamento do

Decálogo, mas nem por isso compreendemos que podemos adorar outros deuses, prestar

Page 54: Show de mágica contra o sábado

54 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

cultos às imagens ou usar o nome de Deus em vão. Então por que supor que podemos pisar o

santo sábado do Senhor?

4º. Outro truque escondido na manga do mágico consiste em omitir da plateia

que Jesus na verdade estava ensinando que aquele que deseja entrar na vida eterna deve

guardar os Dez Mandamentos e segui-Lo.

5º. Jesus não mencionou os primeiros quatro mandamentos do Decálogo

porque o grande problema das pessoas é o relacionamento com o próximo: “Se alguém diz:

Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual

viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I João 4:20).

54ª Mágica

Lei dada exclusivamente para os judeus

O show de mágica contra o sábado continua bem animado e vibrante. Com o

auditório predisposto, o mágico apresenta as passagens bíblicas de Deuteronômio 5:1-3, 12;

Êxodo 31:12-18, causando na plateia a deliciosa sensação de que os Dez Mandamentos foram

dados exclusivamente para o povo de Israel e ninguém mais. Essa mágica, como todas as

demais, apresenta alguns truques fajutos que o ilusionista não revela a ninguém, caso

contrário a sua ilusão não faria tanto sucesso.

1º. O truque fundamental dessa fabulosa mágica encontra-se na palavra

“exclusivamente”. A Bíblia Sagrada não ensina que a lei foi dada “exclusivamente” para os

filhos de Israel.

2º. Para fortalecer a eficácia de sua mágica, o ilusionista tendenciosamente

seleciona apenas os versículos bíblicos que parecem defender a ilusão que deseja criar no

coração dos expectadores.

3º. O prestidigitador esconde de seu público todas as demais passagens bíblicas

que desmoralizariam a ilusão criada na plateia pela sua espantosa mágica.

4º. O ilusionista não revela que as Escrituras Sagradas ensinam que a lei não

foi dada exclusivamente para os israelitas, mas também para os gentios. Eis a prova: Êxodo

12:49; Levítico 24:22; Números 15:15-16; Deuteronômio 10:17; 16:19; 29:10-12; 31:12;

Josué 8:35; II Crônicas 6:32-33; Isaías 56:6-7; Eclesiastes 12:13-14; Romanos 2:11-13; Tiago

2:9-12.

O mágico somente consegue iludir a sua plateia porque tanto ele como seus ouvintes

ignoram a existência das mais simples regras da Ciência da Hermenêutica Sacra,

especialmente aquelas referentes à Interpretação Sistemática.

55ª Mágica

A inexistência de lei antes do Sinai

Numa magnífica mágica, o ilusionista mostra que é um verdadeiro “as... no” nas

artes de iludir o público, levando o seu auditório ao delírio. O mágico apresenta arrebatadora

Page 55: Show de mágica contra o sábado

55 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

ilusão de que a lei não foi guardada por ninguém antes do Sinai. Por mais interessante que

possa ser, a sua mágica encerra vários truques.

1º. Contrariando a ilusão do mágico, a Bíblia Sagrada mostra que antes do

Sinai, Abraão guardou não somente as leis de Deus, mas muitos outros preceitos (Gênesis

26:5).

2º. Antes do Sinai, José negou-se a transgredir o mandamento do Senhor que

proíbe o adultério porque sabia que era pecado contra Deus (Gênesis 39:9).

3º. O Senhor falou a Moisés de mandamentos e leis vigorando antes do Sinai

(Êxodo 16:28).

4º. O mágico não revela ao seu auditório que “o pecado não é imputado, não

havendo lei”. (Romanos 5:13). Isto prova que a lei estava em vigor antes do Sinai, caso

contrário o pecado não poderia ter sido imputado ao homicida Caim (Gênesis 4:7-8 e 13); aos

maldosos e violentos antediluvianos (Gênesis 6:5 e 13); aos grandes pecadores de Sodoma e

Gomorra (Gênesis 13:13; 19:24-25).

5º. Caso não houvesse lei antes do Sinai, então homens de Deus como Enoque

(Gênesis 5:24); Noé (Gênesis 6:9), Jó (Jó 1:1) e tantos outros heróis da fé poderiam ter sido

politeístas, idólatras, blasfemos, profanadores do sábado, desonradores de pai e mãe,

assassinos, adúlteros, ladrões, mentirosos, cobiçadores, simplesmente porque não havia lei

que os proibisse de praticar tais atos abomináveis. “Porque onde não há lei também não há

transgressão”. (Romanos 4:15).

56ª Mágica

Jesus trabalhava no sábado

Novamente o mágico insiste em ludibriar o seu auditório com a surpreendente ilusão

de que Jesus quebrava o sábado porque Ele trabalhava nesse dia, além de ter afirmado que

Seu Pai fazia o mesmo (João 5:16-18). A esse mágico cabe a repreensão de Jesus: “Errais, não

conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. (Mateus 22:29). Essa mágica oculta alguns

truques bem tolos.

1º. O mágico tem a condenável atitude de adotar o fanatismo religioso e

legalista do fariseu como referencial da maneira correta de observar o sábado. Nada mais

equivocado!

2º. O ilusionista esconde do seu público que Jesus não estava realizando

trabalho secular, mas estava honrando o sábado (Isaías 58:13) ao praticar obras de

misericórdia em favor dos que se encontravam em estado de necessidade.

3º. O próprio Senhor Jesus ensinou que o sábado não é quebrado quando o

objetivo é praticar bem ao próximo: “É, por consequência, lícito fazer bem nos sábados”.

(Mateus 12:12).

4º. Jesus afirmou que o “pai trabalha até agora” com base no princípio de que é

lícito fazer bem aos sábados. O Pai trabalha até agora por dois motivos: Primeiro, ao contrário

dos homens, Deus não se “cansa nem se fatiga” (Isaías 40:28). Segundo, existe um estado de

necessitado que somente o Pai pode suprir: Como mantenedor do Universo o Pai trabalha em

benefício de todas as Suas criaturas (Neemias 9:6; Salmos 65:9-10).

Depois dessa terrível gafe, o mágico cara-de-pau picou a mula.

Page 56: Show de mágica contra o sábado

56 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

57ª Mágica

A profecia de Oséias

Na próxima mágica o prestidigitador meticulosamente manipula a passagem bíblica

de Oséias 2:11 e consegue iludir milhares de espectadores com a fábula de que Oséias teria

profetizado a “abolição” do sábado, que ocorreria na cruz. O mágico de araque é o máximo

em criar tantas ilusões fajutas. Sua mágica oculta alguns truques que nem todos gostariam de

conhecer.

1º. O mágico esconde que Oséias jamais profetizou a “abolição” do sábado. O

que Oséias profetizou foi que o Senhor faria “cessar” a observância dos sábados, mas somente

para os israelitas porque o Senhor faria “cessar o reino da casa de Israel” (Oséias 1:4).

2º. O mágico não conta aos seus expectadores que a profecia de Oséias 2:11

teve seu pleno cumprimento quando o Império Assírio destruiu a nação israelita e levou o

povo para o cativeiro (II Reis 17:5-6, 23-24).

3º. O ilusionista não revela ao público que no cativeiro assírio, os filhos de

Israel não tinham a liberdade de realizar “as suas festas, as suas luas novas” ou mesmo

observar “os seus sábados”, bem como as demais “festividades” prescritas na Lei.

Foi desse modo que os sábados cessaram, mas somente para os israelitas que foram

levados para o cativeiro assírio, e não na cruz. Nada mais claro, simples, lógico e totalmente

dentro do contexto da própria profecia de Oséias!

58ª Mágica

As cartas apostólicas e o sábado

Num extraordinário momento de alegria e risadas, o prestidigitador tira de sua

cartola enfeitiçada uma encantadora mágica, a qual visa criar na mente do auditório a ilusão

de que as cartas apostólicas nada falam sobre a guarda do sábado. Os truques escondidos aos

olhos da plateia são os seguintes:

1º. O prestidigitador omite que o Novo Testamento complementa o Antigo:

“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e

consolação das Escrituras tenhamos esperança”. (Romanos 15:4).

2º. O ilusionista procura esconder que os apóstolos pregavam aos gentios as

Escrituras do Antigo Testamento, a qual doutrina a observância do sábado. Eis a prova: Atos:

4:29, 31; 6:2, 4, 7; 8:4, 14; 11:1; 12:24; 13:5, 7, 44, 46, 49; 15:15, 35, 36; 16:32; 17:11, 13;

18:11; 19:10, 20.

3º. O mágico encobre dos espectadores que Jesus e os apóstolos guardavam o

sábado. Eis a prova: Marcos 6:2; Lucas 4:16; Mateus 24:20; Lucas 23:54-56 – 24:1; Atos

13:14-15; 13:42 e 44; 15:21; 16:13; 17:2; 18:4 e 11; Filipenses 3:17; II Tessalonicenses 3:6.

Page 57: Show de mágica contra o sábado

57 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

4º. O ilusionista esconde nas mangas que as cartas apostólicas favorecem a

observância da lei, onde se encontra registrada o sábado. Eis a prova: Romanos 2:13; 2:21-23;

3:20; 3:31; 4:15; 5:13; 7:7; 7:14; 7:21-22; 7:23; 8:7-8; I Coríntios 15:56; I Timóteo 1:8; 1:9-

10; Tiago 2:9-12; 4:11-12; Apocalipse 12:17; 14:12.

5º. Os mágicos não revelam ao seu iludido público que as cartas apostólicas

jamais falaram qualquer coisa sobre o dever do cristão guardar o domingo.

Esse mágico está me enlouquecendo! Ele não para de enganar as pessoas de bem!

Page 58: Show de mágica contra o sábado

58 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo IX

“Dos púlpitos das igrejas populares é proclamado que o primeiro dia da semana constitui o

sábado do Senhor; mas Deus nos deu luz, mostrando-nos que o quarto preceito do Decálogo é realmente tão obrigatório

como os outros nove preceitos morais”. (Fundamentos da Educação Cristã, 287).

Ellen Gould White

Deveria os cristãos observar o domingo, cuja origem perde-se na nevoa do

paganismo? Teria sido o sábado – cuja origem remonta à fundação do mundo – abolido com a

morte de Cristo? Os ensinos do Antigo Testamento têm validade para os cristãos nos dias de

hoje?

Estas e muitas outras perguntas surgem na mente dos fiéis filhos de Deus quando

ouvem as arengas evangélicas condenando a santificação do sábado e exaltando com alguns

farrapos de argumentos falaciosos a observância do domingo pagão.

Embora os mágicos tentem em vão esconder-se atrás de textos bíblicos para

sustentarem a abolição do sábado aos cristãos, as suas mágicas caem por terra diante da

clareza meridiana dos ensinos do Novo Testamento em relação à obrigatoriedade da

observância do sábado por todos cristãos.

Por mais que os mágicos possam tentar, ainda assim, eles não possuem calibre bíblico

suficiente para provar que o sábado foi abolido ou que o domingo pagão entrou no lugar do

sábado bíblico. Tudo o que eles podem fazer é distorcer as Escrituras Sagradas “por meio de

filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e

não segundo Cristo” (Colossenses 2:8).

Page 59: Show de mágica contra o sábado

59 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

59ª Mágica

Jesus e a quebra do sábado

Num arroubo de êxtase, o mágico tira dos cafundós-do-judas a lendária ilusão de

que Jesus, como Senhor do sábado (Mateus 12:8), quebrava o sábado e permitiu qualquer

outra pessoa quebrá-lo, ficando sem culpa. Essa fascinante e desonesta mágica – cheia de

encantos mil – esconde alguns truques sórdidos.

1º. Jesus apresentou-se como Senhor do sábado porque como criador de todas

as coisas (João 1:3; Colossenses 1:16-17), Ele também é o criador do sábado, razão pela qual

é o Senhor do sábado (Marcos 2:28), e Senhor de todas as coisas que existe.

2º. Com essa magnífica ilusão o prestidigitador contradiz a sua famosa mágica

de que o sábado é do judeu. Pois se Cristo é o Senhor do sábado, então o sábado não pode ser

do judeu, não vem do judeu, e nem foi criado pelo judeu. A falta de coerência entre os

mágicos é de corar qualquer cristão honesto e mais esclarecido.

3º. O mágico oculta de sua plateia que a passagem bíblica considerada não diz

absolutamente nada de Jesus profanar o sábado e ainda ter liberado o sábado para ser

profanado pelos crentes, que ficam sem a culpa de pecado pela transgressão da lei. A

produção dessa ilusão é exclusiva por conta e risco do ilusionista.

4º. Os cristãos da Igreja do Novo Testamento reuniam-se para cultuar (Atos

16:13; 18:4 e 11) no dia do Senhor (Isaías 58:13), dia reivindicado por Jesus Cristo como

sendo de seu senhorio (Mateus 12:8).

60ª Mágica

O sétimo dia e o sábado

Num inesquecível show de mágica contra o sábado, o prestidigitador ilude o seu

auditório apresentando a fábula de que na Bíblia Sagrada não está registrado que o sétimo dia

da criação é o sábado. Por esta fabulosa mágica o leitor pode perceber facilmente a fragilidade

das ilusões apresentadas por esses mágicos panacas. Essa mágica ruim pra caramba, esconde

alguns truques fajutos.

1º. O mágico omite que está escrito: “abençoou Deus o dia sétimo, e o

santificou” (Gênesis 2:3), que conjugado com a seguinte escritura paralela: “abençoou o

Senhor o dia do sábado, e o santificou” (Êxodo 20:11), provam claramente que na Bíblia

Sagrada está escrito que o sábado é o mesmo sétimo dia da criação do mundo, abençoado e

santificado por Deus.

2º. O ilusionista esconde da plateia que, pela Bíblia Sagrada, o sábado é o

sétimo dia da semana. Eis a prova: “E era o dia da preparação (sexto dia)... e no sábado

repousaram, conforme o mandamento (sétimo dia)... e no primeiro dia da semana”. (Lucas

23:54, 56; 24:1).

Page 60: Show de mágica contra o sábado

60 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Ao que parece, os mágicos não se pautam nos rigorosos limites e parâmetros

estabelecidos pelos textos bíblicos. Eles gostam de soltar as rédeas da imaginação e navegar

pela maionese, sem perceber o perigoso abismo criado por suas ilusões na mente do público.

61ª Mágica

Apedrejamento dos transgressores

Com uma mágica de cair o queixo, o ilusionista ofusca a sua delirante plateia com a

passagem bíblica de Números 15:32-36. Ele cria a magnífica ilusão de que, caso tivéssemos

que guardar o sábado nos dias de hoje, então teríamos que apedrejar até à morte os

transgressores desse dia. Essa mágica sensacional esconde seu truque mefistofélico.

1º. O ilusionista esconde do público que a forma de governo israelita era uma

Teocracia, onde as leis religiosas e civis eram impostas por força de penas temporais. A

aplicação da pena de morte não estava nas mãos de particulares, mas nas mãos das

autoridades da nação.

2º. O mágico oculta que além do sábado, a pena de morte também era aplicada

pela Teocracia israelita ao que blasfemasse contra o Senhor (Levítico 24:16); ao que ferisse

ou amaldiçoasse seu pai ou sua mãe (Êxodo 21:15, Levítico 20:9); ao que matasse alguém

(Levítico 24:17); ao que cometesse adultério (Levítico 20:10, Deuteronômio 22:22) etc.

3º. O mágico esconde que aqueles que guardam o sábado não precisam matar

ninguém. Isto seria atribuição de uma nação Teocrática, onde as leis civis e criminais da

Bíblia Sagrada seriam impostas pela força do Estado.

4º. O mágico omite que, caso os guardadores do sábado tivessem que matar os

transgressores desse dia, então todos os demais cristãos deveriam matar aqueles que desonram

pai e mãe, matar os adúlteros, os assassinos etc.

“Posto que Deus não castigue hoje a transgressão de Sua lei com castigos temporais,

Sua Palavra declara, todavia, que o salário do pecado é a morte; e na execução final do juízo

achar-se-á que a morte é o quinhão daqueles que violam Seus sagrados preceitos”. (Patriarcas

e Profetas, 409).

62ª Mágica

A Nova Aliança e os Dez Mandamentos

Num momento de grande arroubo, o mágico lança no ar a passagem bíblica de

Hebreus 8:8-10 e o auditório fica encantado com a ilusão de que os Dez Mandamentos são

repreensíveis, e foram abolidos quando o Senhor estabeleceu a Nova Aliança. Essa

extraordinária mágica trás em seu bojo vários truques muito doidos.

Page 61: Show de mágica contra o sábado

61 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

1º. O mágico esconde da plateia que o concerto, que era repreensível, refere-se

ao sacerdócio levítico, e não aos Dez Mandamentos (Hebreus 8:5). Logo, a passagem bíblica

apresentada pelo ilusionista está considerando a Lei Cerimonial e não da Lei Moral.

2º. A própria passagem bíblica citada pelo mágico deixa bem claro que no

Novo Concerto as leis de Deus não seriam abolidas, mas escritas no coração do crente

(Hebreus 8:10).

3º. O ilusionista não conta a ninguém que o Novo Concerto seria estabelecido

“com a casa de Israel e com a casa de Judá” (Hebreus 8:8).

4º. O prestidigitador oculta da plateia que o Antigo Concerto não se refere aos

Dez Mandamentos, mas refere-se à expiação de pecados pelo sacrifício de animais (Daniel

9:27) enquanto que o Novo Concerto refere-se à expiação de pecados pelo sacrifício de Cristo

(Mateus 26:28).

5º. O mágico esconde da plateia que os Dez Mandamentos é um concerto

diferente do concerto sacerdotal levítico (Malaquias 2:4-8; Hebreus 7:5; Hebreus 7:11).

O mágico enganador é vaiado pelo auditório. Bem feito, quem mandou ser mentiroso!

63ª Mágica

Todos os dias são “dia do Senhor”

Num esplendoroso show de mágica contra o sábado, o prestidigitador ilude os seus

expectadores com a crença de que com a vinda de Cristo, todos os dias passaram a ser “dia do

Senhor”. Essa mágica é uma leviandade baseada em premissas equivocadas e conclusões

aleijadas por parte do mágico. Essa ilusão oculta alguns truques fajutos.

1º. A Bíblia Sagrada não ensina em lugar algum a mágica de que todos os dias

são “dia do Senhor”. Se todos os dias são “dia do Senhor”, então o mágico não deveria criticar

aqueles que guardam o sábado, porque este é biblicamente “dia do Senhor”.

2º. O mágico oculta que tanto o Antigo como o Novo Testamento ensinam que

somente o sábado é o “dia do Senhor” (Êxodo 16:23; Êxodo 16:25; Êxodo 20:10; Levítico

23:3; Isaías 58:13-14; Marcos 2: 28; Apocalipse 1:10).

3º. Exceto o dia do sábado, todos os demais dias da semana são considerados

pelas Escrituras Sagradas como dias ordinários, que não foram abençoados ou santificados

pelo próprio Senhor.

4º. O dia de adoração para os cristãos é claramente revelado no livro do

Apocalipse como sendo o “dia do Senhor” (Apocalipse 1:10), que pela Bíblia Sagrada é o

“sábado” (Isaías 58:13).

5º. Era no sábado – pela Bíblia Sagrada, dia do Senhor – que os cristãos

regularmente se reuniam para cultuar a divindade (Atos 16:13).

6º. As Escrituras Sagradas não doutrinam em nenhum lugar que o domingo é

dia do Senhor. Caso todos os dias sejam “dia do Senhor”, então guardar o domingo ou o

sábado deveria ser totalmente indiferente para o cristão.

Page 62: Show de mágica contra o sábado

62 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

64ª Mágica

O descanso num dia específico

Uma mágica, no mínimo curiosa, apresenta a magnífica ilusão de que não existe

obrigatoriedade bíblica para o cristão descansar num dia específico. Como qualquer mágica

que se preze, esta também tem seus truques ocultos. Para o bem de todos e felicidade geral

dos curiosos, revelarei os diversos truques dessa mágica.

1º. O ilusionista esconde que o Antigo Testamento foi escrito para ensino dos

cristãos. Eis a prova: “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para

que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”. “Toda a Escritura

divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em

justiça. Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa

obra”. (Romanos 15:4; II Timóteo 3:16-17).

2º. O mágico omite do auditório que, como herdeiros dos oráculos divinos, os

cristãos possuem orientação bíblica para descansar num dia especifico. Eis a prova: Gênesis

2:2-3; Êxodo 20:11; Hebreus 4:3; Hebreus 4:4; Isaías 40:28; Deuteronômio 5:14; Êxodo

23:12; Jeremias 17:22; Levítico 23:3; Mateus 12:10-12; Marcos 3:4; Marcos 2:27.

3º. Os primeiros cristãos observavam um dia específico, mais precisamente o

sábado. Eis a prova: Mateus 24:20; Lucas 23:54-56 – 24:1; Atos 13:14-15; 13:42 e 44; 15:21;

16:13; 17:2; 18:4 e 11.

4º. Essa mágica é um verdadeiro tiro no pé do ilusionista. Em várias mágicas

ele iludiu a sua plateia com a crença fajuta de que o domingo é o dia do Senhor. Mas agora ele

nega tudo isso com a ilusão de que não existe nenhuma necessidade do cristão descansar em

qualquer dia especifico.

65ª Mágica

A justificação e o sábado

O ilusionista possui um enorme repertorio de mágica, a dar com o pau. Numa

estranha mágica ele cria na galera a impressão de que aqueles que guardam o sábado o fazem

para alcançar a salvação pelas obras da lei. Essa ilusão esconde seus truques maléficos.

1º. A mágica não passa de uma brutalidade sem precedente. Ela é produto da

fantasia do ilusionista, que tem a clara intenção de enganar o seu auditório e denegrir a

imagem daqueles “que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Apocalipse

14:12).

2º. Os cristãos que guardam o sábado estão perfeitamente conscientes de que a

lei ou o sábado não justificam ninguém porque eles não foram dados como método de

salvação. Mas também estão conscientes de que ninguém será salvo sem guardar a lei. Eis a

prova: Gálatas 2:16; Romanos 7:7; 3:20; Gálatas 3:21; 2:21; Filipenses 3:9; Gálatas 3:11;

Romanos 10:4; Gálatas 3:24; 5:4; Romanos 3:28; 2:12-13; 6:14-15; 3:31.

Page 63: Show de mágica contra o sábado

63 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

3º. Os cristãos observadores do sábado estão perfeitamente inteirados de que a

lei foi dada para mostrar ao homem o pecado (Romanos 3:30; 7:7). Porém, como o salário do

pecado é a morte (Romanos 6:23), os cristãos devem observar a lei de Deus (Romanos 3:31;

6:1-2, 12-13).

4º. Os cristãos que guardam o sábado não o fazem para serem justificados pelas

obras da lei, mas justamente porque foram justificados de seus pecados pelo sangue do

Cordeiro de Deus (Romanos 3:31; 6:1-2; 6:12-13).

Depois de tantas fraudes reveladas, somente um masoquista continuaria participando

das ilusões mentirosas produzidas no show de mágica contra o sábado.

Page 64: Show de mágica contra o sábado

64 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Capítulo X

“Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as

autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma

pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de ódio universal”. (O Grande

Conflito, 615).

Ellen Gould White (GC, 289)

A guarda do domingo não encontra nenhum respaldo nos ensinos do Novo

Testamento. Entretanto os mágicos conseguem manhosamente manipular as passagens

bíblicas que versam sobre o “primeiro dia da semana” para fazer valer a observância do

domingo.

Porém, para que a guarda do domingo possa plenamente vingar, esses mágicos são

obrigados a denegrir com unhas e dentes a observância do sábado do Senhor.

Nessa louca arenga contra o sábado, todo tipo de argumento sujo, imoral e antibíblico

são inventados e considerados válidos, por mais absurdos que sejam. Os mágicos ora

vinculam o sábado à Lei Cerimonial, ora ao Antigo Concerto, ora ao Antigo Testamento, ora

ao Decálogo, tudo em conformidade com o argumento que inventam para desvalorizar a

observância do sábado.

Em seus arremetes alucinados contra o santo sábado do Senhor, esses mágicos não

medem esforços para condenar os cristãos que defendem a guarda desse santo dia. Esses

ilusionistas estão tão cegos em suas paranoias contra o sábado que mal conseguem perceber

que os seus argumentos contra o sábado também fazem desmerecer a observância do

domingo, que tão ardorosamente insistem em defender.

Page 65: Show de mágica contra o sábado

65 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

66ª Mágica

Sacerdotes pisando o sábado

Num passe de mágica, o ilusionista cria na plateia a poderosa ilusão de que

podemos pisar abertamente o sábado porque os sacerdotes levitas transgrediam o sábado e

ficavam sem culpa. Essa mágica seria perfeita se não tivesse seus inconvenientes truques

ilícitos.

1º. Os sacerdotes transgrediam o sábado e ficavam sem culpa porque sua

atividade no sábado tinha uma “excludente de ilicitude”, haja vista que era claramente

prescrição divina que deveria ser realizada exclusivamente no sábado. Portanto era uma

atividade perfeitamente lícita.

2º. Os sacerdotes não estavam realizando nenhum trabalho secular, mas

atividade religiosa determinada por Deus para ser desempenhada especialmente no dia do

sábado (Números 28:9-10).

3º. Os serviços dos sacerdotes não eram superiores ao sábado porque a

santificação do sábado antecede o pecado e a todas as atividades das Leis Cerimoniais. Eram

as atividades dos sacrifícios de animais que estavam subordinadas à ocorrência do sábado, e

não ao contrário. Quando os sacrifícios de animais foram abolidos na cruz, o sábado

permaneceu como mandamento moral dado na criação, porque o que foi abolido foram tão-

somente as atividades cerimoniais realizadas nesse dia.

4º. Os fariseus, saduceus e os judeus sabiam perfeitamente que as atividades

dos sacerdotes realizadas no templo aos sábados eram perfeitamente lícitas, caso contrário

eles seriam os primeiros a condená-los por tal prática.

O mágico sabe que ele é um declarado inimigo da verdade e que está derrotado. Mas,

assim como o diabo, ele jamais se dará por vencido e sempre fará seus shows para todos os

tipos de néscios que estiverem dispostos a ouvi-los.

67ª Mágica

O concerto abolido por Cristo

Em seus fabulosos shows de mágica contra o sábado, o prestidigitador apresenta ao

público a ilusão de que os Dez Mandamentos faziam parte do Antigo Concerto, o qual foi

abolido por Cristo. Para convencer o seu auditório, o ilusionista tira da cartola as passagens

bíblicas de Deuteronômio 4:13; 9:8 e Êxodo 34:27-28. No que pese à atração exercida pela

mágica, ela contém truques obscuros.

1º. O mágico apresenta ao seu auditório apenas as passagens bíblicas

convenientemente selecionadas por ele e que parecem confirmar a veracidade de sua mágica.

2º. A Bíblia Sagrada relata a existência de vários concertos (Deuteronômio

29:1; Efésios 2:12). Eis a prova: Noé (Gênesis 9:13); Abraão (Gênesis 15:18; 17:4);

Circuncisão (Gênesis 17:10-11); Isaque (Gênesis 17:21); Livro da Lei (Êxodo 24:7-8; II Reis

23:2; 21; II Crônicas 34:30); Sábado (Êxodo 31:16); Moisés e Israel (Êxodo 34:27); Decálogo

Page 66: Show de mágica contra o sábado

66 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

(Êxodo 34:28); Sal dos manjares (Levítico 2:13); Arca do Concerto (Números 10:33;

Deuteronômio 10:8); Sacerdócio levítico (Números 25:13); Levitas (Malaquias 2:4-5); Davi

(II Crônica 7:18; II Crônicas 21:7); Libertação de escravos hebreus (Jeremias 34:13-14) etc.

3º. O concerto abolido nada tem a ver com o Concerto dos Dez Mandamentos,

os quais foram repetidos por preceito e exemplo por Jesus, pelos apóstolos e no Novo

Concerto escrito no coração dos cristãos (Hebreus 8:10).

4º. O concerto abolido por Cristo tem relação com o concerto sacerdotal

levítico (Daniel 9:27; Hebreus 7:11-12), que realizava expiação de pecados pelo sacrifício de

animais, e foi substituído pelo Novo Concerto de expiação de pecados pelo sangue de Cristo

(Mateus 26:28).

68ª Mágica

Concerto com os israelitas

Numa mágica espetacular o ilusionista diz à plateia: “Senhoras e senhores... nada

nesta mão... nada nesta outra...”. A seguir numa rápida manobra apresenta a falsa ilusão de

que o concerto estabelecido por Deus não foi dirigido a todos os homens, mas somente aos

israelitas que ouviram e aceitaram os termos do pacto. Essa maravilhosa mágica possui seus

truques sórdidos escondidos. Porém, dando uma de “Mister M”, vou procurar mostrar os

truques obscuros que estão por trás dessa mágica sórdida para que você não permaneça mais

ludibriado.

1º. O mágico esconde de seu público cativo que o Senhor convocou tanto os

judeus, quanto os gentios, para participarem do concerto (Deuteronômio 29:9-12).

2º. O ilusionista não revela aos seus expectadores que os gentios de qualquer

nação convertidos à verdade poderiam abraçar e participar do concerto que Deus havia feito

séculos antes (Isaías 56:6-7).

3º. Outro truque que o mágico não conta a ninguém é que o concerto feito pelo

Senhor abrangia todas as pessoas, e não somente aqueles que estiveram presentes no dia em

que o pacto foi anunciado e aceito (Deuteronômio 29:14-15).

Agora você não está mais iludido, e não adianta fazer essa cara de “ué”. Afinal de

contas, quem mandou você acreditar em tudo que ouve sem pesquisar nas Escrituras

Sagradas? Seja como os bereanos que “foram mais nobres do que os que estavam em

Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras

se estas coisas eram assim” (Atos 17:11).

69ª Mágica

Impotência da lei para remir os pecados

Magistralmente o ilusionista apresenta com toda pompa uma magnífica mágica,

onde produz a espetacular ilusão de que a lei foi abolida por Cristo porque ela tornou-se

impotente para remissão de pecados. Que fantástica mágica! Nesse momento o auditório vai

Page 67: Show de mágica contra o sábado

67 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

às nuvens. Porém, a ilusão provocada por essa mágica não é ensino registrado na Bíblia

Sagrada. Trata-se de uma mágica tendenciosa que tem por único objetivo criar a falsa ilusão

da suposta abolição do sábado do Senhor. Essa mágica encerra vários truques ocultos, cada

um mais tendencioso do que o outro.

1º. O mágico procura insinuar ao seu auditório que todos aqueles que guardam

a Lei Moral e o santo sábado do Senhor o fazem como método de justificação. Nada mais

errado!

2º. O ilusionista insinua à galera que no Antigo Testamento a remissão de

pecados era feita pela observância da Lei Moral, a qual se tornou impotente diante da cruz.

Nada mais equivocado porque a Lei Moral jamais foi dada como método de justificação de

pecados (Romanos 3:20).

3º. O ilusionista usa a Lei Cerimonial para “provar” que a Lei Moral foi

abolida. A verdade é que Lei Cerimonial realizava a expiação de pecados pelo sangue de

animais. Após a cruz, a expiação de pecados passou a ser realizada pelo sangue de Cristo,

ocorrendo a mudança da lei sacerdotal.... note bem: lei sacerdotal.

4º. O mágico não explica a ninguém que, após a cruz, a Lei Cerimonial perdeu

a sua eficácia, tornando-se impotente para realizar a remissão de pecados pelo holocausto de

animais. Porém, a Lei Moral continuou vigorando, posto que ela não expia o pecado de

ninguém e normatiza o comportamento do homem.

70ª Mágica

A Lei e os Profetas

Num maravilhoso show de mágica contra o sábado, o prestidigitador ilude a sua

atenta plateia com a crença de que Cristo cumpriu a lei por nós, logo todos estão livres de

guardar o sábado. Infelizmente essa mágica apresenta alguns truques secretos totalmente

desconhecidos pela plateia.

1º. Caso Cristo tenha cumpriu a lei por nós, então estamos livres, não só para

pisar o santo sábado, mas também podemos ter quantos deuses quisermos, cultuar imagens,

blasfemar do nome de Deus, desonrar pai e mãe, matar, adulterar, furtar, mentir, cobiçar etc.,

simplesmente porque todos esses mandamentos fazem parte da lei.

2º. O que Cristo disse que veio para cumprir foi a “Lei e os Profetas” (Mateus

5:17-18). A “Lei” é a designação dos primeiros cinco livros da Bíblia Sagrada e os “Profetas”

é uma referência aos escritos dos profetas bíblicos. Para que não pairasse nenhuma dúvida

sobre o que Cristo veio cumprir, Ele reafirmou o seguinte: “E disse-lhes: São estas as palavras

que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim

estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos”. (Lucas 24:44).

3º. O que Jesus veio para cumprir foram tipos e profecias que dEle faziam

referência os escritos da Lei e dos Profetas. Somente Jesus poderia cumprir os requisitos

exigidos pelos símbolos e profecias que apontavam para Sua obra redentora. Porém, quanto à

Lei Moral (Dez Mandamentos), ela pode ser guardada por qualquer um, inclusive foi

guardada e ensinada por Jesus, e repetida no Novo Testamento pelos santos apóstolos.

Page 68: Show de mágica contra o sábado

68 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

71ª Mágica

Falta de contexto

Outra mágica sensacional tem por base a passagem bíblica de Romanos 3:31, onde

Paulo nega terminantemente a abolição da lei. Porém, não podendo negar a clareza meridiana

da passagem bíblica em questão, o mágico ilude o auditório com a crença de que a

mencionada lei não se refere aos Dez Mandamentos, simplesmente porque tal fato não foi

mencionado no contexto. Mais uma vez a mágica esconde seus truques sórdidos.

1º. O mágico é tendencioso, posto que quando a passagem faz referência à Lei

Cerimonial ele conclui sem pestanejar que se trata dos Dez Mandamentos, mesmo não

estando no contexto. Porém, quanto se trata da Lei Moral, o mágico nega que sejam os Dez

Mandamentos, sob o argumento de que não está no contexto.

2º. Desconhecendo as técnicas da interpretação sistemática, o mágico ignora

que a lei mencionada no texto de Romanos 3:31 faz sim referência aos Dez Mandamentos.

Isto se torna evidente pelo contexto do capítulo quando Paulo menciona que “pela lei vem o

conhecimento do pecado” (Romanos 3:20), ocorre que numa passagem paralela, Paulo faz

referência ao mandamento do Decálogo para mostrar que a lei pela qual “vem o conhecimento

do pecado” refere-se aos Dez Mandamentos. Eis a prova: “Eu não conheci o pecado senão

pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”.

(Romanos 7:7).

3º. Diante dos truques obscuros dessa mágica, fica claro que a lei dos Dez

Mandamentos não foi abolida pela fé, pelo contrário, mais do que nunca ela é estabelecida na

vida do cristão, e como o sábado faz parte dela, então todos cristãos têm o dever de observar

esse santo dia do Senhor.

72ª Mágica

O domingo e a ressurreição

Uma mágica magistral, produzida por fabulosos ilusionistas, consiste em favorecer a

observância do domingo sob o pretexto de que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana.

Ora, sendo assim, até eu posso fazer algumas mágicas. Quer ver? Então observe as minhas

habilidades ilusionistas:

1º. Caso o domingo deve ser guardado porque Cristo ressuscitou nesse dia,

então o sábado deve ser guardado porque Cristo descansou no sepulcro nesse dia de “pôr do

sol” a “pôr do sol”.

2º. Supondo que o domingo deve ser guardado porque Cristo ressuscitou nesse

dia, então a sexta-feira deve ser guardada porque foi nesse dia que Cristo venceu as forças das

trevas, suportando tentações e em grande agonia tomou a resolução de morrer em favor de

todos os pecadores.

Page 69: Show de mágica contra o sábado

69 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

3º. Se o domingo deve ser guardado porque Cristo ressuscitou nesse dia, então

a quinta-feira deve ser guardada porque foi nesse dia que Cristo estabeleceu a santa ceia como

um memorial de sua morte e ressurreição.

Agora vou ensinar para você um novo e estupendo truque de mágica que com certeza

muitos vão gostar:

4º. Supondo que o domingo deve ser guardado porque Cristo ressuscitou nesse

dia, então você pode ter quantas esposas quiser, porque Salomão, o rei mais sábio e

abençoado, teve setecentas esposas e trezentas concubinas. (Opa! Acho que não devia ter

contado isso. Mas não vão querer praticar justamente essa mágica).

Bem, encerrando esse maravilhoso show de mágica contra o sábado, vamos dar uma

calorosa salva de palmas para esses magníficos ilusionistas com seus truques enganosos e

sensacionais! Bravo... Bravo... Bis... Bis...

Page 70: Show de mágica contra o sábado

70 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Posfácio

Esses magníficos ilusionistas da mentira, que gostam de realizar show de mágica

contra o sábado, têm cometido erros atrás de erros, até mesmo na sua ilusão nada coerente da

guarda do domingo, numa flagrante prova de ignorância e sectarismo. Não apenas realizam

suas mágicas fajutas para iludir o público incauto, como também são as principais vítimas de

suas próprias obras de engano. É dever de todo aquele que conhece a Palavra de Deus

procurar esclarecer o engano da galera adepta do mágico. Sempre que for possível devemos

procurar mostrar pelas Escrituras Sagradas que o único caminho para a salvação é Cristo

Jesus. Que somos salvos somente pela graça, mediante a fé e julgados pelas obras. Devemos

mostrar que a fé sem obras é morta; que o salário do pecado é a morte e que o pecado é a

transgressão da lei de Deus. Caso permaneçam recalcitrantes, não podemos de forma alguma

comungar com eles e jamais participar de suas formas de culto e adoração porque “o Espírito

expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos

enganadores, e a doutrinas de demônios”. (I Timóteo 4:1). Também fomos advertidos pelo

nosso Senhor Jesus a sermos cautelosos com determinadas seitas cristãs, mais

especificamente com aquelas que manifestam em seus cultos sinais e prodígios: “Muitos me

dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não

expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi

abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se

possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 7:22-23; 24:24).

Page 71: Show de mágica contra o sábado

71 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

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Page 72: Show de mágica contra o sábado

72 LEANDRO BERTOLDO

Show de Mágica Contra o Sábado

Relação de Endereços

CONHEÇA MAIS SOBRE A BÍBLIA SAGRADA NOS SEGUINTES ENDEREÇOS

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Botujuru: R. Frei Bonifácio Hanrik, 240, Vl. São Paulo.

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Casqueiro: Estrada Servidão, 50 – Biritiba Mirim.

César de Souza: R. João Mariano de Paula, 233 C. de Souza.

Jd. São Pedro: Avenida João XXIII, 3500 – Cesar de Souza.

Cocuéra: Faz. Hollancountry, Cocuéra – Biritiba Mirim.

Jd. dos Eucaliptos: R. José Servulo da Costa, 777 – B. Mirim

Jd. Margarida: R. Fátima, 115 – Jd. Margarida.

Jd. Santa Cecília: R. Massao Kakiute, 159.

Jundiapeba: R. Benedicto de S. Branco, 80 – Vl. Stº Antonio

Mogi das Cruzes: R. Cel. Santos Cardoso, 434, Jd. Santista.

Pq. Morumbi: R. Profª Rita de Cássia M. Menezes, 270.

Pomar do Carmo: R. das Acácias, 60 – Biritiba Mirim.

Sabaúna: R. João Gomes de Farias, 21 - Sabaúna.

Socorro: R. Aristóphanes Cataldo Éboli, 305 – Socorro.

Vila Cléo: R. Pref. José de Melo Franco, 906 – Vl. Cléo.

Vila Natal: R. Desidério Jorge, 402 – Vila Natal.

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