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Acesse o blog http://pesquisasbiblicas.blogspot.com.br e conheça outras obras do autor Leandro Bertoldo.
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1 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
SHOW DE MÁGICA CONTRA O
SÁBADO
Leandro Bertoldo
2 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Dedicatória
Dedico este livro aos meus grandes amigos
Fofa, Pitucha, Calma e Mimo.
3 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
O Senhor permitiu ao inimigo da verdade fazer decidido esforço
contra o sábado do quarto mandamento. É desígnio Seu despertar por esse meio interesse
decidido naquela questão que é um teste para os últimos dias. Isto abrirá o caminho a que a
terceira mensagem angélica seja proclamada com poder. (II Mensagens Escolhidas, 370).
Ellen Gould White
Escritora, conferencista, conselheira,
e educadora norte-americana.
(1827-1915)
4 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Sumário
Dados biográficos
Prefácio
Introdução
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIIII
Capítulo IX
Capítulo X
Posfácio
Bibliografia
Relação de Endereços
5 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Dados biográficos
Leandro Bertoldo é o primeiro filho do casal José Bertoldo Sobrinho e Anita
Leandro Bezerra. Seu irmão chama-se Francisco Leandro Bertoldo. Os dois seguiram a
carreira no judiciário paulista, incentivados pelo pai, que via algo de desejável na estabilidade
do serviço público.
Leandro fez as faculdades de Física e de Direito na Universidade de Mogi das Cruzes
– UMC. Seu interesse sempre crescente pela área das exatas vem desde os seus 17 anos,
quando começou a escrever suas primeiras teses científicas sérias sobre os fenômenos físicos.
Em 1995, publicou o seu primeiro livro de Física, que atraiu a atenção de muitos professores
universitários. O seu comprometimento com o Direito é resultado de suas atividades junto ao
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Em 1986, influenciado pela colega de trabalho Célia Regina de Souza Xavier,
converteu-se ao cristianismo, recebendo as suas primeiras orientações doutrinarias do
dedicado professor Valdir Gonçalves Xavier. Posteriormente estudou na Classe Bíblica com o
eminente professor Pedro B’ärg. Pouco tempo depois começou a ministrar estudos bíblicos
nos lares de diversos interessados.
Mais tarde, ao assumir a direção da Classe Bíblica, teve grande êxito em preparar
algumas almas sinceras para o santo batismo. Porém, a sua atividade principal tem sido
realizada na Classe Pós-batismal, onde tem preparado dezenas de novos lideres para
trabalharem nos ministérios da igreja e na obra evangelística voluntária.
Leandro casou-se duas vezes e teve uma filha do primeiro matrimônio chamada
Beatriz Maciel Bertoldo, hoje formada em Direito. Há vinte anos está casado com a sua
segunda esposa Daisy Menezes Bertoldo, que o tem apoiado incondicionalmente. Muitos dos
seus momentos de descontração são proporcionados por seus amáveis amigos e felizes
cachorrinhos: Fofa, Pitucha, Calma e Mimo.
Durante a sua carreira como cientista, contabilizou centenas de artigos e dezenas de
livros, todos defendendo teses originais em Física e Matemática, destacando-se: “Teoria
Matemática e Mecânica do Dinamismo” (2002); “Teses da Física Clássica e Moderna”
(2003); “Cálculo Seguimental” (2005); “Artigos Matemáticos” (2006) e “Geometria
Leandroniana” (2007), os quais estão sendo discutidos em vários grupos de pesquisas
avançadas nas grandes universidades do país. Em teologia suas principais obras são as
seguintes: “Estudos Bíblicos Avançados” (2006); “Exercícios de Estudos Bíblicos” (2008);
“Profecias Sobre o Tempo do Fim” (2009); “A Lei, o Sábado e o Domingo” (2010) e
“Perguntas e Respostas” (2011), os quais estão sendo utilizados em pequenos grupos e classes
bíblicas. Muitas igrejas estão realizando seminários bem-sucedidos com o livro “Profecias
Sobre o Tempo do Fim”.
No primeiro semestre de 2012, a convite do carismático missionário voluntário “Edson
Felix” – pioneiro em organizar e dirigir as duas igrejas em César de Souza – teve o grande
privilégio de realizar a partir de 18 de março de 2012 aos domingos, durante um período de
seis meses, um enriquecedor seminário intitulado “Profecias Sobre o Tempo do Fim”,
baseado em seu livro “Conflito Final”. O seminário teve a participação maciça dos membros
da comunidade local, resultando em vários batismos.
Em sua igreja foi Secretário do Ministério Pessoal, Tesoureiro, Professor da Escola
Sabatina, Promotor de Literatura, Professor da Classe de Visitas, Ancião e, atualmente,
Coordenador de Classe Bíblica.
6 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Prefácio
Seguindo as orientações contidas nas Escrituras Sagradas, os Adventistas do Sétimo
Dia ensinam, pregam, imprimem, veiculam e distribuem material evangelístico que versam
sobre os mais variados temas bíblicos, tais como: Segundo Advento de Cristo, Plano da
Salvação, Estado dos Mortos, Inferno, Lei de Deus, Sábado do Senhor, Santuário, Milênio,
Justificação pela fé, Santificação, Temperança etc.
Com toda essa atividade evangelística, a atenção de muitos cristãos sinceros e fiéis à
Palavra de Deus tem sido despertada para essas arrebatadoras verdades bíblicas.
Então surgem os falsos ministros, que cheios de ciúmes e inveja, se levantam e
passam, como meio de retaliação, a fabricar matérias ilusórias totalmente distorcidas em face
da sincera e honesta atuação daqueles que “guardam os mandamentos de Deus e a fé de
Jesus” (Apocalipse 12:17; 14:12).
Negligenciando a salvação de sua própria alma, os falsos ministros se levantam e
fazem afirmações pérfidas, depreciativas, caluniadoras, difamatórias e levianas. Esses
ministros são falsos profetas que denigrem não só o santo dia do Senhor (Isaías 58:13), mas
também a honra, a dignidade e a imagem dos santos do Altíssimo (Apocalipse 14:12) que
observam metodicamente os preceitos sagrados da Palavra de Deus.
O mais curioso é que, passando-se por cristãos, esses falsos ministros do evangelho
negam pelas suas ações e obras o cristianismo que professam pregar, e o fazem sem o mínimo
constrangimento, usando de falsidade, deslealdade e mentira, tanto no púlpito como na
literatura, presumidamente, para pressionar e vacinar a cristandade contra a poderosa
mensagem bíblica do sábado do Senhor. Mas, contra a verdade bíblica, não há poder que
possa prevalecer no coração daqueles que são sinceros e fiéis a Palavra de Deus.
Por essas razões, o presente livro vem a lume com o único objetivo de mostrar ao
público a enorme obra de engano que está sendo realizada nestes últimos dias por intermédio
de impressionantes mestres religiosos do ilusionismo bíblico moderno.
Este livro é constituído por dez capítulos, onde estão distribuídas mais de setenta
divertidas mágicas. Sem prolixidade e sem ser tendenciosa, a presente obra propõe-se a
revelar aos expectadores os principais truques maléficos que estão ocultos em todas as
mágicas que comumente são realizadas em várias partes do mundo nos shows de mágica
contra o sábado.
Caso você seja um cristão fiel, sincero e honesto para com Deus e para com as
verdades bíblicas, posso adiantar que, após a leitura deste singelo livro, você jamais será o
mesmo. É o meu sincero desejo e oração que o Senhor nosso Deus possa iluminar-te
abundantemente para que você possa tomar a decisão correta ao lado do Senhor, mas em
plena harmonia com a Sua Santa Palavra. Amém!
7 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Introdução
“Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por elas, quando a
obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo
cristão”. (Reavivamento e seus Resultados, 10).
Ellen Gould White
Atualmente uma enorme parcela da cristandade desconhece completamente as
doutrinas fundamentais da Bíblia Sagrada, e o pior, é que nem está interessada em conhecê-
las. Alguns chegam a ponto de questionar a validade de um estudo mais profundo das
Escrituras Sagradas. Esses “cristãos” parecem que ignoram o fato de que “Está escrito: Nem
só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Mateus 4:4). A
esses cristãos cabe perfeitamente a célebre repreensão de Jesus Cristo: “Vós não sabeis de que
espírito sois”. (Lucas 9:55).
Inexplicável. Alguns afirmam, com ares de doutores, que a Bíblia Sagrada é
incompreensível porque está cheia de mistérios. É claro que ela está cheia de mistérios, mas
somente para aqueles que não compreendem a Palavra de Deus porque não se dedicam a
estudá-la com a profundidade necessária. Tais cristãos fecham os olhos para o fato de que “as
cousas encobertas são para o Senhor nosso Deus; porém as reveladas são para nós e para
nossos filhos para sempre”. (Deuteronômio 29:29). Como as coisas estão claramente
reveladas nas páginas das Escrituras Sagradas, então elas não estão mais ocultas em
profundos mistérios, simplesmente porque não estão mais encobertas e são perfeitamente
compreensíveis ao estudante dedicado e honesto. O que é misterioso é a falta de interesse da
maior parte da cristandade em procurar com todo o seu coração e inteligência compreender e
aceitar as Mensagens de Deus, como elas realmente se encontram reveladas nas Escrituras
Sagradas. “As multidões rejeitam a verdade das Escrituras, por ser ela contrária aos desejos
do coração pecaminoso e amante do mundo; e Satanás lhe proporciona os enganos que
amam.” (O Grande Conflito, 601).
Doutrina. Outros criticam o estudo doutrinário das Escrituras Sagradas sob o pretexto
de que as doutrinas separam as pessoas. Mas esse é justamente o seu objetivo primordial:
separar os homens para propósito sagrado, conforme está expresso na oração do Senhor:
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. (João 17:17). O vocábulo “santo” na
língua hebraica é qadosh e em grego é hagio que etimologicamente significam “ser
separado”. Portanto, a Palavra de Deus separa o cristão das trevas para sua maravilhosa luz.
Além disso, foi Jesus quem disse: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer
paz, mas espada. Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua
mãe, e a nora contra sua sogra. E assim os inimigos do homem serão os seus familiares”.
(Mateus 10:34-36). Diante do exposto está claro que o ensino cristão naturalmente separa as
pessoas, até mesmo os membros de uma mesma família, então o que se dirá dos estranhos! A
própria Bíblia Sagrada exorta os cristãos a separarem-se daqueles que divergem da doutrina
ensinada pela Igreja: “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e
escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles”. (Romanos 16:17).
Ensino. Ao desprezarem as doutrinas bíblicas, esses amados cristãos estão cumprindo
– sem perceber – a profecia que diz: “Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina;
8 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias
concupiscências”. (II Timóteo 4:3). Tais cristãos parecem desconhecer que o ensino da
doutrina é mandamento divino. Eis o que diz a Bíblia Sagrada: “Retendo firme a fiel palavra,
que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina,
como para convencer os contradizentes”. “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”.
“Tens cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te
salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. (Tito 1:9; 2:1; I Timóteo 4:16). O
apóstolo Paulo também exortou às lideranças das igrejas “que não ensinem outra doutrina”. (I
Timóteo 1:3).
Engano. A verdade é que “o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e
Satanás, que engana todo o mundo” (Apocalipse 12:9) está trabalhando para anular as
fronteiras doutrinárias existentes entre as diversas denominações religiosas com a intenção de
unir todas as igrejas sob o seu estandarte. Seu alvo final consiste em perseguir os santos do
Altíssimo (Apocalipse 12:17; 16:14; 19:19). Para alcançar seu intento, o grande inimigo da
verdade está construindo pontes entre as diversas denominações religiosas visando facilitar
uma futura união entre todas as igrejas. Por meio da prática de “sinais e prodígios”, Satanás
tem adentrado nas igrejas protestantes e causado grande alvoroço e divisões. Conseguiu até
mesmo penetrar nas fileiras católicas na década de sessenta, quando introduziu, com sua
astúcia, as técnicas pentecostais, que na igreja católica são chamadas de carismáticas. Por
força do movimento ecumênico e visando ludibriar os incautos, Satanás apresenta o seguinte
lema: “Existem mais pontos que nos unem do que nos separam”. Sua proposta para unir as
diversas denominações religiosas tem sido a seguinte: Primeiro, defender doutrinas que são
comuns entre a maioria das denominações religiosas, tais como imortalidade da alma,
observância do domingo, um inferno ardendo eternamente, torturas sem fim das almas
impenitentes, arrebatamento secreto etc. Segundo, procurar desestimular, combater e
nocautear o ensino de doutrinas que causam divergências ou divisões. Terceiro, construir
fortes laços entre as diversas igrejas da cristandade com as mistificações dos dons do Espírito
Santo, com a realização de “grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até
os escolhidos”. (Mateus 24:24).
Espiritismo. Para fazer oposição às verdades bíblicas, Satanás levantou a partir de
1849 o adormecido espiritismo pagão, o qual Deus havia condenado desde a época de Moisés
(Deuteronômio 18:10-14). O moderno espiritismo surgiu com o propósito de negar o
Evangelho de Cristo, o qual está sintetizado em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna”. Contrariando o Evangelho de Cristo, o Espiritismo prega outro
evangelho, onde ensina que todos possuem um espírito imortal e consciente que sobrevive à
morte do corpo físico, independentemente de qualquer crença que o falecido porventura tinha.
Com sua argúcia, Satanás alcançou grande êxito em colocar uma roupagem supostamente
científica no antigo espiritismo pagão. Com isso conseguiu atrair, seduzir, enganar e
arregimentar milhares de incrédulos para as suas fileiras. A maioria dos espíritas são pessoas
que necessitam de provas científicas, fatos palpáveis e evidências tangíveis para poder “ver
para crer”, e Satanás oferece a todos eles essas provas. Todavia, isto não é fé, porque a fé é “a
prova das coisas que se não veem” (Hebreus 11:1). “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir
pela palavra de Deus”. (Romanos 10:17). Ninguém precisa ter fé para crer que um avião voa
porque isto é um fato observável, assim também o espírita não necessita ter fé para crer na
comunicação com os mortos, porque – muito embora seja um engodo – “para eles” isto é um
fenômeno observável. Mas o fato é que os espíritas ainda estão devendo ao mundo a prova
crucial que fundamenta a sua religião. Eles ainda não conseguiram provar cientificamente que
os espíritos com quem se comunicam são realmente espíritos dos mortos ou alguns dos anjos
caídos simulando ser o espírito de algum falecido. Para resolver essa questão os espíritas
9 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
criaram doutrinas fantasiosas em torno do assunto, afirmando que todos são espíritos de
mortos em graus mais ou menos evoluídos, sendo que os anjos não existem e que demônios
são apenas espíritos de mortos menos evoluídos. Mas essa doutrina não resolve a questão
“científica”. Ainda estão a dever a prova crucial do Espiritismo. Se todos são espíritos de
mortos, então por que não dizer – em harmonia com a Bíblia Sagrada – que todos são
espíritos de demônios, simulando os mortos?
Pentecostalismo. Por meio do movimento espírita – negando diretamente o
Evangelho de Cristo – Satanás não conseguiu atingir totalmente os seus intentos. Por isso ele
levantou a partir de 1905 o movimento pentecostal, um sincretismo religioso de manifestações
emocionais e espiritualistas com doutrinas cristãs de origem metodista. Esse movimento
encontra-se dividido em centenas de seitas com crenças diversificadas e infiltrado em
milhares de igrejas de tradição protestante. Embora aparentem defender o evangelho, essas
seitas combatem com veemência o espírito protestante e os grandes temas bíblicos, tais como
a Lei Moral, o Sábado do Senhor, o Antigo Testamento, a Mortalidade Inerente da Alma, a
Imortalidade da Alma mediante a fé em Cristo Jesus. Essas seitas defendem a mitologia grega
da pena eterna num inferno para os maus e o céu para os bons, ensinam a filosofia pagã de
Platão de que todos possuem uma alma imortal que permanece viva depois da morte.
Realmente, seus ensinos não são verdadeiramente bibliocêntricos. Do que adianta ensinar que
somos salvos pela graça mediante a fé, se não ensinam que somos julgados pelas obras, posto
que a fé sem as obras correspondentes está morta! Uma das grandes incoerências de suas
doutrinas é que condenam o sábado sob o argumento de que se trata de preceito do Antigo
Testamento, mas convenientemente insistem em recolher os dízimos e as ofertas, que também
são preceitos do Antigo Testamento. Como seita, instalada no ceio da cristandade, parecem
cordeiros, mas falam como o dragão quanto se trata de combater grupos religiosos que
pensam diferentes deles. Para eles todas as religiões e igrejas são seitas (menos eles, é claro).
Eles parecem que desconhecem a diferença fundamental entre religião e seita.
Prodígios. A atração fatal que mantêm todos os seguimentos pentecostais na falsa
ilusão de que possuem a aprovação divina está baseada na mistificação dos dons do Espírito
Santo. Esse movimento foi severamente condenado por Cristo Jesus, quando Ele profetizou:
“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu
nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então
lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade”. “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos”. “Porque surgirão
falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora,
enganariam até os escolhidos”. (Mateus 7:22-23; 24:11, 24). Atualmente, os novos
seguimentos pentecostais vêm se orientado pela antiga e condenada doutrina simonistas (Atos
8:18-21), que em última análise nada mais é do que a troca de benção divina por dinheiro. O
movimento pentecostal surgiu com o propósito de criticar, combater e fazer guerra aos que
“guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo” (Apocalipse 12:17).
As Escrituras Sagradas revelam que, num futuro não muito distante, todas as igrejas unidas
procurarão aliar-se aos poderes políticos para assegurar sua proeminência no mundo e
consumar a sua guerra contra Cristo nas pessoas dos Seus santos (Apocalipse 19:19). Isto
ocorrerá quando Satanás, por meio de todas as instituições cristãs que puder colocar sob o seu
controle, realizar “grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista
dos homens”. (Apocalipse 13:13). “Sendo os ensinos do espiritismo aceitos pelas igrejas,
removem-se as restrições impostas ao coração carnal, e o professar religião se tornará um
manto para ocultar a mais vil iniquidade. A crença nas manifestações espiritualistas abre a
porta aos espíritos enganadores e doutrinas de demônios, e assim a influência dos anjos maus
será sentida nas igrejas.” (O Grande Conflito, 610).
10 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Contradições. Algumas pessoas menos esclarecidas supõem que a Bíblia Sagrada está
fervilhando de erros e contradições. Nada mais equivocado! Bem entendida, as Escrituras
Sagradas não apresentam nenhuma espécie de erro ou contradição. O que as pessoas não
percebem é que as contradições aparecem não porque a Bíblia Sagrada está errada, mas
porque as suas interpretações pessoais estão equivocadas e o conhecimento bíblico do
intérprete é limitado. Muitas dessas pseudo-interpretações estão fundamentadas nas
entrelinhas das Escrituras Sagradas. Porém, ocorre que as entrelinhas são conceitos inferiores
que não podem contradizer as linhas. Outras falsas interpretações estão baseadas em
passagens bíblicas obscuras. Porém, as passagens obscuras por serem herméticas não podem
contradizer as passagens bíblicas mais claras, vivas e expressivas. A regra da Hermenêutica
Sacra ensina que as linhas devem esclarecer as entrelinhas e as passagens mais claras devem
explicar as mais obscuras. Isto é muito elementar, claro e lógico.
Estudando. Por que devemos estudar as Escrituras Sagradas em profundidade? Bem,
devemos estudar as Escrituras Sagradas profundamente “para que não sejamos mais meninos
inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com
astúcia enganam fraudulosamente”. (Efésios 4:14). Além disso, sabemos que os primeiros
cristãos estudavam com afinco as Escrituras Sagradas, razão pela qual “anunciavam com
ousadia a palavra de Deus” (Atos 4:31). Por exemplo, os bereanos foram elogiados por Lucas
“porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas
coisas eram assim”. (Atos 17:11). “Os que andavam dispersos iam por toda a parte,
anunciando a palavra”. (Atos 8:4). Além disso, o Senhor Jesus deu a seguinte orientação aos
seus seguidores: “Examinais as Escrituras”. (João 5:39). “O povo de Deus é encaminhado às
Santas Escrituras como a salvaguarda contra a influência dos falsos ensinadores e poder
ilusório dos espíritos das trevas” (O Grande Conflito, 599).
Gentios. Nos dias de hoje, alguns cristãos sinceros, porém equivocados, afirmam que
os gentios não estudavam a Palavra de Deus, recebendo apenas as singelas orientações
contidas no Concilio de Jerusalém. Mas tal afirmação não condiz com os relatos bíblicos. Eis
o que diz as Escrituras Sagradas: “Os gentios tinham recebido a palavra de Deus”. (Atos
11:1). Entre os gentios “a palavra de Deus crescia e se multiplicava”. (Atos 12:24). Os gentios
de Antioquia reuniram-se para ouvir a Palavra de Deus: “E no sábado seguinte ajuntou-se
quase toda a cidade a ouvir a palavra de Deus”. (Atos 13:44). Na cidade de Corinto a Palavra
de Deus era ensinada aos gentios: “E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a
palavra de Deus”. (Atos 18:11). Diante de tantos versículos, como dizer que os gentios não
estudavam a Palavra de Deus?
Incoerência. Apesar de demonstrarem certo desprezo pelas Escrituras Sagradas, esses
cristãos ainda mostram-se incoerentes ao defenderem suas crenças religiosas pelas mesmas
Escrituras que costumam desdenhar, quando encurralados em suas interpretações aleijadas. O
mais grave é que em suas defesas desfocadas da realidade bíblica, eles se valem de métodos
escusos e argumentos esdrúxulos. Por exemplo, contrariando dezenas de textos bíblicos que
explicitamente ensinam sobre a “mortalidade inerente da alma” devido ao pecado de Adão e
Eva, bem como a promessa divina de sua “imortalidade condicional” baseada exclusivamente
na fé em Cristo Jesus, esses pesquisadores superficiais defendem a controvertida tese da
“imortalidade inerente da alma” baseando-se numa singela ilustração bíblica sobre o “Rico e o
Mendigo Lázaro” (Lucas 16:19-31). Com isso tacitamente negam as nefastas consequências
da queda do homem e o real objetivo do Plano da Salvação, que justamente visa trazer a vida
eterna para tornar a alma imortal. O que ninguém jamais teve coragem de contar a esses
cristãos é que tal ilustração bíblica trata-se apenas de uma simples parábola que foi inventada
para explicar a incredulidade dos judeus. Todos sabem que a parábola não tem o objetivo de
11 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
refletir a descrição de fatos verídicos. A parábola é apenas uma estória imaginária narrada em
metáforas, que tem por objetivo tão-somente ilustrar um princípio moral ou espiritual.
Seletividade. É de conhecimento geral que a mente humana é seletiva. Por essa razão
ela tem a tendência de levar o ser humano a cometer sérios enganos. Como declarou o profeta:
“Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e perverso: quem o conhecerá?”
(Jeremias 17:9). Enquanto a nossa mente não adquire uma compreensão holística do todo, ela
tende a selecionar e isolar as informações que parecem encaixar-se em nosso conhecimento de
mundo. Por outro lado, ela ignora e despreza as informações que conflitam com o nosso
conhecimento a respeito do assunto. Isto ocorre porque a mente humana aceita somente como
verdade as informações que lhe parece razoável e lógica; porém, as informações que não lhe
parecem lógica ou que não sejam razoáveis são rejeitadas como falsas. Por esse motivo os
homens chegam inconscientemente a ponto de distorcer a nítida verdade dos versículos
bíblicos para moldá-los às suas próprias teorias, em vez de suas teorias amoldarem-se às
verdades bíblicas claramente reveladas. Por exemplo, alguns cristãos defendem teorias
baseadas em textos que falam da Lei Cerimonial para provar que a Lei Moral foi abolida. Esse
tipo de confusão é muito comum em mentes tacanhas, destituídas de informações mais
profundas sobre a realidade da questão estudada ou que estão carregadas de preconceitos
contra determinadas doutrinas. Uma mente verdadeiramente honesta e genial está preparada
para desprender-se da seletividade natural da mente humana e pensar holisticamente, e não
em termos de partes isoladas. Esse tipo de mente procura analisar e harmonizar todas as
passagens bíblicas sobre determinado assunto sem levantar nenhuma contradição com todo o
escopo das Escrituras Sagradas, permitindo assim que as próprias Escrituras expliquem-se a si
mesmas.
12 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo I “Com magistral poder tem Satanás procurado tornar nulo e inútil o quarto mandamento, a
fim de que o sinal de Deus seja perdido de vista. O mundo cristão tem calcado sob os pés o sábado do Senhor e observa o
sábado instituído pelo inimigo. Deus, porém, tem um povo leal a Ele. Esta obra deve ser levada avante da maneira
devida”. (Conselho Sobre Saúde, 235).
Ellen Gould White
Os cristãos que procuram fazer desvaler a observância do “sábado do Senhor”
atuam como verdadeiros ilusionistas. Esses modernos encantadores religiosos formados na
arte da persuasão costumam empregar, pelo mundo afora em seus muitos shows contra o
sábado do Senhor, algumas fantásticas táticas e artifícios, visando negar a validade do sábado
na vida do cristão. Em geral eles apresentam certo talento para a palavra e possuem modos
agradáveis perante o seu auditório. Quando fazem uso de suas táticas espetaculares são bem-
sucedidos em iludir, enganar e transviar milhões de pessoas que assistem aos seus shows.
Entre essas táticas, destacam-se as seguintes:
1º. Empregam versículos bíblicos fora de contexto para desaprovar a
observância do sábado do Senhor.
2º. Pecam por omissão ao desprezarem as informações bíblicas que
contradizem as suas suposições.
3º. Não informam ao seu auditório que o argumento que inventam para
desaprovar a observância do sábado também desaprova a observância do domingo.
4º. Costumam empregar uma “falsa analogia” para fazer desvaler a observância
do sábado em benefício da observância do domingo.
5º. Muitas de suas suposições contra o sábado são incoerentes com os próprios
ensinos doutrinários que defendem.
6º. Usam textos que falam da abolição da Lei Cerimonial para “provar” a
abolição da Lei Moral.
7º. Procuram vincular o sábado à Lei Cerimonial para mais facilmente abatê-lo.
8º. Em defesa da observância do domingo atuam como “analfabetos
funcionais”, que sabem ler, mas não sabem interpretar o que leram.
9º. Em seus argumentos contra o sábado violam o princípio da não contradição.
10º. Infringem o princípio do “nexo textual”, no qual a interpretação deve
corresponder rigorosamente ao conteúdo do texto bíblico em análise.
Os mágicos costumam utilizar muitos outros truques escusos semelhantes a estes, os
quais se encontram escondidos em suas largas mangas, e que empregam em seus fabulosos
espetáculos de mágica contra o sábado do Senhor. Porém, estas dez táticas são suficientes
para dar um vislumbre de suas atividades teatrais, que tem iludido milhões de pessoas que
frequentam os seus auditórios.
A seguir vamos assistir a um magnífico show de mágica contra o sábado, onde serão
apresentados aos expectadores as principais ilusões realizadas por mágicos profissionais e
amadores do mundo inteiro.
Esses profissionais na arte de ludibriar o público têm alguns propósitos escusos bem
definidos, o primeiro deles consiste em tosquiar as ovelhas e o segundo enganá-las para
mantê-las em seu redil e continuar tosquiando-as.
É evidente que esse tipo de show de mágica contra o sábado também visa criar
preconceitos, divisões e vacinar os novos conversos para que no futuro não recebam de
coração a verdade bíblica fundamental sobre o santo dia do sábado.
13 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
1ª Mágica
O domingo surge no lugar do sábado
Os modernos ilusionistas religiosos são muito artificiosos e costumam apresentar
uma curiosa mágica alegórica para fazer o sábado desaparecer e o domingo surgir no palco da
cristandade. Esses magníficos mágicos costumam usar o relato da criação para favorecer a
guarda do domingo, com a justificativa de que foi no “primeiro dia” que Deus criou a luz
(Genesis 1:3-5). Que maravilha! O domingo deve ser guardado pelos cristãos porque foi nesse
dia que Deus criou a luz. Agora que você conhece essa espantosa mágica que favorece a
observância do domingo, e está todo maravilhado, vou revelar os truques secretos que estão
por trás dessa mágica estupenda.
1º. O mágico esconde de sua plateia dormente que o próprio relato da criação
estabelece explicitamente a observância do sétimo dia da semana como um dia de repouso,
abençoado e santificado por Deus (Gênesis 2:2-3).
2º. Para que a ilusão criada por essa fabulosa mágica possa funcionar, os
ilusionistas não revelam ao público que séculos depois – no Monte Sinai – o Senhor Deus
desprezando totalmente o “primeiro dia” em que criou a luz, ratificou plenamente a
observância do repouso do sétimo dia da semana, conhecido como sábado (Êxodo 20:8-11).
O mágico é um verdadeiro craque em sua arte de produzir falsas ilusões. Milhões que
não pesquisam as Escrituras Sagradas são diariamente ludibriados por esses ilusionistas
modernos.
2ª Mágica
O sábado era exclusivo para os israelitas
Uma interessante mágica especialmente realizada para facilitar a aceitação do
domingo pela cristandade consiste em selecionar os textos de Êxodo 20:2; Deuteronômio 5:1-
3; 12-15; 4:8, 10, 13, 44, para em seguida causar a poderosa ilusão de que Deus ordenou a
guarda do sábado exclusivamente para o povo israelita, e ninguém mais. Para que essa mágica
possa seduzir o público é necessário que o ilusionista oculte alguns pequenos truques, que são
fatais para o sucesso de sua ilusão:
1º. O mágico ilude o seu auditório com o truque da palavra “exclusivamente”.
Nada mais errado! A guarda do sábado nunca foi dada “exclusivamente” para os judeus e a
Bíblia Sagrada em nenhum lugar afirma tal disparate.
2º. O sábado não foi dado “exclusivamente” aos judeus porque foi abençoado e
santificado na primeira semana da criação do mundo, bem antes da existência de qualquer
judeu sobre a face da terra (Gênesis 2:2-3).
3º. O mágico esconde de sua desatenta plateia todas passagens bíblicas que
ordenam aos gentios a santificarem o sábado. Eis a prova: Êxodo 20:10; 23:12; Isaías 56:2-3;
56:6-7; 58:13-14; Atos 13:42 e 44; 10:34.
14 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
4º. Supondo que o sábado não deve ser guardado pelos gentios porque foi dado
aos judeus, então os gentios estão excluídos do Novo Concerto porque está escrito que o
Novo Concerto foi feito com a “casa de Israel e com a casa de Judá” (Hebreus 8:8); os gentios
estão livres de obedecer a Deus porque Ele afirmou que é “o Deus de Israel” (Jeremias 11:3);
também estão livres dos dízimos e ofertas porque eles foram dados aos filhos de Levi
(Números 18:21).
3ª Mágica
O sábado é somente do judeu
Outra curiosa atração fatal semelhante à anterior, que é apresentada nos shows
desses mágicos, consiste em iludir os seus espectadores com a crença de que o sábado é
somente do judeu. Os truques que essa fantástica mágica oculta são bem simples.
1º. O mágico esconde os textos bíblicos que desmoralizam a sua mágica, os
quais provam que o sábado não era somente do judeu, mas também dos gentios. Eis a prova:
Êxodo 20:10; Êxodo 23:12; Isaías 56:2-3; Isaías 56:6-7; Isaías 58:13-14; Atos 13:42 e 44;
Atos 10:34.
2º. Supondo que o sábado seja somente do judeu, então toda lei – os Dez
Mandamentos, os dízimos, as ofertas etc – também são somente do judeu. Nesse caso, os
cristãos estariam livres para cultuar imagens, usar o nome de Deus em vão, desobedecer a pai
e mãe, roubar, matar, adulterar, mentir, cobiçar etc. É evidente que as coisas não são desse
modo; portanto, o quarto mandamento como todos os demais não eram destinados somente ao
judeu.
3º. Caso o sábado fosse somente do judeu, Jesus não teria dito que Ele é o
Senhor do sábado (Marcos 2:28), mas teria dito que o judeu é o senhor do sábado.
4º. O sábado não era somente do judeu porque os gentios convertidos à verdade
não só guardavam o sábado, como também participavam de todas as demais atividades
prescritas no Livro da Lei. Por exemplo, Isaías fez referência aos “filhos dos estrangeiros”
(Isaías 56:6-7) que, além de guardarem o sábado, também compartilhavam do concerto do
Senhor, festejavam no Templo Sagrado, participavam das ordenanças de holocausto e
sacrificavam animais no altar do Senhor.
4ª Mágica
O Antigo Testamento foi abolido
Outra mágica interessante que o ilusionista costuma apresentar para o seu
indiferente auditório, visa criar na mente do expectador a ilusão de que o Antigo Testamento
não tem validade para os cristãos em termos de doutrina e prática. Porém, para que essa
fabulosa mágica funcione, o ilusionista recorre a vários truques sujos e desprezíveis.
15 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
1º. O mágico é tão obtuso que confunde o homônimo “Antigo Testamento”
constituído pelos 39 livros – cinco escritos por Moisés e os demais pelos Profetas – com
“Antigo Testamento” constituído pelo pacto de derramamento de sangue de animais para
remissão de pecados. O que foi abolido com a morte do Cordeiro de Deus foi o pacto, e não
os escritos sagrados, tão exaltado e empregado pelos apóstolos em suas atividades
evangelísticas.
2º. Com esse truque dúbio o mágico consegue mais facilmente negar qualquer
doutrina contida nos livros sagrados que constituem o Antigo Testamento. Basta afirmar que
tal ensino não tem mais valor, já que supostamente os escritos do Antigo Testamento foram
abolidos.
3º. O mágico não conta à sua iludida plateia que os gentios eram evangelizados
pelas Escrituras Sagradas. Ocorre que as únicas Escrituras que até então existiam era o Antigo
Testamento. Logo, os apóstolos não reconheceram a suposta abolição das escrituras do Antigo
Testamento.
4º. O que o mágico não percebe é que a ilusão produzida por sua enganosa
mágica não aboliu apenas o sábado, mas aboliu o próprio Deus de Israel. Condenou a
devolução dos dízimos e das ofertas. Passou a permitir a prática da idolatria, adultério,
blasfêmias, furtos, mentira etc., haja vista que todos esses conceitos estão fundamentados no
Antigo Testamento. Que mágico abobalhado, heim!
5ª Mágica
Todos os dias são santos
Uma extraordinária ilusão apresentada nos espetáculos desses fantásticos
encantadores religiosos consiste em empregar versículos bíblicos fora do seu verdadeiro
contexto para ardilosamente “provar” que todos os dias da semana são santos. Esses
magníficos mágicos deliram no engano de suas próprias ilusões fantasiosas; e o mais grave é
que os maiores enganados são eles mesmos. Esses ilusionistas são o máximo em mágicas
fajutas, e costumam apresentar-se em seus shows de mágica contra o sábado vestidos com
roupas chiquérrimas. São lindos de morrer... morrer. Apesar de toda sua pompa, ostentação,
orgulho e vaidade, a sua mágica apresenta seus truques obscuros, que a seguir passarei a
trazer à luz.
1º Caso todos os dias fossem santos, os mágicos não estariam implicando com
aqueles que guardam o sábado.
2º. O mágico esconde de sua encantada plateia que o Senhor tornou santo
apenas o sétimo dia da semana, quando descansou, abençoou e santificou o dia do sábado.
3º. O ilusionista não revela a ninguém que em nenhum lugar da Palavra de
Deus consta que o Senhor tenha abençoado ou santificado todos os dias da semana, a não ser
o dia do sábado.
4º. O mágico oculta do seu auditório que nas Escrituras Sagradas não consta
que o Senhor tenha abençoado ou santificado o domingo.
Aconselho a esses mágicos que parem com seus truques tolos e infantis porque
somente servem para enganar e alimentar os mais incautos, os fanáticos, os obtusos, os
obstinados e os que ignoram as Escrituras Sagradas.
16 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
6ª Mágica
Todos os dias são iguais
Em seu fabuloso show de mágica contra o sábado, o prestidigitador com a boca no
mel, num verdadeiro abracadabra, ilude o seu auditório com a ideia de que o sábado e o
domingo são dias como qualquer outro. Por trás dessa mágica fabulosa está a crença de que
todos os dias são iguais. Para que essa mágica possa enganar, o prestidigitador procura
esconder de sua plateia alguns truques.
1º. O mágico esconde que as Escrituras Sagradas e somente as Escrituras
Sagradas são a norma de fé, doutrina e conduta para o fiel cristão (Romanos 15:4; II Timóteo
3:16-17), e são elas que ensinam ao cristão que o sábado não é um dia como o domingo ou
como qualquer outro.
2º. Deus fez questão de diferenciar o sétimo dia da semana de todos os demais,
descansando, abençoando e santificando o sábado (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:11). Esses três
atos divinos tornaram o sábado totalmente distinto de qualquer outro dia da semana.
3º. Caso o sábado tenha perdido o seu valor porque todos os dias são iguais,
então o domingo também não tem nenhum valor, simplesmente porque todos os dias são
iguais.
Ao que parece esse mágico não é um dos mais espertos. Caso ele fosse
suficientemente astuto teria evitado as arapucas do seu argumento fajuto. Como pode realizar
mágicas contra o sábado, quando a sua ilusão detona fragorosamente a observância do
domingo!
7ª Mágica
Palavras inexistentes nas Escrituras
Esses maravilhosos ilusionistas com as suas fabulosas mágicas contra o sábado
argumentam que na Bíblia Sagrada não existem as palavras Lei Moral, Lei Cerimonial, Lei
Civil, Lei Criminal etc. Que todas essas palavras são invenções dos Adventistas do Sétimo
Dia. Para que essa mágica possa funcionar os ilusionistas costumam esconder de sua
enfeitiçada plateia alguns truques importantes.
1º. Os mágicos não contam a verdadeira história: Que não foram os
Adventistas do Sétimo Dia que inventaram tais palavras. Elas existem de longa data, bem
antes do surgimento dos Adventistas do Sétimo dia.
2º. Realmente, essas palavras não estão registradas nas Escrituras Sagradas
com essas expressões.
3º. Os mágicos escondem do seu auditório que as palavras Trindade, Milênio,
Bíblia Sagrada, Onisciência, Onipresença, Onipotência etc. também não estão registradas na
Bíblia Sagrada, entretanto eles as empregam com a maior naturalidade.
17 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
4º. Os ilusionistas não revelam aos seus expectadores que as “ideias” que todas
essas palavras traduzem estão perfeitamente registradas nas Escrituras Sagradas, portanto tais
palavras são lícitas, haja vista que expressam ideias bíblicas.
5º. Os mágicos não revelam ou não sabem que somente quando as ideias não
estão nas Escrituras Sagradas é que as palavras são consideradas antibíblicas. Por exemplo:
arrebatamento secreto, alma imortal, espírito imortal, domingo etc. Todas essas palavras são
antibíblicas porque as ideias que elas traduzem não encontram respaldo nas Escrituras
Sagradas.
18 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo II
“Vi que os que se opõem ao sábado do Senhor não podiam tomar a Bíblia e mostrar que sua
posição é correta; portanto difamariam os que creem e ensinam a verdade e atacariam o seu caráter”. (Primeiros Escritos,
69-70).
Ellen Gould White
Os cristãos refratários ao sábado têm transpirado bastante para conseguir dar nó em
pingo d’água, achar chifre na cabeça de cavalo, encontrar pêlo em casca de ovo, fazer poeira
levantar no meio do mar, trazer de volta aqueles que nunca foram, ou fazer coelhos
desaparecerem e reaparecerem em suas cartolas encantadas.
Nas suas incansáveis turnês contra o santo sábado do Senhor, esses surpreendentes
mágicos conseguem criar na mente incauta e ignorante a fantástica ilusão de que o sábado
desapareceu na cruz.
O mais extraordinário dessa mágica é que esses ilusionistas com muita habilidade
conseguem tirar o domingo pagão de sua cartola encantada para colocá-lo no lugar do bíblico
“sábado do Senhor”.
O espetáculo é simplesmente magnífico, maravilhoso e soberbo! Isso ninguém pode
negar! Milhões de pessoas pelo globo terrestre têm sido iludidas com essas encantadoras
mágicas, que muitas vezes estão acompanhadas por sinais e prodígios realizados pelos falsos
ministros do evangelho.
Somente existe um meio de escapar da poderosa obra de engano. É necessário que o
expectador seja fiel a um claro “Assim diz o Senhor” e proceda como os bereanos “porque de
bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram
assim” (Atos 17:11).
19 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
8ª Mágica
A indistinção de leis
Em seus magníficos shows de mágica contra o sábado do Senhor, esses
maravilhosos prestidigitadores modernos, com as rédeas soltas de sua imaginação, conseguem
bolar algumas mágicas realmente incríveis. Eles costumam iludir a plateia do mundo inteiro
insinuando que a Bíblia Sagrada não faz distinção de leis. O estratagema escondido por trás
dessa mágica está baseado nos seguintes truques:
1º. O mágico oculta dos olhos do público que a própria Bíblia Sagrada faz clara
distinção de leis. Eis a prova: “Estes são os estatutos, e os juízos, e as leis que deu o Senhor
entre si e os filhos de Israel, no monte Sinai, pela mão de Moisés”. “E os estatutos, e as
ordenanças, e a lei, e o mandamento, que vos escreveu tereis cuidado de observar todos os
dias”. (Levítico 26:46; II Reis 17:37).
2º. Note as diferentes legislações que são citadas: “estatutos”, “juízos”,
“ordenanças”, “mandamento”, “lei”. Caso tudo fosse a mesma coisa, então os escritores
bíblicos estariam sendo redundante, o que não é o caso.
3º. Em geral, a expressão “mandamento” é uma referência ao Decálogo,
chamado na Bíblia Sagrada de “Dez Mandamentos”, e “ordenanças” trata-se de uma
referência aplicada aos cerimoniais religiosos do antigo culto divino de holocaustos de
animais, sob a responsabilidade dos sacerdotes levitas.
Que droga de ilusão! É mole ter que aguentar assistir a esse show de mágica contra o
sábado realizado por ilusionistas fajutos?
9ª Mágica
A guarda do sábado antes do Sinai
Com ares de quem possui grande autoridade no manejo das Escrituras Sagradas, o
mágico consegue ser bastante persuasivo em alucinar o seu público com a fabulosa ilusão de
que antes do concerto do Sinai, Deus nunca ordenou qualquer pessoa a guardar o sábado. A
multidão irrompeu em gritos e aplausos. Um momento inesquecível! O segredo do sucesso da
mágica consiste em esconder alguns truques.
1º. Para convencer mais facialmente a sua cativada galera, o mágico apresenta
algumas passagens bíblicas, totalmente fora do seu real contexto.
2º. O mágico não revela que o sétimo dia da semana foi santificado pelo
Senhor Deus na fundação do mundo, bem antes da entrada do pecado ou da existência de
qualquer judeu sobre a face da Terra.
3º. O ilusionista não conta a ninguém que na palavra “santificar” está implícito
o mandamento e comando divino para guardar o sábado. Isto porque o vocábulo “santo”
significa ser “separado” para propósito sagrado.
20 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
4º. O mágico procura manter oculto aos olhos do público que não teria nenhum
sentido Deus ter separado (santificado) o sábado para propósito sagrado na fundação do
mundo, se ninguém naquela época tivesse a obrigação de santificar o sétimo dia da semana.
Peço humildemente que os expectadores possam ter discernimento e venham a
desprender-se dos laços do mágico, em que à vontade estão presos. Que a galera não seja
como “o burro que esfrega o burro”.
10ª Mágica
Abraão não guardou a lei
Esses fanáticos mágicos; digo, esses fantásticos mágicos apresentam ao seu público
cativo a fabulosa ilusão de que Abraão não guardou o sábado ou qualquer outro preceito da
lei. Com essa ilusão o mágico mostra que não sabe nem o ó do borogodó. Sua mágica
“espetacular” apresenta alguns truques fajutos.
1º. O mágico esconde dos olhos de sua admirada plateia que o próprio Senhor
Deus afirmou que Abraão guardou as suas leis. Eis a prova: “Porquanto Abraão obedeceu à
minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas
leis”. (Gênesis 26:5).
2º. Observe as diferentes legislações que são citadas: “obedeceu à minha voz”,
“guardou o meu mandado”, “os meus preceitos”, “os meus estatutos”, e as “minhas leis”.
Caso tudo fosse a mesma coisa, então o Senhor estaria sendo redundante, o que não é o caso.
3º. Esse testemunho dado pelo Senhor Deus não seria verídico caso Abraão não
tivesse guardado o sábado, que foi dado para a humanidade na fundação do mundo, ou que
tivesse deixado de observar a lei de Deus.
4º. Caso Abraão não tenha guardado a Lei Moral dos Dez Mandamentos, então
que lei ele guardou?
5º. Supondo que naquela época a lei não estava em vigor, então Abraão poderia
ter sido um homem depravado, cometendo todo tipo de atrocidades, simplesmente porque “o
pecado não é imputado, não havendo lei” porque “onde não há lei também não há
transgressão”. (Romanos 5:13; 4:15). Realmente, nessa mágica, o ilusionista vacilou feio!
11ª Mágica
Um pacto entre Deus e os israelitas
A próxima mágica apresentada nos shows desses fabulosos ilusionistas é muito
interessante. Tirando de sua cartola encantada as passagens bíblicas de Deuteronômio 5:27 e
Levítico 26:45-46, os mágicos enfeitiçam o seu público com a fabulosa ilusão de que o
sábado faz parte de um concerto entre Deus e os israelitas, e ninguém mais. Essa maravilhosa
mágica apresenta alguns truques escabrosos:
21 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
1º. O truque que o mágico procura esconder de seus expectadores consiste em
empregar versículos isolados para favorecer o sucesso de sua mágica e ocultar da vista do seu
público os versículos que a desmoralizam.
2º. O concerto não foi feito somente com israelitas, mas também com os
gentios: “Vós todos estais hoje perante o Senhor vosso Deus: os cabeças de vossas tribos,
vossos anciãos, e os vossos oficiais, todo o homem de Israel. Os vossos meninos, as vossas
mulheres, e o estrangeiro que está no meio do teu arraial; desde o rachador da tua lenha até ao
tirador da tua água. Para que entres no concerto do Senhor teu Deus, e no seu juramento que o
Senhor teu Deus hoje faz contigo”. (Deuteronômio 29:10-12).
3º. Eis outra prova bíblica de que o concerto também foi feito para os gentios:
“E aos filhos dos estrangeiros, que se chegarem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o
nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o
profanando, e os que abraçarem o meu concerto. Também os levarei ao meu santo monte, e os
festejarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no
meu altar, porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. (Isaías
56:6-7).
12ª Mágica
O sábado para quem participou do concerto
Uma excelente mágica manipula os dados bíblicos de tal maneira que o ilusionista
leva o seu auditório ao delírio, fazendo-o crer que o sábado tinha validade somente para
aqueles israelitas que ouviram e aceitaram os termos do concerto, e que ninguém mais teria a
obrigação de observá-lo. O truque escondido por trás dessa maravilhosa mágica é muito
desagradável e você já vai saber...
1º. O mágico oculta de sua plateia que a Bíblia Sagrada ensina claramente que,
enquanto estivesse vigorando, o concerto teria validade futura para todos que viessem a
aceitar os termos desse concerto, independentemente de ter estado presente ou não no dia em
que foi promulgado pelo Senhor.
2º. Eis a prova bíblica de que o concerto tinha validade para todas as pessoas
em qualquer época, tanto presente quanto futura: “E não somente convosco faço este concerto
e este juramento. Mas com aquele que hoje está aqui em pé conosco perante o Senhor nosso
Deus, e com aquele que hoje não está aqui conosco”. (Deuteronômio 29:14-15).
Esse versículo bíblico desmistifica a fabulosa ilusão de que o concerto foi feito
somente com os israelitas, e ninguém mais.
13ª Mágica
Ninguém deve julgar ninguém
Uma mágica simplória apresentada nos shows desses surpreendentes ilusionistas
consiste em tirar de suas cartolas encantada a passagem bíblica de Romanos 14:4-6 para em
22 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
seguida iludir os expectadores com a crença de que Paulo ensinava que ninguém deve julgar
alguém que não guarda o sábado, simplesmente porque todos os dias são iguais. Essa
surpreendente mágica apresente alguns truques:
1º. O mágico não revela ao seu público cativo que na passagem bíblica tirada
de sua cartola não é Paulo quem afirma que todos os dias são iguais. Mas sim alguns cristãos
romanos heréticos. Eis a prova: “um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos
os dias” (Romanos 14:15).
2º. Outro truque dessa magnífica mágica consiste em esconder que o próprio
Senhor Deus tornou o sábado diferente dos demais dias da semana ao descansar, abençoar e
santificar esse dia (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:11).
3º. O truque escondido na manga do mágico é o seguinte: se ninguém deve
julgar outro que não guarda o sábado, então por que aqueles que guardam o domingo ficam
julgando quem guarda o sábado?
4º. Caso o sábado e o domingo sejam dias como qualquer outro, por que não
guardar o dia de sábado, conforme manda a Bíblia Sagrada?
5º. O mágico é muito incoerente porque, enganando a galera com a ilusão de
que todos os dias são iguais, ele ainda insiste em condenar o sábado, além de persistir na
defesa da observância do domingo!
14ª Mágica
A lei do Amor substituiu os Dez Mandamentos
Os mágicos detonando levantam o seu bastão encantado e fazem todos crerem na
ilusão de que os Dez Mandamentos não são a parte mais importante da lei, mas sim o amor a
Deus e o amor ao próximo. Essa fabulosa mágica esconde os seguintes truques:
1º. O mágico não revela ao seu auditório encantado que tanto o mandamento
do amor a Deus quanto do amor ao próximo foram dados por Deus na mesma ocasião em que
foram dados os Dez Mandamentos (Levítico 19:18; Deuteronômio 6:5).
2º. Desde época remota, a lei do amor a Deus e do amor ao próximo estavam
em vigor juntamente com os Dez Mandamentos. Nem por isso a lei do amor havia substituído
os Dez Mandamentos.
3º. A verdade é que esses ilusionistas não fizeram a lição de casa. Caso
contrário, eles saberiam que o decálogo expressa o amor a Deus e o amor ao próximo.
4º. O mágico omite dos seus espectadores que os quatro primeiros
mandamentos do decálogo materializam o nosso amor a Deus, e os seis últimos materializam
o nosso amor ao próximo.
5º. Todos sabem que o amor, em si mesmo, é um sentimento subjetivo e que
precisa manifestar-se na prática de obras, caso contrário, estará morto. A obediência aos Dez
Mandamentos manifesta esse amor.
O tumulto que se seguiu foi total. Pessoas berravam, gritavam e jogavam todo tipo de
lixo no palco procurando atingir o mágico, que teve que fugir rapidamente para os bastidores.
23 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
15ª Mágica
A palavra lei não se refere ao Decálogo
Num de seus fabulosos shows de mágica contra o sábado, o magnífico mágico ilude
a sua enfeitiçada plateia com a crença de que a palavra “lei” em nenhuma das 400 vezes que
ela ocorre na Bíblia Sagrada se refere ao decálogo, onde encontramos a guarda do sábado.
Esse truque é o mais bárbaro de todos porque reflete uma vergonhosa inverdade, que somente
convence as mentes mais ignorantes. Essa mágica oculta aos olhos dos expectadores alguns
truques desprezíveis.
1º. O mágico esconde da plateia que muitas vezes a palavra “lei” refere-se sim
ao Decálogo. Eis as provas: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum: mas eu
não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não
dissesse: Não cobiçarás”. (Romanos 7:7). “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar
em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás
adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, Estas
feito transgressor da lei”. (Tiago 2:10-11). Todas essas citações são de mandamentos que
pertencem ao Decálogo.
2º. Caso o mágico tivesse algum pingo de dignidade e fosse suficientemente
honesto com a verdade bíblica, ele deveria ter dito ao público que a palavra “lei”, nas 400
vezes que ela incide na Bíblia Sagrada, nem sempre se refere ao Decálogo, posto essa palavra
é ampla e faz referência à Lei Moral, Lei Cerimonial, Lei de Moisés, Lei de Saúde, Lei
Sanitária, Lei Civil, Lei Criminal etc. Essa mágica é o mico do ano!
24 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo III
“Não podendo apresentar contra os defensores do sábado bíblico um ‘está escrito’, à falta
deste, lançarão mão da violência. Neste campo de batalha será ferido o último grande conflito da controvérsia entre a
verdade e o erro”. (II Testemunhos Seletos, 149-150).
Ellen Gould White
Os modernos mágicos religiosos, em seus múltiplos shows de mágica contra o
sábado, sempre têm um novo truque escondido em suas mangas, cartola ou em sua capa
encantada para fazer desvaler a guarda do “sábado do Senhor”.
O mais curioso em tudo isso é que, em seus shows de mágica, esses fantásticos
mágicos conseguem produzir quimeras e iludir milhares de pessoas pelo mundo afora,
simplesmente porque a galera não estuda as Escrituras Sagradas com a devida profundidade
que o assunto merece.
A plateia ignorando um claro “Assim diz o Senhor” parece anestesiada por algum
feitiço produzido pelos encantamentos do mágico, e creem piamente que a mágica realizada
pelo prestidigitador não é nenhum truque de ilusionismo, porém a mais pura realidade dos
fatos.
O admirável no show de mágicas é que pessoas cultas e altamente capazes
negligenciem um honesto estudo das Escrituras Sagradas, permitindo-se ser tapeadas pelos
ilusionistas em seus múltiplos shows de mágica contra o sábado. Talvez a melhor explicação
para o fenômeno encontre-se em II Tessalonicenses 2:10-12: “Porque não receberam o amor
da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam
a mentira. Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer
na iniquidade”.
25 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
16ª Mágica
Transitoriedade do sábado
No show de mágica contra o sábado, o ilusionista levanta a sua batuta encantada e
proclama ao seu auditório o seguinte: “Senhoras e senhores, é com grande satisfação que
anunciamos que o sábado não é uma instituição perpétua, assim como a lei não é”. A seguir
para “provar” a veracidade de sua ilusão o mágico faz uma longa citação de Gálatas 3:17-26.
A plateia entra em delírio, aplaude, assobia e chora emocionada. Terminada a mágica, todos
creem piamente que o sábado não é uma instituição perpétua, com base na citação de que a lei
era transitória. Essa fabulosa mágica guarda seus truques abomináveis, que o auditório
desconhece porque não estuda as Escrituras Sagradas.
1º. O mágico procura iludir seu auditório apresentando textos bíblicos que
falam da transitoriedade da Lei Cerimonial para abater a perpetuidade do sábado do Senhor.
2º. Usando texto fora de contexto, o mágico procura vincular o sábado à Lei
Cerimonial enquanto que todos sabem que o sábado está vinculado à Lei Moral.
3º. O sábado faz parte da Lei Moral porque foi incrustado pelo dedo de Deus
no coração dos Dez Mandamentos, cujo conteúdo é totalmente moral.
4º. O sábado não faz parte da Lei Cerimonial porque não realiza expiação de
pecados. Além disso, foi abençoado e santificado por Deus antes mesmo da entrada do pecado
no mundo.
5º. Tanto o sábado é perpetuo que foi dado na fundação do mundo, para ser
guardado por todos os descendentes de Adão e Eva.
17ª Mágica
Deus aborrece o sábado
Esta mágica nem é digna de apresentação, mas, infelizmente, ainda continua sendo
realizada por mágicos sem idoneidade moral. Esses ilusionistas tiram de sua cartola
enfeitiçada a passagem bíblica de Isaías 1:13-14. A seguir iludem a sua plateia com a crença
de que Deus aborrece o sábado, porque envolve um preceito cerimonial carente da verdadeira
fé. A plateia deslumbrada pelos dotes do mágico acredita cegamente em tudo o que ele
apresenta em seu show de mágica contra o sábado. O que o público não sabe é que existem
alguns truques secretos por trás dessa mágica.
1º. O truque consiste em tirar o texto fora do seu contexto original para dar um
novo significado e uma falsa interpretação, conforme os interesses escusos do mágico.
2º. O ilusionista não revela à sua plateia que o sábado jamais foi preceito
cerimonial porque foi dado na fundação do mundo, bem antes da entrada do pecado.
3º. O sábado não é um preceito cerimonial simplesmente porque ele não realiza
a purificação do pecado de ninguém: “Sem derramamento de sangue não há remissão”.
(Hebreus 9:22).
26 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
4º. O sábado não é um preceito cerimonial, mas moral, posto que foi encravado
por Deus entre os Dez Mandamentos, que são universalmente morais.
5º. O Senhor Deus não pode aborrecer algo que Ele mesmo instituiu. O que o
Senhor aborrece é o modo como o povo daquela época estava observando os preceitos
divinos, sem a devida reverência pelo sagrado. Isso é muito obvio pela simples leitura do
versículo bíblico apresentado pelo mágico.
18ª Mágica
A lei foi abolida e com ela o sábado
Outra mágica deslumbrante realizada por vários prestidigitadores fajutos em seus
shows de mágica contra o sábado consiste em tirar de sua cartola encantada a passagem
bíblica de Hebreus 7:18; 8:13; 10:9, para em seguida iludir os expectadores com a ideia de
que o sábado faz parte da lei, mas esta foi totalmente abolida por Jesus Cristo. Com essa, o
mágico arrasou. A plateia delirando entra em êxtase. Ela está plenamente convicta de que isso
é a verdade mais refinada que pode existir. Porém, o que não percebem é que existem alguns
truques de mau gosto por trás dessa formidável mágica.
1º. O esquálido mágico ilude a sua plateia com textos bíblicos que falam da
“Lei Cerimonial” para causar no auditório a sensação de que a “Lei Moral” foi abolida, e com
ela o santo sábado do Senhor.
2º. O truque que o mágico emprega consiste em vincular o sábado à Lei
Cerimonial para poder mais facilmente abater o santo dia do Senhor.
3º. As passagens bíblicas apresentadas pelo mágico falam do sacerdócio
levítico e do primeiro ou antigo concerto de sacrifícios e ofertas de manjares. Nada a ver com
a Lei Moral.
4º. Em nenhum momento as passagens bíblicas apresentadas pelo mágico
fazem referência ao santo sábado ou aos Dez Mandamentos. A ilusão é produzida unicamente
por conta e risco do mágico, que é um tremendo mal-caráter e enganador.
Considerando o tipo de mágica que os ilusionistas e seus cupins, digo seus cupinchas
fazem visando desprezar o sábado bíblico para defender o domingo pagão, não é nem um
pouco surpreendente que pessoas honestas fiquem indignadas com tanta mentira.
19ª Mágica
Estamos no concerto da graça e não da lei
A seguir o ilusionista cara de pau usando sua batuta de pau em Hebreus 8:6-13 e,
ajudado por sua corja de amigos, ilude o seu público encantado com a sórdida crença de que
estamos em um novo concerto, o da graça, onde o sábado não tem vez porque antigamente os
crentes eram justificados pelas obras. Essa mágica apresenta os seguintes truques ocultos:
27 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
1º. O mágico oculta dos olhos de sua plateia que o Antigo Concerto visava a
expiação de pecados pelo sangue de animais e o Novo Concerto visa a expiação dos pecados
pelo sangue de Cristo.
2º. Nos dois concertos a salvação sempre foi somente pela graça.
Evidentemente a graça nunca deu liberdade a ninguém para transgredir a Lei de Deus, nem
antes e nem depois de Cristo.
3º. O patriarca Abraão, que viveu sob a jurisdição do Antigo Concerto, foi
justificado pela graça mediante a sua fé. Eis as provas: “Pois, que diz a Escritura? Creu
Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça”. (Romanos 4:3). “Pela fé ofereceu
Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu
unigênito”. (Hebreus 11:17).
4º. A Bíblia Sagrada fala de muitos outros homens e mulheres que foram
salvos pela fé. Eis a prova: “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo
qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela,
depois de morto, ainda fala”. (Hebreus 11:4). “Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os
incrédulos, acolhendo em paz os espias”. (Hebreus 11:31) etc.
Depois dessa, o mágico saiu para gozar umas férias nada engraçadas.
20ª Mágica
A inexistência de mandamento para guardar o sábado
O ilusionista parece estar brincando de Pinóquio com a plateia maravilhada. A suas
palavras são inspiradas pelo pai da mentira (João 8:44), e o seu nariz cresce vertiginosamente.
Após algumas boas gargalhadas da galera cativada, o mágico passa a iludi-los com a crença
de que no Novo Testamento não existe mandamento para guardar o sábado, embora todos os
demais sejam encontrados. Os truques por trás dessa hilariante mágica são os seguintes:
1º. O mágico está contradizendo uma de suas mágicas anteriores, quando
apresentou à plateia a ilusão de que a lei foi totalmente abolida por Cristo. Ora, se a lei foi
totalmente abolida, então não resta mais nenhum mandamento para ser guardado. Então como
pode afirmar que no Novo Testamento encontramos todos os mandamentos da lei, exceto o
sábado?
2º. O mágico esconde que o Novo Testamento registra sim o mandamento do
sábado em mais de sessenta passagens bíblicas. Eis a prova: Mateus 12:1; 12:2; 12:5 (§ 1º);
12:5 (§ 2º); 12:8; 12:10; 12:11; 12:12; 24:20; 28:01; Marcos 1:21; 2:23; 2:24; 2:27 (§ 1º);
2:27 (§ 2º); 2:28; 3:02; 3:04; 6:02; 15:42; 16:01; Lucas 4:16; 4:31; 6:01; 6:02; 6:05; 6:06;
6:07; 6:09; 13:10; 13:14 (§ 1º); 13:14 (§ 2º); 13:15; 13:16; 14:01; 14:03; 14:05; 23:54; 23:56;
João 5:09; 5:10; 5:16; 5:18; 7:22; 7:23 (§ 1º); 7:23 (§ 2º); 9:14; 9:16; 19:31 (§ 1º); 19:31 (§
2º); 19:42; Atos dos Apóstolos 1:12; 13:14; 13:27; 13:42; 13:44; 15:21; 16:13; 17:02; 18:04.
Essa mágica abala a autoridade do mágico e desmoraliza qualquer outra ilusão que
porventura ele possa produzir. Mas para o seu auditório cativo e hipnotizado, pouco importa a
idoneidade moral do ilusionista.
28 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
21ª Mágica
Jesus nunca ordenou a guarda do sábado
O fabuloso ilusionista nunca acerta uma, mas sempre erra feito. Agora, com ares de
sabichão, tira de sua cartola encantada a ilusão de que Jesus Cristo nunca ordenou alguém a
guardar o sábado. Realmente, esse mágico é o cara!
Sem querer, mas querendo zombar do mágico, digo que essa admirável mágica
esconde os seguintes truques:
1º. O prestidigitador esconde de sua plateia os textos bíblicos que apresentam
Jesus Cristo exemplificando a observância do santo sábado (Mateus 12:9-13; Marcos 2:27-28;
6:2; Lucas 4:16).
2º. Jesus Cristo jamais precisaria ter ordenado que alguém guardasse o sábado
porque Ele costumava remeter os Seus ouvintes ao exame das Escrituras Sagradas, as quais
ordenam a santificação do sábado.
3º. O mágico não revela ao seu público enfeitiçado os textos bíblicos que
provam que a igreja cristã guardava o sábado (Lucas 23:54-56 – 24:1; Atos 15:21; Atos
13:14-15; Atos 13:42 e 44; Atos 16:13; Atos 17:2; Atos 18:4 e 11).
4º. Essa mágica é uma bomba que explode nas mãos do ilusionista. Ele
inadvertidamente não percebe que cometeu um atentado contra a observância do domingo,
simplesmente porque Jesus Cristo jamais ordenou que alguém guardasse o domingo.
5º. Onde está escrito que Jesus ou algum dos apóstolos escreveram sobre o
dever do cristão em guardar o domingo? Qual mestre teria ousadia de cobrar de seus
seguidores a prática de um “novo” preceito, sem nunca tê-lo ensinado ou mencionado aos
seus próprios discípulos?
22ª Mágica
A lei findou com João Batista
A próxima mágica é muito curiosa e também hilariante. O prestidigitador
empregando a sua batuta em Lucas 16:16 consegue iludir milhares de expectadores presentes
em seu auditório com a maravilhosa mágica de que o ministério da lei e do sábado findou com
o ministério de João Batista, sendo abolidos na cruz. O truque que essa mágica oculta não é
apenas um, mas são vários.
1º. O mágico viola descaradamente o princípio da não contradição. Se a lei
durou até João, então não haveria mais nada para ser cravada na cruz. Essa incoerência é
muito comum entre esses mágicos que batalham contra o sábado.
2º. O mágico consegue esconder de sua plateia que a palavra “lei”
acompanhada da palavra “profetas” é uma clara alusão aos cinco primeiros livros da Bíblia
Sagrada e não especificamente à Lei Moral, escrita por Deus em duas tábuas de pedra.
29 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
3º. O mágico oculta dos expectadores que a palavra “duraram”, registrada em
Lucas, está escrita em itálico, indicando que ela não existe no texto original, sendo um
acréscimo gratuito do tradutor João Ferreira de Almeida.
4º. O mágico não revela ou desconhece que a palavra correta no lugar de
“duraram” é “profetizaram”, conforme prova o texto paralelo de Mateus 11:13.
5º. A Lei e os Profetas “profetizaram” até João Batista, quanto então passaram
a ter as suas profecias cumpridas na vida de Cristo Jesus.
Com essa atitude infantil e claramente de má fé, esses grandes mágicos insultam a
inteligência do seu público mais esclarecido e perspicaz.
23ª Mágica
O sábado não justifica ninguém
Debaixo de fracos holofotes, bem no meio da penumbra, o ilusionista apresenta uma
mágica óbvia a todos. Ele ilude a sua encantada plateia com a crença de que o sábado não
justifica ninguém, porque a lei não foi dada para justificar, mas para revelar ao homem o seu
pecado. Essa mágica como qualquer outra encerra alguns truques:
1º. Na verdade essa mágica não tem nada de extraordinário, simplesmente
porque é a mais pura verdade. O sábado ou qualquer outro preceito da lei não salva ninguém
porque a lei não foi dada ao pecador como método de salvação, mas sim de santificação.
2º. O que o mágico não revela ao seu público, é que ninguém será salvo sem
observar os preceitos da lei porque a lei revela ao homem o seu pecado (Romanos 3:20; 7:7; I
João 4:3) e o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23; Tiago 1:15; I Coríntios 15:56).
3º. Outro truque escondido na manga encantada do mágico consiste na falsa
insinuação de que quem guarda o sábado o faz para alcançar a salvação pelas obras da lei.
Nada mais equivocado por parte desse mágico malicioso!
4º. Somos salvos unicamente pela graça mediante a fé e julgados pelas obras,
porque a fé sem as obras está morta.
É... Parece que a mágica ficou sem graça depois que o seus truques foram revelados ao
grande público.
30 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo IV
“O quarto mandamento tem sido pisado a pés; por isso, somos chamados para reparar a
brecha na lei de Deus e defender o sábado profanado”. (Vida e Ensinos, 86).
Ellen Gould White
A verdade é que os mágicos têm suado bastante as suas camisas para poder manter o
seu show de prestidigitação contra o sábado do Senhor nas paradas do sucesso.
Seus muitos suores são motivados por vários fatores. Primeiro, porque existe
mandamento bíblico ordenando energicamente e explicitamente a observância do sábado; por
outro lado, não existe qualquer mandamento bíblico ordenando a santificação do domingo.
Segundo, em razão disso, os mágicos são obrigados a inventar mil e um artifícios com feições
aparentemente plausíveis para fazer por desmerecer a santificação do sábado semanal. Por
outro lado, também são obrigados a inventar outros mil e um artifícios que sejam
suficientemente razoáveis aos olhos do público leigo para justificar a observância do domingo
pagão.
Para alcançar os seus maléficos propósitos, os ilusionistas são obrigados a vender a
sua alma ao diabo. A partir de então passam a empregar todo tipo de mentira com o único
propósito de combater o sábado e os mandamentos de Deus, iludindo plateias pelo mundo
inteiro.
Quem confia nos mágicos para salvação de sua alma está entrando numa tremenda
fria. Não podemos colocar a salvação de nossas próprias almas nas mãos de quem quer que
seja. Precisamos por nós mesmos investigar, inquirir e descobrir o que é verdade: “De
maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”. (Romanos 14:12).
31 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
24ª Mágica
Adultério espiritual
Numa bela mágica baseada na passagem bíblica de Romanos 7:1-4, o ilusionista
anuncia ao seu público hipnotizado que guardar o sábado para o cristão é incorrer num grave
pecado chamado “adultério espiritual”. Os truques que esse mágico de meia pataca não conta
ao seu hipnotizado auditório são os seguintes:
1º. A passagem em consideração não fala nada a respeito do sábado, mas sim
da Lei Cerimonial, a qual visava à expiação de pecados pelo sacrifício de animais.
2º. Quem comete adultério espiritual é o cristão que procura guardar a Lei
Cerimonial com o objetivo de realizar a purificação dos seus pecados pelo sangue de animais,
e não pelo sangue de Cristo.
3º. Todos sabem que após a cruz a purificação dos pecados dá-se unicamente
pelo sacrifício de Cristo e não mais pelo sacrifício de animais.
4º. O mágico, empregando uma passagem bíblica que trata especificamente da
Lei Cerimonial, procura iludir o seu público com a ideia de que o sábado moral foi abolido.
Gosto muito de mágica, mas esse ilusionista de segunda categoria está entrando numa
tremenda “roubada” com seus inúmeros truques de “araque”.
25ª Mágica
Os fusos horários
O espetáculo de mágicas extraordinárias contra o sábado do Senhor prossegue com
a plateia delirando de alegria. A seguir o mágico, devidamente caracterizado, vem com a
seguinte ilusão: somente é possível observar o sábado na região de Israel. Em outras regiões
do mundo não é possível guardar o sábado porque, devido à diferença de fuso horário, o
sábado começa em horários diferentes. Essa mágica é das boas! Porém, o ilusionista esconde
da plateia os seus truques desprezíveis.
1º. De modo descarado, o ilusionista procura iludir a sua plateia levando-a a
crer que o sábado deve ser guardado no “mesmo instante” em toda parte do globo terrestre.
Nada mais absurdo e ridículo!
2º. O mágico omite de sua obtusa plateia que a Bíblia Sagrada nunca
estabeleceu que todos devessem observar o sábado no mesmo instante, dentro do mesmo
período de tempo, onde quer que estejam. Mas ela ensina que o sábado deve ser guardado de
pôr do sol a pôr do sol e não simultaneamente em toda parte do mundo. Como pode o mágico
partir para tamanhas infantilidades contra o sábado do Senhor!
3º. O ilusionista sonega a informação de que, desde os tempos mais antigos, os
judeus da diáspora estavam espalhados em várias regiões do mundo, porém eles guardavam o
sábado normalmente em seus diferentes fusos horários, seguindo apenas a orientação bíblica
de guardar o sábado de pôr do sol a pôr do sol.
Nada mais simples, lógico e claro. Nosso Deus não é um Deus de confusão como os
mágicos querem fazer parecer com seus truques fajutos e asquerosos.
32 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
26ª Mágica
Os fatos do cristianismo deram-se no domingo
Outra mágica ambiciosa que procura favorecer a observância do domingo pela
cristandade procura iludir a plateia com a ideia de que os grandes acontecimentos do
cristianismo não se deram no sábado, mas no domingo. Para provar a veracidade de sua
mágica, o prestidigitador retira de sua cartola encantada os seguintes fatos bíblicos: a
ressurreição de Jesus, o aparecimento de Jesus aos discípulos, pentecostes, pregação de Pedro,
batismo dos primeiros conversos. Apesar de parecer plausível aos olhos leigos, essa mágica
guarda vários truques abomináveis.
1º. O mágico procura desesperadamente juntar todo tipo de acontecimentos que
porventura tenham ocorrido no primeiro dia da semana numa inútil tentativa de suprir a total
falta de mandamento divino ou bíblico ordenando a observância do domingo.
2º. É digno de nota observar que o mágico oculta da plateia que a palavra
domingo nem mesmo aparece nas passagens que ele costuma apresentar, mas apenas o
singelo nome ordinário: “primeiro dia da semana”.
3º. Caso o domingo deva ser guardado com base em acontecimentos ocorridos
nesse dia, então o sábado também deve ser guardado porque Jesus descansou no sepulcro
nesse dia de pôr do sol a pôr do sol.
A quantidade de mágicas fajutas é de arrepiar! A verdade é que nenhum
acontecimento, por mais relevante ou glorioso que seja, pode dar direito ao homem de
substituir um claro mandamento divino: “Assim diz o Senhor”.
27ª Mágica
A Igreja guardava o domingo e não o sábado
Baseado numa mágica toda tendenciosa que emprega as passagens bíblicas de Atos
20:6-7 e I Coríntios 16:1-2, o mágico proporciona ao seu público a extraordinária ilusão de
que a igreja primitiva guardava o domingo e não o sábado. Essa mágica é um verdadeiro
espanto! Uma poça de sabedoria! Infelizmente essa mágica não passa de uma sórdida ilusão,
que esconde vários truques aos olhos da plateia.
1º. Dessa ilusão depreende-se que o mágico sabe ler, mas não entende e nem
sabe interpretar o que está lendo, podendo ser considerado um verdadeiro “analfabeto
funcional”.
2º. Em nenhum momento as passagens bíblicas apresentadas pelo mágico em
seu show de mágica contra o sábado deixam transparecer que os primeiros cristãos estavam
santificando ou guardando o domingo.
3º. A palavra domingo nem mesmo é mencionada nos referidos textos, que
foram escritos várias décadas depois da morte de Cristo, provando que o primeiro dia da
semana não era tido como dia do Senhor.
33 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
4º. O ilusionista esconde de sua iludida plateia que o sábado, por ser
mandamento divino e bíblico, era sim, guardado pelos primeiros cristãos. Eis a prova bíblica:
Marcos 6:2; Lucas 4:16; Mateus 24:20; Lucas 23:54-56 – 24:1; Atos 13:14-15; 13:42 e 44;
15:21; 16:13; 17:2; 18:4 e 11; Filipenses 3:17; II Tessalonicenses 3:6.
Por mais bem elaborados que sejam as mágicas dos ilusionistas, a grande verdade é a
seguinte: contra fatos não há mágica que possa resistir.
28ª Mágica
Quem guarda o sábado caiu da graça
Diante de seu assombrado auditório, o mágico levanta a sua batuta encantada, e
dando duas batidinhas em sua cartola mágica, acaba tirando dela a passagem bíblica de
Gálatas 5:1-4. A seguir vem com a extraordinária ilusão de que quem guarda o sábado caiu da
graça ou nunca entrou nela, e que estão separados de Cristo. Apesar de curiosa, existem vários
truques escondidos nessa mágica:
1º. Realmente, quem guarda qualquer preceito da lei com o objetivo de
alcançar a salvação está fora da graça e tentando algo impossível, porque a lei jamais foi dada
como método de justificação.
2º. O mágico procura insinuar falsamente ao seu auditório que os observadores
do sábado o fazem para alcançar a justificação. Nada mais enganoso!
3º. O ilusionista não revela ao seu encantado auditório que o sábado é
observado do mesmo modo como os demais cristãos observam qualquer outro mandamento
da Lei Moral.
4º. O mágico confunde alhos com bugalhos. A passagem bíblica tirada de sua
cartola nada fala do sábado, mas fala de circuncisão, que é um preceito da Lei Cerimonial.
5º. A circuncisão nada tem a ver com o sábado. Enquanto que a circuncisão foi
dada aos hebreus, na pessoa de Abraão; o sábado foi dado à humanidade, ainda no Jardim do
Éden.
6º. A essência do truque realizado pelo mágico consiste em usar um preceito da
Lei Cerimonial para supostamente “provar” que um preceito da Lei Moral foi abolido.
29ª Mágica
Rudimento fraco e pobre
O mágico aproxima-se do seu auditório e, com ares de mistério, anuncia em alto e
bom som a passagem bíblica de Gálatas 4:9-11. Em seguida procurar criar no coração do
ouvinte a ilusão de que Paulo chama o sábado de rudimento fraco e pobre. Com esse truque a
platéia, delirando, é totalmente ludibriada. Essa magnífica mágica esconde vários truques.
34 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
1º. Caso os espectadores fossem mais cautelosos, eles teriam observado que
nas passagens bíblicas apresentadas pelo mágico, Paulo nem de longe menciona ou insinua a
palavra “lei” e muito menos “sábado”.
2º. O mágico não revela ao público que Paulo está considerando conceitos
amplos da Lei Cerimonial ao mencionar “guardais dias, e meses, e tempos, e anos”.
3º. Caso a ilusão seja aceita como verídica, então ela exclui a guarda do
domingo da “parada”, haja vista que a referida passagem bíblica não menciona nenhum dia
específico.
Detesto dizer isso, mas esse mágico perdeu toda sua credibilidade. Como pode
advogar a abolição do sábado numa mágica e defender a validade do domingo em outra,
quando as suas próprias ilusões condenam a observância de qualquer dia? É a falta de
coerência que geram a incredulidade nas ilusões causadas pelas mágicas.
30ª Mágica
Nenhum apostolo recomendou a guarda do sábado
Tirando de sua cartola encantada os versículos bíblicos de Mateus 10:19-20; Atos
2:4; 4:8; Gálatas 1:11-12, o mágico cria a poderosa ilusão na mente de sua animada plateia de
que nenhum dos apóstolos recomendou a qualquer cristão a observância do sábado. Que
mágica maravilhosa! Porém, muitos sãos os truques escondidos pelo mágico para criar essa
poderosa ilusão.
1º. A primeira coisa que se observa é que todas as passagens bíblicas
apresentadas pelo mágico não têm nenhuma relação com a ilusão que produziu no auditório.
Falta o “nexo textual”.
2º. O mágico omite dos seus expectadores que os apóstolos não precisavam
recomendar aos cristãos a guarda do sábado, simplesmente porque tudo o que eles ensinavam
tinha por base as Escrituras Sagradas, a qual recomenda veementemente a observância do
sábado. Eis a prova: Atos: 4:29, 31; 6:2, 4, 7; 8:4, 14; 11:1; 12:24; 13:5, 7, 44, 46, 49; 15:15,
35, 36; 16:32; 17:11, 13; 18:11; 19:10, 20.
3º. O ilusionista esconde de sua plateia que os discípulos guardavam o sábado
(Lucas 23:54-56). Que o apóstolo Paulo guardava o sábado (Atos 13:42 e 44; 16:13) e
recomendou os cristãos a seguir o seu nobre exemplo (Filipenses 3:17; 4:9).
O que o mágico não percebe é que o tiro de sua mágica saiu pela culatra, haja
vista que os apóstolos, em todo o Novo Testamento, jamais recomendaram a qualquer cristão
a guardar o domingo. Esse dia sim, não tem mandamento bíblico, e nem a sua guarda foi
exemplificada por Jesus ou pelos apóstolos.
35 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo V
“A questão do sábado será o ponto controverso no grande final conflito em que o mundo
inteiro há de ser envolvido”. (Eventos Finais, 135).
Ellen Gould White
Atualmente vivemos num mundo incrédulo, onde uma simples alegação aquém da
dúvida razoável não é suficiente para gerar plena convicção no espírito humano. Precisamos
de provas claras, concretas e objetivas de que o sábado da Lei Moral foi abolido, mas os
mágicos não possuem tal prova.
Entre centenas de truques visando favorecer a guarda do domingo, os modernos
ilusionistas religiosos costumam apresentar, em seus shows de mágica contra o sábado,
algumas passagens bíblicas com o fito de “provar” que a Lei Moral foi abolida, para em
seguida decidirem que o sábado também foi abolido.
Os truques empregados pelos mágicos, e que eles não costumam revelar a ninguém, se
encontram guardados a sete chaves. Basicamente, esses truques consistem em empregar textos
fora de contexto. Alguns desses textos tratam da Lei de Moisés, outros se reportam à Lei
Cerimonial, outros ao Antigo Concerto e ainda outros abordam assuntos diversos. Mas em
tudo o mágico procura pretexto para condenar o sábado.
A verdade é que os mágicos dão tiros para todos os lados, empregando todo tipo de
artifício ilícito que possam imaginar, numa vã tentativa de iludir o público com a crença de
que a Lei Moral e o sábado foram abolidos na cruz. Nessa desatinada atividade, as mágicas
são contraditórias e os mágicos incoerentes. Portanto, totalmente indignos de crédito.
36 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
31ª Mágica
O Concílio de Jerusalém não menciona o sábado
A próxima mágica apresentada pelo ilusionista consiste em tirar da cartola
encantada a famosa passagem bíblica de Atos 15:28-29. Com essa passagem em mãos o
mágico cria em seu auditório a enganadora ilusão de que o sábado foi abolido porque o
Concílio de Jerusalém nada mencionou sobre a necessidade do cristão guardar tal dia. Nessa
maravilhosa e espantosa mágica contra o sábado o ilusionista esconde vários truques.
1º. O mágico omite de sua plateia que nas resoluções tomadas pela Igreja no
Concílio de Jerusalém nada foi dito sobre qualquer mandamento da Lei Moral, mas nem por
isso inferimos que podemos ter vários deuses, cultuar imagens, blasfemar do nome de Deus,
adulterar, furtar, matar, mentir, cobiçar etc. Então por que inferir que podemos profanar o
sábado?
2º. O ilusionista procura esconder de seu público que o Espírito Santo não
precisava ter novamente recomendado a guarda do sábado porque Ele já o havia recomendado
no Decálogo.
3º. O mágico também não conta que o Concílio de Jerusalém não recomendou
a devolução do dízimo ou das ofertas. E agora, como fica? Vamos inferir que não precisamos
devolver os dízimos e as ofertas?
4º. Seguindo a ilusão do mágico nenhum cristão deveria guardar o domingo
simplesmente porque o Concílio de Jerusalém não recomendou tal prática. Será que esse
mágico é tão obtuso que não acerta uma!
É uma pena que o mágico não consiga ser coerente com a Bíblia e nem consigo
mesmo!
32ª Mágica
Paulo não recomendou ninguém a guardar o sábado
Outra mágica interessante que tem tapeado milhões de pessoas pelo mundo inteiro,
levando-as a guardar o domingo no lugar do sábado é a seguinte: O mágico tira de sua cartola
encantada a passagem bíblica de Atos 20:18-21, 26-27 para em seguida iludir a sua plateia
com a ideia de que Paulo, como apóstolo dos gentios, nada ensinou acerca da necessidade do
cristão guardar o sábado. Essa mágica maçante possui alguns truques bobocas.
1º. O principal truque escondido nessa mágica consiste em negar a validade de
qualquer coisa que não esteja escrito no versículo bíblico. Desse modo, o mágico pode negar
o Universo, exceto o que estiver na passagem bíblica que ele seleciona. Realmente, essa é
uma ilusão tola produzida pelo demo com a intensão de enganar os obtusos de espírito e os
broncos de coração.
2º. O ilusionista esconde de sua ludibriada galera que Paulo não somente
guardava o sábado como também orientou os cristãos a imitarem seu exemplo. Eis a prova:
37 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Atos 15:21; Atos 13:14-15; 13:42 e 44; 15:21; 16:13; 17:2; 18:4 e 11; Filipenses 3:17; II
Tessalonicenses 3:6.
3º. O mágico omite dos seus expectadores que em todo o Novo Testamento o
apóstolo Paulo, como doutor dos gentios, nada ensinou acerca da necessidade dos cristãos
guardarem o domingo.
Mais uma vez o mágico mostra-se incoerente. Como pode condenar o sábado, quando
a sua ilusão também condena a observância do domingo? Portanto, esse mágico não é digno
de crédito, a menos que todos seus expectadores estejam cegos para as coisas espirituais. A
bem da verdade, o domingo não encontra respaldo em nenhum lugar do Novo Testamento.
33ª Mágica
Os apóstolos combateram o sábado
Na próxima ilusão apresentada nesse maravilhoso show de mágica contra o sábado,
o prestidigitador, manipulando as passagens bíblicas de Atos 15:1-2; 4-11, apresenta ao seu
hipnotizado público a extraordinária ilusão de que os apóstolos não guardavam o sábado. Pelo
contrário, foram duros e rigorosos no combate às doutrinas do sábado. O truque dessa mágica
que está oculto aos olhos da plateia encontra-se dividido em várias fases.
1º. Estudando as mesmas passagens bíblicas apresentadas pelo mágico tenho
tentado juntar o que o ilusionista disse, mas não faz o menor sentido porque o texto diz uma
coisa e o mágico diz outra. Com isso o mágico viola o principio do “nexo textual”.
2º. O mágico omite de sua encantada plateia que a passagem bíblica em
consideração nada fala a respeito do sábado, mas fala somente de circuncisão. Portanto, está
considerando conceitos da Lei Cerimonial e não da Lei Moral.
3º. O mágico não conta que a passagem bíblica considerada está falando dos
cristãos judaizantes, que queriam impor as ordenanças da Lei de Moisés aos cristãos gentios,
portanto estão considerando a Lei Cerimonial.
4º. Em nenhum momento os apóstolos foram duros ou rigorosos no combate ao
sábado semanal, mas foram rigorosos no combate das ordenanças da Lei Cerimonial.
5º. O mágico não revela que na verdade os apóstolos e os demais cristãos
guardavam o sábado, conforme determina o mandamento divino.
6º. O truque do mágico consiste em usar as ordenanças da Lei Cerimonial para
combater o sábado da Lei Moral.
34ª Mágica
O sábado é mera sombra dos bens futuros
Em seu show de mágica contra o sábado o ilusionista empregando a célebre
passagem bíblica de Colossenses 2:16-17 cria na mente de seu auditório a ilusão de que o
38 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
sábado e outros cerimoniais da lei são meras sombras dos bens futuros. Essa mágica não passa
de uma mistificação simplesmente porque ela oculta vários truques dos olhos do público.
1º. O mágico não menciona ao público que a passagem em questão arrola numa
mesma lista os sábados com os dias de festa e lua nova, que tinham em comum os holocaustos
de animais.
2ª. A passagem é uma transcrição exata de Oséias 2:11, que sintetiza as
passagens de I Crônicas 23:31; II Crônicas 2:4; II Crônicas 31:3, que para os judeus era uma
referência aos holocaustos de animais.
3º. A Bíblia Sagrada ensina que os holocaustos de animais são as sombras dos
bens futuros (Hebreus 10:1; Hebreus 10:1).
4º. O sábado semanal dado na criação do mundo, antes da entrada do pecado,
jamais foi sombra de bens futuros, mas um memorial da criação (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:8-
11). Nunca foi preceito cerimonial porque não realiza a expiação de pecados.
5º. A mágica contraria os fatos, posto que Paulo guardava o sábado com seus
compatriotas judeus (Atos 13:14-15; 17:2; 18:4 e 11), com os prosélitos gentios (13:42 e 44) e
até mesmo entre os gentios pagãos (Atos 16:13).
6º. Caso o mandamento do sábado tenha sido pregado na cruz, então os outros
nove também o foram. Nesse caso poderíamos transgredi-los livremente, do mesmo modo
como o mundo transgride o sábado.
35ª Mágica
O sábado perdeu-se no tempo
Uma mágica interessante que tem iludido milhões de pessoas pelo mundo inteiro é a
seguinte: Como saber que o sábado nos dias de hoje corresponde ao sábado da criação, se a
data desse período não pode ser precisada e os calendários mudaram várias vezes? Com essa
mágica o ilusionista demonstra sua total ignorância das Escrituras Sagradas. Eis os truques
que sua mágica esconde:
1º. Contrariando uma de suas mágicas fajutas, o ilusionista agora admite
abertamente e corretamente que o sábado não foi dado no Sinai, mas sim na criação do mundo
(Gênesis 2:2-3).
2º. Séculos depois, Deus indicou ao povo qual era o exato dia do sábado ao
incrustá-lo entre os Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-11).
3º. No decorrer da história, os profetas inspirados por Deus convocaram o povo
a observar o sábado (Isaías 58:13-14; Jeremias 17:21, 27; Neemias 13:17-18).
4º. Jesus Cristo e os santos apóstolos guardaram o sábado, e não um dia
equivocado qualquer (Lucas 4:16; Lucas 23:54-56; Atos 13:42 e 44; Atos 16:13).
5º. Os judeus observam o sábado e, desde tempos remotos, possuem um
calendário distinto do calendário Gregoriano, todavia o sábado coincide exatamente com o
sétimo dia da semana em ambos os calendários.
6º. O mágico não revela ao público que, caso o sábado tenha se perdido no
tempo após a cruz, então o domingo também se perdeu. Mas como o mágico sabe precisar em
que dia da semana cai o domingo, então ele também pode informar em que dia da semana cai
o sábado, posto que é o dia anterior ao domingo. “Elementar, meu caro Watson”.
39 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
36ª Mágica
O Espírito Santo não favorece a guarda do sábado
Citando a passagem bíblica do livro Atos dos Apóstolos 15:28-29, o prestidigitador
ilude a sua enfeitiçada plateia ao tirar da cartola a seguinte mágica: Em nenhum lugar do
Novo Testamento o Espírito Santo favorece a guarda do sábado. Para que a sua mágica tenha
pleno sucesso, o ilusionista é obrigado a empregar vários truques.
1º. A passagem bíblica apresentada pelo mágico em nenhum momento fala do
sábado, dos Dez Mandamentos, do dízimo, das ofertas etc. O ilusionista vê em tudo uma
razão para condenar o sábado. Mas a ilusão imaginária é totalmente por conta e risco do
próprio mágico.
2º. O mágico não revela ao auditório que em mais de sessenta passagens
bíblicas registradas no Novo Testamento, o Espírito Santo dá sim o seu parecer favorável à
guarda do sábado. Eis a prova: Mateus 12:1; 12:2; 12:5 (§ 1º); 12:5 (§ 2º); 12:8; 12:10; 12:11;
12:12; 24:20; 28:01; Marcos 1:21; 2:23; 2:24; 2:27 (§ 1º); 2:27 (§ 2º); 2:28; 3:02; 3:04; 6:02;
15:42; 16:01; Lucas 4:16; 4:31; 6:01; 6:02; 6:05; 6:06; 6:07; 6:09; 13:10; 13:14 (§ 1º); 13:14
(§ 2º); 13:15; 13:16; 14:01; 14:03; 14:05; 23:54; 23:56; João 5:09; 5:10; 5:16; 5:18; 7:22; 7:23
(§ 1º); 7:23 (§ 2º); 9:14; 9:16; 19:31 (§ 1º); 19:31 (§ 2º); 19:42; Atos dos Apóstolos 1:12;
13:14; 13:27; 13:42; 13:44; 15:21; 16:13; 17:02; 18:04.
3º. O ilusionista não revela à sua encantada plateia que, em nenhum lugar do
Novo Testamento, o Espírito Santo dá o seu parecer favorável à guarda do domingo.
Mais uma vez o mágico mirou no que supostamente teria visto e acertou em cheio no
que não viu. O domingo sim, não é mandamento divino. Jesus, os apóstolos e o Espírito Santo
jamais insinuaram alguém a observar o domingo.
37ª Mágica
Jesus desprezava o sábado
Visando criar a fabulosa ilusão de que Jesus Cristo desprezava o sábado, o mágico
leva o seu público cativo às nuvens, iludindo-o com a crença de que durante Sua vida na
Terra, o Senhor Jesus escolheu o sábado como dia de trabalho. Que mágica espantosa!
Maravilhosa! Sensacional! Porém, ela esconde vários truques que induz a plateia ao engano
que o mágico deseja provocar.
1º. O ilusionista não revela à sua plateia que Jesus propositadamente realizava
milagres no sábado para quebrar a tradição dos judeus, que haviam sobrecarregado o sábado
com centenas de regras absurdas e extrabíblicas.
2º. O mágico esconde do seu auditório a poderosa informação de que Jesus
Cristo deixou bem claro que Ele realizava milagres no sábado porque é lícito fazer bem aos
sábados (Mateus 12:12).
40 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
3º. O mágico oculta da galera que Jesus não estava abolindo o sábado, mas
ensinado a maneira correta como o sábado deve ser observado.
4º. Jesus fez questão de contrapor-se à forma legalista como os judeus
guardavam o sábado, para ensiná-los que o sábado deve ser um dia deleitoso e digno de honra
(Isaías 58:13-14).
Essa mágica capenga ignora o fato de que realizar o bem ao próximo em estado de
necessidade no sábado não constitui quebra da santidade desse dia, mas torna-o um dia
deleitoso e digno de honra.
41 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo VI
“Todo o mundo será provado, e todos os que houverem estado nas trevas do erro quanto ao
sábado do quarto mandamento compreenderão a última mensagem de misericórdia que deve ser dada aos homens”. (II
Mensagens Escolhidas, 116).
Ellen Gould White
Um absurdo que a maioria dos cristãos incorre tem relação direta com uma suposta
abolição do sábado semanal. Esquecendo-se de dezenas de textos bíblicos registrados no
Novo Testamento, os quais endossam a observância do sétimo dia da semana estabelecido na
criação do mundo, esses cristãos fazem um maligno emprego de Colossenses 2:16 para
doutrinar ao mundo a total abolição do sábado semanal, da Lei Moral e do Antigo
Testamento.
Como é possível que uma interpretação baseada numa única passagem bíblica possa
contradizer dezenas de outras que são claras, objetivas e que demonstram justamente o
contrário do alegado por esses mágicos?
A Bíblia Sagrada registra pelo menos a existência de três espécies de sábados: o
semanal, o cerimonial festivo e o cerimonial da terra. Então por que eleger a abolição do
sábado do sétimo dia da semana?
Nota-se que Colossenses 2:16 arrola “os sábados” juntamente com comidas, bebidas,
dias de festa e lua nova, que são ordenanças cerimoniais. Então porque contradizer a
orientação bíblica e o conteúdo expresso pelo próprio versículo bíblico para supor a abolição
de um mandamento moral, quando todo o contexto está considerando apenas abolição de
ordenanças cerimoniais?
42 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
38ª Mágica
Parte Moral e Cerimonial do sábado
Para confundir o público, muitas vezes o mágico mistura a verdade com o erro. Uma
mágica desse tipo é anunciada nos seguintes termos: Senhores, o sábado tem duas partes: uma
moral e eterna e outra cerimonial e transitória. Após essa apresentação, o mágico ilude a
plateia dizendo que a parte moral é qualquer dia em sete e a parte cerimonial é o repouso.
Essa mágica encerra seus truques.
1º. O mágico esconde do público que o sábado tem sua parte moral expressa na
ordem divina para santificar o sétimo dia da semana (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:8-11). Mas,
somente após a entrada do pecado no mundo é que o sábado adquiriu uma parte cerimonial,
consistindo nos holocaustos dos sábados (Números 28:9-10; I Crônicas 23:31; II Crônicas
2:4; 8:12-13; 31:3; Neemias 10:33; Ezequiel 45:17).
2º. O mágico não revela aos seus expectadores que a parte moral do sábado é o
memorial do passado, que remete à criação do mundo (Êxodo 20:11) e a parte cerimonial do
sábado era sombra das coisas futuras, as quais foram abolidas na cruz, com a morte do
“Cordeiro de Deus”.
3º. As ordenanças cerimoniais realizadas nos sábados foram abolidas na cruz,
ocasião em que o tipo encontrou o antítipo. Porém, a parte moral do sábado dada na fundação
do mundo continuou vigorando.
4º. O mágico esconde da plateia que o sábado foi dado antes da entrada do
pecado no mundo. Logo ele não pode ser cerimonial porque não faz expiação de pecados.
6º. O ilusionista omite que, caso Adão e Eva nunca houvesse transgredido,
jamais teria havido a Lei Cerimonial; e somente a parte moral do sábado teria sido observada
pela humanidade, desde a época do Éden.
39ª Mágica
Quem guarda o sábado procura justificar-se pela lei
Um encantamento criado pelo ilusionista em seus shows de mágica contra o sábado
consiste em enganar a sua plateia com a ilusão de que todos que guardam o sábado estão
procurando justificar-se pela observância da lei. Os truques que o mágico não revela aos seus
ouvintes são os seguintes:
1º. O mágico procura iludir o seu auditório insinuando que aqueles que
guardam o sábado procuram justificar-se pela observância da lei. Isso é uma crassa inverdade!
2º. O ilusionista oculta de sua plateia que os observadores do sábado sabem
muito bem que a lei não justifica ninguém, mas mostra ao homem o pecado (Romanos 3:20;
Gálatas 2:16). Que o crente é salvo somente pela graça (Efésios 2:8-9), mediante a fé
(Romanos 3:28; Gálatas 3:11) no sacrifício redentor de Cristo Jesus (João 3:16) e julgado
pelas obras (Eclesiastes 12:13-14; Apocalipse 20:12; 22:12) porque a fé sem obras é morta
(Tiago 2:17, 20 e 26).
43 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
3º. O mágico corretamente ensina que os preceitos da lei não salvam ninguém
(Romanos 3:20; Gálatas 5:4). Porém, ele não ensina que ninguém será salvo sem observar os
preceitos da lei (Mateus 19:17; Romanos 2:13; Romanos 3:31; Romanos 6:15; Tiago 2:9-12).
4º. O mágico não revela que um cristão que vive na prática do pecado de
adultério não será salvo. Um cristão que serve a outros deuses não poderá ser salvo. Um
cristão que pratica o pecado de cultuar imagens não será salvo. Um cristão mentiroso não
poderá ser salvo. Um cristão ladrão não será salvo. Tudo isto é transgressão da lei, e não serão
salvos porque o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23).
40ª Mágica
Guardar o sábado é tentar guardar a Lei de Moisés
Em seu show de mágica contra o sábado, (pois é, de novo!) o prestidigitador
apresenta a grandiosa ilusão de que procurar guardar o sábado é o mesmo que tentar guardar a
Lei de Moisés. Quanta tolice! Os truques escondidos atrás dessa mágica hedionda são vários.
1º. Essa mágica consiste na mesma bobagem de dizer que procurar abandonar a
idolatria é tentar guardar a Lei de Moisés. Que deixar de usar o nome de Deus em vão é o
mesmo que tentar guardar a Lei de Moisés. Que abandonar o politeísmo é o mesmo que tentar
guardar a Lei de Moisés.
2º. O ilusionista esconde de sua cativada plateia que o sábado não faz parte da
Lei de Moisés, posto que foi dado na fundação do mundo, bem antes da entrada do pecado ou
da existência de qualquer judeu sobre a face da Terra.
3º. O mágico procura ocultar aos olhos do seu público que o sábado não faz
parte da Lei de Moisés porque foi escrito pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra e
somente posteriormente foi transcrito para o Livro da Lei de Moisés.
4º. O prestidigitador mantém o mais absoluto silêncio quanto aos dízimos e
ofertas, que realmente fazem parte da Lei de Moisés, e nem por isso o doador está tentando
guardar a Lei de Moisés.
5º. A lei do amor a Deus e ao próximo faz parte da Lei de Moisés, e nem por
isso os cristãos estão tentando guardar a Lei de Moisés.
Senhor mágico “não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”.
(João 7:24). A coerência é uma das bases da verdadeira interpretação.
41ª Mágica
O fim da lei é Cristo
Outra mágica interessante é aquela em que o prestidigitador consegue enganar
milhares de pessoas com a magnífica ilusão de que a lei findou, simplesmente porque está
44 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
escrito: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10:4).
Essa mágica risível guarda seus truques sujos.
1º. O mágico esconde que a passagem em questão não revela a qual lei o
apóstolo Paulo está fazendo referência, se a Lei Moral ou a Cerimonial.
2º. O mágico leva o auditório a crer que a expressão “porque o fim da lei é
Cristo” significa que a lei foi abolida, terminou, acabou, teve fim com Cristo. Nada mais
equivocado, na realidade a expressão “porque o fim da lei é Cristo” tem o sentido de
finalidade, objetivo, intento etc.
3º. A finalidade da lei, tanto a cerimonial quanto a moral é levar o pecador a
Cristo. A primeira, por simbolizar a obra de expiação, apontava para Cristo. A segunda, por
mostrar o salário do pecado, aponta para Cristo, que tem a solução para o problema do pecado
(João 16:8-9).
4º. Caso a lei moral tenha sido abolida com Cristo simplesmente porque está
escrito que “o fim da lei é Cristo”, então o que dizer do seguinte versículo: “Alcançando o fim
da vossa fé, a salvação das almas” (I Pedro 1:19)?
5º. Conforme o raciocínio desse mágico, teríamos que admitir o absurdo de que
a fé foi abolida simplesmente porque está escrito “alcançando o fim da vossa fé”, quando na
realidade o sentido da expressão também é o de finalidade, objetivo, intento etc.
Por essa mágica percebe-se claramente que o ilusionista é analfabeto. Por desconhecer
a língua pátria, ele comete atrocidades típicas do arco-da-velha.
42ª Mágica
A Graça Substituiu a Lei
Com sua varinha encantada o prestidigitador metido a besta ilude o seu auditório
com a fabulosa mágica retrô de que Jesus trouxe a graça para substituir a lei, porque no
Antigo Testamento as pessoas eram salvas pela lei, porém no Novo Testamento são salvas
pela graça. Que beleza de mágica! Um verdadeiro espanto! Todavia, ela esconde seus truques
escabrosos:
1º. Essa ilusão contraria os ensinos da Bíblia Sagrada, haja vista que a salvação
sempre foi pela graça, e não pela lei. Eis a prova: “Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a
Deus, e isso lhe foi imputado como justiça”. (Romanos 4:3). “De sorte que os que são da fé
são benditos com o crente Abraão”. (Gálatas 3:9).
2º. O mágico esconde do seu público cativo que a expiação de pecados pelo
holocausto de animais manifestava claramente a graça divina em favor do pecador
arrependido (Levítico 4:27-29).
3º. O ilusionista oculta da plateia que o perdão divino anunciado por toda
extensão do Antigo Testamento manifestava nitidamente a graça divina em favor do
transgressor penitente (Números 14:18; Salmos 25:18; 32:1; 79:9; Isaías 1:18; 44:22; 43:25-
26; 55:7; Jeremias 33:8; Miquéias 7:18-19).
Com seus argumentos infantis, destituídos de fundamento bíblico claro e objetivo,
bem como desprezando os critérios mínimos da ciência da hermenêutica, os mágicos ficam
totalmente desmoralizados perante um público mais esclarecido e honesto.
45 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
43ª Mágica
Lei de Deus: Dez Mandamentos
Num de seus encantadores shows de mágica contra o sábado, o otário do
prestidigitador apresenta à sua encantada plateia a invulgar ilusão de que foram os
Adventistas do Sétimo dia quem designaram os Dez Mandamentos pelo título de “Lei de
Deus”. Essa mágica apresenta alguns truques interessantes e curiosos.
1º. O mágico omite ao seu iludido público que foi o próprio apóstolo Paulo
quem designou os Dez Mandamentos de “Lei de Deus”, e não os Adventistas do Sétimo Dia.
Eis a prova: Romanos 7:7; 12; 22; 25; 8:7-8.
2º. O ilusionista ilude o seu auditório com a crença de que a expressão “Lei de
Deus” era o nome usual que servia para designar a “Lei de Moisés”, e como prova citam
Neemias (10:28-29).
3º. O mágico não revela ao seu público que Neemias foi o escritor que
inventou o título “Lei de Deus” como uma forma reduzida para o título “Livro da Lei de
Deus”. Ocorre que Neemias foi o único a usar tal título e o fez com grandes reservas, citando-
o somente por duas vezes numa única ocasião. Depois disso, nem ele e ninguém mais fizeram
qualquer referência a esse título.
A mentira tem perna curta. Todos podem observar que o engano, a falta de nobreza de
alma e a desonestidade entre esses ilusionistas são a nota tônica de seus shows de mágica
contra o sábado.
44ª Mágica
O dia do Senhor
Em desesperada defesa do domingo o mágico perde o controle de suas razões e
surpreende a plateia com a encantadora ilusão de que em Apocalipse 1:10 o domingo ganhou
o nome de “Dia do Senhor”. Essa mágica somente faz sucesso porque o ilusionista não revela
os truques sujos usados em seu encantamento. Nem é preciso dizer que essa ilusão também
vai para o brejo.
1º. O mágico esconde de sua plateia que o primeiro dia da semana sempre foi
conhecido na Bíblia Sagrada pelo nome ordinário de “primeiro dia da semana”, mesmo
décadas depois da morte de Cristo.
2º. A passagem bíblica apresentada pelo mágico não diz que o mencionado
“dia do Senhor” refere-se ao primeiro dia da semana ou ao domingo, nome que nem mesmo é
mencionado na Bíblia Sagrada.
3º. O ilusionista omite do público que na Bíblia Sagrada a expressão “primeiro
dia da semana” não tem nenhum liame (conexão, junção, ligação etc.) com a expressão “dia
do Senhor”.
46 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
4º. O mágico oculta de sua plateia domesticada que Isaías 58:13 faz o exato
liame (conexão, junção, ligação etc.) entre o “sábado” e o “dia do Senhor” (Isaías 58:13).
5º. O mágico esconde do público que desde épocas remotas o sábado sempre
foi conhecido na Bíblia Sagrada como “dia do Senhor” (Êxodo 16:23; Êxodo 16:25; Êxodo
20:10; Levítico 23:3; Isaías 58:13-14; Marcos 2: 28).
6º. O prestidigitador oculta que no Didaqué 8:1 e 14:1, documento do segundo
século, menciona o “dia da preparação” e depois os cristãos reunindo-se no “dia do Senhor”,
que são termos bíblicos para a “sexta-feira” e para o “sábado” (Marcos 15:42; Lucas 23:54-
56; Isaías 58:13).
47 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo VII
“O sábado será a pedra de toque da lealdade; pois é o ponto da verdade especialmente
controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a linha divisória entre os que servem a Deus e os
que não O servem”. (O Grande Conflito, 605).
Ellen Gould White
Nos shows de mágica contra o sábado pode-se facilmente observar que as mágicas
realizadas pelo prestidigitador são todas capciosas, dirigidas exclusivamente para causar no
público a maligna ilusão de que o sábado do Senhor foi abolido.
Pode-se notar com grande facilidade que os textos empregados pelos mágicos são
esparsos e totalmente fora do contexto. A apresentação do ilusionista pode até mesmo parecer
correta para aqueles que não conhecem a sistemática da Bíblia Sagrada. Porém, prestando
apenas um pouquinho de atenção, pode-se constatar que os versículos citados pelos
prestidigitadores em seus shows de mágica contra o sábado não têm a mínima ligação com a
explicação apresentada pelo ilusionista; ou seja, falta o “nexo textual”. O texto diz uma coisa
e o ilusionista diz outra. O mágico frequentemente confunde alhos com “bugalhos”.
A grande verdade é que toda e qualquer mágica que tenha por objetivo denegrir o
sábado do Senhor jamais terá qualquer sustentação na Palavra de Deus, razão pela qual sua
ilusão logo se dissipa ao ser revelado os seus truques viciosos ocultos.
Com o decorrer do show, essas mágicas tornam-se repetitivas e maçantes. Não
transmitem ao fiel cristão nenhuma convicção de verdade.
48 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
45ª Mágica
Paulo aproveitava o sábado para evangelizar
Num simples “abracadabra”, o prestidigitador ilude o seu grande auditório
domesticado com a arrebatadora ilusão de que o apóstolo Paulo aproveitava a oportunidade
para evangelizar os judeus no sábado porque era nesse dia que eles reuniam-se para cultuar.
Bravo! Espantoso! Lindo! Pena que essa bela mágica oculta alguns truques imundos, que são
totalmente desconhecidos da plateia que assiste a esse maravilhoso show de mágica contra o
sábado.
1º. O mágico esconde do seu público que o apóstolo Paulo guardava o
mandamento divino do sábado tanto quanto os seus compatriotas judeus (Atos 13:14-15; 17:2;
18:4 e 11).
2º. O ilusionista oculta de sua plateia que o apóstolo Paulo não só guardava o
sábado com os gentios, mas também pregava as mensagens das Escrituras Sagradas, as quais
ensinam claramente sobre o dever dos crentes observarem o sábado (Atos 13:42 e 44).
3º. O prestidigitador esconde a sete chaves que o apóstolo Paulo não só
guardava o sábado entre os seus conterrâneos judeus, como também fazia questão de guardar
esse santo dia entre os gentios, até mesmo em lugares onde não havia judeus, sinagoga ou
igrejas (Atos 16:12-13).
4º. O mágico oculta de sua plateia cativada que o apóstolo Paulo não só
guardava o sábado, como também ordenou que todos seguissem o seu nobre exemplo
(Filipenses 3:17; 4:9).
A mágica era mais “legal” antes de ter explicado os seus truques secretos! Que pena
que acabou o maravilhoso encantamento da mentira!
46ª Mágica
Cultos aos domingos
Em desesperada defesa do domingo pagão, o mágico levanta a sua varinha
encantada na passagem bíblica de Atos dos Apóstolos 20:7 e produz na plateia a delirante
ilusão de que os primeiros cristãos reuniam-se no domingo para partir o pão. Essa interessante
mágica guarda alguns truques secretos e sinistros.
1º. O mágico insinua ao seu público que a expressão “partir o pão” refere-se à
Ceia do Senhor, o que é totalmente falso. O mesmo autor do livro de Atos dos Apóstolos
emprega a expressão “partir o pão” como sinônimo de uma refeição quotidiana, e não como a
Santa Ceia do Senhor (Atos 2:46; 27:35).
2º. O prestidigitador não revela aos seus expectadores que, mesmo que os
discípulos estivessem realizando uma Santa Ceia, ainda assim não seria possível deduzir que
eles estavam observando o domingo, haja vista que a santa ceia pode ser realizada em
qualquer dia da semana.
49 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
3º. O ilusionista oculta do seu público cativo que o “primeiro dia da semana”
jamais foi reconhecido pelos cristãos daquela época como sendo o “dia do Senhor” ou
“domingo”.
4º. O mágico não revela à sua hipnotizada plateia que na época o dia era
contado de pôr do sol a pôr do sol. Ocorre que aquela reunião para “partir do pão” aconteceu à
noite do primeiro dia da semana, que nos dias de hoje corresponde ao dia do sábado à noite.
Perceberam como a mágica perdeu o encanto depois que os seus truques secretos
foram revelados?
47ª Mágica
Ofertas aos domingos
Procurando por todos os meios defender a causa perdida do domingo pagão o
mágico tira de sua cartola encantada a passagem bíblica de I Coríntios 16:1-2 e cria no
auditório a enganosa ilusão de que os primeiros cristãos reuniam-se no domingo para ofertar a
Deus. O que o ilusionista não conta à sua plateia é que a sua mágica esconde vários truques
sujos.
1º. O apóstolo está ordenando que, no “primeiro dia da semana”, cada um dos
membros das igrejas de Corinto deveria colocar à parte, em suas próprias casas, as suas
dádivas, conforme a prosperidade financeira de cada membro da comunidade cristã.
2º. Em nenhum momento é mencionado qualquer tipo de reunião religiosa,
igreja ou templo. Segundo as Escrituras Sagradas, a coleta deveria ser feita em casa e não na
igreja.
3º. O ilusionista não revela ao seu público que se tratava de uma coleta
esporádica feita unicamente em benefício dos cristãos de Jerusalém, que estavam passando
por grandes privações (I Coríntios 16:3-6).
4º. O mágico esconde da plateia que às vezes Paulo tinha o costume de solicitar
tais dádivas às igrejas porque não se tratava de ofertas regulares, como os dízimos ou as
ofertas (Romanos 15:26; I Coríntios 16:1).
5º. O mágico silencia-se quanto ao fato de que essas passagens bíblicas,
escritas para cristãos gentios várias décadas após a morte de Cristo, não identificam o
“primeiro dia da semana” como sendo o “dia do Senhor” ou “domingo”.
Não quero ser um desmancha prazeres, mas essa mágica já era!
48ª Mágica
Guardando ou quebrando o sábado
Numa de suas grandes mágicas contra o sábado do Senhor, o ilusionista tira de sua
cartola encantada a fabulosa ilusão de que os Adventistas do Sétimo Dia quebram o sábado
porque eles não guardam esse dia do mesmo modo como os judeus o guardam. Não há
dúvida, essa mágica suja é arte do demo! A ilusão criada pelo mágico tem vários truques
secretos e desprezíveis.
50 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
1º. Mais uma vez pode-se notar que o mágico em tudo procura algum pretexto
para reprovar a observância do sábado e também qualquer razão para condenar aqueles que o
guardam.
2º. Os Adventistas do Sétimo Dia são cristãos e não Judeus. Portanto, como
cristãos, eles não estão subordinados a qualquer regulamento, regra ou norma típica ditada
pelas seitas dos judeus, fariseus ou saduceus, posto que essas seitas não representavam o
verdadeiro judaísmo.
3º. Em sua atrevida ilusão, o mágico insinua ao seu auditório que os judeus
guardavam e guardam o dia do sábado da forma correta. Nada mais equivocado!
4º. Os adventistas seguem os ensinos das Escrituras Sagradas e não as regras
dos rabinos, as quais estabelecem o que pode ou não ser realizado no dia do sábado.
5º. Como cristãos “que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”
(Apocalipse 14:12), os Adventistas do Sétimo Dia guardam o sábado na plena liberdade
ensinada por Jesus Cristo (Mateus 12:10-12) e pelas Escrituras Sagradas (Isaías 58:13-14), e
não como faziam os antigos fariseus com as suas fanáticas regras e tradições legalistas
incorporadas ao sábado do Senhor.
49ª Mágica
A lei foi mudada e com ela os Dez Mandamentos
A próxima mágica realizada pelo ilusionista consiste em tirar de sua cartola
encantada a passagem bíblica de Hebreus 7:12. Com ela em mãos, o mágico consegue iludir a
sua encantada plateia com a crença de que a lei foi mudada, e por isso a lei escrita em tábuas
de pedra foi revogada. A mágica faz um estrondoso sucesso. Todos aplaudem o desempenho
do ilusionista. Mas esse aparente sucesso somente ocorre porque o mágico esconde do
auditório alguns truques.
1º. O ilusionista esconde do seu público enfeitiçado que a passagem bíblica de
Hebreus 7:12 faz referência à mudança do sacerdócio levítico da ordem de Arão para o
sacerdócio de Cristo da ordem de Melquisedeque.
2º. O mágico não revela a ninguém que a mudança da lei ocorreu na Lei
Cerimonial e não na Lei Moral, que tem a função de normatizar a conduta de todos os homens
perante Deus e a sociedade (Eclesiastes 12:13-14).
3º. O âmago do truque consiste em iludir o auditório levando-o a crer que os
Dez Mandamentos foram revogados com base na revogação da Lei Cerimonial.
Será possível que o mágico não acerta uma? Quanto mais assisto ao show de mágica
contra o sábado, tanto mais convicto fico da obrigatoriedade do cristão observar o santo
sábado do Senhor. E você?
50ª Mágica
Aversão à guarda de qualquer dia
51 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Retirando de sua cartola enfeitiçada a celebre passagem bíblica de Gálatas 4:10-11 o
obtuso mágico encanta o seu bestificado auditório com a estupenda ilusão de que Paulo foi
terminantemente contra a guarda de qualquer dia. Os truques que o ilusionista não revela ao
seu público são os seguintes:
1º. O texto bíblico apresentado pelo ilusionista em seu show de mágica contra
o sábado em nenhum momento faz referência ao sábado do Senhor, que foi abençoado e
santificado na fundação do mundo. Na realidade, a passagem bíblica considerada está tratando
das ordenanças da Lei Cerimonial, que apontavam para Cristo.
2º. O mágico não revela ao seu público que o próprio apóstolo Paulo guardava
o dia do sábado entre os judeus e gentios, mesmo em lugares onde não havia judeus ou
sinagogas (Atos 16:12-13).
3º. O ilusionista não revela que o apóstolo Paulo pregava aos gentios as
mensagens do Antigo Testamento, o qual doutrina sobre a necessidade de guardar o
mandamento do sábado.
4º. É ensurdecedor o silêncio do mágico quanto ao fato de que a sua ilusão
contra o sábado na verdade derruba a guarda do domingo, tão ardorosamente defendida por
vários ilusionistas em seus shows de mágica contra o sábado.
Depois dessa o mágico se escafedeu, retornando somente mais tarde! Isso é uma
vergonha nacional!
51ª Mágica
Um dia entre sete
Com um passe de mágica, o prestidigitador ofusca o seu auditório com a grandiosa
ilusão de que o sábado pode ser qualquer dia da semana entre sete, e que foram os Adventistas
do Sétimo Dia quem inventaram toda essa história de que o sábado é o sétimo dia da semana.
A plateia vibra entusiasticamente e assobia com essa maravilhosa mágica. Que pena que todos
estejam sendo enganados! Essa mágica oculta em seu seio grandes truques.
1º. Supondo que o sábado pode ser qualquer dia entre sete, então por que
combater veementemente o sábado do sétimo dia?
2º. O mágico não revela à plateia que, como memorial da criação em seis dias,
o Senhor Deus abençoou e santificou somente o sábado do sétimo dia da semana (Gênesis
2:2-3; Êxodo 20:11).
3º. O ilusionista esconde que a Bíblia Sagrada ensina claramente que o “sétimo
dia será o sábado do descanso” (Levítico 23:3; Êxodo 23:12; 34:21; 31:15; 35:2), e não
qualquer outro dia da semana.
4º. O mágico oculta do público que o incidente da queda do maná ocorria no
sábado do sétimo dia da semana, e não aleatoriamente entre sete dias (Êxodo 16:25-26; 29-
30).
5º. O mágico não revela à plateia que a Bíblia Sagrada ensina que o sábado é o
sétimo dia da semana. Eis a prova: Lucas fez referência a três dias sequenciais: o sexto dia da
semana, conhecido como “dia da preparação” (Lucas 23:54); o sétimo dia da semana,
conhecido como “sábado” (Lucas 23:56); e “primeiro dia da semana”, sem nome especial na
Bíblia Sagrada (Lucas 24:1). Portanto, a invenção da expressão “dia da semana” não é
adventista, mas bíblica.
52 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo VIII
“Terrível é a crise para a qual caminha o mundo. Os poderes da Terra, unindo-se para
combater os mandamentos de Deus, decretarão que todos, ‘pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’ (Apocalipse
13:16), se conformem aos costumes da igreja, pela observância do falso sábado”. (O Grande Conflito, 604).
Ellen Gould White
Nos shows de mágica contra o sábado pode-se perceber com facilidade que todos os
ilusionistas procuram apresentar textos isolados das Escrituras Sagradas, os quais costumam
distorcer em benefício de suas ilusões enganadoras.
Esses mágicos extraordinários podem até mesmo defender um ponto de vista que
aparenta estar em harmonia com os textos bíblicos selecionados. Porém, uma simples leitura
do contexto imediato e da Bíblia Sagrada mostra facilmente que o texto apresentado ao
auditório é totalmente contra suas ilusões ardilosas.
Para a perfeita e exata avaliação de uma passagem bíblica sobre um determinado tema,
faz-se necessário que o mágico tenha pleno conhecimento do contexto imediato e mediato da
Palavra de Deus. Ao considerar a análise do tema que deseja apresentar ao público, o mágico
deve levar em consideração toda sistemática das Escrituras Sagradas. Não pode ater-se a
pontos isolados e tirar conclusões que contrariam o restante das Escrituras Sagradas.
Sem nenhuma exceção, todos os mágicos costumam empregar passagens bíblicas que
nada tem a ver com a ilusão apresentada ao público. Em tudo veem alguma justificativa para
fundamentar as suas ilusões contra o sábado do Senhor, e uma razão para defenderem a
observância do domingo pagão.
53 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
52ª Mágica
A substituição dos Dez Mandamentos
Numa mágica batida, repetida, cansativa e maçante, o mágico conduz o seu
espetáculo visando alcançar o delírio da galera que assiste todas as noites ao seu show de
mágica contra o sábado. A seguir, o mágico produz a grandiosa ilusão de que Cristo substituiu
a lei dos Dez Mandamentos do Antigo Testamento pela Lei do amor a Deus e do amor ao
próximo do Novo Testamento. Que coisa linda e maravilhosa! Os expectadores sobem nas
alturas de tanto contentamento. Porém, lamentavelmente, o prestidigitador não revela à sua
enfeitiçada plateia que a sua mágica possui alguns truques.
1º. O mágico é incoerente porque condena os Dez Mandamentos sob o
argumento de que se trata de preceito do Antigo Testamento, mas convenientemente insiste
em defender a lei do amor a Deus e ao próximo, que também são preceitos do Antigo
Testamento, registrado em Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18.
2º. O prestidigitador não conta à sua iludida plateia que os Dez Mandamentos
materializam a lei do amor a Deus e do amor ao próximo: os primeiros quatro mandamentos
concretizam o nosso amor para com Deus e os seis últimos concretizam o nosso amor para
com o próximo.
3º. O ilusionista esconde da plateia que Jesus Cristo e os apóstolos jamais
disseram qualquer coisa sobre a substituição dos Dez mandamentos por outros dois.
4º. O mágico esconde que na verdade Jesus ensinou que a prática da lei está
vinculada aos dois grandes mandamentos: “Destes dois mandamentos depende toda a lei e os
profetas” (Mateus 22:40). Isso não parece nada com a substituição dos Dez Mandamentos por
outros dois, nem aqui, nem na China e nem em lugar algum do planeta!
53ª Mágica
Jesus não mencionou o sábado ao jovem rico
Em seus atraentes shows de mágica contra o sábado o prestidigitador ilude o seu
auditório com a ideia de que na passagem bíblica de Mateus 19:18-19, o sábado foi abolido,
simplesmente porque Jesus enumerou a maioria dos mandamentos do Decálogo que o jovem
rico deveria guardar, mas não mencionou o sábado. Essa mágica apresenta alguns truques
interessantes que estão ocultos aos olhos do público.
1º. O ilusionista não conta a ninguém que Jesus Cristo vinculou a vida eterna à
observância dos mandamentos: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos”
(Mateus 19:17).
2º. O prestidigitador esconde que a enumeração feita por Jesus dos
mandamentos que o jovem rico deveria guardar não é taxativa, mas exemplificativa.
3º. O mágico não revela ao público que, assim como Jesus não mencionou o
sábado, Ele também não mencionou o primeiro, o segundo ou o terceiro mandamento do
Decálogo, mas nem por isso compreendemos que podemos adorar outros deuses, prestar
54 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
cultos às imagens ou usar o nome de Deus em vão. Então por que supor que podemos pisar o
santo sábado do Senhor?
4º. Outro truque escondido na manga do mágico consiste em omitir da plateia
que Jesus na verdade estava ensinando que aquele que deseja entrar na vida eterna deve
guardar os Dez Mandamentos e segui-Lo.
5º. Jesus não mencionou os primeiros quatro mandamentos do Decálogo
porque o grande problema das pessoas é o relacionamento com o próximo: “Se alguém diz:
Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual
viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I João 4:20).
54ª Mágica
Lei dada exclusivamente para os judeus
O show de mágica contra o sábado continua bem animado e vibrante. Com o
auditório predisposto, o mágico apresenta as passagens bíblicas de Deuteronômio 5:1-3, 12;
Êxodo 31:12-18, causando na plateia a deliciosa sensação de que os Dez Mandamentos foram
dados exclusivamente para o povo de Israel e ninguém mais. Essa mágica, como todas as
demais, apresenta alguns truques fajutos que o ilusionista não revela a ninguém, caso
contrário a sua ilusão não faria tanto sucesso.
1º. O truque fundamental dessa fabulosa mágica encontra-se na palavra
“exclusivamente”. A Bíblia Sagrada não ensina que a lei foi dada “exclusivamente” para os
filhos de Israel.
2º. Para fortalecer a eficácia de sua mágica, o ilusionista tendenciosamente
seleciona apenas os versículos bíblicos que parecem defender a ilusão que deseja criar no
coração dos expectadores.
3º. O prestidigitador esconde de seu público todas as demais passagens bíblicas
que desmoralizariam a ilusão criada na plateia pela sua espantosa mágica.
4º. O ilusionista não revela que as Escrituras Sagradas ensinam que a lei não
foi dada exclusivamente para os israelitas, mas também para os gentios. Eis a prova: Êxodo
12:49; Levítico 24:22; Números 15:15-16; Deuteronômio 10:17; 16:19; 29:10-12; 31:12;
Josué 8:35; II Crônicas 6:32-33; Isaías 56:6-7; Eclesiastes 12:13-14; Romanos 2:11-13; Tiago
2:9-12.
O mágico somente consegue iludir a sua plateia porque tanto ele como seus ouvintes
ignoram a existência das mais simples regras da Ciência da Hermenêutica Sacra,
especialmente aquelas referentes à Interpretação Sistemática.
55ª Mágica
A inexistência de lei antes do Sinai
Numa magnífica mágica, o ilusionista mostra que é um verdadeiro “as... no” nas
artes de iludir o público, levando o seu auditório ao delírio. O mágico apresenta arrebatadora
55 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
ilusão de que a lei não foi guardada por ninguém antes do Sinai. Por mais interessante que
possa ser, a sua mágica encerra vários truques.
1º. Contrariando a ilusão do mágico, a Bíblia Sagrada mostra que antes do
Sinai, Abraão guardou não somente as leis de Deus, mas muitos outros preceitos (Gênesis
26:5).
2º. Antes do Sinai, José negou-se a transgredir o mandamento do Senhor que
proíbe o adultério porque sabia que era pecado contra Deus (Gênesis 39:9).
3º. O Senhor falou a Moisés de mandamentos e leis vigorando antes do Sinai
(Êxodo 16:28).
4º. O mágico não revela ao seu auditório que “o pecado não é imputado, não
havendo lei”. (Romanos 5:13). Isto prova que a lei estava em vigor antes do Sinai, caso
contrário o pecado não poderia ter sido imputado ao homicida Caim (Gênesis 4:7-8 e 13); aos
maldosos e violentos antediluvianos (Gênesis 6:5 e 13); aos grandes pecadores de Sodoma e
Gomorra (Gênesis 13:13; 19:24-25).
5º. Caso não houvesse lei antes do Sinai, então homens de Deus como Enoque
(Gênesis 5:24); Noé (Gênesis 6:9), Jó (Jó 1:1) e tantos outros heróis da fé poderiam ter sido
politeístas, idólatras, blasfemos, profanadores do sábado, desonradores de pai e mãe,
assassinos, adúlteros, ladrões, mentirosos, cobiçadores, simplesmente porque não havia lei
que os proibisse de praticar tais atos abomináveis. “Porque onde não há lei também não há
transgressão”. (Romanos 4:15).
56ª Mágica
Jesus trabalhava no sábado
Novamente o mágico insiste em ludibriar o seu auditório com a surpreendente ilusão
de que Jesus quebrava o sábado porque Ele trabalhava nesse dia, além de ter afirmado que
Seu Pai fazia o mesmo (João 5:16-18). A esse mágico cabe a repreensão de Jesus: “Errais, não
conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. (Mateus 22:29). Essa mágica oculta alguns
truques bem tolos.
1º. O mágico tem a condenável atitude de adotar o fanatismo religioso e
legalista do fariseu como referencial da maneira correta de observar o sábado. Nada mais
equivocado!
2º. O ilusionista esconde do seu público que Jesus não estava realizando
trabalho secular, mas estava honrando o sábado (Isaías 58:13) ao praticar obras de
misericórdia em favor dos que se encontravam em estado de necessidade.
3º. O próprio Senhor Jesus ensinou que o sábado não é quebrado quando o
objetivo é praticar bem ao próximo: “É, por consequência, lícito fazer bem nos sábados”.
(Mateus 12:12).
4º. Jesus afirmou que o “pai trabalha até agora” com base no princípio de que é
lícito fazer bem aos sábados. O Pai trabalha até agora por dois motivos: Primeiro, ao contrário
dos homens, Deus não se “cansa nem se fatiga” (Isaías 40:28). Segundo, existe um estado de
necessitado que somente o Pai pode suprir: Como mantenedor do Universo o Pai trabalha em
benefício de todas as Suas criaturas (Neemias 9:6; Salmos 65:9-10).
Depois dessa terrível gafe, o mágico cara-de-pau picou a mula.
56 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
57ª Mágica
A profecia de Oséias
Na próxima mágica o prestidigitador meticulosamente manipula a passagem bíblica
de Oséias 2:11 e consegue iludir milhares de espectadores com a fábula de que Oséias teria
profetizado a “abolição” do sábado, que ocorreria na cruz. O mágico de araque é o máximo
em criar tantas ilusões fajutas. Sua mágica oculta alguns truques que nem todos gostariam de
conhecer.
1º. O mágico esconde que Oséias jamais profetizou a “abolição” do sábado. O
que Oséias profetizou foi que o Senhor faria “cessar” a observância dos sábados, mas somente
para os israelitas porque o Senhor faria “cessar o reino da casa de Israel” (Oséias 1:4).
2º. O mágico não conta aos seus expectadores que a profecia de Oséias 2:11
teve seu pleno cumprimento quando o Império Assírio destruiu a nação israelita e levou o
povo para o cativeiro (II Reis 17:5-6, 23-24).
3º. O ilusionista não revela ao público que no cativeiro assírio, os filhos de
Israel não tinham a liberdade de realizar “as suas festas, as suas luas novas” ou mesmo
observar “os seus sábados”, bem como as demais “festividades” prescritas na Lei.
Foi desse modo que os sábados cessaram, mas somente para os israelitas que foram
levados para o cativeiro assírio, e não na cruz. Nada mais claro, simples, lógico e totalmente
dentro do contexto da própria profecia de Oséias!
58ª Mágica
As cartas apostólicas e o sábado
Num extraordinário momento de alegria e risadas, o prestidigitador tira de sua
cartola enfeitiçada uma encantadora mágica, a qual visa criar na mente do auditório a ilusão
de que as cartas apostólicas nada falam sobre a guarda do sábado. Os truques escondidos aos
olhos da plateia são os seguintes:
1º. O prestidigitador omite que o Novo Testamento complementa o Antigo:
“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e
consolação das Escrituras tenhamos esperança”. (Romanos 15:4).
2º. O ilusionista procura esconder que os apóstolos pregavam aos gentios as
Escrituras do Antigo Testamento, a qual doutrina a observância do sábado. Eis a prova: Atos:
4:29, 31; 6:2, 4, 7; 8:4, 14; 11:1; 12:24; 13:5, 7, 44, 46, 49; 15:15, 35, 36; 16:32; 17:11, 13;
18:11; 19:10, 20.
3º. O mágico encobre dos espectadores que Jesus e os apóstolos guardavam o
sábado. Eis a prova: Marcos 6:2; Lucas 4:16; Mateus 24:20; Lucas 23:54-56 – 24:1; Atos
13:14-15; 13:42 e 44; 15:21; 16:13; 17:2; 18:4 e 11; Filipenses 3:17; II Tessalonicenses 3:6.
57 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
4º. O ilusionista esconde nas mangas que as cartas apostólicas favorecem a
observância da lei, onde se encontra registrada o sábado. Eis a prova: Romanos 2:13; 2:21-23;
3:20; 3:31; 4:15; 5:13; 7:7; 7:14; 7:21-22; 7:23; 8:7-8; I Coríntios 15:56; I Timóteo 1:8; 1:9-
10; Tiago 2:9-12; 4:11-12; Apocalipse 12:17; 14:12.
5º. Os mágicos não revelam ao seu iludido público que as cartas apostólicas
jamais falaram qualquer coisa sobre o dever do cristão guardar o domingo.
Esse mágico está me enlouquecendo! Ele não para de enganar as pessoas de bem!
58 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo IX
“Dos púlpitos das igrejas populares é proclamado que o primeiro dia da semana constitui o
sábado do Senhor; mas Deus nos deu luz, mostrando-nos que o quarto preceito do Decálogo é realmente tão obrigatório
como os outros nove preceitos morais”. (Fundamentos da Educação Cristã, 287).
Ellen Gould White
Deveria os cristãos observar o domingo, cuja origem perde-se na nevoa do
paganismo? Teria sido o sábado – cuja origem remonta à fundação do mundo – abolido com a
morte de Cristo? Os ensinos do Antigo Testamento têm validade para os cristãos nos dias de
hoje?
Estas e muitas outras perguntas surgem na mente dos fiéis filhos de Deus quando
ouvem as arengas evangélicas condenando a santificação do sábado e exaltando com alguns
farrapos de argumentos falaciosos a observância do domingo pagão.
Embora os mágicos tentem em vão esconder-se atrás de textos bíblicos para
sustentarem a abolição do sábado aos cristãos, as suas mágicas caem por terra diante da
clareza meridiana dos ensinos do Novo Testamento em relação à obrigatoriedade da
observância do sábado por todos cristãos.
Por mais que os mágicos possam tentar, ainda assim, eles não possuem calibre bíblico
suficiente para provar que o sábado foi abolido ou que o domingo pagão entrou no lugar do
sábado bíblico. Tudo o que eles podem fazer é distorcer as Escrituras Sagradas “por meio de
filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e
não segundo Cristo” (Colossenses 2:8).
59 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
59ª Mágica
Jesus e a quebra do sábado
Num arroubo de êxtase, o mágico tira dos cafundós-do-judas a lendária ilusão de
que Jesus, como Senhor do sábado (Mateus 12:8), quebrava o sábado e permitiu qualquer
outra pessoa quebrá-lo, ficando sem culpa. Essa fascinante e desonesta mágica – cheia de
encantos mil – esconde alguns truques sórdidos.
1º. Jesus apresentou-se como Senhor do sábado porque como criador de todas
as coisas (João 1:3; Colossenses 1:16-17), Ele também é o criador do sábado, razão pela qual
é o Senhor do sábado (Marcos 2:28), e Senhor de todas as coisas que existe.
2º. Com essa magnífica ilusão o prestidigitador contradiz a sua famosa mágica
de que o sábado é do judeu. Pois se Cristo é o Senhor do sábado, então o sábado não pode ser
do judeu, não vem do judeu, e nem foi criado pelo judeu. A falta de coerência entre os
mágicos é de corar qualquer cristão honesto e mais esclarecido.
3º. O mágico oculta de sua plateia que a passagem bíblica considerada não diz
absolutamente nada de Jesus profanar o sábado e ainda ter liberado o sábado para ser
profanado pelos crentes, que ficam sem a culpa de pecado pela transgressão da lei. A
produção dessa ilusão é exclusiva por conta e risco do ilusionista.
4º. Os cristãos da Igreja do Novo Testamento reuniam-se para cultuar (Atos
16:13; 18:4 e 11) no dia do Senhor (Isaías 58:13), dia reivindicado por Jesus Cristo como
sendo de seu senhorio (Mateus 12:8).
60ª Mágica
O sétimo dia e o sábado
Num inesquecível show de mágica contra o sábado, o prestidigitador ilude o seu
auditório apresentando a fábula de que na Bíblia Sagrada não está registrado que o sétimo dia
da criação é o sábado. Por esta fabulosa mágica o leitor pode perceber facilmente a fragilidade
das ilusões apresentadas por esses mágicos panacas. Essa mágica ruim pra caramba, esconde
alguns truques fajutos.
1º. O mágico omite que está escrito: “abençoou Deus o dia sétimo, e o
santificou” (Gênesis 2:3), que conjugado com a seguinte escritura paralela: “abençoou o
Senhor o dia do sábado, e o santificou” (Êxodo 20:11), provam claramente que na Bíblia
Sagrada está escrito que o sábado é o mesmo sétimo dia da criação do mundo, abençoado e
santificado por Deus.
2º. O ilusionista esconde da plateia que, pela Bíblia Sagrada, o sábado é o
sétimo dia da semana. Eis a prova: “E era o dia da preparação (sexto dia)... e no sábado
repousaram, conforme o mandamento (sétimo dia)... e no primeiro dia da semana”. (Lucas
23:54, 56; 24:1).
60 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Ao que parece, os mágicos não se pautam nos rigorosos limites e parâmetros
estabelecidos pelos textos bíblicos. Eles gostam de soltar as rédeas da imaginação e navegar
pela maionese, sem perceber o perigoso abismo criado por suas ilusões na mente do público.
61ª Mágica
Apedrejamento dos transgressores
Com uma mágica de cair o queixo, o ilusionista ofusca a sua delirante plateia com a
passagem bíblica de Números 15:32-36. Ele cria a magnífica ilusão de que, caso tivéssemos
que guardar o sábado nos dias de hoje, então teríamos que apedrejar até à morte os
transgressores desse dia. Essa mágica sensacional esconde seu truque mefistofélico.
1º. O ilusionista esconde do público que a forma de governo israelita era uma
Teocracia, onde as leis religiosas e civis eram impostas por força de penas temporais. A
aplicação da pena de morte não estava nas mãos de particulares, mas nas mãos das
autoridades da nação.
2º. O mágico oculta que além do sábado, a pena de morte também era aplicada
pela Teocracia israelita ao que blasfemasse contra o Senhor (Levítico 24:16); ao que ferisse
ou amaldiçoasse seu pai ou sua mãe (Êxodo 21:15, Levítico 20:9); ao que matasse alguém
(Levítico 24:17); ao que cometesse adultério (Levítico 20:10, Deuteronômio 22:22) etc.
3º. O mágico esconde que aqueles que guardam o sábado não precisam matar
ninguém. Isto seria atribuição de uma nação Teocrática, onde as leis civis e criminais da
Bíblia Sagrada seriam impostas pela força do Estado.
4º. O mágico omite que, caso os guardadores do sábado tivessem que matar os
transgressores desse dia, então todos os demais cristãos deveriam matar aqueles que desonram
pai e mãe, matar os adúlteros, os assassinos etc.
“Posto que Deus não castigue hoje a transgressão de Sua lei com castigos temporais,
Sua Palavra declara, todavia, que o salário do pecado é a morte; e na execução final do juízo
achar-se-á que a morte é o quinhão daqueles que violam Seus sagrados preceitos”. (Patriarcas
e Profetas, 409).
62ª Mágica
A Nova Aliança e os Dez Mandamentos
Num momento de grande arroubo, o mágico lança no ar a passagem bíblica de
Hebreus 8:8-10 e o auditório fica encantado com a ilusão de que os Dez Mandamentos são
repreensíveis, e foram abolidos quando o Senhor estabeleceu a Nova Aliança. Essa
extraordinária mágica trás em seu bojo vários truques muito doidos.
61 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
1º. O mágico esconde da plateia que o concerto, que era repreensível, refere-se
ao sacerdócio levítico, e não aos Dez Mandamentos (Hebreus 8:5). Logo, a passagem bíblica
apresentada pelo ilusionista está considerando a Lei Cerimonial e não da Lei Moral.
2º. A própria passagem bíblica citada pelo mágico deixa bem claro que no
Novo Concerto as leis de Deus não seriam abolidas, mas escritas no coração do crente
(Hebreus 8:10).
3º. O ilusionista não conta a ninguém que o Novo Concerto seria estabelecido
“com a casa de Israel e com a casa de Judá” (Hebreus 8:8).
4º. O prestidigitador oculta da plateia que o Antigo Concerto não se refere aos
Dez Mandamentos, mas refere-se à expiação de pecados pelo sacrifício de animais (Daniel
9:27) enquanto que o Novo Concerto refere-se à expiação de pecados pelo sacrifício de Cristo
(Mateus 26:28).
5º. O mágico esconde da plateia que os Dez Mandamentos é um concerto
diferente do concerto sacerdotal levítico (Malaquias 2:4-8; Hebreus 7:5; Hebreus 7:11).
O mágico enganador é vaiado pelo auditório. Bem feito, quem mandou ser mentiroso!
63ª Mágica
Todos os dias são “dia do Senhor”
Num esplendoroso show de mágica contra o sábado, o prestidigitador ilude os seus
expectadores com a crença de que com a vinda de Cristo, todos os dias passaram a ser “dia do
Senhor”. Essa mágica é uma leviandade baseada em premissas equivocadas e conclusões
aleijadas por parte do mágico. Essa ilusão oculta alguns truques fajutos.
1º. A Bíblia Sagrada não ensina em lugar algum a mágica de que todos os dias
são “dia do Senhor”. Se todos os dias são “dia do Senhor”, então o mágico não deveria criticar
aqueles que guardam o sábado, porque este é biblicamente “dia do Senhor”.
2º. O mágico oculta que tanto o Antigo como o Novo Testamento ensinam que
somente o sábado é o “dia do Senhor” (Êxodo 16:23; Êxodo 16:25; Êxodo 20:10; Levítico
23:3; Isaías 58:13-14; Marcos 2: 28; Apocalipse 1:10).
3º. Exceto o dia do sábado, todos os demais dias da semana são considerados
pelas Escrituras Sagradas como dias ordinários, que não foram abençoados ou santificados
pelo próprio Senhor.
4º. O dia de adoração para os cristãos é claramente revelado no livro do
Apocalipse como sendo o “dia do Senhor” (Apocalipse 1:10), que pela Bíblia Sagrada é o
“sábado” (Isaías 58:13).
5º. Era no sábado – pela Bíblia Sagrada, dia do Senhor – que os cristãos
regularmente se reuniam para cultuar a divindade (Atos 16:13).
6º. As Escrituras Sagradas não doutrinam em nenhum lugar que o domingo é
dia do Senhor. Caso todos os dias sejam “dia do Senhor”, então guardar o domingo ou o
sábado deveria ser totalmente indiferente para o cristão.
62 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
64ª Mágica
O descanso num dia específico
Uma mágica, no mínimo curiosa, apresenta a magnífica ilusão de que não existe
obrigatoriedade bíblica para o cristão descansar num dia específico. Como qualquer mágica
que se preze, esta também tem seus truques ocultos. Para o bem de todos e felicidade geral
dos curiosos, revelarei os diversos truques dessa mágica.
1º. O ilusionista esconde que o Antigo Testamento foi escrito para ensino dos
cristãos. Eis a prova: “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para
que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”. “Toda a Escritura
divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em
justiça. Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa
obra”. (Romanos 15:4; II Timóteo 3:16-17).
2º. O mágico omite do auditório que, como herdeiros dos oráculos divinos, os
cristãos possuem orientação bíblica para descansar num dia especifico. Eis a prova: Gênesis
2:2-3; Êxodo 20:11; Hebreus 4:3; Hebreus 4:4; Isaías 40:28; Deuteronômio 5:14; Êxodo
23:12; Jeremias 17:22; Levítico 23:3; Mateus 12:10-12; Marcos 3:4; Marcos 2:27.
3º. Os primeiros cristãos observavam um dia específico, mais precisamente o
sábado. Eis a prova: Mateus 24:20; Lucas 23:54-56 – 24:1; Atos 13:14-15; 13:42 e 44; 15:21;
16:13; 17:2; 18:4 e 11.
4º. Essa mágica é um verdadeiro tiro no pé do ilusionista. Em várias mágicas
ele iludiu a sua plateia com a crença fajuta de que o domingo é o dia do Senhor. Mas agora ele
nega tudo isso com a ilusão de que não existe nenhuma necessidade do cristão descansar em
qualquer dia especifico.
65ª Mágica
A justificação e o sábado
O ilusionista possui um enorme repertorio de mágica, a dar com o pau. Numa
estranha mágica ele cria na galera a impressão de que aqueles que guardam o sábado o fazem
para alcançar a salvação pelas obras da lei. Essa ilusão esconde seus truques maléficos.
1º. A mágica não passa de uma brutalidade sem precedente. Ela é produto da
fantasia do ilusionista, que tem a clara intenção de enganar o seu auditório e denegrir a
imagem daqueles “que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Apocalipse
14:12).
2º. Os cristãos que guardam o sábado estão perfeitamente conscientes de que a
lei ou o sábado não justificam ninguém porque eles não foram dados como método de
salvação. Mas também estão conscientes de que ninguém será salvo sem guardar a lei. Eis a
prova: Gálatas 2:16; Romanos 7:7; 3:20; Gálatas 3:21; 2:21; Filipenses 3:9; Gálatas 3:11;
Romanos 10:4; Gálatas 3:24; 5:4; Romanos 3:28; 2:12-13; 6:14-15; 3:31.
63 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
3º. Os cristãos observadores do sábado estão perfeitamente inteirados de que a
lei foi dada para mostrar ao homem o pecado (Romanos 3:30; 7:7). Porém, como o salário do
pecado é a morte (Romanos 6:23), os cristãos devem observar a lei de Deus (Romanos 3:31;
6:1-2, 12-13).
4º. Os cristãos que guardam o sábado não o fazem para serem justificados pelas
obras da lei, mas justamente porque foram justificados de seus pecados pelo sangue do
Cordeiro de Deus (Romanos 3:31; 6:1-2; 6:12-13).
Depois de tantas fraudes reveladas, somente um masoquista continuaria participando
das ilusões mentirosas produzidas no show de mágica contra o sábado.
64 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Capítulo X
“Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as
autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma
pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de ódio universal”. (O Grande
Conflito, 615).
Ellen Gould White (GC, 289)
A guarda do domingo não encontra nenhum respaldo nos ensinos do Novo
Testamento. Entretanto os mágicos conseguem manhosamente manipular as passagens
bíblicas que versam sobre o “primeiro dia da semana” para fazer valer a observância do
domingo.
Porém, para que a guarda do domingo possa plenamente vingar, esses mágicos são
obrigados a denegrir com unhas e dentes a observância do sábado do Senhor.
Nessa louca arenga contra o sábado, todo tipo de argumento sujo, imoral e antibíblico
são inventados e considerados válidos, por mais absurdos que sejam. Os mágicos ora
vinculam o sábado à Lei Cerimonial, ora ao Antigo Concerto, ora ao Antigo Testamento, ora
ao Decálogo, tudo em conformidade com o argumento que inventam para desvalorizar a
observância do sábado.
Em seus arremetes alucinados contra o santo sábado do Senhor, esses mágicos não
medem esforços para condenar os cristãos que defendem a guarda desse santo dia. Esses
ilusionistas estão tão cegos em suas paranoias contra o sábado que mal conseguem perceber
que os seus argumentos contra o sábado também fazem desmerecer a observância do
domingo, que tão ardorosamente insistem em defender.
65 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
66ª Mágica
Sacerdotes pisando o sábado
Num passe de mágica, o ilusionista cria na plateia a poderosa ilusão de que
podemos pisar abertamente o sábado porque os sacerdotes levitas transgrediam o sábado e
ficavam sem culpa. Essa mágica seria perfeita se não tivesse seus inconvenientes truques
ilícitos.
1º. Os sacerdotes transgrediam o sábado e ficavam sem culpa porque sua
atividade no sábado tinha uma “excludente de ilicitude”, haja vista que era claramente
prescrição divina que deveria ser realizada exclusivamente no sábado. Portanto era uma
atividade perfeitamente lícita.
2º. Os sacerdotes não estavam realizando nenhum trabalho secular, mas
atividade religiosa determinada por Deus para ser desempenhada especialmente no dia do
sábado (Números 28:9-10).
3º. Os serviços dos sacerdotes não eram superiores ao sábado porque a
santificação do sábado antecede o pecado e a todas as atividades das Leis Cerimoniais. Eram
as atividades dos sacrifícios de animais que estavam subordinadas à ocorrência do sábado, e
não ao contrário. Quando os sacrifícios de animais foram abolidos na cruz, o sábado
permaneceu como mandamento moral dado na criação, porque o que foi abolido foram tão-
somente as atividades cerimoniais realizadas nesse dia.
4º. Os fariseus, saduceus e os judeus sabiam perfeitamente que as atividades
dos sacerdotes realizadas no templo aos sábados eram perfeitamente lícitas, caso contrário
eles seriam os primeiros a condená-los por tal prática.
O mágico sabe que ele é um declarado inimigo da verdade e que está derrotado. Mas,
assim como o diabo, ele jamais se dará por vencido e sempre fará seus shows para todos os
tipos de néscios que estiverem dispostos a ouvi-los.
67ª Mágica
O concerto abolido por Cristo
Em seus fabulosos shows de mágica contra o sábado, o prestidigitador apresenta ao
público a ilusão de que os Dez Mandamentos faziam parte do Antigo Concerto, o qual foi
abolido por Cristo. Para convencer o seu auditório, o ilusionista tira da cartola as passagens
bíblicas de Deuteronômio 4:13; 9:8 e Êxodo 34:27-28. No que pese à atração exercida pela
mágica, ela contém truques obscuros.
1º. O mágico apresenta ao seu auditório apenas as passagens bíblicas
convenientemente selecionadas por ele e que parecem confirmar a veracidade de sua mágica.
2º. A Bíblia Sagrada relata a existência de vários concertos (Deuteronômio
29:1; Efésios 2:12). Eis a prova: Noé (Gênesis 9:13); Abraão (Gênesis 15:18; 17:4);
Circuncisão (Gênesis 17:10-11); Isaque (Gênesis 17:21); Livro da Lei (Êxodo 24:7-8; II Reis
23:2; 21; II Crônicas 34:30); Sábado (Êxodo 31:16); Moisés e Israel (Êxodo 34:27); Decálogo
66 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
(Êxodo 34:28); Sal dos manjares (Levítico 2:13); Arca do Concerto (Números 10:33;
Deuteronômio 10:8); Sacerdócio levítico (Números 25:13); Levitas (Malaquias 2:4-5); Davi
(II Crônica 7:18; II Crônicas 21:7); Libertação de escravos hebreus (Jeremias 34:13-14) etc.
3º. O concerto abolido nada tem a ver com o Concerto dos Dez Mandamentos,
os quais foram repetidos por preceito e exemplo por Jesus, pelos apóstolos e no Novo
Concerto escrito no coração dos cristãos (Hebreus 8:10).
4º. O concerto abolido por Cristo tem relação com o concerto sacerdotal
levítico (Daniel 9:27; Hebreus 7:11-12), que realizava expiação de pecados pelo sacrifício de
animais, e foi substituído pelo Novo Concerto de expiação de pecados pelo sangue de Cristo
(Mateus 26:28).
68ª Mágica
Concerto com os israelitas
Numa mágica espetacular o ilusionista diz à plateia: “Senhoras e senhores... nada
nesta mão... nada nesta outra...”. A seguir numa rápida manobra apresenta a falsa ilusão de
que o concerto estabelecido por Deus não foi dirigido a todos os homens, mas somente aos
israelitas que ouviram e aceitaram os termos do pacto. Essa maravilhosa mágica possui seus
truques sórdidos escondidos. Porém, dando uma de “Mister M”, vou procurar mostrar os
truques obscuros que estão por trás dessa mágica sórdida para que você não permaneça mais
ludibriado.
1º. O mágico esconde de seu público cativo que o Senhor convocou tanto os
judeus, quanto os gentios, para participarem do concerto (Deuteronômio 29:9-12).
2º. O ilusionista não revela aos seus expectadores que os gentios de qualquer
nação convertidos à verdade poderiam abraçar e participar do concerto que Deus havia feito
séculos antes (Isaías 56:6-7).
3º. Outro truque que o mágico não conta a ninguém é que o concerto feito pelo
Senhor abrangia todas as pessoas, e não somente aqueles que estiveram presentes no dia em
que o pacto foi anunciado e aceito (Deuteronômio 29:14-15).
Agora você não está mais iludido, e não adianta fazer essa cara de “ué”. Afinal de
contas, quem mandou você acreditar em tudo que ouve sem pesquisar nas Escrituras
Sagradas? Seja como os bereanos que “foram mais nobres do que os que estavam em
Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras
se estas coisas eram assim” (Atos 17:11).
69ª Mágica
Impotência da lei para remir os pecados
Magistralmente o ilusionista apresenta com toda pompa uma magnífica mágica,
onde produz a espetacular ilusão de que a lei foi abolida por Cristo porque ela tornou-se
impotente para remissão de pecados. Que fantástica mágica! Nesse momento o auditório vai
67 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
às nuvens. Porém, a ilusão provocada por essa mágica não é ensino registrado na Bíblia
Sagrada. Trata-se de uma mágica tendenciosa que tem por único objetivo criar a falsa ilusão
da suposta abolição do sábado do Senhor. Essa mágica encerra vários truques ocultos, cada
um mais tendencioso do que o outro.
1º. O mágico procura insinuar ao seu auditório que todos aqueles que guardam
a Lei Moral e o santo sábado do Senhor o fazem como método de justificação. Nada mais
errado!
2º. O ilusionista insinua à galera que no Antigo Testamento a remissão de
pecados era feita pela observância da Lei Moral, a qual se tornou impotente diante da cruz.
Nada mais equivocado porque a Lei Moral jamais foi dada como método de justificação de
pecados (Romanos 3:20).
3º. O ilusionista usa a Lei Cerimonial para “provar” que a Lei Moral foi
abolida. A verdade é que Lei Cerimonial realizava a expiação de pecados pelo sangue de
animais. Após a cruz, a expiação de pecados passou a ser realizada pelo sangue de Cristo,
ocorrendo a mudança da lei sacerdotal.... note bem: lei sacerdotal.
4º. O mágico não explica a ninguém que, após a cruz, a Lei Cerimonial perdeu
a sua eficácia, tornando-se impotente para realizar a remissão de pecados pelo holocausto de
animais. Porém, a Lei Moral continuou vigorando, posto que ela não expia o pecado de
ninguém e normatiza o comportamento do homem.
70ª Mágica
A Lei e os Profetas
Num maravilhoso show de mágica contra o sábado, o prestidigitador ilude a sua
atenta plateia com a crença de que Cristo cumpriu a lei por nós, logo todos estão livres de
guardar o sábado. Infelizmente essa mágica apresenta alguns truques secretos totalmente
desconhecidos pela plateia.
1º. Caso Cristo tenha cumpriu a lei por nós, então estamos livres, não só para
pisar o santo sábado, mas também podemos ter quantos deuses quisermos, cultuar imagens,
blasfemar do nome de Deus, desonrar pai e mãe, matar, adulterar, furtar, mentir, cobiçar etc.,
simplesmente porque todos esses mandamentos fazem parte da lei.
2º. O que Cristo disse que veio para cumprir foi a “Lei e os Profetas” (Mateus
5:17-18). A “Lei” é a designação dos primeiros cinco livros da Bíblia Sagrada e os “Profetas”
é uma referência aos escritos dos profetas bíblicos. Para que não pairasse nenhuma dúvida
sobre o que Cristo veio cumprir, Ele reafirmou o seguinte: “E disse-lhes: São estas as palavras
que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim
estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos”. (Lucas 24:44).
3º. O que Jesus veio para cumprir foram tipos e profecias que dEle faziam
referência os escritos da Lei e dos Profetas. Somente Jesus poderia cumprir os requisitos
exigidos pelos símbolos e profecias que apontavam para Sua obra redentora. Porém, quanto à
Lei Moral (Dez Mandamentos), ela pode ser guardada por qualquer um, inclusive foi
guardada e ensinada por Jesus, e repetida no Novo Testamento pelos santos apóstolos.
68 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
71ª Mágica
Falta de contexto
Outra mágica sensacional tem por base a passagem bíblica de Romanos 3:31, onde
Paulo nega terminantemente a abolição da lei. Porém, não podendo negar a clareza meridiana
da passagem bíblica em questão, o mágico ilude o auditório com a crença de que a
mencionada lei não se refere aos Dez Mandamentos, simplesmente porque tal fato não foi
mencionado no contexto. Mais uma vez a mágica esconde seus truques sórdidos.
1º. O mágico é tendencioso, posto que quando a passagem faz referência à Lei
Cerimonial ele conclui sem pestanejar que se trata dos Dez Mandamentos, mesmo não
estando no contexto. Porém, quanto se trata da Lei Moral, o mágico nega que sejam os Dez
Mandamentos, sob o argumento de que não está no contexto.
2º. Desconhecendo as técnicas da interpretação sistemática, o mágico ignora
que a lei mencionada no texto de Romanos 3:31 faz sim referência aos Dez Mandamentos.
Isto se torna evidente pelo contexto do capítulo quando Paulo menciona que “pela lei vem o
conhecimento do pecado” (Romanos 3:20), ocorre que numa passagem paralela, Paulo faz
referência ao mandamento do Decálogo para mostrar que a lei pela qual “vem o conhecimento
do pecado” refere-se aos Dez Mandamentos. Eis a prova: “Eu não conheci o pecado senão
pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”.
(Romanos 7:7).
3º. Diante dos truques obscuros dessa mágica, fica claro que a lei dos Dez
Mandamentos não foi abolida pela fé, pelo contrário, mais do que nunca ela é estabelecida na
vida do cristão, e como o sábado faz parte dela, então todos cristãos têm o dever de observar
esse santo dia do Senhor.
72ª Mágica
O domingo e a ressurreição
Uma mágica magistral, produzida por fabulosos ilusionistas, consiste em favorecer a
observância do domingo sob o pretexto de que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana.
Ora, sendo assim, até eu posso fazer algumas mágicas. Quer ver? Então observe as minhas
habilidades ilusionistas:
1º. Caso o domingo deve ser guardado porque Cristo ressuscitou nesse dia,
então o sábado deve ser guardado porque Cristo descansou no sepulcro nesse dia de “pôr do
sol” a “pôr do sol”.
2º. Supondo que o domingo deve ser guardado porque Cristo ressuscitou nesse
dia, então a sexta-feira deve ser guardada porque foi nesse dia que Cristo venceu as forças das
trevas, suportando tentações e em grande agonia tomou a resolução de morrer em favor de
todos os pecadores.
69 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
3º. Se o domingo deve ser guardado porque Cristo ressuscitou nesse dia, então
a quinta-feira deve ser guardada porque foi nesse dia que Cristo estabeleceu a santa ceia como
um memorial de sua morte e ressurreição.
Agora vou ensinar para você um novo e estupendo truque de mágica que com certeza
muitos vão gostar:
4º. Supondo que o domingo deve ser guardado porque Cristo ressuscitou nesse
dia, então você pode ter quantas esposas quiser, porque Salomão, o rei mais sábio e
abençoado, teve setecentas esposas e trezentas concubinas. (Opa! Acho que não devia ter
contado isso. Mas não vão querer praticar justamente essa mágica).
Bem, encerrando esse maravilhoso show de mágica contra o sábado, vamos dar uma
calorosa salva de palmas para esses magníficos ilusionistas com seus truques enganosos e
sensacionais! Bravo... Bravo... Bis... Bis...
70 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Posfácio
Esses magníficos ilusionistas da mentira, que gostam de realizar show de mágica
contra o sábado, têm cometido erros atrás de erros, até mesmo na sua ilusão nada coerente da
guarda do domingo, numa flagrante prova de ignorância e sectarismo. Não apenas realizam
suas mágicas fajutas para iludir o público incauto, como também são as principais vítimas de
suas próprias obras de engano. É dever de todo aquele que conhece a Palavra de Deus
procurar esclarecer o engano da galera adepta do mágico. Sempre que for possível devemos
procurar mostrar pelas Escrituras Sagradas que o único caminho para a salvação é Cristo
Jesus. Que somos salvos somente pela graça, mediante a fé e julgados pelas obras. Devemos
mostrar que a fé sem obras é morta; que o salário do pecado é a morte e que o pecado é a
transgressão da lei de Deus. Caso permaneçam recalcitrantes, não podemos de forma alguma
comungar com eles e jamais participar de suas formas de culto e adoração porque “o Espírito
expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores, e a doutrinas de demônios”. (I Timóteo 4:1). Também fomos advertidos pelo
nosso Senhor Jesus a sermos cautelosos com determinadas seitas cristãs, mais
especificamente com aquelas que manifestam em seus cultos sinais e prodígios: “Muitos me
dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não
expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se
possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 7:22-23; 24:24).
71 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Bibliografia
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http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=67
72 LEANDRO BERTOLDO
Show de Mágica Contra o Sábado
Relação de Endereços
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