18
LNAemDia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 1 Uma publicação eletrônica para divulgação de notícias para os usuários do MCTI/Laboratório Nacional de Astrofísica Editores: Giuliana Capistrano e Patrícia Aline de Oliveira ISSN 21794324 / [email protected] Número 41 23 de dezembro de 2015 N a noite de 28 de outubro de 2015, o espectrógrafo de campo integral do SOAR (SIFS) foi testado novamente no céu. Há cerca de 3 anos, um conjun- to óptico daquele instrumento foi danifi- cado devido às baixas temperaturas do inverno de 2012. Após ser detectado o problema, este conjunto óptico foi retira- do, enviado ao Brasil para testes e re- enviado ao fabricante nos Estados Unidos para novo polimento e remonta- gem do conjunto. Em Junho de 2015, este conjunto foi novamente reinstalado na bancada do SIFS e todo sistema óp- tico foi realinhado. As observações foram realizadas utili- zando a rede VPH de 700 l/mm, que fornece uma resolução de aproximada- mente R~1000. Os objetos seleciona- dos foram estrelas padrões brilhantes para verificar o estado atual da óptica do instrumento.Na figura abaixo, pode- se ver a extração simples do espectro de uma das fibras do SIFS da estrela HR1996. A análise preliminar dos da- dos indica que o instrumento está pro- duzindo espectros como esperado, entretanto, outros testes serão neces- sários para realizar uma avaliação com- pleta do instrumento. Para isto, o LNA está preparando um plano para comis- sionamento para entrega do instrumen- to em 2017A, sendo que a verificação do sistema está prevista para meados do semestre 2016B. SOAR SIFS volta a ser testado no céu Luciano Fraga Extração simples do espectro de uma das fibras do SIFS da estrela HR1996 Luciano Fraga é pesquisador do LNA. Para que estes testes fossem realiza- dos, o LNA contou com o apoio do staff do SOAR/CTIO e dos astrônomos resi- dentes David Sanmartim e Bruno Quint. O LNA gostaria de agradecer também ao INCT-A por financiar a viagem do pesquisador Luciano Fraga para traba- lhar com o SIFS durante o período dos testes.

SIFS volta a ser testado no céu

  • Upload
    vodan

  • View
    225

  • Download
    2

Embed Size (px)

Citation preview

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 1

Uma publicação eletrônica para divulgação de notícias para os usuários doMCTI/Laboratório Nacional de Astrofísica

Editores: Giuliana Capistrano e Patrícia Aline de OliveiraISSN 2179­4324 / [email protected]

Número 41 ­ 23 de dezembro de 2015

Na noite de 28 de outubro de 2015,o espectrógrafo de campo integral

do SOAR (SIFS) foi testado novamenteno céu. Há cerca de 3 anos, um conjun-to óptico daquele instrumento foi danifi-cado devido às baixas temperaturas doinverno de 2012. Após ser detectado oproblema, este conjunto óptico foi retira-do, enviado ao Brasil para testes e re-enviado ao fabricante nos EstadosUnidos para novo polimento e remonta-gem do conjunto. Em Junho de 2015,este conjunto foi novamente reinstaladona bancada do SIFS e todo sistema óp-tico foi realinhado.

As observações foram realizadas utili-zando a rede VPH de 700 l/mm, que

fornece uma resolução de aproximada-mente R~1000. Os objetos seleciona-dos foram estrelas padrões brilhantespara verificar o estado atual da ópticado instrumento.Na figura abaixo, pode-se ver a extração simples do espectrode uma das fibras do SIFS da estrelaHR1996. A análise preliminar dos da-dos indica que o instrumento está pro-duzindo espectros como esperado,entretanto, outros testes serão neces-sários para realizar uma avaliação com-pleta do instrumento. Para isto, o LNAestá preparando um plano para comis-sionamento para entrega do instrumen-to em 2017A, sendo que a verificaçãodo sistema está prevista para meadosdo semestre 2016B.

SO

AR

SIFS volta a ser testado nocéuLuciano Fraga

Extração simples do espectro de uma das fibrasdo SIFS da estrela HR1996

Luciano Fraga épesquisador do LNA.

Para que estes testes fossem realiza-dos, o LNA contou com o apoio do staffdo SOAR/CTIO e dos astrônomos resi-dentes David Sanmartim e Bruno Quint.O LNA gostaria de agradecer também

ao INCT-A por financiar a viagem dopesquisador Luciano Fraga para traba-lhar com o SIFS durante o período dostestes.

Página 2 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

SO

AR

SOAR 2016A – Resultadose informações importantesAlberto Rodriguez Ardila

Teve lugar nos dias 18 e 19 de no-vembro de 2015 a reunião da Co-

missão de Programas do SOAR paradistribuir o tempo disponível nesse te-lescópio no semestre 2016A. Participa-ram da reunião Claudia Vilega (INPE),na qualidade de Presidente, José Dias(UFRGN), Alan Brito (UFRGS), JorgeCarvano (ON), Roberto Saito (UFS),Henri Plana (UESC), Lucimara Martins(UNICSUL) e Luciano Fraga (LNA/MC-TI). Na chamada para esse semestre fo-

ram recebidas 27 propostas deobservação, solicitando um total de 651horas ou o equivalente a 77 noites (as-sume-se que uma noite tem, em média,8.5 h). O número de noites disponíveisé de 44, o que se traduz em um fator depressão de 1.74. Esse valor é bastantesimilar ao registrado no semestre imedi-atamente anterior (1.75), o que indicaque a procura pelo SOAR se manteveestável no último ano e acima da médiados últimos 8 semestres (ver Figura 1).

Figura 1. Evolução do fator de pressão do SOAR (tempobrasileiro) no período 2008A-2016A.

A Universidade Federal do Rio Grandedo Sul foi a instituição com maior de-manda do Telescópio, com 33% do tem-po total solicitado (ver Figura 2),seguido pelo Observatório Nacional(19%), o IAG/USP (18%) e o Observató-rio do Valongo (16%). Em relação àinstrumentação, o espectrógrafo e ima-geador óptico Goodman continua sendoo instrumento mais solicitado, respon-dendo por 45% do tempo total requisita-

do (ver Figura 3). Em segundo lugaraparece o módulo de óptica adaptativado SOAR (SAM), com 16%, seguido deperto pelo espectrógrafo e imageadorinfravermelho OSIRIS (13%). A deman-da conjunta dos dois instrumentos doBlanco oferecidos em 2016A (DECaM eARCOiRIS) soma 14%. Os restantes12% se distribuem entre o imageadoróptico SOI, o imageador infravermelhoSPARTAN e um instrumento visitante.

LNA

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 3

em dia

SO

AR

Figura 2: Distribuição, em porcentagem, do tempo total solicitado,por instituição, em 2016A.

A tabela com a lista dos projetoscontemplados com tempo deobservação pode ser acessada napágina do SOAR do LNA, disponível emhttp://www.lna.br/soar/NSO/16A/projetos.html. Além disso, o calendário com asdatas de observação para cada projetopode ser visualizada emhttp://www.lna.br/soar/NSO/16A/intro.ht

ml. Em breve, a Secretaria da Comissãode Programas do SOAR (CBPSOAR)enviará por e-mail o parecer final decada proposta. Recomendamos aospesquisadores ler com atenção asrecomendações realizadas pelaComissão de Programas e implementaras sugestões formuladas em caso deuma nova submissão da proposta.

Figura 3: Distribuição, em porcentagem, do tempo total solicitado,por instrumento, em 2016A.

Alertamos aos usuários que obtiveramtempo em 2016A da necessidade deconferir e fazer circular entre os co-au-tores da proposta as datas de observa-ção alocadas ao seu projeto.Observadores em modo remoto preci-sam seguir as regras fixadas para essetipo de observação, disponíveis no en-dereço http://www.lna.br/soar/NSO/ins-tructions_SOARremote.html.

Observadores no modo clássico deveminformar ao Escritório Nacional do SO-AR ([email protected]), com no míni-mo um mês de antecedência, do seusplanos de viagem e entrar em contatocom Marcela Urquieta ([email protected]) do SOAR no Chilepara realizar as reservas de hospeda-gem e transporte em La Serena.

Página 4 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

SO

AR Entrega do Prêmio do

Concurso de Astronomiapara EstudantesAlberto Rodriguez Ardila

Aconteceu na segunda-feira 16 deNovembro, no Instituto Federal de

Pernambuco (IFPE), Campus Recife, aentrega do prêmio aos vencedores doConcurso de Astronomia para Estudan-tes, edição 2014. Na ocasião, MariaInês Arruda Gonçalves e Matheus Va-lença Correia, ambos de 18 anos e hojeestudantes de ensino superior na Uni-versidade Federal de Pernambuco, re-ceberam a visita do astrônomo do LNA,Alberto Rodríguez Ardila, quem entre-gou a imagem da galáxia NGC 1300,obtida com o Telescópio SOAR.

O concurso “Escolha um Objeto As-tronômico para ser observado com oTelescópio SOAR” premia os estudan-

tes brasileiros que se destacam naredação de um texto dissertativo atra-vés do qual indicam um objeto a ser fo-tografado no SOAR. O critério utilizadopara escolher os vencedores é a quali-dade do texto submetido, que deve ex-plicitar o interesse científico e o apelovisual do objeto proposto. Ainda, a insti-tuição vencedora recebe a visita de umastrônomo do Laboratório Nacional deAstrofísica (LNA), que ministra uma pa-lestra sobre um assunto de interesse naastronomia. Antes, no mês de abril, osvencedores tinham visitado as instala-ções do SOAR em Cerro Pachón, Chile,também como parte do pacote de pre-miação oferecido aos ganhadores.

O formulário para elaboração da Fase IIestará disponível na página do SOARapartir do 21 de janeiro de 2016. Lem-bramos da necessidade de preencher eenviar esse formulário com no mínimo,uma semana de antecedência ao turnode observação. Não será permitida aexecução de programas que não te-nham enviado a Fase II previamente.Dúvidas técnicas em relação à execu-ção da proposta ou ao preenchimentodo formulário podem ser enviadas aoendereço [email protected].

Alertamos, ainda, da importância dopreenchimento do formulário de feed-back para informar eventuais proble-mas/falhas durante a observação assim

como relatar sobre a qualidade dos da-dos coletados. O formulário para essefim encontra-se disponível emhttp://www.lna.br/soar/NSO/SOARN-SO.html. Essa informação é necessáriapara avaliar a qualidade do serviçoprestado pelo Escritório Nacional aosusuários e estabelecer ações para sa-nar potenciais deficiências apontadas.Porfim, publicações (dissertações, tesese trabalhos em revistas arbitradas) deri-vadas total e/ou parcialmente com da-dos do SOAR devem ser comunicadasao Escritório do SOAR através do enla-ce localizado no endereço acima.

O Escritório Nacional do SOAR deseja atodos seus usuários umas felizes festas

Vencedores da categoria Ensino Médio, estudantesvisitam o Telescópio SOAR.

Devido ao interesse manifestado peloIFPE, foram ministradas duas palestrasna Instituição nos turnos da manhã eda tarde. Em ambas as sessões, foi re-alizada a entrega do prêmio, que con-tou com a ilustre presença deautoridades, e do corpo docente e dis-cente do Instituto. Foi uma grandeoportunidade constatar o enorme inte-resse que a astronomia desperta nosestudantes, relata Alberto. Graças aoempenho incansável do Dr. GuilhermePereira, do Núcleo de Astronomia eprofessor de física desse Instituto Fe-

LNA

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 5

em dia

SO

AR

deral, Guilherme orientou a dupla ven-cedora em 2014. Na edição de 2015,quatro propostas do mesmo Instituto fo-ram enviadas ao LNA, representandoum incremento de 300% em relação aoano imediatamente anterior. Na primeiraedição do concurso, em 2013, essamesma instituição alcançou a terceiracolocação.

Ao todo, aproximadamente 400 estu-dantes e 15 professores de nível médioassistiram à palestra intitulada “O Labo-ratório Nacional de Astrofísica e a astro-nomia brasileira” proferida pelo Dr.Alberto Rodríguez Ardila. Durante os

dois seminários, os participantes tive-ram a oportunidade de conhecer a insti-tuição, os telescópios que se encontramsob a sua responsabilidade e o trabalhodesenvolvido pelos astrônomos e estu-dantes vinculados ao Laboratório. Napalestra ministrada durante a tarde, 15estudantes do Instituto Federal de Per-nambuco, campus Garanhuns, acompa-nhados do Professor de Física desseInstituto, Robson Lima Pereira do Nas-cimento, faziam parte da seleta platéia.Eles viajaram desde essa cidade, dis-tante 270 km do Recife, para prestigiaro evento.

O retorno positivo tanto dos estudantesquanto das instituições de ensino funda-mental e médio que participam do con-curso mais do que justifica todo oesforço que o LNA investe na organiza-ção e realização desse evento, declaraAlberto. Saber que estamos contribuin-do na formação de estudantes no Paíse despertando neles o interesse pelapesquisa científica nos estimula a conti-nuar e a aprimorar o concurso, adicionao astrônomo. Ele também destaca o en-volvimento tanto logístico quanto finan-

ceiro da Olimpiada Brasileira deAstronomia nas diferentes etapas doconcurso. Sem o apoio efetivo delesnão seria possível uma divulgação tãoampla no País assim como a premiaçãodos vencedores, conclui.

O Astrônomo Alberto Rodríguez Ardilaagradece ao Professor Guilherme Pe-reira, do IFPE, pela hospitalidade e aco-lhida durante a estadía no Recife e pelaexcelente organização dos eventos depremiação na Instituição.

Entrega do quadro com a foto do objeto escolhido pelosvencedores do concurso.

Página 6 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

Para responder algumas das ques-tões levantadas pelo Comitê Exter-

no de Avaliação, o Conselho Diretor doSOAR criou uma força-tarefa compostapor seis membros (dois do NOAO ousua comunidade de usuários, dois doBrasil e um da UNC e MSU). Esta Co-missão irá produzir um documento quedescreve os seus planos futuros para aciência com SOAR. O documento devedesenvolver casos representativos deciência e descrever especificamente co-mo a ciência se relaciona com as capa-cidades presentes e ou futuras doSOAR.

É importante enfatizar tanto os modosoperacionais quanto a instrumentaçãonecessários para produzir a ciência al-mejada. Por exemplo, se o caso científi-co é um levantamento que demanda aoperação de instrumentos via scripts emcoordinação com o apontamento do te-lescópio e a aquisição de alvos de for-ma automática, é fundamental que aproposta aborde esses requisitos de for-ma clara. Esse exemplo pode conduzirao desenvolvimento de um modo fila efi-ciente além do modo clássico que é uti-lizado atualmente. Certamente existemoutros exemplos que demandam outrascapacidades como o uso de ópticaadaptativa, novos instrumentos, etc. Se-rá um desafio interessante definir priori-dades e, em seguida, começar aimplementar as capacidades necessári-as. O trabalho da força tarefa é críticonesse primeiro passo.

Os pontos chaves que cada membro doSOAR deve abordar no documento finalsão:

1) Apontar claramente a importânciados objetivos científicos que estão sen-do indicados.

2) Descrever, especificamente, as ca-pacidades atuais e/ou futuras do SOARnecessárias para atingir esses objetivoscientíficos.

3) Abordar os modos operacionais doSOAR necessários para atingir essesobjetivos.

4) Discutir quaisquer outras necessida-des ou exigências do telescópio e dainstrumentação, incluindo a documenta-ção e o software necessários para aten-der os objetivos científicos.

Solicitamos o encaminhamento de suaspropostas de pesquisa com o SOAR atéo fim de fevereiro para Kepler Oliveira([email protected]) e Cassio Barbosa([email protected]).

SOAR – Força tarefa, Fu­turo Científico do SOARAlberto Rodriguez Ardila

SO

AR

LNA

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 7

em dia

Alberto Rodríguez Ardila épesquisador e coordenador da

Coordenação de ApoioCientífico (CAC)

Uma nova câmera de aquisição comvisor de fenda foi instalada e co-

missionada no espectrógrafo de alto de-sempenho Goodman. A GACAM, doinglês Goodman Acquisition Camera, oucâmera de aquisição do Goodman, per-mite aos usuários realizar o procedi-mento de aquisição de alvos com muitamaior rapidez do que o procedimento depré-imagem alternativo. GACAM estálocalizada dentro do espectrógrafo. Fun-ciona através de um braço retrátil queinsere um espelho entre a fenda e o co-limador, permitindo aos observadoresvisualizar o plano focal do telescópioquando o braço está na posição “OUT”(ver Figura 1) ou visualizar alvos de ob-servação através da fenda (braço naposição “IN”) para verificar o centradodestes. A imagem é capturada atravésde uma câmera Prosilica GigE de 659 x493 píxeis, com uma escala de0.1675”/píxel. O campo de visão é de1.82' x 1.36'.

GACAM é adequada para alvos maisbrilhantes do que V < 18. O processo deaquisição pode ser tão rápido quando 1minuto, dependendo da experiência dousuário, o alvo e as condições do céu.Uma vantagem adicional do uso dessesistema é que as configurações na GUIdo Goodman não precisam ser muda-das (evita, por exemplo, a troca entre omodo "espectroscópico" e de "imagem"e entre os modos de leitura lenta e rápi-da) durante o processo de aquisição, di-minuindo consideravelmente o tempode overhead.

Usuários interessados no uso da GA-CAM devem ler a documentação dispo-nível em

http://www.ctio.noao.edu/soar/con-tent/goodman-acquisition-camera-ga-cam.

SO

AR

Nova câmera de aquisiçãocom visor de fendadisponível no GoodmanAlberto Rodriguez Ardila

Imagem da GACAM da anã branca WD J22234-408 (V=17.72) obtida com céu limpo elua cheia. Esquerda: imagem direta do campo (o braço da GACAM na posição “out”).

Direita: com a fenda longa de 1.07” (com o braço da GACAM na posição “IN”).Imagem cortesia de http://www.ctio.noao.edu/soar/.

Página 8 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

LN

ABrasil assina acordo comtelescópio LSSTAssessoria de Comunicação do MCTI

A Academic Network at São Paulo(ANSP), o Laboratório Interinstituci-

onal de e-Astronomia (LIneA), o Labora-tório Nacional de Astrofísica (LNA) e aRede Nacional de Ensino e Pesquisa(RNP) anunciam a assinatura de umMemorando de Entendimento que viabi-liza a participação de um grupo de pes-quisadores brasileiros no projeto LargeSynoptic Survey Telescope (LSST). Istofoi possível em razão de comprometi-mentos de investimentos em conexõesde fibra óptica feitos pela ANSP e RNP,ampliando a conexão entre a Américado Sul e a América do Norte.

O LSST é um telescópio sendo cons-truído em Cerro Pachón no Chile. Pre-visto para entrar em operação em 2022,o LSST irá mapear quase a metade docéu em cinco filtros por um período de10 anos. O telescópio, com um diâmetrode 8,4 metros, cobrirá um campo dequase 10 graus quadrados, podendomapear toda região do céu ao qual eletem acesso, em apenas algumas noites.Sua câmera consiste de um mosaico deCCDs com 3,2 bilhões de pixels e cadaexposição cobrirá uma área correspon-dente a 40 vezes o tamanho da Luacheia. A cada noite serão acumuladosda ordem de 15 TB de dados, os quais

Um acordo firmado entre o Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia(LIneA), o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), a Rede Nacional de

Ensino e Pesquisa (RNP) e a Academic Network at São Paulo (ANSP) vai permitir aparticipação de pesquisadores brasileiros no projeto de construção do LargeSynoptic Survey Telescope (LSST). O Memorando de Entendimento, assinado emsetembro pelas instituições, prevê investimentos em conexões de fibra óptica,ampliando a ligação entre a América do Sul e a América do Norte. Além disso, umgrupo de 50 pesquisadores brasileiros participará do projeto, consideradorevolucionário para a Astronomia. O LSST é um telescópio em construção emCerro Pachón, no Chile, com previsão para entrar em operação em 2022. SomandoR$ 1 bilhão em investimentos, o LSST terá capacidade para fazer o mapeamentode quase metade do céu em seis filtros por um período de dez anos. O telescópio,com 8,4 metros de diâmetro, cobre um campo de quase 10 graus quadrados,podendo mapear toda a região do céu ao qual tem acesso em apenas algumasnoites. Com os dados do LSST, os cientistas vão explorar o sistema solar, estudara estrutura de nossa galáxia e a formação e evolução de estruturas do universo.

Mais informações sobre o acordo serão divulgadas pela SAB em breve.

Local em que será construído o LSST

LNA

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 9

em dia

LN

A

Concepção artísticado LSST

devem ser transmitidos para diferentescentros para redução e análise, inclusi-ve no Brasil. O sistema fornecerá aosastrônomos uma visão dinâmica do Uni-verso, onde variações de posição ou flu-xo de objetos celestes serão registradasem intervalos de algumas poucas noi-tes. Estima-se que o LSST gerará da or-dem de 10 milhões de alertas destasvariações a cada noite. Estas variaçõesserão classificadas e os casos mais in-teressantes serão observados em ou-tros telescópios para análise maisdetalhada. Ao término de 10 anos o le-vantamento obterá informações sobre37bilhões de estrelas e galáxias exploran-do um volume de espaço sem prece-dentes e gerando da ordem de 100petabytes de dados.

Este projeto apresenta grandes desafiosna área de TI para gerenciar a transfe-rência, processamento, armazenamen-to, análise e exploração científica dagrande quantidade de dados que serágerada de forma ininterrupta. Este é umproblema de Big Data que começa a serenfrentado de uma forma sistemáticapelo projeto procurando novas soluçõespara as áreas de comunicação em rede,processamento de alto desempenho edesenho de banco de dados, nas quaisa equipe brasileira também participará.

Com os dados do LSST cientistas irão

explorar o sistema solar, estudar a es-trutura de nossa galáxia e a formação eevolução de estruturas no Universo,além de determinar as propriedades damatéria e energia escura que permeiamo Universo, sendo esta última respon-sável pela expansão acelerada do mes-mo.

A infraestrutura de conectividade via fi-bra óptica disponibilizada pela ANSP eRNP permitirá a transferência de dadosentre Chile e EUA através do Brasil al-cançando taxas de 100 Gbps. A ANSPserá responsável pela operação da co-nexão entre Santos (SP) e Boca Raton(Flórida, EUA). A RNP proverá a cone-xão entre Santiago (Chile) e São Paulo(SP). Esta contribuição da ANSP e RNPfoi reconhecida pelo Conselho de Admi-nistração do LSST como contrapartidapara a participação de 10 pesquisado-res seniores e mais 4 juniores associa-dos a cada um deles, totalizando 50pesquisadores com acesso irrestrito aosdados do levantamento. Pelos termosdo acordo o LIneA e o LNA são respon-sáveis por organizar o processo de se-leção deste contingente depesquisadores brasileiros, denominadoprovisoriamente LSST Brazilian Partici-pation Group (BPG -LSST), que terãovárias responsabilidades junto ao LSST.

Página 10 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

LN

ALNA lança livro que narra asua históriaAssessoria de Comunicação do MCTI

Um projeto arrojado que demorou 20anos para sair do papel e ganhar o

céu. Assim começa a história doLNA,contada por uma equipe de pesquisado-res no livro “Da Serra da Mantiqueira àsMontanhas do Havaí”, que foi lançadodia 7 de dezembro.

Historiadores do Museu Nacional de As-tronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI),outra unidade de pesquisa do Ministérioda Ciência, Tecnologia e Inovação, fo-ram buscar nos anos 1960 o início doprojeto que transformou a astronomiabrasileira. Sem tradição na astrofísica, oPaís precisava de equipamentos moder-nos para as pesquisas de ponta e paraevitar uma "evasão de cérebros". Alémdisso, havia o argumento desenvolvi-mentista vigente de que era necessário

estimular a indústria nacional. Este erao início do projeto do Observatório As-trofísico Brasileiro, que deu origem aoLNA.

Uma dificuldade era escolha do lugarpara instalação de um telescópio demédio porte. "Tinha que ter altitude,pouca umidade e céu limpo", contou ahistoriadora Christina Barbosa. As pes-quisas apontaram para o Pico dos Dias,com 1.864 metros de altitude, na serrada Mantiqueira, em Minas Gerais. Ali,em 22 de abril de 1980, um telescópiocom 1,60 metro de diâmetro, até hoje, omaior do Brasil, coletou sua primeiraluz. Cinco anos depois, o OAB foi trans-formado no Laboratório Nacional de As-trofísica, ganhando autonomia em 1989.

Duas unidades de pesquisa do MCTI se juntam para contar a históriada astronomia no Brasil. Livro escrito por historiadores do Mast sobreo Laboratório Nacional de Astrofísica foi lançado no dia 7 dedezembro.

Capa do livro que narra a históriado LNA

LNA

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 11

em dia

LN

A"O LNA é a primeira instituição científicacriada no Brasil sob o modelo de labora-tório nacional. Foi um divisor de águaspara a história da astronomia brasileirae para a comunidade científica, ajudan-do a formar uma geração de pesquisa-dores", disse.

Christina Barbosa coordenou a equipede historiadores do Mast que escreveuo livro sobre o LNA. A obra tem mais de200 páginas com farta ilustração. Sãoimagens de documentos históricos co-mo o convênio assinado pela Financia-dora de Estudos e Projetos(Finep/MCTI) com o Ministério da Edu-cação e Cultura para implantação doantigo OAB.

Desde a instalação do Observatório doPico dos Dias, a infraestrutura oferecidaaos astrofísicos foi ampliada e aprimo-rada graças à participação do LNA emparcerias e consórcios internacionais.Com isso, hoje, a comunidade científicabrasileira tem acesso aos modernos ob-servatórios Gemini, Soar e CFHT, loca-lizados no Chile e no Havaí. Aparticipação brasileira nesses observa-tórios é de responsabilidade do LNA. "Ahistória do LNA confunde-se com a his-tória da astronomia brasileira nos últi-mos cinquenta anos, e maisespecificamente com a implantação e aconsolidação da astrofísica no país",concluiu a historiadora.

Da esquerda para a direita: Christina Barbosa, escritora do livro; Albert Bruch, ex-diretor do LNA; BrunoCastilho, Diretor do LNA; Heloisa Domingues, Diretora do Mast; Sérgio Lamarão, escritordo livro, Sírcia

Sousa, Diretora de C&T da Prefeitura de Itajubá; Rodrigo Melo, Secretário de C&T da Prefeitura de Itajubáe o Procurador Jurídico da Câmara Municipal, Dr. Gustavo Oliveira.

Foto: Clemens Darvin Gneiding

O livro "Da serra da Mantiqueira às montanhas do Havaí: ahistória do Laboratório Nacional de Astrofísica" tem versão

eletrônica e pode ser baixado gartuitamente no link:

http://lnapadrao.lna.br/acesso­a­informacao/institucional/livro_lna.pdf

Página 12 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

LN

ASemana Nacional deCiência e Tecnologia ­ 2015Luz, Ciência e Vida

Janderson Muniz de Oliveira

Entre os dias 21 e 25 de outubro, oLNA, em parceria com a UNIFEI e

com o apoio da Prefeitura Municipal deItajubá, promoveu uma série de ativida-des envolvendo experimentos e ses-sões em planetário digital móvel paratodo o tipo de público, principalmenteestudantes de Ensino Fundamental eMédio. Essas atividades foram realiza-das dentro da XII edição da SemanaNacional de Ciência e Tecnologia, umevento em nível nacional coordenadopelo MCTI com o objetivo de difundir aciência e tecnologia que o país produze cujo tema foi “Luz, Ciência e Vida”.

O evento teve lugar no auditório CentroTécnico Cultural Prof. Pedro Mendesdos Santos -- CTC – na Casa Centralda UNIFEI, local de fácil acesso, no

centro da cidade. O ambiente foi adap-tado para a realização dos experimen-tos, que precisavam de baixailuminação para melhor visualizaçãodos seus efeitos. Em alguns locais, aquase que total escuridão foi invadidapor lasers coloridos que encantaram opúblico com um show de luzes e efeitoscom fumaça cenográfica. Para o encan-to das crianças, além do show de luzeslogo na entrada, elas tiveram a oportu-nidade de se deslumbrar com uma in-crível viagem feita no planetário. Elasconheceram algumas das estrelas maisbrilhantes do nosso céu, visitaram pla-netas do sistema solar, conheceram al-gumas das constelações visíveis nanossa região, e sempre aprendendo umpouco mais sobre a astronomia de for-ma bem divertida.

Figura 1: Experimento sobre condução da luzem jato de água, em alusão ao funcionamento

das fibras ópticas.

Esse tema possibilitou a apresentaçãode vários experimentos relacionados aotrabalho que é desenvolvido no LNA. Oexperimento feito com garrafa PET per-mitiu explicar o a utilidade das fibras óp-ticas na astronomia. Até mesmo quemjá conhecia as fibras ópticas ficou en-cantado ao observar o feixe de luz dolaser percorrer o fio d'água num trajetocurvo (Fig. 1). Os visitantes também fi-caram surpresos ao saber da importân-cia que o LNA tem hoje no uso de fibrasópticas na instrumentação para astro-nomia brasileira e no destaque interna-cional que vem conquistando ao longodos últimos anos.

O experimento que simulava como osfeixes de luz se comportam num teles-cópio refletor demonstrou o funciona-mento de um telescópio Newtoniano,por facilidade na montagem do mesmo,já que não necessitava de ter um furono centro do espelho primário comoocorre nos telescópios do tipo Casse-grain. Para simular o espelho primáriousamos um espelho parabólico (de ma-quiagem!) e para o secundário, um es-pelho plano (Fig. 2).

LNA

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 13

em dia

LN

A

Figura 2: Experimento sobre ocomportamento da luz num telescópio.

O experimento que permitiu mostrardidaticamente o funcionamento de umespectrógrafo utilizou uma rede de

difração holográfica, de 1.200 linhas pormilímetro cedida pelo Laboratório deMetrologia Óptica do LNA (Fig. 3).

Figura 4: Microscópio caseiro feito com uma seringa e um laser.

Os adultos também se encantaram comas sessões do planetário, mas algunsdeles se surpreenderam, mesmo, comum experimento que chegou a causarespanto. Um microscópio feito com la-ser e uma gota de água “suja” penden-do de uma seringa de injeção permitiuprojetar numa parede a sombra dos mi-cro-organismos presentes na água.Com um aumento de cerca de 1.000vezes, os protozoários “nadando” em

tempo real despertaram muitas discus-sões entre os visitantes (se a gota deágua tiver cerca de 2 milímetros e aimagem projetada estiver a uma distân-cia de 2 metros da gota --http://www.fmf.uni-lj.si/~planinsic/arti-cles/planin2.pdf). Várias amostras deágua foram previamente preparadas,mas outras saíram das torneiras e be-bedouros do local.

Figura 3: Experimento sobre ofuncionamento de um espectrógrafo.

Página 14 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

aquário, o visitante via uma coloraçãoazulada; ao se posicionar no lado opos-to da fonte de luz do projetor e ver o fei-xe de luz “de frente”, ele via umacoloração amarelada. As partículas deleite em pó são minúsculas o suficientepara espalhar os comprimentos de on-da mais curtos (azul), e como a quanti-dade de água no aquário é maior aolongo do comprimento que na sua lar-gura, a luz encontrava mais partículasno caminho, de forma que apenas os

comprimentos de onda mais longos(amarelo, no caso) não eram muito es-palhados. Isto é o que acontece na nos-sa atmosfera, onde os raios de luz solar(por exemplo) são dispersos pelas par-tículas presentes no ar, dando ao céuuma coloração azul quase que o dia to-do. No final do dia e na alvorada, quan-do o Sol está próximo ao horizonte, aluz que chega até nossos olhos é decoloração avermelhada por atravessaruma camada atmosférica mais espessa

LN

A

Figura 5: Poluição Luminosa

Figura 6: Experimento com as cores

Tivemos também a oportunidade demais uma vez expor para a população aquestão da poluição luminosa atravésde banners e folders sobre os impactosambientais e econômicos que esse tipode poluição causa. Falamos também dainterferência que a poluição luminosacausa nas observações feitas tanto comos telescópios quanto na simples apre-ciação do céu noturno a olho nu, queem grandes cidades já é algo extrema-mente difícil de se fazer.

Para tanto, usamos uma maquete simu-lando inicialmente uma situação de céucom forte poluição luminosa produzidapor uma lâmpada de LED que espalha-

va toda luz para cima (um poste de ruaem meio a cenário de praça pública). Aocobrir a “lâmpada do poste” com um an-teparo feito com copinho-medida demedicamento forrada internamente compapel alumínio, a própria criança visi-tante se dava conta de como corrigir es-sa situação de forma bem simples,direcionando a luz para o chão.

Uma pergunta muito comum nas pales-tras oferecidas para as escolas que visi-tam o Observatório no Telhado pôde serlevada para o evento em forma de umexperimento. Essa dúvida é a velhapergunta de porque o céu é azul.

Para isso levamos um experimento queconsistiu em um aquário retangularcheio de água misturada com um pou-co de leite em pó, onde a água repre-sentava a atmosfera e o leite em pó, asminúsculas partículas presentes no ar.O aquário foi posicionado na frente deum projetor multimídia que projetavaum feixe de luz branca simulando a luzdo Sol. A luz branca, ao se propagarpela água, foi dispersa pelas partículasde leite em pó. O efeito produzido foibastante óbvio e interessante: ao ob-servar o feixe de luz pela lateral do

Figura 7: Experimento com Lentes e Espelhos.

LNA

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 15

em dia

LN

AHouve também experimentos apresen-tados pela UNIFEI. O Mirascope criavauma ilusão de óptica em 3D muito inte-ressante, mostrando que nosso cérebropode nos enganar: uma pequena lâm-pada acesa foi colocada dentro de umacâmara elipsoidal com espelhos inter-nos que projetavam sua imagem realacima do aparato. Prometemos que, sealguém conseguisse pegar a lâmpada,poderia levá-la para casa... Uma câma-ra escura simulando a primeira câmerafotográfica continha um conjunto de len-tes e espelhos para exemplificar os

fenômenos da refração e reflexão daluz. Um dispositivo permitia ver como ascores dos objetos se comportam quan-do iluminados com luzes diferentes,mostrando que a cor de cada objeto de-pende da luz que nele incide (Fig. 6).Uma bancada giratória contendo várioselementos ópticos permitiu que os visi-tantes experimentassem o comporta-mento de feixes de luz paralelos aoserem refratados e/ou refletidos, inclusi-ve usando os próprios óculos de grau(Fig.7).

Janderson Muniz de Oliveira éestagiário do LNA e trabalha com

a equipe de Divulgação Científica.

Figura 8: Imagem da Lua feita com luneta(Galileoscope)

Figura 9: Observando a Lua.

Como o evento aconteceu no centro dacidade, estávamos cercados por prédi-os e não foi possível levar o telescópiosolar (Coronado), como é feito geral-mente em eventos públicos. Contudo,em determinados dias conseguimos co-locar na calçada uma Luneta Galileanae apontar para a Lua no fim de tarde einício da noite entre alguns prédios, per-mitindo mostrar detalhes da superfícielunar para o público presente e tambémpara curiosos que passavam na rua.Convidados para visitar a exposição, al-guns entraram de imediato, outros vol-taram em outro horário para conhecertodo o evento. A Fig. 8 foi feita com aluneta e uma câmera fotográfica (v.

também a Fig. 9).

O evento atingiu seu objetivo de levarum pouco da ciência e da tecnologiaque o LNA produz à comunidade. Rece-bemos também alunos portadores denecessidades especiais da APAE. Cal-culamos que cerca de 900 pessoas as-sistiram às sessões do planetário, entreescolares e aqueles que foram sozinhose/ou com a família. Estimamos, ainda,que cerca 2.000 pessoas visitaram aexposição interativa. A realização comtotal sucesso de um evento deste portedeveu-se ao empenho institucional e in-dividual dos voluntários do LNA e daUNIFEI, além da Prefeitura Municipal deItajubá.

Página 16 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

LN

ALNA leva exposição a PiumhiMariangela de Oliveira Abans

O LNA recebeu convite do InstitutoFederal de Minas Gerais (IFMG)

do Campus Avançado de Piumhi paralevar sua exposição como parte doseventos da II Semana de Ciência e Tec-nologia desse campus. A pesquisadoraMariângela de Oliveira-Abans foi convi-dada a ministrar a palestra de aberturana noite de 09/11/15 e o servidor JoséMagno da Silva ficou responsável pelomaterial da exposição e participou doatendimento do público.

Foram cerca de 40 banners, entreaqueles do Ano Internacional da Astro-nomia 2009, poluição luminosa, susten-tabilidade e o LNA, o Observatório doPico dos Dias, o Observatório no Telha-do e a evolução do Universo. Duas ma-quetes atraíram bastante a atenção dos

estudantes de escolas das redondezase do público em geral: poluição lumino-sa e fibras ópticas. A única decepção fi-cou por conta das nuvens, queimpediram a observação do Sol com otelescópio solar. Os impressos distribuí-dos foram: Observatório no Telhado, oLNA, Poluição Luminosa, 04 lâminascom imagens astronômicas tiradas comos telescópios Gemini, origami sobreeclipses lunares e solares, e livreto so-bre a exposição Leonardo da Vinci doMAST que o LNA trouxe para Itajubá háalguns anos; o material excedente foidistribuído para escolas vizinhas após otérmino do evento. Os banners ficarampor duas semanas no IFMG a fim de al-cançar mais público dentro e fora daSemana.

Figura 1: Vista frontal parcial dorecinto com a exposição do LNA. Aentrada para o auditório para cercade 130 pessoas está à esquerda.

Figura 2: Vista parcial de um doscorredores ao longo dos quais uma

parte dos banners foi afixada.

Curiosidade

Piumhi localiza-se próximo ao ParqueNacional da Serra da Canastra/Furnas,região centro-oeste de Minas Gerais(veja o mapa). A marca registrada"Queijo Canastra" é piuiense.

Mariangela de OliveiraAbans é pesquisadora doLNA.

LNA

LNA em Dia | Dezembro de 2015 | Número 41 | Página 17

em dia

Notícias do OPDO

PD

Workshop no OPDMax Abans

Max Abans é pesquisador doLNA, presidente da Comissão

de Programas do OPD emembro do comitê organizador

do Workshop

O LNA programou um segundoWorkshop de treinamento para es-

tudantes e pesquisadores o qual foi rea-lizado nos dias 02 e 03 de outubro de2015. Nesta segunda oportunidade fo-ram 20 participantes, selecionados pelasua experiência observacional com osequipamentos do Observatório do Picodos Dias - OPD.

O intuito do evento foi ampliar o conhe-cimento dos instrumentos em operaçãobem como mostrar os projetos dos no-vos instrumentos que estão em desen-volvimento para o OPD.

No decorrer do Workshop foi feita umarevisão dos instrumentos em operaçãodo Observatório, como também as es-tratégias da utilização desses. Foramproferidas palestras sobre fotometria,espectroscopia e polarimetria utilizandoa instrumentação do OPD. Forma abor-dadas também as características dosdetectores disponíveis para os instru-mentos do Observatório.

Um dos objetivos principais doWorkshop foi mostrar os princípios, pro-

cedimentos, e características das Ob-servações Remotas no OPD, comênfase na prática do participante nestamodalidade. Deu-se também uma visãodos projetos e características dos novosinstrumentos em desenvolvimento queserão oferecidos à comunidade as-tronômica brasileira, com ênfase na ci-ência na qual eles podem ser inseridos.

No dia 01 de outubro, dia da chegada àsede do LNA na cidade de Itajubá, osparticipantes foram recepcionados peloDiretor do LNA Dr. Bruno Castilho,quem além da palestra de boas-vindasmostrou o laboratório e oficina de fibrasópticas, laboratório de metrologia, a sa-la de integração instrumental, e oficinade usinagem.

As atividades dos participantes doWorkshop aconteceram em um climadescontraído de camaradagem. As con-dições climáticas da região do Sul deMinas não foram muito boas, mas seconseguiu fazer um modesto treina-mento de observação remota com ostelescópios Perkin-Elmer e Boller & Chi-vens.

Figura 1: Mauro Januário mostrando osprocedimentos de uma observação remota nasala de comandos do telescópio Perkin-Elmer.

Figura 2:Pratica de observação remota com otelescópio Perkin-Elmer desde a sala do Centro de

Visitantes. Monitor principal com as principaisjanelas de controle, monitor pequeno (quase oculto)

Página 18 | LNA em Dia |Dezembro de 2015 | Número 41

LNA em dia

CF

HT Mariangela de Oliveira Abans é

pesquisadora e gerente do CFHT.

Notícias do CFHT

Muito embora o contrato com o CFHT tenha terminado, foi aberta ao Brasil apossibilidade de submissão de projetos para a fase de Science Verificationdo instrumento SITELLE (Spectromètre Imageur à Transformée de Fourierpour l'Etude en Long et en Large de raies d'Emission) ainda no semestre de2015B. Nesta fase não há ônus para os países cujos projetos sejam executa-dos. Quatro propostas brasileiras foram submetidas ao CFHT, sem garantiade observação porque o CFHT reserva para si o direito de decisão de acordocom sua conveniência.