Á T I L A M E I R E L E S / / / G A L E R I A V E R M E L H O

subst. m. 1. ausência de som ou ruído, silêncio absoluto; 2. ato de não falar, ficar em silêncio <Silêncio!>; sem falar, sem fazer ruído <caminhar em silêncio>.

S i l ê n c i o

“Você não sabe a energia que reside no silêncio”.Kafka

Nasce o dia. Cabelos amassados. Um banho. Cafeína... por favor, um pouco mais de cafeína. Alguns sorrisos. Notícias na tv e nos jornais: algumas são boas, outras seria me-lhor que nem lêssemos. Conversas no ar. Amores. Sim, muitos amores. Ódio. É, também muito ódio. Catástrofes. Atentados, guerras e destruição, mas, porquê? Simplesmente por dinheiro? Talvez. Fugas da realidade. Medos. Desejos. E o tempo? O tempo sempre curto. Não é passáro, mas voa. Coisas novas surgem, as histórias passam, vidas se vão enquanto vidas vêm... coitados. Nascem as flores, caem as folhas, vêm a chuva, nasce o sol, e nós, sempre correndo. Meio a buzinas, versos, músicas, ruídos. Nem vemos os belos fatos da vida passarem. As vezes, sentir o perfume de uma flor, às vezes, o canto dos passáros, que sempre acabam misturando-se com os motores dos carros, dos ônibus, caminhões, das gritarias, ofertas e tantos mais ruídos.

As vezes seria legal se conseguissemos nos desligar, vagar nos pensamentos, ou flutuar por todo o universo, apenas para relaxar um pouco, sem sons, sem ruídos, sem imagens, sem preocupações, apenas para contemplar um belo pôr do sol, ou melhor, o nascimento de uma nova estrela. Pensar em tudo ou em nada, tentar ouvir o ir e vir da respiração, ou as batidas do coração. Ficar no vazio, no silêncio absoluto. O nada sonoro. Aquele mo-mento que o mais importante é não dizer nada para não machucar alguém. A pausa tão importante na música. O momento do olhar, apenas. O escuro. A paz. O sentir. O ouvir. O sonhos. O devaneio. Os desejos. As vontades. As alegrias. As viagens. O silêncio.

tila MeirelesÁ

Sem pressa nem pausa

Assim Atila Meireles, ou se preferir, Silêncio, define sua forma de trabalhar. Sempre buscando nas formas, cores, imagens, texturas etc. alcançar sentimentos ine-lustráveis, o diretor conquista em seus trabalhos uma grande organicidade, conquistando um surrealismo único em algo que nos leva a uma imersão na grande profundidade de suas obras.

Em busca desse universo praticamente intocável, a Galeria Vermelho, com colaboração do próprio Mei-relles, traz para a freneticidade paulistana, o “Silên-cio”, imergindo a todos nos mundos visuais e audio-sisuais criados pelo designer para as grandes marcas como Vogue, Skol, Toyota e muito mais.

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