Simples - Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP).pdf

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  • 110 O que o Simples ?

    O Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies das Microempresas e Empresas dePequeno Porte (Simples) um regime tributrio diferenciado, simplificado e favorecido, aplicvel s pessoasjurdicas consideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), nos termos definidosna Lei n 9.317, de 1996, e alteraes posteriores, estabelecido em cumprimento ao que determina odisposto no art. 179 da Constituio Federal de 1988. Constitui-se em uma forma simplificada e unificada derecolhimento de tributos, por meio da aplicao de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobreuma nica base de clculo, a receita bruta.

    111 Quais os atos legais que disciplinam a sistemtica do Simples?

    O Simples foi institudo pela MP n 1.526, de 1996, posteriormente convertida na Lei n 9.317, de 1996.Sofreu alteraes posteriores, a seguir apresentadas:

    Lei n 9.528, de 1997, art. 4 ;

    Lei n 9.732, de 1998, art. 3 ;

    Lei n 9.779, de 1999, art. 6 ;

    Lei n 10.034, de 2000, arts.1 e 2 ;

    MP n 1.990-29, ltima edio com o n 2.189-49, de 2001, art. 14);

    MP n 1.991-15, art. 40 e art. 47, inciso IV), ltima edio com o n 2.158-35, de 2001, arts. 40 e 93, IV;

    MP n 2.113-30, de 2001, ltima edio com o n 2.158-35 (art. 57);

    MP n 2.158-34, de 2001, ltima edio com o n 2.158-35, de 2001, art.73;

    Lei n 10.194, de 2001, art. 1 ;

    Lei n 10.426, de 2001, art. 7 ;

    Lei n 10.637, de 2002, art. 26;

    Lei n 10.684, de 2003, arts. 23 e 24;

    Lei n 10.833, de 2003, arts. 19 e 82;

    112 O que se considera como microempresa (ME) para efeito do Simples?

    Considera-se ME, para efeito do Simples, a pessoa jurdica que tenha auferido, no ano-calendrio, receita brutaigual ou inferior a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais).

    113 O que se considera como empresa de pequeno porte (EPP) para efeito do Simples?

    Considera-se EPP, para efeito do Simples, a pessoa jurdica que tenha auferido, no ano-calendrio, receitabruta superior a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$1.200.000,00 (um milho eduzentos mil reais).

    NOTA:

    A Lei n 9.964, de 2000 (art. 10) dispe que o tratamento tributrio simplificado e favorecido dasmicroempresas e das empresas de pequeno porte o estabelecido pela Lei n 9.317, de 1996, e alteraesposteriores, no se aplicando, para esse efeito, as normas constantes da Lei n 9.841, de 1999 (Estatuto dasMicroempresas e Empresas de Pequeno Porte).

    114 No caso de perodo inferior a 12 meses, qual o limite da receita bruta a ser considerado paraefeito de enquadramento como ME ou EPP?

    Incio de Atividade: Para a pessoa jurdica que iniciar atividade no prprio ano-calendrio da opo, os limitespara a ME e para a EPP sero proporcionais ao nmero de meses em que houver exercido atividade,desconsideradas as fraes de meses.

    Considera-se incio de atividade, o momento da primeira operao aps a constituio e integralizao docapital, que traga mutao no patrimnio da pessoa jurdica, sendo irrelevante se a alterao de ordemqualitativa ou quantitativa.

    Na hiptese de incio de atividade no ano-calendrio imediatamente anterior ao da opo, os valores limitespara a ME, R$10.000,00 (dez mil reais), e para a EPP, R$100.000,00 (cem mil reais), sero multiplicados pelonmero de meses de funcionamento naquele perodo, tambm desconsiderando-se as fraes de meses.

    Encerramento de Atividade: No caso de encerramento de atividade no decorrer do ano-calendrio, o limitepara enquadramento, como ME ou EPP, ser proporcional ao nmero de meses em que a pessoa jurdicahouver exercido a atividade, desconsideradas as fraes de meses.

    NOTA:

    Se o valor acumulado da receita bruta no ano-calendrio de incio de atividade for superior a R$100.000,00(cem mil reais) multiplicado pelo nmero de meses de funcionamento, a pessoa jurdica estar obrigada aopagamento da totalidade ou diferena dos impostos e contribuies devidos de conformidade com as normasgerais de incidncia, desde o primeiro ms de incio de atividade. Caso o pagamento ocorra antes do incio deprocedimento de ofcio, incidiro apenas juros de mora, determinados segundo as normas previstas para oimposto de renda.

    Exemplo 1 : Uma empresa entrou em atividade no dia 5 de setembro do ano-calendrio. Considera-se o

    Simples - Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP)

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  • Exemplo 1 : Uma empresa entrou em atividade no dia 5 de setembro do ano-calendrio. Considera-se operodo de 3 (trs) meses completos (outubro, novembro e dezembro), sendo, nesse caso, o limite paraenquadramento como ME o de R$30.000,00 (trinta mil reais) e como EPP o de R$300.000,00 (trezentos milreais).

    Exemplo 2 : Uma empresa entrou em atividade no dia 5 de dezembro do ano-calendrio. Considera-se operodo de um ms completo (dezembro), sendo, nesse caso, o limite para enquadramento como ME o deR$10.000,00 (dez mil reais) e como EPP o de R$100.000,00 (cem mil reais).

    115 Quais os benefcios concedidos pessoa jurdica que optar por se inscrever no Simples?

    A pessoa jurdica que optar por se inscrever no Simples ter os seguintes benefcios:

    a. tributao com alquotas mais favorecidas e progressivas, de acordo com a receita bruta auferida;

    b. recolhimento unificado e centralizado de impostos e contribuies federais, com a utilizao de um nico DARF (DARF-Simples), podendo, inclusive, incluir

    impostos estaduais e municipais, quando existirem convnios firmados com essa finalidade;

    c. clculo simplificado do valor a ser recolhido, apurado com base na aplicao de alquotas unificadas e progressivas, fixadas em lei, incidentes sobre uma nica

    base, a receita bruta mensal;

    d. dispensa da obrigatoriedade de escriturao comercial para fins fiscais, desde que mantenha em boa ordem e guarda, enquanto no decorrido o prazo

    decadencial e no prescritas eventuais aes, os Livros Caixa e Registro de Inventrio, e todos os documentos que serviram de base para a escriturao;

    e. para opes pelo Simples exercidas at 31/03/1997, parcelamento dos dbitos existentes, de responsabilidade da ME ou da EPP e de seu titular ou scio, para

    com a Fazenda Nacional e Seguridade Social, contrados anteriormente ao ingresso no Simples, relativos a fatos geradores ocorridos at 31/10/1996, em at 72

    prestaes mensais;

    f. dispensa a pessoa jurdica do pagamento das contribuies institudas pela Unio, destinadas ao Sesc, ao Sesi, ao Senai, ao Senac, ao Sebrae, e seus

    congneres, bem assim as relativas ao salrio-educao e Contribuio Sindical Patronal ( IN SRF n 355, de 2003, art. 5 , 7 );

    g. dispensa a pessoa jurdica da sujeio reteno na fonte de tributos e contribuies, por parte dos rgos da administrao federal direta, das autarquias e das

    fundaes federais (Lei n 9.430, de 1996, art. 60; e IN SRF n 306, de 2003, art. 25, XI);

    h. iseno dos rendimentos distribudos aos scios e ao titular, na fonte e na declarao de ajuste do beneficirio, exceto os que corresponderem a pr-labore,

    aluguis e servios prestados, limitado ao saldo do livro caixa, desde que no ultrapasse a Receita Bruta.

    116 O Simples abrange o recolhimento unificado de quais tributos e contribuies?

    A inscrio no Simples implica pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuies (Lei n 9.317, de 1996, art. 3 , 1 ; e IN SRF n 355, de 2003, art. 5 , 1 ):

    a. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurdica (IRPJ);

    b. Contribuio para os Programas de Integrao Social e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico - PIS/Pasep;

    c. Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL);

    d. Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

    e. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

    f. Contribuies para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurdica, de que tratam o art. 22 da Lei n 8.212, de 1991 e o art. 25 da Lei n 8.870, de 1994.

    117 Caber a incidncia de outros tributos alm dos mencionados na pergunta 116, sendo a pessoajurdica optante pelo Simples?

    O pagamento do Simples no exclui a incidncia dos seguintes impostos ou contribuies, devidos naqualidade de contribuinte ou responsvel, em relao aos quais ser observada a legislao aplicvel sdemais pessoas jurdicas > > (IN SRF n 355, de 2003, art. 5 , 2 ):

    1. Imposto sobre Operaes de Crdito, Cmbio e Seguro, ou relativas a Ttulos ou Valores Mobilirios (IOF);

    2. Imposto sobre Importao de Produtos Estrangeiros (II);

    3. Imposto sobre Exportao, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE);

    4. Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou crditos efetuados pela pessoa jurdica e aos rendimentos ou ganhos lquidos auferidos em aplicaes de renda

    fixa ou varivel, bem assim relativo aos ganhos de capital obtidos na alienao de ativos;

    5. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);

    6. Contribuio Provisria sobre a Movimentao Financeira (CPMF);

    7. Contribuio para o Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS);

    8. Contribuio para a Seguridade Social, relativa ao empregado > .

    118 O que se deve entender por receita bruta para fins de enquadramento e tributao no Simples, equais as excluses permitidas?

    Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e servios nas operaes de conta prpria, o preodos servios prestados e o resultado nas operaes em conta alheia, no includas as vendas canceladas e osdescontos incondicionalmente concedidos.

    Ressalvadas essas excluses, vedado, para fins da determinao da receita bruta apurada mensalmente,proceder-se a qualquer outra excluso, em virtude da alquota incidente ou de tratamento tributrio diferenciado,tais como, substituio tributria, diferimento, crdito presumido, reduo de base de clculo e iseno (Lei n 9.317, de 1996, art. 2 , 2 e 4 ; e IN SRF n 355, de 2003, art. 4 , 1 , e art. 19).

    No se incluem no conceito de receita bruta, com vistas tributao pelo Simples, os ganhos lquidosauferidos em aplicaes de renda fixa ou varivel, nem os resultados no-operacionais relativos aos ganhos decapital obtidos na alienao de ativos.

    Ser definitiva a incidncia do imposto de renda na fonte relativa aos rendimentos e ganhos lquidos auferidosem aplicaes de renda fixa ou varivel e aos ganhos de capital (IN SRF n 355, de 2003, art.5 , 3 ).

    119 A receita bruta proveniente da venda de produtos no-tributveis, isentos ou cuja alquota foireduzida a zero, sujeitar-se- incidncia do percentual adicional de 0,5% (meio por cento) relativo aoIPI?

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  • A pessoa jurdica que vende apenas produtos no-tributveis (NT) ficar dispensada do acrscimo de 0,5%(meio por cento), pelo fato de no ser contribuinte do IPI. Portanto, a totalidade da receita bruta auferida estarfora do campo de incidncia do imposto.

    De outra parte, em relao aos produtos isentos e com alquota reduzida a zero, caber o acrscimo de 0,5%(meio por cento), por se tratar de contribuinte do IPI. Assim, se alm de produtos NT a pessoa jurdica tambmproduzir produtos isentos ou com alquota reduzida a zero ou positiva, estar sujeita ao acrscimo de 0,5%(meio por cento) sobre todo o faturamento, caso faa opo pelo Simples.

    NOTA:

    Contribuinte que exera a atividade de industrializao, por conta prpria ou por encomenda, de bebidas,cigarros e demais produtos classificados nos Captulos 22 e 24 da Tabela de Incidncia do IPI (TIPI), sujeitosao regime de tributao de que trata a Lei n 7.798, de 1989, no podem optar pelo Simples desde01/01/2001, mantidas as opes exercidas at 31 de dezembro de 2000 (alterao da Lei n 9.317, de 1996,art.9 , XIX pela MP n 1.990-29, de 2000, art.14, atual MP n 2.189-35, de 2001, art.14, e IN SRF n 355,de 2003, arts. 20, XVIII e 24, VI).

    120 Compem a base de calculo do Simples as receitas oriundas de doaes, bonificaes demercadorias, amostra grtis, brindes, e demais receitas mesmo que no vinculadas atividade dapessoa jurdica?

    No so tributadas no Simples por falta de previso legal.

    121 Compe a base de calculo do Simples as receitas de venda de livros, jornais e peridicos?

    Sim, pois a imunidade de que trata a Constituio Federal uma imunidade objetiva, protegendo somente asmercadorias dos impostos que potencialmente as gravariam. Assim sendo, a pessoa jurdica que aufere rendana venda de livros, jornais, e peridicos no possui imunidade. Uma livraria optante pelo Simples, por exemplo,ter, obrigatoriamente, que computar na base de clculo do Simples, a receita da venda de livros. No haver,entretanto, a cobrana de ICMS sobre a venda dos livros.

    122 No caso de recebimento de prestaes em atraso, nas vendas a prazo, a multa e os juros demora compem a receita bruta do Simples?

    No. Nas vendas a prazo, apenas o custo do financiamento contido no valor dos bens ou servios integra areceita bruta. Entretanto, se houver o recebimento de prestaes antes de seu vencimento e,conseqentemente, houver algum desconto no valor da prestao, dever lanar o valor integral (valor daprestao sem levar em conta o desconto concedido) como receita, pois s h previso legal para excepcionaros descontos incondicionais.

    123 Quando a Receita Bruta ser tributada pelo Simples no caso de venda para entrega futuraestipulada em contrato?

    No Simples, para fins de determinao da receita bruta, poder ser considerado o regime de competncia oude caixa, mantido o critrio para todo o ano-calendrio (IN SRF n 104, de 1998, art. 2 ; e IN SRF n 355,de 2003, art. 4 , 2 ).

    A adoo do regime de caixa implicar as seguintes obrigaes:

    a. emisso de nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da concluso do servio;

    b. indicao, no livro Caixa, em registro individual, da nota fiscal a que corresponder cada recebimento.

    Caso a pessoa jurdica mantenha escriturao contbil, na forma da legislao comercial, dever controlar osrecebimentos de suas receitas em conta especfica, na qual, em cada lanamento, ser indicada a nota fiscal aque corresponder o recebimento. Os valores recebidos adiantadamente, por conta de venda de bens oudireitos ou da prestao de servios, sero computados como receita do ms em que se der o faturamento, aentrega do bem ou do direito ou a concluso dos servios, o que primeiro ocorrer. Recebimentos a qualquerttulo, do adquirente do bem ou direito ou do contratante dos servios sero considerados como recebimentodo preo ou de parte deste, at o seu limite.

    O cmputo da receita em perodo de apurao posterior ao do recebimento sujeitar a pessoa jurdica aopagamento do imposto e das contribuies com o acrscimo de juros de mora e de multa, de mora ou deofcio, conforme o caso, calculado na forma da legislao vigente.

    124 A Pessoa Jurdica tributada at o ano-calendrio anterior pelo Lucro Real e que opta peloSimples dever considerar realizados integralmente os valores controlados na parte B do Lalur,inclusive o Lucro Inflacionrio acumulado, ou poder manter diferimento da tributao dessasimportncias?

    A opo pela forma de pagamento dos tributos pela modalidade do Simples ocasionar o pagamento em at30 (trinta) dias do incio dos efeitos da opo, de todos os valores diferidos (IN SRF n 355, de 2003, art. 18).

    125 Como sero tributados os rendimentos, os ganhos lquidos e os ganhos de capital auferidos pelapessoa jurdica inscrita no Simples?

    Os ganhos e rendimentos auferidos em qualquer das citadas modalidades so tributados consoante as regrasa seguir:

    a. no caso de renda fixa os rendimentos so tributados exclusivamente na fonte alquota de 20% (vinte por cento);

    b. nas hipteses de operaes de renda varivel os ganhos lquidos so apurados e pagos pela prpria Pessoa Jurdica optante pelo Simples alquota de 20%

    (vinte por cento), nos termos da IN SRF n 25, de 2001;

    c. os ganhos de capital auferidos em alienaes de bens do ativo permanente da pessoa jurdica e de ouro no considerado ativo financeiro, resultantes da diferena

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  • positiva obtida entre o valor da alienao e o valor contbil, expressos em reais, sero tributados alquota de 15% (quinze por cento), sendo recolhidos pela

    prpria pessoa jurdica, at o ltimo dia til do ms subseqente ao da percepo dos ganhos.

    NOTAS:

    Cdigo de Receita de Ganho de Capital: 6297

    Valor contbil o valor de aquisio diminudo da depreciao, amortizao ou exausto acumulada e, no casode investimentos, considerado o gio ou desgio.

    126 Qual tratamento tributrio, relativamente ao IPI vinculado importao, deve ser dispensado aempresas importadoras enquadradas no Simples?

    O importador, por ocasio do desembarao aduaneiro, pagar IPI normalmente, em conformidade com alegislao especfica. O percentual de 0,5% (meio por cento) previsto nas normas do Simples incide sobre areceita bruta, o que no o caso da importao, pois o IPI vinculado importao incide na entrada doproduto.

    127 Empresa exclusivamente exportadora tambm estar sujeita ao acrscimo de 0,5% (meio porcento) de IPI?

    No. A Constituio Federal, em seu art. 153, 3 , inciso III, dispe que o IPI no incidir sobre produtosindustrializados destinados ao exterior. Trata-se de imunidade especfica e objetiva. Portanto, a empresa queatue exclusivamente na exportao de produtos industrializados para o exterior estar fora do campo deincidncia do IPI, sendo incabvel o acrscimo de 0,5% (meio por cento) alquota do Simples.

    NOTA:

    A sistemtica do Simples no exclui o imposto de exportao, se for devido.

    128 Em quais hipteses o Simples poder incluir o ICMS e o ISS?

    O Simples poder incluir o ICMS e o ISS, desde que a unidade federada ou o municpio, em que estejaestabelecida a pessoa jurdica, venha a ele aderir mediante convnio.

    Nesse caso, o convnio firmado entrar em vigor a partir do terceiro ms subseqente ao da publicao de seuextrato no Dirio Oficial da Unio, e alcanar, automtica e imediatamente, a pessoa jurdica optante aliestabelecida, relativamente ao ICMS ou ao ISS, ou a ambos, obrigando-a ao pagamento dos citados tributosde acordo com o Simples, tendo por base, inclusive, a receita bruta auferida naquele ms (IN SRF n 355, de2003, art. 6 ).

    NOTA:

    Em caso de denncia do convnio, a excluso do ICMS ou do ISS da sistemtica do Simples somenteproduzir efeito a partir de 1 de janeiro do ano-calendrio subseqente.

    129 Sempre que existir convnio firmado com a unidade federada ou com o municpio, a pessoajurdica inscrita no Simples dever incluir o ICMS e o ISS no clculo do valor devido?

    No. A ME ou a EPP no poder pagar o ICMS na forma do Simples, ainda que a unidade federada ondeesteja estabelecida tenha aderido ao convnio, quando possuir estabelecimento em mais de um estado ouexercer, ainda que parcialmente, atividades de transporte interestadual ou intermunicipal. Tal restrio noimpede, entretanto, que a pessoa jurdica faa opo pelo Simples em relao aos impostos e contribuiesda Unio.

    O mesmo entendimento aplica-se ao contribuinte que possua estabelecimento em mais de um municpio,quando, ento, estar impedido de pagar o ISS pelo Simples, ainda que o municpio venha a firmar convniocom a Unio. Nesse caso, poder exercer a opo relativamente aos impostos e contribuies federais e,obedecidas as ressalvas apresentadas, tambm ao ICMS (IN SRF n 355, de 2003, art. 6 ).

    130 Como dever proceder o contribuinte que explore atividade cuja contribuio para a Cofins epara o PIS seja de responsabilidade do seu substituto tributrio?

    As nicas excluses da receita bruta permitidas, para as pessoas jurdicas optantes pelo Simples, so asvendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. Para fins de determinao da receita brutaapurada mensalmente, vedado proceder-se, mesmo no caso de substituio tributria e naqueles casos detributao concentrada, a qualquer outra excluso, em virtude da alquota favorecida e do tratamento tributriodiferenciado utilizado pelos integrantes do Simples. Tambm no haver reduo do percentual a ser aplicadosobre a receita bruta mensal.

    131 No caso das ME, como se calcula o Darf-Simples? E se a pessoa jurdica tambm for contribuintedo IPI?

    Para determinao do percentual a ser utilizado, necessrio identificar, primeiramente, a faixa de receita brutaacumulada em que se encontra a ME, com o auxlio da Tabela S1 abaixo. Nesse caso, a pessoa jurdica deververificar o total da receita bruta acumulada, dentro do ano-calendrio, at o prprio ms em que est fazendo aapurao.

    J o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela ME, ser o resultante da aplicao sobre a receita brutamensal auferida da alquota correspondente.

    Tabela S1: Percentuais aplicveis s ME (regra geral)

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  • Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 60.000,00 3%De 60.000,01a 90.000,00 4%De 90.000,01 a 120.000,00 5%

    Exemplo 1 : Empresa comercial, optante pelo Simples na condio de ME, no contribuinte do IPI, sem haverconvnio celebrado com estado ou municpio, obteve at agosto de 2003, receita bruta acumulada deR$60.000,00. No ms seguinte, a empresa auferiu receita de R$20.000,00. Nesse caso, a tributao no msde setembro dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a setembro = R$80.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 4%

    DARF-Simples = (20.000 x 4%) = R$800,00

    No caso de ME contribuinte do IPI, os percentuais referidos na Tabela S1 sero acrescidos de 0,5%:

    Tabela S2: Percentuais aplicveis s ME, quando contribuintes do IPI

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 60.000,00 3,5%De 60.000,01a 90.000,00 4,5%De 90.000,01 a 120.000,00 5,5%

    Exemplo 2 : Empresa industrial, optante pelo Simples na condio de ME, contribuinte do IPI, sem haverconvnio celebrado com estado ou municpio, obteve at agosto de 2003, receita bruta acumulada deR$60.000,00. No ms seguinte, a empresa auferiu receita de R$20.000,00. Nesse caso, a tributao no msde setembro dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a setembro = R$80.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 4,5%

    DARF-Simples = (20.000 x 4,5%) = R$900,00

    NOTAS:

    Caso haja convnio com a unidade federada em que esteja estabelecida a ME optante pelo Simples, ospercentuais referidos nas Tabelas S1 e S2 sero acrescidos, a ttulo de pagamento de ICMS, observado odisposto no respectivo convnio (IN SRF n 355, de 2003, art. 7 , 3 ):

    a. em relao ME contribuinte exclusivamente do ICMS: de at 1%;

    b. em relao ME contribuinte do ICMS e do ISS: de at 0,5%.

    Caso o municpio em que esteja estabelecida a ME tenha aderido ao Simples, os percentuais referidos nasTabelas S1 e S2 sero acrescidos, a ttulo de pagamento de ISS, observado o disposto no respectivoconvnio (IN SRF n 355, de 2003, art. 7 , 4 ):

    a. em relao ME contribuinte exclusivamente do ISS: de at 1%;

    b. em relao ME contribuinte do ISS e do ICMS: de at 0,5%.

    132 Todas as ME se sujeitam s mesmas alquotas ou h alquotas diferenciadas?

    Em se tratando de estabelecimentos de ensino fundamental, de centros de formao de condutores deveculos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga, de agncias lotricas e de pessoasjurdicas que aufiram receita bruta decorrente da prestao de servios em montante igual ou superior a 30%(trinta por cento) da receita bruta total acumulada, os percentuais referidos nas Tabelas S1 e S2, constantes dapergunta 131, ficam acrescidos de 50% (cinqenta por cento) (Lei n 10.684, de 2003, art. 24; e Lei n 10.833, de 2003, art. 82).

    Tabela S3: Percentuais diferenciados aplicveis s ME

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 60.000,00 4,5%De 60.000,01a 90.000,00 6%De 90.000,01 a 120.000,00 7,5%

    Exemplo 1 : Estabelecimento de ensino fundamental, optante pelo Simples na condio de ME, nocontribuinte do IPI, sem haver convnio celebrado com estado ou municpio, obteve at julho de 2003, receitabruta acumulada de R$50.000,00. No ms seguinte, a empresa auferiu receita de R$20.000,00. Nesse caso, atributao no ms de agosto dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a agosto = R$70.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 6%

  • Darf-Simples = (20.000 x 6%) = R$1.200,00

    No caso de ME contribuinte do IPI, os percentuais referidos na Tabela S3 sero acrescidos de 0,75%:

    Tabela S4: Percentuais diferenciados aplicveis s ME, quando contribuintes do IPI

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 60.000,00 5,25%De 60.000,01a 90.000,00 6,75%De 90.000,01 a 120.000,00 8,25%

    Exemplo 2 : Estabelecimento de ensino fundamental, optante pelo Simples na condio de ME, contribuinte doIPI, sem haver convnio celebrado com estado ou municpio, obteve at julho de 2003, receita brutaacumulada de R$50.000,00. No ms seguinte, a empresa auferiu receita de R$20.000,00. Nesse caso, atributao no ms de agosto dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a agosto = R$70.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 6,75%

    Darf-Simples = (20.000 x 6,75%) = R$1.350,00

    NOTAS:

    Caso haja convnio com a unidade federada em que esteja estabelecida a ME optante pelo Simples, ospercentuais referidos nas Tabelas S3 e S4 sero acrescidos, a ttulo de pagamento de ICMS, observado odisposto no respectivo convnio (IN SRF n 355, de 2003, art. 8 , 3 ):

    a. em relao ME contribuinte exclusivamente do ICMS: de at 1,5%;

    b. em relao ME contribuinte do ICMS e do ISS: de at 0,75%.

    Caso o municpio em que esteja estabelecida a ME tenha aderido ao Simples, os percentuais referidos nasTabelas S3 e S4 sero acrescidos, a ttulo de pagamento de ISS, observado o disposto no respectivoconvnio (IN SRF n 355, de 2003, art. 8 , 4 ):

    a. em relao ME contribuinte exclusivamente do ISS: de at 1,5%;

    b. em relao ME contribuinte do ISS e do ICMS: de at 0,75%.

    133 No caso das EPP, como se calcula o Darf-Simples? E se a pessoa jurdica tambm forcontribuinte do IPI?

    Para determinao do percentual a ser utilizado, necessrio identificar, primeiramente, a faixa de receita brutaacumulada em que se encontra a EPP, com o auxlio da Tabela S5 abaixo. Nesse caso, a pessoa jurdicadever verificar o total da receita bruta acumulada, dentro do ano-calendrio, at o prprio ms em que estfazendo a apurao.

    J o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela EPP, ser o resultante da aplicao sobre a receita brutamensal auferida da alquota correspondente.

    Tabela S5: Percentuais aplicveis s EPP (regra geral)

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 240.000,00 5,4%De 240.000,01 a 360.000,00 5,8%De 360.000,01 a 480.000,00 6,2%

    De 480.000,01 a 600.000,00 6,6%De 600.000,01 a 720.000,00 7%De 720.000,01 a 840.000,00 7,4%De 840.000,01 a 960.000,00 7,8%De 960.000,01 a 1.080.000,00 8,2%De 1.080.000,01 a1.200.000,00

    8,6%

    Acima de 1.200.000,00 10,32%

    Exemplo 1 : Empresa comercial, optante pelo Simples na condio de EPP, no contribuinte do IPI, sem haverconvnio celebrado com estado ou municpio, obteve at julho de 2003, receita bruta acumulada deR$700.000,00. No ms seguinte, a empresa auferiu receita de R$100.000,00. Nesse caso, a tributao noms de agosto dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a agosto = R$800.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 7,4%

    Darf-Simples = (100.000 x 7,4%) = R$7.400,00

    No caso de EPP contribuinte do IPI, os percentuais referidos na Tabela S5 sero acrescidos de 0,5%:

  • Tabela S6: Percentuais aplicveis s EPP, quando contribuintes do IPI

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 240.000,00 5,9%De 240.000,01 a 360.000,00 6,3%De 360.000,01 a 480.000,00 6,7%De 480.000,01 a 600.000,00 7,1%De 600.000,01 a 720.000,00 7,5%De 720.000,01 a 840.000,00 7,9%De 840.000,01 a 960.000,00 8,3%De 960.000,01 a 1.080.000,00 8,7%De 1.080.000,01 a1.200.000,00

    9,1%

    Acima de 1.200.000,00 10,92%

    Exemplo 2 : Empresa industrial, optante pelo Simples na condio de EPP, contribuinte do IPI, sem haverconvnio celebrado com estado ou municpio, obteve at julho de 2003, receita bruta acumulada deR$700.000,00. No ms seguinte, a empresa auferiu receita de R$100.000,00. Nesse caso, a tributao noms de agosto dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a agosto = R$800.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 7,9%

    Darf-Simples = (100.000 x 7,9%) = R$7.900,00

    NOTAS:

    Caso haja convnio com a unidade federada em que esteja estabelecida a EPP optante pelo Simples, ospercentuais referidos nas Tabelas S5 e S6 sero acrescidos, a ttulo de pagamento de ICMS, observado odisposto no respectivo convnio (IN SRF n 355, de 2003, art. 10 , 3 ):

    a. em relao EPP contribuinte exclusivamente do ICMS: de at 2,5%;

    b. em relao EPP contribuinte do ICMS e do ISS: de at 2%.

    Caso o municpio em que esteja estabelecida a EPP tenha aderido ao Simples, os percentuais referidos nasTabelas S5 e S6 sero acrescidos, a ttulo de pagamento de ISS, observado o disposto no respectivoconvnio (IN SRF n 355, de 2003, art. 10, 4 ):

    a. em relao EPP contribuinte exclusivamente do ISS: de at 2,5%;

    b. em relao EPP contribuinte do ISS e do ICMS: de at 0,5%.

    134 Todas as EPP se sujeitam s mesmas alquotas ou h alquotas diferenciadas?

    Em se tratando de estabelecimentos de ensino fundamental, de centros de formao de condutores deveculos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga, de agncias lotricas e de pessoasjurdicas que aufiram receita bruta decorrente da prestao de servios em montante igual ou superior a 30%(trinta por cento) da receita bruta total acumulada, os percentuais referidos nas Tabelas S5 e S6, constantes dapergunta 133, ficam acrescidos de 50% (cinqenta por cento) (Lei n 10.684, de 2003, art. 24; e Lei n 10.833, de 2003, art. 82).

    Tabela S7: Percentuais diferenciados aplicveis s EPP

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 240.000,00 8,1%De 240.000,01 a 360.000,00 8,7%De 360.000,01 a 480.000,00 9,3%De 480.000,01 a 600.000,00 9,9%De 600.000,01 a 720.000,00 10,5%De 720.000,01 a 840.000,00 11,1%De 840.000,01 a 960.000,00 11,7%De 960.000,01 a 1.080.000,00 12,3%De 1.080.000,01 a1.200.000,00

    12,9%

    Acima de 1.200.000,00 15,48%

    Exemplo 1 : Estabelecimento de ensino fundamental, optante pelo Simples na condio de EPP, nocontribuinte do IPI, sem haver convnio celebrado com estado ou municpio, obteve at julho de 2003, receitabruta acumulada de R$400.000,00. No ms seguinte, a empresa auferiu receita de R$100.000,00. Nessecaso, a tributao no ms de agosto dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a agosto = R$500.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 9,9%

  • Darf-Simples = (100.000 x 9,9%) = R$9.900,00

    No caso de EPP contribuinte do IPI, os percentuais referidos na Tabela S7 sero acrescidos de 0,75%:

    Tabela S8: Percentuais diferenciados aplicveis s EPP, quando contribuintes do IPI

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 240.000,00 8,85%

    De 240.000,01 a 360.000,00 9,45%

    De 360.000,01 a 480.000,00 10,05%De 480.000,01 a 600.000,00 10,65%De 600.000,01 a 720.000,00 11,25%De 720.000,01 a 840.000,00 11,85%De 840.000,01 a 960.000,00 12,45%De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,05%De 1.080.000,01 a1.200.000,00

    13,65%

    Acima de 1.200.000,00 16,38%

    Exemplo 2 : Estabelecimento de ensino fundamental, optante pelo Simples na condio de EPP, contribuintedo IPI, sem haver convnio celebrado com estado ou municpio, obteve at julho de 2003, receita brutaacumulada de R$400.000,00. No ms seguinte, a empresa auferiu receita de R$100.000,00. Nesse caso, atributao no ms de agosto dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a agosto = R$500.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 10,65%

    Darf-Simples = (100.000 x 10,65%) = R$10.650,00

    NOTAS:

    Caso haja convnio com a Unidade Federada em que esteja estabelecida a EPP optante pelo Simples, ospercentuais referidos nas Tabelas S7 e S8 sero acrescidos, a ttulo de pagamento de ICMS, observado odisposto no respectivo convnio (IN SRF n 355, de 2003, art. 12, 3 ):

    a. em relao EPP contribuinte exclusivamente do ICMS: de at 3,75%;

    b. em relao EPP contribuinte do ICMS e do ISS: de at 3%.

    Caso o municpio em que esteja estabelecida a EPP tenha aderido ao Simples, os percentuais referidos nasTabelas S7 e S8 sero acrescidos, a ttulo de pagamento de ISS, observado o disposto no respectivoconvnio (IN SRF n 355, de 2003, art. 12, 4 ):

    a. em relao EPP contribuinte exclusivamente do ISS: de at 3,75%;

    b. em relao EPP contribuinte do ISS e do ICMS: de at 0,75%.

    135 A partir de quando devem ser aplicados os percentuais diferenciados referidos nas perguntas132 e 134?

    Pessoas jurdicas que aufiram receita bruta decorrente da prestao de servios em montante igual ou superiora 30% (trinta por cento) da receita bruta total acumulada:

    A partir de 1 /01/2004 (IN SRF n 355, de 2003, art. 39).

    Centros de formao de condutores e agncias lotricas:

    Regra geral, a partir de 1 de janeiro de 2004.

    Nota :

    Essas pessoas jurdicas no podiam optar pelo Simples. Aps 31/05/2003, com o advento da Lei n 10.684,de 2003, passaram a poder. Como a sistemtica de opo pelo Simples no foi modificada, as empresas jexistentes, anteriormente impedidas, passaram a poder optar pelo Simples j em 2003, mas essa opo ssurte efeitos a partir de 1 /01/2004. No caso de incio de atividades, aps 31/05/2003, j podem ser Simplesno prprio ano de 2003, mas, nesse caso, esto sujeitas, j em 2003, aos percentuais majorados em 50%.

    Franqueadas dos Correios:

    S passaram a poder optar pelo Simples com a publicao da Lei n 10.684, de 2003. Essa lei determinavaque essas empresas estariam sujeitas aos percentuais majorados em 50%.

    Com o advento da Lei n 10.833, de 2003, as franqueadas dos correios deixaram de estar sujeitas aospercentuais majorados em 50%.

    Para quem iniciou atividades durante o ano de 2003, e aps a publicao da Lei n 10.684, de 2003, ficousujeita aos percentuais majorados em 50% desde o incio de atividades at o ms de novembro de 2003.

    Estabelecimentos de ensino fundamental:

  • Mesmo antes da publicao da Lei n 10.684, de 2003, j estavam sujeitos aos percentuais diferenciados.

    Creches e pr-escolas:

    No se sujeitam mais aos percentuais majorados a partir de maio de 2003 (ver questo 153).

    136 As empresas com receita bruta acumulada da prestao de servios maior ou igual a 30% (trintapor cento) da receita bruta acumulada total esto sujeitas a percentuais diferenciados. Uma vezaplicados os percentuais majorados, isso ter de ser feito at o final do ano, mesmo no caso dareduo da relao percentual ?

    No necessariamente. O que a legislao determina que se a pessoa jurdica auferir receita bruta acumuladadecorrente da prestao de servios em montante igual ou superior a 30% (trinta por cento) da receita brutatotal acumulada, o valor devido mensalmente ser determinado mediante a aplicao, sobre a receita brutamensal auferida, dos percentuais constantes das perguntas 132 e 134.

    Para determinao do percentual a ser utilizado, necessrio, primeiramente, identificar, separadamente, osseguintes valores:

    RBAsv = receita bruta acumulada de servios;

    RBAnsv = valor da receita bruta acumulada no decorrente da prestao de servios;

    RBAtot = receita bruta acumulada total (soma algbrica de RBAsv e RBAnsv).

    Dividindo-se RBAsv por RBAtot encontraremos um nmero, multiplicando este por 100 obteremos o percentualequivalente prestao de servios, que chamaremos de PERsv .

    Apenas no caso de PERsv ser maior ou igual a 30% (trinta por cento) que devem ser aplicados ospercentuais majorados.

    No caso de em determinado ms a empresa se sujeitar aos percentuais majorados, mas em ms posteriorisso no acontecer, poder recolher, neste ltimo caso, o Darf-Simples sem se utilizar dos percentuaisdiferenciados.

    Exemplo 1 :

    Considere um salo de beleza que tambm efetua a venda de produtos. O referido salo optante peloSimples na condio de ME, no contribuinte do IPI, e no h convnio celebrado com estado ou municpio.Essa empresa obteve em janeiro de 2004 receita bruta da venda de produtos no valor de R$3.000,00. Nomesmo ms a sua receita bruta de servios foi de R$5.000,00, totalizando uma receita bruta no valor deR$8.000,00. Nesse caso, a tributao no ms de janeiro dever ser feita da seguinte maneira:

    RBAsv = R$5.000,00

    RBAnsv = R$3.000,00

    RBAtot = RBAsv + RBAnsv = R$8.000,00

    PERsv = (RBAsv/RBAtot) x 100 = (5.000/8.000)x100 = 62,5%

    Como PERsv foi maior ou igual a 30%, a empresa deve utilizar os percentuais majorados indicados na TabelaS3 constante da pergunta 132.

    RBAtot = R$8.000,00.

    Logo, a alquota correspondente a de 4,5%.

    Para se calcular o Darf-Simples, multiplica-se o valor da receita bruta mensal total pela alquota correspondente(como trata-se do ms de janeiro, neste exemplo, a receita bruta mental total igual receita bruta acumuladatotal):

    Darf-Simples = 8.000,00 x 4,5% = R$360,00

    Exemplo 2 :

    Considerando que a empresa do exemplo anterior obteve, no ms de fevereiro, receita bruta da venda deprodutos no ms (RBMnsv) no valor de R$4.000,00 e receita bruta de servios no ms (RBMsv) deR$1.000,00, totalizando uma receita bruta mensal (RBMtot) no valor de R$5.000,00. Nesse caso, a tributaono ms de fevereiro dever ser feita da seguinte maneira:

    RBMsv = R$1.000,00

    RBMnsv = R$4.000,00

    RBMtot = R$5.000,00

    RBAsv = R$6.000,00

    RBAnsv = R$7.000,00

    RBAtot = RBAsv + RBAnsv = R$13.000,00

    PERsv = (RBAsv/RBAtot) x 100 = (6.000/13.000)x100 = 46,2%

  • Como PERsv foi maior ou igual a 30%, a empresa deve utilizar novamente os percentuais majorados indicadosna Tabela S3, constante da pergunta 132.

    RBAtot = R$13.000,00

    Logo, a alquota correspondente a de 4,5%

    Para se calcular o Darf-Simples, multiplica-se o valor da receita bruta mensal (RBMtot) pela alquotacorrespondente:

    Darf-Simples = 5.000,00 x 4,5% = R$225,00

    Exemplo 3 :

    Continuando o exemplo anterior, a tabela abaixo demonstra o clculo do Darf-Simples para os meses de maroa maio:

    JAN FEV MAR ABR MAIRBMsv 5.000 1.000 1.000 5.000 2.000

    RBMnsv 3.000 4.000 10.000 5.000 6.000RBMtot 8.000 5.000 11.000 10.000 8.000

    RBAsv 5.000 6.000 7.000 12.000 14.000RBAnsv 3.000 7.000 17.000 22.000 28.000RBAtot 8.000 13.000 24.000 34.000 42.000PERsv 62,5% 46.2% 29,2% 35,3% 33,3%

    Alquota 4,5% 4,5% 3% 4,5% 4,5%DARF R$360 R$225 R$330 R$450 R$360

    Observaes:

    a. considerando-se apenas o ms de fevereiro, o percentual de servios desse ms foi de (1.000/5.000)x100 = 20%. Mesmo assim a pessoa jurdica dever utilizar

    os percentuais majorados, pois h que se observar a receita bruta acumulada, ou seja, o percentual de servios acumulado: o resultado da conta

    (RBAsv/RBAtot)x100;

    b. conforme visto nos exemplos 1 e 2, a pessoa jurdica se sujeitou aos percentuais majorados em 50% em janeiro e fevereiro, mas em maro, uma ver que PERsv

    ficou menor do que 30%, ela poder utilizar o percentual sem a majorao;

    c. no ms de abril voltou a utilizar os percentuais majorados, pois PERsv ficou maior do que 30%.

    137 No caso de convnio com estado ou municpio, em que seja considerada EPP pessoa jurdicacom receita bruta de at R$720.000,00 e a ela exceder esse valor, como fica o clculo do Darf-Simples? E se o ente federado considerar como EPP pessoa jurdica com receita bruta superior a R$720.000,00?

    Os convnios de adeso ao Simples podero considerar como EPP to-somente aquelas cuja receita bruta, noano-calendrio, seja superior a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$720.000,00(setecentos e vinte mil reais) (IN SRF n 355, de 2003, art. 14).

    No caso de convnio com unidade federada ou municpio, em que seja considerada como EPP pessoa jurdicacom receita bruta superior a R$720.000,00 (setecentos e vinte mil reais), os percentuais a que se referem (INSRF n 355, de 2003, art. 14, 1 ):

    1. os incisos I dos 3 e 4 dos arts. 10 e 12 da IN SRF n 355, de 2003, ficam acrescidos de 1 ponto percentual;

    2. os incisos II dos 3 e 4 dos arts. 10 e 12 da IN SRF n 355, de 2003, ficam acrescidos de 0,5 ponto percentual;

    Exemplo 1 :

    Considere a empresa comercial "A", optante pelo Simples na condio de EPP, no contribuinte do IPI,contribuinte exclusivamente do ICMS, situada em estado em que h convnio e que esse Estado consideracomo EPP to-somente aquelas cuja receita bruta, no ano-calendrio, seja superior a R$120.000,00 e igual ouinferior a R$720.000,00. Suponha que "A" obteve at junho de 2003, receita bruta acumulada deR$600.000,00. No ms de julho, a empresa auferiu receita de R$100.000,00, e no ms de agosto a sua receitafoi de R$ 80.000,00. Nesse caso, a tributao referente aos meses de julho e agosto dever ser feita daseguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a julho = R$700.000,00

    Logo, a alquota bsica (ver tabela S5 na pergunta 133) correspondente a de 7%.

    Como a receita bruta acumulada menor ou igual a R$720.000,00, aplica-se o inciso I do 3 do art. 10 da INSRF n 355, de 2003:

    Darf-Simples julho = (100.000) x (7%+2,5%) = R$9.500,00

    Receita bruta acumulada de janeiro a agosto = R$780.000,00

    Logo, a alquota bsica correspondente a de 7,4%

    Como a receita bruta acumulada at agosto ultrapassou o valor de R$720.000,00, aplica-se o disposto no 3 do art. 23 da Lei n 9.317, de 1996:

  • Darf-Simples agosto = (80.000) x (7,4%+3%) = R$8.320,00

    Nota :

    "3%" so referentes a "2,5%" majorados em 20%.

    Exemplo 2 :

    Considere a empresa comercial "B", optante pelo Simples na condio de EPP, no contribuinte do IPI,contribuinte exclusivamente do ICMS, situada em estado em que h convnio e que esse Estado consideracomo EPP pessoa jurdica com receita bruta superior a R$720.000,00. Suponha que "B" obteve at junho de2003, receita bruta acumulada de R$600.000,00. No ms de julho, a empresa auferiu receita de R$100.000,00,e no ms de agosto a sua receita foi de R$80.000,00. Nesse caso, a tributao referente aos meses de julho eagosto dever ser feita da seguinte maneira:

    Receita bruta acumulada de janeiro a julho = R$700.000,00

    Logo, a alquota bsica (ver tabela S5 na pergunta 133) correspondente a de 7%.

    Como a receita bruta acumulada menor ou igual a R$720.000,00, aplica-se o inciso I do 3 do art. 10 da INSRF n 355, de 2003:

    Darf-Simples julho = (100.000) x (7%+2,5%) = R$9.500,00

    Como h convnio e este considera EPP as PJ com receita bruta superior a R$720.000,00, no ms de julho,aplica-se o inciso I do 1 do art. 14 da IN SRF n 355, de 2003:

    Receita bruta acumulada de janeiro a agosto = R$780.000,00

    Logo, a alquota bsica correspondente a de 7,4%

    Darf-Simples agosto = (80.000) x (7,4%+3,5%) = R$8.720,00

    138 ME inscrita no Simples inicia atividade em 1 /10/2003. Suas receitas so de R$10.000, R$30.000 eR$40.000, nos meses de outubro, novembro e dezembro, respectivamente. Quais os percentuaisutilizados para clculo do Simples? Essa pessoa jurdica estar excluda do Simples na condio deME para o ano de 2004?

    Considerando que a pessoa jurdica em questo no est sujeita a alquotas majoradas, com relao aospercentuais aplicveis s receitas recebidas em 2003, temos:

    a. ms de outubro, percentual de ME (3%) sobre R$10.000,00 (dez mil reais);

    b. ms de novembro, percentual de ME (3%) sobre R$20.000,00 (vinte mil reais), e percentual de EPP (5,4%) sobre R$10.000,00 (dez mil reais);

    c. ms de dezembro, percentual de EPP (5,4%) sobre R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).

    No ano de 2004, a empresa estar excluda do Simples na condio de ME, podendo, porm, efetuar aalterao cadastral para EPP at o ltimo dia til de janeiro de 2004.

    139 Para efeito do clculo do valor devido mensalmente pela EPP, poder ser aplicado sobre o valorda receita bruta at o limite de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) os percentuais aplicveis s ME?

    No. Para efeito do clculo dos valores a serem recolhidos pelas EPP, a ttulo de impostos e contribuies, apessoa jurdica enquadrada nessa condio dever considerar a totalidade da receita bruta auferida no ano-calendrio, com vistas aplicao dos respectivos percentuais, variveis de acordo com a faixa de receitabruta, no podendo ser aplicados quaisquer percentuais estabelecidos para as ME, nem mesmo em relaoaos valores inferiores a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) (IN SRF n 355, de 2003, art. 10, 5 ).

    140 Existem outros incentivos fiscais de que podero beneficiar-se as ME ou as EPP ?

    A inscrio no Simples veda a utilizao ou destinao de qualquer valor a ttulo de incentivo fiscal, bem assima apropriao ou a transferncia de crditos relativos ao IPI e ao ICMS. Desse modo, as ME e as EPP inscritasno Simples no podero gozar de nenhum outro benefcio ou tratamento fiscal diferenciado ou mais favorecido,alm daqueles expressamente previstos na legislao especfica, inclusive em relao a substituio tributria,diferimento, crdito presumido, reduo da base de clculo, iseno, aplicveis s demais pessoas jurdicas.

    Entretanto, tal vedao no se aplica ao aproveitamento de crditos relativos ao ICMS, caso a unidadefederada em que esteja localizada a ME ou a EPP no tenha aderido ao Simples. Igual entendimento extensivo ao ISS dos municpios que no houverem celebrado convnio para adeso ao sistema (Lei n 9.317, de 1996, art. 5 , 5 e 6 ; e IN SRF n 355, de 2003, art. 19).

    NOTA:

    A impossibilidade de utilizao ou destinao de qualquer valor a ttulo de incentivo fiscal alcanar somente ostributos e contribuies abrangidos pelo Simples. Um incentivo fiscal relativo ao IPTU, por exemplo, poder serusufrudo normalmente, ainda que a pessoa jurdica seja optante pelo Simples.

    141 A pessoa jurdica poder fazer opo pelo Simples somente em relao a alguns dos impostosou contribuies, continuando a recolher os demais de acordo com as regras aplicveis s pessoasjurdicas em geral?

    No. A opo pelo Simples implica clculo e pagamento unificado e integral de todos os impostos econtribuies abrangidos pelo sistema, no havendo possibilidade de a pessoa jurdica escolher quais tributosdevem ser includos e recolhidos em conformidade com essa sistemtica, inclusive o ICMS e o ISS, se houver

    oo o o o

  • convnio.

    142 Quais as pessoas jurdicas que podero exercer a opo pelo Simples?

    Podero optar pelo Simples as pessoas jurdicas que, cumulativamente, satisfizerem as seguintes condies:

    a. tenham auferido no ano-calendrio anterior receita bruta dentro dos limites estabelecidos em lei. Na condio de ME, igual ou inferior a R$120.000,00 (cento e vinte

    mil reais), e na condio de EPP, superior a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$1.200.000,00 (um milho e duzentos mil reais);

    b. no estejam expressamente impedidas de valer-se desse benefcio por imposio do art. 9 da Lei n 9.317, de 1996, e alteraes posteriores.

    NOTA:

    A falsidade das declaraes, adulterao de documentos, falta de emisso de nota fiscal, com vistas obteno da indevida incluso no sistema, caracteriza crime de falsidade ideolgica (Cdigo Penal, art. 299),configurando-se, por decorrncia, crime contra a ordem tributria (Lei n 8.137, de 1990, art. 1 ), semprejuzo do enquadramento da empresa em outras figuras penais cabveis, a que tambm esto sujeitos ostitulares ou scios da pessoa jurdica (Lei n 9.317, de 1996, art. 22).

    143 Pode o Delegado ou Inspetor da Receita Federal retificar de ofcio a Ficha Cadastral da PessoaJurdica (FCPJ) para incluso no Simples de pessoas jurdicas inscritas no CGC/CNPJ?

    O Delegado ou o Inspetor da Receita Federal, comprovada a ocorrncia de erro de fato, pode retificar deofcio tanto o Termo de Opo (TO) quanto a Ficha Cadastral da Pessoa Jurdica (FCPJ) para a incluso noSimples de pessoas jurdicas inscritas no Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas (CNPJ), desde que sejapossvel identificar a inteno inequvoca de o contribuinte aderir ao Simples (ADI SRF n 16, de 2002).

    NOTA:

    Cabe, entretanto, a incluso retroativa de ofcio, para fatos ocorridos at o exerccio de 2003 (ano-calendrio2002), no caso de o contribuinte comprovar sua inteno de promover a alterao cadastral exigida pela Lei n 9.317, de 1996. Essa comprovao pode ser feita, nos casos de no apresentao do TO e da noformalizao da opo de adeso ao Simples mediante a FCPJ, pela comprovao de entrega dasDeclaraes Anuais Simplificadas ou a apresentao dos comprovantes de pagamento (Darf-Simples).Ressalte-se que o pagamento efetuado por outro regime de tributao no caracteriza a inteno de opopelo Simples ainda que o contribuinte tenha entregue a Declarao Anual Simplificada.

    144 No caso de incio efetivo das atividades em data posterior ao registro no CNPJ, qual a data a serconsiderada para fins de apurao do limite para o ingresso no Simples?

    A expresso "incio de atividade" deve ser entendida como o momento da primeira operao aps aconstituio e integralizao do capital, que traga a mutao no patrimnio da pessoa jurdica, sendo irrelevantese essa mutao de ordem qualitativa ou quantitativa. Ocorrendo o incio das atividades segundo esteentendimento, haver a obrigatoriedade da entrega da declarao de rendimentos a partir do exercciofinanceiro seguinte.

    Portanto, irrelevante a data de registro no CNPJ e tambm a data prevista no contrato ou estatuto social paraincio de funcionamento da empresa. Prevalece sempre a data do efetivo incio das atividades. Se no prprioano-calendrio da opo, os limites da receita bruta, para fins de clculo do tributo devido, sero proporcionaisao nmero de meses em que a pessoa jurdica houver exercido atividade, desconsideradas as fraes demeses.

    Exemplo :

    Empresa constituda em agosto de 1997, com previso para incio em maro de 1998, mas com incio efetivoem 10/02/1998. Qual ser o limite aplicvel?

    10 meses x R$10.000,00 para ME e

    10 meses x R$100.000,00 para EPP.

    145 Quais as pessoas jurdicas expressamente vedadas da possibilidade de opo pelo Simples?

    No poder optar pelo Simples, como estatui o art. 9 da Lei n 9.317, de 1996, e alteraes posteriores(alteraes consolidadas no art. 20 da IN SRF n 355, de 2003), pessoa jurdica:

    a. na condio de ME ou EPP que tenha auferido, no ano-calendrio imediatamente anterior quele da opo, receita bruta superior aos limites estabelecidos para os

    respectivos portes (Lei n 9.317, de 1996, art. 2 , alterado pelo art. 3 da Lei n 9.732, de 1998);

    b. constituda sob a forma de sociedade por aes;

    c. cuja atividade seja banco comercial, banco de investimentos, banco de desenvolvimento, caixa econmica, sociedade de crdito, financiamento e investimento,

    sociedade de crdito imobilirio, sociedade corretora de ttulos, valores mobilirios e cmbio, sociedade de crdito a microempreendedor, distribuidora de ttulos e

    valores mobilirios, empresa de arrendamento mercantil, cooperativa de crdito, empresa de seguros privados e de capitalizao e entidade aberta de previdncia

    complementar;

    d. que se dedique compra e venda, ao loteamento, incorporao ou construo de imveis;

    e. que tenha scio de nacionalidade estrangeira, residente no exterior;

    f. constituda sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade da administrao pblica, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;

    g. que seja filial, sucursal, agncia ou representao, no pas, de pessoa jurdica com sede no exterior;

    h. cujo titular ou scio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite estabelecido para a

    empresa de pequeno porte;

    i. de cujo capital participe, como scio, outra pessoa jurdica;

    j. que realize operaes relativas a: locao ou administrao de imveis; armazenamento e depsito de produtos de terceiros; propaganda e publicidade, excludos

    os veculos de comunicao; factoring ; prestao de servio de vigilncia, limpeza, conservao e locao de mo-de-obra;

    k. que preste servios profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresrio, diretor ou produtor de espetculos, cantor, msico,

    o o

    o o

    o

    o o o

    o o o

  • danarino, mdico, dentista, enfermeiro, veterinrio, engenheiro, arquiteto, fsico, qumico, economista, contador, auditor, consultor, estatstico, administrador,

    programador, analista de sistema, advogado, psiclogo, professor, jornalista, publicitrio, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profisso cujo exerccio

    dependa de habilitao profissional legalmente exigida;

    l. que participe do capital de outra pessoa jurdica, ressalvados os investimentos provenientes de incentivos fiscais efetuados antes da vigncia da Lei n 7.256, de

    1984, quando se tratar de ME, ou antes da vigncia da Lei n 9.317, de 1996, quando se tratar de EPP;

    m. que tenha dbito inscrito em Dvida Ativa da Unio ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cuja exigibilidade no esteja suspensa;

    n. cujo titular ou scio que participe de seu capital com mais de 10% (dez por cento), esteja inscrito em Dvida Ativa da Unio ou do Instituto Nacional do Seguro Social

    (INSS), cuja exigibilidade no esteja suspensa;

    o. que seja resultante de ciso ou outra qualquer forma de desmembramento da pessoa jurdica, salvo em relao aos eventos ocorridos antes da vigncia da Lei n

    9.317, de 1996;

    p. cujo titular, ou scio com participao em seu capital superior a 10% (dez por cento), adquira bens ou realize gastos em valor incompatvel com os rendimentos por

    ele declarados;

    q. que exera a atividade de industrializao, por conta prpria ou por encomenda, de bebidas, cigarros e demais produtos, classificados nos Captulos 22 e 24 da

    Tabela de Incidncia do IPI (TIPI), sujeitos ao regime de tributao de que trata a Lei n 7.798, de 1989; mantidas at 31/12/2000 as opes j exercidas;

    146 Scio ostensivo de sociedade em conta de participao pode ser optante pelo Simples?

    No (IN SRF n 355, de 2003, art. 20, inciso XIII)

    147 Qual o alcance da expresso "assemelhados" constante do inciso XIII do art. 9 da Lei n 9.317,de 1996?

    O referido inciso impede a opo pelo Simples por parte das seguintes pessoas jurdicas:

    a. que prestem ou vendam servios relativos s profisses expressamente listadas no citado inciso;

    b. que prestem ou vendam servios que sejam assemelhados aos referidos no item "a", tendo em vista que naquele contexto, o termo "assemelhado" deve ser

    entendido como qualquer atividade de prestao de servio que tem similaridade ou semelhana com as atividades enumeradas no referido dispositivo legal, vale

    dizer, a lista das atividades ali elencadas no exaustiva.

    NOTA:

    Uma forma objetiva de identificar possveis atividades semelhantes ao do dispositivo em exame, verificar osservios elencados no pargrafo 1 do art. 647 do RIR/1999, o qual, ainda que para outro fim (imposto derenda na fonte em servios prestados por PJ para outra PJ), identifica servios que, por sua natureza, revelam-se inerentes ao exerccio de qualquer profisso, regulamentada ou no (PN CST n 8, de 1986), bem comoos que lhe so similares. Nesse sentido para identificar servios semelhantes aos de corretor ou representantecomercial, sero tidos como assemelhados quaisquer servios que traduzam a mediao ou intermediao denegcios e que resultem no pagamento de "comisses, corretagens ou qualquer outra remunerao pelarepresentao comercial ou pela mediao na realizao de negcios civis e comerciais" (RIR/1999, art. 651,inciso I);

    148 PJ (A) que faturou em determinado ano R$78.000,00 e que tenha scio PF que participe com maisde 10% no capital de outra PJ (B), cujo faturamento foi de R$452.000,00, poder enquadrar-se noSimples?

    Sim. O inciso IX do art. 9 da Lei n 9.317, de 1996, veda a opo pelo Simples de pessoa jurdica cujo titularou scio, pessoa fsica, participe com mais de 10% (dez por cento) no capital de outra pessoa jurdica (optantepelo Simples ou no), desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do art. 2 doreferido dispositivo legal, alterado para R$1.200.000,00 (um milho e duzentos mil reais) pela Lei n 9.732, de1998.

    Quanto ao enquadramento como ME ou EPP, cada uma destas empresas, de acordo com o seu faturamentodo ano-calendrio anterior, observar os limites constantes dos incisos I e II do art. 2 da Lei n 9.317, de1996, consideradas as alteraes posteriores.

    No caso proposto, a empresa "A" enquadra-se como ME e a empresa "B" como EPP, no ano-calendrioexaminado.

    149 As pessoas jurdicas que tenham atividades diversificadas, sendo apenas uma delas vedada e depouca representatividade no total das receitas pode optar pelo Simples?

    No podero optar pelo Simples as pessoas jurdicas que, embora exeram diversas atividades permitidas,tambm exeram pelo menos uma atividade vedada, independentemente da relevncia da atividade impeditiva.

    150 Se constar do contrato social que a PJ pode exercer alguma atividade que impea a opo peloSimples, ainda que no venha a obter receita dessa atividade, tal fato motivo que impea sua opopor esse regime de tributao?

    Se no contrato social constarem unicamente atividades que vedam a opo, a pessoa jurdica dever alterar ocontrato para obter a inscrio no Simples, valendo a alterao para o ano-calendrio subseqente.

    Admite-se, no entanto, a existncia no contrato social de atividades impeditivas juntamente com noimpeditivas, condicionando-se neste caso, porm, a possibilidade de opo e permanncia no Simples, aoexerccio to-somente das atividades no vedadas.

    De outra parte, tambm estar impedida de optar pelo Simples a pessoa jurdica que obtiver receita deatividade impeditiva, em qualquer montante, ainda que no prevista no contrato social.

    151 As clnicas mdicas, de fonoaudiologia e de psicologia podem optar pelo Simples ?

    No. As pessoas jurdicas que prestem ou vendam os servios de medicina, fonoaudiologia e psicologia no

    o

    o

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  • No. As pessoas jurdicas que prestem ou vendam os servios de medicina, fonoaudiologia e psicologia nopodem optar pelo Simples, conforme vedao estabelecida no inciso XIII do art. 9 da Lei n 9.317, de 1996(ADN Cosit n 2, de 2000).

    152 Empresa que preste servios auxiliares ou complementares da construo civil pode optar peloSimples?

    A vedao ao exerccio da opo pelo Simples, aplicvel atividade de construo de imveis, abrange asobras e servios auxiliares e complementares da construo civil, tais como (ADN Cosit n 30, de 1999):

    a. edificaes;

    b. sondagens, fundaes e escavaes;

    c. construo de estradas e logradouros pblicos;

    d. construo de pontes, viadutos e monumentos;

    e. terraplenagem e pavimentao;

    f. pintura, carpintaria, instalaes eltricas e hidrulicas, aplicao de tacos e azulejos, colocao de vidros e esquadrias; e

    g. quaisquer outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo.

    153 Creche pode optar pelo Simples? O que mudou com a publicao da Lei n 10.684, de 2003?

    A partir de 31/05/2003, com a publicao da Lei n 10.684, de 2003, passou a ser permitido o ingresso noSimples s pessoas jurdicas que se dediquem exclusivamente s seguintes atividades:

    a. creches e pr-escolas;

    b. estabelecimentos de ensino fundamental;

    c. centro de formao de condutores de veculos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga;

    d. agncias lotricas; e

    e. agncias terceirizadas de correios.

    O ingresso no Simples j era permitido s creches, pr-escolas e estabelecimentos de ensino fundamental,sendo que a partir da vigncia da Lei n 10.684, de 30/05/2003, os percentuais das creches e pr-escolaspassaram a ser os mesmos das outras pessoas jurdicas em geral. Logo, a partir de maio de 2003 as crechese pr-escolas no mais se sujeitam aos percentuais acrescidos de 50%, conforme determinava a Lei n 10.034, de 2000.

    As pessoas jurdicas com atividades de estabelecimentos de ensino fundamental, centro de formao decondutores de veculos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga, e agncias lotricas,bem como as que aufiram receita bruta acumulada decorrente da prestao de servios em montante igual ousuperior a 30% (trinta por cento) da receita bruta total acumulada, muito embora passaram a poder optar peloSimples, tero os percentuais acrescidos de 50% (cinqenta por cento), assim como era feito para as crechesat o advento da Lei n 10.684, de 2003.

    As franqueadas dos correios tambm passaram a poder optar pelo Simples com a publicao da Lei n 10.684, de 2003. Essa lei determinava que essas empresas estariam sujeitas aos percentuais majorados em50%. Com o advento da Lei n 10.833, de 2003, entretanto, as franqueadas dos correios deixaram de estarsujeitas aos percentuais majorados em 50%.

    Com relao s pessoas jurdicas que aufiram receita bruta decorrente da prestao de servios em montanteigual ou superior a 30% (trinta por cento) da receita bruta total, inscritas no Simples, os percentuais acrescidosem 50% somente aplicar-se-o a partir de 1 /01/ 2004 (ver questo 135).

    154 Quais os percentuais a serem utilizados pelas creches durante o ano de 2003?

    At o ms de abril de 2003, em funo do disposto na Lei n 10.034, de 2000, as pessoas jurdicas queexerciam as atividades de creches, de pr-escolas e de estabelecimentos de ensino fundamental estavamautorizadas a ingressar no Simples.

    Para estas atividades eram aplicados os percentuais resultantes do acrscimo de 50% (cinqenta por cento)sobre aqueles percentuais previstos para as demais ME e EPP.

    Tabela 1: Percentuais aplicveis s creches e pr-escolas at o ms de abril de 2003, inclusive:

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 60.000,00 4,5%De 60.000,01a 90.000,00 6%De 90.000,01 a 120.000,00 7,5%

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 240.000,00 8,1%De 240.000,01 a 360.000,00 8,7%De 360.000,01 a 480.000,00 9,3%De 480.000,01 a 600.000,00 9,9%De 600.000,01 a 720.000,00 10,5%De 720.000,01 a 840.000,00 11,1%De 840.000,01 a 960.000,00 11,7%De 960.000,01 a 1.080.000,00 12,3%

    De 1.080.000,01 a12,9%

    o o o

    o

  • De 1.080.000,01 a1.200.000,00Acima de 1.200.000,00 15,48%

    No caso de ME ou EPP contribuinte do IPI, os percentuais referidos na Tabela 1 anterior eram acrescidos de0,75 (setenta e cinco centsimos) de ponto percentual.

    Conforme explicado na pergunta 153, a partir de maio de 2003 as pessoas jurdicas que se dediquemexclusivamente s atividades de creches e de pr-escolas se sujeitam aos mesmos percentuais que as outraspessoas jurdicas em geral, ou seja, sem a majorao de 50%.

    Tabela 2: Percentuais aplicveis s creches e pr-escolas a partir de maio de 2003, inclusive:

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 60.000,00 3%

    De 60.000,01a 90.000,00 4%De 90.000,01 a 120.000,00 5%

    Receita Bruta Acumulada (emR$)

    Alquotas

    At 240.000,00 5,4%De 240.000,01 a 360.000,00 5,8%De 360.000,01 a 480.000,00 6,2%De 480.000,01 a 600.000,00 6,6%De 600.000,01 a 720.000,00 7%De 720.000,01 a 840.000,00 7,4%De 840.000,01 a 960.000,00 7,8%De 960.000,01 a 1.080.000,00 8,2%De 1.080.000,01 a1.200.000,00

    8,6%

    Acima de 1.200.000,00 10,32%

    No caso de ME ou EPP contribuinte do IPI, os percentuais referidos na Tabela 2 acima sero acrescidos de0,5 (cinco dcimos) ponto percentual.

    155 Quais os percentuais a serem utilizados pelas pessoas jurdicas que exercem a atividade decreche conjuntamente com a de estabelecimento de ensino fundamental? E se a pessoa jurdica forcontribuinte do IPI?

    As creches se utilizam dos percentuais das pessoas jurdicas em geral. J os estabelecimentos de ensinofundamental esto sujeitos aos percentuais majorados em 50% (ver pergunta 153).

    No caso de uma mesma pessoa jurdica obter receita dessas duas atividades dever segregar as receitas paracalcular o Darf-Simples.

    Exemplo 1 :

    Pessoa jurdica, optante pelo Simples na condio de ME, obteve em janeiro de 2004 receita bruta da atividadede creche no valor de R$10.000,00. Nesse mesmo ms obteve outros R$10.000,00, mas referentes suaatividade de estabelecimento de ensino fundamental.

    Darf-Simples = (10.000 x 3%) + (10.000 x 4,5%) = R$750,00

    Exemplo 2 :

    Considere o mesmo caso do exemplo anterior levando em conta que houve tambm uma receita deR$1.000,00 referente elaborao de material didtico.

    Ressalte-se que a atividade de creche e de ensino fundamental devem ser exclusivas para que a pessoajurdica possa optar pelo Simples. A pessoa jurdica em questo deve ser capaz de provar que a elaboraodesse material didtico inerente s atividades de creche e/ou ensino fundamental.

    Desses R$1.000,00, o prprio contribuinte dever discriminar a parcela referente atividade de creche(R$350,00 por exemplo) e qual referente de ensino fundamental (neste exemplo, consideremos o valor deR$650,00).

    Darf-Simples = (10.350 x (3% + 0,5%)) + (10.650 x (4,5% + 0,75%) = (10.350 x 3,5%) + (10.650 x 5,25%) =R$921,37

    156 Como uma pessoa jurdica, optante pelo Simples na condio de ME, que exerce a atividade decreche conjuntamente com a de estabelecimento de ensino fundamental deve calcular o Darf-Simplesno ms que ultrapassar o limite de receita bruta estipulado para as ME?

    A pessoa jurdica dever, mediante os seus controles de receita bruta, determinar qual parcela dessa receita

  • A pessoa jurdica dever, mediante os seus controles de receita bruta, determinar qual parcela dessa receita referente atividade de creche e qual referente atividade de ensino fundamental. Atualmente o limite dereceita bruta para as ME de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais).

    Exemplo :

    Pessoa jurdica, optante pelo Simples na condio de ME, obteve em janeiro, fevereiro e maro de 2004receita bruta da atividade de creche no valor de R$25.000, R$30.000. e R$35.000, respectivamente. Nessesmesmos meses obteve R$20.000, R$30.000 e R$40.000 como receita de sua atividade de estabelecimentode ensino fundamental.

    Janeiro Fevereiro MaroRB creche R$25.000 R$30.000 R$35.000RBens.fundamental

    R$20.000 R$30.000 R$40.000

    RB no ms R$45.000 R$60.000 R$75.000RB acumulada R$45.000 R$105.000 R$180.000

    DARF-Simples Janeiro:

    (25.000 x 3%) + (20.000 x 4,5%) = 750 + 900 = R$1.650,00

    DARF-Simples Fevereiro:

    (30.000 x 5%) + (30.000 x 7,5%) = 1.500 + 2.250 = R$3.750,00

    A empresa est com uma receita bruta acumulada de janeiro a fevereiro de R$105.000,00. Logo, como o limitede ME o de R$120.000,00, dos R$75.000,00 que obteve de receita no ms de maro, R$15.000,00 podemser recolhidos com os percentuais de ME e o restante, R$60.000,00, devero ser recolhidos utilizando-se dospercentuais de EPP. A pessoa jurdica em questo dever, ento, determinar, mediante seus controles dereceita, qual parcela desses R$15.000,00 se referem atividade de creche e qual parcela referente atividade de ensino fundamental. Levando-se em conta que, nesse caso, R$ 5.000,00 so referentes atividade de creche e R$10.000,00, atividade de ensino fundamental:

    DARF-Simples Maro:

    (5.000 x 5%) + (30.000 x 5,4%) + (10.000 x 7,5%) + (30.000 x 8,1%) = 250 + 1.620 + 750 + 2.430 =R$5.050,00

    157 Pessoas Jurdicas que desenvolvem as atividades rurais de produo, colheita, corte,descasque, empilhamento e outros servios gerais podem optar pelo Simples?

    Sim, desde que no pratiquem a locao de mo-de-obra para execuo das tarefas e cumpram as demaisexigncias constantes das normas legais.

    158 As empresas que prestam servios de prtese dentria podem enquadrar-se no Simples?

    No. Tanto a prtica dos servios dentrios quanto a de laboratrio de prtese dentria exigem habilitaoprofissional prevista em lei para seu exerccio, o que inviabiliza o ingresso no Simples das pessoas jurdicasque atuem nessa rea. (ADN Cosit n 12, de 2000).

    159 As pessoas jurdicas que prestam servios de cobrana podem inscrever-se no Simples?

    O ADN Cosit n 7, de 2000, dispe que as prestadoras de servios de cobrana, desde que extrajudiciais,podem fazer parte dessa sistemtica de tributao.

    160 As prestadoras de servios de regulao, averiguao ou avaliao de sinistros, inspeo egerenciamento de riscos para quaisquer ramos de seguros podem optar pelo Simples?

    No, em conformidade com a legislao de regncia, ressaltando-se os termos do ADN Cosit n 5, de 2000.

    161 As pessoas jurdicas franqueadas da Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos podem aderirao Simples?

    Sim. Aps a publicao da Lei n 10.684, de 2003, no s as franqueadas dos correios, mas tambm oscentros de formao de condutores de veculos automotores de transporte terrestre de passageiros e decarga, bem como as agncias lotricas passaram a poder optar pelo Simples (ver perguntas 135 e 153).

    162 As empresas que exploram atividades de montagem e manuteno de equipamentos industriais;manuteno eletromecnica de veculos; montagem, manuteno de equipamentos eletrnicos einstalao de sistemas de comunicao e telecomunicao podem optar pelo Simples?

    No, pois tratam-se de atividades tpicas de engenheiro. Mesmo que prestadas por tcnicos de nvel mdio ousuperior, exigem habilitao profissional para seu exerccio, o que impede o enquadramento no Simples(Solues de Divergncia n 13 e 14, ambas de 2001; e ADN Cosit n 12, de 2000).

    163 As empresas que prestam servios de enfermagem, mdicos e hospitalares podem optar peloSimples?

    No. Est vedada a opo para a prestao dos servios mencionados (ADN Cosit n 12, de 2000).

    164 O exerccio da atividade de limpeza e manuteno de cisternas e caixas dgua permite a pessoa

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  • 164 O exerccio da atividade de limpeza e manuteno de cisternas e caixas dgua permite a pessoajurdica a opo pelo Simples?

    No. Pessoa jurdica que exerce atividade de limpeza e manuteno de cisternas e caixas dgua, classificadascomo bens imveis, no podem optar pelo Simples.

    165 As empresas que prestam servios de desentupimento de tubulaes podem exercer a opopelo Simples?

    No. As pessoas jurdicas que tenham por objeto social o desentupimento de tubulaes no podem optarpelo Simples, uma vez que enquadram como sendo de limpeza de bens imveis.

    166 Pessoa Jurdica resultante de desmembramento pode ingressar no Simples?

    O desmembramento caracteriza-se pela transferncia de bens patrimoniais para formao de capital de novaempresa, a partir da diviso de uma pessoa jurdica e constituio de outra, seguida da transmisso para estade parte do ativo e passivo do patrimnio da primeira pessoa jurdica, inclusive no que se refere aodesmembramento, objetivando a explorao, em separado, de atividades diferentes, e a formao de outra oude vrias empresas, com a conseqente diminuio do capital daquela considerada como primeira (PN CST n

    78, de 1976).

    O dispositivo legal tem por finalidade evitar que a pessoa jurdica, no intuito de se adequar nova sistemtica ese utilizar das prerrogativas do Simples, proceda ao desmembramento da sua empresa em duas ou mais, demodo a beneficiar-se do limite fixado para o respectivo enquadramento como ME ou EPP, ou de separar aexplorao de atividade com adeso permitida pelo novo sistema de outra cuja vedao clara na forma do art.9 da Lei n 9.317, de 1996.

    Em vista disso, para que a pessoa jurdica resultante de desmembramento possa aderir ao Simples, mister sefaz que tal evento haja ocorrido antes de 1 /01/1997, data de vigncia da Lei n 9.317, de 1996.

    167 As agncias de viagem e turismo podem optar pelo Simples?

    Sim. A partir da publicao da Lei n 10.637, de 2002, no h mais impedimento para que as pessoas jurdicasque se dediquem exclusivamente s atividades de agncia de viagem e turismo optem pelo Simples.

    168 Como podero ser identificadas, por terceiros em geral, as pessoas jurdicas inscritas noSimples?

    As ME e as EPP, optantes pelo Simples, devero manter em seus estabelecimentos, em local visvel aopblico, placa indicativa que esclarea essa condio.

    A placa indicativa dever ter dimenses de, no mnimo, 297 mm de largura por 210 mm de altura e conter,obrigatoriamente, o termo "Simples" e a indicao "CNPJ n ........", na qual constar o nmero de inscriocompleto do respectivo estabelecimento (IN SRF n 355, de 2003,art. 30).

    NOTAS:

    A placa indicativa a que se refere pode ser confeccionada pelo contribuinte, usando papel e caneta, desde quepreenchida em letra de forma legvel e sem rasuras, com observncia das determinaes legais.

    O descumprimento dessa obrigatoriedade sujeitar a pessoa jurdica multa de 2% (dois por cento) do totaldos impostos e contribuies devidos de conformidade com o Simples, no prprio ms em que for constatadaa irregularidade, devendo ser aplicada, mensalmente, enquanto perdurar a infrao (Lei n 9.317, de 1996, art.20 e pargrafo nico; e IN SRF n 355, de 2003,art.36).

    169 Como a pessoa jurdica que pretende ser includa no Simples deve fazer a opo?

    A opo pelo Simples dar-se- mediante a inscrio da pessoa jurdica, enquadrada na condio de ME ouEPP, no Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas (CNPJ). Por ocasio da inscrio, sero prestadasinformaes pela empresa sobre os impostos dos quais contribuinte (IPI, ICMS E ISS) e sobre o seu porte(ME ou EPP). O documento hbil para formalizar a opo a Ficha Cadastral da Pessoa Jurdica, comutilizao do cdigo de evento prprio (IN SRF n 355, de 2003, art.16).

    170 A partir de que data a pessoa jurdica poder considerar-se includa no Simples e submetida aoseu disciplinamento?

    Incio de atividade: A opo pelo Simples passa a produzir todos seus efeitos, submetendo a pessoa jurdica respectiva sistemtica, imediatamente, no caso de incio de atividade, mediante preenchimento do CNPJ,com indicao do cdigo prprio de opo, no ato da inscrio.

    Pessoas Jurdicas j cadastradas no CNPJ: Na hiptese de a pessoa jurdica j se encontrar em atividade,esta formalizar sua opo para adeso ao Simples, mediante alterao cadastral efetivada at o ltimo dia doms de janeiro do ano-calendrio. A opo formalizada dentro desse prazo submeter a pessoa jurdica sistemtica do Simples a partir do 1 dia do ano-calendrio da opo. Caso a opo seja formalizada foradesse prazo, os efeitos dar-se-o a partir do 1 dia do ano-calendrio subseqente.

    NOTAS:

    Caso a pessoa jurdica, em incio de atividade, cadastre-se no CNPJ em uma data e s faa a opo peloSimples em data posterior, sendo que ambas no ms de janeiro, ainda assim, os efeitos da opo dar-se-o apartir do 1 dia do ano-calendrio da opo.

    171 Em que hiptese, mesmo tendo exercido a opo pelo Simples, considera-se que a pessoa

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  • 171 Em que hiptese, mesmo tendo exercido a opo pelo Simples, considera-se que a pessoajurdica no est submetida a esse regime?

    No produzir qualquer efeito a opo exercida, considerando-se a pessoa jurdica como no submetida aoSimples, na hiptese de incio de atividade, se o valor acumulado da receita bruta, nesse perodo, for superiora R$100.000,00 (cem mil reais), multiplicados pelo nmero de meses de funcionamento. Nesse caso, deveroser recolhidos todos os tributos e contribuies de acordo com as normas aplicveis s demais pessoasjurdicas, desde o primeiro ms de incio de atividade. Caso esses pagamentos, referentes totalidade ou diferena dos impostos e contribuies devidos ocorram antes do incio de procedimento de ofcio, sobre osmesmos incidiro, apenas, juros de mora determinados segundo as normas previstas para o imposto de renda(IN SRF n 355, de 2003, art.3 , 2 e 3 ).

    NOTA:

    Os recolhimentos relativos ao Simples, tidos como pagamentos indevidos, podero ser objeto de pedido derestituio ou compensao.

    172 Aps a adeso ao Simples permitido pessoa jurdica alterar, dentro do mesmo ano-calendrio, a opo exercida?

    No. Exercida a opo pelo Simples, na forma da legislao que disciplina a matria, ela ser definitiva paratodo o perodo. No caso de mudana de opo, os efeitos decorrentes sero observados a partir do primeirodia do ano-calendrio subseqente (IN SRF n 355, de 2003, art.17).

    173 Os benefcios da Lei n 9.317, de 1996, podero ser usufrudos por qualquer empresa queatenda os requisitos da lei, com relao aos limites de receita bruta, mesmo que no inscrita noSimples como ME ou EPP ?

    No. Para que a pessoa jurdica possa valer-se das prerrogativas do Simples, alm de preencher os requisitosexigidos para incluso no sistema (Lei n 9.317, de 1996, art. 9 ), indispensvel que se encontreregularmente constituda, com os seus atos constitutivos devidamente registrados nos rgos competentes,registro de comrcio ou registro civil, e que seja exercida a opo por uma das condies, ME ou EPP,mediante alterao no CNPJ.

    174 Como se dar o pagamento dos impostos e contribuies abrangidos pelo Simples, e qual oprazo de recolhimento?

    Os impostos e contribuies devidos pelas ME e pelas EPP optantes sero pagos de forma centralizada, comutilizao do Darf-Simples, at o dcimo dia do ms subseqente quele em que houver sido auferida a receitabruta (IN SRF n 355, de 2003, art.28).

    175 Caso o ltimo dia do prazo para pagamento dos impostos e contribuies abrangidos peloSimples seja considerado como no-til, quando dever ser efetuado o recolhimento?

    Para efeito do recolhimento dos impostos e contribuies includos no Simples, dever ser adotado oentendimento de que, na hiptese do ltimo dia do prazo de pagamento recair em dia considerado como no-til (sbado, domingo, feriado ou em dia que os estabelecimentos bancrios no funcionem), o prazo serprorrogado para o primeiro dia til subseqente, sem qualquer acrscimo.

    176 Quais as conseqncias para a ME, optante pelo Simples, que, no decurso do ano-calendrio,exceder o limite da receita bruta acumulada de R$120.000,00?

    No caso de a ME auferir, no decorrer do ano-calendrio, receita bruta em montante acumulado superior aR$120.000,00 (cento e vinte mil reais), sujeitar-se-, a partir, inclusive, do ms em que for verificado o excesso,em relao aos valores excedentes, ao pagamento dos impostos e contribuies de acordo com ospercentuais e normas aplicveis s EPP. Ainda, na hiptese de ser verificado o citado excesso, a ME estar,no ano-calendrio subseqente, automaticamente excluda do Simples nessa condio. Entretanto, lhe permitido fazer a opo para EPP, mediante alterao cadastral, se no ultrapassado tambm o limite dereceita bruta anual de R$1.200.000,00 (um milho e duzentos mil reais).

    Essa alterao cadastral dever ser feita at o ltimo dia til do ms de janeiro do ano-calendrio subseqentequele em que se deu o excesso de receita bruta, sendo seus efeitos observados a partir do incio do prprioano-calendrio em que se procedeu a alterao (IN SRF n 355, de 2003, art. 9 e art. 22, 2 e 3 ,inciso I).

    Exemplo :

    At determinado perodo do ano-calendrio, a receita bruta acumulada foi de R$110.000,00. No ms seguinte,a pessoa jurdica auferiu receita de R$30.000,00. Nesse caso, a tributao dever ser feita da seguinte forma,considerando-se que a pessoa jurdica no seja contribuinte do IPI e a inexistncia de convnios celebradoscom os estados ou municpios:

    R$10.000,00 alquota de 5%; e

    R$20.000,00 alquota de 5,4%.

    NOTA:

    Mesmo no ms em que a empresa exceder o limite do porte de ME o pagamento dever ser feito porintermdio de um nico Darf.

    177 Em que caso a pessoa jurdica que perder a condio de ME em um perodo-base poder

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  • 177 Em que caso a pessoa jurdica que perder a condio de ME em um perodo-base poderretornar ao Simples sob essa condio?

    A excluso da pessoa jurdica da condio de ME, no ano-calendrio, por haver excedido o limite da receitabruta acumulada de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), somente a obriga a proceder a alterao cadastralpara EPP (observado o limite de receita bruta fixado pela Lei n 9.317, de 1996, com a alterao da Lei n 9.732, de 1998, art. 3 ) no ms de janeiro do ano-calendrio subseqente quele em que houver ocorrido oexcesso, devendo o recolhimento dos impostos e contribuies ser efetuado com os percentuais de EPP apartir, inclusive, do ms em que for verificado o excesso.

    Entretanto, no ano-calendrio subseqente, enquadrada como EPP, se a receita bruta anual tiver ficado dentrodo limite estabelecido para ME, a pessoa jurdica poder retornar a esta condio, desde que atenda osdemais requisitos exigidos para opo pelo sistema. A alterao de sua condio dever ser formalizada pormeio de alterao cadastral, at o ltimo dia til do ms de janeiro do ano-calendrio subseqente quele quevoltou a auferir receita dentro do limite de ME (IN SRF n 355, de 2003, art.22, inciso II, 2 e 3 ).

    178 Na prtica, como saber quando a pessoa jurdica excluda da condio de ME poder retornar aoSimples?

    Para fins prticos, poder ser utilizado o seguinte exemplo: no ano-calendrio de 1999 a pessoa jurdicapreencheu todos os requisitos e se inscreveu na condio de ME, tendo auferido receita bruta, nesse ano-calendrio, superior a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais). Deveria passar a recolher os impostos econtribuies, a partir, inclusive, do ms em que foi verificado o excesso, de acordo com os percentuaisaplicveis s EPP, e, obrigatoriamente, no ano-calendrio de 2000, estaria excluda do sistema, na condio deME, podendo optar, mediante alterao cadastral, at o ltimo dia til do ms de janeiro de 2000, por inscrever-se como EPP, caso a receita bruta acumulada em 1999 estivesse dentro do limite de R$1.200.000,00 (ummilho e duzentos mil reais). Entretanto, se no ano-calendrio de 1999 a ME auferisse receita bruta anualsuperior a R$1.200.000,00 (um milho e duzentos mil reais) no poderia optar pela inscrio como EPP para oano-calendrio de 2000. A opo pelo Simples somente poderia ser exercida novamente quando a pessoajurdica auferisse receita bruta anual situada dentro dos limites previstos para os enquadramentos como ME oucomo EPP. Ocorrendo, por exemplo, a hiptese de a pessoa jurdica obter receita bruta anual inferior ao limitede R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), no decorrer do ano-calendrio de 2000, ela poderia inscrever-se nacondio de ME para o ano subseqente, caso no se encontrasse inserida em qualquer das hiptesesimpeditivas.

    179 Quais as conseqncias para a EPP, optante pelo Simples, que no decurso do ano-calendrioexceder o limite da receita bruta acumulada, previsto para a permanncia nessa sistemtica?

    No caso de a EPP auferir receita bruta em montante acumulado excedente ao limite de R$1.200.000,00 (ummilho e duzentos mil reais) sujeitar-se-, em relao aos valores excedentes, a partir, inclusive, do ms emque for verificado o excesso, ao pagamento dos impostos e contribuies de acordo com os seguintespercentuais (IN SRF n 355, de 2003, art. 11):

    a. 10,32%, a ttulo de impostos e contribuies abrangidos pelo Simples: IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins, Contribuies para a Seguridade Social a cargo da pessoa

    jurdica;

    b. 0,6%, a ttulo de IPI, caso seja contribuinte desse imposto;

    c. dos percentuais mximos atribudos nos convnios que hajam sido firmados pela unidade federada e pelo municpio para as EPP, acrescidos de 20%.

    Exemplo :

    At determinado perodo do ano-calendrio, a receita bruta acumulada foi de R$1.100.000,00. No msseguinte, a pessoa jurdica auferiu receita de R$150.000,00. Nesse caso, a tributao dever ser feita daseguinte forma, considerando-se que a pessoa jurdica no seja contribuinte do IPI e a inexistncia deconvnios celebrados com os estados ou municpios:

    R$100.000,00 alquota de 8,60%; e

    R$ 50.000,00 alquota de 10,32% ( 8,60% + 20 % x 8,60).

    No caso de a EPP ser um estabelecimento de ensino fundamental, uma auto-escola, uma agncia lotrica ouainda uma pessoa jurdica que aufira receita bruta acumulada decorrente da prestao de servios emmontante igual ou superior a 30% da receita bruta total acumulada, se no decurso do ano-calendrio, exceder olimite de receita bruta acumulada de R$1.200.000,00, sujeitar-se-, em relao aos valores excedentes, apartir, inclusive, do ms em que for verificado o excesso, aos seguintes percentuais:

    a. 15,48%, a ttulo de impostos e contribuies abrangidos pelo Simples: IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins, Contribuies para a Seguridade Social a cargo da pessoa

    jurdica;

    b. 0,9%, a ttulo de IPI, caso seja contribuinte desse imposto;

    c. dos percentuais mximos atribudos nos convnios que hajam sido firmados pela unidade federada e pelo municpio para as EPP, acrescidos de 20%.

    180 Em que caso a pessoa jurdica que perder a condio de EPP e for excluda do Simples, em umperodo-base, poder retornar ao sistema?

    Na hiptese de ser verificado excesso do limite de receita bruta estabelecido para as EPP, a pessoa jurdicaestar, no ano-calendrio subseqente, automaticamente, excluda dessa condio e, por decorrncia, doSimples, sendo-lhe permitido, entretanto, retornar ao sistema no ano-calendrio subseqente quele em que areceita bruta anual tenha ficado dentro dos limites estabelecidos para enquadramento na condio de ME ou deEPP, desde que atendidas as demais exigncias previstas em lei, com a alterao do porte da empresa nocadastro CNPJ, mediante preenchimento da FCPJ (IN SRF n 355, de 2003,art. 11, pargrafo nico).

    181 Quais as obrigaes acessrias a que est submetida a pessoa jurdica inscrita no Simples?

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  • A pessoa jurdica submetida ao Simples est obrigada ao cumprimento das seguintes obrigaes acessrias:

    a. apresentao de declarao anual simplificada, at o ltimo dia til do ms de maio do ano-calendrio subseqente ao da ocorrncia do fato gerador;

    b. manuteno de placa indicativa da condio de pessoa jurdica inscrita no Simples;

    c. comunicao da excluso do Simples, quando por opo a pessoa jurdica desejar sair do sistema ou quando obrigatoriamente tiver que faz-lo, nas hipteses

    previstas no inciso II do art. 13 da Lei n 9.317, de 1996 (IN SRF n 355, de 2003, art. 22);

    d. efetivao da alterao cadastral sempre que houver mudana em sua condio de enquadramento no Simples;

    e. selagem, para as empresas que produzem produtos cuja selagem obrigatria;

    f. livros e documentos fiscais;

    g. obrigaes previstas na legislao previdenciria e trabalhista.

    182 Quais as regras de escriturao aplicveis s pessoas jurdicas inscritas no Simples ?

    As ME e as EPP so dispensadas de escriturao comercial para fins fiscais, desde que mantenham, em boaordem e guarda, enquanto no decorrido o prazo decadencial e no prescritas eventuais aes que lhes sejampertinentes, os livros obrigatrios abaixo relacionados (IN SRF n 355, de 2003, art. 32):

    a. Livro Caixa, no qual dever estar escriturada toda movimentao financeira, inclusive bancria;

    b. Livro Registro de Inventrio, no qual devero constar registrados os estoques existentes no trmino de cada ano-calendrio;

    c. todos os documentos e demais papis que serviram de base para a escriturao dos respectivos livros.

    A dispensa de escriturao comercial para fins fiscais, somente se aplica s ME e s EPP enquanto semantiverem dentro das condies exigidas para seu enquadramento. O optante pelo sistema que, por qualquerrazo, for excludo do Simples sujeitar-se- s normas de tributao aplicveis s demais pessoas jurdicas.

    NOTAS:

    A dispensa de escriturao no impede, entretanto, que as pessoas jurdicas mesmo enquanto submetidas aoSimples mantenham escriturao adequada s suas circunstncias, pois, no caso de eventualdesenquadramento ou obrigatria excluso do sistema, tais pessoas jurdicas devero sujeitar-se s regrasprevistas para o lucro real, ou, quando seja permitido, opcionalmente, pelo lucro presumido, ou ainda,excepcionalmente, poder, nas hipteses previstas na lei fiscal, ser adotado o arbitramento dos seusresultados.

    A dispensa de escriturao tampouco desobriga as pessoas jurdicas optantes pelo Simples do cumprimentodas obrigaes acessrias previstas na legislao previdenciria e trabalhista.

    Aplicam-se ME e EPP todas as presunes de omisso de receita existentes nas legislaes de regnciados impostos e contribuies de que trata a Lei n 9.317/1996, desde que apurveis com base nos livros edocumentos a que estiverem obrigadas aquelas pessoas jurdicas, ainda que fundamentadas em elementoscomprobatrios obtidos junto a terceiros (IN SRF n 355, de 2003, art. 33).

    Regime de escrit