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NEGOCIAÇÃO COLETIVA Proposta para o serviço público avança no Congresso SEGURANÇA JURÍDICA Projeto está pronto para virar Lei SIMPLES MUNICIPAL PEC é aprovada por unanimidade no Senado COMPROMISSO E RESULTADO A FAVOR DE MINAS E DO BRASIL PRESTANDO CONTAS w w w . a n t o n i o a n a s t a s i a . c o m . b r | 2 0 1 7 ANTONIO ANASTASIA SENADOR

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NEGOCIAÇÃO COLETIVA Proposta para o serviço

público avança no Congresso

SEGURANÇA JURÍDICA Projeto está pronto

para virar Lei

SIMPLES MUNICIPAL PEC é aprovada por unanimidade no Senado

COMPROMISSO E RESULTADOA FAVOR DE MINAS E DO BRASIL

PRESTANDO CONTAS w w w . a n t o n i o a n a s t a s i a . c o m . b r | 2 0 1 7ANTONIO

ANASTASIASENADOR

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CARTA DO SENADOR

COMPROMISSO E TRANSPARÊNCIAImportante sempre resgatarmos nossos compromissos. Olhar para trás, observarmos aquilo que pusemos como objetivos e fazermos um balanço de nossas ações. O que já produzimos? No que precisamos melhorar? Lembro-me bem de dois compromissos que assumi na minha campanha para o Senado Federal, ainda em 2014: o resgate da bandeira Federativa e a mobilização em torno da segurança pública, tema que cada vez mais aflige todo o Brasil, em cidades dos mais variados portes. São dois grandes desafios. Na questão Federativa, logo no primeiro ano de mandato, retirei das gavetas do Parlamento a chamada PEC da Federação, que dá maior responsabilidade legislativa aos Estados Federados. Essa matéria agora, felizmente, está pronta para ser votada no Plenário da Casa, já tendo sido aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, onde fui seu relator. Para os Municípios, da mesma forma, a boa notícia é que em 2017, no Plenário do Senado Federal, por unanimidade e em dois turnos, conseguimos aprovar a PEC, de minha autoria, do chamado Simples Municipal. Essa proposta dará aos municípios de pequeno porte um tratamento diferenciado para parcerias com o Governo Federal. Vai diminuir os excessos e entraves na burocracia, facilitar a celebração de convênios e a prestação de contas.

Da mesma forma, na área da segurança, conseguimos avançar em propostas essenciais. Fui relator da nova lei de execução penal no Senado, onde obtivemos sua aprovação. Um tema controverso, mas que, depois de muito debate, seguiu para a Câmara dos Deputados em bons termos. Essa proposta visa acabar com a força do crime organizado nas penitenciárias brasileiras e possibilitar a reinserção dos apenados à sociedade por meio do incentivo ao trabalho e aos estudos. Ao mesmo tempo, tenho me esforçado muito para oferecer ao Brasil um novo Código Penal condizente com nossas necessidades, adaptando aquilo que já funciona em outros países à nossa realidade. Como relator, apresentei em 2017 a proposta da Parte Geral do Código e espero que até meados de 2018 tenhamos conseguido aprovar no Senado a proposta completa, já também com a parte dos crimes em espécie.

No entanto, não tenho me limitado a esses temas. Afinal, sabemos bem, ainda é preciso avançar muito nos mais diversos setores. Apesar de o Brasil ter voltado a pautar a agenda de reformas, estamos muito longe do cenário ideal. A gestão pública permanece praticamente ausente dos debates políticos do Governo Federal. Mas eu tenho insistido nele. Apresentei projetos que tratam do combate à corrupção, da melhoria da transparência e da gestão, tendo conseguido uma mobilização relevante a respeito. Nas próximas páginas vocês poderão conferir propostas como a que institui a figura da decisão coordenada, que envolve diversos setores do governo em questões estratégicas e de alta repercussão, e o contrato de desempenho, que visa inserir na administração pública um sistema baseado no alcance de metas e objetivos. Também nesse setor, é destaque o que muitos têm chamado de “Código de Defesa do Usuário de Serviço Público”, que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos dos cidadãos na administração pública.

Mesmo estando distantes da reforma política que todos sonhamos, passos importantes foram dados em 2017, como a instituição de uma cláusula de desempenho para acesso ao fundo partidário e ao tempo de rádio e televisão, assim como o fim das coligações nas eleições proporcionais. Essas são medidas que certamente vão ajudar a limitar o número de agremiações políticas e a dar maior representatividade a partidos e parlamentares. Isso, contudo, não basta. É importante que avancemos em propostas como a do sistema distrital misto, pelo qual os parlamentares são eleitos de acordo com a proporcionalidade dos votos dados a determinado partido e, ao mesmo tempo, com aqueles escolhidos nos distritos específicos. Esse sistema, como no modelo alemão, aproxima o representante dos cidadãos e, estou certo, poderá aprimorar nossa democracia.

Tenho me dedicado a esses grandes temas nacionais, mas sem nunca me esquecer de que fui eleito por Minas Gerais. Por isso, continuo diariamente recebendo representantes e lideranças regionais. Sei bem das dificuldades que os municípios enfrentam e tenho agido junto ao Governo Federal para que nosso Estado e nossas cidades tenham suas

demandas atendidas, especialmente nas áreas de infraestrutura, saúde e educação.

O trabalho parlamentar, por suas características, é lento. Mas, felizmente, temos colhido bons resultados. O Brasil, pouco a pouco, vai saindo de uma crise econômica sem precedentes na nossa história. Espero que, em 2018, possamos, com muito trabalho e determinação, fazer com que nosso País volte para a trilha do desenvolvimento e do progresso. Nesse sentido, a participação de cada um é muito importante. Em Brasília, como dito, continuo meu trabalho parlamentar sempre ouvindo todos os segmentos e setores da sociedade para que possamos alcançar os melhores resultados. Acredito muito que com planejamento e comprometimento podemos reverter cenários de incerteza e insegurança. É nesse rumo que seguimos.

Antonio AnastasiaSenador da República.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

EXPEDIENTE

PRESTANDO CONTASAtuação parlamentar do

Senador Antonio Anastasia

Gabinete parlamentarBrasília – DF

Senado Federal - Anexo II - Bloco AAla Teotônio Vilela - Gabinete 23

CEP: 70165-900 - Telefone: (61) 3303-5717

Escritório políticoBelo Horizonte – MG

Rua Santa Catarina, 1631, 9º andar.Lourdes. CEP: 30170-081

Foto da capa: Pedro França / Agência Senado

Diagramação:Willian Souza

Edição e Consultoria:Alberto Lage

Revisão:Maria Lúcia SilvestreGustavo Magalhães

Assessoria de Comunicação do Senador:Simone Souto Maior

Matheus Jasper

Impresso na gráfica do Senado FederalSecretaria Especial de

Editorações e Publicaçõeswww.antonioanastasia.com.br

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UM SENADOR DE RESULTADOSEm 2017 o senador Antonio Anastasia (PSDB/ MG), que já era membro titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), considerada uma das mais importantes do Senado Federal, foi

eleito vice-presidente do colegiado. A CCJ é a comissão responsável por analisar os aspectos constitucionais, de técnica legislativa e de mérito das matérias mais relevantes que tramitam na Casa, além de realizar a sabatina e a votação de alguns membros indicados para órgãos como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Conselho Nacional da Justiça e do Ministério Público (CNJ e CNMP). Por sua relevância, diversos projetos que tramitam ali são terminativos, ou seja, não precisam passar pelo Plenário do Senado.

Anastasia também foi designado relator-geral da Comissão Mista da Desburocratização. É ainda titular da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Comissão Mista Especial sobre a Lei Kandir (CME) e de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), além de membro da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

“O trabalho nessas comissões é muito importante porque nelas podemos aprofundar os debates de matérias que muitas vezes nem chegam ao Plenário. Temos a oportunidade de discutir questões de interesse do País e propor melhorias de acordo com a necessidade de cada matéria”, afirma o senador.

Por sua atuação nas Comissões e no Plenário do Senado a Revista Encontro elegeu, em 2016, o senador Anastasia como a “personalidade do ano”. A escolha foi feita entre nomes de Minas

Gerais, onde a publicação circula, e ressalta 13 pessoas em áreas como justiça, política, gestão, inovação, educação, esporte, cultura. Dentre todos, o senador foi destacado como a personalidade do ano por seu trabalho, alguém “de quem nos orgulhamos”, segundo a revista que relatou ainda o perfil pessoal, técnico e político de Anastasia.

“Fico muito honrado com mais essa homenagem, que considero muito importante. Tento apenas fazer com esmero e empenho meu trabalho, sabedor de minhas responsabilidades. Esse reconhecimento só faz aumentar mais essa minha responsabilidade e minha vontade de, cada vez mais, honrar a confiança que tantos depositam em mim. Continuo trabalhando muito para que possamos logo passar por esse momento difícil pelo qual todo o Brasil vem passando e fazer com que nosso País volte para a trilha do desenvolvimento e do progresso”, afirma.

UM PARLAMENTAR PRESENTEReportagem da Revista Congresso em Foco mostrou que o senador Anastasia foi, mais uma vez, um dos mais presentes nas sessões do Senado Federal. A publicação fez um quadro

comparativo com a assiduidade dos senadores durante um ano, e demonstrou que o senador mineiro computou apenas 1 falta durante todo período. Das 91 sessões contabilizadas pela reportagem, em cinco ocasiões o senador esteve em outros compromissos parlamentares fora da Casa e em 85 sessões esteve presente no Plenário do Senado. Isso corresponde a 93,4% do total, uma das maiores taxas de assiduidade entre os parlamentares.

Os números apresentados pela publicação levam em conta apenas as presenças em Plenário, não sendo computada a participação nas reuniões das

Comissões, das quais Anastasia também participa ativamente. Não é a primeira vez que o Congresso em Foco destaca números positivos do senador. A edição 23 da revista mostrou que, dos 81 senadores, Anastasia aparecia entre os cinco com menos servidores no gabinete. “Minha equipe, mesmo entre as mais reduzidas do Senado, tem um trabalho fundamental e muito produtivo e vem me auxiliando sempre com muita atenção e competência, permitindo que eu assuma a relatoria de diversos projetos importantes”, destaca o senador.

De fato, quando o tema é relatoria de projetos, Anastasia vem se destacando. Notícia veiculada no jornal O Tempo, de Minas Gerais, mostrou que o senador mineiro é um dos mais produtivos do Senado. Dados divulgados pela CCJ, segundo a publicação, mostram que Anastasia é o parlamentar que mais possui projetos sob sua relatoria e aquele com mais matérias votadas ou prontas para votar na Comissão.

RANKING APONTA ANASTASIA COMO UM DOS CINCO MELHORES DO SENADO FEDERAL

O “Ranking dos Políticos”, formado por entidades da sociedade civil que avalia deputados federais e senadores, premiou o senador Anastasia como um dos melhores parlamentares de 2017. “Pela sua diferenciada trajetória no Congresso Nacional ao longo de 2017, Vossa Excelência está entre os 30 políticos (Câmara dos Deputados e Senado Federal) que tiveram melhor desempenho nos seguintes critérios: gastos da verba de gabinete, assiduidade, fidelidade partidária, número de processos judiciais e qualidade legislativa”, aponta o diretor executivo do Ranking dos Políticos, Renato Dias.

A pontuação dos políticos é definida de acordo com os dados obtidos sobre gastos, assiduidade, fidelidade partidária e processos judiciais. São consideradas válidas as informações vindas de fontes oficiais, como sites governamentais e de veículos de mídia. Além disso, o ranking acompanha as votações mais importantes, e pontua os políticos de acordo com sua qualidade legislativa. O valor das leis analisadas é definido pelo Conselho de Avaliação de Leis da organização, levando em conta o quanto elas ajudam ou atrapalham o País.

“Nossa meta é oferecer informação para ajudar de forma objetiva as pessoas a votarem melhor, levando em consideração principalmente o combate à corrupção, privilégios e desperdício da máquina pública”, destaca o ranking.

Anastasia agradeceu a lembrança de seu nome e disse que quer continuar trabalhando com afinco. “Fico feliz especialmente porque essa avaliação é feita pela sociedade civil. É muito importante que cada vez mais os cidadãos acompanhem e participem do dia a dia do Congresso”, afirma o senador.

FAZENDO HISTÓRIA

Nota publicada pelo Jornal O Tempo

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PELA 3ª VEZ, UM DOS MAIS INFLUENTES DO CONGRESSO

Com menos de 3 anos de mandato parlamentar, Anastasia foi novamente escolhido em 2017 um dos “Cabeças do Congresso Nacional”. É o terceiro ano consecutivo em que o senador mineiro aparece na lista. Os nomes foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), órgão responsável pela pesquisa. São “cabeças”, segundo o órgão, aqueles operadores-chave do Poder Legislativo cujas preferências, iniciativas, decisões ou vetos – implementados, por meio dos métodos da persuasão, da negociação, da indução ou da não-decisão – prevalecem no processo decisório na Câmara ou no Senado Federal. Para a classificação e definição dos nomes que lideram o processo legislativo, o DIAP adotou critérios qualitativos e quantitativos que incluem aspectos posicionais (institucionais), reputacionais e decisionais.

“A equipe do DIAP fez entrevistas com deputados e senadores, assessores das

duas Casas do Congresso, jornalistas, cientistas e analistas políticos, e promoveu, em relação a cada parlamentar, exame cuidadoso das atividades profissionais, dos vínculos com empresas ou organizações econômicas ou de classe, da formação e vida acadêmica, além de levantamentos minuciosos de pronunciamentos, apresentação de proposições, resultados de votações, intervenções nos debates do Legislativo, frequência com que é citado na imprensa, temas preferenciais, cargos públicos exercidos dentro e fora do Congresso, relatorias de matérias relevantes, forças ou grupos políticos de que faça parte, além do exame minucioso dos perfis políticos e ideológicos de cada parlamentar”, detalha a publicação divulgada pelo DIAP.

Anastasia foi destacado principalmente como ‘formulador’. São os parlamentares, segundo o departamento, que se dedicam à elaboração

de textos com propostas para deliberação. “São, certamente, os parlamentares mais produtivos”, destaca o estudo. “O debate, a dinâmica e a agenda do Congresso são fornecidos basicamente pelos formuladores, que dão forma às ideias e interesses que circulam no Congresso. A produção legislativa, com raras exceções, é fruto do trabalho desses parlamentares. Enfim, são eles que concebem e escrevem o que o Poder Legislativo debate e delibera”, ressalta.

“’Formulador é uma das mais importantes e relevantes qualidades para um parlamentar”, afirma o coordenador-geral da pesquisa e diretor de Documentação do DIAP, Antônio Augusto de Queiroz. “O senador Anastasia tem conteúdo, conhecimento jurídico, é muito cortês com seus pares, transita entre todas as correntes políticas e relata sempre matérias relevantes. São esses os motivos de ele estar entre os Cabeças”, destaca Queiroz.

FAZENDO HISTÓRIA

Foto: Júlio Fernandes / Imprensa NCSTCom a diretoria da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, Anastasia recebe Prêmio Machado de Assis.

MAIS HOMENAGENS

Em 2017, por causa de sua atuação parlamentar, Anastasia também foi homenageado por diversas organizações militares e civis. Da Força Aérea Brasileira (FAB), o senador mineiro recebeu a Medalha do Mérito Desportivo Militar. O Ministério da Defesa, por sua vez, e as Forças Armadas homenagearam Anastasia com a Ordem do Mérito da Defesa 2017.

“Reafirmo meu compromisso com um Brasil mais evoluído, com ordem, desenvolvimento e muito mais prosperidade. Sabemos todos que estamos vivendo um momento extremamente difícil no nosso País, no qual, por vezes, nossa esperança se esvai. Temos de ter força e fé, no entanto, para superarmos as adversidades e fazer com que nossa Nação prospere e se desenvolva”, ressaltou o senador ao receber a Ordem do Mérito da Defesa.

Também pelo trabalho desenvolvido por Minas Gerais e o Brasil, Anastasia foi lembrado pelo Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais que entregou a ele placa em “justa homenagem pelo empenho incansável na defesa da categoria”.

Da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), Anastasia recebeu a “Ordem do Mérito Machado de Assis”, o único título honorífico concedido pela entidade como homenagem e reconhecimento pelos “relevantes serviços prestados à categoria dos servidores públicos civis”. “Há mais de 10 anos a Confederação não concede a alguém essa homenagem que para nós tem um grande significado. Por sua luta em favor da negociação

coletiva no serviço público, uma luta nossa de mais de 30 anos, Anastasia foi escolhido por unanimidade pela nossa diretoria”, afirma o presidente da Confederação, João Domingos.

O senador mineiro ainda foi o homenageado no VII Prêmio Cebrasse, na Central Brasileira do Setor de Serviços. “Foi por unanimidade indicado pela diretoria para ser contemplado na categoria Destaque Parlamentar 2017”, destaca o presidente nacional da entidade, João Batista Diniz Júnior. A Cebrasse, sediada na capital paulista, representa 80 entidades em nível nacional, entre Federações e sindicatos de 25 segmentos da prestação de serviços.

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Os prejuízos da burocracia

“De 2013 a 2015, em apenas dois anos, o comércio on-line cresceu de US$16 trilhões para US$22 trilhões. A Pricewaterhouse faz pesquisas sobre hábitos de consumo em 25 países. Mais da metade das pessoas, hoje, nesses países, compra pela internet, pelo menos, uma vez por semana ou mais. Metade dos consumidores!

Estive ao lado do dono de uma dessas grandes plataformas de vendas on-line. Ele estava me falando de como esse comércio estava crescendo. E, por curiosidade, perguntei: ‘Quanto o Brasil exporta? Qual é a participação do Brasil nesse comércio?’ Ele disse: ‘Zero’. Como zero? Ele confirmou: ‘É zero. O Brasil não exporta’. Respondi: ‘Não é possível! Estamos falando da sétima ou oitava maior economia do mundo! Não exporta nada?’ Não, não exporta nada.

Há algum motivo, alguma coisa. O que está acontecendo? O exportador brasileiro tem um problema. Um fenômeno do comércio eletrônico é que um elo da cadeia de comércio desapareceu. Não há mais o importador. O importador é o consumidor final. Se alguém compra uma camisa e ela não serve, a pessoa tem de devolver a camisa. E o que ele me disse: ‘quando você devolve, no caso do Brasil, o produto entra no País, e se tem de pagar o Imposto de Importação de novo. Então, tem de pagar o Imposto de Importação, tem de pagar todos os impostos, para ser feita uma troca ou uma devolução de um produto’. Não se pode permitir que um problema desse impeça o desenvolvimento econômico do País. São trilhões de dólares!”.

Relato do Embaixador Roberto Azevêdo, Diretor-Geral Organização Mundial do Comércio durante audiência pública com o senador Anastasia na Comissão de Relações Exteriores.

DESBUROCRATIZAR, O DESAFIORelator da Comissão Mista da Desburocratização, que reúne membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para encontrar soluções para esse que é um assunto que ainda prejudica muito o desenvolvimento do Brasil, o senador Anastasia definiu os pontos principais para deliberação da Comissão. “A ideia é simplificar processos e facilitar a vida do cidadão”, afirma.

A comissão definiu como prioridades encontrar soluções para redução do tempo necessário para concessão de patentes pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em especial para medicamentos; a flexibilização das regras aplicáveis aos serviços notariais e de registro, de forma a estimular a concorrência entre cartórios e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população em todo o território nacional; a reformulação do marco legal da atividade de praticagem, para diminuir os custos hoje existentes no setor.

Como relator, Anastasia também tem estudado formas que possibilitem a revisão das regras de exportação e importação, a fim de facilitar a integração do mercado nacional com o comércio exterior, reduzindo o Custo Brasil; e das regras aplicáveis à autorização para pesquisas científicas realizadas com materiais sujeitos à vigilância sanitária. Segundo ele, a simplificação das normas para abertura e fechamento de empresas e a discussão das questões relativas a trânsito, envolvendo a relação do cidadão com os Detrans, também estão entre as suas prioridades.

Ao final dos trabalhos da Comissão, como resultado da análise dos processos e rotinas de órgãos e entidades da administração pública federal, a comissão apresentou proposições legislativas que, em 2018 deverão compor grande parte da pauta do Plenário do Senado e da Câmara dos Deputados.

DESENVOLVIMENTO

Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoAudiência Pública que discutiu a desburocratização no Brasil contou com especialistas de diversos setores.

INCENTIVAR PRÁTICAS Premiar iniciativas que simplificam e melhoram a vida dos usuários de serviços públicos é o objetivo do projeto de Lei relatado por Anastasia que foi aprovado no Senado em 2017. Para isso, o PLS 383/2016, de autoria do senador José Agripino (DEM/RN), cria o Selo de Desburocratização e Simplificação para órgãos e entidades estatais. “Trata-se de uma proposta que não gera nenhum custo para o Estado, mas que visa reconhecer e estimular programas, projetos e práticas que simplifiquem o funcionamento da Administração Pública e melhorem o atendimento ao usuário dos serviços públicos”, afirma Anastasia em seu relatório.

Entre os critérios a serem considerados estão a eliminação de formalidades desnecessárias ou desproporcionais; os ganhos sociais com as medidas de desburocratização adotadas; a redução no tempo de espera pelo atendimento na prestação de serviços; e o desenvolvimento de soluções tecnológicas que possam ser replicadas em outras esferas da administração pública. O Selo será concedido, na forma do regulamento, por comissão formada por representantes da administração pública e da sociedade civil. A participação do servidor público no desenvolvimento de programas aos quais forem concedidos o Selo de Desburocratização e Simplificação será registrada em seu assentamento funcional.

Foto: Pedro França/Agência SenadoO diplomata brasileiro Roberto Azevêdo é um dos maiores especialistas em negociações comerciais do mundo, e foi eleito para a Organização Mundial do Co-mércio em 2013. Foi chefe de assuntos econômicos do Ministério das Relações Exteriores e coordenador da delegação brasileira na Rodada de Doha.

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DESENVOLVIMENTO

COMISSÃO APROVA SUBSTITUTIVO DE ANASTASIA QUE ESTABELECE CORREÇÃO

MAIOR DO FGTSO senador Anastasia conseguiu aprovar na Comissão de Educação, Cultura e Esporte voto em separado a cinco projetos de lei do Senado (PLS 581/2007; PLS 466/2009; PLS 415 e 715/2015; e PLS 186/2016) que tratam de novas possibilidades de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O substitutivo de Anastasia prevê que os depósitos efetuados nas contas vinculadas ao FGTS serão remunerados pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC (hoje em 7,25%) ou outra que vier a substituí-la. Atualmente o rendimento do Fundo é TR mais 3 % ao ano.

“Todos sabem que os juros dessas contas perdem muito para a inflação e para outros investimentos, como a poupança, por exemplo. Para corrigir essa distorção propus que se utilize a taxa Selic para correção, pois se trata do índice básico de juros da

economia brasileira, utilizada como referência para o cálculo das demais taxas cobradas pelo mercado. Isso vai melhorar os rendimentos do dinheiro que é do trabalhador”, defende Anastasia.

Os recursos do FGTS, além de configurarem uma poupança do trabalhador, constituem os pilares básicos da política habitacional, de saneamento básico e de infraestrutura urbana do Estado Brasileiro, em especial a habitação popular. O atual problema que se vislumbra sobre o FGTS é o baixo rendimento de seus depósitos. Isso torna o FGTS um dos investimentos com a mais baixa remuneração do mercado financeiro brasileiro, o que a proposta de Anastasia busca mudar.

A presidente da comissão, senadora Lúcia Vânia (PSB/GO), e o vice-presidente, senador Pedro Chaves

(PSC/MS), elogiaram as medidas sugeridas por Anastasia e também se manifestaram favoráveis ao substitutivo, que passou a constituir o parecer da Comissão de Educação. Com a aprovação, a questão agora será analisada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Ainda está prevista sua tramitação pelas Comissões de Serviços de Infraestrutura, e de Assuntos Econômicos, onde será votada em caráter terminativo.

ANASTASIA VISITA CAMPUS SÃO PAULO E CONVERSA SOBRE PROJETOS PARA CATALISAR

EMPREENDEDORISMO NO BRASILO senador Anastasia esteve no Campus São Paulo, da Google, na capital paulista, onde conheceu um pouco das startups que desenvolvem seus trabalhos no local. Ele conversou com diretores e gestores do Campus sobre os desafios de ainda se empreender e manter iniciativas como essas no Brasil. O Campus é um lugar para empreendedores trabalharem, se conectarem e criarem empresas. Qualquer empreendedor que tenha uma startup ou apenas uma ideia pode se tornar um membro da iniciativa. Além disso, mentores, investidores ou membros de organizações com atuação voltada ao ecossistema empreendedor, de tecnologia e inovação utilizam o local.

“Além de conhecer muitos exemplos de inovação, também pude identificar, entre os negócios que estão sendo desenvolvidos aqui, alguns oriundos do programa de aceleração de startups SEED, criado pela nossa gestão em Minas Gerais. Discutimos políticas públicas para o desenvolvimento de startups, caminhos para reduzir a burocracia garantindo o desenvolvimento e investimentos em tecnologia”, afirma o senador.

O SEED (Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development) é um programa de aceleração de startups para empreendedores do mundo todo que queiram desenvolver

seus negócios em Minas Gerais, criado em 2014, em Belo Horizonte, enquanto Anastasia era Governador do Estado. Trata-se da única aceleradora com recursos públicos do Brasil que busca potencializar a interação, as redes e a transferência de conhecimento e habilidades entre empreendedores apoiados e o ecossistema local. O diretor-presidente do Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas (atualmente extinto), na época responsável pelo SEED, André Barrence, hoje é o diretor-geral do Campus São Paulo. “Fico feliz de saber que um membro da minha equipe, que sempre mostrou dedicação no Governo do Estado, também teve sua capacidade reconhecida pela Google, que deu a ele a missão de capitanear essa iniciativa que hoje é esse sucesso”, destaca Anastasia.

Durante a visita, o senador buscou saber formas de colaborar, agora como parlamentar, para incentivar ainda mais o empreendedorismo no Brasil por meio de projetos de Lei já estão em andamento no Congresso Nacional. “Por meio da Comissão Mista da Desburocratização e de iniciativas em outras comissões vou continuar nessa frente importante para facilitar a vida dos cidadãos e daqueles que querem empreender e colaborar com o desenvolvimento do Brasil. Simplicidade, inovação e avanço tecnológico foram princípios que guiaram meu mandato

como governador e também guiam agora minha atuação no Senado”, reafirma o senador.

Segundo o diretor do Campus, André Barrence, a visita de Anastasia foi importante para demonstrar a relevância das políticas públicas criadas para fortalecer o empreendedorismo, principalmente o empreendedorismo de startup de tecnologia no Brasil. “Existe uma grande oportunidade de nos posicionarmos bem como o hub global de Startup no mundo”, destaca. Para isso, afirma, é preciso que o País extirpe uma série de desafios relativos à burocracia que hoje os empreendedores ainda enfrentam.

“Essa burocracia é um freio que não permite que boa parte desses negócios tenha a velocidade necessária para ocupar espaços no mercado, tanto brasileiro quanto internacional. Isso ainda nos impede de crescer e gerar empregos no Brasil. É preciso que façamos a vida do empreendedor mais simples. A presença do senador aqui demonstrou o interesse dele em escutar as demandas e necessidades dos empreendedores e conhecer um pouco como nosso trabalho tem buscado ajudar a desenvolver ainda mais esse ecossistema brasileiro, que já cresceu muito nos últimos anos”, destaca Barrence.

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AGORA É LEICOM RELATORIA DE ANASTASIA, DOCUMENTO ÚNICO COMEÇA A

VIRAR REALIDADE

DESENVOLVIMENTO

Arte: Rodrigo Viana/Senado Federal

Simplificar a vida do cidadão e dar maior segurança aos dados das pessoas. Esse é o objetivo da Identificação Civil Nacional (ICN), proposta que, no Senado Federal, foi relatada pelo senador Anastasia, aprovada por unanimidade e que agora já é Lei (13.444/2017).

“A grande vantagem é a criação de um único e grande cadastro nacional relativo a todos os cidadãos brasileiros com dados oriundos da própria Justiça Eleitoral, inclusive biométricos, e de outros registros e cadastros que temos no Brasil como o da Receita Federal e dos Estados. O Brasil é um País de dimensões continentais, com 27 Estados Federados, cada qual com seu banco de dados, com seus registros do chamado RG, que é a identidade de cada Estado. A identificação de cada qual com um número único no Brasil será extremamente positiva para coibir falsidades, para permitir um acesso mais rápido e mais direto do cidadão brasileiro em relação aos benefícios a que faz jus e, certamente, para facilitar as relações entre o Poder Público e cada cidadão”, afirma Anastasia.

A ICN vai identificar o brasileiro em suas relações com a sociedade e com os órgãos e entidades governamentais e privados e utilizará os dados biométricos da Justiça Eleitoral, a base de dados do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil e outras informações contidas em institutos estaduais ou por outros órgãos. Essa grande base de dados está sendo gerida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a atualizará e deverá manter sua integridade, disponibilidade, autenticidade e confiabilidade. Os Poderes Executivo e Legislativo da União,

Estados e Municípios poderão ter acesso aos dados, exceto quanto às informações eleitorais, sendo proibida qualquer comercialização desse registro.

O projeto também cria um comitê formado por representantes do Governo Federal, do TSE, da Câmara, do Senado e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que será o responsável pela definição do padrão biométrico, da regra de formação do número da ICN e o padrão e documentos necessários para expedição do documento de identificação nacional. Esse documento terá validade em todo território nacional e, segundo o projeto, faz prova de todos os dados nele incluídos.

Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a falsificação de documentos gera, anualmente, prejuízos de R$ 60 bilhões. Como o novo documento será nacional e deverá respeitar uma série de exigências, inclusive de

segurança, a expectativa é que esse prejuízo seja substancialmente minimizado. Segundo o Governo, primeiramente, será feito um cadastro central – fase atual – e, só depois, ao longo do tempo, a unificação do número. A previsão inicial é de conclusão do cadastro entre os anos de 2020 e 2021.

“Acredito que a aprovação desse projeto é um avanço, até porque utiliza agora as tecnologias mais modernas a serviço da Administração, como no caso da identidade biométrica, já presente em grande parte dos dados da Justiça Eleitoral. Portanto é a tecnologia em prol do cidadão, a favor da sociedade brasileira”, destaca Anastasia.

O Comitê Gestor já deu início ao debate com órgãos estaduais de identificação civil para definição dos padrões técnicos para operação da base biométrica e publicou resolução que recomenda o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) como base para documento nacional do cidadão. Assim, cada número de CPF estará vinculado aos dados biométricos de cada pessoa, garantindo a unicidade dos registros e a segurança da identificação.

Conheça o inteiro teor da nova lei:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13444.htm

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Depois de ser aprovado pelo Senado Federal e passar por amplo debate na Câmara dos Deputados, o projeto do senador Anastasia que busca dar maior segurança jurídica e melhorar a qualidade das decisões públicas no Brasil (PLS 349/2015) está pronto para virar Lei. Ele foi aprovado também na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara depois de receber parecer favorável do relator, o Deputado Paulo Abi-Ackel. A proposta (PL 7448/2017), é elogiada por especialistas, professores e juristas da área do Direito Administrativo e foi recomendada para aprovação pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão.

O projeto dá maior segurança para investidores, cidadãos, gestores e servidores públicos, como prefeitos, governadores, juízes, membros dos Tribunais de Contas e do Ministério Público e acrescenta 11 novos artigos à Lei de Introdução às Normas do Direito. “Um problema atual do Brasil é a incapacidade de o Estado gerar confiança nas pessoas, nas empresas e no chamado Terceiro Setor. Ou melhoramos nosso ambiente institucional ou o Estado será um inimigo, jamais um parceiro. A orientação geral desse projeto, nesse sentido, é consolidar e melhorar as regulações e os controles públicos existentes e, ao mesmo tempo, proteger pessoas, organizações e servidores contra incertezas, riscos e custos injustos. É uma proposta que vai impactar positivamente em toda sociedade porque busca garantir o bom senso nas decisões e mais eficácia na realização da Justiça, afirma o senador Anastasia.

A proposta e seus impactos

O projeto trata de normas gerais sobre criação, interpretação e aplicação do direito público. Essas normas serão nacionais, valendo para autoridades federais, estaduais, distritais e municipais de quaisquer Poderes e órgãos. Uma de suas propostas (art. 20) define que

o Poder Público não decidirá com base em valores abstratos sem medir as consequências práticas daquela decisão. Assim, será preciso demonstrar a necessidade e adequação da medida imposta, levando-se em conta possíveis alternativas. De uma maneira muito prática, isso poderá evitar que as consequências sejam mais problemáticas que o próprio problema.

Mas depois da decisão tomada, o que virá depois? O Poder Público é responsável por detectar o problema, mas também apresentar a solução. É o que prevê o artigo 21. Se houve a invalidação de um ato ou norma, será preciso indicar as consequências. Por exemplo, o prefeito anula um contrato de prestação de serviço público. Qual a alternativa seguinte a essa anulação? Como o serviço será prestado? Será apresentada uma solução melhor do que a que existia? Essa norma quer garantir que os cidadãos contem sempre com a melhor decisão possível, que tenha a solução para as suas demandas.

Segurança para os gestores

O projeto aprovado também quer dar garantias e segurança para o gestor público empreendedor e preocupado em apresentar resultados concretos para a sociedade, ao determinar que interpretação das normas sobre gestão pública considerará os obstáculos e dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo. Dessa forma, se uma cidade teve um desastre muito grave e não planejado e o prefeito precisar gastar mais com ações de emergência é possível que, naquele ano, ele não gaste o mínimo constitucional em alguma outra área por causa do dinheiro realocado. Pela norma, analisado todo esse contexto, os órgãos de fiscalização poderiam eximi-lo de penalidades porque, afinal, ele se preocupou verdadeiramente em resolver os problemas emergenciais da comunidade.

Da mesma forma, a transformação do projeto em Lei permitirá que o Poder Público celebre acordos com particulares no próprio âmbito administrativo, sem ação judicial (art. 26). Nesse ‘compromisso’, cada um poderá abrir mão de algo para que se possa chegar a um denominador comum. Algo que resulte em menos burocracia, ganho de tempo e dinheiro para ambos. Na teoria hoje já pode haver tratativas desse tipo, mas a insegurança jurídica (o fato de não estar na norma) faz com que essa solução não seja adotada mais vezes pelo Poder Público.

Também para evitar a judicialização de processos – hoje é o Poder Público o maior litigante na Justiça – a proposta prevê que a Administração poderá encontrar solução que amenize as repercussões danosas para terceiros sem necessidade da ação do Judiciário. Se durante o reboque de um carro estacionado em lugar irregular, o serviço de trânsito da prefeitura acabou deixando o carro cair e estragando toda a lataria, a própria prefeitura, reconhecendo o erro, poderá realizar a reparação, mesmo que não acionada na Justiça. Significa menos burocracia, menos morosidade e menos dinheiro gasto com ações no judiciário.

Responsabilidade dos agentes

A matéria garante a responsabilização dos agentes públicos (art. 28). Mas também assegura que eles tenham autonomia e liberdade para que possam exercer sua função. Com isso, se um técnico libera uma barragem para funcionamento e depois ela se rompe porque seus cálculos estavam todos errados, ele será responsabilizado. Se, por outro lado, um juiz aceita um pedido de abertura de inquérito contra uma pessoa que foi citada em um depoimento e ao final da investigação ficar claro que o investigado não cometeu nenhum crime, o juiz não será responsabilizado por ter entendido que havia indícios suficientes para abertura do inquérito. Assim, a proposta protege, por exemplo, juízes e membros do Ministério Público que fizerem diferentes interpretações da Lei, já que o Direito não é uma ciência exata.

Prevê ainda o projeto que, antes de editar um ato ou colocar uma proposta de licitação na praça, o Poder Público pode ir à Justiça para que ela confirme o acerto ou corrija possíveis distorções (art. 25). Isso servirá para confirmar a validade do ato, evitando judicialização, obras paradas e licitações infindáveis.

DESENVOLVIMENTO

SEGURANÇA JURÍDICA AJUDARÁ O BRASIL A VOLTAR PARA ROTA DO DESENVOLVIMENTO

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DESENVOLVIMENTO

Participação cidadã

A matéria protege também o cidadão. Mudanças promovidas pelos Governos deverão prever uma transição segura (art. 23), modulando efeitos e prevendo uma alternativa intermediária. Da mesma forma, se o cidadão adquiriu um direito diante de determinadas circunstâncias, ele deverá ser respeitado no futuro (art. 24). Mudanças posteriores não poderão considerar inválidas situações que já se confirmaram anteriormente. Isso significa que se uma determinada prefeitura exigiu apenas o CPF para permissão de funcionamento de um serviço por cinco anos, ela não poderá caçá-la depois de dois anos porque não foi apresentado CNPJ. É o velho ditado de que “as regras não mudarão durante o jogo”.

Por fim, o projeto assegura a participação cidadã na tomada de decisões (art. 29). As pessoas poderão participar, por meio de consulta pública, preferencialmente pela internet, antes de o Poder Público editar atos que impactem em suas vidas.

Os governos deverão ouvir, de verdade, a população, analisando cada uma das contribuições de modo transparente. O Contran quer exigir farol acesso de dia, a adoção de determinado extintor de incêndio ou kit de

primeiros socorros no carro? Antes deverá conversar com a sociedade por meio dessa consulta. A ANAC quer autorizar a cobrança a mais pela bagagem? Antes deverá consultar a população.

“É um projeto que eu considero como um dos mais importantes que apresentei até aqui no Senado. O que temos visto nos últimos anos, lamentavelmente, é que as empresas estão deixando de investir no Brasil porque não veem ambiente seguro e regras claras. Não sentem confiança. Da mesma forma, os gestores públicos sentem-se cada vez mais ‘engessados’, com medo de fazer diferente e, depois, uma decisão judicial prejudicá-los, mesmo tendo a maior parte deles o interesse público como norte. Tenho certeza que essa proposta produzirá um efeito muito grande e positivo no dia a dia das pessoas e da administração pública. Vamos fazer o Estado funcionar, garantir novos negócios e gerar novas oportunidades”, afirma o senador Anastasia.

Avanço

Com a conclusão da tramitação da matéria e transformação do projeto em norma jurídica, um dos principais pontos recomendados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico

e Social terá um avanço importante. Trata-se justamente de uma das três prioridades elencadas para se criar um ambiente de negócios mais favorável no País. Para garantir isso, o Conselho recomendou realizar um programa voltado justamente para reduzir a insegurança jurídica no país, objetivo final da proposta apresentada por Anastasia.

“O programa deve ter como objetivo, entre outros, garantir a não retroatividade de normas e atos do Poder Público, inclusive interpretativos, sobre contratos firmados em matéria tributária e regulatória. O programa deve incluir medidas legislativas, iniciativas junto ao Legislativo e ao Judiciário e a revisão sistêmica de atos do Poder Executivo – com destaque para normas e procedimentos administrativos”, destaca o grupo formado por especialistas e líderes dos mais diversos ramos do País.

Quer saber mais?

http://antonioanastasia.com.br/seguranca-juridica/

Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoCom a senadora Simone Tebet (PMDB/MS), relatora da matéria, durante debate dos projetos em pauta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

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ARBITRAGEM PARA DESAPROPRIAÇÕESOutro Projeto de Lei do Senador Anastasia quer possibilitar a arbitragem para a definição dos valores de indenização nas desapropriações por utilidade pública. Trata-se do PLS 135/2017.“Na arbitragem, as partes consentem e convencionam dirimir suas controvérsias por meio de árbitros livremente escolhidos. Além de descongestionar o Poder Judiciário, do que resultam ganhos para toda a coletividade, a sentença arbitral é proferida com indiscutível rapidez por árbitros altamente especializados, que podem fundamentar suas decisões com base em critérios de equidade e até nos costumes, sem apego ao formalismo jurídico extremado, em que as decisões de mérito cedem espaço, não raro, a filigranas de toda ordem”, afirma.

A alternativa visa justamente desjudicializar processos, desburocratizar o Estado e facilitar a vida do cidadão. Os acordos resultados da arbitragem não entram na fila dos precatórios e, assim, o cidadão dono do imóvel desapropriado poderá receber o que lhe é devido também de forma mais célere, como já prevê a Constituição (art 5º, XXIV) que considera a indenização justa e prévia como uma garantia fundamental do cidadão.

O projeto apresentado por Anastasia determina que a desapropriação deverá efetivar-se por acordo, pela via judicial ou pela via arbitral, dentro de cinco anos. Assim, caberá ao cidadão escolher a forma como proceder na desapropriação – de maneira judicial ou

arbitral –, impedindo que a Administração possa beneficiar ou prejudicar determinada pessoa. Também define a proposta que, em até cinco dias após a publicação do decreto de desapropriação, o Poder Público deverá notificar o proprietário, apresentando-lhe oferta de indenização.

Segundo o projeto, a notificação conterá o valor da oferta; a cópia do decreto de desapropriação; a planta ou a descrição dos bens e suas confrontações; o prazo de quinze dias para aceitar ou rejeitar a oferta, sendo o silêncio considerado rejeição; e a possibilidade de o particular optar por discutir o valor de indenização pela via arbitral a ser custeada pelo Poder Público.

DESENVOLVIMENTO

ANASTASIA PROPÕE MECANISMO PARA O COMBATE À CORRUPÇÃO

Nos últimos anos o Brasil tem sofrido com grandes processos de corrupção que envolvem empresas públicas e privadas, nacionais e estrangeiras. As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público têm mostrado que faltam controles internos nas empresas que atuem na garantia da prevenção de ilícitos. Estudo elaborado pela KPMG, em 2015, mostra que 46% das empresas pesquisadas classificaram a estrutura de seus sistemas de integridade como “inexistentes” ou “mínimas”. Ao mesmo tempo, 47% das empresas não monitoram os orçamentos destinados à função de Compliance (conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais). E 40% das empresas não possuem política anticorrupção implementada.

Com a intenção de mudar essa realidade e incentivar as empresas a implementarem mecanismos e instâncias de combate à corrupção, o senador Anastasia apresentou Projeto de Lei (PLS 435/2016) que institui o ‘gestor

de sistema de integridade’. A função é baseada no sistema de compliance e na experiência de países mais desenvolvidos. Trata-se de um profissional ou órgão que tem como função gerir, de forma autônoma, procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades.

Hoje, a lei (12.846/2013) já define que serão levados em consideração na aplicação das sanções administrativas às pessoas jurídicas a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade. A nova proposta do senador Anastasia é que, a partir da aprovação do projeto, esses mecanismos sejam certificados pela figura de um gestor devidamente preparado para a função. Pelo projeto de lei, eles deverão atuar de forma constante e engajada nas interações entre a pessoa jurídica (empresa) e as autoridades públicas, além de manter de forma atualizada e disponível a documentação relevante ao cumprimento da Lei.

Segundo Anastasia, os sistemas de integridade funcionais proporcionam benefícios e efeitos positivos para as organizações, para a sociedade e para a economia em geral.

“Com relação às organizações, estes sistemas aumentam seu desempenho, sua eficiência e sua conformidade; aumentam o seu valor através da redução do custo de capital; reforçam a reputação da empresa; melhoram a formulação e implantação da estratégia; constroem boas relações entre as partes interessadas; reduzem o risco e, finalmente, protegem os direitos dos acionistas”, aponta.

Para o senador, a sociedade também sai ganhando com o sistema uma vez que colabora para a existência de relações éticas, abertas e transparentes entre as empresas e o poder público, impedem a corrupção, promovem o bom cumprimento da lei e da ordem, a prevalência da justiça, e criam riquezas. Segundo ele, os níveis mais altos de governança tornam o país mais atraente para o investimento internacional e incentivam a implantação de novos negócios, tornando-os mais rentáveis.

A proposta, que tramita em caráter terminativo na CCJ do Senado, já está pronta para votação e recebeu parecer favorável da relatora, a senadora Marta Suplicy (PMDB/SP), que elogiou a iniciativa de Anastasia.

“É preciso reforçar os incentivos para a concretização dos procedimentos internos de controle e para que eles sejam realmente para valer. A exigência de indicação de um gestor do sistema de integridade tem essa finalidade”, afirma a senadora.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência SenadoDurante reunião da CCJ, com a senadora relatora do PLS 435/2016, Marta Suplicy (PMDB/SP).

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DESENVOLVIMENTO

PARTIDOS POLÍTICOS TAMBÉM DEVERÃO TER PROGRAMA DE INTEGRIDADE, CONTROLE E AUDITORIA

O senador Anastasia apresentou no Senado Federal novo projeto de Lei (PLS 429/2017) que aplica aos partidos políticos normas sobre programas de integridade. Na prática, o projeto altera a Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) para exigir dessas entidades um conjunto de mecanismos e procedimentos internos de controle, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades. Por meio desses mecanismos deverá haver a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta com o objetivo de detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados ou atribuídos ao partido político.

“Como qualquer pessoa jurídica, os partidos políticos também devem ter procedimentos e controles robustos, baseados nas melhores práticas nacionais e internacionais, a fim de evitar irregularidades e ilícitos, principalmente por lidarem com recursos públicos. A adoção de programa de compliance pelas agremiações partidárias demonstrará a seus filiados e à população brasileira o compromisso dessas entidades com os valores éticos pelos quais se pautam, em tempos em que se tem exaltado a relevância da transparência, accountability e maior diálogo com a população”, afirma o senador Anastasia.

A proposta

O projeto apresentado por Anastasia estabelece que o estatuto do partido político deverá prever a existência de programa de integridade. Esse programa será avaliado pela Justiça eleitoral que deverá observar o comprometimento da alta direção de todos os órgãos do partido e os padrões de conduta, código de ética, políticas e procedimentos de integridade, aplicáveis a todos os filiados, colaboradores e administradores da entidade e, ainda, a terceiros, tais como, fornecedores, prestadores de serviço e agentes intermediários.

Os partidos também deverão realizar treinamentos periódicos sobre o programa de integridade para filiados, empregados e dirigentes, pelo menos a cada dois anos. Também deverão ser avaliados os registros contábeis, que precisam refletir de forma completa e precisa as transações do partido.

A proposta também prevê uma estrutura de controle interno que garanta segurança da realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade com a legislação em vigor e com as melhores práticas; e a estrutura de auditoria interna, com avaliação

independente e objetiva, capaz de analisar e melhorar a eficácia dos processos de controle e governança, garantindo a confiabilidade dos relatórios e demonstrações financeiras do partido.

Da mesma forma, os partidos políticos deverão manter canais de denúncia de irregularidades, de preferência externos, amplamente divulgados a colaboradores, filiados e terceiros, e mecanismos destinados à proteção de denunciantes de boa-fé, inclusive mediante o sigilo da identidade.

O projeto ainda exige que essas entidades mantenham procedimento padrão de investigações internas que assegure a pronta interrupção de irregularidades ou infrações detectadas e a tempestiva remediação dos danos gerados; medidas disciplinares na hipótese de comprovada violação do programa de integridade, assegurada a ampla defesa, podendo o partido proceder a expulsão dos infratores; e diligências apropriadas para contratação e, conforme o caso, supervisão de terceiros, tais como, fornecedores, prestadores de serviço e agentes intermediários.

Os partidos políticos também deverão realizar diligências apropriadas e promover transparência quanto às doações recebidas e consideradas de alto valor, com parâmetros a serem estabelecidos em resolução do Tribunal Superior Eleitoral. Nessa avaliação serão consideradas a origem dos recursos; o setor do mercado em que atua o doador, inclusive por meio das pessoas jurídicas da qual é proprietário, sócio, controlador, quotista, administrador ou beneficiário final; e o grau de interação do doador com o setor público.

“Acredito que esse será um mecanismo essencial para que os partidos alcancem a autopreservação dos seus valores intangíveis, que devem ser coerentes com o compromisso do processo democrático, fazendo-os repercutir efetiva e diretamente na atuação da sua liderança e na formulação das suas plataformas políticas”, destaca Anastasia.

Código de Conduta e Integridade

O projeto apresentado pelo Senador Anastasia prevê ainda que os partidos políticos deverão elaborar e divulgar seu Código de Conduta e Integridade. Nele deverá constar os princípios, valores e missão do partido político; as orientações para a prevenção de

irregularidades e de conflitos de interesses. No código também deverão estar previstas as condutas vedadas aos integrantes ou colaboradores do partido.

No ato da filiação partidária todo novo filiado receberá um exemplar do Código de Conduta e Integridade, devendo firmar um termo de conhecimento de seu conteúdo e teor, que ficará arquivado no partido enquanto perdurar a sua filiação.

A proposta prevê ainda que o Partido deverá oferecer, bianualmente, treinamentos específicos sobre legislação eleitoral, controles internos, governança, padrões de conduta, código de ética, políticas e procedimentos de integridade, e demais temas relacionados às atividades do partido.

“A Constituição Federal impõe aos partidos limitações e mecanismos de controle pela Justiça Eleitoral para seu regular funcionamento. Isso porque a legislação deve garantir não apenas o direito de igualdade de concorrência democrática entre os partidos políticos, mas envidar esforços para práticas lícitas e corretas na aplicação de recursos e na condução ética da atividade político-partidária”, afirma o senador.

Penalidades

O projeto prevê ainda que, constatada a falta de efetividade ou inexistência do programa de integridade pela Justiça Eleitoral, o partido ficará sujeito a sanções. Na falta de efetividade, poderá haver suspensão do recebimento do Fundo Partidário, pelo período de três a doze meses. No caso de inexistência de programa de integridade, haverá suspensão do recebimento do fundo partidário pelo período de doze meses. O Ministério Público e os Partidos Políticos serão os legitimados para propor a representação. A proposta está sendo analisada pela CCJ do Senado em decisão terminativa e, se aprovada, será então encaminhada para a Câmara dos Deputados.

“Em todo o mundo os partidos políticos têm um papel fundamental para a democracia. E não é diferente no Brasil. Ocorre que, infelizmente, nos últimos anos, as legendas partidárias não tem sido motivo de orgulho para os brasileiros, justamente por causa da falta de transparência e de controle. Esse projeto quer mudar essa realidade. E espero que ele seja um instrumento importante de transformação, nesse sentido”, afirma o senador.

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GESTÃO PÚBLICA

AGORA É LEI

CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO USUÁRIO DO SERVIÇO PÚBLICO É SANCIONADO

Foto: Gil Leonardi/Secom MGO novo Código prevê direitos e deveres dos usuários dos serviços públicos e estabelece normas e regras para os servidores atenderem de forma adequada o cidadão.

Agora é Lei. Usuários dos serviços públicos já contam com um código de proteção e defesa. É o que estabelece a Lei 13.460/2017, sancionada pela Presidência da República e publicada no Diário Oficial da União. O relator da proposta no Senado Federal foi o senador Anastasia.

A nova Lei prevê avaliação anual dos serviços públicos com relação a diversos aspectos como a satisfação do usuário; qualidade do serviço prestado; cumprimento de compromissos e prazos; quantidade de manifestações de usuários; e melhorias feitas pela administração pública para aperfeiçoar o serviço. A avaliação deverá ser divulgada no site de cada órgão e entidade, com um ranking daquelas com maior incidência de reclamação dos usuários, o que deverá servir de subsídio para reorientar e ajustar os serviços prestados.

“O que queremos com isso? Melhor os serviços públicos no Brasil, uma demanda que é de toda a população. Essa nova Lei vem justamente ao encontro desse clamor. Representa, na prática, um ponto muito favorável ao usuário do serviço público, especialmente no acompanhamento, na reclamação e na melhoria da qualidade dos serviços prestados ao cidadão. Fico muito feliz de, como relator dessa relevante matéria, ter colaborado para sua aprovação”, afirma Anastasia.

As regras são válidas para os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e também para as concessionárias e outras empresas autorizadas a prestar serviços em nome do governo por delegação.

Direitos e deveres

A nova Lei explicita os direitos básicos dos cidadãos diante da administração pública, direta e indireta, e diante de entidades às quais o governo federal delegou a prestação de serviços. As regras protegerão tanto o usuário pessoa física quanto a pessoa jurídica. Além de estabelecer direitos e deveres desses usuários, o texto disciplina prazos e condições para abertura de processo administrativo para apurar danos causados pelos agentes públicos.

Ao todo, o processo deverá estar concluído em cerca de 60 dias, desde a abertura até a decisão administrativa final. O processo será aberto de ofício ou por representação de qualquer usuário, dos órgãos ou entidades de defesa do consumidor. Cada poder público deverá publicar, anualmente, quadro com os serviços públicos prestados e quem está responsável por eles.

Além disso, cada órgão ou entidade detalhará os serviços prestados com requisitos, documentos e informações necessárias, além de prazo para atender a demanda e etapas do processo. A acessibilidade foi incluída entre as diretrizes para prestação de serviços públicos, além de urbanidade, respeito e cortesia no atendimento.

Conselho de usuários

A nova Lei também regulamenta a criação de conselhos de usuários. Esses colegiados

são órgãos consultivos para acompanhar a prestação de serviços, com avaliação do que foi feito, e propor melhorias na prestação de serviços. O conselho também será responsável por avaliar a atuação da ouvidoria e poderá ser consultado na indicação do ouvidor de cada órgão. Os conselheiros serão escolhidos em processo aberto ao público e não devem ser remunerados.

O texto também estabelece funções para as ouvidorias de serviços públicos tais como acompanhar a prestação de serviços e promover a conciliação entre usuário e órgão. Cada ouvidoria deverá elaborar um relatório de gestão com indicação de falhas e sugestões de melhorias. O documento precisará indicar o número de manifestações no ano, com análise de problemas recorrentes e providências tomadas. A ouvidoria de cada órgão e entidade deverá encaminhar a decisão administrativa ao usuário sobre a demanda em até 60 dias (30 dias, com uma prorrogação). Outros órgãos podem complementar as informações no prazo máximo de 40 dias.

Confira aqui a nova Lei:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13460.htm

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GESTÃO PÚBLICA

Demora, burocracia, desperdício de tempo. Quem nunca passou por isso quando precisou de algum documento ou alguma resposta por parte do Poder Público? O que se observa na maior parte das vezes no Brasil, infelizmente, é que o cidadão demanda da Administração e o processo demora muito. Para tentar reverter essa situação, o senador Anastasia apresentou novo projeto de Lei (PLS 129/2017) para dispor sobre os efeitos do silêncio da Administração Pública no processo administrativo.

“Esse projeto de Lei vai atribuir efeitos à omissão da administração em decidir pleitos e requerimentos submetidos à sua análise para evitarmos a eternização e a perenização de processos administrativos em que, muitas vezes, a autoridade nem defere o pedido do cidadão nem o nega expressamente. A pessoa fica, assim, em uma espera infinita sem saber se terá sua demanda atendida e, o pior, sem poder fazer nada”, afirma Anastasia.

Além de prever um prazo para que o Poder Público dê ao cidadão uma resposta, a proposta de Lei define regras sobre o que deve ocorrer se esse prazo não for cumprido. Por meio do chamado ‘efeito translativo automático’, previsto no projeto do senador Anastasia, se uma autoridade pública não decidir sobre o assunto proposto, a competência é automaticamente transferida para autoridade imediatamente superior, sem que se esqueça do dever de apurar a responsabilidade de quem deu causa ao atraso ou à omissão administrativa.

Para Anastasia, esse projeto ataca um dos maiores males da burocracia brasileira e encontra equilíbrio importante entre os direitos do cidadão e a preservação do interesse público. Segundo ele, a transformação da proposta em Lei poderá pôr fim a situações esdrúxulas que ainda ocorrem na Administração Pública no Brasil.

“Há exemplos de casos e mais casos de licenças para construir que levam anos, às vezes até décadas, para serem apreciadas – quando não ocorre o absurdo de, ao final desse longo lapso, serem pedidos novos documentos, pois aqueles que haviam sido acostados aos autos tiveram a validade vencida, por culpa da própria Administração. Tudo isso gera enorme desperdício de tempo, prejuízo financeiro, dificulta a geração de empregos. Queremos, com essa proposta, começar a mudar essa realidade, fazer a Administração funcionar de forma melhor, mais célere, respeitando o cidadão a quem o Estado deve atender de forma eficiente”, defende Anastasia.

A proposta está sendo analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, onde será votada de forma terminativa. Se aprovada, seguirá para a Câmara dos Deputados.

OS SERVIÇOS PÚBLICOS E O ATENDIMENTO DO USUÁRIO SERÃO REALIZADOS DE FORMA ADEQUADA, OBSERVADOS OS PRINCÍPIOS DA REGULARIDADE, CONTINUIDADE, EFETIVIDADE, SEGURANÇA, ATUALIDADE, GENERALIDADE, TRANSPARÊNCIA E CORTESIA

SÃO SEUS DIREITOS:

- participar no acompanhamento da prestação

e na avaliação dos serviços;

- obter e utilizar dos serviços com liberdade de escolha entre

os meios oferecidos e sem discriminação;

- ter acesso e obtenção de informações relativas à sua

pessoa constantes de registros ou bancos de dados

- ter a proteção de suas informações pessoais

- contar com a atuação integrada e sistêmica na expedição de atestados, certidões e documentos

comprobatórios de regularidade

- obter informações precisas e de fácil acesso nos locais de

prestação do serviço

Os agentes públicos e prestadores de serviços públicos precisam observar algumas diretrizes no

atendimento ao cidadão. Conheça:

- urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários

- presunção de boa-fé do usuário

- atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que houver

possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas com deficiência, aos

idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo

-vedada a imposição de exigências, obrigações, restrições e sanções não previstas na legislação

- igualdade no tratamento aos usuários, vedado qualquer tipo de discriminação

- cumprimento de prazos e normas procedimentais

- definição, publicidade e observância de horários e normas compatíveis com o bom atendimento ao

usuário

- adoção de medidas visando a proteção à saúde e a segurança dos usuários

- autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados pelo

usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade

- manutenção de instalações salubres, seguras, sinalizadas, acessíveis e adequadas ao serviço e ao

atendimento

- eliminação de formalidades e de exigências cujo custo econômico ou social seja superior ao risco

envolvido

- observância dos códigos de ética ou de conduta aplicáveis às várias categorias de agentes públicos

- aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de

atendimento ao usuário e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das

informações

- utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estrangeirismos

- vedação da exigência de nova prova sobre fato já comprovado em documentação válida apresentada

anteriormente.

MAIS AGILIDADE, MENOS BUROCRACIA!

PROJETO PREVÊ FIM DO SILÊNCIO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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GESTÃO PÚBLICA

PARA MELHORAR O DESEMPENHO NO SERVIÇO PÚBLICOEm debate no Brasil desde os anos 90, o modelo gerencial de administração no setor público ainda depende de edição de lei regulamentadora para ser aplicado. Agora, o Senado começa a resolver a questão ao aprovar projeto do senador Anastasia (PLS 459/2016) com regras para normatizar o chamado “contrato de desempenho”, instrumento necessário para viabilizar o novo modelo de gestão.

Por meio da Emenda Constitucional 19, de 1998, o modelo de administração gerencial ganhou amparo na Constituição. Pela emenda, órgãos e entidades da administração direta e indireta podem ter autonomia gerencial, orçamentária e financeira, mediante contrato firmado por seus administradores com o poder público que tenha por finalidade fixar metas de desempenho.

O objetivo da inovação constitucional foi permitir a implantação da gestão por resultados, buscando a agilidade e a eficiência na prestação dos serviços públicos, diante de avaliações apontando o esgotamento do clássico modelo burocrático de administração. A Emenda 19 prevê, contudo, a edição de lei para regulamentar o contrato de desempenho, norma ainda não criada.

“Com regulamentação do contrato de desempenho, o Congresso certamente dará um passo decisivo para a efetiva implementação da administração gerencial no Brasil, com relevantes ganhos de eficiência,

economicidade e transparência na gestão pública. Já fizemos isso em Minas Gerais com resultados bastante expressivos”, afirma Anastasia.

Conceitos

Pelo projeto, o contrato de desempenho equivale a um acordo celebrado entre entidade ou órgão “supervisor” e outro que esteja na condição de “supervisionado”, por meio dos administradores, para estabelecimento de metas de desempenho, prazos de execução e indicadores de qualidade a serem alcançados.

Para o supervisionado, esse contrato será condição para que possa desfrutar de “flexibilidades e autonomias especiais”, como, por exemplo, o direito de receber e aplicar a seu critério receitas de fontes não orçamentárias, independentemente de prévia autorização na lei orçamentária.

O órgão supervisionado passa a dispor, ainda, de autonomia para promover o empenho integral (ato que precede a realização de um gasto) das despesas relacionadas à execução do contrato, sem ficar submetido a uma prévia autorização. No caso das estatais, bastará existir a dotação global para investimentos, cabendo à empresa fazer por si mesma o detalhamento de como serão aplicados os recursos.

No campo gerencial, o contrato poderá atribuir ao órgão supervisionado, durante sua vigência, autorização para a concessão de bônus financeiro para os servidores, vinculado ao desempenho, sem que o prêmio passe a fazer parte do salário.

Ainda pelo projeto, o contrato poderá ser rescindido por acordo entre as partes ou por ato do órgão supervisor diante de insuficiência injustificada de desempenho ou por descumprimento reiterado das cláusulas contratuais.

Com a aprovação no Senado, a proposta seguirá para a Câmara dos Deputados.

PARCERIA PARA FISCALIZAÇÃOO senador Anastasia também apresentou projeto de Lei (PLS 280/2017) que define diretrizes e requisitos para a delegação do serviço público de fiscalização administrativa a particulares. Na prática, a proposta vai permitir que a administração pública conte com parcerias privadas para exercer o poder de fiscalização nos mais diversos setores estatais. Para cada setor que o Poder Público prever a delegação será necessária Lei Específica.

“Sabemos que hoje há uma grande dificuldade para contratar e manter equipes de fiscalização no Poder Público. Por isso mesmo, alguns serviços acabam sendo mal prestados. Com esse projeto, por meio da parceria com o setor privado, poderemos ter mais fiscais, mais eficiência e melhor prestação de serviço ao cidadão”, afirma Anastasia.

Vários exemplos mostram, de fato, como, em diversos setores, o poder de fiscalização do Estado não tem funcionado bem. Um dos exemplos mais tristes foi a tragédia da barragem de rejeitos de mineração, em Mariana, Minas Gerais. Relatório final da Comissão Temporária da Política Nacional de Segurança de Barragens, instalada no Senado Federal e presidida pelo Senador Anastasia, mostrou que a área de fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) contava com apenas 18 servidores para mais de 600 barragens.

Outra tragédia nacional, o incêndio de uma boate, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, também ocorreu porque a fiscalização do Estado não ocorreu

de maneira eficaz. Reportagem de jornais da época mostravam que havia 64 homens para inspecionar casas em 33 cidades. Os exemplos ainda se estendem para áreas de vigilância sanitária, combate a mosquitos transmissores de doenças, regularização urbana.

“O desenvolvimento do Estado moderno, especialmente do seu papel normativo e regulador, induziu não apenas ao crescimento do espectro de incidência do serviço público de fiscalização administrativa, mas também a uma maior necessidade de especialização por parte da atividade fiscalizatória estatal. Muitas regiões metropolitanas enfrentam elevados índices de ocupação irregular do solo, sem que o aparato estatal consiga fiscalizar, autuar e sancionar quaisquer responsáveis, indicando que a ausência do Estado se dê por uma verdadeira impossibilidade fática”, afirma o senador Anastasia ao justificar a relevância do projeto que apresenta.

A proposta

Com o projeto de Lei, Anastasia pretende enfrentar o problema da falta de pessoal e da qualidade deficitária na fiscalização. Segundo o projeto, a empresa ou entidade que realizar a atividade por delegação da administração pública se sujeitará ao acompanhamento pelo próprio Estado, com a cooperação dos cidadãos. Além disso, o contrato de concessão, estabelecerá os parâmetros de controle

dos atos da empresa e as sanções aplicáveis nos casos de desvio no exercício da delegação, cabendo ao regulamento e ao contrato estabelecer os indicadores para avaliação do desenvolvimento da atividade a ser delegada.

A decisão do agente delegado que determinar uma sanção deverá ser motivada, apresentando o relato completo das ponderações de todos os envolvidos e a respectiva fundamentação técnica, embasada em razões de fato e de direito. Além disso, o agente delegado terá que manter infraestrutura para receber e processar as reclamações dos cidadãos e decidir com imparcialidade e em tempo razoável. A decisão do agente poderá ser contestada por qualquer cidadão perante a Administração Pública.

“A Administração Pública tem muito a ganhar em termos de racionalização e eficiência com a regulação das possibilidades de delegação. Em uma área conexa, a prestação de serviços públicos, a participação da iniciativa privada, por meio dos institutos da permissão e da concessão, vem trazendo ganhos expressivos à sociedade, ao permitir uma expansão da capacidade de atuação do Estado. Acreditamos que, com a devida regulamentação, a delegação de fiscalização administrativa a particulares pode trazer benefícios similares”, afirma Anastasia.

A matéria está tramitando na CCJ, onde o senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA) é o relator.

Foto: Pedro França/Agência SenadoCom o senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA).

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GESTÃO PÚBLICA

FUNDO PARA COMBATER A CORRUPÇÃO

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou projeto de lei (PLS 765/2015) do senador Anastasia que cria um fundo federal para financiar ações da Política Nacional de Combate à Corrupção (PNCC). A proposta, que não gera nenhum novo imposto ou taxa para o cidadão, está sendo analisada agora pela CCJ, onde receberá decisão terminativa.

O Fundo Nacional de Combate à Corrupção (FNCC) será abastecido com parte do dinheiro das multas aplicadas às empresas que causarem danos à administração pública. O projeto prevê a instituição da nova política e do fundo por meio da inclusão de dispositivos na Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013). As ações e gestão dos recursos ficarão sob a responsabilidade do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União.

“Não há dúvidas de que o nosso País pode melhorar seus instrumentos para combate à corrupção. E nada mais justo do que parte das receitas oriundas das multas aplicadas às pessoas jurídicas responsáveis por atos lesivos à administração pública possa ser aplicado em outras ações efetivas para o combate à corrupção. Criaremos, assim, eu espero, um ciclo virtuoso no Brasil”, afirma o senador.

O relatório, favorável ao projeto, elaborado pelo senador Otto Alencar (PSD/BA), foi apresentado à comissão por Fernando Bezerra Coelho (PSB/PE). Pelo texto original, a gestão da política e do fundo de combate à corrupção ficaria a cargo da Controladoria-Geral da União (CGU). Como as funções da CGU foram transferidas para o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, uma emenda ajustou o projeto a essa mudança institucional.

Pelo texto, serão objetivos da política a promoção da defesa do patrimônio público, a apuração de desvios e a promoção da responsabilização das pessoas físicas ou jurídicas pela prática de atos lesivos à administração. Serão financiadas atividades relacionadas a controle interno, auditoria pública, prevenção e combate à corrupção, ouvidoria, incremento da transparência da gestão, capacitação de servidores e modernização dos órgãos públicos para o desempenho de suas funções.

Na justificação do projeto, Anastasia registrou que a Controladoria enfrentava grave crise, devido ao fato de o governo vir ano a ano contingenciando recursos orçamentários do

órgão. Ao defender a criação da nova política e do fundo, ele argumentou que o combate à corrupção não pode depender de decisões do eventual ocupante da chefia do Executivo. “É preciso alterar a legislação para garantir que esse trabalho seja diuturno e incansável, independentemente da vontade do Executivo de fortalecer os órgãos de controle”, defende o senador mineiro.

TRANSPARÊNCIA AO VIVO!

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) aprovou projeto de Anastasia que obriga os órgãos e entidades públicos a transmitir ao vivo, pela internet, suas sessões ou reuniões colegiadas. O PLS 230/2017 torna obrigatória a transmissão audiovisual, “em tempo real e pela internet”, de todas as sessões deliberativas “relacionadas à função jurisdicional ou normativa” dos colegiados de todos os órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta da União.

A obrigação atingirá os órgãos do Poder Legislativo Federal, do Poder Judiciário da União, do Ministério Público da União, da Defensoria Pública da União e do Tribunal de Contas da União. Todos terão prazo de um ano, contado a partir da sanção da futura lei, para se adequarem às novas regras e começarem a cumprir a obrigação.

“Essa é uma matéria que quer garantir maior transparência no Poder Público. Afinal, a publicidade e a transparência são valores constitucionais mais que relevantes. A normatização vem no sentido de facilitar o acesso da população às reuniões desses órgãos, o que é absolutamente imprescindível”, afirma Anastasia.

Nova Lei de Licitações

O Plenário do Senado Federal aprovou projeto que altera a Lei de Licitações e Contratos com emendas apresentadas pelo senador Antonio Anastasia. “Essa proposta avança muito na sua concepção. A nossa lei atual, que é de 1993, é muito baseada no procedimento, na forma, na questão burocrática. Esse novo projeto, ao contrário, é baseado em valores gerenciais, no resultado da licitação, ou seja, no que se obtém em favor das pessoas, para a facilidade daquela obra pública pelo seu contrato. Esse é um ponto importante. Toda concepção jurídica da norma foi construída sob essa visão nova”, afirma o senador.

Uma das emendas do senador Anastasia, acatadas pelo relator e aprovadas no Plenário, muda os critérios de inexigibilidade de licitação, quando a contratação é direta. A sugestão do senador foi usar os critérios previstos na Lei das Estatais. Outra alteração aprovada, também sugerida por Anastasia, é a previsão de que as ordens dos tribunais de contas para a suspensão de licitações definam objetivamente as causas e, nos casos de contratação por emergência, esclareçam como se garantirá o atendimento do interesse público.

Também foi acatada e aprovada a proposta que evita a judicialização dos processos de licitação por parte das empresas ao permitir que o instrumento de contrato preveja meios alternativos de solução de controvérsias, inclusive quanto ao equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, sendo permitidos, em especial, a arbitragem, a mediação, a conciliação e o comitê de resolução de disputas. Segundo o senador, isso também vai colaborar para uma solução rápida de possíveis problemas para evitar grandes atrasos nos processos licitatórios e na entrega das obras e serviços.

Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoO senador Otto Alencar (PSD/BA) foi o relator do PLS 230/2017, do senador Anastasia, na CCT do Senado.

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GESTÃO PÚBLICA

CONGRESSO NACIONAL APROVA PROJETO DE

ANASTASIA QUE PREVÊ NEGOCIAÇÃO COLETIVA NO

SERVIÇO PÚBLICO

“Esse projeto é o início de um processo importante na negociação do funcionalismo. Ele busca o equilíbrio entre as partes e as

responsabilidades de cada um. A intenção é estimular a negociação com base sempre no interesse público. A matéria permitirá a

solução de um entrave que já é antigo: o diálogo entre o servidor e o patrão, que é o governo. Quando ele começar a ser implementado,

só vai gerar bons e proveitosos frutos”

“Essa proposta é um avanço civilizatório e atende anseios antigos dos servidores, que não tinham instrumentos para garantir o diálogo

com o governo”

“É um contrassenso que a legislação atual assegure ao servidor público o direito de greve, sem lhe garantir, contudo, o direito à negociação coletiva. Demos um avanço importante ao oferecer a essa classe trabalhadora um instrumento modernizador nas relações junto ao Executivo. A regulamentação da negociação

coletiva vai permitir que, antes de qualquer paralisação, o governo tenha a oportunidade de dialogar com os servidores as condições

de trabalho, as conquistas, os ganhos efetivos e, sobretudo, eficiência porque, a partir desse instrumento de negociação coletiva, será possível impedir gastos desnecessários com

paralisações que poderiam ser evitadas”

“É a maior vitória estruturante para o serviço público, seus sindicatos, confederações e federações. As nossas lutas como

servidores públicos sempre contaram com muita dificuldade para garantir uma negociação. Estamos desrespeitando a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada há

tempos pelo Brasil”

“A aprovação desse projeto é muito importante, pois agora deverá haver mais previsibilidade nas negociações do governo com as

Carreiras de Estado e os demais servidores públicos”

Foto: Gerdan Wesley

Foto: Alexssandro Loyola

<< Senador Antonio Anastasia >>

<< Betinho Gomes (PSDB/PE), relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara >>

<< Alex Canuto, Presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP) >>

<< Alice Portugal (PCdoB/BA), relatora do projeto na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara >>

<< Rudinei Marques, presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) >>

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GESTÃO PÚBLICA

Depois de ser aprovada por unanimidade no Senado Federal, a proposta do senador Anastasia que garante a negociação coletiva no serviço público já passou por duas comissões na Câmara dos Deputados epode seguir para sanção do Presidente da República.

Vários projetos que tramitam no Congresso tentavam regulamentar o direito de greve, sem observar a precedência do tema da negociação coletiva. Foi então que o senador Anastasia ouviu as entidades, desapensou propostas e acelerou a tramitação do projeto de negociação, dando sequência ao processo de internalização da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho no Brasil. A proposta angariou apoios, conquistou grande consenso entre as entidades representativas dos servidores públicos e centrais sindicais e foi aprovado em 2017 na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e na de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

A matéria disciplina a negociação coletiva no serviço público das três esferas administrativas (União, Estados e Municípios). “Essa é uma proposta que não vai beneficiar apenas os servidores, mas toda a administração pública e os próprios cidadãos porque, por meio da negociação, evitaremos embates e greves e conseguiremos identificar problemas para, então, apontar juntos uma solução. Essa é, além de tudo, uma medida indispensável à modernização e a evolução das relações entre o Estado e seus servidores”, afirma Anastasia.

Regra

O PL 3831/15 propõe que a negociação coletiva seja a regra permanente de solução de conflitos no serviço público, abarcando órgãos da administração direta e indireta (autarquias e fundações), de todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), além do Ministério Público e da Defensoria Pública. Segundo o projeto, a negociação poderá tratar de todas as questões relacionadas ao mundo do trabalho, como plano de carreira, criação de cargos, salário, condições de trabalho, estabilidade, saúde e política de recursos humanos. A abrangência da negociação será definida livremente pelas duas partes. Poderá, por exemplo, envolver todos os servidores do Estado ou município ou de apenas um órgão.

Caberá ao ente público definir o órgão que o representará na mesa de negociação permanente, e fornecer os meios necessários para a efetivação da negociação coletiva, como espaço, infraestrutura e pessoal. A participação

na mesa de negociação será paritária, ou seja, metade formada pelo órgão estatal e metade pelo sindicato dos servidores. Se os servidores públicos não possuírem um sindicato específico, eles poderão ser representados por uma comissão de negociação, criada pela assembleia da categoria.

Um dos pontos importantes do projeto é a permissão para que os dois lados da negociação solicitem a participação de um mediador, para resolver a questão em debate. O texto aprovado prevê punição para os dois lados da mesa de negociação quando houver desinteresse em adotar as medidas acordadas.

Para o representante de órgão público, esse tipo de conduta poderá ser enquadrado como infração disciplinar. Já os representantes dos empregados poderão ser multados em valor proporcional à condição econômica do sindicato.

“Vamos abrir uma nova era nas relações entre Estado e servidores na qual prevaleça efetivamente o diálogo, a transparência e o bom senso entre as partes, de forma a evitar grandes embates desnecessários e prejuízos para servidores, o Estado e a população”, ressalta Anastasia.

Foto: Filipe Calmon / ANESPEm reunião na Câmara, Anastasia discutiu a proposta com deputados federais e representantes dos servidores.

Mediador

Se necessário, as partes poderão solicitar um mediador, de comum acordo, que colabore com o

processo de negociação.

ENTENDA

Como vai funcionar?

Representantes dos servidores e dos governos sentarão à mesa para discutir. A composição é

paritária, ou seja, contará com mesmo número de representantes de cada lado.

Exigência de boa fé

Haverá punição para casos procrastinatórios que denotem desinteresse dos representantes

do Poder Público ou dos servidores na implementação do processo de negociação.

O que tratar?

Planos de carreira; criação, transformação e extinção de cargos; remuneração; regime

jurídico; estabilidade e avaliação de desempenho; condições de trabalho; plano de saúde e planos de capacitação; aposentadoria e demais benefícios previdenciários; qualidade dos serviços públicos

prestados e política de recursos humanos são alguns dos temas que poderão fazer parte da

negociação.

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SENADO APROVA PROJETO QUE PREVÊ PENA MAIOR PARA QUEM PICHAR PATRIMÔNIO

TOMBADOQuem pichar ou depredar monumentos tombados poderá pegar de um a três anos de prisão. A pena consta do Projeto de Lei (PLS) 128/2016 do senador Anastasia que em 2017 foi aprovado no Senado e agora está em análise na Câmara dos Deputados. A pena hoje é de 6 meses a 1 ano de detenção.

Na prática, a proposta quer acabar com a impunidade para quem com pichações depredar o patrimônio público, em especial aqueles com alto valor cultural para sociedade. Servirá, por exemplo, para punir com maior rigor infratores como os que picharam paredes e painéis de Cândido Portinari, na Igreja São Francisco de Assis, na região da Pampulha, em

Belo Horizonte, ou o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.

“As baixas penas previstas na atual legislação não intimidam aqueles que se dispõem a depredar impunemente o patrimônio histórico e cultural. É preciso garantir que aqueles que o pichem sejam efetivamente punidos. Daí a importância desse projeto de lei. Queremos o aumento da pena dessa conduta para que possamos inibir a atuação de vândalos”, afirma o senador Anastasia.

O relator da matéria, o senador Lasier Martins (PSD/RS), leu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) seu parecer favorável à matéria

que foi aprovada por unanimidade. Para ele, a pichação e conspurcação de monumentos tombados em virtude do seu valor histórico, artístico ou arqueológico ofende a memória histórica e cultural expressa nesses monumentos. “A elevação para o patamar de 1 a 3 anos de detenção e multa revela-se adequada e proporcional para inibir os atos de vândalos que conspurcam monumentos tombados pelo Estado brasileiro. A pena sugerida pelo Projeto não se demonstra rigorosa demais, pois está em harmonia com as penas de outros delitos previstos na própria Lei de Crimes Ambientais”, ressalta o relator.

CÂMARA ESTÁ PRONTA PARA DELIBERAR SOBRE PROJETO DOS ANIMAIS

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou proposta de Lei do Senador Anastasia que acrescenta um ponto importante no Código Civil para proteção dos animais. “Os animais não serão considerados coisas”. Trata-se do PL 3670/2015 na Câmara. O relator da matéria, o deputado Rodrigo de Castro (PSDB/MG), apresentou parecer favorável ao projeto, que foi acompanhado pelo restante da comissão. A proposta foi aprovada no Senado e também já conta com parecer favorável da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da

Câmara. Agora, como houve recurso, o Plenário da Casa precisará deliberar sobre a matéria, antes de ela ser encaminhada para Presidência da República para sanção.

Definir que ‘animais não são coisas’ parece pequeno detalhe, mas não é. Até hoje, pelo Código Civil, animal não é sequer considerado ser vivo. A nova regra vai permitir a introdução de leis de proteção e colocará a legislação brasileira em igualdade com países europeus, que já avançaram neste tema. “Para muita gente isso já deveria ser óbvio: animais não são coisas. Parece pouco, mas com a alteração do status jurídico dos animais, temos uma

grande vitória no campo da proteção. Assim, atualizamos a legislação brasileira para um padrão que já existe na Europa, e abrimos caminho para novas políticas públicas de defesa dos animais”, afirma Anastasia.

O relator da proposta na CCJ da Câmara, deputado Rodrigo de Castro, elogiou o projeto e afirmou que ele aperfeiçoa a legislação vigente.

Foto: Alberto AndrichA Igreja de São Francisco de Assis, na região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), patrimônio da humanidade, foi pichada recentemente; projeto quer coibir infrações do tipo.

PATRIMÔNIO E MEIO AMBIENTE

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ANASTASIA PARTICIPA DOS DEBATES E CÓDIGO MINERAL FINALMENTE DESLANCHA NO CONGRESSO

Há muito tempo, o senador Anastasia cobra do Governo Federal a definição para um novo Código Mineral e o aumento dos chamados royalties da mineração. Quando Anastasia ainda era governador de Minas, o Governo Federal chegou a enviar proposta para o Congresso Nacional que, no entanto, não logrou sucesso. Ficou parada, sem consenso e sem mobilização do Governo, na Câmara dos Deputados. Quando assumiu o mandato, Anastasia insistiu no tema, que é importante para Minas Gerais, um dos maiores exportadores de minério do Brasil.

Acompanhado de prefeitos e representantes do setor mineral, Anastasia se reuniu com o Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, para cobrar uma posição mais efetiva do Governo em relação ao tema. Um mês depois, enfim, o Governo enviou ao Congresso três Medidas Provisórias tratando do assunto. O senador Anastasia foi membro das comissões que analisaram as propostas.

A MPV 789/2017 trata da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Com o aumento de várias alíquotas sobre minérios como ouro (de 1% para 2%), o governo vai possibilitar o incremento da arrecadação, principalmente para os Estados e Municípios mineradores. O ferro terá

alíquota entre 2% e 4%, dependendo do preço na cotação internacional. Os minérios restantes terão as seguintes alíquotas: 0,2% para aqueles extraídos sob o regime de lavra garimpeira; 2% para aqueles cuja alíquota será definida com base na cotação internacional do produto; e 3% para bauxita, manganês, diamante, nióbio, potássio e sal-gema.As alíquotas passarão a incidir sobre a receita bruta, excluídos os impostos, e não mais sobre a receita líquida. Para compensar, os agregados de construção civil, como brita e areia, por outro lado, terão os royalties reduzidos (de 2% para 1,5%).

“Todos que acompanham nosso trabalho sabem bem da minha luta, desde a época que fui governador de Minas Gerais, pelo aumento na arrecadação dos chamados royalties da mineração, uma compensação pela exploração dos minerais, para que possamos alocar mais recursos em áreas de interesse da população. Nosso Estado tem essa importante atividade econômica no nome, mas por muitos anos conviveu com uma injustiça: nossos recursos naturais eram exportados sem que houvesse uma compensação justa para nossos Municípios e para o próprio Estado. Enfim, depois de muito empenho e muita insistência de nossa parte, isso começa a mudar”, afirma Anastasia.

Já o texto da MP 790 altera vários pontos do Código de Mineração, entre eles, amplia o prazo para a realização de pesquisa mineral, que será de dois a quatro anos. Hoje é de um a três anos. Esta e outras mudanças visam atualizar o código para reduzir a burocracia e estimular a atividade de exploração mineral. A pesquisa mineral é a primeira fase da atividade de exploração e tem como objetivo definir a jazida e o seu aproveitamento econômico. O prazo da pesquisa poderá ser prorrogado sucessivamente, desde que o titular do direito comprove dificuldade de acesso à área ou não obtenção da licença ambiental por motivo alheio a ele. O responsável poderá ser obrigado a apresentar, duas vezes por ano, relatório de progresso da pesquisa. Os dados obtidos pós-pesquisa terão que ser comunicados à agência reguladora.

“As novas alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) ajudarão nosso Estado e nossos Municípios com mais recursos, sem onerar injustamente as empresas. Da mesma forma, as novas regras do código de mineração, promessa antiga do Governo Federal mas que não chegaram a sair do papel, são extremamente necessárias. E, por fim, a transformação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em agência reguladora, seguindo sugestão do relatório aprovado pela Comissão Temporária da Política Nacional de Segurança de Barragens, por mim presidida no Senado Federal, poderá significar um salto de qualidade na atividade de regulação que a União precisa fazer e que até aqui não tem funcionado bem”, destaca o senador.

Senador defende revisão da Lei Kandir

Anastasia também foi designado em 2017 membro titular da Comissão Mista Especial da Lei Kandir. O Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu prazo para que o Congresso Nacional regulamente a Lei, que prejudica Estados exportadores como Minas Gerais. A Lei Kandir isenta da incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) as exportações de produtos primários e semielaborados, ou seja, não industrializados. Até 2003, a lei garantiu aos estados o repasse de valores para compensar perdas decorrentes da isenção de ICMS, mas, a partir de 2004, a Lei Complementar 115/2002, embora mantendo o direito de repasse, deixou de fixar o valor. Com isso, os governadores precisam negociar a cada ano com o Executivo o montante a ser repassado.

Em uma das reuniões da comissão, Anastasia protestou contra a apatia do Governo Federal em relação ao tema. “Não há por parte do Governo

nenhuma boa vontade em resolver esse assunto. O Governo quer manter a situação como está, ou seja, quer manter o valor pequeno. É uma posição que nós, que representamos os Estados, não podemos tolerar. A alternativa é nós sepultarmos a Lei Kandir por emenda constitucional. Ela já atingiu seus objetivos. E aí caberá a cada Estado, verificando sua produção, averiguar se economicamente vale a pena ou não alocar e impor os tributos estaduais sobre a exportação. Porque a mão da União, neste caso, está sendo uma mão pesada, uma mão que estrangula a autonomia federativa, que está matando os Estados”, afirma.

A Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) estima que as perdas com a Lei Kandir chegam a R$ 500 bilhões para Estados e Municípios desde a edição da lei, em 1996.

Proposta prevê PPPs para mais Municípios

O Senado aprovou em 2017 projeto de Lei que altera a regra sobre os valores mínimos para a celebração de contratos de parceria público-privada (PPP). A proposta (PLS 472/2012), relatada pelo senador Anastasia estabelece faixas diferenciadas para a União, Estados e Municípios, reduzindo os valores e possibilitando mais a adoção desse instrumento pelos entes da Federação. O projeto original é do senador Antonio Carlos Valadares (PSB/SE).

Pelo texto, nas parcerias entre a União e a iniciativa privada, os contratos terão valor mínimo de R$ 20 milhões, como já é atualmente. Nos Estados, no entanto, o valor de partida será de R$10 milhões, enquanto nos Municípios o piso equivalerá a R$ 5 milhões. A matéria agora está em análise na Câmara dos Deputados.

“Isso vai simplificar, facilitar e estimular o ambiente negocial e a criação de PPPs, especialmente no âmbito Municipal, no momento em que a Nação necessita de mais investimentos. Estão mantidos todos os demais critérios de cautela e de cuidados com a realização desse instrumento e tão somente modifica-se o valor para permitir que também projetos menores sejam realizados por meio de PPPs”, afirma Anastasia.

Foto: Saulo Cruz / MMEEm reunião com o ministro Fernando Coelho Filho, Anastasia defendeu revisão na legislação do setor mineral.

PATRIMÔNIO E MEIO AMBIENTE

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FEDERAÇÃO

O Plenário do Senado aprovou por unanimidade, em dois turnos, proposta do senador Anastasia que simplifica convênios e prestação de contas de pequenos municípios, o chamado “Simples Municipal”. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/2015 busca garantir um tratamento diferenciado para municípios de pequeno porte, facilitando o acesso a mais recursos e tornando a prestação de contas mais condizente com a realidade que experimentam, de escassez de estrutura e de mão de obra com a necessária qualificação técnica para lidar, por exemplo, com as complexidades que envolvem a celebração de acordos entre entes da Federação. Cerca de 70% dos municípios poderão ser diretamente beneficiados com a proposta. A matéria agora segue para análise da Câmara dos Deputados.

“Não podemos admitir que um município como São Paulo, com mais de 12 milhões de habitantes e uma estrutura burocrática estabelecida, tenha as mesmas regras para realização de convênios que municípios com 10 mil, 15 mil habitantes,

cujas prefeituras possuem um corpo técnico muito mais enxuto. Essa PEC vai fazer justiça aos pequenos municípios e, por isso, espero que possa ter uma tramitação célere também na Câmara dos Deputados. Além de tudo, é um resgate importante da Federação, compromisso primeiro da minha atuação aqui no Senado Federal”, afirmou Anastasia ao comemorar a aprovação da matéria.

Segundo o texto da proposta, a obrigatoriedade dos municípios de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em Lei ao arrecadarem seus impostos será diferenciada para os de menor porte. Os órgãos e entidades da administração pública dispensarão a eles um “tratamento jurídico diferenciado”, ao simplificar a liberação de recursos e a fiscalização das contas prestadas, inclusive quando se tratar de transferências voluntárias entre os entes da Federação. Um dos objetivos é evitar a demora na liberação de recursos e a suspensão de repasses de convênios em decorrência de trâmites burocráticos.

“Por isso essa proposta é tão importante. Porque ela vai facilitar essa burocracia. Os municípios menores terão uma prestação de contas simplificada como, aliás, já acontece com as microempresas no setor privado. Daí o nome: ‘Simples Municipal’. Tenho certeza de que, se aprovada também na Câmara, teremos um avanço muito positivo para a Federação Brasileira e para o fortalecimento dos municípios menores em todo o Brasil”, afirma Anastasia.

A proposta foi elogiada pelos senadores. Todos os partidos orientaram a favor da matéria que recebeu o voto dos 65 senadores presentes. Agora, a proposta já está em tramitação na Câmara dos Deputados (sob o número PEC 362/2017), onde também precisa ser aprovada em dois turnos para se tornar norma jurídica. O relator na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) é o deputado Toninho Pinheiro (PP/MG).

A medida reforça o compromisso de Anastasia com as cidades menores; enquanto governador, ele realizou convênios do Estado com todos os 853 Municípios do Estado. - Foto: DER/MG

Foto: Gerdan Wesley

SIMPLES MUNICIPAL É APROVADO NO SENADO

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FEDERAÇÃO

LÍDERES DE TODAS AS REGIÕES E DOS MAIS VARIADOS PARTIDOS POLÍTICOS DESTACARAM A IMPORTÂNCIA DA PEC E EXALTARAM O TRABALHO LEGISLATIVO DO SENADOR ANASTASIA NO CONGRESSO NACIONAL

“Nós estamos votando uma PEC importante para os municípios brasileiros, de autoria do competente Senador Antonio Anastasia. Senador Anastasia, vindos de V. Exª, são sempre bem-vindos os projetos nesta Casa. E, mais uma vez, eu quero parabenizar o povo de Minas Gerais por ter colocado V. Exª aqui para abrilhantar os nossos trabalhos

diariamente. V. Exª é sempre eficiente e presente.”

Eunício Oliveira (PMDB/CE), presidente do Senado.

“Eu não poderia também faltar com minha palavra de felicitações ao trabalho do Senador Antonio Augusto Anastasia, que se destaca nesta Casa por sua competência, sua lisura, honradez, probidade, brilhantismo na forma de agir. Eu posso dizer, sem nenhum tipo de exagero, que nós temos, no mandato do Senador Antonio Anastasia, se não o melhor, um dos melhores mandatos desta Casa, com absoluta segurança. A proposta que simplifica o repasse de recursos e a prestação de contas para os pequenos municípios, demonstra de forma muito nítida, de maneira muito clara, toda a visão de Brasil que o Senador Anastasia, que aqui representa o Estado de Minas Gerais, tem. Receba mais uma vez não apenas as minhas felicitações, mas a proclamação pública da admiração, da amizade e do imenso orgulho de tê-lo como colega de Bancada no PSDB. Parabéns, mais uma vez, pelo brilhantíssimo trabalho

realizado.”

Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), vice-presidente do Senado.

“Apenas um homem público da envergadura do Senador Anastasia, que tem o conhecimento não só técnico, jurídico, teórico, como professor e constitucionalista que é, mas também pelo conhecimento político, uma vez que já foi governador de um dos grandes Estados da Federação brasileira, como Minas Gerais, para redigir uma emenda à Constituição de tão grande envergadura. A eficácia desta emenda à Constituição é de

uma importância sem precedentes.”Simone Tebet (PMDB/MS), vice-líder do partido no Senado.

“Gostaria de parabenizar o autor, Senador Anastasia, que, pela sua bagagem, aqui nesta Casa tem sido um exemplo não só nos projetos que faz, mas no seu desempenho quando tem que assumir a Comissão de Justiça, e muitas vezes nas suas relatorias e nas ideias que transmite, nas posições que transmite na Comissão de Justiça. Então, Senador, é um bálsamo a sua presença aqui no Senado. E, realmente, a gente aprende

muito com ele.”

Marta Suplicy (PMDB/SP), presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

“Eu queria parabenizar o Senador Antonio Anastasia por essa iniciativa da PEC. Acho que quem conhece – como ele conhece – o seu Estado e as dificuldades dos municípios mineiros e do Brasil como um todo tem essa sensibilidade de apresentar uma PEC dessa natureza que, de alguma forma, vai simplificar e ajudar os municípios na prestação de contas, sem fugir da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é uma das preocupações do Senador Antonio Anastasia. Eu louvo aqui a iniciativa dele, pela sua sensibilidade como gestor público, e grande gestor público, um dos

grandes governadores do Estado de Minas Gerais.”Otto Alencar (PSD/BA), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,

Comunicação e Informática (CCT).

“Esta proposta apresentada pelo Senador Anastasia, de fato, é muito positiva e interessante, porque vai contribuir, e muito, para que as administrações, principalmente dos pequenos municípios, possam ter sua atividade contábil, sua atividade financeira mais dinâmica e mais

eficiente, pela simplificação de procedimentos.”Paulo Bauer (PSDB/SC), líder do partido no Senado.

“Também quero cumprimentar o Senador Anastasia e dizer que esse projeto de lei beneficiará, sobretudo, aqueles municípios mais longínquos deste País. Nós estamos dando um grande passo neste momento. Nós temos que acabar com aquele velho hábito de tratar diferentes de forma igual. O Senador Anastasia, hoje, sem dúvida nenhuma, dá um passo

importante nesse sentido.”Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), procuradora Especial da Mulher no Senado.

“Quero parabenizar o Senador Anastasia por essa iniciativa e dizer da importância de simplificar a vida de quem trabalha, principalmente no âmbito do Executivo, e de quem exerce tecnicamente a tarefa de ter que fazer prestação de contas, com regras tão complicadas como essas que

têm prevalecido até hoje.”Rose de Freitas (PMDB/ES), ex-líder do Governo no Congresso Nacional.

NO BRASIL, 3.798 DOS 5.570 MUNICÍPIOS TÊM

MENOS DE 20 MIL HABITANTES

(68,18%)

EM MINAS, 666 DOS 853 MUNICÍPIOS TÊM MENOS DE 20 MIL HABITANTES

(78,07%)

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REFORMA POLÍTICA

REFERENDO POPULAR PODERÁ SER USADO TAMBÉM NO BRASIL PARA DESTITUIR PRESIDENTE DA REPÚBLICA DESCUIDADO OU IRRESPONSÁVEL

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou substitutivo do senador Anastasia que institui na Constituição Federal a possibilidade de revogação do mandato de Presidente da República mediante referendo popular, o chamado recall. Para poder ser apreciada pelo Congresso Nacional, a proposta de recall precisará ser subscrita por pelo menos 10% do número de eleitores que compareceram à última eleição presidencial. Esse montante deve pertencer a pelo menos 14 Unidades da Federação com pelo menos 5% dos eleitores de cada uma delas.

Segundo o substitutivo, assim recebida, a proposta de revogação será apreciada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, sucessiva e separadamente, e considerada aprovada se obtiver o voto favorável da maioria absoluta dos membros de cada uma das Casas (41 votos no caso do Senado e 257 na Câmara). Se a proposta de revogação for aprovada pelo Parlamento, será então convocado referendo popular para ratificá-la ou rejeitá-la.

A proposta original (PEC 21/2015) é de autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB/SE). Pelo substitutivo apresentado pelo relator, ficará vedada proposta de revogação durante o primeiro e o último ano de governo e a apreciação de mais de uma

proposta de revogação por mandato. A intenção, nesse caso, é dar segurança ao gestor para iniciar seu mandato e compor o governo e, ao mesmo tempo, não convocar duas eleições em um mesmo ano.

Em seu relatório, Anastasia observou que o recall é um instrumento diferente do impeachment. Segundo ele, a revogação do mandato na forma agora em análise difere do procedimento do crime de responsabilidade não apenas pela iniciativa e pelo quórum para aprovação, mas, principalmente, pela causa: a perda de representatividade e apoio da população, e não necessariamente a prática de ilícito comprovado, assunto que se relaciona ao impeachment.

Ao defender a adoção do mecanismo, que já existe em muitos países, Anastasia destacou a importância da proposta e salientou que o recall garante a responsabilidade contínua das autoridades públicas, já que os eleitores não precisam aguardar até a próxima eleição regular para destituir um agente público incompetente. Para o relator, ainda que a prerrogativa não seja utilizada, a mera possibilidade de que seja invocada já levará a um maior cuidado no exercício da função governativa pelo presidente da República, o que é fundamental, segundo ele.

“A adoção da revogação de mandatos no Direito brasileiro, o chamado recall, é um tema que fortalece a democracia participativa e que, vemos hoje, conta com apoio da maioria da população brasileira. Com a adoção desse instituto, vamos estimular o exercício mais responsável da elevada função de Chefia do Estado brasileiro, já que os eleitores não precisarão aguardar até a próxima eleição regular para destituir um agente público incompetente, desonesto, despreocupado ou irresponsável”, afirma Anastasia.

A proposta agora está pronta para deliberação do Plenário do Senado, onde precisará ser votada em dois turnos e conquistar pelo menos 3/5 dos votos dos senadores (49 votos) para, só então, seguir para a Câmara dos Deputados.

Em programa da TV Senado, Anastasia fala da importância da proposta. Confira!

https://www.youtube.com/watch?v=nnsQwx83dZ4

REVOGAÇÃO DO MANDATO PRESIDENCIAL

1 2 3

10% dos eleitores que compareceram à última

eleição presidencial assinam uma proposta.

A proposta é aprovada com maioria absoluta pela

Câmara e pelo Senado.

É convocado referendo para a população decidir

sobre a revogação do mandato presidencial.

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REFORMA POLÍTICA

NOVA EMENDA PÕE FIM ÀS COLIGAÇÕES E INSTITUI CLÁUSULA DE BARREIRADepois de muito debate, no Senado e na Câmara, o Congresso Nacional promulgou nova emenda constitucional que veda as coligações partidárias nas eleições proporcionais e estabelece normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão. A emenda (EC 97/2017) é decorrente da proposta (PEC 33/2017) aprovada no Senado com o voto favorável do senador Anastasia, que foi um dos subscritores originais da matéria (PEC 36/2016).

“Infelizmente, o Congresso não conseguiu aprovar uma reforma política ampla, que mudasse de fato o sistema político brasileiro, hoje totalmente exaurido. Mas não podemos negar a importância dessas duas ações. Por meio delas, ao longo do tempo, limitaremos o número de partidos políticos e vamos fortalecer aqueles verdadeiramente representativos. Estamos ainda longe do que gostaríamos. Mas aprovamos aquilo que era possível, ao menos nesse momento. Espero que, em um futuro próximo, possamos encarar de vez o tema da reforma política”, afirma Anastasia.

Pela regra que acaba com as coligações partidárias em eleições proporcionais, a ser aplicada a partir das eleições municipais de

2020, os partidos não poderão mais se coligar na disputa das vagas para deputados (federais, estaduais e distritais) e vereadores. Para 2018, as coligações estão liberadas. A intenção é acabar com o chamado “puxador de votos”, pelo qual a votação expressiva de um candidato ajudar a eleger outros do grupo de partidos que se uniram, as vezes com ideologias totalmente diferentes. Na prática, parlamentares de legendas diversas, com votação reduzida, acabam eleitos devido ao desempenho do puxador de votos.

Desempenho

Para restringir o acesso dos partidos a recursos do Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV, a nova emenda cria uma espécie de cláusula de desempenho, com exigências gradativas até 2030. Dessa forma, só terá direito ao fundo e ao tempo de propaganda a partir de 2019 o partido que tiver recebido ao menos 1,5% dos votos válidos nas eleições de 2018 para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação (9 unidades), com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas. Se não conseguir cumprir esse parâmetro, o partido poderá ter acesso também ao tempo de rádio e TV se

tiver elegido pelo menos 9 deputados federais, distribuídos em um mínimo de 9 unidades da Federação.

Nas eleições seguintes, em 2022, a exigência será maior: terão acesso ao fundo e ao tempo de TV a partir de 2022 aqueles que receberem 2% dos votos válidos obtidos nacionalmente para deputado federal em 1/3 das unidades da Federação, sendo um mínimo de 1% em cada uma delas; ou tiverem elegido pelo menos 11 deputados federais distribuídos em 9 unidades.

Já a partir de 2027, o acesso dependerá de um desempenho ainda melhor: 2,5% dos votos válidos nas eleições de 2026, distribuídos em 9 unidades da Federação, com um mínimo de 1,5% de votos em cada uma delas. Alternativamente, poderá eleger um mínimo de 13 deputados em 1/3 das unidades.

Nas eleições de 2030, a cláusula de desempenho imposta a partir de 2031 sobe para um mínimo de 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com 2% dos votos válidos em cada uma delas. Se não conseguir cumprir esse requisito, a legenda poderá ter acesso também se tiver elegido pelo menos 15 deputados distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação.

ANASTASIA APRESENTA RELATÓRIO FAVORÁVEL A ADOÇÃO DO VOTO DISTRITAL MISTO

O senador Anastasia, relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) de projeto de lei que institui o voto distrital misto nas eleições proporcionais (vereador e deputados estadual, distrital e federal), apresentou voto pela aprovação da matéria. O projeto (PLS 86/2017), de autoria do senador José Serra (PSDB/SP), altera a Lei Eleitoral (Lei 9.504/1997). O sistema distrital misto combina o voto proporcional com o voto distrital.

Assim, cada partido passará a registrar um candidato por distrito eleitoral nos pleitos para as Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Câmara Legislativa (DF) e Câmara dos Deputados. Ao projeto original, Anastasia apresentou cinco emendas, uma delas estabelecendo que o voto distrital misto nas eleições para vereador fique restrito aos municípios com mais de 200 mil eleitores.

Funcionamento

No momento da votação, o eleitor receberá uma cédula dupla. Nela, irá registrar voto no candidato de seu respectivo distrito e o voto no partido de sua preferência. Serão esses votos partidários que irão compor a lista ordenada com o número de cadeiras definido para cada partido. A intenção é que essa distribuição de cadeiras pelos partidos retrate,

com o máximo de fidelidade, sua proporção no eleitorado. Daí o voto continuaria proporcional, mas com a adoção dos votos dos distritos para ocupar as primeiras vagas de cada partido. “O sistema distrital misto é, assim, um sistema que reúne as virtudes do sistema proporcional e do voto distrital unipessoal e dá às agremiações uma representação parlamentar próxima do percentual de eleitores que detêm”, observa Anastasia.

A proposta ainda delega à Justiça Eleitoral o delineamento dos distritos. Seu montante deverá corresponder à metade do número de cadeiras da circunscrição, arredondando-se para baixo no caso de números fracionários. Para tornar essa fórmula mais clara, o relator citou o exemplo de um estado com nove cadeiras de deputado federal. Na modalidade do voto distrital, o quantitativo de cadeiras em disputa seria reduzido para quatro. Os demais cinco seriam preenchidos de acordo com a lista partidária.

Outro parâmetro para a definição dos distritos será a exigência de que sejam geograficamente contíguos. Para Anastasia, a delegação de competência para a Justiça Eleitoral fixar os limites dos distritos reduz a possibilidade de os partidos se envolverem nessa questão “para obter ganhos eleitorais”, fazendo, assim, com que a decisão seja técnica.

Distribuição de cadeiras

Quanto à distribuição de cadeiras nas respectivas casas legislativas, serão preenchidas, primeiramente, as destinadas aos candidatos que tenham vencido pelo voto distrital. Nessa etapa, cada cadeira obtida no voto distrital vai equivaler a uma vaga do partido correspondente na lista ordenada. Esgotadas as vagas reservadas aos eleitos na etapa distrital, as cadeiras remanescentes serão distribuídas aos candidatos das listas partidárias. A cada cadeira remanescente, o candidato mais bem posicionado do partido ao qual foi atribuída a cadeira será contemplado. Esse processo se repetirá até que todas as cadeiras tenham sido distribuídas.

Anastasia observa que o projeto extingue o quociente eleitoral (resultado da divisão do número de votos válidos pelo número de cadeiras da circunscrição). Com isso, irá possibilitar que todos os partidos entrem na disputa por vagas no Legislativo. Outra vantagem é a redução dos custos eleitorais que o sistema proporciona. “Diferentemente do que ocorre hoje, as áreas de disputa são menores e o diálogo do candidato com o eleitor é facilitado. Enfim, o novo sistema efetivamente permitirá que o Parlamento passe a refletir melhor as preferências e as demandas de caráter geral”, aposta o relator.

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REFORMA POLÍTICA

ARTIGOSEMIPRESIDENCIALISMO À BRASILEIRA,

UMA PROPOSTAANTONIO ANASTASIA

Em recente evento acadêmico em Lisboa, fui desafiado a palestrar em painel cujo tema era: “O presidencialismo de coalizão é reformável?”. Todos sabemos das dificuldades do assunto e das singulares peculiaridades do modelo político brasileiro. Todavia, não podemos nos acostumar com o atual quadro de instabilidade e crise sem oferecer ao debate, despido de preconceito de ideias, propostas que eventualmente possam colaborar com a superação do grave momento pelo qual ora passamos no país.

Deste modo, instigado pelo tema do aludido debate, cheguei à conclusão de que o atual formato político-institucional brasileiro, amparado no denominado, e já bem estudado, presidencialismo de coalizão, sofre de um interessante paradoxo: de tanta força tem o nosso chefe de estado e de governo, que daí advém suas fragilidades. E explico.

O modelo presidencial brasileiro enfeixou nas mãos do Presidente da República uma gama imensa de poderes e atribuições, quer em matéria financeira-orçamentária, quanto de organização administrativa, bem como de políticas públicas. O instrumento das medidas provisórias permite-lhe legislar. E não há contraponto dos executivos estaduais, fragilizados por uma federação tímida, que não confere autonomia verdadeira aos estados, e por uma crise financeira que os insere em absoluta dependência do poder central.

O Legislativo, por seu turno, fragmentado em um cipoal de siglas partidárias, não tem a iniciativa de leis relevantes e as profundas divisões internas não permitem uma agenda coordenada e efetiva de reforma política que melhore a legitimidade e a representatividade

dos mandatos legislativos. Assim enfraquecido, sem pauta, agenda ou projetos, a maioria parlamentar governista, no âmbito da decantada coalizão, passa a buscar espaço de poder, por meio de indicações de cargos e de emendas. E caso não seja contemplada, deixa de votar os projetos de interesse do Executivo, levando ao paradoxo de fragilidade dito acima.

E tal comportamento parlamentar ocorre, a meu juízo, porque falta, no modelo brasileiro, um fator que considero muito importante: responsabilidade parlamentar. Na atual conjuntura, o parlamentar não tem qualquer compromisso com o seu partido, com uma linha programática ou mesmo ideológica. Não há consequência prática de sua ação legislativa, salvo uma eventual censura ou elogio de seus eleitores, o que sabemos ser raro, pois a eleição proporcional afasta, e muito, o eleito do eleitor…

Assim, uma possível solução seria mitigar o poder do executivo federal, aumentando o espaço de atuação institucional do Parlamento, que passaria, também, a ter um grau maior de responsabilidade pela aprovação e co-execução das políticas públicas. Para tanto, surge a ideia do semipresidencialismo, pelo qual o chefe do executivo, eleito diretamente pelo povo, indica um gabinete ministerial, a ser aprovado pelo Congresso, com um respectivo plano de ação governamental.

A aprovação ao gabinete, livremente escolhido pelo executivo, no modelo de coalizão atual, e do plano de governo, vincularia o poder legislativo, e traria aos parlamentares um grau maior de responsabilidade, reduzindo os excessos atuais do presidencialismo absoluto brasileiro. Caso o gabinete perdesse o apoio

parlamentar ou as leis atinentes ao plano de ação governamental não fossem aprovadas, restaria ao executivo recompor o gabinete e suas prioridades, ou, a grande novidade, convocar novas eleições legislativas, para se complementar o mandato parlamentar em curso.

Tal modelo levaria o parlamentar a refletir bem sobre suas posições, pois haveria a possibilidade desta antecipação de eleições, ainda que limitada a uma única vez em quatro anos. Esta maior responsabilidade, refletida, também, em maior ação parlamentar no âmbito das políticas públicas, especialmente orçamentária, poderia reduzir os atritos e consolidar uma forma mais adequada de governo, com meios mais eficazes de superação das crises.

Idealmente, deveria ser aprovada, concomitantemente, a figura do recall (Proposta de Emenda Constitucional pelo qual se pode convocar a manifestação do eleitor sobre o desempenho presidencial). Esta proposta, ainda em suas linhas gerais, tem o objetivo de, tão somente, estimular o debate, com maior divisão de responsabilidades entre os atores políticos, para diminuir os efeitos das crises rotineiras.

Confira palestra completa do senador Anastasia sobre o assunto na Universidade de Lisboa:

https://www.youtube.com/watch?v=IdBergDZwlM

Finlândia Lituânia

Polônia Romênia

Rússia

Ucrânia

Conheça outros Países ao redor do mundo que adotam o sistema de Semiparlamentarismo:

A República Francesa tem um Executivo forte, comandado pelo presidente da Re-pública, que é chefe de Estado e é eleito diretamente por sufrágio universal para um mandato de cinco anos. O Governo é liderado pelo primeiro-ministro nomeado pelo presidente.

No semipresidencialismo português, o Presidente da República é eleito por su-frágio direto e universal e é o chefe de Estado. O Governo é chefiado pelo pri-meiro-ministro, que é, por regra, o líder do partido mais votado em cada eleição legislativa. Ele é convidado, nessa forma, pelo presidente da República para formar governo. É o Presidente da República quem nomeia e exonera os restantes minis-tros, sob proposta do primeiro-ministro.

França

Portugal

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REFORMA POLÍTICA

COM APOIO E ATUAÇÃO DE ANASTASIA, SENADO APROVA FIM DO FORO PRIVILEGIADO

Com o apoio e a atuação do senador Anastasia, o Senado Federal aprovou, em 2017, Proposta de Emenda à Constituição (PEC 10/2013) que extingue o foro especial por prerrogativa de função para autoridades federais, mais conhecido como foro privilegiado. A proposta acaba com o foro privilegiado em caso de crimes comuns para deputados, senadores, ministros de estado, governadores, ministros de tribunais superiores, desembargadores, embaixadores, comandantes militares, integrantes de tribunais regionais federais, juízes federais, membros do Ministério Público, procurador-geral da República e membros dos conselhos de Justiça e do Ministério Público. As únicas exceções são os chefes dos três poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) e o vice-presidente da República. O texto foi aprovado no Senado em dois turnos, conforme prevê a Constituição em caso de PECs.

“A origem desse dispositivo tinha a prerrogativa de defesa da função e não do interesse pessoal. O que se observa, todavia, é que ao passar dos anos esse instituto foi sendo deformado, estendido de maneira equivocada, não foi sendo aplicado de maneira correta e caiu também em contrariedade com o sentimento democrático nacional. Desse modo, eu quero manifestar o meu apoio e o meu voto favorável a essa matéria, que está consoante com os sentimentos, os princípios e os valores vigentes atualmente na nossa sociedade”, afirmou Anastasia durante votação da matéria.

O relator da proposta na CCJ, onde primeiro a matéria foi analisada, senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), e os demais membros da comissão também acolheram sugestão do senador Anastasia que assegura a centralização dos processos em um mesmo juízo – a que recebeu a primeira ação – como já prevê a atual

Lei de Ação Civil Pública (LACP) para que não pairem dúvidas jurídicas sobre os responsáveis pelos processos. “Assim, resumidamente, um juiz que já julga os envolvidos em um determinado caso ficará responsável por julgar também outros do mesmo caso. Isso vai evitar a pulverização de ações por todo Brasil e poderá ajudar a pôr fim à impunidade”, destacou o senador Anastasia.

A proposta

Pela proposta aprovada, as autoridades manterão o foro por prerrogativa de função nos crimes de responsabilidade, aqueles cometidos em decorrência do exercício do cargo público, como os contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do país; a probidade na administração;

a lei orçamentária; e o cumprimento das leis e das decisões judiciais, entre outros.

O texto aprovado manteve o parágrafo 2º do artigo 53 da Constituição Federal, que prevê que parlamentares não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Em casos como esses a Constituição não muda. Os autos devem ser remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa Legislativa respectiva, para que, pelo voto da maioria dos integrantes, resolva sobre a prisão. A PEC também inclui expressamente no art. 5º da Constituição a proibição de que seja instituído qualquer outro foro por prerrogativa de função no futuro.

Segundo estudo da Consultoria Legislativa do Senado, atualmente mais de 54 mil pessoas são beneficiadas por alguma forma de foro privilegiado.

Foto: Pedro França/Agência Senado

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SEGURANÇA

Foto: Carlos Alberto/Imprensa MGDesenvolvida no governo Antonio Anastasia, Parceria Público Privada no setor penitenciário em Minas Gerais, modelo para todo o Brasil, já previa estudos e trabalho como requisitos básicos para recuperação do apenado.

SENADO APROVA ALTERAÇÕES NA LEI DE EXECUÇÃO PENAL PARA COMBATER CRIME

ORGANIZADOO Plenário do Senado Federal aprovou, por unanimidade, substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 513/2013, que modifica a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984). O senador Anastasia foi relator da proposta. Segundo ele, o projeto reduz a superlotação dos presídios, possibilita verdadeiramente a ressocialização de presos, combate o poder do crime organizado nas penitenciárias e previne as rebeliões que provocaram centenas de mortes nos últimos anos. A matéria agora será examinada pela Câmara dos Deputados.

O texto inicial foi apresentado por uma comissão de juristas formada pelo Senado e presidida pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sidnei Beneti, e cuja relatora foi a procuradora de Justiça Maria Tereza Uille Gomes, conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao analisar a matéria, Anastasia destacou que o sistema carcerário nacional encontra-se em situação crítica. Ele ressaltou que o Brasil tem uma quantidade muito alta de presos encarcerados (provisórios e em regime fechado) em relação a presos em regimes

de liberdade relativa (semiaberto ou aberto). Também apontou a falta de vagas em todos os regimes, sobretudo nos regimes semiaberto e aberto.

O senador observou ainda que a grande quantidade de presos provisórios provoca um efeito cascata, que pressiona todo o sistema de execução penal, e apontou a baixa proporção de presos que trabalham ou estudam em relação ao total da população carcerária.

“É um projeto que foi elaborado por essa comissão de juristas, com a participação forte do Ministério Público, e que prevê dispositivos que determinam o fim desse sistema que é quase medieval ainda no Brasil. Ele estimula e determina aos Poderes Estaduais e mesmo ao Governo Federal a realização de mutirões para a identificação de penas já cumpridas, determina um tratamento diferenciado dos presos provisórios em relação aos presos comuns, prevê os critérios de progressão de pena, a possibilidade de o juiz determinar penas alternativas, ou seja, todo o conjunto de esforço para dar a punição grave àqueles criminosos perigosos, mas, por outro lado, também permitindo que a prisão cumpra com o seu papel de ressocialização”, afirma Anastasia.

Valorização do trabalho

Entre as alterações previstas no projeto estão a valorização do trabalho dos detentos; a previsão expressa de incentivo fiscal para empresas que contratarem presos e egressos e de parcerias público-privadas para a educação e profissionalização dos presos; possibilidade

Fim do limite de um ano nas transferências para presídios de segurança máxima;

Oferta de telefone público com uso monitorado (para coibir o tráfico de

celulares);

Assistência ao preso com produtos de higiene (para evitar comércio clandestino);

O QUE MUDA

Informatização do acompanhamento da execução penal;

Progressão antecipada de regime em caso de superlotação do presídio;

Atualização semestral (e não mais anual) do atestado de pena;

Possibilidade de cumprir pena em estabelecimentos da sociedade civil (Apacs);

Definição de capacidade máxima de 8 pessoas por cela;

Prioridade do trabalho interno à produção de alimentos (para melhorar a comida);

Ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do

condenado;

Espaços laborais obrigatórios nos presídios;

Remuneração com base no salário mínimo cheio (e não mais 75%);

Incentivo fiscal a empresas que contratarem presos;

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SEGURANÇA

de uso de telefone público (monitorado), o que pode contribuir para diminuir o poder das organizações criminosas em relação ao uso clandestino de celulares; e progressão antecipada de regime em caso de superlotação de presídio como direito do preso.

A proposta também avança ao integrar oficialmente as APACs, Associação de Proteção e Assistência ao Condenado, como estabelecimentos penais. Trata-se de uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, dedicada à recuperação e reintegração social dos condenados às penas privativas de liberdade. Ela figura como forma alternativa ao modelo prisional tradicional, promovendo a humanização da pena de prisão e a valorização

do ser humano, vinculada à evangelização, para oferecer ao condenado condições de se recuperar.

“Esse é um modelo muito positivo que temos em Minas Gerais e que contou com extenso apoio durante minha gestão como governador do Estado. O método APAC é um modelo reconhecido de sucesso na recuperação de detentos, conclusão sustentada pelo seu índice de 8% a 10% de reincidência ou 92% de recuperação. De acordo com o Relatório de Pesquisa sobre Reincidência Criminal no Brasil, publicado pelo IPEA em 2015, a média brasileira de reincidência é de 24,4%. A APAC obteve tal resultado com o menor custo por preso entre todos os modelos de gestão, cerca de R$ 1.089,73 mensais”, afirma.

AUMENTO DE PENA BUSCA COMBATER CRIMES COMETIDOS COM O USO DE EXPLOSIVOS

Crimes patrimoniais vêm sendo cometidos com a utilização de armamento pesado e de grande potencial destrutivo em todo o Brasil, como ocorre no crime de roubo, praticado mediante emprego de explosivos. O principal alvo desse tipo de ação são os caixas eletrônicos. Com o objetivo de combater esse tipo de crime o senador Anastasia apresentou à CCJ seu relatório favorável ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 149/2015, que aumenta em dois terços a pena para criminosos que usarem armas de fogo ou explosivos em assaltos. Com isso, as penas podem ser elevadas para até 30 anos quando o crime causar lesão corporal grave ou morte.

A proposta é de autoria do senador Otto Alencar (PSD/BA), e altera o Código Penal para prever aumento de pena para o crime de roubo praticado com o emprego de arma de fogo ou de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum. Ele destaca que “os assaltos a agências bancárias com o emprego de explosivos têm crescido significativamente no Brasil. No Paraná, foram registradas 198 ocorrências em 2014. Em Alagoas, de um total de 40 assaltos (de janeiro a outubro), 30 aconteceram com o uso de explosivos. São Paulo é um dos estados mais afetados por esse tipo de roubo a caixas eletrônicos. Somente em janeiro de 2015 foram 28 ocorrências”.

Anastasia, por sua vez, ressalta que o número de agências bancárias cresce a cada dia e que o horário de funcionamento dessas instituições se alarga na mesma proporção, fazendo com que aumentem as oportunidades de roubos. Com o crescimento da rede bancária, observa, também se multiplicam os postos de serviços bancários, os caixas eletrônicos e os carros fortes de transportes de valores, todos alvos da nova modalidade de roubo. “Assim, esse PLS vem dar resposta aos incidentes envolvendo roubos, quando há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum”, destaca o senador mineiro.

Atividades de Inteligência

O senador Anastasia foi escolhido pelos senadores para integrar a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) durante o biênio 2017/2018 como representante da Comissão de Relações Exteriores do Senado. A CCAI é uma comissão permanente do Congresso Nacional, composta por doze membros titulares, sendo seis senadores e seis deputados. A função do colegiado é controlar e fiscalizar as atividades de inteligência e contrainteligência exercidas pelo sistema brasileiro de inteligência e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O objetivo é assegurar que essas atividades sejam realizadas em conformidade com a constituição e com as normas do ordenamento jurídico nacional, em defesa dos direitos e garantias individuais, do Estado e da sociedade.

Foto: Filipe Calmon / ANESPExplosões de caixas eletrônicos têm assustado moradores, especialmente do interior, em todas as regiões do Brasil; projeto busca coibir este tipo de crime.

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SEGURANÇA

CÓDIGO PENAL TAMBÉM AVANÇA COM RELATORIA DE ANASTASIA

Em 2017 o senador Anastasia também fez avançar as discussões do Novo Código Penal, projeto agora sob sua relatoria. O parlamentar dividiu seu trabalho em duas partes. As discussões em torno da Parte Geral do Código, finalizada este ano, e da Parte Específica – dos crimes e das penas – que deverão se encerrar no primeiro semestre de 2018. Para subsidiar seu trabalho, o senador mineiro se reuniu com diversos especialistas, de todos os níveis. Além disso, Anastasia também promoveu audiências públicas no Senado. A primeira delas reuniu professores especialistas da matéria penal do Brasil e do exterior, representantes do Ministério Público, da Defensoria e da Advocacia.

“O propósito é fornecer subsídios ao Senado da República em um tema controverso, complexo e cujo projeto já se arrasta há alguns anos nesta Casa. A nossa pretensão é exatamente auscultar diversos segmentos. Tenho buscado fazer o trabalho com todo esmero e dedicação, mas também sem pressa, para que o trabalho seja participativo, ouvindo agora também segmentos da Magistratura, do Ministério Público de 1ª instância, Promotores de Justiça que estão nas comarcas do interior, advogados também que cuidam do Direito Penal no seu dia a dia, demais professores, porque, quanto mais ouvirmos, tenho certeza de que vamos ter mais elementos para nossa convergência”, afirma Anastasia.

Dentre os debatedores, houve consenso de que o projeto original e os substitutivos apresentados em comissões anteriores pela qual a matéria já tramitou precisam de ajustes e modificações para que se adaptem à tradição penal, à jurisprudência e à expectativa da sociedade brasileira, que quer ver o fim da impunidade e a melhoria da segurança no País. Alguns dos participantes chegaram a apresentar uma proposta alternativa que também foi debatida durante audiência pública. Segundo eles, a proposta precisa ser discutida com toda a sociedade e, nesse sentido, a relatoria do senador Anastasia já traz avanços importantes.

“Depois de um ano sem relatoria, esse PLS encontra guarida segura no Senador Antonio Anastasia, e surge, com esse fato novo, um alento, qual seja o de discutir o essencial, o coração da legislação penal, que é precisamente a Parte Geral. Todo esse sistema é suportado por um coração, por uma viga mestra, por uma fundação, que é precisamente a parte geral do Código Penal. Uma sistematização da

legislação penal brasileira pressupõe segurança e consistência na Parte Geral”, defendeu o Professor da Universidade de Augsburg, na Alemanha, Alaor Leite.

O também professor da Universidade de Augsburg, Luís Greco, um dos maiores especialistas em matéria penal, concentrou sua exposição na Teoria do Delito da Parte Geral do Código Penal. Ele explicou que, por trás da teoria presente no Código, está a vida de cada brasileiro e que, por isso, a discussão técnica da matéria, de fato, precisa ser minuciosa. Ele enumerou uma série de modificações que, no seu entender, precisam ser corrigidos em relação à proposta original apresentada.

“O PLS, remando contra a maré da tradição jurídica brasileira e contra o que é majoritariamente entendido como correto fora do País, entende que atua dolosamente quem supõe a existência dos pressupostos objetivos de causa de justificação. A nossa tradição é de que, nesses casos, haveria, no máximo, culpa. Observemos o que isso significa para a vida dos brasileiros. Nosso problema agora não será mais o chamado dever de suportar a perda do direito de legítima defesa, e sim uma injustiça que creio que salta aos olhos se pensarmos sobre as situações da vida que a lei regula e não apenas sobre os conceitos que ela contém. Essa injustiça implicará também uma desvalorização da legítima defesa dos cidadãos”, ponderou Greco.

Penas alternativas

Por sua vez, o Defensor Público da União (DPU), Gustavo de Oliveira Quandt, disse ser importante que o relatório enxugue partes da proposta original que, no seu entender, não deveriam constar do Código Penal. “O setor das penas do PLS 236 traz para o texto do código vários assuntos de cunho penitenciário que hoje são tratados na Lei de Execução Penal. Todos sabemos que um dos objetivos da edição de um novo código é essa consolidação, essa compilação, mas esse objetivo não legitima tirar as coisas dos seus devidos lugares”, afirmou.

Quandt também externou suas ponderações acerca de temas como penas alternativas, a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, prescrição retroativa e reincidência. “A reincidência que é verdadeiramente preocupante na visão da nossa proposta é aquela específica, relativa

a um mesmo crime. É essa reincidência que demonstra uma predisposição para o crime, um compromisso com o crime, a eleição do crime como modo de vida. Uma pessoa ser condenada por tráfico, ser solta e praticar um novo tráfico. Isso, sim, merece um tratamento mais severo e é o que a nossa proposta sugere”, afirmou.

Segundo Anastasia, todas as sugestões colhidas durante as audiências públicas, que também contou com a participação de outros juristas e especialistas em Direito Penal, estão sendo levadas em consideração em seu relatório, que deverá se consolidar com um novo substitutivo. Após a análise pela CCJ, o projeto ainda será votado pelo Plenário do Senado, antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

LEMBRE-SE:

Senado analisa banco de dados unificado

No sentido de facilitar o trabalho dos órgãos de investigação, o Senado Federal também analisa projeto de lei (PLS 764/2015) do senador Anastasia que prevê o compartilhamento de informações. O objetivo é centralizar informações, otimizar o andamento dos processos de investigação e, assim, evitar que o mesmo trabalho seja realizado por instituições diferentes. Dessa forma, os procedimentos poderão ganhar maior eficiência.

Pela proposta, as polícias judiciárias (federal e civil de cada Estado), os Ministérios Públicos da União e dos Estados, as comissões parlamentares de inquérito, os tribunais de conta, as controladorias, corregedorias e conselhos de ética, o Banco Central, o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), assim como as demais instituições ou entidades de fiscalização tributária deverão manter um banco de dados unificado.

Nesse banco constarão informações sobre a existência de procedimento investigatório contra pessoas físicas ou jurídicas, acerca da prática de crimes contra a administração pública ou atos de improbidade administrativa, assim como a lista de pessoas investigadas e as medidas cautelares relacionadas ao caso em curso. O banco, que será gerido pelo Ministério da Justiça, vai contar, também, com o conteúdo de documentos, interceptações telefônicas ou ambientais, quebras de sigilo ou outras medidas de investigação relativas às apurações. A proposta agora está em análise na CCJ do Senado. O relator é o senador Ronaldo Caiado (DEM/GO).

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EDUCAÇÃO

PRIORIDADE PARA ENSINO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO BÁSICANa Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), o senador Anastasia foi o relator das emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2018. Cada Comissão Permanente do Senado Federal pode apresentar até duas emendas ao Anexo de Metas e Prioridades do projeto. “É uma escolha de Sofia. Claro que há diversas propostas pertinentes

e muito relevantes sobre os temas. Mas como podemos elencar dois apenas

no âmbito da Comissão, optei por prestigiar a Educação, a despeito de saber e conhecer também a importância da Cultura e do Esporte, naturalmente. Sugeri, portanto, o acolhimento de ações voltadas para o ensino profissional e a educação básica principalmente, o “20RG – Expansão e Reestruturação de Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica” e o “20RP – Infraestrutura para a Educação Básica”. Os senadores da Comissão discutiram a proposta e o parecer de Anastasia foi aprovado por unanimidade.

ESCOLAS DEVEM EXIBIR RESULTADOS DE AVALIAÇÕES EDUCACIONAIS

A Comissão de Educação também aprovou em decisão final o projeto de lei (PLS 275/2013), relatado pelo senador Anastasia que obriga instituições de ensino públicas e privadas a exibir, em local visível e de fácil acesso, os resultados obtidos em avaliações educacionais oficiais. A matéria agora será analisada pela Câmara dos Deputados.

“Os indicadores de avaliação constituem um dos principais orientadores das políticas públicas de educação, o que também explica o empenho dos governos em aprimorar os respectivos instrumentos. Contudo, outra importante contribuição dos processos avaliativos tende a ser relegada pelo poder público. Refiro-me às iniciativas de informar a sociedade sobre o que de fato acontece nas escolas, em termos de aprendizagem e de formação cívica. Dessa forma, no mérito educacional, a proposição merece ser acolhida”, defende Anastasia.

A divulgação deverá mostrar as notas obtidas, por exemplo, no Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes), no Exame Nacional de Desempenho do Ensino Superior (Enade) e no sistema de avaliação da pós-graduação da Capes – no caso do ensino superior – na Prova Brasil e no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – no caso da educação básica.

INSTITUTOS FEDERAISEm seu escritório em Belo Horizonte, Anastasia recebeu reitores e dirigentes de institutos federais em Minas Gerais. “Conversamos sobre educação e sobre a necessidade de cada vez mais estabelecermos ações para fortalecer essas instituições. Os institutos federais têm realizado um trabalho fundamental porque focam nas potencialidades e necessidades de cada região. Podem contar com meu apoio e minha atuação parlamentar para que possam continuar cumprindo com sua missão”, afirma.

ANASTASIA LEVA DEMANDAS DA UFMG AO MECO senador Anastasia também se reuniu com o ministro da Educação, Mendonça Filho, para apresentar as demandas e necessidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), acompanhado do seu reitor, professor Jaime Arturo Ramírez. “Tenho muito orgulho de ter sido aluno e também ser professor licenciado dessa que é uma das maiores universidades do Brasil. O ministro ficou de analisar com esmero os assuntos que apresentamos. Continuo atento e vigilante em relação às demandas de Minas e, na medida de minhas possibilidades como parlamentar, tento colaborar naquilo que é possível”, destaca.

Em 2017, avaliada por comissão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Ministério da Educação (MEC), com vistas ao recredenciamento institucional, a UFMG recebeu a nota máxima (5). Pela quarta vez consecutiva, o ensino da UFMG foi classificado como o melhor do país entre as 195 universidades, públicas e privadas, avaliadas no Ranking Universitário Folha (RUF). Na classificação geral, a Instituição também se manteve entre as cinco melhores do Brasil.

SENADOR COBRA VALORIZAÇÃO PARA ESCOLA DE GOVERNO

Da tribuna do Senado, Anastasia cobrou do Governo de Minas atenção para a Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, da Fundação João Pinheiro. Nos últimos anos, a Escola vem sofrendo com a falta de investimentos e com a desvalorização de seus egressos. Segundo dados do Enade, divulgados em 2017, o melhor curso de Administração do País é o de Administração Pública da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro.

“Algo que me preocupa e até me entristece é que a nossa Escola de Governo está sofrendo muito, não está recebendo a prioridade e a atenção devida do atual Governo do Estado, não só em relação ao aproveitamento de seus alunos, como também no reconhecimento do mérito de seus egressos. No meu Governo seus egressos ocuparam as funções mais relevantes e deram uma contribuição valiosíssima para o desenvolvimento e o progresso de nosso Estado. Faço esse apelo para que a sociedade mineira, em especial o Governo do Estado, olhe com bons olhos para a nossa Escola de Governo e permita que ela retorne aos seus bons tempos, dando garantia e segurança aos seus alunos, aos seus egressos, que ocuparão os cargos que auferiram e obtiveram em concurso público altamente disputado”, afirmou Anastasia da tribuna do Senado.

Foto: Mariana Leal/MEC

Foto: Divulgação/SEE

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POR MINAS

ANASTASIA LEVA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PARA CÂMARAS DO INTERIOR DE MINAS

Vereadores e servidores legislativos de cidades do interior de Minas Gerais puderam contar com qualificação em matérias jurídicas e de transparência em 2017. Por intermédio do senador Anastasia, municípios do Sudoeste, Sul e Zona da Mata participaram de oficinas ministradas pelo Programa Interlegis – vinculado ao Instituto Legislativo Brasileiro, do Senado Federal –, que levou técnicos do Senado a ministrarem cursos em Ponte Nova e em Capitólio neste ano.

Em Ponte Nova, na Zona da Mata, ocorreram as oficinas do Interlegis com o tema “Instalação e Uso do Portal Modelo” a cargo do técnico de informática legislativa do Senado, José Bonifácio de Góis Júnior, e “Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL)”, ministrada pelo técnico de informática legislativa do Senado Federal, Adalberto Alves de Oliveira. Tanto o Portal Modelo quanto o SAPL são de fácil utilização e deixam as Casas Legislativas em conformidade com as Leis de Acesso à Informação e da Transparência. Sem custos para as casas parceiras, o Programa disponibiliza produtos e serviços, como cursos a distância, treinamentos presenciais e ferramentas tecnológicas.

Além de servidores da Câmara de Ponte Nova, participam das atividades representantes das Câmaras de Oratórios, Coluna, Vargem Bonita, Olaria, Lavras, Piedade de Ponte Nova, Santa Cruz do Escalvado, São José da Varginha, Divinópolis, Rio Pomba, Abre Campo e Águas Formosas.

Capitólio

Mais de cinquenta pessoas, entre elas prefeitos, presidentes de Câmaras, vereadores e servidores, participaram da Oficina Interlegis para revisão e atualização de Marcos Jurídicos, em Capitólio, cidade da região do Médio Rio Grande.

O senador Antonio Anastasia, que intermediou a realização do evento, enviou mensagem no qual ressalta a expertise do Interlegis em ações de modernização legislativa. A Oficina foi ministrada pelo técnico legislativo Luís Fernando Pires Machado, especialista em Processo Legislativo e que tem se dedicado ao trabalho de consultoria às Câmaras Municipais para a revisão e atualização de seus Regimentos Internos e das Leis Orgânicas Municipais em todo o país.

As oficinas Interlegis de revisão de marcos jurídicos servem para auxiliar as câmaras participantes a atualizarem importantes documentos que regem as ações e iniciativas do legislativo local: a Lei Orgânica Municipal e o Regimento Interno da Câmara. Durante os dias de treinamento, os presentes, servidores de câmaras e vereadores, em especial, aprendem sobre a organização dos Poderes; Administração Pública; políticas públicas municipais; organização da Câmara; competências e funções do vereador, entre outros assuntos.

EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO

O senador Anastasia voltou a cobrar do Governo Federal atenção especial para a bacia do Rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e abastece importantes cidades do Norte do Estado e do Nordeste do País. Para o senador, a União erra ao não priorizar a recuperação e revitalização do rio nos últimos anos.

“Antes de falarmos em transposição, à qual somos favoráveis, deveríamos falar na revitalização. É fundamental que o Rio São Francisco – que é um rio nacional, já que perpassa vários Estados da Federação – tenha, de fato, um programa e um projeto específicos, porque só se pode transpor aquilo que existe. Sem que haja revitalização, sem que se garanta as matas ciliares, a dragagem, a construção de barragens – como a de Jequitaí, por exemplo –, que são necessárias para garantir o fluxo e a regularidade, chegaremos ao ponto em que estamos hoje, de termos regiões em nosso Estado, onde o rio nasce, em que o São Francisco pode ser cruzado a pé, pois não tem mais nenhuma profundidade. Isso é gravíssimo”, destacou Anastasia do Plenário do Senado Federal.

MEDICINA EM JOÃO MONLEVADEAnastasia solicitou ao Ministério da Educação a instalação do curso de Medicina em João Monlevade, antiga demanda da região. Ele se reuniu com a secretária-executiva da Pasta, Maria Helena de Castro, junto com o deputado federal Rodrigo de Castro, o deputado estadual Tito Torres e a prefeita do Município, Simone Carvalho, para tratar do assunto. “Essa é uma demanda importante para o município que poderá beneficiar os moradores de toda a região. Tenho certeza que o Ministério realizará os esforços necessários nesse sentido”, afirma.

PRODUÇÃO DE MUDAS NA ZONA DA MATA

No Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Anastasia solicitou atenção do ministro Blairo Maggi para os entraves à produção de mudas nos municípios Mineiros. Estavam com o senador na reunião, lideranças de Dona Euzébia, Astolfo Dutra e outras cidades da região da Zona da Mata, que se destacam em todo o Brasil na produção de mudas cítricas, frutíferas, ornamentais e florestais. O objetivo era obter a revisão de uma norma ministerial que inviabiliza a produção dessas mudas por pequenos produtores da região. “Nossas preocupações foram colocadas e eu estou bastante esperançoso de que vamos resolver mais esse desafio. O que for para gerar riquezas, empregos e renda em Minas Gerais e no Brasil contará com meu apoio e meu empenho”, destaca Anastasia.

Foto: Divulgação/InterlegisServidores de dezenas de Câmaras Municipais das regi-ões Oeste, Sudoeste e Sul de Minas Gerais se reuniram em Capitólio para participarem das oficinas ministradas pelo Interlegis a pedido do senador Anastasia.

Foto: Evandro Rodney Foto: Rafael Carvalho / MEC Foto: Antonio Araujo/Mapa

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POR MINAS

SENADOR SAI EM DEFESA DA CEMIG

Durante todo ano de 2017, Anastasia insistiu com o Governo Federal para manutenção da concessão pela Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande. O impasse em torno das quatro usinas, que representavam cerca de 50% da capacidade de geração de energia da companhia, foi originado pela Medida Provisória 579/2012, editada pela ex-presidente Dilma Rousseff, que impediu o governo federal de renovar o contrato de concessão das hidrelétricas.

A MP renovava antecipadamente as concessões de empresas geradoras e transmissoras de energia, que venceriam em 2015, desde que elas aceitassem ter os preços definidos pelo governo federal. A intervenção foi desastrosa para o setor de energia. No dia seguinte ao anúncio, as ações das empresas negociadas na bolsa caíram mais de 30%. Desde então, ainda como governador, Anastasia saiu em defesa dos interesses da companhia e de Minas Gerais.

“O que está acontecendo é uma quebra de contrato pelo Governo Federal, iniciada por uma ação desastrada do governo anterior, que iniciou-se com a malfadada MP 579. A segurança jurídica e o respeito aos contratos são muito importantes em todas as empresas até para que elas possam se planejar adequadamente. Quando o governo desrespeita o que foi acordado, reduz a eficiência do Estado e a confiança do investidor privado. Foi o que ocorreu nesse caso”, explica Anastasia.

Como senador, já no atual governo, o senador se reuniu com ministros, participou de atos em defesa da Companhia no Congresso Nacional, insistiu no tema em discursos e entrevistas e chegou a enviar carta à Presidência da República, junto com os demais integrantes da bancada mineira na Casa, para tentar evitar o leilão das usinas. A tentativa era de uma

solução negociada para o impasse de forma a proteger os interesses da estatal, do Estado e dos consumidores.

Anastasia entende que o direito à renovação dos contratos faz parte do equilíbrio econômico e financeiro da companhia, sendo que esses contratos não deveriam ser rompidos unilateralmente pela União. Além do prejuízo operacional da Cemig, a venda das usinas pode agravar a crise do setor energético e também do Estado de Minas, acionista controlador da companhia.

“A gravidade e urgência do quadro que se coloca hão de reverberar com especial violência na situação da CEMIG, do Estado de Minas Gerais e, sobretudo, dos consumidores brasileiros. Se, em primeiro plano, a capacidade de geração da Companhia será seriamente reduzida, os efeitos dessa diminuição irão também se abater sobre o Estado de Minas Gerais, seu acionista controlador. A indigitada insistência em levar a cabo os leilões já programados podem desestabilizar a sanidade operacional da CEMIG, contribuindo para uma crise mais agravada do setor energético e deprimindo as já constrangidas receitas do Estado”, diz trecho da carta enviada ao presidente Michel Temer.

Os contratos da Cemig com a União preveem uma cláusula de renovação automática das concessões, a partir do cumprimento pela empresa de determinados índices de desempenho. Resultados que foram atingidos integralmente pela Cemig. Apesar dos apelos reiterados, o Governo Federal ignorou a questão, não respeitou as regras e colocou as usinas em leilão.

Anastasia afirma que agora espera uma solução da Justiça, já que o caso ainda precisará ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, a luta pelos interesses da Companhia e dos mineiros continua. “Por tudo que representa e pela relevância econômica e social dessa companhia para Minas Gerais e para o Brasil é que vou continuar defendendo-a com todas as forças. Porque, fundada por Juscelino Kubitschek ainda na década de 1950, ela possui um corpo técnico de funcionários de carreira extremamente preparado e é motivo de orgulho para os mineiros. Podemos melhorar sempre, continuar evoluindo, e temos capacidade para isso, especialmente quando o planejamento é possível e os contratos são respeitados”, destaca o senador.

Foto: Gerdan WesleySenador Antonio Anastasia em pronunciamento na Tribuna do Senado Federal.

Foto: Gilmar FélixDurante tentativas de negociação com o Governo Federal, a bancada de parlamentares mineiros se reuniu por diversas vezes para buscar solução favorável à CEMIG.

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POR MINAS

EMENDAS DE ANASTASIA GARANTEM MAIS DESENVOLVIMENTO PARA MUNICÍPIOS MINEIROSAlém do trabalho legislativo, como parlamentar, Anastasia também tem buscado atender municípios e entidades mineiras com emendas ao Orçamento. Até agora, por causa da atuação de Anastasia, mais de 150 cidades de Minas Gerais foram atendidas nas mais diversas ações.

São recursos para a área de saúde, hoje a maior demanda da população em todo o Brasil, atendendo as Prefeituras, hospitais públicos e filantrópicos na implantação e reforma de postos de saúde, Unidades Básicas de Saúde (UBS), aquisição de equipamentos, para manutenção e realização de despesas correntes, aquisição de material de consumo médico-hospitalar necessário para odesenvolvimento das atividades e procedimentosda atenção básica e na média e altacomplexidade.

Com a atuação do senador, Municípiostambém receberam apoio à PolíticaNacional de Desenvolvimento Urbano com ações deinfraestrutura. São obras de pavimentação, recapeamento,calçamento de vias urbanas, construção de pontos e reformas de praças. Na área da cultura, com a instalação e modernização de equipamentos culturais, bibliotecas, centros culturais e teatros. Também foram garantidos recursos para área de educação, para infraestrutura da educação básica e apoio ao transporte escolar; e para segurança, com aquisição de viaturas e equipamentos para atendimento à polícia civil e militar.

EM 3 ANOS, FORAM MAIS DE R$ 45 MILHÕES

CERCA DE 25 MILHÕES PARA SAÚDE

MAIS DE 9 MILHÕES PARA OBRAS DE INFRAESTRUTURA

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POR MINAS

AbaetéAguas Vermelhas

AlbertinaAlpinópolis

Alto Rio DoceAndradas

Antonio Prado de MinasAraguari

ArapuáArinos

Astolfo DutraBambuí

Bandeira do SulBarbacena

BarrosoBelo Horizonte

Bom SucessoBueno Brandão

CaetéCamacho

CampestreCampos Gerais

Cana VerdeCantagaloCapelinha

Careaçu Carmo da Mata

Carmo do ParanaibaCarmopolis de Minas

CaxambuCoqueiral

CordisburgoCoromandel

Coronel MurtaCórrego Danta

CrucilândiaCurvelo

DiamantinaDionisio

DivinésiaDivinopolis

Dom JoaquimDona Euzébia

Elói MendesEntre Rios de Minas

Espirito Santo do DouradoFelicio dos Santos

FerrosFlorestal

FormigaGonçalves

Governador ValadaresGuaxupéGuidoval

IgarapéIguatamaInimutaba

IpiaçuItabiritoItaguara

ItajubáItambacuriItanhandu

ItapecericaItapegipe

ItaunaJacuí

JanaúbaJequitibá

JoaímaJoao Monlevade

JuatubaJuiz de Fora

JuruaiaLadainha

LuzManga

Mário CamposMirabela

MiraiMonte Belo

Monte CarmeloMontes Claros

Monte Santo de MinasMunhozMuriaé

MuzambinhoNepomuceno

Nova BelémNova Era

Nova MódicaOuro Fino

PaivaPapagaios

ParacatuPassos

PatisPaula Cândido

PerdiçãoPescadorPimenta

“Na medida das minhas possibilidades e das limitações próprias da administração pública,

tenho buscado colaborar com os Municípios mineiros, sabendo das grandes dificuldades que

enfrentamos hoje em todo o País. O montante certamente é muito aquém do necessário, mas sei também que é de grande valia para os Municípios e as entidades contempladas”, afirma Anastasia.

PiracemaPiranguinho

PiraporaPitangui

Poços de CaldasPompéu

Ponte NovaPote

Pouso AlegreRaul Soares

Resende CostaRiacho dos Machados

Ribeirao VermelhoRio ParanaíbaRio Piracicaba

Rio PombaRodeiroSabará

SacramentoSanta Rita de Caldas

Santa Rita do SapucaíSantana do Jacaré

Santo Antônio do AmparoSanto Antônio do Grama

Santos DumontSão Gonçalo do Sapucai

São João da PonteSão João das Missoes

São João do PacuiSão João EvangelistaSão Joaquim de Bicas

São José do AlegreSão Pedro da União

São TiagoSapucaí Mirim

Sem-PeixeSenador Amaral

SericitaSeritinga

SerroTaiobeirasTiradentes

TirosTrês Corações

Três MariasTurmalina

TurvolândiaUberaba

UnaíVargem Bonita

VarginhaVarzea da Palma

Veríssimo Vespasiano

Virginia

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POR MINAS

ANASTASIA DEFENDE FORTALECIMENTO DO AEROPORTO INTERNACIONAL TANCREDO NEVES

O senador Anastasia assumiu a Tribuna do Senado Federal para defender que os acordos e contratos em relação aos aeroportos brasileiros sejam respeitados. Ele lembrou das melhorias alcançadas com a concessão do Aeroporto Internacional Presidente Tancredo Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Todo o empenho e esforço foi realizado e o aeroporto se consolidou. Houve uma tentativa muito grande para termos ali um aeroporto pleno, com o master plan implementado e, fundamentalmente, que ele se consolidasse como uma âncora, uma base, uma pedra angular do desenvolvimento econômico do Estado de Minas Gerais. É muito relevante termos, pois, o cumprimento dos contratos, sabermos o valor dos investimentos, cultuarmos o planejamento, percebermos o que são as etapas e os passos necessários para que uma metrópole tenha, ao seu dispor, um aeroporto internacional metropolitano, com conectividade com a malha aérea nacional e internacional, de modo a agregar valor aos produtos feitos naquele Estado”, afirmou Anastasia.

O senador ainda lembrou dos esforços feitos durante seu Governo em Minas Gerais para que o aeroporto fosse a porta de entrada do mundo para o Estado. De 2003 a 2014, o Governo de Minas Gerais realizou um amplo planejamento para desenvolver na região

a primeira aerotrópole da América do Sul com ações previstas e planejadas até para 2039. Em 2014, Anastasia entregou ainda obras do novo acesso ao aeroporto.

“Minas Gerais, sempre entre montanhas, ficamos um pouco acanhados, quietos, trabalhando em silêncio, o que é muito negativo para o Estado. E houve um imenso esforço dos Governos do meu partido em Minas Gerais na tentativa de internacionalização do Estado. A segunda economia do Brasil necessitava, e necessita cada vez mais, de vínculos com o Exterior. Para isso é necessário e imperioso que tivéssemos uma base aeroportuária sólida. E aí foram feitos vários investimentos e um sólido planejamento, algo que tem sido nas últimas décadas um instituto olvidado pelos brasileiros”, lembrou.

Para Anastasia, ainda existe uma grande necessidade de o Brasil continuar aumentando cada vez mais investimentos em infraestrutura para alavancar o desenvolvimento nacional. Para isso, no entanto, é preciso que haja recursos privados substanciosos, já que o União, Estados e Municípios estão com a maior parte de seus orçamentos comprometidos. Para que tais investimentos ocorram, afirma o Senador, é preciso que os investidores encontrem um ambiente de negócios propícios no País, com segurança jurídica e planejamento.

Há muitos anos Anastasia vinha lutando para que o Aeroporto Internacional pudesse contar com investimentos privados. A concessão foi conduzida pelo Governo Federal, ainda que com longo atraso. Em novembro de 2013, o Governo realizou o leilão, tendo como vencedor o consórcio integrado pelo Grupo CCR – um dos maiores grupos de concessão de infraestrutura da América Latina –, e Zürich Airport, operador aeroportuário internacional de Zurique, na Suíça, com 51% de participação, que ofereceu melhor proposta com ágio de 66% em relação ao valor mínimo estabelecido. A Infraero detém os outros 49% de participação no grupo que hoje administra o aeroporto.

Desde então, o aeroporto passou pelos últimos anos por ampla melhoria, nunca vista em sua história. Desde o início da concessão, em agosto de 2014, a BH Airport já investiu R$ 870 milhões na ampliação e melhorias na infraestrutura aeroportuária, que incluíram a implantação de Terminal, inaugurado no final do ano passado, a reconfiguração do acesso viário com a construção de um novo viaduto, a ampliação da área de pátio para aeronaves e do número de vagas de estacionamento, segundo a concessionária. A entrada em operação do novo Terminal gerou centenas de novos empregos, entre diretos e indiretos.

BANCADA GARANTE 500 MILHÕES PARA COPASACom a participação de senadores e deputados do PSDB de Minas Gerais, o então ministro das Cidades, Bruno Araújo, assinou portaria que concede à Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) autorização para captar mais de R$ 500 milhões para executar obras de saneamento em municípios mineiros. O senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) participou das tratativas e esteve presente no Ministério quando da assinatura da portaria. Os recursos serão levantados por meio de debêntures incentivadas – títulos de crédito que serão emitidos pela empresa com o objetivo de captar recursos para financiar os projetos de saneamento.

Com os recursos, a Copasa pretende executar pelo menos quatro empreendimentos em Minas: a ampliação do sistema de abastecimento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no município de Montes Claros, e a expansão do sistema de esgoto nas cidades de Divinópolis e Sabará.

“Esse investimento é extremamente importante. São projetos que remontam ainda ao nosso tempo no Governo, fundamentais para a questão do saneamento em áreas críticas. A Copasa é uma empresa exemplo, e ela certamente terá, com a autorização do governo federal para emitir as debêntures, os recursos necessários para colocar essas obras avante em prol dos mineiros”, afirma o senador.

ENCONTRO COM PREFEITOS E LIDERANÇASAo longo de todo o ano de 2017, Anastasia recebeu prefeitos, vereadores e lideranças regionais e municipais, tanto em seu escritório em Belo Horizonte, quanto em seu gabinete em Brasília, para conversar sobre demandas e desafios dos Municípios de Minas Gerais. As conversas orientam a apresentação de projetos de Lei, reuniões em Ministérios ou emendas parlamentares que possibilitem ajuda às cidades mineiras de todos os portes. “Continuo atento às grandes questões nacionais, tão importantes para o desenvolvimento do nosso Brasil. Mas sem esquecer de nossas cidades, onde, de fato, as pessoas vivem, onde se desenvolve a cidadania. Vejo, cada dia mais, como os desafios, também na gestão municipal, podem ser enfrentados com empreendedorismo e criatividade. São experiências inovadoras e de muito sucesso que encontramos por todo interior. Observar essas experiências reafirmam ainda mais minha certeza de que temos, de fato, que promover no Brasil uma descentralização de responsabilidades e de recursos. Quanto mais próximo do cidadão estiver a solução, mais fácil será a fiscalização por parte da população que poderá ver, ali no dia a dia, os resultados dos recursos públicos arrecadados. Temos que encarar de vez a agenda Federativa, para o bem do desenvolvimento brasileiro”, afirma Anastasia.

Foto: Gabriela Guerreiro/PSDBEm audiência com o então Ministro das Cidades, Bruno Araujo.

Foto: ASCOMO senador Anastasia mantém reuniões constantes com lideranças de todo o Estado.

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INTERNACIONAL

COMISSÕES APROVAM PARCERIAS DO BRASIL COM OUTROS PAÍSES

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal aprovou relatório do senador Anastasia favorável ao acordo de Cooperação internacional na área de educação entre o Brasil e o Governo da Irlanda. É o primeiro acordo desse tipo entre os dois Países. “Tenho muito orgulho de ter sido o relator dessa proposta aqui no Senado, que aguardava desde 2010 um desfecho. Há um estudo da OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, de 2016, que traz dados sobre a satisfação dos cidadãos com os serviços públicos de 34 países diferentes. No tocante à educação, a Irlanda é o país mais satisfeito, com 82% de aprovação. Ou seja, realizar um acordo com esse País, para nós, no Brasil, é muito interessante. Por meio dele espero que possamos melhorar a educação brasileira e possibilitar o avanço de nosso progresso técnico, com o aprofundamento das nossas relações no domínio educacional e o aperfeiçoamento intelectual da nossa Nação” afirmou Anastasia.

Já na CCJ, foi aprovada a PEC 25/2012 da qual Anastasia também foi o relator. A proposta fortalece o Brasil em relações bilaterais ao permitir que sejam firmados com outros países os acordos de reciprocidade que o Brasil tem com Portugal. Assim, para países que concedam direitos similares aos Brasileiros, poderemos conceder aos seus nacionais residentes aqui prerrogativas como as de votar e ser votado nas eleições municipais. “A PEC também faz uma sutil correção no texto constitucional para eliminar a distinção entre estrangeiros residentes e não residentes no acesso aos direitos e garantias fundamentais. Com a proposta, estamos nos abrindo para o mundo, mas com a garantia da reciprocidade: direitos aqui para nacionais de países que garantam os direitos dos brasileiros”, defende o senador.

Membro do grupo parlamentar Brasil-Reino Unido, o senador Anastasia tem buscado uma aproximação maior do País com os britânicos. No início do ano ele se reuniu com cônsul Thomas Nemes, em Belo Horizonte, onde conversaram sobre projetos e formas de aumentar a interlocução entre as duas Nações, especialmente com Minas Gerais.

O consulado britânico no Estado, inaugurado em 2015, surgiu justamente de uma parceria firmada por Anastasia enquanto governador na área esportiva. Por causa dessa cooperação, mais de 900 integrantes da delegação inglesa para os jogos olímpicos de 2016 permaneceram e treinaram em instalações de alto gabarito em Minas Gerais, com um intercâmbio e um feedback muito positivo para ambos.

“Minas Gerais e o Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte possuem laços econômicos e culturais muito fortes e históricos. Para todo o Brasil, e especialmente para nosso Estado, o Reino Unido é um parceiro comercial muito importante. Agora, me relatou o cônsul, o consulado foca suas atividades na área comercial, gerando novas oportunidades para nosso Estado. Vamos trabalhar e estimular sempre essa parceria. É bom para os britânicos. E é bom para os mineiros e para todo Brasil”, afirma Anastasia.

Em Brasília, o senador também esteve com o encarregado de negócios da Missão Diplomática Britânica no Brasil, Wasim Mir, onde conversaram sobre o atual cenário global e as parcerias possíveis entre as Nações. “Como o nosso País, hoje a Inglaterra vive um

momento de grandes transformações que, com certeza, trarão resultados políticos e econômicos relevantes no cenário mundial. Importante acompanharmos com atenção todo esse processo e, sempre que possível, estreitar nossas relações com esse que é um dos mais destacados países do mundo”, destacou.

Foto: Gerdan WesleySenador Antonio Anastasia em sessão da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal.

Foto: ASCOM Em encontro do grupo Brasil-Reino Unido.

Foto: ASCOMDurante audiência com o cônsul Thomas Nemes.

Anastasia incentiva negócios comerciais com o Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte

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INTERNACIONAL

ANASTASIA PARTICIPA DE MISSÃO OFICIAL À ÁFRICA EM ESFORÇO PARA AUMENTAR

RELAÇÕES BRASILEIRAS COM O CONTINENTE

Como representante do Congresso Nacional brasileiro, o senador Anastasia participou de viagem oficial ao continente africano, onde acompanhou o chanceler Aloysio Nunes em visita a seis países para firmar alianças e demonstrar a importância das relações bilaterais para a nova politica externa do Brasil. Junto com o ministro, Anastasia esteve em Namíbia, Botsuana, Malawi, Moçambique, África do Sul e São Tomé e Príncipe em uma série de eventos e encontros.

“A missão foi muito proveitosa. Pude ser testemunha dos avanços das relações bilaterais entre o Brasil e essas Nações, duas delas de língua portuguesa, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Namíbia, Botsuana e Malawi, ainda em desenvolvimento, têm forte presença brasileira na cooperação internacional. E na África no Sul mantemos relações econômicas muito fortes. É claro que as oportunidades para o Brasil são extremamente positivas. O Brasil é muito bem-visto nesses Países, tem uma presença cultural maciça, há uma grande simpatia do povo africano pelo povo brasileiro, com uma presença bem organizada do Itamaraty nessas Nações”, ressalta Anastasia.

A missão

Na Namíbia, Anastasia e Aloysio foram recebidos pelo presidente Hage Geingob, além de manterem conversas com o presidente da Assembleia Nacional, Peter Katjavivi, a ministra das Relações Internacionais e Cooperação, Netumbo Nandi-Ndaitwah e diversos outros ministros de Estado. O Brasil mantém destacado projeto de cooperação naval com a Namíbia, iniciado em 1994, que já resultou na formação de mais de 1.000 militares namibianos em escolas brasileiras, contribuindo para o objetivo comum de promover a paz e a segurança no Atlântico Sul.

Da Namíbia, a missão partiu para Botsuana, país com o qual o Brasil mantém importantes projetos de apoio nas áreas de cooperativismo e combate ao HIV/AIDS. Lá se reuniram com a ministra de Assuntos Internacionais e Cooperação, Pelonomi Venson-Moitoi, com o ministro de Desenvolvimento Agrícola e Segurança Alimentar, Patrick Ralotsia, e com a ministra da Saúde e Bem-Estar, Dorcas Makgato, discutindo cooperação técnica entre os dois Países. Botsuana é um dos países de mais alto crescimento na África, o que oferece grandes oportunidades para o aumento do comércio e dos negócios com o Brasil.

Anastasia e Aloysio estiveram também no Malawi, em encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da República do Malawi, Francis Kasaila. Foi a primeira viagem de um chanceler brasileiro àquele país desde o estabelecimento das relações diplomáticas, em 1964. Durante a visita, foram assinados diversos memorandos de entendimento e cooperação.

Em Moçambique, o senador e o ministro participaram da abertura de seminário de empresários entre Brasil e Moçambique. Os dois se encontraram com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, apresentando pontos de interesse para cooperação, reunião que culminou com a assinatura de protocolo de entendimento entre os dois países.

“É notório que Moçambique, que é o País com que o Brasil tem a maior cooperação internacional, é um aliado estratégico geopoliticamente. Nossas relações são muito próximas, não apenas pela língua, costumes e trajetória cultural, mas também pelas perspectivas para o futuro”, destaca Anastasia.

O Brasil, de fato, mantém projetos pioneiros e estruturantes com esse País, que abarcam áreas como saúde, agricultura, educação e formação profissional. O País também é importante destino de investimentos privados brasileiros, cujo estoque chega a 9 bilhões de dólares.

A inauguração do maior desses investimentos contou com a participação de Anastasia e Aloysio e do presidente Filipe Nyusi, que os recebeu em audiência. O Corredor Logístico de Nacala, importante investimento da Vale em parceria com a estatal Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique, conferiu ao Brasil o status de maior investidor estrangeiro daquele país e contribuirá para o desenvolvimento das economias moçambicana e malawiana.

Na África do Sul, o senador Anastasia e o ministro se reuniram com a ministra de Relações Internacionais e Cooperação, Maite Nkoana-Mashabane e, em seguida, participaram do encerramento de seminário que reuniu empresários brasileiros e sul-africanos. A viagem se encerrou por São Tomé e Príncipe, onde estiveram com o primeiro-ministro Patrice Trovoada. Trata-se de um pequeno País, mas com localização estratégica e com forte cooperação com o Brasil.

“Os avanços são notáveis. Não há dúvida que a presença do chanceler nesses Países serviu para demonstrar a prioridade da África na política externa brasileira e a determinação do Governo Brasileiro em estar presente nesses Países, cooperar com seu desenvolvimento, possibilitar negócios para brasileiros na África e muitas tantas outras áreas. Uma missão muito importante e que foi muito bem recebida, onde ficou claro que o Brasil é uma potência mundial que tem, especialmente na África, parcerias muito sólidas”, avalia Anastasia.

Foto: Divulgação / Ministério das Relações Exteriores

Foto: Divulgação / Ministério das Relações Exteriores

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INTERNACIONAL

SENADO APROVA MATÉRIAS QUE REFORÇAM RELAÇÕES BILATERAIS

O Senado aprovou em 2017 relatórios do senador Anastasia que referendam textos da Convenção entre Brasil, a Rússia e a Índia. A aprovação das matérias visa evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em impostos sobre a renda.

O PDS 25/2017, por exemplo, transformado no Decreto Legislativo 80/2017, endossa o tratado entre o Brasil e a Rússia. Segundo Anastasia, a efetivação do texto contribuirá para uma maior transparência tributária e, em última análise, “no comércio e investimento bilateral entre as duas Nações”. Ele ainda ressalta que, com a entrada em vigor do acordo, o Brasil terá tratados de dupla tributação firmados com todos os países que fazem parte do Brics, também formado por China, Índia e África do Sul.

Também foi aprovado uma alteração no protocolo assinado entre Brasil e Índia (Decreto Legislativo 81/2017), para evitar a elisão fiscal e a dupla tributação. Anastasia mencionou informe dos Ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores, segundo o qual a atualização do tratado é necessária

a partir de compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito do Fórum Global sobre Transparência e Intercâmbio de Informações para Fins Tributários, coordenado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“As mudanças visam principalmente coibir práticas de elisão ou planejamento fiscal agressivo, um objetivo cada vez mais relevante no contexto internacional de busca da transparência tributária”, ressaltou Anastasia. Segundo ele, o Brasil pode avançar com parcerias mais sólidas com os BRICS.

Em 2017, Anastasia ainda manteve contato com deputados do parlamento europeu com o objetivo de viabilizar a efetivação do acordo do Mercosul com a União Europeia.

SENADOR PARTICIPA DE FÓRUM BRASIL-ESPANHA E DEFENDE INVESTIMENTO PRIVADO NO PAÍS.

“O Brasil avança agora, felizmente, para o momento de consolidarmos um passo fundamental que a Espanha já fez: o investimento maciço em infraestrutura com recursos privados. Todos sabemos que os recursos públicos, quer da União, dos Estados e dos Municípios, são absolutamente insuficientes para lastrear qualquer grande investimento de infraestrutura. Por isso, é imprescindível contarmos com o setor privado, capitais nacionais e especialmente internacionais. Esses capitais existem na Espanha e em outros países. E a Espanha tem o know-how de fazê-lo porque já o fez”. A afirmação do senador Anastasia foi feita durante o I Fórum Espanha-Brasil, em São Paulo, evento que reuniu empresários, políticos e membros da sociedade civil, organizado pela Fundação Conselho Espanha-Brasil e pelo Governo espanhol.

Anastasia já participou do programa de líderes realizado pela Fundação Conselho Espanha-Brasil em 2015 e lembrou que, junto com os demais participantes – jornalistas, políticos e empresários – ficou surpreso ao conhecer mais de perto as intensas relações econômicas entre os dois países. “Há a necessidade de deixarmos claro ao público brasileiro que a Espanha tem no Brasil um papel econômico muito maior do que se imagina. A sua posição de terceiro maior investidor do mundo no nosso País, por si só, é a demonstração disso”, destacou.

Para que essas relações possam ser ainda maiores e mais investimentos privados sejam viabilizados no Brasil, Anastasia afirmou que é preciso que o marco regulatório do País seja aperfeiçoado, principalmente para dar maior segurança jurídica aos investidores. O Fórum Espanha-Brasil ocorreu no momento em que primeiro-ministro Mariano Rajoy esteve em visita oficial ao Brasil com o objetivo de revitalizar a relação estratégica com o País e incentivar a participação de empresas espanholas na nova rodada de privatizações colocada em andamento pelo Governo Brasileiro.

ANASTASIA RECEBE EMBAIXADOR DA UNIÃO EUROPEIA

Em 2017, Anastasia também se reuniu, em seu gabinete em Brasília, com o embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho. “Trata-se de um grande amigo de Minas Gerais e um parceiro do nosso País, Conversamos sobre a situação política e econômica do Brasil e do mundo”, destaca o senador.

Foto: Ken Chu / Expressão Studio Foto: ASCOM

Foto: Gerdan Wesley

Foto: Gerdan Wesley

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Na entrevista a seguir, o senador Antonio Anastasia faz um balanço do seu trabalho em 2017 no Senado Federal e das expectativas para o Brasil para os próximos anos. Segundo ele, apesar dos desafios, as perspectivas já são mais positivas. Ele afirma que as eleições de 2018 podem colaborar para a introdução de um novo tempo, mas que o País não deve esperar salvadores da Pátria.

Como o senhor avalia o trabalho do Congresso Nacional até 2017?

É claro que gostaríamos de fazer e produzir mais. Com certeza, o Congresso Nacional ainda deixou de lado a análise estrutural dos grandes problemas nacionais. Esta é uma autocrítica que sempre faço. Isso ocorreu não por minha vontade, naturalmente, mas pela conjuntura, principalmente política, deste momento.

Apesar disso, devemos reconhecer o que foi feito. Em 2017, o Brasil começou a sair da grave crise econômica e política em que foi inserido por uma gestão que não se preocupou com o futuro do País, nem teve responsabilidade com as finanças públicas, com resultados desastrosos.

Digo sempre que os problemas criados politicamente, politicamente precisam ser resolvidos. Felizmente, vivemos em uma democracia e não devemos esperar um Dom Sebastião em seu cavalo branco – como os portugueses – para salvar o Brasil. Chegou a hora de pararmos de esperar um salvador da pátria e, cada um, com seu esforço e trabalho, colaborar para um País melhor.

Ainda estamos muito longe do que gostaríamos. Entretanto, é inegável que contamos com instituições fortes. Por isso mesmo, temos condições de progredir no aprimoramento de nossa Democracia.

Neste ano, o Congresso Nacional deixou de ter uma atuação mais marcante e corajosa nos temas que lhe foram submetidos, como, por exemplo, a reforma política, deixando escapar um momento que, acredito, era apropriado e propício para tal. Apesar disso, o fim das coligações nas eleições proporcionais e a instituição gradual de uma cláusula de barreira já foram passos importantes, ações efetivas aprovadas pelo Senado e pela Câmara Federal. No âmbito da segurança pública, começamos a discutir alguns projetos fundamentais, como a apreciação da nova Lei de Execução Penal, da qual fui relator no Senado Federal.

Tanto nas comissões como no plenário, busco alertar para a necessidade de reformas mais robustas para que o país possa, de fato, voltar para a trilha do desenvolvimento e do progresso. Outros avanços em 2017 foram a sanção da lei da reforma do ensino médio e a aprovação da reforma trabalhista que, ao contrário do que foi dito por alguns, não retira direitos dos trabalhadores. Aliás, cumpre esclarecer que direitos previstos na Constituição Federal não podem ser reformados por lei. Na verdade, a reforma

modernizou sobremaneira nossa legislação, a fim de melhorar o chamado Custo Brasil e dar maior competitividade à indústria brasileira, ao setor de serviços e mesmo ao agronegócio.

O senhor tem sido apontado como um dos mais influentes no Congresso nos últimos anos. Como tem sido esse trabalho e qual a diferença em relação ao que o senhor já

realizou no Executivo?

É um trabalho bastante diferente. No Poder Executivo, onde eu praticamente trabalhei nos últimos 25 anos de minha vida pública, as respostas podem ser dadas de maneira muito mais célere. O Poder Legislativo, pela suas características – já que precisamos sempre de debate, de convencimento e da busca de um certo consenso –, é muito mais lento. Adaptei-me bem ao Senado Federal e tenho buscado apresentar bons resultados aqui também.

Atuo ativamente nas comissões e nos debates no Plenário; mantenho diálogo com lideranças nacionais e regionais para identificar soluções legislativas condizentes com as necessidades da população. De outro lado, prossigo no trabalho de fiscalização, cobrança e controle das atividades do Poder Executivo nacional. A propósito, acredito que a União continua em dívida com Minas Gerais. As grandes obras de infraestrutura em nosso Estado não se concretizaram. Eu persisto cobrando respostas dos Ministérios, do Planalto e do Senado Federal porque, apesar de o trabalho Legislativo ser essencial, em muito dependemos da decisão e da ação do Executivo.

Então o senhor pretende voltar para o Executivo?

No Poder Executivo, ofereci parcela significativa do meu trabalho. Tenho muito orgulho de ter, segundo apontavam as pesquisas, deixado a chefia do Governo de Minas Gerais com uma avaliação muito positiva, a melhor entre os governadores do Sudeste, ficando entre os mais bem avaliados gestores públicos de todo o Brasil. Quer dizer, a população mineira reconheceu nosso trabalho naquele momento.

Todavia, como já disse, felizmente, eu me adaptei muito bem à atividade parlamentar. Acredito que faço um bom trabalho no Senado. Até pela minha formação, como professor de Direito Administrativo, tenho tido aqui no Senado oportunidade de discutir e debater ideias para melhorar a vida dos brasileiros. E a aprovação de muitos dos projetos que apresentei e relatei é a prova de que esse trabalho está tendo sucesso.

O que quero é sempre honrar os votos que recebi e a confiança que em mim foi depositada, exercendo o meu trabalho em prol de um Brasil que tenha gestão e serviços públicos eficientes, o que, consequentemente, repercutirá na qualidade de vida de todos os brasileiros.

O que podemos esperar para o Brasil em 2018, especialmente em relação ao

Legislativo?

De minha parte, podem esperar muito trabalho e resultados. Vou continuar me empenhando nas comissões e no plenário do Senado Federal, apresentando ideias, relatando projetos, discutindo temas que considero ser fundamentais para nosso País.

Acredito que, em 2018, o Congresso Nacional dedicará grande parcela de suas atividades à questão da segurança pública, o que contará com meu forte apoio por se tratar de questão que urge de atenção.

Quero cumprir o meu compromisso de apresentar uma proposta de um novo Código Penal, de forma a diminuir a sensação de impunidade que hoje, infelizmente, ainda impera em nosso País e dar condições para que as polícias e o poder judiciário possam cumprir o seu papel. Certamente - tenho consciência disso - a relatoria desse novo código é um grande desafio. Mas espero contar com a colaboração de meus pares e, depois, da Câmara dos Deputados, para que possamos avançar nesse e em outros projetos que são essenciais para a área da segurança pública no Brasil.

Além disso, é bom lembrar, o País vai voltar às urnas para renovar dois terços de seus representantes no Senado Federal e a composição total da Câmara dos Deputados e das Assembleias Legislativas. E vai eleger, ainda, novos governadores e o novo presidente da República. Certamente, a partir daí, teremos um cenário diferente, que eu espero tenha força e vontade política de tomar as medidas necessárias para o desenvolvimento integral do nosso País. Ou seja, que faça verdadeiramente a reforma política, assim como as reformas tributária, previdenciária, de infraestrutura e dos serviços públicos. O Brasil necessita de ações estruturantes e não apenas pontuais.

Para isso, é necessário que todos votemos com consciência, analisando o perfil, as qualidades e os defeitos de cada candidato e também seu o plano de governo, levando em consideração, ainda, as diretrizes e ideias defendidas por seus partidos políticos. Imprescindível que elejamos pessoas comprometidas com essa agenda de mudanças, único caminho para um futuro melhor e mais desenvolvido.

Ao mesmo tempo, reitero veementemente, não devemos depositar toda nossa esperança simplesmente no mundo político. Ele é fundamental, mas jamais funcionará sozinho. Cada qual, com seus ideais e seu trabalho, precisa colaborar para essa mudança, com as nossas atitudes, no dia a dia. Com exemplo, com engajamento, com participação política e, fundamentalmente, com ações concretas. Meu chamado é para que todos sejamos a mudança que queremos.

ANASTASIA FAZ BALANÇO DE 2017 E FALA SOBRE EXPECTATIVAS PARA PRÓXIMO ANO

ENTREVISTA

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MANDATO EM NÚMEROS

29PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (PEC)

RELATADAS

7PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (PEC)

APRESENTADAS

1PROPOSTA DE EMENDA

À CONSTITUIÇÃO (PEC) DE SUA AUTORIA APROVADA NO SENADO

5PROJETOS DE LEI DO SENADO (PLS) DE SUA AUTORIA

JÁ APROVADOS NO SENADO FEDERAL

44REQUERIMENTOS APROVADOS NO

SENADO FEDERAL

41FRENTES OU GRUPOS PARLAMENTARES EM QUE O SENADOR TEM

PARTICIPAÇÃO

40MI+MAIS DE 40 MILHÕES

DE EMENDAS PARLAMENTARES

APROVADAS

300CERCA DE 300 MATÉRIAS SOB SUA RELATORIA NO

SENADO FEDERAL

440+MAIS DE 440 MATÉRIAS VOTADAS ATÉ 2017 EM

PLENÁRIO

25PROJETOS DE LEI DO SENADO (PLS) APRESENTADOS

26PROJETOS DE LEI DA CÂMARA (PLC)

RELATADOS

175PROJETOS DE LEI DO SENADO (PLS)

RELATADOS

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ANTONIOANASTASIA

SENADOR

PRESTANDO CONTASwww.antonioanastasia.com.br | 2017

[email protected]

@AnastasiaAntonioAnastasiaOficial