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Simpósio "O Solo na Investigação Cientí.fica em Portugal" Ano Internacional dos Solos

Simpósio O Solo na Investigação Cientí.fica em Portugal · Global para o Solo, Dia Mundial do Solo e Ano Internacional dos Solos 2015, AIS-2015). Aproveitando o impulso internacional

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Simpósio "O Solo na InvestigaçãoCientí.fica em Portugal"

Ano Internacionaldos Solos

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Prol. Amarílis de Varennes

Prol. Edgar de Sousa

Pràl. Eugénio Sequeira

Prol. J. Quelhas dos Santos

Prol. J. Soveral Dias

Prol. Luís Santos Pereira

Prol. Rui Pinto Ricardo

Simpósio "O Solo na Investigação Científica em Portugal"Comemorações do Ano Internacional dos Solos

Maria Manuela Abreu, David Fangueiro, Erika Silva Santos Afonso Martins

Carlos Alexandre

Corina Carranca

David Fangueiro

Fátima Calouro

Fernando Girão

Ernesto Vasconcelos

Ester Portela

Fernanda Cabral

João Paulo Carneiro

João Coutinho

Jorge Pinheiro

Maria Manuela Abreu

Madalena Fonseca

Manuel Madeira

Maria da Conceição Gonçalves

Maria do Carmo Horta

Miguel Brito

Nuno Cortez

Pedro Jordão

Raquel Mano

Tomás Figueiredo

Author(s), 2015. Title. In: Abreu M.M., Fangueiro D., SantosE.S. (Eds.). O Solo na Investigação Científica emPortugal. ISAPress, Lisboa, pp. nn-nn.

Madalena Fonseca, Fernando Lagos Costa

©2015 ISAPress Instituto Superior de Agronomia, Tapadada Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal Tel: 213653513;Fax: 213 653 195; e-mail: [email protected]/home/node/30 7

Manuel Barbosa & Filhos, Lda.

Novembro de 2015

978-972-8669-65-2

401774/15

Comunicações apresentadas no Simpósio "O Solo na Investigação Científica emPortugal - Comemorações do Ano Internacional dos Solos" que decorreu no InstitutoSuperior de Agronomia, Universidade de Lisboa a 27 de Novembro de 2015

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Alexandre, C.; Gonçalves, C.; Monteiro, F.; Ribeiro, H.; Ramos, T. - AnoInternacional dos Solos 2015: Oportunidade para promover uma administraçãointegrada dos solos em Portugal? / International Year of Soils 2015: oportunity topromote an integrated administration of soils in Portugal?

Alves, Paulo Hagendorn; Silva, Teresa P.; Figueiredo, Maria Ondina;Ramalhal, Fernando J.S. - Lateritos da Guiné-Bissau. Morfologia egeodiversidade / Guinea-Bissau Laterites. Morphology and Geodiversity 5

Arrobas, Margarida; Rodrigues, M. Ângelo - Adubos de libertação lenta e outrosfertilizantes "especiais" / Slow-release fertilizers and other "special" fertilizers 9

Azevedo-Gomes, Alberto; Barrento, Maria João; Machado, Maria Helena -Relação solo/diversidade micológica em montados de sobro / RelationsoiVmycological diversity in cork oak montado 13

Carvalho, Luísa; Ferreira, Mara; Santos, Erika; Amâncio, Sara; Abreu, MariaManuela - Atividades de enzimas do sistema antioxidativo em Cistus salviifoliusdas zonas mineiras de São Domingos e Caveira e de zonas não contaminadas /Antioxidative enzyme activities of Cistus salviifolius growing in the mine areas ofSão Domingos and Caveira and in non contaminated áreas 17

Coelho, João Carlos Dias; Frazão, Joana; Dias, Susana; Santos, Cristiana -Composto Orgânico - produção, qualidade e aspetos económicos / Organiccompost - production, quality and economic aspects 21

Concostrina-Zubiri, Laura; Molla, Ibrahim; Nunes, Alice; Kõbel, Melanie;Matos, Paula; Bianconi, Nadia; Costantini, Edoardo; Branquinho, Cristina -Respostas e efeitos das crostas biológicas do solo na funcionalidade dosecossistemas sem i-áridos: o caso de estudo de Portugal / Responses and effectsof biological soil crusts in Drylands: the case study of Portugal 25

Cortinhas, Ana Lúcia; Caperta, Ana D.; Abreu, Maria Manuela - Cultivo deLimonium algarvense regado com água salobra em Technossolo derivado desedimentos subutilizados e resíduos orgânicos / Cultivation of Limoniumalgarvense using saline water in Technosol derived from underused sediments andorganic residues 29

Costa, Fernando Lagos - Contributos para o conhecimento sobre a erosão e oimpacto das medidas de conservação do solo em Cabo Verde no século XXI /Contributions to the knowledge on erosion and on impact of soi! conservationpractices in Cape Verde in the XXI century 33

Costa, Sofia; Ribeiro, Sofia; Moura, Catarina; Lecomte, Xavier; Martins, Ana;Caldeira, Maria Conceição - Comunidades de nemátodes da rizosferaassociadas à expansão de Cistus ladanifer no ecossistema Montado / Rhizosphere

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Pinheiro. Jorge - Os solos dos Açores. Aspectos genéticos e principaiscaracterísticas / The soi/s of the Azores. Genetic aspects and main characteristics 123

Pinto, F.R.; Mourato, M.P.; Sales, J.; Moreira, I.N.; Fangueiro, D.; Martins, L.L._ Efeito da adição de chorume de bovino na absorção de cádmio por plantas deespinafre em solos artificialmente contaminados / Effect of cattle slurry in cadmiumabsorption by spinach plants in artificial/y contaminated soi/s 127

Prazeres, Cátia; Batista, Maria João; Silva, Teresa P.; Figueiredo, MariaOndina - Análise expedita de U e de razões Zr/Rb em solos e relação com acomponente geológica na região de Nisa-Castelo de Vide, Portugal / Readi/yaccessible analysis of U and Zr/Rb ratios in soi/s and its relation to the geologiccomponent in the Nisa-Castelo de Vide, Portugal 131

Ramôa, Sofia; Lopez-Piiiero, Antonio; Silva, Pedro Oliveira e; Nunes, José;Vasconcelos, Teresa; Fortes, Paulo; Portugal, João· A importância do solo nabiodiversidade vegetal dos agroecossitemas / The importance of soi/ in plantbiodiversity of the agroecosystems 135

Reis, A.P.; Cachada, A.; Duarte, A.; Pereira, E.; Shepherd, T.; Patinha, C.;Dias, A.; Rocha, F.; Ferreira da Silva, E.; Batista, M.J.; Prazeres, C.; Sousa,A.J. - Análise fonte~via-destino de chumbo e hidrocarbonetos aromáticospolicíclicos em solos urbanos de Lisboa / Source-pathway-fate analysis of lead andpolycyclic aromatic hydrocarbons in Lisbon urban soi/s 141

Rodrigues, M. Ângelo; Arrobas, Margarida· Dezoito anos de investigação sobrecobertos vegetais em olival / Eighteen years of research on cover cropping in olivegroves 145

Saraiva, Artur; Afonso, Boaventura; Antunes, Mário; Caldeira, Bruno; Costa,Raquel; Estêvão, Bruno; Lima, Arlindo; Matos, Susete; Moldão, Margarida;Monteiro, Antonio; Monteiro, Fernando; Duarte, Elizabeth ProjetoFilmAgRega: Rega subterrânea e cobertura do solo com filme biodegradável nacultura do pimento e da cebola / Fi/mAgRega Project: Subsurface irrigation and soi/cover with biodegradable mulch 149

Sengo, Joana; Alvarenga, Paula; Mourinha, Clarisse; Farto, Márcia; Palma,Patrícia; Morais, Marie-Christine; Cunha-Queda, Cristina - Uso de resíduosorgânicos como correctivos do solo: Influência na actividade da fosfatase ácida /Organic wastes as agricultural soil amendments: Influence on the acidphosphatase activity 153

Sousa, J. R.; Tom~, P.; Joel, P.; Carneiro, J. P.; Fangueiro, D.; Coutinho, J .•Efeito da acidificação de chorume na distribuição vertical do fósforo inorgânico eorgânico no solo / Effect of slurry acidification on organic and inorganic phosphorusdistribution along the soi/ profi/e 157

~

INSTITU1(rI SUPERIOR EJ~ AGRONOMIA

" I

Ano Internacional dos Solos 2015: Oportunidade parapromover uma administração integrada dos solos em Portugal?

International Year of Soils 2015: oportunity to promotean integrated administration of soils in Portugal?

C. Alexandre1., C. Gonçalves2., F. Monteiro3., H. Ribeiro4., T. Ramoss•

1 Departamento de Geociências e ICAAM - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrãnicas,Universidade de Évora, Apdo. 94, 7002-554 Évora, Portugal; [email protected]

'Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, INIAV, Av. República, Quinta do Marquês, 2780-157 Oeiras, Portugal;

'Instituto Superior de Agronomia e Centro de Estudos Florestais, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa

4 LEAF, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa

5 MARETEC, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa

• Direcção da Sociedade Portuguesa da Ciência do Solo (SPCS)

Neste trabalho assinala-se o retrocesso da administração do recurso solo em Portugal ao longo dos últimos 40 anos, emcontraponto com a evolução recente a nível europeu (Estratégia Temática para a Protecção do Solo) e a nivel global (ParceriaGlobal para o Solo, Dia Mundial do Solo e Ano Internacional dos Solos 2015, AIS-2015). Aproveitando o impulso internacionalneste domínio apresenta-se a Parceria Portuguesa para o Solo (PPS), como mais uma iniciativa que procura inverter oprocesso de regressão e de dispersão de esforços na administração dos solos do país. Correspondendo aos objectivosestratégicos da PPS, também apresentados, propõem-se e justificam-se sumariamente duas acções a mais curto prazo: aharmonização da cartografia de solos do país ã escala 1:250.000 ou 1:500.000 e a constituição de um Sistema Nacional deInformação de Solos (SNIS). A Carta Mundial dos Solos, revista em 2015, insta os governos nacionais a desenvolverem umapolítica nacional do solo, um sistema nacional de informação de solos e uma estrutura institucional para monitorizar osrecursos do solo. O AIS-2015 representa uma oportunidade excepcional para despoletar a implementação de uma política(integrada) do solo em Portugal e de um SNIS como ferramenta pivõ para essa política.

In this work it is pointed out the recession of the administration of soil resources in Portugal in the last 40 years, as opposed tothe recent development actions at European levei (Thematie Strategy for Soil Proteetion) and at global levei (Global SoilPartnership, World Soil Day and International Year of Soils 2015, IYS-2015). Taking advantage of the international momentumin this fíeld it is presented the Portuguese Soi! Partnership (PtSP) as an initiative that aims to reverse the proeess of regressionand the dispersion of elforts in the national administration of the soils. Aeeordingly with the PtSP's strategie objeetives, alsopresented, two short-term aetions are proposed: the harmonization of the eountry's soil maps at 1: 250,000 or 1: 500,000 seale,and the establishment of a National Soil Information System (NSIS). The World Soil Charter, revised in 2015, stronglyreeommends that natlonal governments develop a natlonal land poliey, a national land information system and an institutionalframework to monitor soi! resources. The IYS-2015 would be an exeeptional opportunity to trigger the implementation of an(integrated) soil poliey in Portugal and a NSIS as a pivot too I for this policy.

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IntroduçãoDurante um breve período, na década de60 e 70 do século passado, Portugal teveuma política para o recurso solo e umaacção consistente na sua implementação.Nesse período o país assumiu um papelde realce internacional no campo dacartografia e da classificação de solos. NoContinente esse processo viria aconsubstanciar-se no reconhecimento dossolos, principalmente a sul do rio Tejo.Desde essa época até aos nossos diasassistiu-se a uma substancial redução demeios humanos e materiais nos serviçosdo Ministério da Agricultura com maiorresponsabilidade sobre os solos do país,reflexo da ausência de uma administraçãointegrada para este recurso.Paradoxalmente, esta regressão a nívelnacional deu-se em contraciclo com oreconhecimento crescente, a níveleuropeu e mundial, da importância do solopara as sociedades actuais. É o caso dasegurança alimentar e de outros serviçosvitais dos ecossistemas, bem como o seupapel na adaptação e na mitigação dasalterações climáticas. Todos estes temastêm aumentado a procura por informaçãomais detalhada e por conhecimento maisaprofundado sobre os solos.A Estratégia Temática para a Protecçãodo Solo, aprovada pela ComissãoEuropeia (CE) em 2006 [1], trouxe maiorreconhecimento político às múltiplasinterrelações e à profunda dependênciadas sociedades europeias em relação aosolo. Embora este reconhecimento nãochegasse a ter tradução numa Directiva-Quadro, dado que a CE retirou a propostade 2006 [2] em 21/05/2014, mantém-se aestratégia de protecção do solo contra assuas principais ameaças (Quadro 1) emtodas as políticas da União Europeia (UE).Também a nível global se tem verificadouma evoluçãO significativa no quadro dereferência para o recurso solo. A iniciativaGlobal Soil Partnership (GSP), lançadapela FAO em Setembro de 2011 eaprovada no Conselho da FAO emDezembro de 2012 [3] (Appendix F),organiza-se em cinco pilares de acção:

1. Promover a gestão sustentável dosrecursos do solo;

2. Incentivar o investimento, cooperaçãotécnica, política, ensino e extensão;

3. Promover a I&DT na área dos solosfacada em lacunas e prioridades;

4. Reforçar a quantidade e qualidade dosdados e da informação sobre o solo;

5. Apoiar a harmonização de métodos,medições e de indicadores para agestão sustentável do solo, com avalidação nacional que tenha em contaas diferenças dos sistemas deprodução e dos ecossistemas.

Quadro 1 - Principais ameaças de degradação dos solosna Estratégia Temática para a Protecção do Solo [1J.

Principais ameaças aos solos da EuropaErosão do solo

Diminuição da matéria orgãnica

Contaminação do solo (local e difusa)

Selagem (ou impermeabilização) do solo

Compactação

Diminuição da biodiversidade do solo

Salinização

Cheias e deslizamentos de terras

Desde a 1ª Assembleia Plenária da GSP,realizada em Junho de 2013 (em Junhode 2015 realizou-se a 3ª) foram aprovadasvárias iniciativas, com destaque para:constituição de um Painel TécnicoIntergovernamental; Parcerias Regionaisdo Solo (entre as quais uma europeia);uma estrutura operacional (Healthy SoilsFacility); actualização da Carta Mundialdos Solos [4]; plano de acção para o AnoInternacionaldos Solos - 2015.

2015 - Ano Internacional dos Solos

Cerca de um ano depois da constituiçãoda GSP, na sua 68ª sessão em 6 deDezembro de 2013, as Nações Unidasaprovaram o dia 5 de Dezembro "DiaMundial do Solo" (World Soil Day, WSD) e2015 como "Ano Internacional dos Solos"(Intemational Year of Soils 2015 - IYS2015) [5]. Para todos os envolvidos noestudo e/ou na utilização do solo, estasiniciativas têm um significado muitoespecial, pelo seu carácter simbólico,

inédito, de sensibilização global para aimportância do solo como recurso vitalpara a humanidade. Neste âmbito aSociedade Portuguesa da Ciência do Solo(SPCS) tem colaborado em diversasiniciativas de divulgação do solo e danecessidade da sua gestão sustentável.

Parceria Portuguesa para o SoloAproveitando o actual quadro de grandedinamismo internacional para inverter oprocesso de regressão e de dispersão deesforços na administração do recurso soloem Portugal, a SPCS e a Direcção Geralde Agricultura e Desenvolvimento Rural(DGADR) tomaram a iniciativa de formar aParceria Portuguesa para o Solo (PPS).Por Despacho da Ministra da Agricultura edo Mar de 18-12-2014 foi confiada àDGADR "a adopção dos trâmitesnecessários à concretização da ParceriaPortuguesa de Solos".Esta foi a última de várias iniciativas como mesmo objectivo que as mesmasentidades e as respectivas anterioresDirecções têm realizado há mais de umadécada. Numa delas a SPCS elaborou umrelatório detalhado sobre o conhecimentodos solos do País [6]. Este relatório dáainda suporte à PPS tal como, em 2010,deu suporte à proposta de criação de umaEntidade Nacional de Solos, que não seconcretizou, apesar do largo consenso aque se chegou na altura.A PPS inclui um Secretariado (órgãoexecutivo) um Painel Técnico-Científico(órgão consultivo) e uma AssembleiaPlenária (órgão deliberativo). A 1a reuniãoda Assembleia Plenária decorreu em24/03/2015, nas instalações da DGADR,com representantes das sete instituiçõesaderentes até àquela data (Quadro 2). Foiaprovado um documento com os Termosde Referência [7], bem como o plano deactividades para 2015 que, entre outras,incluiu acções a realizar no decurso doAno Internacional dos Solos. Na suapróxima reunião espera-se que a PPSpossa integrar diversas instituições que jámanifestaram interesse em aderir.

Quadro 2 - Entidades aderentes à Parceria Portuguesapara o Solo (24/03/2015)

Abrev. Designação

DGADR DirecçãoGeralde Agriculturae DesenvolvimentoRuralIIDGT DirecçãoGeraldoTerritório

ICNF Institutoda Conservaçãoda Naturezae das Florestas,I. P.

'IGOT-UL ~~~~t~;~iJ:d~~~g~f~~~Ordenamentodo Territórioda

INIAV InstitutoNacionalde InvestigaçãoAgráriae Veterinária,I.P.

sPcs SociedadePortuguesada Ciênciado Solo

U.Évora Universidadede Évora

A PPS tem os seguintes objectivosestratégicos ou de longo prazo [7]:1. Agregar e disponibilizar informação

para uma gestão sustentável do solo.2. Reduzir as lacunas de conhecimento

sobre o recurso solo no País.3. Contribuir para a adopção de medidas

de política tendo em vista o usosustentável do solo.

4. Fomentar a sensibilização sobre orecurso solo.

5. Promover a implementação de acçõesdas Parcerias Europeia e Global.

Em termos operacionais de curto pra.zodefende-se neste artigo duas acçõescomplementares que concorrem para oconjunto dos objectivos estratégicos:harmonização da cartografia de solos dopaís à escala 1:250.000 ou 1:500.000 econstituição de um Sistema Nacional deInformação de Solos (SNIS).

Sistema Nacionalde Infonnação de SolosÉ de 1974 a última carta de solos geral dopaís, na escala 1:1.000.000. Desde essadata algumas cartas de solos de âmbitoregional foram elaboradas, cada umaadoptando a classificação de solos maisactualizada à época e, portanto, diferindoentre si e ainda mais em relação àcartografia a sul do rio Tejo, elaboradanos anos 60 e 70. Nestas condições, é pordemais evidente a necessidade de seelaborar uma nova síntese cartográficados solos de Portugal, que incorpore oconhecimento entretanto acumulado e queactualize as classificações pedológicasusadas na sua representação. A nível

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europeu a escala recomendada para talcarta é a 1:250.000 ou, em alternativa, a1:500.000.

Um SNIS constituiria um instrumentovalioso para a organização e adisponibilização de informação sobre ossolos e, em suma, para umaadministração mais integrada desterecurso. Tanto facilitaria a resposta acompromissos internacionais do país (ex.indicadores para UE, OCDE, ONU, GSP,etc.), como permitiria dar suporte alegislação, integrando as fases deavaliação e de retroacção sobre sistemasde uso da terra e práticas de gestão dosolo (Figura 1). O SNIS poderia incluir:• Repositório de mapas de solos

nacionais, regionais e locais.• Base de dados de perfis de solo.• Relatórios, estudos, publicações, etc.

com dados sobre solos portugueses.• Gestão da rede de observação de

indicadores do solo.• Base de dados de indicadores do solo.• Avaliação do estado dos solos do país.

Programas de monitorjzaç~o(internacionais, nacionais,

regionais,settoriais, ... ) ,TIpos de uso,Sistemasde produção, Indicadores

Prâticasde gestão {"estáticos~e "din3micos.}

t- ~ 4iÔ•••••Relatórios !valiacao do

R

Le9Ulaçaodos .. estad. solo

Recomendaçoes de legislação(ordena! território, agricultura e florestas, ambiente, água, .. )

Dados pararelatórios de

monitorizaçao ecompromissosinternacionais

Fig. 1 - Esquema simplificado da articulação entrefontes de dados e respostas apoiadas no SNIS.

Quadro 3 - Países e outras entidades com sistemas deinformação e redes de monitorização de solo (Jan/2015r

Albãnia, Alemanha, Áustria, Bulgárla, Canadá,Dinamarca, Eslováquia, Estados Unidos, Finlândia,Est6nia, Europa, França, Holanda, Hungria,Let6nia, Lituânia, Noruega, Nova Zelândia, Pol6nia,Redes internacionais, Reino Unido,República Checa, Roménia, Suécia, Suíça.*hltp:l/wwwl.agric.gov.ab.cal$departmenVdeptdocs.nsf/aJl/aesa8561 #5

A falta de um SNIS em 2015 é reveladorado atraso da administração do recursosolo em Portugal - ver lista de países quedispõem deste instrumento (Quadro 3)

tanto mais que existem há vários anossistemas de informação equivalentes paraoutros recursos do nosso território.

Notas finaisA Directiva do solo foi abandonada masvários países europeus implementam assuas políticas nacionais para o solo.

A Carta Mundial dos Solos [4] insta osgovernos nacionais a desenvolverem umapolítica nacional do solo, um sistemanacional de informação de solos e umaestrutura institucional para monitorizar osrecursos do solo.

Conseguiremos aproveitar 2015 - AnoInternacional dos Solos, para despoletar aimplementação de uma política (integrada)do solo e de um Sistema Nacional deInformação de Solos (SNIS) comoferramenta pivô para essa política?

Referências bibliográficas[1] EC. 2006. Communication Irom the Commission (... ).

Thematic Strategy lor Soil Protection COM(2006)231final. European Commission, Brussels.

[2] EC. 2006. Proposal from the Commission (... ) Directive01 the European Parliament (... ) Iramework for theprotection 01 soil and amending Directive2004/35/EC. COM(2006)232 linal. EuropeanCommission, Brussels.

[3J FAO, 2012. Report 01 the Council of FAO. Hundred andForty-liflh Session, Rome, 3-7 December 2012 (CL145/REP). Food and Agriculture Organization of theUnited Nations. Rome. Acedido a 15/0utl2015 em:http1Iwww.lao.org/docrep/meeting/027/mf558e.pdf

[4] FAO. 2015. Revised World Soil Charter. Food andAgriculture Organization 01 the United Nations. Roma.Em Outl2015: http://www.fao.org/3/a-i4965e.pdf

[5] UNo 2014. Resolution adopted by the GeneralAssembly on 20 December 2013 (AlRES/68/232).Sixty-eighth session, United Nations. Em Outl2015:http1Iwww.un.org/en/galsearchlview_doc.asp?symboI=AlRES/68/232

[6] SPCS, 2004. Bases para a Revisão e Actualização daClassificação dos Solos em Portugal. Relat6rio noâmbito do Protocolo entre o Instituto deDesenvolvimento Rural e Hidráulica (IDRHa) e aSociedade Portuguesa da Ciência do Solo (SPCS).83 p. http://www.spcs.ptlRelatorioJ)rotoc_IDRHA-SPCS_FIN.pdl

[7J PPS. 2015. Termos de Relerência. ParceriaPortuguesa para o Solo. 12 p. A 15/0utl2015 em:http://www.spcs.ptlindex. php? Icontentldownioad/68713671/lile/Parceria_ Solos_PT _'i nal.pdf