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SIMULADO ESPECIAL DE DIREITO PENAL
MARATONA 2ª FASE – EXAME XXVI
Sua folha de questões
Nesta folha você encontra os
enunciados da proposta de peça prático-
profissional e das quatro questões discursivas,
além de espaços para rascunho.
Fique atento ao tempo
Durante o exame oficial você terá 5
horas para realizar a prova. É importante
manter esse tempo em mente ao realizar este
simulado. Assim você também treina a sua
organização para o dia.
Faça um bom simulado
No dia da prova você não pode se
comunicar com outros examinandos; portar
qualquer tipo de aparelho eletrônico; utilizar
lápis, lapiseira ou corretivo de qualquer
espécie. O ideal é que você tente simular o
contexto do exame, então, procure um lugar
tranquilo, desligue seus eletrônicos e livre-se
de distrações antes de começar.
Sua folha de respostas
Use caneta preta ou azul para
escrever as respostas em letra legível. Fique
atento à caligrafia, ao formato da peça e aos
espaços dedicados às respostas. Esses são
aspectos considerados pelos corretores.
Antes de mais nada...
Este simulado gratuito foi disponibilizado
exclusivamente para os inscritos na Maratona
OAB de 2ª fase do Saraiva Aprova.
No dia 08 de setembro, todos os inscritos na
Maratona poderão assistir à correção desse
simulado com o professor Alexandre Salim,
que acontecerá às 8h30 (horário de Brasília).
Se você ainda não se inscreveu na Maratona,
clique aqui.
Desejamos uma boa prova!
SIMULADO ESPECIAL DE DIREITO PENAL
MARATONA 2ª FASE – EXAME XXVI
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
No dia 17 de agosto de 2016 a cidade de Tefé, Estado do Amazonas, amanheceu com uma triste
notícia. O lago Tefé apresentava um rastro verde de aproximadamente um quilômetro, no qual
vários peixes apareciam boiando, mortos. Durante as investigações, a patrulha ambiental chegou à
empresa de resíduos químicos, Kymica, que, conforme suspeitas, teria sido a responsável por
despejar um produto perigoso no local.
Examinando o caso, o promotor de justiça responsável pela Comarca de Tefé denunciou a empresa
Kymica e o seu sócio proprietário, João de Mello, pela prática do delito de poluição na forma culposa,
previsto no art. 54, § 1º, da Lei dos Crimes Ambientais – Lei n.º 9.605/98. Como ambos, o ente
jurídico e seu proprietário, sofreram há pouco mais de dois anos uma condenação irrecorrível pela
prática de crime à pena privativa de liberdade, não foram propostas a transação penal e a suspensão
condicional do processo.
Durante a instrução foi comprovado que João de Mello tinha 84 anos e, pela avançada idade, não
estava mais à frente das operações da empresa, a qual era administrada pelos filhos dele. Ademais,
não foi demonstrada a relação de causalidade entre o resultado apurado (dano ambiental no lago
Tefé) e as atividades desempenhadas pela pessoa jurídica.
Em julho de 2017, sobreveio sentença absolvendo os réus das imputações que constavam na
denúncia, com fundamento no art. 386, incisos V e VII, do Código de Processo Penal, uma vez que
não haveria prova de ter o réu João de Mello concorrido para a infração penal e nem prova suficiente
para a condenação da empresa Kymica.
O Ministério Público foi intimado da sentença na segunda-feira 24/07/2017, interpondo apelação no
dia 31/07/2017. As razões de apelo foram protocoladas pelo Parquet no dia 07/08/2017, sendo
alegado que João de Mello, por constar no contrato social como diretor presidente da pessoa
jurídica, deveria ser responsabilizado pelos crimes praticados em nome da empresa, bem como a
própria empresa Kymica tinha que ser condenada criminalmente, uma vez que a patrulha ambiental
apurou veementes indícios da participação dela no fato.
O juiz, em seguida, conheceu do recurso e determinou que a defesa fosse intimada para as
providências legais cabíveis, intimação que ocorreu no dia 11/08/2017, sexta-feira, sendo a segunda-
feira imediata dia útil. Com base no caso fictício exposto acima, redija a peça cabível, sustentando as
teses materiais e processuais pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo.
(Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
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SIMULADO ESPECIAL DE DIREITO PENAL
MARATONA 2ª FASE – EXAME XXVI
QUESTÃO 1
Dionatan Silva de Souza foi condenado pela prática de roubo majorado. De acordo com a denúncia,
“No dia 15 de abril de 2016, por volta das 23 horas, em via pública, na Avenida Pinto Bandeira,
próximo ao número 1845, nesta Capital, o denunciado DIONATAN SILVA DE SOUZA subtraiu,
mediante grave ameaça, exercida com o emprego de faca, contra a vítima Ricardo Almeida, a
quantia de R$ 300,00 (trezentos reais). Na ocasião, DIONATAN aproximou-se do ofendido e mostrou-
lhe a faca apreendida na folha 23 do Inquérito Policial, exigindo dinheiro. A vítima, com medo,
entregou a quantia de trezentos reais ao assaltante, que fugiu correndo do local”. A sentença
condenatória foi prolatada em 20/04/2018: nela, o magistrado fixou a pena-base no mínimo legal,
quatro anos, aumentando-a de um terço em face do emprego da faca, razão pela qual a pena
definitiva aplicada foi de 5 anos e 4 meses de reclusão.
Diante da situação hipotética apresentada, responda aos seguintes questionamentos:
A) Levando-se em conta que você foi contratado(a) para fazer o recurso de apelação de Dionatan
Silva de Souza, explique qual deve ser, em termos de lei penal no tempo, a tese de direito material
suscitada. (0,65)
B) Caso Dionatan, para subtrair o dinheiro da vítima, tivesse matado dolosamente o ofendido Ricardo
Almeida, quem seria competente para processá-lo e julgá-lo? (0,60)
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal ou
súmula não confere pontuação.
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SIMULADO ESPECIAL DE DIREITO PENAL
MARATONA 2ª FASE – EXAME XXVI
QUESTÃO 2
Diego Trindade foi processado e julgado pela prática do crime de lavagem de dinheiro, tendo sido
condenado à pena de quatro anos e seis meses de reclusão, em regime inicial aberto. No dia 17 de
agosto de 2014, durante a execução da pena, Diego foi flagrado na posse de um telefone celular,
tendo sido instaurado, pela autoridade penitenciária, procedimento administrativo disciplinar com
fundamento no art. 50, VII, da LEP – Lei de Execução Penal.
Com base apenas nas informações narradas, responda aos itens a seguir.
A) Caso você, como advogado(a) de Diego, verifique que até 1º de setembro de 2018 ainda não
houve a aplicação de sanção disciplinar em decorrência da alegada falta grave (posse do celular), qual
deve ser a tese de direito material nos autos do procedimento administrativo disciplinar? (0,60)
B) Caso o juiz da execução, acolhendo as conclusões do PAD (procedimento administrativo
disciplinar), reconheça a falta grave e, como consequência, determine a regressão do regime com
fundamento no art. 118, I, da LEP, você, como advogado(a) de Diego Trindade, deveria tomar qual
providência e em qual prazo? (0,65)
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal ou
súmula não confere pontuação. Nas respostas não deve ser levado em conta o habeas corpus.
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SIMULADO ESPECIAL DE DIREITO PENAL
MARATONA 2ª FASE – EXAME XXVI
QUESTÃO 3
No dia 14 de maio de 2018, Wilson Coutinho compareceu no Mercado Avenida, escolheu alguns
produtos das prateleiras e dirigiu-se ao caixa, notando que a compra totalizou R$ 38,00 (trinta e oito
reais). Wilson, então, entregou ao caixa uma nota de R$ 50,00 (cinquenta reais), recebendo, como
troco, a quantia de R$ 12,00 (doze reais).
Considerando a situação exposta, na condição de advogado(a) de Wilson, responda aos seguintes
questionamentos:
A) Levando-se em conta que a nota de R$ 50,00 (cinquenta reais) entregue por Wilson é falsa, e que
não há falsificação grosseira, existe alguma tese de direito material a ser invocada? (0,60)
B) Caso Wilson venha a ser processado criminalmente, quem seria competente para julgá-lo? (0,65)
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação de dispositivo constitucional
ou legal não confere pontuação.
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SIMULADO ESPECIAL DE DIREITO PENAL
MARATONA 2ª FASE – EXAME XXVI
QUESTÃO 4
Gislaine Matozo foi denunciada pelo Ministério Público pela prática de furto qualificado, já que,
conforme a acusação, teria subtraído, mediante destreza, bens da vítima Terezinha de Moraes. No
entanto, durante a instrução do feito, a ofendida e duas testemunhas ouvidas disseram que Gislaine,
no momento da subtração, deu um soco no rosto de Terezinha, que teria sofrido lesões de natureza
leve. Atento(a) tão somente aos dados contidos no enunciado, responda aos itens a seguir:
A) Diante do fato novo surgido na instrução, que não constava na denúncia original do Ministério
Público, qual deve ser a providência adotada? Fundamente a resposta com o dispositivo legal
pertinente. (0,65)
B) E se o fato novo fosse verificado na segunda instância, quando do julgamento do recurso, qual
deveria ser a providência do Tribunal? Fundamente a resposta inserindo, se existir, posicionamento
sumulado das Cortes Superiores. (0,60)
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