45
REPENSAR AS TARIFAS DE ENERGIA MAIO 2010 Visa registrar o conteúdo desenvolvido no subprojeto “Repensar as Tarifas de Energia” no âmbito do Projeto Estratégico de P&D para Estabelecimento de Metodologia de Estrutura Tarifária para o Serviço de Distribuição de Energia Elétrica da etapa “Definição de Estruturas Tarifárias Alternativas”. Relatório

Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

                  

 

 

 

 

REPENSAR AS TARIFAS DE ENERGIA 

MAIO 

2010Visa  registrar o  conteúdo desenvolvido no  subprojeto  “Repensar  as Tarifas  de  Energia”  no  âmbito  do  Projeto  Estratégico  de  P&D  para Estabelecimento de Metodologia de Estrutura Tarifária para o Serviço de Distribuição de Energia Elétrica da etapa “Definição de Estruturas Tarifárias Alternativas”. 

Relatório   

Page 2: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

 

Equipe  

Gerente do Projeto:   

Saulo de Tarso Castilho Jr. 

Coordenação Geral:  

Marco Antonio de Paiva Delgado  

Pesquisadores das Entidades Parceiras:  

Empresa Nome completo Correio eletrônico SIGLASUL Fernando Alvarez [email protected] 

SIGLASUL Sebastian Andres Butto [email protected] 

SIGLASUL Leonardo Campos Filho [email protected] 

SIGLASUL Carlos Valquez [email protected] 

SIGLASUL Diego Ázara de Andrade [email protected] 

SIGLASUL Diego Alberto Busignani [email protected]  

SIGLASUL Hudson de Velasco Mitrof [email protected]  Pesquisadores e Profissionais das Distribuidoras Participantes 

Empresa Nome completo Correio eletrônico AMPLA Emerson Caçador Rubim [email protected]  

COSERN Dimitri Barros Pereira de Oliveira [email protected]  

RGE Marcos Rodolfo Kessler mkessler@rge‐rs.com.br  

 

Page 3: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

 

Sumário 

1.  Introdução ..................................................................................................................... 4 

2.  Modelos de cálculo do PLD: NEWAVE e DECOMP ........................................................ 6 

2.2  Modelos NEWAVE ......................................................................................................... 8 

2.3  Modelos DECOMP ......................................................................................................... 9 

3.  Análise estatística das séries ......................................................................................... 9 

3.1  Descrição das metodologias ........................................................................................ 10 

3.2  Sinal sazonal ................................................................................................................ 14 

3.2.1  Preço leve: série histórica do PLD (2002‐2009) ...................................................... 15 

3.2.2  CMO leve: série projetada pelo NEWAVE (2009‐2013) .......................................... 20 

3.3  Sinal horário: análise das séries de preço pesado/leve .............................................. 24 

3.3.1  Pesado/leve: série histórica do PLD (2002‐2009). .................................................. 24 

3.3.2  Pesado/leve: série projetada pelo NEWAVE (2009‐2013) ...................................... 28 

4.  Conclusões ................................................................................................................... 31 

 

Page 4: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

 

1. Introdução 

O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL 

nas tarifas de energia (commodity) aplicadas aos clientes cativos.  

Na  regulação  vigente,  as  distribuidoras  atuam  como  comercializadoras  de  energia  para  o 

atendimento  dos  clientes  cativos  e,  para  isso,  os  contratos  de  energia  são  negociados  no 

ambiente  de  contratação  regulado  (ACR).  A  contratação  no  ACR  é  formalizada  através  de 

contratos bilaterais regulados, denominados Contratos de Comercialização de Energia Elétrica 

no Ambiente Regulado (CCEAR), celebrados entre Agentes Vendedores (geradores, produtores 

independentes ou autoprodutores) e Compradores (distribuidoras) que participam dos leilões 

de  compra e  venda de energia elétrica a preços  flats, ou  seja,  sem  sinalização horária nem 

sazonal.  Por  outro  lado,  existe  o  ambiente  de  contratação  livre  (ACL),  onde  há  a  livre 

negociação entre os agentes vendedores e consumidores  livres ou comercializadores,  sendo 

que os acordos de compra e venda de energia são pactuados por meio de contratos bilaterais 

com preços e condições não divulgados.  

Apesar de os contratos de compra de energia no ACR não  incluírem diferenciação de preços 

conforme o horário e período de consumo, o cálculo da tarifa de energia dos clientes cativos 

incorpora sinais horo‐sazonais aos custos unitários do ACR. Esses sinais são estabelecidos na 

Resolução Normativa ANEEL 166/2005. 

O  Sinal  Horário  consiste  na  aplicação  de  uma  diferença  de  72%  entre  as  tarifas  do  posto 

tarifário de Ponta com o de Fora‐Ponta. O posto tarifário “ponta” corresponde ao período de 

três horas diárias consecutivas com maior carga, definido pela concessionária e compreendido 

geralmente entre as 17 e 22 horas. Já o posto tarifário “fora da ponta” compreende as demais 

horas dos dias úteis e as 24 horas dos sábados, domingos e feriados. 

O Sinal Sazonal consiste na aplicação de uma diferença de 12% entre as tarifas do período do 

ano Seco com o período Úmido. O período seco compreende os meses de maio a novembro e 

o período úmido os meses de dezembro a abril. 

Entre os motivadores do objeto deste estudo, podemos destacar que a aplicação das relações 

horo‐sazonais  atuais  (72%‐12%),  têm  incentivado  aos  consumidores  a  adotar  dois  tipos  de 

comportamentos distorcidos.   Em primeiro  lugar, a escolha do ambiente de contratação   por 

parte dos  clientes potencialmente  livres  tem  sido  influenciada pela  aplicação das presentes 

Page 5: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

 

relações exclusivamente no mercado cativo, enquanto que no mercado livre, a maior parte das 

vezes essas relações são inexistentes ou significativamente inferiores.  Em segundo lugar, tem 

se observado que alguns grupos de consumidores se sentem excessivamente penalizados pelas 

tarifas de ponta e estão  instalando geradores de  fontes caras e poluentes – por exemplo, a 

diesel – para abastecer seu consumo neste horário. Além disso, a metodologia atual carece de 

um fundamento teórico explícito que a justifique.  

Para os efeitos da análise, as  relações horo‐sazonais atuais serão confrontadas com as que 

prevaleceriam nos mercados em concorrência. Recapitulando o “Relatório  I” sobre o marco 

teórico  e  conceitual,  lembramos  que  a  geração  de  energia  é  uma  atividade  considerada 

concorrencial. Em conseqüência, os preços resultantes da livre negociação entre os agentes do 

mercado leva à otimização do sistema e preços praticados iguais aos custos marginais. 

No caso do Brasil, os preços  resultantes da  livre negociação entre as partes do ACL não  são 

divulgados e não existe um mercado centralizado em pool ou bolsa  para negociações de curto 

prazo,  como  no  caso  de  alguns  países  europeus.  Adicionalmente,  cabe  destacar  que  no 

esquema vigente,  tanto para as distribuidoras no ACR como para os consumidores  livres no 

ACL,  a  contratação prévia da  energia  é obrigatória  e  as diferenças de  curto prazo  entre os 

valores contratados e os consumidos são liquidadas na Câmara de Comercialização de Energia 

Elétrica (CCEE) ao preço de  liquidação das diferenças (PLD). Esse preço é baseado nos custos 

marginais de operação calculados através de modelos matemáticos. 

Em  conseqüência,  como  nos  mercados  em  concorrência  os  preços  são  iguais  aos  custos 

marginais, as  relações horo‐sazonais vigentes serão avaliadas a partir dos custos marginais 

do sistema empregados no cálculo do preço de liquidação das diferenças (PLD). 

O  relatório  foi  segmentado  em  três  partes,  além  desta  introdução.  A  primeira  contém  a 

descrição dos modelos de cálculo dos custos marginais que derivam no preço de liquidação das 

diferenças,  o  NEWAVE  e  DECOMP.  A  segunda  apresenta  a  análise  estatística  das  séries 

estudadas e a comparação com os sinais horo‐sazonais atualmente aplicados. Finalmente, na 

última parte são indicadas as conclusões. 

Page 6: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

 

2. Modelos de cálculo do PLD: NEWAVE e DECOMP 

Nesta  seção  é  apresentada  a  descrição  dos modelos  utilizados  para  o  cálculo  dos  custos 

marginais  empregados  na  determinação  do  preço  de  liquidação  das  diferenças  (PLD)1.    O 

entendimento  do  funcionamento  desses  modelos  e  dos  parâmetros  de  entrada  por  eles 

utilizados proverá uma melhor compreensão dos resultados das análises estáticas incluídas na 

terceira seção do relatório. 

O  preço  de  liquidação  das  diferenças  (PLD)  é  utilizado  para  valorar  os  volumes  de  energia 

comercializados  no  mercado  de  curto  prazo  administrado  pela  CCEE,  onde  os  agentes 

registram os montantes de energia contratados e os dados de medição da energia gerada e 

consumida. Assim, na contabilização da CCEE, os créditos e débitos de energia dos respectivos 

agentes são compensados. Quando esses créditos e débitos não se compensam mutuamente, 

as diferenças são liquidadas mensalmente no Mercado de Curto Prazo, valoradas pelo PLD ou 

preço  spot.  Caso  a  demanda  supere  a  energia  contratada,  geram‐se  diferenças  a  favor  dos 

geradores  (Figura 1) e, caso a geração  seja  insuficiente para atender os contratos, geram‐se 

diferenças favoráveis aos agentes de comercialização e distribuição. 

Figura 1‐ Consumo superior aos contratos 

PLD

Demanda

Energia contratada

Energia não contratada

 

O PLD é determinado semanalmente ex‐ante pela CCEE para cada patamar de carga (pesado, 

médio e leve) e para cada sub‐mercado (norte, nordeste, sul e sudeste/ centro‐este) (Figura 2). 

                                                            1 Não está no escopo do estudo discutir ou propor mudanças em  relação aos modelos atualmente utilizados. A 

análise será realizada com foco apenas nos resultados desses modelos, pois são esses resultados os utilizados como 

base para a formação do preço da energia no curto prazo. 

Page 7: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

 

Seu valor é determinado com base no Custo Marginal de Operação (CMO), limitado, porém, a 

um preço máximo e um preço mínimo vigente em cada período de apuração. O preço máximo 

corresponde  a  um  preço  limite  definido  pela Agência Nacional  de  Energia  Elétrica  (ANEEL), 

com  base  no  custo  variável  de  operação  da  geração  térmica mais  cara.  O  preço mínimo 

estabelecido  pela  ANEEL  se  baseia  nos  custos  de  operação  e  manutenção  das  usinas 

hidrelétricas e nas compensações financeiras pelo uso dos recursos hídricos.  

Figura 2‐Sub‐Mercados e patamares de carga 

Patamar de carga: período com um determinado n° dehoras, caracterizado por valores similares de carga. Ashoras do dia são agregadas em 3 patamares de cargapara dois dias típicos:

Tipo 1: segunda a sábado. Leve (0:00-6:59), Médio(7:00-17:59; 21:00-23:59) e Pesado (18:00-20:59)

Tipo 2: domingos e feriados nacionais. Leve (0:00-16:59; 22:00-23:59) e Médio (17:00-21:59).

Sub-mercados

 

O  cálculo  do  CMO  é  efetuado  pela  CCEE  por meio  dos mesmos modelos  computacionais 

(NEWAVE e DECOMP) usados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) no planejamento da 

operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo também utilizados os mesmos dados de 

entrada,  exceto  as  restrições  da  transmissão  interna  a  cada  sub‐mercado  e  as  unidades 

geradoras em teste.  

Para a obtenção do PLD é utilizada a seguinte seqüência de cálculo em cadeia: primeiramente 

é rodado o modelo NEWAVE para a obtenção do custo marginal de operação (CMO) mensal, 

em seguida, alimentado dos resultados anteriores, é rodado o modelo DECOMP que fornece o 

custo marginal de operação semanal. Finalmente são aplicados os limites máximos e mínimos 

para a obtenção do PLD. 

Figura 3 

PLDCMO semanal

NEWAVE DECOMPlimite

[min e máx]

CMO mensal

 

Em seguida são apresentadas as principais características dos modelos NEWAVE e DECOMP. 

Page 8: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

 

2.2 Modelos NEWAVE 

O NEWAVE é um modelo utilizado para estudos de planejamento da operação em horizontes 

de médio e longo prazo. Para tanto, ele estima o custo marginal de operação (CMO) para um 

horizonte de cinco anos, com discretização mensal. O modelo é rodado a cada mês. 

Seu  principal  objetivo  é  determinar  metas  de  geração  para  cada  usina  que  atendam  a 

demanda  e  minimizem  o  valor  esperado  do  custo  de  operação  ao  longo  do  período  de 

planejamento, representado por uma função de custo. O problema de minimização é resolvido 

através  de  um  modelo  de  programação  dinâmica  dual  estocástica.  A  função  de  custo  é 

composta pelo custo variável de combustível das usinas térmicas, pelo custo implícito da água 

– representado pelo custo da térmica flexível mais cara despachada – e pelo custo do déficit 

em caso de racionamento.  

O modelo  determina  a  estratégia  de  geração  que  representa  a  solução  ótima  de  equilíbrio 

entre, por um  lado, o benefício presente do uso da  água dos  reservatórios  e, por outro, o 

benefício  do  armazenamento  da  água  para  uso  futuro,  medido  em  termos  do  custo  de 

combustível evitado para a geração termelétrica. 

Para determinação do custo marginal de operação por sub‐mercado e patamar de carga, são 

simulados diversos cenários futuros de operação que dependem dos seguintes parâmetros: 

• Nível  inicial dos  reservatórios e  séries hidrológicas: de modo  a  tornar mais  rápida  a 

solução  do  problema  de  otimização  da  operação  das  usinas  do  sistema  interligado 

(constituído por cerca de 70 reservatórios), os dados são agregadas em reservatórios 

equivalentes  que  mantêm  a  interdependência  hidrológica.  Cada  sub‐mercado  é 

representado  pelo  seu  respectivo  reservatório  equivalente,  sendo  que  as  principais 

características são a capacidade de geração e o fluxo de energia.  

• Demanda: estimada em função de uma premissa de crescimento econômico. 

• Preços dos combustíveis. 

• Entrada de novos projetos e disponibilidade de geração. 

• Disponibilidade  das  redes  de  transmissão  e  distribuição  entre  os  sub‐mercados:  o 

modelo  pode  ainda  indicar  a  geração  em  um  sub‐mercado  para  atender  a  carga 

localizada em outro, caso o custo de geração no primeiro sub‐mercado seja  inferior. 

Page 9: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

 

Esta  transferência de energia é  limitada pela restrição da capacidade de  transmissão 

entre sub‐mercados. 

2.3 Modelos DECOMP 

O DECOMP, diferente do NEWAVE, é utilizado para estudos de planejamento da operação em 

horizontes  de  curto  prazo  (12 meses)  com  discretização  semanal  para  o  primeiro mês  de 

projeção e mensal para os seguintes. O modelo é rodado semanalmente. 

 Seu objetivo, assim como o de NEWAVE, é determinar as metas de geração para cada usina 

que  atendam  a  demanda  e minimize  o  valor  esperado  do  custo  de  operação  o  longo  do 

período  de  planejamento. O  problema  de minimização  é  também  resolvido  através  de  um 

modelo de programação dinâmica dual estocástica. 

O modelo utiliza como dado de entrada a função de custo fornecida pelo NEWAVE. Esse custo 

é  recalculado  através  da  simulação  de  diversos  cenários,  que  dependem  de  parâmetros 

semelhantes ao do NEWAVE, porém com uma maior precisão, devido ao menor horizonte de 

previsão. Assim,  além do nível  inicial dos  reservatórios, os dados de  condições hidrológicas 

levam em conta o tempo de viagem das vazões, a evaporação e a penalidade para vertimento 

em reservatórios para o as condições hidrológicas. Da mesma forma, é considerada a projeção 

da  demanda  e  dos  preços  dos  combustíveis,  a  disponibilidade  das  redes  de  transmissão  e 

distribuição entre os sub‐mercados. Além disso é considerada a entrada de novos projetos e a 

disponibilidade de geração, desta vez incluindo a revisão política do mês inicial e cronogramas 

de manutenção.  

Como  síntese da descrição dos modelos NEWAVE e DECOMP,  se observa que no  cálculo do 

custo marginal de operação são utilizados dois enfoques, um de curto prazo e outro de longo 

prazo. O NEWAVE é o modelo de  longo prazo,  representativo das  características estruturais 

tanto  da  oferta  como  da  demanda  de  energia.  O  DECOMP  é  o  modelo  de  curto  prazo, 

representativo  das  características  circunstâncias  ou  conjunturais  do  mercado.  Na  próxima 

seção, os  sinais horo‐sazonais das  tarifas  são  analisados desde  a ótica de  curto  e  de  longo 

prazo.  

3. Análise estatística das séries 

Nesta seção é realizado o estudo das séries de preço e custos de curto e de longo prazo, com o 

objetivo  de  avaliar  os  sinais  horo‐sazonais  das  tarifas  de  energia  atualmente  aplicados  aos 

Page 10: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

10 

 

clientes cativos. A série de curto prazo é formada pelos preços históricos do PLD no período de 

2002 a 2009 e a de longo prazo pelo CMO projetado pelo NEWAVE2 para o período de 2009 a 

2013. 

O sinal sazonal atualmente aplicado é examinado através das séries de preço PLD leve3 e CMO 

leve de cada sub‐mercado.  Por sua vez, o sinal horário é estudado a partir de séries formadas 

pela relação dos patamares de carga pesado e leve, calculada com base nas séries do PLD e do 

CMO do NEWAVE. Essa razão entre os patamares pesado e leve é utilizada como uma proxy da 

relação das tarifas de energia atualmente aplicadas nos horários de ponta e fora‐ponta. 

Esta  parte  do  relatório  foi  subdivida  em  três  etapas,  a  primeira  contém  a  descrição  das 

metodologias utilizadas, a segunda  indica a análise do sinal sazonal e a  terceira apresenta a 

análise do sinal horário. 

3.1  Descrição das metodologias  

Para  a  análise  dos  sinais  horários  e  sazonais,  além  da  análise  gráfica,  foram  verificadas  os 

indicadores da estatística descritiva e aplicados modelos econométricos. 

A análise gráfica consistiu na representação das séries históricas e projetadas no eixo vertical 

conforme a evolução do tempo no eixo horizontal. O objetivo dessa representação foi apenas 

a obtenção de uma caracterização inicial das séries, como por exemplo, a identificação de uma 

possível sazonalidade, tendência ou grau de volatilidade.  

A  análise da  estatística descritiva  foi  realizada  visando obter uma melhor  caracterização do 

comportamento  das  séries. Os  indicadores  avaliados  foram:  a média,  a mediana,  o  desvio 

padrão e os valores máximos e mínimos. Adicionalmente, foram observadas as distribuições de 

freqüências por intervalos a partir dos gráficos de histogramas. 

Finalmente, os modelos econométricos foram utilizados para estimar os valores das relações e 

para comprovar ou rejeitar a existência de tendência e sazonalidade. Foram empregados três 

modelos típicos, construídos mediante o método de mínimos quadrados ordinários.  

                                                            2As projeções utilizadas foram as de referência no programa de planejamento energético (PEN 2009) com valores de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2013. 3Foi estudada a série de preços leve com a finalidade de obter resultados na mesma base comparativa das relações atuais  (ponta/fora ponta=+72%  ‐ seco/úmido=+12%) evitando as  interdependências estatísticas nos resultados,  já que o sinal horário é estudado com base no patamar  leve, através das séries pesado/leve. Poderiam também ter sido estudadas as séries de preço pesado e da relação leve/pesado.

Page 11: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

11 

 

Os modelos tipo 1 e tipo 2  foram utilizados para capturar a sazonalidade da série. Já o modelo 

tipo 3  foi aplicado exclusivamente para a detenção da  relação entre os patamares de  carga 

pesado e leve. A seguir são descritos cada um dos modelos aplicados, com as suas variáveis: 

Modelo tipo 1 ‐ sazonalidade 

A Equação 1 apresenta o modelo  tipo 1, de mínimos quadrados ordinários, utilizado na  sua 

máxima desagregação. O modelo explica uma variável dependente (VD) mediante parâmetros 

determinísticos ou coeficientes (“c0 a C6” e “di”) que relacionam a variável dependente com as 

diversas  variáveis e  funções explicativas.   O modelo busca  a obtenção dos  coeficientes que 

minimizem os erros quadráticos de projeção. 

Equação 1 

 

As variáveis, funções e coeficientes da equação adotados são os seguintes: 

Variável  dependente  (VD):  é  a  variável  explicada.  Como  será  apresentado  em  detalhes  nas 

próximas seções, na busca da sazonalidade dos preços ou custos foi empregada como variável 

dependente as  séries PLD  leve e CMO  leve.  Já na  tentativa de obtenção da  sazonalidade da 

relação dos patamares pesado e  leve,  foram utilizadas as séries da relação PLD pesado/ PLD 

leve e CMO pesado/CMO leve. 

Variável  (t  ou  DATA):  representa  o  decorrer  das  semanas  ou  meses  ao  longo  dos  anos, 

permitindo a captura da tendência do modelo.  

Variáveis Dummies: 

• Dummy  sazonal  (UMIDO):  indicando  com  o  valor  1  a  estação  úmida  (dezembro, 

janeiro, fevereiro, março e abril) e com 0 a estação seca (restante dos meses do ano). 

• Dummies mensais (m1, m2, m3, m4, m5, m6, m7, m8, m9, m10, m11, m12): indicando 

com 1 o mês do ano que representa e com 0 os restantes. 

Page 12: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

12 

 

Funções determinísticas: 

• Função  seno  com dois períodos  (s1s):                                                    ; a  função  introduz uma 

sazonalidade semestral, considerando um ano de 52 semanas4. O comportamento da 

função é ilustrado na Figura 4. 

Figura 4 

‐1,5

‐1

‐0,5

0

0,5

1

1,5

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51

 

• Função seno com quatro períodos (s2s):                                          ;a função introduz uma 

sazonalidade  trimestral, considerando um ano de 52 semanas. O comportamento da 

função é ilustrado na Figura 5. 

Figura 5 

‐1,5

‐1

‐0,5

0

0,5

1

1,5

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51

 

 

                                                            4 Para as séries de CMO do NEWAVE foi utilizada uma discretização mensal, em conseqüência o ano é representado por 12 meses.

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ×

=52

21 tSinss π

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ×

=52

42 tSinss π

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ×

=52

21 tSinss π

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ×

=52

42 tSinss π

Page 13: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

13 

 

• Função cosseno com dois períodos (c1s):                                         ;de forma similar a 

função  s1s,  a  função  c1s  introduz  uma  sazonalidade  semestral,  porém  com  um 

deslocamento horizontal no eixo do  tempo, considerando um ano de 52 semanas. O 

comportamento da função é ilustrado na Figura 6. 

Figura 6 

‐1,5

‐1

‐0,5

0

0,5

1

1,5

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51

 

• Função cosseno com quatro períodos (c2s):                                    ;de forma similar a 

função  s2s,  a  função  c2s  introduz  uma  sazonalidade  trimestral,  porém  com  um 

deslocamento horizontal no eixo do  tempo, considerando um ano de 52 semanas. O 

comportamento da função é ilustrado na Figura 7. 

Figura 7 

‐1,5

‐1

‐0,5

0

0,5

1

1,5

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51

 

 

 

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ×

=52

21 tCossc π

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ×

=52

42 tCossc π

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ×

=52

21 tCossc π

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ×

=52

42 tCossc π

Page 14: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

14 

 

Coeficiente co: representa a ordenada à origem do modelo. 

Coeficientes (c1 a c6; e di): indica o grau de associatividade entre a variável dependente com as 

variáveis explicativas e funções. 

Termo do erro (u): representa o erro ou o resíduo da regressão, é a diferença entre a variável 

dependente com o modelo explicado. 

Modelo tipo 2 ‐ sazonalidade 

O  modelo  tipo  2  explica  as  variáveis  dependentes  (VD)  através  de  uma  constante  “c0” 

(ordenada à origem), da variável “DATA” para a captura de tendência e da dummy “UMIDO” 

para explorar a existência de sazonalidade entre os períodos seco e úmido. O modelo, que é 

uma simplificação do modelo tipo 1, é representado na Equação 2: 

Equação 2 

 

Modelo tipo 3 – relação pesado e leve 

O modelo tipo 3 procura explicar a relação entre os patamares de carga pesado e leve  a partir 

de uma constante “c0” e um termo de erro (“u”). O modelo é representado pela Equação 3. 

Equação 3 

 

3.2 Sinal sazonal 

Com o objetivo de identificar a existência de sazonalidade ao longo dos anos, as séries do PLD 

leve  e  do  CMO  leve  foram  analisadas,  para  cada  um  dos  quatro  sub‐mercados.  Caso  a 

sazonalidade  seja  verificada,  o  valor  encontrado  será  comparado  com  a  diferença  de  12% 

entre os períodos seco e úmido ora aplicado pela ANEEL aos consumidores cativos.  

Para  tanto,  foram estudados os gráficos das  séries, os  indicadores da estatística descritiva e 

aplicados modelos econométricos do tipo 1 e 2. Os resultados são apresentados em duas sub‐

seções, a primeira com a análise das séries históricas do preço leve do PLD e a segunda com as 

projeções do CMO leve do NEWAVE.  

Page 15: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

15 

 

3.2.1 Preço leve: série histórica do PLD (2002‐2009) 

A Figura 8 representa as séries históricas dos preços leve por sub‐mercado em R$/MWh (eixo 

vertical)  conforme  a  evolução  do  tempo  em  semanas  (eixo  horizontal).  Como  pode  ser 

observado, o gráfico das séries sugere a existência de alta volatilidade, ausência de tendência e 

a ocorrência de picos circunstanciais em determinados períodos do tempo.   

Figura 8 

0

200

400

600

0

100

200

300

400

500

600

0

200

400

600

0

100

200

300

400

500

600

Serie‐Preço Leve‐‐Sudeste

Serie‐Preço Leve‐‐Sul

Serie‐Preço Leve‐‐Nordeste

Serie‐Preço Leve‐‐Norte

 

Em seguida, foi calculado, para cada sub‐mercado e ano, a média dos preços no período seco 

(PLDseco), a média no período úmido  (PLDúmido),   e a  relação entre ambas. Os  resultados  são 

indicados  na  Tabela  1  onde  se  pode  verificar  que  não  existe  um  padrão  definido  e  que  as 

trocas de sinal são freqüentes.  

Page 16: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

16 

 

Tabela 1 

SUDESTE

Ano PLDseco PLDumido(PLDseco/

PLDumido)-1

2002 11,2 23,9 -53,1%2003 16,9 7,4 129,3%2004 18,6 19,5 -4,7%2005 35,0 20,0 74,9%2006 86,0 37,3 130,4%2007 119,7 59,1 102,4%2008 87,9 206,5 -57,4%2009 25,1 55,4 -54,7%

SUL

Ano PLDseco PLDumido(PLDseco/

PLDumido)-1

2002 10,8 8,8 22,8%2003 17,5 7,4 137,0%2004 18,6 19,5 -4,7%2005 28,7 31,9 -9,9%2006 86,3 41,8 106,6%2007 109,2 59,8 82,8%2008 85,0 206,5 -58,8%2009 25,1 57,2 -56,1%

NORDESTE

Ano PLDseco PLDumido(PLDseco/

PLDumido)-1

2002 8,1 79,8 -89,8%2003 14,2 12,8 10,9%2004 18,6 71,7 -74,1%2005 18,6 18,4 1,1%2006 37,5 25,5 47,3%2007 119,2 54,0 120,7%2008 88,0 210,6 -58,2%2009 21,6 46,9 -53,9%

NORTE

Ano PLDseco PLDumido(PLDseco/

PLDumido)-1

2002 8,0 5,9 34,3%2003 16,5 7,3 126,7%2004 18,6 19,1 -2,5%2005 30,9 18,9 63,3%2006 77,7 25,2 208,8%2007 119,7 53,2 124,9%2008 84,9 195,4 -56,6%2009 18,6 33,4 -44,2%  

 

Os  indicadores da estatística descritiva: média, mediana, desvio padrão, e valores máximos e 

mínimos, da relação anual  indicada anteriormente são apresentados na Tabela 2. A partir da 

tabela verifica‐se que os valores das médias e medianas são significativamente diferentes dos 

12% atualmente aplicados pela ANEEL. Adicionalmente, os desvios padrão  confirmam que a 

variação das relações ao longo do tempo é muito elevada.  

Tabela 2 

Média 33,4% Média 56,8%Mediana 35,1% Mediana 48,8%Máximo 130,4% Máximo 208,8%Mínimo -57,4% Mínimo -56,6%

Desvio Padrão 0,79 Desvio Padrão 0,86

Média 27,5% Média -12,0%Mediana 9,1% Mediana -26,4%Máximo 137,0% Máximo 120,7%Mínimo -58,8% Mínimo -89,8%

Desvio Padrão 0,69 Desvio Padrão 0,67

Relação Seco/Úmido-1 Sudeste

Relação Seco/Úmido-1 Norte

Relação Seco/Úmido-1 Sul

Relação Seco/Úmido-1 Nordeste

 

Page 17: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

17 

 

Finalmente,  na  Figura  9  são  apresentadas  as  distribuições  de  freqüências  acumuladas  das 

relações  entre  os  patamares  seco  e  úmido,  previamente  apresentadas  na  Tabela  2.  Os 

resultados reafirmam que a relação entre os períodos úmido e seco não apresenta um padrão.  

Figura 9 

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

‐∞,‐15%) até 0% até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Seco/Úmido‐Sudeste

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

‐∞,‐15%) até 0% até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Seco/Úmido‐Sul

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

‐∞,‐15%) até 0% até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Seco/Úmido‐Nordeste

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

‐∞,‐15%) até 0% até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Seco/Úmido‐Norte

 

Modelos Econométricos 

O teste econométrico para a análise do sinal sazonal  foi  iniciada com a aplicação do modelo 

tipo  2,  que  permite  testar  se  as  séries  apresentam  sazonalidade  entre  os  períodos  seco  e 

úmido, conforme presumido pela ANEEL. Em seguida, foi rodado o modelo tipo 1, que por ser 

mais  complexo permite  a  captura  conjunta  de diversos  tipos de  sazonalidade. A  seguir  são 

apresentados os modelos aplicados para o sub‐mercado sudeste, sendo que, os modelos dos 

demais mercados encontram‐se no ANEXO 1. 

O modelo  tipo 2, do  sub‐mercado  sudeste,  é  indicado na  Figura 10.  Ele  tem  como  variável 

dependente o preço PLD  leve explicado pela dummy UMIDO, uma constante C e a tendência 

DATA.  

Page 18: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

18 

 

Figura 10 

-1000

100200300400500

0100200300400500600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Na  parte  esquerda  abaixo  da  coluna  coefficient  é  indicado  o  valor  dos  coeficientes  que 

resolvem o problema de mínimos quadrados ordinários. A constante C com valor de 4,1 indica 

a  ordenada  à  origem  do modelo  estimado,  representado  na  Figura  10  pela  linha  verde  do 

gráfico à direita. O coeficiente da variável DATA indica a tendência do modelo, onde para cada 

semana transcorrida o preço é  incrementado em R$ 0,21. O coeficiente UMIDO  indica que o 

preço é superior em R$ 2,87 nos meses úmidos em relação aos secos.  

Porém, esses coeficientes não podem ser tomados como estatisticamente significantes, dado 

que o valor da probabilidade do erro da estatística “t” (coluna Prob. da Figura 10) – que indica 

se os coeficientes das variáveis são significativamente diferentes de zero – é superior a 0,05. 

Neste  caso,  a  variável  UMIDO  é  não  significativamente  diferente  de  zero,  já  que  a 

probabilidade do erro é de 64%, superior aos 5%. Por sua vez, o coeficiente da variável DATA, 

apesar de ser considerado estatisticamente significante (0%), não é suficiente para afirmar que 

a  série  apresenta  tendência. Para  isso, é necessário  conferir  se  as premissas do modelo de 

mínimos quadrados ordinários são satisfeitas. Entre elas, deve ser checada a ausência de auto‐

correlação nos resíduos, caso contrário, existe uma má especificação do modelo de regressão. 

Quando o modelo é bem especificado, o valor do teste de Durbin‐Watson  (indicado na  linha 

final da Figura 10) é próximo a dois e os resíduos seguem um comportamento aleatório ou de 

ruído  branco.  O  modelo  tipo  2,  além  de  ter  um  Durbin‐Watson  de  0,17,  apresenta  um 

comportamento dos resíduos, representados pela linha azul na parte inferior da Figura 10, não 

aleatório, em conseqüência o modelo não representa a série real. 

Finalmente, para concluir a análise da especificação do modelo, deve ser verificado o valor do 

R‐squared. Enquanto ele tiver mais próximo de um, o modelo estimado estará mais aderente a 

Modelo tipo 2‐Sudeste

Page 19: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

19 

 

série real. No gráfico a direita da Figura 10, a linha verde, representativa do modelo estimado, 

estará mais próxima da linha vermelha, que representa os dados reais da série. Por outro lado, 

enquanto  o  R‐squared  tiver  mais  próximo  de  zero,  a  linha  azul,  indicadora  dos  resíduos 

(diferença  entre  o modelo  estimado  e  os  valores  reais  da  série),  acompanhará  em maior 

medida o comportamento da linha vermelha, com valores reais da série. No caso da Figura 10, 

se observa que o modelo estimado não acompanha o comportamento da série, o R‐squared 

identificado é de 0,15. 

Diante  das  razões  aqui  apresentadas,  se  conclui  pelo  modelo  tipo  2  que  não  é  possível 

identificar uma sazonalidade estrutural entre os períodos seco e úmido da série histórica do 

PLD leve do sub‐mercado sudeste. 

Os  resultados  encontrados  para  o modelo  tipo  1  estão  disponibilizados  na  Figura  11.  Este 

modelo considera  inicialmente a Equação 1 completa, como detalhada na  seção 3.1, porém 

serão apenas apresentadas as variantes onde todos os coeficientes “ci” e “di” do modelo são 

estatisticamente significantes ao nível de 5%. 

Figura 11 

 

-200

0

200

400

600

-200

0

200

400

600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

 

Na  Figura  11,  a  constante  C  indica  a  ordenada  à  origem  no  valor  de  15,27;  a  tendência 

(representada pelo coeficiente da DATA) é de 0,21; e a sazonalidade – dada pela união de uma 

função  semestral  e  trimestral  –  é  indicada  pelos  coeficientes  c1s  de  19,44  e  c2s  de  9,62. 

Entretanto, apesar do modelo tipo 1 considerar um maior número de variáveis explicativas, ele 

também não consegue representar a evolução da série real de preços dado que o R‐squared e 

o Durbin‐Watson são apenas levemente superiores aos do modelo tipo 2, e o comportamento 

dos resíduos não é aleatório ou de ruído branco.  Assim, novamente, não é possível identificar 

Modelo tipo 1‐Sudeste

Page 20: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

20 

 

uma sazonalidade estrutural na série do PLD leve, sub‐mercado sudeste. Os modelos testados 

para os demais sub‐mercados apresentaram resultados semelhantes e estão disponibilizados 

no ANEXO 1.  

Diante dos  resultados obtidos,  concluímos que a análise gráfica, a estatística descritiva e os 

resultados dos modelos 1 e 2 indicam que as séries históricas do PLD leve apresentam um alta 

volatilidade  e  não  possuem  sazonalidade  estrutural  significativa  para  nenhum  sub‐mercado 

estudado. 

3.2.2 CMO leve: série projetada pelo NEWAVE (2009‐2013) 

Da mesma maneira  que  apresentado  no  estudo  das  séries  históricas  da  seção  anterior,  a 

análise da  série de projeções do NEWAVE  foi  realizada a partir do gráfico da  série do CMO 

mensal  (em  R$/MWh)  ao  longo  do  período  (2009‐2013),  da  estatística  descritiva  e  dos 

modelos tipo 1 e 2. 

A Figura 12 ilustra as séries do CMO leve por sub‐mercado conforme a evolução do tempo em 

meses. A análise das séries sugere a existência de tendência e sazonalidade. 

Figura 12 

0

200

20

09

.1

20

09

.4

20

09

.7

20

09

.10

20

10

.1

20

10

.4

20

10

.7

20

10

.10

20

11

.1

20

11

.4

20

11

.7

20

11

.10

20

12

.1

20

12

.4

20

12

.7

20

12

.10

20

13

.1

20

13

.4

20

13

.7

20

13

.10

R$

/ MW

h

Leve SE

0

200

2009

.1

2009

.4

2009

.7

2009

.10

2010

.1

2010

.4

2010

.7

2010

.10

2011

.1

2011

.4

2011

.7

2011

.10

2012

.1

2012

.4

2012

.7

2012

.10

2013

.1

2013

.4

2013

.7

2013

.10

R$ /

MW

h

Leve

0

200

2009

.1

2009

.4

2009

.7

2009

.10

2010

.1

2010

.4

2010

.7

2010

.10

2011

.1

2011

.4

2011

.7

2011

.10

2012

.1

2012

.4

2012

.7

2012

.10

2013

.1

2013

.4

2013

.7

2013

.10

R$

/ MW

h

Leve

0

200

2009

.1

2009

.4

2009

.7

2009

.10

2010

.1

2010

.4

2010

.7

2010

.10

2011

.1

2011

.4

2011

.7

2011

.10

2012

.1

2012

.4

2012

.7

2012

.10

2013

.1

2013

.4

2013

.7

2013

.10

R$

/ MW

h

LeveSerie‐CMO Leve‐Nordeste

Serie‐CMOLeve‐NorteSerie‐CMOLeve‐Sudeste

Serie‐CMOLeve‐Sul

 

Em seguida a análise gráfica da série, foram calculados, para cada sub‐mercado e ano, a média 

dos  preços  no  período  seco  (CMOSECO),  a média  no  período  úmido  (CMOÚMIDO),  e  a  relação 

entre ambas. Observa‐se na Tabela 3 que em todos os casos, com exceção do sul no ano de 

2013, o valor da relação tem sinal positivo e é decrescente. 

Page 21: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

21 

 

Tabela 3 

Ano CMO SECO CMO ÚMIDO(CMO SECO/CMO

ÚMIDO-1)

2009 10,7 28,9 171,4%2010 55,7 85,6 53,7%2011 56,7 112,6 98,7%2012 91,0 136,8 50,3%2013 109,2 132,0 20,9%

NORDESTE

Ano CMO SECO CMO ÚMIDO(CMO SECO/CMO

ÚMIDO-1)

2009 9,4 34,6 267,8%2010 67,4 91,0 35,0%2011 69,6 126,2 81,3%2012 121,9 168,1 37,9%2013 155,3 170,9 10,1%

SUDESTE

Ano CMO SECO CMO ÚMIDO(CMO SECO/CMO

ÚMIDO-1)

2009 9,0 32,5 263,1%2010 65,4 80,3 22,7%2011 68,3 114,5 67,6%2012 120,4 145,9 21,2%2013 152,4 150,8 -1,0%

SUL

Ano CMO SECO CMO ÚMIDO(CMO SECO/CMO

ÚMIDO-1)

2009 11,4 30,8 169,6%2010 58,3 90,9 56,0%2011 60,9 120,2 97,4%2012 95,1 148,9 56,6%2013 119,4 155,5 30,3%

NORTE

 

O  próximo  passo  foi  avaliar  as medidas  estatísticas,  referentes  a média, mediana,  desvio 

padrão, máximos e mínimos. Diante dos resultados  indicados na Tabela 4 é possível verificar 

que os valores não são aderentes a relação de 12% atualmente utilizada pela ANEEL. De forma 

complementar, o histograma de freqüência da Figura 13 corrobora essa não aderência.  

Tabela 4 

Média 86,4%Mediana 37,9%Máximo 81,3%Mínimo 10,1%

Desvio Padrão 0,94

Relação Seco/Úmido-1 Sudeste

Média 74,7%Mediana 22,7%Máximo 263,1%Mínimo -1,0%

Desvio Padrão 0,97

Relação Seco/Úmido-1 Sul

Média 82,0%Mediana 56,6%Máximo 97,4%Mínimo 30,3%

Desvio Padrão 0,49

Relação Seco/Úmido-1 Norte

Média 79,0%Mediana 53,7%Máximo 98,7%Mínimo 20,9%

Desvio Padrão 0,52

Relação Seco/Úmido-1 Nordeste

 

 

Page 22: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

22 

 

Figura 13 

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

[0%,15%) até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Seco/Umido‐Sudeste

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

[‐15%,0%) até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Seco/Umido‐Sul

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

[0%,15%) até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Seco/Umido‐Nordeste

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

[0%,15%) até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Seco/Umido‐Norte

 

 

Modelos Econométricos 

Nesta seção, são detalhados os modelos tipo 2 e 1 para o sub‐mercado sudeste, sendo que, os 

modelos dos demais sub‐mercados encontram‐se no ANEXO 2. 

O modelo  tipo 2 é apresentado na Figura 14, nele o CMO  leve do  sudeste é explicado pela 

dummy UMIDO, uma constante C e a tendência DATA. O valor da constante C estimada é de 

26,36, indicando a ordenada à origem; o coeficiente da tendência DATA é de 2,93, sinalizando 

uma  tendência  crescente;  e  o  coeficiente  UMIDO  de  ‐22,88  indica  uma  sazonalidade  com 

diferença  de R$  22,88  a menos  nos meses  do  período  úmido  em  relação  ao  período  seco. 

Finalmente, o valor do R‐squared de 92% confirma as projeções do modelo. Porém, o valor do 

Durbin‐Watson  de  0,69  não  está  próximo  de  dois  e  os  resíduos  não  seguem  um 

comportamento aleatório. 

 

Page 23: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

23 

 

Figura 14 

-40

-20

0

20

40

60

0

50

100

150

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

Por sua vez, o modelo tipo 1 apontou resultados semelhantes  (de tendência e sazonalidade) 

aos  do  modelo  tipo  2,  com  um  nível  de  significância  levemente  superior.  O  modelo  é 

apresentado na Figura 15. O R‐squared resultante é de 93% e o Durbin‐Watson de 0,51. 

Figura 15 

        

-40

-20

0

20

40

0

50

100

150

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

Diante  do  exposto,  e  a  partir  dos  resultados  dos  modelos  dos  demais  sub‐mercados 

disponibilizados no ANEXO 2, se conclui   que as séries de CMO  leve apresentam tendência e 

sazonalidade, em particular nos períodos úmido e seco.  

Um  resultado adicional deste estudo é a verificação de uma divergência estrutural entre as 

séries do CMO projetado e do PLD histórico. A série do CMO, dada pelo NEWAVE, apresentou 

tendência e sazonalidade, características que não foram verificadas na série do PLD histórico. 

Esse  fato  indica  que,  apesar  das  projeções  de  longo  prazo  apresentarem  sazonalidade,  na 

prática, quando os dados de entrada dos modelos de curto prazo  são atualizados  semana a 

semana, os valores aplicados derivam em resultados bastante diferentes dos projetados. Em 

Modelo tipo 2‐Sudeste

Modelo tipo 1‐Sudeste

Page 24: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

24 

 

resumo, as projeções  feitas para o  longo prazo pelo NEWAVE não  são acompanhadas pelos 

resultados semanais do DECOMP. 

3.3 Sinal horário: análise das séries de preço pesado/leve 

A avaliação do  sinal de 72% atualmente aplicado pela ANEEL nos horários de ponta e  fora‐

ponta  foi  realizada a partir da  relação dos patamares de  carga pesado e  leve  formada pela 

pelas séries históricas  (PLD) e projetadas (CMO NEWAVE). Foram realizadas análises gráficas, 

estatísticas e aplicado o modelo econométrico  tipo 3. Além da  relação propriamente dita, o 

estudo buscou a existência de sazonalidade na série da relação dos patamares pesado e leve, a 

partir da aplicação do modelo tipo 2. 

A  seguir  são  apresentados  os  resultados  das  análises  por  sub‐mercado  tendo  como  base  a 

séries históricas do PLD e as projeções do NEWAVE.  

3.3.1 Pesado/leve: série histórica do PLD (2002‐2009). 

A análise foi iniciada com a visualização da relação dos preços históricos pesado/leve para cada 

um dos  sub‐mercados,  indicado na  Figura 16. A partir dela  se presume  a existência de  alta 

volatilidade, ausência de tendência e a ocorrência de picos circunstanciais. 

Figura 16 

0,751,001,251,501,752,002,252,502,753,003,253,50

Serie‐Pesado/Leve‐Nordeste

0,95

1,00

1,05

1,10

1,15

1,20

Serie‐Pesado/Leve‐Norte

0,751,001,251,501,752,002,252,502,753,003,253,50

Serie‐Pesado/Leve‐Sudeste

0,751,001,251,501,752,002,252,502,753,003,253,503,754,004,25

Serie‐Pesado/Leve‐Sul

 

Page 25: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

25 

 

Os  indicadores da  estatística descritiva  (Tabela 5)  apresentam mediana de  0% para os  sub‐

mercados norte e nordeste e de 1% para o sul e sudeste. A média é de 7% para o sul, 4% para 

o sudeste e 1% para os sub‐mercados norte e nordeste. Esses valores são significativamente 

inferiores aos 72% aplicados pela ANEEL. Porém, existem alguns pontos outliers onde  foram 

verificadas relações máximas de 630% para o norte, 303% para o sul, 215% para o sudeste e 

15% para o nordeste.  

Tabela 5 

Média 3,5% Média 1,0%

Mediana 1,4% Mediana 0,0%Máximo 215,0% Máximo 630,0%

Mínimo 0,0% Mínimo 0,0%Desvio Padrão 0,15 Desvio Padrão 0,48

Média 7,0% Média 0,6%

Mediana 0,6% Mediana 0,0%Máximo 303,0% Máximo 15,0%

Mínimo 0,0% Mínimo 0,0%Desvio Padrão 0,30 Desvio Padrão 0,01

Relação Pesado/Leve-1 Nordeste

Relação Pesado/Leve-1 Norte

Relação Pesado/Leve-1 Sul

Relação Pesado/Leve-1 Sudeste

 

 

Os histogramas da  Figura 17 mostram  a distribuição de  freqüências da  relação pesado/leve 

para cada sub‐mercado, além das freqüências acumuladas. A análise dos mesmos mostra que, 

com  um  nível  de  confiança  superior  a  95%,  a  diferença  da  relação  de  pesado/leve  é  não 

superior a 9% no sudeste, 23% no sul, 21% no norte e 4% no nordeste. Novamente, os valores 

são significativamente inferiores aos 72% aplicados pela ANEEL. 

Page 26: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

26 

 

Figura 17 

  

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%Distribuição Freqüências ‐Pesado/Leve‐Sudeste Distribuição Freqüências Acumulada‐Pesado/Leve‐Sudeste

0,0%5,0%

10,0%15,0%20,0%25,0%30,0%35,0%40,0%45,0%50,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%Distribuição Freqüências ‐Pesado/Leve‐Sul Distribuição Freqüências Acumulada‐Pesado/Leve‐Sul

 

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

Distribuição Freqüências- Pesado/Leve‐Norte

Distribuição Freqüências- Pesado/Leve‐Nordeste Distribuição Freqüências Acumulada- Pesado/Leve‐Nordeste

Distribuição Freqüências Acumulada- Pesado/Leve‐Norte

 

 Modelos Econométricos 

Nesta  seção  é  apresentado  inicialmente  o modelo  tipo  3  –  que  verifica  a  relação  entre  os 

patamares pesado e leve – e, em seguida, é testado o modelo tipo 2 que busca a existência de 

sazonalidade  nesta  relação.  Ambos  são  detalhados  para  o  sub‐mercado  sudeste,  porém  os 

modelos dos demais sub‐mercados estão disponibilizados no ANEXO 3. 

Page 27: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

27 

 

O modelo  tipo  3,  representado  pela  Equação  3  indicada  na  seção  3.1,  utiliza  apenas  uma 

constante para explicar a relação do PLD pesado sobre leve. Os resultados indicados na Figura 

18 mostram uma relação de preços de 3,6% (coeficiente C  igual a 1,0358), porém, como o R‐

squared  é  igual  a  zero,  o modelo  não  captura  o  comportamento  da  série  e  não  pode  ser 

utilizado para análises mais específicas. Os  resultados  são  semelhantes para os demais  sub‐

mercados. 

Figura 18 

-0.50.00.51.01.52.02.5

0.81.21.62.02.42.83.2

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Diante do exposto, e a partir dos resultados dos modelos dos sub‐mercados do ANEXO 3, se 

conclui  que  a  alta  volatilidade  das  séries  de  PLD  pesado/leve  impossibilita  que  os modelos 

econométricos testados capturem de forma aceitável o seu comportamento. 

De  forma  complementar,  o modelo  tipo  2  foi  utilizado  para  buscar  uma  sazonalidade  da 

relação de preços PLD pesado/leve através de uma variável dummy UMIDO, uma constante C e 

a tendência DATA. Assim, além o modelo permite capturar a existência de sazonalidade e de 

tendência na relação de preços. Para o sub‐mercado sudeste (Figura 19) os resultados indicam 

a inexistência de tendência (a variável DATA foi retirada da Figura 19 já que não foi significativa 

no nível de 5%), e a existência de uma sazonalidade de ‐1,1% entre os períodos úmido e seco. 

Porém, os indicadores estatísticos R‐squared de 0,046, Durbin‐Watson de 0,67 e resíduos auto‐

correlacionados mostram que o modelo não pode ser utilizado para explicar a série.  

Modelo tipo 3‐Sudeste

Page 28: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

28 

 

Figura 19 

-.04-.02.00.02.04.06.08

0.981.001.021.041.061.081.10

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

*

 

3.3.2 Pesado/leve: série projetada pelo NEWAVE (2009‐2013) 

A análise gráfica da relação dos CMO pesado/leve do NEWAVE  (Figura 20), da mesma  forma 

que a dos preços histórico da seção anterior, sinaliza a existência de uma forte volatilidade nos 

quatro sub‐mercados.  

Figura 20 

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25Série‐CMOPesado/Leve‐Norte

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

1,3

1,35

1,4

1,45

1,5

Série‐CMOPesado/Leve‐Nordeste

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

1,3

1,35

1,4Série‐CMOPesado/Leve‐Sul

1

1,01

1,02

1,03

1,04

1,05

1,06

1,07

1,08Série‐CMOPesado/Leve‐Sudeste

 

 

Os indicadores da estatística descritiva indicam que os valores de média e mediana se mantém 

inferiores aos 72% aplicados pela ANEEL.  

Modelo tipo 2‐Sudeste

Page 29: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

29 

 

Tabela 6 

Média 0,8% Média 3,4%Mediana 0,3% Mediana 1,0%Máximo 6,8% Máximo 22,6%Mínimo 0,0% Mínimo 0,0%

Desvio Padrão 0,01 Desvio Padrão 0,05

Média 12,6% Média 3,4%Mediana 11,3% Mediana 1,0%Máximo 43,4% Máximo 22,6%Mínimo 0,0% Mínimo 0,0%

Desvio Padrão 0,09 Desvio Padrão 0,05

Relação Pesado/Leve-1 Sudeste

RelaçãoPesado/Leve-1 Norte

Relação Pesado/Leve-1 Sul

Relação Pesado/Leve-1 Nordeste

 

 

Da mesma forma, os histogramas  ilustrados na Figura 21 que mostram que a distribuição de 

freqüências  acumuladas  da  relação  pesado/leve  para  cada  sub‐mercado  confirmam  o  peso 

excessivo  que  o  regulador  utiliza  na  relação  ponta  e  fora‐ponta.  A  análise  das  freqüências 

mostra  que,  com  um  nível  de  confiança  superior  a  95%,  a  diferença  da  relação  de  CMO 

pesado/leve é não superior a 4% no sudeste, 30% no sul, 20% no norte e 30% no nordeste.  

Figura 21 

97,50%

98,00%

98,50%

99,00%

99,50%

100,00%

100,50%

[0,5%) até 10% até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Pesado/Leve‐Sudeste

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

[0,5%) até 10% até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Pesado/Leve‐Nordeste

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

[0,5%) até 10% até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Pesado/Leve‐Sul

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

[0,5%) até 10% até 15% até 40% até 80% acima de 80%

Distribuição de Freqüências Acumulada‐Pesado/Leve‐Norte

 

Page 30: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

30 

 

Modelos Econométricos 

De  forma análoga a análise da  relação histórica do PLD, nesta  seção  serão apresentados os 

modelos tipo 3 e tipo 2 para o sub‐mercado sudeste.  

Novamente,  o modelo  tipo  3  explica  a  relação de  CMO  pesado/leve por uma  constante. O 

resultado  indicado na  Figura 22, para o  sub‐mercado  sudeste,  apresenta um  coeficiente de 

1,0075  indicando um valor da relação de preços de 0,75%. Porém, o R‐squared do modelo é 

igual a zero, fato que, mais uma vez impossibilita avaliações mais detalhadas. Os modelos dos 

demais sub‐mercados encontram‐se no ANEXO 4, com resultados similares. 

 

Figura 22 

-.02

.00

.02

.04

.06

.08

0.98

1.00

1.02

1.04

1.06

1.08

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

 

Diante dos  resultados  apresentados,  se  conclui que  as  séries de CMO pesado/leve não  são 

representadas pelos modelos testados. Por esse motivo, a avaliação da relação dos patamares 

pesado e leve deve ser realizada apenas a partir das estatísticas descritivas. 

Por  sua  vez,  a  análise  de  sazonalidade  do modelo  tipo  2  está  indicada  na  Figura  24.  Os 

resultados indicam a inexistência de tendência, e a existência de uma sazonalidade de ‐1,1% da 

relação  nos  períodos  úmidos.  Entretanto,  da  mesma  forma  que  na  análise  do  PLD,  os 

indicadores  estatísticos  R‐squared  de  0,046,  Durbin‐Watson  de  0,67  e  resíduos  auto‐

correlacionados mostram que o modelo não pode ser utilizado para explicar a série.  

Modelo tipo 3‐Sudeste

Page 31: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

31 

 

Figura 23 

-.04-.02.00.02.04.06.08

0.981.001.021.041.061.081.10

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

*

 

Neste caso, apesar de os resultados dos sub‐mercados sudeste e do nordeste não apontaram 

sazonalidade,  nos  sub‐mercados  Norte  e  Sul  foi  encontrada  uma  sazonalidade  no  período 

úmido em  comparação ao  seco de  ‐5,7%  (Norte) e +8,5%  (Sul). Neste ponto,  cabe  indicar a 

complementaridade  hídrica  existente  entre  o  sub‐mercado  Sul  e  os  demais,  como  possível 

razão dessa sazonalidade de sinal contrário. Os resultados podem ser verificados nos modelos 

tipo 2 do ANEXO 4. 

4. Conclusões 

O objetivo deste relatório foi analisar os sinais horo‐sazonais atualmente aplicados pela ANEEL 

na  tarifa  de  energia  dos  clientes  cativos.  Para  isso,  foi  utilizada  a  análise  estatística  e  a 

aplicação  de modelos  de mínimos  quadrados  ordinários  para  as  séries  históricas  do  PLD  e 

projetadas pelo NEWAVE. 

A avaliação do sinal sazonal foi feita através das séries de preços históricos do PLD leve e do 

CMO leve do NEWAVE. A análise das séries do PLD histórico indica que as mesmas apresentam 

uma volatilidade elevada e que não possuem uma sazonalidade estrutural significativa entre os 

períodos  seco e úmido, em decorrência  fica  impossibilitado o  cálculo de uma  relação única 

entre esses períodos. 

Por  outro  lado,  as  séries  de  CMO  projetadas  pelo  NEWAVE  apresentam  tendência  e  forte 

sazonalidade  entre  as  estações  úmida  e  seca. Os  valores  encontrados  da  razão  seco  sobre 

úmido são em média significativamente superiores aos 12% adotados pela ANEEL, e a relação 

é decrescente ao longo dos anos e diferente entre os sub‐mercados.  

Modelo tipo 2‐Sudeste

Page 32: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

32 

 

O sinal horário foi estudado através da relação pesado/leve histórica e projetada. Nas séries 

históricas,  considerando  a  análise  estatística da média  e da mediana, os  valores da  relação 

(pesado/leve)‐1  são  significativamente  inferiores à atualmente aplicada pela ANEEL  (72%). A 

média  da  relação  é de  7% para o  sul,  4% para o  sudeste  e  1% para o norte  e nordeste;  a 

mediana  é  de  0%  para  o  norte  e  nordeste  e  de  1%  para  o  sul  e  sudeste.  Considerando  a 

distribuição de freqüências e um nível de confiança superior a 95%, a relação (pesado/leve)‐1 é 

não  superior  a  9%  no  sudeste,  23%  no  sul,  21%  no  norte  e  4%  no  nordeste.  Todos 

significativamente  inferiores  aos  72%  aplicados  pela  ANEEL.  Por  fim,  os  modelos 

econométricos indicam: a existência de volatilidade, ausência de tendência e de sazonalidade 

da relação. 

Já a análise das distribuições de freqüências das séries do CMO pesado/leve do NEWAVE indica 

que, com um nível de confiança superior a 95%, a diferença da relação (pesado/leve)‐1 é não 

superior  a  4%  no  sudeste,  30%  no  sul,  20%  no  norte  e  30%  no  nordeste.  Todos 

significativamente  inferiores  aos  72%  aplicados  pela ANEEL. Ao mesmo  tempo,  os modelos 

econométricos sugerem a existência de uma sazonalidade de ‐5,7% para o mercado norte e de 

+8,5% para o sul no período úmido a diferença do seco.  

Como  síntese  das  conclusões,  se  observa  que  na  análise  do  sinal  sazonal,  os  resultados 

extraídos do NEWAVE divergem dos apontados nos estudos das séries do PLD. Este fato indica 

a falta de representatividade das projeções médias do modelo NEWAVE com os preços reais. 

Já  na  análise  do  sinal  horário,  tanto  o  NEWAVE  como  o  DECOMP  apresentam  resultados 

similares. Finalmente, as análises estatísticas das séries  indicam que o sinal sazonal atual de 

12% é  insuficiente enquanto o sinal horário de 72% é excessivo. Diante do exposto,  tendo o 

objetivo de  formular propostas  tarifárias alternativas às atuais que  sinalizem a escassez das 

fontes  de  geração  por  sub‐mercado,  sugere‐se  a  aplicação  de  sinais  diferenciados  por  sub‐

mercado  baseados  em  mecanismos  de  ajustes  dinâmicos  e  periódicos,  alimentados  de 

modelos  projetivos.  Caberia  a  estudos  posteriores  indicar  tanto  o  modelo  a  ser  utilizado 

quanto a periodicidade de atualização mais adequados. 

Page 33: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

33 

 

ANEXO 1‐ Série Preço Leve: análise histórica (2002‐2009) 

Sudeste 

-1000

100200300400500

0100200300400500600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

 

-200

0

200

400

600

-200

0

200

400

600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

 

Sul 

  

-1000

100200300400500

0100200300400500600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 2‐Sul

Modelo tipo 2‐Sudeste

Modelo tipo 1‐Sudeste

Page 34: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

34 

 

 

Norte 

 

-200

0

200

400

600

0100200300400500600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

-200

0

200

400

600

-200

0

200

400

600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 1‐Sul

Modelo tipo 2‐Norte

Modelo tipo 1‐Norte

Page 35: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

35 

 

Nordeste 

 

-1000

100200300400500

0100200300400500600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

  

-200

0

200

400

600

0

100

200

300

400

500

600

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 1‐Nordeste

Modelo tipo 2‐Nordeste

Page 36: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

36 

 

ANEXO 2‐CMO leve: série projetada pelo NEWAVE (2009‐2013) 

 

Sudeste 

-40

-20

0

20

40

60

0

50

100

150

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

-40

-20

0

20

40

0

50

100

150

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

 

Modelo tipo 2‐Sudeste

Modelo tipo 1‐Sudeste

Page 37: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

37 

 

Sul 

-40

-20

0

20

40

0

50

100

150

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

-40

-20

0

20

40

0

50

100

150

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 2‐Sul

Modelo tipo 1‐Sul

Page 38: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

38 

 

 

Norte 

-60

-40

-20

0

20

40

0

40

80

120

160

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

-40

-20

0

20

40

0

50

100

150

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 2‐Norte

Modelo tipo 1‐Norte

Page 39: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

39 

 

Nordeste  

-40

-20

0

20

40

0

40

80

120

160

200

2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 2‐Nordeste

Modelo tipo 1‐Nordeste Coeficientes não significativos 

Page 40: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

40 

 

ANEXO 3‐Pesado/leve: série histórica do PLD (2002‐2009) 

Sudeste 

 

-0.50.00.51.01.52.02.5

0.81.21.62.02.42.83.2

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

-.04-.02.00.02.04.06.08

0.981.001.021.041.061.081.10

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

*

 

Sul 

-1

0

1

2

30

1

2

3

4

5

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 2‐Sudeste

Modelo tipo 3‐Sudeste

Modelo tipo 3‐Sul

Page 41: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

41 

 

-.10-.05.00.05.10.15.20.25

0.95

1.00

1.05

1.10

1.15

1.20

1.25

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Norte 

-2

0

2

4

6

8

0

2

4

6

8

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

-.10-.05.00.05.10.15.20

0.951.001.051.101.151.201.25

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 2‐Sul

Modelo tipo 2‐Norte

Modelo tipo 3‐Norte

Page 42: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

42 

 

Nordeste 

-.04

.00

.04

.08

.12

.16

0.96

1.00

1.04

1.08

1.12

1.16

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

-.02

-.01

.00

.01

.02

.03

.04

0.99

1.00

1.01

1.02

1.03

1.04

02 03 04 05 06 07 08 09

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 2‐Nordeste

Modelo tipo 3‐Nordeste

Page 43: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

43 

 

ANEXO 4‐ Pesado/leve: série projetada pelo NEWAVE (2009‐2013) 

Sudeste 

-.02

.00

.02

.04

.06

.08

0.98

1.00

1.02

1.04

1.06

1.08

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

-.02

.00

.02

.04

.06

0.98

1.00

1.02

1.04

1.06

1.08

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

Sul 

-.2

-.1

.0

.1

.2

.3

.4

0.9

1.0

1.1

1.2

1.3

1.4

1.5

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

Modelo tipo 2‐Sudeste

Modelo tipo 3‐Sul

Modelo tipo 3‐Sudeste

Page 44: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

44 

 

-.1

.0

.1

.2

.3

.4

0.9

1.0

1.1

1.2

1.3

1.4

1.5

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

Norte 

-.10

-.05

.00

.05

.10

.15

.20

0.95

1.00

1.05

1.10

1.15

1.20

1.25

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

-.10

-.05

.00

.05

.10

.15

.20

0.95

1.00

1.05

1.10

1.15

1.20

1.25

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

 

 

 

 

 

 

Modelo tipo 2‐Sul

Modelo tipo 2‐Norte

Modelo tipo 3‐Norte

Page 45: Sinais horo-sazonais v19€¦ · 4 1. Introdução O objetivo deste relatório é analisar os sinais horo‐sazonais atualmente adotados pela ANEEL nas tarifas de energia (commodity)

 

 

45 

 

Nordeste 

-.2

-.1

.0

.1

.2

.3

0.9

1.0

1.1

1.2

1.3

1.4

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

-.1

.0

.1

.2

.3

0.9

1.0

1.1

1.2

1.3

1.4

2009 2010 2011 2012 2013

Residual Actual Fitted

 

 

 

Modelo tipo 2‐Nordeste

Modelo tipo 3‐Nordeste