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SINALIZAÇÃO HORIZONTAL Hélio Moreira

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL - assender.com.br · na 8 a Reunião Ordinária da Câmara Temática e Engenharia e Tráfego, da Sinalização e da Via em setembro de 2006, resolve: Art

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SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

Hélio Moreira

Hélio Moreira

Redução de acidentes

Para reduzir os acidentes e sua severidade, devemos investir em uma Política Nacional de Segurança de Trânsito com programas em três eixos, a saber :

EDUCAÇÃO

ESFORÇO LEGAL

ENGENHARIA

Esforço LegalLegislação

Capítulo VII Sinalização de Trânsito.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO-CTB LEI NO 9.503 DE 23/09/97.

Artigo 80 – Sempre que necessário será colocado, ao longo da via, sinalização prevista no código e em legislação complementar, destinada àcondutores e pedestres, vedadas a utilização de qualquer outra.

§ 1º . A sinalização será colocada em posição e condições que a tornem perfeitamente visíveis e legíveis durante o dia e a noite, em distâncias compatíveis com a segurança de trânsito.

Artigo 90 – Não serão aplicadas as sanções previstas no Código por inobservância àsinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.

§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo por sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.

EngenhariaHá vários ramos da engenharia aplicados no trânsito e dentre eles podemos citar a Engenharia Viária, Engenharia de Tráfego, Engenharia Automotiva e a Engenharia Eletrônica.

I.T.S

Engenharia

Vamos abordar somente a Engenharia de Tráfego, que trata da operação, sinalização e segurança viária.

Sinalização de trânsito é a maneira pela qual o órgão responsável pelo gerenciamento do trânsito se comunica com o motorista, fornecendo informações relativas à regulamentação, perigos e direção a seguir e que consiste em um dos elementos principais de segurança dos usuários das vias.

Definição

Sinalização de Trânsito

Sinalização Eficiente

Toda sinalização de tráfego pretende informar ao usuário da via, de forma clara, inequívoca e rápida,

o que deve ser feito para realizar manobras seguras.

Este objetivo exige que a sinalização atenda ao seguintes requisitos :

• Credibilidade

• Compressibilidade

• Legibilidade

• Visibilidade

Credibilidade

Compressibilidade

Estudos têm mostrado que 99% das informações recebidas pelo ser humano são

captadas através da visão.

Visibilidade e Legibilidade

A visibilidade e legibilidade podem ser muitas vezes afetadas por diferentes fatores:

- Velocidade do veículo.- Diurna ou noturna.- Condições climáticas adversas.- Distância para manobras seguras.- Idade do motorista.

Velocidade

Visibilidade diurna (CONTRASTE)

Visibilidade noturna (RETRORREFLETÂNCIA)

Ótima visibilidade a grande distâncias

Visibilidade determinada pela retrorrefletividade

Segundo um estudo realizado pelo geógrafo Helmut Troppmair, professor-titular do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp (IGCE), campus de Rio Claro, o motorista que estiver dirigindo a 80 km/h nessas condições, teria apenas 4,5 segundos para realizar uma manobra de emergência, caso se visse diante de um obstáculo. "E mesmo que estivesse a 50 km/h, teria apenas 7,1 segundos, tempo insuficiente para frear e evitar uma colisão", ressalta.

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

• Para que uma sinalização seja eficiente, devemos considerar o ponto de vista do motorista, pois segundo trabalhos efetuados nos EUA, uma pessoa com 52 anos necessita de um segundo a mais do que uma pessoa de 20 anos para tomar decisões.

* Percepção humana

Idade do motorista

A sinalização horizontal tem a finalidade de transmitir e orientar os usuários sobre as condições de utilização da via, compreendendo as proibições, restrições e informações que lhes permitam adotar comportamento adequado, de forma a aumentar a segurança e ordenar os fluxos de tráfego.

Sinalização Horizontal

Considerando os estudos e a aprovação na 8a Reunião Ordinária da Câmara Temática de Engenharia de Tráfego, da Sinalização e da Via em setembro de 2006, resolve:

Art. 1o Fica aprovado: O Volume IV –Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.

Art. 2o Ficam revogados o Manual de Sinalização de Trânsito Parte II – Marcas Viárias aprovado pela resolução no 666/86, do CONTRAN.

Art. 3o Os órgãos e entidades de trânsito terão até 30 de junho de 2008 para se adequarem ao disposto nesta resolução.

Código de Trânsito Brasileiro-CTBLei No. 9.503 DE 23/09/97.

Cores da Sinalização

Cores Diagrama de Cromaticidade

COR TONALIDADE CIE ILLUMINANT C

x y

Amarela 10 YR 7.5/14 0,5007 0,4555

Vermelho 7.0R 3.5/13 0,6003 0,3146

Azul 2.5 PB 3.0/8 0,1780 0,1833

Pigmento

Resultados Colorimétricos

L* a* b*

Tinta Indutil 96,06 -0,91 1,99

Tinta Competitiva

93,86 -0,95 3,82

Sistema L*a*b (CIE 1976)

L* = luminosidade (branco/negro)

a* = verde/vermelho

b* = azul/amarelo

VELOCIDADE (km/h)

LARGURA DA LINHA

(m)V < 80 0,10V ≥ 80 0,15

Obs.: Pode ser utilizada largura maior nos casos em que estudos de engenharia

indiquem sua necessidade por questões de segurança.

Dimensões

Materiais

A escolha do material mais apropriado para cada situação deve considerar a natureza do projeto (provisório ou permanente), o estado de conservação do pavimento, VDM, natureza do tráfego e condições ambientais.

Materiais

As introduções tecnológicas na área de pavimentação, com o intuito de melhorar a segurança do usuário, têm representado um grande desafio aos produtores de materiais, que mantêm constantes pesquisas para adequação dos materiais a serem empregados na sinalização, visando obter o melhor CUSTO/BENEFÍCIO.

Para proporcionar melhor visibilidade noturna, a sinalização horizontal DEVE ser sempre retrorrefletiva.

Materiais

Luz r ef l et ida

Luz emit ida

Visibilidade noturna

Reflection

a = b

Reflexão Especular:

a b

Reflexão Difusa:

Retrorreflexão:

Tipos de Reflexão da Luz

Uma sinalização retrorrefletiva reflete a luz do farol do carro de volta ao

farol, incluindo o motorista no “cone

de luz“.

(Espelho)

Unidades realativas à emissão e recepção de luz

IntensidadeLuminosa: é o fluxo luminoso emitido em uma direção.

Símbolo: I

Unidade: cd

Iluminância: quociente entre o fluxo recebido por elemento de superfície que contém um ponto e a área deste elemento.

Símbolo: E

Unidade lux (lx)

Luminância: quociente entre a intensidade de luminosa emitida por um elemento de superfície em uma direção dada e área da projeção ortogonal deste elemento de superfície sobre um plano perpendicular na direção considerada.

Símbolo: L

Unidade cd/m2

Coeficiente de Luminância RetrorrefletivaRETRORREFLEXÃO

Símbolo = RLUnidade = mcd.m-2.lx-1

RL = Caracteriza os elementos retrorrefletivos observados por baixos ângulos, como é o da sinalização horizontal.

As medições do coeficiente da luminância retrorrefletida (RL) são realizadas conforme as normas:

- ASTM 1710- EN 1436 - ABNT NBR 14723

Normas

α

15 metros

α

30 metros

αααα ângulo de incidência = 86,5o

ββββ ângulo de observação = 1,5o

αααα ângulo de incidência = 88,5o

ββββ ângulo de observação = 1,05o

Geometria dos equipamentos

Faróis = 65 cm

Olhos = 120 cm

Medidas comparativas de retrorrefletividade

Medida de retrorrefletividade

Conceitualmente chamadas de microesferas quando seu diâmetro for menor que 1,0 mm, passam a se chamar esferas de vidro quando for superior a 1,0 mm. A nomenclatura, criada a partir do início do uso dessas esferas maiores em demarcação horizontal, érelativamente recente.

Esferas de vidro

Especificações

NBR 6831 – Microesferas de vidro

NBR 14281 – Esferas de vidro

GranulometriaABNT NBR 6831

• TIPO I – A

• TIPO I – B

• TIPO II – A, B e C

Tipo I - A

Popularizadas como tipo “INTERMIX”, são incorporadas às massas

termoplásticas durante a fabricação de modo a permanecerem internas à película

aplicada, permitindo a retrorrefletorização apenas após o desgaste da superfície,

quando as microesferas de vidro tornam-se expostas.

PENEIRANo

ABERTURAµm

%PASSANDO

20 850 100

30 600 90 – 100

50 300 18 – 35

100 150 0 – 10

200 75 0 – 2

INTERMIX

Tipo I - B

Chamadas de “PREMIX”, são incorporadas à tinta antes de sua aplicação, de

modo a permanecerem internas à película aplicada, tornando-se expostas apenas

após o desgaste da superfície, permitindo a retrorrefletorização.

PENEIRANo

ABERTURAµm

%PASSANDO

50 300 100

70 212 85 – 100

100 150 15 – 55

230 63 0 – 10

PREMIX

Tipo II – A, B e CConhecidas mundialmente como tipo “DROP-ON”, estas esferas são aplicadas

por aspersão concomitantemente com a tinta ou termoplástico, de modo a

permanecerem na superfície da película aplicada, permitindo a imediata

retrorrefletorização da demarcação.

PENEIRANo

ABERTURAµm

% PASSANDO

TIPO II – A TIPO II – B TIPO II – C

18 1000 100 – 100

20 850 98 – 100 100 90 – 100

30 600 75 – 95 – 10 – 30

40 425 – 90 – 100 –

50 300 9 – 35 – 0 – 5

70 212 – 0 – 10 –

80 180 0 – 5 – –

100 150 – 0 – 5 –

DROP-ON DROP-ON40 - 70

DROP-ONPREMIUN SUPER

Grau de ancoramento das esferas

pavimento

tinta

Aplicação

60% ancorada

Materiais

Materiais utilizados

TINTAS

TERMOPLÁSTICOS

Materiais

Materiais em Kg produzido

MERCADO AMERICANO

5%

21%58%

1%9%

6%

Base água Base Solvente Termoplástico

Epoxi PMMA Outros

Fonte – Indutil Indústria de Tintas Ltda Fonte – N.C.H.R.P

MERCADO BRASILEIRO

2%

32%

14% 52%

Base solvente Termoplástico Base água Outros

Alquídicas - Foram as primeiras tintas utilizadas.

Alquídicas borracha clorada - 1964 DOT Texas.1966 no Brasil.

Acrílicas estirenadas - Origem Alemanha.1970 no Brasil.

Acrílicas puras - 1988 nos E.U.A redução VOC1996 no Brasil.

Tintas

TINTASCARACTERÍSTICAS Alquídica Alquídica

Borracha Clorada

AcrílicaEstirenada

EmulsãoAcrílica

Sólidos em volume, % 45 48 52 62

Tempo de secagem, minuto 90 40 20 10

Espessura úmida de 0,6 mm 0,27 mm 0,29 mm 0,31 mm 0,37 mm

TintasCaracterísticas Técnicas

Durabilidade de tinta à base de água

Rodovia Presidente Dutra

22

1413

1211

26

15

y = 26,956x-0,4593

0

5

10

15

20

25

30

20.000 30.000 40.000 50.000 75.000 100.00 175.00

VDM

TintasNormas ABNT

NBR 12935 – Tinta com resina livre.

NBR 11862 – Tinta acrílica.

NBR 13699 – Tinta emulsionada em água.

Aplicação de tintas

Novas tecnologias

• HD – BASE DE ÁGUA ALTA DURABILIDADE

• PMMA

• EPÓXI

HD– Base de água de alta durabilidade

• Alta durabilidade Crosslinking.• Boa adesão as esferas grandes large glass beads.• Espessuras úmidas 0,5mm até 0,8 mm.• Especificação TT-P-1952E III

Interligação Anchieta-Imigrantes SP Rodovia Castelo Branco - SP

PMMA– Metil Metacrilato

• Polímero (resina) Metacrílicas .• 2 Componentes Resina + iniciador (98:2).

• Boa retenção de esferas de vidro.• Espessuras úmidas 0,4mm até 1,0 mm.

• Tempo de endurecimento 3 a 15 minutos

Equipamento Airless

PMMA– Metil MetacrilatoTravessia de pedestre anti-derrapante

PMMA– Metil MetacrilatoTravessia de pedestre anti-derrapante

Epóxi

• Polímero (resina) Epóxi.

• 2 Componentes Resina + iniciador (1:1 – 2:1).

• Boa retenção de esferas de vidro.

• Espessuras úmidas 0,4mm.

• Tempo de endurecimento 3 a 15 minutos

Termoplástico

MATERIAL

ALAVANCA

MATERIAL

EXTRUSÃO ASPERSÃO

Termoplásticos são misturas em proporções convenientes de ligante, partículas granulares como elementos inertes, um pigmento com seu respectivo agente dispersor e microesferas de vidro apropriadas.Os termoplásticos podem ser aplicados por:

Desenvolvimento histórico

1935 -Liverpool - Inglaterra

1947 - Road Research Laboratory

1970 – No Brasil

Termoplásticos Alquídicos

Atualmente, os termoplásticos alquídicos são mais utilizados no Brasil, apresentam boa estabilidade ao aquecimento e ótima resistência ao óleo diesel, mas apresentam tendência ao amarelecimento na cor branca, quando expostos ao intempéries.

Termoplástico de hidrocarboneto

Os termoplásticos de hidrocarbonetos são pouco utilizados no Brasil, apresentam boa estabilidade ao aquecimento, ótima resistência ao intempéries e baixa resistência ao óleo diesel, o que não recomenda a sua utilização em vias urbanas.

Normas ABNT

NBR 13132/94 - Aplicado por extrusão

NBR 13159/94 - Aplicado por aspersão

NBR 15543/07 – Termoplástico alto relevo.

Aplicação

CONTROLES IMPORTANTES

Normas ABNT

Novas tecnologias

Termoplásticos

aplicados por

extrusão mecânica

Termoplástico de Alta Performance

VIBRALINE

Espessura da linha de base

2 a 3mm

Espessura dos relevos

6 a 8mm

Projeto NeblinaRodovia Castelo Branco

Sinalização Horizontal

Tachas monodirecionaisPelícula lima-limão

Balizadores VerticaisPelícula lima-limão

Pintura extrudada com sonorizadorVibraline e Real Line acompanhadas de pintura acrílida na cor lima-limãofaixa contínua e seccionada Tachas - Defensa metálica

Película lima-limão

Termoplásticos por extrusão

Tacos em termoplástico e faixa com tinta emulsionada em água - HD

Teste de aderência do termoplástico

Altura dos tacos

6 a 8mm

Espessura da tinta HD

0,8mm úmida

Retrorreflexão sobre condições climáticas adversas

REMOÇÃO DA SINALIZAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 236, DE 11 DE MAIO DE 2007Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro de

Sinalização de Trânsito.

Na reaplicação da sinalização deve haver total superposição entre a antiga e a nova marca/inscrição viária. Caso não seja possível, a marca/inscrição antiga deve ser definitivamente removida.

B.1.6 - MANUTENÇÃO•Toda marcação deve ser mantida permanentemente em condições satisfatórias. A freqüência da repintura depende do tipo de superfície, composição do material, condições atmosféricas, volume e classificação do tráfego e pelas características geométricas da rodovia.•A necessidade de repintura é determinada pelo nível de desgaste da marcação, que se reflete nas condições de visibilidade diurna, iluminância, e noturna, através de valores mínimos de retrorrefletividade estabelecidos pelo DER/SP.•Ao se executar a repintura, deve-se cuidar para que haja superposição da sinalização nova à antiga. Se a superposição não for possível, a sinalização antiga deve ser inteiramente removida.•Deve-se cuidar para que haja compatibilidade entre a nova demarcação e a antiga, de modo a garantir perfeita aderência.•Quanto à limpeza da pista, deve-se manter atenção especial aos trechos próximos a acessos de terra e trechos em obras.

Manual de sinalização rodoviáriaDepartamento de Estradas de Rodagem do Estado de

São Paulo, 2006.

Remoção

4.4 Remoção da demarcação.

4.4.1 Recobrimento com tintaConsiste em aplicar tinta com cor semelhante a do substrato sobre a demarcação existente por método manual ou mecânico.Este método pode ser utilizado em vias locais ou onde não haja circulação de veículos sobre a demarcação recoberta, devendo-se efetuar a manutenção do recobrimento quando houver desgaste.

ABNT NBR 15405/2005

Remoção

Remoção

Fresagem

Hidrojateamento

NORMALIZAÇÃO

Performance

MEIO AMBIENTE

ECONÔMICOS

TendênciaTendência

Baixo VOCVOC

Custo m2 / vida útil

Visibilidade para qualquer estação

Menor tempo de secagem.

Maiores requisitos.

Livre de metais Livre de metais pesadospesados