entrevistaLeonardo Ribeiro assume a presidência da FAEG e fala com a gente

PaLavra DO assOCiaDOO ex-presidente do SR fala dos seus anos de experiência

rODeiOConheça todas as regras e saiba tudo sobre o Rodeio PBR Brasil

Mineiros | 4ª Edição | Jul/2014

sinDiCatO ruraLHá 47 anos sendo a raiz do agronegócio em Mineiros

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Índice

DIRETORIAPresidente: Fernando Carvalho Mendonça 1º Vice-Presidente: Antonio Paulo Carvalho 2º Vice-Presidente: Rafael Hidalgo Xavier da Fonseca1º Secretário: Milton Luiz de souza 2º Secretário: Menon de Oliveira Carvalho 1º Tesoureiro: Ionaldo Morais Vilela2º Tesoureiro: Wamilton Resende Souza

CONSELHO FISCALDeoclécio Ramos de BarrosDelson CarafineJoão Batista Campos

SUPLENTESDanilo Vilela OliveiraJosé Resende Cruvinel JuniorAfonso de Oliveira Carvalho

DELEGADOS REPRESENTANTES

TITULARESAlberto de Oliveira CarvalhoJose Mario SchreinerSUPLENTESLailson Vasques de SouzaFabio Resende de Carvalho

COMERCIALEspaço Mídia e Negócios - (64) 9974-5544

REDAÇÃORayana GouveiaKilze Teodoro

REVISÃOMichel Edere

PROJETO GRÁFICOSOU//propaganda

IMPRESSÃOGráfica MineirosTiragem: 2.000Distribuição: Mineiros

eXPeDiente

08 Palavra do Presidente

10 Avicultura

12 Cursos

14 Raízes do Cerrado

16 Entrevista

18 FAEG

20 FAEG

28 Tecnologia

34 FAEG

36 Mineiros

24CAPASindicato Rural de Mineiros

30PALAVRA DO ASSOCIADOJosé de Rezende

32RODEIOPBR Brasil

38ENTREVISTALeonardo Ribeiro

SINDICATO RURAL DE MINEIROS2ª Avenida Nº 91 - CentroCEP 75830-000Mineiros/GOFone: (64) 3661 1298 / 3661-5121www.srmineiros.com.br

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Editorial

Palavra do Presidente

Fernando Carvalho MendonçaPresidente do Sindicato Rural de Mineiros

Chegamos a 4ª edição da nossa Revista do Sindicato Rural de Mineiro. E essa publicação vem em

ritmo de festa, na batida da 35ª Expo Mineiros.

A exposição desse ano traz várias novidades e atrações imperdíveis. O rodeio agora tem o selo de qualidade PBR e os shows vão agradar os amantes da boa música sertaneja em todos os seus estilos. Ainda vamos ter cavalgadas, provas do tambor, oficinas de cursos e muito mais. É a maior festa agroindustrial da história de Mineiros.

Nessa edição você também vai poder ler sobre novas leis relacionadas ao agronegócio, as mais recentes tecnologias e uma matéria sobre a ave que tem a cara do Natal: o chester.

Temos uma entrevista especial com o novo presidente da FAEG Leonardo Ribeiro, que assumiu o cargo após, o agora ex-presidente José, renunciar para concorrer na próxima eleição. Ainda sobre as entrevistas, temos uma excelente conversa com Cássia Dundi, a promotora da prova do tambor nessa ExpoMineiros. Ela explica as regras da competição e fala sobre uma das maiores premiações já oferecidas.

Ainda nessa edição, outra boa conversa que tivemos foi na Palavra do Associado José de Rezende, que nos premiou com muita experiência e sabedoria. Imperdível!

As raízes brasileiras com seus antepassados africanos estão vivas

perto de nós. Em uma matéria especial, aprendemos mais sobre o Quilombo Cedro, o refúgio dos descendentes de escravos em Mineiros. Além disso, balanço da economia agrícola em 2013 e soluções inovadoras para resolver os gargalos da fruticultura e muito mais. Boa leitura!

no pique da expoMineirosPreparamos a melhor festa para vocês

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a força do Chester

Avicultura

Resultado de sucessivas seleções e cruzamentos de linhagens, iniciados no final da década de 1970, o Chester® foi lançado no mercado brasileiro em 1982 e, em pouco tempo, transformou-se em

grande sucesso de vendas, especialmente nos períodos de festas, nos quais são comercializadas milhões de unidades. É o grande expoente do melhoramento genético avícola brasileiro e tem elevado volume de carnes nobres (70% no peito e nas coxas). Foi introduzido e produzido durante muitos anos em Santa Catarina e seu nome deriva da palavra inglesa “chest”, que significa peito.

MINEIROS E O CHESTER

A partir de 2012, o abate e o processamento do Chester® passaram a ser de responsabilidade da Unidade de Mineiros, no Sudoeste de Goiás e os alojamentos iniciaram no dia 7 de maio deste ano, em aviários localizados nos municípios de Mineiros, Jataí e Rio Verde. O planejamento de produção está concluído e a expectativa é que, para a campanha de 2014, 100% dos núcleos de corte de Mineiros - GO estejam concluídos. O sistema de integração e o abatedouro foram projetados com os objetivos de especializar os produtores e proporcionar a estrutura adequada para a industrialização de aves mais pesadas.

Ave símbolo da ceia de Natal já é tradição em Mineiros

ABATE JÁ TEVE INÍCIO

Na indústria, há uma linha para abater aves especiais, com máquinas injetoras e classificadoras. O abate (2014) teve início em 18 de junho de 2014 e o mix de produção da unidade, voltado para o processamento do Chester®, em determinadas épocas do ano, conta também com o abate de frangos na faixa de 2,8 kg (machos), destinados a suprir a demanda deste tipo de ave no mercado interno.

100% DARK HOUSE

Mineiros irá contar com 180 aviários, divididos em 45 núcleos de produção de alta tecnologia, todos no Sistema Dark House, totalmente climatizados e com controle da entrada de luz, o que proporciona menor estresse para as aves e possibilita uma melhor qualidade de carcaça. Os principais diferenciais na Área de Agropecuária, responsável pela produção do Chester® no campo, dizem respeito a densidade (Kg/m²), manejo de luz, curva de crescimento e pequenas variações nutricionais

Para a BRF a produção de Chester® é uma atividade estratégica e de grande impacto e a decisão de produzir todo o volume em Mineiros é motivo de muito orgulho e de grande responsabilidade para todos. Que venha o Natal!

Equipe Técnica de Agropecuária | Mineiros-GO

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Cursos

Guia eXPOMineirOs 2014A maior festa da agroindústria da região não poderia deixar de ter vários eventos acontecendo simultaneamente. Além

dos shows de Chitãozinho e Xororó, Munhoz e Mariano e Amado Batista nos dias 4, 5 e 6 de junho respectivamente, a ExpoMineiros ainda vai contar com rodeios, provas funcionais e muito mais.

CaLenDÁriO De CursOs

E não é só de shows e rodeio que vive a ExpoMineiros. Durante a feira, vários cursos e palestras serão realizados no Parque de Exposições durante a exposição. Várias atividades vão preencher o dia do produtor que prestigiar a ExpoMineiros, enriquecendo seu conhecimento e também servindo com uma segunda opção de renda para o micro produtor.

DATA: 28/06 A 06/07/14 | LOCAL: PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE MINEIROSPÚBLICO ESTIMADO: 80.000 PESSOAS

CAVALGADA 29 de junho às 9hsSaída: Matriz São Bento

PROVA DO TAMBOR(masculina e feminina)04 e 06 de julhoPremiação: 1 carro 0km + R$30.000,00

RODEIO PROFISSIONAL(locução de Ivan Diniz e Marco Brasil)03 a 06 de julhoPremiação: R$30.000,00

JULGAMENTO RANKING REGIONAL E NACIONAL NELORE AGN E ACNB 04 a 05 de julho

PALCO ALTERNATIVO VERDE VALE FM (apresentações musicais)30 de junho a 05 de julho

SELARIA DE 01/07 A 05/07

FABRICAÇÃO CASEIRA DE MELADO, AÇÚCAR MASCAVO E RAPADURA DE 30/06 A 03/07

FABRICAÇÃO DA CACHAÇA – 32 HORAS DE 30/06 A 02/07

Uma boa oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Não perca!

4/7 (SEXTA)CHITÃOZINHO & XORORÓ

5/7 (SÁBADO)MUNHOZ & MARIANO

6/7 (DOMINGO)AMADO BATISTA

APRENDENDO COM A FEIRA

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História viva

Raízes do Cerrado

Uma parte da historia do nosso país se encontra viva à cerca de 5 km do centro de Mineiros - GO, a Comunidade Quilombo do Cedro mantém costumes e cultura inerentes as suas origens,

o que nos possibilita podermos conhecer uma parte tão importante do nosso passado e entendermos um pouco toda essa complexa sociedade em que fazemos parte, oriunda de uma rica miscigenação que nos proporcionou uma diversificação cultural enorme. Por esse motivo, conhecer a comunidade se torna uma aula enriquecedora e prazerosa. Pois, você pode presenciar e comprovar todos esses relatos, que acostumamos ler em livros e ouvir de nossos professores de historia, contados por pessoas que viveram esse período.

Mantendo as tradições do povo negro, na comunidade existe uma fábrica de rapadura, derivados da cana-de-açúcar e um laboratório de plantas medicinais do cerrado, conservando toda a sabedoria milenar da medicina alternativa. O local é um vilarejo com plantio de subsistência, uma pequena lavoura para comércio e criação de animais, além de belos pomares.

O líder da comunidade é Antônio Francisco de Moraes,

O passado e o presente do Quilombo do Cedro

o “Chico Moleque”, que há 150 anos, antes mesmo da Abolição da Escravatura em 1888, saiu de Bonsucesso em Minas Gerais e veio para a região da cidade de Mineiros com sua família fugindo dos senhores de engenho. Com sua garra e vibrante coragem, trabalhando para os fazendeiros da região, conseguiu comprar sua liberdade, de sua mulher, Rufina, e sua filha Benedita. A terra adquirida por Chico passou a ser o refúgio de outros negros que casaram e multiplicaram. Hoje, a área tombada do quilombo de 124 alqueires abriga 28 famílias quilombolas e a mistura das culturas africana e brasileira trouxe ainda mais riqueza para a formação dos quilombolas. A comunidade é dotada de potencial a ser explorado como os costumes, o folclore, a culinária e o modo de vida ainda repleto de peças do passado, apresenta riqueza histórica da cultura afro. Um retrato vivo da história do nosso país.

O receio dos moradores do quilombo é que sua cultura não tenha continuidade, uma vez que os jovens costumam ir morar na cidade e com isso percam o contato com seus costumes. Mas isso tem mudado nos últimos tempos, os jovens do Cedro estão conscientes de sua origem, da sua história e tem muito orgulho dela. O quilombo tem um grupo de jovens que atuam ativamente, eles têm um time de futebol, um grupo de quadrilha nas festas juninas e organizam a “Maratona da Juventude Cedrina” entre outros eventos dentro do quilombo que acaba movimentando o espaço. Essa revitalização foi tão benéfica para todos que, alguns jovens que antes estavam morando em Mineiros, agora estão voltando para o Cedro. E é isso que dá aos cedrinos certeza de que suas origens serão preservadas por esses jovens que também fazem parte dessa linda historia.

Por todos esses motivos mencionados que vale a pena conhecer essa comunidade histórica, que a poucos quilômetros de nossos lares preserva essa parte importantíssima de nossa historia e mantém vivo os costumes afros herdado por esse povo sofrido e guerreiro que tanto nos orgulha.

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Prova do tambor

Um esporte feroz que combina a força de grandes animais, com alta velocidade, manobras ariscadas, curvas, e na grande maioria dos competidores, mulheres bonitas. A competição

da prova do tambor é sempre um dos momentos mais aguardados da Expo Mineiros e para saber mais sobre como funciona e o que sente cada atleta, entrevistamos Cássia Dundi, a coordenadora da Prova do Tambor da XXXV EXPOMINEIROS.

SR: Como surgiu a ideia da realização da prova do tambor na EXPOMINEIROS?

CD: Primeiramente, em nome da organização da prova, queremos agradecer o apoio e a parceria que nos foi confiado. Realizamos a prova por três anos consecutivos e a ideia surgiu em uma conversa informal de dois amigos, o Samuel e nosso ex-presidente “Miudim”. Desde então, foi nos cedido o espaço e agradecemos ao presidente Fernando Carvalho e a toda diretoria do Sindicato Rural de Mineiros, que não mede esforços para a realização desta prova.

SR: O que consiste e como funciona a Prova do Tambor?CD: A prova consiste em superar um percurso pré-

estabelecido no menor tempo. Usamos uma barreira eletrônica e o resultado da prova de tambor no rodeio é a soma do tempo da classificatória, que acontece durante o dia, com o tempo da final que acontece na arena do rodeio a noite.

SR: É de nosso conhecimento que a premiação dessa prova, ultrapassa o valor de 50 mil reais.

CD: Nossa prova hoje é considerada a maior premiação em rodeio de Prova do Tambor do Brasil, superando a

A coordenadora da prova Cássia Dundi explica as regrase tudo sobre a competição

premiação de Barretos e Jaguariúna, que são considerados os maiores rodeios do país, respectivamente. A premiação é um carro 0 km e mais 30 mil reais em dinheiro. Temos a certeza que só conseguimos chegar a essa premiação graças ao apoio e o renome da XXXV EXPOMINEIROS e, principalmente, das empresas, amigos e parceiros que apóiam e investem nesse evento.

SR: Sabemos também que o nível das competidoras desse ano será altíssimo.

CD: Certamente. Esperamos para essa prova competidoras e animais de alto nível. Temos presença confirmada de atletas de vários Estados do Brasil, sem deixar, claro, de ressaltar que nosso Estado de Goiás, possui competidoras talentosas e muitíssimo competentes. Como nós gostamos de brincar, a briga por esse carro vai “pegar fogo”.

SR: Surgiram alguns comentários de que a competidora Keyla Polizello estará presente nesse evento. É verdade?

CD: Depois de muitas negociações, conseguimos trazer a Keyla para Mineiros. Ela é um ícone do tambor brasileiro, competidora de alto nível. Venceu em Barretos pela primeira vez com apenas 7 anos de idade. É um fenômeno. A Keyla será comentarista do evento, um presente que estamos dando a cada competidora, já que é muito bom correr com os comentários de um ídolo do tambor.

SR: Também ficamos sabendo que o carro ficará suspenso na arena do rodeio.

CD: Realmente. Essa ideia surgiu de um integrante da organização. O Samuel queria dar o carro, mas só se pudesse suspendê-lo em um guindaste na arena. (Risos) E

foi assim que conseguimos uma parceria com a OK Veículos que, na pessoa do Estewan, nos patrocinou o carro da prova do tambor da XXXV EXPOMINEIROS.

SR: Para o pessoal que quiser assistir a essa bela prova, quais são os horários e os dias da prova do tambor?

CD: As classificatórias acontecem na sexta e no sábado, dias 4 e 5 de julho, a partir das 10 horas da manhã. Já as finais acontecem na arena do Parque após a realização do rodeio. Somente os dez menores tempos de cada dia é que correm na arena durante a noite.

SR: O Rancho das Américas é o grande realizador deste evento. Como acontecem os treinamentos e quais são os competidores que irão representar a nossa cidade?

CD: Graças às oportunidades oferecidas pelo Sindicato Rural de Mineiros, de nos ceder o Parque de Exposições, os treinamentos acontecem todos os dias no recinto do Parque. São oferecidas escolinha e treinamentos de animais para quem quer começar. Mineiros tem uma equipe muito competente que representa nossa cidade com muito orgulho. Já trouxemos para Mineiros 3 motos e mais de 30

mil reais em premiação. Esse ano teremos na competição: Natalia, Cássia, Ian, Samuel, Priscila, Karine, Thamyres, Laila, Valter, Romario, Daiane, Camila Piacentini, Menon, Monique, Marcelo, Geovana, Bruna e Pedro.

SR: O público mineirense poderá ir conhecer os animais e as competidoras?

CD: Claro que sim, o acampamento e as baias pré-moldadas estarão localizados perto do Tatersal. Os “amigos do tambor”, como nos referimos uns aos outros, são pessoas muito comunicativas e receberão todos com muita alegria. Os animais estarão à disposição para visita de toda a população mineirense.

SR: Para finalizarmos, gostaria que você falasse um pouco dessa paixão pelo esporte eqüestre. Sabemos que você trabalha no ramo da construção civil como proprietária da Eletro Decorlux e ainda divide o tempo na organização de um grande evento como esse. Como consegue?

CD: Meus pais sempre foram envolvidos com fazenda e isso me aproximou um pouco dos animais. Lembro muito bem quando pequena, meu pai nos incentivava a participar de provas no clube do laço de Alto Araguaia e ainda me casei com um pecuarista, o Samuel. Sempre tive contato com os cavalos, mas 4 anos atrás, através de uma amiga chamada Liliane, conheci o Tambor e me apaixonei desde o inicio. Você acaba se apegando ao animal como se fosse mais um membro de sua família. Hoje, toda a minha família se envolve nas provas funcionais (tambor e team penning) e viajamos sempre juntos por causa das competições. É uma festa! Um esporte bem familiar e sempre agradeço por minha filha ser apaixonada pelo cavalo dela... (Risos) Assim consigo segurá-la um pouco da vida noturna que hoje esta muito perigosa. Os rodeios acontecem geralmente de maio a julho, e nos desdobramos muito, tanto no trabalho, quanto na escola dos meninos, para assim, nos organizar e poder participar de todos.

Entrevista

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Os gargalos da fruticultura em Goiás

Com o intuito de discutir os gargalos do setor, a Comissão de Fruticultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), se reuniu nesta semana. Entre os assuntos tratados: a Lei

17.401 de 2010 que se refere à política estadual de incentivo à fruticultura em Goiás; que existe, porém, sem qualquer regulamentação. Além disso, produtores ressaltaram a necessidade de linhas de crédito específicas e investimento em logística. O presidente da Faeg, Leonardo Ribeiro e o assessor técnico para a área de fruticultura da Faeg, Alexandro Alves, também participaram da reunião.

Para Alexandro Alves, é preciso observar que a fruticultura tem perdido técnicos que, desmotivados, migram para outras áreas. “A lei 17.401 de 2010, apesar da pequena quantidade de parágrafos, aborda boa parte das necessidades e gargalos que o setor vive atualmente. É necessário, entretanto, que ela seja regulamentada e efetivada”, pontua.

Ao longo da reunião, os produtores falaram da necessidade de criar atrativos para agroindústrias de processamento de frutas com as indústrias de polpas, sucos e néctar. Os presentes comentaram ainda sobre o grande potencial a ser explorado nas frutíferas do Cerrado e da importância de convidar as instituições bancárias para as discussões a fim de discutir linhas de crédito específicas para produtores.

Coordenadora do Programa de Prevenção e Controle

Por Catherine Moraes

de Pragas em Citros da Agrodefesa, Mariza Mendanha comentou que falta uma ponte entre iniciativa privada, os órgãos públicos e os produtores. “Existe uma necessidade de organização do setor. Existe uma tendência de as fiscalizações se intensificarem e nosso intuito não é multar os produtores, porém, o correto precisa ser feito”, completou.

PESQUISA E CONHECIMENTO TÉCNICO

Alexsander Seleguini, doutor representante da Universidade Federal de Goiás (UFG) alertou, durante a reunião, sobre a dificuldade em garantir recursos para linhas de pesquisa voltadas à fruticultura, citando inclusive a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). “Podemos solicitar, via Faeg, a alocação desses recursos para esse fim”, completou o assessor técnico da federação, Alexandro Alves.

Na ocasião, representantes da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro) finalizaram falando da necessidade de realizar seminários e workshops com objetivos de levantar informações mais detalhadas das mais diversas ramificações do setor da fruticultura. Para eles, a ação auxiliaria inclusive, nos subsídios necessários para efetivação da lei 17.401.

FAEG

Comissão responsável discute novas formas de resolver velhos problemas

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Cadastroambiental rural

Na esteira das últimas alterações legislativas in-troduzidas no Código Florestal, foi estabeleci-da, em âmbito nacional, a obrigatoriedade do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para todos os

imóveis rurais. Regulamentado pelo Decreto nº 8.235, de 05/05/2014, já

em vigor, trata-se de instrumento essencial para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades. É o levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, trazendo especificações e delimitações das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal, remanescentes de vegetação nativa, Áreas de Uso Restrito e áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país. Traça, enfim, um mapa digital com dados, detalhes e valores da área para a realização do diagnóstico ambiental, constituindo-se em base de dados estratégicos para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil.

A inscrição deve ser feita na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (SEMARH-GO), que disponibiliza na internet programa destinado a essa inscrição no CAR, à consulta e acompanhamento da situação de regularização ambiental dos imóveis rurais.

O cadastro é determinante para a solicitação de licenças ambientais e para a compra e venda de terras e financiamentos rurais. Além de possibilitar o planejamento ambiental e econômico do uso e ocupação do imóvel rural, a inscrição no CAR, acompanhada de compromisso de regularização ambiental quando for o caso, é pré-requisito para acesso à emissão das Cotas de Reserva Ambiental e aos benefícios previstos nos Programas de Regularização Ambiental (PRA) e de Apoio e Incentivo à Preservação e Recuperação do Meio Ambiente, ambos definidos pela Lei

Por Fernando Vieira Sarmento

FAEG

Conheça as últimas mudanças no Código Florestal

n° 12.651/12. Dentre os benefícios desses programas, pode-se citar

a possibilidade de regularização das APP e/ou Reserva Legal; a suspensão de sanções em função de infrações administrativas por supressão irregular de vegetação em áreas de APP, Reserva Legal e de uso restrito; e a obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem como limites e prazos maiores que o praticado no mercado.

São benefícios, também, a contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas no mercado; a dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), gerando créditos tributários; linhas de financiamento para atender iniciativas de preservação voluntária de vegetação nativa, proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção, manejo florestal e agroflorestal sustentável realizados na propriedade ou posse rural, ou recuperação de áreas degradadas; e isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, como fio de arame, postes de madeira tratada, bombas d’água, trado de perfuração do solo, dentre outros utilizados para os processos de recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito.

Além disso, com o CAR, o proprietário rural não precisa mais, por exemplo, averbar a reserva legal em cartório.

O Cadastro Ambiental Rural é, pois, meio de acesso do produtor rural a incentivos e benefícios, bem como um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais em todo o país.

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sindicato ruralde Mineiros

A luta por um ideal. A vontade conjunta de fazer o melhor para o agronegócio de Mineiros. Graças à vontade de bravos homens e sua garra para fazer dar certo, o Sindicato Rural de

Mineiros nasceu há 47 anos, em 29 de novembro de 1967.

O Sindicato Rural de Mineiros surgiu através da antiga Associação Rural de Mineiros, fundada em 29 de junho de 1963 na presença de 256 agropecuaristas do nosso município e regiões adjacentes. O primeiro diretor da antiga Associação Rural de Mineiros foi o senhor Roldão Ernesto de Resende que ficou nesse cargo até janeiro de 1964, quando foi eleita e empossada a nova diretoria presidida pelo senhor José de Carvalho Vilela, o Dr. Zeca.

Já no ano de 1967, aconteceu a primeira assembleia para a transformação da Associação Rural de Mineiros em Sindicato Rural. O senhor Ezequiel Fernandes Dantas ministrou uma palestra mostrando as vantagens da criação de um Sindicato Rural para o município, convencendo assim o presidente da Associação Rural de

O sonho do agronegócio brota do solo fértil de Mineiros

Mineiros, o senhor José de Carvalho Vilela, a marcar uma nova reunião. Na assembleia do dia 29 de novembro de 1967 foi esclarecido aos presentes o “Decreto Lei Nº148/6 de fevereiro de 1967”, que fala sobre as Instituições Sindicais e posto em votação a proposta de transformação da Associação Rural de Mineiros para Sindicato Rural de Mineiros. Vendo a gigantesca vantagem, os 156 associados aprovaram por unanimidade e autorizaram os diretores a requerer as funções de Sindicato Rural de Mineiros, bem como a filiação da instituição a Federação da Agricultura do Estado de Goiás mantendo a mesma diretoria até a data da primeira eleição do Sindicato Rural de Mineiros que aconteceu em outubro de 1970.

Um dos pontos importantes da trajetória do Sindicato Rural de Mineiros foi na década de 60, quando a Prefeitura Municipal cedeu a área para a construção do antigo Parque de Exposições, posteriormente, transferido para o local atual.

Na presidência do Dr. José de Rezende (1983 a 1985) o

Sindicato Rural adquiriu sua sede própria, localizada na Segunda Avenida, nº 91 no Centro de Mineiros. Motivo de muito orgulho para o Sindicato Rural e seus associados, a sede passou por várias ampliações e reformas, sendo sua última grande reforma, concluída no final do ano de 2013 pela atual administração.

A força do Sindicato Rural de Mineiros é tão grande, que dois ex-diretores já ocuparam cargos importantes na federação do Estado, a FAEG. Além de Leonardo Vilela que já foi vice-presidente, José Mário Scherer também foi vice-presidente por duas vezes e é o atual presidente licenciado da federação. Motivo de orgulho para o povo mineirense.

As parcerias feitas pelo Sindicato Rural também trouxeram mudanças para Mineiros, como o convênio com o SENAR, que através dos cursos oferecidos, já capacitou inúmeras pessoas para o mercado de trabalho, principalmente na zona rural. Dessa forma, o agronegócio local se sobressai com uma mão de obra qualificada. Mais empregos para a população é mais dinheiro na economia de Mineiros.

O Sindicato Rural de Mineiros também participou de várias lutas pelo povo mineirense e pelo agronegócio, entre elas a organização da classe produtora na reivindicação de seus direitos na Constituinte de 1988.

Muitos bravos homens passaram por esse importante cargo que fez com que o Sindicato Rural de Mineiros crescesse e se tornasse hoje um dos maiores do Estado, tendo nosso município e região como um dos grandes expoentes do agronegócio de Goiás.

EXPOMINEIROS, A HISTÓRIA

Ainda com o nome de Exposição Regional Agropecuária e Industrial de Mineiros, a Expo Mineiros nasceu em 1969, quando o Sindicato Rural e Prefeitura de Mineiros uniram-se para projetar o evento. Já na primeira exposição, a construção do Parque Pecuário, o Parque de Exposições, era citado como “o mais perfeito e mais funcional Parque de Exposições do interior de Goiás e do leste de Mato Grosso”. Formada por Dr. Sebastião Martins de Aquino, Deputado José de Assis, Prefeito Antônio Paniago, Antônio Ferreira Vilela, Homero Brandão de Castro, Aristides Clarimundo de Resende, Adelino Mendonça, João Caetano de Morais, José Godofredo de Carvalho e José Dib, a comissão organizadora conseguiu, já no lançamento, expor 710 bovinos e 26 suínos, um número recorde em Goiás na época, perdendo apenas para a capital, Goiânia. Produzindo cerca de 90% das riquezas do município, o agronegócio é a força de Mineiros e, com base na sua organização e hombridade, o Sindicato Rural ficou com a responsabilidade de organizar a exposição desde o início.

A FORÇA DA EXPOMINEIROS

Mineiros ficou alguns anos sem Exposição Agropecuária e isso afetou muito a economia local e, de certa forma, o prestígio da cidade. Hoje, a Expo Mineiros cresceu tanto e se tornou a potência que é, graças ao Sindicato Rural. A importância da exposição agropecuária é muito maior do que festa e animação para a cidade. Ela se transforma em dividendos.

Com a feira, o agronegócio tem mostrado o que há de mais moderno em maquinários e implementos para agricultura local, tem o julgamento de gado nelore como o primeiro no âmbito regional, o que contribuiu muito para a melhoria da qualidade do gado da região. Na administração de Fábio Carvalho, o julgamento foi elevado para o nível nacional, o que revolucionou a exposição trazendo os maiores criadores da raça nelore para Mineiros, fazendo com que o nome da cidade seja referência para o gado nelore nas melhores exposições do país. A Expo Mineiros é ranqueada, ou seja, conta pontos para os rankings regional e nacional do nelore AGN e ACNB.

E se a exposição chegou ao padrão atual não podemos deixar de mencionar que a administração que resgatou essa verdadeira paixão mineirense, foi a de Azarias Resende. Desde então, é alta a expectativa para a Expo Mineiros todos os anos. A Exposição Agropecuária e Industrial chega à sua 35ª edição de maneira consolidada e sendo uma referência para o setor. O publico esperado para esse ano é de 80 mil pessoas, superando as mais de 60 mil do ano anterior.

A exposição vem ao encontro do processo de industrialização de Mineiros e região e conta com a participação ativa de todas as indústrias do município. É uma verdadeira vitrine de lançamento de tecnologias em máquinas e insumos agrícolas, gerando inúmeras oportunidades para os produtores. Em 2010, a Expo Mineiros foi eleita a melhor exposição do interior de Goiás.

Capa

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alta tecnologia a favor do campo

A ascensão de publicações técnicas e científicas sobre Agricultura de Precisão (AP) evidencia sua popularização nos últimos anos. Com a maior quantidade de usuários, surgem diversas

dúvidas em relação ao assunto. Inevitavelmente, cria-se um falso conceito e surge uma questão: o que é agricultura de precisão realmente?

Para alguns, a simples utilização de sistemas de navegação globais via satélite, sensoriamento remoto ou eletrônica embarcada é agricultura de precisão. Entretanto, o conceito é muito mais amplo.

A agricultura de precisão surge como uma corrente contra o processo de simplificação acentuada que ocorreu com a agricultura, devido ao avanço da mecanização e aumento das áreas cultivadas, resgatando o conceito de variabilidade espacial.

Agricultura de Precisão na verdade é um conjunto de técnicas que permitem o gerenciamento localizado das culturas. Por esta definição, nota-se que AP não é apenas uma prática cultural, mas sim um modelo de gestão, que engloba o uso de tecnologias para o manejo adequado das variações espaciais e fatores que afetam a produtividade.

Existem várias formas de abordagem, mas o objetivo é sempre um só – utilizar estratégias para resolver os problemas da desuniformidade das lavouras e se possível tirar proveito dessas desuniformidades. AP pode ser praticada em diferentes níveis de complexidade e com diferentes abordagens. No Brasil a prática de AP predominante é o gerenciamento da adubação (fertilizantes e corretivos) das lavouras com base em amostragem de solo em grade ou ainda georreferenciada (com GPS). Uma estratégia mais ampla e mais elaborada leva em consideração a produtividade da lavoura no ciclo anterior para se fazer a reposição dos nutrientes extraídos; essa exige a geração dos mapas de

produtividade, portanto exige mais equipamento e mais trabalho, mas é muito mais completa como estratégia de gestão.

A aplicação de calcário, gesso, P e K em taxas variáveis com base na amostragem de solo em grade tem tido grande apelo comercial porque, num primeiro momento as maiores chances estão na economia de insumos com a aplicação destes na quantidade e no local certo dentro de cada talhão. Com a realocação são diminuídos os desequilíbrios e num segundo momento a produtividade das culturas tende a melhorar. No entanto as práticas de AP podem ser conduzidas em diferentes níveis de complexidade e com diferentes objetivos. Quanto mais dados, mais consistente é a informação gerada e o conseqüente diagnóstico referente à variabilidade existente nas lavouras. Dessa forma, dados de produtividade expressos por mapas são fundamentais. A interpretação da variabilidade presente nas lavouras, evidenciada nos mapas de produtividade, implica numa relação entre causas e efeito. A explicação para os fatos é a tarefa mais complexa, em que devem ser identificados os fatores que podem causar as baixas produtividades onde elas se manifestarem. Em muitos casos as baixas produtividades observadas em determinadas regiões de um talhão podem estar associadas a aspectos que estão totalmente fora do nosso poder de intervenção, como é o caso de manchas de textura do solo. Nesses casos a solução é tratar as regiões de baixa produtividade de acordo com o seu baixo potencial, com menor aporte de insumos, visando obter lucro, mesmo que com baixa produtividade.

Além disso, deve ser dada importância às demais práticas, como tratamento localizado de plantas invasoras, pragas e doenças, num contexto moderno que contempla a aplicação minimizada de insumos visando à economia e o menor impacto ambiental possível.

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Ouvindo e aprendendo com a voz da experiência

A conversa que ocorreu entre a nossa equipe e o pecuarista José de Rezende faz um passeio pela história do Sindicato Rural de Mineiros e remonta fatos e acontecimentos que foram de

suma importância para o desenvolvimento da organização.

As palavras deste produtor rural ultrapassam a esfera agropecuarista e provam que é possível transformar ideologias em realidade, com união, trabalho duro e envolvimento no setor.

Sindicato Rural: O senhor é um dos associados mais antigos do Sindicato Rural de Mineiros e esteve à frente de sua presidência durante 06 anos (1983/85-1989/91). Quais os objetivos e aspirações o levaram a ser um dos propulsores dessa organização?

R: O objetivo principal foi manter a união dos produtores rurais e, consequentemente, o fortalecimento da classe perante os órgãos públicos.

Sindicato Rural: Dentre as conquistas alcançadas pelo Sindicato Rural de Mineiros, sabemos que os tradicionais leilões que acontecem na cidade foram introduzidos durante a sua gestão. Qual a importância dessa atividade para os agropecuaristas e para o agronegócio da região?

R: A importância dos leilões para os agropecuaristas é que estes possam ter um local onde possam expor e divulgar seu produto para um maior número de compradores, e que tenham segurança para a realização do negócio e acesso a um evento com ambiente para trocar ideias com pessoas ligadas ao agronegócio. Para a região, o leilão é a integração das regiões circunvizinhas movimentando todos os setores ligados ao agronegócio.

Sindicato Rural: Além da introdução do Leilão, a aquisição da antiga sede do Sindicato Rural também foi conquistada durante a sua gestão. Conte-nos como o senhor e sua equipe obtiveram essa propriedade e qual foi a importância dela para o trabalho realizado pelo Sindicato Rural na época.

R: A compra da sede foi adquirida graças aos pagamentos regulares das anuidades dos associados, renda dos leilões realizados, além de não existir durante esse período despesas com folha de pagamento da diretoria, por ser um trabalho voluntário nesse época. O local bem centralizado da sede foi graças ao intermédio do associado e membro da diretoria, o Sr. Aristides Clarimundo de Rezende (em memória), conhecido como Tidi Mundinho.

A importância da aquisição da sede do Sindicato Rural

de Mineiros é que isto proporcionou identidade, valorização e fortalecimento da instituição. Através de uma sede própria obteve-se maior conforto e comodidade para que associados e diretoria pudessem frequentar e trabalhar em um local fixo sem maiores transtornos com despesas de aluguel e mudanças de endereço, facilitando também a identificação e divulgação da instituição para visitantes e população em geral.

Sindicato Rural: Sendo proprietário da Fazenda Babilônia e importante líder da classe agropecuarista através do trabalho realizado junto ao Sindicato Rural, o senhor tem propriedade e experiência suficientes para falar aos demais integrantes do setor. Neste sentido, o que senhor acredita que falta para alavancar o desenvolvimento do agronegócio local, juntamente com seus profissionais.

R: O que precisa para alavancar o desenvolvimento da região é trabalhar com honestidade, dedicação, persistência, respeito, e muita união das pessoas e de todos os setores envolvidos na área da agropecuária, que vão desde o setor público ao privado. Entendo que esse fortalecimento é importante para que não só o produtor tenha amparo e consciência da sua importância para a economia da região e do país, mas também a população e demais setores conheçam a realidade e respeitem o trabalho árduo da agropecuária no país. Tudo isso é essencial para a sobrevivência e desenvolvimento do setor e também para a economia da região, pois envolve também outras atividades como comércio, prestação de serviços, educação com a ajuda das faculdades do município que podem colocar bons profissionais no setor e desenvolver pesquisas que podem transformar a realidade da região e do país.

Então, para isso é preciso um trabalho incessante de muita persistência e entusiasmo.

Palavra do Associado

Ex-presidente do Sindicato Rural fala com conhecimento de causa sobre agropecuária

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a emoção dorodeio no Brasil

Alô galera do rodeio! Está prestes a começar a maior festa do peão de boiadeiro! As “festas do peão” são um evento popular do Brasil e nele se inclui grandes atrações, como shows,

exposições agropecuárias, feira de negócios e as famosas montarias em touros e cavalos, dentre outras modalidades de esportes relacionados ao campo. É sempre uma festa bonita, uma confraternização de pessoas de vários cantos do Estado e da região com diferentes hábitos e costumes, mas de uma característica em comum: a paixão pelo campo.

Apesar do grande número de fãs alucinados pelas “Festas de Peão”, uma de suas atividades mais aguardadas, a competição de rodeio tem sido duramente criticada por alguns grupos defensores de animais. Muitos mitos são ditos sobre o esporte como, por exemplo, a acusação de maus tratos aos animais. Por falta de informação ou por pura má fé, essas teorias são disseminadas, principalmente em tempos de redes sociais e internet, sem que procurem conhecer a realidade. Algumas das idéias equivocadas são sobre a utilização de esporas e do sedém. As esporas não

podem ser de “gancho” e o sedém tem que ser amarrado próximo a virilha e não sobre, para não machucar o animal. O intuito do sedém irá fazer cócegas. Ele não aperta o animal, como muitos se confundem.

Nos últimos anos a montaria em touros teve um grande salto de qualidade com a criação da PBR Brasil. Mais precisamente em 2005, essa franquia tirou a montaria em touro ou bullriding, do formato do rodeio tradicional, o que fez o evento se tornar mais atrativo. A modalidade se transformou em um esporte de adrenalina, acirrando a competição entre os melhores atletas e os touros mais difíceis do Brasil, realizada em várias arenas do país. Os eventos PBR são cada vez maiores e a franquia no Brasil cresce a cada ano. Só para se ter uma ideia, em 2006 eram 154 competidores registrados, já em 2013, chegamos a mais de 900. Os pontos conquistados nas etapas são válidos para o ranking mundial da Built Ford Tough Series, cuja final ocorre em Las Vegas.

PBR (Professional Bull Riders) foi criada nos Estados Unidos por 20 competidores, que investiram míseros mil dólares cada, com a ideia de desenvolver profissionalmente

essa categoria esportiva e aumentar cada vez mais a competição entre os atletas, homens e touros, dando-lhes melhores condições, o que tornou essa modalidade uma das mais organizadas e competitivas do mundo. Os campeonatos são realizados nos cinco países com maior tradição para a montaria, EUA, Canadá, Brasil, México e Austrália. Com escritórios em todos esses países, a PBR organiza mais de 400 eventos por todo o mundo, exibidos em mais de 700 horas pelas redes de TV internacional, e proporcionando altas premiações. No que se refere ao público, o rodeio de touros impressiona. Só para se ter uma ideia, em 2011 estima-se que mais de 5,4 milhões de pessoas tenham passado pelas arenas dos 30 maiores torneios realizados pelo país, enquanto o Campeonato Brasileiro de Futebol da série A teve 5,6 milhões de torcedores durante todo o torneio. Este ano, com a Copa Brahma Barretos e mais de 50 eventos do Brahma Super Bull PBR, estima-se 13 milhões de pessoas,

O evento PBR é um verdadeiro show. Músicas pulsantes com iluminação atrativa e um grande show pirotécnico dão o tom da festa que conta com a locução eletrizante e os melhores peões e touros do Brasil e do mundo. Para

a produção de um evento dessa grandeza, os melhores profissionais do meio tem uma função importantíssima. Os salva-vidas, diferente dos famosos palhaços de rodeio, são verdadeiros atletas que estão sempre ligados no tempo exato para separarem os peões dos touros. São os anjos da guarda dos peões dentro da arena. Os juízes têm a incumbência de avaliar os peões e os touros de forma imparcial atribuindo notas e conseqüentemente decidindo os resultados. O juiz dá 50% da nota para o competidor e 50% da nota para o animal e, neste caso, são avaliados cinco itens: giro, coice, pulo, intensidade e grau de dificuldade. Os veterinários cuidam dos animais que são as grandes estrelas do show. Uma grande preocupação da PBR é a qualidade de vida dos touros e cavalos competidores. Quando chegam para competir, tanto das etapas da PBR como da ABBI, os animais são fiscalizados pelo veterinário e, se diagnosticados com algum tipo de lesão, não são permitidos competir, só podendo com liberação do profissional. Os fisioterapeutas cuidam dos peões, que são submetidos a grandes esforços, além de contar com uma equipe médica sempre de prontidão para qualquer emergência. Apesar de dentro da arena os protagonistas são os touros e peões, os locutores dão o tom da emoção e apresentam suas qualificações.

Os dois principais campeonatos realizados no Brasil são o Brahma Super Bull e Copa Brahma Barretos. Estes torneios são verdadeiros celeiros de atletas, que promovem nomes importantes, entre competidores e touros, hoje o bicampeão nacional é Edevaldo Ferreira. No exterior, os atletas brasileiros conquistam cada vez mais espaço. Para se ter ideia, das 19 finais mundiais, oito foram conquistadas por brasileiros (três de Adriano Moraes, o maior atleta deste esporte nos últimos tempos, em 1994, 2001 e 2006), Ednei Caminhas (2002), Guilherme Marchi (2008), Renato Nunes (2010) e Silvano Alves (2011 e 2012).

Na ExpoMineiros 2014 não será diferente. Os peões e touros competirão na nossa cidade com a benção da PBR Brasil o que dará outro nível a competição. A partir do dia 3 de julho, quinta-feira, na grande abertura do rodeio no Parque de Exposições de Mineiros, dezenas de atletas tentarão permanecer a eternidade dos 8 segundos sobre toneladas de músculos e força. Imperdível.

Rodeio

Saiba como funciona um dos esportes mais amados do país agora com a marca PBR

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FAEG

averbação de reserva legal

Com o objetivo de que a reserva legal seja regularizada apenas pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), já que este está em pleno funcionamento em Goiás, o presidente da

Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Leonardo Ribeiro, esteve na Corregedoria do Tribunal de Justiça (TJ-GO), onde protocolou um ofício com a solicitação.

No documento, Leonardo explica que o CAR já está regulamentado em Goiás, o que desobriga, conforme a Lei 12.651, o proprietário de averbar sua reserva legal junto ao cartório. Ele alegou ainda que os proprietários que precisam fazer transferência e desmembramento de imóveis estão sendo prejudicados com a exigência por parte dos cartórios que continuam exigindo esse procedimento.

Leonardo afirmou também que o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás (Semarh) apoiam a solicitação.

A visita aconteceu na tarde de segunda-feira (16) e um posicionamento por parte do TJ-GO é esperado para os próximos dias. O ofício foi entregue, em mãos, para a Corregedora Geral, Nelma Branco Ferreira Perilo.

Faeg pede reestudo para facilitar a vida do produtor

Foto: Larissa Melo

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sindicato rural e Prefeitura de Mineiros

Abertura dos portões da 35ª ExpoMineiros no domingo (06/07) será o ponto alto da festa, diz o prefeito. Entrada franca para o show do cantor Amado Batista é resultado concreto do trabalho conjunto. Será um dia de congraçamento, oportunidade em que a Prefeitura propicia lazer para as famílias do município.

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O prefeito Agenor Rezende destaca a 35ª Exposição Agropecuária de Mineiros (Expo Mineiros) como o grande evento do município e faz questão de ressaltar a parceria com o

Sindicato Rural pelo segundo ano consecutivo. Este trabalho conjunto, segundo ele, resulta em importantes conquistas para a população e reitera a força do agronegócio como o combustível da economia local.

A abertura dos portões da 35ª Expo Mineiros no domingo (06/07), de acordo com o prefeito, será o ponto alto da festa. A entrada franca para o show do cantor Amado Batista é resultado concreto da parceria com o Sindicato Rural de Mineiros. Trata-se de um dia de congraçamento, oportunidade em que a Prefeitura propicia lazer para as famílias do município.

O prefeito afirma que produtores e Prefeitura Municipal estão determinados a fomentar a economia de Mineiros, a atrair novos investimentos e a oferecer todo o suporte para que as atividades prosperem. “Nossa produção está centrada no agronegócio e faremos de tudo para que a atividade seja cada vez mais próspera, com integral apoio às iniciativas dos produtores”, diz Agenor.

O prefeito Agenor Rezende faz questão de ressaltar o trabalho realizado pela diretoria do Sindicato Rural de Mineiros, cujos esforços resultam no constante aperfeiçoamento da atividade rural, com dividendos positivos para a sociedade. Este trabalho, segundo ele, resulta em elevação da renda e, principalmente, no

Mineiros

O prefeito Agenor Rezende destaca a parceria na ExpoMineiros

crescimento da oferta de empregos.“O presidente Fernando Carvalho Mendonça, o 1º vice-

presidente Antonio Paulo Carvalho, e todos os integrantes da diretoria do Sindicato Rural colaboram de maneira direta para o desenvolvimento de Mineiros, ao impulsionar as atividades do agronegócio e ao dinamizar a nossa economia, com competência, seriedade e compromisso com a coletividade”, conclui Agenor.

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Fôlego novo na presidência da FaeG

Em uma solenidade realizada no último dia 04, José Mário Schreiner transferiu a presidência da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Conselho Administrativo do Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) para Leonardo Ribeiro, que será o responsável por dar continuidade ao trabalho que ele vinha realizando desde 2008.

Portanto, na entrevista concedida ao Sindicato Rural de Mineiros, Leonardo fala sobre as expectativas e desafios referentes à sua gestão, destaca os planos que podem ser esperados enquanto ele estiver na presidência e ainda faz uma análise das perspectivas para o agronegócio nos próximos meses.

Sindicato Rural: Sabemos que o último presidente da FAEG e do SENAR, José Mario Schereiner, deixou um forte legado através de uma gestão aberta e marcada pela participação dos produtores rurais. Você pretende manter essa liberdade em sua administração, incluindo desde os grandes até os pequenos produtores nas tomadas de decisões que envolvem o setor?

Pouco muda e a gestão continua sendo guiada pela proximidade com o produtor e pela abertura diante de sugestões que definam qual o melhor caminho para cuidar do agronegócio goiano. Essa abertura é muito importante e não há diferenciação entre pequenos e grandes produtores: todos fazem a Faeg. É importante ressaltar que nosso objetivo é exatamente dar continuidade aos trabalhados que têm sido desenvolvidos pela entidade.

Sindicato Rural: Em sua opinião, quais os maiores desafios você terá que enfrentar durante a sua gestão?

Meu maior desafio é ter bom senso, entendimento e abertura de diálogo para atender os objetivos de superação destas demandas. Tudo continua sendo conduzido da maneira como vinha sendo anteriormente, porém com atenção especial aos problemas emergenciais que forem surgindo ao longo do tempo.

Sindicato Rural: Além de dar continuidade ao trabalho desenvolvido por Schreiner, você tem em mente algum novo projeto com potencial para beneficiar a classe dos produtores rurais e alavancar o agronegócio do estado?

Conheça o novo presidente da FAEG durante a licença temporária de José Mário Schreiner

Entrevista

Não temos um projeto específico, até porque o nosso trabalho é feito da propriedade para a entidade, com o intermédio dos Sindicatos Rurais. O que não impede que listemos vários aspectos que devem ser feitos daqui para frente para beneficiar a classe. Um bom exemplo é uma maior disponibilização, ao pequeno produtor, de informações sobre tecnologias que a grande agricultura já experimenta. Atualmente o Senar Goiás faz esse papel, mas ainda falta uma estrutura pública de assistência técnica, disponibilização de capacitação e aposta em políticas públicas específicas para o agronegócio.

Sindicato Rural: No que tange a economia nacional, quais são as perspectivas de mercado para o agronegócio brasileiro no próximo semestre e qual a representatividade do nosso estado dentro deste cenário?

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Entrevista

As perspectivas são relativamente boas, mas diante de fatores como o clima, o crescimento da produção de soja e milho da safra americana, o aumento da produção da safra sul-americana, entre outros, podemos ter preços deprimidos, altos custos de produção e diminuição da eficiência da porteira para dentro. Não quero de forma alguma ser pessimista, mas trabalhamos com um cenário um pouco pior em relação aos anos anteriores.

O Brasil tem uma realidade de demanda forte – visto o crescimento da população – e capacidade de responder à altura. Além disso, o caráter empreendedor do produtor e a disponibilidade de áreas cultiváveis nos animam.

Mas, independente de expectativas e projeções é muito importante que o produtor tenha um bom conhecimento sobre o setor, como custos de produção, recomposição de estoques e o mais importante: o planejamento da compra dos insumos e da venda de seu produto.

Sindicato Rural: As expectativas do Plano Safra Agrícola e Pecuário 2013/2014 lançado pelo governo federal, que destinou cerca de 136 bilhões para investimentos no setor foram alcançadas? Se a resposta for afirmativa, de que maneira os produtores rurais foram beneficiados?

Nós sempre esperamos mais porque o setor agropecuário tem garantido um resultado muito positivo para as contas do governo. Se tivéssemos mais recursos disponíveis, mais possibilidades de acesso a esse crédito e mais agilidade na liberação da verba, certamente conseguiríamos demonstrar ainda mais a força do setor.

Sindicato Rural: Como estamos em ano eleitoral, é preciso perguntar se o resultado das eleições, tanto presidencial, quanto para deputados federais e estaduais, senadores e governadores influencia no agronegócio brasileiro. Se, sim, de que forma essa influência atua no setor?

É importante lembrar que as decisões são tomadas no âmbito político e por pessoas que estão na posição de decisão. Por isso precisamos ter, cada vez mais, capacidade de identificação daqueles que têm uma visão clara da importância do agronegócio no Brasil. Como são eles quem vão ajudar a solucionar os problemas do setor, pensar em políticas públicas de médio e longo prazo e no direcionamento dos investimentos para a agropecuária, é responsabilidade de cada um, como eleitor, fazer bom uso da escolha do nome que vai nos representar.

Sindicato Rural: Independente do resultado das urnas e com foco nas perspectivas e previsões para o setor, qual conselho você acha necessário deixar para os produtores rurais da nossa região?

Cada dia mais, o produtor rural precisa reafirmar a dinâmica própria com a qual ele toca seu negócio. Ele precisa ser cada vez mais profissional, mais preparado para um mercado competitivo e mais focado na responsabilidade de produzir com qualidade, segurança e preço justo. Desde sempre o homem do campo vem mostrando sua capacidade de trabalho, de geração de renda, de riqueza de emprego, além de sua contribuição para economia do Brasil. O meu conselho é que ele siga assim, buscando melhorar sempre, tanto da porteira para fora, quanto da porteira para dentro.

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