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SindusCon-SP, entidades, academia e poder público

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SindusCon-SP, entidades, academia e poder público unem-se em favor da sustentabilidade

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3revista notícias da construção / Julho 2014

Sergio Watanabeé presidente doSindusCon-SP, vice-presidente da CbiCe diretor da Fiesp

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

Dever cumprido

Em 6 anos, a construção amadureceusuas condições técnicas e gerenciais

E D i t o r i a l

Neste último editorial como presidente do SindusCon-SP, função que tive a honra de exercer nas gestões 2008-2011 e 2011-2014, compartilho conquistas realizadas e tarefas inacabadas.

Nossa primeira gestão iniciou-se com o mercado tão aquecido a ponto de obrigar o sindicato a pressionar os grandes fornece-dores de insumos da construção a manter o abastecimento, até com importações.

Meses depois, o mundo mergulhava em grave crise financeira internacional, que se refletiu no desempenho irrisório da constru-ção no ano seguinte. Mas graças à atuação do SindusCon-SP e de outras entidades do setor, o governo garantiu o crédito às empresas e iniciou a primeira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida.

O resultado foi um crescimento “chi-nês” da construção brasileira em 2010, que certamente não deverá se repetir.

Com o início da nossa segunda gestão, o setor prosseguiu sua expansão, porém num ritmo cada vez menos acelerado. A expansão da atividade imobiliária foi declinando em 2012 e 2013, sem que a infraestrutura apre-sentasse crescimento significativo.

Chegamos a 2014 com um cenário econômico completamente distinto daquele de 2008. Retração nos investimentos, custos crescentes, excesso de burocracia na apro-vação de licenciamentos e capacidade cada vez mais limitada do governo de investir são alguns dos obstáculos à retomada robusta do crescimento da construção.

Durante estes seis anos, o SindusCon -

SP empenhou-se em enfrentar os desafios e obteve uma série de conquistas, nas várias áreas de sua atuação. Hoje, a construção con-ta com condições gerenciais e tecnológicas mais maduras para protagonizar um novo ciclo de crescimento.

Possivelmente nossa maior conquista foi ampliar o reconhecimento, pelo gover-no, da importância da construção como protagonista e não como mera coadjuvante do desenvolvimento social e econômico do país. Essa percepção consolidou-se com o Programa Minha Casa, Minha Vida 1 e 2, estando garantida a fase 3 pelos principais candidatos à Presidência da República.

Obtivemos outras conquistas relevantes e que ainda podem ser aperfeiçoadas, como a desoneração da folha de pagamentos, o Regi-

me Especial de Tributação e o projeto Plantas On Line. Também sofremos reveses, como a ampliação do Regime Diferenciado de Contratações, um retro-cesso nas obras públicas.

Desejamos ao SindusCon-SP sucesso em suas empreitadas, bem como o fortale-cimento da articulação com os demais elos da cadeia produtiva da construção. E espe-ramos que a sociedade brasileira conquiste as reformas tão necessárias à modernização do país, como a política, a fiscal, a tributária e a trabalhista, possibilitando elevar os in-vestimentos em educação, saúde e formação profissional.

Agradeço a todos os membros das Di-retorias e Conselhos pelo trabalho realizado, bem como aos funcionários e colaboradores que se empenharam em favor dos nossos objetivos. E desejo pleno sucesso aos próxi-mos dirigentes do SindusCon-SP nas suas iniciativas em favor do desenvolvimento do país e de nosso setor.

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4 revista notícias da construção / Julho 2014

reLaÇÕeS CaPitaL-trabaLHo ................. 34• SST terá fórum internacional em novembro

regionaiS ............................................... 37• Campinas discute simplificação de projetos• Feirão da Caixa atrai mais de 25 mil• Santo André realiza palestra sobre resíduos• Mogi promove seminário sobre SST• Ribeirão aborda segurança em canteiros• Sorocaba vê técnica de parede de concreto• Bauru debate segurança contra incêndio

Meio aMbiente ....................................... 10• Geraldo Alckmin oficializa o Sigor• Saiba como gerenciar os resíduos

HabitaÇÃo .............................................. 14• Governo detalha modelo para PPPs

obraS eSPortiVaS .................................. 16• Obras de estádios custaram mais no Brasil

iMobiLiÁrio ............................................ 18• Plano Diretor aprovado, falta Código de Obras

QUaLiDaDe .............................................. 20• Projeto de estruturas de concreto tem norma• Seminário de estruturas terá expert japonês

SinDUSCon-SP eM aÇÃo .......................... 26• Posse solene da Diretoria será em 23/9• Fiesp recebe o manifesto do ConstruBr• Licenciamentos batem recorde na capital

PreVenÇÃo e SaÚDe ............................... 33• Seconci-SP dá salto de qualidade

C a p aSINDUSCON-SP PARTICIPA DE FÓRUMEM FAVOR DA SUSTENTABILIDADE..... 14• Prédios públicos: “A” de conservação energética• País está despreparado, diz especialista• Integrar ações é o maior desafio, diz BNDES• Vasconcellos destaca ações do Comasp

c o l u n i s t a s

retiFiCaÇÃoA festa de 80 anos do SindusCon-SP está marcada para 23 de setembro, e não 13 de setembro conforme constou de anúncio publicado em Notícias da Construção (edição 134, pág. 20)

eSCreVa Para eSta SeÇÃoe-mail: [email protected]: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP

v o z D o l E i t o r

s u m á r i o

“O papel desta revista foi feito commadeira de florestas certificadas FSC

e de outras fontes controladas.”

PresidenteSergio Tiaki Watanabe

Vice-PresidentesCristiano GoldsteinEduardo May ZaidanFrancisco Antunes de Vasconcellos NetoHaruo IshikawaJoão Claudio RobustiJoão Lemos Teixeira da SilvaLuiz Antonio MessiasLuiz Claudio Minniti AmorosoMaristela Alves Lima HondaMaurício Linn BianchiOdair Garcia SenraPaulo Rogério Luongo SanchezYves Lucien de Melo Verçosa

diretoresPaulo Brasil Batistella (Jurídico)Salvador de Sá Benevides (Rel. Internacionais)

Diretores Das regionaisEduardo Nogueira (Ribeirão Preto)Elias Stefan Junior (Sorocaba)Emilio Carlos Pinhatari (São José do Rio Preto)Luís Gustavo Ribeiro (Presidente Prudente)Márcio Benvenutti (Campinas)Renato Tadeu Parreira Pinto (Bauru)Ricardo Beschizza (Santos)Rogério Penido (São José dos Campos)Sergio Ferreira dos Santos (Santo André)

representantes junto à FiespEduardo Ribeiro Capobianco, Sergio Porto;João Claudio Robusti, José Romeu Ferraz Neto

assessoria De imprensaRafael Marko - (11) 3334-5662Nathalia Barboza - (11) 3334-5647Fabiana Holtz - (11) 3334-5701

Conselho eDitorialDelfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto

superintenDenteJosé Luiz Machado

eDitor responsávelRafael Marko

redaÇÃoNathalia Barboza e Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Geraldo Gomes e Maycon Morano (Presidente Prudente); Enio Machado, Elizânio Silva e Tatiana Vitorelli (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Sabrina Magalhães (Bauru); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas).Secretaria: Antonia Matos

arte e DiagramaçãoMarcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte

puBliCiDaDeVanessa Dupont - (11) 3334-5627Pedro Dias Lima - (11) 9212-0312Vando Barbosa - (11) 99614-2513Jéssica Schittini - (11) 96646-6525André Maia - (21) 99468-4171Nayara Aquino - (11) 3334-5659

endereÇoR. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP

Central de relacionamento sindusCon-sp(11) 3334-5600

Ctp/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica

tiragem desta edição: 13.000 exemplares

opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do sindusCon-spnoticias@sindusconsp.com.brwww.sindusconsp.com.brfacebook.com/sindusconsptwitter.com/sindusconspyoutube.com/sindusconspmkt

Disponível na App Store e no Google Play

Conjuntura | Robson Gonçalves .............................5

empreendedorismo | luiz MaRins ......................24

gestão empresarial | MaRia anGelica l. PedReti ......28

Segurança do trabalho | José caRlos de a. saMPaio ...30

Saúde | José bassili ..........................................32

Jurídico | MaRcos Minichillo de aRaúJo .....................36

Soluções inovadoras | MaRia akutsu e

adRiana caMaRGo de bRito ......44

Construção da Carreira | FeliPe scotti calbucci ....46

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5revista notícias da construção / Julho 2014

robSon gonÇaLVeS é professor dos Mbas da FgV e consultor da FgV Projetos

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]

É comum fazer promessas de Ano Novo. Juramos que tudo será diferente: perder peso, começar um curso novo, ser mais organizado. Mas poucos de nós fazem balanços depois disso. O ano passa e, no réveillon seguinte, novas promessas. Os economistas fazem algo parecido. Divulgam suas previsões e, meses depois, voltam para explicar porque erraram. Aproveitam então para fazer novos prognósticos.

Em boa medida, isso acontece porque a Economia é uma ciência humana e seres humanos não preveem o futuro; têm apenas expectativas que muitas vezes não se reali-zam por se confundirem com nossos desejos em lugar de expressar nossa visão nublada e parcial sobre o futuro mais provável.

Seja como for, o meio do ano é um momento adequado para um balanço das projeções e –por que não?– para fazer novas.

A primeira delas se refere às expectativas de crescimento. A revisão de séries econômi-cas importantes pelo IBGE nos mostrou que o PIB avançou um pouco mais do que se pensa-va em 2013, mas fechou o ano freando forte. E essa desaceleração prosseguiu em 2014, ganhando impulso no segundo trimestre. Crédito e emprego estão mais fracos, o que também enfraquece o consumo, principal lo-comotiva de nosso crescimento liderado pela demanda, o modelo em vigor desde 2009.

Se pelo menos o investimento produtivo e as exportações estivessem decolando, seria possível amenizar a desaceleração e abrir um horizonte de mais crescimento para os

próximos anos. Infelizmente, não é esse o cenário. Apesar do o dólar estar bem mais alto que em anos recentes, o saldo comercial continua magrinho, cerca de 10% do que foi há alguns anos. E o investimento está em queda livre. Para resolver os gargalos de infraestrutura e garantir o crescimento da produtividade, o investimento deveria ser algo como 25% do PIB. Mas deve fechar o ano na casa dos 17%.

Pelo lado da demanda, sobraram os gastos públicos, amplamente utilizados quando estourou a crise financeira de 2008. Na gestão Dilma, as contas públicas pioraram de forma lenta e contínua. Nem mesmo a con-tabilidade criativa foi capaz de reverter esse quadro. Acelerar os gastos do governo seria

hoje uma temeridade e seus efeitos sobre o crescimento, mesmo a curto prazo, muito limitados.

É. Nossas pro-messas e esperanças

de Ano Novo estão se realizando! O PIB talvez cresça apenas 1%. Talvez um pouco mais. O que fazer?

Promover mudanças em clima eleitoral, em final de mandato, não é algo comum. Mas há exceções. Em outubro de 1998, data quase esquecida na curta memória dos brasileiros, o presidente FHC reconheceu a gravidade do ambiente econômico e firmou acordo com o FMI, afastando o fantasma da moratória. Mesmo assim, foi reeleito. A presidente Dilma, também candidata à reeleição, tem todas as condições de propor uma mudança, reconhecer que o modelo econômico se es-gotou e se reinventar. Continuar fazendo mais do mesmo não basta. Como se diz naquela famosa série, “the winter is comming”. É preciso estar preparado.

olhando adiante

mudar em final de mandato não écomum mas já foi feito por FHc

c o n j u n t u r a

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6 revista notícias da construção / Julho 2014

c a p a

Entidades, academia epoder público unem-seem favor de estímulos

à sustentabilidade

De bem com o meio ambiente

Fomentar a adoção de tecnologias nas construções, para estimular compor-tamentos e estilos de vida que promovam conservação e reuso da água (incluindo a de chuva), economia de energia, gestão adequada de resíduos e conforto térmico. Com este objetivo, foi criado o Fórum de Desenvolvimento Urbano e Construção Sustentável, uma articulação do SindusCon- SP com outras entidades privadas e órgãos públicos. O lançamento ocorreu em junho, na universidade Uninove.

Do fórum criado a partir de uma ini-ciativa do deputado federal Paulo Teixeira, também participam AsBEA, CAU-SP, CBCS, Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente da Câmara de São Paulo, Crea-SP, Instituto de Engenharia e Secovi-SP.

Estas entidades se comprometeram a instalar, manter e divulgar o fórum, contri-buindo para a integração urbana, o combate às mudanças climáticas e o desenvolvimento ambientalmente sustentável do país.

O fórum terá reuniões mensais e, excep-cionalmente, duas reuniões por mês. Cada participante indicará um membro titular e um suplente. Todas as decisões serão toma-das por consenso e a coordenação exercida por um dos seus membros eleitos para um mandato de um ano. No primeiro ano, a coordenação caberá conjuntamente a CBCS, Secovi-SP e SindusCon-SP, e a secretaria à Uninove.

Eficiência energéticaNa abertura do fórum, o SindusCon-SP

esteve representado pelo vice-presidente de Meio Ambiente, Francisco Vasconcellos. Além dele e de Paulo Teixeira, também compuseram a mesa de abertura o reitor da Uninove, Eduardo Storopoli; a secretária de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Loreni Foresti; e o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, Wanderley Meira do Nascimento.

Qualificando o fórum como “uma conspiração do bem”, Teixeira destacou a importância de uma articulação do poder público com a construção, uma vez que 80% do PIB mundial é gerado nas cidades e estas já consomem 2/3 da energia produzida.

Já Nascimento defendeu o emprego de energia eólica na capital paulistana e anun-ciou que a coleta seletiva de resíduos será implementada em toda a rede municipal.

A seguir, em palestra coordenada por Vasconcellos, a secretária Loreni apresentou os principais itens de uma instrução norma-tiva obrigando as novas edificações públicas federais e as obras de retrofit à etiquetagem de eficiência energética “Classe A”.

Na sequência, o vice-presidente do Secovi-SP, Ciro Scopel, coordenou palestra do professor Roberto Lamberts, da Univer-sidade Federal de Santa Catarina, sobre a importância da eficiência energética.

Vasconcellos, Teixeira, Storopoli, Loreni e Nascimento, na mesa de abertura do evento

Fotos: Calão Jorge

FABIANA HOLTZ, NATHALIA BARBOZA E RAFAEL MARKO

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7revista notícias da construção / Julho 2014

Loreni: eficiência energética será obrigatória para edificações federais com mais de 500 m² de área construída

Lamberts: padrões construtivos e hábitos familiares precisarão ser modificados

Edifícios federais novos deverão ter “A” de conservação energética

A Secretaria de Logística do Minis-tério do Planejamento baixou a Instrução Normativa 2, obrigando que os projetos de edificações públicas federais novas sejam desenvolvidos ou contratados visando à obtenção da Etiqueta Nacional de Conser-vação de Energia (Ence) Geral de Projeto classe “A”.

A medida foi anunciada por Loreni Fo-resti, secretária de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, na abertura do Fórum de Desenvolvimento Urbano e Construção Sustentável.

Após obter a Ence, a nova edificação deverá ser construída ou contratada de forma a garantir a obtenção da Ence Geral da Edi-ficação Construída classe “A”, dispõe a IN.

Segundo a Instrução, as obras de retrofit

devem ser contratadas visando à obtenção da Ence Parcial da Edificação Construída classe “A” para os sistemas individuais de iluminação e de condicionamento de ar, ressalvados os casos de inviabilidade técni-ca e econômica, devidamente justificados, devendo-se, nesse caso, atingir a maior classe de eficiência possível.

Estão dispensadas da obtenção da Ence as edificações com até 500 m² de área cons-truída ou cujo valor da obra seja inferior ao equivalente ao CUB Médio Brasil atualizado aplicado a uma edificação de 500 m².

A IN também determina que os instru-mentos convocatórios para aquisições ou locações de máquinas e aparelhos consumi-dores de energia pela administração federal exijam classe de eficiência “A” na Ence.

país está despreparado, diz especialistaÉ indispensável a adoção de novas tec-

nologias e hábitos visando à conservação de energia, uma vez que o consumo energético está aumentando junto com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país. E isso está acontecendo numa velocidade muito maior do que o crescimento da produção de energia, e num cenário de escassez de água.

Este foi o alerta dado pelo professor Roberto Lamberts, da Universidade Federal de Santa Catarina, no Fórum de Desenvol-vimento Urbano e Construção Sustentável. Segundo ele, o país não está se preparando adequadamente para o aumento do consumo da energia: em 2030, estima-se que apenas 10% das edificações estejam dentro do pa-drão de eficiência energética.

Lamberts também criticou padrões construtivos como envelopes sem cuidado com a eficiência térmica ou venezianas

que só abrem pela metade, vedando uma ventilação natural adequada e obrigando à utilização de ar condicionado. Ele ainda defendeu a educação das famílias, citando como exemplo de desperdício energético o caso de um morador da tórrida Manaus que liga ao mesmo tempo a lareira e o ar condi-cionado em temperatura “glacial”.

Uma vez implementada a conservação de energia nos projetos das edificações, a próxima etapa deverá ser a da etiquetagem energética dos mesmos em uso, afirmou o professor. Ele defendeu estímulos como os existentes nos Estados Unidos e na França, onde grandes edifícios são obrigados a informar o consumo de energia por metro quadrado. Mas alertou para o risco de ter-ceirizados fornecerem laudos baratos de etiquetagem sem base na realidade, o que exige a fiscalização deste futuro mercado.

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8 revista notícias da construção / Julho 2014

capa

sinduscon-sp ressalta ações pela sustentabilidade ambiental

Representantes do SindusCon-SP, Asbea e Secovi-SP expuseram no painel “Práticas de Sustentabilidade no Setor Privado”, do Fórum de Desenvolvimento Urbano e Construção Sustentável, ocorrido no auditório da Uninove, as iniciativas das respectivas entidades.

Francisco Vasconcellos Neto, vice--presidente de Meio Ambiente do Sin-dusCon-SP, falou sobre a trajetória do Comasp, desde 1999, quando a pretensão ainda era “entender o que significava meio ambiente”, e destacou a participação como signatário do Fórum, segundo ele, “uma iniciativa que certamente vai gerar bons frutos”.

Com este mesmo espírito, Vascon-cellos ressaltou a assinatura recente do protocolo de intenções com Secovi-SP, Asbea e Abramat para a geração de um guia de materiais sustentáveis, Milene Abra Scala, coordenadora do Grupo Técnico de Sustentabilidade da Asbea, definiu o manual como “uma ferramenta virtual que deverá padronizar as informações sobre os insumos da construção com vistas a atender a Norma de Desempenho”.

O vice-presidente do SindusCon-SP destacou ainda o protocolo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Cetesb que resultou na criação do Sigor (Sistema Esta-dual de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos) (veja à página 10).

Segundo ele, em 2004, o SindusCon--SP saiu na frente e bancou um projeto pi-loto que resultou na elaboração da primeira metodologia de gestão de resíduos em canteiros de obra. “Fomos muito criticados, mas o método é usado por todo mundo até hoje e serviu de base para as normas técnicas de uso de agregados reciclados,

sobretudo em obras públicas”, comentou Vasconcellos.

Já a assesso-ra técnica da vice- presidência de Sus-tentabilidade do Secovi-SP, Clarice Degani, falou so-bre os Manuais de Escopo de Projeto. “O detalhamento do projeto pode aju-dar a desenvolver a edificação de for-ma sustentável, pois contempla na fase inicial boas práticas, produtos etc.”, disse. O Secovi-SP também lançou três outras pu-blicações cujo tema principal diz respeito à sustentabilidade.

Minha Casa sustentávelNo primeiro painel do dia, sobre Políti-

cas Públicas, Junia Santa Rosa, secretária na-cional substituta de Habitação, do Ministério das Cidades, falou sobre políticas públicas para incentivos de práticas sustentáveis do governo federal no Programa Minha Casa, Minha Vida. “O Brasil tem o desafio de produzir com sustentabilidade milhões de moradias, quebrando paradigmas e cons-truindo cidades”, disse.

Uma iniciativa recente compartilhada por Junia foi a construção de protótipos do PMCMV, incorporando princípios de susten-tabilidade e eficiência energética. Segundo ela, os modelos servirão de laboratório para avaliar a viabilidade de aprimoramento das especificações mínimas para o programa.

Apesar de críticas iniciais, ações do Comasp se mostraram fundamentais para o desenvolvimento da construção sustentável, apontou Vasconcellos

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9revista notícias da construção / Julho 2014

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AF_Projetor_Longo.pdf 1 5/23/13 10:27 AM

Integrar ações é o maior desafio, diz BNDES

Em painel coordenado pelo engenheiro Marcelo Vespoli Takaoka, presidente da Takaoka e do Conselho Deliberativo do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), representantes do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal detalharam as políticas de financiamento das instituições durante o Fórum.

Segundo José Guilherme Cardoso, che-fe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, um dos principais desafios quando se fala em sustentabilidade é a integração das ações a serem realizadas. “Temos de mostrar os benefícios econômicos ao longo do ciclo de vida do projeto”, destacou.

Cardoso ressaltou os principais projetos do BNDES voltados para sustentabilidade, como o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), que é gerido pelo Ministério do Meio Ambiente. “A ideia é incentivar projetos com viés ambiental e capex (previsão de recursos para investi-mento) elevado”.

InvestimentosEntre os subprogramas apoiados pelo

Fundo Clima estão o de mobilidade urbana, Cidades Sustentáveis e Mudança do Clima, máquinas e equipamentos eficientes, ener-gias sustentáveis e resíduos sólidos. Em 2014, o fundo pretende destinar R$ 380 milhões em projetos que contribuam para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Além da intenção de ampliar o escopo

do projeto Fundo Clima, Cardoso afirmou que o banco está empenhado em auxiliar os entes públicos na destinação de resíduos sólidos. “A demanda por esse tema tem sido cada vez maior.”

Em nome da Caixa, Silvia Regina Me-rendas, supervisora de crédito imobiliário do banco em Santo André, listou os avanços das principais ações da instituição como o selo Casa Azul (primeiro sistema de classificação da sustentabilidade de projetos habitacionais desenvolvido para a realidade brasileira), o projeto eficiência energética em moradias do Minha Casa, Minha Vida e o Madeira Legal.

De acordo com Silvia, a Caixa já traba-lha em protótipos do MCMV +Sustentável, em parceria do Ministério das Cidades com a prefeitura do Rio de Janeiro, Eletrobrás, UFRG, Light e a Direcional.

Mudança de atitudePara Leonel Prado de Moraes, gerente

geral do Banco do Brasil, avançar nesse terreno envolve uma mudança no modo de pensar. “Sustentabilidade está relacionada com atitude. O fator humano é fundamental nessa equação”, acrescentou.

O gerente do BB participou do painel acompanhado de André Baião (gerente da divisão de Negócios Imobiliários), Tiago Dantas (gerente de Novos Produtos) e Vagner Nascimento (gerente de Projetos), que responderam dúvidas da plateia sobre suas áreas.

Cardoso, Silvia, Moraes, Takaoka, Baião, Dantas e Nascimento discutiram os benefícios econômicos da sustentabilidade

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10 revista notícias da construção / Julho 2014

m E i o a m B i E n t E

Governador oficializa o sigorDentro das comemorações pelo Dia

Mundial do Meio Ambiente, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou em 5 de junho decreto que institui o Sigor (Sistema Estadual de Gerenciamento On-line de Resíduos Sólidos). Participaram da cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, entre outros, o secretário estadual do Meio Ambiente, Rubens Rizek; o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe; o vice- presidente de Meio Ambiente do sindicato, Francisco Vasconcellos; o coordenador do Comasp (Comitê de Meio Ambiente), André Aranha; a coordenadora técnica do Comasp, Lilian Sarrouf, e a coordenadora de Estra-tégia e Produtividade, Roseane Petronilo.

A partir da assinatura, o primeiro módulo do sistema de gerenciamento dos resíduos da construção deve entrar em vigor em até 180 dias. O Sigor resulta do convênio firmado em fevereiro de 2010 entre o Estado de São Paulo, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e da Cetesb, e o SindusCon-SP.

A ferramenta auxiliará o gerenciamento das informações referentes aos fluxos de resíduos sólidos no Estado de São Paulo, desde sua geração até sua destinação final, incluindo o transporte e destinações interme-diárias. O sistema envolve, além dos órgãos estaduais, os municípios, os geradores, os transportadores e as áreas de destino de resíduos.

Desafios Em sua saudação ao público, o go-

vernador destacou os avanços alcançados pela Secretaria do Meio Ambiente, como a fiscalização ambiental eletrônica, recupera-ção da Mata Atlântica e estudos que devem viabilizar a implantação do programa de logística reversa. “Comemoramos o dia do Meio Ambiente procurando novos avanços. Agora os desafios são maiores”, disse.

Também pre-sente à cerimônia, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, cha-mou a atenção para a situação do abas-tecimento de água no estado, que já está ultrapassando fronteiras. “A ques-tão não se concentra apenas na Cantarei-ra, outros importan-tes reservatórios como o de Ilha Solteira, estão com apenas 2% da capacidade. E nem chegamos na época mais crítica da estiagem”, alertou. Segundo o governador Alckmin, a situação começava a ficar crítica no Paraná.

Bando de dadosPara a sociedade, o Sigor terá um papel

fundamental na prestação de serviços, dis-ponibilizará um amplo banco de dados com informações como a relação de transporta-dores cadastrados nos municípios, a relação de áreas de destinação por tipo de resíduos que estão licenciadas a receber; legislação e normas referentes aos resíduos de constru-ção; manuais e publicações e a divulgação de eventos e treinamentos.

O “Fale conosco” do sistema permitirá o esclarecimento de dúvidas e a orientação aos usuários do sistema.

Santos está realizando um teste piloto do Sigor – Módulo Construção Civil e até o final de 2014 o sistema será disponibilizado para nove municípios que participaram das capacitações no âmbito do convênio fir-mado. A partir de 2015, o Sigor – Módulo Construção Civil será disponibilizado para todo o Estado. (Fabiana Holtz)

Durante cerimônia, Alckmin listou os próximos desafios para a preservação do meio ambiente

Foto: Pedro Calado

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11revista notícias da construção / Julho 2014

saiba como gerenciar os resíduosOs construtores paulistas têm até de-

zembro para entenderem como funciona e se adaptarem ao Sigor (Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos – Módulo Construção Civil). Até o final de 2014, o sistema será disponibilizado para as cidades sede das Regionais do SindusCon- SP, que participaram dos cursos de capaci-tação promovidos no âmbito do convênio firmado desde 2012 entre o SindusCon-SP, a Secretaria de Meio Ambiente (SMA), do Governo de São Paulo, e a Cetesb.

Atualmente, a cidade de Santos

realiza um teste piloto de uso do sistema e, a partir de 2015, a SMA promete disponibilizar o Sigor para todo o Estado. Com isso, o poder público poderá passar a punir as empresas que não demonstrarem a destinação correta dos resíduos de suas obras.

Para facilitar a adaptação das constru-toras ao Sigor, Notícias da Construção explica a seguir o que é o sistema e como se cadastrar nele.

O que é o Sigor?É um sistema online para gerenciar as informações referentes aos fluxos de resíduos

sólidos da construção civil no Estado de São Paulo, da sua geração à destinação final, passando pelo transporte desta carga. Por isso, o sistema envolve toda a cadeia: Cetesb, Prefeitura, gerador (construtoras), transportador e áreas de destinação.

A expectativa é de que a sua correta utilização deverá assegurar que os resíduos gerados (conforme a Resolução Conama 307/2002 e suas alterações, e outros resíduos comumente gerados nos canteiros) sejam transportados e destinados de forma responsável e ambientalmente adequada.

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12 revista notícias da construção / Julho 2014

mEio amBiEntE

Quem estará no sis-tema?

Ao se cadastrar no Sigor, o gerador passa a ter acesso às listas de transportadores cadastra-dos no sistema e as áreas de destinação legalizadas, facilitando a comunica-ção entre estes agentes. Além disso, ao sistemati-zar as informações, o Si-gor possibilita identificar oportunidades de melho-ria na gestão de resíduos e elaborar diagnósticos e prognósticos da geração de resíduos por tipo de obra, além de atender à legislação vigente e às normas brasileiras.

Quais as vantagens para a construtora?

O Sigor facilita aos grandes geradores a elaboração e gestão do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, a seleção de transportadores e áreas de destinação regularizados e comprometidos com o meio ambiente, a solicitação do Controle de Transporte de Re-síduos (CTR) junto aos transportadores e o monitoramento do fluxo de resíduos, desde quando saem da obra até quando são descarregados numa ATT (Área de Triagem e Transbordo), num aterro ou numa recicladora.

O sistema também permite a geração de relatórios compatíveis com o Sistema Declaratório de Resíduos, conforme previsto na Política Estadual de Resíduos Sólidos.

Como usar o Sigor?Em breve, além das empresas santistas, as demais poderão se preparar para usar o

sistema. Primeiramente, será necessário entrar no site www.cetesb.sp.gov.br e selecionar Sigor. O gerador deverá designar um responsável para usar o sistema e suas funcionali-dades. Depois de preencher o cadastro da empresa no ícone GERADOR, será possível (e necessário) cadastrar cada uma das obras em andamento, elaborar e gerenciar o Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) de cada uma das obras, solicitar e gerenciar o Controle de Transporte de Resíduos (CTR) e emitir relatórios.

Uma providência importante será exigir dos transportadores que prestam serviço para a sua empresa que também façam o cadastro no Sigor, bem como todos os desti-natários da carga.

É de responsabilidade do construtor também dar baixa, no sistema, do canteiro, quando os trabalhos forem concluídos, e elaborar o PGR final da obra.

(Nathalia Barboza)

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14 revista notícias da construção / Julho 2014

H a B i t a Ç Ã o

Governo detalha modelo para pppsEm encontro com empresários do setor

na sede do Secovi-SP, em junho, Reinaldo Iapequino, subsecretário da Agência Casa Paulista, da Secretaria de Habitação do Es-tado de São Paulo, apresentou as diretrizes das intervenções urbanas previstas no pro-jeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs) de habitação social para a região central da capital.

De acordo com o subsecretário, o go-verno disponibilizará 50% das áreas para o projeto, que inicialmente iria contar com 100% de apoio da iniciativa privada. “Traba-lhamos mais de dois anos na formatação de um modelo e vimos que isso seria inviável”, afirmou.

Parceria inédita entre o governo do estado e do município, os estudos para o lan-çamento da licitação para as PPPs eviden-ciaram alguns obstáculos, como a escassez de terrenos. Segundo Iapequino, em razão da falta de terrenos públicos disponíveis, o setor República/Bexiga foi excluído nessa primeira etapa. Com isso, o projeto que inicialmente previa a construção de 20 mil unidades no centro da capital, agora trabalha com a meta de 16.101 unidades. Os empre-endimentos devem ser finalizados em prazos entre dois e seis anos.

Como foco na revitalização de áreas degradadas, priorizando construções de uso misto, as intervenções previstas pelo proje-to, conforme Iapequino, devem reforçar os polos urbanos, incentivando o adensamento

nos arredores de estações e terminais, e pro-mover a transposição de barreiras – com a introdução de passarelas em áreas próximas da linha de trem.

Quebrando paradigmasO modelo de requalifação urbana e

econômica, com inclusão social, apresen-tado por Iapequino, prevê investimentos de R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 2,2 bilhões virão da iniciativa privada. A contraparti-da do governo estadual, a fundo perdido, será de R$ 1,6 bilhão. A prefeitura de São Paulo participará com R$ 322 milhões. De acordo com dados da secretaria estadual de Habitação, este será o maior investimento concentrado em habitação na capital nos últimos 30 anos. Nos últimos 10 anos foram construídas cerca de 7 mil moradias no centro expandido da capital.

Para o secretário de Estado da Habi-tação, Marcos Penido, estão consolidadas todas as condições e as intenções do governo para a formação das PPPs. “Trazemos com esse projeto algumas quebras de paradigmas, como a união das esferas Federal, Estadual e Municipal, independente da ideologia polí-tica. É um momento que todos nós estamos sendo desafiados”, disse. Sem especificar um prazo, Penido acrescentou que o edital deve ser publicado em breve.

Além de Iapequino e Penido, participa-ram do encontro o deputado federal Sílvio Torres; o secretário municipal de Habita-

ção, José Floriano de Azevedo Marques; e o secretário municipal do Desenvolvimento Urba-no, Fernando de Melo Franco. Pelo Sindus-Con-SP, compareceu o gerente de Produção e Mercado, Elcio Sígolo.

(Fabiana Holtz)

Iapequino detalhou novo modelo das PPPs durante evento

Foto: Calão Jorge

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16 revista notícias da construção / Julho 2014

o B r a s E s p o r t i v a s

Estádio CapaCidadE(mil)

tipo dEobra

Custo(Em milhõEs)

Custo por assEnto (mil) Construtora

Maracanã 76 reforma R$ 1,050 R$ 13,8 Andrade Gutierrez, Odebrecht e Delta

Mané Garrincha 71 reconstrução R$ 1,500 R$ 21,1 Via Engenharia eAndrade Gutierrez

Mineirão 64,5 reforma R$ 695,0 R$ 10,8 Construcap, Egesa e Hap

Castelão 66 reforma R$ 518,6 R$ 7,8 Consórcio Galvão, Serveng e BWA

Itaquera 65 construção R$ 1,150 R$ 17,7 Odebrecht

Beira-Rio 60 reforma R$ 330,0 R$ 5,5 Andrade Gutierrez

Arena Fonte Nova 50 reconstrução R$ 689,4 R$ 13,8 Odebrecht e OAS

Arena Pernambuco 46 construção R$ 529,5 R$ 11,5 Odebrecht

Estádio das Dunas 45 construção R$ 400,0 R$ 8,9 OAS

Arena Amazônia 44,3 reconstrução R$ 669,5 R$ 15,1 Andrade Gutierrez

Arena Pantanal 43,6 reconstrução R$ 646,5 R$ 14,8 Santa Bárbara eMendes Júnior

Arena da Baixada 42 reforma R$ 326,7 R$ 7,8 CAP SA

total 673,4 r$ 8.595,2 r$ 12,4

custo dos estádios superou o das copas de 2006 e 2010

Com 12 cidades-sede, para a realiza-ção do Mundial no Brasil reconstruíram-se quatro estádios, reformaram-se cinco e levantaram-se outros três. Pelas contas do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), o custo médio por assento dos estádios da Copa no Brasil ficou em R$ 12,4 mil (ver tabela abaixo). O valor supera o das duas copas anteriores. O alto custo é atribuído por especialistas do setor em grande parte à falta de planejamento e projeto.

De acordo com dados divulgados pelos respectivos Comitês Organizadores Locais, em 2010 a África do Sul gastou R$ 7 mil por assento com a construção de cinco estádios e reforma de outros cinco. Na Alemanha, que reformou cinco estádios e ergueu sete em 2006, foram gastos R$ 6,4 mil.

No balanço nacional, o estádio mais caro foi o de Brasília. Com capacidade para 71 mil torcedores, o custo por assento para a re-construção do Mané Gar-rincha ficou em R$ 21,1 mil. Já o Beira-Rio, em Porto Alegre, registrou o menor valor, de R$ 5,5 mil, seguido pelas arenas da Baixada (R$ 7,8 mil) e das Dunas (R$ 8,9 mil). Vale lembrar que os estádios do gaúcho Internacional e do Atlético Paranaense passaram apenas por obras de ampliação e reforma.

Em São Paulo, a polêmica Arena Co-rinthians ocupa a segunda posição entre os mais caros, com o custo de R$ 17,7 mil por assento. Os custos das Arenas Fonte Nova,

Pernambuco, Amazônia e do Mineirão ficaram bem próximos da média nacional.

Fechando as contas No Portal da Copa, site oficial do gover-

no federal, a projeção de custo das obras dos 12 estádios está em cerca de R$ 8,05 bilhões. Esse balanço, porém, não é atualizado pelo Ministério dos Esportes desde setembro de 2013. O valor representa quase o triplo do anunciado em 2007 (R$ 2,8 bilhões) – quan-do o país foi escolhido para sediar o evento. É importante ressaltar que na ocasião o número de sedes ainda não estava definido. Pelas contas atualizadas do Sinaenco, os gastos já superaram R$ 8,5 bilhões.

(Fabiana Holtz)

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18 revista notícias da construção / Julho 2014

i m o B i l i á r i o

plano Diretor é aprovado; faltam zoneamento e código de obras

Após nove meses de debates na Câmara Municipal de São Paulo, o Plano Diretor Estratégico foi aprovado em 30 de junho. Foram 44 votos a favor e 8 contra o conjunto de diretrizes que vai orientar o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos.

Das 117 propostas de emendas apre-sentadas, 27 foram aprovadas em plenário. Segundo o vereador Nabil Bonduki (PT), relator do substitutivo, nenhuma delas altera substancialmente o texto aprovado. No entanto, houve aumento na outorga onerosa, o que encarecerá o custo dos em-preendimentos.

Entre as propostas do novo Plano Di-retor está a concentração do adensamento construtivo no entorno dos eixos de trans-porte, aproximando moradia e emprego; a criação de polos de desenvolvimento econômico nas periferias e territórios cul-turais; a ampliação de áreas destinadas à moradia popular e a recriação da zona rural do município.

Uma das apostas da Prefeitura é a Cota de Solidariedade, instrumento de planejamento urbano e habitacional para estimular produção de habitação para baixa renda. Imóveis acima de 20.000 m², deverão destinar 10% do próprio empreendimento ou de uma área na mesma região para a implantação de moradias de interesse social. Porém, não há evidência de que a prefeitura consiga viabilizar técnica e financeiramente a contratação dessas habitações.

O limite de oito andares para edifí-cios em miolos dos bairros considerados estritamente residenciais causou polêmica. Bonduki defendeu a ideia que, dessa forma, “o Plano regulará a atuação do mercado imo-biliário levando-o para onde a cidade deve crescer e restringindo onde não deve mais”.

aumento na outorga onerosa deverá

encarecer o custodos empreendimentos

prefeitura apronta novas legislações

O projeto da Lei de Zoneamento deverá ir à Câmara Municipal até o final de agosto. E a revisão do Código de Obras e Edificações de São Paulo (COE) está em fase final. A SEL (Secretaria de Licenciamento) já apresentou ao prefeito Fernando Haddad os objetivos, princípios e as diretrizes do novo COE.

Os princípios do Código são: raciona-lização e simplificação dos procedimentos de licenciamento, redução de exigências com ganho de qualidade e responsabili-zação de empreendedores e profissionais envolvidos no projeto e na obra.

Além disso, a atualização da lei pretende limitar a análise dos agentes públicos aos aspectos urbanísticos, vizi-nhança e acessibilidade, além de reduzir os tipos de obras a serem licenciadas e de criar uma regra para retrofit (reabilitação) de edificação.

O grupo formado por SindusCon -SP, Secovi-SP e Asbea vem trabalhando na minuta desde o final do ano passado. O debate ocorre no âmbito das secretarias de Desenvolvimento Urbano, Coordenação das Subprefeituras e da Pessoa com De-ficiência e Mobilidade Reduzida.

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20 revista notícias da construção / Julho 2014

nBr de estrutura libera concreto até 90 mpa

Em vigor desde maio, a NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedi-mento, foi revista e passa a incluir requisitos para o cálculo de estruturas com concretos de resistência entre 55 MPa e 90 MPa, os chamados concretos de alta resistência.

Estes concretos, comuns nas obras de grande porte do país, ainda não eram tratados na norma técnica brasileira – a NBR 6118 foi revisada em 2003 e teve uma pequena revisão para adequar o texto às exigências da ISO em 2007. “Embora já usados no Brasil, estes concretos têm comportamento diferen-te daqueles de resistência mais baixa, exigin-do adaptações em diversas formulações, o que influencia nos limites de segurança. Para abrangê-los, foi necessário revisar e revalidar praticamente o texto todo”, afirmam Suely Bacchereti Bueno, presidente da Abece (Associação Brasi-leira de Engenharia e Consultoria Estru-tural), e o engenheiro Alio Kimura, respec-tivamente, coor de-nadora e secretário da Comissão de Estudo responsável pela revisão da norma, no âmbito do Comitê da Construção Civil (CB-02) da ABNT.

Para Jorge Batlouni Neto, coordenador do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP, a revisão avançou bastan-te nas questões técnicas e dá mais segurança no uso de concretos de maior resistência.

O novo texto alterou também o valor da dimensão mínima dos pilares, de 12 cm para 14 cm, e incluiu uma nova exigência de cobrimento mínimo igual a 4,5 cm no trecho dos pilares embutidos no solo, re-gião mais sujeita a falhas de execução e de difícil acesso para inspeção e identificação de patologias.

Foi dada uma atenção especial para a segurança das lajes em balanço. As marquises têm causado inúmeros aciden-tes por falta de cuidados de execução, manutenção e uso inadequado. Para minimizar as patologias e aumentar a durabilidade destas peças, foi alterado o requisito de dimensão mínima. E, tanto no caso dos pilares esbeltos como das lajes em balanço, existem ponderadores adicionais para o valor das ações.

Há também novidades nos requisitos de durabilidade. A formulação da definição do valor do módulo de elasticidade do concreto foi revista e adequada aos valores que têm sido obtidos nos ensaios; e foi introduzida a consideração do tipo de agregado.

Houve ainda um esforço para tentar me-lhorar o texto anterior sobre “Avaliação de Conformidade de Projeto”, cuja reda-ção em vigor desde 2003 gerava dúvidas, uma vez que esta ve-

rificação era requerida “dependendo do porte da obra”. A falta de definição clara de “porte da obra” e de tempo hábil para esta definição, levou a comissão a optar pela eliminação do trecho.

“A Abece montou uma comissão que está elaborando um documento sobre ava-liação de conformidade do projeto. A ideia é abrir um amplo debate sobre este texto e torná-lo uma recomendação ou até mesmo um texto normativo”, diz Suely. Segundo ela, a comissão está ciente de que o projeto estrutural é de vital importância para o sucesso e segurança das obras e de que a verificação contribui para estes objetivos.

(Nathalia Barboza)

texto revisadoda norma 6118já está em vigor

O concreto de alto desempenho já vem sendo aplicado em obras de grande porte no Brasil

q u a l i D a D E

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seminário de Estruturas trará expert japonês em 7 de agosto

Os detalhes de execução do Toranomon Hill, empreendimento multiuso de 258 me-tros de altura, em Tóquio (Japão), estarão no 16º Seminário “Tecnologia de Estruturas: projeto e produção com foco na racionaliza-ção e qualidade”, que o SindusCon-SP fará em 7 de agosto, das 14h às 18h30, no Caesar Business São Paulo Faria Lima.

O engenheiro Masayoshi Yuge, diretor da Mori Building Corporation, falará no evento sobre as particularidades de projeto do Toranomon Hill, seus sistemas cons-trutivos e a execução das estruturas, com características tecnológicas bem peculiares.

Além do case japonês, o seminário trará uma palestra sobre o empreendimento composto pelo Shopping Cidade São Paulo

e pela Torre Matarazzo, em São Paulo, que apresenta desafiantes aspectos de concepção e de projeto com fortes implicações de lo-gística e execução da estrutura de concreto.

O seminário terá ainda palestras sobre as melhores práticas na execução de fun-dações e de controle tecnológico, com o professor do Mackenzie Ivan de Oliveira Joppert Jr., e sobre características e melhores práticas de execução e controle de estacas hélice contínua, por Urbano Rodriguez Alonso, projetista, consultor em geotecnia e professor da Faap.

Para garantir sua inscrição e obter mais informações, entre em contato com o CRS do SindusCon-SP, pelo telefone (11) 3334-5600.

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24 revista notícias da construção / Julho 2014

ninguém vence sozinho

O reconhecimento é um dos fatores de sucesso mais importantes. Pouco adianta atingirmos determinado êxito se não formos reconhecidos. Há até aquela piada do sujeito que vivia só numa ilha e salvou a Sharon Sto-ne de um naufrágio. Lá ficou com ela por duas semanas. Depois, pediu-lhe que se vestisse de homem e desse a volta na ilha. Encontra-ram-se do outro lado e ele disse a ela: - Zé! Você não vai acreditar! Estou sozinho numa ilha com a Sharon Stone!

É muito importante o reconhecimento na empresa. É preciso que chefes e colegas per-cam o medo de elogiar, de reconhecer méri-tos nas pessoas. Temos a tendência de repetir comportamentos que nos são positivamente reforçados e o valor do reconhecimento está justamente aí. Quando reconhecemos um valor, ele tende a se multiplicar tanto para a pessoa que foi alvo de nosso reconhecimento quanto para as demais.

Assim, o reconhecimento é fundamen-talmente importante para o sucesso pessoal e profissional de qualquer pessoa. Um muito obrigado, um bilhete de reconhecimento, uma carta, um cumprimento sincero valem muito e nós sabemos disso.

Temos que perder o medo de agradecer e reconhecer nos outros pessoas que nos au-xiliam e nos ajudam a obter o que queremos. Ninguém vence sozinho. Sabemos disso. E se sabemos disso, deveremos também saber reconhecer isso com ações concretas de reconhecimento e gratidão.

Vejo diretores, gerentes, supervisores, pais e mães que têm medo de elogiar. Ainda

existem superiores que acham que chefiar é encontrar erros, punir. Inseguros na sua chefia, essas pessoas vivem a buscar alguma coisa para criticar.

É preciso que nos acostumemos a pilhar nossos subordinados fazendo as coisas certas para que possamos reforçar esses comporta-mentos por meio de elogios. Quando uma pessoa só é cobrada pelos seus erros, vai desenvolvendo uma autoestima baixíssima e os erros começam a se multiplicar até que a pessoa começa a acreditar não ser capaz de acertos até mesmo nas coisas mais simples.

Faz parte também do reconhecimento dar crédito a quem realmente merece. As-sim, também tenho visto chefes que furtam ideias de seus subordinados, dizendo que elas seriam de sua propriedade, em vez de creditá-las aos verdadeiros autores.

Um chefe que tem o hábito (sic) de furtar ideias de seus subordinados acabará ficando

isolado, pois nenhum de seus colaboradores virá com propostas novas com o medo de tê-las furtadas. Por incrível que possa pa-

recer, essa é uma prática muito comum de chefes inseguros que não compreendem que sua chefia será cada dia mais valoriza-da quanto mais suportada pelo seu pessoal subordinado.

Há tempos atrás, um chefe precisava bajular seus superiores para manter-se no cargo. Hoje parece ser o oposto. Ele precisa ser apoiado pelos seus subordinados para manter-se. E esse suporte será tanto maior quanto maior for a capacidade de um chefe em oferecer reconhecimento ao trabalho, esforço, dedicação e comprometimento de seus subordinados.

Pense nisso. Sucesso!

líder que reconhece o empenho dossubordinados conquista o seu apoio

E m p r E E n D E D o r i s m o

LUiZ MarinS éprofessor, antropólogo, e consultor. autor de 26 livros.www.anthropos.com.br

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

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Excelência na educação profissional e inovação tecnológica é no SENAI-SP

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Aprendizagem Industrial Construtor de edificações Eletricista instalador Instalador hidráulico

Curso técnico de edificações Qualificações:

Desenhista de edificações Laboratorista de ensaios de materiais

Habilitação: Técnico em edificações

Curso mestre-de-obras Especialização—Planejamento e supervisão

de obras

Formação de mão-de-obra para construção civil ● Carpintaria ● Alvenaria ● Elétrica ● Auto CAD ● Hidráulica ● Pintura ● Vidraçaria ● Cobertura ● Armação de Ferros ● Desenho técnico ● Gesso acartonado ● Aquecimento solar Impermeabilização ● Serralharia de Alumínio Revestimento cerâmico ● Elevação de cargas e pessoas ● Soldador de tubos de polietileno ● Instalação e montagem de elevadores ● NR 10 - Segurança em instalações e serviços com eletricidade

NR 18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

● NR 33 - Capacitação para trabalhadores em espaços confinados

NR 35 - Trabalhos em altura

Escola SENAI “Orlando Laviero Ferraiuolo” Rua Teixeira de Melo, 106—Tatuapé—São Paulo—SP

Tel.: (11) 2227-6900 http://construcaocivil.sp.senai.br www.sp.senai.br/redessociais

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26 revista notícias da construção / Julho 2014

s i n D u s c o n - s p E m a Ç Ã o

sinduscon-sp elege nova Diretoria;posse solene será em 23 de setembro

A chapa única “Consenso pela Produti-vidade” foi eleita em junho para a Diretoria do SindusCon-SP com 93,3% dos votos vá-lidos, para o mandato 2014-2016. Também foram eleitos os 6 membros do Conselho Fiscal e 12 dos 24 integrantes do Conselho Consultivo. A posse será em 5 de agosto, no SindusCon-SP, quando a nova Diretoria escolherá o presidente do sindicato. A posse solene se realizará junto com a festa come-morativa dos 80 anos do sindicato, em 23 de setembro, na Sala São Paulo.

Compuseram a mesa apuradora das eleições o presidente do Conselho Consulti-vo, Delfino Freitas (presidente); os assesso-res jurídicos Renato Romano Filho, Rosilene Carvalho e Erika François, e a secretária da Presidência, Telma Bueno.

A chapa eleita para a Diretoria é composta por: Eduardo Zaidan, Eduardo Nogueira, Francisco Vasconcellos, Haruo Ishikawa, Jorge Batlouni, José Romeu Ferraz Neto, Luiz Antônio Messias, Luiz Amoro-

so, Maristela Honda, Mauricio Bianchi, Odair Senra, Paulo Sanchez, Roberto Falcão Bauer, Ronal-do Cury.

Representantes junto à Fiesp: Edu-ardo Capobianco, Sergio Porto, Cristia-no Goldstein e João Claudio Robusti.

Membros eleitos do Conselho Con-sultivo: André Glogowsky, João Lemos, Luis Ribeiro, Luiz Lucio, Luiz dos Reis, Mauricio Guimarães, Norton de Carvalho, Renato Genioli, Renato Parreira, Ronaldo Leme, Rosana Carnevalli, Salvador Bene-vides.

Membros eleitos do Conselho Fiscal: Fabio Villas Bôas, André Aranha e Márcio Escatêna (titulares); Luiz Camargo, Fernan-do Correa e Fernando Fernandes (suplentes).

Fiesp recebeo manifesto

O manifesto “Construindo uma Agenda para o Futuro” foi entregue em junho pelo presidente do SindusCon-SP, Sergio Wata-nabe, ao presidente em exercício da Fiesp, Benjamin Steinbruch. Lançado pelo Sindus-Con-SP e pela Abramat no ConstruBr, em abril, o manifesto lista propostas de mudan-ças na política econômica e reivindicações da construção, objetivando a reativação dos investimentos e a elevação da produtividade.

Acompanhado do representante do SindusCon-SP junto à Fiesp Eduardo Capo-bianco, Watanabe participou de reunião com Steinbruch e presidentes de outros sindicatos.

licenciamentosbatem recorde

Os vice-presidentes de Imobiliário do SindusCon-SP, Odair Senra e Mauricio Bianchi, congratularam-se com a Secretaria Municipal de Licenciamento, pela aprovação de 1.170 processos de edificação de janeiro a maio, recorde dos últimos cinco anos.

Somente em maio, 282 processos foram aprovados, outro recorde para um único mês desde 2009. Desse total, 107 são de edifi-cações residenciais, que correspondem ao maior número de pedidos de alvarás feitos. Foram deferidos ainda três alvarás de Apro-vação e Execução de HIS e 12 de HMP, que representam 754 unidades habitacionais.

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28 revista notícias da construção / Julho 2014

Maria angeLiCa LenCione PeDreti é professora de Contabilidade e Finanças da FgV e mestra em administração de empresas; trabalha em Planejamento estratégico

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

Evolução no Brasil

Estabilização econômica estimulou agovernança e elevou competitividade

G E s t à o E m p r E s a r i a l

Para entender a governança corporativa no Brasil, vamos lembrar nossa história.

No século 20, o mercado de capitais bra-sileiro teve papel limitado. O Estado assumiu o papel de catalisador da atividade econômi-ca. A economia fechada acarretou redução da competitividade e dos investimentos em inovação. O Brasil baseava-se no tripé empre-sas estatais-multinacionais-conglomerados familiares liderados por empreendedores nacionais, bem relacionados politicamente, o que lhes garantiu acesso a capitais baratos e oportunidades de investimento únicas, tornando-se muito diversificados.

Após o golpe de 1964, o mercado se libe-ralizou; nasceram a CVM, a Lei da Reforma Bancária (com a criação do CMN e do BC), assim como as leis de Mercado de Capitais e das S.A. Nos anos 70 e 80, o governo incentivou o mercado acionário mediante permissões do uso de IR para aquisição de cotas de fundos de ações e obrigatoriedade de aquisição de ações por parte de fundos de pensão e seguradoras. Algumas empresas abriram seu capital motivadas pelas oportuni-dades de captação baratas, mas sem intenção de serem companhias abertas e transparentes. Os investidores não possuíam planos de in-vestimento de longo prazo, motivados apenas pelos incentivos fiscais.

As empresas que abriram capital em busca de fundos baratos emitiram ações com direitos (classes) desiguais, gerando dife-renças de poder entre acionistas da mesma empresa, um problema de governança.

Nos anos 90, algumas estatais foram

privatizadas. A venda das ações em blocos facilitou a aquisição do controle por inves-tidores que se tornaram mais poderosos que os minoritários.

Em países com fraca proteção legal aos investidores, a concentração de poder por meio da compra de controle acionário se torna um tipo de proteção compensadora.

O investidor internacional imaginava as empresas brasileiras como sendo de fa-mílias com acesso a capitais ou concessões governamentais, poder concentrado e pouca transparência ao mercado de capitais, ainda pouco desenvolvido.

As empresas que queriam mudar esta imagem optavam por serem listadas em bolsas de valores de outros países, cujas exi-gências de boas práticas de governança eram maiores, e aderiam aos melhores códigos de gestão internacionais: o crossing list, ou listagem dupla (no Brasil e em outro país, o que originava os ADRs).

O mercado de capitais era castigado por frágil proteção legal aos investidores, práticas de governança deficientes e concentração de poder, além das instabilidades econômicas do início da década de 90, que elevavam as taxas de juros e subvalorizavam os investimentos, tornando desinteressante para as empresas levantarem recursos para investir em moder-

nização, mesmo apesar de maior competitivi-dade com a abertura da economia do final da década de 80. Nes-tas condições, como

as empresas brasileiras poderiam vencer as concorrentes internacionais?

A mudança se intensificou a partir da estabilização econômica e do controle da inflação. A governança começou a se trans-formar no que existe hoje.

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Controladoria e Gestão econômica4 de agosto

Contabilidade paraNão Contadores na Construção Civil11 de agosto

Negociação empresarial para setor desuprimentos/Compras15 e 16 de agosto

desoneração da Folha de pagamento no segmento da Construção Civil20 de agosto

e-social x legislação trabalhista eprevidenciária –aspectos preparatórios25 de agosto

siscoserv na Construção Civil e pis/Cofins importação/exportaçãode serviços26 de agosto

substituição tributáriado iCMs naConstrução Civil27 de agosto

Capacitação nos requisitos da Norma de desempenho para edificações Habitacionais NBr 15.5751 e 2 de agosto, em rib. preto

legislação societária e tributária aplicável aos Consórcios spe, sCp na Construção Civil6 de agosto, em rib. preto

recuperação de Créditos previdenciário e auditoria prévia em Compensações13 de agosto, em rib. preto

análise e projeção de demonstrações Financeiras5 de agosto, em são José do rio preto

Contas a pagar, Contasa receber e tesourariana prática8 de agosto, em são José do rio preto

desenvolvimento em administração de pessoal11 de agosto, em Campinas

licenciamento ambiental estadual de projetos13 de agosto, em Campinas

técnicas de Negociaçãoem Compras naConstrução Civil13 de agosto, em Mogi das Cruzes

Fundamentos Fiscais sobre o iCMs, ipi e iss, aplicados à Construção Civil15 de agosto, em Mogi das Cruzes

Gestão estratégica de pessoas - uma Nova Visão de Gestão de pessoas na organização na era do e-social15 de agosto, em santo andré

Gestão de Materiais/almoxarifado para o setor20 de agosto, em são José dos Campos

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30 revista notícias da construção / Julho 2014

JoSé CarLoS De arrUDa SaMPaio é consultor de empresas e diretor da JDLQualidade, Segurança no trabalho e Meioambiente

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a Era meiji

uma analogia com a modernização dojapão trará bons resultados em sst

s E G u r a n Ç a D o t r a B a l H o

A Era Meiji (1868 a 1912) foi de fun-damental importância para o Japão, porque nesse período o país se modernizou. Tendo o Estado como agente indutor do processo de modernização-industrialização, o Japão emergiu como potência já no início do século 20. O Estado abriu o país ao exterior, investiu em educação, implantou a infraestrutura necessária para a industrialização.

O imperador e seus conselheiros cria-ram a Carta de Juramento, que tratava de: • discussão pública de todos os assuntos; • participação de todas as classes na admi-nistração do país; • liberdade para todos se dedicarem à sua ocupação preferida; • abandono dos procedimentos errados do passado; • busca de conhecimento no mundo para fortalecer o país.

Se fizermos uma analogia da disciplina Segurança do Trabalho com a Carta de Jura-mento, tiraríamos muito proveito, devido aos resultados extraordinários alcançados com esses princípios no Japão. Recomendações:• Discussão com todas as partes interessa-das sobre segurança do trabalho

Transmitir e discutir, de maneira eficaz, as informações sobre os perigos e riscos de SST (Segurança e Saúde do Trabalho) para as pessoas envolvidas ou afetadas por eles, para que participem de maneira ativa ou apoiem a prevenção de lesões e doenças ocupacionais.• Participação dos colaboradores na ad-ministração da segurança do trabalho

Tomar providências para que os tra-balhadores, seus representantes de SST, terceirizados e interessados externos tenham tempo e recursos para participar ativamente dos processos de organização, planejamento, implantação, avaliação e ação para a melho-ria das condições do ambiente de trabalho. • Liberdade para todos se dedicarem à sua ocupação preferida

Selecionar a equipe de SST traçando o perfil dos profissionais para as vagas e o que se espera de seus desempenhos. Muitos adoram o que fazem e são apaixonados pela própria carreira, mas também há muitos presos a empregos de que não gostam e que os desmotivam.• Abandono dos procedimentos errados do passado

Abandonar as práticas de segurança e saúde que não deram certo e não persistir em

fazer as coisas como sempre foram feitas. É preciso imaginar a empresa no futuro e, para desfrutá-lo, ela deve iniciar a sua

preparação no presente.• Buscar conhecimento em todo o mundo para fortalecer a segurança do trabalho

Estar em sintonia com a era do conhe-cimento, a fim de desenvolver estruturas e estratégias que possibilitem a manutenção contínua do processo de segurança do tra-balho.

Como o Japão precisou fazer grandes transformações estruturais na forma de administrar o país para superar os graves problemas e crescer economicamente, convidamos as empresas a repensarem seu sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho, para que sejam mais eficientes e eficazes.

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32 revista notícias da construção / Julho 2014

melhor prevenir

p r E v E n Ç Ã o E s a Ú D E

No dia 27 de julho, comemora-se o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Tra-balho, que marca a luta dos prevencionistas por melhores condições de segurança e saúde no trabalho, além de conscientizar os traba-lhadores sobre a importância de desempenha-rem suas atividades com segurança.

De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social, o setor da construção civil apresenta o terceiro maior índice de registros de acidentes e, em 2012, registrou um aumento, passando de 60.415, em 2011, para 62.874.

Hoje, não podemos admitir que uma empresa não se preocupe com os índices de acidentes de trabalho e afastamento por doenças ocupacionais. A segurança e a saúde na construção são sinônimos de excelência para as empresas e de bem-estar para os trabalhadores.

A legislação voltada a esse segmento está sendo constantemente aperfeiçoada. A Norma Regulamentadora (NR) 18 está sendo atualizada e, após consulta pública, encontra-se na fase de consenso pelo Comitê Permanente Nacional (CPN).

A NR-35 – Trabalho em Altura, publica-da em 2012 e alterada pela Portaria 593 em 2014, também tem contribuído de maneira decisiva para a segurança na construção.

Seguem algumas dicas para verificar se os canteiros de obras estão adequados e as atividades dos trabalhadores são desempe-nhadas com segurança:

1) documentações e Programas, tais como Ordem de Serviço, Estatísticas de Aci-

dentes, PCMAT, PPRA e PCMSO, devem es-tar atualizados e acessíveis aos trabalhadores; 2 ) a n t e s d e q u a l q u e r a t iv i d a d e , realizar a Análise Preliminar de Risco; 3) equipamentos de combate a incêndio devem ser verificados, inspecionados e estarem no prazo de validade, devendo também passar por manutenções periódicas; 4) medidas de proteção contra que-das de pessoas com diferença de nível, como por exemplo, guarda-corpos, de-vem possuir as dimensões dos traves-sões e rodapés de acordo com a NR 18; 5) medidas de proteção contra queda de mate-riais, por exemplo, plataformas, têm de estar em bom estado de conservação e as aberturas nos pisos devem possuir fechamentos provisó-rios resistentes e colocados de maneira correta; 6) equipamentos de proteção individual devem estar à disposição de acordo com o

risco, possuírem Cer-tificado de Aprovação e estarem em bom es-tado de conservação; 7) trabalhadores de-vem ser capacitados

por meio de treinamentos específicos para suas atividades e os DDS (Diálogos Diários de Segurança) devem ser feitos todos os dias antes do início da jornada como forma de orientação;

8) canteiros devem possuir sinalização de fácil compreensão;

9) diagramas unifilares devem estar atua-lizados, os quadros gerais de distribuição têm de ser trancados com cadeados e seus circui-tos identificados, além de serem protegidos contra intempéries;

10) canteiro tem de permanecer organi-zado, limpo e arrumado; lixo e entulho devem ser destinados corretamente para evitar a proliferação de insetos e roedores.

JoSé baSSiLi é engenheiro civil, pós-graduado em engenharia de Segurança do trabalho, membro do grupo técnico tripartite 3 do CPn-nr 18, e coordenador de engenharia de Segurança do trabalho do Seconci-SP

envie comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas: [email protected]

confira se foram adotados programase procedimentos nos seus canteiros

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33revista notícias da construção / Julho 2014

Seconci-SP dá salto de qualidadeO Seconci-SP (Serviço Social da

Construção Civil do Estado de São Paulo) acaba de adquirir dois novos equipamentos para a realização de exames de ultrassom e sorologia: o Ultrassom HD 15 e o Liaison XL, ambos de última geração.

“O elevado padrão de qualidade das imagens geradas pelo novo sistema de ul-trassom possibilita a obtenção dos resultados em menos tempo e a elaboração de laudos com maior segurança”, afirma a médica Selma Parenti Gonçalves, responsável pelo Departamento de Ultrassom do Seconci-SP.

Com isso, um número maior de pa-cientes poderá ser atendido nos exames de ultrassom. Mensalmente, cerca de 2.500 destes procedimentos são realizados na Unidade Central da entidade.

Além disso, o Seconci-SP realiza cer-ca de 6 mil exames laboratoriais por mês.

Com a aquisição do novo equipamento de quimioluminescência, essa quantidade de atendimentos poderá aumentar e os resulta-dos das sorologias serão ainda mais precisos. O aparelho realiza o diagnóstico sorológico de HIV, rubéola, toxoplasmose, doença de chagas e todas as hepatites (A, B e C).

“Com o novo equipamento, a Unidade Central do Seconci-SP passa a receber os exames sorológicos realizados nas nossas Unidades de Campinas, Piracicaba, Soroca-ba, Baixada Santista e Santo André, o que elimina a necessidade de terceirizar serviços e garante que o nosso padrão de qualidade perfaça todo esse caminho. A repetição de exames, procedimento comum entre os la-boratórios, não será mais necessária devido à tecnologia avançada do equipamento”, enfatiza o superintendente Ambulatorial do Seconci-SP, João Felício Miziara Filho.

Mizihara e Selma: exames em maior número e mais precisos

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34 revista notícias da construção / Julho 2014

r E l a Ç Õ E s c a p i t a l - t r a B a l H o

segurança e saúde do trabalho teráfórum internacional em novembro

Para debater as principais questões relacionadas à gestão em saúde e segurança do trabalho no setor, o SindusCon-SP, por meio das vice-presidências de Relações Capital e Trabalho e de Responsabilidade Social, realizará em 11 e 12 de novembro o Fórum Internacional de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) na Construção.

O fórum foi lançado em 3 de junho pelo vice-presidente Haruo Ishikawa e pelo conselheiro Roberto José Falcão Bauer, em evento no sindicato que contou com a participação da advogada Juliana Felicidade Armede, coordenadora da Comissão Estadu-al para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae-SP). Também participou Fabio Barbagallo, gerente de projetos da Abrainc (reúne 25 grandes incorporadoras).

Ishikawa destacou a necessidade de se realizar o fórum para “empresários, en-genheiros civis, encarregados e mestres de obras, porque é preciso instituir uma cultura nos escalões mais elevados da empresa em favor da melhora da saúde, da segurança e da qualidade de vida dos trabalhadores”.

Já Juliana Armede alertou que “as fiscalizações para a prevenção do trabalho em condições análogas à escravidão conti-nuarão. Em paralelo, a Comissão Estadual, seguirá dialogando com os sindicatos de trabalhadores e de empregadores, em busca de contratações humanizadas.”

Para Falcão Bauer, a divulgação de boas práticas em saúde e segurança do trabalho é relevante para a criação de novos hábitos. “A

importância do fórum está em disseminar es-sas práticas, buscando uma maior integração entre a gestão financeira e a operacional das empresas, e evitando gastos desnecessários por falta de cuidados prevencionistas”.

O eventoSegundo Juarez Correia Barros Junior,

do Instituto Trabalho e Vida (que está or-ganizando o evento), o fórum terá 2 eixos temáticos: gestão em saúde, meio ambiente e segurança do trabalho (SMS), e a saúde e a qualidade de vida na indústria da construção civil.

No dia 11, o evento se realizará no SindusCon-SP. De manhã, haverá cursos sobre formação profissional e avanços tec-nológicos. À tarde, haverá salas de debates técnicos. No dia 12, o fórum se realizará no Teatro do Centro Cultural Tomie Ohtake, com palestrantes nacionais e internacionais em quatro painéis de debates: gestão e planejamento integrado em SMS, mostran-do os avanços da nova NR 18 que ficará pronta no segundo semestre: perspectivas e desafios para inovar com industrialização na construção (confirmado o palestrante norte-americano Dwayne D. Carter, que trabalhou na edificação do WTC em Nova York); estratégias para prevenção e gestão de crises (onde entrará a questão do trabalho escravo) e qualidade de vida e saúde nos canteiros de obras. No encerramento, será entregue o Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho. (Rafael Marko)

Juliana, Ishikawa e Bauer no lançamento do Fórum, no SindusCon-SP

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36 revista notícias da construção / Julho 2014

MarCoS MiniCHiLLo De araÚJo é advogado, sócio de almeida e associados Consultores Legais e membro do Conselho Jurídico do SindusCon-SP

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As Fazendas Públicas já possuem meios privilegiados de cobrança do crédito tribu-tário, estabelecidos no Código Tributário Nacional e na Lei de Execuções Fiscais. Apesar disso, com frequência os governos federal, estaduais e municipais criam novas regras para cobrança indireta de tributos, as chamadas sanções políticas.

Essas sanções impõem restrições ou proibições aos contribuintes para obrigá-los a pagar tributos, exigindo-se garantias, par-celamento ou até pagamento de tributos, em atraso ou vincendos, para que possam seguir exercendo suas atividades empresariais.

Ainda bem que o STF tem considerado essas sanções inconstitucionais, por ferirem o princípio do livre exercício do trabalho, da profissão e de qualquer atividade econômica, ou por contrariarem os princípios da ampla defesa e do devido processo legal.

No STF a jurisprudência está tão con-solidada que já há 3 súmulas relacionadas à inadmissibilidade de meios indiretos de cobrança de tributos:

Súmula 70 - É inadmissível interditar estabelecimento como meio coercitivo para cobrar tributo.

Súmula 323 - É inadmissível apreender mercadorias para pagamento de tributos.

Súmula 547 – Não é lícito à autori-dade proibir que o contribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais.

A despeito dessas súmulas, ainda há regras nas unidades da Federação para

exigência indireta de tributos, como a do Rio Grande do Sul recentemente julgada inconstitucional pelo STF no Recurso Ex-traordinário 565.048. Ela permitia à admi-nistração pública condicionar a autorização para impressão de notas fiscais, em caso de contribuinte devedor de ICMS, à prestação de fiança, garantia real ou fidejussória, equi-valente ao débito estimado do tributo relativo ao período subsequente de seis meses de operações mercantis presumidas.

O STF entendeu que o arcabouço jurí-dico nacional prevê que o meio processual idôneo para cobrança de tributos é a exe-cução fiscal prevista na Lei de Execuções Fiscais e assim o Estado não pode coagir o contribuinte àquela garantia para liberar a autorização para impressão de notas fiscais.

A Nota Fiscal impressa está sendo gradativamente substituída pela Nota Fis-

cal eletrônica, de tal modo que muito em breve não será mais preciso autorização para impressão. Mas, seguindo a tendência

de criação de sanções políticas, não tarda-rá para que alguma unidade federada crie restrições para cadastramento de emissão de Nota Fiscal eletrônica.

Assim, é relevante a recente decisão do STF, cujo Acórdão não havia sido publicado até o fechamento desta edição, confirmando a jurisprudência sobre a impossibilidade de instituição pública fazer restrições ao contribuinte, como meio indireto de obrigá-lo ao pagamento de tributo, tais como: apreensão de mercadorias, interdição de estabelecimento, suspensão de inscrição fiscal, impedimento para emissão de nota fiscal eletrônica e exigência de CND para expedição de alvarás.

sanções ilegais

É inconstitucional criar regraspara cobrança indireta de tributos

j u r Í D i c o

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37revista notícias da construção / Julho 2014

r E G i o n a i s

campinas discute medidas para simplificar aprovação de projetos

Uma iniciativa da Regional Campinas, que trará medidas para simplificar e agilizar os procedimentos administrativos para a aprovação de obras e edificações na cidade, bem como para a modernização da emissão dos documentos de controle da atividade construtiva, começa a ser estudada em Campinas numa parceria com o Sindicato da Habitação (Secovi) e o Instituto de Ar-quitetos do Brasil (IAB).

“Já tivemos uma primeira reunião, e ainda vamos definir como será a parceria e como o Grupo de Trabalho irá funcionar. O certo é que precisamos nos unir para ajudar a Prefeitura de Campinas no processo de aprovação dos projetos, que hoje demoram mais de um ano para serem liberados”, diz Márcio Benvenutti, diretor da Regional Campinas do SindusCon-SP.

A proposta passa por pontos que devem ser levados em consideração para que a par-ceria tenha resultados, como soluções téc-

nicas de melhoria do Código de Pro-jetos e Execuções de Obras e Edifi-cações de Campi-nas. Para isso, a Prefeitura criou a Comissão Perma-nente de Aplica-ção da Legislação (CPLE), integran-do as entidades que representam o setor da construção civil.

Segundo o di-retor da Regional, serão marcados novos encontros nos próximos meses a fim de definir a minuta de texto sobre os pro-cedimentos de análise para simplificar os trabalhos de aprovação dos projetos.

(Vilma Gasques)

Feirão da Caixa atrai mais de 25 mil pessoasCerca de 40 empresas do setor da

construção civil participaram da 10ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria em Cam-pinas. O evento, promovido pela instituição em maio, no Parque Dom Pedro Shopping, ofertou mais de 20 mil imóveis, entre novos, usados e na planta. A possibilidade de reali-zar o sonho da casa própria atraiu mais de 25 mil pessoas, que circularam pelos estandes nos três dias de Feirão.

“Isso ajuda muito o setor, que é base-ado num tripé: construtoras e incorpora-doras, Prefeitura e sistema financeiro. O Feirão é uma somatória para aceleração das vendas”, diz Márcio Benvenutti, diretor da Regional.

Os valores dos imóveis colocados à

venda na região variaram de R$ 130 mil a R$ 1,2 milhão. Porém, a média de preços mais procurada pelos compradores foi de R$ 180 mil, sendo que os apartamentos de dois dormitórios, com tamanhos variando entre 50 e 60 metros quadrados e com uma garagem foram os mais ofertados e também os mais procurados.

No primeiro trimestre desse ano, o ban-co financiou 4.304 unidades habitacionais na região de Campinas, movimentando R$ 637,8 milhões.

O Feirão Caixa é realizado uma vez por ano em 13 cidades do Brasil. Campinas ocupa a 6ª posição no ranking dos maiores eventos. E isso mostra o potencial do mer-cado na cidade. (VG)

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38 revista notícias da construção / Julho 2014

rEGionais

Engenheiro Augusto Gouvêa Dourado, durante palestra sobre a Vila Olímpica de Londres

Lopes Garcia, da Fiesp, apresentou um panorama geral sobre as políticas Nacional e Estadual de resíduos sólidos

mogi das cruzes promove seminário sobre sstA Delegacia de Mogi das Cruzes pro-

moveu no final de maio, o seminário Segu-rança e Saúde na Indústria da Construção. O evento aconteceu na AEAMC (Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Mogi), em parceria com o Instituto para Promoção do Trabalho Empreende-dor – Trabalho e Vida. Cerca de 60 pessoas compareceram. Com a inscrição solidária, foram arrecadados 50 litros de leite, doados à Associação São Lourenço, em Mogi das Cruzes.

O encontro foi aberto pelo diretor de Mogi, Mauro Rossi. Ao longo do evento também foram abordados: a segurança e à saúde no trabalho no projeto da Vila Olím-pica de Londres, pelo mestre em química,

Augusto Gouvêa Dourado; os impactos do e-Social na indústria da construção, pelo engenheiro de segurança do trabalho e pro-fessor universitário, Armando Campos; as perspectivas e revisão da NR-18 e o impacto na gestão de SST nos canteiros de obras. (Elizânio Silva)

Política de resíduos é tema de palestra em Santo André

A Regional Santo André, em parceria com a Fiesp, realizou no final de maio um evento para apresentar um panorama das políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos. Ministrada por Ricardo Lopes Gar-cia, especialista da DMA/Fiesp, a palestra reuniu mais de 50 pessoas no auditório do Construmob (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Santo André).

“É importante que consigamos levar esse assunto tão atual e importante a toda a sociedade, tornando cada indivíduo um multiplicador, pois é a única forma de atingirmos nossos objetivos”, afirmou Sergio Ferreira dos Santos, diretor da Re-gional.

Na opinião de Luiz Carlos Crispim, diretor vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado e São Paulo e estudante do curso de Tecnologia de Gestão Ambiental, a escolha

do tema foi acertada e Garcia discorreu sobre o assunto de maneira muito dinâmica e envolveu a plateia.

Segundo Crispim, a apresentação mostrou claramente que mudanças de com-portamentos e hábitos do nosso dia-a-dia podem significar muito para a preservação dos recursos naturais. (Sueli Osório)

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39revista notícias da construção / Julho 2014

ribeirão preto promove evento sobre segurança em canteiros de obras

Trabalhadores da construção civil de Ribeirão Preto e região participaram em maio do seminário “Construindo a Gestão de SST nos Canteiros de Obras”. Realizado no Senai Engenheiro Octavio Marcondes Ferraz pelo Instituto Traba-lho e Vida, com o apoio da Regional do SindusCon- SP, do Seconci-SP, do Sintesp e da Sobratema, o evento contou com a participação de 150 pessoas.

Durante oito horas, foram minis-tradas palestras sobre boas práticas na implementação do PCMSO, novidades da NR-35, pré-requisitos na locação e uso de equipamentos nas obras, medidas para atenuar os acidentes de trajeto, entre outros assuntos. Ao final, foi sorteado entre os participantes um curso de rigger (operador de guindaste).

Cada inscrito levou uma lata de leite em pó, destinada à instituição filantrópica da cidade.

Revestimento Como parte do Programa de Desen-

volvimento das Construtoras, a Regional também realizou, em parceria com a Comu-nidade da Construção e o apoio da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) e a AEAARP (Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto), um curso sobre revestimento de argamassa.

Com o objetivo de aumentar a com-petitividade e aperfeiçoar o desempenho das construtoras por meio da difusão das melhores práticas de projeto, planejamen-to e execução, o curso atraiu cerca de 40 pessoas, entre engenheiros, arquitetos, técnicos e profissionais do setor.

As aulas, ministradas por especialistas como Elza Hissae Nakamura, Eugênio Pacelli Domingues de Moraes, Fábio Campora e Max Junginger, abordaram a dosagem e controle da argamassa, proje-to, execução, planejamento e sistemas de produção.

Concluído na primeira quinzena de ju-nho, o encerramento do curso contou com a presença da coordenadora da Regional, Maria Cecília Rocha, que representou o diretor Eduardo Nogueira.

(Márcio Javaroni)

Seminário lotou o auditório do Senai Engenheiro Octavio Marcondes Ferraz

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40 revista notícias da construção / Julho 2014

rEGionais

C L a S S i F i C a D o S

Sorocaba tem workshop sobre tecnologia de parede de concreto

Mais de cem pessoas participaram do workshop Parede de Concreto que acon-teceu no início de junho em Sorocaba. O evento, promovido pela Regional Sorocaba do SindusCon-SP em parceria com a As-sociação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), foi apresentado para engenheiros, tecnólogos, gestores de obras e profissio-nais da construção civil.

Para o coordenador da Regional, Fer-nando Alonso, “as instruções dos quatro especialistas, inclusive sobre a Norma de Desempenho (NBR 15.575), garantem às empresas e aos trabalhadores uma melhor estrutura nas obras”. Já o porta-voz da

ABCP, Rubens Monge, disse que o merca-do pede construções de melhor qualidade, com rapidez e diminuição da mão de obra e é isso que a técnica proporciona. “Com essa tecnologia, nós atendemos a demanda de produtividade e racionalizamos os recur-sos”, explicou.

“Essa foi uma ótima oportunidade para termos acesso a vários palestrantes que têm vivências e experiências diferentes. Com isso, aprendi e agreguei conhecimento para depois aplicar em meu trabalho”, comentou Evandro Galaverna, engenheiro civil que veio de São Paulo para assistir ao seminário.

(Livia Camargo)

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41revista notícias da construção / Julho 2014

C L a S S i F i C a D o S

Bauru debate segurança contra incêndioA Regional Bauru, em parceria com o

Corpo de Bombeiros do município, realizou em maio um curso sobre o “Regulamento de segurança contra incêndio nas edificações”.

De acordo com o comandante da cor-poração, tenente-coronel Rogério Gago, conhecer a norma é a única forma de reduzir problemas e pedidos de adequação na hora da vistoria. “A norma determina o que deve ser feito para garantir a segurança, mas não descreve como fazer. Esse ‘como’ e sua eficiência só serão avaliados na vistoria”.

A ideia do curso era justamente detalhar as normas para facilitar a elaboração e execu-ção dos projetos.

Cerca de 20 pessoas acompanharam as aulas, ministradas pelo major Ivair Nunes Pereira, capitão Kleber Moura de Oliveira e primeiro-tenente Saulo dos Santos Vitale.

“O SindusCon-SP defende a capacita-ção como um dos pilares para o desenvol-vimento do setor”, destacou o diretor da regional, Renato Parreira.

(Sabrina Magalhães)

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44 revista notícias da construção / Julho 2014

Desempenho térmico

s o l u Ç Õ E s i n o v a D o r a s

Edifícios com alta inércia térmica têm sido construídos milenarmente, em locais com clima “Quente Seco” com alta amplitude diária da temperatura do ar. Estes edifícios são compostos por elementos pesados e espessos –como terra ou pedra– com alta capacidade tér-mica. Além disso, são projetados com abertu-ras pequenas e de modo a propiciar condições de ventilação que favoreçam a manutenção de ambientes térmicos mais amenos em relação ao ambiente externo.

A inércia térmica de um ambiente pode ser caracterizada com base na resposta térmi-ca da edificação, tendo como referência os perfis horários das temperaturas do ar interior e exterior. Quanto maior o amortecimento da amplitude da temperatura do ar interior em relação à amplitude da temperatura do ar exterior, pode-se dizer que maior é a inércia térmica do recinto.

Recentemente, o conceito de inércia tér-mica vem sendo retomado em vários estudos que demonstram seu potencial para propiciar a melhoria do desempenho térmico de edifícios. Alguns trabalhos apontam também as variáveis que interferem na inércia térmica da edifica-ção, tais como: cores das superfícies externas, orientação solar, elementos de sombreamento, ventilação dos ambientes, isolação térmica da cobertura e o contato com o solo.

A contribuição destas variáveis é tão mais significativa quanto menor é a capaci-

dade térmica dos elementos que compõem a envoltória, colocando-se como uma forma de se compensar a baixa capacidade térmica destes elementos.

Dentre estas formas de compensação destacam-se a isolação térmica da cobertura e o contato dos ambientes com o solo, como dois aspectos mais relevantes para o aumento da inércia térmica dessas edificações.

Por outro lado, a crescente demanda por habitações está repercutindo no uso de sistemas construtivos leves, com elementos de fachadas com baixa capacidade térmica, priorizando-se questões voltadas à racionali-dade construtiva e à rapidez de execução.

Como consequência, implantou-se uma cultura que não prioriza a adequação climática das edificações, com projetos, diretrizes de projeto e critérios de avaliação do desempenho energético de edificações que conduzem à adoção de estratégias de isolamento térmico, ventilação e sombreamento de fachadas, uso de vidros especiais e ventilação dos ambientes de forma generalizada.

Estes fatores são os únicos recursos hoje disponíveis, economicamente viáveis, para se reduzir o consumo de energia pelos sistemas de condicionamento térmico dos ambientes, cada vez mais indispensáveis, em períodos cada vez maiores. Se estas edificações, assim projetadas, tiverem seus sistemas de condicio-namento desligados, as condições térmicas dos

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]@thorntontomasetti.com

aDriana CaMargoDe britoé arquiteta, mestre em tecnologia na Construção de edifícios com ênfase no seu desempenho térmico pelo iPt, onde leciona, e doutoranda de eficiência energética na escola de Mecânica da USP

Maria akUtSU é física, mestre em engenharia civil, enge-nheira de qualidade, doutora em arquitetura e pesquisadora do iPt, onde é responsável técnica do Laboratório de Conforto ambiental e Sustentabilidade dos edifícios

Figura 1Projetos

arquitetônicos das habitações

analisadas

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45revista notícias da construção / Julho 2014

ambientes, na grande maioria dos casos, serão extremamente desconfortáveis.

Porém, considerando-se as características de boa parcela das edificações habitacionais no Brasil, onde não se faz uso de ar condicionado, os sistemas passivos constituem importante estratégia na obtenção de melhores condições de conforto térmico.

Neste sentido, a inércia térmica das edifi-cações se destaca por se adequar às condições climáticas da grande maioria do território nacional, onde a amplitude de variação da temperatura do ar apresenta-se em patamares acima de 8º C. Na cidade de São Paulo, esta amplitude é da ordem de 10º C e a zona de conforto térmico encontra-se dentro dos limites superior e inferior da temperatura do ar exter-no. Neste caso, uma edificação de alta inércia térmica, com baixa produção interna de calor, como ocorre comumente nas habitações, pode propiciar condições satisfatórias de conforto térmico sem a necessidade do uso de sistemas de condicionamento térmico.

Estes conceitos estão contemplados nos critérios de avaliação do desempenho térmico das edificações da Norma de Desempenho (NBR 15.575) tanto no método de simulação, que considera todos os parâmetros, como no método simplificado, que estabelece valores mínimos para a Capacidade Térmica das paredes. Esta exigência não é feita somente para a Zona Bioclimática 8, por tratar-se de região com clima “Quente Úmido”, ou seja, com baixa amplitude de variação diária da temperatura do ar.

Tendo em vista ilustrar o efeito dos dois fatores mais relevantes, mencionados anterior-mente para o aumento da inércia térmica das edificações com elementos de vedação leves, é apresentado neste artigo um estudo de caso para habitações térrea e assobradada (veja a Figura 1), na cidade de São Paulo. Foi feita a comparação entre a temperatura do ar exterior e do ar interior de um dormitório das edificações, com elementos leves, de baixa inércia térmica

e com elementos pesados, com alta inércia térmica, nas seguintes situações: cobertura com e sem isolante térmico; dormitório em contato com o solo, em habitação térrea, e sem o contato com o solo, no andar superior de um sobrado.

Foram realizadas simulações compu-tacionais das edificações com o programa EnergyPlus, considerando-se as características climáticas de um dia típico de verão da cidade de São Paulo com janelas dos dormitórios sem sombreamento e orientação Oeste, e os ambientes com taxa de uma renovação do volume de ar de 1 Ren/h.

A edificação com baixa inércia térmica tem fachadas em placas cimentícias e gesso acartonado, e a edificação de alta inércia térmi-ca, fachadas em alvenaria de 1 tijolo cerâmico maciço assentado na maior dimensão, revestido com argamassa em ambas as faces. Nos dois casos a cobertura tem telhado em telhas cerâ-micas e forro de gesso acartonado.

Os resultados são apresentados na Figura 2, indicando-se a temperatura máxima do ar interior para atendimento do Nível Mínimo conforme os critérios presentes na Norma de Desempenho.

Os resultados demonstram claramente a adequação da edificação de alta inércia térmica para a condição climática da cidade de São Paulo, onde os perfis diários da temperatura do ar interior do recinto apresentam-se dentro da zona de conforto térmico, em todas as si-tuações consideradas. No caso da edificação de baixa inércia térmica, apenas o recinto em contato com o solo e com isolamento térmi-co na cobertura apresenta valor máximo de temperatura que atende ao critério referente ao Nível Mínimo de desempenho da Norma 15.575.

Figura 2 – Perfis horários das temperaturas do ar interior e exterior nas edificações

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46 revista notícias da construção / Julho 2014

Caros leitores, esta edição é especial para mim. Desde junho integro o time do Grupo Bueno Netto, sendo responsável pela área operacional da Bueno Netto Vendas.

Em uma empresa de serviços, as pes-soas são ainda mais relevantes para o sucesso da organização. Ter líderes preparados e ali-nhados com a cultura da empresa é essencial. Identificar potenciais líderes não é fácil, mas há um “atalho”. A aderência à cultura da empresa e o conhecimento de seu mercado permitirão a qualquer executivo exercer liderança, pois conviver com pessoas que compartilham dos mesmos valores e estar motivado favorecerá o ambiente adequado à formação do líder.

Mesmo para os raros casos de liderança nata, seu grau variará de acordo com sua aderência ao ambiente. Exemplo: o líder de uma fábrica atuando no mercado financeiro. Sendo líder nato, exercerá alguma liderança sobre seus pares e equipe, mas certamente em menor grau do que na fábrica.

Atrair não é problema, pois sendo ade-rente à cultura da empresa, o profissional en-contrará pessoas em que possa “se espelhar”. Contudo, como treinar um líder? Da mesma forma que treinar os demais profissionais. A diferença está em como desafiá-lo, pois tendo sempre um propósito novo, o líder encontrará seu espaço e se desenvolverá. Contudo, há um limite mesmo para o que tem grande potencial, e desafiá-lo além de sua capacidade pode causar o efeito inverso.

Outro aspecto relevante é como trans-mitir ao potencial talento que a empresa

o vê desta forma sem incentivar falta de humildade e excesso de confiança. Já pre-senciei muitos talentos serem prejudicados por elogios em demasia. Por isso, o feedback deve sempre ser relacionado a uma ação es-pecífica. Prefira dizer “sua atitude com este cliente foi boa e decisiva para conseguirmos o novo projeto” a frases genéricas como “você é muito bom, parabéns”.

Os feedbacks negativos também não devem ser genéricos, como “você não tem atitude”. Prefira dizer “por não ter anteci-pado o problema para o cliente, ele ficou frustrado. Você concorda em que o certo seria avisá-lo com antecedência?”

Poucas empresas conseguem atrair e treinar líderes ade-quadamente e menos ainda têm a capacida-de de retê-los. A ro-tatividade de pessoas sempre irá existir e é

fundamental que a empresa não perca os profissionais que fazem a diferença. Jack Welch, ex-CEO da GE, descreve em seus livros como ele utilizava a rotatividade para manter a organização em constante estado de inovação, dispensando 20% das pessoas de baixo desempenho todo ano.

Como saber os 80% que queremos manter? A resposta é ter indicadores de performance simples, precisos e claros. Assim é possível separar líderes talentosos de executivos de baixo desempenho, e dar a oportunidade de se recuperar a quem está com avaliação baixa.

Contrate profissionais aderentes à cultu-ra de sua empresa, com algum conhecimento em seu mercado. Desafie-os constantemente sem passar do limite, dê feedbacks adequa-dos e tenha a “regra do jogo” clara e coerente para todos os funcionários.

Forjando o líderc o n s t r u Ç Ã o D a c a r r E i r a

lance desafios, ofereça feedbackse faça avaliações de desempenho

FeLiPe SCotti CaLbUCCi égraduado em Comunicação Sociale diretor de operações dabueno netto Vendas

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