Sinopse d Administrativo

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    ` Como esse assunto foi cobrado em concurso?

    No concurso para provimento do cargo de Advogado da Unio-2012, re-alizado pelo CESPE, foi considerada incorreta a seguinte assertiva: Asempresas pblicas e as sociedades de economia mista no se sujeitam falncia e, ao contrrio destas, aquelas podem obter do Estado imuni-dade tributria e de impostos sobre patrimnio, renda e servios vincu-lados s suas nalidades essenciais ou delas decorrentes.

    COMENTRIO: O equvoco da assertiva foi asseverar genericamente queas empresas pblicas podem obter imunidade tributria, tendo em vistaque as EP e SEM que exploram atividade econmica em regime de com-

    petio jamais poderiam gozar de tal privilgio, ante a expressa veda-o contida no art. 173, 2, da Constituio Federal de 1988.

    dever do ente poltico instituidor da EP e SEM envidar todos osesforos para evitar sua insolvncia, mas, caso se descuide, deversuportar toda a responsabilidade civil da reparao dos lesados,decorrente de sua responsabilidade subsidiria.

    7.6. Empresa pblica

    So pessoas jurdicas de direito privado, criadas mediante auto-rizao legal, com capital exclusivamente pblico, para a prestaode servio pblico ou a explorao de atividade econmica, poden-do se revestir de qualquer forma de organizao empresarial, inclu-sive sociedade annima.

    A constituio do capital das empresas pblicas inteiramen-te pblico, mas no necessita ser de um nico ente pblico. Umaempresa pblica pode, portanto, ter o seu controle acionrio entre

    autarquia federal, fundao pblica estadual e municpio.

    ` Ateno!

    Apesar da armao de que o capital das empresas pblicas inteira-mente pblico, o Decreto-Lei n 900/69, em seu art. 5, admite a participa-o no capital da empresa pblica federal de entidades da administraoindireta da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, desde que Uniopermanea detentora da maioria do capital votante, o que signica queuma empresa pblica federal pode ter uma sociedade de economia mis-ta, que possui participao do capital privado, como integrante de sua

    sociedade.

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    Caso todo o capital pertena a uma nica entidade pblica, te-

    remos uma empresa pblica unipessoal. Nas situaes em que duasou mais pessoas polticas ou administrativas detiverem o seu capital,estaremos diante de uma sociedade pluripessoal.

    As empresas pblicas podem assumir toda forma empresarial ad-mitida em direito. Por qualquer forma admitida pelo nosso ordena-mento jurdico leia-se sociedade civil, sociedade comercial, discipli-nada pelo direito comercial, sociedade annima ou qualquer outraforma empresarial indita criada pela lei que autorizou sua criao.

    ` Ateno!

    Esse ineditismo na forma empresarial uma faculdade exclusiva daUnio, em face de sua competncia para legislar sobre direito comerciale civil. Estados e Municpios devero adotar umas das formas empresa-riais j previstas pelo nosso ordenamento jurdico

    So exemplos de empresas pblicas federais a Caixa EconmicaFederal, os Correios, a Infraero, a Casa da Moeda, dentre outros.

    7.7. Sociedade de economia mista

    So pessoas jurdicas de direito privado, criadas mediante au-torizao legal, com capital pblico e privado, sendo que o PoderPblico detm a maioria do capital votante, para a prestao deservio pblico ou explorao de uma atividade econmica, sob aforma de sociedade annima.

    ` Ateno!

    No se faz necessrio que o Poder Pblico detenha o controle da maio-

    ria das aes da sociedade de economia mista, mas da maioria dasaes com direito a voto.

    So exemplos de sociedades de economia mista federal o Bancodo Brasil, a Petrobras, a Eletrobrs, dentre outras.

    Diante dos conceitos expostos, podemos apontar as seguintesdiferenas entre empresa pblica e sociedade de economia mista:

    a empresa pblica possui capital exclusivamente pblico, en-quanto a sociedade de economia mista possui capital pblico e

    privado; e

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    a empresa pblica pode assumir qualquer forma empresarial

    admitida em direito, enquanto a sociedade de economia mistanecessariamente assumir a forma de sociedade annima.

    ` Como esse assunto foi cobrado em concurso?

    No concurso para provimento do cargo de Procurador do Estado daParaba-2008, com a seguinte ementa: Constitui elemento diferenciadorentre sociedade de economia mista e empresa pblica o (a):, foi conside-rada correta a seguinte alternativa: b) composio do capital.

    Soma-se a essas distines o foro diferenciado de que trata oart. 109, da Constituio Federal, para julgamento das causas de in-teresse das empresas pblicas federais na Justia Federal, privilgiono estendido s sociedades de economia mista, que, ainda quefederais, tero suas causas julgadas pela justia comum, salvo as denatureza trabalhista.

    ` Como esse assunto foi cobrado em concurso?

    No concurso para provimento do cargo de Juiz do Trabalho Substituto 1

    regio/ 2010, foi considerada incorreta a seguinte assertiva: Os feitos emque as empresas pblicas e as sociedades de economia mista sejam parte,na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, so processados e

    julgados perante a justia federal.

    Quadro resumo

    (Diferenas entre EP e SEM)

    Empresas Pblicas Sociedades de Economia Mista

    Pessoas jurdicas de direito privado, Pessoas jurdicas de direito privado,

    Criadas mediante autorizao legal Criadas mediante autorizao legal

    Capital exclusivamente pblicoCapital pblico e privado (o Poder Pbli-co detm a maioria do capital votante)

    Prestao de servio pblico ou explo-rao de atividade econmica

    Prestao de servio pblico ou explo-rao de atividade econmica

    Qualquer forma de organizao empre-sarial.

    Sob a forma de sociedade annima.

    Foro federal (apenas EP e SEM federais) Foro comum

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    8. CONSRCIO PBLICO

    8.1. Introduo

    O art. 241, da Constituio Federal de 1988, regulamentado pelaLei n 11.107/2005 dispe que a Unio, Estados, Distrito Federal eMunicpios, devem promover a gesto associada de servios pblicospor intermdio da celebrao de consrcios pblicos.

    Dessa forma, os entes federados devem rmar consrcio pblicosempre que possurem identidade de objetivos, sem que venham aperder suas respectivas autonomias administrativas. Ex.: servio de

    captao e tratamento de gua.O Decreto n 6.017/2007 estabelece que a Unio s poder partici-

    par de consrcio pblico quando tambm integrarem todos os Esta-dos em cujos territrios estejam situados os Municpios consorciados.

    O mesmo Decreto tambm determina que a Unio somentecelebre convnios com consrcios pblicos constitudos sob a formade associao pblicaou que para essa forma tenham se convertido.

    8.2. Requisitos

    Para a formalizao dos consrcios pblicos necessrio o preen-chimento dos seguintes requisitos:

    I) Celebrao de protocolo de intenes. A Lei n 11.107/2005 dispeque para que possa ser constitudo um consrcio pblico neces-srio que, previamente, as entidades federadas rmem um pro-tocolo de intenes. Tal protocolo deve ser raticado por lei outer sido subscrito com autorizao legal, o que signica que ne-

    cessria a manifestao conjunta das vontades dos Poderes Exe-cutivo e Legislativo para a celebrao de consrcios pblicos; e

    O representante legal do consrcio pblico dever ser, obrigato-riamente, Chefe do Poder Executivo de ente da Federao consor-ciado.

    ` Como esse assunto foi cobrado em concurso?

    No concurso para provimento do cargo de Promotor de Justia RJ/2011,enunciado de uma questo tratava da seguinte situao: A Unio Federal,

    um Estado-membro e doze Municpios de uma mesma regio rmaram

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    protocolo de intenes, expressando seu objetivo de implementar agesto associada de determinado servio pblico, e constituram umaassociao pblica aps a raticao do protocolo por lei. Diante desseselementos, foi constitudo:

    A resposta indicou como correta a alternativa: C) consrcio pblico;

    II) Constituio de pessoa jurdica de direito pblico ou de direitoprivado. Historicamente, havia uma discusso doutrinria acercada necessidade ou no de constituio de uma nova pessoa jur-dica quando os entes federados se associavam. Tal discusso foi

    superada com a supramencionada Lei dos Consrcios Pblicos,que determina a formalizao do ajuste atravs da constituiode pessoa jurdica, sob a forma de associao pblica ou pessoa

    jurdica de direito privado.

    Merece crtica a posio defendida por Jos dos Santos Carvalhoe Filho, dentre outros autores, com fundamento no art. 6, 1, da Lei11.107/2005, de que s a associao pblicaintegrar a AdministraoIndireta, em virtude de sua natureza pblica. Entendemos que,mesmo no caso em que o consrcio pblico venha a se constituir

    sob a forma de pessoa jurdica de direito privado, ele deve integrara Administrao Indireta dos entes federativos consorciados. Nessecaso, o consrcio pblico revestido de personalidade jurdica dedireito privado estaria na mesma situao jurdica das fundaespblicas de direito privado, bem como das empresas pblicas esociedades de economia mista que possuem natureza jurdica dedireito privado, mas integram a Administrao Indireta.

    Como a associao pblica possui personalidade jurdica dedireito pblico, pode-se armar que se trata de entidade pblica

    da administrao indireta com natureza autrquica. Uma autarquiaque possui a peculiaridade de integrar a administrao indireta detodos os entes integrantes do consrcio pblico, razo pela qual nominada de autarquia multifederativa.

    ` Como esse assunto foi cobrado em concurso?

    No concurso realizado para provimento do cargo de Analista de Planeja-mento e Oramento 2008 foi considerada corretaa seguinte assertiva:O consrcio pblico com personalidade jurdica de direito pblico integra

    a administrao indireta de todos os entes da Federao consorciados.

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    8.3. Prerrogativas

    A associao pblica ou pessoa jurdica de direito privadodecorrente da constituio do consrcio pblico deter competnciapara:

    I - celebrar contratos e convnios com entidades pblicas e priva-das;

    II - receber incentivos pblicos;

    III - promover desapropriaes;

    IV -celebrar contratos de concesso ou permisso de servios pbli-cos;

    V - emitir documentos de cobrana e exercer atividades de arreca-dao de tarifas e outros preos pblicos;

    VI -ser contratados sem licitao (dispensa) pela prpria pessoa daadministrao direta ou indireta participante do ajuste.

    Apesar de se submeterem as regras de licitao e de contratao

    previstas na Lei n 8.666/93, os consrcios pblicos gozam de tra-tamento diferenciado quando se trata de dispensa de licitao emrazo do pequeno valor. que o percentual geral de 10% do limitexado para licitao na modalidade convite duplicado, quando oconsrcio for formado por at 3 (trs) entes da Federao, ou tripli-cado, quando o consrcio for formado por maior nmero.

    ` Como esse assunto foi cobrado em concurso?

    No concurso realizado para provimento do cargo de Procurador do Esta-

    do de Pernambuco (2009), foi considerada corretaa seguinte assertiva:Para cumprir seus objetivos, o consrcio pblico poder receber contribui-es e subvenes sociais de outras entidades e rgos do governo.

    Considera-se como rea de atuao do consrcio pblico, inde-pendentemente de gurar a Unio como consorciada, a que corres-ponde soma dos territrios:

    I. dos Municpios, quando o consrcio pblico for constitudo so-mente por Municpios ou por um Estado e Municpios com territ-

    rios nele contidos;

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    II. dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o

    consrcio pblico for, respectivamente, constitudo por mais de1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o Distrito Fede-ral;

    III. dos Municpios e do Distrito Federal, quando o consrcio forconstitudo pelo Distrito Federal e os Municpios;

    8.4. Retirada do consrcio pblico

    A retiradado ente da Federao do consrcio pblico depen-der de ato formal de seu representante na assemblia geral, naforma previamente disciplinada por lei.

    Os bens destinados ao consrcio pblico pelo consorciado quese retira somente sero revertidos ou retrocedidos no caso deexpressa previso no contrato de consrcio pblico ou no instru-mento de transferncia ou de alienao.

    8.5. Contrato de programa

    Segundo o Decreto n 6.107/2007 o Contrato de programa o instrumento pelo qual devem ser constitudas e reguladas asobrigaes que um ente da Federao, inclusive sua administraoindireta, tenha para com outro ente da Federao, ou para comconsrcio pblico, no mbito da prestao de servios pblicos pormeio de cooperao federativa;.

    Portanto, o contrato de programa obrigatrioquando um ente

    da federao venha a prestar servios pblicos conjuntamente comoutro ente poltico, por meio de consrcio pblico.

    O art. 13, caput, da Lei n 11.107/05 estabelece que devero serconstitudas e reguladas por contrato de programa, como condiode sua validade, as obrigaes que um ente da Federao cons-tituir para com outro ente da Federao ou para com consrciopblico no mbito de gesto associada em que haja a prestao deservios pblicos ou a transferncia total ou parcial de encargos,servios, pessoal ou de bens necessrios continuidade dos ser-

    vios transferidos.

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    8.6. Contrato de rateio

    O contrato de rateio o instrumento por meio do qual os entesconsorciados se comprometem a custear as despesas do consrcio.Conforme expressa previso da Lei n 11.107/2005, os entes consor-ciados somente entregaro recursos ao consrcio pblico mediantecontrato de rateio.

    Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como oconsrcio pblico, so partes legtimas para exigir o cumprimentodas obrigaes previstas no contrato de rateio.

    ` Ateno!

    Poder ser excludo do consrcio pblico, aps prvia suspenso, o enteconsorciado que no consignar, em sua lei oramentria ou em crditosadicionais, as dotaes sucientes para suportar as despesas assumidaspor meio de contrato de rateio.

    O contrato de rateio ser formalizado em cada exerccio nan-ceiro e seu prazo de vigncia no ser superior ao das respectivasdotaes oramentrias, com exceo dos contratos que tenham por

    objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e aescontemplados em plano plurianual ou a gesto associada de serviospblicos custeados por tarifas ou outros preos pblicos.

    ` Como esse assunto foi cobrado em concurso?

    No concurso para provimento do cargo de Juiz do Trabalho Substituto23 regio/ 2010, foi considerada corretaa seguinte assertiva: Constituiato de improbidade administrativa que atenta contra os princpios da Ad-ministrao Pblica celebrar contrato de rateio de consrcio pblico semsuciente e prvia dotao oramentria, ou sem observar as formalidades

    previstas na lei.

    vedada a aplicao dos recursos entregues por meio de con-trato de rateio para o atendimento de despesas genricas, inclusivetransferncias ou operaes de crdito.

    ` Ateno!

    Constitui ato de improbidade celebrar contrato de rateio de consrciopblico sem suciente e prvia dotao oramentria, ou sem observar

    as formalidades previstas na lei.

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    9. SMULAS DO STF

    Smula 340.Desde a vigncia do cdigo civil, os bens dominicais,como os demais bens pblicos, no podem ser adquiridos por usu-capio.

    Smula 346.A Administrao Pblica pode declarar a nulidadedos seus prprios atos.

    Smula 516.O servio social da indstria (SESI) est sujeito juris-dio da justia estadual.

    Smula 517. As sociedades de economia mista s tm foro na jus-

    tia federal, quando a Unio intervm como assistente ou opoente.Smula 556. competente a justia comum para julgar as causas

    em que parte sociedade de economia mista.

    Smula 654.A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art.5, XXXVI, da Constituio da Repblica, no invocvel pela entida-de estatal que a tenha editado.

    10. SMULAS DO STJ

    Smula 42.Compete a justia comum estadual processar e julgaras causas cveis em que e parte sociedade de economia mista e oscrimes praticados em seu detrimento.

    Smula 324.Compete justia federal processar e julgar aes deque participa a fundao habitacional do exrcito, equiparada enti-dade autrquica federal, supervisionada pelo Ministrio do Exrcito.

    Smula 333. Cabe mandado de segurana contra ato praticadoem licitao promovida por sociedade de economia mista ou em-presa pblica.

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    ENTES DE COOPERAO

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    C a p t u l o 4

    Entes de cooperaoRonny Charles

    Sumrio 1. Introduo 2. Servios Sociais Aut-nomos 3. Entidades de apoio : 3.1 Entidades deapoio e contrataes com recursos pblicos 4. OTerceiro Setor: 4.1. Terceiro setor e entidades fecha-das; 4.2. O marco legal do terceiro setor no Brasil:4.2.1. Certicado de Utilidade Pblica Federal (UPF);

    4.2.2. Certicado Entidade Benecente de Assis-tncia Social (CEBAS); 4.2.3 Organizao Social (OS);4.2.4. Organizaes Da Sociedade Civil de InteressePblico (OSCIP); 4.2.5. Instituies Comunitrias deEducao Superior (ICES) 5. A prestao de servi-os no-exclusivos pelo terceiro setor 6. Cadastra-mento do terceiro setor parceiro 7. O quarto setor.

    1. INTRODUO

    Alm dos rgos e das entidades que compem a Administrao

    Direta e Indireta, existem outras pessoas jurdicas que prestam ati-vidades de interesse pblico, embora no integrem a AdministraoPblica, Direta ou Indireta.

    No h uniformidade na doutrina, acerca da classicao e no-menclatura dessas entidades. Embora seja comum a denominaoEntes de cooperao ou entidades paraestatais, necessrio re-gistrar que os reformistas preferiram a utilizao do vocbulo pbli-co no-estatal. H ainda quem prera a expressoTerceiro Setor,

    embora esta no seja comumente utilizada para todas as entidadesenvolvidas pelo conceito Entes de cooperao.

    Fernanda Marinela apresenta o seguinte conceito para os Entesde Cooperao: so pessoas jurdicas de direito privado que, sem nslucrativos, realizam projetos de interesse do Estado, prestando serviosno exclusivos e viabilizando seu desenvolvimento.

    A doutrina sedimentou o entendimento de que os Entes de Coo-perao compreendem: 1. os servios sociais autnomos; 2. as enti-dades de apoio; 3. as organizaes sociais (OS) e 4. as organizaes

    da sociedade civil de interesse pblico (OSCIPs).

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    RONNy CHARLES

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    Nada obstante, preferimos envolver as duas ltimas guras no

    conceito de Terceiro Setor, incluindo, ainda, as entidades de utilidadepblica federal (UPF) e aquelas com certicado de entidades bene-centes de assistncia social (CEBAS); ademais, convm citar tambmas Instituies Comunitrias de Educao Superior (ICES), titulaocriada pela Lei n 12.881/2013. Nessa feita, podemos apresentar oseguinte Quadro:

    Entendemos que o conceito Terceiro Setor mais restrito que oconceito Entes de Cooperao, motivo pelo qual trataremos espe-cicamente do primeiro adiante. Ademais, as entidades de utilidadepblica federal (UPF) e aquelas certicadas como entidades bene-centes de assistncia social (CEBAS) ou como instituio comunitriade educao superior (ICES) fazem parte do marco regulatrio doTerceiro Setor, tendo sofrido alteraes legislativas importantes, re-

    centemente, que podem ser cobradas pelas bancas de concurso.

    ` Ateno!

    De qualquer forma, importante observar que alguns autores utilizam aexpresso Terceiro Setor como sinnimo de Entes de Cooperao,entendimento que vem sendo adotado em algumas bancas de concurso.Nesse raciocnio, o conceito de Terceiro Setor englobaria tanto os servi-os sociais autnomos como as entidades de apoio.

    Embora pessoas jurdicas de direito privado e no pertencentes

    Administrao Pblica, as relaes entre os Entes de Cooperao